You are on page 1of 1

No ano 2000, foi publicado pela Revista Brasileira de Psiquiatria um artigo

sobre Transtorno de Conduta e comportamento antissocial. Escrito por Isabel


Altenfelder Santos Bordin, membro do Departamento de Psiquiatria da Universidade
Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM) e Grupo
Interdepartamental de Epidemiologia Clínica (Gridec), Unifesp/EPM e David R.
Offord, membro da Divisão de Psiquiatria da Infância e Adolescência, McMaster
University/Canadá e do Centro de Estudos sobre Crianças em Situação de Risco, além
do Centro Chedoke para a Criança e a Família da McMaster University/Canadá. O
artigo citava essa psicopatologia utilizando pesquisas canadenses e a última edição da
época do Diagnostic and Statistical Manual of Men- tal Disorders (DSM-IV). Os
pesquisadores salientam na obra a importância de verificar possíveis alterações
comportamentais nas crianças e nas suas atividades normais como a escola, podendo assim
verificar se representam um desvio do padrão de comportamento esperado para pessoas
da mesma idade e sexo em determinada cultura.
O artigo se baseia nas principais características do transtorno da conduta, onde
mostra o seu diagnóstico, evolução do quadro e o tratamento. Estudos realizados
comprovam que cerca de 50% dos transtornos antissociais são resultantes de fatores
genéticos e os outros 50% são decorrentes dos aspectos socioambientais (MENDES et
al., 2009). Os fatores associados ao comportamento antissocial na infância e
adolescência podem ampliar a visão do profissional de saúde mental sobre a família e
a comunidade nas quais o paciente está inserido. Pesce (2009) acredita que o fator
ambiental, o ambiente familiar, é uma variável significativa e influente na modulação
do comportamento da criança, e quando esta está cada vez mais exposta a um
ambiente violento, tal fator, será condicionante para o desenvolvimento de problemas
comportamentais na infância.
Logo, investigando variávies de comportamento como quando se sabe que o paciente
vem passando a noite na rua, desacompanhado, sem autorização dos pais; o
diagnóstico já começa a tomar um norte. Com a confirmação de que o mesmo vem
mentido, enganado as pessoas, ou até mesmo roubando e agindo com violencia
destruído ou incendiado patrimonios, ter machucado animais ou pessoas de propósito,
a intervenção psicológica imediata, pode fazer a diferença na vida do paciente. Mesmo
que para Dória et al. (2015, p. 52) a possibilidade dos efeitos do transtorno de conduta,
quando diagnosticado em crianças, se estenderem até a vida adulta é grande e podem
trazer consequências negativas para a sociedade.
O tratamento mais efetivo envolve a combinação de diferentes condutas junto à
criança/adolescente, à família e à escola. De fato é válido ressaltar que as transformações
ocorridas na família possibilitaram uma grande melhora na conduta desses jovens, a
justiça intervindo para que todos estejam concientes da gravidade, pode levar a um melhor
caminho, porém ela por si só não é suficiente, enquanto a sociedade não mudar, não
colaborar e ter conciencia dos atos ilicitos, pode haver uma perda de mais crianças e
adolecentes para o Desvio de conduta ou algo pior. Como é citado no documentário “O
começo da vida”: “Não existe criança negligenciada pela mãe e sim pelo ambiente”.

You might also like