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Semana 4
William Gabriel
Renato Pellizzari
(Leonardo Machado)
09:15
19:15
15/03 História da
Escravidão:
conceitos e
perspectivas
09:15
19:15
22/03 A Construção do
Mundo liberal
09:15
19:15
29/03 O Iluminismo e
o Despotismo
Esclarecido
09:15
19:15
08
“Os semeadores e mar
os ladrilhadores”
América portuguesa e espanhola
nos séculos XVI e XVII
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Sérgio Buarque de Holanda, conceituado Historia- Os Ladrilhadores são os espanhóis, que sempre
dor brasileiro nos sugere as seguintes nomencla- tiveram como base econômica a exploração de
turas para definirmos os Portugueses e Espanhóis minerais nas novas terras, desde prata, ouro ou
nas Américas, respectivamente: Semeadores e la- diamante. A mão de obra utilizada era predominan-
drilhadores. temente de indígenas locais, que sobreviveram às
epidemias com doenças europeias, e foram subme-
O primeiro termo se refere justamente aos portu- tidos a trabalhos compulsórios, adaptados a cultu-
gueses que no Brasil objetivavam uma economia ra local.
voltada para exploração da agricultura e pecuária,
até a descoberta do ouro no final do século XVII. A O grande diferencial da América Colonial Espanho-
cana de açúcar no Brasil foi a base da economia por la é a incapacidade na sua definição entre Colônia
muitos anos e sua exploração era feita através do de Exploração ou Povoamento. No geral, é consi-
trabalho escravo negro. Em um primeiro momen- derada uma situação híbrida.
to ainda tivemos a escravização dos índios, porém,
isto logo foi substituído.
His. 64
Representação de escravos no Brasil
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta
terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias
do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem
ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar
extrair à vontade.
Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.;
FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois. São
Paulo: Atual, 1991 (adaptado).
O documento permite identificar um interesse econômico espanhol na coloniza-
ção da América a partir do século XV. A implicação desse interesse na ocupação
do espaço americano está indicada na
Sou Pataxó,
Sou Xavante e Carriri,
Ianomâmi, sou Tupi
Guarani, sou Carajá.
Sou Pancaruru,
Carijó, Tupinajé,
Sou Potiguar, sou Caeté,
Ful-ni-ô, Tupinambá
His. 65
E assustado dei um pulo da rede,
Pressenti a fome, a sede,
Eu pensei: “vão me acabar”.
Levantei-me de Borduna já na mão.
Aí, senti no coração,
O Brasil vai começar.
His. 66
4.
Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O eu-
ropeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena
e sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do sé-
culo XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos
seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:
5.
Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um universo de
antiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos por um sistema inte-
grado. A recusa em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes
levou-os a uma descrição simplista desses grupos e à sua sucessiva destrui-
ção. Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa arte e aquela pro-
duzida por povos tecnicamente menos desenvolvidos. As duas manifesta-
ções devem ser encaradas como expressões diferentes dos modos de sentir
e pensar das várias sociedades, mas também como equivalentes, por resul-
tarem de impulsos humanos comuns.
SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobri-
mento: arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo – Associa-
ção Brasil 500 anos artes visuais, 2000.
De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes produzidas pelos coloni-
zadores e pelos colonizados, pois ambas compartilham o(a)
a) suporte artístico.
b) nível tecnológico.
c) base antropológica.
d) concepção estética.
e) referencial temático.
His. 67
sentava diante dos olhos era real”.
(Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de Janeiro: Civi-
lização Brasileira, 2006, p. 15-16. Adaptado.)
2.
A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença
de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e
brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico
que começa com o descobrimento, no século XV,no continente africano e de
seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que
abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro,
à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos.
3.
No século XVI, a conquista e ocupação da América pelos espanhóis:
His. 68
conquista.
e) impôs o domínio político e econômico dos criollos.
4.
As duas principais atividades econômicas que Portugal e Espanha incentivaram
na América, no início da colonização, foram, respectivamente:
5.
“Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e ações
diabólicas dos espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de
pessoas...”
(Bartolomé de Las Casas, 1474 - 1566)
6.
Leia o texto.
“A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em cer-
tos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem
de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F,
nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei,
nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...).”
His. 69
(GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.)
7.
A sociedade colonial brasileira “herdou concepções clássicas e medievais
de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação
que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição
social. (...) as distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a ni-
velar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses
tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibi-
lidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigran-
tes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de
uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substi-
tuto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de
categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde,
os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus,
criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cul-
tura e na cor.”
(Stuart B. Schwartz, Segredos internos.)
A partir do texto pode-se concluir que:
8.
“O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para coordenar as
práticas colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em dar às capi-
His. 70
tanias hereditárias uma assistência mais eficiente e promover a valorização
econômica e o povoamento das áreas não ocupadas pelos donatários.”
(Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social
brasileira. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 180.)
9.
Durante a maior parte do período colonial a participação nas câmaras das vilas
era uma prerrogativa dos chamados “homens bons”, excluindo-se desse privilé-
gio os outros integrantes da sociedade. A expressão “homem bom” dizia respei-
to a:
QUESTÃO CONTEXTO
“Novo terminal em Pernambuco exporta sua primeira carga de açúcar refi-
nado. O primeiro navio carregado com açúcar refinado deverá partir nesta
sexta-feira de um novo terminal construído no porto de Suape, em Pernam-
https://www.novacana.
com/n/acucar/exportacao/ buco, abrindo mais um canal de exportação para usinas do Nordeste em um
terminal-pernambuco- momento de grande demanda internacional pelo produto.”
exporta-carga-acucar-
His. 71
refinado-181116/
Porto em Pernambuco
02.
deirantismo”.
Exercício de casa
1. c
2. d
3. d
4. d
5. e
6. a
7. d
His. 72
8. e
9. b
10. c