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Resumo
Este artigo busca analisar a reação cultural com a inovação, a resistência em
se aceitar o novo, seja um produto, processo, procedimento, etc. Através de
uma revisão bibliográfica, analisando artigos científicos do site:
http://scielo.org/php/index.php , e também artigos de outros sites como:
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/, onde 20 artigos científicos
foram analisados e 05 selecionados, buscando como palavras chaves :
resistência, inovação e cultura, pesquisando as palavras juntas, separadas e
misturadas, para a composição deste artigo, analisando o impacto cultural na
chegada da inovação, e também, quais os fatores e os tipos de inovação, a
resistência em se aceitar o novo, as teorias sobre resistência à inovação, ou
seja, através da análise de artigos e outros , estudar mais à fundo a parte
cultural.
Palavras-chave: resistência à inovação, cultural, tipos de inovação
Abstract
This article seeks to analyze the cultural reaction to innovation, the
unwillingness to accept the new, whether a product, process, procedure, etc.
Through a literature review, analyzing scientific articles Site:
http://scielo.org/php/index.php, as well as articles from other sites as
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/ where 20 papers were
reviewed and 05 selected, seeking as key words: strength, innovation and
culture, researching the words together, separated and mixed for the
composition of this article, analyzing the cultural impact the arrival of innovation,
and also, as the factors and the types of innovation, unwillingness to accept the
new, theories of resistance to innovation, so by analyzing articles and others
study deeper the cultural part.
Keywords: resistance to innovation, cultural, types of innovation
Introdução
O mundo passa por várias mudanças, que começa pelo clima e vai até a
economia, atualmente mudança é uma palavra comum, pois ocorre toda hora
no mundo, sem muito espanto. Segundo Kotter (apud CHU, 2003) a economia
global proporciona tanto riscos quanto oportunidades forçando as organizações
a buscarem melhorias contínuas, não somente para competir, mas para
sobreviver. Diante disso, as organizações precisam reinventar-se, sair do
status quo (Em Administração - situação atual), quebrar paradigmas e
revolucionar mudanças.
A parte mecânica da empresa aceita muito bem, como se fosse ajustável as
mudanças, porém a parte motriz, o que faz a empresa funcionar, pode ter uma
certa dificuldade em trabalhar neste novo ritmo.
Com isso, como todo inovação pode causar um certo impacto cultural, o
planejamento e a informação seria a melhor forma de inserir algo novo sem
muito transtorno, segundo Fonseca (2002, p. 12), a informação passada
corretamente, pode desfazer a dúvida ou má interpretação do trabalhador.
Por isso que dependendo como chega esta informação ao trabalhador, pode ser
interpretada de vários modos, afastando ou aproximando o trabalhador da
inovação, criando um certo obstáculo para aceitação das mudanças.
Dependendo do tipo de pessoa, não é muito fácil aceitar isso, há sempre uma
certa desconfiança e medo do novo. E como um modo de segurança, o
funcionário se torna um obstáculo na implantação, deste modo o planejamento
e a informação se tornam ferramentas cruciais na implantação.
E segundo autores, existem algumas definições de fatores que contribuem com
a resistência, que podem ser estudados, para entender melhor a rejeição
cultural do trabalhador em aceitar a inovação.
Definição
A inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço), processo ou
método de marketing novo ou significativamente melhorado ou um novo
método organizacional em práticas de negócio, local de trabalho ou relações
externas. (Oslo Manual, 3rd Edition. 2005.,146, p.46 ). O requisito mínimo para
a inovação é que o produto, processo, método de marketing ou método
organizacional tenha que ser novo (ou substancialmente melhorado) para a
empresa. (Oslo Manual, 3rd Edition. (2005). Guidelines for collecting and
interpreting innovation data,148, p.46).
Deste modo, não é tão feio quanto parece, a inovação seria uma melhoria em
pequenas doses, organizar o ambiente de trabalho, acelerar um processo de
produção de modo eficiente sem interferir na qualidade do produto, agilizar o
modo de produção, aumentando o número de peças fabricadas. E na figura
abaixo demonstra de forma resumida e simples, por onde começar o processo
de inovação, numa sequência simples.
Tipos de Inovação
Segundo o Manual de Oslo (2005), concentra-se em quatro tipo de inovação:
inovação de produto, inovação do processo, inovação de marketing e inovação
organizacional.
A Inovação de produto consiste na introdução de um bem ou serviço que é
novo ou significativamente melhorado respeitando as suas características ou
funcionalidades. Isto inclui melhorias significativas nas especificações técnicas,
componentes e materiais, software incorporado interface com o utilizador ou
outras características funcionais.
Exemplos de inovação de produto: primeiro leitor MP3 portátil, a introdução do
sistema de travagem ABS, sistemas de navegação nos carros de GPS
(Sistema de Posicionamento Global) ou outros subsistemas melhorados.
A inovação de processo consiste na implementação de um método de
produção ou distribuição novo ou significativamente melhorado. Isto inclui
mudanças significativas nas técnicas, tecnologia, equipamento e /ou software.
Exemplos de novos métodos de produção são a implementação de um novo
equipamento de automatismo na linha de produção ou o desenvolvimento do
design de um produto assistido por computadores. Um exemplo de um novo
método de distribuição é a introdução um sistema codificado ou RFID ativo
(Identificação por Rádio Frequência)
A inovação de marketing consiste na implementação de novos métodos de
marketing, envolvendo melhorias significativas no design do produto ou
embalagem, preço, distribuição e promoção. A inovação de marketing tem
como finalidade a orientação no sentido das necessidades do consumidor,
abrindo novos mercados ou reposicionando no mercado o produto de uma
empresa, com o objetivo de aumentar as vendas da empresa. A característica
distintiva de uma inovação de marketing, comparando com outras alterações
nos instrumentos de marketing de uma empresa, é a implementação de um
novo conceito ou estratégia de marketing que representa uma ruptura com os
métodos de marketing já utilizados anteriormente. Por exemplo, a utilização
inicial dos diferentes meios de comunicação ou técnicas – como a colocação
de produtos em filmes ou programas de televisão – é uma inovação de
marketing. Uma inovação organizacional consiste na implementação de um
novo método organizacional na prática do negócio, organização do trabalho ou
relações externas.
A inovação organizacional pode ter como fim aumentar o desempenho de uma
empresa ao reduzir custos administrativos ou de transação, melhorar as
condições no local de trabalho (e, desse modo, a produtividade laboral), adquirir
acesso a recursos não taxáveis (como conhecimento descodificado) ou reduzir
custos de fornecimento.
Tudo aquilo que o funcionário temia, por isso que muitas vezes, ele se torna
arredio ao termo inovação ou mudança. Pois no final das contas conhece as
consequências.
AUTOR CARACTERÍSITCAS
TOOLE (apud BOYETT, 1999, p.65) 33 hipóteses para explicar por que as pessoas
resistem às mudanças: homeostase, stare decisis,
inércia, satisfação, falta de amadurecimento, medo,
interesse pessoal, falta de autoconfiança, choque do
futuro, futilidade, falta de conhecimento, natureza
humana, ceticismo, rebeldia, genialidade individual
versus mediocridade do grupo, ego, pensamento de
curto prazo, miopia, sonambulismo, cegueira
temporária, fantasia coletiva, condicionamento
chauvinista, falácia da exceção, ideologia,
Institucionalismo, “A natureza não evolui aos
saltos.”, retidão dos poderosos, “Na mudança, não
existe maioria”, determinismo, crença na ciência,
hábito, despotismo do hábito, insensatez humana.
Kotter e Schlesinger (apud HAMPTON, 1992, p. Estudaram inúmeras mudanças empresariais e
570) encontraram quatro causas comuns de resistência:
egoísmo provinciano, má compreensão e falta de
confiança, avaliações diferentes, baixa tolerância à
mudança.
Motta (apud MOURA, 2002, p. 40) Aponta alguns fatores que podem levar a resistência
à mudança: receio do futuro, recusa ao ônus da
transição, acomodação ao status funcional,
acomodam-se aos seus direitos e conveniências,
receio do passado.
Robbins (2002, p. 533) Identificou as principais fontes para a resistência
organizacional: inercia estrutural, foco limitado da
mudança, inércia de grupo, ameaça à
especialização, ameaça às relações de poder
estabelecidas, ameaça das alocações de recursos
estabelecidas.
Fonte: SALES, J. D. A.; SILVA, P. K. Os fatores de resistência a mudança
organizacional e suas possíveis resultantes positivas: um estudo de caso na Indústria
Calçados Bibi do município de Cruz das Almas – BA.
Planejamento e Comunicação
Conclusão
Para toda inovação deve-se analisar a parte funcional da empresa, não olhar
somente a máquina, mas sim o trabalhador e seu comportamento. Por isso o
planejamento e a forma de informações, segundo Fonseca (2002, p. 12), colabora
muito em evitar este obstáculo, pois existem vários fatores que contribuem para isso
conforme Quadro 1, relatado pelos autores. E a resistência é a fuga do trabalhador,
para atrasar ou retrabalhar o inevitável, mas mesmo assim continua resistindo, o medo
colabora muito com esta resistência, o sentimento de sentir obsoleto e ser descartado,
com relata Previtalli (2006), nos anos 80 em uma UPC (Unidade Produtiva de
Campinas), que no final das contas ocorreu a demissão. De uma certa maneira, existe
uma certa laguna na cultura do trabalhador com relação a inovação. E assim com um
aluno, deve-se analisar o perfil do funcionário e o local de trabalho, para achar
a melhor maneira de informar sobre a inovação. E qual o motivo desta
inovação, para entender melhor o motivo, e desta forma aceitar mais
facilmente, participar e colaborar com a implantação e analisar todos benefícios
desta mudança, não somente as consequências.
REFERÊNCIAS
ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento organizacional. São Paulo: Pretice
Hall, 2002.
BOYETT, Joseph H; BOYETT, Jimmie T. O guia dos gurus: os melhores
conceitos e práticas de negócios. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
CHU, Rebeca Alves. Resistência as mudanças: aspectos positivos. ENAMPAD,
2003. EAN BRASIL. Atuação setorial da ean Brasil: calçados. Disponível em: <
http://www.eanbrasil.org.br> acesso em: 21 de abril 2006.
OSLO MANUAL, 3rd Edition. (2005). Guidelines for collecting and interpreting
innovation data. OECD, Eurostat, Paris.
INNOSUPPORT INNOVATION GUIDE, MODULE 1.3, visto a 07 de Dezembro
de 2015 - http://www.innosupport.net/
Controle e resistência do trabalho na reestruturação produtiva do capital no
setor automotivo
FS Previtalli - Mediações-Revista de Ciências Sociais, 2006 - uel.br
A rebeldia conservadora: aspectos da resistência à modernização nas
organizações brasileiras
Hermano Roberto, Thiry-Cherques.
Rev. adm. empres.; 35(1); 30-37; 1995-02
SciELO Brasil | Idioma: Português
Resistência a mudança: uma revisão crítica
José Mauro da Costa, Hernandez; Miguel P., Caldas.
Rev. adm. empres.; 41(2); 31-45; 2001-06
SciELO Brasil | Idioma: Português
Os fatores de resistência a mudança organizacional e suas possíveis
resultantes positivas: um estudo de caso na Indústria-Calçados Bibi do
Município de Cruz …
JDA SALES, PK SILVA - IN: X SEMEAD. São Paulo: Universidade …, 2007 -
tupi.fisica.ufmg.br