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Colégio Estadual Cecília Meireles – EFM

São Pedro do Paraná – PR

PROPOSTA CURRICULAR

FÍSICA

ENSINO MÉDIO
São Pedro do Paraná

A) Apresentação da disciplina

A física tem como objeto de estudo o universo, em toda a sua complexidade. Dessa

forma entende-se que a física deve educar para cidadania contribuindo para o desenvolvimento

de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção cientifica ao longo da historia e

compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do

universo de fenômenos que o cerca. Assim, elaborou-se a proposta de conteúdos estruturantes,

os quais foram indicados, tendo em vista e evolução histórica das idéias e conceitos da física, a

prática docente e o entendimento, pelos professores, de que o Ensino Médio deve estar voltado à

formação de sujeitos que, em sua formação e cultura, agreguem a visão da natureza, das

produções e das relações humanas.


Esses conteúdos estruturantes indicam campos de estudo da física como: movimento,

termodinâmica e eletromagnetismo, que a partir de desdobramentos em conteúdos pontuais,

possam garantir os objetos de estudo da disciplina em toda a sua complexidade. O universo, sua

evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentam. Ressalta-se a

importância de um enfoque conceitual que não leve em conta apenas uma equação matemática,

mas que considere o pressuposto teórico que afirma que o conhecimento cientifico é uma

construção humana com significado histórico e social.

B) Objetivos Gerais do Ensino de Física no Ensino Médio


A física tem como objetivo de estudo o universo, em toda a sua complexidade. Por isso a

disciplina de física propõe aos estudantes o estudo da natureza. Mas, como nos alerte Menezes

(2005), natureza, aqui, tem sentido de realidade material sensível. Entretanto, os conhecimentos

desenvolvimentos pela Física, e que são apresentados aos estudantes do Ensino Médio, não são

coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos de elaborações humanas.

 Desenvolver a capacidade de investigação física. Classificar, organizar, sistematizar.

Identificar regularidades. Observar, estimar ordens de grandeza, compreender o conceito

de medir, fazer hipóteses, testar;

 Articular o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do saber cientifico;

 Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão da

cultura humana;

 Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos. Utilizar

representações simbólicas. Comunicar-se com a linguagem física adequada;

 Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas. Ser capaz de

diferenciar e traduzir as linguagens matemáticas, discursiva e gráfica;

 Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos de sua

representação simbólica;

 Apresentar de forma clara e objetiva o conhecimento apreendido, através de tal

linguagem;

 Conhecer fontes de informação e formas de obter informações relevantes, sabendo

interpretar notícias científicas. Compreender manuais de utilização;

 Elaborar síntese ou relatórios estruturados dos temas físicos trabalhados.


Uma das grandes dificuldades na transferência do conhecimento é o “como ensinar”, ou

seja, qual a adequada metodologia que deve ser utilizada pelo professor para efetivar o ensino-

aprendizagem.

C) Conteúdos

1ª Ano:

Conteúdo Estruturante: Movimento

1 – Mecânica:

 Evolução da física;

 Finalidade da física;

 Ramos da física.

2 – Cinemática:

 Cinemática escalar;

 Cinemática vetorial;

 Movimento circular.

3 – Dinâmica:

 Princípios fundamentais;
 Forças no movimento circular;

 Gravitação universal;

 Energia;

 Conservação da quantidade de movimento.

4 – Estática:

 Equilíbrio de um ponto material;

 Equilíbrio de um corpo extenso.

5 – Hidrostática:

 Pressão;

 Empulso.

2ª Ano:

Conteúdo Estruturante: Termodinâmica

1 – Dilatação Térmica:

 Dilatação linear, superficial, volumétrica e dos líquidos.

2 – Termologia:

 Termometria;

 Teoria, seus criadores, sua prática.

3 – Calorimetria:

 Unidades de quantidade de calor;

 Calor sensível, latente e especifico;

 Equação fundamental de calorimetria;

 Princípios da igualdade das trocas de calor.

4 – Estudo dos Gases:

 Leis das transformações dos gases;


 Equação geral dos gases perfeitos.

5 – Termodinâmica:

 Princípios da termodinâmica;

 2ª Lei da Termodinâmica;

 3ª Lei da Termodinâmica.

6 – Óptica Geométrica:

 Princípios fundamentais.

7 – Reflexão da Luz.

8 – Refração da Luz:

 Espalhamento da Luz;

 Interferência e difração da Luz;

 Efeito Fotoelétrico;

 Efeito Compton;

 Dualidade, onda, partícula.

9 – Ondulatória:

 Ondas.

3ª Ano:

Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo

1 – Eletricidade:

 Eletrostática;

 Força elétrica;

 Campo elétrico;

 Trabalho e potencial elétrico;


 Capacidade de um condutor;

 Capacitores.

2 – Eletrodinâmica:

 Corrente elétrica;

 Estudo dos resistores;

 Associação de resistores;

 Medidores elétricos;

 Geradores e receptores;

 Circuitos elétricos.

3 – Eletromagnetismo:

 Fenômenos magnéticos.

4 – Equações de Maxwell:

 Lei de Gauss;

 Lei de Coulomb;

 Lei de Lenz e a conservação da energia;

 Lei de Àmpere;

 Indução Eletromagnética.

ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA E CULTURA

INDÍGENA. EM OBSERVAÇÃO A LEI 10639/2003.

Durante o ano letivo desenvolveremos algumas ações referente à História e Cutura-Afro-

Brasileira e africana e Cultura Indígena, prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade

humana, Educação Ambiental Fiscal e enfrentamento à violência contra a criança e ao

adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas.


D) Metodologia de Física

Uma determinada sociedade é caracterizada por uma visão de mundo, que inclui

conhecimento, hábitos e costumes, mitos e crenças, a ciência surge na tentativa humana de

decifrar o universo físico, determinado pela necessidade humana de resolver problemas práticos e

necessidades materiais em determinada época, logo é história, constituindo-se em visão do

mundo.

Essa visão de mundo se expressa num modelo que procura representar o real, sob a

forma de conceitos e definições, ao buscar descrever e explicar seus objetos de estudo através de

leis que sejam universais, amparado em teorias, aceitas por uma comunidade cientifica mediante

rigoroso processo de validação. Nesse processo, é estabelecida uma verdade sobre o objeto.
Poderíamos pensar na História dos grandes físicos ou cientistas que, a partir de uma

sacada genial mudaram a Historia da humanidade. Ou ainda, nos ombros de gigantes nos quais

se apoiaram os grandes físicos. Mas, em que isso contribuiria para o ensino de física? Na

verdade, as duas visões negam a construção humana ao colocar o conhecimento como resultado

de um inspiração genial de uma determinada pessoa. Quando transformamos Einstein em gênio

da relatividade, esquecemos que ele, Einstein, foi quem deu um passo a mais nessa construção

onde estiveram presentes importantes contribuições de outros pesquisadores, como Hertz e

Lorentz, o qual, por sua vez, partiu das equações de Maxwell.

Então que história utilizarmos? Interessa-nos aqui uma história que mostre a evolução

das idéias e conceitos em física, um caminho quase sempre não-linear, cheio de erros e acertos,

avanços e retrocessos típicos de um objeto essencialmente humano, que é a produção cientifica.

Mas, também, uma historia que mostre a não neutralidade da produção cientifica, suas relações

externas, sua interdependência com os sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais, políticos,

econômicos e culturais desta ciência.

Um outro fator importante a ser considerado é que muitas das concepções espontâneas

dos estudantes relacionadas ao conhecimento cientifico encontram paralelo na história da ciência.

Por isso, é importante que o ensino de física não deixe de lado a filosofia da ciência,

especialmente aquela baseada na historia, pois a filosofia apresenta elementos para análise que

nos permite dialogar de forma mais enriquecedora com a natureza. Diante disso, entendemos que

a física deve contribuir para a formação dos sujeitos, porém através de conteúdos que dêem conta

do entendimento do objeto de estudo da física, ou seja, a compreensão do universo, a sua

evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentam.

E) Avaliação
Nessa perspectiva de trabalho, a avaliação passa a ter como objeto fundamental fornecer

informações sobre o processo de ensino-aprendizagem como um todo, informando não apenas o

aluno sobre seu desempenho em física, mas também o professor sobre sua prática em sala de

aula.

Dentro de um determinado conteúdo, seja qual for a metodologia escolhida pelo

professor, é importante que na avaliação os alunos, esse seja ponto de partida para o inicio de

uma aprendizagem que agregue significados para professor e estudantes.

Como poderiam os estudantes formular questões sobre algo que não conhecem? Ou,

ainda questões que eles trazem, mas não sabem como formular?

Nesses casos é imprescindível o papel do professor como uma espécie de informante

científico. Para ir além do limite da informação e atingir a fronteira da formação é preciso uma

mediação que não é aleatória, mas pelo conhecimento físico, num processo organizado e

sistematizado pelo professor. O objeto é que professor e estudantes, em conjunto, compartilhem

significados na busca da aprendizagem que acontece quando as novas informações interagem

com o conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, diferenciam, integram, modificam e

enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive substituí-lo.

A partir do conhecimento físico, o estudante deve ser capaz de perceber e aprender em

outras circunstâncias onde se fizerem presentes situações semelhantes às trabalhadas pelo

professor em aula, apropriando-se da nova informação, transformando-a em conhecimento. Então

seja qual for a metodologia adotada pelo professo, em conformidade com o conteúdo trabalhado,

deve-se sempre buscar uma avaliação do processo, que só tem sentido se utilizada para verificar

a apropriação do conteúdo. A partir desse processo avaliativo o professor terá subsídios para

intervir.
F) Referências

Abrantes, P. C. C. Newton e a Física Francesa no Século XIX, IN: Cad. de História e Filosofia Da

Ciência, Série 2, Jan - Jun, 1989.

Apostila. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio - Versão preliminar julho/2006.

Bonjorno, Regina Azenha. [et. al.] Física completa: Volume único. Ensino Médio – 2. ed. – São

Paulo: FTD, 2001.

Brasil / MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9.394/96.

Brasil / MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília, MEC / SENTEC, 2002.

Chaves, A. Física: Mecânica. Volume 1. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso. Editores, 2000.
Livro Didático – Secretaria de Estado da Educação

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