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Keitel ef. 1E Comte: a linguagens do COLPG Paice colle) entre stressesaude _ IN SUMARIO 6 Corpo, psique e 36 experiénda humana Ruins Marctto Vouics Satie, sintoma e doenca sio manifesages cde um jogo complexo de Forgas quase sempre desconhecidas 14. Mensagens sutis INKe WACHSMUTH Por miley temic were ivern cecnionmc sales Bie naea Hee ce ar none isda ieenoetiesie tae 22 Faces da mentira ‘SIRI SCHUBERT. Beis ie ympenleeortote de expressdes faciais humanas revela as pistas ree * 36 sinal de alerta aierers, Occérebro ¢ 0 corpo reagem ao stress da vida moadema e isso se reflete na saiide. Mas ha panei ees ears A? Vi deapaccped sae i ‘Seguidores de Wilhelm Reich desenvolveram abordagens hoje reconhecidas mundialmente, 48 uma Magra Era Com um olhar global ¢ multidisciplinar sobre o ser humano, a psicossomatica busca a unidade entre corpo € mente sofia da satide 28 Exploses de prazer Magtin PORTER desativadas, tal qual disjuntores que se desacoplam Monier hee & 54 58 64 70 78 Historia de uma medicina ANpwe ALIN Os conceitos da psicossomsitica atual remontam as origens da teoria médica ocidental, linha evolutiva que inclui Hipdcrates Galeno, Freud e Groddeck Equilibrio essencial Kan Birra Kars Casctace Psique sistema imunolégico estio estreitamente ligados, 0 balango dessa complexarelagdo repercutena O poder da agulha SUSANNE KEMMER da satide, a acupuntura é reconhecida hoje como tratamento ceficaz contra a dor Eixo regenerado Utitcet Kear A constatagao de que as eelulas neurais se recuperam aumenta a esperanga em terapias para restabelecer movimentos Muminagao neural usc Kea A meditagio é mais que uma pratica de relaxamento: age sobre as oflulas cinzentas € modilica nosso modo de pensar, de sentir e de ser MENTESCEREERO + ESPECAL COMO sy mentecerebro.com br DIRETOR CERAL: ALFREDO NISTARE DDIRETOR EXECUTIVO: LDIMIISON CARDIAL DIRETORADO GRUPO CONHECINENTO: ESPECIAL CORPO REDAGAO MENTESCEREBRO {redacnomec@ duet Geter comb) EDITORA: luis Lea EDITORA.ASSISTINTE: Denke Goss REVISAO: hw Asorno EDITORA DE ARTE: sine Olvera Vea ASSISTENTES DE ARTE, Tale Sans de Olvein, Matcola Salle ian rte PESCUISA ICONOGRAFICA,sivia Nesta oordenag), ‘Galea Facetiae Malina Cane AASSISTENTE DE REDAGAO: na Regina Pucnell Rocigues PRODUCAO GRAFICA’sysaerars THAIAMIENTO DE IMAGEM: Cana Verae Cin Zao [Sehirraceist} Spelirum der Wicenscate Verlasgestschatt,sevogsir 3-5 2126 Helcelbery, Aleman EDITOR: Carsten Konner DIRETORES-GERENTES: Markus Bosse e Thomas Blece ‘Mentet:Cérebro 6 uma publcagie da Eelour, Seqieento-Dueto Editi Lida, om conto Imernacora fornecide pela G&G, ob eenga de Scientife American, ne ius Cunhaago 412. 33_Pinheiros- S80Paulo SP ‘CEP:05421-001 Tel (il) 2713-8100 Fane (11) 273-8197 Duetto comiré Becumvo Jonge Carnet, Edison Card, Le Fernando Peston eaecd Nasr PUBUCIDADE: (publeisaczcontecimnty@detteeitoda.com.in) ‘GERENTE De PUBICIDADE EPROJETOS ESPECIAS: Aateta Palma EXECJTIVO DE CONTAS: WalerPnheko (Gubleidedenecaivettetoralcomb) ‘CIRCULAGAO E MARKETING ‘GERENTE DE MARKETING: Rrata Marques ASSISTENTES lina Mendes Rena Furtado ‘GERINTE DF ASSINATURAS: vid Coe ASSISTENTE: Antonio Caos de Moen ‘GERENTE DE VENOAS AVULSAS; Cra tees NUciEo mULTIViDIA REDATORA: Sasi Weta WEB DESIGNER: Anahi Modeneis FINANCASE GESTAO ‘CENTRAL DEATENDIMENTOAO ASSINANTE [BRAS (1) 3038-6300 {atendimerto@duettoeltori.con.be) [NOVAS ASSINATURAS {(querousrar@dvettoeitoralcombr) (ealeoesavlsas@vvettoedteralcom.be) digo Especial 14, ISN 1807-1562, Disrbulea com ‘xcusividade para todo BRASIL: DINAPS.A. fa De ‘enki shimomnor, 1678, Numero: avulss poder Ser slickados aojoraleiro, cent de atendmente {0 lator plo tel (11) 330 6300, ou no ate wee Tejadieto com ao rece ca tina edo acresido docisto de postager, DIRETOR RESPONSAVEL: Alfredo Nastar Anek IPP EM CARNE E OSSO Tonos um corpo, nia hd como jugir dessa realitade. Lim corpo em consiante modifcagio, que crsce, se excita, se rea, st esconde, evoen faniasias lata, estremece, surpreande, amadurece, adcece, mur- cha, enveloece, Ocuba (ecede|espacos. Ao mesmo tempo nosdistingue como sere sincos e nos remete initacao humana, Atravesado por marcas psiguicas, bistria ecicatrizes, apresenta inimeros onigmas € oferecealguas respostas Fmbora simbolizado de infinitas manciras, expse a realdade do cmerdo, do palpdve. Tanto a relagio consigo mesmo quanto como outro € mediada pelo corpo: olbar, toque, cheio, calor, falta, excessos, atragio ou repulsa. Percepcdis do mundo, de nds mesos ¢ aguces 4uc nos cercam sao intermediadas pelas reacdes corporais E no contato com o corpo do outro que « vida € gerada, somos acolbidos e wos covstituinos como protagonistas de wosse prépria ‘ida. Camo vim can a profieun dr confltos pstanicos, alravessados pela sexualidade, ocorpo tstomuna desejose ansiedades, sofredores eangistias, permeado peda multiplcidade de sentiments ‘Madtplas também sio as manciras como as inimeras dreas do saber alban: o corpo, se refer. a ele e Ibe conferem signifcados. corpo ao qual se voltam fisilogisas ¢ axatomistas, por exenplo, nao €0 mesmo sobre o qual fla a maiora dos psicélogose certamente nao tem os mesmas sentdos que os psicanalistasatrbuen a ele, Oscientistas 0 stharamem partese oexaminam, Psicoterapeutaso reconbecem como integrate ce wma wide que se compe com a mente, 1d 0s mics, em geral,seconcentram en aplacar seus desconfores, sinais esintomas. Hi ainda o corpo erégero, dsejado e dsejante, 0 corpo envoltopelas aires ox atormentado pelo desconforto. O fato é que estamos rele e exisimos como sujetos abenas ercarnades,corporfcados. Os artigos selecionados para este especial de MentexCérebro fratata dteas conctacées elinguadens, ora seatiosas c sats, ora explicitas. Os autores abordam ese corpo en transfomagao — real cu imagindrio, adorcido ou en busca da sade seus sinals, gestos ‘suas interacBes como psiduismo, possfveis terabias, mistérios efascinios inexordves, pulsamtes. Ulm corpo as vezes prazeroso, ds vezes assustador cen carve 13, wo qual se desenrola a experiéucia do exist Glaucia Leal, editora alawcialeal@duettveditorial com br worn mentecerebro.combr INTEGRACAO e experiénda aisqucuma questaode semntica, antesmesmo de ciscuss6es filoséficas ou embates ide .c0s, as relacoes entre corpo psique sio uma realidade que sistematicamente se manifesta por meio dda experiéncia de cada um, Das mais simples vivéncias cotidianas, como aaceleracao do ritmo cardiaco dante da lembranga deum encontroamoroso, até as complexas descoberias experimentais dapsiconeuroimunolegia que comprovam aredugao do niimerode pldbulos brancose das defesas imunologicas em pessoas que vivem momen- tos depressivos,a gama de manifest interagdes permanentes ¢ indissociveis entre fungées ‘onganicas€ psiquicas €infnita ssquerevelamas Apesar de seu cardicr quase intuitivo € das fortes cevidéncias encontradasppela pescuisa experimental, em muitas situacoes clinicas esas relagées s30 negligen: Ciadas, produzindo situagbes paradoxais. Na medicina, Ssticos ¢teraputicos apesardes enormesavancos di alcancados em todas a especialidades, ndosdo rarosos ", a melhor pergunia é: da’, garante. Alémdisso, quanto ‘Onde costuma fazer compras?" mais 0 mentiroso acredita em Embora seja possivel treinar ‘sua prépria histdriae se saibem, 9 reconhecimento das microex: pressdes, ele adverte que nem —mentiras. Em grupos pequenos, A PROVA indisctivel sempre ¢ possivel comsidesi-las esse tipo de revelagio quase eae seen cate indicios significativos de menti- sempre acaba mal—um dosen: eria possivel #6 ra, Quando treina profissionais volvidos geralmente & expulso nosso nari fosse _quem se conversa quando dirigi- de seguranga, Ekman recomen: da comunidade ou se afasta por como o de Pinéquio dos a0 seu rosto ¢ nio a partes da que se pergunte sempre 0 iniciativa prépria. ide seu corpo, como mios,oua que interrogadoestasentindo. Ekman vé paralelos entre sew "algumdetalhe da roupa, Ao vol ——_Issodiminuiorisco de cometera trabalho ¢ 0 do Dalai Lama, com “‘arseparaatacedointerlocutor, ——equivoco de Otelo, Nao sé mu- _quemse encomtroualgumas vezes. latendénciaé que a pessoacon- danas namimicalacial. mastam-__ Nabuscapelaverdade, também ele entre sua atengZo nas regides —_bémdetalhes da atitude corporal, querajudar as pessoas a entender ‘da boca e dos olhos. gestos e variacGes na entonacio melhor os proprios sentimentos “Outro sinal da prontidao: davozpodemapontardeslizes. A ea dominar seus impulsos. Dessa para cortejar 6 2 modlulagdo da provainiscutivelde que alguém forma, esperacolaborarparacons: “propria voz para aproximia std dizendo a verdade sé seria _cientiza-las des proprias emagOcs do tom usado pelo interlocutor ——possivel mesmo se nosso nariz antes que estas sejam expressas de sem que seforce oumesmo se —_fosse como ode Pindauio. forma inadequada. perceba esse processo. Quando Por que € tao dificil reco- Para entender o que as ex: dias pessoas estao entrosadas © nhecer a mentira? Segundo presses revelam e 2 gravida: 18s vozes tendem ase tornar Ekman, as pessoas gostam de de do que se tenta oculiar, © ‘semelhantes. Hé similaridade —_acreditar no que Ihes € conta-__pesquisador confia na seguinte também na extensio das fra. do. ‘Quem quer ouvir que esti__regra: “Para decidir quando uma se € no vocabulario utiizado. _—sendo trafdo no casamento?_mentira é permitida, pergun- O mesmo ce diem relagso.4 © Qu que os filhosusam drogas> _to-me como meu interlocutor ppostura fisia, Adotar expres- Para aceitar umacoisa dessasé se sentiria se descobrisse que S05 corporals semelhantes _precisoentrentaro problema. E —_menti’, Se ele interpreta como de forma propositel costuma __¢ justamenteissoo queamaio- _quebrade confianga ou tentativa faclitar a comunicacao. ria das pessoas quer evitar’, de tirar vantagem, a mentira diz. Devido a mecanismos de provavelmente é grave c talvez NENUNS defesa contra 0 que nos inco- até prejudicial. Isso nao vale, ALTON AMELIODA SILVA6 : : ee What the face Gotorempsiobelepeiaune moda tememos confrontar, porém, para convengiessociax WIL Veridade de SaoPaulb (USP), {as evidéncias tendem a passar e gentilezas."Afinal, depois de Oferd Univesity Artigoadaptado de 0 mapade despercebidas. Do ponto de _umjantar, vocé diriaabertamen- Press, 2005. ‘amor, Editora Gente, 2001. J vistsevolutiva, nio seria vanta- te a seu anfitrigo que a comida internet: wom. 2 josaserum perfeito detectorde —_estava horrivelz" mec paulekman.com vwmmenteceretvocombr 27 SEXUALIDADE Explosodes p de Ja sabia que local era pouco apropriado. fe la Além disso, nfo costumava ter emogées que Ee eae es adeixassem fora de controle. Mas nio havia Pen cece reer te Rioercrenc ayy Pee ear como evitar a paixfo primeira vista, a vontade de transgredir, de se atirar nos bragos do primo que, como ela, viera se despedir do tio falecido, "Isso sé pode ter sido coisa daquele adesivo", disse Marianne ao entrevistador, que pacientemente preenchia um questionétio Mavianne & uma das participa 1s de um estudo realizado em 52 centros de pescuisa nos Estados Unidos, Canad Australia. Todas elas maniiestavam a sindrome do desejo hipoativo, condigdo em que a libido simplesmente deseparece ca vida da mulher Fssas mulheres haviam sido submetidas & cirurgia que remove ovirios € trompas. Outra condigao para que elas participassem do estudo era a de que 0 desejo sexual estivesse presente antes da cirurgia, Na tentativa de restauré-lo, elas foram tratadas com um adesivo’ base de testosterona, Como em todo estudo Clentifico, metade do grupo recebeu umadesivo sem valor terapé tico, 0 conhecido placebo Depois de 12 semanas, Marianne se sentia outra mulher.O desejo sexual voltou na forma de discretas Fantasias, depoisna descoberta das sensagSesersticas por meio do prdprio toque, até que ela pdde entre- gar-se ao marido novamente e, pela primeira vez depois de quase trés anos, desirutar um orgasmo. A pontuagio que comparava sua condicio antes e depois do uso doadesivo mostrava 100% de methora O que é mais estranho, paradoxal ¢ inexplicavel & 6 fhto de Marianne ter sido incluida no grupo de mull eres que recebeut placeho, nao testosterona, 28 wenresicinento + esc conto O sistema nervoso recebe e modula informagdes do ambiente e ajusta os desejos da mente aos recursos fisiologicos disponiveis INTENSA ATIVIDADE CEREBRAL Cortex cingular | Area tegmental ventral ‘CEREBELO £ AREA TEGMENTAL VENTRALdo hipotalamo apresentam intensa ativagaodurante o orgasmo masculino. Nas mulheres, 0 cértex. ‘Gngular parece estar envolvido no orgasmo nio-cltoridiano Vale ressaltar que a pontuagdo placebo, garante 0 pesquisador. daquelas do grupo uatado com Seja como for, como explicar © horménio masculino mostrou a recomposicéo da vida sexual melhora de 250%. Para Ma- de uma mulher cujo desejo rianne, o importante era ter sua __desaparecera apds a remocao vida sexual de volta, estatisticaa dos seus ovarios ¢ que apenas sc parte, ere isso que bastava julgava tratada com um medi- médico James Simon, _camentor “Esté tudo na cabece" professor de ginecologia € obs- foi o quese leu em muitos blogs tetricia da Universidade George que comentaram o resultado Washington em Washington, dessa pesquisa. E, no fundo, é fot quem coordenou apesquisa, _verdade. Excitagio © orgasmo financiada pela empresa Proctor so manifestagdes claboradas and Gamble, época fabricante na intimidade do sistema ner- do adesivo com 300 microgra: _ voso, que esté estrategicamente mas de estosterona para apli- conectado as glandulas sexuais cacao noabdome Na avaliagio ¢ 3 genitilia através de nervor, de Simon a melhora obtida nas horm@nios, neuropeptideos © pacientesque receberam placebo neurotransmissores. A func era consistente comaobservade — do cérebro ¢ interagircom o amt em outros estudossimilarese po: _biente, receber e modular infor deria ser explicada pelo fato de — mages provenientes do interior as participantes provavelmente do onganismoe ajustar os desejos terem trocadoexperiénciasentre da mente (onde ha tesouros si ao longo do experimento, A inimaginaveis) com 05 recursos resposta do grupo testosterona, —Fisiol6gicos disponiveis, no entanto, foi significativa- __Embora saibamos pouco so- mente maior que no grupo bre como o orgasmo realmente 30 wevresceneneo + Etec conPo funciona, o conhecimento nessa fea cresceumuito desde os anos 20 € 30, quando horménios senuais como 0 estrogenio € a tesiosterona foram identificados, pela primeira vez; ¢ desde os anos 40, quando o bislogo ame- ricano Alfred Kinsey realizou os primeios estudlos sobre asexua. lidade humana, que foram seg dos, na década de 60, pelos do ginecologista William Masters ¢ da psicéloga Virginia Johnson. Esses pioneiros sio responsaveis por uma nova compreensio do orgasmo, entendido como a progressao linear de diversos estigios de reagoes mentais ¢ comorais. Tudo comega pela excitaczo que, no homem cor- responde a0 maior influxo de sangue no pénis , na mulher, a0 aumento do volume do dlitéris, Co ingurgitamento e umidificagio da vulva e da vagina, progredin- do até 0 orgasmo e culminando coma fase de resolugio, em que ‘os tecidos retormam ao estado de pré-cxcitagao, Excitagao e desejo Nos anos 70, a psiquiatra Helen Singer Kaplan, do Programa de Semualidade Humana do New York Weill Medical Center, defendeu algo que hoje parece Obvio: 2 excitacio sexual deve ser precedida de desejo, No final dosanos 80, a ginecologista Ro- semary Basson, da Universidade da Colimbia Britanica, questio nou o modelo de progiessio linear defendido por Masters € Johnson. Para ela, o ciclo sexual € circular, € 0 desejo pode tanto preceder a estimulacio genital como ser desencadeado por ela. Da mesma forma, a satislaczo poderia ocorrer em qualquer um dlesses estagios e 0 orgasmo nao seria um objetivo em si : i i Afinal, 0 que € 0 orgasmo? Para Kinsey, crata-se de uma descarga explosiva de tensées neuromusculares no apice da experiéncia sexual. Para o psi- célogo Barry Komisaruk, 0 endocrinologista Carlos Beyer- Flores © a sexdloga Reverly Whinple, autores de The science of ordasm (The Johns Hopkins University Press, 2006), ain da nao traduzido no Brasil, 0 orgasmo € a excitacao em sua manifestacao maxima, gecada pela soma gradual de estimulos provenientes dos receptores somiticos ¢ viscerais, alimentada por complexos processus cogni- tivos e emocionais. Para o psicdlogo Kent Ber- ridge, da Universidade de Mi. chigan, © prazer sexual pode ser descrito como uma camada de "brilho" aplicada sobre a serisagao_ assim como o britho aplicado sobre 0 batom nos Ié bios. Do ponto de vista neural o prazer ceria representado por circuitos cerebrais do sistem Jimbico que se somam ao pro ceessamento das sensacdes basi cas, Assim, 0 ponto de partida para o orgasmo €0 estimulo; © resto é brilho. Brilho esse que é processado de maneira distints entre homens ¢ mulheres © homem tem clara prefe réncia pelos estimulos visual ¢ itil. Dai o sucesso de revistas como Playboy, a bilionaria in: dstiia pornogrética, a mastur bacao freqiiente, a facilidade a rapidez para chegar a0 climax ¢, pasmem, a capacidade de chegar a0 orgasmo dentro de uum equipamento de tomografia por emissio de positrons (PET como o do neurocier Holstege, da Universidade de ‘ningen, Holanda, Holsteg impressionantes do que acontece sta Gert ‘conseguiu imagens dentro do cérebro masculino ‘no momento da ejaculagao e do orgasmo. Primeiramente, uma extraordinéria ativacéo da zona de junio entre mesencéfalo € diencéfalo, onde fica a area tegmental ventral. A intensidack dessa ativagio € comparivel 3 ativaco causada pela heroina. A medida que 0 orgasmo se aproxima, observam-se graus variados de desativacao de varias zonas cerebrais, mas especial mente na amigdala, estrutura reconhecida pela eterna vigi lancia dos estimulos que che do ambiente. Outras sr nticleos da base vio sendo desa- tivadas tal como disjuntores que se desacoplam em situacdes de sobrecarga elétrica. Outro as pecto supreendente éa ativacao da porgao anterior do cerebelo, fenémeno que esta longe de ser dro na pai am is como jdes diencefdlicas ¢ compreendida (ow qu (FILME Kinsey Varnos falar de exo (2008), com Liam Neeson e Laura Linney, conta ahistéra de Alfred Kinsey, reaizador dos primeiros studios sobre a sexualidade humana, nos anos 40 praticamente silencia, ‘momentaneanente, 32 14), Mais recentemente ver se atribuindo aos cincuitos cerebe- fares um papel proeminente no processamento das emogées. O neurologista Jeremy Schmahmann, da Universidade Harvard, avalia que as emogoes ativam subcircuitos cerebelares que memorizam 0 "timing’ para a execucio de determinado pro grama cerebral. Assim como 0 cerebeloacomparha oandamen- to dos movimentos esperados numa agio, acredita-se que ele também possa avaliar, prevenir € corrigir a interagio emocional como exteriordeacordo com 0 que foi planejade. dala silenciada © orgasmo masailino depende essencialmente do pénis, As informacdes neurais originades > SEXUAL pprovoca atividade al tao Intensa que todas as outras areas do cerebro MENTESCEREBRO + ESRECIAL CORO nessa parte do corpo, enviadas ao sistema nervoso centrale pro cessadas nos nticleos ¢ conexdes apropriadas formam a base do orgasmo mesculino. Com a vi siléncia da amigdala suprimida, 0 cerebelo cuida do andamento dos movimentos corporais € das emocoes experimentadas. Um orgasmo de grande intensidade pode ser obtido pelo homem emcerca de doisminutos apéso inicio da penetragao.J4 na mt ther, um orgasma de intensidade comparivel 6 éatingido depois, de 12 minutos, em média, Oses- tudos sobre o orgasmo feminino ‘que usaram técnicas de imagea: mento cerebral ainda sio poucos, mas ja evidenciaram algumas semelhangas e divergéncias em relagio 10 homem. Ao que pare- ce, na mulher o estfmulo inicial i : i pode assumir varias formas. A urologista Jennifer Bermnan, do Centro de Medicina Sexual Feminina da Universidade da alifémia em Los Angeles diz que ‘as mulheres experimentam © desejo como resultado do Contexto em que estio inseri das — se esto confortaveis em relagioa simesmas ¢emrelagao a0 parceiro, se esto seguras ¢ se percebem uma ligacio verdadei- racom o parceito” No entanto, estudo corde nado pela psicélogs Meredith Chivers, da Universidade de Toronto, concluiu que as mu- Iheres também respondem com excitagio aos estimulas visuais Em conferéncia apreseniada a0 Instituto Kinsey, na Universida- dede Indiana, em Bloomigaton, Chivers demonsirou que homens heterossexvais respondem com excitagao (medida subjetiva- mente por meio de cuestionétio ¢ objetivamente com o rigiscan, ‘que mede 2 rigidez do penis) a cenas onde aparecem mulheres. Homens homossexuais ficam excitados quando hé cenas éom outros homens, Nesse estudo, eniretanto, as mulheres se ex- Gitaram (com maior ou menor percepgio consciente) em res- posta a uma ampla variedade de estimulos visuals que inclufam imagens de homens, mulheres € até mesmo chimpanzés bo- nobos, conhecidlos pela forma afetiva com que se relacionam, "No momento do ongasmo, a mulher nso percebe sentimen: tos’, disse Gert Holstege para uma atonita plaiéia do congres- so da Sociedade Europeia para Reprociugio e Desenvolvimento Humano, em 2006, O neuro- cientista se referia a um estudo em que 12 mulheres concorda- ram em participar deume sesso de PET enquanto seus parceiros asconduziam até o orgesmopor meio da estimalacio do clitoris, Ds resultados nao foram muito. diferentes dos observados nos homens, O inicio da excitagao € marcado por uma intensa aividade no cértex sensorial primario de ambos os hemis- férios, O fendmeno sinaliza a cheyada de sinais sométicos originados no clit6ris. Depois a atividade elétrica do cortex, das zones subcorticais e do hipocampo comeca a diminuir O mesmo ocorre na amigdala fea aramente silenciada, bem como na zona orbitofrontal esquerda, Essas desativacoes permitem que a mulher entre num estado de desinibigao que niio tem paralelo com nenhum outro estado biolégico No momento do orgasmo, 4 atividade neural praticamen te silencia em todas as outras ireas do cérebro, incluindo o cértex pré-frontal, sede do pla: elamento , principalmente, da seqiiéncia das acdes. Como no homer, persstem as ativag do cerebelo e da drea tegmental ventral, Tiatase de uma conspi acio neuronal voltada ao prazer “Medo e ansiedade precisam ser evitadosatodo custo sea mulher deseja ter orgasmo, sabiamos disso, mas agara podemos vé-lo acontecendo nas profundezas do cérebro”, disse Holstege. Acionamento da regiao da recompensa do prazer, silen: ciamento do intelecco e das emogdes € supressao do medo para que 0 individuo possa ser remetido a um estado dissocia- do da condigao cognitivo-afeti va tipica. Se 0 orgasmo parecia algo simples para os dois scxos, © assunto tomnou-se polémico porque algo parece acontecer de mancira diferente nesse momento dentro do cérebro da mulher. Barry Komisurak ¢ Beverly Whipple demonstraram que mu: theres com tetraplegia resultante de lesao medular sto capazes de terorgasmo, embora nao tenham sensibilidade somatica alguma no torax, abdomen, membros inferiores e genitais, Nels 0 ‘orgasmo foi causedo pela esti- mulagéo da vagina € do cérvix aterino, A sensai 0 orgdsmica foi avaliada tanto subjetivamente pelas pacientes como por marca dores corporais.e por ressonincia magnética funcional cerebral Trata-se do orgasmo que as mulheres chamam de “profundo’ © a8 pesquisadores, de nio clitoridiano. Observagdes mais antigas, na época em que nio hayia imageamento cerebral, in- dicavam que 0 orgasmo vaginal era resultado da estimulacio do chamado ponto G pelo pénis. ‘A sensacio é descrita como um profundo éxtase, diferente do dlitoridiano, e que gera sensa- Go de intenso bem-cstar ¢ de permanecer ligada ao parceiro, Segundo Komisurak e Whipple, 0 orgasmo vaginal ativa duas freas especificas: aregiio ventral do cértex cingular anterior e 0 c6rtex insular. Ora, o que fazem esas regides ativedas quando a regra € a desativacao? A antropéloga Helen Fisher, da Universidade Rutgers em Nova Jersey, tem investigado ha alguns anos o lugar que 0 amor romantico ocupa dentro do cérebro, Sua principal con clusio € que os cértices insular no filme Assé sexual, com DemiMoore e Michael Douglas: a0 contrario do que se aeracitava ha alguns anos, mulher pode exciter-se por meio do estimulo visual snwwvmentecerebr.combr 33 tetraplégicas Mulheres cingular anterior sio ativados em fases avancadas da relacio amorosa, Outros pesquisadores podem ter encontraram evidéncia de que a regido central do cbrtex cingular Sea mo! anterior tet papel antamental embora fa fansonmcta de enoctis Thes falte emmemérias afetivas diradouras low siasds nos ps 3933) sensibilidade 2am epee eee somitica nos mecaniamo esteja por trés da membros € entrega ao parceiro quea conduz 20 orgasmo integral. Muitas mu NOS genitais _ Iheresse queixam da auséncia de sentimentos nos homens. Além de oexcesso do horménio pro lactina pds-orgasmo os deixar sonolentos, € possivel que cles enham uma dificuldade inata de se entregar & parceira nesse momento porque, paraeles, sexo € uma estraordiniria e intenss viagem de prazer na diregio do forgasmo, para si para a par- ceira. A mulher, por outro lado, valoriza a ligacao durante a rela: Go, nelaas sensagdes de prazer sao estabilizadas no cingulo e na {insula como elos de um vinculo duradouro com aquele que é capaz de conduzi-la a orgasmos de grande intensidade. © horménio do amor A ativacio dos cértices insular € cingular anterior € do niicleo paraventricular foi obse-vada como precursora da producao de oxitocina no hipotilamo ¢ sua consequente liberacao pela hipétise posterior Fase hormé- nio é responsivel pela sensacao de prazer quando a mae tem 0 seu bebé, mas também quando © pai segura 0 seu filho nos bracos. Varios especialistas 0 denominam horménio do amor. Assim como a prolactina, acon centragio de oxitocina aumenta 400% depois do orgasmo. Em homens e mulheres, sexo © omgasmo parecem ser, afinal, IMAGENS DO PRAZER MASCULINO uma aventura quimica do. cé- ebro na qual a testosterona é a substincia bdsica; se cla vai embora, a libido vai junto. No livro Sexo no cativeiro (Obje- tiva, 2007), a psicdloga Esther Perel analisa como a vida sexual do casal pode desmoronarquan- do a ligagao amorosa se torna politicamente correta, porém demasiadamente domesticada. A autora observa que a propensio cultural a igualdade, a camara- dagem € a franqueza pode ser a negacio do desejo erético em ambos os sexos, transformando muitas vezes 0 reino doméstico ‘numa prisio, Seri essa condigso decorrente da diminuicio de horménios sexuais sinalizadores do deseo ou vice-versa? No extremo oposto, hi 05 que discordam que 0 orgasmo seja um instrumento para a satide mental do individuo ow para a harmonia do casal. No IMAGENS OBTIDAS COM TOMOGRAFIA oremissio de positrons do érebro masculine ho momento da ejaculacao. A lusragao 3 esquerda ica a direcao dos cortes, feitos de forma obliqua na regio do cerebelo e tronco cerebral (acima). As imagens de oa h mostram ativacio cerebelar um pouco ‘mais pronundadano hhemisterio esquerdo. Na parte de baixo, asimagens de aac revelam desativacio dda amigdala durante fo orgasmo 34 MENTERCEREBRO + ESPECIAL CORPO i liyro Peace between the-sheets ‘Frog, 2003), sem tradugao para ‘portugues, aterapeuta de casais Marnia Robinson defende que a jomada rumo ao orgasmo nos faz prisioneiros dadopamina, o neu- Jotransmissor responsvel pelos centms neurals de recompersa.e prazer, De fato, imediatamente depois do orgasmo temos a imediata supressio da liberacio de dopamina. O responsivel por esse efeito é a prolactina, ‘um horménio que inibe a trans- missio dopaminérgica ¢ cuja secregiio maxima acontece apds o climax. A dopamina esta por trés da dependéncis do jogo, do Aleool e de outras drogas. Na visio de Robinson, os parceiros devem se unir mutuamente no prazer sem que a relagio sexual seja necessariamente coroada com orgasmo. Aindaassim, o Extase € a sensagav buseada por milhdes de hemens e mulheres the todas as culturas, E nio seria exagerada dizer que & intima cooperagio entre neurdnios slandulas sexunis no tenha ou- ito objetivo que nao o orgasmo ea procriagio Dadiva e mistério Segundo o psic6toyo Jim Plaus, da Universidade Concérdla, em Montreal, hé uma complexa rela- ao entre estosterona eestrogé- nio. ‘Déestr6genoauma mulher com pouco desejo ec restaurado, Déa elatestosterona, 0 desejo voliaré parcialmente. Dé acla estrdgeno ¢ testostero- na, €0 desejo volterd com forca vulednica” Uma teoria em voga €a do chamado mecanismo diversionista, A testosterona se liga @ protefnas circulantes que via de regra atraem moléculas de estragénio, dessa forma, a testosterona élevada ao figado para ser convertida em outros nrodutos e 0 estrégeno fica livre para interagir com recep tores cerebrass Pfaus tem estado sob a luz dos holofotes da ciéncia por ser 6 responsivel pela descoberta de uma substancia que promete sera maior potencializadora da vida sexual de todos os tempos ~ obremelanotide. Nos homens, esse peptideo provocou eregde: espontaneas ¢, nas mulheres, promoveu desejo € excitacao sexual. Em ratos, a droga alterou © padrio de receptividade das fémeas, que geralmente é a posi- ao de lordose, paraa busca ativa do macho, © a movimentagio intensa das orelhas. Além disso, clas davam pequenos saltos ¢ esfregavam seu focinho no do macho, demonstrando grande interesse sexual Assim como nas ratas, as reagdes de Marianne sio coe: rentes com o efeito esperado; a diferenga € que cla o fez ante cipadamente, respondendo a0 placebo. Nao obstante, 0 eieito persistiu quando, mais arde, ela ingressou no grupo que usou os adesivos de testosterona. Como diz o psicélogo Denis Watley, “ver é acreditar, mas acreditar também € ver", E possivel, de fato, que Marianne nao estives- se desprovida de testosterona € que a simples disposigio de se abrir 20 mundo da fantasia fosse suliciente para pdr em curso, de forma sincionizada, a maquina cerebral do desejo da eacitagio. rgasmo ainda é um mistério para mulheres e homens, mas seja como for ¢ com todas as diferencas entre os sexos, éuma ddiva entre os prazeres, Telvez devamos ser agradecidos por ainda nao termos desvendado todos os seus mistérios. Quando srmos, € possivel que o"bri mais Sela O MesmMO. mee ‘CORTEX INSULAR Gem vermelto) assim come o cingular (ver peg. 30) parecem ser ativados em fases avangadas da ‘elacio amorosa SI Testosterone patch increases sexual activity and desire in surgically ‘menopausal women with hypoactive sexual desire. James Simon etal, ‘em Disorder Jounal of inical Endocrinology & Metabolism, vol.90, n° 9, pgs.5226-5233, 200. The science of ‘orgasm. Barry. Komisaruk Carlos Beyer Flores e Beverly ‘Whipple. The Johns Hopkins University Press, 2008, Brain activation stimulation and orgasm in women with complete spinal cord injury: AMI evidence of mediation by the vagus nerves. 5. Komisaruket a, em rain Research, vol 1024, igs. 77-88, 2004 woimentecerebrocombe 35 (ONeill cone Masao 1¢ TORK e isso se reflete na satide, Identificar seus efeitos nocivos é fundamental para prevenir graves conseqliéncias POR HERMANN ENGLERT loge jeralsa cei em Frankfurt, Aemarha “TRADUCAO: It Annis Sina de alerta cessos de raiva, ataques do coragao, enxaque- Ae Alceras no estémago, sindrome do intes- tino imitavel, perda de cabelo nas mulheres = o stress € 0 culpado por todas essas doengas e rmuitas outras. A natureza dotounossos antepassados pré-histéricos de uma ferramenta para ajudé-los a enfrentar ameagas: um sisteme rapido de ativagio capez de agucar a atencao, acelerar as batidas do coracéo, dilatar os vasos sangiiineos e preparar os musculos para lutar ou fugir do urso que invadia a caverna, Porém, nés, os humanos modernos, estamos onstantemente sujeitos aostress decorrente de trin- sito, prazos, contas, chefes coléricos, companheiros irritadigos, barulho ¢, ainda, de pressao social, doer «cas fisicas e desatios intelectuzis. Como resultado, muitos 6rgaos de nosso corpo sio atingidos poruma descarga implacavel de sinais de alarme que podem danificd los ¢ prejudicar a satide. que exatamente acontece no cérebro e no Corpo quando estamos estressados? Quais 6rgids stio ativaclos? Quando os alarmes comegam a causar problemas criticos? Somente agora estamos formu- lando um modelo coerente para explicar como 0 stress continuo nos causa danos, mas jé encontramtos possiveis pistas para aliviae as agressées Rede de seguranga ‘Nastiltimas décadas, 0s pesquisadores identificaram diversas partes do cérebro € do. corpo que contri- bbuem, de forma considersvel, para areagio ao stress —omodo como respondemos aos estressores exter- nos. Essas regides processam informagio sensorial € emocional e se comunicam com uma vasta rede vymimentecerebro.com.bt stress Hil 7 38 Horménios em ebulicao Os sinais de stress muclam 0 estado fisiologico de muitos 6rga0s inclusive coracao, rns, estémago. € 0 sstema reprocitivo, além dos misculos, 0 hipotilamo recebe os estressores sensérios (como, ver um urso) por meio dos nervos, © locus ceruleus envia os estressores emocionais (como preocu- par-se com os dentes do urso) da amigdala para © ndeleo paraventricular. Essa estrutura produz Hipotalamo Nerve vago de nervos, 6rgaos, vasos sangiit- neos e misculos, realocando as reservas de energia do. corpo de modo que possamas avaliar Teagir As situagdes. Quando o stress comeca, © hipordlamo, uma pequena érea profunda do cérehro, entra em aco. Ele contém vérios nticleos diferentes, ou conglomerados de neurOnios responsiveis por tare fas diversas, entre as quai regular © sono, 0 apetite ¢ 0 equilbrio entre diferentes hon © conglomerado mais impor- tante de neurdnios € 9 nucleo paraventricular, que produz o horménio liberador de cortico tropina (CRH),estimulante que ManEicHUsnO + esi cORFO desencadeia a reacao do stress O CRH foi descoberto em 1981 por Wylie Vale e seus colegas do Instituto Salk de Es. tudos Biolégicos, em San Diego, Califérnia, e desde entio tem sido objeto de pesquisa. Esse horménio controla a re stress de duas formas. Na pri- meira, ele alcanga os érgaos por meio do chamado brago longo =o caminho do sinal hormonal do hipotilamo para a glindula pituitéria, no cérebro, € para as slindulasadrenais, nos rins. Esse brago também éconhecido como eixo hipotalamo-pituitéria-adre- nal. Ao atingira pituitariao CRH faz com que a glindula libere Corticotropina, que libera horménio (CRH), 0 mais importante horménio do stress, que ativa a

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