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attigos Migragao, familia e campesinato Klaas Woortmann® ‘Ao longo de sua cameira migratdria, 0 campesinato dissolve 2 dicotomia ruraburbano, unificando em sua experiéncia de vida as experiéncias da cidade e do campo. Camponeses 680, além de procu- ‘ores de alimentos, produtores também de migrantes. Por isso, Steas campone- 08 {6 foram chemades de “celeitos oe mio-de-obra’. A migragao de campa- rneses no é apenas eonsequéncia da in- ‘ago de suas condigses de exis- lncia, mas 6 parte integrante de suas prépries préticas de reproducao. Migrar, de fato, pode ser condicgo para a por- mandncia componesa. A anilise aqui desenvolvida pro cura enfocar a migracio sob essa titima perspective, com base em trabalho de campo realizado em Sergipe entre si tiantes, isto , camponeses que detém 0 dominio sobre a terta 0, em alguns ca- 80s, sobre um territéric definido por principios de parentesco, Além dos da- dos de campo, utilizo tarnbém etnogra- * Professor Tiulee de Doportemente de An wopolesie’ 3 Univereicade ue Brae tne fias feitas por outros pesquisadores no Nordeste, pais © fenémeno & comum toda nasa rane, Os préprios sitiantes dlistinguem trés modalidedes de migrado: a migra- cdo pré-matrimonial do fitho; aquela do chefe de familia, de tipo circular, @ a emigracdo definitive. As duas primeiras ‘io referidas como “viagem", @. dltima ‘como “aida”. Ceda uma possui um significado espectico, mas eles s¢ arti- ‘culam entre sl, @ com ovtras praticas de reprodueée social, face & hierarquia da familia, & composigao do grupo dornés- tico e & transmissao da terra, © artigo se divide em trés partes, cada uma doias concernente a uma mo- dalidade de migracao. A migraedo pré-matrimonial 6 Idesimente ccupado por uma famtlia nuclear, no entonto, Fes Qatlona de Esko de Pulao 35, artigos quando um filho esté préximo de idade ce casar, & preciso selecionar para ele um espaco prépric, Isto poderd ser feito pela compra de terres fora co sitio pa- terno, ae forme ¢ evitar ou limitar 0 fra- cionamento desie, Quando @ terra é su- ficiente, destina-se 90 filo em vias de casar um ehdo de marada no interior do préprio sitio paterno, espaco esse em que sera erguida a nova case, assim ‘come um ehao de raga para sou uso e8- pectfieo, onde 0 jovern iré produzir para si mesmo, err vista de sua future condi 80 ca chete de familia, Antes que seja érguida a nova ca 2, porém, 0 jovar deve migrar tem- porariamente. Entre os sitiontes fraeos esa migracéo tem um sentide emi- Aentemente prétice, pois destina-se a soumular recursos que possibiltaréo 1 @ vids de casadio, isto 8, consti- ‘uir-se coma pai, tals recursos iro se somar dquetes acumulados ae longa da vide sob a forma de gado, e aqueles ob- tides pelo trabalho pois, jumamente ‘com 0 chao de roga, 0 pai também “dé ‘9 tempo” para 0 filho, isto &, libera-o parcisimente das tarefes relatives 2 fe- tmillia como um todo. sso implies cla Famente que 0 tempo da familia perten- €¢ a0 pai como aquele que encasna autoridace € 2 prépria totalidade da fa mili, Mas, ndo so apenas 0s flhos de sitiantes fracos que migram, Também 05 fortes fazem seus filhos migrar, mesmo que no existe ¢ necessidade de acumular recursos, A migracao sempre se faz para "So Paulo”, mas nfo se Irata necessariamente do estado da fe deragéo com esse nome. O filho de um informante que havia migrada para “Sao Paulo” encontrava-se, de fato, em Rond6nia; outro jovem estava no Para- na, & um terceito no Paragual. “Sho Paulo" nio & ume localizacho territorial precisa, mas ume categoria clessificets= ria que se opée eo Norte”, na medida fom que este é 0 luger da escasse2, € © 36 esa Sesava o Eouaoe de Poraasto primeiro € 0 lugar da riqueza. “S40 Paulo”, contudo, nile ¢ ape- nas 0 ‘ugar da riqueea; & também ‘© mundo, termo que denota a incerteza, © desconhecide, © perigo. Esse palavre também designa a regiso sergipana dos conaviais, onde © perigo do mundo é representade pelo cativeiro. de se hotar que ndo enontrei nenhum caso de migrar3o de qualquer tipo para essa esido, Pelo contrario, chamou a aten- g80 @ olitude extremameme negativa quanto a ser corumba, pois trabalhar na sana, mesmo temporiamente, seria 35° sumir @ condigao de sujelto. Se = migra- 980 € constitutive do pal, por definic liberto, ela tem um significado simbdli- co € um sentido ritual, incampartvel com a sujeigéo. £ pera um cutro mundo ue ela deve ser dirigidla, Jonge daquele imediatamente vizinho a0 universo do sitiante, mesmo porque 0 “mundo des engenhes”, longe de ser lugar de rique- 28, € lugar de pooreza, A migrecéo tem um sentido sim= vélico-ritual, para além de sua dimen- sic prélica, Ela 6 parte de um processo ritual que reintegraré @ pessoa na soci dade com 0 status transformade de ra- paz para o de homem, A comporacao entre fracos o fortes ¢ itil jusiamente porque ela nos permite perceber essa dimensdo simbélics, que poderia ticar oculte por traz das necessidades préti- cas do fracos. Para tornar-se homem @ precise enfrentar o munda, mesmo entre os for= tes, © relorar vencedor, © que seré atestado pelo dinheiro trazido na volta, Embora 2 migrscio pare "S30 Paulo” implique em assalariamento, aff nao se 6 alugado, como nos canavisis, mas empregados, por mais arduas cue se- Jam a8 condicées de trabalho, © goral- mente 0 si. Submetenda-se 9 condi ‘9605 de vide aifce's, gastando 0 minime para poupar 0 maximo, o filho retorna com algum dinheiro, com 9 qual iré comprar gado, ou mesmo 9 material 9903 -$ i$ A necessério para s construpso da casa, ‘ou até mesmo terra. Filnos de siiantes fortes pode- iam, como foi dito, prescindir do ci- rnheire ganho etravés de migragio, mas devern realizar 0 ritual, € voltar com ai heiro. Os Tlhos de todas as categories, sociais deve “conhecer 0 munda”. Varios sitiantes roforiam-se com evi- dente orquiho as suas viagens; aos lu- gares“adiantados” que conheceram, eidades ou regides agrioolas: & intimi- dade adquitida com implementos agri- colas modorncs: a tipos de alimentaréo distintos daqueles habituais na regio. Ter viajado torna as pessces superiores ‘a quer nunea saiu de lugar. A migracso mares, sobretudo, 2 superioridade dos que agora s3o homens com relacéo 20s que ainda sho rapazes, O dinheiro ganho iré se somar ac ado {4 possuldo, resultante, na maioria dos casos, da transformagéc da miunea (cabras, ovelhas}. Cada erianca recebe de seus pacrinhos, por ecasiae de bati- zado, alguna miunga, ou mesmo, no caso dos mals pobres, algumas gali nhas. Estas ndo deve ser abatides, mas procriar, © © produto de sua multi plicego ac longo do tempo seré vendl- do, Com 0 dinheiro auferido edquire-se ‘uma ou mais ovelhas, que também irao se reproduzir e, uma vez vendidas, teo- ccadlas por vacas. Esse cado 6 consider do condigéo basics para o casamento © de uma nova familia. Ea ‘esse gado, resultante do “ciclo evolutivo dda criagao” (Woortmann, 1981] quo se soma 0 dinheiro ganhio em "S30 Pau- lo". Alternativamente, 6 com esse di- nheiro que, no caso dos fraeos, 3 mium 2 6 transformada em gado, pois muito freotientemente & preciso “inteirar 0 valor com dinheito. Ao gado do noivo 8 se acrescentar aqueie trezido pola noive, como dote, date esse que, ndo aro, & constitulda em parte pela migra p80 de seu pel cu mesino de irmsos in- teressados em seu casamento. A migracdo pré-matrimonial, co- mo pritica de reprodugdo social, foi tembém ansligada por Garcia Jr. (1983), com relagao a Paraibe: compreensivel, portanto, que pa (a 0s rapazes, como sdo designados os homens antes de se casar, sobretudo se ios de agricultores fracos, 4 estraiégia da ir para 0 Sul se imponta como uma né- cessidade inexordval. Para quem ndo te- ‘nha ainda responsabilidade, como desig- nam 0 encargo te cuidar do grupo dams tea, r para o Sul é ‘mais th’ porque a A$ @aa@$ $$$ Pode-se dizer, entio, que 2 migracso constitui_um’ sisteme no qual se inter-relacionam suas distintes modali- dades. Pereebe-se, por outro lado, que ‘a migrago pré-matrimonial no implica tanto assim em perigo no “mundo des- ‘conhscido”, 0 que ressalta seu signifi- cado simbélico para os fortes (sem contudo elirminar seu sentido prética). Outro ponto merece ser ressaltar do com relaggo a esse sisterna da mi- ‘9r9g80: equeles que emigraram defini vamente voltam 20 lugar de origem para “buscar noiva’, isto 6, para buscar uma prima, Isto significa que a em ‘980 ngo constréi necessariamente uma istfincia social, visto que o casamento preferencial continua a sor “perto”, do onto de vista da consangiiinidade, Significa também quo a emigrago dos homens resulta numa rotirada de mu- Iheres da focalidade do origom, ainda que nem sempre isso ocorra, para de: grado dos sitiantes, como aquele 2 que me referi antes, Nos termos das cat gorias locsis, as mulheres no migram, {sto é, néo viajam; clas s80 buscadas por alguém do mesmo sangue. A migracao, fem todas as suas modalidades, & um movimento de homens e & mesmo um processo de transformagso do rapaz em homer, Em Lagoa da Mata a migracio se relaciona, portanto, com o sistema de parentesco e de transmissio da terra, Relaciona-se com a propria concep¢ao da terra como patriménio indivistvel, Se a torra tem um valor de mercado, la também & um valor moral, Fora de La~ 908 da Mata a situagdo & mais ambigua, mas também af a emigracso & uma pré= voltada pare minimizer o'fraciona mento da terra, sempre associada 3s formas de trocas mstrimoniis, Consideragées finals Restringindo-se gradativamente 0 espago “natural” da reprodugdo cam- 50 ovis Brana 9 Eton do Populate Ponesa, outros espagos, sociais, so construtdos, entro oles aquele da migra- sho, como forma de manter 0 espaco fundamental, o sitio, © fim das terras livres significa ‘que novos grupos domésticos no po- dom mais se instalar na regio pala simples ocuparSo das soltas, A “nature za de Deus" tornou-se mercadoria dos homens @ 3 expansio demogréfica do campesinato se vé bloqueads pela cer- ca, Ocorte entéo como que um “‘caniba- lismo" camponés, cam 0s fortes. com~ prando terres de frocos; essa trensfe- réncia de terras, que expressa uma di ferenciaglo social, requer com frequén= cle a migrago que provers os recursos dos compradores e conduz & emigrago dos vendedores. Distingul analiticamente trés mo- dalidades de migragto, pensadas-como distintas pelos sitiantes estudados e ca: da uma delas possui significados espe- ficos. Contudo, ossas distintas formas se relacionam uma com 3 outra, além de poder uma se transformar em outra, A migtag3o pré-matrimonial constitut 0 chefe de familia ¢ condur 20 casamento; ‘sta conduz @ outra forma de migracio, squela chamada de circulor, que man- thm a posi¢éo do chefe. A emigracio definitiva, finalmente, faz com que al= ‘guns permanegom chefes e mantenham sua condicao de libertos, enquanto ou- tros devem sait. Para que a Shima mo- dalidade de migracSo ocorra & necessé- io que pais e irmaos migrem sazonal- monto, ou mesmo antes do essamento, a fim de que sejam acumulados os ra- cursos necessérios para a indenizagéo dos excluldos. Alternativamente, o ne ‘g6cio pode prover aquoles recursos. As distintas formas de migracéo relecionam-se estreitamente 2 familia. De um lado, relacionam-se a0 grupo doméstico enquanto organiza¢éo eco némica, inscrevendo-so a migrago na divisSo de trabalho doméstica e na divi- 880 do tempo, De outro lado, elas 58 Janson 1980 a {08 _-—$@—@——__—_—_——. telacionam intimamente & hierarquia, isto € 8 familia enquanto valor ¢ 3 posicao do pai de familia, que encarna a rarquia; relacionam-se, portento, 2 honra que tem como campo a familia, ‘A migraggo também se vincula 0s padres de parentesco, isto 6, & descendéncia, 8s troces metrimoniais € a0 dote © & heranca, Ela constitu, jun= tamente com os padrées de parentesco, lum conjunto articulado de préticas de roprodugao social ‘Camponeses nio slo apenas agri- cultores. A existéncis de atividades “nao camponesas” no campesinata [6 havia sido resseltada por Chayanov (1966), tum dos constcutores da tearia do cam- pesinato; essas atividades s30 mesmo ‘um componente central de sua teoria. A ‘questo foi retomada por Galeski (19751, com a nogdo de "peasent-worker", 0 camponés-operdrio, empregade no Brasil, entre outros, por Seiferth (1985). Sitiante s30 também negociantes ou possuem uma arte. Enquanto migran- tes, s80 também assolariados — ou em- pregados, nos seus préprios termos. So mesmo operdrios, ainda que, 8 di- ference dos colonos estudados por Seiferth, as atividades se alternem no tempo e no espaco. Em Sergipe, & © camponés que migra para onde est ‘© emprago; no Sul, notadamente no Ric Grande do Sul, é a fabrica que migrs para onde osté 0 colone (Woortmann, 1988), Assim, 20 longo de sua cerreire migeatéria, o campesinato dissolve a di- eotomia rural-urbeno (quando se dirise pare a cidade}, uniticando em cua expe- ridncia de vida as experiancias da cidade € do campo. Metade do ano & “rural” & 2 cutrs metade é “urbane” no decorrer de sua circularidade. Quando se dirigo pars regides agricalas da Sul, conjuga fem sue experiéncie # lavoura arcsica do sitio com a agricultura moderna de S30 Paulo, do Parana, etc... Mesma que seja sum “béia frie", ele vé provessos tecno- égicos distintos e isso conduz a outra questéo: a migracéo é um aprendizedo de processos de trabalho modernos, in- corporados, sempre que possivel, as préticas. produtivas do sitiante. O co- rnhecimento desses processos &, ade: mais, motive de orgulho. Se ositiante 6 tradicional em determinados campos de ‘sua existéncia = como no da familia e do parentesco, por exemplo - ele no &in- fenso & adogéo de noves préticas em outros campos, como 0 da produgéo. De feto, @ conjungag8o do tradicional um campo, com o novo em outro, & condigo mesma de sua reproducio. Observei anteriormente {Woort ‘mann, 1983) que 0 sitiante rosistia & im- posi¢do de “pacotes tecnolégicos” mo- detnos, “racionais", pelos extensionis~ lus rurais. No entanto, ele trazia consigo @ difundia, inovagdes aprendidas em "Sao Paulo”, buscando aplicé-las, com 188 adaptagées necessérias, & produgio ‘om suas ordprias torras, Nao hd nisco contradieao. A ago dos extensionistas ‘era percabide come uma ameoga & po- sigg0 do pai, mesmo porque @ maicria, dos extensionistas eram rapazes ¢ como uma nova subordinacgo. A novidade trazide de “S80 Paulo", 20 contrério, & um reforco da posigéo hierérquica do ‘chofe da familia. Nao se trata de simples “resistencia @ mudanga”, no plano da reprodugdo, mas de afirinacao da tradi 0 no plano da familia. A migracéo a0 mesma tempo reforca a tradigso € in- ‘troduz a inovacéo, e depender do cam- po que se esté considerando. A emigrecéo ndo representa um fompimento radical ontro os que saom @ 08 que ficam. Os que safram, filhos € inmaos, contribuem fraqdentemente, através de ramessas em dinheiro para o sustento dos pais, notadamente quando estes so fracos 6 mesmo de itmaos que fracassaram. Apoiam também aos que migear temporiamante: mas n3o_ se trate ce puro altruismo, A obrigacéo para com parontos 6 um principio con- avis Srasen 9 nse ce Popa 51 atg9s $$ $$ $ $$ $$ $$$ $$$ $$$ tral, mas ela é uma rua de duas maos, pois também se impoe a0s que fi- ‘carn; @ isso conduz a outra questio. Se aqueles que saem perdem o acesso & terre, néo perdem necessariamente 0 ‘acosso 3 familia © nunca so pode prover ‘quo definitive 6 a emigragao definitiva. Como jf foi visto, a migragao tempord- ria, como projeto, pode se tornar defi tiva. A propria migragio circular pode também so transformar om definitiva, 2 depender do sucesso aleancado. © pai que migrou, pode “chamar a famitis”. Mas pode também sbendond-la endo retornar. Ao invés de reproduzir, a mi ‘gragio pode, entéo, desesteuturar. Mas, 8 emigragéo, projetada como definitiva, pode por sua vez se tornar tempordria. Doengas, acidentes que deixam o mi- grante “aleijado” provocam sua volta, 1n3o como sitiante mas como “encoste- do". Nesses casos, a migragéo, 80 invés de contribuir para a reprodugée dos que ficaram, termina por crier ume ameara, 18 que aquole que rotornou so transfor- ‘ma num peso-morto. A migragao, en- to, em vez de solucionar um problema ode criar outro, como mostrou em maior detalhe Russel Parry Scott com relegde a Pernambuco. ‘Ao conteério do que se poderia pensar, 3 primeira vista, ndo s80 apenas 95 fracos que migram, Os fortes tam- bém 0 fazem e a migragao tem sigrifi- cados distintos para distintas categorias de sitiantes, Além disso, se os fracos 880 08 que mois precisam migrar, $0 os fortes que tem melhores condigdes deo fazer. A no institucionalizagSo da emi- gragdo de alguns en beneficio de ou- tos, associade 3 unigenitura ou & par- tilha entre poucos, pode fazer com que, 20 final, emigrem todos, pela inviabill- zegho do sitio através de sucessives partithas. E © que ocorre em olgumas em que sein- ‘Analoga- mente 60 que observou Seiferth (1985) ‘com relago a colonos catarinenses, ambas as formas de herange (unigeni- tura e partilha igualitéria) acabam por conduzir 2 proletarizaglo, soja de al- guns, seja de todos; seja no lugar, seja em outta regido. Os deserdados fortes, porém, tandem a ser “slguém ne vida" visto que lavavar consiga “dinheiro @ 0 estudo”, Ne susincia de préticas/estra- tégias que combinam a migragao com 0 casamento © a heranca, contudo, prove- velmente nao seriam mals fortes. Referdncias bibliogrétioas BOLADIEU, P, — 1962. Célibet ot Condition Paysanne. Etudes Rurales, Paris. 5-6, pe 32438, CHAYANOY, A. V. ~ 1966 The Theory of Peasante Economy, Minos. Inn, 217. DAVIS, N. 2. - 1967. 0 retome de Matin Guerre. iis do Janeiro, Paz 2 Terca, 1e8p. GALESKI, 8. ~ 1975. Basle Concepts of Rural Sectolagy. Manchester, Menchester Unie versity Prose, 209p. 82 ‘eae Sala bs Exact GARCIA, M. F, ~ 1984, Felrae Trabathadores Hurais. 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