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a Bc ETCH OIGUMAnIUSMUR CIEL SUMARIO APRESENTAGAO ..... 0020: ssseeeeees a series IX PREFACIO xI PARTE 1 LEITURADINAMICA ......-..22.0++ 2 INTRODUGAO .....-. waster om 3 ASPECTOS DALEITURA ..... Pace 2 0 LEITURA EFICIENTE 10 NIVEIS DE LEITURA.. 4 AVELOCIDADE NALEITURA .....-..++ ie LBITURANUMERO1 ......020020085 ores BL VICIOS DE LEITURA.........-+ -- a 2 ‘MOVIMENTOS OCULARES a en LEITURA NUMERO 2 wasbcaincenedltnes 2 QUESTIONARIO ....... senenen wow LEITURA NUMERO 8 .........000eeeeeerreeeeeeeeeees 56 METODO DE ESTUDO ......... mensteeen * 58 ETAPA DE PREPARACAO ....... are 58 BTAPADAAGAO «....2.+. at . 59 ETAPADAAVALIAGAO 60 ATECNICA DO RECALL 62 QUESTIONARIO ...... 69 ‘CONCLUSAO 0 VII Leitura Dindmiea ¢ Memorizagao PARTE2 MEMORIZAGKO ....... pier actos Ol INTRODUGAO .. ceo eens sce Ec DESENVOLVIMENTO DA MEMORIA ..... ~ 15 ‘TECNICAS 87 ASPECTOS GERAIS a7 DECORAR X MEMORIZAR " 89 © METODO LINK DE MEMORIZAQAO........0.0005 1 APLICAQOES DO METODOLINK ....... oan OE SISTEMA FONETICO DE MEMORIZACAO | MAIS SOFISTICADO DOS METODOS ..........0.62. 98 ALFABETO FONETICO ea. 18 ARQUIVO MENTAL... 101 ARQUIVO MENTAL 106 ‘MEMORIZACAO DE NUMEROS 107 SEMMISTERIOS ... pean IF ARQUIVO MENTAL uz NOMES E FISIONOMIAS 18 ARQUIVO MENTAL 9 CALENDARIO MENTAL, 120 ARQUIVO MENTAL 1235 REFLEXAO 135 BIBLIOGRAFIA .. menernsrrsenss ci ihr LEITURA DINAMICA INTRODUCAO A todo instante estamos expostos a estimu- los diferentes e cada vez mais diversificados, criativos e simultaneos. A maioria deles se utiliza da leitura como ferramenta funda mental para sua interpretagao. Em fung&o disto, a quantidade de material a ser lido ceresce de modo inversamente proporeional a0 tempo de que dispomos para ler o que nos impele a enfrentar um mundo onde quem néo se atusliza e se mantém bem informado fica em desvantagem dos demais. A necessidade de um proceso efieaz, que nos permita usufruir melhor da leitura e executé-la em menos tempo, torna-se emergente, além de nos permitir uma visio menos induzida que a dos meios de comunicagio de massa, que se utilizam de imagens ou ‘mensagens sonoras e que cada vez mais empregam artificios para levar seus receptores a conclusées predeterminadas. Parece-nos algo tao normal o fato de lermos que, provavelmente, nunca paramos para pensar em como seria a nossa vida sem o conhecimento da Jeitura, ou melhor, como seria o mundo se 0 homem nao soubesse ler! Sem diivida nonhuma, o progresso da humanidade seria ham mais lento e, possivel- mente, ainda ndo terfamos chegado a invencdes importantes como a penicilina. Pereebemos que essa capacidade é tdo importante e ajustada & nossa sociabili- dade que, muitas vezes, ndo investimos em seu melhor aproveitamento por achar que a pratica se encarrega disto. E preciso reformular essa idéia. © ponto basico da nossa histéria de leitor é o perfodo que passamos nos alfabetizando. Muitas vezes esse proceso se d em condigdes inadequadas; as limitagses de cada um nfo sf reconhecidas e ficamos a mereé de um método de alfabetizago qualquer que pode ser, ou ndo, o mais indieado para 0 nosso caso. ato de alfabetizar, durante muito tempo, foi visto nas escolas como uma exigéncia curricular, e sua importancia posterior, na maioria das vezes, ficava cesqueeida, O pior é que carregamos os prejuizos no resto de nossas vidas sem 4 Leitura Dinamica e Memorizagto saber que eles existem. A principal conseqiiéneia 6 a queda na qualidade de leitura, que esta relacionada com a perceppiio e retenco do texto e com o fato) de uma populagao cada vez maior néo gostar de ler. O habito da leitura passa| entao a ficar vulnerdvel a fatores como o pais, a comunidade, tradigdo cultural ou a classe social que o individuo ocupa. Pesquisas mostram que a maioria das pessoas que cursa o terceiro grau néo lé corretamente e apresenta vicios de leitura adquiridos no perfodo de alfabetizacao que a prejudicou durante toda sua vida escolar, Alem de todas as vantagens que a leitura oferece, com ela estamos: sempre enriquecendo nosso vocabulério, aumentando o conhecimento da lin- gua, aperfeigoando nossa cultura e, principalmente, avivando nossa imagine 40. Certamente voeé ja se decepcionou ao ver um filme cuja histéria havia sido lida anteriormente. Isto porque as imagens que foram feitas no decorrer di leitura devem ter sido muito mais fantasticas e criativas do que as apresenta- das pelo filme. As técnicas oferecidas por este livro, ajustadas ao hdbito da leitura, trardo rendimentos cada vez melhores, que sero notados com o tempo. O) gréfico que isto poderd desenhar vai depender do interesse e do entusiasmo de cada um, ASPECTOS DA LEITURA Jeitura 6 um proceso ativo, ao contrério do que muitos pensam. Isto porque, ‘a que haja compreensio do objeto a ser lido, vamos dispensar energia ental e, na pior das hipéteses, ao menos movimentaremos nossos olhos. Em yum momento conseguimos fazer deste um proceso passivo, O bom leitor & quele que consegue dar a leitura uma maior atividade, dispensa esforgo, proveita 0 maximo do seu tempo ¢ armazena maior quantidade de contetido mpreendido, desprezando detalhes obsoletos. Podemos dividir o ato de ler em duas etapas: a primeira é a meeSnica, u seja, a captacdo do estimulo que o material impresso nos causa pelos érgdos vvisdo ou, no caso de pessoas cegas, pelo tato, a partir do método braile. A unda, denominada etapa mental, 6 aquela em que o eérebro pervebe, eorn- eende ¢ assimila o estimulo recebido. A etapa mental s6 existe se existir a .caniea, e esta acontece independentemente da mental, pois muitas vezes endo compreendemos. O olho humano precisa estar em boas condigées, 6, com os possiveis problemas visuais, como a miopia ou oastigmatismo, sob ontrole. Nao s6 enxergamos 0 ponto-alvo, como também o cendrio que se tra 20 seu redor. Procure fixar os olhos na ponta do lipis que vor? segura ‘mais ou menos 30 centimetros de distancia © perceberd que nao 56 0 lépis é€ Visto, como também detalhes do ambiente que est por trés dele. Na leitura mum, 0 que acontece na maioria das vezes & que &6 0 ponto alvo — a palavra ~ pereebida. Na leitura acclerada aprendemos a usufruir do nosso campo férico que possui, em média, 3,67 centimetros de didmetro, o que nos sibilita ndo s6 perceber linearmente as palavras, como também a frase de cima e a de baixo. Este campo periférico gira em torno de 180 graus, metade de a circunferéncia, sofrendo pequena perda imposta pela posieao anatdmica do nosso nariz, Nao pretendemos aumentar o campo periférico, pois ele jtado pela nossa anatomia, mas podemos treind-lo e usufruir melhor de suas ncialidades. Leitura Dinamiea e Memorisagio Esquema da Visdo Actapa mental da leitura é formada por duas fases: + Percepgao ~ Perceber é conhecer, por meio dos sentidos, objetos ¢ situagdes que estejam de corpo presente ou acontecendo neste ins- tanta, de forma a tar arassa imarliata a dirota a estes Casa eantrério, no se trataria de percepeao e sim de evocacdo ou imaginacao. E um processo de interpretagao de dados sensoriais. O que faz com que os estimulos sejam pereebidos © compreendidos 6 a vontade de, 80 possuf-los, conseguir algo—no caso da leitura, conhecimento ou mero status pessoal ou profissional. A organizagao do campo perceptivo formada por fatores internos (ligados a quem pereebe, como expe- rigncias anteriores, motivacso, expectativas etc.) ¢ externos, (ligados ‘a0 estimulo e ao contexto em que ele esta inserido). Por exemplo, ‘mais facil perceber o estimulo causado por um livro que desejamos ler (motivagao) a fim de adquirir conhecimento sobre a novidade que ‘correu em nosso campo profissional ( identificacao com experiéncias anteriores) para que consigamos “bater” a meta proposta pela em- presa (expectativa), do que ler um livro imposto pela chefia autorité- Aspectos da leitura 7 ria que comanda o setor. Ao estimmulo confiamos caracteristicas como intensidade, contraste, agrupamento, constancia, fechamento, conti- nuidade e movimento para acentuar sua percepedo. Assim, se quero que funcionérios percebam o cartaz que fala sobre prevengao de acidentes, devo fazé-lo com caracteristicas intensas de cor, tornando- o por exemplo, contrastante dos demais cartazes, atribuindo caracte- risticas que 0 fagam sobressair do resto, enfim, seduzindo meu piblico-alvo, Na leitura acelerada, buseamos fazer com que 0 processo no ovorra 2 por palavra, mas sim pelo bloco de palavras que forma wins ideia, jo a leitura e tornando-a mais atrativa. Além disso, como jé possui- ‘considerével conhecimento de nosso idioma, algumas palavras nao preci- ‘ser lidas totalmente, pois partes delas, ao serem lidas, j4 nos reportam ao significado. Isto acontece porque a raiz da palavra é comium a todos os seus Por exemplo: BIBLIO BIBLIOteca—BIBLLOgrafia TECNO —TECNOcrata.- TECNOlogia ‘A Gestalt, por meio do prinefpio do fechamento, explica também a idade que a mente tem de perceber figuras ou idéias incompletas; assim, parte do que esta escrito ou o desenho incompleto da letra ja nos aleitura, A TALENTO NO GER HIIMANO F LIMA OUALINANE INERENTE OWE THE — _ACIAI ITA FAZER AL ALIMA CICA MA VINA ‘Um dos problemas da percepgao na leitura é o fato de néo compreen- 108 0 sentido real dado pelo autor aquela obra; a reconstrugio do pensa- que o autor esereveu, tal como ele o imaginou, O que vai interferir nessa lificagaio é 0 grau de conhecimento e experiéncias anteriores de cada leitor. 8 Leitura Dinémioa ¢ Memorieagio Para atenuar as mudaneas de sentido que podem ocorrer é necessério que 0 patriménio cultural do autor, as circunstancias em que 0 livro foi escrito os esquemas cognitivos usados pelo autor sejam conhecidos e, antes de tudo, procurar ler o texto sem se prender aos seus préprios preconceitos, julgando-o8 apés a leitura. Assim, uma leitura com o indice de desvios de compreensio diminuido, mesmo que nao tenha seu ponto de vista aceito, dar argumentos suficientes para esta conclusao. + Assimilagdo ~ Assimilar significa apreendor dados, torné-los pré- prios. Sua caracteristica principal, segundo Piaget, é ser o material adquirido incorporado a um esquema ja existente. Haverd sempre a aplicagao de velhas idéias a estimulos novos. No noséo caso, estare- mos aprendendo sobre certo assunto, tendo ja um embasamento sobre esta aprendizagem, ou seja, n6s, adultos, enquanto lemos, fazemos com que todas as experiéncias anteriores, que possam con- tribuir com o proceso sejam suscitadas, bem como 0 proprio fato de sabermos ler, Algumas pessoas criticam nossa pretenséo de aumentar a velocidade da leitura, acreditando que quanto mais lenta for a leitura, mais proveitosa serd, Ao contrario, a leitura que se processa lentamente fragmenta os elemen- tos da frase © nos causa bastante prejuizo na compreensao global. A leitura acelerada, que objetivamos, é melhor e precisa de menos tempo, estimulando a mente a desenvolver 0 senso de antecipagdo e expectativa, tornando-a mais receptiva. Ela também solicita do seu praticante o bom senso de variar a velocidade de acordo com a sua prépria necessidade. Este ajuste é feito uma vez que 0 propésito da leitura em questo esteja bem definido, e o estilo literdrio, pois uma obra que requer maior reflexdo exige mais tempo para isso, O que deve ser lembrado é que o exercicio da leitura implica entender, discutir, avaliar ¢ aplicar o material retido, Sugerimos que a leitura lenta seja racionada por algum tempo, a fim de exercitarmos a velocidade proposta que, a partir da sua automatizacao, seré ministrada de acordo com as metas a serem atingidas. B indubitvel a melhoria na qualidade da compreensao e da retengao obtida. Nos Estados Unidos, precursores das téenicas de aceleragéo da leitura, ha mais de 50 anos desenvolvem treinamentos e, em cursos com duragao média de 20 horas em suas Reading Clinics, consegue-se no minimo dupliear a velocidade inicial sem que haja perda na compreensio. No Brasil, embora o tema seja conhecido +h menos tempo, ja contamos com bons eentros de aperfeicoamento, nos quais podemos encontrar este assunto sob nomenclaturas diferentes como Leitura Dindmiea, Speed Reading, Leitura Velor e outras. Podemos classificar trés dimenstes de leitura: Aspectosda leitura 9 a. Passatempo ~ aquela em que ndo estamos adquirindo nenhum conhecimento: é imediatamente inteligivel para nés, como a leitu- ra de jornais, revistas ou qualquer outro vefeulo que apenas nos desperte a curiosidade sobre determinado assunto. 1b. Informagao — aquela em que estamos no mesmo nivel de informa- ¢40 que o autor. A leitura 6 como um didlogo entre os dois, visando a ampliagio na visto de determinados aspectos, maior abrangén- cia e aprofundamento do assunto. O autor leva o leitor a reflexao. Compreensio — basicamente, ¢ 0 objeto de estudo deste livro. Ao se Preparar para executé-la, 0 leitor estard também se preparando para qualquer outra dimenstio de leitura, tendo em vista que esta requer maior empenho e atengao. A leitura com compreensio é aquela em que hé uma desigualdade inicial entre o autor e o leitor. primeiro escreve algo que pode aumentar o conhecimento ou tornar conhecido determinado assunto. Para este tipo de leitura, é necessério maior desgaste de energia a fim de que a compreensio seja o mais satisfatéria posstvel. A tendéncia é que, em determina- do ponto, o conhecimento de ambos se iguale. Sem diivida, este tipo de leitura é mais dificil que os demais, porém 6 muito mais praze- 1os0 atingir os objetivos por meio de nosso proprio esforgo. LEITURA EFICIENTE ~] Aleitura eficiente nao depende unicamente de quem esté lendo. O autor também in- fluencia. Neste resultado e, principalmente se tratando da leitura voltada para a com- preenséo, é indispensével que ele faga bom ‘uso da arte de escrever. A linguagem deve ser o mais clara possivel, visando 0 leitor, sem sofisticagdes que apenas atrapalham. | O livro deve estimular a leitura por inter- médio da sua qualidade. Boas letras, espa- go entre as linhas, encadernagio resistente e material durével so caracteristi- cas indispenséveis, O leitor deve, antes de tudo, estar estimulado para a leitura, procurar executé-la num ambiente adequado, nem desconfortavel nem conforté- vel demais. E comum encontrarmes pessoas que reclamam de nunca conseguir chegar ao fim de determinado livro. Blas preparam uma poltrona bem macia, travesseiros para apoiar a cabeca, mtsica ambiente... O que poderiam encon- trar além de um bom periodo de sono? O ideal é que haja um ambiente de leitura rotineiro, de forma que os estimulos ambientais no sejam novidades, que dispersem 0 leitor. Uma boa postura, em que nenhum segmento corporal esteja em desconforto, vai contribuir para que o periodo de leitura seja bastante. agradavel e proveitoso. A luz deve incidir na pagina a ser lida. pelo lado posterior esquerdo, para que néo haja brilhos, sombra nem penumbra sobre as paginas. O livro nao deve estar muito afastado nem junto demais dos olhos ¢ deve ser apoiado em algum mével, a fim de deixar pelo menos uma das maos livres para o caso de alguma anotaggo e para nao forcar muito a musculatura de brago, antebrago e punhos. A mao que vira a pagina deve estar colocada na. parte superior daquela que seré mudada, processo que deve iniciar antes que seja Tida a ultima frase, de forma que este movimento nao implique perda de tempo e interrupeées. w livro em questao tem de ser bem explorado pelo leitor. Ble deve sr © vocabulério e interpretar os pensamentos, procurando situé-los do contexto social e do tempo. Também deve perceber a personalidade do ; evidenciada pela forma de abordar determinados assuntos, a fim de que analisada critieamente a objetividade instituida por ele como verdade dos , muito embora este tipo de classificacao seja subjetivo, tanto quanto a que temos sobre o que estamos lendo. Isto nao significa que devemos, 0 inicio do livro, comecar com argumentagdes contra o que est sendo lido. ideal é que permanecamos 0 mais imparciais possivel. Vamos deixar as icas para o final, quando, de posse das informagbes adquiridas, poderemos nao uma critica leviana, apenas em fungao de uma disputa pessoal de , mas uma boa argumentacdo calcada em justificativas que possam iter incisivamente a opinido do autor. Desta forma, o e igrandecimento ido ser mais proveitoso. 12 _Leitura Dindrmica e Memorizagéo Anotagoes feitas a lépis nas paginas para salientar dado importante, ou mesmo comparé-lo com a visdo de outro autor sobre o assunto, sempre melhora o aproveitamento da leitura. Nao se trata apenas de anotacoes feitas numa primeira leitura: elas devem ser feitas para salientar pontos importantes, ‘ou que concentrem a idéia principal do capitulo. £ importante que, ao serem relidas, fagam o leitor lembrar do tema abordado. & recomendavel que nao se’ grife, por exemplo, frases soltas. O tipo de marcacdio a ser feita, seja uma chave ou sublinhado de alguns aspectos, deve ser estabelecido pelo leitor de modo que, ao visualizé-la, saberd seu significado, seja uma citacao importante ou o que julgar necessério consultar. O ato de sublinhar exige uma observagao importan- te: devemos sempre sublinhar palavras-chave do pardgrafo que, ao serem consideradas, nos reportem ao tema abordado. Em se tratando de documentos, artigos ou algum texto que seja do interesse de um ndmero mativr de pesstas, deverse usar o salientador amarelo, pois, caso seja necesséria uma reproduce xerogréfica, o texto saird limpo, sem as anotagves feitas no original. Muitos autores criticam 0 uso de marcagdes nas péginas dos livros, uma vez que elas podem delinear o que é importante para um leitor mas q pode nao o ser para outro que leia o texto a seguir. Contudo, o ideal é que a po: do livro seja integral e que haja liberdade para qualquer atitude que aumente: aproveitamento da leitura. E para que nao fique arquivado e sem valor, vamos colocar em prética ou associar a aspectos do nosso cotidiano tudo o que for visto. O que nao podemios é nos comportar como simples “cabecas-duras” da leitura que, exerci- tam a chamada ignordncia literéria, ou seja, léem muito, mas léem mal. Bem, estamos agora iniciando a leitura: livro na mao, disposigao e ‘comeramos o proceso. Hxistem algumas perguntas que devemos fazer de lor um livro, a fim de comegar jé de forma objetiva: + Por que ler este livro? + Serd uma leitura vtil? + Dentro de que contexta ele paders se enqundrar? Durante a leitura, novamente deveremos levantar alguns questiona- + Qual o ponto de vista do autor? + Qual o tema principal? + O livro trata 0 tema com profundidade? Certamente, voed deve estar se perguntando se as respostas virio com a anélise do titulo. Légico que nao, Elas surgem com um tinico : 0 de que a qualidade do livro seja percebida o quanto antes, para que ja necessario chegar a ultima pagina para perceber que a leitura nio foi Blas serdo respondidas & medida que formos passando pelos dife- niveis de leitura, NIVEIS DE LEITURA hae al Existem diferentes niveis de leitura. Entendemos como nivel as etapas elas quais passa o leitor até chegar ao apro- veitamento total desse processo. Eles sio adquiridos paulatinamente durante a vida, ‘mas vio acontecer sempre, como se um esti- vvesse contido no outro. O primeiro é chamado de elemen- tar, basico ou periodo de alfabetizagao. Ele ‘86 aconteceré a partir da ajuda de alguém. O leitor precisara preencher os seguintes pré- requisitos para atingir este nivel: * Possuir condigdo fisica adequada. Entende- se, principalmente neste caso, que a visio esteja em bom estado para captar os sinais gréficos que serdo apresentados e que 0 cérebro esteja preservado, de forma que xno haja nenhum obstculo entre a per- cepeio do sinal grafico e sua interpreta- $80 corebral. ‘+ Ter condigdo intelectual para interpretar 0s simbolos. * Conhecer o eédigo fonolégico com o qual foi eserita a palavra. Isto porque, para que haja compreensao do vocabulo, 6 necessério que 0 sistema seménntico e 0 fonolégico em que foi escrito sejam conhecidos, ‘bem como que o individuo jé seja capaz de associar o simbolo escrito a0 seu estimulo visual (objeto) e ao estimulo auditivo (que a ele corresponde de maneira especifica). A leitura da palavra geralmente score depois da aquisieao do equivalente oral. No inicio havera a a Niveisdeleitura 15 associagao da palavra eserita ao seu homélogo oral, depois, a partir da intensificagio do processo de leitura, esta passa a ocorrer fluente- ‘mente, sem necessitar dessa reaudigao, Segundo a neurolingtiistica, a linguagem € uma atividade nervosa lexa, que, entre outras atribuigdes, permite a comunicagdo interindividual los psicoafetivos; desta forma, a presenga de sociabilidade se torna ndivel. A leitura, como um segmento da linguagem, vai depender da ga do outro tanto para que se aprenda a utilizar o eédigo convencionado comunidade usuéria da Imgua, bem como para despertar o desejo de cago Este nivel comeca com a aquisicdo de palavras. 0 individuo, no inicio, a em torno de 400 e percebe-as dentro de um contexto, Parte entdo para ra elementar formada de voedbulos fceis. A tendéncia é de, com 0 tempo, igoar este processo. I como se pegssemos a pedra preciosa em seu estado dla. Contudo, qualquer erro nessa lapidagao Neste nivel, muitas vezes acontecem erros na io", mas que podem ser consertados no decorrer da vida. Por acontecer, na maioria das vezes, no periodo da infancia, a impor- atribuida a alfabetizaeao 6 muito pequena, prineipalmente porque 08 ivos a serem atingidos dizem respeito a quantidade de pessoas alfabetiza- @ pouco se interessa pela qualidade do proceso. $6 na década de 1970, jderada como a década da leitura, nés, brasileiros, paramos para questio- a validade dos métodos de alfabetizacao aplicados nas escolas. Podemos ‘que demoramos muito para perceber o que precisava mudar e que até hoje falhas por ainda nao termos encontrado o método ideal. segundo nivel de leitura é 0 inspecional ou pré-leitura. Nele, basica- ite, encontramos respostas a algumas das perguntas citadas no capitulo ra Eficiente”. Ele consta de duas fases: Primeiramente, ha um folheio sistemético ou a préleitura propri je dita, Nossa preocupacao é olhar o prefécio, analisar um pouco da histéria ‘origem do livro, se houve edigdo anterior e detalhes que normalmente itam sua importancia e o tipo de resultado que se obtém ao 1é-lo. Depois, 108 0 sumério, observando os temas abordados, sua seqiiéncia e subi- . Caso 0 livro possuua 0 que conhecemos por orelhas, procuramos alguma o sobre a obra e sobre o autor, Existem leitores que, ao terminarem de sum texto, ndo sabem quem o escreveu. Muitas vezes, ao reconhecermos 0 do autor, estamos percebendo toda a esséncia do livro. F indispensével 16 _Leitura Dindmioa e Memorizagao ‘que saibamos o titulo do livro para poder “arquivé-lo” adequadamente em nossa biblioteca mental e também para justified-lo no decorrer da leitura. Isto ajuda a coneluir a temética. Embora muitas vezes o titulo ndo parega fazer jus a0 livro, sempre conseguimos encontrar seu porqué no texto. Hoje em dia tornou- se praxe ineluir nos livros pequenas criticas de intelectuais ou pessoas famosas ‘que leram o livro. Vale a pena conferi-las. Verificamos ainda os capitulos, suas divisves e, por fim, vamos folhe-los bem rapidamente. A seguir, faremos uma leitura superficial que conhecemos como shim- ‘ming (do verbo to skim — deslizar), ou seja, deslizamos nussos olhos sobre 0 ‘texto, Procuramos ler 0 livro sem nos deter em obstéeulos eomo termos deseo- nhecidos ou pardgrafos em que o autor nos propde uma reflexao. O exercicio dessa fase desereve um movimento ocular em forma de“S”, conforme o desenho que segue: Deve-se iniciar este exercicio lentamente e aumentar sua velocidade posteriormente, Fazé-lo da esquerda para direita é mais fécil, a principio, porque é 0 movimento bésico da leitura de nossa lingua. Contudo, é preciso procurar apenas VER as palavras eseritas, sem nos preocuparmos com a com- preensdo, que vird com a prética. Quando estivermos lendo da direita para a esquerda, procuraremos “empurrar” a parte visualizada. Niveis deleitura 17 O segundo exereicio proposto para a pré-leitura 6 o exereicio do “Ponto interrogagac”, em que 0 movimento ocular descreve este sinal grafico, confor- abaixo. Procure exercitar 0s dois movimentos descritos em textos répidos, sem. socupar com a compreensdo, até que considere os movimentos aprendidos, depois prosseguir com a leitura deste livro. Nao deve ser feita a leitura lavra por palavra”, mas um sobrevéo com os olhos. Voeé pereeberd que nem. ’as palavras escritas sio essenciais e que seus olhos possuem mais capaci- do que vocé imagina. Deixe-os passar rapidamente sobre as palavras © notard que ndo 86 a palavra para a qual dirige seu olhar sera vista, mas que a cireundam também. % importante salientar que muitos tipos de leitura exigem apenas primeiros niveis de leitura, o que faz com que os exereicios acima propos- ‘sejam a leitura propriamente dita. Repare que, para que possamos ler 0 livro com o total aproveitamento ypreensiio, nao devemos 1é-lo de uma s6 vez. Devemos primeiro ter uma hholistiea do livro. Isto facilita muito o nfvel que vem a seguir, pois ‘vezes aquilo que nos pareceu complicado na primeira leitura, ao ser jo ou mesmo quando avangamos as paginas, vai-se simplificando e se jicando. 18 __Leiture Dindmiva e Memorizagao © tereeiro nivel de leitura ¢ o analitico. Repare que estamos nos aprofundando cada vez. mais no que diz respeito ao proceso de leitura em si. O interessante é que os nfveis anteriores esto sempre presentes ¢ sio indispen- saveis para o exercicio do nivel posterior. Apés o vasculhamento feito na pré-lei- tura, atingimos a anélise do livro, Note que, como o préprio nome diz, para que possamos analisé-lo, precisamos saber em que género ele se enquadra, O livro 6 um tratado, um romance, uma fiego ou uma exposi¢ao sobre determinado assunto? E, ainda: 0 autor fez uma exposicao prética ou foi tedrico? Caso tenha sido teérico, procure associar sempre 0 assunto a atividades que possam exerei- tar 08 conhecimentos aprendidos. Nesta primeira fase de andlise, devemos ser capazes de resumir 0 assunto do livro em duas frases, de sintetiz-lo em nossa mente de forma que nos eonseientizemos em relacéo ao material a que estamos nos dedicando, Cada pessoa vai passar por esta fase visando ao objetivo de sua leitura. Nao esperamos que alguém leia um romance, visando-o como uma leitura do tipo “passatempo”, e tenha tantos cuidados quanto se tivesse lendo aquele livro que foi indicado para resolver problemas administrativos da sua empresa, por exemplo. I preciso frisar que estamos falando da leitura para compreenséo! Percebemos que o autor tem uma mensagem basica, que ¢ expli- eada a modida que os capitulos do livro forem avangando. Para que nés, leitores, possamos entender o pensamento do autor, este deve obedecer a uma sequéncia nas informagies a fim de direcionar nossa linha de raciocinio, Note que é do interesse dele que toda a mensagem seja compreendida. Para isso, ele precisa trilhar caminhos faceis e dispé-los organizadamente. Esta organizacio esté implicita no relacionamento e na seqiiéncia dos capitulos. Leia as primei- ras frases de cada capitulo para perceber do que se trata e o fechamento que, costumeiramente, apresenta um breve resumo do tema abordado. Desta forma, podemos perceber 0 encadeamento das idéias. Procure observar os tftulos dos capitulos eo elo que eles tém com os que os precedem. Aos poucos, 0 que vamos conseguir é quase uma conversa com 0 autor do livro. Chegamos a um grau de intimidade, no qual somos eapazes de perce- bor a linguagem usada por ele, quais suas palavras-chave, que tipo de argu- mentos ele utiliza para justificar suas colocagées e se, no todo, o livro conseguiu solucionar os problemas que sto levantados no decorrer da leitura. Quantas vyeres jd nao nos deparamos na nossa vida profissional com neologismos ou termos especificos que determinada pessoa criou num livro ou em situagies de debate como congressos ou reunides de negécio! Certamente, voeé deve ter um conheeido que é lembrado toda vez que uma expresséo de seu uso cotidiano é ouvida... Um livro expe respostas a perguntas que ficam implicitas no decorrer dos eapitulos; procure descobri-last Niveisdeleinra 19 Muitas vezes, podemos encontrar citagdes que ficam sem respostas nesta leitura, mas cabe ao bom leitor comparé-las com suas préprias experién- cias e respondé-las ou nto questioné-las em uma leitura complementar. © quarto nivel de leitura é o denominado “controle”. Trata-se de uma leitura bem répida, pelo fato de estarmos familiarizados com o texto, mas vem com uma fungdo especifica: revisar se nossa leitura est encaminhada adequa- damente, se nio houve perda de contetido ou desvio do objetivo do autor. ff neste nivel que devemos usar o recurso das anotagdes a ISpis, se necessitarmos. Aleitura, assim, nao seré interrompida, mas acrescida de dados. A leitura sintética representa o quinto ¢ tiltimo nivel, no qual o leitor despendérd maior exereicio, contudo sua pratiea sera muito proveitosa, princi- palmente por permitir a verificagao de vérrios livros relacionados com mesmo assunto, obtendo maior quantidade de informagbes. E preciso que o leitor jé consiga executar a fase analitica nos livros que selecionou previamente, observando que todos falam sobre o assunto a sor peequisado. Se na leitura analitica nos preocupamos em pereeber a linguagem do autor, na sintética vamos considerar uma linguagem nossa, visto que cada | autor utilizard seus préprios recursos para traduzir seu pensamento. Para que consigamos direcionar todo 0 material lido, é preciso que os pontos comuns sejam encontrados e que seja desenvolvida uma linguagem neutra. Seleciona- | dos os livros relevantes dentro da escala de interesse determinada, procurare- ‘mos lé-los com o intuito de responder aos requisitos que preestabelecemos, ou seja, o que pretendemos adquirir com estes livros, e quais so as perguntas que devem ser respondidas no decorrer da leitura? Depois, verificaremos as possi- veis divergéncias se podem ser solucionadas com afirmagées de outros auto- res. E importante que nos mantenhamos 0 mais imparciais possivel, algamas vezes até citando 0 parecer do préprio autor, para que tenhamos uma visao abrangente do assunto lido. Entao, estando o material organizado, conseguire- mos formular um resumo no qual nos basearemos para responder a nossos questionamentos. © leitor oscilaré basicamente entre o nivel analitico e o sintético, de acordo com 0 interesse pelo livro em questo. O importante é ressaltar que, para ocorrerem com qualidade, ¢ essencial que se passe pelo nivel inspecional. Procure ter um relacionamento prévio com o livro para depois executar a leitura propriamente dita. Voeé pereeberd como este ato vai Ihe parecer mais fécil. A VELOCIDADE NA LEITURA © leitor ja deve estar preocupado com a questdo da velocidade. Até aqui abordamos os aspectos voltados para a qualidade da leitura. Vamos agora torné-la mais répida, sem que haja prejuizo na compreensio, para o que acreditamos que todas as etapas anteriores jé estejam dominadas, E importante perceber que, antes de nos preocuparmos em ler rapidamente, devemos nos preocupar em ler bem. No ‘uma tarefa facil, mas muito agradavel & medida que vamos atingindo nossos objetivos pessoais. Também é importante considerar as limitagdes de cada um, ‘seu biorritmo, seu tempo de treinamento. Baseados nisso, consideramos impos- sivel avaliar partindo da comparagao entre as pessoas; em vez. disso, compa- ‘ram-se 0s resultados alcangados por alguém antes ¢ depois de um periodo de ‘reinamento. Outro problema encontrado na avaliaeao da velocidade relacionada com compreensio 6 0 grau de interesse pela leitura em questao. Um mesmo texto pode ser lido com compreensao varidvel de acordo com a motivacao de cada individuo, Alguém pode, por exemplo, ler Dom Quixote, de Cervantes, num tempo determinado e outra pessoa ler na metade do tempo em fungao do seu grande interesse pelo autor. Pretendemos, no decorrer deste livro, que cada pessoa tenha como pardmetro de comparagdo o seu resultado inicial e que estabelega uma meta a ser atingida em determinado perfodo de tempo. Dessa forma, o feedback sera pereehido concomitantemente. ‘Vamos avaliar sua velocidade inicial. Marque seu tempo, de preferén- cia com um crondmetro ou relégio digital. Leia o texto que se segue, procurando compreender e reter o mais que puder. = - i—— oie Avelocidade me leitwra 2 NUMERO 1 Distraidos tropecam no inconsciente Um psicélogo decretaria ato falho, mas rasteiras do inconsciente no ite podem ser chamadas simplesmente de distragdo. Ela € sempre fo de aborrecimento para quem comete, mas provoca boas risadas em a nota. Juscelino Kubitschek, que quase sempre tirava os sapatos para ar 08 pés, numa ceriménia no Palicio do Catete aproveitou a proteso sit ¢ fivou desealgo. Depois, em animada conversa com o coronel Walter 38, dirigiu-se ao saldo para o coquetel, pisando firme, sobre meias pretas. in também era excessivamente distraido: esquecia-se de vestir meias, se lembrava de agasalhos no inverno e chegou a perder um cheque vultuo- ‘que usou como marcador de livros. E esqueceu onde colocara o livro. Até a logia tenta explicar o fenémeno. Para os astrélogos, os signos do ar como libra e gémeos, ¢ da Agua, como escorpido, peixes e cancer, tém uma cia abstragao. O importante 6 que, para que o sistema de atencio vione bem, preciso que 0 cértex parietal, regio cerebral localizada na ‘superior da cabeca, nao tenha sofrido nenhuma leséo. 160 palavrasem______minutose ____ segundos. (Texto retirado do jornal O Globo , domingo, 8 de jullho de 1990.) Esta leitura servird de base para avaliarmos o desenvolvimento adqui- no decorrer do livro. f interessante notar que s6 0 fato de lermos preocupa- ‘com o tempo ja vai aumentar nossa velocidade real. Para que seja calculado ero de palavras lidas por minuto, divida o mimero de palavras do texto ‘quantidade de minutos gastos. Aproveitando o Texto n° 1, a formula seria: PLM = 160+ tempo No caso de 0 tempo ser fracionsrio ¢ possuir segundos, faca a divisao endo 0 tempo utilizado para a leitura em segundos e multiplique o itado por 60 para obté-lo em minutos novamente. Suponhamos que voce a lido o Texto n® 1 em 2 minutos e 35 segundos; entéo teremos: 2x 60 + 35 = 155 segundos 160 + 155 = 1,082 (palavras lidas por segundo) 1,082 x 60 = 62 (palavras lidas por minuto) 22 Leitura Dinémiea e Memorizaeao Para avaliar 0 grau de retengio e compreensio do texto lido, vamos propor sempre depois de cada leitura um questiondrio de avaliaglio que, apés ser corrigido, informaré 0 percentual de compreensio e retengio relativo leitura, Responda as perguntas abaixo sem consultar o texto e verifique seu grau de retengao. 1. Qual era o titulo? 2 Onde foi a ceriménia citada? 8. Onde estava o cheque citado? 4. Qual regio cerebral foi citada no texto? 5. O que protegia Juscelino para que ele tirasse sous sapatos? 6. Qual ciéncia tonta explicar o fenémeno da distragio? 7. Qual a patente do senhor que conversava com Juscelino? 8, De que Einstein se esquecia no inverno? 9. De onde foi retirado o texto? 10. Qual foi o ano da sua publicagao? ‘Total de acertos:....10 = _% de compreensao(PC) Com mais este resultado, seremos capazes de obter a nossa compreen: sao de palavras lidas por minuto (PCM). Para isto, basta multiplicar o nos: PLM (palavras lidas por minuto) pelo nosso PC (percentual de compreensiio dé texto) e, em seguida, dividir por 100: PCM = (PLM x PC) + 100 Procure preencher os gréficos que se seguem com os resultados obtidos nas leituras propostas no decorrer do livro. 20 580 540. 20 380) 340 300 260 220 180 140 100. A velocidade na leiture Gréficos de Acompanhamento PERCENTUAL DE COMPREENSAO 100%: = 80%. 40% 20% LEY LEI? LEMS PALAVRAS LIDAS POR MINUTO LEIT. 1 ViCIOS DE LEITURA Os vicios de leitura so adquiridos durante nossa vida de leitor, sem que percebamos que existem ou o quanto nos prejudicam. Com o tempo, vio fieando “enraizados” e causam perda tanto no conteiido quanto na velocidade. Enfatiza- ‘mos que, para que possamos perder um vicio, precisaremos descondicioné-lo ¢ condicionarmos algum comportamento que preencha o lugar vazio, 0 que torna imprescindivel o reconhecimento daquilo que pretendemos substituir. Encontramos os seguintes vicios de leitura: a. Movimento de cabeca no decorrer da leitura. Algumas pessoas julgam que podem aumentar o movimento dos olhos acompanhan- do-o com a cabega. Com isto a compreensao fica prejudicada, pois comegamos a prestar ateneao a0 movimento e nao a leitura em si, ‘Além disso, 03 olhos em movimento néo enxergam. Movendo a cabega, nossa recepedo ficaré distorcida como a fotografia tirada ‘quando nao fixamos bem a méquina. Devemos manter a cabega, parada para que os olhos saltom mais facilmente pelas frases. b, Regressdo. Pesquisas mostram que existem trés fatores principais, que levam o leitor a0 ato de retornar ao que jé foi lido: a ineapa dade de conservar na meméria o que acabou de ler; o deseonheci- ‘mento de certas palavras inseridas no texto e a incapacidade de perceber claramente o sentido ao efetuar wm movimento superfi- cial de olhos. Nao se deve voltar atrés na leitura, a ndo ser em situagoes totalmente indispenséveis. Mesmo que o sentido da frase fique prejudicado, nao se deve retornar a nenhum ponto lido, pois implicaria perda de tempo e quebra na linha de raciocinio que vinhamos desenvolvendo. Nao devemos nos preocupar com signifi- cados isolados, mas com 0 contexto. O que ocorre é que sempre conseguimos a resposta mais répida nas frases que se seguem € ndo no que ja ficou para trés. Aqueles que possuem este vicio perceberdo que, ao regredir uma ver, desencadeamos uma série de outras regressdes a fim de enquadrar 0 tiltimo trecho no contexto, o qual sempre ficara excluido, ©. Ler palavra por palavra. Algumas palavras constituem apenas aderegos da lingua e nfo alteram o sentido do texto. Ler palavra por palavra significa uma perda de tempo enorme. O que se deve fazer 6 ler o conjunto de significagao completa e nao apenas deta- Ihes verbais. A amplitude visual da qual somos dotados vai além dos limites de uma palavra. O exagero de movimento ocular que esse vicio instala torna a leitura cansativa, prejudica o aproveita- ‘mento do tempo e poder causar dores de cabega. 4. Vocalizagdo (vocis - em latim voz). & aquela leitura sussurrada aque algumas pessoas fazem. A prontincia das palavras é prescind{- vel para quem deseja aprimorar sua leitura. A voz s6 deve ter como objetivo de existéncia o ouvido do outro. A vocalizagio poderé ‘ocorrer com movimento dos labios ¢ lingua, com ou sem o som propriamente dito, que ¢ conseguido com movimento das cordas vocais. Ao vocalizar a leitura, aumentamos 0 “trabalho” mental, pois o cérebro, além de decodificar o material, tord de se preocupar em “mandar” o aparelho fonador emitir som, articular as palavras, enfim, sera desperdigada energia. 26 Leitura Dindnicae Memorizagao he Aieenciaept B proceette queaiialaliletiara mental “palaveed por palavra’. Este vieio s6 6 superado quando ultrapassamos a ‘marca de 250 palavras por minuto quando, em fungi da velocide- de, ele é suprimido. A leitura mental das palavras diminui o grau de retencdo, pois a tendéncia é nos determos aos limites da conota- do da palavra e néo ao todo que esta pode representar dentro de ‘um contexto. Usar apoios. Algumas pessoas costumam apontar no texto com auxilio de lépis, sublinhar frase a frase com réguas ou mesmo acompanhar a leitura com 0 dedo, conforme algumas correntes ensinam para aumentar a velocidade na leitura. Na verdade, 0 objetivo principal de so acompanhar com 0 dedo ou miios view estimular a velocidade acreditando que os olhos, ao acompanha- rem o movimento vertical feito pela mao sobre a pagina, aumenta- iam sua velocidade. Os ofhos, dotados de movimentos muito mais répidos do que nossas maos, agindo livres sobre a pagina, desen- volvem melhor a velocidade de que nevessitamos para ler. MOVIMENTOS OCULARES Os olhos representam o sentido estimulado durante a leitura. B por intermédio deles que a informagao vai ser conduzida para o cérebro e compreendida em s sentido. Os olhos se movem, na leitura de textos escritos na maioria dos as, da esquerda para a direita ede cima para baixo. Alguns, como 0 érabe © japonés, alteram esta disposicao. Independentemente disto, o movimento colhos sera sempre o mesmo: nao uma linha continua, mas uma seqiiéncia de tos, chamada de paradas oculares que desereverd uma drea de percepedo. rante o movimento que separa uma parada da outra — os saltos -, 03 olhos praticamente cegos por um mecanismo cerebral que anula a viséo neste ago de tempo. Sendo obterfamos uma viséo turva e muito mal-estar ao . Avelocidade na leitura, entre outras coisas, seré aumentada a partir do snvolvimento da érea de percepeao delineada em cada parada ocular. A jéncia ser a de aumentarmos os grupos de palavras percebidas em cada ‘Observe como a velocidade vai variar nos seguintes exemplos: Jo voc®k LE 7 8 © 10 uw LETRA POR EP Ba 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 ou A VELOCIDADE 26 27 28 29 30 81 82 33 34 35 36 37 38 FICA AB AT x0) 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 QUE POD HET A 51 52 53 54 65 56 57 68 59 60 28 _Leitura Dindimica e Memorizagao Exemplo2 QUANDO VOCE L& PALAVRA POR PALAVRA, 1 2 3 4 5 6 AINDA NAO ESTA DESENVOLVENDO t 8 9 10 © QUE PODERIA. i 13 | Exemplo 3 | QUANDO VOCE PASSA A LER GRUPOS DE PALAVRAS 1 2 a MELHORA 0 TEMPO A PARTIR DA DIMINUICAO 4 5 DO MOVIMENTO DOS OLHOS E SE CANSA MENOS. 6 7 8 Vieios de eitura 29 O tempo que o olho permanece na parada chama-se “pausa ou parada lar”. Ela pode ser de 1/100 de segundo para imagens comuns e de 1/5 de ndo para palavras. Podemos aproveitar melhor esse tempo e até diminut- ,, se conjugarmos a ele o bom uso do nosso campo periférico. Em vez de 1s a parada ocular em cima de determinada palavra, devemos fixi-la desta, no espago entre uma frase e outra. Por exemplo: RiQDeJANeIRO RIO DE JANEIRO. (Os movimentos oculares aio imprescindiveis para quem deseja aumen- a velocidade de leitura e aperfeigoar este processo. Eles constituem a parte pal da leitura ativa junto com a formagao de hébitos corretos de aceleragéo. Os exercicios que se seguem tém como objetivo aumentar 0 campo sual ea velocidade das paradas oculares. Eles nfo devem ser feitos por mais dez minutos, no inicin e, para que causem efeito, s6 se passaré para o inte depois de executar bem 0 anterior. Sempre que estiver lendo, durante perfodo de treinamento, procure aplicar as técnicas que jd sejam de domf- ‘nao se impressione se, neste perfodo inicial, houver uma pequena queda compreensio, pois os exercicios foram elaborados com base em uma média Jeitura de 300 palavras por minuto e, a0 iniciarmos, possuimos uma média 100 palavras por minuto. A compreensao vai reaparecendo & medida que watizamos os movimentos. Podemos comparar com o ato de dirigir: no jo, eonciliar os espelhos, os pedais, as marchas, e ainda ter de manusear um ante, parece impossivel mas, depois da prética, ninguém mais se preocupa todos estes detalhes e dirige sem percebé-los! Basta apenas um pouco de para atingir a meta desejada. 30 Leitura Dinémica e Memorizagdo EXERCICIO N° 1 Pouse os olhos sobre os pontos de fixagéo, inicalmente da ecquerda | para direita, procurando aumentar a velocidade, sem mexer com a cabeca. ‘Em seguida, inverta a direpdo da leitura, durante dois minutos ° 0 o o ° 0 ° ° ° 0 ° ° ' ° ° : ° 0 i ° : ° ° ° . 0 ° ° ° 5 ° ° ° i ° i 0 ° ° ° ‘ i ° i‘ o ° ° co ° ° if ° Q 0 ° g ® o 0 0 0 0 0 ° 0 o o a o i ° ° ° a 0 0 0 a Vicios de leitura EXERCICIO N° 2 Pouse os olhos sobre os pontos de fixagiio, da esquerda para direita, jurante dois minutos. a ° 0 0 0 ° 0 ° 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ° 0 0 o Leitura Dindmica ¢ Memarizagao EXERCICION'3 Procure fixar os olhos no niimero que se encontra no centro dos retangulos, de forma que pereeba os que se encontram nas laterais, sem deslocar os olhos em diregao aos mesmos, durante um minuto, o a 9 1 r 5 6 3 1 Vicios de eitura 88 EXERCICIO N° 4 Procure olhar para os pontos de fixagao e perceber a palavra que esta escrita abaixo, sem que haja a subvocalizacéo da mesma (nao fixe os olhos, apenas faca um sobrevéo sobre os vocébulos) durante dois minutos. = ee [a es aan — ris shine ies pa ae ‘wn sei ah os tie sae si tome ree Secs relégio ee ee oe nat pital si nna sen it ca went computador revista diamante 3A_—__Leitura Dinémiea e Memorizagto EXERCICION’S Leia as letras dispostas abaixo na seguinte ordem: centro, esquerda direita. Depois, leia as letras centrais, procurando perecher as que se encontram a esquerda e a direita, sem fixar os olhos nestas iltimas. Marque seu tempo inicial e procure executar o exereicio até diminut-lo pela metade. A MB BAT cM. nto | Rao RPC eet K MB DEG MBF He T LO 7 a a ane | zZza20 POF 1PM | BOM N KH 2 oay i uz BAT 5 Vieios de leitura MreeBanwoee Ze NSCOR nH RR OR AR csp ‘ACP EEESEERESESETEEREES EWA ant, Vea sac EXERCICIO O mesmo exerefcio proposto anteriormente. 36 __Leitura Dinéimiea « Memorizagto EXERCICION® 7 Fixe os olhos no centro dos médulos abaixo e pereeba as letras que esto em sua volta. @ P | M ° Q mn E A D D G L N 8 z S B ° U A ° w e P = e © Ez Q F A K K = r P Vicioe de eitura 37 EXERCICIO N°8. Fixe os olhos nos ntimeros centrais procurando pereeber os que os rodeiam e o critério utilizado para a selegao dos mesmos. 1 3 5 7 9 a 4 8 16 82 5 25 35 15 40 1 7 u 8 " 400 600 200 800 1200 38 Leitura indica e Memorizagéo SE q EXERCICION’ 9 Procure fixar os olhos no conjunto de letras central, de forma que pereeba as letras que esto colocadas & esquerda o a direita. Execute 0 ‘exereicio em 30 segundos. per momo MUR EHO ow PIO PEP RE HGV INJ ERI NOM AMR ERT ROmN KHER h de ee wom ee D> gm x ovdGHs ee onr dr voKmBaroaoradsa Ror noHnraeudcceroeronwrn Hee mons wo eo ge KH gue EXERCICION* 10 Fixe os olhos no grupo de letras ao centro, procurando descobrir a palavra escrita. Execute o exercicio em 10 segundos. 8 SPE Vv Iss M ZA A IDA # ssi 1 STE o LB S PAN © VER P aml R OCU © NDA E RDA E TOR 1 A ° ° R E E R R E LHA Rag. eT Art ‘MOR EDI SS+-eB He pO see ee Pe ee BR oe A ° E E ° A a rf ° S A E E ° R ° ° ° A A A L A 8 Rave Evaet eas oD Ph OBaMssr hr 40 Leitura Dinémioa e Memorizagio EXERCICIO N"11 Procure ler as colunas, sem fixar os olhos em todas as palavras, de cima para baixo e vice-versa, sem que haja a subvocalizagio das mesmas (para isso sera necossério aumentar a velocidade para ler em torno de 250 palavras por minuto). O exereicio deverd ser executado em 18 segundos. | cat BSPACO FILHO ote ESPIGA THA PREGO aos DADE | conro porko Rosa | JOELHO CANETA POCA | Prego BOLIIA PULGA AGOES PAPEL CARTEL BOLSA DOLAR iMpar MEIAS caxtos cores SUDE cHERIA onDEM UNHAS crIvo cuEmo PRATO PLANO TELEX Nomas HORAS Porm susto ‘TURBO CARO GUERRA AGUA COLTER sonno HOMEM VISIO ENIGMA PARTE VENDAS MENTE wIoMa cLasse serie cLERO ARROZ PODER AIUSTE CASAS ‘TROTE VELHO BLUSA sBpdo MAMAO —LOJAS coro LATIN zELO | PLAGIO GaMEO BOCA ‘TERNO quo LITRO Vicioe de leita 4 EXERCICIO N° 12 Leia as colunas abaixo, sem fixar os olhos nas palavras. Desenvolva o movimento verticalmente, procurando realizar ape- nas uma parada ocular por frase, em 30 segundos. E A SE NO ‘MAS com ‘ToDo PANO ‘MESMO CREDO ESMOLA COLUNA PREDIAL MADEIRA MATERNAL SOSSEGAR ESTRAGADO ENVELHECE PARTICIPAR ELEVADORES EMPRESARIAL ORGANIZACKO CONSELHEIROS CAPITALIZADO GOVERNAMENTAL IMPRESSIONADO ARISTOCRATICOS ADMINISTRATIVO PERFECCIONISTAS ASSOCIACIONISTA PARLAMENTARISTAS CONVENCIONAMENTO PROFISSIONALMENTE MACROFOTOGRAFADOS 42 Leiture Dinémiea e Memorizagao Os exercicios que foram realizados até aqui visaram principalmente a aceleragao do movimento ocular, ao desenvolvimento da utilizagao do campo visual e a substituigao de alguns vicios de leitura pelo modo correto de ler. Se todos eles foram reslizados conforme a orientagio, certamente vocé aumentou de modo consideravel sua velocidade de leitura. Nao nos interessa, porém, a aquisigo da velocidade sem a qualidade. No texto que se segue, voeé poder avaliar qual foi o grau de avango obtido. Apés realizar este teste, interrompa a leitura e descanse. $6 volte a este livro quando se sentir preparado para a préxima bateria de exerefcios. LEITURA NUMERO 2 Leia, marque seu tempo e preencha os gréficos de acompanhamento, procuran- do comparar este resultado com o obtido na Leitura Niimero 1. Ahora 6 de faturar com cavalos A.crise econémica tem provocado queda dos pregos dos cavalos de raca. ‘Muitos criadores poem & venda parte do sou plant, facilitando a entrada de novos proprietarios no setor, que aproveitam a desvalorizagao de até 50% de um ‘puro-sangue inglés ou 0 pagamento de um cavalo érabe em até quatro vezes, em eruzeiros. ‘Segundo especialistas, o momento é propicio para investir no ramo da criagdo. O presidente da Associacao Brasileira de Quarto-de-Milha, Douglas Ferro, assegura que um eqiiino equivale a uma commodity, sofrendo variagdes de mercado. A infra-ostrutura necesséria para eriaeio abrange, além de animal terras, alimentagao, mao-de-obra, zooteenia, veterinaria e instalagies. Para aqueles que nao dispdem de haras, hé o sistema de pensionato que inelui trenamento e alimentagao. Os eavalos érabe, Quarto-de-Milha, puro-sangue inglés ou o brasileiro Campolina podem ser adquiridos em leilées organizados pelas associagies de cada raga ou diretamente, dos produtores. Os pregos variam de acordo com a linhagem e alguns chegam a aleancar US$10 milhées. Vici de liture 43 tempo para retorno financeiro varia conforme o capital empregado: de cinco a sete anos, para o pequeno investidor, ¢ dois anos, em média, para o comprador de um grande lote de animais. Os cavalos Quarto-de-Milha néo poupam elogios dos seus proprieté- rios. Sao considerados um sucesso mercadolégico, segundo 0 presidente da ‘Associaeao Brasileira dos Criadores de Cavalos Quarto-de-Milha (ABQM). De origem norte-americana, eles participaram da conquista do Oeste. Rusticos e fortes, acabaram cruzando com as ragas arabe e puro-sangue inglés, adquirindo docilidade e inteligéncia. O hipismo é a atividade em que se destacam. plantel brasileiro possui 200 mil animais, Embora seja um nimero pequeno, se comparado aos dois milhdes criados nos Estados Unidos, o eresci- ‘mento do setor é admitido, contando com 24 mil proprietérios no pais: “Em ‘margo ultimo, 305 animais foram vendidos em leildes e, somente em agosto, este total subit para 550 eqiiinos”. ste ano, dois mil animais serao leiloados pela associagao. ‘Ao lado do Manga-larga e do Passo Fino, o brasileiro Campolina carae- teriza-se pelo andamento marchado. Este cavalo ristico nao exige despesas com infra-estrutura sofisticada para manutengao, sendo criado em regime de pasto, sem complementacio nutricional. O Campolina precisa, apenas, dispor de boas pastagens. A menos que o dono queirs levé-lo a exposigdes e competi- ees, nao ha necessidade de serem estabulados. Outra vantagem do Campolina é que dificilmente sofrem do mal que mais ataca os eavalos no mundo intefro: a célica, uma obstrugao intestinal que ‘muitas vezes leva o animal A morte, Amaior parte dos criadores concentra-se em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. O presidente do Clube do Cavalo Campolina do Rio de Janeiro (CCCR4J) aconselha os iniciantes a visitarem criadores nestes estados, para conhecerem melhor a raga, além de freaiientarem leilées promovidos pela associagao, (Texto retirado da revista Tendéncia n® 206, sot/92, pags. 28 e 29.) IN? de palavras: 400 ‘Tempo: PLM= “ Laitura Dindmica e Memorizagdo QUESTIONARIO Responda com poucas palavras: 1. Devido & crise, em até quantas vezes pode ser parcelada a compra de um cavalo érabe? 2. Quall foi o titulo do texto? 8. O que inclui o sistema de pensionato para os cavalos? 4. Quanto tempo o pequeno investidor leva para obter retorno finan- ceiro com a criagio de cavalos? 5. O que caracteriza 0 cavalo brasileiro Campolina, ao lado do Mar- chador e do Passo Fino? 6. Qual 6a origem do cavalo Quarto-de-Milha? 7. 0 que o Quarto-de-Mitha adquiriu ao cruzar com as ragas érabe e puro-sangue inglés? 8 Qual 6a raga que nao exige despesas com infra-estrutura para sua manutengao? 9. Quais sto as caracteristicas do cavalo de origem norte-americana? 10. De onde foi retirado o texto? PC: PCM = Durante o perfodo em que estamos efetuando estes exercicios, torna-se imprescindivel que outros textos que ndo os constantes deste livro sejam lidos ‘tempo, eronometrado, pois desta forma a avaliacao fica mais real, em virtude de cada leitar escolher um tema de acordo com seu interesse, condigfo essencial ‘para o bom aproveitamento e melhor desempenho do processo. Colocamos nas “Leituras-Testes” assuntos neutros, procurando motivar o leitor, 0 que néo significa que o melhor desempenho obtido seja exatamente nestes textos. Vieiosdeleitura 45 Por isso, a leitura efetuada & parte vem contribuir para o desenvolvi- mento que desejamos, Esteja sempre atento ao tempo obtido em cada leitura para que a evolugao da velocidade seja observada. Para contar o mimero de palavras existentes num texto, nao 6 preciso contar uma por uma. Basta seguir este processo: a, Tome uma pagina qualquer do livro (nao pode haver didlogo nas trés primeiras linhas) com texto que ocupe a linha inteira; b. Conte quantas palavras existem nestas trés linhas e divida o resultado por trés, a fim de obter quantas palavras existem, em média, numa linha. €. Conte o ntimero de linhas por pagina e multiplique-o pelo mimero de palavras obtido por linha. . Conte quantas paginas leu e, entdo, multiplique pelo resultado cima para obter o mimero médio de palavras lidas. Os exercicios que apresentamos a seguir tém como objetivo adequar 0 método de leitura correto mencionado no capitulo “Niveis de Leitura” ao movi- mento ocular que, nesta fase, jé deveré estar bem exercitado. Procuraremos, também comecar a exigir mais da compreensdo dos textos lidos, além de fazermos com que a percepeao em detalhes dos exercicios seja agucada. Siga as instrugbes corretamente a fim de obter o resultado desojado. 48 Leitura Dindmioa Memorizagto EXERCICIO N*13 Leia o texto abaixo, limitando as paradas oculares a, no maximo, duas em cada frase, procurando utilizar 0 maior campo visual possfvel, em 20 segundos. I © BQUILIBRIO DO ORGANISMO # A META DA HOMBOPATIA, ATENTA AO DOBNTE # NAO A DOBNCA BM SI. 0 PRIMEIRO PASSO, SEGUNDO OS PROFISSIONAIS, ! DESINTOXICAR 0 ORGANISMO ACOSTUMADO AOS RENEDIOS ALOPAMICOS, 0 TRATAMENTD MAIS LENTO, POREM, SEM OS MESMOS RISCOS DA QUIMICA. SBUS PRODUTOS APRESENTAM.SR EM FORMA DE "TINTURAS, TABLBTES, CAPSULAS, ExTRafDos DE ANIMAIS (COMO A ABBLHA, PLANTAS (AS MAIS VARIADAS) 8 amERAIS (COMO 0 OURO), 0 PODER DAS BRAS 34 BST CIENTIFICAMIENTR COMPROVANO. MAS, AO CONTRARIO DO QUE POPULARMENTE SE PREGA, © MAU US0_ DOS CHAS PODE RESULTAR Rat CONTRA-INDICACOES. PARA TRATAR DO ASSUNTO, A FITOTERAPIA BSTUDA CUIDADOSAMENTE As PLANTAS B SEUS BFEITOS. (Reva Ye, Bago 1.28, de 29092, phi 22) Numero de palavras: 90 Vieloe de leitura 47 EXERCICIO N° 14 Leia os textos a seguir, permitindo que haja apenas uma parada ocular por frase, em 25 segundos. NAO EK PORACASO QUE OS Eo EriatAs CARDIACOS SAO A MAIOR CAUSA DE MORTALIDADE DO PLANETA, NESTS CORRE-CORRE DESENFREADO, NAS DIFICULDADES FINANCEIRAS DO SECULO, POUCOS S40 OS QUE PARAM pad hye Inne FORMA DIFERENTE. MUITAS VBZBS, QUANDO SOFRE UM BNFARTE £ QUE 0 CIDADAO DECIDE REDIMENSIONAR SUA ALIMENTACAO, ELEGER OUTRAY PRIORIDADES E PENSAR EM St MSM (Revista Veja, edigio 1.282, de 29/04/92, pag, 19.) 48 Leitura Dinémiea e Memorizagdo Ao INVENTAR os ‘IPOS MOVEIS QUE MECANTZARAM A IMPRESSAO- NO DISTANTE ANO be 1440, 0 ALEMAO JOHANNES GUTENBERG PLANTOU UMA TECNOLOGIA QUE PRATICAMENTE NAO MUDOU DURANTE CINCO SEOULOS. MAS, NAS DUAS com 0 abxtti0 Do compurapor, A porTorago ‘EVE UM DESeNVoLnENTO GALOPANTE, SURGIRAM INICIALMENTE APARELIIOS "TIPO Compose, Qt AMAZRNAVAM 8 MPO EM FILMES AJUSTAVAM SEU TAMANHO, OU CORPO, POR UM PROCESSO COMPLICADO DE LENTES COMANDADAS oR ‘UM COMPUTADOR. (Revista Informatica /Exame, ano 7, n° 4, abil 92.) ‘Naimero de palavras: 120 ‘Tempo: Vieios de leitue 40 EXERC{CIO N* 15 Leia o texto, fixando-se nas pausas oculares propostas pela divisao das frases, em 20 segundos. —+ AO CONTRARIO DO QUE PossA PARECER, ARTE E CIENCIA NAO ‘TRILHAM CAMI NHOS OPOSTOS. OHA Are TMA, CATRGORIA DR PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS EM PROMOVER [FREQUENTES EN- ‘CONTROS ENTRE A BELEZA E 0 ‘CONHECIMENTO: SAO OS ILUSTRA DORKS CIENTI FICOS. OS TE- CLADOS EAS TE LAS DOS COM PUTADORES PO. DEM TER REVOLU CIONADO AS ARTES GRAFICAS, ‘MAS, QUANDO f NECESSARIO RETRATAR AS PETALAS DE DE UMA ORQUIDEA OU AS ASAS DE UM BESOURO, A CTENCIA AINDA SE VOLTA AS MAOS DO ARTISTA. ‘ORESULTADOBAPRODUGAO DE TRABALHOS ‘TAO BONITOS QUE SERIAM DISPUTADOS POR QUALQUER MARCHAND, SE POS. TOS A VENDA. MAB, ANTES DB "TUDO, BLES SKO DOCUMEN- "TOS TECNICOS, CUJA PRIN- | (CIPAL FUNCKO E FORNE- ‘NECER INFORMA- (GOES SOBRE 0 OBJETO DE ESTUDO (Retirado da Revista Globo Ciéncia, ano 2, n* 15, pag. 66.) Niimero de palavras: 93 | 89 __Leitura Dindimica e Memorizagdo EXERCICIO N*16 Leia os textos abaixo, sem se proocupar com as palavras ou letras que aparecem ocultas. O objetivo 6 a aceleragéo, sem se prender a compreen- so de pequenos detalhes do texto, procurando fazé-la no decorrer da leitura, sem efetuar retrocessos, “PRATICA REAL? Bscolha o lado **** simples de uma dificuldade ** voc tenha, antes de tentar resolver * situagio mais dificil *** exemplo, se voce tiver "ser desafiado profissionalmente por ** grupo de colegas de profissio e ** voc8 quiser mudar * 0 estilo lidar com isto, voeé podera inieiar pratieando **** habilidades * escritrio = depois, quando sentir ** j4 esté mais familiarizado e * yontade com elas, pratique-as ° prixima reuniao do **¥sindicato ou associagao profissional * segundo paso * planeja * encontro. °** envolve juntar ®* varios elementos das técnicas *** quais “** trabalhou separadamente até agora. * medida que *""" desenvolve suas ‘7°, udp procisa mula de tanto planejamento e =" mays facil exercitar as "******* espontaneamente. O formato mostrado aqui pode ** util para ‘ocasides traigociras. ** ponio importante é °°, uma ver tendo feito o planejamento e ensaiado o comportamento que *** tentar, voo8 deve eolocar o pro forma de lado **°*** minutos antes do encontro e esqueci-lo até entio, Nao ** mais nada que *°*° possa fazer. (Texto rotirado do livro Pressdo no trabalho — Stress — Um guia de sobrevivéncia, ‘Tania Arroba e Kim James, ed. Makron Books, pig. 81) Vicios de leitura 51 “TODOS 0S ESMOTES TEM CONCOM, NA PRIMAVERA, QUANDO 0 ESMOTE EMERGE DA HIBERNACAO, SEU CONCOM & INFERIOR EM QUALIDADE E DE POUCA UTILIDADE PARA O HOMEM. SE OS ESMOTES RECEBEM UMA DIETA ELEVADA EM PROTEINA NOS MESES DE PRIMAVERA, 0 CONCOM PODE SER ‘TOSQUIADO EM FINS DE MAIO OU PRINCIPIOS DE JUNHO, DEPOIS DA TOSQUIA, O ESMOTE E LIBERADO ATE A PRIMAVERA SEGUINTE. O CONCOM DE CERCA DE 50 ESMOTES DA PARA FAZER UMA BLUSA DE SENHORA” °SG*LFINH'S *S G*LFINHS RESPIRAM P*R UM *RIFICI* EM FORMA DE CRESCENTE N* ALT" DA CABECA, ESSA ESPECIE DE NARINA E TAMBEM A F*NTE DE SUA V2, 5 ELES PYDEM VIBRALA C*M" UM LABI* HUMAN*, *S PESQUISAD'RES \VERIFICARAM ATRAVES DE AQUAP!NES QUE *S GLFINH*S USAM ASS"BP'S, GRUNHID*S E CLIQUES. AS EXPERIBNCIAS REALIZADAS DEM*NSTRAM QUE, DE FAT® SE C*MUNICAM INTELIGENTEMENTE, ENSINARAM UM CASAL DE G*LFINH?S A ACISNAR ALAVANCAS, QUAND* SE ACENDIAM LAMPADAS C*L*RIDAS. DEP'IS DE SEPARAREM * MACH® DA FEMEA, DENTR* D* TANQUE, C*M UM TECIDO QUE DEIKAVA PASSAR * S*M, MAS NA* A LUZ, AS ALAVANCAS FICARAM D* LAD" D? MACH? E AS LUZES D* LAD" DA FEMBA. QUAND* AS LUZES SB ACENDERAM, * MAGH* ACI"N*U AS. ALAVANCAS, ENTA* SUBSTITUIRAM A BARREIRA DE SEPARAGA* P*R UMA | SUBSTANCIA ANTLACUSTICA, E* MACH® ERRU ° TESTE. A C*NCLUSA* LAGICA F*I QUE A FEMEA HAVIA TRANSMITID* 4* MACH* INSTRUG*ES PRECISAS. | | 52 _Leitura Dinémicae Memorizagio EXERCICIO N° 17 | Procure perceber nas frases abaixo as palavras que se encontram ccultas, realizando uma s6 parada ocular por segmento, mantendo o olho parado acima de cada frase. O objetivo 6 agucar a percepefo com 0 campo visual aumentado. OIOIOIOLHOIOIO | ATTLEATLETATEIAL RATEIELETRARLE, GEILOPLEGOLEIROP ORLOCLEOCLOROC ‘ETREGERNEGERENTE EMPRESAIORITCE ASTOLEOTOUREIROL, ‘MEOITUBIMUNDOE ‘SEIREMEDIOEOSLEO ETREILETREIROAD EMTNEODOCUMENTOE EICOEICEUSOEES EOECESTADODOEICO XOEEOCCOMPLEXOO ‘SLEIOCORPORALEIC EPXIENTRADAEIO SOEIVIDENCIASODI PAAEAPETITESOC BICLIOTECADERNOS MEDIOCRIDADEOS PEODISOPREGOOIEO LETOLETOLETOOBSOLETO GINETEPEPAGINAEGITEA ISAEPEAITIPAISETIEECA EOLEITURAOELXIESTEOS PRIMEIROOMTOEITOSOEL PAEITOEICKECHEQUEDMT EICLENSEDCLIENTESIDS EOXLDENTARIOEOCIELXO AOIDCOMCCOMIDAOSTEOX AIVEORICLCILIVROSIEX, DOIENVELHECIMENTOWOI Viciow de Witura 59 EXERCICIO N* 18 Leia o texto abaixo procurando perceber o significado das palavras “porradas” no decorrer da leitura, sem efetuar nenhum retrocesso nem se fixar sobre clas a fim de descobri-las. Faca o sobrevéo normal sobre as frases “A FOME EMPURRA A MAO Do higaxam, MOCA", AMEACOU O GARIMPEIRO. “SB A SENHORA GSONOS DER cemtil A GENTE TIRA A FORCA” E SORRIU DE BANDA, POR BAIXO DO CHAPEU DE AMS CAIDAS, SEM ENCARAR DIRETAMENTE SUA INTERLOCUTORA, A MEDICA JUNE FREIRE, MINEIRA 27 AG2S, CHEFE DA €P4G8 DA, FUNDAGAO RASEML De SAUDE NA frag De PAAPIU, RORAIMA pression A FRONTEIRA COM A VENEZUELA COM TODA A CALMA, EXPLICOU MAIS UMA VEZ QUE A cemiéll SE DES. TINAVA AOS {NDIOS DOENTES, EO QUE MAIS lati ALI ERA GENTE cont UMDOSPONTOS DE MAIOR AFLUXO DE Satfiseypti0es aT O ANO PASSADO, [AREGIAO DE PAAPIL f UMA BOA 8226246 DO RESULTADO DO CONFRONTO UB 08 vaNOMAaIS VE esp DESDE QUE 0 GOVERNO FaSSADO ‘Avi PACILITOU A INVASAO BE CERCA DE 45 MIL byerca3x MOVIDOS PELA DE GRANDES GANHOS COM 0 OURO DESSAS ‘BE3. HABITADAS FoR MENOS DE 10 MIL2SBERS QUE VIVEM HA SECULOS Em (RAST, COM 0 MEIO AMBIENTE. (Revista Isto é n® 1,155, 13/11/91, pag. 38.) 54 Leitura Dinamicae Memorisagio EXERCICIO N° 19 Leia os textos abaixo, limitando-se a apenas uma parada ocular por frase. Por mis emda 1 beards que sh» Costa vat de goon en ti ean darren sos egos min do ma sort, So see itil sof (Revista de Doing, 08), i 18) Seq sn atin lends 4 rime mer dAdo Mo fi Bra, mas wn deosa cbamada Lith monsiro da ite, para of bron ~ que brige com Deus © pin (6 constrmada em deminia, (Revista Superinteressante, n° 8, ago88, pég. 77.) ‘Aurora polar 6 um fndmeno Jamineco das camadas mais lta da atmoafors (de 400 50 qulimetron, que pada ser observado nas proximidades Vicios de leitura dos pies). Nb pl note dimes eon tara no sul, aos, A surora sesninse quads paral letras (tes e elton) provenienies Ho Sol chegsm ss vain each sophoaer een memnitin an} Sonal oleae (Revista Superinteressante, n® 8, agol88, pig. 16.) 56 __Leitura Dindmicae Memorizagio Procuramos mostrar nos exercicios anteriores a prética do mecanismo ensinado. H interessante que, mais uma vez, vocé deixe este livro e procure exorcitar-se em textos paralelos, até alcancar um resultado satisfatério, Prati- que o controle das paradas oculares em leituras de artigos de jornal, combinan- do os movimentos de “S" e “Interrogasdo” comentados no eapitulo sobre pré-leitura. Dopois que eles estiverem sendo executados sem dificuldades, veri- fique seu tempo na Leitura Numero 3, e compare com os resultados obtidos anteriormente, LEITURA NUMERO 3 Sabor de espuma Conta a Jenda que, ao provar a bebida espumante que havia inventado, o monge beneditino Dom Pérignon, incorrendo com certeza no pecado da sober. 'ba, exclamou: “Estou bebendo estrelas”. A hipérbole, bela e romantica, é uma apropriada homenagem as siderais virtudes de seu vinho incomparével ~ mas a verdade dos fatos nao deve perder a sobriedade. Pois o champanhe nao foi propriamente inventado, porém surgiu gragas a uma série de eireunstancias peculiares. Seria até mais acertado dizer que o champanhe se inventou a si ‘mosmo do que atribuir a quem quer que seja o seu advento. Mas, quando é mais interessante que a realidade, a lenda 6 que acaba prevalecendo, prineipalmente se contribui para os bons fluidos da indiistria. Mais de 500 milhdes de garrafas descansam trauyiilamente no imenso labirinto de cerca de 200 quilémetros de tuineis (as crayéres), nas regides de Reims e Epernay. Bsses tuneis fazem a delicia dos turistas que vao ver ali, no norte da Franga, como nasce o champa- he. Para cada garrafa vendida, os produtores mantém duas nas caves a fim de garantir 0 estoque nos anos mais fracos, quando a oferta ndo da para o consu- mo. E evidente que nao se faz mais champanhe como nos tempos de Dom Pérignon, mas os prinefpios basicos para produzir e aprisionar a espuma so os ‘mesmos. © vinho continua passando por duas fermentacoes, a primeira nas cubas e a segunda, na prépria garrafa, B essa fermentacao na garrafa a esséncia do chamado método champanhés. Como os demais espumantes, 0 champanhe deve ser servido bem gelado, de preferéncia num balde com gelo e tum pouco de égua. Mas ndo deve fiear muito tempo na geladeira e sim ser servido resfriado no dia em que for servido. Nao se deve espouear a rolha. O Vicios de letura 87 estouro faz. perder o gis e ainda derrama vinho, o que é um sério desperdicio, A taga utilizada deve ser fina e longa, para que as borbulhas nao desaparecam rapidamente e 0 vinho continue espumante por mais tempo. Tintim! (Revista Superinteressante, Ano 3, n° 12, 12/89, pag. 62.) ‘Numero de palavras: 332. Tempo:__minutose___segundos. Palavras lidas por minuto = POM = METODO DE ESTUDO Possuir um bom método de estudo significa mais uma vantagem para nés que sofremos a “sindrome da falta de tempo’. Isto porque costumeiramente somos obrigados a dominar determinado assunto de forma a aplicé-lo junto & empresa sem possuirmos tempo suficiente para isto. O requisito prineipal para que ossamos desenvolver tanto este quanto qualquer outro método de estudos 6 a organizagao. Desta furmia, poderemos aproveitar melhor os periodos que passa. ‘mos estudando, sem desperdicia de tempo, © método que apresentamos est dividide em trés etapas: a prepara- ‘¢do, a ago e a avaliagto, ETAPA DE PREPARACAO A primeira coisa a ser observada é a arrumagao do espago fisico. Conforme ja dissemos, o local destinado ao estudo deve possuir o minimo de estimulos que possam causar distragdes. Também devemos deixar & mao tudo de que podere- ‘mos precisar, como lépis, borrachas, papel, livros para consulta, dicionério ou 0 que julgarmos necessério. E interessante lembrar que ndo devemos permane- cer mals que 50 minutos detidos no mesmo assunto. Se possivel, é proveitoso varié-lo, para que nao haja desgaste e desconeentragao devido ao cansaro. Os intervalos devem ter entre 10 e 30 minutos. Este procedimento vai melhorar a retengiio do assunto, tendo em vista que, apesar do relaxamento, 0 material jé estudado ainda estard na meméria intermedidria, acessivel, portanto, aos ques- tionamentos. Método deestudo 68 ETAPA DA ACAO Muitas pessoas, ao se proporem a estudar, organizam-se em fungao do tempo disponivel ou estabelecem metas no proprio material de estudo, como por cexemplo, delimitando um nsimero x de paginas a ser lido, Desta forma, a meta deixa de ser o ato de estudar para ser um “pereurso”. Isto 6 0 que chamamos de “dividir o assunto". O posicionamento certo seria 0 de espacejar, ou seja, antes de mais nada, conhecer 0 assunto a ser estudaly pur meiv de uma pré-leitura, « fim de ter uma visio do todo, para depois estruturar as divisdes deste material de forma que haja tempo suficiente para que as duas fases do estudo sejam cumpridas: a compreensio do material sua posterior retengdo, Estas fases ‘acontecem exatamente nessa ordem, pois devemos lembrar sempre que 0 cére- bro, a0 compreender a informagio, deixa-a A disposigao da meméria, sem prejuizos. Ao passo que, se procurarmos reter a informagdo antes de compreen- dé-la, além de estar dispensando mais esforgo e conseqientemente mais tempo para tal atitude, estaremos também correndo o risco de ficarmos sem ela posteriormente, Em seguida, comecamos a efetuar a leitura da primeira parte espacejada, para que possamos compreendé-la. Certifique-se de que todas as informagées contidas foram esclarecidas, néo permanecendo nenhuma divida. Essa leitura ndo aconteceré uma tinica vez. A partir da segunda leitura devere- mos ir sublinhando as palavras-chave do texto ~ aquelas que sfo capazes de resumir 0 conteiido principal que est sendo lido ou pequenas expressées. Muttas pessoas nav sue sublinhar e o fazem na primeira leitura. No final, acabam por deixar impresso na pagina do livro o reflexo de sua desatencao ou acabam dando importéncia demais a partes obsoletas do texto. Procure usar & ‘téenica adequadamente, sublinhando somente a palavra-chave, para que real- mente o método venha a auxiliar e nfo a prejudicar 0 trabalho proposto. ‘A recitagdio é uma pratica muito importante para o estudante. Enten- de-se por recitar o ato de, apée efetuar a pré-leitura, dividir o material ¢ ler a primeira subdivisio a fim de compreendé-la, ¢ procurar falar, seja em vor alta ‘ou mentalmente, aquilo que compreendemos com nossas préprias palavras, Desta forma estaremos, incrementando a retengdo do que foi estudado. Morgan e Deese, em seu livro Como estudar (pig. 57, Capitulo 5), rresumem esses processos na seguinte formula: Leitura Dinémica e Memorizagéo SQaR 8 = SURVEY = EXAMINAR - PRE-LEITURA @ = QUESTION = PERGUNTAR - PERGUNTAS PROPOSTAS NA INVESTIGAQAO DO LIVRO = READ = LER ~LER 0 TEXTO JA ESPACEJADO PARA TER NOQAO GLOBAL DA PRIMEIRA PARTE ESPACEJADA RECIT# = RECILAK - EXPLICAR COM SUAS PROPRIAS PALAVRAS OS CONCEITOS DO TEXTO. REVIBW = REVER - LER 0 TEXTO NOVAMENTE, VERIFICANDO SE TODOS 0S PONTOS FICARAM CLAROS E SE AS PALAVRAS OU EXPRESSOES SUBLINHADAS ESTAO BEM ESCLARECIDAS, ETAPA DA AVALIACAO Para esta etapa 6 necessério 0 uso de fichas, de forma que o material estudado seja sintetizado e se torne acessivel sempre que necessério. Imagine quanta economia de tempo significa nao ter de consultar pilhas de livros jé lidos toda vez que necessitarmos relembrar 0 material que jé foi estudado! A utilizagéo de fichas também requer alguns cuidados: 1, Numere a ficha para que ela obedega a uma seqiiéncia e esteja A disposigéo sempre que necessério, Método deestudo 61 2 Coloque a esquerda da ficha aquelas palavras que foram sublinha- das no texto durante a leitura para compreensdo, uma embaixo da outra, deixando 0 espago necessério para que, em poucas linhas, ‘voce possa escrever, a direita de eada palavra, o significado a que lao reporta. 8. Anote sempre na parte inferior da ficha a bibliografia de onde foi retirado aquele material, indicando principalmente as paginas. Aficha ficard com este aspecto: ASSUNTO NUMERO DAFICHA. PALAVRA-CHAVE: — EXPLICAGAO SUCINTA PALAVRA-CHAVE: — EXPLICAGAO SUCINTA PALAVRA-CHAVE: — EXPLICACAO SUCINTA NOME E PAG. DO LIVRO Para efetuar a consulta posterior, adote o seguinte procedimento: Organize as fichas num arquivo com trés divisdes, iniciando com todas elas juntas na primeira reparticdo. Pegue a primeira ficha e Ieia atentamente ‘as palavras-chave, conferindo se elas, por si s6s, so capazes de fazé-lo recordar das explicagdes que foram dadas para elas. Caso a ficha nao apresente nenhum ‘ponto que precise ser revioto, coloque-a na tiltima repartisiio do arqnivn, Se falgum ponto ficar duvidoso, coloque-a na repartigao do meio, mas ndo procure solucionar a diivida sem antes inspecionar todas as fichas. Quando j4 soubermos quais ainda representam problemas dentro do assunto estudado, ento faremos o trajeto inverso: procuraremos voltar ao livro ‘que originou aquelas palavras-chave, por meio de uma verificagao no rodapé da ficha, ¢ procuraremos voltar todo 0 processo. E importante lembrar que 0 niimero dessas ocorréncias é sempre muito pequeno, de forma que este retorno sera rapido e nao significara nenhum transtorno, 62 _Leitura Dindmion¢ Memarisagao 1 divisto: | ‘TODO 0 CONJUNTO DE FICHAS 2 divisao: FICHAS QUE APRESENTARAM DUVIDAS 3° divisao: | FICHAS QUE NAO APRESENTARAM DUVIDAS F aconselhavel que, depois de automatizar o processo de dinamizagao, seja reservado um periodo diario para a leitura. Existe um processo natural nos seres humanos, o qual conhecemos como relégia biolégico, desenvolvido a partir da aquisipao de habitos e circunsténcias ambientais; que ocasiona o apareci mento de ritmos diarios de comportamento, como a fome, o sono ou a tempera- tura corporal. Quando a leitura so torna habitual em determinado horario, nosso corpo se adapta a situagao, assumindo uma postura acomodada ao pro. ‘cess0 6, no caso de néo podermos desempenhé-lo, certamente vamos sentir falta daquilo que nos foi privado. Desta forma, incorporando ao nosso rel6gio biolégi- coo hébito de ler, estaremos nos educando positivamente e com certeza tornan- do a leitura uma atitude essencial 20 andamento normal do nosso dia-a-dia, 0 ue, com 0 decorrer do tempo, resultard no aumento da concentracao e aperfei- ‘goamento de todas as habilidades cerebrais envolvidas no proceso. A TECNICA DO RECALL Recall 6 uma palavra americana que significa “rechamar”, A Téeniea do recall consiste em formar um gréfico irregular que tem por finalidade melhorar a lembranga de idéias lidas em um livro, Esta técnica deve ser utilizada apés leituras que ndo sejam voltadas ara a pesquisa ou anélise detalhada de um tema, pois nesses casos o compro- ‘misso com a fidelidade aos conceitos é importante. Hla é adequada a leituras em Método deestudo ‘que, no final, seja interessante relembrar fatos importantes, nomes de pessoas, dados miltiplos, porém sem aprofundamento, como, por exemplo, na leitura de romances, Se nos acostumarmos a ler um livro e deixar um gréfico do tipo recall em sua diltima pagina, certamente ao manuseé-lo posteriormente e visualizar 0 gréfico vamos nos lembrar a que ele se refere, qual seu contetido, tempo em que transcorre a historia, nomes de personagens e dados dese tipo. Basicamente, o gréfico consiste numa linha central onde colocaremos 0 ponto-chave do enredo. Pode ser o titulo, nome da personagem mass smportante ou qualquer elemento do qual voo8 faré atribuigdes conforme dados da leitura. Deste elemento central sairdo setas divergentes nas quais colocaremos exata- mente essas atribuigdes e subsetas que nos dirdo caracteristicas destas atribu- goes. & importante ressaltar que o gréfico sera feito apés a leitura do livro, portanto serd preenchido com os dados do texto de que conseguirmos nos lembrar, efetuando-se consulta ao mesmo, depois de confeccioné-lo, caso se queira conferir algum ponto. ‘Veja o exemplo abaixo: “A Idosa Galaxia 0902 + 34” ‘Ao captar sistematicamente durante anos as emissbes de ridio vindas de uma determinada érea do espaco, 0 astrénomo inglés Simon Lilly acabou descobrindo um corpo celeste & 12 bilhdes de anos-luz de distancia que poder corrigir a teoria habitualmente uceila sobre a data de nascimento das galdxiae. Pois, se essa formagao, ja catalogada como 0902 + 34, for de fato uma galdxia como se suspeita, sera a mais distante jé conhecida. Ocorre que uma parte de ‘seu brilho talvez provenha de estrelas ainda mais antigas, nascidas de 13 a 14 ilhoes de anos atrés. (Revista Superinteressante, ano 8, n* 12, pag. 12.) 64 —_Leiture Dindrmione Memorisagto Graifico do Recall ital fia ay ae Sjntrtnomo ing a phon + La es 12 | ee tes anos-luz, ‘bellho aa 14 bihoes de anos Com certeza, 20 visualizar os itens do grafico, o contexto em que ele se enquadra e sua relaedo com o tema principal viio ser lembrados. Em pouco ‘tempo teremos nas méos um método facil para recordar todos os livros lidos. Métododeestulo 65 EXERCICIO N° 20 Leia o texto abaixo, procurando usar todas as téenicas ensinadas no método de estudo, observando o critério usado para sublinhar as palavras. ACrise Mae Nossas crises sempre foram astérais, ineapazes de consolidar mu- dangas profundas. A procura de safdas deixou incélumes suas causas. Hoje temos um CONFLITO ESTRUTURAL, sintese e génese dos anteriores. 0 foco est sobre os valores humanos fundamentais. Esta é a oportunidade revoluciondria; podemos deixar de ser atores de dramas encomendados para sermos autores das nossas vidas. Esta crise 6 0 climax da desalienagao politica. Aenergia acumulada procura uma saida. B como um rio interrom- pido por uma barragem, o represamento nada significa, a questo 6 como a energia vai ser escoada. Nas empresas encontramos as FORCAS que podem CATALISAR esse potencial, transformando-o no amslgama do ima- gindrio social, o que lhes proporciona a lideranga do processo. ‘A concorréncia empresarial em nivel mundial esta tornando a qualidade das pessoas o fator de vantagem competitiva mais significative, De posse do RECURSO FINANCEIRO, qualquer empresério pode instalar ‘um processo produtivo com tecnologia de ponta. O meamo niio ocorre com ‘uma cultura organizacional educativa, voltada para o desenvolvimento das potencialidades humanas, onde os profissionais sto qualificados para o traba- Thoe para a vida. ‘A maioria dos EMPRESARIOS infantiliza a forga de trabalho, seus papéis sto rigidamente definidos, a relagio é de obediéncia sem discussio e o cordio umbilical empresa-colaborador & o saldrio, Desconhe- ‘com que, ao voltar para as comunidades, os TRABALHADORES exercem atividades cujos contetidos exigem responsabilidade, capacidade de deci- sfo, criatividade e, as vezes, lideranga. O modelo é PATERNALISTA-IM- POSITIVO. 65 Leitura Dindimica e Memorizagdo ABDUCACAO recebida antes de as pessoas chegarem as empre- sas esta centrada na tecnologia, Mesmo assim, a qualidade no atende as necessidades, o que funciona é 0 adestramento para atender aos requisitos do processo produtivo urbano, O homem é proparado para obedecer a horérios, suportar a repetigio da mesma tarefa imimeras vezes e cumprit cordens. Hd edueagdo para o trabalho; falta para a vida, formadora de verda- deiros cidaddios # dosenvolvida a habilidade de pensar a realidade por meio de modelos onde varidveis sto desprezadas. Este reducionismo potencializa o PENSAMENTO CONVERGENTE, que exclui solugdes contraditérias para os problemas apresentados. Desta maneira, as pessoas desenvolvem ‘apenas competéncia técnica. Isto explica o fato de excelentes téenicos tornarem-se péssimos lideres, porque ndo sabem o que fazer quando se defrontam com situagbes ambiguas ou contraditérias. Dai surge o autori- tarismo e o conformismo nas empresas, resultante da incompeténcia pes- aoal. Na presenga desta, quem tem poder uiaudla, quem sao tem, obedece © a produtividade desaparece. © pensamento convergente ajuda a saber fazer. J 0 DIVERGEN: TE ajuda a saber ser, porque nao é deterministico, mas probabilistico. Ensinamos a analisar os contextos e a decidir, quando encontramos respos- tas para o porqué e para que vamos fazer. O instrumental do pensamento divergente é uma estrutura cognitiva formada por idéias-valores, valores |humanos fundamentais, o que possibilita o exereicio pleno da cidadania. Os empresérios precisam do COMPROMETIMENTO das pessoas para sobreviverem. Para isto, elas devem encontrar significado interior no que realizam. A tinica possibilidade de sucesso est na implantagao de um projeto de educagio e treinamento na empresa. Treinamento para formar @ aperfeigoar as pessoas nas teenologias. EDUCACAO para desenvolver as | habilidades durdveis imprescindiveis ao trabalho em equipes satisfeitas, criativas ¢ de alta produtividade. Nelas , confianga, honestidade, respeito ‘20 individuo e responsabilidade sdo alguns valores formadores de tecido grupal. Esta é uma edueagio para a vida porque é levada para a comuni- dade, proporcionando agdes s6cio-politicas integradas. Método de estudo Olhando para o futuro, adotar ESCOLAS vai corrigir a problemé- tica no nascedouro. Nao basta estimular a cidadania nas organizagdes, 6 imprescindivel cuidar dos futuros colaboradores. Este projeto deve con- templar a visio de Plutarco, grande bidgrafo e historiador grego, indicador da impossibilidade de obter excelentes desempenhos em deficiéncias corri- gidas, 0 bom DESEMPENHO nasce dos pontos positivos, das qualidades ¢ dos talentos. Qualquer mestre de jovens miisicos ou atletas sabe disso. Entao, o destaque deve ser para o desenvolvimento do potencial indivi- dual, ¢ nao para o alcance de média minima, o que de fato contribui para democratizar a mediocridade. Acrise aparece quando o povo, esperangoso, encontra a resisténcia da elite opositora da mudanga. No ventre da crise-mae dorme a cidadania, © parto sera dolorido, mas ao acontecer teremos 0 futuro. Os empresdirios podem liderar a caminhada, j4 que nao pretendem perder suas empresas nem o trem Brasil. (Texto escrito pelo administrador Ivanildo Tzaias de Macedo, Chefe do setor de tveinamento do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da PETROBRAS/RI.) 07 68 Leitura Dindmiea e Memorizagao Apis esta leitura, confira a seqiiéncia das palavras destacadas, j4 com seu significado no texto atribuido, e observe como facilita ao estudante a recordagio do assunto lide. No nivel analitico de leitura, foi mencionado que os temas sio dispostos hierarquicamente no texto, a fim de criar “elos” condutores do raciocinio do leitor, Observe a seqiiéncia das palavras-chave retiradas do texto anterior: por meio delas fica ficil recordar o texto ou pereeber a conclusao dada pelo autor, Conflito estrutural > Forgas catalisadoras > Reeurso Finaneeiro > Empresérios > Trabalhadores > Paternalista- impositivo > Edueagio > Pensa- mento convergente > Pensamento divergente > Comprometimento > Edueagao > Escolas > Desempenho. ‘Veja, agora, como ficou 0 aproveitamento desse texto, que possi 533, palavras: Método deestulo 69 QUESTIONARIO 1. Qual 60 nome do autor do texto? 2. O que vem sendo fator de vantagem competitiva na concorréncia empresarial mundial, segundo 0 autor? 8. Em que esté centrada a educagio recebida antes de as pessoas chogavem As empresas? 4, Qual é 0 climax da desalienagao pol 8? 5. O que forma o cordao umbilical empresa-colaborador? 6. Qual tipo de pensamenta é potencializado com o desenvolvimento da habilidade de pensar a realidade por meio de modelos onde se despreza as varidveis? 7. Qual 60 nome do bidgrafo e historiador grego citado no texto? 8 Quem dorme no ventre da crise-mie? 9. De onde nasce o bom desempenho? 10, Qual é 0 titulo do texto? Total de acertos: x10= %. CONCLUSAO As técnicas de acelerapio da leitura foram vistas de forma eficiente e pratica. Seu percentual de velocidade com compreensio certamente aumentou desde quando vocé comegou a ler este livro, Contude, no para por aqui. O exercicio continuo associado a constante vontade de superar os proprios limites vio fazer com que estes indices sejam cada vez mais ultrapassados. Nao existe um padrio limite de velocidade, posto que o exorcicio sempre aperfeiguard u pratica €, com relagéo & compreensao, vai depender da bagagem de experiéncias de cada um de nés, Os esquimés distinguem em toro de 17 tons de branco ao olharem a neve no chao, Eles tém essa necessidade, pois, se nfo o soubessem, com certeza cairiam onde a camada estivesse mais frégil. Quando percebermos a importncia da leitura em nossas vidas, certamente vamos descobrir varias nuances que antes nao percebiamos ¢ como este processo pode ser agradvel. Passaremos agora para 0 assunto MEMORIZACAO. Parte 2 MEMORIZACAO INTRODUGAO ‘Comumente encontramos pessoas reclamando de sua capacidade de reter infor- ‘magGes ou aquilo que lhes 6 importante. E 0 esquecimento de um mimero de telefone que ha pouco se leu ou ouviu, de documentos ou objetos dentro de casa, ou até casos engracados, como perder um automével dentro de um estaciona- mento, so coisas simples, mas que podem causar problemas muito sérios quando ocorrem de forma constante. Mas por que isso ocorre? Quase sempre @ culpa cai sobre a meméria “Tenho uma meméria tao fraca..” ou “Minha meméria esta péssima..” . Pobre ‘meméria, exeeuta milhes de operagies com absoluta precisao, mas quando um esquecimento acontece, ela gana uma horrivel fama a de ser /raca, primeiro e mais importante fato a ser conhecido 6 0 de que néo existe ‘meméria fraca ou ruim, obviamente se falando de pessoas intelectualmente normais, pois os superdotados so excegtio, assim como pessoas com retardo ‘mental ou que tenham sofrido alguma lesao cerebral. Exceto nestes casos, todos os individuos possuem a mesma capacidade de retengao de informagoes © condig6es de crescimento intelectual, ‘Sabemos, porém, que a mem6ria humana se desenvolve por intermédio da sua utilizagio. Podemos fazer uma analogia com um misculo que, submet do a oxercicios eonstantes ¢ localizados, aumenta de volume e, se ndo estimula- do, pode atrofiar. Por esse motivo, alguns elementos se destacam dos outros. Se, por exemplo, um ntimero de telefone € ouvido e procuramos guardé-lo na ‘memsria, teremos uma estimulagtio © um conseqiiente aumento do poder de retencao; j4 se procurarmos um papel ou uma agenda para anotaglo, estaremos ‘menosprezando o poder que possuimos de memorizar e, o que é pior, se isto se tornar um habito, mesmo sem percebermos sempre vamos substituir nossa capacidade mental por uma anotagdo e, com 0 passar do tempo toda a nossa ‘vida estara dentro de uma agenda, Nem todas as informagées que recebemos diariamente serio importan- tes no futuro a ponto de as registrarmos, O esquecimento na hora certa é 7 74 Leitura Dindmiea e Memorizagdo | importante. Mas o que nos diz respeito, em especial na rea profissional, seré alvo de estudo para podermos evocar com seguranga ¢ nos destacarmos da média de utilizagdo mental que, segundo os pesquisadores, nao chega a 10%. A vontade de possuir uma meméria prodigiosa no é uma coisa nova, apesar de hoje, sim, ser absolutamente necessdria em fungao do mimero de informagoes que recebemos e da velocidade com que essas mensagens nos chegam. Desde @ Grécia Antiga uma deusa chamada Mnemésine era adorada e a ela eram feitos pedidos visando ao crescimento intelectual. Os gregos, entio, deram o primeiro passo para o estudo de um método de retencao de informagves. Falaremos nos préximos capitulos de varias técnicas e sistemas que tem por objetivo facilitar a memorizagdo e dar a confianga e a certeza de que nos lembraremos de tudo que ¢ importante para nossa realizado pessoal ¢ profissional. DESENVOLVIMENTO DA MEMORIA Ameméria 6 classificada em trés etapas distintas: meméria imediata, meméria evocativa e meméria de longo prazo. A memiéria imediata est4 muito sujeita a interferéncias externas (am- hiente, rnida, passnas A volta ete). A informagao af registrada tom um periodo de evocagao muito pequeno, de alguns minutos a poucas horas e, se néo for significativa, cai no esquecimento. ¥ 0 caso de se conhecer uma pessoa e, apos ‘um tempo, ndo lembrar seu nome. ‘Jé a meméria evocativa 6 mais duradoura, podendo os registros perma necer por vérias semanas. Normalmente estes so de grande interesse para 0 individuo, Interesse é sem diivida nenhuma um elemento fixador de extrema importéncia, capaz de fixar detalhes pequenos de uma conversa ou observagies feitas por um tempo bastante longo. Na meméria de longo prazo, as informagdes recebidas podem durar uma vida inteira e, de modo geral, os fatos ocorridos na infaneia sio os tltimos a serem esquecidos. A emogao é uma das prineipais causas deste registro, em fungao dos neurotransmissores que sao liberados no cérebro. Para desenvolvermos a capacidade de memorizagao (registro) e evoca- ‘edo (resgate da mensagem), é vital o conhecimento dos fatores que atuam durante todo o processo de aprendizagem: 75 76 ——_Leitura Dintmiea e Memorisngia ‘Téenicas — em menor escals, porém importante, existem vérias téenicas que tém como objetivo facilitar o registro de informagées, dar confianga a quem as utiliza e, principalmente, dinamizar a evocaedo da mensagem. Concentragdio / Observagdo /Atencdo ~ estes trés elementos, apesar de parece- rem sinénimos, tém suas atuagdes bem definidas no ato do registro e, além de tudo, geram o interesse, que funciona como combustivel da nossa meméria. [Nem todos os assuntos sto por si s6s interessantes; além do mais, no existe assunto interessante e sim pessoas interessadas em determinados assuntos. Con- centrando-se na atividade, observando os detalhes, tendo atenc&o no que fazemos. podemos gerar 0 interesse, faclitando assim 0 trabalho cerebral _Meméria natural — 6 a capacidade que cada pessoa possui, que varia de elemen- to para elemento, dependendo da utilizagio e do trabalho mental realizado durante toda a vida, Todo ser humano deve buscar o aumento desta meméria ¢ uma das chaves para isso é o estudo e a aplicagdo deste livro. Desenvolvimento da meméria. 77 A concentragdo pode ser traduzida de varias maneiras, mas no que se refere & ‘memorizacéo, é a aplicagao intensa da inteligéncia num s6 assunto, Esta pode ser trabalhada e fornece aumento substancial no grau de aprendizado, Varios estimulos ambientais fornecem interferéneia e provocam desconcentragio. Quanto mais neutro o ambiente, maiores si as probabilidades de concentra- $0, porém um posicionamento mental favorével tem de ser considerado. Bxis- tem pessoas, por exemplo, que esto lendo um texto pensando numa conta que tem de ser paga, ou em uma outra pessoa, ou até mesmo em uma viagem, e de rrepente percebem que percorreram varias linhas sem ter mesmo se dado conta daguilo que estava escrito; depois disso, no se lembrardo de quase nada culpando a meméria por esta falha. Para combater esse problema, procure se desligar de todos os compro- missos ou pensamentos paralelos durante a leitura; no principio nao ¢ facil, mas, com 0 tempo, torna-se um habito, Tome todas as providéncias antes da anélise do material e finalmente comece a ler. 74 —_Leitura Dindmiea e Memorizaqao A observacéo ¢ @ atencdo esto intimamente relacionadas, mas diferem em aplicagées, pois ndo temos atengao naquilo que nao observamos; porém, pode- ‘mos estar atentas sem observarmos todos os detalhes do contexto. ‘Neste momento, se vocé estiver com um rel6gio de pulso, ndo olhe para ‘o- mesmo e responda: O mimero “seis” do mostrador ¢ ardbico ou romano? Se 6 que existe o mimero “seis”, pois, em muitos casos, nem ntimero hé e sim um ponto ou um trago simbolizando. Parece engracado, pois a cada momento se ‘olha o relégio, Voeé acabou de olhar para o reldgio: que horas mareava? Na hora que olhou estava atento, mas nao observon todos os detalhes. O mesmo aconte- ce em reunives, aulas, palestras ete. Os participantes, na sua maioria, estfio atentos, mas muitos detalhes importantes nao so observados e as pessoas que se dao conta disso se destacam das outras por conseguirem um rendimento superior. Devenvoleimente da memévia 72 ‘Técnicas ~ apés serem levadios em consideragao os itens anteriores, falaremos de “ferramentas intelectuais” que permitem a memorizagao de niimeros, textos, pautas de reunides, datas, nomes de pessoas e tudo aquilo que importe ser evocado posteriormente. Algumas pessoas, sem conhecimento mais profundo, classificam as téenieas como sendo artificiais ou muito tecnolégicas, ¢ realmen- te sto. Mas todo esse artificio e essa tecnologia visam ao progresso eA confianga de se resgatar da meméria dados precisos, tornando o individuo respeitado © facilitando seu cotidiano, Lembre-se de que 0 eérebro humano € 0 mais avanga- do dos computadores e, até o tempo presente, inigualavel. Cada um de nés recebeu gratuitamente essa “maquina de racioeinio’, porém mio nos foi dado ‘um manual de utilizagao. Aproveitando 0 entusiasmo, vontade de desenvolver a capacidade e a velocidade de rotenefo de informagies, faremos uma bateria de testes utilizan- do apenas a meméria natural. Anotem nos espagos apropriados os resultados, no final do livro haverd outra bateria de testes para comparé-los. So importan- tes as seguintes observagies: + Realize os testes sem a preocupagao de cumprir compromissos poste- riores. + Procure um local sem interferéncia de pessoas e com pouco barulho, dio, TV, telefone ete. Cumpra rigorosamente o tempo de cada exercicio. + Tenha em maos um lépis ¢ um rel6gio, de proferéneia digital, com prandimatro, + Faga somente osta bateria de testes ¢ apds o avango na leitura do livro compararemos 0 resultado, + Boa sorte, 50 __Leitura Dindmica e Memorizasto Em dois minutos, memorize esta relagao de palavras, sem levar em consideracao a ordem: AGENDA DENTE CARRO ‘TESTEMUNHA, COMPUTADOR DICIONARIO CORTINA MOVEIS RELATORIO VOLANTE FACULDADE MARTELO BIBLIOTECA ASPIRADOR ARQUIVO ‘Va até a prOxima pagina, preencha as lacunas com as palavras memo- rizadas e anate o resultado. Desenvolvimento da meméria 8 ‘Numero de palavras lembradas Em quatro minutos, memorize esta relagao numérica: 85 4792 701630 92452375 3470277304 ‘Vé até a préxima pagina, preencha as lacunas com os ntimeros memo- rizados e anote 0 resultado. 82 __Leltura Dindmioee Memorisagdo Numero de seqiiéncias lembradas: ‘Sem consultar ealendérios, coloque os dias da semana correspondentes cada data relacionada. Tempo : 3 (trés) minutos, ‘Seu aniversério em 1989 24/12/90. 07/09/93, 14/11/94 26/03/92 Verifique os dias da semana em um calendério e anote 0 nimero de acertos. ‘Niimero de datas lembradas: Desenvolvimento da meméria 8 ‘Em 3 minutos, guarde o nome das pessoas aqui apresentadas: Roberto Cecilia Douglas 8 8 : @ Cel. Peixoto Dr. Macedo || es | Z ®) 2 @ ‘Mme. Simone Eduardo ‘Memorize as figuras abaixo, e seus respectivos niimeros. Tempo: 2 minutos. N'1B New Ne15 16 ‘Via préxima pagina, 86 Leitura Dinamica e Memorisacio Complete as lacunas abaixo, com as informagées referentes a pégina anterior. ao @ a @ won Ned w Neos a ae Ne wor ‘Naimero de scertos:—_! TECNICAS ASPECTOS GERAIS Come j4 foi dito, téenicas de memorizagio stio muito antigas e 0 primeiro sistema de retengio que se tem registrado chama-se loci, palavra de origem grega que refere-se a local. Outros sistemas posteriormente serio comentados ‘com mais detalhes, porém no sera explorada neste livro a historia dos siste- mas mneménicos,mas as suas aplicagdes préticas; assim sendo, falaremos de ‘um método eficaz e flexivel para todas as atividades cotidianas. B eabido que a base estratural do processo de aprendizagem se da por meio de associagées realizadas no cérebro. Cada conhecimento adquirido asso- cia-se a dados anteriormente aprendidos. A fase cognitiva esta sempre presente eo ndmero de sinapses, que fo as ligagses entre os neurénios, esta constante- umancoamonatsampntiaads Qual a forma do mapa do Ira ou da China? Para algumas pessoas 6 dificil ter uma idéia visual desses paises que estdo sempre em evidencia na imprensa. Mas, e a forma do mapa da Itdlia? Ab! E uma bota. Af a associagdo eatd presente de forma consciente. Quando, hé muitos anos, ainda na escola, alguém disse que o mapa da Itélia se parecia com o desenho de uma bota, houve uma ligagdo da nova informagao com algo que ja era conhecido, por isso 0 registro se mostrou mais efetivo. ‘© que vamos fazer nesta técnica bisica, mas muito préitica, 6 tornar 0 assunto familiar, visual ¢ ligado a algo conhecido. Assim, conhecido simples- mente, conseguiremos aumentar consideravelmente 0 grau de retengao de dados especificos. Analisem as porcentagens de aprendizagem: @ 88 __Leitura Dindmiea e Memorisagéo | Porcentagem de Aprendizagem 7 100. | | 83% 60 | 0 Paladar Tato. Olfato.—Audigio. Visio Fonte: Sonya 01 Co Sie, | Estudando esses dados, percebemos que todas os nossos sentidos regis- ‘tram informagdes e se relacionam com as memérias especificas. E eomum escutar uma mtisica e lembrar de uma fase da vida am qua ela ectava presente; sentir um cheiro de perfume e imediatamente vir & lembranga alguém que usa essa fragréncia; comer um doce e se transportar mentalmente para um sitio ‘onde sii feitos doces saborosos ete. Porém, um dos sentidos destaca-se no ato de memorizar e evocar dados da meméria: a VISAO. Lembramos por um tempo bem maior e com muito mais detalhes de tudo que observamos ou imaginamos visualmente. Em muitas oeasides, podemos nao ter os dados materializados, ‘mas temos a eapacidade de imaginagio e, como disse Albert Einstein, “a imagi. nagao é mais importante do que o conhecimento”, Tenicas 89 Porcentagens dos dados retidos pelos estudantos: Porcentagem de Retencao Através do estudo Font: Socony- Vacuum Oil Co Studies. Para ampliar 0 poder de se registrar informagées, faremos,inicialmen- te, associagdes conscientes do que queremos registrar com informagoes que j4 possuimos na meméria, tomando sempre o assunto a ser retido o mais possivel- mente vistvel DECORAR X MEMORIZAR ato de decorar tem seu uso bastante restrito, porém pode ser utilizado sem problemas quando percebemos que as informagdes naquele instante guardadas, na memria nao serao titeis futuramente. Os atores de televisao decoram 0 90 Lnitura Dinamicn e Memrizagao texto a ser gravado, pois aquelas mensagens futuramente serdo obsoletas; i, para o teatro, o processo 6 diferente, uma vez que a cada dia as falas sao evocadas, A informagao decorada por meio da repeti¢So freqiiente ser mantida na meméria imediata, por esta razo ocorrem esquecimentos com o passar do ‘tempo. Quando um niimero de telefone 6 ouvido ou lido e repetido imimeras vyezes, hi um registro imediato, mas qualquer interferéncia pode ser fonte eausadora de um embarago, troca de algarismos ou até mesmo total esqueci- mento, O mesmo acontece quando se conheve alguém e 0 nome é repetido ‘mentalmente algumas vezes; em curto prazo se saberd que a outra pessoa é conhecida, mas nem sempre 0 nome viré A meméria. Isto ocorre porque na imagem do individu houve a actimulagao vieual ene nome apenas o estimulo ‘auditivo; j vimos que o poder de registro da meméria visual é muito maior que ‘dos outros sentidas. Quando ha memorizasio efetiva, o trabalho aumenta, elevando assim grau de confianga em trazer o que se pretende lembrar a mente, Sempre que corre o registro de um fato, ha uma associago consciente ou inconseiente com conhecimentos ou experiéncias anteriores. Ao se ouvir ou ler um mémero ¢ imediatamente relacionar este a um outro nimero ou elaborar alguns “malaba- rismos matemtioas", como adiglo, subtragio, multiplicagdo ou divisao entre 0s algariamos que 0 compaem, ou até mesmo associd-lo a datas ou anos represen- tativos, traz bom resultado e estimula a reteneao. Quando memorizamos uma informagio, a transferimos imediatamente para a meméria intermedidria ou até mesmo, dependendo da associagao, para ‘a meméria de longa duragio, camo é 0 caso do mapa da Italia. O tempo, que a principio foi utilizado para memorizar algo, é totalmente compensado com a ‘certeza de ge ter os dados resgatados sempre que necessario, e a autoconflany ‘aumenta quando os elogios comegam a surgir por parte de outras pessoas. ‘Usando continuamente a téeniea das assoringdes, desonvolveremos a velocidade ¢ a criatividade para essas ligagées. A capacidade da meméria humana, a0 contrario da dos computadores, é ilimitada. Quanto mais souber- ‘mos sobre um assunto, maiores sero as postibilidades de obter novos conheci- ‘mentos. Ao contrério do que algumas pessoas pensam, quanto mais a memoria 6 usada mais se pode aprender e exigir em termos de rotengao. Uma eoisa que pode ser feita para prejudicar a mente é substituir a eapacidade de registro que todas as pessoas possuem por uma agenda ou pedagos de papel que funcionam. como 2 meméria de alguns, chogando alguns ao ponto de afirmar que, se perderem a agenda, perdem toda a sua vida. O METODO LINK DE MEMORIZACAO # um sistema que, antes de qualquer coisa, constitui um excelente exercicio de criativi- dade objetivando o registro de dados pre- viamente destacados. Vamos trabalhar com imagens ou “quadros mentais". Para melhor acompanha- ‘mento, vooé deve criar uma “tela mental” ¢ projetar nela tudo que for importante. Pros- siga a leitura somente apés esta imagina- ‘980. Feche os olhos e, bem a sua frente, veja uma tela de cinema ou um outdoor totalmente em braneo, euja imagem seja nitida e bem real, Repasse vérias vezes a mesma cena; deixe a imagem da tela ‘mental bem familiar e verdadeiramente conhecida. Partindo de um texto como exemplo, deveremos, apés lé-o, identificar as idéias ou expresses principais, torné-las visualisaveis e associé-las enca- deadamente, [As sugestdes abaixo stio importantes para o proceso de visualizarao. Siga-as imaginando em sua tela mental todas as ligagbes. Sendo bem visualiza- das, hasta apenas a lembranca do primeiro item para que o seguinte venha & ‘meméria e, assim por diante, até o final da list + DESPROPORCAO + EXAGERO + SUBSTITUICAO + MOVIMENTO A apresentagio das regras anteriores nao obedece a prioridades também nao é necessario que todas aparegam na mesma visualizaeao, a 92 —_Leitura Dinamica ¢ Memorizagao A DESPROPORCAO ¢ utilizada quando se tem por objetivo a visuali- zago de elementos muito comuns, sem destaques especiais. A mente humana tem por natureza destacar aquilo que difere do padrao normal. Se, por exemplo, estamos no teatro assistindo a uma boa pega e, de repente, ouvimos um grande barulho, provavelmente vamos guardar este epis6dio com maior clareza do que o espetdculo om si. O marketing utiliza muito este recurso em suas campanhas publicitdrias a fim de registrar o produto na meméria do consumidor. Os resultados stio imediatos ¢ as marcas vendem muito mais do que os produtos similares, © EXAGERO 6 importante em especial quando 0 que precisa ser ‘memorizado é de pequeno tamanho ou dificil de ser imaginado. Por exemplo, imagine, por alguns segundos, um eachorro poodle. Agora, coloque no centro de sua tela mental varios cachorros da mesma espécie, um ao lado do outro. Qual das duas imagens fica registrada com mais nitidea? Sem divida a de vérios cies, por isso, sempre que possivel, exagere no niimero de elementos a serem registrados, Ométodo Link de memorizagao 98 ASUBSTITUIGAO, no contexto da visualizagfo, 6 trabalhada de duas ‘maneiras: a primeira refere-se & troca de um substantivo abstrato, dificil de ser imaginado, por algo concreto, que traga & lembranga a esséneia do que foi figurado. Por exemplo, imaginar “paz” néo é uma coisa fécil, fatalmente tem de ser pensada como uma pomba, uma bandeira branea, ou qualquer outro subs- tantivo conereto que traga a imagem de “paz”; “amor” pensamos como um coragio, “justica” como uma balanga ou na propria estétua de olhos vendados que a simboliza. Podemos usar a substituigao em relacao aos préprios elemen- tos da lista. Imagine o nariz de um homem em forma de ventilador — 6 uma cena onde u naviz dy homem foi substituido pelo préximo termo da relagéo que, no caso, é ventilador. O MOVIMENTO ¢ talvez o artificio mais versstil e mais utilizado nas téenicas de memorizagéo em fungao do efeito visual que provoca, fazendo com que haja um registro dindmico e eficiente entre os termos do rol. Coloque bastante apao nas ASSOCIAGOES e, em todos os casos, reforce visualmente tudo que foi imaginado. 94 Leitura Dintmicae Memorisagto Partindo da teoria para a pratica. Relacionaremos informagées para que voeé, usando o Método Link, faga a memorizagao. a \ ° | \ hte ih: a ACRE a O métado Linkde memorizagao 95 Lista n? 01 AGENDA, CARRO DENTE COMPUTADOR MEDICO. OCULOS ESPELHO BARALHO APARTAMENTO. CABELO ‘TUCANO CHOCOLATE, CORTINA FORNO DINHEIRO Utilicando-se da tela mental jé erinda na ova mente, imagine todas as cenas relacionadas abaixo, enfatizando a meméria visual: ‘Uma grande AGENDA é motorista de um CARRO. Literalmente “VEJA” a agenda dirigindo um carro, que pode ser seu proprio automével ou aquele que voc’ deseja ter. Nosso altimo rogistro 6 carro, portanto pense somente em um CARRO que possui grandes DENTES na parte dianteira; este DENTE 6 pro- gramador de COMPUTADOR e neste momento esta trabalhando. Mesmo pare- cendo estranho a prineipio, procure tornar clara as imagens. Imagine agora somente um COMPUTADOR doente se consultando com um MEDICO, este ‘MEDICO est usando um OCULOS grandee de cor amarela. Agora, pense num ‘OCULOS vaidoso em frente a um ESPELHO, se admirando. Bxiste um grande cspelho que tem por moldura um BARALHO, e todas as eartas do baralho estao ‘em volta deste espelho; imagine inclusive os naipes. Com varios BARALHOS, foi montado um APARTAMENTO e este APARTAMENTO possui o CABELO comprido, é um apartamento bastante cabeludo. CABELO 6 0 timo elemento, 96 _Leitura Dindmica ¢ Memorizagao entdo deixe-o aitido em sua tela mental ¢ 0 associe a um TUCANO que possui uma vasta cabeleira sobre o bico. Ndo importa se a relagdo é anterior/posterior ou vice-versa, o importante 6 associar os dois elementos que esto juntos, independentemente da ordem. Veja agora um TUCANO comendo CHOCOLA- TE; este CHOCOLATE forma uma CORTINA, que também ¢ usada para limpar o FORNO. Este forno esta quente e repleto de DINHEIRO. Como este foi 0 primeiro exercicio, provavelmente, em fungdo das vvisualizagées propostas terem sido engragadas e bem fora da realidade, é normal nao se dar muita atengo ao aspecto fundamental, que é a projecdo visual de tudo que foi associado. Por esse motivo, recomendamos que se retorne as ligagbes, repassando-as e dando maior énfase & meméria visual por meio da imaginagto. E mais fécil, rapido e produtivo que as ligagdes sejam feitas segundo a criatividade de cada um ¢ este trabalho logo chegaré nas préximas listas. Agora, pegue uma caneta e um papel, feche o livro, prestando atengao na pagina em que est, e escreva todas as palavras da Lista. Como ainda néo foi comentada a técnica de evocacio do primeiro termo da lista, neste primeiro exercicio a palavra 6 AGENDA. APLICAGOES DO METODO LINK O método Link de memorizagto 97 Este 6 um excelente método para memorizagao de itens no qual ha uma seqiiéncia a ser seguida, Muitas séo as suas dreas de aplicacao: uma palestra, uma aula, assuntos selecionados para uma reuniao a ser presidida, um discur- so, niimeros ete. Para a retengiio de t6picos maiores, como no caso de discursos, deve-se identificar todo o assunto apresentado, destacar a palavra central que traga 0 contexto de cada trecho, a que daremos o nome de palavra-chave e, apéa associar todas as palavras-chave, € fundamental repassar algumas vezes a relacao na memdria. E como fechamento da técnica, aqui vai como memorizar lumbém # primeira palavra da relagdo: basta associé-la a0 objetivo maior, ou seja, a0 local da reunido ou aula, a alguma pessoa importante neste trabalho ou qualquer coisa que, devido ao grande interesse, nao sera esquecida, funcionan- do assim como uma “ancora” inicial, ‘Tornando este método de memorizagdo um hébito, podem ser combati- dos a inseguranga eo medo de esquecer o texto diante da platéia, além de nao ser preciso o uso de papéis com anotagdes do assunto a ser explanado, 0 que pode se tornar um transtorno caso esta “cola” se perca antes da apresentagio, além de tornar desnecesséria a leitura de um grande némero de folhas, 0 que causa a desmotivagao das pessoas que estao Ihe assistindo. Para ganhar confianga e velocidade, memorize as listas a seguir, uma de cada ver, Wade, ye ( “3 ia 4 98 __Leitura Dindmicn e Memorizagto Lista n® 02 Lista n? 03 AVIAO PORTUGUES MACACO AR-REFRIGERADO CONTABILIDADE ESPERANGA XADREZ DISQUETE, RELATORIOS ZOOLOGICO COMANDANTE AEROPORTO PARABOLICA CINEMA ALTA TEMPERATURA MANUTENCAO PREVENTIVA SENADO NACIONAL, PETROLEO MAGA PRAIA ASSISTENCIA MEDICA = NEWYORK NUVENS MACARRONADA FORTALEZA-CE SISTEMA OPERACIONAL ISOLANTE RODAS DE LIGA-LEVE ENCICLOPEDIA TELEFONE CELULAR B indicado que nao se faga uma histéria com as associagdes, pois iss0 facilita a inversdo na seqiiéneia dos itens. No caso anterior, nao haveria gran- des problemas, mas nos préximos eapitulos falaremos de retencdo de nimeros, € a inversdo de um tinico algarismo 6 suficiente para alterarmos seu valor. O método correto € a ligagao de um elemento apés 0 outro, sem a influéncia dos anteriores. O sistema se caracteriza por um item trazer a lembranga do proxi- mo. Seguindo corretamente as etapas do Método Link de memorizacao, ppossivel evocar todas as informagtes de trés para a frente. Por exemplo, “enci- clopédia” é a tiltima informagao da Lista n’ 02; quais so os elementos anteriores? SISTEMA FONETICO DE MEMORIZACAO O MAIS SOFISTICADO DOS METODOS A técnica vista no eapitulo anterior € um excelente recurso, como vimos, para memorizagao de itens, na qual a seqiiéncia deva ser seguida. Fica dificil saber rapidamente, seguindo o Link, qual é 0 16° termo de uma relagao de 60 itens. Apés 0 aprendizado do Sistema Fonético, poderemos consultar qual- quer item de um rol sem precisar passar pelos anteriores. Usta 6 uma técnica que segue critérios internacionais, e mostra-se efieaz e muito versatil, podendo ser utilizada em qualquer assunto a ser memorizado, inclusive paralelamente ‘a0 Método Link, Aestrutura do processo 6 a fonética, sendo assim, todo grupo fonético devera ser aprendido, dedique algum tempo na retencao do quadro abaixo. Colocaremos algumas dicas para agilizar a memorizagio. ALFABETO FONETICO Digito Consoante 1 TD 2 N,N 3 M 4 RRR 5 LL 100 _Leitura Dindmica e Memarizagto CH, Gtbrando)", J,X (C(gutural), G(gutural)””, Q, K EV RB Ctbrando), @, 8, SS, Z Algumas consoantes, que fazem parte apenas do nosso vocabulério, foram incluidas para facilitar a uilizagio do método, uma vez que néo eausam distorgio no sistema fonético, como o NH, LH, RR, C. (O mimero 1 assemelha-se bastante com as consoantes T e D. No inicio da alfabetizagio, todos ouvimos que o ntimero 2 tem 2 pernas. Té 0M possi 3 pernas. ‘Se escrevermos erroneamente quatRRo, ligaremos o ntimero 4a RR. ‘Em algarismo romano, o namero 50 é representado pela letra L; neu- tralize 0 0. ‘Uma apresentadora de TV mareou uma época dizendo “CHeis” ou “Keis”—6. Ao préximo grupo podemos ligar as fitas K-7 estendendo-o ao C (gutu- ral) por este possuir 0 mesmo som. (© grupo 8 é um FaVor ser lembrado 8-FV. As consoantes p © b se assomelham bastante ao némero 9, basta inverté-lo (0 “0” 6 tudo que faz “sssss” além do proprio “Z” de zoro, Crie outras associagées entre os algarismos e as consoantes, caso jul- gue necessério; o importante é conhecer os grupos fonéticos na sua totalidade. Realize os exercicios propostos para certificar-se do novo conhecimento. Brando refere-se ao som pronunciado de forma “suave”; 6 0 som do “s" de geo, graf 0 som do "de edad edo, eebola, * Gatural 6 0 som das consantes pronunciadas de forma mais “explosive” como, por exemplo, gato, goetosa, casa, cavalo ete Sistema fonstico de memarizagdo ‘101 ‘Sem consultar o quadro fonético, represente uma consoante para cada algariemo, conforme o exemplo. ZLTUNX 0512678680245789021780 5783 418065218903173036 95 382190382658608421974 sistema fonético é a base de um arquivo mental que seré montado. Este arquivo vai ser utilizado durante toda a vida e, com o passar do tempo, sua utilizagtio se tornaré habitual. ARQUIVO MENTAL 102 __Leitura Dindmica e Memorizagao Parte 1 1 Tia 1 DaDo 2 Noé 12 Na 3 Mao 13 TMe 4Ra 14 TeRRa 5 Lua 15 TeLa 6 CHa 16 THK 7 Cao 17 TaCo 8 Véu 18 Dia 9 PA 19 TaPa 10 TaGa 20 NoZ Observe com atenedo as palavras que compvem a Parte 1 do Arquivo ‘Mental: todas as consoantes relacionam-se com o Grupo Fonético Internacio- nal; as vogais ndo tém valores numéricos, servem para ajudar a compor as, palaveas, silo neutras, Em nenhum momento o Arquivo Mental dever4 ser “decorado”, pois 0 que se decora hoje se esquece amanha com facilidade. O decorar ativa a meméria inicial. O trabalho a ser realizado é mais significativo e de aprendiza- do infinitamente mais duradouro. Leia com ateneao as palavras do Arquivo Mental e, a seguir, use sua ‘tela mental e imagine com toda perfeigdo cada item deste. Fazendo isso, estard ativando a meméria visual, abrindo um campo de utilizagao para esse arquivo. ‘Repasse varias vezes as imagens criadas e tenha certeza de conhecer toda a Pate 1 do Arquivo Mental. Recomendagdo: nao prossiga a leitura antes de certificar-se de que conhece realmente esta etapa do sistema fonético e faga ‘varios exercicios. 0 esforgo sera compensado muito em breve. O tempo utilizado para a aquisicao deste sistema ser4 economizado futuramente e 0 reconheci- ‘mento das pessoas & sua volta seré gratificante. Considerando que o Arquivo Mental jé est4 memorizado, sord aplicada ‘apenas uma demostracao do dinamismo e versatilidade que tem o novo método de retengio, Sistema fonétco de memorizagdo 108 Leia rapidamente a relag&o abaixo: 1 ABACAXI 11 CANIVETE 2 TERNO 12 PERFUME 3 SOL 13 BENGALA 4 AUDITORIO 14 MULHER 5 NAVIO 15 AZUL, 6 JARDIM 16 PASSAROS 7 BLEVADOR 17 TELEVISAO 8 CIGARRO 18 PAO DOCE 9 LAMPADA, 19 CALCULADORA 10 TAPETE 20 NARIZ Leia apenas uma vez a relagio de itens e, logo ap6s, todas as informa- ‘60s com seus respectivos niimeros deverdo estar memorizados, Para que isto ocorra de forma eficiente, 6 necessério “projetar” bem a sua frente a tela mental totalmente em branco ¢ imaginar as associagbes seguintes. © que esta representando 0 mimero 1 no Arquivo Mental é “Teia"; portanto, ja temos um conhecimento simbolizando o numero; basta, ento, criar uma associacio do que queremos registrar ao conhecimento que possuimos. De preferéncia, estas ligagdes devem ser engracadas, criticas, absurdas, enfim, fora do padriio de normalidade das coisas cotidianas, Imagine a teia com varios ABACAXIS presos. Como 0 mimero 2 6 “Noé” idealize este personagem vestindo um grande ‘TERNO a ponto de tornélo ridieulo de tao grande. © mimero 8 6 “Mao”, veja a mao segurando o SOL e apertando-o bastante, representa o nimero 4. Imagine um AUDITORIO sendo invadido por varias ras, ocupando todos os espagos. Existe um NAVIO que tem como destino a “Lua, Sem ser repetitivo, é sempre bom lembrar que o importante so as imagens. 104 __Leitura Dindmiea © Memorizagto Um JARDIM esta sendo regado com 0 “CHa”, imagine inclusive a fumaga do cha. Ontimero 7 é “Cio", Pense entao em varios efles dentro de um ELEVA- DOR, fazendo bagunea ¢ latindo muito. Como “Véu" é 0 nimero 8, crie a imagem do um véu todo queimado por ‘um CIGARRO ou, entdo, a de um cigarro vestindo um veu. ‘Em seguida veja uma “P4” quebrando varias LAMPADAS, com violéncia. ‘Um TAPETE esta transportando uma “TaGa” de cristal, com muito cuidado, ‘Ontimero 11 6 “DaDo", Suponha que ele esteja cravado de CANIVETES, 0 126 representado pela imagem da “Tina”, que pode ser um recipiente ‘ou até mesmo a figura da cantora Tina Turner. O importante é imaginar uma tina cheia de PERFUME. Tdealize agora um “TiMe” (ntimero 13 no arquivo) formado por varias BENGALAS. O Numero 14 é “TeRRa”. £ uma mulher muito bonita, totalmente suja © comendo uma grande porgdo de terra. “TeLa”, o ntimero 15, €a prépria tela mental de cor AZUL, um azul bem forte. Chegamos a0 niimero 16, “TAXi”. Virios PASSAROS fazem sinal para um téxi eo invadem. “TaCo", o numero 17, pode ter varias representagdes: taco do piso, de golfe, de sinuea ete. Com este taco na meméria, quebre com muita violencia uma TELEVISAO. Agora vemos no “DiVa" um grande PAO DOCE deitado, relaxando. Ondimero 19 6 “TaPs’, e a informagéo a ser registrada, CALCULADO- RA. Imagine-se dando uns tapas numa ealeuladora com defeito. “NoZ" 6 0 ntimero 20: um NARIZ tem varias nozes na ponta. E um trabalho facil de ser realizado e, muitas vezes, engragado. O mais importante ¢ a retencéo do que foi associado e visualizada a partir do Arquivo ‘Mental. Procure evocar as informagSes preenchendo as lacunas a seguir Sistema fonético de memorizagio 105 O nimero 2 no arquivo é Noé; a informagao é O niimero 15 6 Tela; a informagaoé..... O ntimero 16 6......; 2 informacao é Ontimero....... ¢Lua;ainformagao é . O numero 46, - ;@informagio 6 Onniimero 96.........--; a informagio é.. O miimero 106... « 5: informagio é .. O némero 12 6 + informagao 6 Ondmero...6 + informagao 6 PAO DOCE. O niimero «6 .....+.+. 4 informagao 6 CALCULADORA, O niimero . .. é Teia; a informagao é Ontinero 3 é...........5ainformagdoé..... Ondmero 6 6...........}a informagloé.....+.. Ondmero... .. +} ainformagdo 6 BENGALA. Onvimern 76 pa informacion & O niimero..... ¢ Véus a informagao é . Ondmero 116. . ;2 informagdo 6. Ondmero......6..... a informagao é MULHER. O mimero 17 6.......2+..5ainformagdo 6... O mimero 206...........;ainformagao 6 sistema é eficiente tanto para se evocar as informagdes quanto para se lembrar dos respectivos ntimeros. I fundamental se conhecer os dados do arquivo. Se voeé ainda nfo est seguro da memorizagéo do arquivo, chegou a hora de uma revisio desde o Alfabeto Fonético Internacional até a Parte 1 106 _Leitura Dindmioa e Memorizagao ARQUIVO MENTAL Parte 2 21-NaTa 31-MaTo 22—NiNHo 32-MaNa 23—NeMo 38 -MaMao 24—NeRo 34—MaR 25-NiLo 35 —MaLa 26 -NaJa 36 -MaCHo 27—-NuCa 87-MaCa 28—NaVe 38 - Maia 20 -NaBo_ 39 —MaPa 30-MaSSa 40 ~ RoSa MEMORIZAGAO DE NUMEROS SEM MISTERIOS A principal razao de a maioria das pessoas nao conseguir guardar nimeros na meméria é simplesmente a dificuldade de representé-los visualmente. O ntime- ro é um desenho, uma forma abstrata que representa quantidade. Quando ouvimos 12 bananas sabemos tratar-se de uma duizia e podemos mensurar os objetos em referéncia, j4 o mimero sem associago se torna problematico por falta de imagens. Neste capftulo trataremos desta questao com uma ateneao muito espe cial, pois 0 mundo atual 6 representado por meio desses desenhos chamados nuimeros, ¢ toda a nossa vida gira em torno dessas formas geométricas; é a conta no banco, mimeros de telefones importantes que surgem a cada momento, os balangos das empresas, as contas do dia-a-dia ou até mesmo o ntimero que representa a hora de acordarmos. Enfim, lemos uma quantidade enorme de numoros a cada instante ¢ muitos deles passam tio despercebides que nem damos conta de os ter lido ou ouvido. Algumas téenicas constituem um instrumento precioso que amplia a velocidade e a capacidade de registrar mimeros de maneira produtiva e confid- vel. Algumas dostas técnicas sdo simples, mas, em alguns casos especiais, dao bom resultado. Uma é conhecida como Método Padrao e seu uso depende muito dos algarismos que so apresentados, pois sao feitas correlagées entre os mes- ‘mos com o intuito de se registrar um numero como, por exemplo, uma senha: 24816. O padrao existente 6 a multiplicagao por 2 entre os algarismos, ficando, assim, facil o registro. Seu uso é bastante restrito, pois nem todos os alygarismos se correlacionam de forma que permitam um padrao. Mas com um pouco, de treinamento podemos agucar # percepeio em relagtio aos nimeros e encontrar -vérios padrées inicialmente ndo-apresentados, 17 108 Leitura Dindmiea e Memorizagao Complete os espagos, apés descobrir o padrao entre os algarismos: SOE ATT epee Bf, 9:04,8,49, 3 ocanernsrsseneese oh UG, 95, 80) eg cane oy 50, 5,25, 10, 4,90,....5.0egeeey AU 18; 9,17; By» éemigs v¥eqills samme 100, 200, 80, ...., 98, 86, 110, 98, 122, . 48, 10, 58, 20,...., Para memorizar niimeros, existe também a ‘Técnica Fonética, que substitui os miimeros por consoantes, sendo acrescentadas as vogais para for- rar palavras conhecidas e de preferéncia concretas, como, por exemplo, 9110 — BaTaTaS; 90751 - BiCiCLeTa etc. f um recurso mais dindmico que o Método Padrao, pois, de posse do conhecimento do Alfabeto Fonético Internacional, é Memorizagéo de miimeros 109 possivel a transcriedo de qualquer nimero por palavras conhecidas e de facil visualizagio e, ao contrério de algo abstrato e sem forma como sao 08 nimeros, torna-se mais fécil a retencao de uma imagem conhecida. O artificio usado foi a divisdo do mimero em subgrupos para facilitar o arranjo das palavras. Esta divisao nao obedece a nenhum eritério especial. Cada um 0 estabelece de forma que atinja seu trabalho. Caso o mimero apresente uma dificil transcrigao fonétiea, faga uma composigdio de palavras. O niimero 74345pode ser represen- tado por CaRRo aMaReLo. Faca uma transcrieo fonética dos seguintes nimeros, utilizando-se de palavras eoncretas: 87425 .. 725056 5602135, BOTAIES Antic BSOATON gts tee 33480546 Be a eS nee saci on 98521257 . . 4549016783 5193805379 Quando os algarismos a serem memorizados representam um ntimero de telefone, o trabalho se torna personalizado, pois, além de sabermos o ntimero exato, temos de relacioné-lo & pessoa ou empresa que possui tal nimero; sendo assim, o enfoque inicial se da em quem pertence 0 mimero, depois, com a substituigio dos algarismos, por dados visuais e concretos e, finalmente, na ligaedo com a pessoa ou empresa de quem se quer guardar o mimero do telefone. Feito isso, basta surgir a necossidade de evocar o telefone e, logo, junto de quem se quer ligar, tem-se o miimero registrado. ‘Tratando-se de ntimeros de telefone, 6 sempre recomendado usar a transcrigo fonética feita por dezenas e buscar os elementos do Arquivo Mental. Como, na maioria das cidades brasileiras, o nimero de telefone 6 composto por sete algarismos, procure deixar 0 primeiro mimero excluido, pois este prefixo é facilmente identificado, e trabalhe apenas com trés dezenas, fazendo um link ‘com os dados do Arquivo Mental. O ntimero do telefone da Casa de Cultura, no 110 Leitura Dindmiea e Memarisneaia Rio de Janeiro, é 274-8747; deixemos, assim, o prefixo 2 excluido. O préximo ;passo 6 a transcrigao fonétiea de acordo com o Arquivo Mental 74~CaRRo - 87 = FaCa ~, 47 RéGua, Imagine agora a Casa de Cultura dentro de um CaRRo; este CaRRo esté cravado de FaCas, cujos cabos so RéGuas. E de fundamental importdncia a criagdo das imagens mentais e, nos primeiros minutos, reforce visualmento todo o Link imaginado. Quando surgirem dezenas que ainda nao tenham uma imagem prees- tabelecida segundo a técnica que propomos neste capitulo, o procedimento indicado é, no momento exato, criar-se um substantivo, concreto obviamente, tendo como base o Alfabeto Fonético Internacional, e associé-los normalmente. Quando isto ocorre, hé um aumento natural do Arquivo ¢ certamente a palavra criada permaneceré na memoria fazendo parte da lista principal. A partir de entio, pode-se, gradativamente, substituir elementos sugeridos em todo o livro. Como exercicio, retire de sua agenda de telefones 10 (dez) ntimeros ainda ndo-memorizados, relacione-os nos espacos que se seguem e memorize seguindo a técnica apresentada. A partir de hoje, procure guardar de meméria 2 (dois) novos telefones por dia. OF axes eu 10" ‘Em 1989, minha equipe de professores ¢ eu estavamos em Barbacena (MG), ministrando um treinamento, quando fui surpreendido por um senhor idogo que,descobri posteriormente, era o diretor de uma faculdade. Apés muitas perguntas a respeito de téenicas de memorizagdo, ele escreveu no quadro negro ‘um niimero composto por varios algarismos, virou-se imediatamente para mim Memorizagdodenimeros tli , apés alguns segundos, repetiu 0 niimero completo sem erro. Logo apés, perguntou-me se conseguiria memorizar. Minha primeira fala foi elogiar sua capacidade de guardar mimeros de meméria. Continuei dizendo que por meio da meméria natural no, mas que, utilizando uma técnica, sem divida poderia memorizar. Imediatamente o diretor pegou o giz e escreveu o mimero 304789546216. E, sem que pudesse revisar, me perguntou 0 mimero. Comecei dizendo 6, 1, 2... quando subtamente fui interrompido pelo professor que dizia estar errado, Calmamente expliquei ao professor que estava dizendo o mimero de trés para a frente. Pediu que continuasse e falei o mimero inteiro. Seu espalo foi vist jamente ele quis fazer 0 curso. Desaconselhei-o de fazé-lo, pois havia realizado uma proeza semelhante & minha, Foi quando, entdo, ele me contou, sorrindo, que havia escrito dois mimeros de telefone, um de sua residéncia ¢ 0 outro da faculdade. Agora, amplie um pouco mais 0 Arquivo Mental ¢ lembre-se de dar forma e imaginar cada item da relacao a seguir: 112 _Leitura Dindmica e Memorizagao ARQUIVO MENTAL Parte 41 2 43 & BS a7 48 49 50 RiFa RouPa Lago BI 52. 53, 54 55 56 81 58 59 60 LuVa LuPa Giz Com 0 objetivo de agilizar o trabalho das pessoas que tém necessidade da memorizagao de numeros com freqtiéncia, foi desenvolvida uma “lista auxi- liar” que se inicia com 0 “0”. Lista Auxiliar 00 on 02 03, 04 05 08 o7 08 09 20 SeTa SiNo SoMa SoRo SeLo SaCHe SaCo Sora SoPa NOMES E FISIONOMIAS 0 esquecimento de nomes de pessoas 6 um fato extremamente desagradavel e, em algumas ocasides, pode até mesmo atrapalhar uma negociagéo, sem falar no constrangimento, em especial quando a outra pessoa lembra seu nome, 0 cumprimenta, pergunta algum detalhe sobre sua familia ou empresa e voc@ fica com aquela expresso de espanto. Lembre-se de que o nome da pessoa é um bem que todos nés passuimos ‘eninguém gosta de ser esquecido. Quando se troca o nome do outro, ele pode nao falar, no momento, mas saiba que este ato vai ficar registrado por um longo ‘tempo em sua mente e isso constitui um ponto negativo no relacionamento pessoal, pois psicologicamente consiste no menosprezo do primeiro bem que 0 individuo adquiriu ao longo de sua vida. Por outro lado, algumas pessoas piblieas que conhecem téenicas de registrar 0 nome e a fisionomia tiram proveito desta habilidade e conseguem ‘uma popularidade espantosa em suas campanhas, pelo simples fato de chamar as pessoas pelo proprio nome, Para quem é requisitado pelo nome, fica a impressao de ser conhecido e importante, e ai est4 a grande diferenca de chamar os outros de “meu chapa”, “meu irmao”, “querido’, “meu amor” ete., dizendo claramente, com estes vocativos, que o nome correto nao é sabido. A técnica para este registro liyado & fisionomia requer dedicarao, treino e interesse. Os resultados s4o surpreendentes e o relacionamenta inter- pessoal aumenta em proporedo direta ao nimero de novas pessoas que so apresentadas. Alguns pasos serdo considerados antes de se elaborar um método propriamente dito. Como na maior parte dos casos o problema reside no nome e no na fisionomia, dedicaremos um tempo analisando por que o mesmo é ‘esquecido. A principal razao é que observamos visualmente a pessoa apresenta- da e, mesmo sem perceber no momento inicial faremos uma avaliagao detalha- da da imagem do(a) nosso(a) novo(a) conhecido(a); neste instante, o estimulo major ¢ 0 visual, por este motivo a margem de esquecimento da fisionomia 6 pequena, Ta 14 —_Leitura Dindmiea e Memorisaeda Em relagdo ao nome que nos é dito, algumas falhas sdo cometidas no primeiro instante de apresentaeao. Como este estimulo, na maioria dos casos, 6 somente auditivo, precisa ser reforeado. Uma téenica importante 6 a repeticao oral do nome que ouvimos. 0 ato de repeti-lo no momento da apresentagiio climina uma série de interferéncias no aprendizado, Em alguns casos, quando existe um mediador fazendo as apresentagGes, pode ser que o nome correto nao tenha sido registrado ou até mesmo ouvido. Nao podemos registrar na meméria © que nao sabemos. Falando em voz alta 0 nome, a prépria pessoa o corrigira se estiver errado e vocé ganha credibilidade pelo interesse apresentado na pessoa. Se 0 nome Ihe for familiar, comente, por exemplo, se for 0 nome de seu(ua) esposo(a), mae, pai ou pessoa préxima. Procure tornar o nome o mais familiar possivel ¢ tonha eorteza de que no momento da apresentagao o tenha realmente absorvido. Estes detalhes reforgam o aprendizado e a posterior evocagao. A préxima etapa é bem mais fécil e até mesmo engracada. Todos nds ppossuimos algumas caracteristicas que nos destacam das outras pessoas. Sem- pre que uma nova pessoa nos 6 apresentada, temos de ressaltar esta caracteris- tica e torné-la bem mais acentuada do que ela realmente 6. Em alguns casos, ela se mostra evidente; em outros, temos de observar algo de destaque no rosto do nosso novo conhecido, pois no préximo encontro olharemos novamente em. ‘seu rosto, evocando o que se percebeu com maior énfase. Exagere bastante esta caracteristica, lembre-se de que somente voce 0 esi vendo assim e a pessoa jamais saberd a forma que foi utilizada para guardar seu nome. A terceira ¢ iiltima fase da téenica € a ligagdo do nome, que jé foi trabalhado, & caracteristica que também exercitamos visualmente por meio de atengio e criatividade. como se escrevéssemos o nome da pessoa na caracte- ristica identificada. Da préxima vez. que encontrarmos esta pessoa, sua caracte- ristica vai ser percebida e o nome estara associado a ela. Com 0 apelido ¢ feito 0 mesmo trabalho; aliés, raramente se esquece 0 apelido de alguém. Quando lembramos da inféncia, trazemos a mente o apelido de intimeras pessoas, e de muitas sem termos o registro do nome. Faremos um exercicio bastante semelhante a uma apresentagao real, ‘no qual conheceremos algumas “pessoas” e, logo apés, lembraremos os nomes de todos os nossos novos colegas sem muito esforco. 116 _Leitura Dindmioa e Memorizago N01-Sr: Abreu CARACTERISTICAS: Bochechas grandes, queixo recuado, NOME EM DESTAQUE: Abreugrafia. ASSOCIACAO: Nas bochechas do Sr. Abreu, visualizar algumas ABREUgra- fas, olhar para a figura e ver as sugestdes propostas, N"02- Katia CARACTERISTICAS: Rosto redondo, cabelo bem liso. ‘NOME EM DESTAQUE: Abacates. ASSOCIACAO: Seu rosto em forma de abacate ~ abaKATIAS. N03 Sra. Paula CARACTERISTICA: Sardas no rosto. NOME EM DESTAQUE: Pau. ASSOCIAGA( férios pedagos de PAU em suas sardas. N*04—Dra. Rosa CARACTERISTICA: Boca pequena. NOME EM DESTAQUE: Rosas. ASSOCIAGAO: Uma diizia de ROSAs vermelhas em sua boca. 1N*05~—Leonardo CARACTERISTICA: Rosto muito largo. NOME EM DESTAQUE: Leopard. ASSOCIACAO: Seu rosto sendo transformado em um LEOPARDO com gran- des dentes, bigodes, manchas etc. Nomes fisionomias 117 N°06- Henrique CARACTERISTICAS: Rosto triangular, olhos juntos. ‘NOME EM DESTAQUE: Riqueza, ASSOCIACAO: Em cada face deste triangulo que forma seu rosto, muita RIQUEZA, muitos délares. N°07-Dr. Marcelo CARACTERISTICAS: Rosto longo e fino, testa alta. NOME EM DESTAQUE: Martelo. ASSOCIAGAO: Com um MARTELO estamos afinalando mais seu rosto. 1NF08—_Dr. Brito CARACTERISTICAS: calvo e orelhas grandes, ‘NOME EM DESTAQUE : Cabrito ASSOCIAGAO: Um CABRITO sentado em sua careca e comendo-Ihe a orelha. N09 Cléudio CARACTERISTICAS: Nariz largo e labios earnudos. NOME EM DESTAQUE: caldo. ASSOCIAGAO: CALDO descendo por seu nariz e encontrando seus labios. Deve-se observar caracteristicas fisicas e de estrutura de rosto. A. atengao a bigode, barba, penteado, brincos ¢ adornos em geral servem apenas ‘temporariamente, pois sio facilmente modificados. As caracteristicas fisicas, exceto rarissimos easos, como cirurgias plisticas ete., nfo serao modificados. Além da técnica que, uma vez utilizada, amplia enormemente a reten- 0 de nomes ligados as suas respectivas fisionomias, existem alguns recursos que agem como complemento. Durante a conversa, sutilmente deve-se dizer os ‘nomes das pessoas que conhecemos recentemente, sempre com o cuidado de nao chamar a atengao pronunciando 0 nome sem a devida necessidade. U8 __Leitura Dindmica e Memorizagao Nos cursos, palestras e seminérios que ministro pelo Brasil, sempre me perguntam se sei o nome de todos os alunos. Minha resposta é que na maioria das vezes me lembro, primeiro pelo grande interesse que tenho em memorizar, pois sei que vao me indagar futuramente, Sem davida alguma, o interesse é a palavra-chave de qualquer questao referente & meméria; e também a utilizagao constante da técnica que apresentamos de se registrar 0 nome e as fisionomias de pessoas. Quando me questionam se sei o nome dos alunos, da turma ante- rior, digo apenas o nome de alguns que se destacaram, porém, quando estou na presenga dos ex-alunos basta observar a caracteristica que em 99% das vezes 0 nome 6 evocado. ARQUIVO MENTAL Parte 4 61 CH} 63 & 67 68 68 70 CHiTa CHINa CHaMa JaRRo JauLa CHuCHu JeGue CHaVe CaSa 1 2. 3 4 % 76 78 3 Nomes.efisionomias 119 GaTo CaNo CaMa CaRRo GaLo CaiXa CoCo care Cope ‘VaSo CALENDARIO MENTAL [Nés, seres humanos, estamos situados no tempo por meio das datas. Imagine ‘como ficari dificil entender a histéria do mundo, sem encaixarmos os aconteci- mentos numa hierarquia de fatos desenhando © que chamamos de linha do ‘tempo. Cada pessoa estrutura sua vida apoiada em datas: nasce numa, casa noutra, inica no trabalho, viaja, conhece aquela pessoa em outras. Aos poucos, ‘8 acontecimentos vao delineando nosso propria tempo. No dia-a-dia, estamos sempre precisando ser Auxiliados por uma agen- da, pois os compromissos devem ser cumpridos ou aquela data precisa ser ‘mareada sem que venha a eoincidir com eompromissos importantes. Que tal possuir um recurso que deixe de prontidao todos os dias da semana do ano ‘vigente, do que o antecede e do que o sucede? Neste capitulo, abordaremos uma técnica criativa que deixaré & nossa disposigio na meméria o dia da semana em que cairé qualquer data que desejarmos. A principio, parece ser um pouco complexo, mas, na verdade, trata-se de mais uma técnica em que poderemos abusar da nossa imaginagao; e, 0 que 6 melhor, trata-se de mais uma oportunidade de exercitar o Alfabeto Fonético visto anteriormente. O resultado voed poderd observar na expresstio de surpresa das pessoas quando presenciarem mais esta demonstragio de sua excelente memoria! © primeira passa para memorizar as dins de nm ana & ennhecer seguinte formula: (DD=18)-7" Onde DD = dia do més que corresponde ao dia da semana que nos interessa. Le = dia do primeiro sébado do més em questo. 7’ = maior méltiplo de 7 possivel de se subtrair do resultado encontrado anteriormente, 2B Calendario mental 121 Os resultados encontrados representam os dias da semana, de acordo com sua sucessao, conforme abaixo: Se o resultado der 1 = domingo, por ser o primeiro dia semana; 2 segunda feira, por ser o segundo dia da semana; 3 terga-feira, por ser o tereeiro dia da semana; 4 quarta-feira, por ser o quarto dia da semana; qninta-feira, por ger 0 quinta dia da semana; 6 = sexta-feira, por ser o sexto dia da semana; 7 ou milltiplos = sAbado; por ser o iltimo dia. Analisando a formula comentada, verificaremos que se torna indispen- ssivel a memorizagao da data equivalente ao primeiro sdbado de cada més do ano em estudo, para que possamos executé-la rapidamente. Selecionamos a seguir, como primeiro exercicio, 0 ano de 1994. 1994 sABADO & DIA 1°. + FEVEREIRO - 1*SABADO f DIAS. + MARGO - 1° SABADO E DIA5. + ABRIL- 1° SABADO Ié DIA2, + MAIO -1*SABADO E DIA7. + JUNHO - 1° SABADO E DIA4. + JULHO - 1° SABADO E DIA2. + AGOSTO - 1° SABADO E DIA 6. + SETEMBRO - 1° SABADO £ DIA3. + OUTUBRO - 1° SABADO £ DIA 1°, + NOVEMBRO - 1° SABADO E DIA5. + DEZEMBRO - 1" SABADO £ DIA3. + JANEIRO - 122 __Leitura Dinamo e Memorizagso ‘Vamos agora memorizar os dias acima citados, a fim de astociéi-los imediatamente ao més a que se referem. Relacionaremos absixo algumas su- gestdes para esta associagtio, mas que em nenhum momento constituem uma regra fixa. Gostarfamos que a imaginagéo fosse bem utilizada neste momento, Para memorizarmos que o primeiro sébado de janeiro é dia 1", vamos lembrar que este é 0 PRI MEI R O més do ano, ou, se preferirem, vamos pronunciar janeiro desta forma: JANEIRUM. primeiro sabado de fevereiro 6 dia 6. Criativamente, vamos pronun- ciar FIVEREIRO, fazendo alusdo a tradugao de 5 para o inglés. ‘Margo tem cinco letras, o que torna facil lembrar que o primeira sdbado édia 5. 0 Alfabeto Fonético destaca o N ou o NH para o niimero 2. 0 més de abril pode ser associado ao ato de “abrir o no”. més de maio fica muito fécil de memorizar quando imaginamos um eo, que representa 0 7 no Alfabeto Fonético (grupo k, ¢ ou g), de maio. primeiro sabado de junho é dia 4, quo 6 representado pelo R ou RR. Pronuncie, em ver.de junho, JUNTORRR RRR. Julho 6 0 infeio do SEGUNDO semestre. O primeiro sabado é dia 2, ‘Voce também poder pronunciar JULHO SSS8, Agosto pode ser escrito A G O XT O para que possamos lembrar que seu primeiro sdbado é dia 6. ‘Setembro tem trés silabas ~ 3. Voeé pode também visualizar a palavra escrita desta forma; seteMbru, para que uM, que representa o algarismo 3 no Alfabeto Fonético, faga-o lembrar de em que dia cai o primeiro sabado deste més. ‘Vamos pronunciar QUT UM BRO para lembrar que nesse més o pri- meiro sébado é dia 1° Que tal lembrarmos de um corto personagem das histérias em quadri- hos e pronunciar NOVEM BLO para lembrarmos que seu primeiro sibado 6 dia 5? Note bem que o L representa o ntimero 5. Em dezembro, o primeiro sabado é dia 3, que no Alfabeto Fonético 6 a letra M. Pronuncie a palavra “dezembro” como 0 som do badalo dos sinos da Natal: dezembrom, dezembrom. Calendario mental 128 Sugerimos que se dedique um tempo para o estudo dessas associngses ou, no caso de pensarem numa mais interessante, outra qualquer que facilite esse processo, Brinque com sua criatividade! Apés certificar-se de que tudo ficou bem registrado, observe o modelo abaixo e faca os exercicios que propomos a seguir. Dia a ser conhecido: 25 de setembro de 1994. Formula: (DD — 1s)-7" (25~9)—21 ~ 1. Portanto, dia 25/09/94 6 domingo. Dia a ser conhecido: 17 de dezembro de 1994. Formula: (DD - 1s)-7" (17-3) — 14 =0. 0 dia da semana entao ¢ sébado, pois 0 “0” também 6 miltiplo de 7. Dia a ser conhecido: 22 de abril de 1994. Resultado: sexta-feira, Dia a ser conhecido: 11 de agosto de 1994. Resultado: quinta-feira, Dia a ser conhecido: 30 de novembro de 1994, Resultado: quarta-feira, Dia a ser conhecid 19 de maio de 1994. Resultado: quinta-feira. Dia a ser conhecido: 26 de margo de 1994. Resultado: sdbado, Este sistema de se possuir 0 calendério na memoria pode ser aplicado em qualquer ano, pois sua formula sempre sera a mesma — 0 que varia 80 os digitos representantes dos meses. Esses niimeros foram retirados do ano-base, ou seja, 1994, e equivalem ao primeiro sébado de cada més. Sendo assim, basta ‘uma Gniea consulta ao calendério, a andlise do niimero que representa 0 primeiro sabado e a associagao ao més; logo apés, basta a aplicagaio do processo. resultado final e, iio bissextos, 80 Seja 0 sucessor ou 0 Calendario mental 125 ARQUIVO MENTAL Parte 5 81 FoTo 91 Bota 82 FeNo 92 PeNa 83 FuMo 93 PuMa 84 FoRRo 94 BaRRa 85 Vela 95 BaLa 86 FiCHa 96 PeiXe 87 FaCa 97 BoCa 88 FoPso 98 PaVio 89 FuBé 99 PaPa 90 Pogo Com a Parte 5 do Arquivo Mental, é possfvel qualquer composigao numérica e aplicagoes diversas. Se preferir, vocé poder fazer modificagdes em elementos do arquivo, desde que mantenha a base fonética com seus respecti- ‘vos grupos. Agora faremos mais uma bateria de testes. Use todas as técnicas que foram apresentadas durante o livro e compare com os resultados obtidos no teste inicial. 126 __Leiture Dindmica e Memorieagso Em dois minutos, memorize a sequiéncia abaixo, considerando a ordem apresentada, Enviar DOCUMENTOS solicitados pela diretoria Reservar HOTEL em Nova Iorque. ‘Comprar ingressos para o TEATRO. ‘Checar cotaeo da BOLSA DE VALORES. |i cecapneaieee tee Revisar 0 CARRO para viagom. Confirmar REUNIAO com clientes, Entrevista com o nove ENGENHEIRO, Cotar valores para compra do novo TRATOR. Desmarear com o ANALISTA. Vé para a pagina soguinte Relacione os compromissos memorizados. Compromissos: Calendario mental wt 128 _Leitura Dindmia © Memorizaao ‘Memorize, em quatro minutos, os seguintes nimeros: Conta bancéria: 14253914. Carteira de Identidade: 45189089-6. Apélice de Seguro do carro: 163069. ‘Ntimero do Cartio de Crédito: 02869754. ‘Vi para a pagina seguinte, Calendério mental 129 Relacione os niimeros. Cartio de erédito:. . Carteira de Identidade 130 Leitura Dindmica e Memorizagao a Em trés minutos e consultando apenas sua meméria, relacione 0 dia da semana correspondente aos dias a seguir: 23 de julho de 1994: . 14 de setembro de 1994: 80 de novembro de 1998: . 5 de fevereiro de 1995: . 11 de janeiro de 1994: | ‘Memorize o nome destas pessoas que nos foram apresentadas: JACQUELINE ZULEIKA V4 para a pagina seguinte. = es “eo, Calenaléria mental ‘Memorize as figuras abaixo e seus respectivos mimeros, ‘Tempo: 2 minutos. «/ t [7] fy wot Nor N08 N04 N05 Nur Nos weo9 nu wi wis nua wis Noe ‘Va a préxima pagina, 133 106 Leitura Dindmica © Memorizagéo Complete as lacunas abaixo, com as informagtes referentes & pagina anterior. lo wis x wie, wo x ™, roe x wu x. wor x NB REFLEXAO ‘Superar a si mesmo 6 o que todo ser humano, consciente de suas habilidades intelectuais, deve ter como meta a ser alcangada. A meta é diferente do objetivo, pois se relaciona ao prazo de conclusdo, e a tendéncia do ser humano ¢ protelar sempre para amanha seus projetos; estes ficam sublimados por outros mais uurgentes ¢ o “amanha” fica longinquo demais para representar o dia “D” Assim, vamos deixando para depois tudo o que é importante para n6s, como se a vida fosse infinita — com tempo de sobra! © momento de investimento 6 ja! Estamos competindo numa era em que realmente quem é melhor se sobressai sobre os demais, Por que nao nés mesmos? Tudo 0 que foi abordado neste livro deve servir apenas de estimulo impulsionador para o comego de um grande desenvolvimento pessoal; e o que ¢ ‘mais importante: autoconhecimento e autoconceito positivos. H impreseindtvel acreditar que somos capazes de nos superar sempre que investimos em nossa capacidade. O limite da meméria humana ainda é desconhecido; sua capacida- de é menosprezada, sendo substituida por méquinas ou anotagdes. Aqueles que aprimorarem seu potencial mneménico esto investindo em seu préprio futuro, pois é inadmissivel que o homem continue usando tao pouco de seu cérebro. Associnda a outras fungies cerebrais, a meméria poderé gerar muita satisfacao, além de nos levar a horizontes mais distantes do que os impostos pelo cotidiano. Por isso, este capitulo nao significa um final, mas um comego: inicio de um periodo de grande prosperidade! “RE RAMU e

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