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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA – SEAD/UFES


CURSO DE PEDAGOGIA - EaD

GABRIELA CAMPANHARO
JACQUELINE CORREA DE OLIVEIRA MANFREDI
LORENA COTA
YALUNARA LOCATELI BOEQUE

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA NAS PRÁTICAS


AVALIATIVAS DOS PROFESSORES DOS TERCEIROS ANOS DAS
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

DOMINGOS MARTINS
2018
1

GABRIELA CAMPANHARO
JACQUELINE CORREA DE OLIVEIRA MANFREDI
LORENA COTA
YALUNARA LOCATELI BOEQUE

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA NAS PRÁTICAS


AVALIATIVAS DOS PROFESSORES DOS TERCEIROS ANOS DAS
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso


de Licenciatura em Pedagogia - EaD, como requisito
parcial para obtenção do título de Licenciado em
Pedagogia - EaD da Universidade Federal do Espírito
Santo.

Orientador(a)Profª Drª: Patrícia Gomes Rufino Andrade.

DOMINGOS MARTINS
2018
2

GABRIELA CAMPANHARO
JACQUELINE CORREA DE OLIVEIRA MANFREDI
LORENA COTA
YALUNARA LOCATELI BOEQUE

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA NAS PRÁTICAS


AVALIATIVAS DOS PROFESSORES DOS TERCEIROS ANOS DAS
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Licenciatura em Pedagogia - EaD,
como requisito parcial para obtenção do título
de Licenciado em Pedagogia - EaD da
Universidade Federal do Espírito Santo.

Aprovado em 14 de julho de 2018.

COMISSÃO AVALIADORA:
______________________________________
Prof. Dr. Ivan Almeida Rozário
______________________________________
Prof. Esp. Yuri Miguel Macedo
3

RESUMO

Este estudo constitui parte integrante da pesquisa "A importância da avaliação


diagnóstica nas práticas avaliativas dos professores dos terceiros anos das séries
iniciais do ensino fundamental" e tem como objetivo pesquisar e levantar dados de
como a prática da avaliação ocorre no terceiro ano do ensino fundamental, que é
hoje o fim do bloco da alfabetização. Investigamos se o processo avaliativo é
aplicado visando uma formação mais ampla das crianças em seus aspectos
humanos e sociais, se respeita sua individualidade e o seu ser histórico. E
principalmente buscamos observar se a avaliação se cumpre no seu caráter
diagnóstico contribuindo no planejamento das ações das professoras entrevistadas.
O estudo foi realizado em uma escola da rede municipal, localizada na periferia do
município de Vila Velha, nos terceiros anos do ensino fundamental das séries
iniciais. ​O trabalho dialoga com vários aportes teóricos da Avaliação na Educação, e
entre eles destacamos Hoffmann (1994, 2001 e 2005), que nos enaltece a
importância de avaliar o todo, beneficiando em cada aluno as suas características
peculiares, com um olhar individualizado para todos os envolvidos no processo de
ensino.

Palavras-chave: Avaliação. Aprendizagem. Avaliação Diagnóstica


4

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO​………………………………………………………………………….. 5

2. REVISÃO DE LITERATURA​………………………………………………………….. 11

3. METODOLOGIA​………………………………………………………………………... 14

4. ANÁLISE DOS DADOS​……………………………………………………………….. 16

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS​…………………………………………………………... 25

6. REFERÊNCIAS​………………………………………………………………………… 27

ANEXO 1 - Questionário investigativo para professores do 3º ano ensino


fundamental de uma escola municipal em Vila Velha​……………………………. 30
5

1. INTRODUÇÃO

A pesquisa pretende refletir sobre ​como a prática da avaliação ocorre no terceiro ano
do ensino fundamental ​de uma escola da rede pública no município de Vila Velha,
levando em consideração as respostas para a nossa entrevista, as teorias e as
práticas pedagógicas dos professores que nela atuam.

Nosso objetivo geral é a Avaliação no ensino fundamental, especificamente no 3º


ano, pontuando como e se ela acontece. Partimos do ponto de que é uma prática
necessária no trabalho do professor, que precisa ser mais abrangente e detalhada
englobando o que é intangível/qualitativo aliado ao tangível/quantitativo.
Investigamos o que é levado em consideração durante a avaliação destas crianças,
se a escola/professor tem uma avaliação diagnóstica, que envolve a descrição e
classificação ou se é uma avaliação formativa, que busca identificar as insuficiências
principais na aprendizagem inicial. Salientamos que a avaliação também tem a
função de orientar a prática pedagógica, e deve acontecer de forma contínua e
sistemática.

Vamos expor ao longo da nossa pesquisa alguns objetivos específicos, como:


discutir a Avaliação contrapondo o que é explicado e o que é cobrado; relatar como
os professores compreendem a Avaliação e a praticam; expor como a Escola pratica
e orienta os professores quanto a Avaliação Diagnóstica, explanar a forma como a
Escola trabalha a Avaliação nas turmas de 3º anos e exemplificar como a avaliação
pode tornar a infância mais humanizada.

Ressaltamos que o ensino fundamental foi acrescido de mais uma série, o 9º ano, o
que faz do 3º ano basicamente a antiga 2ª série.

O 3º ano do ensino fundamental é o bloco de consolidação da alfabetização - o


encerramento do ciclo da infância que compreende crianças de 6 a 8 anos. É
6

portanto quando os alunos começam a ser avaliados com provas, testes, e


atividades, podendo ser aprovados ou não. Este período do ensino fundamental é
também quando o estudante se depara com as divisões de conteúdos, algo bastante
novo e desafiador.

Não só durante o 3º ano do ensino fundamental, mas durante toda a sua formação
acadêmica, é de grande importância que os alunos sejam enxergados como
indivíduos únicos e que têm sua própria interpretação de mundo.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, o objetivo geral do Ensino


Fundamental é utilizar diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica,
corporal — como meio para expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir
das produções da cultura. Além disso, espera-se que alunos do 3º ano do ensino
fundamental das séries iniciais tenham a capacidade e habilidade de compreender a
cidadania como participação social e política, perceber-se integrante, e agente
transformador do ambiente, desenvolvendo o conhecimento ajustado de si mesmo e
o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética,
estética, de inter-relação pessoal e de inserção social.

No que tange ao assunto avaliação, observamos problemas históricos que indicam


que a prática esteve ao longo dos anos centrada na classificação, na seleção, na
reprovação e na exclusão. Atualmente existe a consciência da necessidade de
mudar o ato de avaliar, priorizando instrumentos que possam medir se a criança está
conseguindo compreender o conteúdo transmitido pelo professor e se estes
instrumentos auxiliam no entendimento e na evolução - ou não - do aluno.

Este projeto evidencia a importância de uma avaliação individual, humanizada e


contínua de cada aluno.

A avaliação é um processo contínuo de pesquisa que visa interpretar os


conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças
esperadas no comportamento em função dos objetivos, a fim de que haja
7

condições de decidir sobre alternativas do planejamento do trabalho, do


professor e da escola como um todo. (OLIVEIRA, 2010 apud PILLETI, 1987,
p.188).

Luckesi (2002, p.23) afirma que

A avaliação da aprendizagem escolar, além de ser praticada com tal


independência do processo ensino aprendizagem, vem ganhando foros de
independência da relação professor-aluno. As provas e exames são
realizados conforme o interesse do professor ou sistema de ensino. Nem
sempre se leva em consideração o que foi ensinado, mais importante do
que ser uma oportunidade de aprendizagem significativa, a avaliação tem
sido uma oportunidade de prova de resistência do aluno aos ataques do
professor, as notas são operadas como se nada tivessem a ver com a
aprendizagem. As médias são médias entre números e não expressões de
aprendizagens bem ou mal sucedidas.

Infelizmente, como observamos no texto, essa é uma realidade ainda vivida em


muitas escolas, onde o trabalho desenvolvido serve para estar presente no ranking
de notas do MEC, para saber qual escola aprova mais no ENEM e nos vestibulares.
Precisamos nos preocupar se o aluno está realmente aprendendo, se está
conseguindo compreender o conteúdo ao ponto de - em uma mudança de cenário -
utilizá-lo na prática e não simplesmente marcar um gabarito correto.

Nós, como futuras professoras, precisamos nos manter atentas, pois avaliar o aluno
também significa a auto-avaliação de nossas práticas em sala de aula e para tanto,
precisamos estar alinhadas com nosso planejamento.

Os instrumentos avaliativos propostos precisam atingir o maior número de alunos e


isso é possível através do processo de avaliação que o professor diagnostica ​quais
áreas carecem de mais dedicação e esforços. Além da eficácia dos instrumentos
avaliativos a atenção deve estar voltada para a maneira que cada aluno a
desenvolve.

A primeira concepção de avaliação que vamos expor, é a avaliação formativa


(CRUZ, 2014)​, cuja finalidade é controlar e medir o progresso do aluno quanto aos
objetivos propostos. Tendo em vista que esta precisa ser frequente proporcionando
8

uma análise por parte do professor e do aluno quanto aos aprendizados alcançados.
Essa etapa da avaliação é justamente para o professor e o aluno conseguirem
perceber a evolução do aprendizado.

A segunda concepção que vimos é a avaliação somativa ​(CRUZ, 2014)​, que


classifica o aluno. Geralmente é realizada aos finais de trimestres, bimestres ou no
fim do ano, com o intuito de informar se o aluno foi aprovado ou reprovado na
disciplina.

A terceira concepção de avaliação, a avaliação diagnóstica ​(SANTOS e VARELA,


2007) é constituída por uma sondagem, projeção e retrospecção da situação de
desenvolvimento do aluno, dando-lhe elementos para verificar o que aprendeu e
como aprendeu. É uma etapa do processo educacional que tem por objetivo verificar
em que medida os conhecimentos anteriores ocorreram e o que se faz necessário
planejar para selecionar dificuldades encontradas.

Luckesi (2002, p.33) entende que a

(...) avaliação pode ser caracterizada como uma forma de ajuizamento da


qualidade do objeto avaliado, fator que implica uma tomada de posição a
respeito do mesmo, para aceitá-lo ou para transformá-lo. A avaliação é um
julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em
vista uma tomada de decisão.

Os professores, a partir da avaliação diagnóstica de forma integrada, reajustam seus


planos de ação. Esta avaliação ocorre no início de cada ciclo de estudos, pois a
variável tempo pode favorecer ou prejudicar as trajetórias subsequentes, caso não
se faça uma reflexão constante, crítica e participativa.

Percebemos que as avaliações formativas, diagnóstica e somativas formam um


conjunto e não queremos propor que seja trabalhada apenas uma delas, mas
entendemos que as habilidades e competências que os alunos precisam adquirir e
desenvolver ao longo dos anos letivos muitas vezes não podem ser medida apenas
9

através de perguntas e respostas, através de decorebas ou tantas outras formas


superficiais que registram esse conteúdo em um papel.

O uso de diferentes instrumentos avaliativos, facilita aos alunos a uma melhor


assimilação, entendendo a funcionalidade e aplicabilidade do conteúdo em seu
cotidiano, assim como, proporciona uma maior capacitação social e cultural.

A escolha pelo tema, surgiu após discussões em nossos encontros semanais,


acerca dos métodos avaliativos e sua eficácia para a vida escolar do aluno.

Entendemos a possibilidade de destacar os conhecimentos e habilidades de cada


aluno respeitando sua individualidade e seu ritmo a partir do momento que o
professor tem um olhar amplo que o possibilita atender de forma macro (todos os
alunos da sala) e micro (individualmente).

O processo avaliativo deve auxiliar no desenvolvimento cognitivo do aluno sem a


intenção de classificá-lo. Sendo assim, não deve ser realizada somente no final do
período escolar, mas, acompanhar o aluno no seu cotidiano escolar, identificando
seus progressos e dificuldades.

Além disso, a ​avaliação ainda tem o papel de refletir as ações pedagógicas do


professor. É através dela que se tem uma resposta sobre a eficiência do conteúdo
transmitido, facilitando na tomada de decisões sobre o caminho a ser percorrido para
que as apreensões sejam satisfatórias de acordo com as competências para cada
nível escolar.

Freire (1996) demonstra a grande importância no processo dialógico vivido pelo


professor e pelo aluno onde quem ensina aprende e quem aprende também ensina,
ou seja, ambos constroem o conhecimento juntos de forma democrática e autônoma.

Ensino e aprendizagem são processos que estão bastante associados e que


dependem de estratégias didático pedagógicas, diálogos, além da participação
10

efetiva do aluno e da construção de uma boa relação professor - aluno. Desta


maneira, a troca de conhecimentos se cumpre, estabelecendo uma relação de
respeito e empatia, que favorece os resultados.

Este estudo pode contribuir para a reflexão dos professores e alunos de pedagogia a
respeito da importância de uma prática avaliativa que vise o acompanhamento
constante dos alunos e os posicionamentos necessários para que se alcance os
objetivos de ensino tornando o processo avaliativo um facilitador na construção e
direcionamento na formação do conhecimento.

Avaliar é muito mais complexo do que formular questões e mensurar seu resultado,
avaliar é um processo contínuo que pode nortear o trabalho do professor aprumando
o que for necessário para que os alunos alcancem as habilidades e competências
que lhes cabem.

O nosso trabalho delimita-se as 4 (quatro) professoras das turmas do 3º ano do


ensino fundamental I, série inicial de uma escola da rede pública do município de
Vila Velha.

Parafraseando Hoffmann (2005), em seu livro "O jogo do contrário”, a primeira


dificuldade para novas práticas da avaliação é a superficialidade com que os
professores tratam o coletivo. A avaliação perde seu propósito, quando o professor
insiste em olhar para a turma como um todo, sem enxergar o aluno em sua
individualidade.

Na sala de aula, cada um demonstra as suas peculiaridades e todos estão em


constante transformação, o que significa que os alunos podem/devem apresentar
comportamentos e resultados diferentes ao longo do tempo. Ainda segundo a
autora, a avaliação não pode ser dissociada do contexto pessoal e social do aluno
como sabemos, nenhum deles é vazio, todos já possuem conhecimento de mundo o
que os tornam únicos. Sendo assim, é importante que o professor tenha estratégias
11

para lidar com toda esta diversidade e assim atender a todos os alunos de forma
personalizada na medida do possível.

É de grande importância e utilidade lançar mão de instrumentos de avaliação


diversificados, pois o aluno precisa ser avaliado de forma contínua e todo o
desenvolvimento deve ser considerado não descartando o uso de prova escrita já
que de acordo com os instrumentos avaliativos utilizados para mensurar - a nível
Brasil (Provinha Brasil, ENEM…) - as aptidões dos alunos são composto por provas.

2. REVISÃO DE LITERATURA

Avaliação da aprendizagem, segundo Luckesi (1995, p. 18), “é considerada como


um processo de seletividade social, onde o sistema de ensino está interessado nos
percentuais de aprovação e reprovação [...]”.

Portanto, é preciso que haja a consciência no âmbito educacional que ninguém


aprende igual a ninguém, que a compreensão e os resultados são diferentes em
cada criança, que os alunos vão dar respostas diferentes a mesma metodologia e
que não podemos apenas classificar, precisamos compreender as diferenças e ter
várias formas e critérios de avaliação.

Para o aluno a avaliação ainda é algo opressor que coloca aluno e professor em
lados opostos como se fosse uma competição onde um ganha e outro perde Freire
(1987, p.78) nos mostra

[...] que os opressores desenvolvam uma série de recursos através dos


quais propõem à. “ad-miração” das massas conquistadas e oprimidas um
falso mundo. Um mundo de engodos que, alienando-as mais ainda, as
mantenha passivas em face dele. Daí que, na ação da conquista, não seja
possível apresentar o mundo como problema, mas, pelo contrário, como
algo dado, como algo estático, a que os homens se devem ajustar.
12

Isto ainda é tido como uma forma de mensurar o que foi aprendido pelo aluno de
maneira a ranquear, pois mesmo com os esforços de alguns o ensino ainda é
tradicional e o Estado procura fazer o levantamento de maneira vertical com a
aplicação de diversos instrumentos avaliativos nos diferentes níveis escolares a fim
de contabilizar o que está sendo aprendido. Uma forma de informar ao professor e o
aluno sobre o resultado da aprendizagem é a avaliação formativa, durante o
desenvolvimento das atividades escolares, pois localiza a deficiência na organização
do ensino-aprendizagem, de modo a possibilitar reformulações no mesmo e
assegurar o alcance dos objetivos. A referente modalidade de avaliação é chamada
formativa (SANT’ANNA, 2001) no sentido que indica como os alunos estão se
modificando em direção aos objetivos.

Desta forma, buscando compreender as questões do cotidiano

No equilíbrio e perto do equilíbrio, as leis da natureza são universais, longe


do equilíbrio elas se tornam específicas [...]. Longe do equilíbrio, a matéria
adquire novas propriedades em que as flutuações, as instabilidades
desempenham um papel essencial: a matéria torna-se mais ativa.
(ESTEBAN 2002, p.132 apud PRIGOGINE, 1996, p. 66-67).

Entendemos que a pluralidade de uma sala de aula e as diferentes formas de se


apropriar de conhecimentos acontecem à medida que o desequilíbrio faz-se
presente e

A atividade humana, criativa e inovadora, não é estranha à natureza.


Podemos considerá-la como uma ampliação e uma intensificação de traços
já presentes no mundo físico e que a descoberta dos processos longe do
equilíbrio nos ensinou a decifrar. (idem, p. 74).

De acordo com Esteban (2002) o cotidiano da sala de aula é tempo/espaço de


imprevisibilidade, frequentemente existem situações que interferem no processo
ensino/aprendizagem e o que foi planejado muitas vezes precisa ser revisto. O
13

cotidiano escolar é muito complexo e precisamos ter vários olhares para


percebermos diferentes formas de ação e compreensão.

Correia (2013) no seu texto ​A Avaliação nas séries iniciais: implicações desde a
formação traz como conclusão a importância em respeitar as individualidades
expressando a importante função do professor como agente (trans) formador que
atua diretamente sobre os anseios da sociedade quanto a educação nas séries
iniciais, propondo um aprendizado mais humanizado.

Santos e Varela (2007) expõem o quão importante é o olhar qualitativo sobre o


aprendizado, distanciando-se do que é visto e praticado cotidianamente na sala de
aula, onde independente do caminho que se segue no final o que se alcança é uma
média aritmética que de uma forma imparcial demonstrará o resultado do que foi
avaliado.

As autoras - Santos e Varela (2007) - corroboram com a importância da avaliação


diagnóstica e do processo avaliativo a fim de identificar as apreensões e as
necessidades de adequações de ensino-aprendizagem para que todos
possam/consigam - alunos e professores - identificar as deficiências e o que tem
funcionado neste processo dialógico de conhecimento.

A Avaliação Diagnóstica é um instrumento de grande valor e precisa ser bem


aplicado pela equipe pedagógica da escola, esse instrumento precisa ser visto como
algo a facilitar o trabalho, sendo bem feita e aplicada o professor saberá como está o
aluno, compreenderá oportunidades e aplicar sequências didáticas para melhor
expor o conhecimento. Através dessa avaliação é possível conhecer as aptidões,
capacidades, interesses e competências dos alunos para as próximas aulas.

É essencial que no planejamento coletivo, antes do início das aulas os professores


possam ter acesso a avaliação diagnóstica de seus alunos. Iniciar o ano sabendo os
conhecimentos que eles já dominam e suas dificuldades contribuiu na forma como o
14

professor irá planejar suas aulas, onde precisará dar mais atenção, qual o ponto
forte e fraco de cada aluno e também de uma visão ampla de sua turma.

3. METODOLOGIA

Este estudo se configura através da pesquisa qualitativa que como vimos com
Moreira e Caleffe (2008) está interessada nas características das avaliações e
também no contexto onde o mesmo está inserido, fato este que não existe a
possibilidade de ser coletado com facilidade através de dados numéricos. Também
citamos Demo (2008) tendo em vista que o mesmo destaca que a pesquisa
qualitativa busca incluir o que a ‘metodologia dura’ não comporta em seus métodos.

Nesse sentido o trabalho se constitui como estudo de caso, pois buscamos um “[...]
delineamento mais adequado para a investigação de um fenômeno contemporâneo
dentro de seu contexto real” (GIL, 2002, p.54) tratando assim, da avaliação e seus
instrumentos, e de levantamento para aproximação dos sujeitos com o proposto pelo
tema. Teremos como principal a leitura seletiva que Gil (2002) nos mostra a
possibilidade de ser adequada mediante necessidade e relevância dos textos
acessados, sendo “[...] necessário ter em mente os objetivos da pesquisa, de forma
que se evite a leitura de textos que não contribuam para a solução do problema
proposto” (GIL, 2002, p.78).

Gil (2002, p.55) entende que


[...] os propósitos do estudo de caso não são os de proporcionar o
conhecimento preciso das características de uma população, mas sim o de
proporcionar uma visão global do problema ou de identificar possíveis
fatores que o influenciam ou são por ele influenciados
15

Desta forma, cabe aos nossos intentos ajudando a compreender e analisar o objeto
de estudo tema deste trabalho, Gil (2002, p.55)
“[...] a experiência acumulada nas últimas décadas mostra que é possível a
realização de estudos de caso em períodos mais curtos e com resultados
passíveis de confirmação por outros estudos”

Como dito a pesquisa se caracteriza também como levantamento que segundo


Moreira e Caleffe (2008) é a forma de descrever as percepções dos sujeitos em
questão e para tal utilizamos a técnica de coleta.

Gil (2002, p.50) também nos mostra que as pesquisas de levantamento

[...] caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo


comportamento deseja-se conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação
de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema
estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as
conclusões correspondentes aos dados coletados.

As autoras - Marconi e Lakatos (2010) - ainda destacam que é necessário cautela


quanto às fontes, para que as informações colhidas não sejam errôneas, inexatas ou
distorcidas. Então, para que esses fatos não aconteçam é necessário testar a
fidedignidade das informações.

Diante disso, buscamos em forma de questionário, delimitar nossa área de pesquisa


com 17 questões, que foram aplicadas às quatro professoras do 3º ano do ensino
fundamental.

Essa pesquisa foi realizada especificamente para este trabalho. Primeiramente foi
definido o tema a ser estudado, utilizamos então a pesquisa qualitativa com o estudo
de caso e a aplicação de questionário para a coleta dos dados necessários.

Após reuniões o grupo definiu que a entrevista seria aplicada no 3º ano do ensino
fundamental, numa escola da rede municipal de Vila Velha - ES. O questionário foi
direcionado a 04 (quatro) professoras dos 3º anos do ensino fundamental dos turnos
16

matutino e vespertino. Para a produção e coleta de dados o questionário foi aplicado


durante o mês de abril do ano de 2018.

4. ANÁLISE DOS DADOS

Este capítulo foi desenvolvido para expor os dados obtidos através de um


1
questionário investigativo contendo 17 questões que foi aplicado para as quatro
professoras do 3º ano do ensino fundamental de uma escola municipal de Vila Velha
no estado do Espírito Santo ao qual será devidamente analisado no texto que segue.

Iniciamos a pesquisa verificando que três das quatro profissionais possuem duas
formações, sendo que 100% delas possuem o curso de Pedagogia como uma de
suas formações e todas elas concluíram suas graduações entre 1999 e 2003.

Situando ainda as profissionais, três delas residem no mesmo município onde está
localizada a escola (Vila Velha) e uma está no município de Cariacica que é um
município vizinho.

Na questão 4, foi perguntado acerca do tempo de prática com docência e foi


percebido que três das quatro profissionais possuem muitos anos de experiência
(mais de 16 anos de experiência). Desta forma, podemos imaginar que a graduação
em Pedagogia surgiu em suas vidas após iniciarem a vida laboral, já que o tempo de
formação não condiz com o tempo de docência. Ainda dando sequência ao tema
experiência na questão seguinte (questão 5), verificou-se que nenhuma das
profissionais estava atuando pela primeira vez com este nível de ensino,
destacamos ainda que duas das quatro profissionais já atuou em mais de 11 turmas
de 3º ano do ensino fundamental.

1
Ver anexo 1 para ter acesso ao questionário completo.
17

No gráfico referente à questão 6 que trata dos instrumentos de avaliação utilizados,


percebemos que três das quatro profissionais diversificam o quanto acreditam ser
importante para delinear o caminho a ser percorrido para que o aprendizado seja
concebido, pois além dos instrumentos propostos: prova, trabalho de casa, caderno
do aluno e participação em sala de aula. As profissionais acrescentaram: trabalhos
em grupos, pesquisas, tarefas avaliativas em sala de aula, produção de texto e
leitura. Destacamos que “o conjunto dos instrumentos analisados favorece uma
visão processual e complementar dos conhecimentos expressos pelos alunos”
(HOFFMANN, 2001, p.110) auxiliando cada uma das profissionais a elaborar os
planejamentos de aula a fim de alcançar a pluralidade da sala de aula, pois “os
instrumentos de avaliação atendem à multiplicidade dos conteúdos e à
multidimensionalidade do sujeito a avaliar (SILVA, p.40, 2002).

Corroboramos com a negativa unânime na questão 7 que traz a prova como o único
instrumento de avaliação, porque sabemos o quanto esta limita a percepção sobre o
que os alunos realmente aprenderam, tendo em vista que esta carrega consigo um
histórico de opressão em seu uso fazendo com que atinja um nível classificatório de
ranqueamento.

2
Gráfico 6.
18

4 5

Analisando o bloco de questões 8, 9 e 10 expostas nos gráfico acima, na questão 8


uma das profissionais não nota uma diferença positiva de desenvolvimento e
apreensão quando se trabalha com jogos e brincadeiras em sala de aula, mas que
em Piaget (1976 apud ALVES e ​BIANCHIN, 2010, p.284)​ vemos que

[...] A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da


criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa. O jogo é,
portanto, sob suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de
simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a esta
seu alimento necessário e transformando o real em função das
necessidades múltiplas do eu.

Já para a questão 9, 75% das profissionais têm o desejo de usar a prova como
instrumento de avaliação mesmo que a escola autorizasse outras formas de registro
avaliativo e de forma unânime e para nossa surpresa as profissionais não veem a
prova como instrumento de classificação dos alunos. Esta por si só, na Idade Média,
era usada como forma de demonstrar (provar a aptidão) que o aluno sabia todo o

3
Gráfico 8.
4
Gráfico 9.
5
Gráfico 10.
19

conteúdo dito pelo mestre ou lido por ele sem nenhuma intervenção (CORREIA,
2013).

Vimos na questão 11 que 100% das profissionais indicaram que o professor deve se
autoavaliar, percebemos que é importante que haja um parâmetro com metas
traçadas para que facilite os ajustes necessários, pois “se o professor não estiver
atento às dificuldades apresentadas pelos alunos, para ajustar seu trabalho, não
atingirá as metas iniciais” (SILVA, 2002 p.41). Na segunda parte da pergunta
questionamos quando esta avaliação deveria ocorrer e percebemos que duas das
profissionais responderam que anualmente, destoando um pouco do que foi
analisado até aqui e que também foi identificado ser um processo constante de
acordo com as profissionais A e C.
20

Os instrumentos avaliativos como foi exposto são de extrema importância para um


diagnóstico eficaz que Luckesi (2000,p.9) aponta que

Quaisquer que sejam os instrumentos – prova, teste, redação, monografia,


dramatização, exposição oral, argüição, etc. – necessitam manifestar
qualidade satisfatória como instrumento para ser utilizado na avaliação da
aprendizagem escolar, sob pena de estarmos qualificando
inadequadamente nossos educandos e, consequentemente, praticando

6
Questão 12.
21

injustiças. Muitas vezes, nossos educandos são competentes em suas


habilidades, mas nossos instrumentos de coleta de dados são inadequados
e, por isso, os julgamos, incorretamente, como incompetentes. Na verdade,
o defeito está em nossos instrumentos, e não no seu desempenho. Bons
instrumentos de avaliação da aprendizagem são condições de uma prática
satisfatória de avaliação na escola.

7
Questão 13.
22

Analisando as questões 13 e 15 percebemos que uma está ligada a outra e assim


entendemos que a avaliação diagnóstica “[...] consiste em informar o professor sobre
o nível de conhecimentos e habilidades de seus alunos, antes de iniciar o processo
de ensino – aprendizagem, para determinar o quanto progrediram depois de um
certo tempo” (SANTOS e VARELA, 2007, p.6), pensando desta forma, percebemos
o quão importante é fazer este diagnóstico para que este, delineie o que será
planejado de acordo com as necessidades específicas e cada turma assim como de
seus alunos, ou seja, é o ponto de partida para o início do processo de
ensino-aprendizagem pautado no conhecimento cognitivo e histórico de cada
contexto escolar que foi indicado pelas profissionais elas fazem uso deste
diagnóstico a fim de continuar, aprimorar e/ou (re)organizar os conteúdos a serem
trabalhados.

8
Questão 15.
23

Como é proposto pela avaliação diagnóstica (tema proposto na questão 14) a


emancipação do aluno (e sua família) deve andar paralelamente com as percepções
dos professores como um todo. Sendo assim, as profissionais pontuaram que existe
uma réplica aos alunos o que nos mostra que “somente uma avaliação levada a
termo de forma adequada para cada pessoa, é capaz de favorecer o
desenvolvimento crítico pleno ou a construção perfeita da autonomia” (CORREIA,
2013, p.34).

Nos causou surpresa quando indagamos as profissionais se elas fazem uso da ficha
de avaliação, pois percebemos que nenhuma das profissionais usam esta forma de
registro e duas sequer conhecem tal documento. Consistindo este na lista de
instrumentos avaliativos e também de acompanhamento contínuo do aluno sendo
que os “instrumentos de avaliação são, portanto, registros de diferentes naturezas.
[...]. Ora é o professor quem registra o que observou do aluno, [...]” (HOFFMANN,
2001, p. 119).
24

Na questão 17 cada uma das profissionais apontou um tema diferente a professora


A acha de grande importância os cursos ofertados pelo município que de acordo
com Silva (2002, p.42) “na formação continuada ele adquire conceitos novos, e
passa a questionar os que já tem” desta forma, eles se atualizam e se capacitam e
tem a oportunidade de deixar sua zona de conforto e caminhar por outros caminhos.
Enquanto a professora B expõe uma falta de diálogo entre secretaria de educação e
escola quando diz que o documento foi elaborado em 2016 porém os regentes ainda
não tiveram acesso a ele, o que é de vital importância para o bom planejamento e
desenvolvimento das aulas, a professora D relata algo semelhante demonstrando a
verticalidade com que as decisões pertinentes a educação do município são
tomadas. Este documento apontado pela professora B também foi citado pela
professora C, porém ela acha que ele é inexistente por isso não supre as
necessidades organizacionais que comportem todo o conteúdo curricular do
Município, realizamos uma busca no site da prefeitura de Vila Velha e estendemos

9
Questão 17.
25

por toda a internet e não foi encontrado o arquivo citado, encontramos uma
10
entrevista que diz que o mesmo foi confeccionado como uma forma de gerir a
educação que nas palavras do secretário ​José Roberto Martins Aguiar

“​o documento é um instrumento que norteará as práticas pedagógicas dos


professores na escolha e abordagem dos conteúdos nas disciplinas em
cada um dos segmentos. Esse é o maior e mais democrático processo de
construção coletivo vivenciado na Educação de Vila Velha”,

porém como foi dito pela professora B não foi divulgado e/ou dado livre acesso aos
sujeitos de direito.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da ideia de analisar a avaliação no ensino fundamental e as práticas


utilizadas pelos profissionais nesta etapa, fizemos uma investigação teórica e outra
de campo, objetivando um levantamento de dados com informações mais efetivas
para nosso trabalho.

Diante a tudo que tivemos acesso, constatamos que embora as práticas avaliativas
tenham tido um avanço significativo nas últimas décadas, ainda há muito o que se
discutir e principalmente percebemos a necessidade de uma mudança de postura
para o ato de avaliar, trazendo o aluno para o foco do processo, como um sujeito
que aprende e ensina, e a avaliação como instrumento mediador desses saberes,
praticada como um agente de transformação.

10
Entrevista com o título ​”Educação apresenta marco curricular das escolas municipais para
diretores”
http://www.vilavelha.es.gov.br/noticias/2016/12/educacao-apresenta-marco-curricular-das-escolas-mu
nicipais-para-diretores-11798
26

É preciso que o educando entenda o real significado da avaliação, fugindo da sua


gênese, que nos sugere apenas a atribuição de um valor, inferindo a ela toda a sua
importância para que não seja praticada de forma mecânica e sem sentido​.

Concordamos que o ideal seria se no processo de avaliar pudéssemos dar voz ao


avaliado, e a oportunidade de expor suas perspectivas e as suas expectativas sobre
o conteúdo. Acreditamos que se o aluno se sentir parte do processo, poderá
desenvolver melhor suas habilidades e competências e a absorção do conteúdo
acontecerá de forma mais sutil e eficaz.

Constatamos com esse estudo de caso que ainda há muito a evoluir e que ainda
praticamos uma avaliação ultrapassada, que pouco valoriza os verdadeiros
aprendizados. Vimos que não há um consenso nem tampouco interesse em novas
práticas avaliativas. Por fim, observamos que entre a consciência da mudança e a
aplicação na prática, há um longo caminho a ser percorrido, e ainda que as
professoras tentam fazer suas avaliações de forma mais eficazes, ainda esbarram
em práticas que são obrigatórias e exigidas por instâncias superiores. No fim das
contas, a prova ainda é o que dita, se o aluno passou ou não de ano. Com valores
vazios de sensibilidade e práticas enraizadas numa educação tecnicista, seguimos
produzindo textos e teorias, que na maioria das vezes, ficam só na teoria.
27

6. REFERÊNCIAS

ALVES, L. e BIANCHIN, M. A. ​O jogo como recurso de aprendizagem. Rev. psicopedag. [online].


2010, vol.27, n.83, pp. 282-287. ISSN 0103-8486.

CORREIA, E. S. F. ​A Avaliação nas séries iniciais: implicações desde a formação. Disponível em:
<http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/18247> Acesso: 17 de out.
2017.

CRUZ, K. C. M. ​Funções da avaliação escolar. Disponível


em:<http://www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_avaliacao/index.php?pagina=0> Acesso em: 18 jul
2018.

DEMO, P. ​Metodologia do Conhecimento Científico​. 1. Ed. – 5 reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008.

ELY, V. D. ​Saberes mobilizados pelos docentes em suas práticas avaliativas​: um estudo com
professores da Rede Municipal de Ensino de Lajeado – RS. 2006. Disponível em: <
http://biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/saberes%20mobilizados.pdf > Acesso em: 28 de ago.​ 2017​.

ESTEBAN, M. T. AFONSO, A. J. ​Olhares e interface​: reflexões críticas sobre a avaliação. In:


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busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 1999 > Acesso em: 28 de agosto

ESTEBAN, M. T. ​Avaliar​: ​ato tecido pelas imprecisões do cotidiano. Disponível em: <
http://www.anped.org.br/sites/default/files/gt_06_06.pdf> Acesso em: 28 de ago. ​2017​.

ESTEBAN, M. T. ​A avaliação no processo ensino/aprendizagem​: os desafios postos pelas


múltiplas faces do cotidiano. Rev. Bras. Educ., Abr 2002, no.19, p.129-137. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a10>. Acesso em: 28 de ago. 2017

FERRARI, M. ​Entrevista com Cipriano Carlos Luckesi​. Nova Escola. Abril/2006. Disponivel em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/190/cipriano-carlos-luckesi-qualidade-aprendizado>. Acesso em:
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FREIRE, Paulo. ​Pedagogia da Autonomia​. Paz e Terra, 1996.


28

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Freire e sua teoria, no site da revista Gestão Escolar. disponível em: <
https://novaescola.org.br/conteudo/460/mentor-educacao-consciencia > Acesso em 21 out 2017.

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HOFFMANN, J. ​Avaliação mediadora​: Uma relação dialógica na construção do conhecimento. São


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LUCKESI, C. C. ​Avaliação da aprendizagem escolar​: um ato amoroso. In: LUCKESI, C.C.


Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2002. Cap. 9,
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LUCKESI, C. C. ​Avaliação da aprendizagem na escola e a questão das representações sociais​.


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<http://www.redalyc.org/articulo. oa? id = 71540206> ISSN 1517-1949. Acesso em: 29 Dez 2012.

LUCKESI, C. C. ​O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? ​Revista Pátio, Porto Alegre,
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MARCONI, M. de A. LAKATOS, E. M. ​Fundamentos de metodologia científica. 7. Ed. – São Paulo:


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MOREIRA H, CALEFFE L.G. ​Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. Rio de


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Avaliação da aprendizagem no ensino à distância. Disponível em:
<file:///C:/Users/LORENA/Desktop/121-752-1-PB%20(1).pdf> ISSN 1980-7314. Acesso: 15 mai. 2018.

SANTOS, M. R. dos; VARELA, S. ​A avaliação como um instrumento diagnóstico da construção


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29

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significativas​: em diferentes áreas do currículo. In: _____________ (Org.). Porto Alegre: Mediação,
2003.

​SILVA, J. F. ​Avaliar...​- O quê? Quem? Como? Quando? In: Revista da TV Escola n.29. Brasília,
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http://revista.tvescola.org.br/pdf/files/revista_tvescola_2002_29.pdf > ​Acesso em: 28 ago​ 2017

​SILVA, J. F. ​Avaliação formativa reguladora​: Intencionalidade, característica e princípios.


Disponível em <
http://www.construirnoticias.com.br/avaliacao-formativa-reguladora-intencionalidadecaracteristicas-e-p
rincipios%C2%B9/​ > Acesso em 28 ago​ ​2017.
30

ANEXO 1 - Questionário investigativo para professores do 3º ano ensino


fundamental de uma escola municipal em Vila Velha

11

2 - Qual o ano de sua formação?

1- 1999. 2- 2000. 1- 2003.

12

11
Gráfico 1.
12
Gráfico 3
31

13

14

15

13
Gráfico 4.
14
Gráfico 5.
15
Gráfico 6.
32

16

17

18

19

16
Gráfico 7.
17
Gráfico 8.
18
Gráfico 9.
19
Gráfico 10.
33

20

Se sim, de quanto em quanto tempo?

A. Todo dia.

B. Anualmente.

C. Todo planejamento de sua aula (sempre).

D. Se pudesse todo o ano.

12 - Em sua percepção qual a importância da variedade de formas de avaliar os


estudantes? Explique.

A. Na minha percepção a variedade de avaliação ajuda a descobrir as

habilidades que os alunos apresentam e que devem ser consideradas.


B. Usando variados instrumentos de avaliação buscamos informações sobre o

processo educativo de cada aluno e dá para Desenvolver atividades próprias


para cada um.
C. A variedade de formas de avaliar é muito importante pois percebemos o

desenvolvimento de aprendizagem do aluno e o acompanhamento na


superação de suas dificuldades.

20
Gráfico 11.
34

D. É muito importante termos variados meios para avaliar o aluno, uma vez que

através deles, podemos identificar as dificuldades encontradas no


desempenho escolar e de ensino/aprendizagem e oportunizar aos educandos
uma aprendizagem mais efetiva, através da identificação destas dificuldades
21
podemos reavaliar o processo ensino-aprendizagem.

13 - Quando é realizada a avaliação diagnóstica em sua escola, quais dados são


coletados nesta avaliação, e qual a importância da realização da mesma?

A. No início do ano letivo a escrita as habilidades que cada um tem em produzir

determinado as propostas aplicadas no ano anterior.


B. No início do ano Fazemos uma sistematizada e no decorrer de cada trimestre.

C. Geralmente avaliamos a leitura, a escrita, situações problemas, adição,

subtração e produção de texto.


D. A avaliação diagnóstica é muito importante, uma vez que, à partir dela você

vai poder planejar seu trabalho pedagógico com a turma. Em nossa escola as
avaliações diagnósticas são de língua portuguesa e matemática.

21
Questão 12.
35

22

15 - Como esta avaliação reflete no planejamento de suas aulas?

A. Reflete de maneira como eu devo trabalhar e dar continuidade aos conteúdos

programados.
B. Uso para/como indicador dos conteúdos que precisam ser trabalhados.

C. Reflete como forma de reorganizar as aulas E o planejamento em relação ao


que precisa ser mais trabalhado.
D. Ela é de suma importância uma vez que ao identificar o que os alunos já

sabem, ou seja, seus conhecimentos prévios antes de um ano letivo é


essencial para iniciar o planejamento docente para aquele ano, pois com ela é
possível identificar a realidade da turma, observar se as crianças apresentam
pré-requisitos ou habilidades para os processos de ensino aprendizagem e
refletir sobre as causas das dificuldades recorrentes, definindo assim ações
para tentar solucionar os problemas detectados.

22
Questão 14.
36

23

17 - Na sua opinião o município de Vila Velha tem um bom documento curricular


para as séries iniciais? Justifique.

A. Sim pois o município está sempre planejando e dando continuidade aos

cursos e atualizando os professores capacitando.


B. O nosso documento foi elaborado em 2016, porém não disponibilizado para

os regentes.
C. Percebo que necessita uma organização de um documento curricular que

atenda às necessidades e aprendizagem do aluno.


D. Não tenho opinião formada a respeito ainda, uma vez que não somos

consultados para debater tal tema. Normalmente a grade curricular do


24
município já chega às unidades de ensino pronta.

23
Questão 16.
24
Questão 17.

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