You are on page 1of 113

Síndrome das

Raízes Atrofiadas

Tsuioshi Yamada, Engo. Agro., Dr.


Rua Alfredo Guedes, 1949 sala 208
13419-075 Piracicaba SP Brasil
19 3411-4916
19 9.9221-7385
yamada@agrinature.com.br
www.agrinature.com.br
Citado por: Pierozan Jr, C. (2016): aula PG, ESALQ
2
OBSERVAÇÕES NAS ÁREAS DE ALTAS
PRODUTIVIDADES DO CESB

3
Fonte: Henry Sako, João Dantas e Ernesto Akira, CESB, safra 2014/15

4
Área de Capão Bonito SP (solo argiloso)
Comprimento radicular (mm/camada)

0 500 1000 1500 2000


0-10cm
Profundidade do solo (cm)

20 a 40cm
60 a 80cm
100 a 120cm CESB 122sc/ha

Lavoura
140 a 160cm produtividade menor

Fonte: Henry Sako, CESB, safra 2014/15


Estado que foi coletado a produtividade
MS PR PR RS SP SP SP GO MT PR SP SP MS MS PR
Profundidade
Produtividade (sc/ha)
(cm)

78 80 84 92 97 99 100 107 109 114 120 122 126 *140 142

Nota: todas áreas de altas produtividade


já eram cultivadas há 10 a 20 anos.
Estado que foi coletado a produtividade
MS PR PR RS SP SP SP GO MT PR SP SP MS MS PR
Profundidade
Produtividade (sc/ha)
(cm)

78 80 84 92 97 99 100 107 109 114 120 122 126 *140 142

Principais conclusões:
As áreas com produtividades maiores que 70 sc/ha
tinham 5 fatores em destaque:
1.Sem impedimento físico;
2.Ca e Mg no perfil do solo corrigido até 40 cm;
3.Boa nutrição em K, B, Cu e Co:
4.Manejo fitossanitário;
5.Boa distribuição de plantas (número de sementes por
metro linear e espaçamento entre-linhas).
Tabela 1. Saturação de alumínio e de bases nos campeões de produtividade
14/15 e 15/16 do Desafio Nacional de Máxima Produtividade. Fonte CESB

Produtividade (sc/ha)

Profundidade 120 141,7 120 141,7


m% V%
0 a10 cm 0,0 0,0 77 82
10 a 20cm 0,0 0,0 76 64
20 a 40cm 0,0 0,0 77 56
40 a 60cm 0,0 2,0 57 48
60 a 90cm 0,0 6,0 57 39
90 a 110cm 0,0 3,0 42 42
“Que pode estar limitando a produtividade da soja?”

Minha hipótese:
Síndrome das Raízes Atrofiadas devido, entre
possíveis causas, à:
1. Acidez do solo (toxidez de alumínio)
2. Boro (deficiência) e
3. Toxidez de glifosato
Nota: não cito a compactação do solo, que é, mais
consequência - do mau manejo -, que real causa
do problema. Mas ela existe! E a melhor forma de
a controlar, é a produção intensiva de matéria
orgânica no sistema agrícola.

9
Caracterização da Síndrome das Raízes
Atrofiadas:

Coletar aleatoriamente 100 plantas em um


talhão da propriedade e calcular a porcentagem
de plantas sem raiz pivotante bem definida e
desenvolvida. O valor observado é o índice de
raízes atrofiadas (IRA), que pode ser expresso
em porcentagem.
Tomar medidas corretivas quando IRA > 30%.
PC e PD (cobertura de milheto): perda da raiz pivotante
Pinusplan, Uberlândia 2006/07

58,7 sc/ha 48,3 sc/ha

Foto: T. Yamada, 13/03/2007 11


Alumínio – o inimigo
oculto das raízes.
Fonte: Ferreira, R.P.,
Moreira, A., & Rassini,
J.B., 2006. Toxidez de
alumínio em culturas
anuais. EMBRAPA,
Documentos 63.

13
A acidez do solo, traduzida no
aumento do Al trocável é o
fator químico mais importante
no impedimento do
desenvolvimento radicular.

14
Solo Superfície Raiz Raiz/parte aérea
raiz Assimilação Síntese

+
H
+ H

O-
+ +
NH 4 NH 4 H
+
C=O

N2 NH 3
NH 3 RNH 2

-
NO
-
NO 3
- OH O-
3

C=O
-
OH +
RNH 3

Formas de N e efeitos no pH da rizosfera


16
Acidez gerada pela FBN

Alfafa = 10 toneladas/ha = acidez


equivalente a 600 kg CaCO3/ha
Soja = 2000 ppm de CaCO3 para
retornar ao pH do solo original
(ou 4 t CaCO3 /ha)
Fonte: Nyatsanga, T & W. H. Pierre. 1975 Effect of nitrogen fixation by legumes on
soil acidity. Agron. J. 65:936-940

17
Acidificação gerada pela FBN

Fonte: Haynes, R.J. (1983). Soil acidification induced by leguminous crops.


Grass and Forage Crops, 38:1-11. 18
Acidificação e alcalinização no perfil do solo gerados na produção
de 1000 kg de de milho (20 kg N como uréia) e de 1000 kg de soja
(60 kg N pela FBN)
camada do solo CaCO3 (kg)
camada superficial milho soja
acidificação pelo N-uréia (20 x 3,57) 71,4 (+)
camada sub-superficial
acidificação pela FBN (60 x 3,57) 214,2 (+)
alcalinização pelo N-NO3 (20 x 3,57) 71,4 (-)
Balanço 0,0 214,2 (+)
Conclusão: a acidificação para produção de 1000 kg soja
precisa de 214,2 kg de carbonato de cálcio ou de perto de
300 kg de calcário para sua neutralização.
Saturação por Al e FBN

20
Neutralização da acidez do perfil do
solo por resíduos vegetais

21
Fonte: Miyazawa et al. (1992)

22
Estimativa de especiação e da atividade do alumínio na solução
de um latossolo vermelho distrófico na camada de 0-5 cm de
profundidade submetido a dois sistemas de manejo durante oito
anos, realizada com o modelo Soil Solution

Íons PD PC
%
Al3+ 2,5 4,0
AlOH2+ 1,6 2,6
Al(OH)2+ 25 42
Al(OH)30 0,73 1,30
Al(OH)4- <0,1 <0,1
AlSO4+ 0,21 0,60
AlH2PO42+ <0,1 <0,1
Al-ligantes orgânicos 70 49
Atividade de Al 5,7 x 10-6 1,0 x 10-5
Fonte: Salet et al. (1999)
C = 0 ppm C = 25 ppm C = 50 ppm C = 100 ppm C = 200 ppm

Soja cultivada em solução nutritiva com extrato de mucuna cinza.


Carvalhal & Miyazawa, 2008

24
Poderia ser efeito
Mesma adubação, da M.O. nas
Manejo diferente! camadas profundas
do solo ?
Soja/pousio (7º ano) Soja/braquiária (7º ano) 59 sacas
29 sacas

Fotos: safra 2014/15

Fonte: Zancanaro, L. (2016) Reunião Pesquisa Soja, Londrina


26
Análise solo - cafezal 8 anos meio da rua com brachiaria
Profundidade do solo
Determinação Unidade
0-10 10 - 20 20 -40 40 -60 60 - 80 80 - 100
pH em CaCl2 4,9 4,5 4,5 4,9 5,6 5,9
M.O. g.kg-1 31,7 20,8 18,2 15,4 11,4 10,2
P-resina mg.dm-3 35,4 29,2 5,4 1,5 1,2 7,7
S-SO4-2 mg.dm-3 13,0 15,0 42,0 75,0 77,0 65,0
argila g.kg-1 418 444 470 472 470 474

Análise solo - cafezal 8 anos projeção da saia


Profundidade do solo
Determinação Unidade
0-10 10 - 20 20 -40 40 -60 60 - 80 80 - 100
pH em CaCl2 4,0 4,0 4,1 4,6 5,5 5,7
M.O. g.kg-1 23,8 24,6 18,2 13,4 12,0 10,9
P-resina mg.dm-3 44,6 34,7 5,6 2,2 3,8 3,4
S-SO4-2 mg.dm-3 29,0 25,0 63,0 88,0 79,0 64,0
argila g.kg-1 434 439 460 470 480 476

27
Análise solo - cafezal 8 anos meio da rua com brachiaria
Profundidade do solo
Determinação Unidade
0-10 10 - 20 20 -40 40 -60 60 - 80 80 - 100
K mmolcdm-3 2,8 1,0 0,6 0,5 0,4 0,5
Ca mmolcdm-3 20,0 12,0 9,0 10,0 10,0 11,0
Mg mmolcdm-3 7,0 4,0 2,0 3,0 2,0 3,0
Al mmolcdm-3 0,0 3,0 3,0 0,0 0,0 0,0
SB mmolcdm-3 29,8 17,0 11,6 13,5 12,4 14,5
V % 47,0 30,0 26,0 36,0 41,0 46,0
m % 0,0 15,0 20,0 0,0 0,0 0,0

Análise solo - cafezal 8 anos projeção da saia


Profundidade do solo
Determinação Unidade
0-10 10 - 20 20 -40 40 -60 60 - 80 80 - 100
K mmolcdm-3 1,6 1,5 1,0 0,5 0,4 0,6
Ca mmolcdm-3 5,0 5,0 3,0 6,0 10,0 10,0
Mg mmolcdm-3 3,0 3,0 2,0 2,0 2,0 2,0
Al mmolcdm-3 10,0 10,0 10,0 3,0 0,0 0,0
SB mmolcdm-3 9,6 9,5 6,0 8,5 12,4 12,6
V % 14,0 13,0 11,0 24,0 40,0 43,0
m % 51,0 51,0 62,0 26,0 0,0 0,0
28
Sugestões de manejo da acidez do solo
• Corrigir o solo para Al < 5% até 100 cm
de profundidade.
• Mg > 8 mmol(c).dm-3 .
• Alta produtividade de milho com
produção intensiva de gramíneas de
cobertura.
• Rotacionar com pecuária para
descompactar o solo através de
B. brizanta cv. Marandu e P. maximum.
“Que pode estar limitando a
produtividade da soja?”

Minha hipótese:
Síndrome das Raízes Atrofiadas devido, entre
possíveis causas, à:
1. Acidez do solo (toxidez de alumínio)
2. Boro (deficiência) e
3. Toxidez de glifosato

30
Boro – o fazedor de raízes

31
Teores de boro ao longo do perfil do solo em áreas com
produtividade variando de 78 a 100 sc/ha e de 107 a 142 sc/ha
(Dados retrabalhados a partir dos resultados publicados pelo
CESB, 2016).

Teor de boro no perfil do solo (mg.dm-3)


Produtividade Profundidade (cm)
sc/ha 0 - 10 10 - 20 20 - 40 40 - 60 60 - 80 80 - 100
78 - 100 0,8 0,9 0,7 0,6 0,5 0,5
107 - 142 1,2 1,0 0,8 0,6 0,7 0,5

32
BORO NA PLANTA

33
Funções importantes do boro

• Formação da parede celular


• Controle da permeabilidade da membrana celular
• Síntese do AIA
• Síntese de lignina
• Crescimento do tubo polínico

34
Alongamento radicular (mm) +B

-B

Tempo de tratamento (horas)


Fonte: Bohnsack and Albert, 1977 citado por Marschner, 1995
35
Efeito do B na atividade da oxidase do AIA (padrão)

-B
Oxidase do AIA

+B

-B

+B

Tempo de tratamento (horas)

Fonte: Bohnsack and Albert, 1977 citado por Marschner, 1995 36


Boro: efeito no desenvolvimento radicular

Maize
Soybean
Canola

-B
+B

-B
+B
-B +B
Efeito do boro na formação da semente de ervilha

-BORO

+BORO

Bonillo et al. 2009


p.333
Mudanças na permeabilidade parece ser
característica universal de tecidos vegetais
doentes independentemente do tipo da
doença ou da natureza do agente
patogênico.
Efeitos da deficiência de boro

Deficiência de boro produzindo comida para o Aphelenchoides?

40
41
Aumento de boro na solução diminuiu efeito negativo do glifosato
)
B foliar ppm
Relação entre teor de B foliar e intensidade de ataque de
ácaro vermelho em seedlings de dendezaeiro, 20 dias
após a infestação
Fonte: Rajaratnam, J.A. e Rock , L.I., 1975, Expl . Agric 11: 59-63
Cianidina nas folhas ( ppm )
Relação entre teor de cianidina e intensidade de ataque
de ácaro vermelho em seedlings de dendezeiro, 20 dias
após a infestação
Fonte: Rajaratnam, J.A. e Rock , L.I., 1975, Expl . Agric 11: 59-63
BORO NO SOLO

45
Formas de boro no solo

B-mineral B-adsorvido B-solução


(borosilicatos) (m.o., arg., óxi/hidróxidos Al/Fe) (H3BO3)
20-50 ppm 7-22 ppm 0,1-2,0 ppm
B-adsorvido B-solução
Depende: Extração água quente
pH solo (e calagem) A planta absorve apenas o B
da solução do solo
Matéria orgânica
Óxidos de Al e Fe
Hidróxidos de Al e Fe
Minerais de argila
Carbonato de cálcio
Hidróxido de magnésio

Fonte: Goldberg, S., 1997 Reactions of boron with soils. Plant and Soil 193: 35-48.

47
Adsorção de boro: resumo

ADSORÇÃO DE BORO
matéria orgânica = 600 ppm

Al2O3 > Fe2O3


500 ppm 20 ppm

ilita > montmorilonita > caulinita


60 ppm 30 ppm 20 ppm

carbonato de cálcio = 60 ppm


Adsorção de boro: alguns estudos brasileiros

Necessidade de B = NB
NB = Argila (%)/ 10 = kg/ha de B
por camada de 20 cm de solo

49
Mito . B da solução aumenta com o pH do solo

A figura abaixo é provavelmente a mais citada na literatura científica brasileira,


dentre as inúmeras contribuições deixadas pelo saudoso Professor Malavolta. Ela
resume didaticamente a relação entre pH e disponibilidade dos elementos no solo,
conforme sabia na época. No da disponibilidade de B, existem novos trabalhos
mostrando que, de fato, ela diminui com o aumento do pH, conforme mostra Loué
(1986).

Fonte: Malavolta, E., 1980. Elementos de Nutrição Mineral de Plantas p.35


Fato

Fato: a disponibilidade do B na solução diminui com o aumento do pH


conforme figura abaixo.

Disponibilidade relativa
pH do solo

pH e disponibilidade de B e Mo

Fonte: Loué, A., 1986. Les oligo-elements en agriculture. SCPA /Agri Nathan International, 339 p
Fato

Fato: Calagem aumentando a deficiência de boro

Comentário do autor em 1937: “O mecanismo envolvido na indisposição do boro


para as plantas não tem sido explicado. É descontada a possibilidade de
precipitação de boro insolúvel, mas é apontada a possibilidade de absorção de
boro pelos microrganismos”. Até então não se conhecia a adsorção de boro.
Fonte: Naftel, J.A., 1937. Soil liming investigations: V. The relation of boron deficiency to over-
liming injury. Jour. Amer. Soc. Agron. 29: 761-771
Fato

Calagem e adsorção de boro


Hatcher et al. (1967) explicam a deficiência de
boro induzida pela calagem conforme abaixo:

2 AlX3 + 3 Ca CO3 + 3 H2O


3 CaX2 + 2 Al(OH)3 + 3 CO2

X = Sítios de troca
B é adsorvido pelo Al(OH)3 precipitado

Fonte: Hatcher, J.T., Bower, C.A., and Clark, M., 1967. Adsorption of boron by soils as
influenced by hydroxy aluminum and surface area. Soil Science 104: 422-426
Fato

Os estudos de Hatcher et a. (1967) mostraram:


(a) que Al(OH)3 precipitado adsorve
quantidade relativamente grande de B e
(b) que aumentos nas quantidades de boro
adsorvidos nos solos ácidos com calagem
estão altamente correlacionados com as
quantidades de Al trocável que precipita como
Al(OH)3
(c) e concluem que Al(OH)3 e materiais
similares de hidroxi-Al são os maiores
constituintes do solo causando a retenção de
B pelos solos.
Fonte: Hatcher, J.T., Bower, C.A., and Clark, M., 1967. Adsorption of boron by soils as influenced by
hydroxy aluminum and surface area. Soil Science 104: 422-426
Faixa estreita entre deficiência e toxidez?

Foto: T. Yamada
55
ESTUDO DE CASOS

56
Estudos de casos

Estudo de caso 1. Movimento do B no perfil do


solo.
Estudo de caso 2. O boro como mitigador da
toxidez de alumínio.
Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em
soja.

57
Estudo de caso 1. Movimento do B no perfil do solo.

30 kg Borax = 3,39 kg B/ha/ano No solo arenoso (Norfolk sandy loam) o


180 kg Borax = 20,39 kg B/ha/6 anos boro solúvel em água estava acumulado
na camada de 12 to 36 polegadas (30-90
cm) e no solo argiloso (Cecil clay) na
camada superficial de 6 polegadas (15
cm).

Profundidade de amostragem em polegadas


Boro solúvel em água em várias profundidades do solo após aplicação
de cerca de 30 kg/ha/ano de borax (3,39 kg B/ha/ano) durante 6 anos
na cultura da alfafa

Source: Wilson, C.M., Lovvorn, R.L., and Woodhouse Jr, W.W., 1951 Agron. J. 43:363-367
Comentários

1. A lixiviação do boro é governada pelo mecanismo de


adsorção. Assim quanto maior o teor argila, tanto
maior será a adsorção de B e vice versa.
2. A lixiviação é fenômeno altamente positivo e não
negativo. Basta entender o processo e a controlar. É
ela que permite a correção do teor do B ao longo do
perfil do solo.
3. A correção de B no perfil do solo poderá ser feita num
programa de longo prazo (5-10 anos), com doses
anuais de B calculadas de acordo com o teor de argila
e o teor de B solúvel em água nas diferentes
profundidades do solo (0-10, 10-20, 20-40, 40-60, 60-
80 e 80-100 cm).

59
Estudos de casos
Estudo de caso 1. Movimento do B no perfil do
solo.
Estudo de caso 2. O boro como mitigador da
toxidez de alumínio.
Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em
soja.

60
Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez de
alumínio.

Prevention of aluminum toxicity with supplemental boron. II. Stimulation of root growth in an acidic, high-
aluminum subsoil. Lenoble, M.E., Blevins, D.G. & Miles, R.J., 1996. Plant, Cell and Environment 19: 1143-1148.

Considerações iniciais dos autores:

•Os sintomas iniciais de deficiência de B e toxidez de Al são


similares e a maioria dos mesmos estão associados com função
na membrana e no crescimento radicular.
•A calagem combate o excesso de Al na superfície dos solos mas
limitada solubilidade do calcário proibe seu movimento até a
camada subsuperficial.
•A possibilidade que dose suplementar de boro possa prevenir a
inibição do crescimento radicular pelo Al, pode ser importante
para a produção agrícola, pois o boro é móvel no perfil do solo.
Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez
de alumínio.
Prevention of aluminum toxicity with supplemental boron. II. Stimulation of root growth in an acidic, high-
aluminum subsoil. Lenoble, M.E., Blevins, D.G. & Miles, R.J., 1996. Plant, Cell and Environment 19: 1143-1148.

Análise do solo:
Top solo: pH 7.5; P 42 kg.ha-1 ; K 163 kg.ha-1 ; B 0.9 kg.ha-1 ; e
matéria orgânica 1.6%.
Subsolo: pH 5.3; P 3 kg.ha-1 ; K 162 kg.ha-1 ; B 0.9 kg.ha-1 ; matéria
orgânica 1.1% e m=26% (saturação de Al)

Tratamentos:
T1: solo superficial; subsolo
T2: +B solo superficial; subsolo
T3: +B solo superficial; + B subsolo
T4: solo superficial em todo o tubo
Boro adicionado: 2.24 kg B.ha-1 como ácido bórico
Tubo: 7.62 cm de diametro, 1.22 m de comprimento
Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez
de alumínio.
Prevention of aluminum toxicity with supplemental boron. II. Stimulation of root growth in an acidic,
high-aluminum subsoil. Lenoble, M.E., Blevins, D.G. & Miles, R.J., 1996. Plant, Cell and Environment 19:
1143-1148.
Tratamentos
T1 T2 T3 T4
Penetração de raiz (cm)

Comprimento raiz (cm)


Semana

Tempo em semanas para a penetração da raiz de Comprimento de raízes de alfafa nas 4


alfafa do solo superficial para o sub-solo com alto camadas de solo de acordo com os
Al, com e sem incorporação de B. tratamentos.
L1 = top 30 cm do tubo
T1 = solo superficial sem correção de B;
L2 = 30 - 60 cm
subsolo sem correção de B;
L3 = 60 - 90 cm
T2: solo superficial com correção de B;
L4 = 90 - 120 cm
subsolo sem correção de B;
T3: solo superficial com correção de B;
subsolo com correção de B; e
T4: solo superficial no tubo inteiro.
Estudo de caso 3. O boro como mitigador da toxidez de
alumínio.
Prevention of aluminum toxicity with supplemental boron. II. Stimulation of root growth in an acidic, high-
aluminum subsoil. Lenoble, M.E., Blevins, D.G. & Miles, R.J., 1996. Plant, Cell and Environment 19: 1143-1148.

Comentários finais dos autores

1.A suplementação de B no solo superficial e no sub-solo com


alto Al promoveu total crescimento radicular e penetração no
sub-solo com alto Al.
2.O mecanismo de interação entre Al e B é desconhecido. É
interessante que, após as raízes atingirem a região de sub-solo
com Al, havia um intervalo de 2 semanas antes que o
tratamento com B suplementar aumentasse o crescimento
radicular mesmo que o solo tenha sido pré-tratado com B.
3.Contudo, deve ser mencionado que no tratamento 1 (T1: -B
solo superficial; -B subsolo) as raízes simplesmente evitaram a
camada de sub-solo com Al e proliferaram na camada
superficial.
Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez de
alumínio.

Minha sugestão:

Assim como o gesso, o boro pode ser


mais uma ferramenta para aumentar a
resistência das culturas contra seca.

Para testá-lo é preciso identificar os


níveis de Al e B no perfil do solo.
Estudos de casos

Estudo de caso 1. Movimento do B no perfil do solo.


Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez
de alumínio.
Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em soja.

66
Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em soja.
Schon, Mary K. and Blevins, Dale G., 1990. Foliar boron applications increase the final number
of branches and pods on branches of field- grown soybens. Plant Physiol. 92:602-607.

Em trabalho anterior (Schon & Blevins, 1987. Plant


Physiol 84: 969-971) mostraram que através da
técnica de infusão do B no caule da planta de soja
houve aumento de 84% no número de vagens nos
ramos laterais e 17,6% no peso de sementes/planta,
correspondendo à 4170 kg/ha nas plantas com B e
3540 kg/ha sem B.
Neste trabalho os autores obtiveram respostas para
aplicação foliar e não para aplicação no solo.
Observaram ainda, melhores resultados com
aplicações foliares de boro repetidas 6 vezes entre o
pré-florescimento e o enchimento das vagens.
Observaram também aumento para mais de 160 ppm
no teor foliar de B com estas aplicações foliares
parceladas. 67
Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em soja.
Schon, Mary K. and Blevins, Dale G., 1990. Foliar boron applications increase the final number of
branches and pods on branches of field- grown soybens. Plant Physiol. 92:602-607.

Componentes da produção da planta de soja tratada com seis


aplicações parceladas de boro do pré-florescimento ao enchimento
das vagens.
Componentes produção por B foliar (kg.ha-1)
planta 0 0,56 1,12 2,24
Número ramos 2,0 1,8 2,4* 2,4*
Número vagens nos ramos 4,3 4,3 6,0** 5,6**
Vagens/ramo 2,1 2,5** 2,6** 2,4*
Vagens no ramo principal 48,1 46,2 47,9 48,1
Total vagens 52,4 50,6 53,8 53,6
Número de sementes 129,3 125,0 131,9 131,1
Sementes/vagem 2,5 2,5 2,4 2,4
Produção semente (g) 18,5 18,1 19,4 18,7
Peso semente (mg) 142,7 144,2 146,8** 143,3
Nota: As pulverizações foliares iniciaram 10 dias antes do florescimento e foram repetidas a cada
2 semanas durante o período de enchimento das vagens com solução aquosa de ácido bórico.

Conclusão: na dose de 1,12 kg/ha de B houve aumento nos


números de vagens nos ramos e de vagens/ramo assim como no
peso de semente.
68
Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em soja.

Schon, Mary K. and Blevins, Dale G., 1990. Foliar boron applications increase the final number of
branches and pods on branches of field- grown soybens. Plant Physiol. 92:602-607.

Os autores observaram
que o tratamento com
B foliar reduziu o teor
de Al nas folhas.
Observaram ainda que
foi só com os 6
parcelamentos de B
foliar que conseguiram
atingir teores maiores
que 160 ppm de B onde
em trabalho anterior
(Schon & Blevins, 1987)
obtiveram as mais altas
produtividades de soja.

69
MANEJO DA ADUBAÇÃO
BORATADA

70
Manejo da adubação boratada
O boro é micronutriente em maior deficiência no
Brasil.
Manejo da adubação boratada

Diagnóstico:

1.Amostragem do solo em diferentes profundidades:


0-10, 10-20, 20-40, 40-60, 60-80 and 80-100 cm.

2.Análises química (rotina + Al + micronutrientes) e


física (textura) das amostras acima.

3.Análise do extrato de saturação (se possível).

72
Manejo da adubação boratada

O desafio da adubação boratada


“Como consequência do seu papel estrutural
nos tecidos em crescimento e sua inerente
imobilidade no floema da maioria das espécies
vegetais, o boro tem que ser suprido
continuadamente durante a vida da planta e as
flutuações na sua disponibilidade pode ter um
profundo efeito no crescimento e na
produtividade das culturas”.

Fonte: Brown, P. H., Bellaloui, N., Sah, R.N., Bassil, E., and Hu, H., 2001. Uptake and transport of
boron. In: Boron in Plant and Animal Nutrition , 87-101.

73
SUGESTÕES PARA
MANEJO DO BORO

74
Sugestões para o manejo do boro
• Adotar novo nível para B extraído por água
quente: 1.0 ppm para a camada de 0 a 20 cm.

• Amostrar perfil do solo em:0-10, 10-20, 20-40, 40-


60, 60-80, 80-100 cm de profundidade (anual).

• Corrigir gradual e anualmente o boro no perfil do


solo (5-10 anos) para B > 0,5 ppm.

• Dose máxima anual até correção 100 cm:


argila%/10 = kg B/ha/ano
“Que pode estar limitando a
produtividade da soja?”

Minha hipótese:
Síndrome das Raízes Atrofiadas: possíveis causas:
1. Acidez do solo (toxidez de alumínio)
2. Boro (deficiência) e
3. Toxidez de glifosato

76
77
Tudo começou com esta foto: deficiência de Ni ou toxidez de glifosato?

This pecan tree was deficient in Ni.

The right branch was treated in early spring with a single


foliar spray of nickel sulfate, whereas the left branch was
not treated.

Growth effects were visible by about 14 days after the


treatment.

Foto que ilustrou artigo do Prof. Malavolta


sobre Ni. Suspeitei que a resposta ao Ni, seria
na verdade resposta à toxidez de glifosato.
Aproveitando de uma viagem aos EUA, visitei a
estação experimental do USDA em Byron-GA,
onde a pesquisa foi realizada.

Picture: Bruce Wood Source: Better Crops, 2007

78
79
Qual a explicação para o observado no pé de pecã da foto?

Glicose 1 - fosfato 6 – fosfogluconato B

fosfo-enol-piruvato eritrose - 4 - fosfato


Mn Co

Deoxi - D - arabinoheptulosonato 7 - fosfato

Mn Mg Co Bloqueio?

ácido chiquímico’

glifosato

ácido corismático

ácido prefênico

ácido antranílico
tirosina
fenilalanina
Mn, Cu, B (?)
triptofano

+Zn +Ni?
+B
Raízes e AIA Soja fito-alexinas lignina tanino
brotações Louca?
novas Defesa contra pragas e doenças
80
Ação do glifosato e de micronutrientes na síntese de AIA, fitoalexinas, lignina e tanino
Deficiência de Ni ou toxidez de glifosato? (Cont.)

T. Yamada – USDA Station, Byron, GA, 13/07/07

Em Byron-GA, vi muitas plantas contaminadas pelo glifosato. 81


Deficiência de Ni ou toxidez de glifosato? (Cont.)

“Estou 99%
convencido que estes
sintomas são de
deficiência de Ni.”

Toxidez de glifosato

Dr. Bruce Wood, USDA em S. J. Rio Pardo, 18/09/07

82
Quais os cátions mais facilmente complexados pelo glifosato?

Complexação pelo Glifosato

Constantes de estabilidade (logK) do


glifosato e do EDTA com íons metálicos
Ligantes
Cátions Glifosato EDTA

Ni2+ 13,34 18,40


Cu2+ 11,92 18,80
Co2+ 16,45
Zn2+ 8,40 16,50
Mn2+ 5,53 13,56
Ca2+ 3,25 10,70
Mg2+ 3,25 8,69

Compilado de Coutinho & Mazo, 2005 Quimica Nova,


Versão on-line ISSN 1678-7064 pp 1038-1045

83
Micronutrientes envolvidos na rota do chiquimato

Glicose 1 - fosfato 6 – fosfogluconato B

fosfo-enol-piruvato eritrose - 4 - fosfato


Mn Co

Deoxi - D - arabinoheptulosonato 7 - fosfato

Mn Mg Co Bloqueio?

ácido chiquímico’

glifosato

ácido corismático

ácido prefênico

ácido antranílico
tirosina
fenilalanina
Mn, Cu, B (?)
triptofano
+Ni?
+Zn
+B
Raízes e AIA Soja fito-alexinas lignina tanino
brotações Louca?
novas Defesa contra pragas e doenças
84
Ação do glifosato e de micronutrientes na síntese de AIA, fitoalexinas, lignina e tanino
85
86
Principais funções
• Catalizador enzimático:
– Urease
– Superóxido dismutase
– NiFe hydrogenases
– Metil coenzyma M reductase
– Monóxido carbono dehydrogenase
– Acetil coenzima A sintase
– Hidrogenases
– Provavelmente muitas outras!!!

• Também, muitas (~500) proteínas and peptídeos


unem com Ni

Fonte: Wood, B., 2007. O níquel na nutrição mineral e na defesa das


plantas contra doenças. Informações Agronômicas no. 119.
3.1. Ni e produtividade soja (efeito fungicida?)

Produtividade média de soja, cultivada em safrinha,


após a aplicação foliar de sulfato de níquel.

Tratamentos Produtividade
(sc ha-1)1
Testemunha 58,7a
250 g ha-1 Sulfato Níquel 60,5a
500 g ha-1 Sulfato Níquel 57,0a
1000 g ha-1 Sulfato Níquel 57,6a

Fonte: Martins, O.C., 23/10/2016

88
3.1. Ni e produtividade soja (efeito fungicida?)

Produtividade média de soja, cultivada na safra 2005/06, após a


aplicação foliar de sulfato de níquel em três experimentos.

Produtividade (sc ha-1)


Tratamento Experim. Experim. Experim. Média
1 2 3
Testemunha 53,3 b 47,8 c 47,4 b 49,5
250 g ha-1 Sulfato Níquel 56,8 a 56,7 a 53,7 a 55,7
500 g ha-1 Sulfato Níquel 46,0 c 57,5 a 47,0 b 50,2
1000 g ha-1 Sulfato Níquel 47,5 c 50,4 bc 40,1 c 46,0

Fonte: Martins, O.C., 23/10/2016

89
3.1. Ni e produtividade soja (efeito fungicida?)

Concentração de níquel em grãos de soja,


após aplicação foliar.
Tratamentos Concentração de Ni (ppm) em
sementes de soja
Testemunha 0,3

250 g ha-1 Sulfato Níquel 3,2

500 g ha-1 Sulfato Níquel 3,1

1000 g ha-1 Sulfato Níquel 3,6

Fonte: Martins, O.C., 23/10/2016

90
Comentários de Orlando Carlos Martins
Não conseguimos entender o porquê do aumento de produtividade
com a dose de 250g/ha de sulfato de níquel. A hipótese do níquel
estar atuando como micronutriente foi descartada, uma vez que
havíamos feito uma pulverização prévia com uma dose de níquel em
todas parcelas, inclusive na testemunha, para assegurar nutrição
adequada.
Começamos então a suspeitar que o aumento de produtividade
ocorrido na soja poderia estar relacionado a um maior controle da
ferrugem uma vez que, embora tenham sido feitas pulverizações com
fungicidas específicos para o controle da ferrugem, esse controle
geralmente não é total, implicando em redução de produtividade,
principalmente em função das folhas do terço inferior da planta não
receberem a dose suficiente de fungicida para um controle efetivo.
Será que o níquel poderia estar atuando também sobre a ferrugem da
soja, como foi constatado na ferrugem do trigo, e com isso estar
reduzindo as perdas? Afinal, um aumento médio de produtividade de
6,2 sc/ha , como verificado no segundo ensaio, é bastante expressivo.

91
Ferrugem da soja: aumento da resistência?

“Evidências circunstanciais indicarm que, em certas situações, o Ni


tem o potencial de diminuir a ferrugem da soja em variedades que
já possuam a resistência, mas não nas variedades altamente
suscetíveis”.

Fonte: Wood, B., 2007. O níquel na nutrição mineral e na defesa das plantas
contra doenças. Informações Agronômicas no. 119.

92
Produtividade da Soja: o níquel pode melhorar a produtividade?
Efeito de 2 aplicações foliares de níquel (50 ppm Ni como Ni-liganosulfonato) na produtividade da soja

Produção relativa Produção relativa


Tratamento
2005 2006

Sem Ni 100a* 100a

Com 111a 115a


* Statistically analysis at a P = 0.10

“O resultado indica que o Ni pode ter potencial para melhorar a


produtividade da soja em situações específicas”.

Fonte: Bruce, W., 2007. O níquel na nutrição mineral e na defesa das plantas contra
doenças. Informações Agronômicas no. 119.

93
Conteúdo de Ni e outros micronutrientes na parte vegetativa e na
semente de tremoço (Lupinus polyphyllus) e centeio (Secale cereale)

Partes da conteúdo (µg.g-1 peso seco)


Espécie
planta Ni Mo Cu Zn Mn Fe

Vegetativa 0,81 0,08 3,6 28,0 298 178


Tremoço
Semente 5,53 3,29 6,0 41,0 49 47

Vegetativa 0,62 0,17 1,6 7,0 16 78


Centeio
Semente 0,28 0,33 4,4 25,0 27 26

Fonte: Horak (1985ª, citado por Marschner, H. , 1995. Mineral nutrition of higher plants, p. 368.

94
Níquel e Glifosato

Trabalho da equipe do Prof. Cakmak, apresentado no IPNC, Istambul, 2013


95
Níquel e Vigor da Semente

Altura da
Ni Foliar Glifosato Germinação
Planta
% % dose recomendada (%) (cm)

0 0,0 86 8,8

0 1,0 69 6,1

0,01 0,0 89 8,7

0,01 1,0 81 8,2

Trabalho da equipe do Prof. Cakmak, apresentado no IPNC, Istambul, 2013

96
Respostas ao Tratamento (Testemunha)

Testemunha: 30% plantas com raízes pivotantes

97
Respostas ao Tratamento (+Ni)

Tratamento + Ni: 70% de plantas com raízes pivotantes

98
Respostas ao Tratamento (Cont.)

Soja não tratada Soja tratada com Ni

Sistema radicular do milho plantado após soja que havia recebido Ni (25/05/2013)

99
3.3. Níquel e FBN

Soybean Seed Treatment with Nickel Improves


Biological Nitrogen Fixation and Urease Activity
Frontiers in Environmental Science | www.frontiersin.org 1 May 2016 | Volume 4 | Article 37

José Lavres 1*, Guilherme Castro Franco1 and Gil M. de Sousa Câmara2 1 Center for Nuclear Energy in
Agriculture, University of Sao Paulo, Piracicaba, Brazil, 2 Department of Crop Science, Luiz de
Queiroz College of Agriculture, University of Sao Paulo, Piracicaba, Brazil

100
3.3. Níquel e FBN

Doses testadas no tratamento de


sementes:
0, 45, 90, 135, 180, 360, and 540mg Ni
kg−1 de semente soja

101
3.3. Níquel e N na soja

102
3.3. Níquel e urease na soja

103
3.3. Níquel e nódulo

104
3.3. Níquel e FBN

Aspecto visual da soja


BMX Potência RR no
estádio R1 e a
quantidade de nódulos
frescos coletados na
planta controle e na
com tratamento de
semente de 45 mgkg-1.

105
3.3. Níquel e FBN

Conclusão:
A aplicação de Ni via sementes é uma
estratégia viável, pois este elemento pode
seguir junto com Co e Mo, todos associados
com o processo de FBN.

A dose de 45 mg Ni kg-1 de semente


aumentou a FBN em 12%, a produção de
grãos em 84% e a de massa seca da parte
aérea em 51%.

106
107
108
109
110
4. Recomendações

Não existe ainda no Brasil, nenhuma


recomendação oficial para o níquel.
Na prática as doses mais adotadas são:
Tratamento de semente: 2 a 3 g de Ni por 50 –
60 kg de semente;
Aplicação foliar: 10 a 50 g de Ni por ha.

111
RESUMO FINAL: CAUSAS E CORREÇÃO

Toxidez de Deficiência Toxidez de


alumínio de boro glifosato

Possíveis causas
Síndrome das Raízes
Atrofiadas
Sugestões de correção

Manter no solo Esperar 30 dias


Usar níquel no Produção
Al < 5%, Inocular com entre a
tratamento de intensiva de
Mg > 8 mmolc.dm-3 Trichoderma dessecação com
sementes e via milho e outras
e B > 0,5 ppm e B. subtilis o glifosato e a
foliar gramíneas + N
até100 cm de semeadura
profundidade
Tsuioshi Yamada, Engo. Agro., Dr.
Rua Alfredo Guedes, 1949 sala 208

Muito obrigado
13419-075 Piracicaba SP Brasil
19 3411-4916
19 9.9221-7385
yamada@agrinature.com.br

pela atenção! www.agrinature.com.br

You might also like