You are on page 1of 12

Controle de constitucionalidade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa

A Wikipédia possui o:
Portal do Direito

O controle de constitucionalidade caracteriza-se, em princípio, como um mecanismo de


correção presente em determinado ordenamento jurídico, consistindo em um sistema de
verificação da conformidade de um ato (lei, decreto etc.) em relação à Constituição. Não
se admite que um ato hierarquicamente inferior à Constituição confronte suas premissas,
caso em que não haveria harmonia das próprias normas, gerando insegurança jurídica
para os destinatários do sistema jurídico.
Para que um sistema jurídico funcione, pressupõe-se sua ordem e unidade, devendo as
partes agir de maneira harmoniosa. O mecanismo de controle de constitucionalidade
procura restabelecer a unidade ameaçada, considerando a supremacia e a rigidez das
disposições constitucionais. Conforme ensina o jurista Calil Simão, o Sistema de Controle
de Constitucionalidade destina-se a analisar a lesão dos direitos e garantias previstos na
Constituição de um país, objetivando assegurar a observância das normas constitucionais
e, consequentemente, a sua estabilidade e preservação. [1]

Índice

• 1Introdução
• 2Perspectiva Histórica
o 2.1Marbury versus Madison - O primeiro precedente
o 2.2Evolução histórica brasileira
• 3Espécies de inconstitucionalidade[20]
o 3.1Inconstitucionalidade por ação e por omissão
▪ 3.1.1Inconstitucionalidade por ação
▪ 3.1.2Inconstitucionalidade por omissão
o 3.2Inconstitucionalidade material e formal
▪ 3.2.1Inconstitucionalidade formal
▪ 3.2.2Inconstitucionalidade material
o 3.3Inconstitucionalidade total e parcial
o 3.4Inconstitucionalidade direta e indireta
o 3.5Inconstitucionalidade originária e superveniente
• 4Modalidades de controle de constitucionalidade [21]
o 4.1Quanto à natureza do órgão de controle
▪ 4.1.1Controle político
▪ 4.1.2Controle judicial
o 4.2Quanto ao momento de exercício do controle
▪ 4.2.1Controle preventivo
▪ 4.2.2Controle repressivo
o 4.3Quanto ao órgão judicial que exerce o controle
▪ 4.3.1Controle difuso ou concreto
▪ 4.3.2Controle concentrado ou abstrato
o 4.4Quanto à forma ou modo de controle judicial
▪ 4.4.1Controle por via incidental
▪ 4.4.2Controle por via principal ou ação direta
• 5Referências
o 5.1Obras consultadas
• 6Leituras de Aprofundamento
• 7Ver também

Introdução[editar | editar código-fonte]


A definição de "controle de constitucionalidade" não é única. Quando se associa o conceito
a um mecanismo de controle, este deve ser entendido em sentido estrito, já que
demonstra as consequências comparativas de determinado ato para com a Constituição.
No sentido estrito, a definição sempre implica reconhecer o afastamento, anulação,
eliminação ou neutralização das normas contrárias à Constituição [2], sem possibilidade do
ato incompatível ser preservado. Desta forma, uma definição ampla, sem vinculação
necessária com as consequências da aplicação do Controle de Constitucionalidade, pode
ser alternativa mais interessante à classificação do termo, entendendo este como o "juízo
relacional que procura estabelecer uma comparação valorativamente relevante entre dois
elementos, tendo, como parâmetro, a Constituição e, como objeto, a lei (sentido
amplíssimo), os fatos do processo legislativo (regulamento procedimental) ou a omissão
da fonte de produção do direito"[3].
Independentemente do tipo de definição a ser adotada, a criação do mecanismo de
Controle de Constitucionalidade só faz sentido quando inserida num sistema normativo
organizado por uma regra central que confira validade às demais: a Constituição. As
normas não existem de forma isolada, mas são unidas em um sistema, distribuindo-se
ainda em camadas hierárquicas, que descem da norma fundamental até as normas
individuais[4]. Utilizando-se da metáfora proposta por Hans Kelsen, assim como um
desenho piramidal, as normas obedecem uma estrutura escalonada, dispondo as normas
superiores sobre a criação das inferiores, não podendo haver nenhuma norma válida que
não tenha sido criada de acordo com o previsto em outra norma do sistema.
A Constituição, no ápice da pirâmide, é a norma responsável por estabelecer a
organização do Estado, a proteção de direitos individuais, as competências de cada ente
da Federação, as premissas básicas de educação, família, meio-ambiente, dentre
inúmeros outros tópicos. Mesmo que possa ser fruto de processos de aprovação distintos,
de acordo com o sistema jurídico e as tradições de cada país (common law e civil law, por
exemplo), por disciplinar, em caráter de superioridade, direitos, competências e formas
organizacionais, suas diretrizes é que devem ser seguidas, devendo os demais atos
infraconstitucionais não conflitar com as suas disposições.
Conforme explica Calil Simão:
"A Constituição representa a base de todo ordenamento jurídico. É norma orientadora dos
poderes constituídos. Para garantir essa função basilar e orientadora, ou seja, para
assegurar que essa norma seja respeitada, surge o Sistema de Controle de
Constitucionalidade."[5]
Nesse sentido, ainda é preciso acrescentar duas premissas à existência do Controle de
Constitucionalidade, quais sejam: a supremacia e a rigidez constitucionais. [6]A supremacia,
como acima exposto, traduz a posição hierárquica mais elevada da Constituição dentro
do sistema e, além disso, para que possa figurar como parâmetro de validade à
conferência dos demais atos, necessário é passar por um processo de elaboração diverso
e mais complexo daquele aplicável aos demais atos. Essa rigidez leva à ideia de
supremacia formal da Constituição. Assim, todo ato de concretização de direito
infraconstitucional envolve operação mental automática de Controle de
Constitucionalidade, pois o intérprete deve certificar-se da constitucionalidade de uma
pretensão consubstanciada e exteriorizada via atos infraconstitucionais antes de aplicá-la.
Contudo, válida é a observação feita por Luís Roberto Barroso[7] acerca da diferenciação
terminológica entre o conceito de Jurisdição Constitucional e de Controle de
Constitucionalidade. Muitos autores tendem a utilizar ambos os conceitos como se
semelhantes fossem, o que não é verdadeiro. Jurisdição Constitucional designa a
aplicação da Constituição por juízes e tribunais, podendo esta aplicação ser direta, quando
a norma constitucional discipline, ela própria, determinada situação de vida, ou indireta,
quando a Constituição sirva de referência para atribuição de sentido a uma norma
infraconstitucional ou de parâmetro para sua validade, ou seja, o próprio Controle de
Constitucionalidade. Deste modo, Jurisdição Constitucional pode ser caracterizada como
um gênero da espécie Controle de Constitucionalidade.

Perspectiva Histórica[editar | editar código-fonte]


Marbury versus Madison - O primeiro precedente[editar | editar código-
fonte]
O primeiro caso judicial em que uma Suprema Corte, no caso a Suprema Corte norte-
americana, afirmou seu poder de exercer o controle de constitucionalidade foi em Marbury
v. Madison[8].
Em 1800, nas eleições presidenciais realizadas nos Estados Unidos, o então presidente
federalista John Adams foi derrotado pela oposição republicana, perdendo representação
tanto na esfera Legislativa quanto Executiva, sendo Thomas Jefferson o novo presidente.
Com o intuito de manter sua influência política no Poder Judiciário, os federalistas, antes
do término do mandato de John Adams, aprovaram uma lei de reorganização do Judiciário
federal - The Circuit Court Act, visando reduzir o números de Ministros da Suprema Corte,
impedindo que o presidente sucessor, Thomas Jefferson, nomeasse novos Ministros após
a aposentadoria dos atuais.
Em seguida, nova lei - o ato orgânico do distrito de Colúmbia - autorizou o presidente a
nomear quarenta e dois juízes de paz, sendo todos confirmados pelo Senado na véspera
da posse de Thomas Jefferson. Como ainda era presidente, em seu último dia
efetivo, John Adams assinou os atos de investidura dos novos juízes de paz nomeados,
cabendo ao seu Secretário de Estado, John Marshall, entregá-los. Em meio às pressões
de final de mandato e sem tempo de entregar todas as nomeações, John Marshall não
conseguiu concluir a sua tarefa e alguns juízes nomeados ficaram sem receber o ato de
investidura, pois havia sido nomeado como presidente da Suprema Corte.
Ao tomar posse, Thomas Jefferson indicou, como seu Secretário de Estado, James
Madison, a quem caberia continuar a entrega dos atos de investidura. No entanto, por
designação do próprio presidente, o Secretário Madison recusou-se a entregar os atos
faltantes. Dentre os juízes não empossados no cargo estava William Marbury, que buscou
ver seu direito judicialmente garantido, por meio de propositura de ação judicial - writ of
mandamus. No meio tempo, os novos integrantes do Congresso, de maioria republicana,
revogaram a lei de reorganização do Judiciário federal aprovada pelo presidente John
Adams, extinguindo os cargos de juízes de paz criados e destituindo seus ocupantes. O
pedido formulado por Marbury foi apreciado pela Suprema Corte, já em meio a um
contexto politicamente conturbado, pois o presidente da Corte era o antigo Secretário de
Estado, Marshall.
"O caso Marbury versus Madison foi a primeira decisão na qual a Suprema Corte afirmou
seu poder de exercer o controle de constitucionalidade, negando aplicação a leis que, de
acordo com sua interpretação, fossem inconstitucionais. Assinale-se, por relevante, que a
Constituição não conferia a ela ou a qualquer outro órgão judicial, de modo explícito,
competência dessa natureza."[9]
Ao julgar o caso, a Suprema Corte buscou demonstrar que a inconstitucionalidade da lei
não era a única cabível, visto que poderia ser reconhecida a incompetência da Corte ou o
descabimento do writ of mandamus por outras razões, atribuição que decorreria
logicamente do sistema. No voto elaborado por Marshall, a argumentação para indeferir o
pedido de Marbury vinha da discussão da natureza das categorias de atos do Executivo,
ou seja, que não eram passíveis de revisão judicial, sendo estes atos de natureza política
e atos que a Constituição ou a lei houvessem atribuído a sua exclusiva discricionariedade.
Deste modo, Marshall ainda enunciou três grandes fundamentos que justificam o controle
de constitucionalidade, como segue: (i) a supremacia da Constituição, (ii) a nulidade da lei
que contrarie a Constituição e (iii) é o Poder Judiciário o intérprete final da Constituição. De
todo o modo, a decisão da Suprema Corte foi alvo de inúmeras críticas, como a influência
das circunstâncias políticas no julgamento do Judiciário, vejamos o argumento de
Barroso[10].
"Ao estabelecer a competência do Judiciário para rever os atos do Executivo e do
Legislativo à luz da Constituição, era o seu próprio poder que estava demarcando, poder
que, aliás, viria a exercer pelos trinta e quatro longos anos em que permaneceu na
presidência da Corte. A decisão trazia, no entanto, um toque de inexcedível sagacidade
política. É que as teses nela veiculadas, que em última análise davam poderes ao
Judiciário sobre outros dois ramos de governo, jamais seriam aceitas passivamente por
Jefferson e pelos republicanos do Congresso."

Evolução histórica brasileira[editar | editar código-fonte]


Conforme Clèmerson Merlin Clève, a Constituição imperial de 1824 nada versava sobre a
possibilidade de controle de constitucionalidade, uma vez que o direito brasileiro apenas
sofria influência do pensamento inglês e francês. [11] Entretanto, o controle foi introduzido,
juntamente com profunda transformações jurídico-institucionais, pela Constituição
republicana de 1891, seguindo os passos do Estados Unidos da América. Esse controle foi
apenas incidental, difuso e sucessivo, [12]isto é, sem ações que direcionassem a questão
diretamente à Suprema Corte, como é o caso do controle concentrado. De acordo com
Gilmar Ferreira Mendes[13], a figura prévia ao Controle asbtrato de Constitucionalidade, foi
a representação interventiva.
Na Constituinte de 1891, já fora discutida a possibilidade de outorgar ao Supremo Tribunal
Federal a competência para conhecer da alegação de ofensa pelo Estado-Membro a
determinados princípios da ordem federativa. Assim, explica o autor[14]:
"O regime republicano inaugura uma nova concepção. A influência do Direito norte-
americano sobre personalidades marcantes, como a de Rui Barbosa, parece ter sido
decisiva para a consolidação do modelo difuso, consagrado já na chamada Constituição
Provisória de 1890 (art. 58, § 1º, a e b).
E continua:
"A Constituição de 1891 incorporou essas disposições, reconhecendo a competência do
Supremo Tribunal Federal para rever as sentenças das Justiças dos Estados, em última
instância, quando se questionasse a validade ou a aplicação de tratados e leis federais e a
decisão do Tribunal fosse contra ela, ou quando se contestasse a validade de leis ou atos
federais, em face da Constituição ou das leis federais e a decisão do Tribunal
considerasse válidos esses atos ou leis impugnadas (art. 59, § 1º a e b)."
Segundo Clèmerson Merlin Clève,[15] a Constituição de 1934 manteve o controle difuso,
incidental e sucessivo, mas introduziu importantes inovações ao sistema:
"(i) Diante do art. 179, nos tribunais, a inconstitucionalidade somente poderia ser declarada
pelo voto da maioria absoluta dos seus membros. A exigência tem como precedente a
orientação firmada pela jurisprudência norte-americana; (ii) atribuiu (...), por outro lado, ao
Senado Federal, - órgão incumbido de coordenar os Poderes da República entre si -
competência para 'suspender a execução, no todo ou em parte, de qualquer lei ou ato,
deliberação ou regulamento declarados inconstitucionais pelo Poder Judiciário'. Pretendeu
o Constituinte (...) instituir uma fórmula para dar eficácia erga omnes às decisões
definitivas do Supremo Tribunal Federal. E, finalmente, (iii) A Constituição de 1934 criou a
representação interventiva, confiada ao Procurador Geral da República e sujeita à
competência originária do Supremo Tribunal Federal."
Dessa forma, a decretação de intervenção federal ficava subordinada a prévia aferição
judicial, ideia esta positiva na Constituição de 1934. Nos conflitos entre União e
os Estados, foi introduzido processo especial perante o Supremo Tribunal Federal, que
deveria ser iniciado mediante iniciativa do Procurador-Geral da República, conforme
estabelecia o artigo 12, § 2º deste diploma legal.
A Constituição de 1946 também adotou, com modificações, o modelo de representação
interventiva. Como aponta Gilmar Mendes[16], em vez da constatação da
constitucionalidade da lei, deveria o Tribunal aferir diretamente a compatibilidade do direito
estadual com os chamados princípios sensíveis. Mesmo que configurasse forma especial
de composição de conflitos federativos, a jurisprudência e a doutrina brasileira
caracterizaram esse processo como típico processo de controle abstrato de normas.
O controle de constitucionalidade só viria a sofrer inovação radical com a Emenda
Constitucional número 16 de 1965, mas já sob o regime militar, tendo sido instituída a ação
genérica de inconstitucionalidade, oferecendo competência ao Supremo Tribunal Federal
para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato federal, mediante representação que lhe
fosse encaminhada pelo Procurador-Geral da República.
Neste ponto, há que se chamar atenção para a dupla função exercida pelo Procurador-
Geral da República até a promulgação da Constituição de 1988, exercendo o papel
recomendado por Hans Kelsen de um advogado da Constituição (Verfassungsanwalt),
como explicita Gilmar Mendes[17]:
"Embora o constituinte tenha moldado o controle abstrato de normas segundo o modelo de
representação interventiva, confiando a instauração do processo ao Procurador-Geral da
República, convém assinalar que apenas na forma a nova modalidade de controle
apresentava alguma semelhança com aquele processo de composição de conflitos entre o
Estado e a União. Enquanto representação interventiva pressupunha uma alegação de
ofensa (efetiva ou aparente) a um princípio sensível e, portanto, um peculiar conflito entre
a União e o Estado, destinava-se o novo processo à defesa geral da Constituição contra
leis inconstitucionais."
O controle abstrato de normas na Constituição de 1988 sofre significativas mudanças,
principalmente com a ampliação do direito de propositura da ação direta. Anteriormente à
Constituição de 1988, havia monopólio da ação direta de inconstitucionalidade apenas por
parte do Procurador-Geral da República. A Constituição de 1988 ampliou o leque de
legitimados à propositura da ação no art. 103, dentre eles: o Presidente da República, a
Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara dos Deputados, a Mesa da Assembleia
Legislativa ou da Câmara Legislativa, o Governador do Estado ou do Distrito Federal, o
Procurador-Geral da República, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil,
partido político com representação no Congresso Nacional, as confederações sindicais ou
entidades de classe de âmbito nacional.
Com esta modificação radical, segundo Gilmar Mendes[18], a Constituição de 1988 reduziu
o significado do Controle de Constitucionalidade incidental ou difuso, ao ampliar, de forma,
marcante, a legitimação para propositura da ação direta de constitucionalidade, permitindo
que, praticamente, todas as controvérsias constitucionais relevantes sejam submetidas ao
Supremo Tribunal Federal mediante processo de controle abstrato de normas.
Acrescenta, nesse mesmo sentido, Fabiana Luci de Oliveira[19] que o sistema de controle
de constitucionalidade de leis adotado com a Constituição de 1988 é ainda híbrido porque,
embora reserve, cada vez mais, para o Supremo Tribunal Federal, a função de julgar a
constitucionalidade das leis (sistema concentrado), permite que os tribunais inferiores
julguem casos de constitucionalidade, permanecendo válido o sistema difuso.

Espécies de inconstitucionalidade[20][editar | editar código-fonte]


O Supremo Tribunal Federal brasileiro avaliando a constitucionalidade de uma norma.

Para se atestar a inconstitucionalidade de determinada norma, são necessários diferentes


elementos ou critérios, que incluem o momento em que ela se verifica, o tipo de atuação
estatal que a ocasionou, o procedimento de elaboração e o conteúdo da norma, dentre
outros.
Inconstitucionalidade por ação e por omissão[editar | editar código-fonte]
A Constituição é norma jurídica imperativa, que determina comandos, materializados em
normas cogentes. Normas cogentes podem ter caráter proibitivo e preceptivo, vetando ou
impondo determinados comportamentos. Nesse sentido, pode-se violar a Constituição
praticando ato contrário ao que ela interdita ou deixando de praticar ato que prescreva.
A Constituição contém comandos (normas imperativas) que precisam ser obedecidos
pelos endereçados. Os comandos dos constituintes podem ser proibições de se fazer algo
ou instruções para se fazer algo. Nesse sentido, qualquer pessoa (física ou jurídica) que
faz algo que a constituição proíbe ou que deixa de fazer algo que a constituição instrui está
desobedecendo os comandos dos constituintes.
Inconstitucionalidade por ação[editar | editar código-fonte]
A inconstitucionalidade por ação abrange os atos legislativos incompatíveis com o texto
constitucional, destinando-se a paralisar a eficácia ou a retirar do ordenamento um ato que
foi praticado, uma lei inconstitucional. As condutas a serem controladas podem se originar
de órgãos integrantes dos três Poderes do Estado, seja ato praticado por agente da
administração pública, atos do Legislativo ou próprios do Judiciário
Inconstitucionalidade por omissão[editar | editar código-fonte]
A inconstitucionalidade por omissão refere-se à falta de ato que deixa de seguir norma
programática estabelecida na Constituição, ou seja, não pode o Poder Executivo deixar de
cumprir com determinadas prestações positivas que foram estipuladas
constitucionalmente, como nas matérias de educação, saúde.
A inconstitucionalidade por omissão é justamente aquela que se dá quando há falta de
medidas regulamentador do dispositivo constitucional de eficácia limitada.
Inconstitucionalidade material e formal[editar | editar código-fonte]
A Constituição disciplina tanto o modo de produção de leis e demais atos, por meio da
definição de competências e procedimentos, como determina condutas a serem seguidas,
enuncia valores a serem preservados, denotando sua dimensão substantiva. Assim, a
inconstitucionalidade formal decorre da criação de um ato legislativo em desconformidade
com normas de competência e os procedimentos estabelecidos para o seu devido
ingresso no ordenamento jurídico e a inconstitucionalidade material refere-se ao conteúdo
do ato infraconstitucional, ou seja, quando este contrariar norma substantiva da
Constituição, seja uma regra ou princípio.
Inconstitucionalidade formal[editar | editar código-fonte]
Ainda é possível diferenciar diferentes modalidades de inconstitucionalidade formal. A
primeira refere-se ao vício de forma, quando não houve obediência à regra de
competência para a edição do ato, denominada de inconstitucionalidade orgânica. Como
exemplo, pode-se citar a edição de lei em matéria penal pela Assembleia Legislativa de
um Estado da Federação. A Assembleia terá violado competência expressa na
Constituição, que determina à União legislar sobre matéria penal. A inconstitucionalidade
formal propriamente dita somente ocorreria caso houvesse inobservância do processo
legislativo próprio.
Inconstitucionalidade material[editar | editar código-fonte]
Este tipo de inconstitucionalidade expressa a incompatibilidade de conteúdo, substantiva,
entre a lei ou ato normativo e a Constituição. Não existe a possibilidade de a norma
continuar a existir. Cita-se, como exemplo, a Emenda Constitucional 24 de 1999, que
eliminou a figura do juiz classista nos Tribunais Regionais do Trabalho. Com esta
alteração, os dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho que cuidavam da
designação dos juízes representantes classistas já não podiam existir validamente.
A inconstitucionalidade material, em sentido amplo, é a desconformidade do conteúdo dos
atos dos poderes públicos com o conteúdo da constituição. Em sentido restrito, a
inconstitucionalidade material é a desconformidade do conteúdo dos atos normativos com
o conteúdo da constituição.
Inconstitucionalidade total e parcial[editar | editar código-fonte]
A inconstitucionalidade será total quando atacar a íntegra do diploma legal objeto de
discussão ou parcial, quando recair apenas sobre alguns ou um único dispositivo, fração e
até mesmo sobre uma palavra. Se parcial for, é possível que o texto não prejudicado ainda
conviva em perfeita harmonia com o ordenamento. A inconstitucionalidade resultante de
vício formal, por defeito de incompetência ou procedimento será total, por resultar de
problema no nascimento da norma. Por sua vez, a inconstitucionalidade material pode
recair sobre a totalidade do ato normativo ou, parcialmente, sobre a parte viciada.
Inconstitucionalidade direta e indireta[editar | editar código-fonte]
Entende-se por inconstitucionalidade direta a afronta imediata entre o ato impugnado e a
Constituição e indireta quando o ato objeto de discussão, antes de ser analisado sob a
ótica da Constituição, conflita com o ordenamento jurídico positivado.
Inconstitucionalidade originária e superveniente[editar | editar código-
fonte]
A inconstitucionalidade originária resulta de defeito congênito da lei, ou seja, no momento
de ingresso no mundo jurídico, já era incompatível com a Constituição que estava em
vigor. Já, quando superveniente, o conflito será resultado da incompatibilidade entre norma
já existente e nova Constituição.

Modalidades de controle de constitucionalidade[21][editar | editar


código-fonte]
Identificam-se três grandes modelos de controle de constitucionalidade no
constitucionalismo moderno, sendo eles o americano, o austríaco e o francês. Foi a partir
destas matrizes que surgiram variações adaptadas a cada ordenamento jurídico, de
acordo com as suas particularidades. A título de curiosidade, o modelo americano, como já
demonstrado acima, pauta-se pelo controle difuso exercido por todos os juízes e tribunais,
no desempenho ordinário de suas funções. O modelo austríaco, cujo marco foi a
Constituição de 1920, cria um órgão próprio responsável por julgar apenas a
constitucionalidade das leis, desta forma, se algum juiz de outras instâncias perceber que
a matéria refere-se à inconstitucionalidade de leis, automaticamente, deverá remeter a
questão à Corte Constitucional. Já, o que chama atenção no sistema francês é o seu
caráter não jurisdicional e prévio, sendo exercido pelo Conselho Constitucional.
Quanto à natureza do órgão de controle[editar | editar código-fonte]
Controle político[editar | editar código-fonte]
Como a própria denominação indica, controle político refere-se à fiscalização por órgão
que não seja o Judiciário, ligado de modo direto ao Parlamento, aproximando-se da
experiência francesa, pode ser através do Poder Legislativo (CCJ - Comissão de
Constitucionalidade e Justiça) ou pelo Poder Executivo (Presidente).
Controle judicial[editar | editar código-fonte]
O primeiro precedente judicial que versou sobre o tema de controle de constitucionalidade
foi o caso julgado pela Suprema Corte norte-americana, Marbury v. Madison. O juiz
Marshall em seu voto estipulou que a revisão judicial - judicial review era fruto do próprio
sistema, pois, sendo a Constituição lei suprema, qualquer ato que a viole ou lhe seja
incompatível é nulo. Se houvesse delegação da competência de controlar ao atos ao
próprio Poder Legislativo e não ao Judiciário, haveria problema sério de divisão de
poderes, já que um mesmo órgão produziria e fiscalizaria seus atos. Diferente é o modelo
criado por Hans Kelsen para a Áustria e que culminou em grande adesão de países
da Europa Ocidental. Neste, existe uma Corte específica, a Corte Constitucional,
responsável por concentrar a análise do controle de constitucionalidade de atos. No Brasil,
existe uma combinação do modelo Austríaco e do modelo americano.
Quanto ao momento de exercício do controle[editar | editar código-fonte]

Constituição dos Estados Unidos, país que primeiro adotou o controle difuso de constitucionalidade.

Controle preventivo[editar | editar código-fonte]


Caracteriza-se por ser um controle a priori, ou seja, realizado anteriormente à vigência do
projeto de lei que afronta a Constituição, seja formalmente ou materialmente. Esta é a
forma típica de atuação do Conselho Constitucional francês, que, de outra forma, também
ocorre no Brasil, por meio das comissões de constituição e justiça existente nas Casas do
Poder Legislativo e pela possibilidade de veto por parte do Poder Executivo.
Controle repressivo[editar | editar código-fonte]
É o controle feito a posteriori, quando a lei já passa pela etapa de validade e vigência,
sem, contudo, estar efetivamente eficaz. No Brasil, o controle é feito pelo Poder Judiciário,
que por provocação, deverá julgar o objeto da demanda de inconstitucionalidade.
Quanto ao órgão judicial que exerce o controle[editar | editar código-fonte]
Controle difuso ou concreto[editar | editar código-fonte]
O controle difuso permite que qualquer juiz ou tribunal reconheça a inconstitucionalidade
de determinado ato jurídico, tendo como origem o caso Marbury v. Madison, diferenciando-
se do sistema austríaco, em que apenas a Corte Constitucional detém poder para tanto.
No Brasil o controle difuso faz-se presente desde a primeira Constituição Republicana,
assim, qualquer juiz de primeiro grau, bem como Ministros do Supremo Tribunal Federal
detém competência para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato.
Caberá ao Supremo Tribunal Federal julgar recurso extraordinário contra decisão inferior
que “julgue válida lei local contestada em face da lei federal”.
Controle concentrado ou abstrato[editar | editar código-fonte]
Conforme o próprio nome explicita, concentrado é o tipo de controle feito apenas por um
órgão, cuja função é unicamente a de versar sobre a constitucionalidade das leis. O
exemplo típico é a Corte Constitucional austríaca, estabelecida pela Constituição deste
país em 1920, idealizada por Hans Kelsen. No Brasil, existe a possibilidade de controle
concentrado perante o Supremo Tribunal Federal, desde 1965, quando a Emenda
Constitucional n.º 16 estabeleceu poderes ao Procurador-Geral da República para
questionar matérias inconstitucionais diretamente na última instância do ordenamento
jurídico.
No Brasil, existem cinco espécies de controle concentrado de constitucionalidade: a Ação
declaratória de constitucionalidade (ADC), a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), a
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADI por omissão), a Ação Direta
Interventiva (ou Representação Interventiva) [22] e a Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental (ADPF).
Quanto à forma ou modo de controle judicial[editar | editar código-fonte]
Controle por via incidental[editar | editar código-fonte]
Feito pelo Juiz de primeiro grau, o qual decide se a lei se aplica ou não, de acordo com o
que o mesmo entende.
Controle por via principal ou ação direta[editar | editar código-fonte]
Também conhecido por controle mediante ação ou abstrato dele.
No Brasil, a ADI, ADC, ADI por Omissão e a ADPF deverão ser movidas apenas por
alguns órgãos legitimados perante o Supremo Tribunal Federal, conforme o artigo 103 da
Constituição Federal:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
No âmbito estadual, os legitimados ativos encontram-se nas Constituições Estaduais,
sendo, em geral, os seguintes:[23]
I - Governador
II - Deputado estadual
III - Procurador de Justiça
IV - Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil
V - Prefeito
VI - Partido político com representação na Assembleia Legislativa
Em rápida pesquisa nessas Constituições Estaduais, verifica-se que, conquanto todos os
Estados-membros da Federação brasileira prevejam a Ação Direta de
Inconstitucionalidade, apenas as Constituições dos Estados do Rio Grande do Norte, Mato
Grosso do Sul e Alagoas preveem a Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental.

Referências
1. ↑ Cf. SIMÃO, Calil. Elementos do sistema de controle de constitucionalidade. São Paulo:
SRS, 2010, p. 71-72.
2. ↑ Dimoulis, Dimitri. Curso de processo constitucional: controle de constitucionalidade e
remédios constitucionais/Dimitri Dimoulis, Soraya Lunardi. - São Paulo: Atlas, 2011, p. 67.
3. ↑ Op. cit. Os autores utilizam esta explicação valendo-se dos argumentos de André Ramos
Tavares.
4. ↑ Barzotto, Luís Fernando. O Positivismo Jurídico Contemporâneo. - São Leopoldo: Ed.
Unisinos, 2004, pp. 40.
5. ↑ SIMÃO, Calil. Elementos do sistema de controle de constitucionalidade.São Paulo: SRS,
p.1-2
6. ↑ Barroso, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição
sistemática da doutrina e análise critica da jurisprudência.- São Paulo: Ed. Saraiva, 2008,
páginas. 1 e 2.
7. ↑ Op. cit. pp. 3.
8. ↑ Informações extraídas de Dimoulis, Dimitri. Curso de processo constitucional: controle de
constitucionalidade e remédios constitucionais/Dimitri Dimoulis, Soraya Lunardi. --São
Paulo: Atlas, 2011. pp. 33 - 46 e Barroso, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade
no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência /
Luís Roberto Barroso - 3. ed. rev. e atual. - São Paulo: Saraiva, 2008. pp. 3 -10
9. ↑ Barroso, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição
sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência / Luís Roberto Barroso - 3. ed.
rev. e atual. - São Paulo: Saraiva, 2008. pp. 5
10. ↑ Op. cit. pp. 9
11. ↑ CLÈVE, Clèmerson Merlin. A Fiscalização Abstrata de Constitucionalidade no Direito
Brasileiro, 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p. 80
12. ↑ CLÈVE, Clèmerson Merlin. A Fiscalização Abstrata de Constitucionalidade no Direito
Brasileiro, 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p. 82-83
13. ↑ Mendes, Gilmar Ferreira. Jurisdição Constitucional: o controle abstrato de normas no
Brasil e na Alemanha - 5ª ed. - São Paulo: Saraiva, 2005, PP. 64 a 85 e Mendes, Gilmar
Ferreira. Direitos fundamentais e controle de constitucionalidade: estudos de direito
constitucional. - 3ª ed. - São Paulo: Saraiva, 2004, pp. 189 a 225
14. ↑ Mendes, Gilmar Ferreira. Direitos fundamentais e controle de constitucionalidade: estudos
de direito constitucional. - 3ª ed. - São Paulo: Saraiva, 2004, pp. 190
15. ↑ CLÈVE, Clèmerson Merlin. A Fiscalização Abstrata de Constitucionalidade no Direito
Brasileiro, 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p. 84-85
16. ↑ Mendes, Gilmar Ferreira. Jurisdição Constitucional: o controle abstrato de normas no
Brasil e na Alemanha - 5ª ed. - São Paulo: Saraiva, 2005, PP. 64
17. ↑ Mendes, Gilmar Ferreira. Jurisdição Constitucional: o controle abstrato de normas no
Brasil e na Alemanha - 5ª ed. - São Paulo: Saraiva, 2005, PP. 69
18. ↑ Mendes, Gilmar Ferreira. Jurisdição Constitucional: o controle abstrato de normas no
Brasil e na Alemanha - 5ª ed. - São Paulo: Saraiva, 2005, PP. 85
19. ↑ Oliveira, Fabiana Luci de. Justiça, profissionalismo e política: o STF e o controle de
constitucionalidade das leis no Brasil - Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011. pp. 31.
20. ↑ Adotaremos a classificação estabelecida por Luís Roberto Barroso. Barroso, Luís Roberto.
O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e
análise crítica da jurisprudência / Luís Roberto Barroso - 3. ed. rev. e atual. - São Paulo:
Saraiva, 2008. pp. 25-40
21. ↑ Adotaremos a classificação estabelecida por Luís Roberto BarrosoBarroso, Luís Roberto.
O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e
análise crítica da jurisprudência / Luís Roberto Barroso - 3. ed. rev. e atual. - São Paulo:
Saraiva, 2008. pp. 41-51
22. ↑ CLÈVE, Clèmerson Merlin. A Fiscalização Abstrata de Constitucionalidade no Direito
Brasileiro, 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p. 125-138
23. ↑ CLÈVE, Clèmerson Merlin (2015). Doutrina, Processos e Procedimentos: Direito
Constitucional. Col: Doutrina, Processos e Procedimentos. São Paulo: Revista dos
Tribunais. ISBN 978-85-203-5812-2
Obras consultadas[editar | editar código-fonte]

• Barroso, Luís Roberto; Marcelo Alexandrino (2008). O controle de constitucionalidade


no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da
jurisprudência. Editora Saraiva 3. ed. São Paulo: [s.n.] ISBN 978-85-02-06970-1
• Clève, Clèmerson Merlin (2000). A Fiscalização Abstrata de Constitucionalidade no
Direito Brasileiro. Revista dos Tribunais 2. ed. São Paulo: [s.n.] ISBN 85-203-1790-1
• Clève, Clèmerson Merlin. Doutrina, Processos e Procedimentos: Direito Constitucional.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015.
• Costa, Alexandre; Carvalho, Alexandre & Farias, Felipe (2016). Controle de
Constitucionalidade no Brasil: eficácia das políticas de concentração e
seletividade.Direito GV, v.12, n.1, pp. 155-187. (São Paulo [s.n.]). ISSN 2317-6172.
• Dimoulis, Dimitri; Lunardi, Soraya (2011). Curso de Processo Constitucional: Controle
de constitucionalidade e remédios constitucionais. Editora Atlas S.A. São Paulo:
[s.n.] ISBN 978-85-224-6299-5
• Silva, José Afonso (2011). O Constitucionalismo Brasileiro (Evolução
Institucional). Editora Método 1. ed. São Paulo: [s.n.] ISBN 978-85-392-0089-4
• Vicente Paulo; Marcelo Alexandrino (2009). Resumo de direito constitucional
descomplicado. Editora Método 2. ed. São Paulo: [s.n.] ISBN 978-85-309-2842-1
• Calil Simão (2010). Elementos do sistema de controle de constitucionalidade. Editora
SRS 1. ed. São Paulo: [s.n.] 224 páginas. ISBN 978-85-98030-75-3
• Gilmar Ferreira Mendes (2009). Jurisdição Constitucional - O Controle Abstrato de
Normas no Brasil e na Alemanha. Editora Saraiva 5. ed. São Paulo: [s.n.] ISBN 978-
85-02-05073-0
• Gilmar Ferreira Mendes (2006). Direitos Fundamentais e Controle de
Constitucionalidade. Editora Saraiva 3. ed. São Paulo: [s.n.] ISBN 85-02-04676-4
• Fabiana Luci de Oliveira (2011). Justiça, Profissionalismo e Política. O STF e o
controle de constitucionalidade das leis no Brasil. FGV Editora 1. ed. São Paulo:
[s.n.] ISBN 978-85-225-0940-9
• Saul Tourinho Leal (2012). Controle de Constitucionalidade Moderno. Editora
Impetus 2. ed. São Paulo: [s.n.] ISBN 978-85-7626-528-3

Leituras de Aprofundamento[editar | editar código-fonte]


1. DIMOULIS, Dimitri; LUNARDI, Soraya. Curso de Processo Constitucional. São
Paulo:Editora Atlas, 2013, pgs. 93 - 116.
2. FERREIRA MENDES, Gilmar. GONET BRANCO, Paulo Gustavo. Curso de Direito
Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2014, pgs. 1.132 - 1.164.
3. CHAVES, Charley Teixeira. Direito processual constitucional: a fiscalidade da
constitucionalidade (ADI, ADC, ADPF, ADO, MI, HC HD e MS) -- 4ª ed. -- Belo
Horizonte: Editora D’Plácido, 2016.
4. BARROSO, Luís Roberto.; Marcelo Alexandrino (2008). O controle de
constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e
análise crítica da jurisprudência. Editora Saraiva 3.ed. São Paulo
5. FERNANDES, Eric. Omissões inconstitucionais e seus instrumentos de controle 1ª
ed. São Paulo: Editora JusPODIVM, 2017.
6. DE FARIA GURGEL, Luiz Alberto. Controle da constitucionalidade na omissão
legislativa: instrumentos de proteção judicial e seus efeitos. Editora Juruá, 2001.

You might also like