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Este documento não é um estudo técnico e tem como único ideal mostrar nossas
ideias em linguagem simples e de forma objetiva.
Recursos
Hoje os maiores responsáveis pela educação básica são os estados e municípios,
que recebem parcelas relativamente pequenas dos recursos tributários.
É sabido que o Brasil passa por momentos difíceis em termos orçamentários, e por isso,
mais do que nunca, precisamos investir no que vai nos gerar mais valor.
Mesmo com as esperadas reformas e consequente crescimento, ainda será difícil levar
muitos recursos para a educação, considerando que temos gastos exorbitantes,
vinculação de receitas, dívida crescente, etc.
Mas por onde começaríamos esse investimento? Sugerimos que seja pelos municípios mais
pobres, pois concentram os piores índices educacionais e, ao mesmo passo é onde a
injeção de recursos causará maior impacto. As crianças que moram nesses municípios
precisam de boa educação para buscar um futuro melhor.
A seleção, portanto, poderia se basear de forma objetiva nos municípios com menor PIB
per capita.
Para municípios carentes, é muito difícil oferecer educação de qualidade, assim como
transporte, alimentação, projetos de saúde na escola etc. para essas crianças que já
sofrem com a pobreza em casa. Com o investimento federal na educação básica,
sobram mais recursos para os governantes locais investirem em creches, ensino
profissionalizante, oficinas de artesanato e cursos rápidos para a comunidade.
Além disso, o investimento nesses municípios dá força para suas economias combalidas,
fazendo girar o comércio local, gerando empregos e transformando a escola no coração
que vai bombear sangue novo para essas comunidades.
Como será o Programa?
Nossa ideia é investir muito bem na educação de um número pequeno de municípios mais
pobres com bolsa educacional e ir ampliando a abrangência em ondas de investimento
que alcançarão mais municípios a cada ano.
Com a possibilidade de receber esses recursos, mais escolas serão abertas, criando
mais vagas e gerando concorrência por alunos. Um processo de seleção natural que
levará as escolas a evoluírem continuamente.
Um bom exemplo do primeiro fato, são as escolas de ensino médio que filtram os
melhores alunos para alcançar altas médias no Enem, e usam esses resultados como
diferencial de mercado.
Nosso objetivo não é reservar as boas escolas para os gênios, mas dar educação
básica de qualidade para todos.
Parte do processo que mudou a educação da Finlândia - tornando-a modelo mundial - foi
focar seus esforços na qualificação e avaliação do professor.
Baseado nesses preceitos, acreditamos que uma metodologia de avaliação objetiva da
qualidade da escola e do professor é o caminho a seguir. Essa avaliação gera as notas
do professor e da escola, que servirão como parâmetros para todo o processo daqui
em diante.
Tendo em mãos as notas das escolas os pais têm parâmetros objetivos pra tomar
decisão consciente sobre onde matricular seus filhos. Esse fato gera concorrência
entre as escolas, cada uma visando seu objetivo. A escola particular luta pelo fator de
mercado, a pública pelo voto, a comunitária por status social e etc.
Além de evoluir pela competição, as escolas com melhores resultados se manterão
evoluindo tendo como alvo a ampliação das bolsas recebidas devido à sua melhor
avaliação - conforme citado: Básica, Avançada e Excelência em Educação.
Com todas as escolas lutando pelo sucesso, quem ganha é o aluno que vê sua escola
melhorar continuamente ou seus pais podem buscar melhores opções. A gestão que não
buscar a evolução verá sua escola esvaziar e dará espaço de mercado para equipes
mais interessadas e competentes.
A nota da escola está fortemente ligada à nota do professor e com isso ocorrerá
concorrência pelos talentos da área. Isso levará o professor a ter incentivo para se
aprimorar e naturalmente essa disputa levará a crescimento salarial.
O professor ganha o merecido protagonismo no processo, em seu meio e na comunidade.
Com isso alcançamos a valorização e a felicidade desse grupo profissional que é o mais
importante para a sociedade. Essa valorização é um sinal que observamos nos países
desenvolvidos e algo que também devemos buscar com avidez.
No caso das escolas municipais e estaduais os recursos poderão ser usados, entre
outras coisas, para gratificar generosamente os professores conforme a
qualificação.
Seu PIB per capita é de R$ 3800, cada escola recebe por aluno R$ 500 pôr mês, tem
por volta de 23,7% de jovens e crianças em idade estudantil e 178% de crescimento por
Real aplicado (o mesmo gerado pelo Bolsa Família).
Novo PIB Per Capita = PIB PC + Bolsa x 12 meses x Percentual de alunos x Fator de
Crescimento = 3800 + 500 x 12 x 0,237 x 1,78 = R$ 6331
Conclusão
O nosso objetivo não é impor mais regras e criar intromissão na gestão das escolas,
mas gerar opções, oferecer recursos, avaliar a aplicação desses recursos e por fim
beneficiar os estudantes com evolução constante na qualidade do ensino.
Assim ergueremos os entes mais pobres sem assistencialismo, mas com educação! Para
no futuro deixarem de ser considerados fardos, e se tornarem fortes colaboradores
da nossa economia.
Além disso, as crianças desses municípios que talvez não tivessem a menor perspectiva
de vida, agora estudarão em escolas muitíssimo melhores e serão médicos, engenheiros,
professores e cientistas amanhã.
O povo brasileiro merece este programa que vai nos elevar ao primeiro escalão mundial,
valorizando acima de tudo as nossas crianças.
Anexo I- Metodologia da Avaliação
As escolas serão avaliadas pela qualificação de seus professores, quantidade de alunos por turma e
outros recursos. Cada professor e cada escola receberá uma nota de 0 a 100 através da soma dos
critérios abaixo. Uma escola com nota de 0 a 64 é considerada de nível Básico, de 65 a 79 Avançado e
Excelência de Ensino de 80 a 100.
Os critérios abaixo são sugestões feitas por nossa consultoria educacional, precisarão ser
ajustados por especialistas da área e poderão ser reavaliados em implantação piloto.
Avaliação do professor
Grau de escolaridade (50 pontos)
Graduação +10;
Pós-Graduação +15;
Mestrado +30;
Doutorado +50;
Línguas (7 pontos)
Aulas extras de 1 ou 2 línguas estrangeiras: +3;
Aulas extras de 3 ou mais ínguas estrangeiras: +6;
Curso de línguas aberto e gratuito para a comunidade oferecendo pelo menos 20% do número de
alunos regulares em número de vagas: +1;
Esportes (5 pontos)
Aulas extras de natação, atletismo, esporte coletivo, arte marcial e outros esportes: +1 por prática
até o máximo de 4 pontos;
Participação e promoção regular (mínimo de 1 por bimestre) de competições esportivas: +1;
Artes (5 pontos)
Aulas extras de música, desenho, pintura, escultura, teatro, dança e outras artes: +1 por prática
até o máximo de 4 pontos;
Participação e promoção regular (mínimo de 1 por bimestre) de apresentações e/ou concursos
artísticos: +1;
Laboratórios (4 pontos)
1 a 3 horas aula semanais em laboratório por aluno: +2;
4 ou mais horas aula semanais em laboratório por aluno: +4;
Saúde (4 pontos)
Oferta mensal de avaliação médica ou odontológica para todos os alunos: +2;
Serviço de enfermagem (profissional disponível 80% do horário letivo): +1;
Acompanhamento nutricional (visita semanal para controle da cantina, mudanças periódicas de
cardápio e atendimento personalizado a alunos que apresentem quadro de problema alimentar): +1;
Créditos
Idealização
eduardoacortes@gmail.com
Consultoria
sialcortes@gmail.com
Revisão
Victória Côrtes Vasconcellos
Estudante/Estagiária de Jornalismo
profissionalvictoriacortes@gmail.com
Agradecimentos
Marcelo Alves
Luiz Gustavo
Cel. Carlos Feitosa
Ulisses Luz
José Orlando
Quando o sol bater
Na janela do teu quarto
Lembra e vê
Que o caminho é um só
A humanidade é desumana
Mas ainda temos chance
O sol nasce pra todos
Só não sabe quem não quer
Tudo é dor
E toda dor vem do desejo
De não sentirmos dor
Legião Urbana
Não é a terra que constitui a riqueza das nações, e ninguém se convence de
que a educação não tem preço.
Rui Barbosa