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IMUNIDADE
Aulas teórico – práticas

TP 15 e 16

EUNICE HENRIQUES
EQUIPA UC IECDAC
2017/2018
SUMÁRIO 2

• Conceito de IMUNIDADE;
• Alterações mais comuns da imunidade;
• Conceitos relacionados com a imunidade;
• Avaliação do cliente com alteração da imunidade;
• Sintomatologia relacionada;
• Intervenções de enfermagem ao cliente com alteração da imunidade;
• Apresentação de caso:
 Elaboração de Diagnósticos de Enfermagem
 Intervenções Autónomas de Enfermagem e interdependentes
 Resultados Esperados
FINALIDADE 3

• Capacitar o estudante a desenvolver intervenções de enfermagem ao cliente com


alteração da imunidade, fase aguda ou crónica, ao longo do ciclo vital, promovendo o
autocuidado, a segurança, a gestão da condição de saúde aos três níveis de prevenção.
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM 4

• Define o conceito de imunidade e os conceitos relacionados;


• Avalia a condição do sistema imunitário nos diferentes grupos etários;
• Identifica as necessidades do cliente;
• Elabora os diagnósticos de enfermagem;
• Intervém adequadamente nas fases aguda ou crónica ao cliente com alteração da imunidade,
ao longo do ciclo vital;
• Promove o autocuidado, a segurança, a gestão da condição de saúde aos três níveis de
prevenção, tendo em vista a melhoria da condição imunitária do cliente.
IMUNIDADE - CONCEITO 5

 É a resposta natural ou induzida do organismo à infeção e suas condições associadas

 Clientes imunocompetentes têm um sistema imunitário que identifica antigénios e destrói-os


ou remove-os efetivamente

 Quando o sistema imunitário não funciona eficazmente, o resultado pode ser uma reação
extrema ou uma imunodeficiência.

 Uma reação extrema a antigénios é denominada hipersensibilidade.

 Doenças autoimunes, por exemplo, acontecem quando o organismo deixa de reconhecer


os seus próprios tecidos e começa a atacá-los.

 Quando o sistema imunitário é incompetente para dar resposta, há uma imunodeficiência


IMUNIDADE – CONCEITO (cont.) 6

 A SIDA é uma deficiência do sistema imunitário induzida pela infeção por VIH e é

caracterizada por infeções oportunistas (que em pessoas imunocompetentes normalmente

não provocam infeção)

 A artrite reumatoide é uma doença crónica, sistémica, autoimune que causa inflamação no

tecido conjuntivo

 O LES é também uma doença autoimune caracterizada por remissões e exacerbações

espontâneas. Nesta doença, o organismo desenvolve AC antinucleares contra os próprios

tecidos conduzindo à formação de complexos imunes


Conceitos relacionados com a 7

imunidade
1. Conforto

Dor devido à resposta imune incluindo:

Reação alérgica, Inflamação, Cicatrização de feridas

Implicações para a enfermagem:

 Avaliar sintomas relacionados como edema, rash, mal-estar, anorexia, dificuldade em dormir

 Antecipar adicionais avaliações e medidas de conforto


Conceitos relacionados com a 8

imunidade

2. Inflamação

Implicações para a enfermagem:

 Avaliar febre, calor, rubor da pele, edema e dor generalizada

 Estar alerta quanto a formação de abcessos, exsudado purulento, aumento dos leucócitos

 Antecipar administração de Aspirina, antipiréticos, toalhas frias


Conceitos relacionados com a 9

imunidade

3. Integridade tecidular

Implicações para a enfermagem:

 Importante em queimaduras, feridas traumáticas, tratamentos

oncológicos e alterações cutâneas e alérgicas

 Antecipar administração de antibióticos, analgésicos

 Educar o cliente sobre medidas de recuperação cutânea


AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
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Necessidade de privacidade na entrevista – presença dos pais ou não

Competências culturais são necessárias – adequação da linguagem

 Dados biográficos

 História familiar – alergias ou outras alterações imunitárias

 Uso de drogas

 Atividade sexual

 Avaliação da aparência geral, idade aparente e real

 Avaliação do peso, altura, aparente perda de peso

 Avaliação de sinais vitais. Temperatura elevada pode indicar infeção ou resposta


inflamatória
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
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 Inspecionar membranas mucosas do nariz e da boca para avaliar coloração e estado.


Palidez e edema da mucosa nasal frequentemente associado a alergias crónicas.
Petéquias ou placas brancas na mucosa oral podem indicar hemólise ou imunodeficiência

 Avaliar a cor, temperatura e hidratação da pele. Pele pálida ou ictérica pode indicar
uma reação hemolítica. A palidez também pode indicar supressão medular acompanhada
de imunodeficiência

 Inspecionar a pele para avaliar a presença de rash ou lesões como petéquias, equimoses,
lesões azuladas ou violácea ou lesões indicativas de sarcoma de Kaposi, feridas infetadas,
inflamadas ou não cicatrizadas. Avaliar a localização e distribuição de quaisquer rashes ou
lesões
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
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 Inspecionar e palpar os nódulos linfáticos cervicais para avaliação de Linfadenopatia ou aumento


da sensibilidade. Palpar também os nódulos da região axilar e inguinal
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
11

 Avaliar o sistema musculo-esquelético inspecionando as articulações quanto a rubor,


edema, sensibilidade ou deformidade. Pode indicar AR ou LES.

 Avaliar a amplitude de movimento das articulações. Verificar as dificuldades existentes.


Fadiga ou debilidade pode indicar doença aguda ou crónica ou imunodeficiência
Intervenções de enfermagem 13

 AUTÓNOMAS

• Promover o equilíbrio nutricional;


• Promover exercício adequado;
• Monitorizar e promover sono e repouso;
• Promover a redução e gestão do stress

 INTERDEPENDENTES

• Administração de terapêutica medicamentosa tais como: AINE’s e corticóides – dor e edema


• Prevenção e tratamento de infeções com antibioterapia profilática
• Recomendações para imunização.
• Imunoglobulinas IV
• Medicina alternativa e complementar para alívio de sintomas – hidroterapia, acupuntura
• Terapia baseada em plantas – estimulante do sistema imunitário
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CASO CLÍNICO

Intervenção de Enfermagem ao Cliente com


Infeção VIH
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Sistema imunitário normal

AC atacam e
Múltiplas células células T4 destroem o vírus
T4 atacam o vírus estimulam células B
Fagócito ingere vírus a libertar AC
Sistema imunitário com VIH

VIH
sai
ileso

VIH produz DNA viral nas VIH deixa as células


VIH não é destruído células hospedeiras hospedeiras para
pelo fagócito atacar outras T4
CICLO DE VIDA DO VIH 16
EVOLUÇÃO DA INFEÇÃO POR VIH
18

Carga viral
test Infeção
Células TCD4 to 3 months ) sintomática
VIH AC

SIDA

4 6 8 10 12 14
Years
CHRONIC

1. Transmissão de VIH
2. Infeção Aguda por VIH
3. Seroconversão
4. Fase assintomática com ou sem LGP
5. Infeção sintomática
6. SIDA com doença definidora ou CD4<200/mm3
7. Infeção VIH Avançada com CD4<50/mm3
DOENÇAS DEFINIDORAS DE SIDA
Adultos 19

Candidíase esofágica ou bronco pulmonar Leucoencefalopatia multifocal progressiva


Carcinoma do colo do útero invasivo Linfoma de Burkitt, imunoblástico ou primário do SNC
Criptococose extrapulmonar Nocardiose
Criptosporidiose com diarreia >1 mês Pneumonia por Pneumocystis jirovecii
Demência associada a VIH Pneumonia bacteriana recorrente(≥2 epis./12 meses)
Herpes simplex com úlcera mucocutânea>1 mês, Sarcoma de Kaposi
bronquite, pneumonite e esofagite
Histoplasmose extrapulmonar Septicemia recorrente a Salmonella spp (não-tifóide)
Isosporose com diarreia > 1 mês Síndrome de emaciação associada a VIH (Perda
involuntária de >10% peso, diarreia crónica (≥2dej/d
e ≥ 30 dias, ou astenia crónica e febre ≥ 30 dias
Infeção disseminada por Mycobacterium avium Toxoplasmose cerebral
Infeção por CMV de qualquer órgão exceto fígado, Tuberculose pulmonar ou extrapulmonar
baço ou gânglio
INFEÇÕES OPORTUNISTAS 20

Candidíase oral

Leucoplasia oral Candidíase oral com envolvimento do palato


Como se transmite? Como não se transmite o VIH?
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 Os seguintes fluidos corporais transmitem o HIV


Sangue (transfusões, tatuagens, piercings, seringas contaminadas, transmissão mãe-filho)
Secreções vaginais ou esperma
Leite materno
 NÃO transmitem o HIV

Saliva.
Suor.
Lágrima.
Vômitos.
Fezes.
Secreções nasais
Nenhum dos fluidos apresenta concentrações do vírus em quantidades relevantes para que
haja transmissão.
 Também não se transmite por Talheres ou pratos, Picadas de inseto, Beijo, Abraço ou aperto
de mão, sanitários ou banheiro público, Piscina pública,Doação de sangue
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM –
HISTÓRIA DE SAÚDE 22
 Dados demográficos: género, idade, estado marital, ocupação, residência
 Data do diagnóstico VIH / SIDA
 História clínica passada e cirurgias
 Estado clínico atual
 Alergias
 História medicamentosa de antiretrovíricos usados e motivos de descontinuidade
 Medicação atual, dose, Frequência ( incluindo os sem receita e suplementos)
 Imunizações
 História familiar
 Peso / Altura – Perda de peso
 História nutricional
 Infeções / cancro
 IST e Tratamento, Hepatites e TB
 História social, práticas sexuais, comportamentos de risco, práticas sexuais seguras
 Exposição a agulhas e sangue, uso de drogas EV, transfusões sangue / Tratamento para hemophilia
 Uso de Tabaco, drogas e álcool
 Exercicio e repouso – Horas de sono
 História ocupacional
 Viagens - locais
 Mulheres: história ginecológica ultimo teste de Papanicolau
 Animais domésticos
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM – 23
HISTÓRIA FÍSICA E PSICOSOCIAL
 Peso, Altura, estado nutricional

 Pele e mucosas

 Visão, nódulos linfáticos, sons respiratórios, sensibilidade abdominal.

 Força motora, coordenação, nervos craneanos, marcha, reflexos tendinosos profundos

 Avaliação genitourinária

 Estado mental

 Avaliar o desenvolvimento relacionado com a idade

 Capacidade de compreensão do diagnóstico, mecanismos de coping, sistemas de suporte, acesso e disponibilidade de


recursos
INFECÇÃO VIH - INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
OBJECTIVOS 24

 PREVENÇÃO PRIMÁRIA - Promoção da Saúde


 Prevenção da Infeção VIH
 Deteção Precoce da Infeção VIH

 PREVENÇÃO SECUNDÁRIA – Intervenção na fase aguda


 Promoção da saúde e limitação das consequências
 Gestão dos problemas associados ao VIH

 PREVENÇÃO TERCIÁRIA – Cuidados no domicílio e em ambulatório


 Maximizar a qualidade de vida
 Responder às necessidades de vida e morte
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
25
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA 26

Objetivos
 Promover a adesão ao regime terapêutico - HAART, álcool, drogas, tabaco, exercício

 Promover Coping Eficaz

 Manter Integridade Cutânea

 Promover nutrição adequada

 Gerir padrões de sexualidade ineficazes

 Gerir défices de conhecimento


VIVER COM VIH 41

Consumo de álcool – Suspensão – associação com Infeção por VHB e VHC e interferência
com TARV

Consumo de drogas – Programas de desabituação e/ou substituição – melhor que troca de


seringas

 Consumo de tabaco – Programas de desabituação


VIVER COM VIH
42

 Acompanhamento médico e de enfermagem – Consultas

Controle da imunidade
Perguntas / esclarecimento de dúvidas
Avaliação regular do estado de saúde
Vigiar intercorrências
Tratamento de situações que surjam
Profilaxia de infeções (ex: PPJ)
Acompanhamento de TARV - ADESÃO
VIVER COM VIH
43

Atividade Física – atenção às piscinas

 Manter os hobbies

Atividade profissional (9 em cada 10 infetados por VIH são adultos em idade produtiva e
reprodutiva, OIT) – DISCRIMINAÇÃO

 Necessidade de apoio psicológico


VIVER COM VIH
44

Sexualidade – Sexo seguro

 Práticas em que não haja absolutamente nenhum contacto entre fluidos orgânicos contaminantes
e “portas de entrada” no organismo

 Uso do preservativo mesmo entre pessoas infetadas – Cada pessoa tem diferentes variantes do
vírus e a reinfeção pode acelerar a evolução da doença
VIVER COM VIH 45

A mulher e o VIH

 Interferência entre pílula e TARV – ocorrência de gravidez indesejada

 Transmissão vertical – durante gravidez, parto e amamentação – minimizada por

administração de TARV à grávida e RN

 Opção por gravidez assumindo riscos


VIVER COM VIH
46

Nutrição

 Atenção à perda de peso – relacionada com evolução da doença ou problemas associados –


úlceras na boca, anorexia, vómitos, diarreia, etc

 Necessidade de suplementos vitamínicos e modificação de hábitos alimentares

 Atenção à preparação e confeção dos alimentos

 Água – atenção a prováveis fontes de contaminação


VIVER COM VIH
47

Animais de companhia

 Os animais podem ser portadores e transmissores de infeções

Toxoplasma Cryptosporidium Parvum


Gondi ISOSPORÍASE
HISTOPLASMA
VIVER COM VIH
48

Vacinas

 São indicadas: Gripe, VHA e VHB e antipneumocócica e reforço do tétano cada 10 anos

 Não é seguro efetuar vacinação com vírus vivos – no contexto de VIH podem provocar formas

graves de doença
VIVER COM VIH
49

Viagens

 Alimentação exótica pode provocar intolerância digestiva

Risco de transmissão de infeções por alimentos ou água


VIVER COM VIH
50

Viagens

Países que exigem vacinação contra febre amarela (vacina viva) para autorizar a entrada de
estrangeiros – Em alguns países é aceite declaração médica que comprove situação clínica que
impede vacinação

Número progressivamente crescente de países que exigem teste para VIH, especialmente para
estadias prolongadas – situações de contrato de trabalho
DIAGNÓSTICOS PROVAVÉIS 27
 Proteção Ineficaz relacionada com diminuição da função imunitária
 Risco de infeção por Alteração da proteção imunitária
 Alteração das trocas gasosas relacionada com infeção respiratória
 Dor aguda ou crónica relacionada com neuropatia, cancro, infeção ou dispneia
 Fadiga relacionada com Infeção VIH e / ou efeitos secundários dos tratamentos
 Risco de lesão relacionado com fraqueza, fadiga, sedação ou alteração neurológica
 Desiquilibrio nutricional: ingestão inferior às necessidades relacionado com anorexia, náuseas e vómitos, aumento das
necessidades calóricas, diarreia, disfagia, lesões orais
 Compromisso da membrana da mucosa oral relacionado com diminuição da função imunitária
 Diarreia relacionada com infeção e medicamentos
 Risco de deficiente volume de fluidos relacionado com diminuição da ingestão de liquidos e diarreia
 Compromisso da integridade cutânea relacionado com infeção, cancro, imobilidade ou incontinência
 Isolamento social relacionado com o medo da revelação do seu estado serológico, control de infeção e transmissão viral
 Risco de diminuição da auto-estima situacional relacionado com alterações da auto-imagem
 Defice de conhecimento relacionado com a falta de experiência prévia com VIH/SIDA e seu Tratamento
 Coping Ineficaz relacionado com uma doença progressiva crónica
 Padrão de sexualidade Ineficaz relacionado com o medo de transmissão de doença
 Coping familiar incapaz relacionado com doença potencialmente progressiva, crónica
 Ansiedade relacionada com o diagnóstico, medo e confronto com doença terminal
 Luto relacionado com falta de função ou morte
CASO CLÍNICO 28

O Sr. F.S. de 26 anos de idade deu entrada hoje na consulta de


Doenças Infeciosas do HCC por teste VIH+, suspeita de
Sarcoma de Kaposi, CD4 de 15 Células/mm3 e carga viral >500
000 cópias/ml. Evidencia fadiga, mal estar geral, perda de
apetite com diminuição de peso de 10 Kg no último mês.
Apresenta dejeções líquidas frequentes (cerca de 6xs por dia),
temperatura de 38,5º C, FR de 28 ciclos/ mn; Pulso – 120p/mn e
PA – 120/60mmHg.
Confirma ter contatos homossexuais sem proteção e está
bastante assustado com o diagnóstico recente. Tem
companheiro de 40 anos que ainda não sabe do diagnóstico.
29
DE: Proteção Ineficaz relacionada com alteração
imunitária, nutrição inadequada, terapia EV e 34
procedimentos invasivos

Resultados esperados Avaliação Intervenção Justificação Avaliação


Resultados
O doente continua sem Está o doente livre de Identificar fatores de risco O estado destes Apresenta o doente
infeções adquiridas no infeções adquiridas no do doente, como a fatores de avaliação pele intacta ou não
hospital. O doente hospital? Consegue o condição da pele, determinam o plano ruborizada, não
descreve medidas para doente explicar e resultados laboratoriais, de cuidados purulenta ou locais
manter a integridade demonstrar técnicas de portas de entrada para de disrupção da
cutânea e evitar as manutenção da pele? infeções, integridade cutânea?
infeções. e presença de quaisquer
infeções
Cuidadores devem usar A transmissão de Usam todos os
precauções universais e microrganismos cuidadores as
técnica assética pode ocorrer em precauções
rigorosa para todos os ambos os sentidos. universais?
doentes e Muitos doentes com
procedimentos VIH não estão
conscientes do seu
DE: Proteção Ineficaz relacionada com alteração
35
imunitária, nutrição inadequada, terapia EV e
procedimentos invasivos
Resultados esperados Avaliação Intervenção Justificação Avaliação
Resultados
O doente continua sem Está o doente livre de Instruir as visitas sobre as O Sistema Podem aqueles com
infeções adquiridas no infeções adquiridas no técnicas para evitar a imunitário está infeções evitar o
hospital. O doente hospital? Consegue o transmissão de infeção tais danificado pelo VIH. contato com o doente
descreve medidas para doente explicar e como a higiene das mãos e A capacidade para até que a infeção
manter a integridade demonstrar técnicas de não visitarem o doente combater as infeções esteja resolvido?
cutânea e evitar as manutenção da pele? quando têm uma infeção está seriamente Podem testes de
infeções. (Extrema cautela para não comprometida. Uma laboratório indicar
divulgação do diagnóstico) infeção menor para que o paciente está
O enfermeiro com uma muitas pessoas pode tão
infeção, especialmente matar uma pessoa imunocomprometido
respiratória, não deve com SIDA que isolamento pode
cuidar de um doente com ser necessário?
VIH. (Se estritamente
necessário, uso de máscara
e explicar ao doente o
porquê da sua utilização)
DE: Proteção Ineficaz relacionada com alteração
imunitária, nutrição inadequada, terapia EV e 36

procedimentos invasivos
Resultados esperados Avaliação Intervenção Justificação Avaliação
Resultados
O doente continua sem Está o doente livre de Promover a integridade A pele é a primeira Mantém-se a pele do
infeções adquiridas no infeções adquiridas no cutânea por linha de defesa do doente intacta e sem
hospital. O doente hospital? Consegue o posicionamento frequente, corpo infeções?
descreve medidas para doente explicar e a mobilização máxima,
manter a integridade demonstrar técnicas de uso de colchão de proteção
cutânea e evitar as manutenção da pele? e
infeções. almofadas de cadeira, a
aplicação de emolientes
para áreas secas e
tratamento imediato de
quaisquer lesões
Ensinar estratégias de O auto-cuidado Consegue o doente
cuidados à pele e de evitar permite uma medida explicar
infeções ao doente de controle em satisfatoriamenteou
situações demonstrar bons
DE: Risco de lesão relacionado com alteração da
37
mobilidade, fraqueza, fadiga, alterações eletrolíticas

Resultados esperados Avaliação Intervenção Justificação Avaliação


Resultados

Os cuidados ao doente e as O doente permanence Identificar as capacidades Algumas Tem o doente alguns
suas necessidades de livre de lesões? e incapacidades do doente. incapacidades défices?
mobilização serão particulares podem
atendidas sem lesões aumentar o perigo
para o doente

Observar potenciais A consciência dos Existem atualmente


perigos no ambiente perigos é necessária quaisquer perigos no
(hospital ou em casa) e para diminuir a ambiente?
eliminar os que forem ocorrência de
possíveis. acidentes e lesões.
DE: Risco de lesão relacionado com alteração da
38
mobilidade, fraqueza, fadiga, alterações eletrolíticas

Resultados esperados Avaliação Intervenção Justificação Avaliação


Resultados
Os cuidados ao doente e as O doente permanence Instruir o doente sobre Os doentes podem O doente Evita
suas necessidades de livre de lesões? como evitar os perigos ( se ajudar a evitar lesões efetivamente os
mobilização serão capaz fisica e se compreenderem perigos ou é um
atendidas sem lesões cognitivamente). os perigos perigo para si
próprio?

Incentivar o autocuidado, O Autocuidado O doente evidencia


tanto quanto é viável sem promove satisfação com os
cansaço excessivo do sentimentos de auto- esforços no
doente eficácia e pode Autocuidado?
combater a
depressão
DE: Risco de lesão relacionado com alteração da
mobilidade, fraqueza, fadiga, alterações eletrolíticas 39

Resultados esperados Avaliação Intervenção Justificação Avaliação


Resultados
Os cuidados ao doente e as O doente permanence Assistir nas atividades de Niveis de assistência São os doentes
suas necessidades de livre de lesões? cuidado, se necessário no cuidado são cuidados e as
mobilização serão variáveis devido à necessidades de
atendidas sem lesões potencial natureza mobilidade atendidas
debilitante da doença satisfatoriamente
sem lesão?
Usar medidas de Aproteção São as medidas de
segurança segundo as do doente contra a segurança eficazes
necessidades, tais como a remoção inadvertida para o doente? O
observação estreita, de tubos ou doente responde
reorientação frequente, uso equipamento, quedas negativamente às
de grades laterais, alarme e outras lesões medidas de proteção?
na cama , ou sala perto da podem exigir Podem estas ser
sala de trabalho dos extraordinárias modificados para
enfermeiros medidas devido a serem menos
DE: Coping Ineficaz relacionado com doença 30
potencialmente terminal e debilidade progressiva
Resultados esperados Avaliação Intervenção Justificação Avaliação
Resultados
Que o doente consiga Demonstra o doente ter Ajudar o doente a expressar e A expressão dos O doente sente-se à
adquirir competências para competências para a gerir os seus sentimentos sentimentos ajudarão vontade para
lidar com a lidar com o o doente a lidar com expressar os seus
de raiva, depressão,
imprevisibilidade do diagnóstico? o diagnóstico sentimentos ao
diagnóstico medo,incerteza, culpa, enfermeiro?
vergonha, esperança,
realismo e otimismo

Ajudar o doente a decidir O doente deve O doente já


compreender a compreendeu essa
porque dizer, a quem dizer e
necessidade de dizer necessidade e já
como dizer. Ajudar a a verdade ao decidiu como fazer?
seleccionar cuidadosamente parceiro
a quem transmitir a
informação e torná-la restrita
ao indispensável
DE: Coping Ineficaz relacionado com doença
potencialmente terminal e debilidade progressiva 31

Resultados esperados Avaliação Intervenção Justificação Avaliação


Resultados
O doente irá mostrar uso Consegue o doente Estabelecer e manter Comunicação efetiva Será que o doente
de habilidades de coping mostrar o uso de aberta e verdadeira a é baseada na verdade fala àcerca das suas
eficazes. capacidades de coping relação terapêutica. - a garantia da preocupações com o
eficazes? confidencialidade é enfermeiro?
essencial
Permitir que o luto esteja A SIDA provoca a É a dor expressa? O
presente perda de saúde, a doente tenta terminar
(Fazer um diário tem sido força, o emprego e, algumas coisas que
positivo para alguns em muitos casos, os são importantes para
doentes com SIDA). amigos; isto ele ou para ela?
ameaça o senso de
segurança e a vida.
O luto saudável é
uma resposta de
coping natural.
DE: Coping Ineficaz relacionado com doença
potencialmente terminal e debilidade progressiva 32

Resultados esperados Avaliação Intervenção Justificação Avaliação


Resultados
O doente irá mostrar uso Consegue o doente Encorajar o doente a Falar sobre Como é que os
de habilidades de coping mostrar o uso de expressar sentimentos e sentimentos e membros da família,
eficazes. capacidades de coping preocupações. Contactar preocupações ajuda amigos e pessoas de
eficazes? conselheiro, capelão, ou a acalmar a raiva, suporte interagem
alguém do apoio contra a clarifica as com o doente? Como
Sida, se o paciente assim necessidades e alivia é que o doente
o desejar. a tensão responde?
Providenciar ao cliente a O conhecimento Evidencia o doente
informação desejada ou dissipa medos entendimento
referenciar para outros irracionais e ajuda o suficiente sobre a
que podem dar doente a preparar –se doença para ser
informação suplementar adequadamente para capaz de lidar com
lidar com stressores. ela de forma eficaz?
DE: Coping Ineficaz relacionado com doença
33
potencialmente terminal e debilidade progressiva

Resultados esperados Avaliação Intervenção Justificação Avaliação


Resultados
O doente irá mostrar uso Consegue o doente Pergunte se o doente O suporte social O doente mostra
de habilidades de coping mostrar o uso de gostaria de obter Pode ajudar o doente satisfação com
eficazes. capacidades de coping informações sobre um a obter estratégias de recursos de coping?
eficazes? grupo de apoio e se sim, coping
organize essa informação.
DE: DÉFICE DE CONHECIMENTO RELACIONADO
COM A PROGRESSÃO DA DOENÇA 40

Resultados esperados Avaliação Intervenção Justificação Avaliação


Resultados
Que o doente consiga ter Demonstra o doente ter Pergunte ao doente: O suporte e apoio Está o doente
conhecimentos adequados conhecimentos acerca da O que sabe sobre o VIH? dado pela equipa de satisfeito com o
para lidar com a doença e como lidar com O que sabe de como enfermagem suporte dado pela
progressão da doença ela? prevenir a transmissão? permitirão colmatar equipa de
Como lida com o as falhas em termos enfermagem e
Tratamento? de conhecimentos demonstra vontade
Como previne as infeções quanto à doença de aprender?
oportunistas?
Que cuidados tem com a
sua higiene geral e
cuidados dentários?
51

“A SIDA ataca o corpo. O Preconceito ataca o espírito.


Um é causado por um vírus. O outro é causado pela ignorância. Ambos podem matar.”

(International Nurses Day, 2003, p.3)

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