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SIGNIFICADOS CULTURAIS
Nesta unidade discutiremos a escola como um espaço sócio cultural que assume,
a partir da modernidade, o papel de formar os sujeitos para a vida em sociedade. Assim, a
questão abordada é a relação entre as perspectivas sociológicas e pedagógicas da escola e
suas implicações no processo ensino-aprendizagem. Especificamente trabalharemos o
texto intitulado: A escola como espaço sócio-cultural de Juarez Tarcisio Dayrell (proposto
nas sugestões de leituras).
Segundo Dayrell analisar a escola como sócio-cultural significa:
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Já que os homens instauram leis e criam estruturas sociais, há a necessidade de
analisar a escola como era pensada antes da década de 80 e posteriormente a essa fase.
Até a década de 1980, a instituição escolar era pensada nos marcos das análises
macro-estruturais, compostas, de um lado, nas “teorias funcionalistas” (Durkheim,
Talcott Parsons, Robert Dreeben, entre outros) na qual a sociedade e a respectiva cultura
formam um sistema integrado de funções, e de outro, nas "teorias da reprodução"
(Bourdieu e Passeron; Baudelot e Establet; Bowles e Gintis; entre outros) onde o sistema
de ensino realiza-se plenamente através da auto-reprodução (DAYREL, 1999).
Essas abordagens analisam os efeitos produzidos na escola, pelas principais
estruturas de relações sociais, que caracterizam a sociedade capitalista, definindo a
estrutura escolar e exercendo influências sobre o comportamento dos sujeitos sociais que
ali atuam.
A partir dos anos 80 do século XX, a escola começa a ser pensada como espaço
sócio-cultural. Até então, a escola era abordada “nos marcos das análises macro
estruturais” (DAYREL, 1999, p. 159), ou seja, a instituição escolar evidenciava os
determinismos sociais, como também a dicotomia entre homem-circunstância, ação-
estrutura, sujeito-objeto.
Assim, emerge um novo humanismo, que coloca a pessoa, enquanto autor e
sujeito do mundo, no centro do conhecimento, mas, tanto a natureza, quanto as estruturas
estão no centro da pessoa, ou seja, a natureza e a sociedade são antes de tudo humanas.
A nova perspectiva da instituição escolar com espaço de desenvolvimento sócio-
cultural dos indivíduos coloca à escola em uma dupla dimensão.
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Para as autoras Szpeleta e Rockwell (1986, p. 58) em:
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mundo, à realidade onde se inserem. Não há, portanto, um mundo real, uma realidade
única, pré-existente à atividade mental humana.
Como afirma SACRISTÁN (1994, p. 70):
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São as relações sociais que verdadeiramente educam, isto é, formam,
produzem os indivíduos em suas realidades singulares e mais profundas.
Nenhum individuo nasce homem. Portanto, a educação tem um sentido
mais amplo, é o processo de produção de homens num determinado
momento histórico [...] (DAYRELL,1992,p.2).
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democrático, na construção de um processo de gestão democrática e consequentemente
uma escola de boa qualidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola pode e deve ser um espaço de formação ampla do aluno, que aprofunde
o seu processo de humanização, aprimorando as dimensões e habilidades que fazem de
cada um de nós seres humanos. O acesso ao conhecimento, às relações sociais, às
experiências culturais pode contribuir assim, como suporte no desenvolvimento do aluno
como sujeito sócio-cultural, e no aprimoramento de sua vida social.
Vídeos disponíveis:
1) A escola como espaço Sócio Cultural
2) A escola (Paulo Freire)
3) A função da escola por Libâneo
Links:
1) http://www.youtube.com/watch?v=u31R1pco51o
2) http://www.youtube.com/watch?v=objIdZJyxdg
3) http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRANDÃO, C. R. A turma de trás. In: MORAIS, Regis. Sala de aula: que espaço é
este? Campinas: Papirus, 1986.