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AGALIA. Nam. 41 eva racer! 6a Ascinam Ge Lingus Primavers 195 Magarin Spaly Universitat Tubingsr. z NEUPRIL, FAKULTAY 4.4 SUMARIO BIBLiOTHEK Oe lit tane nee ne Bi Lantre oncnet ces, 9 en 0, Maer soo cure rare earn rast Rer Fees pe Bee noras “ ‘At tre, on Cav sr morse o Guna Cl Londo Ca Dako oes “Sana San Gale ara ‘exeaionn ings, por oo Maul Outro 10 ‘A posited atl Bt, ars mee, ot Wenge Fabio. T98S ara coat, or Raya aes Ave 100 ‘0cLAENTAGON E RFORUACON Sones on Gtk Tim wat nica to gue pasomana BS be eum dos pose Soros cgedeemon goog ncaa ce concn 08108 Lents Pees! Cae Calo qu ares recone ‘eens Cage et Ae 9k rt te EES ‘too wom one rs hes snr tees SES Te tn ee Welz { NOTAS A lingua literaria apis COSERI 1, Na lingsticnatualconsiderase com freqdncia s6 a lingua falada «primariaw(espontdnea ou usual») como enaturalyewlivze>, a0 pass que ‘lingua exemplar (0 wingua padrdo») e «form Iierria desta ve conde: am como califcas»e wimpastas». Por consegulnte,considera-s amnbém ba gramética desritiva wobjtivistay como realmente centfica ea pramati- ‘normativa como expressio sem fundamentacenifico dma aitade ate ‘eral e dogmatca, Tratese de Grose confuses tedrioas que procedem da ‘Concept postivista vulgar a lnguagem e da linguisaca” Na realidade & por tanto, na boa tora, a lingua iter 2. Como forma fundamental da cultura (do wesplricoobjetivado na is ‘ria, a linguagem ¢ com efeto,atividade livre e manifestagio da liberd. de criadora do homer, Masa iberdade do homem histrico nao ¢arbiio fem capicho: ear avidades livres nd sdo avidader sem norma nenfuma. ‘Ao contrrio: toda atividade live implica o seu proprio wdever ser, as stas ‘ormnasintisecas;normas imperative wobrigatrias,nlo por alguma coe {o exterior, mas por compromissolivremente consenigo (0 Que &, ais, © Sentido do Tat. obligato) 3. Nocasodalinguagem, por se trtar duma aividade muito complexa, ‘que se desenvalvesmultaneamente em tr vie —o nivel universal do flat ‘Sm geal, o nivel hstrico das inguase 0 vel pareular dos discusos também as norma intrinsecas(nuitivamente sguidas pos fants it tivamente aplieadas como crtros de juizos sobre o falar pels ouvintes) sTo muito compesas; correspondem porem essencialmente aos das universal de. ‘erminantes da inguagem:acriaividade (0 fato de sera linguagem atividade tiadora ou do esprton) ea alteridade(ofato de Ser a inguagem manies: taste do wer com-outrosp —da cnaturera polio social» do homer), No ‘seb dgvess onsen? sd conprudaed com os principe universal 00 pensamentoe com o conhesimena gral humane do enyndon. No nivel par- Fealars norma ado apropriad (do anstorcico tpéror ), que pode Se fiereniado em: adequado (com resplto ds wcosas» de que st fla), conve. Iiente (com respelio a0 deinatério do dicuts) e oportuno (com respeito {creanstancie do fala), No nivel hstreo, ems, na perspectva do ste iis linguistic, a norina da vorrrdo (conformicade do falar com 0 sistema Tinglsico que se pretende relia) ¢, na perspetiva da comunidae flan, ‘norma dasolidariedade idiomtin(conformidade com 0 falar «dos outros, ‘omesmo ambit funciona, que €& que determina a consitugio ea cont ‘uidade das inguashistics, das modalidadesinternas de esas eds lin uss comuns sts normas podem ser suspedidashistoricamente oy intencionalmen- seamed, Ai peo incor san tne {Covapropriado pode suspende tanto a congrutnca como a correyio. Mas S fac mesmo deve advert asuspensio prova da sua exsténciaeigéaia, “Todo modo de falar corespondent a uma modalde uma lingua hs- série (ingua fepina, diet, vel ou estilo de lingua) tem asa propria, oveto, Mas cata malas tem a0 meno tempo & suse dealer fe, por ant, de vggncia, Assim, um daleo focal em vigénca no 4 {3 iosaPe’ otto famfiar, no abl da famfia; nao tambem fora detes Lmitos. esfera de slteridade da ing comum abrangevitalmente toda {Ucomunidadeiiomatica Ea gua exemplar (ou wingua padriow) € uma ‘Segunda lingua eomum que se etablece por cima da lingua comm (no caso ‘uma lingua comum diferenciada teplonalmente ou socalment), como fo: ima idealment untaia da mesma, pelo menos para aquclas tara ¢ avi Ass (Cultural, polices, soda, edueaconas) queso Gdealments) areas SS URHndE de foda a SomuntdideMiomaticn Com ito, ingun exemplar onfirma a coest ea ndvidualidae da comunidade correspondente a uma Afngua hstrea ea expresso mas eloguente da nidade éicocultoal ds omunidade idiomatica” A lingua Iterdra, Finalmente, €o estilo —08, me hor, o registro» Conjunto de exis) mas elevado da lingua exemplar, nas hoses comunidades € também a oficina onde consantemente se exper mnaesecapragesemplardadtaomutcn x0 meso ene, 8 conte ‘Ho'por anionomists nga exemplar 5. A congruéncia correo, a solidariedade eo apopriao slo valo res cuturais (scolar) do fala; mas slo valores ade signo 220» tu de simple suflelncia, & que, em cada caso, nf implicam nada mais do {qu conformidade com ta norma: com um weve Ser» suficent. A ex Savtdade dlomstca —>pelo peseio que goa es fungdes a que est det Eade a lingua padido—¢ um valor sOcocutaal autonomo, Em particular 2 ifteaaiNerifa, por eepresensarna forma mals evidenteeimediataxcoesto oma radigdo cltral ta comunidad eo mesmo tempo, odinamism0 I {erno da lingua a Erdpeur ou eriatividade insta em todo sistem lin- ‘ltico™ alm do wdeversersuficenten,€um valor cultural de signo sem T pre postive, Dagui a prefertnciasScio-cultural pea Kingua exemplar e pela FinguaIiertia —preferéncia no imposta por «autoridades», mas espont- nea em todo falate weflexvo»—e,n0 plang etalingsico, a normativt ‘dade planftcaydolinguica (a coantrayio delberade da lingua exemplar) 6. A hierarquzapio ingnua das lingua das modalidades internas das lingua hstreas) ea normatividade dogmascae vulgar so, sem diva, a les errOneas craves. hiearguiaedo ingéaua interpreta erdneamente 1 falta de elaboragio secundaria como defilénl intr insozae considera, po tanto, ceria aguas com estraturelmenteinferiores a auras eas modalida dss primaria da lingua historca como corrupgbes da lingua exemplar. Ea ‘ormatividade Vulgar redu a coreedo idiomatic a exemplaridade (recone fes6. lingua exemplar como scorreay)e, nas suas formas enemas, reten- ‘de que em qualquer crcunstncia se fal 0 lingua exemplar. Mas ito ndo Sionfis que convenharenunciar herarquzasio e& normatividade e optar pela gualltarmo.e pelo prtendido «tberalismos ling. A hiearauiza- fo ingéaua e« normatvidade dogmdtica pecam por exc mas reconhe- Snr Mhda gud Soufuamente, o'r hnsonal € iclocalurl agua txemplar. © que convém, por tanto, € optar por estabeecero bom sentido ‘eal da horargla ds inguas e das modalidadesidiomatcas e por uma no. ‘matividade consiente do seu sentido genuino e dos seus limits 7. Muito mais ertidveis si o igualitarismo e o pretendido «liberals ‘mom lingistieo, que se fundam em soismase desconhecem o valor proprio fas ngs use cultray (st € culture mal) eda lingua exemplar. O iu taro idiomas pretends que todas as ngs todas as modaldadesio- smatcas sto «iguasy pr ‘apresentarem todas esruturaslingisteascomple- fase scents ecumprirem todas com a sua fungao de comunicayao no seu mbites fet, sem dvida, certo, mas do qual no se deduz qu sear gua» para qualquer Tunedoe com vespeto a qualquer mbit. AS linguas eas mo Aatdadesidiomstias duma lingua historia sGo eiguais» (melhor: shomol 38) prmariamente: como sistemas lingulsicas, Sto €,simplesmente come finguas por serem linguan, mas loo s40 no gus da a elaboragao cultura slo equvalentes pelo seu aun, mas no pelo wAusbat» (Humboldt). Eo liberalism lingulstico afirma com razio que todo modo de falar tem sua bropriacorreyaoe que lingua exemplar no é math wcorrtan d0 que outras ‘odlidades da nga histries. Mat disto nao se dedur que a exemplarida- Ae carosa de todo valor ou que simplesmente nao exista como «facto mall- a>, que sejs6 um sine, de gramatcose purists, em qe © que & ‘covrlon mma modalidade da inguao see tambbem em auslgue Oats od, que sj ito empregar em qualquer Ambito as formas wcorretas» num Smita determinados que cada qual se) livre de falar come quis” em qual- ‘er cicunstanca em gualguer mbit, tambem no bite © a0 nivel pro pros da lingua exemplar. ‘0 liberalism ingistico é, no fundo, um falo iberalismo: no pro- ‘move a liberdade, mas sim 0 abirio. Endo €, como alguns pensam (ot di ‘ay Sem pensar une atte sprosresitan, tolerant eeemocrstan, ‘nas sim dma aude Yeaconaria eprofundamenteantdemocratic, 8 que

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