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PARA ADUBAÇÃO
Ismail Soares
Fortaleza – CE
CEP: 60.120-002
E-mail: geral@frutal.org.br
Site: www.frutal.org.br
EDITOR
DIAGRAMAÇÃO E MONTAGEM
Ficha Catalográfica
Soares, Ismail.
Interpretação de análise de solos e foliar para adubação. – Fortaleza: Instituto
Frutal, 2007.
104 p.
1. Solo – Análise - Interpretação. 2. Solo – Análise foliar. 3. Adubação. I. Título.
CDD 631
Cordialmente,
COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
Almiro Tavares Medeiros Gerardo Newton de Oliveira
UFC/CCA INSTITUTO CENTEC
Anízio de Carvalho Júnior Goretti de Fátima Ximenes Nogueira
SENAR SRH
Antônio Dimas Simão de Oliveira João Hélio Torres D'avila
COOPANEI CREA/CE
Carlos Alberto Figueiredo Pinheiro João Nicédio Alves Nogueira
AEAC OCB/SESCOOP/CE
Carlos Viana Freire Júnior José Albersio de Araújo Lima
SEBRAE/CE ADAGRI
Claudia Valani Barcellos José de Sousa Paz
INSTITUTO AGROPOLOS SDA
Daniele Souza Veras José Ismar Girão Parente
AGRIPEC SECITECE
Ebenezer de Oliveira Silva José Maria Freire
Embrapa Agroindústria Tropical Chaves S.A. Mineração e Indústria
Eduardo Queiroz de Miranda José Maria Marques de Carvalho
FAEC Banco do Nordeste S.A.
Egberto Targino Bomfim José Wanderley Augusto Guimarães
EMATERCE SDA
Felipe Aguiar Fonseca Mota Luiz Carlos Silva
SETUR COOPANEI
Francisco de Assis Bezerra Leite Marcelo Souza Pinheiro
FUNCEME INSTITUTO AGROPOLOS
Francisco Férrer Bezerra Marcílio Freitas Nunes
FIEC CEASA/CE
Francisco Marcus Lima Bezerra Pedro Eymard Campo Mesquita
UFC/CCA DNOCS
Francisco Martonne Lopes Bezerra Reginaldo Martins de Oliveira
Banco do Brasil S.A. CONAB
Francisco Nelsieudes Sombra Oliveira Viviane de Avelar Cordeiro
MDA INSTITUTO CENTEC
Francisco Zuza de Oliveira Walter dos Santos Sobrinho
CEDE SFA/CE
ISMAIL SOARES
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Interpretação e Análise de Solos e Foliar para Adubação
1. O SOLO
1.1. CONCEITO
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Figura 1: Perfil de um Argissolo Amarelo no Município de Baturité – CE
De modo geral, o solo não é compacto, apresenta poros, similar a uma esponja,
que podem ser ocupados por água ou ar, dependendo de suas condições de umidade.
Solo
Fração Fração
Inorgânica Orgânica
Decomposição
Intemperismo Húmus
Mineralização
Minerais na
Fase Sólida
Solução do
Solo
Absorção de
Água e
Nutrientes
Planta
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Microporos - responsável por retenção de água por capilaridade.
Diversos elementos químicos são indispensáveis à vida vegetal já que, sem eles, as
plantas não conseguem completar o seu ciclo de vida.
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As plantas são compostas de 70 a 90% de água, sendo o restante de matéria
seca. Na matéria seca, observa-se que 90% ou mais é formada somente por três
elementos: o carbono (C), o hidrogênio (H) e o oxigênio (O).
Os micronutrientes são: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn),
zinco (Zn) e molibdênio (Mo). Eles não são menos importantes, são somente absorvidos
em menores quantidades.
Existem outros elementos que são essenciais, mas que, também têm sidos
considerados benéficos para as plantas. São eles:
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Como já visto anteriormente, é da solução do solo, ou seja, da água na qual
estão dissolvidos os nutrientes essenciais às plantas, e também elementos tóxicos e que
ocupa os poros do solo, é que as plantas absorvem os nutrientes, porém, as plantas
absorvem somente os nutrientes solúveis em água (Tabela 1).
Potássio K K+
Cálcio Ca Ca++
Magnésio Mg Mg++
Enxofre S SO4--
Boro B H3BO3
Cloro Cl Cl-
Cobre Cu Cu++
Ferro Fe Fe++
Manganês Mn Mn++
Zinco Zn Zn++
Molibdênio Mo MoO4--
Hidrogênio H H+
Alumínio Al Al+++
Sódio Na Na+
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1.3.3. DO PONTO DE VISTA FÍSICO-QUÍMICO
Esse cálculo somente pode ser feito se todos os nutrientes estiverem na mesma
unidade, que pode ser cmolc dm-3 ou mmolc dm-3. Não pode ser feita essa soma se o K e
o Na, estiverem expressos em mg dm-3.
Em temos práticos, dizer que os cátions adsorvidos nos colóides do solo são
tocáveis significa dizer que eles podem ser substituídos por outros cátions. Ou seja, o
cálcio pode ser trocado por hidrogênio e/ou potássio, ou vice-versa. O numero total de
cátions trocáveis que o solo pode reter é chamado de capacidade de trocas de cátions
(CTC). Quando maior a CTC do solo, maior o numero de cátions que este solo pode reter.
Nota-se, então que a CTC é uma característica físico-químico fundamental ao manejo
adequado da fertilidade do solo.
A CTC total (T) é o resultado da soma dos teores de Ca++, Mg++, K+, Na+, H+ + Al+++
trocáveis no solo.
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Figura 4: Visão esquemática do CTC total do solo
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1.3.3.2.1. FATORES QUE AFETAM A CTC DO SOLO
Dentre outros:
b) Superfície específica
É a área por unidade de peso sendo expressa em m2 g-1. Quanto mais subdividido
for o material, maior será superfície especifica, e maior a CTC do solo.
c) pH
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Tabela 2 – Capacidade de troca de cátions de alguns componentes sólidos do solo
Clorita 10 – 40 - -
Glauconita 5 – 40 - -
Haloisita 5 – 10 - -
Óxidos de Fe e Al 2–5 - -
Deve-se ressaltar que este estudo foi desenvolvido em solos do Estado de São
Paulo, onde como a matéria orgânica, apesar de ocorrer em teores bem baixos que a
fração argila, foi a principal responsável pela CTC, contribuindo com 56 a 82 % do total
de cargas negativas (Tabela 3).
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Tabela 3 – Capacidade de troca de cátions total de amostra de solos e da matéria
orgânica
Os cátions que estão adsorvidos aos colóides são passiveis de serem trocados,
seguindo uma série preferencial. Em um sentido bem amplo, a energia de ligação do
cátion ao colóide aumenta com a valência e como grau de hidratação do cátion.
Série preferencial: H+ > Al3+ > Ca2+ > Mg2+ > K+ > Na+
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A CTC do solo pode estar ocupada com cátions essenciais ao desenvolvimento
das plantas, tais como Ca++, Mg++, K+; neste caso, classificamos este solo como eutrófico,
ou preferencialmente com cátions potencialmente tóxicos como H+ e Al3+, e, neste caso,
este será um solo pobre, classificado como distrófico.
A CTC total pode ser dividida em CTC efetiva (t), é aquela em que as cargas
negativas do colóide estão ocupadas por cátions efetivamente trocáveis, como Ca++,
Mg++, K+, Na+ e Al+3 e CTC bloqueada, as cargas negativas do colóide estão ocupadas
pelo H+ não-trocável.
Y Solos Distróficos (pouco férteis): V% < 50%. Em alguns casos, estes solos podem
ser muito pobres em Ca++, Mg++ e K+ e apresentar teor de Al trocável muito elevado.
Z Solos álicos (muito pobres); Al3+ trocável > 0,3 cmolc dm-3 e m% > 50%. Pode-se
dizer que todo solo álico é distrófico, embora nem todo solo distrófico seja álico.
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2. DINÂMICA DOS NUTRIENTES NO SOLO
Adubação
Mineral
Animais Perdas Gasosas
Precipitação
Lixiviação
(Insolubilidade
Observa-se que, para o nutriente estar disponível, ele deve estar na solução e, em
contrapartida, os processos que levam à perda da disponibilidade também ocorrem a
partir da solução do solo. Portanto, para se ter uma adubação, eficiente deve-se
controlar a solubilização do fertilizante para que ela não ocorra de forma total, e sim
gradual, dando tempo para o máximo aproveitamento pela planta, minimizando as
perdas.
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2.1. A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES NO SOLO
Aparte dos nutrientes em forma orgânica que pode ser mineralizada, é sempre
uma incógnita, além de não estar em equilíbrio com as formas minerais.
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Na realidade, o que acontece com a agricultura é em vez da ausência total, é
mais comum ocorrer pelo menos um nutriente disponível em quantidades insuficientes.
Assim, a produtividade será limitada pelo nutriente que estiver em menor disponibilidade,
mesmo que todos demais estejam presentes em quantidades adequadas. Esse princípio,
conhecido como Lei do Mínimo ou Lei de Liebig, em homenagem ao seu idealizador
(Jusrus Von Liebig, Austraia, 1840).
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2.3. LEI DOS INCREMENTOS DECRESCENTES
46 -2 -5 2
Y = 44,11 + 1,02.10 N - 2,33.10 N
45
220
44
Cacho, t ha
-1
43
42
0 200 400 600
-1
N, kg ha
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30 -2
Y = 23,62 + 2,78.10 N - 3,34.10 N
-5 2
28
416
26
-1
Cachos, t ha
24
22
0 200 400 600
-1
N, kg ha
3.1. IMPORTÂNCIA
5 Métodos microbiológicos;
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3.2. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Algumas análises são feitas da seguinte forma: são coletadas folhas com e sem
sintomas de deficiência nutricional, comparando-se posteriormente os resultados de
análise.
Nota-se que a análise de solo ficou como única técnica disponível de fácil acesso
para avaliação direta da fertilidade do solo. Esta análise química do solo é um veículo de
transferência das informações sobre adubação e correção do solo da pesquisa para o
agricultor. Na prática, a análise de solo tem mostrado bons resultados.
4.1. INTRODUÇÃO
Como são muitos os fatores que atuam sobre a planta, e que irão definir a
produção para uma determinada área, nenhuma técnica isolada poderá garantir boa
produtividade. O sucesso estará em compreender o que a planta necessita e ajustar o
meio para que este corresponda às necessidades da cultura, e isso, normalmente, não se
faz adotando uma única atitude, mas sim um conjunto de medidas.
No que diz respeito à nutrição mineral das plantas, sabemos que, infelizmente, na
maior parte de nossos solos as condições químicas não são adequadas para sustentar um
bom desenvolvimento das culturas, e assim, não são ideais para se obterem boas
produtividades. Assim sendo, e de forma geral, há de se melhorar os atributos dos solos, a
fim de se obter sucesso.
Não podemos e não devemos acreditar que a análise química de solo possa
resolver todos os problemas do agricultor. Como dissemos no início, o sucesso depende
de várias técnicas, especificas para cada cultura e propriedade. Podemos, entretanto,
salientar que sem a análise química de solo um bom programa de calagem e adubação,
o sucesso desejado estará sempre mais distante do agricultor.
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Desta forma, todos os técnicos que prestam serviços a uma empresa agrícola
devem estar convenientemente preparados para resolver questões relacionadas à
interpretação de análise de solo para fins de recomendação de calcário, gesso e
adubo.
Análise Interpretação
Amostragem Recomendação
Química dos Resultados
4.2. AMOSTRAGEM
4.2.1. INTRODUÇÃO
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Geralmente, de uma amostra composta, retira-se 0,5 kg de solo, que irá
representar o todo.
Considerando que a análise será feita em uma porção de 10g da amostra, pode-
se calcular:
Nota-se, então, que o planejamento é fundamental para que não haja correria
na hora da plantação, pois o produtor depende, além de si mesmo, de outras partes
envolvidas, tais como laboratório de análise química do solo, do mercado de fertilizantes
e de mão-de-obra.
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Para frutíferas, de maneira geral, a época de amostragem é cerca de três meses
antes do pleno florescimento. Em áreas cultivadas com cafeeiro, a amostragem do solo
deve ser efetuada após a colheita e/ou esparramação.
O solo não é uniforme em toda sua extensão, muito pelo contrario, trata-se de um
material muito heterogêneo nos dois sentidos, em superfície e em profundidade. Por este
motivo, devemos dividir o terreno em glebas homogêneas.
Para esta divisão têm-se quatro pontos básicos que devem ser levados em
consideração:
5 Cor do solo;
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4.2.5.1. NÚMERO DE AMOSTRAS SIMPLES PARA FAZER UMA AMOSTRA COMPOSTA
Para tomada das amostras simples, o instrumento a ser utilizado devera satisfazer
as seguintes condições:
5 Ser capaz de tomar pequenos, suficientes e igual volume de solo de cada local
de amostragem que irá compor a amostra que será enviada ao laboratório;
As amostras simples devem ser colocadas em balde plástico limpo, que não
contenha nenhum tipo de resíduo. As amostras simples devem ser misturadas para que
ocorra a homogeneização. Desta mistura, que retira-se uma porção de cerca de 500g,
que constituirá a amostra composta a ser enviada ao laboratório.
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acidez em toda a área ou apenas na faixa de adubação. Caso a acidez se localize na
faixa de adubação, a quantidade de calcário deve ser proporcional à área
efetivamente ácida.
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unidades adequadas ao SI, sendo que a partir desse momento, não somente os laudos
de resultados analíticos, mas também publicações científicas poderão utiliza-as.
Unidades do SI
Unidades antigas (A) Fator de conversão (F)
(SI = A x F)
Solo
% 10 g dm-3, g kg-1
mmho/cm 1 dS m-1
Planta
% 10 g Kg-1
ppm 1 mg Kg-1
5.1. pH DO SOLO
A neutralização dos íons H+ na solução do solo pode ser feita com pequenas
quantidades de carbonato de cálcio, (em torno de 2 a 3 kg ha-1). Isto porque as
quantidades de H+ presentes na solução do solo é muito pequena.
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do solo. Corretamente seria dizer “pH de um extrato aquoso do solo”, como nos parece
um pouco confuso e não habitual, o termo “pH do solo” tornou-se usual em todas as
publicações sobre Ciência do Solo.
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São condições desfavoráveis às plantas, quando o pH estiver abaixo de 4,5 ou
acima de 7,5 são:
1º caso (pH < 4,5) - baixos teores de Ca++, Mg++, K+ e Na+, altos teores de Al+++ e
Mn++ e alta fixação de P;
2º caso (pH > 7,5) - deficiência de micronutrientes e/ou excesso de Na+, Ca++,
Mg++ e K+.
Alcalino ≥7,0
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5.1.4. SOLOS COM pH MUITO ÁCIDO (pH EM CaCl2 < 4,5 E, EM ÁGUA, < 5,0)
h) Como pode ocorrer Al trocável e baixa CTC efetiva, deve-se esperar altos
teores de Al trocável, pode ocorrer limitação na decomposição da matéria orgânica e o
solo, a longo prazo, acumula matéria orgânica. É o que acontece, por exemplo, nos solos
chamados Latossolos Húmicos.
Observações:
2) Existe uma relação direta entre o pH do solo e a saturação por bases (V). Quanto
maior o pH, mais elevada será V, embora não seja seguro tentar prever o valor exato de
V a partir do pH.
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d) Alta saturação por bases (V), com valores próximos a 90 – 100%;
e) Ausência de Al trocável;
f) Alta CTC efetiva (a não ser que se trate de um solo arenoso, no qual pode-se ter
pH elevado e baixa CTC total e, portanto, será baixa também a CTC efetiva);
g) Pode ser um solo salino ou sódico (excesso de sódio, com seus efeitos negativos
na formação da estrutura do solo, crescimento de raízes e absorção de água);
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5.2. MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO
1 ,8 %C 3 ,1 %MO 18 g C dm - 3 31 g MO dm - 3
Saber se o solo é rico ou pobre em matéria orgânica irá permitir inferir sobre varias
características que poderão auxiliar nas recomendações mais adequadas para o
manejo físico e químico do solo.
a) Alta CTC total, o que significa maior capacidade de retenção de cátions. Por
outro lado, representa também maior resistência à variação do pH (maior poder
tampão), ou seja, se o solo estiver com excesso de acidez, necessitando de calagem, a
dose de calcário a ser aplicada será elevada;
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d) Maior complexação de metais; pois existirá maior possibilidade de existência de
substâncias orgânicas capaz de formar complexo. Como conseqüência, pode-se esperar
menor toxidez por Al trocável, menor insolubilização de micronutrientes em pH elevado
(ou seja, o risco de ocorrer deficiência desses elementos em pH elevado é menor) e pode
ocorrer deficiência de cobre (o complexo desse elemento com a matéria orgânica é de
baixa solubilidade, sendo comum a sua deficiência em solos orgânicos);
a) Solos arenosos;
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Estas limitações ecológicas, como baixas temperaturas, falta de oxigênio (O2), são
explicadas no sentido de que elas são mais prejudiciais para os microorganismos
decompositores do que para as plantas produtoras de biomassa. E, então, o acúmulo de
matéria orgânica acontece, por causa da à adição ser maior que a perda.
- - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - - - -
Muito Baixo ≤4 ≤7
Para que um solo seja considerado tecnicamente um solo orgânico ele precisa
apresentar até pelo menos 80 cm de profundidade, no mínimo 120g C dm-3 (200g MO
dm-3), se não houver argila. Caso haja argila, deve conter essa quantidade mais 0,50g C
dm-3 (0,9g MO dm-3) para cada 1% de argila, ou seja:
Por isto é que nem todo solo muito rico em matéria orgânica pode ser
considerado um solo orgânico
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5.2.3. VARIAÇÃO COM A PROFUNDIDADE
5.3.2. CLASSIFICAÇÃO
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Tabela 8 - Classificação para fósforo disponível para a cultura do milho (PR) e diversas
culturas em (SP), mostrando a diferença entre os extratores Mehlich e resina.
- - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - -
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Tabela 9 - Interpretação dos teores de fósforo disponível para o Estado de Minas Gerais
- - - - - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Muito Alto > 12,0 > 18,0 > 30,0 > 45,0
Extrator: Mehlich-1
5.3.3. PROFUNDIDADE
Observações Importantes:
b) Como o fósforo é pouco móvel no solo, grande atenção deve ser dedicada à
amostragem de solos que recebem adubos fosfatados de forma localizada (no sulco de
plantio), principalmente nos primeiros três a quatro anos após a primeira aplicação.
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5.4. POTÁSSIO TROCÁVEL NO SOLO
Tabela 11 – Classificação dos teores de potássio trocável para o Estado de São Paulo
Teor K trocável
- - mmolc dm-3 - -
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Tabela 12 – Classificação dos teores de potássio trocável para o Estado de Minas Gerais
Teor K trocável
- - mg dm-3 - -
Muito Baixo ≤ 15
Baixo 16 - 40
Médio 41 - 70
Alto 71 - 120
- - - - - - mg dm-3 - - - - - -
Médio 16 - 30 25 - 50
Como foi mostrado nas tabelas acima, pode-se dizer que o nível de potássio
trocável adequado às plantas é mais elevado em solos argilosos e com alta CTC que em
solos arenosos e com baixa CTC.
Para uma determinada região, mesmo quando não houver a separação dos solos
em classes de textura para a classificação do potássio trocável, através da saturação em
potássio, pode-se avaliar a relação entre o teor de potássio e a CTC, onde o calculo é
feito através da formula abaixo, pela divisão do teor de potássio pela CTC total, as
unidades devem ser iguais, neste caso podem ser cmolc dm-3 ou mmolc dm-3.
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K (%) = K+ x 100
Ca++ + Mg++ + K+ + Na+ + Al3+ + H+
Para a maioria das culturas, este valor deve estar entre 3 a 5% da CTC total.
5.4.3. PROFUNDIDADE
O nível de acidez do solo tem relação direta com os teores de cálcio e magnésio.
Utilizam-se para o cálculo da soma de bases (SB) que, por sua vez, servirá para calcular a
CTC e saturação por base (V). Espera-se que se os teores de Ca++ e Mg++ estiverem
baixos, o solo estará também com excesso de acidez (baixo pH) e baixa saturação por
base (V) e, possivelmente, com toxidez por Al3+. Caso isso ocorra, a recomendação é a
realização da calagem que corrigirá todos esses problemas de uma só vez. Inclusive os
baixos teores de Ca++ e Mg++.
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Em solos arenosos acontece, às vezes, do solo apresentar baixos teores de Ca++ e
Mg++, e também baixa CTC. Nessas condições, a saturação por bases, que é um valor
relativo, pode-se apresentar elevado, dando uma falsa indicação de fertilidade elevada.
Por isso, é importante a classificação dos valores absolutos de Ca++ e Mg++ (Tabela 15).
Muito Alto > 4,00 > 1,50 > 40,0 > 15,0
Observação: O instituto agronômico de Campinas (RAIJ et al, 1997) sugere, para o cálcio,
que teores acima de 0,7 cmolc dm-3 (7 mmolc dm-3) sejam considerados altos.
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Pode-se utilizar os valores em mmolc dm-3, desde que os teores de Ca++, Mg++ e a
CTC total estejam todos expressos na mesma unidade.
Para uma boa estrutura nutricional em culturas, um solo fértil deve apresentar as
seguintes saturações em cátions:
---%---
K+ 3-5
Ca++ 50 - 70
Mg++ 10 - 15
H+ 15 - 20
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X Diretamente: dificulta a absorção de água e de cátions essenciais para a
planta;
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5.7. ALUMÍNIO TROCÁVEL
O alumínio não é desejável no solo pela sua toxidez às plantas. Existe um método
de recomendação de calagem cujas dosagens são calculadas visando baixar para zero
o teor de alumínio trocável. Indiretamente as doses dos demais métodos causarão o
mesmo efeito.
Classificação Al3+
A 0,7 6 11,67
B 0,7 15 5,38
Nota-se que embora ambos possuam o mesmo teor de alumínio trocável, no solo
A o Al ocupa uma maior proporção da CTC efetiva, ou seja, para um mesmo teor de Al
trocável, a toxidez por alumínio será maior no solo A que no solo B. Para calcular a
saturação por Al (m), para uma avaliação correta, utiliza-se a fórmula a seguir:
Na tabela 19, temos os índices de saturação por alumínio (m), e devem ser
consideradas as diferenças entre as culturas e/ou cultivares na tolerância à toxidez ao
alumínio.
Classificação m
---%---
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Em uma agricultura com alto nível de tecnologia, é inaceitável a presença de
alumínio trocável no solo, apesar disto, existe a região dos cerrados onde o clima é
propício a altos teores de alumínio trocável. Quando isso ocorre na camada superficial, a
aplicação do calcário resolve o problema ou ameniza. Porém, se for numa profundidade
superior o custo é geralmente mais alto e às vezes a utilização de culturas resistentes a
esta condição seja a opção mais viável para o cultivo desses solos. Existe ainda a
possibilidade de utilizar o gesso agrícola para minimizar o efeito tóxico do Al3+ abaixo da
camada arável (abaixo de 20cm de profundidade).
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Tabela 21 – Classificação dos teores de H+ + Al3+
Classificação H+ + Al3+
Classificação SO42-
- - - mg dm-3 - - -
Baixo ≤ 4,0
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Tabela 23 – Interpretação da disponibilidade de enxofre no solo em função do fósforo
remanescente adotado no Estado de Minas Gerais
Muito
P - rem Baixo Médio Alto Muito Alto
Baixo
mg L-1 - - - - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - - - -
0-3 ≤ 1,7 1,8 - 2,5 2,6 - 3,6 3,7 - 5,4 > 5,4
4-9 ≤ 2,4 2,5 - 3,6 3,7 - 5,0 5,1 - 7,5 > 7,5
5.11. MICRONUTRIENTES
Por causa da facilidade de seu emprego, a maior parte dos laboratórios tem
fornecido resultados provenientes do extrator de Mehlich, nas análises de rotina. Se o
laboratório possuir um espectrofotômetro de absorção, ele pode no mesmo extrato
obtido para determinação do fósforo disponível e do potássio trocável, fazer a
determinação dos micronutrientes. A acidez desse extrator solubiliza além do fósforo
também os micronutrientes metálicos (cobre, ferro, manganês e zinco).
No Brasil têm-se feito testes com o extrator DTPA, inclusive já existindo índices de
classificação dos teores extraídos, embora específicos para uma determinada região,
São Paulo. Este extrator foi desenvolvido para solos alcalinos dos Estados Unidos.
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5.11.2. PROBLEMAS NAS ANÁLISES DE MICRONUTRIENTES
Existem algumas condições em que, mesmo sem a análise de solo, se pode prever
a possibilidade de ocorrerem deficiências de micronutrientes:
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informações. Observe que os índices diferem em função dos diferentes extratores
utilizados e no caso do boro, diferem de acordo com a região.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Baixo < 0,2 < 0,2 <4 < 1,2 < 0,5
Suficiente > 0,6 > 0,8 > 12 > 5,0 > 1,2
Boro extraído com água quente e cobre, ferro, manganês e zinco com DTPA
- - - - - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Muito Alto > 0,90 > 1,8 > 45 > 12 > 1,2
Boro extraído com água quente e cobre, ferro, manganês e zinco com Mehlich-1
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6 - DIAGNÓSTICO DO ESTADO NUTRICIONAL DAS PLANTAS
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6.1. TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICOS DO ESTADO NUTRICIONAL DAS PLANTAS
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de crescimento, adubos foliares que possam esta impedindo a absorção de algum
nutriente e, ou, ocasionando o aparecimento de sintomas similares aos de deficiência;
Após a exclusão dos efeitos deletérios dos fatores bióticos e abióticos sobre as
plantas, facilitada pela experiência e pelo conhecimento do técnico, é necessário
proceder à seleção daquelas plantas que serão diagnosticadas ou analisadas. Para isso,
é necessário efetuar a amostragem.
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Para melhor resultado da analise foliar, é recomendável que, concomitantemente
à retirada das amostras nas plantas-problemas, sejam também amostradas plantas
normais, que poderão ser utilizadas como padrão de referência. Ambas precisam ser
coletadas imediatamente após o inicio da manifestação dos sintomas.
É a fase que mais influencia o resultado da analise foliar, sendo importante, antes
da coleta das amostras de plantas-problemas, excluir os fatores bióticos e abióticos que
possam estar causando danos às plantas, conforme discutido item 6.2. Também, os
sintomas observados nas plantas-problemas, devem ser caracterizados, de preferência,
por comparação com as plantas normais crescendo na mesma área. Essas informações
devem fazer parte da amostra, pois auxiliarão, posteriormente, no diagnóstico do estado
nutricional da lavoura.
Toda amostra deve ser identificada e caracterizada. Além disso, quanto mais
detalhada a discrição dos fatores gerenciais, genotípicos, biológicos, edáficos e
climáticos prevalentes no sistema de produção onde foram retiradas as amostras, mais
preciso será o diagnostico.
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a) Quando Amostrar
b) Qual Órgão
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área ou sob a influência de árvores. Também, tecidos mortos não devem ser incluídos na
amostra.
c) Quanto Amostrar
d) Como Amostrar
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Para pomares, há duas recomendações de amostragem de plantas: a primeira
deve ser feita entre as plantas existentes na unidade considerada homogênea e a
segunda, por seleção de algumas árvores (5 - 10), de vigor médio, na unidade
homogênea, consideradas amostras cativas, sendo amostradas e analisadas todo ano.
Amostrar e analisar regularmente plantas representativas do pomar, ao longo dos anos,
proporcionam resultados mais apropriados e convincentes que as análises executadas
eventualmente.
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Tabela 25 – Parte da planta, época e quantidade de tecido necessário para análise foliar
30 folhas, coletar
Feijão Folhas do terço mediano da planta Florescimento
1 por planta
Folha totalmente aberta na porção Três meses após 100 folhas, coletar
Figo
mediana do ramo a brotação 4 por planta
Gramíneas Crescimento
Brotação nova e folhas verdes 40 plantas
Forrageiras vegetativo
40 folhas, coletar
Mamão Folha com flor visível na axila Florescimento
1 por planta
Terceira ou quarta folha com botão 250 a 280 dias 60 folhas, coletar
Maracujá
floral nas axilas, preste a se abrir após o plantio 1 por planta
40 folhas, coletar
Uva Folha da base do primeiro cacho Florescimento
1 por planta
Na falta de padrões adequados, podem ser criados padrões para uma situação
particular. Empregando plantas que em dada situação edafoclimática e de manejo
estejam produzindo bem.
O nível crítico tem sido definido com o teor do nutriente com o qual a planta terá
10% de redução na sua performance máxima (produção). Entretanto, há situações em
que 10% de redução é inaceitável, por causa do valor da cultura em relação ao custo
de fertilizante. Nesse caso, o NC pode ser definido como o teor do nutriente com a qual a
planta apresentará performance muito próxima da máxima. A mudança no conceito de
redução de 10, 5, 1 ou 0,1% na performance da planta implica, na maioria das vezes, a
necessidade de quantidade muito maiores de fertilizantes, seguindo-se a lei dos
rendimentos decrescentes.
Por outro lado, uma das limitações deste método consiste na forma como os
padrões de referências são estabelecidos. Normalmente são definidos a partir de ensaios
de adubação conduzidos em casa de vegetação ou a campo, com diferentes tipos de
solos e de clima. Nestes ensaios, o nutriente em estudo é aplicado em doses crescentes e
os demais elementos e fatores de produção são supridos em quantidades adequadas
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(variáveis controladas mantidas constantes). Além do mais, o este método considera os
nutrientes isoladamente, desprezando as interações entre os mesmos, não obstante o
incremento no suprimento de um nutriente no solo poder influenciar a absorção ou a
utilização de outros nutrientes pelas plantas.
Faixa de suficiência ou crítica pode ser definida como a faixa do teor do nutriente
na planta acima do qual há razoável segurança de que a cultura será adequadamente
suprida do nutriente e, abaixo dela, há razoável segurança de que a cultura está tão
deficiente do nutriente que a produção será negativamente influenciada.
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Tabela 26 – Teores de referência para a interpretação dos resultados de análise foliar
N P K Ca Mg S
Cultura
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - - - - - - - - - - -
Pimentão 30 - 60 3-7 40 - 60 10 - 35 3 - 12 -
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Cont. Tabela 26 – Teores de referência para a interpretação dos resultados de análise
foliar
B Cu Fe Mn Mo Zn
Cultura
- - - - - - - - - - - - - - - - - - mg kg-1 - - - - - - - - - - - - - - - - -
Caju - - - - - -
Mamona - - - - - -
Uva 45 - 53 18 - 22 97 - 105 67 - 73 - 30 - 35
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6.4.3. DESVIO PORCENTUAL DO ÓTIMO
Este método, proposto por Montanez et al. (1993), foi definido como o desvio
porcentual do teor do nutriente em relação ao teor ótimo tomado como valor de
referência. Para cada nutriente, é calculado um índice DOP, obtendo-se a descrição do
estado nutricional da planta. Esses índices são interpretados da seguinte maneira: um
índice negativo indica deficiência e um índice positivo, excesso. Índice DOP igual a zero
indica que o nutriente se encontra em teor ótimo. Quanto maior o valor absoluto do
índice, maior a severidade da carência ou do excesso. O somatório dos valores absolutos
dos índices DOP calculados para todos os nutrientes analisados representa um índice de
balanço nutricional e permite comparar o estado nutricional de lavouras distintas entre si,
sendo maior o desequilíbrio naquelas em que o somatório se apresentar maior.
Uma vez obtido o resultado da análise foliar, calculam-se os índices DOP para
cada nutriente analisado, de acordo com a seguinte expressão:
Em que:
De acordo com o valor obtido para o Índice Balanceado (B), os resultados obtidos
são interpretados da seguinte maneira: deficiente (< 50%), abaixo do normal (50% a 83%),
normal (83% a 117%), acima do normal (117% a 150%) e excessivo (150% a 183%).
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condução de ensaios de adubação e visa o estabelecimento de níveis críticos de
nutrientes a partir de um banco de dados formado por amostragens realizadas em
talhões de lavouras comerciais, onde são, entre outras variáveis, registrados os teores de
nutrientes nas folhas e o rendimento da cultura, em grãos, fibras, frutos ou matéria seca.
cada intervalo de classe (IC = A/I). Dentro de cada classe de teor, os dados de
produtividade são então classificados em dois subgrupos, de baixa e de alta
produtividade (população de referência). A seguir, calcula-se a chance matemática
para cada classe de teor do nutriente em estudo, segundo Wadt (1996):
Em que:
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Tabela 27 – Valores de chance matemática (CHM) estabelecidos para as diferentes
classes de freqüência "i" de distribuição de teores de N em amostras de terceiro trifólio
com pecíolo, na cultura da soja.
Para este fim foram consideradas apenas as variáveis teor foliar de nitrogênio
(com amplitude entre 26,6 e 65,1 g/kg de N) e rendimento de grãos. Com este banco de
dados foram definidas 15 classes de freqüência (I = 2571/2 ≅ 16,03), cada uma com
intervalo de 2,6 g/kg de N (IC = A/I = 38,5/15 = 2,6). Observa-se que o maior número de
talhões de alta produtividade (Ai) ocorreu nas classes 4 e 5. Porém, em decorrência da
grande quantidade de amostras (Ni) existentes nestas duas classes, a sua proporção em
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relação ao total de talhões nas respectivas classes [P(Ai/Ni)] não é necessariamente a
mais elevada. Por outro lado, verifica-se também que pode haver grande probabilidade
em se encontrar talhões de alta produtividade em classes de teores (2 e 10, por exemplo)
constituídas de limitado número de amostras (Ni). As classes de teor do nutriente que
apresentam os maiores valores para a Chance Matemática são consideradas a faixa
ótima e, para esta, determina-se a respectiva mediana, que é considerada o nível ótimo
do nutriente. Neste exemplo, considerou-se que as maiores possibilidades de obtenção
de altas produtividades de soja ocorrem quando os teores foliares de N encontram-se
entre 31,6 e 47,2 g/kg (limite inferior da classe 3 e superior da classe 8, respectivamente),
enquanto o teor ótimo foi calculado em 39,2 g/kg de N. As faixas de valores de teores de
nutrientes abaixo e acima da faixa ótima são denominadas de faixa infra-ótima e supra-
ótima, respectivamente. A faixa infra-ótima representa teores deficientes e a faixa supra-
ótima, teores excessivos. Em ambas as faixas, os valores de Chance Matemática são em
geral baixos, indicando pequena probabilidade em se obter alta produtividade de grãos
de soja em condições de deficiência ou excesso do nutriente. Ressalta-se que o método
da Chance Matemática pressupõe que esteja se trabalhando com grande número de
amostras, de forma que a freqüência se aproxime à probabilidade.
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plantas por outros fatores de natureza não nutricional, como disponibilidade hídrica,
ocorrência de pragas e doença, etc. Nesta população, são estabelecidos os quocientes
entre o teor de um dado nutriente (A) e os teores dos demais nutrientes (B, C,... N), sendo
que, para cada relação entre nutrientes, são calculadas as normas, constituídas pela
média e desvio padrão (s).
2) para cada relação, calcula-se a diferença entre o valor da amostra (A/B) e a média
das relações da população de referência (a/b). Esta diferença é transformada em
variável normal reduzida (z), ao se dividir pelo valor do desvio padrão (s) das relações da
população de referência; depois, o valor de z é aproximado a um valor inteiro pela
multiplicação com o fator de ajuste (c), que normalmente é igual a dez:
3) obtêm-se o índice DRIS (IA), pelo cálculo da média aritmética das relações diretas
(A/B) e inversas (B/A), transformadas em variáveis normais reduzidas aproximadas:
Em que:
c = 10 = fator de ajuste;
A/B e a/b = relação dual entre os teores de nutrientes (g/kg e mg/kg, para macro e
micronutrientes, respectivamente) da amostra e a média da população de referência,
respectivamente;
Para a interpretação dos índices DRIS são considerados em equilíbrio aqueles com
valor situado dentro do intervalo entre - 10 2/3s e + 10 2/3s (- 6,7s e + 6,7s). Considera-se
que quanto mais negativo for o índice de um nutriente, maior é a carência deste em
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relação aos demais nutrientes envolvidos na diagnose, e um índice altamente positivo
para um nutriente, indica maior excesso relativo do mesmo. A soma dos valores absolutos
dos índices DRIS obtidos para cada nutriente resulta no Índice de Balanço Nutricional
(IBN). E o quociente entre o valor de IBN e o número de nutrientes analisados (n) define o
Índice de Balanço Nutricional médio (IBNm), que representa a média dos desvios em
relação ao ótimo:
Quando os índices DRIS são ordenados do menor valor para o maior, pode-se
conhecer a ordem de limitação dos nutrientes na lavoura em que se efetuou a
amostragem. Em suma, o método DRIS indica qual o nutriente é mais limitante por falta
ou por excesso e qual é a ordem de limitação, dentre aqueles analisados, mas não
permite diagnosticar se o teor do nutriente na amostra encontra-se em magnitude de
provocar deficiência ou toxidez. Os índices IBN e IBNm possibilitam a comparação do
grau de equilíbrio nutricional entre diferentes lavouras. Considera-se que, quanto maior o
seu valor, maior o grau de desequilíbrio nutricional da lavoura.
Ressalta-se, ainda, que uma simples relação de equilíbrio entre nutrientes pode
não ter uma relação direta com a produtividade das culturas, tendo-se em vista que
outros fatores limitantes de natureza não nutricional podem estar afetando o
desenvolvimento das plantas.
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b) se o nutriente não for associado a um índice DRIS extremo, mas ainda assim, em
módulo, é maior que o IBNm, é provável que ele também seja o responsável pelos
desequilíbrios;
d) se o nutriente tiver índice primário positivo, mas inferior ao IBNm, não é provável
que ele seja o responsável pelos desequilíbrios.
Desta forma, se o índice DRIS para o nutriente for negativo e estiver dentro de
qualquer uma das duas primeiras situações acima mencionadas, considera-se que há um
potencial positivo de resposta à adubação; caso o índice DRIS se enquadre no item c,
haveria pouca possibilidade de resposta à adubação e, para o caso do ítem d, a
resposta esperada é negativa.
Prod N P K Ca Mg S Cu Fe Zn Mn B IBNm
Alta -3 0 0 -7 -5 4 3 -1 -7 9 6 4,1
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No método CND, também é utilizado um banco de dados, como nos métodos de
Índices Balanceados de Kenworthy, Chance Matemática e DRIS. O método CND difere
do DRIS pelo fato do teor de cada nutriente na amostra (Xi) ser corrigido em função da
média geométrica da composição nutricional (G), resultando na variável multinutriente
(Vi).
Vi = ln x (Xi/G)
Onde,
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análise do componente principal, propicia maior potencial para melhorar a diagnose
foliar (Parent e Dafir, 1992; Parent et al., 1994).
6.5. FERTIGRAMAS
Os teores obtidos das análises foliares de determinada cultura são então plotados
no fertigrama, no raio correspondente, e após a ligação dos pontos, origina-se um
polígono, a partir do qual se interpreta o estado nutricional da cultura. Picos a partir do
círculo de níveis críticos indicam excessos e, reentrâncias significam deficiência.
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7. PRINCÍPIOS BÁSICOS ENVOLVIDOS NA RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO
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7.1. DEFINIÇÃO DO NUTRIENTE A APLICAR
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Tabela 29 – Situação hipoteticamente criada, para a produção de milho cultivado sob
diferentes disponibilidades de potássio no solo, sem qualquer aplicação desse nutriente,
com base em critérios de Ribeiro (1999)
mg dm-3 % kg ha-1
40 Baixo 60 3600
55 Médio 70 4200
69 Médio 90 5400
94 Alto 95 5700
Tabela 30 – Remoção média de nutrientes no solo para produção de 1,0t ha-1 de milho
N 30
P2O5* 10
K2O* 26
S 05
Ca 06
Mg 06
Zn 0,1
B 0,03
Mo 0,01
90
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É muito importante que o técnico consulte os boletins estaduais ou regionais de
recomendação de adubação, visando uma melhor definição da quantidade a aplicar.
Desde que o método de análise de solo seja o mesmo para um dado nutriente, as
recomendações passam a refletir apenas o avanço do conhecimento gerado pelos
pesquisadores do estado ou região.
Estudos recentes, entretanto, mostram que para doses de nitrogênio de até 100kg
N ha-1, não há necessidade do parcelamento da cobertura. E, para doses de até 50kg N
ha-1, pode-se fazer a aplicação de todo o nitrogênio no plantio, economizando tempo e
gastos com a realização da cobertura nitrogenada, especialmente no caso de solos mais
argilosos. Uma maior aplicação de nitrogênio no plantio, de 30 a 50kg N ha-1 ao invés de
apenas cerca de 10kg N ha-1, é sugerida por Zublena (1991), citado por Furtini Neto (2001)
para o milho.
Por ser bem menos móvel que o nitrogênio, o potássio é menos parcelado e deve
ser aplicado nos primeiros parcelamentos. Por exemplo, na adubação de uma lavoura
de café em produção, o nitrogênio pode ser parcelado em 4 vezes, aplicado de outubro
a março. O total de potássio a ser aplicado, por sua vez, poderia ser parcelado em duas
vezes, sendo aplicado junto com o nitrogênio nas duas primeiras coberturas. Neste
exemplo, se fosse feita opção de se aplicar também o fósforo, este seria aplicado de
uma única vez e, especificamente, na primeira cobertura.
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deslocamento do alumínio para a solução, aumentando a sua toxidez, que é crítica para
as plântulas.
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Tabela 31 - Produção de grãos de soja para diferentes modos de adubação potássica,
em um solo arenoso da região de Barreiras-BA
0 - 2252
5 Solubilidade em água;
5 Acidificação do solo;
5 Uniformidade de distribuição;
5 Disponibilidade no mercado;
5 Preço.
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Havendo a necessidade de se aplicar enxofre para uma dada cultura, ao realizar
a adubação nitrogenada em cobertura o fertilizante nitrogenado escolhido deve ser o
sulfato de amônio. Mas, um manejo mais adequado da fertilidade do solo nesta situação
poderia ser a de se optar pelo superfosfato simples no plantio, resolvendo o problema do
enxofre, de forma a não usar o sulfato de amônio para a adubação nitrogenada, devido
a grande acidificação do solo promovida por este fertilizante. Com isto, o fertilizante
nitrogenado escolhido poderia ser, por exemplo, o nitrocálcio.
A adubação foliar com uréia, notadamente para culturas sensíveis tais como
citros e abacaxi, requer o uso de uréia com menos de 0,25% de biureto como
contaminante. Para aplicação no solo, para a maioria das espécies, uma concentração
de biureto de até 2% não traz problemas. O uso de resíduos industriais e do lixo e esgoto
tratados podem resultar em contaminação com metais pesados, tanto do solo, quanto
da água e do produto colhido. Especial atenção tem de ser dada ao se escolher
fertilizantes desta natureza para adubação de hortaliças, notadamente de alface, que é
uma planta acumuladora de metais pesados.
96
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Interpretação e Análise de Solos e Foliar para Adubação
Muitas vezes o uso de determinado fertilizante, escolhido por uma série de
vantagens, é limitado pela sua disponibilidade no mercado, fator este crítico em certas
regiões do Brasil e em certas épocas do ano.
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5 O nutriente a ser aplicado, sua disponibilidade e mobilidade no solo;
5 O sistema de cultivo;
5 Disponibilidade de equipamentos.
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A aplicação de nutrientes em cobertura pode ser feita a lanço ou localizada ao
lado da linha de plantio de culturas anuais. Para culturas perenes a cobertura é feita da
projeção da copa para o interior até o caule, em aplicação por planta, ou
tangenciando a projeção da copa em uma faixa contínua.
Y x 1000
X=
(10000/e)
Sendo,
Y x 1000
X=
(10000/a)
Sendo,
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Certos fertilizantes muito solúveis em água podem ser aplicados diretamente na
parte aérea, constituindo a adubação foliar. Entretanto, é uma forma de aplicação mais
indicada apenas para micronutrientes. Segundo Mortvedt (1985), as vantagens da
adubação foliar, para os micronutrientes, quando comparada com a aplicação direta
no solo são as seguintes:
Finalizando, uma forma de aplicação de fertilizantes, que aumenta cada vez mais
no Brasil, é através da água de irrigação, constituindo a chamada Fertirrigação. Pela sua
especificidade e importância, fertirrigação é tratada com detalhe em publicações
específicas.
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Interpretação e Análise de Solos e Foliar para Adubação
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