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Capitulo | BEHAVIORISMO: Derinigéo € Historia ‘A ideia central do behaviorismo € simples de ser formulada: E possivel uma ciéncia do comportamento, Os behavioristas tém visbes diferentes sobre o sentido dessa roposigdo, e especialmente sobre 0 que é ciéncia e o que é comportamento, mas todos cles concordam que pode haver uma ciéneia do comportamento, Muitos behavioristas acrescentam que a ciéncia do comportamento deve ser a Psicologia. Esse ponto nao ¢ pacifico, porque muitos psicslogos rejeitam de todo a idéia {de que a psicologia seja uma ciéncia, e outros que a vem como ciéncia consideram que seu objeto é alguma outra coisa que no o comportamento, Bem ou mal, a eiéncia do ‘comportamento veio a ser chamada de andlise do comportamento. Q debate ainda continua, sea andlise do comportamento & parte da psicologia, € 0 mesmo que psicologia, fu ¢ independente da psicologia; mas organizagbes profissionais como a Association for Behavior Analysis, ¢ revistas, como The Behavior Analyst, Journal of the Experimental Analysis of Behavior, and Journal of Applied Behavior Analysis, dio & éxea sua ‘dentidade. Sendo 0 behaviorismo um conjunto de idéias sobre essa ciéneia chamada de andlise {do comportamento, e nao a ciéneia ela prépria, o behaviorismo nao é propriamente uma cigncia, mas uma filosofia da cigncia, Como filosofia do comportamento, entretanto, aborda tépicos que muito prezamos e que nos tocam de petto: por que fazemos 0 que fazemos, e 0 que devemos e nao devemos fazer. Oferece uma Visto allernativa que muitas vvezes vai contra o pensamento tradicional sobre o agir, jé que as visbes tradicionais no se tém pautado pela ciéncia. Veremos em capfiulos posieriores que &s vezes ele nos leva em diregao radicalmente diferente do pensamento convencional, Este capitulo cobre um pouco da historia do behaviorismo © uma de suas implicaybes mais imediatas: 0 determinism. 22- William M. Baum REFERENCIAL HISTORICO De Filosofia a Ciéncia Todas as ciéncias ~ astronomia, fisica, quimica, biologia — tiveram sua origem na filosofia, ¢ eventualmente sc separaram dela, Antes que a astronomia existisse como ‘éncia, por exemplo, os fildsofos especulavam sobre a organizagdo do universo natural, partindo de suposigdes sobre Deus ou algum outro padrio ideal e, através de raciocinio, concluiam como seria o universo. Por exemplo, se todos os eventos importante aparentemente ocorrem na terra, enti ela deve ser o centro do universe. Como o efteulo €a forma mais perfeita, 0 sol deve girare a seguindo uma érbita circular. ‘Alua deve girar em outra érbita circular, mais préxima, ¢ as estrelas se organizam em tomo do conjunto & maneira de uma esfera, que é a mais perfeita forma tridimensional orpos eelestiais, porque se supunha que sem perfeitos) As cigncias da astronomia e da fisica surgiram quando as pessoas comegaram a tentar entender os objetos e fendmenos naturais por meio de sua observagio, Ao apontar jo para a lua, Galileu (1564-1642) observou que sua paisagem marcada por crateras estava longe de sera esfera perfeita imaginada pelos filésofos. Quanto a fisica, ileu observou o movimento de corpos cadentes, fazendo uma bola deslizar por uma rampa. Ao descrever suas descobertas, ele ajudou a forjar as nogdes modernas de yelocidade e accteragio, Isaae Newton (1642-1727) acrescentou conceitos como forga e inéreia, criando um poderoso esquema descritivo para a compreenstio do movimento de corpos na terra, assim como de corpos celestiais como a lua. Ao criar a ciéncia da fisica, Galileu, Newton ¢ muitos pensadores da Renascenga romperam com a filosofia. O raciocfnio da filosofia parte de suposighes para conclusbes, Seus argumentos tomam a forma, fosse assim, ento aquilo seria assim", A, ciéncia segue direcio oposta: “Isto foi observado; que verdade poderia levar a essa “observagiio, © a que outras observ lasdfiea é absoluta: se seguem-se necessariamente, A verdade cientifiea é sempre oviséria: érelativa 2 observagiio e susceptivel de ndo ser confirmada por novas es. As suposigées filosoficas se referem a abstragdes além do universo natural: Deus, harm ideais, e assim por diamte, As suposi fosse te6logo, além de fisica, Newtc Aue "Hypotheses non fngo” No fagohipGteses), querendo dizer quo ao ext lca nifo se preocupava com nenhuma entidade ou principio sobrenatural ~ ou soja, com coisa alyuma fora do proprio universo natural Os gregos antigos também especularam sobre quimica, tanto quanto sobre fi Filésofos como Tales, Empédocles e Arist6teles conjeturaram que a matéria varia em suas propriedades por ser dotada de certas qualidades, essEncias ou principios. Aristételes Sugeriu quatro qualidades: quente, frio, dmido e seco. Se a substincia era um liquido, ‘Compreender 0 Behaviorismo — 23 ppossufa maior quantidade da qualidade imido; se era um sélido, a maior quantidade era ‘da qualidade seco. A medida que os séculos se sucederam, a lista de qualidades cresceu, Dizia-se que coisas que esquentavam possufam internamente a esséncia caldrica. “Materiais que podiam ser queimados possufam o flogisto, Essas esséncias cram ‘consideradas substincias reais, escondidas dentro dos materiais, Quando os pensadores handonaram essas especulasGes © comegaram a confiar na observaedo das mudangas da téria, nasceu a cigncia da quimica, Antoine Lavoisier (1743-1794), denire outros, esenvolveu 0 conceito de oxigénio a partir de cuidadosas observagies de pesos, Lavoisier escobriu que, quando um metal é queimado em um recipiente fechaclo e se ransforma em 16 (Gxido), esse p6 pesa mais do que o metal original; no entanto, © recipiente conserva -mesmo peso. Lavoisier raciocinou que isso s6 poderia ocorrer se © metal se combinasse om algum elemento do ar. Esse raciocinio aludia exclusivamente a termos naturais; jorava as qualidades sugeridas pela filosofia e estabelecia a quimica como ciéncia. A biologia rompeu com a filosofia e com a teologia da mesma forma. Os fildsofos raciocinayam que, se havia diferenga entre coisas vivas e nfo-vivas, era porque Deus vivas algo que nfo havia dado as ndo-vivas. Alguns pensadores onsideravam que essa coisa interna era a alma; outros a chamavam de vis viva (forga culo XVI, 0s primeiros fisiGlogos comegaram a abrir os animais para ver como funcionavam, William Harvey (1578-1657) descobriu algo que se assemelhava onamento de uma miquina do que & ago de uma misteriosa forca vital Tornou-se claro que o cora¢do funcionava como uma bomba que fazia 0 sangue circular través das artérias ¢ tecidos, voltando ao ponto de partida através das veias. De novo, ‘ini abandonava as suposigbes hipotéticas dos filésofos e usava como Gnico sferencial a observagio de fendmenos naturais, ‘Quando Charles Darwin (1809-1882) publicou sua teoria de evolugao por seleco ral, em 1859, despertou verdadeiro furor. Alguns se ofenderam porque a teoria ia ra 0 relato bfblico de que Deus criara todas as plantas e animais em alguns poucos as. ALE mesmo gedlogos € bidlogos, e nao poucos, alarmaram-se com as idéias de arwin. Pela informagdo proveniente do estudo de fésscis, esses cientistas estavam jarizados com aesmagadora evidéncia do surgimento e extingiio de muitas espéci jd estavam convencidos de que a evolucao ocorrera. Ainda assim, e embora nao mi massem 0 relato bfblico ao pé da letra, esses cientisias ainda olhavam a criago da (portanto, a evolucZo) como uma obra de Deus. Sentiram-se tio agredidos pela ria darwiniana da selecio natural quanto aqueles que tomavam a Biblia literalmente, Na teoria de Darwin, © que mais impressionou seus contempordineos, tanto os que n a favor como os que eram contra, foi sua explicagio sabre a origem da vida, qu cava de fora Deus ou qualquer outra forga que ni fosse natural, A selego natural é n processo puramente mecdnico. Se as criaturas variam, e a variagao 6 herdada, segue ‘que qualquer vantagem reprodutiva apresentacla por um tipo levari esse tipo substituir dos os seus competi ria moderna da evolugo surgiu na primeira metade do culo XX, quando a idéia de selecdo natural foi combinada com a teoria da heranga fa seu carter naturalista e 24_ William M. Baum Coma psicologia aconteceu a mesma coisa que com aastronomia, a fisica, a fisiologia ¢ a biologia evolutiva. A ruptura da psicologia com a filosofia foi recente. Até a década de 40 era raro encontrar uma universidade que tivesse um departamento de psicologia, © 0s professores de psicologia em geral se encontravam em departamentos de filosofia, Sea biologia evolutiva, com suas rafzes em meados do século XIX, ainda esté completando sua ruptura com a doutrina (eolégica e filosética, ndo é de espantar que os psiedlogos de hoje ainda estejam debatendo as implicagdes de se considerar a psicologia uma verdadeira cigncia, eque os leigos estejam apenas comegando a descobrir quais slo essas implicagdes, Na tltima metade do século XIX, tornou-se costumeiro chamara psicologiade “ciéncia da mente”. A palavra grega psyche tem um significado algo proximo de “espiito porém mente parecia menos especulativo e mais acessivel ao estudo cientifico. Com estudar a mente? Os psicélogos propuseram a adogio do método dos fil6sofos: a ntrospeccZo. Se a mente era uma espécie de palco ou arena, entio deveria ser posstvel olhar dentro dela e ver o que estava ocorrendo; era esse 0 sentido da palavra introspeccdo. Trata-se de tarefa dificil, tanto mais se o que se deseja é colherfatos cientificos fidedignos. Parecia aos psicélogos do século XIX que essa dificuldade poderia ser superada com bastante treino e muita pritica, No entanto, duas correntes de pensamento se somaram para corroer essa visio: a psicologia objetiva e a psicologia comparativa Psicologia Objetiva dos psiclogos do século XIX sentiam-se pouco & vontade com a introspegio do cientfico. Ela parecia muito pouco confide, muito vulneravel adistorgées pessoais, muito subjetiva, Outras cigncias utilizavam métodos objetivas que produziam medidas verifiedveis ¢ replicdveis em laboratGrios do mundo inteiro. Se duas pessoas treinadas em introspeedo discordassem sobre suas conclusces, seria dificil resolver 0 cconflito; entretanto, se ulilizassem métodos objetivos, os pesquisadores poderiam notar diferengas de procedimento que talvez explicassem 0s resultados diferentes. Um dos pioneiros da psicologia objetiva foi o psiedlogo holandés F, C. Donders (1818-1889), que se inspirou em um intrigante problema colocado pela astfonomia: como caleular a hora exata em que uma estrela estar em determinada posigio no e&u Quando se v8 uma esirela através de um telesespio poderoso, parece que ela nav uma apreciaivel velocidade. Os astrOnomos que tentavam Tazer medidas precisas esta tendo dificuldade em estimar a velocidade com precisio de uma fragio de segundo. Um astrBnomo ficava ouvindo o tic-tae de um erondmetro que marcava segundos enquanto observava a estrela, e contava os tic-tacs. Quando a estrela eruzava uma linha marcada no telesedpio (0 "momento de trinsito”), 0 astrdnomo anotava mentalmente sua posigio 90 momento do tic imediatemente anterior imediatamente posterior ao tx2nsito, ¢ depois estimava a fragio da distincia entre as duas posighes que ficava entre a posigdo imediatamente anterior ao transito e a linha, O problema era que diferentes astrénomos, cobservando o mesmo momento de trnsito, chegavam a diferentes estimativas de tempo. Qs astrénomos tentaram solucionar o problema gerado por essa variagio caleulando CCompreender oBehaviorsmo = 25 ‘uma equago para cada astrOnomo, a chamada "equaco pessoal”, a qual computaria 0 tempo correto a partir das estimativas de tempo feitas por um dado astronomo. Donders raciocinow quo as estimativas de tempo variavam porque niio havia dois astrfnomos que levassem o mesmo tempo para julgar o momento exato do transito, acreditando que estariam chegando a seu julgamento através de diferentes processos ‘mentais, Pareceu a Donders que esse “tempo de julgamento” poderia ser uma medida ‘bjetiva itil. Comegou a fazer experimentos em que media o tempo de reaciio das pessoas —o tempo exigido para detectar uma luz ou um som e enti apertar um hote. Deseobriu, {que as pessoas consistentemente levavam mais tempo para escolher 0 botdo correto, entre dois botdes, quando uma ou outra de duas luzes aparecia, do que para apertar um. Ainico botdo quando uma vinica luz aparecia. Donders argumentou que subtraindo 0 tempo de reacio simples, mais curto, do tempo de reagao de escolha, mais longo, poderia ‘medir objetivamente o processo mental de escolha, Isso era um grande avanco sobre a introspecgo, porque significava que os psicélogos podiam fazer experimentos de aboratério com os mesmos métodos objetivos utilizados pelas outras ciéncias. ‘Outros psicélogos desenvalveram outros métodos que pareciam medir 0s processos ‘mentais de forma Sustay Foc 7) tentou medir a intensid desenvolvendo uma escala que se bas aprender © depois reaprenderlistas de silabas sem sentido — combinagSes de consoante- ‘vogal-consoamte sem nenhum significado ~a fim de produzi medidas de aprendizagem ‘e meméria, Outros utlizaram o método desenvolvido por I. P. Pavlov (1849-1936) para stud da aprendizagem e associago através da medida de um reflexo simples transferido para novos sinais apreseatados no laboratéro. Essas tentativas traziam em comum a eexpectativa de que, ao seguir méiodos objetivos, a psicologia poderiatranformar-sc em “ama verdadira ciéne Psicologia Comparativa ‘Ao mesmo tempo que os psicélogos tentavam fazer da psicologia um ciéncia objetiva, f teoria da evolugao estava tendo um efeito profundo sobre essa disciplina. Os seres Ihumanos no eram mais vistos como entes a parte, separadas das outras coisas vivas. ‘Comegava-se a reconhecer que compartilhamos com antropéides’, macacos, cies, ¢ alé ‘peixes, nao somente tragos anatémicos, mas também muitos tragos comportamentais, ‘Assim nasceu a nogho de continuidade da espécie — a idéia de-que, mesmo sendo claramente diferentes entre si, as espécies também se assemelham umas As outras, & ‘medida que compartitham a mesma hist6ria evolutiva. A teoria de Darwin ensinou que novas espécies passaram a existir apenas como modificagdes de espécies existentes. Se ‘Grapo de simios que compreende orangotangos, gorilas chimpanaés, etee autos 26 -WilliamM. Baum evoluiu como qualquer outra, nossa espécie deve entio ter surgido como modificagdo de alguma outra. Ficava fécil ver que nds ¢ os antropsides tinhamos ancestrais comuns, que antropGides © macacos tinham ancestrais comuns, que macacos e musaranhos tinham ancestrais comuns, que musaranhos e réptes tinham ancestrais comuns, ¢ assim por diante Todas as razdes levavam a esperar que, assim como podiamos ¥ noss0s tags anatémicos em outras espécies, poderiamos também Yer as oF nossos proprios tragos mentais. Presumia-se, naturalmente, que nossos tragos mentais apareceriam em outras espécies sob formas mais simples ou rudimentares, mas a idéia de fazer comparages entre espécies-a-fim-de conhe thor a nossa propria dew origem A psicologia comparativa ~Tormaram-se comuns as comparagSes entre out reveu um livro chamado The Express \écios eanossa. O proprio Darwin Emotions in Men and Animals, No inicio, as provas de existéncia de uma mentalidade aparentemente humana nos outros animais consistiam em observagbes casuais de criaturas selvagens € domésticas lobservagoes essas que muitas vezes ni passavam de re tos anedéticos sobre bichos de estimagio ott animais de eriagio, Com um pouco de imaginagio seria possivel im: um efo que aprendeu a abrir 6 portio jardim levantando o trinco, depois de observar exemplo de seu dono e raciocinar sobre ele, Além disso, seria possivel imaginar que as Ses, pensamentos e sentimentos do eachorto deve assim por diante, George Romanes (1848-18 I cconjefuras sobre uma eventual nue conseiéncia que ocorra, digamos, em formigas, n ser semelhantes a0s nossos, leyou esse racinefnio a sua conclusio egando a defender que a nossa prdpria conscigneia deve servir de base a Essa forma de “humanizar a besta”, ou antropomorfismo, soou especulativa demais para alguns psic6logos. No final do século XIX e no inicio do século XX, os psicdlogos comparativos comegaram a substituir as vagas informagSes anedéticas por observagies rigorosas, conduzindo experimentos com animais. Muitas dessas primeiras pesquisas basearam-seem labirintos, visto que qualquer craturaque se movimente, dese o ser humano até o rato, o peixe ou a formiga, pode ser adestrada na resoluglo de um labirinto, Era possfvel ccontar o tempo que a criatura lovava para atravessar o labirinto e o nlimero de erros que assim como o declinio no tempo e nos erros, medida que 0 Na sua ten birinto cra dominado sses primeiros pesquisadores freq) acrescentavam especulagGes sobre estados mentais, pensamentos e emogdes dos animais, Dizia-se, por exemplo, que os ratos manifestavam aborrecimento ao fazer um erro, ou mostravam confusio, hesitagio, confianga, e assim por diante © problema dessas afirmacoes sobr ;nimal era ficarem muito & mere de vieses individuais. Se duas pessoas, ao fazerem uma introspceeao, podiam discordar 2 estavam se sentindo irritadas ou tristes, com mais razo duas pessoas discordariam sobre um rato sentir-se iritado ou triste. Dado 0 carder subjetivo das observacies, 2 discordincia nd poderia ser resolvida através de outros experimentos. Pareceu claro. John B. Watson (1879-1958), fundador éncias sobre consciéncia em animais eram ainda menos confidveis do que a > € que nenhuma das duas poderia servir como método para uma verdadeira odo cientéfico, » behaviorismo, que, como mi Compreender oBehaviorismo ~ 27 ‘A Primeira Versio do Behaviorismo Em 1913, Watson publicou o artigo “Psychology as the Behaviorist Views It”, que rapidamente foi tomado como manifesto do incipiente behaviorismo, Guiado pela psicologia objetiva, Watson articulou a crescente insatisfagio dos psic6lagos com a introspecgo ea analogia como métodos. Queixava-se de que a introspecgio, a contrtio dos métodos utilizados pela fisica e pela quimica, era excessivamente dependente do individuo’ Se voc nfo conseguir reproduzir meus dados ... & porgue sua introspecgio nio foi bem Uweinada. Ataca-se o observadore nao a stoagio experimental. Na fisca ena guimnica alseam- {que foram usadss substan foanecers resultados passive observar de 3.9 estigios de clareza na atensio, & sua introspecgao que é deficente, Se, por utro lado, tm sentimento parece razoavelments claro para voc®, sua introspessio & eulpada {de novo, Voct esti vendo demas. Os sentiments nunca sio claros (Watson, 1913, p. 163) ‘Também nio eram confidveis as analogias entre animais e seres humanos, Watson se queixava de que a énfase na consciéneia 0 obrigava & absurda situago de tentar construir 0 conteédo da mente do animal cujo comportamento vyinhamos estudando, Nessa perspectiva, depois de ter demonstrado a capacidade de aprender 4de nosso animal simplicidade ou complexidads de seus métodos de apredizagem,o efeito de hhbitos passados sobre resposis presetcs,afaixa de esimulos aos quais normalmente responde, 4 faixa ampliada aos quais pode responder sob condigBes experiments, — em fermos mi _genSrcos, seus vérios problemas eas véras frmas de resolvé-los,~ ainda deveriamos achar que ‘tare est inacabada e ques resultados so initeis até que possaines interpretélos, por analog, luz da consciocia..sentimo-nos obrigados a dizer alguma coisa sobre os passives processos rmentais de nosso animal. Dizemos que, nio tendo olhos, sua corrente de conscncia nfo pode canter sensagées de brio © cor tal como as conhecemos~ ni tendo papilas eustaivas, essa corrente nio pode conter sensagies de doce, azedo, salgado ¢ amargo. Mas por outro Tad dado que efetivamente ele responde a estimulostérmicos, técteise orginicos, 6 cantedido de sua conseigneia deve ser constituido em larga escala por essas sensagdies... Com certera se pode demonstrar a falsidade de uma doutrina como essa, que requer uma interpretagaio anal6gica de todos os dados comportameniais... (Watson, 1913, p. 159-160) argumentou Watson Essa definigdo era responsivel pelos métodos pouco confi Eee infundadas. Era responsive pela eapacidade da psicologia de se tornar uma verdadcira ciéncia. Ao invés, escrevia Watson,.a psicologia deveria ser definida como do omportamento- Descreveu sua decepedo quando, a0 ver a psicologia definida no inicio de um livro de Pillsbury como ciéncia do comportamento, descobriu que depois de umas oucas paginas 0 texto parava de se referir a comportamento ¢ em vez. disso voltava a0, 28-WittiamM. Baum ‘ralamento convencional” da consciéncia. Reagindo, Watson escreveu, “Acredito que ;podemos compor uma psicologia, dfini-la como Pillsbury, ¢ jamais renunciar & nos

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