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ALFREDO JERUSALINSKY | Autor Ne ae UY ta Alans eae eal RUDE Ges a wae URUA PSICOLOGIA rl cc da ued Esta, dss 2 Bitora da Jurué Psicologia: Ana Carlin de Caralbo Pacheco ISBN: 978-85.362.7961.9 aitor: Jos Eman de Carvao Pacheco Jerusalinsi, Aledo 4356 “Osaber do inconsciente: por que a teora deve subordinarsehcliniea AllfedoJerusalineks, ‘nganizago de Rosane Weber List ~Custibs: ural, one, 1p. 1 Psicanlise, 2 Psicologia infil. L. Licht, Rosane Weber (org) Il Titule 90024 ‘os mse ov mona ee eae in ptt com 2) opp iso.8 96. Ed cpt, FeTeme 4 bbe apt Fine Ato + ‘Fn eRSAURSY |v | Hsere | “ ROSANE WEBER LICHT | OncanzaboRA | | | Al, 21.038 0 SABER DO INCONSCIENTE POR QUE A TEORIA DEVE SUBORDINAR-SE A CLINICA ‘Semindrios Proferides por Alfredo Jorusalinsky na Assoclagao Psicanalitica ‘de Curitiba de 1997 a 2000 APRESENTAGAO [No ano em que a Assoviagio Pscanatica de Cuitibe completa «= comemora 21 anos de exstéci presetcia seus associados e apecia~ ‘ores da Picanlise com a publica de O saber inconsciente: por que ‘2 teoria deve subordinar-se & clinica, compilas3o de onze senindcios ‘rofridos por Alfedo Jesalinsky no periodo de 1997 a 2000, que ta- {im de diferentes temas no trabalho com ranges [ses seminiios formam parte important da histria da APC, tanto na formagio de seus membros quanta na construgio da institugao, agora slo compartitnador com a atl gerasto de analistas Por si fmensa contbuiggo na fundagio e no ensino na APC, Alfredo Jerusa- linsky¢ considera “padrinho™ da mesma ‘Seussemindris ~ proferidos com rigor tevicoe em seu pat- cular estilo “quate” coloquial de transmssto ~contbuiram no 8 pars 8 ormagdo de muitos como também pare a aproximagéo de profissonais de ours dreas, contibuindo com a Pscandise em extensto.. © titulo dest publicagto € amplamente demonstra na letura os Seminirios, onde, mis ale da tora, somos esclarecidos com ‘Ho ao pensamento de importantes pensideres e contamos com alguns Felatos de casos cliicos que ariculam tora pétic, nos revelando um ‘pouco do seu estilo, de profunde respito com seus analisintes eeseula ‘mar. articipei de seus seminiros ¢o ranscrevi. Agora, to momen- to desta publicaao, os mesmos foram revsados pelo suter,o que deixou lara a sua atualidade. A APC, ao complear sua maioridade, comparilha ‘Mo rie elaborage trea! Boo letura! Rosane Weber Lich seis Mento Pandora APC SUMARIO Mai de 1997 CComplexo de Epo, Teulada memiria, Tera do wauna, Opeasso de <éferecito, Operas de ina, Opera de spaagso uae de 1997 © sintoms na crianga como pooto de aicuago do sie infil no fecial Conciente saber. Formagds do sconsciente”Hi, sexa- b,idetifiapo, Letra esipiase Agosto de 1997 Ieee, Manito, Dio ¢ Origa, Soma: pis de al cienln, notes ecotingetes. Setembre de 1997 Furor curds, Assoiaso live, Fanaa finest Sintra em foo ‘ns rang: urpéncia © narcissmo peel Interest, Principio de Ceuta, Posgso Jo stoma no ineoseete Novembre de 1997 Senge, Bissealidade contnsva, Anata ¢ 0 dena, Casragto contiuite da dlsenga sera, Fuso fica ImenySo primed, caren Orem Go prem do co, Ore def, ‘Orden do iia Dezembro de 1997 Insrgto, Bjohung, Yerdrngung, Versinang,Vertewgran, Verwrfng, Unerivingang, Stbome e symp, Os gusto pas tctiaes, Fob, ‘Tranexealinmo, Diener Greonamentor a3 era Gem cane “Consideraiespreliminares a wdotratarecto possvel de ua cays” a 29 a w Aled eatiy Ail de 1988 epee em Fe «em Lac, ri do rc, de vie pasiveatva, Fanaa fndanenal, "Fim de sailoe aa andise de cnn 238 Junko de 1998 Destino de una anise, Play Comp, Lgia da Ciencia Modem, Logica (a Pscantse,Psgio da ina no cus, Resto, Ordem Sa zips... §7 Agosto de 1998 ‘Sexi infil seu desnos hoje, Legalzagto~ Legato, Teoria cons, gia de Dedekind, Dieenga sexta, Sexual parental ” Outubro de 1998 Diseuso amoroso de Roland Barthes, Factsma fundamen, Rlaco do sean am ps Aas, Alem Aor og “0 anor tempo nia” a mu ‘Setembee de 2000 Newose de angi, Lembransasencobidoras sot2l Indie Remit, MAIO DE 1997 Temas Complexo de Edipo, Teoria da memérla, Teoria do trauma, Operacao de diferencias40, Operagio de alienagio, Operacdo de separ ‘Vamos falar hoje do complexe de ipo. Conhecem? CComentirio: De nome! (sada) De nome... Sim, justamente, como é we assuato muito ligado & psicanlise, €um assunto do gual se costuma falar poue, ou sem muita Drofindidads, som muita andlise. Eno, me parece que 6 um sssunto que Wale «pena rtomr,sobretudo a partir das modificaybes que tn ocomi- do nas conibulgdespsicanalitics. Produsiram-se mudangas também aa ‘eoncepgio do que € uma inscr—so. Metaforcamenteflando, uma iner- ‘ho uma espécie de “carimbo moldador” A partir desses transforma es ma posigto do coneeto, no lugar do Edipo também fem ocorido ‘tanaformagdes ‘No meu modo de ver, nip se tem produzio os tabalhos necessrios para recompor& posigdo do Epo & uz das teorizages mais © completo de Edipo, como conceit, veio lz em 1897. Ble & srt em 189, mas € oranda de um senho de Freud de 1897. Esse lone de Feo ¢ im sonho com 2 pai que ost wanserto ma Inorare ‘ago dos Sonos ~ de evaldade amorcis, onde €sugerdo Freud esse ‘onceifora dia de mma possveluniveraidade disso que ele scabava de Sonhar. Esvanho, nfo é? Que algiéa sonhe © supocba que esse souho pode ser univers, & quase um deli, digamos. Mas, porque & que nlo ¢ tim deliro.e aunca fo considerado assim, embora em apaéacia pulés Ssemos dizer que parece um ato delirans? Se Freud tvesse se atrevido ‘Simpleementes comunicw sua impresido de possblidads de una univer- Slade, sem toda 2 bagngem demonstativa que depois ele incorpora, Seguramente teria sido objeto de escrnio. ‘© que é aie faz com que se tre lgitimo para Freud ~ depois deter ido cate sono - degre 4 invesigar ra dteto de teniar cone {inmar uma hipdtese & sniversadade desea Tormardo inconseiente? O Albee Sindy ‘studo de Freud ¢ profiso a esse respeito, Ele deca um vo intro — Totem e Tabu, de 1913 20 complexo de Edipo ew una série de penis sas, de obserapdes antropolopiare ata Ee livro onde io labors (0% mils fundarpentais do complexo de Edipo, O mit do asassnato ae pai da hod pimitva¢ un mo qu tem ce {5b Tormay conespeticas Ar emus Gotenrosieer mas poser. ‘das i008 Tlf de Reso clei que clocam a maqam um ge rr: om 2s op hort tive to ead es sre i omer ou ext Se Aso ae Se chama O rob. Ese text ¢ de leur iprescinivel pas quem desta onhece a mivlogiacontemporines na Quando Freud fla do compleno se Esipo - na ierpretardo ddos Sonos ~¢interessaite notes que ele alude& obra de Sofocles, fm rela aos personagens envolvidos a taghda. Ea ineligencia de Freud eonssepresisumente em pereeer que a opera de cs cons {e-em demonstar o quanto o que cada um vive como uma tagedia pes Scala imposilidade de reazagao de seu amore, de sus djs completamente necessrio 4 exttura meson do sujet oa eure transformando essa wagédia individual nama desgraca comm. E ali Aue ele pereebe 0 qunto essa opera, de dscobrir + imivrsaldade de uma etutr, tem um poder de cra. Quer die, o consol dos bo- bes, de que mo Somos os inios que estamos sofendo. Ou sea, ese oniolo bobo ue tem uma eicciaincomparivel para o humane. NEO ‘nbnada que acalme mais invejahistren de uma seahora do que © fato que sua vn, que Gs sé al une vida moma rian akasida eee do ace, deen alum desgrga, Sela sm dive aie ea som motor, am er, se pe se ee ‘Noh mada queaacalme mais dose sofimento do gue prsi- samente esa desgaga da vii. Por out ldo, moblliz eaves todos os seus bons sntimenosc, em solidanedade com esa dsgoya, ‘deoificaseimodicamentec pai a dar uma ssstincia ue ai elo ‘nua pesou que a Visi meres - t= Poder de cara que consis ~ desde o pont de visa lacaniano~ ‘em que nfo ht nada que esvazi msde senso, um sigan Qu ‘quer do gue su indferenca.Quor der gue quanto sponse un Sgnfcante ester de uma posigao de infereng, tao ms ele ic ‘svaziado de seu significado feo, Un significant som ua sgnificgio fia, univocs, que vem, etorn, numa repeiso de sentido a6 © cana, «ue € qu sone mma andi Noe Sabomos muito bem qu eae angio ese onto de casago 0 sujet no cede. Nio di um paso ain fe, nem para cima, nem para baito, nem pars o lado. E sabemos que ‘quanto mus se esvazin este significance om dieeto a uma possbilidade ‘Se signficar qualquer coisa, maior variodade de desiocamento possve. 0: recupea sua poténcia simbolica, © que quer dizer que ele fica menos aelado a esse preenchimento imaginrio, univoco, 0 que ‘emite to sijelo muda de sintoma, muda de signficasto. Por itso eu dria que o sueito se cua, nfo buscando o sentido a vide como dia 0 autor de 4 insustentdelleveza do ser, Milan Kun- ‘eu. Contariaments & Kundera, quem dera para 0 sujito que ele pudes- se justamente opear na direpfo coatrira, ou sei, encontrar 0 "sem “Sento” da vida O que é lar que ¢ dificimente suportivel, mas, rio 5&0 drama neurético - dito de um modo muito banal ~ consiste ‘mplesmente rm que as insrigs primotdais nos colocam na posiglo e produzir um certo elenco de sintomas que nunca se conjugam bem ‘om 0 ideal. Eno, esa disunjlo entre stoma e ideal nos leva a querer ‘encontrar um sintoma, ou sja, um sentido que se dB bem com 0 ieal, ‘gue realize um bom encontro com 0 ideal. Por isso que a pergunts dos ‘empos iniias da ndise consiste em: "O que & que eu tenho que fr ‘2x1, ou "Como & que es fenio ue ter para que a coisa funcionem de fcordo com oieal™ ‘Esse ¢o tempo inival de qualquer andlise, ode criangas,es- tou falando do neurético adult. Talvz de um sdoiescente tamer, de- ‘endendo da posi arespeto da série temporal, mas, dcididnmente, no dt ito € assim. ‘Acontece que, no percursy da andise,o adulto acaba desco- brindo iso que te chamn 8 Tooha di easvaplo.Tsso que dizer que ele descobreo que no pode muda. E claro que 08 “sntomas do pefumara” rmudam todos durante # andlise. Sdo aqueles que depois de mudados, Chega im momento em que o arate diz “Bom, ji mudei, olba 56 tudo gue ude: nfo consegua fazer a tse de mesizado, fiz @ tse de tmestrado, No consegua falar em public, agora flo, eigava muito com ‘ina mulher, agora brigo muilo menos, até meus fos esto mais con- fentes, No conseguia fazer repime agora fag ec" Bom, a “perfume fia” geralmente muda e qualquer uma dessa coisas que eu mencionei pode'no ser de "perfunara"-Sealguma dens no muda, vai se revelar ‘he este sitoma nto 6 do "perfimars". le & de esr, ou ha algo (Que o amara ao fantsra ¢ © impede de sar dessa posigio. No fim dis ‘Gontastém pessoas que descobrem que © seisido de suas vida € serem rn Aledo Seti fprde Tvs om pce quem guns momen eine 08 icon coqu's eevee adeeb eee Dena ok pe, pe eu ce a acer ods Deseo qr vinaey oa fell at ino ene peimes, bis ieee anu pane a pes Spstinvopey we vtecsar anjees: eerie eae ss nz, vse imags co sti aca» ‘main ¢» polo sbolie dss E omg se Gsssemor gue non or ie Clogs smile pode aa pe err ay Se fazer uma borda do imagindro, um recorte qualquer, tem que fazer om significant. Se quise fier uma borda do simbslicg, tm que fazer com significantes. © que & uma borda do simblica? Porgue uma bord do teal é mais ficil de penser, ou sea, fazer limite ao impossivel isso € {azer uma borda do real. A cera na beia dem preipicto & uma bord do rea, nto est na narreza,& um signfisnte que o ser mano into iva, sob forma de ua cerea. A rizlo de cada um dos ponts da oet- a estaem ali, sua contioidade edescontinuidade, porque representa, ‘um perigo, una proibigfo, um limit: uma bord do rel. mais diel pensar ume borda do simblico, porém nfo ¢ to complicado Desde oponto de vista teérco,o significant posiveiss40 Infinit. Quer dizer gue toricamente 0 sujeo pode estat repesentado por infinitos significant. S98: _ 0 Saber do acne 1s (Qual és extensSo tedria dessa sie: 81,8? A extensto tedrca deen séie€ a sepuinte: Sis s'_s oe (© mimero em cima, nto em bsixo, porque nfo est flando da ‘osigdo do significant, como significante em fun de SI, ou de S2, 01 fem fung¥o do Nome-do-Pai, ou em fnglo de um saber, respectivamente ‘io esta falando disso, est falando de quantossigifcanes hi ~ uma ‘contagem ~ por isso o nimero se esereve em cima, Sn gue que dizer um ‘im indfinido. 0 sueito ~ que fia representado na série sigificante desde 0 porto de visa tobrico, encona-se representado numa sie infiniamentepossvel O real 6 o jnfinitamenteimpossvel,o significant 0 infinitamentepossivel.Porém, embora desde 0 ponto de vista tedrico 4 Série de signiicanes que representa um sueito sea infinita, desde 0 ‘Ponto de vista fitico ~ do que acootece com a posto de um seta, 0s Sunificantes que o representa nlo sto infos. Para cadhsieito, para ada posigdo desie set, o sgnticantes eapazes de representilo, de ter essa poténcia de representi-lo,sfo de uma extensto limitada, a sie tem uma extensto limita. CColocava catem 0 exemplo que podemos falar em outosidio- ‘mas ¢ hi signifiantes em japonés que ceriameate nlo me representa. Sem iro lenge, dent da mesma lingua, no diciondrio vou me encon- {tar com sgnificantes que jamais aravessaram na minha Fente-F por feto que fomamor a precaisio, com um paciene qualquer, de ado The ‘Se que ea uma bola, Era injtado a let, opto Ie era injetado, por sina) om grande celebrapto mater. Era 0 gordinho da fail, o qu eviden- ‘Vee all como vai se produzindo um tcido complexo a pro- duo do siatoma, porque ele comera a se representa socalmete,tan- ‘bem, pot aquilo que é um produto no real do narisismo mater, que passa a ar um signiicane que o representa. Evidentemente, ali havin ‘uma cumpliidade de goz entre ele e a mle, porque ele nko se transfor ‘mou em gordinho a forga. Se fosse a forc, teria desenvolvido uma ano~ ‘exa, Ele partthava intensamente dessa paridade de gozo, dese empare- Thamento com a me, Enmparethameato que por outo lado apareciaclramenté nas rta peeferéncia matema, quer dcr, a mle se envergonhava de prefei- “Ip. Er o outro quem mais necesstava dla ~ segundo o ques mae mesma ‘isa eno esse gozo era um gozo secreo. Quer dizer que a mle e cle ‘arihavam de um saber ertico que os outos ignocavamE que nfo era para mostrar, porque mostrar preferéniareciproca era enverponhante ‘ara ambos, na medida em que ert uma flha moral de ambos, eduplica- fa, Nao somente pelo gouo reiproco ~probido pela lei elipica ~ que se prolongou longameats por essa cumplicidade no goz, senio também Porque era um expecie de alianca no gozo conta @ imo deficients, 0 te ere uma covardia, Hle mesmo dia na sua elie: “Iso fol uma cover Pauralelamente 2 iso, outro elemento aparece na composigio esse sintoma:€ quem medide em que pars ess fo mais velbo exam fzdicados enormes esforgs familiares para sua reabiliasto ~ nas lem brangas dele ate passava os dias indo vindo as consults profissionsis em fungo desse ino ~ ese fbo estavasitudo na preveupastofamni- Tiara lugar privilgiads, sndo que o que ocarctertava er este = ‘tno campo do saber, que se indistingye, desde o panto de vista sje ‘0, do conhecimento. Porque, se bem possamos distnguir conhecimento Ae saber ~ desde 0 ponto de visa analicn no sujeito, saber econhci- mento inaginariankne ve indrenciam. Esperuteamente un Sujit ‘onfunde saber © conhecimento, tio que almeja scamular conbetien- {os a esperanga de dar mais quilts a0 seu saber. Supte-se que s alas- 2» Ale Jeti teando pelo campo do saber ~ sj, de saber gozar— isso vai favorecer «sun erudido. Como se isso pudesse ser formulado como um conhec= ‘mento enuncado egaranisse a verdade cienifin drivada de pura expo énca pessoal ‘A estrutua dese sintoma est intinsecamenteligada a estrats- + edpiea: 0 enubescimento, a vergonh, este mlo poder engl, com a ‘Sensagto orl de afogamento. Quando adult, nlo sabia precisr por ‘quanto tempo tnha se estendido a pesitécia desse stoma, mas 09: {iment que the eausava facia com que pensasse que isso tivesse abean- ido toda sua infincia. Mas, ele diz "Seguramente que no, porque Aepois me de bem na escola, terminel bem os extudos, no rode, Se isto ivestepersistido por mais tempo, talvez eu tivesse to cbstaculos esco- lures mares" so the castou que nunca foi um ako bilant, porque ele nfo era um flador, um expositor, um desses alunos que bila por ‘ve levantam a mio a todo instant. Ele diz que sabia o que perguntaram, ‘as nunca levantava a mio. Vejam que nesta extrturogo também con” ‘verge ofto de que para resguardar a posiao maral em que Se representa to dscurso, ele tem que produzir essa inbigdo. Tomado assim nessa Sunifcdnca edipica de cumplicidade com a me contra 0 imo, nesia ‘significinca da manifestagio de seu saber, se seu saber viesea se mani ‘estar, tomaria o sentido de uma manifesta¢do de desconsideagSo meal conta seu irmio, de desaramento, Ent, étambsim pela razho de ret- _guardar sua represenagto social que quando menino produz esse sinto- ‘ma. Vejam, como ainda que sua estrturando sea orginada no social, posigdo que arespeito do discurso ese sntoma dé colabora na produglo {o sntoma ‘io é uma esiurasdo pervessa,é um sintoms. propriamente neurétice. Além do mais, vergonha. Onde se viv um perversa que sin vergonha? Digamos que nto ¢ uma qualidade de perversos em geal Evidentemente, hi algo da ordem da let que ocoloca a respi do iro fenquanto semethante, numa obrgatriapardade. Quer dizer, respetar a ‘order dali na equivalénea da identfcaydo. Nio poder esmagivlo, no poder tiunfar sobre ele, 20 custo de les, ‘Agora, no que diz respit posi gue oordenamento no dis: curso reser. ao sult, 0 que & que fz com que wm ordenarento tal Os {qual se habit, permit qu osintoma se esrture parcial ou totale ‘ea servigo de resquadar essa posto? Est clara a pergunta? Ou sea, 6 gue € quo na estrutura mesma do Sntoma viabliza que isso acontega ‘esse modo? Porque podcramos pensar que a extutura do sintoma ests inos sinoma, perc o Sinblico noo tara, Tinos eto 09 bor= fomet que na verdade¢ una aden dens «gue mt medida em que cu tim dos signifcatesrepresentadosplos poor & mitre, produ um "excess de sentido eum 8 boroms. Lacan i clarament mo Sein $0 251“O nd borromen errr da metfora™ Lacan fala da conisaca,O qe 6a cnsstnca? Ele eine de um modo mt cla e pres, zens qu a constnca€ pss lkade ds ements de um conjunio pean junon enor fel abso sument, Parque qundoo five de abtto neta, «cl Gade é que peri ftrenca Gora ~ so a rae en emblot, Digunos que eu dig: Iso ¢ amare, tem uma curva € de plastic, tend ‘rr soc” (cde). Too bem i so eto, ages Sct ‘eo a cosa cain) ea coloco em posto de mer cousins, © digs “coated sa cet un tc” Pat sas cates dese opto devs ic, presi Se ‘rn tabula ttt mais aplxo do gue qn ens case dese © pont devia conte ~ presents ato, quando oto s apagn © fates no lemeno de cin enguanl beao a esitncam ee & Signicates req una see oproiee muito ats pei, fins rites, sen sso se deage. use dine da imagen concreta émais ou menos fii ober ert consscia. Agus, se evo imagem de lee eno or imanicr~ ago ao ive! de ums imagem ~ ao nivel e wna sgnficioca, Sur € um nivel de abseagio muito mor. O taba € mio mas com Plexo pra que to continue a epee ule, ‘Quando qualquer um desserts no et aa desuere 4 ineiie Mas guano o Sinblico nao eta pan emu eal inapindri, a tetatva do ajo € ote ums eemistaca justamene pela percwsdo ene oInaganirio s 0 Real Fal que ee fat» sts, ar ber era consatcia nas representa, pra a per. es fev em qualquer stoma, Poriaso oneatico obs cd £0 vas ro redo a capa pode ir orm Ist funciona como um real de rease- furamento pra clo forum Rela. Nessa Scunsersaoimaginaia fhe sl org, le fabrica un Rel. ‘Bom. quando digo ques ata des cadia, na verdade nfo sou cu quem oi, suet o diz & Lacan, « o que me parece exemplar € que Jstumente nessa cade 0 bei, € uma passagem incessant Jesse O Acnamento © rordcament cession, onde tenho todas combinaia poste. [A Mliago pode se locaiadasueisivarente 20 Simbslico, 20 Imagine eno Rea No destleamento da incr primordial lingo rovem do regs do Simbolca, ela pode ser maginiria, come defo 2ifor exempl: “Eu sou Sho de uma fia ueaniana™ O que ¢ Ue fu Us ¢ um eco iagr do pneu ean de en tins iaginarizagdo da flag. A Mago € muito mas complexa gu taser do Ucrnia no mapa. Bas anlar a consequent de fling de cada un pra ver que signs” com que ns as desce- eos lo multe isencs pre dar coc da eta de nota os- so sabjetva. ‘Quando ets falando das formagtesinconsientes,prprias so fantasna, estamos flandopreisamente de fazer bord ao eno fou seu tar no Real tees das tacagbes primoriais que permi= {tm fae no corpo oreo plc e que pemitem ao sujeto orden {Tm possdo de gzo em Sung de una sere sigan. Representa “sea see sitcante a respeito Geum objeto de goz0 que ag fica Sond. Quer dzer que lingo sea ¢ a deateao slo as que Fevfarn eta bord, qu eo fabrizads.O Simb6lico € un pedacinho, Fosderamos daw eas como insrgh primordial da Sago. Ese pe ‘Bein éum tayadosglfente do Reaondeo sian tem ei ci Eso dae "No a (ri) a (ea), pe oH lo bse pong do sigicante 0 Real, sj, qu uz care ao Real Eten ese or pdacino, topo plo enfin ses propor. ‘As Kentfiases(femininse muscu) enretam uma cas, uma coutea h odio de gor. Homosscxus de bigodes hic Potém,damos que so chocsntes, Acar da feiidade ne ten fo propia de nos cure Finger ese apo Lacan die que ate $2 Sihos finde das isco, estamos falando ds cifado, © qe ‘Tanda falas de cifados, estamos flando de age. E wajos sam Som gualque cos, feos tags com pots, com iki, com pest Shoc e qualquerebes iamos ago: Aconise que paso er © ee valor de cif, no poe fica colado ao material do qual otro et feito Para que um risco de gi tenha valor de twago de insrig, precisa e5que- ‘cero carbonat de cileio com que est Sbricado, senfo ¢carbonato de cilsi.| E a diferenga entre lara © osignificente. Lacan aude ltrs, sons no so letras. Ele diz que hi um abismo de distncia ete o fonema 8 letra, porque a letra tom valor de inscigd, E por outro lado, se flat ‘mos da letra enguanto fonema ou enguanto trago de esciir, ela nada {em a ver com a letra do inconsiente. Pose desenhar na testa de uma srianga uma lets isso lo the insereve nada, Poso gitar no seu ox do: “a, i, 0, a" © de nada adianta. Tem que ter posi significant, © ‘que quer dizer que qualidade do que se oferece x um cranya para que isso a marque, no pode see qualquer uma. Quer dizer que nfo posso Pe= ‘gar um pape de lia eraspar-he os dedos para. que ela saiba © que 2 Ica, com isso ea nfo vai saber © que & 4 Hxa. Refiro-me & estimilapso precoce com estimulas30 multisensoral, eno vou soprarno seu riz para que saita 0 que @0 venta Erdfculo, asim muna val saber 0 que € Enilo Salgari nunca recebeu na cara um nico vento marino — ‘porque vive tod sua vida dentro de uma biblioteca ~ eescteveu livros de aventuras para adoleseenes (i todos), onde descreve navegaeio, 8 ‘ormentas, os ventos mariaos e as monjdes, maravilhosamente bem. E le munca recebeu no nariz nem ism mero sopro deste vento, Isso quer ‘ize que & possbilidade de um saber acerca disso, no esti senio no sgniicame. Houve capitis de navios que foram visio porque o ade ravam enguantonavegante. Quando ficavam sabendo que ele mince tina ‘navegndo nem em um barquinho no lago do pargue de sua cidade, fos ‘am totalmente desituidos, porque eno aquilo que els liam com admi- ‘aed, pelo nivel de sabedora que apresentava, tansformava-se ~ juste- ‘mente por esa injunglo imaginira ene saber e conhecimento num tada, tonavacse despredivel AGosTo DE 1997 No perro que a picndite tem dsenolvido¢ dsdabrado so longo de 100 aoe «Pcs ptanaliea aos petos tm se diftcnia: fa pt deea fa finden de teeta ventas po Freud qu a terprealo nos encotamor com Gus 20 longo ses 100 aos, no interr dP tem se veranda fomas de inte. pret Tembem tem s venient formas de rev, mas inte Freardo somtin sendo a orma fundamental de (serene. Quando {ipe ue Frew tvemou 1 vedae,invnsio€ wns pala qe 5 tlc de um modo que eu ira ambigno~eporge plata inrpretae flo cxnia muito ets dele: Todo mundo sabe qu o concede ite roar um exo, de decir o enigma de ur conumo de palates ‘im tex podetam se anni, um exercco amodieo so quer axe Gor um erode exc ssn spe om ads {Et regiate de orgs eum regis de desta, Voces eum que eto, to eri talmien ao se ttava de data qualgue ot, Seno 4: daca pieamentee pines cx wa, queue ts vet ‘Sous Paces por zo que no pcos anal ~ re ete cles PE poss vere, sina cats felagbe x 0 surgimeto da Feicanige a uadigo tale, do Take co Amigo Testament. Ente eles goadameite Gaurd Hadi, que creven un io sobre 2 ‘esos cho Teme ca cges Picnic, Gerard um ser {ls da Astoclaton Paice erations, mi espeiads, re Sememe plas dingo e pao rigor etm que sbordouminiosames- tessa ques. (0 exci alin €o alo de reunite 0 redor do Antigo Testament, que & colocado no cento a mess tos se dacam 4 t- tna fase por abe ¢- aa eperalieas ou culos no assato = mai tam os enendem no gue el snd tea aempee a um mest fo up, gcse chama vo que como dae sacerate poepal 02 . « “ “ « « " . . xo Ale Seid “ierpretate” principal -, que depois de escutar a diferentes interpreta es, diz qul &»verdadera, a mais importante e a mais plausvel Caro ‘que fem reese diferentes estilo, alguns so msi dogmticas¢ super que sua palavra & definitive, no aceitam nenhuma discussto, ot 2, {alam no fim. Todo mundo diseute,discute eel fala n0 fim. Quando ele falou, a discusso est acabada, ieralmente, Soa pelavr 6 plata fi nal, como uma espécie de sentenes.E existe os rebes mas democri- 08 no sei como chamé-os ~ mas dspostos a supor que ninguét tern 2 ima palara, ou que iterpretar a sun funy gue ¢ de inerpetagso, como uma funpo intermintvel, Ou sea, & uma fungB0 que tomente Taz Sentido no seu exerecio mesmo. O ponto de vista daguilo que ext ec0- ‘mendado mis sagadas escrituras, no Antigo Testament, ¢ que interpre- {agfo sea um exericio intermindvel,justamente porque Sess modo este Hiro da let assegura a si mesmo sua fungso sempre renovada e sempre Freud no ignocava tudo isso ~ que muito sinteticamente estou contando, © quiserem sprofundar,sconselho ler a Gerard Haddad ~€ ‘videntemente no ignoava ovis que nesse caso a palava intrpretaclo finha, onde fundamentalmente 0 que sempre esi em questo s80 ees teésenuneiados enigmiticos que slo: 0 mandsto, © destino ea ergem. Sem divida que além dese exercicio clisico ~ de quase seis rail anos aris ~ houveram outros exercciosinterpretatvos que tetera) et Aenominag, como por exemplo # interpretagao das leis, Vosés saber (que as primes leis esrtas foram as do ebdigo de Tamim, da evil 2agio do Eutates. Houve uma época em que fi pesquisa histricae es tudei 0 eédigo de Hamurabie # relagio, no surgimento das najBes m0 ‘demas, dos reinos merovingcos com at invardes mous, isso la pelos Séculos V, Vie VILE que tém relago justamente porque» nica posit lida imerpretaiva na flag dos reinos meravingeos com o surgimento ‘das naptes mouras na Fwopa, somente pode cer feta ~ pelo menos me parece e sempre me parece — desde o dngulo da incidéncia dak antigas ‘Sscrituras eno desde o éngulo econdmica, Como por exentpi, a verst0 ‘gue citclava nose momento no Nova Testamento, como para toda bana Tdade Média, € 0 Corio, o que em seguda coloea em relevo que assim ‘como havia tin exerci talmidico clasic, também havia vm exercicio, otinio clissico, Hoje em da isso jf € mas conhecido avavés do fax ‘Samentalsmo e plas formas religiosas cordnias e fundamentalists, mas bat alguns anos eram extremadamente desconhecidas, no somente 50 ‘mundo Ocidentl, sento que, curiosamente, também’no mundo irae. (Quer dizer que os lrabes redoscabriram o papel fimdamental que sit retapSes cordnicastnham na sua vide, Er algo que tina se perdido, na Sab do acne a rmodemizapto ¢ colonizasdo dos pases drabes isso ficou recaleado. & {eguramente por iso que agora retoma com tanta fry, com tanto fana- tismo. Nas interpretagdescordnicas também se tate dessas ts questes ‘orien, fatasma e destino. +d um capitulo nas esrituras ~ seam talmidicas, corinicas ou ‘os evangelhos ~ que costuma permanecerinaivertido e que nio tem ‘perecido muita atensdo pox parte dos rebes ou dos sacerdotescorinicos, Eo eapiulo quarto vejam 36 que nfo ¢ por scaso que ele permancce ‘exquecido, deixado de lado ~ que tata da regulapio do gozo. Todas as formas nas SagradasEscritaas tim algum capitulo dedicado a ss, parti> clerments 20 g0z0 sexual. Como & mister, esses captlos s8o os mais ‘ecalcados. Mas alguns escritoestém tido a boa vontade de resgaar © fxblinhar para ns esses capitules. O Kama Sura, como voets saben, ‘fem suas orgens isso ai E cuioso encontiar no Talmude extensas re fomendagdes acerca de como deve se desemperhar vida sexual. Ent ‘esante porque se atam de ecomendages no someate de proibiedes incestuoas e de interdiges ~ de como se deve faze o ato Sexual E ve- Jam 35 as recomendagdes fo na dieydo de que ele sea realmente satis- fatéio, ou seja, como se deve procede. A tal pont de detathe que hi recomendayées no estilo de dizer, por exemplo, quis sho 23 sondutas txeitatérias que o homem dave ter em relagdo & mulber, antes de realizar 1 penetragdo. F qual € 0 seu momento cero, quas sHo os signos de exci+ tapho da mulher que demonstram que ela esta no pento maduro digamos, Dara que 1 peneragio scontega. Curioamente as recomendagbes, pelo menor mas ctrituras Corinias no Talmude, dedicam-se somente& son- uta masculina, ou tej, 0 que o homem deve fazer. A respeto da mulher, ‘no a colocam mesis porqdo de ser instufda acerca de gual ¢ 1 melhor ‘maneira de desempenhar, sno que Ine fmpem certes mandates de co- ‘mo responder, de como esti obrgada 1 responder 20s requrimentos ‘masculinos. Quer dizer que nesasescrituras se econhece um gozofemi- fina, masque é produto de uma posigiopassiva, onde as recomend ‘eto todas endetegadas 20 que o homem deve fize. Por isso cabe per- ‘guna o quanto a passvizalo na ela sexual da mulher no est n= ‘decids detum modo discursive, & que seis mil anos de pitica nessa dire- ‘lo dever ter tdoalguma consequenc iris, entio, ue os wés captulos aos quis se dedica de um modo explicit interpre sfo a origem, 0 mandato eo destin, eq ‘ase quarto capitulo (Go yoro) ag Tem merecido um tabalho interpret tivo do mesmo nivel de stengSo. claro que Freud ado deve ter perebi- ‘o aso conscientemente, mis qe inconsientemente isto ocolocta nabs ‘cera posiqdo diane do discurso, acho que resam pouces divas. Como todo mundo sabe, sem desprezar of ours ts capits, Freud se dedi ‘ou a iteretar findamenaimente 0 quart capt, dedicando nfo oucos exferpos a eo, 0 que nko parece er casual, Mas tnda, pdera 5 entender parr di — seria ua das tants forse ener = ‘Tao o srztento de Picandise ents pada prcisamente a ese onto Ego nas nterpetagteslssies. dai qu Fred, na sus vida de relagfo com o jam, deve se ocupa dete lugar to particle ecurioso, ao mesmo tempo 9 eco. thecer nest flag, embors so fconiecee, psicionase de ‘odo crfio a respeto dese igo. Et lar sto Ou sj, uma ep Cle de cont cars ds mods cliscos de interpreter eva lato use. tents porge ele preva steno a0 ponto menos explictade ou mas ‘ecleado mesa ino, a esp as csrturas que» paver. 0 exericio interpretativo também teve a ver com o juriio. Recomendo a voces que ltam oprlogo da rade Fousuly hia {a loweur na Spoca easicaNto ae se voce tive flcdade de Se encontrar com exe peguono text, no qual Fouautclaca segue Gusti: “Pedem-me gue faa um prolog (prlogo quer dze wt de lonamento do conherimens). “Ter quer eer gue'me pedem que eu Indigue como deverta ser doo texto ue ecren, Nata ia no Cotra sons orgie at a ge arene 2 riscos que alquém 0 Tia, o que implica inpostblidade de preer ‘oma ele deverta ter iterpretado Assim gue. no vou eerver pro. “ogo” Caro, © blogs ¢ echt, mas Jesse modo Leanne pote & rte espitonoointligent. Isso tem aver com a interpreta, Seria como se ecrevisse- smos um polog «todo texto que © pace mov oitece andor No, vou dove ler ene texto uc sea de prnuncier dene mode Nada cas contro &pitica puna, O qe nfo que dict que mo possamos sponta cets temo, ou tabular em torn de certs imma, Porque ese taba pode viablizr altura Mas ¢ um tipo de viabliza fo que € ung especie de amadih algo asim como ent na redo, bo labia, E como quando estamos na fete de un labia tem uma plea que diz ENTRADA. Senn iene se apa eno plac heunese tuts dzend sigs por ag sigs por al unm que deoase: 5 ‘Ai ajito no fai a experiencia e ect ern En ab Fito, todo 0 dverimento © tudo que pode se chogar a saber dee, us. tamente proto do exricio de se deemburapar, Quer ds eu poe. ton marear a plan de extada ou dicrmos queso pode ar per tl Tiga, abit tem "a entradas, seis pode dant “Ma sc otro por ag vise mais il do queso eu entrar por ali?” “Bom, tl si etou marcando uma entrada’. - “Mat voo! 6 pscanai, tem tue ine der. Voe jt stb por onde vou andar, ct me facie o tabu. ABs, me cigs hoje, qual 6 sia Teabo ums pacer, (ica queso {ta todos or as de que eu se: “O wake sabe gual solu Jo froblens endo gucr ne diy, est me fend pede tempo”. Por ure Tita oa ¢ nerds erconhece qu hd un leno neces pra Se ‘itendo, ms ao pods evar dose quar de ue eu pa upon foes sbeva eu tempo. Como é lio gue send fin lo quer ret os Hacoy, 0 qu as pvr Ibe dtperh, eno sa qua een ‘Tits ieapcevels Panel e para mim prgueapeia a oda sa Sneha imagines inimaginavs para ef x. No elite {otamete,coscietemete, tas se configura etm odo compe {or due Comeyo tra ensgao de que ca paiou a somana init de ‘eafndo a entatepia pare me fazer ca on sglo de evel «ques, ‘A questo sus por our ad, nlo se. O qu grate gus lo You cir ‘Sb Taostelms nose Alem do ma ao arco stb seo seis ots questo Se el sc cacontasce com un newolingua Seg: ‘amen el ced sabre cm sua colocaia a qualo.O que ev- “Geemente melhors as coexe mute rapidamente nama fbi, rte th qunce das, No necearament melhor vlaco com © objeto fGhito melhor « pst de domino epoca pela laaeto imaginaa te dao sje eo lvoe relaglo angus, Por us 2 pesoss che dos um uatamcno nealing fam grande ropeands d= forse nos prnelror dos te meses, neice cm ee alo uit Se gue dopo cium mun tte enomena, por oes {ahem que car do primeira deo mo menos Tevo que ear do de- Sino aut, Come ces subram inainariamete até o sino ino — fete laa egos sun nda eto ns oer do gue fos Dpanens ‘A interpreta jure, por so atria, no em aver com a cvigem nem com extino pe hens lo nivocamete com © ma {ie Parcikment fem aver Com o mando, mas esa interretagto tem ‘Treccom um ses dcr us nla ¢ de aie cnigntco como sto {ihc tte captlou Dora perpmaro qo de cup te um Standato? © que scab qu tem de enigic ¢ qc nyse abe a uns tues, pocas inves, as realmente se sabe, O que signifi ‘hr uh mando ¢jutameie pr ost, pede nose be Oso Sits do carter nigmiicn do mandato & gc tuner nfo se sabe sa Tintiade,podese invtar una finde ¢ pramente © inven tus. Por eempo: "Tuten gue ter na boa peso hourad e bono 53 Mas de onde sais lso? Ou pra qu? Sobretado ecm a, poder a ee ee u Ado tainty se perguntar que uilidade tem isso? & uma das coi ms nites da vida contemporines.. Masa interpreta do dscuro juriico ~se bem. «que neleestejam inseridos parcialmente esses mandatos, of supostoe dx Hhonrs, da honestdade ete. -, em um aspecto central que no € de carder ‘niginitico,senfo que apoota na direedo de tomar reago etre os Jeitos eo coletivo, vidvel, possvel. Os pontos de vista para interpretar 0 textos juridcos, sua validadee a necessdade de sua ransformagao, = dam de um lugar outro. ‘Acho que temossufcinte iustasto, pelo menos um minimo, cerca da importncin que tem a interpreta, tanto do ponto de vist individual quanto socal ¢ também pereebemos que nfo se tata de uma ‘questo muito simples. Percebemos entio que dependem da pori0 Jo Sujeito que profere a inerpretapto (a dejo, o vies) as comequéncat Gus ela vid ter (que as iterpretagdes tém em comum para produit seus enunciados & que elas supdem um sistema de repreeatagSes © aga subli= ‘ho as duaspalavras: sistema ¢ represetacies Sublinho a pala siste- ‘ma, porque ao nfo se supor um sistema, nfo haveria como decir. Fa pal eit, pu fs eos nema au wien 2 ‘nunciado do texto a ser interpetado no baveria nada interpetat, Su pem-se entdo um texto que alo tem uma relagdo dita coma coisa, Dio fe outra maneia, se coloce um texto na posigdo de mateo, Hs um texto our, cujo contonto com o atual & 6 que permite o decirament, Mas, qual é 0 metatexo? A posiglo interpreativa clssica sopde como metatexto,o texto ser interpretado, Ata antiga pritca da interpetagio dos somos, o fmoso interpretante de sonbos do seculo Lanes de Crist, fra consulado como orieulo, 96 que tinh slgumes vantagene sobre 0 ‘ordculo, porque ele falava de verdade, so no magindrio de quem vinha consuli-o. Pra consultado acerea das signficagdes suportamente pre ‘monitérias de todo sono. Os soabos na stiguidade greg era tomados ‘como profeias. Entto um modo de averigua ofrura er ira algun que tivesse a capacidade de inerpretar os sonhioe, Ndo estavam nada tal, andavam pert, 86 ques diferenga fundamental & que les supunharn que fs deuses'é que governavam os soahos. Ente, o dein eatava excrfo ‘numa verdade universal que se configura nos soos de modo ciffad, ‘esta forma o destino determinado pelos deuses pon ser ldo, Evident. mente, tatava-se de uma forma de priten da revelapdo: os dewses 56 ‘evelavam nos soos ssa concepio des Sonos teve lugar ¢ wm papel muito impor- ‘ane em muitas cults, até nas reputads como primitivas, aie nfo fom ‘xeita, como por exemplo algumas culturas de tibos austalinas. Na ‘Austia hi una wibo exida por um sistema muito primitio em sua or- [nizagio simbolica, que tem coms elemento interessante para nds, que a ‘ominieago sola entre eles se produ auavés da dang les lo flam ‘as otiis, dangam-nas. Evidentomente € um cédigo signiicante e eles ‘explicitam iso: "Nés no dangamosriumos, ns danjamos sonbos”. Os “antropélogos icaram muito expantadas com isso. eles explicaram mui- {o claramente que soaham todas as nites © que para eles dormir no é ‘para descansar,& para sonar. E uma fingo fundamenil da cultura para les, porgue nos soos aparecem os ancestral deforma dsfaryada, para ‘nfo seustar quem sonba porque ext mortos. Os ancestais fazem-se ‘resentes transfigurados nos sonkos eindicam 20s seus descendents ‘que 6 que tem que fizerna vida, em dealhes do coidiano. Tomam isso emo tm mandate isso ndo é diseudo, No momento ital cortespoo- ‘dente ~ guage coidiano ~ cles dangam ¢ sua danga comunica o que © Ancestral dise que tem que ser fete. Pra eles a danga no 6 um espets- bilo, sua vida cultural Sem danganio existe, tous a subjetividage ea Scala dos sujetes no discurso est colocada na dana, ‘Como seria uma interpretasdo ai? Mas evidentement hi um ss- tema derepresetag4o, quer der que seria prsivel uma interpreta © de fo els a prticam, porque todos que a asistem,entendemna. E,crio~ Samet, mo fFequentamente a danga¢ de adult com uma cana, (que dangam 20 mesmo tempo, fazendo quase que as mesmas coisas. A ‘Fianga tenta Seguro ple isto evidestementesimboliza a transmisso de ‘ama geragd & out, Além de transmit «uprendzagom da dang, © que ‘sti smbolizindo €sansmissio Jo mandate dos ances Se flamos que toda interpretagdo — qualquer que sea ~ supe ‘um sistema de represcatagSes, estamos falndo de um imagindro, nagins- rip esse que, se ¢inierpretvel, além de constiui-se como um sistema, ‘ule uma representa nlp guralivadeade o posta de vista da reprodu- (fo lieral ou dscrva da coisa Supbe, portant, una cera fango sibs Tica data represenaso, sno em toms do que era imerpretiel? CConsideradss assim as coisas, iss0 nos apresenta imediatamente una série de problemas clinicos.Problemasclinios ligndos eo valor do ‘epsto imaginario ¢ do repist simbélico nas formagées clinicas. O problems de qual 60 valor do iaginirio edo simbslico nas diferentes Femogoes cisicas. Hoje em dia, me parece campletamenteleytimo to- thar também como fermapdes clinics ado somenc as formas picopato- TGgleas, enaofambem as formagSes clinics produto da posiglo dat poralidade do incorsiene. O que quer dizer se ele ccanga,adolescen- fe, adulto ot velho? O fconsctente alo tem lade, 56 que a posietoin- 0 eae consciente em dade A pose da deterinasto, do pono de capton na Ser sgiicare tom ide. Una dade qu ao Seveoe een como deteminaa pela ernoloia bolic, corporal, sento dtenminads pela posito dacursiva qu acre dessa dren corpora s faz Ouse, a posit gue no dictrso tem et disrengacorporl que bem sabemoe fue o que ¢ cnsderado ua eriangs sm adeleseeno, um adulo eu um ‘eno —o inte ene una cols outa” depende da posto discursive Paree-me qu jt tratamos de um modo sufctete «questo particular do ‘emporalidede da posit fnconsciente da inflcia, esse puradono tempo. tal em que a eriana et coloeada, de exe endvidad' ao seu fur, © ‘lo.ao seu pasado como 0 aul, No digo que a craga no esa tdivideda ao Seu patio, uero dizer que onto ental de tense temporal de Seu fntasa et no utr. Claro un aro aterion ese Taro de "ter sdo"- Oxo condiional, “ama vez qe tea si. [A posigo que o Imagini ¢ 0 simbiico tm nas diferentes formagdes clinics, etendendo nto o conceto de fomagtes lincas 2 est sito da temporldade consent nas diferentes andes do sue to. Niso me afudou um pouco descobir ue Laan fla do deseavoli- ‘meat do sujet eatamente om vn se lugares de seus semiaron {ContrbisSo qu devo a uma pesquisa ealizada pox Fernando Maciel © isa Coat, contribu! com tea: Conieraas ass a coisas no gue Ai tespeto & questi da nfincia,ieditamente somes levados scons ear esa partculriade da oslo do sto infer, qu consist m- tna dilatayo do resto inapniio~ de carter sintomdtic, como toda ito imagindra ~ desinada superar 0 exceto de ral Exceso ue fo se mede em nenkam parimetro natal seo que se meds no ontase om o regio smo, sb a frma particular neste cso, da formuagdo do Weal do Eu Dito em temnoefeudanos, ditto do Ea Ideal para esponderainjuno qo o Idea! do Eu impine sobre orgie two do rel. Fao, wma ditto imapniiasbsoluamente neces, ime refi tno 4 necessidde lgica quanto emocional Pra eine stravessr asa infinca~tomando al de modo gorosoo tee inf Cia fr, como aul que ofa ou sj, esse prodo uc se crac teria pel difeatosareleao com a pals, mp ne a prec so sic. A preemie de nos peguntarmos qual éo efit, acon. Solncn da intrretagd sobre omagnario? Sabermos que a crana, pores culos elo com apa ‘ra, et em leno bal deconstrio e eu sata por i que lass apresertam os monte, por sto gue do tant rabalo, pres tment por prodirem stoma & emo. E prodzem-nos mm veloc: etal gue io atnames «faze frente a0 Primero 8 nos encontrar como sero. No digo com o segundo, porque do primi xo sexto quate So di tempo nem de pensar Edis que se quam as es 2s pas de {Re os pals mua tlm tempo de fala osulcente com cla sabe o Boge ao els que sara Garanente ees atoms. Roger Mise, um picanalisa que tabathow com Lcbovisi © Diane, exeoveu wm ro excelente ques chams 4 crianpa dfcene Imo, dod fa una distin psicopacgia ene rages qu cle etm irl « bans ecm ein jammies oa “a predomina, a0 rele 20 qu co ‘tralmente determing 2 Toumaslo Go oo sintoms Entio esta denominasio de insufitci tem un ero parentesco com esse" predominio dei tio" se bem qu le cloquc can dcnominapo ao espe dif {ih em geal, sno ques fespeit da crianga lesions, com problemas Snstucionst E um vo exelent, ecomendo- ito sobetudo para uem tabula com cranes om problemas de desenvolvimento. © um {Ro eselreedore em um capitulo marsvoro, onde fauna comp dng sted deficient, fatacn "Ns poderioe pest em rs ipos de sms: o a insulin cia os somes gue vou amar de nsession econtingmtes Nocest- fos € una palrwinha un poco complcads, mas me Teo 8 spect Isgindso Ga nsesidade,no stds de qu oes io impescindves yur ering auaveser aun infil, sue perio de difculosarela- {Bo com a alan. Claro qu ter uma necssidade Logie trib, da ‘Satu o qu qc dzr qu clas nfo podem suporar as consegutncias fz anavesa cue perido sem cesar de eaever oom detsar de eerever incetanements gus o pode ser sci. Flas apreenderum ~ mio 00 Ind ds sprenicagim senko do Indo da speedo ~ dade mito coda {fe to nee mundo depende de una nssrgo, Porson cess Se iSecrever a tibia de aga de sua da de Seu corpo, incessaniemente Tes ee eee ea ee To, nds feos estes storms bsoltamenteneceséios © temos os sinus gue podeimos shamar de contingents Ou Se, Saveles aque ephodicanen set no pale femmes escever atgum modo Episdicamente nko de wn modo temporal, onto qu, ep foticamente na see aigfcat, a eicsca da pales vail © en taco erlang em qo inventar um igo qu substitu, Dito de oto todo, ela a pode cesar de escover mas ao o pode fazer com os ns truest gue eo capo da paws 9 acurso fete por so ofa och 2 eta Ecomo se lo saben que nome closr a un cro oie o tranho, nds operons por uma Agra Como guano relizanos tna traduo e lo encontano un modo de adi, clocamos pares 2 Ale ein vaio, com pontos supensivo,inicndo que al fil alguna coin serevemos ha ordeal, coloares ey signo pars toma 0 aque nto sabemos como ¢ que se diz ou qe no tem odode sr do. és temos elo és pos de sitomas. Sintomas que slo cviundos da ston deine deal, pel un deienci conocio- tal em cua sie cnr todos on quaros defi, mas edo somes porque tambem eta raga como ta que a renpito do idea la & fomada no dacuso como defi Ela nfo sabe tnds, ou nfo pode ‘ina, o lado da imposibad fin nko do ldo I. Em segundo ga temos 08 sintomas come o brine, meni, © desenhar compulsivo, os medos nota, fabulago onde tinbaros Siterencido como peencets ao sihome, ou se), do sno de tetra, do que proprio da congo inf o sujet, Dizamos que © Sujet nto tem otro modo de itr com su codigo nan Sno turaves dso E po no qu cae sintomas slo universal Todas 2 cvianyas, em quate clu, brincam,esbiceem alguns sires de ‘eprsenardo compulsvos, acolha de Sema de ests ou deep tro no campo do maginro. Esra imaginaria porque no € pop tents uma cara noses simbolic, tem sn simi, ETrepresenttv. E por iso que eng em frets cults tom b> neces desde ens emer. Ha Wwinqudon gus data de dt tl ‘uinhetos anos antes de Crt, hi rnguados nos restos de Pompei, {fur ie Tors de representing no acura gues th no emp ‘Epa enquat signos nto so palstras so sipon nf ingusicos, bor esi capris no daca O binguedo € um sntoma {nfl ¢ veda que on tingudos nip era fabicador de modo int ‘aro como hoe, ohn ua especaizagto de seoes dn secede Ascados a fbicar ee sntoma de fica formas conte: demas Serpe etava ponent alguna mania na vide ds cans ‘Chamava de sistoma contingent propriamenteo inom rico — agel qu respndenio 4 nstade gis erunda da posi {nt d sujet, senao ago que ne sis complements mereeu pars Frod o nome de expertacasinft, come ttepate,formandd Fre do sinfoma do ale. Ousejaaquel ugar onde esr do St faa, nfo € que fic scu stoma neces, sen que aca, ta eoatupio dee soma e eo tem gue prod um oma, af fee Propono dstingurmos eses ts tipos de sintoma prague cer- tamente a interpretaao nfo tem o mesmo enderesament9, 0 mesmo Pro= cedimento eo mesmo trimite em cada um dels. © segundo grupo de sintomas se transforma, em a ceracteristcs de que const um momento fundamental eessencial 00 processo dt ‘constitu do sujeite, como 0 fort da, a brincadeira de bor, o objeto transicional, que sao formas fundamentas do brinear.Fundamentas pars 69 processo de estruturagio do sujeitoe todas elas se transformam, dando ugar oertas formagOes significanies que substiuem 0 brineer como forma de tramitagdo da instalasdo de seu Outro. Agora, ¢ claro que um sujeto qualquer pode iar brincando a vida toda. NOs temos nos qusdros Aeficérios ese tipo de formagSes, onde nos enconiramos com "erin: (28 de qunze anos que ainds brincam com bonequinhos ou que isistem Em desenhar, sem que ese desenhar teaha mudado seu valor de represen {opto simbdlica a reapeito do discurso, Porque & claro que alguém Que sai 4a infloea ~ do petodo de desenho compulsivo ~ ese wansforma num desenbista de gids, profissionalmente 0 valor simbolio dese ato de ‘esenbar muds, Nfo muda somenteno econhecimento socal, endo que ‘muda na pesto sigafiante que ele atrbui 20 seu ato n0 campo do dis- uso. O Suelo passa ase represenar no discuso social através dessa do desenho. Seria Van Gogh, que nfo desenha como uma crianga, em troca, #cranga representa no seu ato 0 discuss social. E por isso que ‘quando um artista adlto faz desenhos que parscem desenhos infants, _fo fem o mesmo valor simbelico que 0 deseo de uma crianga. Porque desde o ponto de vista figurativo so muito paecidos, mas a dierenga & simbolica. Es é a tansformagdo que ocorte nos sinfomas que estamos hamando de necessirios, aqueles que slo sintomas de infieia, e m0 Slatomas infants, como os erceos:F a mesma coisa que acontece com ‘mente, que na crianga €escatada como uma tetatva de defender sit Privacidade, nto como uma fatha moral como &tomada no adulto. Poraue £ diferenga conssteprcisamente niseo, quando uma crianga mente, ela ‘sth representando o Outro no seu sto, Ouro no sual el coloca am ini= {e, uma fontea, que pennite manter sua pivacidade ao resguardo do ‘thar do Outro. Gutodo um adulto mente considera-se que tanto desde 0 ‘iseurso quanto desde sua posigdoinconstenteem rela & ment, ele ‘sth se representando no dscurso social com ese alo, for i850 € un {aha moral. Evidentemente, hi sujits nos quris essa transformagio do sinfoma na infincia no acontece. Ele continua meando, cofibulando tome uma crane, no ee considera responsvel pelo seu alo. Ito vie ‘minares fz és anos, e que provavelmente nunca Vo sat das prelimint- ‘es. Um delesquase qu com certeza nunca vai poder sir disso, 0 que & ‘répro de sua extrutura.Digamos que analisr umn homem histérico, com ‘ims extrturahstrica muito viva, em geal ¢ um abalho maifo compli- ado, no una tarefa fll, As efrevistas peoiminares costumam set Dasttte prolongadss. Retomando a questo do sintoma, dizi que otincoinstrumento nobre que temios para ine, € 2 interpeagto. O fato de que o sintoma flo eseja em fovo, nfo quer dizer que alo devamos nos ocupar dele ‘Quem les os cao elincos de Fead, sabe que ele interpret osintoma, ‘ocapase dele Pera entendermos melhor o que ¢ interpeetar um sintoms, pareco-me conveniene pergunlarmos 0 que & um sintoma. Ou melhor, Some ele ext consid? Lacan tem ente duzentasetrezenta refer ‘as de defines acerca do sintoma, ou enunciados com crt incinagS0 ‘de definigdo. Devo dizer que ente seas citagdes enconramos 3s mais ‘ontraditras posives,o que em seguida nos leva ususpets de certs {nconsisténciatebica na defini do sinioma. Devo rapidamente enteci- ‘er due tal suposigo completamente injusa, 20 porque as contad- ‘es possam fnalment ser resolvidas, senfo presisamente porque 0 3is- {oma ¢ uma estratus em contadio, Endo, qualquer tecatva de capt Faro sinfoma numa teorzasdo — se esta tevizagio se consti de modo Fel ao principio analiic que toda tearizag ¢ a de uma pita ~forgo- samente devertrefletr 9 natureza mesma do fendmeno linico em ques to, Poranto, se 0 sintora ¢ contador a eorzaydo deve relletir ess ‘contadigdo, precisamente para permits a coninaidade desse praia in ferrogativa scerea do sinfoms, jf que se eanseguissemos eapttrar osin- toma numa definio univoc,estaramos produzindo um eoncito capaz ‘de engendrar uma tnicanutnoma. Uma tetia univoca permite engen ‘rar uma técnica autGnom da prides, ds eirenst@nias dessa pratica ‘Tem slgumas frases de Lacan que me parecem intresantes lembear: “0 sintoma é'0 real’, “0 sintomaé o que do fantasma serepete ieee Aled etsy 10 imaginro" (0 exon sen ext), Um sntoma sempre smb ‘na vepetgo sigffcante, 0 reo do oijeto rea Ora, pane & de ae sits reo sito imag o sno ¢ Sanka E agl qur nov enconramos com » ust da sualiadecontradra ecssnn &tworizapo ptcanlica, ou sj, o fo de que & resp {unlguer orn pli sempre estamos em presngh de ques po Sip ¢ mila e nfo uivoca Mas, 20 mesmo tempo se mutica Ge depois nfo opera como uns sdcqundo, ou ba como realms Imulifral onde vrs ftres so tnaliados © podeioy endo tare tina ea au epesena a eshte dn unto. Em psicunls scabs nfo aconecem desse mod, a esotha dx picanise€ our. Depo's posers salar qu sempre profundas tal p rerum tote nc oc Se “ae Pace teresa, € pico ct ls ¢ 2 specie spe ht re de yas i ve ooo, mae, Prk Cscoler une metodologi nica Poderiamos das que as difeengs com ‘Vanlise multi so de que mio reste, nfo Bi apo ada poi nfo ¢ um fst a espeto dem eonjt, seo que cada sido representa 0 conto todo. Vejam gus & omen © us que Fre expe so oconcto do soecdctenaso, quero quer Get ‘ultoralidds, Sento exatmenteo seu verso. Coleco iss par ‘eedsvejam como apices ¢ uma sien congeners sree ans cincns copra, ose parece ead Als, se aubemos Procter um posto de onto, ver o unico seja gue ouput do Toeomo alba. J6 6 suspelto, pong aleta lo €6mesum pra ua bara oa. Pra inca open atm aoe codlgo ¢ part Ciencia picamalitin a lea tem valor Ge posto Jo icons quet Giser errepennt confi. ‘Quando se rods um laps de ler, toe de tra epresata © conjunto de cementon que deena esc toca de Quer det Suc ale lea sible magni a0 etm tap. cm cada tits dein posgds av ours Sas eo representa deseo pon de ‘sta da produ pein Iino quer caer ques produto pus no tn etn io € um romedio do conju de ator so € mat Simple de entender Quando woes roca im homer, ProcrtyU homem promada? Cenamets qe ho, prcaram tn Wel oe no fot ‘sim fem deri. O oj de deo los roca oh fungto de ta adie mulfstra que dart na ean promed. At ron pg cca cj do dao snise precsamente em ue, quan Se desobre que o pret stem Ins pert do prometic do quedo fea as eas tram ici Saber dori so acrtas tho paciticamente. A ligica do desco & um tipo delice que fo s© di bem com a tranguilaracionalidade coperana. Nest pequeno exemplo, vemos como vige 0 prineipio de contradis. Freud, apesar de se ver no enredo de uma légica racials no tradicional nd renunci a fazer da psicandise uma dscpling racio- fal, $6 que entio tem que encarar as nuances desse out raionalisme, Por sors, nese séculotém apareido alguns Kgicos que tem se stamente com estas outas nuances, esas outs aticula- (Bes da racionaidade humana que nlo se dio ber com as esrurasfe- hades, que sfo.as logicas paradoxais. Também na topologia ter se Svangado por ese eaminho, entso do & por acaso que Lacan tena ape- indo justamente a esses outros Logics. Vejam s6 o empreendimento de ‘Taean, pois ¢ necessra certa coragem itclectual para se propor fazer ‘una letra exepsicn de Freud e avangar pelo camino analiico nessa ‘acioaslidade mio cartesian, iacorporando 08 novos elementos que & ‘encia deste tempo force E um empreendimento impressionante,ae- ‘shim peconalistapretedeu semethante coisa, o que mais primo ese- te deta tentative nessa dirt ft Bion, mas for uma tenativa timid, E clara que Lacan incoreu em no poucas cntraigdes, que no se egi- timam no principio de nfo contradied, conradigbes mesmo. Por isso {Lacan nio diz exatamente a mesma coisa no inicio eno fim de su trabe- Iho, a evista, por exemplo, da toca do significante do Nome-do-Pai, & tuna revisdo Amndamental, Nome-do-Pai nlo quer diage 2 mesma cos fos Escrtas sabre a familia ow nas Formagbes do nconscant. 20 Sin- oma ou no Semindrio 21, do Nome do-Poi- Eno, qual é 2 posigdo do sinloms no inconsciente? da pro- xuada, Por exemple, tomando-se um évulo de uma mulher europeia ¢ ‘sperma congelado importedo da indoncia,e efetuando-se a fecundaglo. Ede se pensar que poderaassegurar mais a sobrevivencia da expécie que «8 reproduso sexuads, © que vai em apoio dessa proposito hipotéica de ‘que a amafomia pode nto er mas, ou exh deixando de sro destino. Esse © outros fendmenos que cheerios bem, como 0 fto de qe 88 repre Senlapdesfilieas hoje em dia possam apeiar a certos elementos signifi ‘antes da caltura que nada témn 8 ver cot opens. Taso quer dizer que o stoma da difeenga ~ voutssabem que 6a dferenga se faz sintoma ~ pode fazer seu resto em qualquer outa CO 4 que nfo esta situnds na particularidade anatémica de penis no. penis © primeiro spose — qu csragto ja const da die renga sexu algo que espana athe, Guero fier qi aes da cat trap causa escandalo ands hoje, no & fl de digo: Portas € una tese que devemos guards com tastantecudado, porgus& um dos es {os di eorapaicanaitica do sgieane, Ent, 0 qu € wna caste Sueno se reaiza, ras om todas as uns coseguenis? Se el te das as suas eonsequéncias & porque su eliza nose eft sobre ssporte ques ocasona, que ¢ pins Efetvamcste nfo sore ee que asta se feu, porque saberos que quando se eta sobre open, aparece uma patoogia, uma inpeténca, una nibigdo como vom Mas, ainda aya efemagan da canvas io ¢ da order doa desde @ zi evita do ao, borden pot evita do fess da em do rea, Ou sj, ingusm cor opens, mas, oq Jo pei testa emo se ele estivesse cotada A crest Freud sds oso~ seis a ‘epresenapto mais prima a este feo residual, real, da eastagio. por isso que os povs que Pacam a ceunllo toma o cidade Sie do nsec eee fazer, da marca que no pénis ela deixa, um simbolo. Paradoxalmente ntl, opis fc levado a uma categoria de significant por excels fa digidade de uma fliaglo. Vejam s6, que paradoxo, a catragto teria ut el de diinueo, de cone, subrao lvn ete penis sim marcado a uma posigso de repesentante smbélico por exceléncia, dd dignidade de uma filiaio, E ctrioso que independentemente ds rei ides ou culturas nas quai a circuncisto ¢ praticada, ela fem a mesos onfiguapdo estutual. Isso demonstra que essa operagdo responde & Ssruura mesma da catrapao, a esta particularidade que a castragfo tem tenquanto tee fundamental ‘Desde ete ponto de vst, a castragdo concetopsicanaltico ~ ‘ilo é um favenede, mas uma descobert. O que a psicandlise veio = ‘escobrr foi © que os humans fazem com seu corpo, nem mais nem ‘menos, © que of bumanos fazem com seu corpo, simplesmente dito, 6 0 ‘equine: recoramno para 0 denegar, ja que cle nflo responde a0 que 0 ‘eo pergunt. A diferengs dos animals ~ onde ao que o melo pergunia © Corpo respond -, 208 manos o meio no pergunta 20 corpo, eno a les, € os humanos nfo encontram no Seu corpo a resposta, portant 56 podeiam, dante disso, recortlo e denegi-o. Outa forma de dizer, se- Fiar "Nao € que nlo responda, senio que Gepende do que eu fuga com ele para que cle veoh a responder”, sendo teramos que renezar 0 corpo. De Fato, quando exsa denepaeto no funciona ~ que & o que o ser bumano faz, renega ~ ele retorna com toda sua fora de igocinca fiz psicos- Somme ze manifesta ma desoedem de sua fimgio. Eu dria que a psicos Somes ¢ a manifestagio de natura desordem do funcionamento normal ‘do coro, ou se, sem limite. Para der de um modo muito simples: "Por (gee pura de comer se temo comida a nossa dsposgd07”.Digamos que & Solimia uma ds forma da psicossomitica~¢ natunl Todos os bichos ‘comem tudo o que tm, aconece que os bichos se vém com difeuldades para conseguir @ que comer ns sbrimes a geladsra eas coisas cem em ossas mies, Se no algo que denegue 0 compo © FeCote, por Ue parar de comer? A natural fangao do sistema digestivo € comer, lrgado to sea normal funcionamento, o organism produ 0 psicossomaic. NBs no estamos strelads 20s ccios como os animais, eles nos miacam mui- to menos. Noseo corpo ¢ ignorant, podemos morertansando, Tem wm ‘aso clinica de Safousn, de um rapaz psicéico com uma compulsfo ho- ‘mossexsal, que andava por Pars de biiceta,pereorendo os taneiros Diblicos em busca de compasheiros com quem pratcar sexo eal, © cle Endava até exauso, Nio parava ae que caisse~ iteralmente - € era ‘ecolhido na ua extemuado, No havia limite eT sea Pose nomi de aseato¢exremamente decade © consttvem wn higarextremament sensivel a inscigto mondial. Se 85 coisas fosser naturaseespontaneas,ocomerian sempre igus «esses ‘lo seriam lugares delicados e que requerem cuidados especiis. Seria, ‘una msiea que tcariasoznha, sem necessidade de um concerts mu eo amatomia desu bebe equ em os at clus hun ul ‘apo cuando process de cago. Os cuidaos fundamen nessa fitz eto clocados nos wagossimins pacares ue cada Calas consi pars ess epoca Sve Com que cares, con que to gues, com que binges, cn que pogo, como se lime, o gu 8 $i lo ful de amie andl. E por iso gus eae eer oa io lo igus de imi em fra. por sso qc abe spe ovis histrico da questo ~ que a dsslugo oa per at referencias Galtunts deste rinas de rg, vba ae consequloiE ingens de acoro com o estado aa de ossosconhecinentow, que une dale ‘fou um dtltamento des azo no ena consequencis, nesses pequenos ios que se perro que de denna ana- toma vai mare, eles, ccm sia, ques tele 6 md em qu a castagio vai ope. Vm $6, chamo a stagto de voc ue nto estamos fomando tal ditncia gues haa espe dc eo ehcp aera ha so ia ea, A eastato cote isto neceeaatente aes 8 ia arbrania ai ‘A inci primonial conte na casraglo © no desenho a snatomia ta dprbuioaatGmica Epo eo que ee isco consi fe fandamenaimente nina nasi contatein. gue configs un mo do de satsiagdoe capt. Un etimul nemo da orm da necessdae {equ Fred shamava de estou interno, en Sexequioio Hc, Bo- Togo) que assim conecbid (com scabamor de desavolver nl pra ‘manifesto biolgia. F a carura oper tau ocesidade calagala mands © a deseo, que detiguram anatomist pare cong “Inns convenizacn ao regis do oar do Our, j que'0 que esas hamando de casa conse num cote qe o cla papi) do Gt nz no io do pei sj ue confi ha ede Assim, podemos dice que aanatmia humana ~ desde o ponto evista piqued se congue de acordo som o ue 0 Oyo demands pa que tse corpo respond asc deo (sco Oat) pr 0 Tce, no Seminario dp incanstote, dase Que» nese sidade no humane também no ¢ da ode ativan seo st sell que sobre ela poss a pespestiva do Outro, porque & dessa pers Festiva que depende que osujeto poss fazer registro da necesidade Estou falando da satistagto primordial e do realque origina, «i aticulag entre bejahung ~ afirmagdo negava prunordal~e verne ‘meng — =, que di. ugar 4 wrverdringung, que 6 0 peimero {movimento de separao. E as estara em jogo algo da sexuago, claro (gus mo a questio da escolha de objeto, € momento a bissexalidade gina. 'Nés temas a ordem do pai, a ordem do objeto, a orden da falta e8 orem do significante: Pat Nomedo-Psi __PadoNome ——_Pai-o-ste (Pai do deseo mero) (Pid amass) (Psi do sinthome) Primi alco elio ‘opseto dnulsto dscateato Dale (aa pub) (Geaseaptoy —_(dosinthome) FALTA Frage cases Prvagso sore john Verncimang ——_ Verwerfrg Vending — Verein [No Semindri 6, 0 deseo e sua nerprotagdo, Lacan dstingu {née tempos do objeto: objeto primirio (da pulsto), abet fico (da cas tmajdo)¢ objeto do desi (do siwhome) E dstingue tes pais © Nome- “GoPai que ¢ 0 pai do devejo matemo barado, © Pai-do-Nome que seria ‘pai do fantasona, e-0 Pai do signifcante ~ ou 0 significant pai ~ que Seria o pai do sintome, Na FALTA, nds ters aus, a easragio © & privaglo. No SIGNIFICANTE, temos a bejahung, a verneinung © & verwerfang. Bajahung mais verneing, da verdringumg, © verneinung nals ververfing. 4 verlegmung. Isto seria un esquema fet-acaniane, ‘igamos, de como Funcionam a5 coisas. ‘Que a verdrangung aja ur ~ arcsica ~ quand centaiza ess ‘operas de soma da bejahung mais verncmng Sobre a experiencia pi ‘ui de saisfagto, Que exses pas apareyam sucessivamente mateo ‘40 lacanian, sea, 0 primetro seria © pa do Semistio $ 20 9 0S {Eundo seria do Semindro' a0 17, oterceito teria do Seminirio 18 2025, a Aled ea ‘no quer dizer que um pai anule o outro, seno que so descobertas que ‘Lacan vai reaizando sucessivamente sobre posicio do pai, mas todos es puis existem. Longamen os lacanianostenderam & pens que im pai anulava outro, como se a iima Tetura que Lacan fase sobre 4 ‘gusto do poi anulasse as anteriores, quando na verdad nlo se tatavam, eeituras, Sento de descobeias ds diferentes viess qu 2 funglo do pat tem. Quando se fala de ferlusto da fungdo do pa, fla-e da forcusto essas ts, nfo de uma. Acontace que quando ele disse que todos somos ‘um pouco iouces~ pina 98, "ou bejohung ou verwering” "ou bem o% bem’ -, 0 que est dizendo também ¢ que a operas do recalqu orsi= nitio 2 produz um certo recorte do mundo para permiir qe sobre ele © apligue a wverdrdingung, © que implica foreui o resto do mundo. Quer dizer que isso € 0 que import. Quando a mie diz “Isso sim que no, 0 ‘esto podemos nepociar" esse resto mio & infin, esta marcado, Ha una ‘rounscredo, se bom que desde ponto de vst tcrico& infin, desde © ponto de vista da expeiénca do sujito nlo 0 6. Algo assim como: “Incesto io, isso nfo € negocivel, agora tudo o que est dentro do reino 4 Deus, ¢negocivel.O que esta fora do reino de Deus nfo existe" Al. sgudm poderia dir que nto hi nada for do tino de Deus, mae ¢ um DEZEMBRO DE 1997 “Temas Inscrigdo, Bejahung, Verdringung, Verneinung, Verleugnung, Verwerfung, Urverdningung, Sinthome e symptéme, Os quatro pais lacanianos, Fobia, Transsexualismo, Diferentes direcionamentos na cura de uma crianca, ““Consideragdes preliminares a todo tratamento ivel de uma crianga”” Falamos bastante sobre a questo da inscrieo, dexando claro 0 conceito de que uma insrio @ um corte, e que € por se produzir um forte que se torna necessria uma costura (1), Ess costura Se faz com linha do significante. A aguha ¢o sigaitieante do Nome-do-Pai, 0 vetor dessa contra, Escrevi um artigo qu foi publicado na Amarelinhas, nimero I, sobre o desejopatero, Relembro para vac8s a imporncia que all spare 2 sublinhaa, da posigto do pai real ~enquanto o olhr pterno ~ para ‘ytorzago dessa Costu, ou sea, para a produgdo do sihome, Registei © sinchome em apo mais grosso no quadto, no porque seja mais Torte, nas para dstat-lo dos outos tes, E claro que a vicssnades dessa insrigo primordial dependem da posigao Logica, da estrutura logica em que a enunciaglo deste corte ‘Sein roferda e sustentada, Dai que tenhamor retomado e esmingado 0 conceito de bejahung de Freud, nos enuneiatos que colocamos come: “ino sim que no". E que na verdade se constitam da soma légica da ‘ejahung com a verneimung, ssa forma nko consusiva di denegasto, que ariculada & bejahung (arzagio peimoeial), produz a urverdhdn= ‘ung (recalque exgindrio). Desde 0 ponto de vista cinco podemos ob- Servar isto de modo to cémico, na posta emp cena que a mie faz disso. ‘Quando ela toca ostensivamente uma parte do corpo © diz: "sso nlo se tocal”. Ou sj, cla ¢a primeira a tocar, para imediatamente dizer “Isso ‘lo se toca! Tamer 6 constangimento& digamos, a Yacasto, aes Tapto que aproce no pai quando a eranga pela primcia vez se eadereya 0 seu pinto, Quando por exemplo ele etd fazendo xine vem ofilhinbo a pequeno olbar o espeticul, ver do que se trata eestende a sua mio, c0- ‘mo ¢ inevitivel, € um objeto qualquer que no ext clarsmente marcedo finda o pal, que to quer traumatizat a eriana, fazer disso um bicho papto, sno simplesmente um bicho recaleado, di: “Iso nto se toc, tas nio chega a tempo de evitar um cero conato (nem pode eitar & ontradicio de ele mesmo estar tocando). Iso nos acontece com pacien tes pscdicos, que de repeate ver tocar peta da trapeu, ou © pinto o terapeua, enti qualquer 2ona que fo ae toca, mae que justatente pela delicadeza da situgo, pelo valor real que mimaexanya pices sto pode assim ou no, watamos com vacilagtoe culdado.Justamente « ‘acilago © o cuidado de por um lado nto deixar de intoduir 2 questo a lei, mas também no transformar sso em algo da ordem do horror © ‘recpitilo como um resto, que depois nfo seria recuperivel ou sera Aiiiimenterecuperivel, Esta € a diferenca entre a atte eductiva 10 ‘sentido puramente pedagépico-copnitivita es posta psicanaliticn. ‘Quando acontece este processo de corte ¢costr, es artic {0 da bejohung com a vermeimung como comenemente costuma aconte- ‘cet ~ porque isso acontece na vida ~ quando nlo hi prigo de que isso ‘lo aconteg, nfo hi necesidade da itervengdo de umn anaista ‘Os tes registro do né borromeu enodam-se entre si, sem requere nem sun lio secundério especial para se manterem amarrados. Ou sejt, 0 resto esse corte, objeto pequeno a & este lugar vazio que ao mestoo tempo — paradoxalmente ~ est situado inicalmente no corpo Eu lugar vazio |e no corp se recort, que aticula puso, a direciona, gera a pulsio- taizagdo propriamente dita. Anicula 0 campo da necessidee propria mente dita a campo da puisto, aquilo que Freud chamava o extimulo itemo: esse desequilbriobiolgico se repisra como necesidadepulsicr ‘al entlo aparece esse pesueno a. Esse pequano a tem suas bord defi- nidss por esse enodamento, produto da inserigd pmol operada soba forma da somatéria entre a ejahung ea vermeimang, ou sea, sb a forma de uma wrverdrdngung,recalgue originiio, Ease higat ex tecotio © & ‘© que forma o fantasia propramente dit: (S 0), ene paenses por (que se trata da verdrdmgung (ecalgue). ( problema que tem o sujcto ¢ de como responder a esa pulso- ializago, ou sj, esta osigdo de relagloimpossvel com ext objeto ‘que ¢Fecertado no Seu corpo, mas €vazio. Entlo& ali que o suelo cons tui um sintoma. Sinthome, que também podemosescreverente arene ss, porque também & da ordem do sntoms (S a)» (St) Ele no ape rece nn coaseiéncia sento soba forma de uma represeitasio substitu, ‘gue orignaramente ele ext atculado no olka pater doNome eo signifcante como Pai 2). (8 do P) — (P do N) — (S Pal) 8) sees pis aparece sicestvamente na erizap lcanian io seta cto de ques sparse um novo pao aleriec qu oa {hn ted e de noses consdcrapies linia, Ett, considera & petncnci erio-linin de cada um deste conceit, 0 que 6s temos [iui powsbiidde de ama pssagem de um pa sca, © que pode Se ‘ito desde o pono de vista do desenvolvimento do set. Esse ¢ um coneio qu Lacan tliza: desenvlvinento do = Jeto ou deotamenton do sj. Os dendobementos que vo spare ‘endo na vid do sujet, ao somente em angle desu isis ~ a {fms cle sempre prmordiaimente ex aseftado ~ mas tbe er {gto de pesgsn! de sun pogo na demanda do Ouro: sun posto como sje, de como el gua represstado na demands 60 Outo ag que nis rapidamente podemos vericar que o que de- mands 0 Our dum aolscentenio €0 meso que demand © Outo {ears pequena edna O que manda 0 Guo de um colar nfo € Shesmu cosa que o uc demands 0 Outro de um lstente. Vistas asi Coss, resolve Vrasqustes para nis, orgue nose waa eatlo de {is vlog natural de ama piclogi evolve panic ques ‘oe uma Cvolgdo natural do Se, aja ela isiniva, bial, egos, Trurativ, cu seja ao que for. No € ete ponto de Vista embora sa ‘mos ds incdlncasascundirias dito, sem suc se tata da posit the no Out, ou se, no dacs soca, 0 syjelto ai tomando. Eat Shenteo ners do ques pscologia evoluiva propde: Digamos que sri © invero do Emil de Rowse, onde el prop (eve seu mento ura qpce) tm sje natural que evolu e que o seus socal em the repel. Bom, née sabenoe que, mepeite ov alo Fepete, 0 de TThntivamens aontece 6 que o sjeto ve stueta aque que © QUO {poe em temor dacursivon. Entende-se a a dicussto entre Doo Lace, sobee fs bic inal e sobre as casas sucesivas como imposes pea point {al Dot, evidestemente, em uma concep crt aturaisa Jost, {ust easequencas nus teoria580 Aled eats ‘As castragdes so sucessivas porque assim © Ouro as orden, s¢ © Outro as ocdenar de uma maneira diferente, sero diferentes £90 due ‘Yemos na patologi: come 0 Outo pede inoduzi a catasio de mane ‘as extraordinaramente diversas e gue isso €o que pera a singulardade ‘4 pscopatlogia de cada um, ‘Na insrigo primordial, se ela acontece “como Deus manda.” ‘Essa 6 uma metfora interessante, porque ter uma cert articulaydo ence ‘© Outro eo real, uma forma de psicotizapi extrema na qoal se apoia 8 ultra, porque no tem cultura sem deus. interesante que © deus ultra modema é a cigncia. O Unio aefamo verdadero & 6 da prevalen- ‘ia do imaginirio, do objeto como representante imaginiro, at temos provavelmente um atesmo.S6 que justamene, como 0 discus no pode Drescindir disso, em seguide tem seu repique.O repique aparece jsta~ Mente ~ na cultura atul ~ do lado do misicismo, Vacts sabem Que a prevaléncia do discuso da cifcia vai acompanhada da polferay$o de Seite religioss ¢ do misticismo panels, ow sja, fazer um deus em fada canto. Deus seguramente deve se defender sozinho 10 dicts, ‘Porque ele sempre enconta uma forma de retomar. Quando perguarat 4 Jorge Luis Borges se ele acreditava em Deus ele respond: "NUO set ‘or que Deus precsaria que eu acreitasse nee!” nto, neste lugar de objeto, vazio (vejam a que extemo che- ‘2am as coisas, como podemos volar facilmentes nosso ssuntO), aparece Verso do pa que faz stuhome para responder justamente ese lugar. Primeiro desenei © né borromeu (fig. 1), enlacado camo 0 06 borromen clissico, onde a presenga do quarto circlo, se la nfo fz nem supléncia nem ortopedia, faz sithome, sem ue este snthome spare como o que garante 0 enodamente. O'enodamento ji ett produwido & aticulado pe inergdo primordial, por bra da lgica enuncative, a Somatéria Ga behajung com a verneimung. Em Fungo dela gue 0 fan tao do eto nu seo impos om ooo fe esate Esa posi fantasmética, que estrtursimente chamamos da cxdem do fantasia’ mater, nfo porque seja oriundo do personagem mle, sen porque stl em posigdo de colocar o sjeito na dependencia, 4e outro, pela impossbilidad de sua relacto com 0 objeto. A gosto € fem que posieto de dependéncia dese Outro esse suelo vai fica, nessa ‘questo ds antinomia ene dependenca eautonomia. Por sso Lacan die ‘que o maximo de autonomia de iberdade » qu um sujehto pode asia, a fino pater, ‘Vejam s8, que no € por acaso que Lacan desenha o sinhome 0 redor do objeto numa posgdo no casualmente (ss ¢ uma letra ‘minhs) mais distada que o objeto, englobando-, mis mais dilated, ‘Voots saben que o snthome principal € x0 que chamamos de eg, € 0 tnais importante siuhome. E nesve ponto que Lacan diz que o ego € um $iarom, ou sntoma. Podemos tomar isso como o diagrama de Venn. Isto & uma ine tersogte «8 Z [A+ B= Universo. O univero et compota de A + (Ae B) + 'B. Vamos spor qu Aso td Os ort caelon B80 oo oA menace A Bai ado os que es cabo los. so define {in niverso pore em tos os quem ebsos ola, «tem ts qu so stom cbeon ‘© dag de Vern serve pare repent diferentes cases 20 univers, Ve fot um lpi que invert stn fooma Se epreseapo, ‘ge Lacan ili, porexemplo, quando fad logics enna sine IE, das quo jropongtesRintmetals da guidfengo univer. AS class so representaas plas supericesds ciao, nb por sua bos {tan uit ctlor to somo diagram de Ver, eo pels bors Como corte nlo como dagrancs, ase gant none sia ‘Sino reece eum spec, net pro tr empesads Spe dh liga de Vena. Ema Tce por exemplo, onde ele Gaz et 2 ‘elie doincomcles do ozo co. Et agum moe Lacan otra {e desehor gue faz somente como burda, ealo gor toma enpresado Slko do dagtma de Veun,enio ¢ o mods tas rigeroso co gue ce Se ‘ale da oplogia as ens conic, por tao geamentedcxamos de Ido ou cosderos poco exes dngaas. Nas, mse caso (ome {ov alg dele, pderiamos diner guco gue fis fra Jo cel aul pe ‘Thos lost como ar ees qu clos na Tercera onset, ‘Dagon osmpdme, Nao ¢ eae ao deserve de hsso su, {aus pcs que comparndo oe pafte de Lacn ‘enor gue apo tm seb foe sa corel ita perms enol de rs dst So ‘Spa do stone para engloar poner om sora uff is 1S nar vi de Sts a Aledo Jertiny [Numa cert medida, nds temos escarecid psiglo do sntho- me no que de epet ao sy neice a0 seo casement De Ph S14 $2. Sth (Sa 7 Esse to qu, no desdbramento do Nome dos una po isto de saber, 1 pssgem de una nteropai incessant da Pulao Nie-io-Pa ar crs ta pone de aber qe tee aw costa isto ele representa us pogo de impose de tense omental ‘Ou sea, do fantasma faz sinchome _ que os Gz no dv qualquer eto em aie qundoex- tu stn 0 ie ee ae en! Ca ma: 0 © cups fce™O ge fc reac, tment € {Ecce fas, ue o srl vik a ners oe € sea $= fepeindo al? Est Srependn algo dh oem do finns por ge Gh vot ecole ua mule im por uo € qo ucla erg emas asin Ni ut nn an i fa mp, ‘ai ocndo pons igcancs qu vam o pcre s spend once ido ur er leo até ale se fnterogar “Segue € mesos ei oa ‘sto ssacand na rept?” ‘Vou colocarrapidamente um exemplo cinco: Fax poveos dias, uma paciene fobica, que depois de alguns ‘anos de anise ede um tempo em que sparentmentetnka superad set stoma, voltou ater uma ene fobica. Ela fot diagnorticada come Sit some de Pinico, porque &clao que no hd mais fobia para psu, ‘Toda a fobia veradetra é Sindrome de Pénico, nip estamos falando de sinfomas_fébicos banais ou secundirios que aparecem uma Wisteria, ‘stamos falando de uma esrutura fica. Os sintomasfBbicos que spare: ‘em muma estrutra fSbica, como a sudorao, todos 0s fendmienos net. rovegetativos, a angista, 0 pavor diane do vaso ous verigem perans 0 spareimento de um besouro, ou de um significant, Neste eas, ela tm ‘uma fobia situada especiicamente em relagio Som o sguiistte Viagem vejam 36 que anaista escolheu. Evidentemente nto € por acaso cla Sabia que vajo muito frequentemente, ela escatheu um pelcanalisa vie- Jane, Econo acne camo fer i basco com ease ‘A orgum da fobia de mia pain ot ind nto de que sex pi quand el tina es eon ago a Uaioe tve wa embo- 52" Fc mpc, com un edo coral mas ou menos ene ‘San oe aftous inpuagem e+ motiidade, Votou paaico da via- fe hm pri mnt Sern, on oe. Galeri Eft tena ver com vngem, co paralisi, com problemas neuro {Bglcon Ou seja, ela escolheu o analista que ¢ 0 besouro da istéria. Poi ‘nicer pore no me conlcio vem pacientes com problemas peuo- {ogous ten todas puafralie de tragenrelaivos& su fbn. H lao {fea fr al cree de panco no me conmloio quando encontrar ‘Stn pacientes com sequels urls, queria maar d bors Cbrigowme a foe conus dang, ml fod. NO somente pomue Stuns ilo gram postive seo porque no erm peinetes do pnts dev clinco, Ha Jt eniva mo tem, sé viajndo ~ nlsive de Sido = o que (ina ance pasngem, porque anes ea impossvel, ‘Smit, erent Eno, ja fsa am ano que no tn eis, ‘fan en pr na aang que encanta om home ‘Mita que af andare totem Ei qu le nt arin e ta {fun laf va Ele exe cad de rode, ebament m0 Ry pute won com fn somaologi de Su ba. Eno ea Shut, pogu age resoniece “Pu Buscar so mew pete loo enone tre Eau dig: “Encontro, problema é que cocontrou, no & ue nlo { encontou, agora ead de novo com le, eva ca” Ela diz “ARI Maso Scar € mato cul!” Respond: “Encontro eval fea, nto guano vec ise ‘ejam 6 como se atic iso que ns chamamososinthome Sinthome ¢s respons 4a fab, vec Yeem, ue © shone 180 ‘tous cla epato unaginavi, Jt qu dnd 0 pots devs do Simome ee et sl, as vcs pr cima, hone ti congue agaar, ctr main all quc cla tem que ir buscar t hesour, Fier tn honk proviso, besouro ca bear, de prt nic em pal, de viagem cm vagen. Eee 0 poo onde se faz pled soj sata nase oun sithome- ‘Quando flames em suena epeto da pevesioou dt poicose, cto faland dem some, seo em ar # Greve dese o poo de vita nine de una stn egica ‘Una cee puto egies gue prt a ajeto reponse cote Pergo cre ton aya au aponts a figures 3 € 3). Dito de bau modo, osigicane cor tanben oa pase tm perv, © oblomn¢"qu exo tem ese cones que ¢ qe 0 sje feces Sn tity Por isso eso est forma de supléncia, (i. 2). Vots saber «que Lacan dstngue cinco enodamentosposivels Para 9 supéaca ©). scot o qu esta evdeniando de um modo mais tanspernte una frau pervesa. Es mais prximo a algo que poderames chamat da fordem deus ett peers. © tansexuaismo ~ so rarissmas excegdes — em geal se rdena mais do lado da perv. Tana pode haves tans secindirio a uma pscose, mas dn ordom Go travesti, ue sia desamarafto do imagine eto 0 real etaria na fal da amaraydo {0 sinhome. Ou sj, apne qu es cveulo que ets en verde Cam {nino} esivese em pret (Rea), que o pre exivete verde seria ‘ura alermati, onde o que Gcaia mae Getnte da ararado, mais Solo, seria precisament a oder do agin O real eta amarado, ‘ah om enas dnt fthas de mares por pate do some. O st. time aio eonsegua pega 0 real eco Algo asi como ie mo teavestimo, «presen do péas ou a ausénia dele no travesti fe ‘minino~ no aria obtiul, porque nfo haveria corte a, No ea naa ‘ver coma cargo, ____iferenciamos 0 que € a fngio de spléncia do snthome neste tipo de esrutuaeae, onde po Se solar um dos registos, os outros dois ‘am salts een fam enganchados, O gue gue ix ue ao fam ome, lo podem defo fanaa, ocontomo So objeto fam somo dois andis ngunchadon ao fazem um verdad corte sobre asipeie enpora, Mas simblio imagindro Spender reeprocamente ete 8 para opear. Digaoos que nfo hi nen sino que ndosimbolize, io Finer simbolo gus no signgue Esso que fae aa peveso 2 sols nese dono, ber neat Eh a © pee fo sbe tudo, expica ao euro poe que € gus se fem que fcr de ua. ‘Tem sua légica inexoriivel. Font ee he (O sinthome amar, ras nessa amarrasto aparece falas que 0 sxjio tem qu refer, sea com symptome, com deli, ou com inven. ‘ode uma lnguagem, como Jayce. Fase izinhos nesses ponfos onde © Snthome no eonsegee enya in dos regis, eno tem qus fact Smptme odelamas dee que se Van Gogh pane dst (fg 3, atape- is), provaelmenteconsegue consi algo desta cdc (ig. 2, spl tia) ma com o registro do simbico sla. Ou sea com oo ales ‘este no snblico eo simbdico exivesse agi ce ei ore Edo © Simbolco nfo faz seni icesantement, ma ¢simblc,srves © gan que osihome pro: Qu sca simhome? Pin, compas ‘vameote. El simboliza, mas que sentido tem o que pinta, pra ele no & [mportane.Justamentepoderamos dizer que ¢ um precursor do abstraci- tnismo, embora sea um impressionist, Embora ele sgn atéenica, & uma téenica'que nfo respeta 0 cinone impressonsta absoluo, justamente pela cicularidade,Introdkiz uma figura que nfo tem nada @ver com a Paisgem, nem com o manejo dae cores ou das hizes, que eram 0s funda- tentos d impressionisme. Digamos que era um precursor do eireulsmo (@)- Eo quer dizer nada, é um simbolico, um sigaiicante puro, mas que 6 su marci seu nome, € 0 que o caracteriza. Ndo hi utr coisa que 0 carectrize tanto quant iss. [és temos essa forma de supéncia¢ algo que Lacan também cama de suplencia, ue 6 0 que a pstoseinroduz o sathome, mas que ‘me permit itodusir com o nome de otopedia, para diferencia da posi- (io. que ¢propriamente da suplencia. Pars marcar que ha um estatuto ‘irene quando 0 sichome entra a product, 2 talhac um n6 que no txiste de neahuma forma previamente, que nfo tem nenhurenganche (Os tes registro esto completamente dssociados pelo valor enuncativo «da verwerfimg, ue &: “sso sim que sn, ou sea, o resto nfo imports (Gig 3). 0 énico que importa ¢ esse ponto, que ests sustentado num alle- ‘dade abeolta, que no faz marca'no corpo do sujet, sento simples- ‘ments fica como resto e, portato, 0 simbico funciona por seu ado, © imagindrio por sew lado eo real por seu lado. O suelo eno tem que fast um symptime, dliro, stag epoica,esforgo egico,alucinato, ‘ara colocar al onde “isso sim que sim. Porque isso sim que no pode Fala, que € 0 “sso sim que sim’ "sao sim que si” quer dizer isso que ‘no pode falar, resto nto imports. E © que dia 0 faasma materno aa paleo: “E iss que me importa que tu fay, o resto nfo tem valor ne~ ‘um, iso importa a mim, se inleressa a ou ala, ado me interes. NAO 5 se, pronto” 9 fantasma matero eoloeado al ‘Lacan fo propds nenhuma eseriura para essa posigo do fan- taama, nem na Légion do fantom. Talvez devéssenos invetar ua, ‘io é por acato que Lacan nio esoreveu, porque nlo é fill, € um pro- bem, a Alte PAI DA HORDA PRIMITIVA (Préisra, esto mitin) PAL DE FAMILIA (Pai real atual) sas linhas sto de passagem, sempre como a Banda de Moe- > discusos de Lacan, em tes, o ingle do propésito€ inglo magn Fo. Eo, omando proisriamente a sepeto da palaa set no Seu « Ingulo imaginri,poderiamos falar de um cert jet pclae de lum cena suetopoiuiric. Na verdad ayo pscolgic ~ dese 0 onto de visa ntineco~ também oi. E como quando dizzmes “o Seto du moda” ou" sujeto a infomatice’. que miinseeamente fx Jando, nfo hd Eso tomandoprvisrament a iberdae de wires palavra na si aepsto imaginri ‘Quando sulinbo que Freud se fire mis 20 que poderiamos chamar um sito pili, ¢porue ele toma «dimen So ina emo avo do auomatismo de repetio, sua causa resigindofudamen- 16 Ald ena talmente na impossibilidade do sujito ~ agora no sentido ininseco — ‘labora o nclzo, 023 incondcienterepoditor dere sinfoma.E em Mais ‘além do prineipio do prazer, 1920, que Freud produz im cero gro 20 ‘conceit de reptito.Inclinu-e a formula a hipoese de que a repeticio ‘lo estariasomentetomada no retomo incessante de um recalado ~ ua artculago seria psiquica, soba forma de um confit ao redor do pine Pio do prazer~, senfo que nesse recalado podera se reconhecer Ui Principio do acontecer plquico,residente na matreza mesmo (eas 2 Dalavranatureza tem toda sun forga) da condicto humans. Ou sja, que ‘ns, humanos, estaramos fits de um modo tal, que nose funcionamen- tonto podera vir a se produir senso sob uma maanira de repetigto,E «que Lacan se inspira ~ ho sntoma~ para prodiir uma ds aepgbes mas {tes do seu conceito de ral: real como limite do acontecer piguico, cemborareconheya nesse principio uma origem externa 80 piguico pro: Priamente dito. Algo proprio da condiedo humana que ele remete tot process fisiolgicos, deseuiliteis orgicos, 4 tenava de reeupers- {0 da homeostasee questbesorgincasligadas& compuls a rept. Sem elucidar completamente a questo, ele dedica uma longa indagasto « ‘como. poders este mtomatiamo estar enraizado.no organico. Pore, Freud renal esse principio de repeigdo do lado do pguico quando diz ‘que pode existir todo um automatismo, mas que ele est submetido 40 Principio do pce Elo fr tomar spel porta dos fio rere pela jane. Ea que Lacan intodus a distingso do gozn, dstinguindo ‘lost de ouissance. Essa 6 ma dstingo que Freud evidentemente no {z, embora anuncie algo relative a esa distingdo em Mais alm do prin- cpio do prazer. quando diz que ter um “razor desprazerovd” Hi oro tipo de stsfgo ~ diz Freud -,enigmitica porque € deprazeross, mat ¢ lum praze. Mas lembrem que ele rental ete automatism no processo psiguco mesmo, quando diz que se rata de un prazer que se btém a Pari de uma pulso de domino. Algo assim como "et 0 poder econ ttolar”. Evidentemente, para termos mais claro 0 que ¢ que Freud pode estar nos dizendo i ~ com esta questo da pulsso de dominio ou de con- ‘tole da stuagio~ temos que aplar asus investignsso sabre o sadism & ‘omasoquismo. De um modo muito resumid ¢ vipido~ porque eas nfo € nos: ‘1 questo hoje, mas sem ela nfo podemiosavangar muito necessiio lembrarmos que inicilmente no desenvolvimento da teoria a consi odo sujet, do processo mentale do aparelho psigico, para Freud o riméri seria 0 sdismo. Em 1918, em Inreupdo a0 Narcsiomo e em Seusestudos sobre 0 masoquismo primirio, ele vai cnsiderar que © p= iri € 0 masoquismo. A fundamentagso de suporo sadiemo coma Pet ‘mii éporgue Freud pata de uma posigto mais lgada a uma concensfo instal e someate mais tarde sua concepydo do primsio no suelo vai ‘2 concebida como pulsional. nso faz uma dcisivadiferenea no gue di respeito posicto do objeto, porque, concebida a tendéncia de atividade il no mi coms nl oh ein bt il etd por ‘tanto nfo pecisria de uma inscrigdo prévia, sabera a qu se digi. por isso que o sadismo pode aparecer como primar nos pimérdios da {eoriapsicanalitics: por uma conceps8o mais instntivist dos impulsos sexunise amoroses. Ent, 0 que incilmente provocara a expenéncia ‘riméria de stsfgdo seria a obtengto deste objeto, onde o que fie ini lmene eliido € do onde este objeto vem e qual &o esto de seu re- soo, Somes mais ecard tb no ext Bate em na rianga~ aparece 0 masoqusmo como pimsrio, jé que ¢ através dele que {© Outro introdua a dimensio fantasmitica. Enlio, «experencia prima 4esatsfjdo pasa a estar articulada numa daltca de inverso a posi ‘Ho plsional, do sadism 20 masoquismo, Levarmos em conta esta mix danga na tora ffeudana pode nos ajudar a clucida alguns aspects da ‘questo da repctigdo, no que diz respeitofundamentalmente a questo da Dllsto de dominio, que evidentemente tem a ver com essa daltia da Experincia primdria de satsfydo: essa inversio da passividade &ativi- ‘dae que ext no ceme da constiudo do seta. ‘Tanto est no cerne que na psicopatologia precoce rapidamente svertmos a dfculdade que sr introdur nesta daletica, nessa passage (Quando tratamos crangas muito pequenss, aparccem esses signos de sltergdo na esturrapao do sadismo ¢ do masoquismo primirio Apare- 2m atuagSes da cian, ou quebrando tudo, ou numa passividade exces Siva; unos casos de autsme precocissie, usando a milo do outro para brie ports, numa passivizapo que se nota Fxada num ponto de one ‘lo pode passa. Fst estagnada a psigde masoquista, sem poder passa a ‘uma’ tividade de ordem sidia, de tomar conta da situaylo. Aparese ‘Sempre em uma posigao passiva em relgto ap Outoe, numa pendulagio iolens, passa Sem solo de continidade e sem claborafao a ua posiglo sca ative, sm confront com a dimes do Outre. Ext que brad esta alti ‘Pr outro lado, na anise da news de um adulto isso tarde parece, Na vida sexual 89 aparece de um modo escancarad, com & ‘vida findamental que aparece na neurose: “Como € que ex fhg0 pac ‘seduzit outro? Onde & qu coloco a mio? Onde ¢ que me coloce? Quie- {o? Ato?” Como dia uma menina de quiz anos com um quacko de ‘anorexia que evolu muito bem, o que ¢ rao em anorexas nessa dade, ‘bret femininas que geralmentetermiaam aum desastre. Esta menina wx B___Altfotematiny ‘rouxe a qustio de que estavainteressada num rapt 0 que mum caso de smorexia€ uma boa noticia Ela recuperou sua mensrui ese rit de aleitiapto desea, o que também & raro. Na verdade, os médicos 6 3 tinham desenganade, porque vocts saber que hi uma especie de “vel i", em que se certas mudangas de ordem hormonale gonadal no acon- tecem em certo momento, depois nfo scontecem mais, no se recupera, ‘Mas, sua recuperaeo psiguica parece que reabiaalgumas ports. Ela diz star interessada em um rapuz que no liga para ela ~ com 6 clssio — © ‘que ign para todas as outras. Uma indagagto mais culdadosa demonstra Ilo ser exatamente asim: o apazé timid tem quinze anos também. Ela Derguntava, com a ingenudade propria desse momento: "O que ¢ que et feaho que fazer para que ele se ineresse por mim?” Pego que me conte ‘come slo as coisas. Fla me diz que olha pars ele, eu Ihe pergnto como, la mostra com um “alar enamorado” Neste ca80 ~ que um caso de uma neurosshiséica grave — também aparece essa difleuidade da dialéen ene 4 posigo passiva- -ativa, do masogusmo-sadismo primo Entlo, em Freud retoma pela janela esta conceitualizagfo a re- petigfo com interior a0 process psiguico. Vooks sabe que Lacan co- ‘mega sua obra relevant em 1937-1938 e teremos que esperar até 0 Semi= iri 3, 45 picoses jem meados da década de 30 - para encootarmos ‘8 teora do significant, Durant toda ess trjetérn sun obra extn fin= Samentalmente centada na questo especular. Ele toma o principio de ‘eptioo como equvalente a0 outomatom, que & un conceit que 80 The perience ~€orgindrio de Cerambault, que fol seu mest eprguiatra~ © fue € estitamentepsiquidrco, no que diz respeito a0 desenvolvimento ‘entrado na questo especular, onde os processos de identfcagto #10 ‘soncebidos mais do lado do imagindrio. A questo da identifcagio 20 Sipnificame vat demorar Na verdade, quando lemos ot primeiros ts Seminirios de Lacan nio deixamos de nos surpreender pot um certo i terval entre 0 Seminisio 3, As pricoser e o Seminario 9 Kdertficaedo. "No Semindro 3, toda a teria ds psicosee os principios psicoptologios ‘esto ntdamente apoiados na extruraa do significante e somente no Seminirio 9 € que vai aparecr uma clr eoria sobre a questi ds ident Ficaglo 20 signficante, com a questo do einiger Zug, o tagounério. ‘esse imervalo — que é de 6 anos ~ led vais ¢ vols 20 or da angists, da tansferéncia, da cia, do objeto, do significant, em ‘ermos de pivd ~ como depois clramente se stun no Semirio 9 tam ‘bam no 3 ~ da atculagio esruturl do sujlto, Diria que se Lacan nfo tivesse de uma vez por todas introdurdo, n0 Seminénio 9, a questo da ‘detificagto ao sgnicante, su teri tera ido por Agua abana, nko {Sin lego alone so se tansformou mai epee de upincla Ss iss do desenvolvnents conceal laemlane Por our ada seus {cipal © colgasrslamavam por sto. Ee Gdic a pets 200 flglas do Semin 9 erm mbarioes tflse da questo do sign Tote bandonafodos os ouros assis ese dei eae ira Gf lologa, cu tingutin a palsva, a lag do sgnieane com as eis Com os obo, © sign inguisico eax Parcs um ercbripn, suns no pore se testornou jusarene bums ugenca Ese 17 anon eo cnn on gto agin: 0 questi do surgiment eu e sun iin expecta. Em conadade See sour ep ae suena Ltn de flo spucce ipsa tn sous ts pique do qe pliog Ex'Elej inka cdboradoo concede rol como diferente defeats Saco cas Aferencate apoce joa penava verto 60 endo db SSpsin,quindo spree a dela da pommsurgio como explatva da {SBinca Save o sto esa imagen El que spare = nos primteton ‘dst dftrenciacdo do conceit dere ~oconceto deel como supa ‘do incipo deep, como um principio doorganismo, Ena pret {ep de ele lig ao organi. Quando cl eseve rca {ergo dnamisno de Hew Hell poets s dant qu ext ecrvendo| nbn cas es cn ein Se ctiia mete tren, Ele ao € explo porue no er mato adpo ti aur como Freud, que 280 tina ma dieuldade em diam que-o que ti do eta tal, vance reonbecer que Lacan no tu Ue modedo. E niaesane est cic vo apmodinaniano que {ean coloca no seu texto sole Gumioologa, porgoe cons set rom: Pimento com a pig Algues pretnden ver ma nua tte Goworal weoee a praia ws romplco co a pq as me parece Un excess de smpati por Lacan. Claro soe iets em come cn romp treo 8 lnclnaglo de Lacan desde o ico em ota ~ ma um TOR {Sis roo sowie ce sate run tata en pemcpis al Imes dros ca piquata aparece «parr de aus creas Hens Hel eo lfoome sobre Lagache, Teremos ue cope ao Seminiio 9, onde Sal pacer e un todo tasparents que t queso a epg hua Tact efor €« reptpao sgt, Turse a epee spa {um & aera ee omeee o sonata de entomatr, ce Ho quer (Gon esa cole qe no seul, No Somiciio 34sformer co AReonclne, Quando Lacan dz gor mewne a ncousde repr Te ‘ate, podelos enantrar ca tapos dese Fonpineno eum vende Topron do duane. Lenbro fara vocte que, por coeapl nO Bae os pt tiny tanto no Semintio 4 A relgdo de obo, quato 20 Seminéio 7, 0 deseo eso intrpretapdo, 9 entice primordial do met @ 20 tkjo. O mol apaentse como Wenficwo a0 objco, Somente i Feformulato dese grafo na Subversao do eto ~¢ que vi aparece tuna corer desa questo. Aidenfcago primordial nto sei ma dem do fata ~ em ins, 0 gab qu dtermiaria~embaco— 1 idntiiagto ao objeto, ou sj, 0 aspect imaginro. No primey pa fo co andres sto algo assim como 0 aires Ou, 0 ur xh a sei 9 masa be. Soente pls ler ko ceo Sua tats topligias de um mode mais rigoeso, me mesm0 na plea que led da letra Jo gala Este ripido percuso serve para sian a questo d epetigo, om o qual temo ei de um modo muito exquersco a rpc et Freud Fela ifealiade ou imposshiidade do rsa shot do sn toma ~entendid come solute de compromisto des confit to rdor do principio do pazr- 0 prncipo de repo into inceseantemen- {esta dimensioconlitive.Fiso que Freud et zen quando di uc Se pode suimar, mas aio tudo. Sempre hi um reso que cxige sara Zag € que ese sera o principio Raden da produto do since. iso que fica como principio Tundamentl da proaylo do sira na ‘tori eudians. Endo, equematcamene, ii que em Feud esa com pet da repetio, ee Lacan ta ene satis Qo vl €O ‘tonaiom de Céramibalt~ exero ao pocesso pguco, co 50 prio da organcidade ~ «una siperagta do duaiso ata d er Go figtcant. Porém, a repego significant nfo €resoltv, sento ‘que ¢resignane, na poissemin que pode se depreendr deste tro, KRetvgnate no sitio de gue € amu ao qu o sujet pode se trea su lmitagso. Nto para fer ours sole weno isu, tame no Send de que Ea incestantstertava de colocar novo sgn neste Ponto ‘rede, que perma uma nova artculaan nase spice ‘Assim considera as cosas, o que sera um fim de ands? att que ets aquest do teminive oiefrinivel, porque epeusdo Do aca nunca, sja tua u nour spy. Em enima das ie teeppes pole acabar. Se tondssomos 3 pera scp de Laan ‘catia lve all pudesse sear Diane que algae poisons 2M poeram ter como objetve de fm deals gus 0 eho supeate 1 sus limtuyicsPorem, tr como objevo gos © packs spe a Sus Timitagoes¢ um objetivo absurd no minim presgons A formula ini de Fred, a respeito de quo o8obetivos da rricanse consisam em easfornar em consclene © concent, seen he ao imratctge seopeerensatte amen terete iaraeoee smmaee aS ae seers ieee peaen oat mest ies on eaeen poeraaremeenans Seas cate peersferatearcag ni Beate eee econ sincera iS pirate eremen rae Bigee a deceenecne Soa cece eon nea Sepia wep arate at uigtemcoeme ee geen -qeakeae geome corel ape seat eaters ra Eeaeereecteeme es Seen Se oe hee ie Se eee ane ee Ei cpr ietac eae eee ee eer ieee are aoe eee eee ee ae ee eee Seni eau Sees ace Smee is pe are eet eoer eee me ee Sue ceeaaeeanereeon. Sater eco Sep eerie eer ae Germans Sie ee eae pea paar chance tan 2 Aled eat nfo. Na verdade, elas so wibuirias de alguma concepgto feudiang, porque ninguém aotes de Freud tinh valorizad o presto mental pot si ‘mesmo, como fote de uma cura. Agora, que cura? Fo que depois entra ‘em questo, mas de fit as terpias de auoajuds, 0 pensamento positvo ‘te. so tbutirias dessa concepeto,emboranlo tlizem a palavra n> ‘onsciene, alguns filam do subconsciente, Essa plavra & muito antiga ‘literatura, aparece registrada na literatura no século XV, em Caldei- ‘on dela barca, Etesgaada nose to histrieo com tum sentido presso ra teoria da mente: aquilo que sem ser inconscienteestd por baixo da ‘onseigncia, como uma espévie de residudio que est all ao alcance dt Indo. Isso nio ¢ exatamenteo pré-conscent, senso que ¢ algo refutivel, pela conscignci, mas pasivel de um debate consign mesmo, de uma Introspecgto Em 1900, no capitulo depsicologia dos processos orcas, apa rece aformulapto de Freud de que hi algo que sempre fo inconsceate © Sempre 0 ser, que ¢ iedutvel. Ai ele cena um principio terico que ‘depos vai se deca aeluidar~ em Fredo ao Narcissmo, nos seus ‘excita sobre 0 complexo de Buipo ~ porque essa afimayto iieial & ‘completamente enigmitica Eno fim de anise &concebivel somete 1 partir de uma certa concepedo do inconscintee¢ dela que vai depender ‘© que vamos entender por fim de andlise,Freod vai vacilar durante tod ‘sun obra ato fim de Seusdias~ en concebero fim de anise como 8 ‘Superapio de cerossintomas elou concebero fim de anise como o ea- ‘contro com a focha da casvaeio. Sublinho way porque também a “sle- ‘0 dos sinfoms oma os necesirios de serem superados pare entender ‘que se chegou a um fim de ailise pode estar defnida ou bem desde & ‘erspectiva daquelessinfomas que mais inconvenient causam na vida, ‘bem desde a perspectiva do que € impossvel de resolver. Entende-te ‘sa diferenga? Ou Sea, scompanhando Freud podemos tomar esis diss ‘erspectivas, cle oscil de ua a ours ds veres as conjuga. Se os sin- {omus a considear, como aqueles que uma vez superados estamos no fim de uma andlise,sio definidos como aqucles que mais inconvenieates ‘susam na vids, bom, superando-s os sntomas que #80 mis inconveni= fentes,acabou a ands, 0 sujito ja ose incomoda tanto. Ox bem om siderar que a selepto dessessinomas ests definida pelo fo mesmo do ‘ave ha coisas qu di para resolver e coisas que no dl para resolver. Tae to de uma quanto de outa perspectiva a andise ¢ interminivele¢ ali que Freud nos eoloca com seu timo esquema de psicanlie, dos anos 30, [to poderiamos pretender fazer uma andlise complets, tems que nos satisiazer com que osujito methorou as suas quetbes. Chega num cero Ponto onde lo hé mais wansferéncia, 0 paciene nio prtende resolver mais coisas de sua vida ese di por sutisfito. Mas evidentemente que um anata sabe que sobraram mutas coisas paca resolver ~ a impossibiida- de propria da estrutura do fantasma™ = incsive Freud chega a falar de tums cert insisting ineviavel do anaistn.O que vefcamos em nossa experitncia cinea ~ mesmo numa anise que terminou mesmo ~ ¢ que ‘ao deixamos de lamentar que se pacientetvessecontinuado mais um ouco, quem sabe sua vida Seria mals perfbta.O que por um lado épre- fungoio ~ porque nfo sabemos ~e de outo lado fica em evidenca gue fazendo coinciit fim de ndlise com 0 enconto com a rochs da casa 0, reconhece-se de fat que hi uma impossibilidade, portanto, 0 que Fic atingdo em chelo ¢ onarcissmo do anaista, Nem sequer he obra 8 iusto de que podera fazer mais, se o outro qusese. Ele mesmo acaba ‘econhecendo que, nem com "Yodo sou saber”, tampouco consegua fazer mas, Lembro de um caso de um paciente aduto que, ap6s 4 anos de anise, atngiu um ponto em que reconbeceu que ou produzis um ao ‘Sua vida ~ que era © ato de sepaapio de sua mulher ~ ou nada havia a fazer. Foi uma conclusto dele que eu no tinha por que imped, lis, inclinava-me fortemente «pensar que ele nha razHo. Ele diz que mio tem condigaes de sustentar essa seprapao psiquicamente. Era um sujeito com ‘uma estucure melancolics, que efeivamente nlo tisha condipbes. Um ‘homem muito iteligente, com uma capacidede muita aguda de reflex, ‘que diz: “esse € me limite, minha anliseterminow”. Bu Ihe ise: “neste Ponto, sim”. Seis tos depois ele marca uma entrevista, chega, sents Eiders edi: “Posso pasar ao dvd. Dea e me dz: "Vamos continu, Separel-mel”, Textulmente Imediatamenteiswo me fez pensar © que & tum fim de anise? Porque ¢ claro que quando esse homem saiu,fiquet ‘nvistecid, porque ina cetera de que sua vida i continua um infem0 realmente ele pares no ter outa possibilidade. Dri, lis, que fquet ‘ouvencdo de que nfo tnha remédio, ue ea a rocha da casagio. Nio ‘ou contr 06 detalhes, 0s aspectes asocatves, a fantasmitica, exou rencionando simpleamente a conclusio e a superficie, mas eu estva ‘onvencido de que esta ands etavs termina, gue neste pono de su ‘ida smorosa ele nto tina remo, era arocha da castro e qu in er ‘be vver com iso. Cosa que por otto lado ele formulava de um modo ‘muito claro. E de repente cle aparece eretma su aise, numa virada ‘que espero chegar a averiguar camo se produzs, ate agora no sei ber. ‘Besde'o ponto de vista terico, o que em seguida tomos que advert & qe nio pode funeionar como uma refleNso epriorisica em rel aesse ‘aso ea eapeto de caso nenhum,porgue sen acabamos no escutando ‘© que ele tem para nos revela, sas sim para nos orieatarmos nessa Pro- “ Alfa semi ‘emitica de fim eae, que nos perma nfo uma posio arora A: condo e "resto sen de ershermos quand hse sconce, © ‘ue é bem diferente © tem cfr tener = prt de una ere {Ho sobre fim de anine~ condi e rego a ques rst, do {hu estamos odvrdon pare petebeos quand sos prod © que poems eno diz sone fi de adie, orinados por ‘Samana reels quienes Nese po ie meso, Nese pom evo assinalar uma discrepancia ae rot {salar esa dscrpinca Inerpretao parcial pods aver, rele a interpreta toda no Seto “dur de interprtagto,no senigo dese operapiofuamental que produ nessa inerigd un sigan nov, ft sea que mide a insect. O qu digo & qe o fantasna fundamental imutivel esa rocha da castacto, no hi ada qu vo poses fx er com ele, sds o ponto de Vista dele mesmo de sua estrus mesma Depots, bom. Aig asim como: eta cada para se ders tm que estar de al forma depois posso colser de ute modo, empibar ee [Neste texto, Mile ala da fntrpretabiidade no setae no 3 Imente como pose mas como finadade de anise. Asia ss no ‘or races pola, mh poguc uma quest deisiva nu lera ema tice psicanaitica, tem consequinca. Devo fne a observa late gue me retro aos aul, nlo esto flando de elngas 0 sj ‘ntl no tom com respetoao fants a mesma pongo gue infat do sue, O To des tate do infant do syjelto lo nos auton or teasposieo, a tata osteo como cnanga no €2 mesma cis Dizia que a primera consideracdo que podem fazer € que © fant fundamental se revela~ ness experi, por exemple, da surpesa gus ese patente ntroduzycomo ako lnterpetavel: © dizer que fantsma fundamental slbergam-xe mito mais cot ue Advertios, do que somos capazes de conecerc vista nnn anise. Porque sotente to explica de onde ese pacente trou as condos ‘que precia no torpor sport exe st. Voces sabe qe uma = Supeta sempre desde ofantasma fandaent, nko bt esta postbliga- de Jostamente, 1 dinenso do at pode tet clastic, pogue #9 0 ‘jt nfo tem recurace flcns on ertuago fantsnaticn, ees de> Sarma ena em rise Er apf ete paclete, eu dra nee feos ‘em fad estava perdido, No momento em qu tominow anise seis font oh ei lc cn m0 i fd och ‘stag ~ dita qu ele nfo sabia, nem eu tarpon, que nem ado sta perdido chavs algo de ft sh me Ste do ntact ts ‘Bum paciente que durante toda sus anise tove grande difcul- dade para associar acerca de sua inflcia. Acabou associando, trabalho- ‘samente, porque havia uma resistencia importante e raze para iss. Seu pier alcobata, ele o amava muito e era muito amado,eiss0 0 obriga- ‘aa um ocultamento das consequéncise, a um sparamento dat ext produzidss pela embriaguez do pa. Agora, jé de entrada na retomada de Sun andlse, az duns ‘que recuperou Uma dels fiz com que peteeba como no tina se dado cont de quanto seu pai o amava. Uma (Seas ~ aos 12 anos de idade ~ entzou em casa e seu pal, embriagado, baa em sus mle. Quando sew pai o vi, parou, olou~o com um olhar de ‘vergonie © constangimentoe balbcios: Ev nfo queria fazer i80". Fle fiz que se deu conta que o pa fer iso pelo amor que tinha por ele, por- {que su fia ndo parc, le omtinuava com os ols vermelhos. A mie disse: “Vin o que seu pai 6, eo pal disse: "Nio, eu nfo sou, eu nlo sou, est nio sou.” A segunda lembranga € de quando cle tinh 20 redor de Seis, sete anos etna uma rivalidade com umn vizio da idade dele, eran, ‘nimigos. Um dia, houve uma provocapio ¢ acabaram indo & lua. For- ‘morse uma roda a0 redor dele, que se ameacavam sem chega a desir ‘verdadeiramente os golpes, insuitando-se et Ele vi uma serie de ad {os que riam ao redor dees, porque ¢ claro que era uma cena cuioss © Fisivel, de dis guriinhos enbrenhados em uma luta que mio chegava a ‘contecer.O so dos alos o fez se sentir com a vergonha do pa. Ele ‘diz "Eu me sent com a vergonba de meu pai e sai correndo,e desde ese fia me sinto um covarde. Nio posso fazer nada que desperte a agressivi~ fade do outro, ou que 0 outro nto estja de acordo”. Sua exmulher = que ‘or sna € muito agressiva ~ inconscientement sabia dso, ent, cada ‘ez que ele tentava dar wn paso, ela se tomava agressva ele reiroce- dia Evidentement isto aude auina inscriqdo que no se revela comple~ tamente nessas lembrangas, mas que de crta mancira st refer a ets ‘Uma iscrigdo que podemos formulae teorcamente como um pai que alo pode fazer frente a9 mundo ¢ que nfo pode falar de seu mor, portant, ‘lo pode clocé-lo em ato. E por isso que esse homem tem um sentimen= {o coastante de que seu valor depende do olhur de uma malhe. Esa pas- sivizagio do pal traz& tona uma posgSo masogusta, uma inseriglo onde ficou rblinhads ordem macoquistcn. E é aqui que surge a quosto da anise intermindvel, prcisamente porque o sigificante produz inscri~ (lo, Faz marca, nio pelo seu puro valor enuncstvo. Seu valor enqusnto Tarcante aio pode ser lido mums logics inraseca & linguagem. Nao € reduivel # concepedo,conceto ou valor puraments lingustice da pala~ ‘ra seado que, para ter esse valor marcant, este significant tem que ‘star articulado Com a diaticn pulsional Esse € 0 ponto iedutvel & Ps Aled eatin Imerpretao do fantasma, esse ponto em que andlice& itermindvel Este ponto qu escapa i palara, emborafque penduradonela esa nela aque se artical. Esamos nt efeind invite! a no eodamento bo romeano dos registros RSI (Real, Simbolico, nagindro) Paha que epe- ‘eee ali para demunciarprecistmente a impossibiiaade de capturat 0 resto chamado objeto (pequano a) sob uma forma tal que sua borda sje to perfeita que nlo deixe brecha de conexdo desserecorte com 8 extensio Indefinida do Real. £ por iso que aparece o Simome (como bem nos 32 notar Lacan no seu semiirio XXIN, acerca da "solup80" egoca queen ‘contro James Joyce para produir a letra eapaz de suture a fala produ 2a pela lauicagdo patcma) Eis af, aver, que se situ, apestr da in ‘erminabildade da andlse, o moments do fm?” JUNHO DE 1998 "Temas: Destino de uma anilise, Palavra, Corpo, Logica da Ciéncia Moderna, Logica da Psicanilise, ‘Posigio da crianca no discurso, Resto, Ordem da razio pritica ‘Ax que ponto um analista decide o destino de uma anilisee ua concusto? E frequente nos deffontarmos ou recebermos em supervisio 8 Derpunta ~ ndo necesaramente formulada nesses termes, mas legivel ‘esees feros na andlise com uma cian ~ de a€ que ponto uma anise pode vir modifica uma insrgfo. Ou mesmo a perguna acerca dese € ssvel produzir ess inscriglo nos casos nos qualsSupostamenteela no {ena se produzide, como no caso do autismo, Ou nos easos nos guais hhavendo se produzido um certo tipo de inscrgto ela faqueja, mostra sun falha demasiado escancaradamente para que 0 sujeito post suport la. ‘Ou para que tm sujitopossa se constitu all para supetila ou Se sus tentar, que € 0 caso do sujelto psicétco. Ele se consti ~ como por ‘exemplo na paranoia ~,o problema € que no tem como se sustetar. Ou ‘a esquzofenia, onde eaberiacolocar em questo até que pono ~ nesses lampejos de sueito que aparecem nas alucinagdes edeltios mais elabo- rados~ ess etutura persise, opera, durante os prolongaosperiodos em {que nas formas mais gaves 9 steito peemanece afstado, islado, toma do por automatismos absoluamente fxs erepetitivos, ou alé por estado fatatOnicos. Cabe perguntar até que pont ali opera algo da ordem do sujet FEstou flando do adulto, mas também poss falar dis criangas com encefslpatias, onde aparecem formapbes esquzofnicasprecois- ‘mas e que também respondom a automatismos. Nada do sujeito parece funciona eno se confunde com o autsmo, pesiamente or esses lm peje slusinatériose delrames que se justapdem com esses momentos de ulomatsme, islamento repetiqdes cts. Tambem esse encerramerto do squizfiénico que na cvinga aparece muito mais sab a forma do que Chamam delirio moter, ou sea, insergto na mothidade daguilo que pilav ainda nio eth consttuido, Manifeta-se exo por urn deambi- “ Aledo Jeti Iago incesante, no necessriamente desligada do outro. Nio reprodu- ‘em 0 iolamento proprio do autismo ou o negativismo em relagao a0 (outro, a negagdo do olhar. So erangae que olbam, numa pulsdo que 3° ‘estabelece de‘uma Toma bastante maniaca: & a eianga que val de Un hie to, cami em cima dos ojos no recobeceo Hite entre as coiss. So capazes de continareaminhando quando chegam a beira de uma escada e despencer Coninuam eaminhando no mesmo smo que vinham no plano e nfo € que nfo vejam, & que no lh. 8 riangas que apresenam sintomas de agresividade ie no tem nid & ‘ver com @ autism, de langar coisas. E muito comm ests manifestaglo squizfitlca de wansformar tudo num prot, a vezes com una cio. Sa pontaria. Lemibro de um menino de cinco anos que os pais se quek ‘arn de que eram acertados 0 tempo todo, Pergunta sobre uma colocasao de Jocques Alan Miller que ‘aponta para a questo que 0 inconsciente no tom wade, mar obo im, ‘que a consnlgdo do objeto tomb toma ver com atemporalidade Eu nto coincdiia com que libido tem dade, com o rexto sim, ‘No someate em relafdo dade, endo a sitar a ibido no eixoexplica vo de qualquer coisa, porque evidentemente a libido € a tese mis aes ‘de todos 8 ixos Primeiro um comentiro sobre a libido, inclusive tomando 05 ois captulos nos quis Lacan se ccupa no Seminrio 11, Os quatro con cates fundamentals da psicanilse, desta queso, como wn requiem Para 2 Tibido~ assim que os tenho chamado ~, porque € uma espéce de home- ‘gem péstuma desde o ponto de vista conceftia, Digamios que embora Tibido ocupe 0 ugat de eonecio duro da teoriaanaiticn durante talver lus 50 anes, parece que preistmos abandonar esse conceit 4s margens histvicas da teria para Valermo-nos dele somente na plensconscincia ‘de que ele vem a preencher os espagos onde ainda no tenor uma tora propriamente dita elo menos uma teria cietifca, No me reo 8 ciew- tifeidade popperian,refirome a particular posigfo da cincia pscanali- tica, que 2 respeito da cigncia moderna invert & posto da causa da ‘verdade, Voots saber que para a cincia moderna a causa & que permite AGesvendar a verdade, ot se, que prmeiro teriamos 0 filo que reacions ‘uma coisa com a outra ea partir da se estabeleceria a verdade. Essa ¢ 3 igncia moderna, A psicandlise parte de reconhecer que no suit cos Fumciona eo inverso, Esabelece-ze um enunciado que fimciona como verdade e a parr dai se produzem fags acerca dos quis se estabelece lum enuneiado causal, que rewoage sobre-a verdade. Podertamos dizer Sater do tenses » fntlo que a1gica da cincia modem & uma lgicaposiva linear € 8 Togica da psicandlise € uma lien do apres coup. Voeés veem como & ‘ois se inverte completamente, «verdad gue usa para a psianiic, ‘no enantio para cencia€a causa que consul a verdade. Eatlo & ev ‘dente que pra a pscanlise ponte de letua énalinguoger, na cia- ino ponto de leitura éno objeto. O que justament situa a cicntificidade 4a pstcanlise, que nfo ¢ um desvario intuitiv. Ndo se trata de um live ‘exereicio iestrio mistico tampouco & a posta em sto dos sentiments, ‘lo € um exereicio da emotvidade, tampouco da sensibildade pessoal, ‘como pretendem alguas analisis da TPA ultinamente. A psicanlise 6 jistamente a disciplina que rei a palavra do campo da religito © da ‘Sugesto a introduz no campo da razio, descobrindo o statu cent ‘0 que the & prdprio, Ou ea, os pincipios que permitem consti um, onhecimentavilido e vedndeio sobre 0 modo em que palavea opera Sobre oindividuo da espcie humana. Sea no imbito individual u social, {ja no imbito orgnico ou psbquico. A prcandlise cris um metodo ci tio paraindagarnalgica das tranformades que a palavra cast Pemito-me dizer que nlo falto 20 rigor ~ nem metodo ‘nem treo ~ quando fndamento a especifiidde da picanlise de rian- a8 numa paricularrelagdo do sujito infantil com 0 discurso, com & Finguagem, com osignifcane, que jutament fz uma critica a essa me- tafsea, porgue situa nos ts registros uma duplicagio do registro do real so quer dizer una impossblidade dacranga de star o real numa ‘orda univcs, E uma borda incessantementedivergente que mostra esa Alipopia propia da infnci, que € 0 que faz com que os pas venham nos ‘086 normal Essa diplopia que el ntroduz no olbar do outro justamente porque precisa concordar na posigdo que 0 outo he reserva no registro ‘do rea, justamente para poder simbolisa & parr dali sua posiao de ‘sujet como tal, ou sea, sujeto de Gesejo sem idade na diferenciaclo {que o situs 8 casvapso, homer, muler, até poder ser nem omer, nem ‘ie, nem pa, nem coisa nen. Justamete, ela tem que concordat ‘com exes posi que a0 real Ihe reserva‘ adult que aparece para elt ‘como imperative, que seria o nico imperativo categiriso,antiane” ‘ilo, rconhectvel analiicamente como operante no sijelo desde 0 Ponto de vista de sus ldgica.E a frmulaeSo que ma infincia adqute © Imperativo de gozur, propio a constiuigto do Ouse: “Gozai asim, no de qualquer outa manera, assim. Ent, essa formulagio particular pars 2 infinia brian eranya a stuar esa borda do real em concordincia ‘Som verso que o adult reserva ara o real, as a0 meso frmpo ~ Ey Alte Jeti pelo excesso de real que Seu corpo introduz li ~ aso a obrign a surentar tua borda que the permit representa de algum modo esa distinc gue 20 imperativo do Outo ea suport, © que & o que faz sntona propria: mente de inficia: desentar, beincar, meni, fabule, ease excesso de Fcqdo que a eran realiza e que 6 considerdo noma. Evidentemente esse exceso mds de posiglo. Quando um adullo ver & alse e diz: “Bu no posto sar de easa porque tenho medo do lobo feroz.”, 0 extato= to desse significonte mudou. Em toca, se uma eranga de ré ance iz isso, rimos,achamos simpétco, interessante iteligente: "Como se d& ‘conta geo mundo exter realmente tem problemas, que sada!” Mas, tvidentemente, avis em que recebemos estes enimciadasndo € do mes ‘mo entatuto com que receberiamos isso dito por um ado, Pergunta sobre um tx de Charles Melman em que ele coloca ‘que o inconscente€oorganico. ‘A concepo do inconsciente como um reseratioborbulbante ‘e putes, desde 0 pont de vista ffeudano, em seu undsmento no dese= ‘uli bolbpieo. Eston alando do esquema da bexign onde Freud Prctvamente divddo a reapeto d pongo dese sifcant nquto Srdem na qual le esa operanco: 9 seid ma crdem do imaginio, 0 ‘alr erder So sinbleoe também dvd no que dz espe un xtensfo, © que quer dizer o real Vou expla ols porto. O que Scontce gniucr eto quando ac conifota, fea ete a Si ‘cane? Diente de qual leant ost inevtavelente w 6 prndoxo de qu, 4 mes empo om que ele ante ps dene Sent para marca ma pesiefo ne contin inferencado do el ‘se lant da limiagdo. dese sgncate para oprar somo marca. (Que ier que esi significant no pode marae tudor sempre sab na fxtenso evdentemene muito air que «que o sigan pose mar Ser O que teaver com &particulridade ou univeraninde dss ii feate, Come bem sabes ssujeospssaram grands pate a hi ‘a da humanade na Grey de congustor niversis Cua as ui “eval fo signifcae, maior tao de egwanga nos See ig [rate tom uma etensi al que pode marar tide, cu bom, i sibe- ‘bos fo. O problema € qo ose sempre se 8 no pradoto de su Sapte dele edspondo v6 le sempre em una limita. Onde poe ‘a encoa slgo de natueza diferente do signente qe he perc {uma extensto absolute una aranpacia completa do eal? Bom 8 £8 io qc a iene os vende ‘Vamos fier um puna percuro a rept da questo da l- tea Vou tena dear ese conceit de ler poco me sar. Por xcmplo, 0 sap ~agicle que no €opaipe tamafomado ~ cna $m cio compose por ues ignox temperatura, unde eines dade Se esses sgnos se combina na proporgtoadequads, ele amadure- do pono de vst gonadal ese repro. Se os ignos io we combi ‘im de modo adequndo oso pode eescer de tamanio,tansfomar-e Tiscameote mum adultos Sas nada no emadurece eel Do feprodu so quer dae que oso amber sesiel un dig, as {tim ean guste sizes ft, Por ao 0 sap i eacreve novela Sor nto copra boy da princesn, Osapo€aemivel 20 cig deo an do eal pores es signs Si confguados cm as images Gur see do nemo us ton let, Amar, gro dejo, "O amor tempo rss” + Seembeo de 1997, Furr curandis’, Associ lve, Fantasma funda ‘mental Sitoma em foo rans: urge ¢ nario parent, Inter reap, Principio de conraio,Positodosntora no iconsciente + Setembro de 2000. Newose de angst, Lembrangss entries + Seu Jono de 1997 soma na xanga como poate de ariculas30 do aot infant no social, Comhecnen e sabe, Formoptes do ince ‘emt fiagte, semsgte,ieniengte, Leta significant +Sexuaio. Novembro de 1997. Sewasio, Bisiommiade constitu, Anatomia & 0 destino, Cara constant da aon sca EAU 20| fic, Ineo pond, Resi gino, Ordem do pi, Orde do objet, Ordem da faa, Orde dose — = st a 18 st wo Ale + Sexuaiade infil Agosto de 1998 Sexuldade nfl e seus dios oj Lapa Lepimato Tet Go cone, Len Ge Deki, ierenga sexu, Sexual paren or + Seale pars. Agosto de 1958, Semi eile eu exis | bof, Laat Tein Tet Go cone, Lge de Desk, Dierenp sexu, Sexual petal nn 97 + Signet Junho de 1997, 0 stoma na erianga como pono de atc. lato do suet inf no socal, Conhecimeato «saber, FormasSes co ‘sconce Mago, sexugte ieaieay, Letra signin 21 + Sint da erianga. Junho de 1997.0 sitoma na xanga como pono de arias d sje ina no socal, Conciente saber. Fomaqtes to nconciene lag, seruglo, enfeagto, Lae sgieante 21 + Setoma do nconscineSetemvo de 1997, Furor "urns" Associa Ie, Pts fundamental, ito em fo na ers rnc a cll prea are, rc de conta, Pose dy + Siotoma, Setembro de 1997 Furr “cura”, Asociag lve, Fats ‘indaectal,Sintoms em foc na isms: gc aii parental Interpretapo, Principio de contri, Poin do stoma no monacerte A + Sintomas. Agosto de 1997 Inurpretata, Mando, Desino ¢ Origen, ‘Sikomas:prprios da ofiéei, ecessron e coningents 20 os ‘Tempo da criasa. Ouubro de 1998. Discuno amoroso de Roland ‘Bares, Fantasma finden, Reap do dicuse amcrowo comple a, Altos, Aleta, Amor, goo e dejo, “O amore tempo oa cana" 111 + Teoria da meméra: Maio de 197. Complex de Epo, Toni da mend ri Teoria do tums, Opeajdo de diferente, Operas de allen, ‘Opera de epg. + Teoria do wauma Maio de 1997. Compleao de dip, Teoria da menses, “Teoria do trauma, Opersdo de diferencia, Opergto de llenapo, Operas de epee " + Transsexuaie, Dezemteo de 1997, leita, Booking, Yerdrineune, erniman, Vere, Verwerfong, Urverdrngang, Stone ep ine, Ox gto pas lcanianos, Foi, Taarexalinno, Dees ice sane af uma cans “Cree eis eo femme posed de una a nnn 28 u + Urata. Seem de 1997. Furor “urs, Associ le, Fanta ‘ma fundamental, Sintoma em fc na crane: urgoca® aris Pe ‘a pret, Pio coun, Pn so bom

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