You are on page 1of 19

Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

A logística reversa do lixo eletrônico no Brasil:


uma exploração bibliométrica nas bases Scopus, Spell e Emerald entre 2007-2017

Andrea Pereira Cardoso1


Eduardo Hoshi2
Marcus Brauer3

Resumo:

O crescimento do consumo de produtos eletrônicos e seu posterior descarte inadequado tem


provocado graves problemas socioambientais. Com o aumento da preocupação em relação à
sustentabilidade, a logística reversa desses produtos se tornou crítica. Ainda assim, há escassez
de artigos sobre esse tema no Brasil. O objetivo deste estudo foi analisar a produção científica
sobre lixo eletrônico e sua logística reversa no Brasil. Para isso, foi realizada uma pesquisa
bibliométrica, descritiva, com abordagem quali-quanti e os dados foram analisados por meio de
estatística descritiva e análise de conteúdo. Como resultado, (i) foram encontrados 19 artigos,
nas bases Scopus, Spell e Emerald, entre 2007 e 2017; (ii) só houve publicações sobre esse tema
a partir de 2011 e em 4 meses de 2017 já foram publicadas a mesma quantidade que 2016; (iii)
os autores mais citados foram Guarnieri, P., Rogers D.S; Tibben-Lembke, R.S. e Demajorovic,
J; (iv) a maior parte da referência bibliográfica desses artigos são de revistas e periódicos; e (v)
a maioria dos artigos tem abordagem qualitativa. Concluímos que há indícios de que a Lei
n°12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, foi um marco para o início
das publicações sobre esse tema. Além disso, foi observado que apesar de um discreto aumento
nessa frequência de publicações, elas ainda são muito poucas considerando a importância do
tema. A presente pesquisa tem como escopo contribuir para o avanço do conhecimento no tema,
apoiando novos trabalhos por meio de subsídios bibliográficos e, paralelamente, colaborar para
a conscientização da necessidade de mais publicações nesse campo. Para estudos futuros,
recomenda-se comparar esses resultados com os que forem gerados por publicações
estrangeiras, preferencialmente, de países considerados emergentes como o Brasil.
Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável. Lixo Eletrônico. Logística Reversa.
Sustentabilidade.

1. Introdução

Nas últimas décadas, várias questões ambientais, econômicas e sociais graves que, por estarem
interligadas, têm sido encaradas como grandes desafios (GOVINDAN; SHANKAR;
KANNAN, 2013; SCHLUEP et al., 2013; WANG; HUISMAN; STEVELS; BALDÉ, 2013;
NEVES; DROHOMERETSKI; DA COSTA; DE LIMA, 2014). Isso se deve, principalmente,
a dois motivos: produção e consumo das empresas não ocorrerem de maneira sustentável
(ADHAM; SIWAR; BHUIYAN; HOSSAIN, 2015); e crescimento da população mundial – 7,4
bilhões em 2015 e perspectivas de 8,1 bilhões em 2025 e 9,7 bilhões em 2050 (ONU, 2015).
1
Mestranda em Administração e Desenvolvimento Gerencial na UNESA
2
Mestrando em Administração e Desenvolvimento Gerencial na UNESA
3
Prof. adjunto da UNESA, UERJ e UNIRIO
1
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

Ambos ocasionam a escassez de recursos naturais e geram grande quantidade de resíduos


urbanos (WBCSD, 2012; ADHAM; SIWAR; BHUIYAN; HOSSAIN, 2015; LUTHRA;
MANGLA; XU; DIABAT, 2016).

Esses resíduos sólidos urbanos somam mais de 1 bilhão de toneladas por ano, sendo que a
projeção para 2025 é de que subirá para 2,2 bilhões de toneladas por ano (WBCSD, 2012).
Desse total, cerca de 5% são representados pelos resíduos eletrônicos diversos, de celulares a
computadores (PNUMA, 2015), ou seja, se hoje já são 50 milhões de toneladas, em 2025, serão
cerca de 110 milhões de toneladas por ano.

Considerando que grande parte desse resíduo eletrônico é despejada em lixões ou aterros
sanitários (PNUMA, 2015), isso resulta em graves problemas ambiental e social, visto que
equipamentos eletrônicos contêm substâncias químicas - chumbo, cádmio, mercúrio e berílio,
entre outros - os quais podem contaminar o solo, a água e, ainda, prejudicar a saúde de possíveis
catadores de lixo (MAGERA, 2012).

Para que o descarte desse lixo eletrônico seja adequado, não só é necessária a existência de uma
logística reversa bem estruturada, como também, que essa seja utilizada pelos consumidores
(pessoas físicas e jurídicas). Por esse motivo, pesquisas sobre o tema da logística reversa de
lixo eletrônico podem ser consideradas importantes para colaborar com os pilares do
desenvolvimento sustentável.

O presente estudo tem como objetivo analisar a produção científica sobre lixo eletrônico e sua
logística reversa no Brasil. Com isso, contribuir para o avanço do conhecimento no tema,
apoiando novos trabalhos por meio de subsídios bibliográficos e, paralelamente, colaborar para
a conscientização da necessidade de mais publicações nesse campo.

Este artigo foi dividido em cinco segmentos: o agora exposto; a revisão da literatura, onde são
apresentados os principais conceitos em que o estudo se baseia; a metodologia utilizada, no
qual são descritos quais procedimentos e critérios foram adotados para se realizar a pesquisa;
os resultados e discussões, onde são apresentados os dados encontrados e as análises realizadas,
tanto estatísticas como de conteúdo; e na última seção, são apontadas as conclusões baseadas
nos indícios que foram encontrados na pesquisa.

2
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

2. Fundamentação Teórica

2.1 Sustentabilidade

Após a década de 50, houve um grande crescimento do consumo. A sociedade aprendeu a usar
e descartar bens de todos os tipos, incluindo, vidro, garrafa PET, plásticos em geral e produtos
eletrônicos (SOUZA, 1993; DEMAJOROVIC, 1995).

Só no Brasil, em 2015, todos os dias, cerca de 80 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos
foram descartadas de forma inadequada. Isso corresponde a mais de 40% do lixo coletado,
mesmo considerando o aumento de 6,2% ao ano do volume de lixo disposto de forma adequada
(PNUD, 2016).

Com esse aumento da quantidade de lixo e de seu descarte inapropriado, além de outros
problemas interligados ambiental, econômico e socialmente, também começou a crescer a
preocupação mundial, tanto sobre o uso saudável e sustentável do planeta, quanto o de seus
recursos. Nesse sentido, em 1987, a Comissão Brundtland, apoiada pela Organização das
Nações Unidas (ONU), publicou um relatório que foi um marco ao trazer o conceito da
sustentabilidade (ONU, 2017).

Esse conceito é baseado no desenvolvimento sustentável, que é um processo em que a


exploração dos recursos, a orientação dos investimentos e da evolução tecnológica e a mudança
institucional precisam estar em harmonia, fortalecendo potenciais, atual e futuro, para satisfazer
as pretensões e necessidades humanas (ONU, 1987).

Objetivando essa prática de hábitos de desenvolvimento sustentável e um conjunto de ações


que gerem o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos, além da destinação,
ambientalmente adequada, dos rejeitos não reaproveitáveis, foi promulgada a Política Nacional
de Resíduos Sólidos no Brasil.

2.2 Lixo Eletrônico

Resíduo eletrônico ou lixo eletrônico é todo material eletroeletrônico que tem seu descarte
depois do uso, tais como: geladeiras, máquina de lavar roupa, liquidificador, tv, rádios, pilhas,
baterias, celulares, computadores, placas de circuito impresso, notebook, impressoras, teclados,
entre outros (MAGERA, 2012).

Com a acelerada mudança tecnológica, acompanhada da rápida taxa de obsolescência, esses


produtos eletrônicos se tornam defasados muito rápido (MAGERA, 2012; DWIVEDY;
MITTAL, 2015).

3
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

Quando o lixo eletrônico é descartado ou reciclado sem qualquer controle, há impactos


negativos tanto no meio ambiente, quanto na saúde humana (MAGERA, 2012). Só no Brasil,
em 2014, foram descartados 1,4 milhão de toneladas de lixo eletrônico (WHO, 2015).
Para referenciar esse problema, tem-se que, para produzir um computador pessoal e seu monitor
de vídeo, são necessários cerca de 22 Kg de produtos químicos (KUEHR; WILLIAMS, 2003).
Se for considerado que, em 2015, foram vendidos 6,6 milhões de computadores (IDC, 2016),
há um elevado impacto socioambiental com o descarte descontrolado. (KUEHR; WILLIAMS,
2003).

2.3 Logística Reversa

A logística reversa é o processo que envolve o planejamento, a implantação e o controle


eficiente dos fluxos de materiais, produtos e embalagens e de suas informações do ponto de
consumo até o ponto de origem, com o propósito de gerar ou recapturar valor ou realizar um
descarte adequado (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1999).

Existem dois tipos de canais de distribuição que realizam esse retorno de produtos: pós-
consumo e pós-venda. O pós-consumo são os descartados após o uso, enquanto que os de pós-
venda podem retornar por término da validade, excesso de estoque no final da cadeia, devolução
de consignação ou problemas de qualidade. De um modo geral, os produtos eletrônicos podem
ter como destino: reciclagem, desmanche reuso ou encaminhados para disposição final (LEITE,
2013).

Figura 1: Canais de distribuição diretos e reversos.


Fonte: Leite (2013).

4
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

Nesse fluxo da logística reversa, os principais atores são: empresas integrantes da cadeia de
suprimento tradicional, empresas especializadas em reaproveitamento nas cadeias reversas –
coletores, especialistas em reciclagem, fundações ou organizações voltadas para o tema, como
as cooperativas, entre outros – e as instituições governamentais (BRITO; DEKKER, 2003).

Destaca-se a importância da integração das cadeias de suprimento tradicional com a reversa, de


forma a se obter uma maior eficiência se comparada com as decisões envolvendo as cadeias
separadamente (FLEISCHMANN; KRIKKE; DEKKER; FLAPPER, 2000).

Embora a existência de leis seja de grande relevância, a literatura mostra que ainda existe uma
forte resistência do setor empresarial em implantar modelos de logística reversa, devido ao
elevado custo e ao pouco interesse em coordenar o processo (THIERRY; SALOMON;
WASSENHOVE, 1995; FLEISCHMANN; KRIKKE; DEKKER; FLAPPER, 2000; STOCK;
MULKI, 2009).

3. Método de Pesquisa

Trata-se de uma pesquisa bibliométrica, descritiva, com abordagem quali-quanti, análise de


dados utilizando estatística descritiva e análise de conteúdo. A presente pesquisa foi realizada
nas bases de dados Scopus, Spell, Emerald por suas publicações serem bem qualificadas no
Qualis-Periódicos da CAPES (CAPES, 2015). O período selecionado, por conveniência, foi de
janeiro de 2007 a 20 de abril de 2017.

Na busca, foram utilizados os seguintes descritores em inglês e português: reverse logistics, e-


waste, brazil, brasil, eletronic waste, logística reversa, lixo eletrônico, computer waste.

Após essa seleção, utilizou-se, como critério de inclusão, artigos e resumos (trabalhos)
apresentados em congressos e periódicos e, como critérios de exclusão, artigos escritos em
outras línguas que não o português ou inglês, artigos que não apresentaram a sua versão
completa, artigos fora do tema, artigos duplicados e não foi utilizada literatura cinzenta.

Em seguida, foram identificados os referenciais teóricos dos artigos, utilizando-se, como base,
o levantamento realizado por Moriki e Martins (2003). A partir desses dados coletados, foi
possível verificar os números referentes a citações e suas interligações.

4. Análise dos Resultados

Os dados levantados foram compilados em tabelas, usando planilhas Excel, de forma a facilitar
sua quantificação e avaliação.

3.1 Análise da evolução


5
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

A partir da busca realizada, não foram encontradas publicações no período de 2007 a 2010. De
2011 a 2016, houve 19 publicações, sendo que, entre janeiro e abril de 2017, foram publicados
3 artigos, a mesma quantidade que, em cada ano, entre 2013 e 2015. A evolução das publicações
dos artigos pode ser vista na figura a seguir.

6
Número de publicações

5
4
3
2
1
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano

Figura 2: Evolução da frequência de publicações.


Fonte: Dados da Pesquisa

Por esse resultado, tem-se o indício que a PNRS influenciou na quantidade de publicações sobre
o tema. Além disso, pode-se observar, pela quantidade de publicações até abril de 2017, que há
uma leve tendência a ter novas publicações com esse tema até o fim do ano.

3.2 Análise da classificação dos periódicos

No quadro abaixo, estão relacionados os periódicos dos artigos publicados e sua classificação
no Qualis-periódicos da CAPES de 2015.

6
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

Artigo Periódico/ Ano Área de Avaliação (CAPES) Estrato


Conferência (CAPES)

A characterization of the Resources, 2017 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A1


Brazilian market of Conservation and DE EMPRESAS, CIÊNCIAS
reverse logistic credits Recycling CONTÁBEIS E
(RLC) and an analogy
TURISMO/INTERDISCIPLINAR
with the existing carbon
credit market

Management of Waste Systemic Practice 2016 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A1


Electrical and Electronic and Action DE EMPRESAS, CIÊNCIAS
Equipment in Brazilian Research CONTÁBEIS E TURISMO
Public Education
Institutions:
Implementation
Through Action
Research on a University
Campus

A study on the International 2017 INTERDISCIPLINAR A2


environmental aspects Journal of Life
of WEEE plastic Cycle Assessment
recycling in a Brazilian
company

Logística reversa de reee Ambiente & 2016 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E B1


em países em Sociedade DE EMPRESAS, CIÊNCIAS
desenvolvimento: CONTÁBEIS E
desafios e perspectivas TURISMO/INTERDISCIPLINAR
para o modelo brasileiro

Cost Assessment and Procedia Computer 2015 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E B1


Benefits of using RFID Science DE EMPRESAS, CIÊNCIAS
in Reverse Logistics of CONTÁBEIS E TURISMO
Waste
Electrical & Electronic
Equipment (WEEE)

Integrated model for Procedia Computer 2015 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E B1


reverse logistics Science DE EMPRESAS, CIÊNCIAS
management of CONTÁBEIS E TURISMO
electronic products and
components

7
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

Os resíduos RGSA – Revista de 2014 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E B1


eletroeletrônicos no Gestão Social e DE EMPRESAS, CIÊNCIAS
brasil e no exterior: Ambiental CONTÁBEIS E TURISMO
diferenças legais e a
premência de uma
normatização mundial

A logística reversa do RGSA – Revista de 2013 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E B1


lixo tecnológico: um Gestão Social e DE EMPRESAS, CIÊNCIAS
estudo sobre a coleta do Ambiental CONTÁBEIS E TURISMO
e-lixo em uma
importante universidade
brasileira

Papel da logística RGSA – Revista de 2011 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E B1


reversa no Gestão Social e DE EMPRESAS, CIÊNCIAS
reaproveitamento do Ambiental CONTÁBEIS E TURISMO
“lixo eletrônico” – um
estudo no setor de
computadores

Reverse logistics: a route Wit Transactions 2014 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E B1


that only makes sense On Ecology And DE EMPRESAS, CIÊNCIAS
when adopting a The Environment CONTÁBEIS E TURISMO
systemic vision (Online)

Shared Responsibility Journal of 2014 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E B3


and Reverse Logistics Operations and DE EMPRESAS, CIÊNCIAS
Systems for e-Waste in Supply Chain CONTÁBEIS E TURISMO
Brazil Management

Eletronic waste Revista Espacios 2017 INTERDISCIPLINAR B3


disregard on amazon
metropolis: the case of
Belem city, Pará

System dynamics Waste 2017 INTERDISCIPLINAR B3


applied to closed loop Management
supply chains of
desktops and laptops in
Brazil A perspective for
social inclusion of waste
pickers

Sustainability Waste 2016 INTERDISCIPLINAR B3


assessment and Management
prioritisation of e-waste

8
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

management options in
Brazil

The Challenge of the 6th Conference 2016 SEM CLASSIFICAÇÃO -


Reverse Logistics of the Internacional
High Tech After-Sales
Equipment: A
Comprehensive Study

Characteristics for an 7th International 2015 SEM CLASSIFICAÇÃO -


Integrated Information ACM Conference
System for Management on Management of
of Recycling Electronic Computational and
Waste collective
Intelligence in
Digital
ecosystems,
MEDES

The Brazilian Electronics Goes 2016 SEM CLASSIFICAÇÃO -


Government Efforts to Green 2016+
Support Electronic
Recycling Facilities to
Comply with
Environmental Sound
Practices

Ambientronic: A Proceedings of the 2013 SEM CLASSIFICAÇÃO -


Brazilian program to 5th International
support the development Conference on
of innovative projects in Management of
e-waste reverse logistics Emergent Digital
ecosystems,
MEDES

The reverse logistics as Progress in 2013 SEM CLASSIFICAÇÃO -


an environmental tool Industrial Ecology
integrated to – An International
environmental Journal
management system for
an effective
management of solid
industrial waste

Quadro 1: Classificação segundo estrato Qualis-periódicos CAPES.


Fonte: Classificação Qualis-periódicos (CAPES, 2015).

9
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

Os artigos que têm origem conferências estão como sem classificação na área avaliação e sem
estrato, pois conferências não são qualificadas no Qualis-periódicos. Quanto ao periódico
Progress in Industrial Ecology - An International Journal, este está sem classificação devido a
não ter sido encontrado na lista do Qualis-periódicos.

Considerando os periódicos encontrados na pesquisa e que estão na classificação Qualis-


periódicos (CAPES, 2015), cerca de 37% têm estrato B1. Seguido de 21% de B3, 11% de A1 e
5% de A2. Não foi encontrada nenhuma publicação em periódicos B2. Esses valores podem ser
melhor observados na figura 3.

Figura 1: Qualificação dos periódicos, segundo lista da CAPES (2015).


Fonte: Dados da pesquisa.

3.3 Análise das citações e das referências bibliográficas

Para as próximas análises, foi adotado, como critério de seleção dos principais autores, o
percentual mínimo de 15% de citações dentre os 19 artigos.

Quantidade de % de Citações
Autores
Citações dentre os Artigos

Guarnieri, P.
10 52,63%
Rogers, D.S., Tibben-Lembke, R.S.
Demajorovic, J. 6 31,58%
Bardin, L.
Fleischmann, M.
Kiddee, P. 5 26,32%
Leite, P. R.
Stock, J.
10
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

Araújo, M.G.
Franco, R.G.F.; Lange, L.C.
Nnorom, I.C.
Oliveira, C.R.
4 21,05%
Tsydenova, O.
Wager, P.A., Hischier, R.
Wang, F.
Zeng, X.
Ballou, R.H.
Barboza, M.R.
Godoi, C.K.
Hischier, R.
Huisman, J.
Khetriwal, D.
Manomaivibool, P.
Ongondo, F.O.,Williams, I.D., Cherrett, 3 15,79%
T.J.
Schluep, M., Hagelueken, C., Kuehr, R.,
Magalini, F., Maurer, C., Meskers, C.,
Mueller, E., Wang, F.
Souza, R.G.
Wagner, T.P.
Widmer, R.

Tabela 1: Percentual de citações de autores nos artigos pesquisados


Fonte: Dados da Pesquisa.

11
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

Isso pode ser melhor avaliado na figura abaixo:

Araújo, M.G.
Zeng, X. 10 Ballou, R.H.
Widmer, R. 9 Barboza, M.R.
Wang, F. 8 Bardin, L.
7
Wagner, T.P. Demajorovic, J.
6
5
Wager, P.A.; Hischier, R. Fleischmann, M.
4
3
Tsydenova, O. 2 Franco, R.G.F.; Lange, L.C
1
Stock, J. 0 Godoi, C.K.

Souza, R.G. Guarnieri, P.

Schluep, M.; Hagelueken,… Hischier, R.

Rogers, D.S.; Tibben-… Huisman, J.


Ongondo, F.O.; Williams,… Khetriwal, D.
Oliveira, C.R. Kiddee, P.
Nnorom, I.C. Leite, P.R.
Manomaivibool, P.

Figura 2: Mandala dos autores mais citados.


Fonte: Dados da Pesquisa.

Os autores mais citados nos artigos foram: Guarnieri, P. e Rogers D.S; Tibben-Lembke,
R.S. com 10 referências e Demajorovic, J. com 6 referências sendo que esses autores escrevem
sobre logística e ou logística reversa, como pode ser observado no quadro a seguir.

Tópicos Autores
Tsydenova, O.; Wager P.A., Hischier R.;
Barboza, M. R.; Hischier, R.; Huisman, J.;
Sustentabilidade/
Schluep M., Hagelueken C., Kuehr R.,
Desenvolvimento Sustentável/
Magalini F., Maurer C., Meskers C., Mueller
Responsabilidade Socioambiental
E., Wang F.; Souza, R.G.; Wagner, T.P.;
Widmer R.
Kiddee, P.; Araújo, M. G.; Franco, R.G.F.;
Lixo/Lixo Eletrônico Lange, L C.; Nnorom, I.C.; Tsydenova, O.;
Wager P.A., Hischier R.; Zeng X.; Barboza,
12
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

M.R.; Hischier, R.; Huisman, J.; Khetriwal, D.;


Ongondo F.O.,Williams, I.D., Cherrett T.J.;
Schluep M., Hagelueken C., Kuehr R.,
Magalini F., Maurer C., Meskers C., Mueller
E., Wang F.; Souza, R.G.; Wagner, T.P.;
Widmer R.
Guarnieri, P.; Rogers D.S., Tibben-Lembke
R.S.; Demajorovic, J.; Fleischmann, M.; Leite,
Logística/ Logística Reversa P.R.; Stock, J.; Oliveira, C.R.; Wang, F.; Zeng
X.; Ballou, R.H.; Barboza, M.R.; Huisman, J.;
Souza, R.G.
Manomaivibool, P; Schluep M., Hagelueken
Reciclagem C., Kuehr R., Magalini F., Maurer C., Meskers
C., Mueller E., Wang F.; Widmer R.
ABINEE; ABNT; ABDI; Bardin, L; Godoi,
Métodos/Normas
C.K.
Quadro 2: Autores mais citados por tópicos abordados.
Fonte: Dados da pesquisa.

Para facilitar o entendimento dos resultados da análise, as 690 referências bibliográficas


levantadas nos 19 artigos, foram discriminadas nos seguintes tipos de material: Livro,
Revista/Periódico, Jornal, Site de Internet, Autor Entidade/Relatório, Legislação/Norma,
Monografia/Dissertação e Seminário/Conferência/Encontro/Fórum/ Congresso/Workshop.
A distribuição das referências bibliográficas, em seu tipo de material de origem, pode
ser observada na figura a seguir:

13
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

Figura 3: Mapa de árvore da distribuição das referências bibliográficas.


Fonte: Dados da pesquisa.

Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e os resultados são


mostrados a seguir.

Seminário/
Conferência/
Artigo/ Autor
Site de Legislação/ Monografia/ Encontro/
Livro Revista/ Jornal Entidade/
Internet Norma Dissertação Fórum/
Periódico Relatório
Congresso/
Workshop

Total de
89 386 4 43 100 29 13 26
Material
Mínimo 0 0 0 0 0 0 0 0
Máximo 17 55 3 11 18 5 2 6
Média 4,68 20,32 0,21 2,26 5,26 1,53 0,68 1,37
Mediana 4 17 0 1 4 2 0 1
Desvio
4,33 17,22 0,71 2,6 4,66 1,22 0,82 1,54
Padrão
Variância 18,78 296,56 0,51 6,76 21,76 1,49 0,67 2,36
Tabela 2: Fontes das referências bibliográficas.
Fonte: Dados da pesquisa e NBR 6023 (ABNT, 2002).

Um dado interessante encontrado foi que, apesar do tipo de material Revista/Periódico ser a de
maior expressão (56% aproximadamente), um dos trabalhos não a utilizou, fato esse que pode
estar atrelado ao objetivo que o artigo em questão iria atender.
14
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

Outro ponto observado foi que 7 dos 19 artigos utilizaram menos do que 50% do total de seu
material de revista/periódico.

3.4 Análise dos métodos utilizados

Os métodos utilizados nos 19 artigos foram classificados segundo a abordagem de Martins e


Theóphilo (2009). Na figura a seguir, é possível observar o resultado do enquadramento
metodológico.

Figura 7: Enquadramento metodológico das pesquisas.


Fonte: Dados da pesquisa usando a abordagem de Martins e Teóphilo (2009).

A partir da figura 7, pode-se perceber que a abordagem qualitativa é a mais utilizada, sendo
aproximadamente 79% do total dos trabalhos.

Conforme o livro Metodologia da Investigação Científica para Ciências Sociais Aplicadas


(MARTINS; THEÓPHILO, 2009), os tipos de estratégia de pesquisa que adotam abordagem
qualitativa são: Pesquisa-ação, Grounded Theory, Estudo Etnográfico e Estudo de Caso. E as
técnicas mais usadas: Observação, Observação participantes, Entrevista, Focus Group,

Análise Documental, Análise de conteúdo e Análise de discurso.


Assim, é interessante destacar que nesse universo de 79% qualitativo, 58% utilizaram uma das
estratégias de pesquisa abordadas pelos autores acima.

As pesquisas mostraram não serem cumulativas, pois não foi observado nenhum estudo baseado
em outro artigo publicado dentre os 19 artigos da seleção. Também não foi verificada a
utilização de um dos artigos da amostra como referência de outro artigo selecionado.

15
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

5. Conclusões

O estudo desenvolvido teve como objetivo analisar a produção científica sobre lixo eletrônico
e sua logística reversa no Brasil.
Esta foi uma pesquisa bibliométrica, descritiva, com abordagem quali-quanti, análise de dados
utilizando estatística descritiva e análise de conteúdo.

Como resultado desse estudo, foram encontrados 19 artigos, nas bases Scopus, Spell e Emerald,
entre 2007 e 2017. Além disso, observamos que houve apenas publicações a partir de 2011 e
que, nos primeiros quatro meses de 2017 já foi publicada a mesma quantidade que todo o ano
de 2016, portanto, esperamos que haja mais publicações até o fim do ano.

Outro ponto identificado no resultado se refere aos autores mais citados na revisão da literatura
serem Guarnieri, P., Rogers D.S; Tibben-Lembke, R.S. e Demajorovic, J e que esses estão
relacionados ao tema logística/logística reversa.

Há um outro aspecto a ser citado, o da maior parte da referência bibliográfica desses artigos ser
de revista e periódicos, o que condiz com que se é esperado em pesquisas na área de
administração. Também pode ser observado que a que a maioria dos artigos tem abordagem
qualitativa,

Com as evidências obtidas, concluímos que há indícios de que a Lei n°12.305/10, que instituiu
a Política Nacional de Resíduos Sólidos, foi um marco para o início das publicações sobre esse
tema. Além disso, foi observado que apesar de uma discreta ascendência nessa frequência de
publicação, ainda existem poucas publicações sobre esse tema.

A presente pesquisa tem como escopo contribuir para o avanço do conhecimento no tema,
apoiando novos trabalhos por meio de subsídios bibliográficos e, paralelamente, colaborar para
a conscientização da necessidade de mais publicações nesse campo.

Para estudos futuros, recomenda-se comparar esses resultados com os que forem gerados por
publicações estrangeiras, preferencialmente, de países considerados emergentes como o Brasil.

6. Referências

ADHAM, K.N.; SIWAR, C.; BHUIYAN, M.; HOSSAIN, A. An Overview of Malaysian


Government Initiatives on Sustainable Consumption and Production Practices. OIDA
International Journal of Sustainable Development. v. 8, n. 6, p. 23-32, 2015.

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e


documentação - Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

BALDÉ, C.P.; WANG, F.; KUEHR, R.; HUISMAN, J. The global e-waste monitor. Bonn:
16
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

United Nations University, 2014

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos


Sólidos, Brasília, DF. 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 8 nov. 2016.

_______. Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional de Resíduos Sólidos.


Disponível em: <http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-
s%C3%B3lidos>. Acesso em: 15 nov. 2016.

_______. Ministério do Meio Ambiente. Responsabilidade Socioambiental.


Disponível em: <http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental>. Acesso em: 05
abr. 2017.

CAPES. Fundação CAPES. Classificações publicadas todas as áreas avaliação - 2015.


Disponível em:
<https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/lista
ConsultaGeralPeriodicos.jsf>. Acesso em: 20 abr. 2017.

CRESWELL, J. Research design: Qualitative, quantitative and mixed method approaches. 4


ed. Thousand Oaks: Sage, 2014.

DEMAJOROVIC, J. Da política tradicional de tratamento do lixo à política de gestão de


resíduos sólidos as novas prioridades, RAE, v. 35, n. 3, p. 88-93, 1995.

BRITO, M. P.; DEKKER, R. A Framework for Reverse Logistics. Erasmus Research


Institute of Management. Roterdam, abr. 2003.

DEMAJOROVIC, J.; MIGLIANO, J.E.B. Política Nacional de Resíduos Sólidos e suas


Implicações na cadeia da logística reversa de microcomputadores no Brasil. Gestão &
Regionalidade, v. 29, n. 87, p.64-80, set-dez, 2013.

DWIVEDY, M.; MITTAL, R.K. An investigation into e-waste flows in India.


Journal of Cleaner Production, v. 37, p. 229-242, 2012.

FLEISCHMANN, M.; KRIKKE, H.R.; DEKKER, R.; FLAPPER S. D. P. A characterization


of logistics network for product recovery. Omega, The International Journal of Management
Science, v. 28, n. 6, p. 653-666, 2000.

GOVINDAN, K.; SHANKAR, K.M.; KANNAN, D. Application of fuzzy analytic network


process for barrier evaluation in automotive parts remanufacturing towards cleaner production
– a study in an Indian scenario. Journal of Cleaner Production, v. 114, p. 199–213, 2016.

IDC. Mercado brasileiro de PCs sofre queda de 36% nas vendas em 2015, segundo estudo
da IDC Brasil, 2016. Disponível em: <http://br.idclatin.com/releases/news.aspx?id=1971>.
Acesso em: 29 abr. 2017.

17
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

KUEHR, R.; WILLIAMS, E. Computers and the environment: understanding and managing
their impacts. Dordrecht: Kluwer/Springer, 2003.

LEITE, P.R. Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. 2. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2013.

LUTHRA, S.; MANGLA, S.K.; XU, L.; DIABAT, A. Using AHP to evaluate barriers in
adopting sustainable consumption and production initiatives in a supply chain. International
Journal Production Economics, v. 181, p. 342-349, 2016.

MAGERA, M. Os caminhos do lixo. São Paulo: Átomo, 2012.

MARTINS, G. A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da Investigação Científica para


Ciências Sociais Aplicadas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MORIKI, A.; MARTINS, G. Análise do Referencial bibliográfico de Teses e Dissertações


sobre Contabilidade e Controladoria. In: CONGRESSO CONTROLADORIA E
CONTABILIDADE, 3, 2003, São Paulo. Anais… São Paulo: 2003.

NEVES, T.; DROHOMERETSKI, E.; DA COSTA, S.E.G.; DE LIMA, E.P. Sustainable


operations management: practices and measures in the food. International Journal Advanced
Operations Management, v. 6, n. 4, p. 335-352, 2014.

ONU. Organização das Nações Unidas. A ONU e o meio ambiente, 2017. Disponível em:
<https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/>. Acesso em 10 abr. 2017.

___. Organização das Nações Unidas. Report of the World Commission on Environment
and Development, 1987. Disponível em: http://www.un.org/documents/ga/res/42/ares42-
187.htm>. Acesso em: 10 abr. 2017.

___. Organização das Nações Unidas. Word Population 2015, 2015. Disponível em:
https://esa.un.org/unpd/wpp/Publications/Files/World_Population_2015_Wallchart.pdf>.
Acesso em: 28 abr. 2017.

OSIBANJO, O.; NNOROM, I.C. The challenge of electronic waste (e-waste) management in
developing countries. Waste Management & Research. v. 25, n. 6, p. 489-501, 2007.

PNUD. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. No Brasil, 80 mil toneladas de
resíduos sólidos são descartadas de forma inadequada por dia, afirma ONU, 2016.
Disponível em: <https://nacoesunidas.org/no-brasil-80-mil-toneladas-de-residuos-solidos-sao-
descartados-de-forma-inadequada-afirma-onu/>. Acesso em: 05 abr. 2017.

PNUMA. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Waste crime – waste risks
gaps in meeting the global waste challenge, 2015. Disponível em:
<http://web.unep.org/ourplanet/september-2015/unep-publications/waste-crime-waste-risks-
gaps-meeting-global-waste-challenge-rapid>. Acesso em: 05 abr. 2017.

18
Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

SCHLUEP, M. et al. Insights from a decade of development cooperation in E-waste


management. In: PROCEEDINGS OF THE FIRST INTERNATIONAL CONFERENCE ON
INFORMATION AND COMMUNICATION TECHNOLOGIES FOR SUSTAINABILITY,
2013, Zurich. Anais… Zurich: 2013.

SOUZA, M. T. S. Rumo à prática empresarial sustentável. RAE, v. 33, n. 4, p. 40-52, 1993.

STOCK, J. R.; MULKI, J. P. Product returns processing: an examination of practices of


manufacturers, wholesalers, distributors and retailers. Journal of Business Logistics. v. 30, n.
1, p. 33-62, 2009.

THIERRY, M.; SALOMON, M. N.; VAN WASSENHOVE, L. Strategic issues in product


recovery management. California Management Review, v. 37, n. 2, p. 114-135, 1995.

WANG, F.; HUISMAN, J.; STEVELS, A.; BALDÉ, C.P. Enhancing e-waste estimates:
Improving data quality by multivariate Input-Output Analysis. Waste Management. v. 33, p.
2397-2407, 2013.

WBCSD. World Business Council for Sustainable Development. What a Waste: A Global
Review of Solid Waste Management, 2012. Disponível em: <
https://siteresources.worldbank.org/INTURBANDEVELOPMENT/Resources/336387-
1334852610766/What_a_Waste2012_Final.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2017.

WHO. World Health Organization. Sustainable Management of Waste Electrical and


Electronic Equipment in Latin America, 2015. Disponível em:
<http://www.who.int/ceh/publications/ewaste_latinamerica/en/>. Acesso em: 28 abr. 2017.

19

You might also like