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GABRIELA CAMPANHARO
JACQUELINE CORREA DE OLIVEIRA MANFREDI
LORENA COTA
YALUNARA LOCATELI BOEQUE
DOMINGOS MARTINS
2018
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GABRIELA CAMPANHARO
JACQUELINE CORREA DE OLIVEIRA MANFREDI
LORENA COTA
YALUNARA LOCATELI BOEQUE
DOMINGOS MARTINS
2018
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GABRIELA CAMPANHARO
JACQUELINE CORREA DE OLIVEIRA MANFREDI
LORENA COTA
YALUNARA LOCATELI BOEQUE
COMISSÃO AVALIADORA:
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Prof. Dr. Ivan Almeida Rozário
______________________________________
Prof. Esp. Yuri Miguel Macedo
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RESUMO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………………….. 5
2. REVISÃO DE LITERATURA………………………………………………………….. 11
3. METODOLOGIA………………………………………………………………………... 14
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………... 25
6. REFERÊNCIAS………………………………………………………………………… 27
1. INTRODUÇÃO
A pesquisa pretende refletir sobre como a prática da avaliação ocorre no terceiro ano
do ensino fundamental de uma escola da rede pública no município de Vila Velha,
levando em consideração as respostas para a nossa entrevista, as teorias e as
práticas pedagógicas dos professores que nela atuam.
Ressaltamos que o ensino fundamental foi acrescido de mais uma série, o 9º ano, o
que faz do 3º ano basicamente a antiga 2ª série.
Não só durante o 3º ano do ensino fundamental, mas durante toda a sua formação
acadêmica, é de grande importância que os alunos sejam enxergados como
indivíduos únicos e que têm sua própria interpretação de mundo.
Nós, como futuras professoras, precisamos nos manter atentas, pois avaliar o aluno
também significa a auto-avaliação de nossas práticas em sala de aula e para tanto,
precisamos estar alinhadas com nosso planejamento.
uma análise por parte do professor e do aluno quanto aos aprendizados alcançados.
Essa etapa da avaliação é justamente para o professor e o aluno conseguirem
perceber a evolução do aprendizado.
Este estudo pode contribuir para a reflexão dos professores e alunos de pedagogia a
respeito da importância de uma prática avaliativa que vise o acompanhamento
constante dos alunos e os posicionamentos necessários para que se alcance os
objetivos de ensino tornando o processo avaliativo um facilitador na construção e
direcionamento na formação do conhecimento.
Avaliar é muito mais complexo do que formular questões e mensurar seu resultado,
avaliar é um processo contínuo que pode nortear o trabalho do professor aprumando
o que for necessário para que os alunos alcancem as habilidades e competências
que lhes cabem.
para lidar com toda esta diversidade e assim atender a todos os alunos de forma
personalizada na medida do possível.
2. REVISÃO DE LITERATURA
Para o aluno a avaliação ainda é algo opressor que coloca aluno e professor em
lados opostos como se fosse uma competição onde um ganha e outro perde Freire
(1987, p.78) nos mostra
Isto ainda é tido como uma forma de mensurar o que foi aprendido pelo aluno de
maneira a ranquear, pois mesmo com os esforços de alguns o ensino ainda é
tradicional e o Estado procura fazer o levantamento de maneira vertical com a
aplicação de diversos instrumentos avaliativos nos diferentes níveis escolares a fim
de contabilizar o que está sendo aprendido. Uma forma de informar ao professor e o
aluno sobre o resultado da aprendizagem é a avaliação formativa, durante o
desenvolvimento das atividades escolares, pois localiza a deficiência na organização
do ensino-aprendizagem, de modo a possibilitar reformulações no mesmo e
assegurar o alcance dos objetivos. A referente modalidade de avaliação é chamada
formativa (SANT’ANNA, 2001) no sentido que indica como os alunos estão se
modificando em direção aos objetivos.
Correia (2013) no seu texto A Avaliação nas séries iniciais: implicações desde a
formação traz como conclusão a importância em respeitar as individualidades
expressando a importante função do professor como agente (trans) formador que
atua diretamente sobre os anseios da sociedade quanto a educação nas séries
iniciais, propondo um aprendizado mais humanizado.
professor irá planejar suas aulas, onde precisará dar mais atenção, qual o ponto
forte e fraco de cada aluno e também de uma visão ampla de sua turma.
3. METODOLOGIA
Este estudo se configura através da pesquisa qualitativa que como vimos com
Moreira e Caleffe (2008) está interessada nas características das avaliações e
também no contexto onde o mesmo está inserido, fato este que não existe a
possibilidade de ser coletado com facilidade através de dados numéricos. Também
citamos Demo (2008) tendo em vista que o mesmo destaca que a pesquisa
qualitativa busca incluir o que a ‘metodologia dura’ não comporta em seus métodos.
Nesse sentido o trabalho se constitui como estudo de caso, pois buscamos um “[...]
delineamento mais adequado para a investigação de um fenômeno contemporâneo
dentro de seu contexto real” (GIL, 2002, p.54) tratando assim, da avaliação e seus
instrumentos, e de levantamento para aproximação dos sujeitos com o proposto pelo
tema. Teremos como principal a leitura seletiva que Gil (2002) nos mostra a
possibilidade de ser adequada mediante necessidade e relevância dos textos
acessados, sendo “[...] necessário ter em mente os objetivos da pesquisa, de forma
que se evite a leitura de textos que não contribuam para a solução do problema
proposto” (GIL, 2002, p.78).
Desta forma, cabe aos nossos intentos ajudando a compreender e analisar o objeto
de estudo tema deste trabalho, Gil (2002, p.55)
“[...] a experiência acumulada nas últimas décadas mostra que é possível a
realização de estudos de caso em períodos mais curtos e com resultados
passíveis de confirmação por outros estudos”
Essa pesquisa foi realizada especificamente para este trabalho. Primeiramente foi
definido o tema a ser estudado, utilizamos então a pesquisa qualitativa com o estudo
de caso e a aplicação de questionário para a coleta dos dados necessários.
Após reuniões o grupo definiu que a entrevista seria aplicada no 3º ano do ensino
fundamental, numa escola da rede municipal de Vila Velha - ES. O questionário foi
direcionado a 04 (quatro) professoras dos 3º anos do ensino fundamental dos turnos
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Iniciamos a pesquisa verificando que três das quatro profissionais possuem duas
formações, sendo que 100% delas possuem o curso de Pedagogia como uma de
suas formações e todas elas concluíram suas graduações entre 1999 e 2003.
Situando ainda as profissionais, três delas residem no mesmo município onde está
localizada a escola (Vila Velha) e uma está no município de Cariacica que é um
município vizinho.
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Ver anexo 1 para ter acesso ao questionário completo.
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Corroboramos com a negativa unânime na questão 7 que traz a prova como o único
instrumento de avaliação, porque sabemos o quanto esta limita a percepção sobre o
que os alunos realmente aprenderam, tendo em vista que esta carrega consigo um
histórico de opressão em seu uso fazendo com que atinja um nível classificatório de
ranqueamento.
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Gráfico 6.
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Já para a questão 9, 75% das profissionais têm o desejo de usar a prova como
instrumento de avaliação mesmo que a escola autorizasse outras formas de registro
avaliativo e de forma unânime e para nossa surpresa as profissionais não veem a
prova como instrumento de classificação dos alunos. Esta por si só, na Idade Média,
era usada como forma de demonstrar (provar a aptidão) que o aluno sabia todo o
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Gráfico 8.
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Gráfico 9.
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Gráfico 10.
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conteúdo dito pelo mestre ou lido por ele sem nenhuma intervenção (CORREIA,
2013).
Vimos na questão 11 que 100% das profissionais indicaram que o professor deve se
autoavaliar, percebemos que é importante que haja um parâmetro com metas
traçadas para que facilite os ajustes necessários, pois “se o professor não estiver
atento às dificuldades apresentadas pelos alunos, para ajustar seu trabalho, não
atingirá as metas iniciais” (SILVA, 2002 p.41). Na segunda parte da pergunta
questionamos quando esta avaliação deveria ocorrer e percebemos que duas das
profissionais responderam que anualmente, destoando um pouco do que foi
analisado até aqui e que também foi identificado ser um processo constante de
acordo com as profissionais A e C.
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Questão 12.
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Questão 13.
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Questão 15.
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Nos causou surpresa quando indagamos as profissionais se elas fazem uso da ficha
de avaliação, pois percebemos que nenhuma das profissionais usam esta forma de
registro e duas sequer conhecem tal documento. Consistindo este na lista de
instrumentos avaliativos e também de acompanhamento contínuo do aluno sendo
que os “instrumentos de avaliação são, portanto, registros de diferentes naturezas.
[...]. Ora é o professor quem registra o que observou do aluno, [...]” (HOFFMANN,
2001, p. 119).
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Questão 17.
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por toda a internet e não foi encontrado o arquivo citado, encontramos uma
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entrevista que diz que o mesmo foi confeccionado como uma forma de gerir a
educação que nas palavras do secretário José Roberto Martins Aguiar
porém como foi dito pela professora B não foi divulgado e/ou dado livre acesso aos
sujeitos de direito.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante a tudo que tivemos acesso, constatamos que embora as práticas avaliativas
tenham tido um avanço significativo nas últimas décadas, ainda há muito o que se
discutir e principalmente percebemos a necessidade de uma mudança de postura
para o ato de avaliar, trazendo o aluno para o foco do processo, como um sujeito
que aprende e ensina, e a avaliação como instrumento mediador desses saberes,
praticada como um agente de transformação.
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Entrevista com o título ”Educação apresenta marco curricular das escolas municipais para
diretores”
http://www.vilavelha.es.gov.br/noticias/2016/12/educacao-apresenta-marco-curricular-das-escolas-mu
nicipais-para-diretores-11798
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Constatamos com esse estudo de caso que ainda há muito a evoluir e que ainda
praticamos uma avaliação ultrapassada, que pouco valoriza os verdadeiros
aprendizados. Vimos que não há um consenso nem tampouco interesse em novas
práticas avaliativas. Por fim, observamos que entre a consciência da mudança e a
aplicação na prática, há um longo caminho a ser percorrido, e ainda que as
professoras tentam fazer suas avaliações de forma mais eficazes, ainda esbarram
em práticas que são obrigatórias e exigidas por instâncias superiores. No fim das
contas, a prova ainda é o que dita, se o aluno passou ou não de ano. Com valores
vazios de sensibilidade e práticas enraizadas numa educação tecnicista, seguimos
produzindo textos e teorias, que na maioria das vezes, ficam só na teoria.
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6. REFERÊNCIAS
CORREIA, E. S. F. A Avaliação nas séries iniciais: implicações desde a formação. Disponível em:
<http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/18247> Acesso: 17 de out.
2017.
DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Científico. 1. Ed. – 5 reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008.
ELY, V. D. Saberes mobilizados pelos docentes em suas práticas avaliativas: um estudo com
professores da Rede Municipal de Ensino de Lajeado – RS. 2006. Disponível em: <
http://biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/saberes%20mobilizados.pdf > Acesso em: 28 de ago. 2017.
ESTEBAN, M. T. A avaliação no cotidiano escolar. In: ______ (Org.). Avaliação: uma prática em
busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 1999 > Acesso em: 28 de agosto
ESTEBAN, M. T. Avaliar: ato tecido pelas imprecisões do cotidiano. Disponível em: <
http://www.anped.org.br/sites/default/files/gt_06_06.pdf> Acesso em: 28 de ago. 2017.
FERRARI, M. Entrevista com Cipriano Carlos Luckesi. Nova Escola. Abril/2006. Disponivel em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/190/cipriano-carlos-luckesi-qualidade-aprendizado>. Acesso em:
02 de set. 2017.
FREIRE, P. Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência, reportagem sobre Paulo
Freire e sua teoria, no site da revista Gestão Escolar. disponível em: <
https://novaescola.org.br/conteudo/460/mentor-educacao-consciencia > Acesso em 21 out 2017.
HOFFMANN, J. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.
LUCKESI, C. C. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Revista Pátio, Porto Alegre,
n.12, ano 3, p.6-11, fev-abr. 2000. Disponível em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2511.pdf> Acesso em: 10 mai. 2018.
SANT’ANNA, I. M. Por que avaliar?: Como Avaliar?: critérios e instrumentos. Petrópolis, RJ: Vozes,
1995.
SILVA, J. F. Avaliar...- O quê? Quem? Como? Quando? In: Revista da TV Escola n.29. Brasília,
MEC, outubro/novembro, 2002. Disponível em: <
http://revista.tvescola.org.br/pdf/files/revista_tvescola_2002_29.pdf > Acesso em: 28 ago 2017
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Gráfico 1.
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Gráfico 3
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Gráfico 4.
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Gráfico 5.
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Gráfico 6.
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Gráfico 7.
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Gráfico 8.
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Gráfico 10.
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A. Todo dia.
B. Anualmente.
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Gráfico 11.
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D. É muito importante termos variados meios para avaliar o aluno, uma vez que
vai poder planejar seu trabalho pedagógico com a turma. Em nossa escola as
avaliações diagnósticas são de língua portuguesa e matemática.
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Questão 12.
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programados.
B. Uso para/como indicador dos conteúdos que precisam ser trabalhados.
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Questão 14.
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os regentes.
C. Percebo que necessita uma organização de um documento curricular que
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Questão 16.
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Questão 17.