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Sébado 30 do Julho de 1983 I Série — Nimero 74 DIARIO DA REPUBLICA PREGO DESTE NUMERO - 136$00 E A aniatre meena srk ino om Ainaaees Fa 1 dedamaivo ove tea Pte be plana pare ends aa, 28 idl de Repbicn Senn ais Beare rots Rptedow Dil de duende da erie Compligiadar nao ara Revie Tada «correspond deve ser did 7° SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA AVISO Por ordem superior € para constar, comunica-se que nao serdo aceites quaisquer originals destina- dos ao «Diério da Republica desde que nao ta gam aposta a competente ordem de publicacao, assinada @ autenticada com selo branco, SUMARIO Ministrio de HatitagSo, Obras Pillicas © Transportes: Decreto-Lel n.* 349-c183: Aprova 9 Regulamento de Estruturas de Beto Armado ¢ PPreEstorcado. MINISTERIO DA HABITAGAO, OBRAS POBLICAS E TRANSPORTES Decreto-Lei n.° 349-C/83 de 30 de Julho No quadro da actividade de actualizagio da regu- lamentagdo técnica de construgdo, foi oportunamente reconhecida a r2cessidade de abordar 0 dominio das estruturas de betdo armado e pré-esforgado. ‘Com efeito, 0 regulamento até agora em vigor, aprovado pelo Decreto n.° 47 723, de 20 de Maio de 1967 — que corresponde, aliés, a uma etapa muito importante no progresso dos conhecimentos, entéo em. répida evolucdo —, além de nao contemplar as estru- turas de betdo pré-esforcado, necessitava de actuali- zagdo face ao desenvolvimento técnico entretanto ve~ rificado, Acresce que a promulgacdo, pelo Decreto n.° 235/83, de 31 de Maio, do Regulamento de Se- uranga e Acgdes para Estruturas de Edificios ¢ Pon- tes, que estabelece as novas condigGes gerais a obser- var na verificagao da seguranga de todos os tipos de estruturas, independentemente da natureza dos mate- riais constituintes, imporia, por sis, a necessidade de revisio do regulamento de 1967. ‘© Regulamento de Estruturas de Betéo Armado Pré-Esforcado que 0 presente decreto aprova foi ela- borado pela subcomisséo especifica da Comissao de Instituigdo € Revisio dos Regulamentos Técnicos do Conselho Superior de Obras Publicas e Transportes, com base em estudos ¢ propostas do Laboratério Na- cional de Engenharia Civil, que participou também de forma muito activa nos trabalhos daquela subcomis- ‘Com a promulgacdo deste Regulamento ¢ do regu- lamento relativo a seguranca e acydes, anteriormente referido, passa o meio técnico nacional a dispor, neste dominio, de regulamentagdo actualizada ¢ perfeitamen- te harmonizada com as directrizes j4 adoptadas pelas grandes organizagSes técnico-cientificas internacionais que a tal harmonizagio tém dedicado a sua actividade. ‘Assim: © Governo decreta, nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigéo, 0 seguinte: Antigo 1.° E aprovado o Regulamento de Estrutu- ras de Betéo Armado e Pré-Esforgado, que faz parte integrante do presente diploma. Art, 2.° $40 revogados o Regulamento de Estrutu- ras de Betdo Armado, aprovado pelo Decreto n° 47723, de 20 de Maio de 1967, bem como as alteragdes © rectificagdes nele introduzidas pelo De- creto n.° 47 842, de 11 de Agosto de 1967, € pelo Decreto.n.° 99/76, de 23 de Julho. ‘Art. 3.° Durante’o prazo de 2 anos a contar da data da publicacao do Decreto-Lei n.° 235/83, de 31 de Maio, que aprova o Regulamento de Seguranga ¢ ‘Acedes para Estruturas de Edificios e Pontes, pode- 2832-(100) To ser submetidos & aprovagéo das entidades com- petentes projectos elaborados de acordo com a legis- lagdo revogada pelo artigo 2.° Visto € aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Maio de 1983. — Gongalo Pereira Ribeiro Teles — José Carlos Pinto Soromenho Viana Baptista. Promulgado em 23 de Maio de 1983. Publique-se, © Presideme da Repiiblica, ANTONIO RAMALHO EANes, Referendado em 30 de Maio de 1983. © Primeiro-Ministro, Francisco José Pereira Pinto Baisemao. MEMORIA JUSTIFICATIVA A necessidade de remodelar a regulamentagio na- cional sobre estruturas de betdo armado publicada em 1967 deve-se fundamentalmente a significativa evolu- io dos conceitos sobre seguranca estrutural entretanto serificada, j4 consagrada, alids, no Regulamemo de Seguranya ¢ Acgdes para Estruturas de Edificios Pontes. Por outro lado, a caréncia de regulamentagao sobre estruturas de betdo pré-esforcado, ha muito re- conhevida, ¢ a moderna unificagdo de conceitos que permite englobar no mesmo corpo de conhecimento este material e 0 beto armado aconselhavam seu tsatamento conjunto no mesmo regulamento. A evolugdo da regulamentagao portuguesa tem re- flectido a actividade internacional neste dominio, prin- cipalmente a que é conduzida pelo Comité Euro- international du Béton (CEB), cuja acgdo tem tido em vista no s6 0 avango tecnolégico, mas, princi- palmente, a harmonizagdo dos preceitos regulamenta: res dos diferentes paises, acg&o esta, aliés, em que a conttibuicdo portuguesa’ tem sido continua e muito proficua Note-se que a publicacdo do regulamento portugués de 1967 se seguiu a elaboracio da primeira versio das Recomendacoes do CEB, publicada em 1964 ¢ remo- delada em 1970 com a introduga0 de disposigdes re- lativas a betdo pré-esforgado. Porém, 0 grande desen- volvimento entretanto verificado nos estudos sobre se- guranga estrutural evidenciou a conveniéncia de os prineipios gerais relativos a esta matéria constituirem regulamentacao especifica, aplicavel, portanto, a todos os tipos de estruturas, independentemente’ do material constituinte. Foi esta j4 a orientacdo segui- da pelo CEB na edigdo de 1978 das Recomendasées, profundamente remodelada em relacéo as anteriores, € que, sob o titulo genérico de Sysidme internatio- nal de réglementation technique unifiée des structu- res, 6 vonstituida por dois volumes: Régles unifides communnes aux différents types d’ouvrages et de ma: tériaux ¢ Code modéle CEB-FIP pour les structures en béton. (© presente Regulamento, aplicavel as estruturas de betdo armado ¢ de betdo pré-esforcado, foi elabora- o, juntamente com o Regulamento de Seguranca e Acgées para Estruturas de Edificios e Pontes, de mo- doa integrar-se na linha de orientagao exposta. A preparagao deste diploma, tal como jé sucedera ‘com a do regulamento de 1967, constituiu encargo da Subcomissio do Regulamento de Estruturas de Betao 1 SERIE — 8 174 — 3-7-1983 Armado, da Comissio de Instituigio ¢ Revisto dos Regulamentos Técnicos do Conselho Superior de Obras Pblicas © Transportes. No entanto, ¢ como tem sido prética habitual, os estudos de base e pre- parayao de todos os documentos de trabalho foram efectuados pelo Laboratério Nacional de Engenharia Civil Antes de se proceder descrigdo e justificagao — nevessariamente sumarias — das principais.dispo Bes contidas no Regulamento, convém sublinhar que, devido ao facto de grande mniimcro delas constituir inovagdo, se exige dos utilizadores uma atengo pai ticular para a sua adequada interpretayao. Aliés, visando tal objectivo, introduziram-se no texto, sempre ‘que foi julgado util, comentarios ao articulado, com © intuito de esclarecer, justticar ou exemplificar a ma- téria especificada; estes comentarios, impressos em tipo diferente, nao constituem, porém, matéria regula. ‘mentar. A apresentacdo dos diversos aspectos que se julga de interesse focar, feita seguidamente, acompanha a divisdo tematica do texto. yosigdes gerais Como j4 foi referido, o presente Regulamento foi elaborado tendo em atengao a existéncia do Regula- mento de Seguranga ¢ AcgGes para Estruturas de Edi- ficios ¢ Pontes (RSA), com o qual directamente se ar- ticula. Consequentemente, é indispensdvel 0 conheci- mento detalhado do RSA, pois nele esto consignados 8 principios fundamentals da seguranca que interes- sam aplicagdo do presente Regulamento, nomeada- mente critérios de verificagao da seguranga, definigao de estados limites, quantificagdo e combinagio de acgdes € coeficientes de seguranca. © tratamento conjunto dado aos problemas do be- tao armado ¢ do betdo pré-esforcado justifica-se ndo 86 por ser hoje prética corrente a utilizagao de armaduras ordindrias © de armaduras de pré-esforgo desempenhando no mesmo elemento idéntica fun resistente, mas também porque as teorias do compor: tamento do betéo armado so facilmente generaliza- veis a0 betdo pré-esforgado. Quanto ao campo de aplicagdo do Regulamento, para além da extensdo a0 betdo pré-esforcado, ele é Praticamente idéntico ao do regulamento anterior, ha- vendo no entanto a registar que so pela primeira vez tratados os problemas ligados com a seguranga em re- lagao a fadiga e bastante aperfeicoados os aspectos relativos ao comportamento das estruturas sob a accao dos sismos; foi ainda dado maior desenvolvimento aos capitulos relativos a disposigdes construtivas ¢ a exe- cugdo e controle. A nao inclusdo no Regulamento de regras especifi- ‘cas para estruturas em que se utilizem betdes leves ou muito densos, estruturas mistas ago-betdo € certos ti pos de estruturas pré-esforgadas justifica-se em face da pequena importancia ow frequéncia que o empre- go de tais téenicas assume ainda no Pais; 0 mesmo se passa, de certo modo, relativamente a estruturas sujeitas a acgdes térmicas intensas Nao se julgou oportuno tratar também da accdo do fogo sobre as estruturas, pois tal problema deve ser articulado com a regulamentagao geral de seguranca contra incéndio que vier a ser promulgada no Pais No que se tefere ao problema das competéncias ¢ responsabilidades dos intervenientes no projecto e na T SERIE — Ni" 174 — 30--7-1983 direcclo das obras, entendeu-se que tal_matéria — porque envolve aspectos predominantemente juri dico-profissionais © no apenas técnicos — deve ser objecto de legislacdo especifica, de ambito generali zado a estruturas dos diversos tipos ¢ materiais, ¢ que reflicta devidamente um justo equilibrio entre os in reresses dos diversos intervenientes no processa cons- trutivo © 06 interesses da colectividade. Estas as razdes por que a redacgo dos correspondentes artigos do Ke- gulamento ¢ feita por mera referéncia genérica a tal Tegislacao, que, no entanto, carece de remodelagio © le aperfeiyoamento, © sistema de unidades adoptado no Regulamento € 0 Sistema Internacional de Unidades (SN), 4 con. sagrado em norma portngtiesa, © que ¢ de utilizacio cada vez mais generalizada a nivel nacional © na tite ratura ténica ¢ regulamentar estrangeira € internacic. nal. A simbologia empregada segue as directivas do CEB, € fundada em largo consenso internacional ¢ privilegia na sua formagio as designagdes em lingua Ingles 2 —Seguranga € acgdes Os critéring de segurangat adoptados, por Forca alias do estahelecido no RSA, nao diferem conceptualmente dos critérios utilizados’ na regulamentagdo anterior continuando pertanto a ser reulizada a verificagte dt seguranga em relagio aos estados limites; melhorou: se, porém, a voneretizagao de vettos estados limites lillimos, tais como os de encurvadura e de pungoa mento, ¢ atribuit-se maior importancia € desenvolvi ‘mento ao estado limite de fendilhagao, a fim de vobrir fos problemas especificos do betao préestorgade. E de assinalar, no entanto, que a formulacao das combinagses de aegdes ¢ propria quantificagan es tas foram substancialmente alteradas, dependendo ago- ra de situagdes da estrutura (em exploracdo normal ‘ou em certos periodos transitorios), do tipo de esta do limite (Ultimo ou de utilizacao), do tipo de acyies envolvidas (permanentes, variaveis ou de acidente) © da duragdo atribuida aos estados limites de wtilizagao, (muito curta, curta ou longa}; a quantificagdo das ac- goes necessaria para atender aos diversos tipos de Sombinagdes assim resultantes € feita no RSA consi derando valores caracteristivos ¢ de combinagao para 1 estaddos limites ltimos, e valores raros, frequentes © quase permanentes para os estados limites de uti lizacao. Houve, naturalmente, que. nova orginica regulamentar, definir neste Regulame os valores de avgdes especialmente ligadas ao hero, armado € a0 betdo pré-estorgado (certas acgoes 160. Togicas, pré-esfargos. © suas perdas, coeficientes de comportamento para quamificagao de acgdes sivuticay) cc. bom assim, enumerar os estados limites a conside: lar ¢ estabelever oy valores dos correspondentes coe. Fictentes de seguranga. inda de agordo com a Wo 3 — Materi No capitulo reterente aos materia incluem-se disposigdes relativas ao bello, as armaduras ordina: rise As armaduras de pré-esforgo, tendo em v1 lundamentalmente, a detnigad dos Valores dle cileulo 2832-(101) das diferentes propriedades mecinicay que devem ser considerados no dimensionamento das estruturas. No que se refere aos hetdes, estabeleceu-se um n0- vo escalonamento de classes, ue abrange uma gama alargada de resisténcias, tendo como principal objec: tivo cobrir as nocessidades das estruturas de betdio pré- cesforvado. Esta classificacdo dos betdes esta de acor: do com as normas internacionais sobre a matéria, continuando-se, no entanto, a privilegiar a resistencia determinada por ensaio de cubos na designagao da por ser ainda este tipo de provete 0 de utili- zacao’ mais Trequente no Pais. Foi dado grande desenvolvimento & materia relati va as propriedsdes reoldsicas do betdo (retracgiv udncia), cm virtude da grande importancia que tais propriedades tém no comportamento do betdo pré ‘sforgada, Quanto a0 diagrama de cilculo tensoes-extensoes do berio, adopiou-se o dianrama parabola-rectanguto em vez do diagrama parabolico preconizado pelo regula- mento de 1967, por ser esta a tendéneia geral na mo- derma regulamentacao. Nas disposigaes rel vas ay armaduras ordindrias, em que naturalinente se tiveram em contas as carite= teristicas da produyao nacional destes materiais, 10- ram incluidas as redes electrossoldadas ¢ especiticadas owas exigéncias selativamente aos ensaios de dobra- gem ¢ de aderéncia cle vardes, ¢ foi abordado 0 pro- blema da soldabilidade dos agos para efeito da reali zagdo de emendas. Quanto ses diugramas de vileulo, adoptou-se para os acos endurecidos a fio wm dia grama simplificado bilinear idgntico ay preconizado, para os acos Jaminados a quente, solugao que apre- senta vantageny de ondem pritica, nomeadamente por diagrama para ayos . independentemen- permitir a uulizagio do mesic com at mesma capacidade resistent te do. seu processo de fabrico. Mantevese a orientagio do ant que se refere a classitieagdo © homolog jor regulamento no 9 das ar. pelo Laboratorio Na- maduras ordindrias, a efectua cional de Engenharia Civil Relativamente ay armaduras de pré-esforgo, 0 fac~ to de apresentarem uma grace viriedade de’ tipos caracteristicas nao permitia, como seria desejavel. 0, Sew enguadramento em classes como no caso das, armaduras ordindrias, Q texto lumta-ve, por tal mo- tivo, @ enunciar as propricdades cuja quantificagao, interessa directamente ao project © 4 estabelecer “os stitérios de definigdo dos diagramas de calculo a uti lizat. Contudo, para relaxacao sao apresentados ele- mentos que. para as sifiazdes mats correntes da pra- tica, perinitem quantiticar esta_propriedade. 4 = Estados © Regnlumente estabeiece que a veriticagdo da se guranca em relagao aos estados limites tltimos scja tm geral efgetuada em termos de esforgos, excepto 0, caso de analise plastica de tajes, em que tal verifica edo deve em principio scr feita ant termos de accoes, Porém, relativamente aos estastos limites ultimos que envolvem fadiea, o critério adoptado para a veritica ao de seguranca ¢ formulado, aliis como habitual mente, em termos de tens6e No capitulo relativo a determinagdo dos estorgos re- istentes, so abordadas de modo sistematico os es- Foreos norms ¢ de Mesao, © esforeo transverse, © 2832-(102) pungoamento ¢ 0 momento de torgo, bem como a associagdo destes esforeos. Além da considerario do puncoamento, ¢ de assinalar a introdugdo de algumas inovagdes sighificativas relativamente a0 esforso trans- versoe & torgdo, que traduzem progressos técnicos recentes. ‘A consideragio da encurvadura como estado limite liltimo individualizado eo desenvolvimento dado a esta matéria no Regulamento constituem uma melho- ria importante, com directa influéncia na seguranca das estruturas. 5 — Estados limites de utilizasio Os estados limites de utilizaglo considerados no Regulamento so 0 estado limite de fendilhagio ¢ 0 estado limite de deformacao. estado limite de fendithacéo ¢, em geral, subdi vidido nos estados limites de descompressio € de I aura de fendas, que devem ser escolhidos, em cada caso, em funcao do tipo de combinacdo de acgdes, da agressividade do meio ambiente e da sensibilidade das armaduras & corrosio. Salienta-se a importéncia dos estados limites de fen- dilhagio no dimensionamento das estruturas de betio pré-esforcado, uma vez que, impondo-se sempre para tais estruturas uma verificagdo da seguranga em rela- Go ao estado limite de descompressio, tal condicio- na directamente 0 valor do pré-esforgé a aplicar. J4 em relagdo as estruturas de betdo armado, a verifica- 40 da seguranca relativamente & fendilhaao pode em geral continuar a limitar-se, como no regulamento an- terior, a que as armaduras satisfagam determinadas disposigdes constr Quanto 20 estado limite de deformacto, slo apre- sentados 05 critérios gerais para o célculo ‘das defor- mages ¢ estabelecidos alguns valores para as flechas maximas de vigas e lajes de estruturas correntes. Por outro lado, o Regulamento estipula relagdes entre 0 vao ¢ a altura dos elementos flectidos, cuja observan- cia € suficiente, em muitas situagdes préticas, para garamtir a seguranca em relagdo a este estado limite 6 — Disposiges de projecto e disposigdes construtivas Nos capitulos relativos as disposigdes de projecto & construtivas so tratados os problemas gerais das ar- maduras, os problemas especificos de diferentes tipos de elementos estruturais ¢ incluidas regras com vista a melhorar a ductilidade das estruturas perante as ac- {des sismicas. No que se refere as armaduras, salienta-se, para além de inclusdo das disposigdes relativas as ‘arma- duras de pré-esforgo e as redes electrossoldadas, 0 desenvolvimento dado as questdes relacionadas com amarragdes ¢ emendas. ‘As disposigdes especificas relativas a elementos ¢s- truturais foram elaboradas por forma a abranger a maioria dos tipos de elementos que se apresentam na prética, incluindo-se alguns casos ndo contemplados ‘no regulamento anterior, tais como lajes fungiformes, paredes, vigas-parede e ‘consolas curtas. Além disso, foi tratado com particular desenvolvimento 0 pr blema das zonas dos elementos sujeitas a forgas concentradas, tendo especialmente em vista 0 dimen- sionamento das pecas junto das amarragdes das armaduras pré-esforgadas. I SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 As disposigdes relacionadas com a ductilidade das estruturas, com a finalidade de melhorar o seu com- ortamento ‘perante as acgdes sismicas, sdo abordadas de forma pormenorizada ¢ de acordo com as perspec- tivas mais recentes de tratamento deste problema. ‘Convém acentuar que o cumprimento de tais ‘gOes tem incidéncia directa no elagio &s acgdes sismicas, pois elas conferem as es- truturas melhor capacidade de absorc&o de energia, permitindo assim tirar maior partido do seu compor- tamento ndo linear. 7 — Execugho dos trabalhos e garantia de qualidade Relativamente a regras de execugdo dos trabalhos, sto estipuladas tolerincias correspondentes as dimen sbes das secedes dos elementos ¢ ao posicionamento das armaduras ¢ tratados os problemas mais impor- tantes ligados execucdo dos moldes ¢ cimbres, as operagdes de descimbramento e a montagem ¢ pro- tecedo das armaduras ordindrias ¢ de pré-esforgo, bem como questdes especificas relacionadas com a técnica de aplicagto do pré-esforgo. Os assuntos referentes a fabrico, colocagdo e cura do betdo sdo apenas enun- ciados, pois 0 seu tratamento ¢ feito com o desen- volvimento adequado no Regulamento de Betdes ¢ Li gantes Hidrdulicos. ‘Com a incluso de um capitulo relativo a garanti de qualidade, procurou-se, fundamentalmente, estabe- lecer metodologia e definir os principais conceitos so- bre tal matéria numa base internacionalmente aceite, enunciando-se os principios gerais que deverdo infor- mar a elaboracdo dos cadernos de encargos, em par- ticular no que respeita aos controles preliminares © de conformidade ¢ & recepgao € manutengdo das obras. Lisboa, Margo de 1983. — A Subcomissdo: Jtilio Ferry do Espirito Santo Borges — Vitor Manuel Vieira Anastécio Monteiro — Anténio Maria Pereira Teixei- ra Coelho — Anténio Mexia Heitor — Antonio Rebe- lo Franco e Abreu — Armando de Araujo Martins Campos e Matos — Artur Pinto Ravara — Edgar Antonio de Mesquita Cardoso — Fernando Vasco ‘Costa — t Francisco Jacinto Sarmento Correia de Araui- jo — Joaquim Augusto Ribeiro Sarmento — Joaquim ‘Campos dos Santos Viseu — Joaquim da Conceigdo Sampaio — Jodo d’Arga e Lima — Jorge Manuel Garcia da Fonseca Perloiro — Manuel Agostinho Duarte Gaspar — Manuel Bravo — Manuel de Pinho Vaz da Silva — Mario Cirilo Neves Castanheta. REGULAMENTO DE ESTRUTURAS DE BETAO ARMADO E PRE-ESFORCADO: SUMARIO, PRIMEIRA PARTE Disposigdes gerais CAPITULO 1 Generalidades Antigo 1.2 — Objecto ¢ campo de aplicasto.” ‘Ange 2'° — Autoria dos profectos ‘Antigo 3.° — Organizagao dos prajecos 1 SERIE — N.* 174 — 307-1983 Antigo 4 ‘Antigo 5. ‘Antigo 6.° — Simbologia © u = Verificacto ¢ aprovacdo dos projestos — Direceo técnica das: obras, dade. CAPITULO Concepsao das estruturas Antigo 7.2 — Critrios gers, ‘Amtigo &° — Esruturas sujitas a acgBes sismicas CcAPfTULO Ut Critérios gerals de seguranca Antigo. 9.° — Verificapto da seguranca, ‘Antigo 10.° — Estados limites ultimos. ‘Arigo 11.° — Estados limites de utlizacto. caPtTULO Iv Materiais e suas propriedades A= Betio ‘Antigo 12.2 — Generlidades Antigo 13.2 — Tipos e classes de betbes. ‘Antigo [4° — Naturera-e dosage minima do ligant. ‘Antigo 150° — Tensio de rorure a. compresso, ‘Antigo 16.° — Tensio de rotura a tracy ‘Antigo 17.° — Médula de'elastcidade © coeficiete de Poisson ‘Artigo 18.° — Retracgio ¢ fluéncia 19° — Valores de cilculo das tensdes de rotura, ‘Atti 20,° — Relagdes tensbes-extensdes de céleulo, — Armaduras or ‘Amtgo 21.° — Caractersticas gers. Atugo 22° — Tipos correntes de armaduras ordinérias, ‘Antigo 23.° — Classificaho e homologardo de armaduras ordinéis ‘Antigo 24°° — Médulo. de elastcidade ‘Antigo 25.° — Relagdes tensGev-extensoes de cleo. C= Armaduras de pré-esforso Antigo 26.° — Caractersticas gers. ‘Actgo 27.° — Médulo de elastcidade. ‘Artgo 28.° — Relarag, [Arto 29°° — Relagdes tensdesextensdes de cileulo CAPITULO ¥ ‘Acgoes Antigo 30.° — Generalidades. ‘artigo 31.° — VarlagBes de temperatura ‘Antigo 32.° — Retraceto do betio. ‘Antiga 33°° — Accio dos sismos ‘Artigo 34° — Acgoes de préesforco CAPITULO VI Pré-esforgos Antigo 38.° — Generalidade. ‘Antigo 361° — Valor maximo do pré-esforgo na. origem, ‘Antigo 37 x8. 38. = Perdas instantineas devidas a atrtos 20 longo das armaduras, = Perdatinstanidneas devidas a deformado do betdo, — Perdas instantiness not disposiives de amacragto. 40." — Ouuras_ perdas instantaneas de pr€-esforgo. 412 — Preesforgo ini ‘Antigo 421° — Perdas diferidas resutantes da retracio e fuéncia, do betdo e da telaxacio das armaduras Antigo 43.° — Preesforeo final Amigo 44° — Valores caractersticos do. pré-estore. ‘Amigo 45.° — Transmissao do pré-esforgo ao bel 2832-(103) SEGUNDA PARTE Verificagio da seguranca capiTuLo vi Yerificagao da seguranca em relagdo 0s estados limites ultimos de resisténcia A= Regras de veriicagio da seguranca Antigo 46.° — Generaidades. 47° — Verificapdo da seguranga em terms de esforeos he — Veriteagdo da seguransa de lajes em termos de sepbes B-— Esforgos sctuantes ‘Artigo 49.° — Estroturas reticuladas ‘Antigo 50.° — Lajes Amigo 51,2 — Estruturas de outros tipes. C= Esforsos resistentes Adiga $2.° — Esforgos normals e de flexio, ‘Antigo $2.° — Esforgo tansverso, ‘Antigo 4° — Pungoamento, ‘Antigo §§.° — Esforco de toro. ‘Antigo 56.° — Enforgo de torgdo associado a Nlewdo ou a esforgo CAPITULO VIL Verificagiio da seguranga ‘em relagdo a0 estado limite altimo de encurvadura ‘A= Disposigdes gerais Antigo $7.° — Generalidades. ‘Arto $8.° — Estruturas de nbs fixos ¢ estruturas de nos moves ‘Antigo $9. — Etheltera. dos pilares. Comprimento efectivo de encurvadvra ‘Antigo 60° — Verificaydo. da. seguranca das estruturas Verifieasdo da seguranca dos pllares ‘Antigo 61.© — Critrios de verifcasto da seguranca ‘Antigo 62.° — Momentor actuanter nas secgdes ertcas [Amigo 63.° — Excentricidades adicionais ‘Antigo 64° — Limite de esbeteza CAPITULO 1X Verificagiio da seguranca em relagdo aos estados limites de utilizacio ‘A= Disposigoes gerais Artgo 65.° — Generalidaes. ‘Amtigo 66.° — Regtas de verificapto da sepuranca 1 — Fenduinagio [Artigo 67.° — Asresvidade do ambiente © sensibiidade day arma ‘durae a corrosto. Antigo 68.° — Estados limites de fendithagio a considerar. ‘artigo Estado limite de descompressto. ‘Antigo Estado limite de largura. de fendas. ‘Antigo 71.° — Verifcagho da tensio méxima de compressio, — Deformasio Artgo 72.° — Extados limites de deformagto & consierar ‘Antigo 72.° — Determinacao das. deformagoes. 2832-104) TERCEIRA PARTE Disposigdes de projecto disposigées construtivas CAPITULO X Disposigies geraiy relativas a armaduras Ants 28 princis e sesamin, Arse akiy_wunjanta de agen de tapos diferentes Artis io day urmaduran hig 77.) Distancia. mvs entre armaduras Atti *S.° — Recabrimento mining die armas arn nice Anise Corvaturs misinsa dae armuaduras Adkrncit das armaduray ay bet. = Aiatragao We varoes de armaditas ortincits Amatrayad de rslee eceeaneohlades, 8 tartans de armaduras de preston Bi Tiyan de Naroes de armacurts oraiaras, $8 Thoma Ge tedeseectrooldadas, So Pinch de aeunaduras de preston CAPITULO XE Disposigdes relativas a elementos estruturais, Antigo ‘Arise Aigo nine Anise Arve ‘aries Anno Anise xe Arise Avie Anis Actiso Arig Antigo Ange Antiee Amigo Antigo Aris ‘argo ‘Auge ‘Antiso Ania Antigo Aria NYS Largusa do Banoo comprimids da spas em T 80. = Alcea ania ‘RI? Amato longitudinal minima © auision, Sh FSpmeantente ons dow varGes. Wi aemadurs Tonga 920° — Ierrupyae' da armadura longuudial 8X — Armatura longitudinal nos apoios Bk — Ardara de estore transverse. 82 Atmmadurs de tore Yo Attu de alm 97 — Armaduta de Tigavie dos banvos a sims YR" = Avmadusa de stspensio. Apres incase. wo Aentiddes pact abana de Toru de ses 1 Lajes macigas 100° —- Genera tol: = Vio ori tone “espera Tos — The raadas ama $0 diexeae sujetas a cares 104 = Armaan paneipal nnn WS” — Expagamoato manime dos side. a armada Wo." — teterapedo dt armadura principal, Armaan sts “noi tus, — Armadura de esforgo transve = Anmalura de distibuigdo das ites ermaiey NO tecso. toy" asmadira nos bordos lives Tus — Armaduts de: pongoatnente TIL’ — Ariuaduta dy les armada numa «i dire su Jelly catgan concentra © = hades age 112° = Generales 1s © Vio tosis, Espevsura mi 114 ~ canara © espavamente das nerve 11S" = Egposcura minim da Tats Hes = Armaduca das 17» = Rriwadurs ennima da lajta D = Lajes tungitormes U8." = Generates, LI9.) = Determinagao’ de estoneon FSERIE-~ Noo 174 3. agxt Pitas Ani 1M Bimensds minima, Arie 20°. Armada longitudinal Atti 132. — Alina teanmenal F— Paredes Amivo 123." — Generates 25 Espssura nia Arto 128” — Aumudura sett Atuee 14° Armadura honicomal iia 127 Atma de cntapsn Gown sparede Anigo 128-7 — Generaldades Aas 139." Yue teorico. Espasa minima cts 110." — Dimenvenamente en relacdo a momento Resto, Arig 431." — Dinesionamenco at sel a0 fang) transeee, Aiugo 12" — Disuibuigdo dt srmadura principal. Avis 100° Armada de aims Artis 14 Atmadura de suspensio. Apoios indiretos, 1 Cometay curtas Aaeuan 185. Generaidades Aitiso 136." Crtero. de dimensionamento Atupo 18" Armada mini, Di igo da armada, 1 — Zonas se elementos sujetas 3 Forgas concentradas Arto 188.8 — Generalidades Arupo 19 — Veriteayio da presse tosal no bets, Aries 10." — Tensoen de trace a abvorsers Caso de ain 9 orga coment Amigo 141" ~ Teandes de tragsd0 9 absorver. Cave de varias Hs oh vonentrade CAPITULO XIE Disposigdes retativas a estruturas de ductilidade melhorada Aruigo 142° — Goneraidades ‘Antigo 143." — Vitus de porticos. ‘rig Ua." — Palres Arig HS Non depres, Attigo Ub" — Paredes © diafeagins, QUARTA PARTE Execugao dos trabalhos garantia de qualidade CAPITULO xu rabalhos A = Woterincias Exccugio dos Arty 142° — Generaidades, Antigo 138.° — Ditsensdes. das seegdes. Attiso 199.’ — Posiionamento dat amadurts ofdindriay. AArtigs 150° Povisonamento das armadutas Ge pression. Artigo 151." — Ravobamenta dy armaduras. 1B — Moldes ¢ cimbres Antigo 152° — Caracterisicas gerais dos moldes ¢ cimbres Antigo 153.° — Desnoldagen ¢ dewimbramento. C— Armaduras ordinérias Antigo 184 Aetps 155 = Transporte © armazenamenta das ssmaduras = Cowte'e dobragem de var0es, Ne 174 — 30-7-1983 Adiga 186." — Soldadura de vardes. ‘Artigo 157.” — Emenda e amarragao de vardes ‘Arigo 188." — Montagem ¢-colocagio das armaduras D— Armaduras de pré-estoro Antigo 189.° — Transporte e armazenamento das armaduras. ‘Artiga 140" — Corte © dobragem das armaduras ‘Artigo 161:° — Emenda ¢ amareasio dis atmaduras ‘Antigo 162." — Montagem © volocagio das armaduras ‘Autigo 163.° — Baiohas ee brico, colocagzo ¢ cura do bet Antigo 168." — Fabrico ¢ colocacto do hetio ‘Antigo 165.° — Cura do. betdo = Operagoes de pré- agos endurecidon Iho por toredo e/ou tracyio. ‘Nast iltimo caso, 0 CEB também sugere um diagrama de cit culo consttuido por um irogo linear. seguido de um trago curve, ‘com seguinte expressio. anaes: Em ta0gto: B+ oan (A — 0. Em compressio: t= Sh 0803 (—2 02 Ey (Fea) Notes finalmente gue a iitagd das exenstes de alongamento « de encurtamento dor agos a 10x10"? 218 33% 0" respec Samente se junca em Tungto dor erties definios no artigo sa para eterminagdo doe esforgos rententes das secede: al as ca consequenca do mexmo argo, a tenido de compressio hs ftmadaras poders em alguns casos sev liutada A estensho de B10" C — Armaduras de pré-esforco Artigo 26.° — Caracteristicas gerais 26.1 — As armaduras de pré-esforgo devem ser ca- racterizadas pelo seu processo de fabrico, pela sua constituicdo ¢ pelas suas propriedades mecdnicas ¢ de aderéncia. 26.2 — A determinagao das caracteristicas das arma- duras deve ser efectuada de acordo com as normas portuguesas em vigor ou, na falta destas, segundo ‘outros documentos normativos adequados. armaduras de pré-esforgo apreseniamse com uma tio grande jade de tipos © caracterisieas que se torma muito difie F SERIES. 4 = 307-1983 guide fay de anol stemtico na regulamentaglo. Por outro tas, esas srmsadunas nai un eauentemente problems pecifiens quate 2 amarzavoes, Painhas, sistemas de apices, de foras. cle © que cxsem seterminagdee ¢ verificagdes spropviadas ‘Quam ao proceso de Tabnco, se armadints slo em eral Ob das por cndureamenta a fo (nomeadamente por extiragem ore Filager. acompanhado habitatmente de taramentos térmicos © Imecinicos detinados 4 methorar ay Nias propridades ‘As armaduras-de pré-esforya podem ser constituidas por fos, ‘ardes ou cots, ou por assnciagao de los ou eordées parallos (cabos er fee), ou ainda por smociagdo de cordies dispostos em halce em corm de sm co foneitudinal comum (eahoe. em cor Ado). A istincse entre Fo © vatso ests ligada 8 possibiidade de fornecimento em roles. © € fcita habitualmente pelo didmetro de | mam: por cord eniende-se um conjunto de fos enolados em hice em torno de um eixe fongitadinal comunt, podendo este ea ser materialioado por um fio No que se refer as propriedades mecinisas, torna-se necesario coohecer © diagrama torscevestensben fou foryae-dtormagoes), Pa fo que € em ger suficiete conheser 0 médulo de eavticdade, as {enées comencionais de proporcionafdade 3 001%, 0.1 0,38, a tensio de roiura ea exlensdo uniforme; alge diso, ha que de ferminar a extenso ape rotura eo comportamento ein enseios de Adobragem alternads ow de torgan simple. Outta propriedade me nicl cine conhecimento ¢ importante # a relavayao, sendo hab oat cistinguir entee agos de celavagio. normal © apoe de Bala Te lund (Obtos estes por tratameios expe). Dspendendo do rp de snema de prbesforco, poders ser necesic (er em conta itr Iropriedades, ais vom, por exemple, a apidao para a soldadura Ca possitlidade de formagio de hotdes ou ondulagbes termina para’ amarraeie. Em alg casos, ha também que earacteriz a3 rmadurae quanto & fevsléncut fadiga € quanto & sensbiidade TInterowa ainda ter sis vonta as propriedades de aderéncia, no sno easo da armaduras pre-tensonadas. para tansmissio do pre ‘sorco ao beide, como, et seal, para ielhoree © comporamento face eventual fendi. No que se refere a normas de enaio para a determinagio das Dropviedae anterionmente teed, eaten i documentos labo Fados por organizicéeisternacionais (RELEM, CEB, FIP, ISO) que sobrem pratiamente as nevessidades © que poderdo ser wiliados fnquanto ‘p30. se digpuser de normas macionas, Aligs, sobre. a3 ftacersticny dos agos para prévecforco, tem mito intersse & Sm Silla ila publicagde FIP" Report om Prewressing Stee 1 Trpes and properties. Antigo 27.° — Médulo de elusticidade © valor do médulo de elasticidade a adoptar para as armaduras de pré-esforgo deve ser baseado em de- terminagdes experimentais. Nos casos, porém, em que nao seja nevessirio grande rigor_no conhecimento desta grandeza, poder-se-i tomar o valor de 200 GPa. Artigo 28." — Relaxag ‘A relaxagdo das armaduras de pré-esforgo, que de- pende fundamentalmente da tensdo inicial aplicada & da temperatura, deve ser determinada por ensaios que Permitam obter os valores necessirios para o dimen- sionamento, Em geral, os ensaios devem ser efectua- dos para tensdes iniviais de 0.6, 0,7 © 0,8 da tensdo de rotura e para a temperatura de 20% A caracerzasso das armaduras de pre-eforgo no que se refere A relauacao € fequentemente Telia apenas pela indicasao dos Valo feaede relanagao te ae 1000 B, ‘Quand haya necesidade de extimar valores de relaxagto ao fim de om tempo 1, wspenior 8 100, a pare de ares corcespon Genter a um tempo fy. se menor aie 1000, poderted recorrer em que Soyer = pers de tom ao im do tempt 2832-4113) opri.r — perda de tensio a0 fim Jo. tempo 1 13-— Gxpoente caja valor depende do "ipo de ago © da endo inal e, pode suarne entre Qls'e O25 a falta de-dados mais precion sect saliciens considerd-lo igual a 0.20 Para estimar o valor da relaxagio a tempo infnito, poseré aplicar-se a expressio anterior vonsiderando 2-10 h ‘Quando. 40 se asponha de Fsultados experimentaic no sj neceasrio grande rigor, poder 0,56 + 1,25 = em que x representa a profundidade da linha neutra nna secedo em que se reduziu 0 momento e dé a al- tura til da mesma secedo. (Os valores de 8 so ainda condigdes: No caso de estruturas de nds fixos: Om Vas, ea ‘que Vay — valor de efleuo do esforgo actuante de punyoamento or unidade de comprimento do contorno erico — deve ser de- ferminado atendendo As indiagSes que se segue. 'No caso de a forca de punyoumento Veg actuar sem excentri- dade relatvamente wo baricentro da free carresads, vss pode set onsiderado constante ao longo do contorno critico ¢ com 0 valor: vse Ht em que u ¢ 0 perimetro daquele contorno. ‘se, porém, a forga Vag actuar excentricamente, 0 valor de vse ¢ varvel ao longo do contorno erfico de punjoamento, podendo ‘onsiderarte of teguntes valores para a verifier dx sepuranga ayes vert) 1 SERIE — ‘Area carregada de contorno rect vse SE (tts dette) [estas expressdes os simbolos tém 0 seguinte significado’ ¢— excentrcidade de Vag (ex € es sfo as componentes ‘segundo as direcsdes x ¢ 9): 4, — diametro do contorno critico (soma da altura til Como dldmetro da rea carregada) 1 by —dimensdes do contorno exltco medida: segundo as ireogbes xe 9 paralelas 408 lados ‘da Area © punsoumento ecto ¢paricuarmete de considera nas estruturas fungiformes, em especial quando sujeitas © forcas hore Zontas, assim. como em certor calor de sapatas de fondagdo de piace. ‘Chama-se ainda a atengio para que s6 haverd em geral que con- siderar 0 problema do puncoamento nos seguintes caso" Se a Arca carregada ¢ circular, 0 seu didmetro no excede asd, ‘Se rea carregada & rectangular, o seu perimeito no exce- de 1c, nem excede 2 a relacdo entre'0 seu comipriento ea sua larguras ‘Se & drea caregada tem outras formas, as suas dimensdes no ‘xcedem limites obtidos por analogia com os casos Fora dos limites indicados haverd em geral que considerar, a0 longo do contorno creo, zonas em que a verifiasao da seguranga deve ser feta pelasregras correspondents a0 punsoamento ¢ 20. nas em que tal verficardo deve sequt as tegrat especifcadas pi © esforgo transverso. Assim, por exemplo, no caso de a Area car- egada ter forma rectangular muito alongada, pode considerarse Que as 2onas de puncoamento se stvam apenas junto a0: caltos, Interessando tropos de contorno crea com um comprimento tO: tal que no. deverd ser superior a 11d nema 6a+ 3d, sendo a menor dimensso da. aren Por outro lado, a actuagdo de foreas concentradas em zonas pré- imas de bordos livres ou de aberturas deve ser cuidadosamente ‘analisada, considerando contornos criicos de punsoamento adequa: os, justificados: com base em literatura eapecializada, Note-se ainda que € também aplicdvel a0 pungoamento 0 ex- posto em relapdo 20 esforgo transverso na alinea @) de 83.2 € na parte final do. comentario a0 artigo 53." Artigo 55.° — Esforgo de torso 55.1 — A determinacao do valor de célculo do mo- mento torsor resistente de secpdes, cheias ou vazadas, de elementos sujeitos a toredo circular, deve ser efec- tuada com base na consideragio de uma trelica tubular formada por bielas de betéo comprimidas e or armaduras traccionadas transversais e longitudinais situadas na periferia da seco. $5.2 —O valor de célculo do momento torsor re- sistente, Tra, ¢ dado pelo menor dos valores obtidos elas expresses seguintes: Tra=Tea+ Tia Tra=Tid fem que os termos Ted, Tid ¢ Tid dependem da geo- metria da seccdo ¢ ainda, respectivamente, da classe do betdo, da armadura transversal de torgdo ¢ da ar- madura longitudinal de toreéo. © termo Teg € dado pela expresso: Tea=2 71 hep Aef em que 71 é uma tensio cujo valor ¢ definido no quadro VI (artigo 53.°) € hes ¢ Aes so, relativamen- te a uma secgiio oca eficaz, ficticia, contida na sec- ‘sao real, a espessura da sua parede e a drea limitada ela sua linha média. Esta secedo oca eficaz obtém- -se tragando uma linha poligonal fechada cujos vérti- 1 SERIE — N° 174 — 307-1983 ces coincidem com as armaduras longitudinais de tor- ¢fo e tomando, para um e outro lado desta linha, dis- lancias iguais ‘a der /12, sendo der 0 didmetro do maior circulo que nela pode ser inscrito; a secedo oca ficaz no pode ter pontos exteriores a secgio real. © termo Tia € dado pela expressio: Tra=2 Aes A Soya em que: ‘Au — itea da seccio da cinta que constitui a ar- madura transversal de torgao; 5 —espagamento desta armadura; Jord — valot de céleulo da tensao de cedéncia ou da tensio limite convencional de propor- cionalidade a 0,2% do ago da armadu- ra transversal de torso, termo Tia é dado pela expresso: Tia=2 Ae AX Soya em que: “ ‘Aa — tea total das seegdes dos vardes que cons- Tituem a armadura longitudinal de toredo; eg — perimetro da linha média da secsd0 oca ficaz; € 08 restantes simbolos tém o significado anteriormen- te referido. valor de céleulo do momento torsor resistente de- terminado de acordo com as expressdes anteriores deve satisfazer ainda a seguinte condi¢ao limite: Tra S212 hep Aer em que 72 é uma tensio cujo valor é definido no quadro vil (artigo $3.°), 55.3 — No caso de secgdes em T ou em L, as re- ‘gras estipuladas nos nimeros anteriores podem ainda ser aplicadas desde que se considere como secgao oca eficaz a que resulta da justaposicao das sec¢des ocas, eficazes relativas aos rectangulos componentes, supri- mindo os trocos de parede justapostos por forma a se obter uma tinica parede contornando toda a secedo. Esta parede tera, em principio, espessura hep dife- rente de rectngulo para rectangulo, devendo considerar-se 0 menor valor de es para o célculo de Ted € para a definicdo do valor limite superior de Tra; além disso, 0 comprimento de cada rectangulo componente do banzo ndo deve exceder 3 vezes a es- pessura deste (figura 4). 2832-123) [As regras indicadas neste artigo so aplciveis, como ¢ refer do, a secsdes sujetas a toroHo circular (que, em tcoria da elastci- ate, ¢ dexignada por torglo de Saint-Venant), nas quais ¢ aceité ‘el onsiderar que ©. momento torsor indus apenas um Muxo fechado de tensBes tangencais,sendo portanto despreziveis as ten- ses normals resultantes de empenamento. Estas regras ndo <0 por {sso ajustadas a seegdes suscepsiets de forte empenamento, como 0 caso de seegdes abertas de paredes esbelts (por exemplo, em Tou em U) ‘Quanto 8: disposigdesrelativas a seegdes em T ou em L, conti das em 55.3, convém refer que, n0 caso de 0 banz0 ser muito tsbelto relativamente & alma, poderd jusifear-se nfo considerar a sua contribuigdo para a determinagio do momento torsorressient, NNote-se que o momento torsor est usualmente associado a twos esforgs, pelo que havera que ter em conta as dsposigdes do artigo sepuinte. Um aspecto particular a observar referee & anu Tago do termo Tey em muitos casos de asociagio de momento torsor com esforgo transverso, Artigo 56.° — Esforgo de torgio associado a flexio ‘ou a esforgo transverso 56.1 — No caso de secgdes sujeitas a torgdo cir cular associada a flexio, simples ou composta, a de- terminagao dos esforgos resistentes deve ser feita independentemente para cada um dos esforcos, con- siderando separadamente as armaduras longitudinais de torgao ¢ de flexao. $6.2'— No caso de secgbes sujeitas a toreio cir- cular associada a esforgo transverso, a determinacao dos valores de célculo do esforco 'transverso e ‘do momento torsor resistentes deve ser feita independen- temente para cada um dos esforgos pelas regras indi- cadas nos artigos 53.° ¢ 55.°, considerando separa damente as armaduras transversais de torcio e de esforco transverso, ¢ atendendo ao expresso nas ali nneas seguintes: @) Os valores de Ved € de Te sto dados por: No caso de r+ 7r71 wd sendo Vsq € Td, respectivamente, os valo- res de cdleulo do esforco transverso e do momento torsor actuantes; b) As condigdes limites para os valores de célculo do esforgo transverso ¢ do momento torsor resistentes si Vaan) bw d Tra (itz) her Aer 2832-(124) CAPITULO VIII Verifieagio da seguranga em relacdo ao estado limite ultimo de encurvadura A — Disposigées gerais Artigo 57.° — Generalidades ‘As regras contidas no presente capitulo referem-se ‘ verificagao da seguranca em relagdo @ encurvadura de estruturas reticuladas constituidas por vigas ¢ pi ares, de nés fixos ou de nés méveis, para as quais (08 efeitos de 2.* ordem ndo possam ser desprezados. (0s problemas especiais de encurvadura, como, por exemplo, os aque envolven enfunamento 08 bambeamento, Alo so sbordados hho Regslamento. havendo portanto que ecorter © bibliografia es Decilizada; nfo é tratado tambery 0 problema das estruturas rel Suladas, en que os pilresexdo sults a fortes esforgos de treo. Artigo 58.° — Estruturas de nés fixos e estruturas de ‘nds méveis Consideram-se como estruturas de nds fixos aque- las cujos nés, sob efeito dos valores de célculo das acgdes, sofrem deslocamentos horizontais de valor des- prezavel; em caso contrério, as estruturas sao consi deradas ‘como estruturas de nés méveis. Entende-se que os deslocamentos dos nds slo desprezveis quan- doo forem os efeitos secundirios a cles devidos. Do pont de vista prdtico pode considerar-se que as estruturas sio de nos fnos Quando for satfeta & condigdo: (Ex ho VEE Sa sendo y=0,20,tm, para m (niimero de andares) inferior a 4, © 1770,6, para m igual ou superior a 4. Nesta expresso os simboios Saniicar ‘ny — altura (otal da estrutura acima das fondagdes; £1 — soma dos facores de rigiez de fled, em fase no Tendlhada, de todos 0s elementos verticals de com traventamento na diecsBo considerada; se estes ‘lementos no tiverem riser constante em altu- a, deve considerar-se uma rigider equivalente, SN — soma’ dor esforgor normals 20 nivel da fundarto, no ‘multipleados pelos coeficientes yg, corresponden- {es A comblnagto de acyBes rlatva ao estado li- mite Ulime em consderapto. E necessério ainda que os elementos de contraventamento se- jam dispostos de modo garantirsuftciente rgider de torelo 20 fonjanto de trtura Artigo 58.° — Esbelteza dos pilares. Comprimento efectivo de encurvadura 59.1 — A esbelteza, d, de um pilar de seceéo cons- tante ¢ definida, para uma dada direc¢do, pela expresso: so em que: Jo — comprimento efectivo de encurvadura na di- regio considerada; T SERIE — N° 174 — 307-1983 i —raio de giragdo da sec¢do transversal do pi- lar na direcgao considerada, supondo-a constituida apenas por betdo. 59.2 — © comprimento efectivo de encurvadura, lo, é definido pela distancia entre os pontos de momen- to nulo da distribuicdo final de momentos ao longo do pilar, ‘A determinacao de fo para os pilares de estruturas reticuladas deve ser efectuada tendo em consideracao as no linearidades fisicas e geométricas. Nos casos correntes, poder-se-a, porém, por simplificacao, defi- nir Jo do modo seguinte: fo=nl ‘em que 1 € 0 comprimento livre do elemento e 9 é tum factor que depende das condigdes de ligacdo das suas extremidades e que pode considerar-se com os se- ‘guintes.valoré Pilares de estruturas de nés fixos: 0 menor dos valores dados por: 90,7 40,05 (ay +a2)<1 17=0,85+0,05 amin <1 Pilares de estruturas de nés méveis: 0 menor dos valores dados por 92 1,040,15 (cr +42) 9=2,0+0,3 amin em que: ai — pardmetro relativo a uma das extremida- des do pilar, dado pela relacdo entre a soma das rigidezes de flexéo dos pi- lares que concorrem no né ¢ a soma das rigidezes de flexio das vigas que ai também concorrem; ‘2 — pardmetro idéntico a a1, relative & outra extremidade do pilar; ‘amin — 0 menor dos valores de a. Nas extremidades de pilares ligadas a elementos de fundagio devem considerar-se os seguintes valores No caso de sapatas que confiram ao pilar encas- ‘tramento parcial: «= 1; No caso de sapatas que confiram ao pilar encas- ‘tramento perfeito (por exemplo, macigos de grandes dimensdes): a No caso de sapatas cuj segure transmiss4o de momentos: a ligagdo ao pilar nao as- 0. Artigo 60.° — Verificaglo da seguranca das estruturas 60.1 — A verificagao da seguranca das estruturas re- lativamente ao estado limite ultimo de encurvadura de- ve ser efectuade adoptando os mesmos coeficientes de seguranga estabelecidos no artigo 47.° para os esta- os limites iltimos de resistincia, e tendo em conta as ndo linearidades fisicas ¢ geométricas do compor- tamento da estrutura. 160.2 — No caso de estruturas de nds fixos poder- -sed em geral reduzir o problema & verificagdo da se- 1 SERIE — No 174 — 307-1983 guranca de cada um dos pilares, efectuada de modo indicado na parte B do presente capitulo, atribuindo- -Ihes comprimentos efectivos de encurvadura determi- nados de acordo com 0 artigo 59.° e considerando- -08 solicitados nas suas extremidades pelos esforgos resultantes de uma andlise linear da estrutura, efec- tuada segundo 05 critérios estabelecidos no artigo 49.° 60.3 — No caso de estruturas de nds méveis, se nao for de temer instabilidade de conjunto, poder-se-4 pro- ceder de modo andlogo ao indicado em 60.2, consi derando para esbelteza de cada pilar de um dado andar 0 valor médio das esbeltezas dos pilares desse andar, ndo se podendo, porém, relativamente a cada pilar, ser conduzido a uma capacidade resistente su- perior & que se obteria considerando o pilar como per- tencendo a uma estrutura de nds fixos. © problema da verificagdo da seguranga das estuturas relativa mente 4 encurvaduta ¢ basiante conipleso, pois implica o conhec mento da deformada fital da estrutura no seu conjunto, entrando fm consideragdo vom modifica dos efeitos das accdes devida 'deformagto (ado lineatidade geometric) ¢ com a alteracio das ‘aracleristieas de rigder dos elementos em fangdo dos esforgos de Senvolvides (ado linearidade fisia), No entanto, para as estruturas cortentes, e€ dentro de certo li mites, sho acetdvels procesos simplificades, tas como os preco: fizador no artigo. Chama-se no envanio A atenedo para que 90 C450 fe estruturas de nds mévels com pulares multo exbeltos,apresen tando grande deformabilidade horizontal, a aplicagao de (as pro- ‘ensos poderd conduit a resultados pouco realistas e por vezes in seuot nes ans deve coneqvetemens, posede uma B — Verificagiio da seguranea dos pilares Artigo 61.° — Critérios de verificagiio da seguranga 61.1 — A verificagao da seguranga dos pilares re lativamente & encurvadura pode em geral ser reduzi da a verificagdo de estados limites tiltimos de resis téncia por flexdo com compresséo em certas secgdes eriticas do pilar. Tal verificagdo deve ser efectuada se- paradamente em relagdo a cada uma das direcgdes principais de inércia da secedo do pilar, e ser com- plementada por uma verificagao interessando simulta- neamente ambas as direcgdes referidas. Esta verifica- do complementar pode ser dispensada nos casos em gue, por motivo da existéncia de diferentes condigdes, de ligagdo do pilar, as suas secgdes criticas, numa ¢ noutra das direcgdes principais de inércia, nao se si- tuem na mesma zona do pilar. No caso, porém, dos pilares que satisfagam as con- digdes indicadas em 61.4 ndo se torna necessério pro- ceder A verificagdo da seguranga em relagio & encurvadura. 61.2 — A verificasdo da seguranga segundo uma da- da direogao deve ser efectuada considerando que 0 va- lor de cdleulo do momento flector actuante, Msa (de- Finido no artigo 62.°) na seceao critica e na direcgao fem causa € acrescido do momento definido pela expresso: Nsa(ea+e2+ed em que Nsa é 0 valor de célculo do esforgo normal actuante € 0S restantes simbolos representam excen- tricidades adicionais definidas no artigo 63.° ¢ cor respondentes a direcedo considerada; nesta verificagio 2832-(125) nao € necessirio ter em conta a flexdo desviada re- sultante da existéncia de momento na outra direccio, 61.3 — A verificagao complementar referida em 61.1 & uma verificagio em flexo desviada que, de modo simplificado, pode ser efectuada admitindo uma interacgdo linear expressa por: M’sux , Mises Mrase * Mass S em que: M’'sa,x=Msiix+ Nod (@a,x+ 626+ €c.s) M’sa,y=Msa,y+Nsa (Cay + C29 + €y) © Mra.xo € Mka.yo S80 08 valores de célculo dos mo- mentos resistentes segundo cada um dos eixos princi. pais de inércia da secgZo em flexdo nao desviada, composta com um esforgo normal de valor igual @ Noa. 61.4 — A verificagdo da seguranca em relagdo & en- curvadura pode ser dispensada nos casos em que se verifique uma das seguintes condigdes: [As relagdes entre os valores de célculo dos mo- ‘mentos flectores e esforgos normais actuantes, Msq e Nsa, sejam as. seguintes: Mit 335 para A670 Msp » Mist 53,5 h para 4>70 em que /h representa a altura da seccao; ‘A esbelteza seja inferior ou igual a 35 no caso de estruturas de nés méveis e, no caso de es- truturas de nds fixos, satisfaga a condigao: Maus eso — 15 Se em que Msi,b ¢ Msaa tem o significado ¢ os sinais indicados em 62.2 ¢ d & a esbelteza definida em 59.1 Notese que as regras dadas para a vericaydo da seguranca em relageo & encurvadura de pilares s80 também aplicavels, natural Imente, a outros elementos’ comprimides, tals como escoras, gas Sujeltas a esforcos de compressdo, pacedes, etc. A razio de se ter feferenciado as regres em causa aos plares Jevese a0 facto de ser para estes elementor que, na grande maioria dos caves, 0 fendme: fo tem maior acuidade Artigo 62.° — Momentos actuantes nas secgdes criticas 62.1 — Nos pilares pertencentes a estruturas de nés méveis, pode considerar-se que as secgdes criticas se localizam junto das extremidades dos pilares, sendo, portanto, em relagdo aos valores de célculo dos mo- mentos flectores Md, ai actuantes, que deve pro- ceder-se a verificagdo da seguranca de acordo com os, critérios estabelecidos no artigo 61.° 62.2 — Nos pilares pertencentes a estruturas de nos fixos, a seccdo critica ndo se localiza em geral junto das extremidades dos pilares (mas antes numa zona intermédia), ¢ © valor de cAleulo do momento Msa 2832-(126) 2 considerar deve ser o maior dos valores obtidos pe- las seguintes expresses: Msa=0,6 Msaa+0,4 Msa,b Msa=0.4 Msao em que Msi2 € Msa,b sto os valores de célculo dos momentos actuantes nas extremidades do pilar, supondo-se |Msz,o|>|Msa,o| € atribuindo-Ihes o mes- mo sinal ou sinais contrérios consoante determinam uma deformada do pilar com simples ou com dupla ‘curvatura, respectivamente. Artigo 63.° — Excentricidades adicionsis 63.1 — As excentricidades adicionais €, €2 € ec, referidas no artigo 61.° — designadas, respectivamen- te, excentricidade acidental, excentricidade de 2.* or- dem e excentricidade de fluéncia —, devem ser quan- tificadas de acordo com os mimeros seguintes ¢ ser tomadas com 0 sentido mais desfavordvel no plano de encurvadura em consideragao. 63.2 — A excentricidade acidental, e, que se des- tina a ter em conta os efeitos das imperfeigdes geo- métricas da execucdo dos pilares ou da deficiente av liagdo da posicéo da resultante das forcas neles actuantes, deve ser quantificada em face das condi- ¢0es particulares de cada caso. Nos casos correntes, porém, pode tomar-se para é2 um valor igual a 40/300, com 0 minimo de 2cm, sendo le 0 compri ‘mento efectivo de encurvatura definido no artigo $9.° 63.3 — A excentricidade de 2.* ordem, ez, correspon- de & flecha do pilar, relativa & secgdo critica, que torna maxima, nesta secgdo, a diferenga (M’ra — Nsa €2), em que’ M’pa é um momento resistente que, sob a acgdio de Nsq ¢ satisfazendo as hipdteses do artigo 52.°, € compativel com e2. Pode admitir-se que a relacdo entre a excentrici- dade e2 ¢ a curvatura do pilar na secgdo critica, +, & expressa_ por: " 4 et 710 Nos casos correntes, ¢ de modo simplificado, poder- -se-4 adoptar para + 0 valor dado pela seguinte expressio: em que A representa a altura da secciio no plano de encurvadura considerado e 9 um coeficiente dado pela expressai cujo valor, porém, ndo deve ser considerado superior A unidade; nesta expresso, Ac representa a area da seogdo transversal do pilar. 63.4 — A excentricidade de fluéncia, eq, que se des- tina a ter em conta o acréscimo de deformagdo do pilar devido aos efeitos da fluéncia, deve ser quanti ficada em face dos esforcos actuantes e das proprie- dades reoldgicas do betdo. 1 SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 Nos casos correntes, pode considerar-se para esta excentricidade 0 valor dado pela expressio: _ (Ma (tes te) Nig) com (He +60)[exp (- )-3] Ne— Nie em que: Msp, Nsg — esforgos devidos as acgdes com ca- racter de permanéncia (que pro- vocam fluéncia), néo afectadas do coeficiente 7/3 a — excentricidade acidental, definida em 63.2; Ye (tee, to) — coeficiente de fluéncia que poderd, em geral, tomar 0 valor 2,5; Ne — carga critica de Euler, definida por 10 Ee28 Ie/I3, em que Ec.28 € 0 médulo de elasticidade do betdo cujos valores so indicados no artigo 17.°, Je € 0 momento de inércia da secc&o transversal do ilar, na direce&o considerada e Teferido drea de betdo, ¢ lo € © comprimento efectivo de en- curvadura. A excentricidade de fluéncia poderé, no entanto, ferada nos casos em que se verifi- que uma das seguintes condigdes: a<70 Note-se que, no caso de pilares préesforcados, os valores de Neg, Noy € Mig que figuram nas expressdes apresentadas para 0 cilcutlo de'y e ¢, devem incur, alem dos efeitos hiperesaticos do Dré-esforco, os efeitos Hostéticos devidos ao pré-esforgo insalado nesses pilares Artigo 64.° — Limites de esbetteza s pilares no devem, em caso algum, ter esbelte- za X, definida em 59.1, superior a 140. CAPITULO Ix Verificagio da seguranca em relagio aos estados limites de utilizagio A — Disposigdes gerais Artigo 65.° — Generalidades Para a verificagdo da seguranca em relagdo aos ¢s- tados limites de utilizagao (fendilitago e deformayao) interessa considerar, de acordo com 0 RSA, estados limites de muito curta duragdo, de curta durago e de longa duragio. A estes tipos de estados limites cor- respondem, respectivamente, os seguintes tipos de combinagdes de acgdes: combinagdes raras, combina- ‘GOes frequentes € combinagdes quase-permanentes. Artigo 66.° — Regras de verifieagio da segurangn 66.1 — A verificagdo da seguranca em relacdo aos estados limites de utilizagao deve em geral ser efec- 1 SERIE 30—7-1983 tuada em termos dos pardmetros que definem esses estados limites, devendo os valores atribuidos a tais, pardmetros ser iguais ou superiores aos valores que eles assumem devido as acgdes, combinadas ¢ quanti- ficadas segundo as regras estipuladas pelo RSA. 66.2 — Os valores dos parametros que definem os estados limites, bem como as teorias de comportamen- to a utilizar, constam das partes B e C do presente capitulo, respectivamente para a fendilhaco ¢ para a deformacio. Observerse que, de acordo com o RSA, para os estados limites de utlizagdo ot coeficientes de seguranga "y, telativos 8s acpdes (permaneates e varives), e 05 coeticientes de sepuranga ym, rela: Livos as propriedaces dos materais, devem ser consideradoy igual a Unidade B — Fendithagio Artigo 67.° — Agressividade do ambiente e sensibili- dade das armaduras & corrosio 67.1 — Para a escolha dos estados limites de fen- dithac&o em relag8o aos quais ha que verificar a se- guranga, interessa considerar a agressividade do am- biente ¢ a sensibilidade das armaduras 4 corrosdo. 67.2 — Do ponto de vista da sua agressividade, os ambientes classificam-se do modo seguinte: Ambientes pouco agressivos: ambientes em que a humidade relativa é habitualmente baixa e em que ndo é de esperar a presenga de agentes cor- rosivos (interiores de edificios de habitagdo, de escritérios, etc.); Ambientes moderadamente agressivos: ambientes imteriores em que a humidade relativa é hat tualmente elevada ou em que & de esperar a presenga tempordria de agentes corrosivos; am- bientes exteriores sem concentrago especial de agentes corrosivos; Aguas ¢ solos nao especial- mente agressivos; Ambientes muito agressivos: ambientes com for- te concentracdo habitual de agentes corrosivos; liquidos agressivos (4guas muito puras, aguas salinas, etc.); solos especialmente agressivos. 67.3 — Do ponto de vista da sensibilidade & corro- sto, ¢ para efeitos de aplicagéo do presente Regu- lamento, consideram-se como muito sensiveis as ar- maduras de pré-esforgo © como pouco sensiveis as armaduras ordinérias. Consideram-se geralmente como muito sensives & corrosto as sarmaduras com éidmeto inferior a 3 mm e, independentemente do ‘idmetro, as armaduras de ago endurecdo a frio quando submeti- fas permanentemente a tensSes de Wacqlo de valor superior 4 $00 MPa Foi com base neste critrio que se estabeleceu a diferenciato indicada em 673, que nfo contempla os casos particulars em que ‘st adoptem medidas espeiais que confiram uma eficiente protec: ‘go. das armaduras contra. a corrosto. Artigo 68.° — Estados limites de fendilhagio a con- siderar 68.1 — Os estados limites de fendilhagao a consi- derar para assegurar a conveniente durabilidade das estruturas devem ser escolhidos em relagio a cada ti- po de combinacao de acgdes referidas no artigo 65.°, tendo em conta a agressividade do ambiente e a sen” sibilidade das armaduras 4 corrosio. 2832-(127) De acordo com o disposto no artigo 11.°, os esta- dos limites de fendilhagao a considerar podem ser 0 de descompressio 0 de largura de fendas. (68.2 — No caso de armaduras ordinérias, 0 estado limite a considerar ¢ 0 de largura de fendas, nas con- digdes indicadas no quadro vit QUADRO VIL Extados tiles de fendhagto ‘Armaduras ordindrias nti Cention i oe ‘ance Povco agressivo Frequentes | Largura_de_fendas, 3 mm, Moderadamente Frequentes | Largura_de_fendas, agressive 2 mm, Muito agressive Raras Largura de fendas, 1 mm 68.3 — No caso de armaduras de pré-esforgo, 0s es- tados limites a considerar so 0 de descompressao e (© de largura de fendas, nas condigdes indicadas no quadro Ix, ‘QUADRO Ix Estados limites de fendthacto Armaduras de pré-estorso Canines Aste ane Frequentes | Largura_e_fendas, 2mm Pouco agrestivo Quase permanentes | Descompressio. Frequentes | Largura de_fendas, Moderadamente pecealemieey agressive ‘Quase permanentes | Dessompressi. apes Raras Largura de fendas, wea 0,L mim, Muito agresivo Frequentes | Descompres eS A verificasdo da seguranga em relardo & fendihacdo em estru- turas de belo armada ¢ pré-csforgado (A parte consideragdes de ‘ordem extética) destina-se, fundamentalmente, a garantir que, du- rane a vida da obra, as armaduras nfo softam corrosio que com- ‘rometasignifcatvameme a fua resitécia. Tratase, portanto, ba: Seamente, de um probleme ‘de durabiidade. ‘Compreende-se por iss0 a dependéncia enire os estados limites 4 fendlinagio a considerar e 2 agressividade do ambiente, a sen Sblidede das armaduras A corrosio ¢ & permanéncia dav acy6es (que provocam a fendifhasdo “Alem da quantficardo dos estados limites, outas exigdncias de vem também set respeiadas, tis como a espessura dos recobrimen: {ot (er amigo 78.*)'e w composieho do Beko (er artigos 13." °) ‘Tem intereste ainda chamar & atens40 para que 0 problema da fendihagdo pode estar ligado apenas ao tipo de utliacio que vai ser-dada & estrutura; € © caso, por exemplo, dos depositos, em ‘que a estanguidade exige a ndo existncia de fendas. Trata-e, po- em, de situagdes particulares, que como tal devem ser encaradas. "Tal como ¢ referido no comentério 20 artigo 1l.°, paderd em certos casos ter ainda interese a consideragio do estado limite de 2832-(128) formasio de fendas, particularmente em fases de construgio de es trutoras de betao preestorcado, Note-se que os estados limites de fendlhapo considerados di ‘em fundamentalmente respelto @ fendlhagdo transversal 48 arms dura de clementor suits a esforgos normals e de fexio. A Initagdo. da. fendihagdo de outros tpos, como, por exemplo, a Gevida a enforgos transersos e de torgdo, ¢ a Que se desenvoWe paralelamente 4s armadures[ongitedinls, €assegurada por dispo- Sieoes consrutivas apropriadas, indicadas no. Regulamento ‘Além das vericagdew de fendihapao referidas, deverse-to efec tah ainda verficagdes complementares da tensio de compressao fo beldo, tal como € especfieado no artigo 71." Obseniese finalmente que as exgincias esipuladss celatvamente ‘aos estas limiter de fendilhagio devem, obviamente, ser cons ‘eradas como misinas, podendo jusiicar-se em mulls casos, até por razde de ordem econdmiea, a imposigdo de exgencias mais Artigo 69.° — Estado limite de descompressio [A seguranga em relago ao estado limite de descom- pressdo considera-se satisfeita se ndo existirem, nas seogdes do elemento, traccdes a0 nivel da fibra extre- ma que ficaria mais traccionada (ow menos compri- mida) por efeito dos esforcos actuantes, com exclu- so do. pré-esforgo. ‘A determinagdo de tensdes necesséria & verificagdo desta condigio deve ser feita considerando as seccées fem fase no fendilhada, descontando os vazios cor- respondentes eventual existéncia de armaduras ain- da nao aderentes ¢ admitindo comportamento elésti- co perfeito dos materi No caso de se pretender ter em conta a contribu gio de armaduras aderentes, 0 valor do coeficiente de homogeneizacdo a=Es/Ee a considerar deverd reflec- tir a influéncia da duragao das acgdes sobre o valor do modulo de elasticidade do betdo; nos casos cor- rentes poderd considerar-se a= 18 para acgBes com ca- acter de permanéncia (que provocam fluéncia) © po- deré tomar-se a=6 nas restantes situagdes. (© estado limite de descompresso € definido em relagio a fibra ‘extrema da seopdo de modo a assegurar que, para a combinagdo ‘de acgdes em cavaa, as atmaduras de pré-sforgo se situem em 20- ‘a comprimida, Noiese que ha casos especiais em que se jusifica fer em conta 0s efeitos devidos 4 presenga das armaduras ordina- fins resultanes quer das tenses de tracrHo que sBo induzidas pelo limpedimento que ests armaduras provocam a deformacdo five do bbetio por retracrdo e fluéncla, quer da resstncia que tals arma: Gras Opbem a0 fecho das Tendas quando € admitida fendinagdo para uma combinagio de acyoes mals desfavordvel do que aquela Gm relacio qual & efestuada a verificagao do estado limite de escompressdo ‘Artigo 70.° — Estado limite de largura de fendas 70.1 — A seguranca em relagdo ao estado limite de largura de fendas considera-se satisfeita se 0 valor ca~ racteristico da largura das fendas, ao nivel das arma- duras mais traccionadas, ndo exceder o valor de w es- pecificado no artigo 68.° ‘A determinago daquele valor caracteristico, ws, pode ser efectuada pelas expressdes seguintes: we= 1,7 Wm Wm=Srm ésm em que Wm — valor médio da largura das fendas; Srm — distancia média entre fendas; cm — extensio média da armadura. 70.2 — No caso de elementos sujeitos a tracgao ou a flexao, simples ou composta, a distancia média en- 1 SERIE 0 174 — 30-7-1983 tre fendas ¢ a extensdo média da armadura podem ser caleuladas do modo a seguir indicado: a) Distancia média entre fendas: ¢ —recobrimento da armadura; s—espagamento dos vardes da arma. dura; s deve ser considerado igual a 15@ quando 0 espaca- mento exceder este limite; 21 —coeficiente dependente das caracte- risticas de aderéncia dos vardes, que deve ser tomado igual a 0,4 para vardes de alta aderéncia'e igual a 0,8 para vardes de ade- réncia normal; contudo, para es- te efeito, os vardes de ago A 400 EL'e as redes electrossol- dadas de ago A500 EL podem ser considerados como de alta aderéncia; na — coeficiente dependente da distribui- ‘edo de tensoes de tracgdo na sec- $40, dado por: fem que €1 € €2 Sio, respectiva- mente, as extensdes aos niveis inferior ¢ superior da area do be- to envolvente da armadura, cal- culadas em secgdo_fendilhada; @ — difmetro dos vardes da armadura; er — telagdo As/Agr, em que As é a ‘rea da secgao da armadura (ex- cluindo as armaduras pés-tensio- nadas) € Ac é a drea da secgdo do betdo traccionado envolvente da_armadura; esta area Agr é definida como 0 somatério ‘das eas de influéncia de cada vardo da armadura, cada uma das quais deve estar contida num rectangulo centrado no vardo e com lado igual, no maximo, a 152 e deve ser limitada pelo contorno da secgéo, nao deven- do sobrepor-se as areas de in- fluéncia de vardes contiguos; além disso, as areas de influén- cia devem situar-se totalmente na zona traccionada da secs (figu- ra 5); T SERIE — N.° 174 — 30—7-1983 b) Extensio média das armaduras traccionadas: esm= [181 B2 ()'| em qui 5 — tensio de trace2o na armadura (ou variagdo de tenséo no caso de armaduras de pré-esforgo), cor- respondente 20 esforgo resultan te da combinagéo de acgdes em causa; esta tensdo deve ser cal- culada em sccgéo fendilhada; E,— médulo de elasticidade do aco; oy — tensao de tracgao na armadura (ou variagao de tensio no caso de armaduras de pré-esforgo), cal- culada em secgao fendilhada, correspondente a0 esforco que provoca 0 inicio da fendilhagao; este esforco & 0 que, em seccdo nao fendilhada, conduz a uma tensdo de tracgdo maxima no be- to de valor fem, definido no artigo 16.°; 81 —coeficiente dependente das caracte- risticas de aderéncia dos vardes da armadura, que deve ser toma- do igual a unidade para vardes de alta aderéncia e igual a 0,5 para vardes de aderéncia normal; contudo, para este efeito, os va- Toes de ago A 400 EL e as redes electrossoldadas de ago A $00 EL podem ser considerados como de alta aderéncia; 82 —coeficiente dependente da perma- néncia ou da repetigao das ac- Oes, que deve ser tomado igual 4 0,5 no caso de combinagoes frequentes ou quase permanentes € igual a 1,0 no caso de com! nagdes raras de acgdes, No caso de armaduras pré-esforeadas, as variagdes, de tensio as ¢ ayy devem ser calculadas a partir do estado correspondente ao anulamento das tensdes de compressio induzidas pelo pré-esforgo no betdo en- volvente da armadura. © valor da extensio média das armaduras nao pode, em caso algum, ser considerado inferior a 0,4 os/Es. 70.3 — Nos casos correntes de vigas e de lajes considera-se satisfeita a verificagio da seguranga em relagdo ao estado limite de largura de fendas, quan- do Se trate de armaduras ordindrias ¢ de ambientes pouco agressivos ou moderadamente agressivos, des: de que sejam cumpridas as disposigdes relativas’a es- pagamento de vardes contidas nos artigos 91.° ¢ 105.° As expresses indicadas no artigo para cileulo da distancia me dia entre fendas e da extensto meaia das armaduras referem-2e 4 fendilhagdo transversal as armaduras de tracgdo c, embora ded das para fendilhagdo estabilizada, podem ser aplicadas a casos de fendiagto no estabiizada, ‘Para a determinagdo das tensSes nas armaduras em secedo fen dihada pode admititse comportamento slastico perfeito dos ma: 2832-(129) terais com um coeficiente de homogencizacto adequado & nature ‘a (durapdo) das acgdes; no entanto, pode, por simplificaglo, fdopiarse para tal cocficiente @ valor de a= 18 Notes ainds que, no caso de elementos de betio préesforgado, 4 verfiapio da sepuranga em relagdo ao estado limite de largura fe fendas fica em geral sasfeta se 0 valor da tendo de tracyao ta fibra extrema da secjd0 mio eaceder 0 Valor caracterstico da fensdo de otuta do belo a taco simples indcado no artigo 16° 1 determinasdo daquele valor da tensSo pode ser eleciuada Ue acor: fo com as hipoteses estipuladas no artigo 69 Artigo 71.° — Verificagio da tensio maxima de com- Pressio A verificagio da seguranga em relago aos estados Timites de fendilhagao deve ser complementada por uma verificagio de tensio méxima de compressio no betdo, efectuada para as combinacdes raras de acco O valor desta tenso € limitado em geral a 0,8 fod, em que fed € 0 valor de cleulo da tensao de rotura 4 compressdo definido no artigo 19.° No caso, po- rém, de o betdo nao ter atingido a idade de 28 dias, ‘o valor limite da tensdo deve ser 0,8 ferj/ye, em que Fer € 0 valor caracterstico da tensio de rotura do inetio& compressao, referido a provetes cilindricos, determinado para a idade j em consideragio © ye © cocficiente de. seguranga definido no artigo 19.°, cujo valor € 1,5 ‘A verificagio. em causa deve ser feita admitindo comportanto eléstico perfeito dos materiais © con derando a secgio fendilhada ou nao fendilhada con- soante existam ou nao tensdes de traceio (calculadas em secydo ndo fendilhada) de valor superior ao valor Sem, Gefinido no artigo 16.° ‘A limitasdo da senso de compressio visa obsiar a eventual feo dittasdo longitudinal do betdo ov a deformagao excessiva devida A tivéncia, Ede notar, no entanto, que @ veificagdo desta tensio maxima 6 serdcondicionante em easos pariculare, tals como fases de api acho do preesforgo ou seegoes flecudas fortemente armadas Artigo 72.° — Estados siderar ites de deformacio a con- 72.1 — Os valores limites das deformagdes (flechas, rotagdes, deslocamentos) a considerar em correspon- déncia com as combinagdes de acgdes referidas no ar- tigo 65.°, com vista a verificagao da seguranca em re- lacdo ao estado limite de deformagao, dependem do tipo de estrutura e das condigdes da ‘sua utilizagao, devendo, portanto, ser convenientemente estabelecidos em cada caso. 72.2 — Nos casos correntes de vigas ¢ lajes de edi- ficios, a verificagdo da seguranga em relagio aos estados limites de deformagao poderé limitar-se a con- sideragdo de um estado limite definido por uma fle- cha igual a 1/400 do vao para combinagdes frequen- tes de acgdes; porém, se a deformacao do elemento afectar paredes divisérias, ¢ a menos que a fendilha- do dessas paredes seja contrariada por medidas ade- quadas, aquela flecha nao deve ser tomada com va- lor superior a 1,5 em. 72.3 — A verificagdo da seguranga referida no rniimero anterior considera-se satisfeita desde que se cumpram as condigdes expressas nos artigos 89.°, 102.° © 113.9 Artigo 73.° — Determinagio das deformagées 73.1 — Na determinagdo das curvaturas necessérias a0 cileulo das rotagdes © das flechas de elementos su- jeitos a flexdo simples ou composta, devem ser dev damente considerados os comportamentos em fase no fendilhada e-em fase fendilnada. ‘A fase fendilhada pode, convencionalmente, cons derar-se como tendo inicio para um valor da’ tensao de tracg&o no bet&o igual ao valor médio da tensdo de rotura por tracgdo, ferm, definido no artigo 16.° Na fase fendithada deve ser tida em conta a con- tribuigdo do betdo entre fendas através da considera- cao de uma extensio média das armaduras calculada Ge acordo com a expressdo indicada em 70.2, sem considerar, porém, a limitagdo a referida para ‘o va- Tor desta extensio’ média, 73.2 — Na determinagao das curvaturas correspon dentes a acgBes que se exercem durante intervalos de tempo relativamente longos, devem considerar-se de- vidamente os efeitos da fluéncia e da retracgio do betdo. [A aplicacdo das disposgdes dest artigo relativas a0 céleulo das ‘curaturas pode ser falitada pela consideragdo’ das repras a se pir indicades, ‘As curvaturas + sto definidas pela expressto rood fem que te € «S40, respectivamente, a extensio no Beto 20 nivel AG Alva tats comprimida da secgdo ¢ a extensto na armadura mais traccionada (ou menos comprimida), consideradas com os respec: ‘Nas zonas nfo fendithadas, aquelas extensdes sto determinadas admitindo. que 0 comportamento. dos materais ¢ eldstico pereito feque @ beldo teste 4 tacydo: nas zonas fendithadas admitise-d fambem comportamento elastco perfeto dos materials, desprezar sek a resistencia, tracqdo do betio, e a extensdo «)Seré toma a com 0 valor om caleulado de acordo com 70.2. A Curvatura total a0 fim do tempo f, devida a acobes perma rnentes ¢varidveis, pode ser ealelada pela soma da curvatura eis- thea (cortespondete 20 instante em que slo aplicadas as acjOes) fiat curvaturae devas func ¢-& retraccdo do bet. ‘A determinagio da curvatura devida & fuéncia apresentacon- tudo difieuldades, decorreates nfo s6 do defciente conhecimento {os efeitos dos numerosos parkmetros que condicionam a fluéncia ‘do beta simples mas tambem devido aoy efeitos resullantes da pre- Senga de armaduras, Porée, nos casos corretes, esta parcela da Curvatura pode ser determinada, de modo simplificado, pela dite fenga entre a curvatura ao fim do tempo 1 devida apenas & parte permanente das accdes eA curvatura elistica correspondente & es fa mesma parte das acgdes. No que fespeta a curvatura devida a retracedo, a considerar nos casos em gue fal seja pertinente, deve ter-se em conta ndo 58 a {esracgdo live do betio mas também os efeitos devidos 4 presen: (2 de armaduras aderentes (saccionadas comprimidas). ‘Tem interesse chamar ainda a atenefo para 0 facto de os valo- res caleulados das deformagdes poderem diferi sensvelmente dos ‘aloes reais, paticulamente nos easos em que of valores dos mo- Tnentos actanfer sfo vzinhos dot momentos de fendiharto. O des- tho entie 0 valor calculado ¢ o valor real depende, entre outros Factores, da dipersdo das caracteristicas dos materias, do melo am- bente ¢ das condigdes e histéria da aplicasdo das acres, Esa tispersto de valores deve ser devidamente tida em consideragto hhaquelescasor em que © conhecimento da deformario assima par- ticular importinela no problema em causa (por exemplo, estrutu- tas préesforgadas em consola executadas por avangos sucessivos), T SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 TERCEIRA PARTE Disposi¢des de projecto e disposigdes constru CAPITULO xX Disposigdes gerais relativas a armaduras Artigo 74.° — Armaduras principais e¢ secunddrias Nas estruturas de betio armado e pré-esforcado de- vem dispor-se, além das armaduras principais dimen- sionadas de acordo com as regras estabelecidas neste Regulamento, armaduras secundérias que garantam a eficiéncia do funcionamento daquelas armaduras, assegurem a ligagdo entre partes dos elementos que tenham tendéncia a destacar-se, ¢ limitem o alarga- mento da fendithagao localizada. Como se sabe, os esquemas estruturas adoptados para 0 dimen- sionamento das estruturas nem sempre conseguem traduzit toda a complenidade do seu comportamento real, havendo, consequente. mente, necesidade de dspor, para além da armaduras directamente relacionadas com os esforgos obtidos a partir de tals idealizapdes (armmaduras principal), outras armaduras que assegurem bor com. portamento’ global das estruturas: estas armadvras, dita «tect Girasy, so particularmente necessiias quando existam sngula SadesTocaleadas devidas quer a variagdo brusce de geomeria d Devas (nds, aberuras, varagoes de secede, ete.) quer a actuagdo Ge Forgas cm zonas restritas dos elementos estruturals (carga 2O0- entradas, zonas de amarracdo dos cabos de pre-esforgo, Zonas de femendas ¢ amarragdo. de var6es) Em muitos casos a determinaedo das armaduras secundérias pode ser efectuada a partir da consideracdo de adequados equilbrios de {orgas nas zonas de perturbacdo em causa; algumas das disposi bes construivas constants desta trceira parte do Regulamento tem fomo base anaises dese tipo. Nos easos em que existam nos clementos estruturais superfices segundo as quais Raja tendencia para desizamento devido a ten- oes tangenciais (por exemplo, em pecas betonadas por fas), ais fuperfcies devers se atravessadas por armaguras secundarias con: Yehientemente amarradas, fazendo’ com essas supertlles Angulos Compreendidos enire 45° ¢ 90°. O dimensionamento desea arma dlras pode ser efectuado pela chamada wregra das costras», dda seeuinte expresso: vy Ant (4 cone in em que sg — valor de edleulo da forga tangencial por unidade de comprimento. na superficie em consideracdo; ‘Ay ~ tea da’ secgdo da armadura existente no comprimen- 5 —espasamento das armaduras; Jont ~ valor de ediculo da tensio de cedéncia ou da tensto Timite convenciona de proporcionalidade 0.2% 40 a — Angulo das armaduras com a superficie considerada. No caso de actuarem também foreas normals & superficie em sconsiderapdo, 0 seu efeto deve ser devidameate td em conta RO Gimensionamlemo das. atmaduras em causa. Artigo 75.° — U izacio conjunta de acos de tipos diferentes. A utilizagao_conjunta de agos de tipos diferentes exige que tal facto seja devidamente considerado no dimensionamento ¢ que na obra se tomem precaucdes que evitem erros resultantes de incorrecta identific ho dos aces. T SERIE =." 1 = 30-7-1983 ‘Artigo 76.° — Agrupamento de armaduras 76.1 — No caso de armaduras ordinérias, os agru- pamentos de vardes que haja necessidade de utilizar Ado devem ser constituidos por mais de 3 vardes; admite-se, porém, que, para armaduras verticais sem- pre comprimidas, este nimero possa aumentar para 4, Alem disso, os vardes de um agrupamento devem ser dispostos de tal modo que, numa dada direcsio, ndo existam mais de 2 vardes em contacto. Em qualquer caso, porém, o didmetro equivalente do agrupamento, Qn, definido pela expresso: v no deve ser superior a 5S mm; nesta expressdo, Zi € 0 didmetro de cada um dos 'n vardes do agrupa- mento. Para observancia das regras do presente Regulamen- to em que 0 diametro dos vardes seja pardmetro con- dicionante, deve considerar-se para 0s agrupamentos © seu didmetro equivalente. 76.2 — No caso de armaduras pés-tensionadas com bainhas cujo didmetro nao exceda $0 mm, cada agru- pamento pode comportar, no maximo, 4 bainhas, dis postas de tal modo que, numa dada direcgdo, nao haja mais de 2 bainhas em contacto. No caso de bai- nhas com didmetro superior a 50mm, s6 ¢ permiti- do 0 agrupamento de 2 bainhas e, no caso de vigas lajes, apenas na direccdo vertical. 76.3 — No caso de armaduras pré-tensionadas, ca- da agrupamento sé pode comportar 2 armaduras. Antigo 77.° — Distincia minima entre armaduras 77.1 — A distancia livre entre armaduras ou bainhas ou entre agrupamentos destes elementos deve ser su- ficiente para permitir realizar a betonagem em boas condigdes, assegurando-lhes desta forma um bom en- volvimento pelo betéo ¢ as necessérias condigdes de aderéncia. 77.2 — No caso de armaduras ordinérias, a distan- cia livre entre vardes nao deve ser inferior ao maior didmetro dos vardes em causa (ou ao didmetro equi- valente dos seus agrupamentos), com o minimo de 2em. 77.3 — No caso de armaduras pés-tensionadas, a distancia livre entre bainhas ou entre agrupamentos ndo deve ser inferior ao maior didmetro das bainhas em causa nem a 4,0 em e 5,0 cm, respectivamente nas irecgdes vertical ¢ horizontal; no entanto, no caso de um agrupamento na horizontal, as distancias as bai- nhas mais prOximas nao devem ainda ser inferiores a 1,2 € 1,5 vezes o maior didmetro das bainhas, res- Pectivamente nas direcgdes vertical ¢ horizontal 77.4 — No caso de armaduras pré-tensionadas, as distdncias livres no devem ser inferiores ao maior dos diametros das armaduras em causa nem a 1,0cm e 2,0 em, respectivamente nas direccdes vertical e hori- zontal. No caso de um agrupamento na vertical, as distan- cias as armaduras mais proximas ndo devem ser in- feriores a 1,5 vezes 0 maior diémetro das armaduras em causa nem a 1,0.cm e 2,5 cm, respectivamente nas. direcgdes vertical © horizontal. 2832-(131) No caso de um agrupamento na horizontal, as dis- tancias as armaduras mais préximas ndo devem ser inferiores a 2 vezes 0 maior didmetro das armaduras em causa nem a 3,0 cm, quer na direcgao vertical quer na_direcgdo horizontal 77.5 — A exigéncia de distancias minimas especifi- cada em 77.2, 77.3 € 77.4 ndo se aplica ao cruzamen- to ou @ emenda por sobreposigdo de armaduras. ‘As distincias entre armaduras, além de obedecerem 20s mini sor indicados no atigo, deve, ainda, ser compatilizadas com Ermdxima dimensto do inerte utilizada’ com vista a assegurar um Sear envolvimento das armaduras pelo. betBo 'Nos casos em que haja grande densidade de armaduras, os va es das diferentes camadas devem ficar alinhados em planos ver ticals, com reserva de espaco para passagem de uma agulha de vibraggo. Artigo 78.° — Recobrimento minimo das armaduras 78.1 — O recobrimento das armaduras ou bainhas (ou dos agrupamentos destes elementos) deve permi- tir realizar a betonagem em boas condigdes e assegu- rar ndo sO a necessdria protecgdo contra a corrosio mas também a eficiente transmissio das forgas entre ‘as armaduras ¢ 0 betdo. 78.2 — Os recobrimentos minimos a adoptar em elementos nao laminares em que se utilize betdo de classe inferior a B30 e armaduras ordindrias devem ser 0s seguintes: Em ambientes pouco agressivos Em ambientes moderadamente agressivos Em ambientes muito agressivos 20cm 0m havendo que aumentar em 1,0 cm estes valores no caso de armaduras de pré-esforgo. Os valores referidos podem, no entanto, ser dimi- nufdos: de 0,5. cm, no caso de elementos laminares; de 0,5 cm, para betdes das classes B30, B35 ¢ B40, € de 1,0 cm, para betes de classes superiores a B40, Estas diminuigdes so cumulativas, ndo se devendo, porém, em caso algum, adoptar recobrimento inferior a 1,Som. Algm de satisfazer as condigdes anteriormente es tabelecidas, o recobrimento minimo nao deve ser in- ferior a0 diametro das armaduras ordindrias (ou a0 didmetro equivalente dos seus agrupamentos). No ca: so de armaduras pré-esforcadas, 0 recobrimento mi. imo no deve também, para as armaduras pés- -tensionadas, ser inferior ao didmetro das bainhas com ‘© minimo de 4,0 cm e, para as armaduras pré-tensio- nadas, ser inferior a 2 vezes 0 diametro das armadu- ras com © minimo de 2,0 cm; em agrupamentos na horizontal de armaduras’ pés-tensionadas, 0 recobri- mento lateral ndo deve ainda ser inferior a 2 vezes (© maior diametro das bainhas. Tal como se refer para a distincia entre armaduras, os reco brimentos deverdo também ser compatibilizades com a maxima di mens4o. do inerte utiliza 'Nowcaso de esiruturas sujetas a ambientes muito agressivos e, ‘em especial, se a6 armaduras forem multo sensiveis 2 corrosio. 3 fficdein da protecgdo conferida pelo recobrimento deve ser conse: ‘gulde tambern 8 custa da utlizgao de betDes com boas caracters Ticas de compacidade e de uma betonagem especialmente cuidada ‘Note-se tinda que, no caso de agrupamentos, o recobrimento deve ter naturalmente contado 3 partir do contorno do agrups mento, 2832-(132) Certas conus partivulares, como, por exemple, exigenias de proteccd0 contra o fogo, pode!20 impor a uilizagio de tecobei mentor superores 208 minimos indiados no artigo: Porem, quan- ddo-0 recobrimento ultrapassar §,0.cm. € recomendavel 0 emprego ‘de una armadura de pele Antigo 79.° — Curvatura méxima das armaduras 79.1 — A curvatura maxima que pode ser impos! a uma armadura deve ser tal que nao afecte a resis- t@ncia desta ¢ no provoque © esmagamento ou fen- dimento do betdo por efeito da pressdio que se exer- ce na zona da curva 79.2 — No caso de armaduras ordindrias, as dobra- gens dos vardes devem ser executadas com diametros ‘nao inferiores aos indicados no quadro X. QUADRO x Dikmetros interores minimos de dobragem Srl ‘A500 ER A800 EL 79.3 — No caso de armaduras ordinérias forman- do lago, 0 diametro de dobragem nao deve ser infe- rior ao dado pela expresso: (0.74142) 3 © em que oxs¢é a tenséo na armadura no inicio da do- bra, correspondente ao valor de célculo do esforgo ac- tuante, ¢ @ €a menor das duas quantidades seguin- tes: distancia entre 0 plano do lago e a face da pega; distancia entre © plano do lago'e 0 plano do lao vizinho. Artigo 80.° — Aderéncia das armaduras a0 betio 80.1 — A aderéncia das armaduras a0 betdo, pro- priedade que interessa no apenas ao problema do 1 SERIE — N.” 175 = 30-7-1983 yamento conjunto dos dois materiais, mas tam- bém & defini¢do dos critérios de amarragao ¢ de emen da das armaduras, é quantificada basicamente atra- vés de uma tensdo de rotura de aderéncia, cujos va- lores dependem das caracteristicas de aderéncia das ar- maduras, da classe do beto ¢ das condigdes de en- volvimento das armaduras pelo betao. 80.2 — Do ponto de vista da aderéncia, as arma- duras ordindrias classificam-se em armaduras de ade- réncia normal ¢ armaduras de alta aderéncia. Quanto As condigdes dependentes do envolvimento dos vardes elo betdo, considera-se que estes se encontram em condigées de boa aderéncia quando, na ocasido da be- tonagem, formem com a horizontal um Angulo com- preendido entre 45° ¢ 90°, ou quando os vardes es- tejam integrados em elementos cuja espessura, na di- recs da betonagem, nao exceda 2S cm; no caso de esta espessura exceder 25 em, considera-se que os va- 10es estdo ainda em condigdes de boa aderéncia se se situarem na metade inferior do elemento (ou na me- tade inferior da parte betonada numa mesma fase de etonagem) ou a mais de 30cm da sua face superior s valores de célculo da tensio de rotura da ade- réncia, fod, das armaduras ordinérias sao indicadas no quadro’ x1 QUADRO XI da tensdo de roture da ie armadoras ordindris (') Ps) 80.3 — Nos casos em que as armaduras estejam submetidas a elevados gradientes de tensdo, parti cularmente se forem de grande didmetro, deverd proceder-se a uma verificagdo local da aderéncia, que consiste em satisfazer a condi¢ao: em que: reSd— tensiio de aderéncia correspondente ao falor de célculo do esforgo actuante; AFisa— diferenga entre as forcas na armadura em 2 secgdes distantes de Ax, sendo Ax< 102 (correspondente ao valor de céleulo do esforgo actuante); u— perimetro da seccdo da armadura; no ‘caso de agrupamentos, sera o perime- tro da secedo de didmetro equivalen- te definido em 76.1; Jog — valor de célculo da tensdo de rotura da aderéncia. 1 SERIE — N° 174 ~ 30~7-1983 80.4 — As disposigdes relativas a amarragdes ¢ emendas por aderéncia sao indicadas nos artigos 81.° a 86." 0s valores de cileulo da tensdo de rotura da aderénca especi- Ficados emt 80.2 resultam da aplicacio das seguites expresoes: vardes de aderéncia normal: fay=0,3 fag Vos em MPQ); Vardes de alta aderéneia: fas 228 faa No caso de elementos sujitos predominantemente a acydes va ridveis que determinem varagbes de tenslo muito repetidas e de frande amplitude nas armadutas, sed prudente reduz estes valo- Fes, considerando as suas consequtncias nas condipbes de amarra- (Ho ede emenda das armaduras. Artigo 8} — Amarragio de vardes de armaduras ordindrias 81.1 — As extremidades dos vardes das armaduras ordindrias devem ser fixadas ao betdo por amarracées, que podem ser realizadas por prolongamento recto ou curvo dos vardes, por lagos ou por dispositivos me- cdnicos especiais. 81.2 —A utilizacdo das amarragdes por prolong mento dos vardes, que, quando curvo, pode incli gancho ou cotovelo com as caracteristicas geomét cas indicadas na figura 6, depende da capacidade de aderéncia dos vardes a0 betdo € do tipo de esforcos a que estes esto submetidos. Assim, tratando-se de varées de aderéncia normal devem utilizar-se apenas amarragdes com ganchos, excepto se 0s vardes es Yerem sempre sujeitos a’ compressio, caso em que convird usar amarragdes rectas. Para 0s vardes de alta aderéncia devem utilizar-se amarragdes rectas, excep- to se 0s vardes estiverem sempre sujeitos a iracsio, caso em que se permite a utilizagdo de ganchos ou cotovelos. 81.3 — Nas zonas de amarracdo de vardes, 0 be- tao deve ser cintado por uma armadura transversal (estribos ou cintas) distribuida ao longo da zona de amarragio, no caso de varées traccionados com amar- rages Tectas, e concentrada junto aos extremos dos vardes, nos restantes casos; em particular, nas amar- ragdes de varées comprimidos, a armadura de cinta gem deve ainda abranger uma zona que se estenda, para além da amarra¢io, de um comprimento igual a 4 vezes 0 didmetro’ dos vardes amarrados. A exigéncia desta armadura pode ser dispensada no caso de amarragdes de vardes traccionados em zonas dos elementos sujeitas a compressao transversal a di reegao dos vardes (devida, por exemplo, a uma reac- gio de apoio) e no caso de vardes cuja distancia a face do elemento ou a outros vardes seja relativamente grande. 81.4 — Os comprimentos da amarraclo, Lo,net (Ci pura 6), sao definidos pela expressdo: ___2832-(133) no devendo, porém, em caso algum, ser tomados in- feriores a qualquer dos seguintes valores: 102; 100 mm; 0,3, no caso de vardes traccionados; 0,615, no caso de vardes_comprimidos. ‘Os simbolos utilizados tém 0 seguinte significado: Asal — secgéo da armadura requerida pelo cél- ‘culo; Asef — seco da armadura efectivamente adop- tada; a1 — coeficiente que toma o valor de 0,7, no ‘caso de amarragdes curvas em tracrdo, e & igual & unidade nos restantes casos; @ — didmetro do vardo ou diémetro equiva- lente do agrupamento; fod — valor de célculo da tensio de cedéncia ‘ou da tensao limite convencional de proporcionalidade a 0,2% do aco; fod — valor de célculo da tensio de rotura da aderéncia, definido no artigo 80.° a Fig. 6 81.5 — No caso de agrupamento de vardes, cada varlo deve ser amarrado individualmente com 0 com- primento de amarragdo correspondente a0 vardo iso- Iado, mas as extremidades das amarracdes resultantes. devem ficar separadas entre si de, pelo menos, 1,3 ve- zes 0 comprimento de amarracdo; no caso, porém, de agrupamentos que terminem em apoios, poder-se-A fa- zer a amarragio conjunta de todos os vardes, mas com o comprimento de amarragao correspondente a0, diimetro equivalente do agrupamento. 81.6 — No caso de se utilizarem amarragdes com lagos, considera-se assegurada a amarracio a uma dis- tAncia da tangente exterior do Iago igual a metade do didmetro interior do laco, acrescido de 3 vezes 0 did- metro do vardo. Para atenuar 0 risco de fendimento do betdo, deve dispor-se, em direcedo perpendicular ao plano do la- 0, uma armadura adequada, que pode, porém, ser dispensada nas mesmas condig6es enunciadas em 81.3 relativamente a dispensa de’ armadura ai referida. 81.7 — A utilizagdo de dispositivos mecanicos espe- ciais para a realizagdo de amarracdes necessita de ade- quada justificagao, A determinasio dos comprimentos de amarragio estipulada no ani ests de acordo com as prescrgdes do CEB, as quals forne ‘em resultados mais dferenciados que os que corstavam do regu: lamento de 1967. No entanco, para as. aplicagGes corres, ta diferenciacdo € muito atenuada 'No_quadro.seguinte figuram 0 comprimentos de amarracto a que se € conduzido nos casos correntes, considerando Anat Aves 2832-(134) 1 SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 Yalores do comprimento de amarrarto, line * . - . a . a fe . | ANS NL Com gancho sso | oa | oe | aso | wo | ase | a0 | aor A235_NR Recta ro | 3s@ | we | we | we | a0 | 50 | ase aint 2 @ e 2 e 42 ato ER Recta 42 | 02 | 352 | soo | 2 | as no A800 EL ‘Com zancho woe | so | se | wo | soe | se | ase | ose A500 NR o 7 e peaery Recta [2 woe 35a | soe A — Condigdes de boa aderéncia. B— Outras condicdes de aderéncia, Artigo 82.° — Amarragio de redes electrossoldadas 82.1 — As extremidades dos vardes longitudinais das redes electrossoldadas devem ser fixadas ao betdo por amarragdes rectas Estas amarragdes, a menos do caso referido no n.° 82.3, devem em geral ter um comprimento supe- rior a 35cm e incluir © mimero minimo de vardes transversais a seguir indicado: Redes simples; redes duplas com vardes longitu- dinais de diametro igual ou inferior a 8,5 mm: Vardes de aderéncia normal — 3 vardes transversais; Vardes de alta aderéncia — 2 vardes trans- Redes duplas com vardes longitudinais de didme- ‘to superior a 8,5 mt Vardes de aderéncia normal — 4 vardes transversais; Vardes de alta aderéncia — 3 vardes trans- versais. © mimero de vardes transversais ¢ 0 comprimento rminimo indicados anteriormente podem ser reduzidos na proporsdo da relacdo Ascal/Asef entre a secpio de armadura requerida pelo célculo’€ a secydo de ar- madura efectivamente adoptada, devendo o nimero de vardes ser obtido por arredondamento ao inteiro su- perior ¢ © comprimento a utilizar nao ser inferior a 10cm. 82.2 — No caso de elementos sujeitos a acgdes que determinem variagdes de tensio de grande amplitude fe muito frequentes, o nidmero minimo de vardes trans- versais indicado em 82.1 deve ser aumentado de uma unidade. 82.3 — No caso de redes constituidas por vardes de alta aderéncia em que nio se possa contar com a con- Uuibuigio dos vardes transversais, as amarragdes de- vem ser estabelecidas adoptando as regras indicadas no artigo 81.° para as amarragGes rectas de vardes. No caso de redes duplas em que os vardes cons- titwam agrupamentos, poder-se-& porém efectuar sempre a amarrago conjunta dos vardes de cada agrupamento, mas com o comprimento de amarragao correspondente ao seu diémetro equivalente. No caso de redes em que ot varbes transversal desempenhem também fungdes resstentes (por exemplo, em Iajes armadas em 2 dlrecgdes), as exarragdes de tals varbes devem, obviamente, ser rea- lizadas de acordo com as tegras indicadas para’ os varbes long widinals. Artigo 83.° — Amarragio de armaduras de pt -estorgo ‘A amarragfio das armaduras de pré-esforco deve ser executada por meio dos dispositivos previstos pelo sis- tema de pré-esforco utilizado, tendo em atengio o estipulado no artigo 45.°, quanto a difusto do pré- -esforgo a partir da extremidade da armadura, e 0 estipulado nos artigos 138.° a 141.° relativamente as condigdes de resisténcia do elemento na zona da amarragio. Artigo 84,° — Emenda de vardes de armaduras or- dingrias 84.1 — As emendas dos vardes das armaduras or- dindrias — que podem ser realizadas por sobreposi- 80, por soldadura ou por meio de dispositivos me- cénicos especiais — devem ser empregadas 0 menos possivel ¢, de preferéncia, em zonas em que 0s va- 16es estejam sujeitos a tensdes pouco elevadas, 84.2 — As emendas de vardes por sobreposigo, ex- cepto nos casos referidos em 84.3, devem ser realiza- das de acordo com o disposto nas alineas seguintes: @) As amarragdes dos vardes na zona da sobre- posigdo devem satisfazer 0 disposto em 81.2, no que respeita 4 eventual necessidade de ganchos terminais, ¢ em 81.3, no que se refere A exigéncia de uma armadura trans- versal de cintagem do betio na zona da emenda; 1 SERIE — N.° 174 — 307-1983 6) Os comprimentos minimos de sobreposicio, Tho, 0 caso de vardes traccionados, devem satisfazer & expresso: by 2 lbynet no podendo, em caso algum, ser inferio- res a 152 nem a 20cm. Nesta expressio, own: deve satisfazer as condigdes inndicad>” em 81.4 ¢ a2 € um coeficiente cujos vaio- res sfo dados no quadro xi. No caso de vardes comprimidos, as emen- das por sobreposigéo devem ser feitas ape- has com trosos rectos, © 05 comprimentos minimos de sobreposigio 1b, devem ser iguais ao valor de ly definido no arti- g0 81 rmimero de vardes emendados numa mesma secco, no caso de vardes traccionados, po- derd ser a totalidade destes se se tratar de vardes de alta aderéncia de didmetro infe- riot a 16mm, nao podendo porém a sec- go dos vardes emendados exceder 4 da SecoHo total da armadura se se tratar de va- res de didmetro igual ou superior a 16 mm; no caso de vardes de aderéncia nor- mal, esta relagéo deve ser considerada igual a Ye %, respectivamente, para cada um daqueles escalées de dimetro. Para os efei- tos destas disposigdes, somente se poderd considerar que duas emendas no estio na mesma secgdo se, na direcs4o longitudinal do elemento, a distncia entre pontos mé- dios das emendas for superior a 1,5 Nos casos de vardes comprimidos, no ha condigées especiais a respeitar quanto 20 miimero de vardes a emendar. 90 QUADRO XII Emends de vardes de armeduras ordinéras Valores: do coeficiente a2 ee eee el on en T sya pr 2<102 ov b<50 12 | na | us [18 | 20 a>102 ¢ b>s2 naa [us | 84.3 — As emendas de vardes por sobreposigo em elementos sujeitos predominantemente a esforgos de tracgdo (tirantes) devem sempre que possivel ser evi- tadas, no podendo porém ser utilizadas se 0 didme- tro dos vardes for superior a 16 mm ou se a percen- tagem de armadura exceder 1,5. Para a realizaco de tais emendas devem aplicar- , na generalidade, as regras indicadas em 84.2 para ‘as armaduras traccionadas, atendendo porém as se- ‘guintes disposigdes particulares: 4) O nimero de vardes emendados numa mesma secgo no deve corresponder a mais de 4 da secgdo total dos vardes da armadura; 2832-(135) b) Na determinago do comprimento de sobrepo: sigdo, 12,0, por aplicagdo do disposto em 84.2, alinea b), para o caso de vardes trac- cionados, deve’ sempre calcular-se /,ner cOn- siderando que 0s vardes nao se encontram fem condigdes de boa aderéncia; ©) A armadura transversal de cintagem referida em 81.3, envolvendo toda a armadura na zona da emenda ¢ distribuida ao longo desta, deve ser constituida por vardes nao espacados de mais de 4 vezes 0 didmetro do varo emendado. 84.4 — As emendas por sobreposicao de_agrupa- mentos de vardes devem ser executadas vardo a va- rio € de tal modo que os pontos médios das cmen. das dos diferentes vardes fiquem separados entre si de, pelo menos, 1,3 vezes 0 comprimento de sobre- posigdo correspondente & emenda dos vardes isolados. ‘84.5 — O disposto nos niimeros anteriores & tam- bém aplicdvel a0 caso de emendas por sobreposigao com lagos, com excepao do valor do comprimento minimo de sobreposigao, /4,0, dado em 84.2, ali- nea b), que deve ser tomado igual ao didmetro inte- rior do lago, acrescido de 7 vezes 0 diametro do vario, 84,6 — As emendas por soldadura somente sio de admitir em vardes que possuam as necessirias carac- teristicas de soldabilidade, em face do proceso de sol. dadura utilizado. Para efeitos de dimensionamento, deve considerar- se para seceo de um vardo soldado, na zona da emenda, somente 80 % do seu valor nominal, poden- do-se contudo nfo ter em conta esta penalizagao se forem satisfeitas simultaneamente as seguintes condi- des: A soldadura for cuidadosamente realizada ¢ con- trolada; A secgdo dos vardes soldados numa mesma sec- io do elemento ndo exceder '/s da secyiio t0- fal da armadura; © elemento nao estiver sujeito a acgdes que de- terminem esforcos com variagdes de wrande amplitude © muito frequentes. 84.7 — A utilizagdo de dispositivos mecanicos espe- ciais para a realizago de emendas necessita de ade- quada justificagao. Artigo 85.° — Emenda de redes electrossoldadas 85.1 — As emendas dos vardes longitudinais das re- des clectrossoldadas devem ser realizadas por sobre- posicdo de trogos rectos ¢ satisfazer 0 estipulado em. 85.2, 85.3, 85.4 € 85.5. Tais emendas s6 sao permiti- das em zonas em que a relagdo Asdai/A sf entre a seegio de armadura requerida pelo célculo © a sec- ‘edo de armadura efectivamente adoptada, nao seja Superior a 0,7. ‘No caso de redes duplas com vardes lon; de diametro superior a 8,5 mm, s6 é permitida a rea- lizagao de emendas desde que a armadura seja cons- tituida por redes sobrepostas, néo podendo, no en- tanto, tais emendas ser realizadas na camada situada junto’ da face mais traccionada. 2832-(136) 85.2 — Os comprimentos minimos de sobreposig&o nas emendas, a menos dos casos referidos em 85.3 € 85.4, devem ser em geral superiores a 45 cm e incluir © ‘mimero minimo de vardes transversais a seguir indicado: Vardes de aderéncia normal —$ vardes trans- Vardes de alta aderéncia — 4 vardes transversais.. 85.3 — No caso de redes constituidas por vardes de alta aderéncia em que ndo se possa contar com a con- tribuigdo dos vardes transversais, os comprimentos de sobreposicao nas emendas devem ser determinados de acordo com as regras indicadas no artigo 84.° relati- vvas as emendas de vardes por sobreposigao de trogos rectos. No caso de redes duplas em que os vardes const tuam agrupamentos, poder-se-4 efectuar a emenda conjunta dos vardes de cada agrupamento, mas com © comprimento de sobreposic&o correspondente a0 seu. didmetro equivalente. 85.4 — No caso de elementos sujeitos a acgdes que determine variagdes de tensdo de grande amplitude € muito frequentes, ndo slo permitidas emendas de redes constitufdas por vardes de aderéncia normal; se 8 vardes forem de alta aderéncia & permitida a rea- lizagdio de emendas, mas, neste caso, os comprimen- tos de sobreposicdo deve ser determinados de acor- do com as regras estipuladas em 85.3. 85.5 — No caso de armaduras constituidas por re- des sobrepostas, as emendas destas redes devem ser desfasadas de uma distancia pelo menos igual a 1,5 vezes © comprimento minimo de sobreposicao. 85.6 — As emendas dos vardes transversais das re- des, quando desempenhem apenas funcdes de arma- dura de distribuigdo, devem ser realizadas com com- rimentos de sobreposicao nao inferiores a 20cm ¢ Que incluem, no minimo, 2 ou 3 vardes longitudinais, Consoante os vardes transversais tenham diametro nao superior a 6,5 mm ou superior a este valor; no caso previsto em 85.4, porém, o mimero de vardes refe- rido deve ser aumentado de uma unidade. [As emendas dos varSes transversals que desempenher também fungdes resstentes, analogamente ao indicado para as amarrapbes (comentario 20 artigo 82."), devem ser realizadas de acordo com 4s Tegras prescrtas para as emendas dos varées longtudinas. Artigo 86.° — Emenda de armadura de pré-esforco A emenda de armaduras de pré-esforgo deve ser realizada por meio dos dispositivos especificos do sis- tema de préesforco utilizado. CAPITULO XI DisposigSes relativas a elementos estruturais A— Vigas Artigo 87.° — Vio teérleo © vio tedrico a considerar no dimensionamento das vigas deve ser estabelecido tendo em conta as condi- gies efectivas de apoio. _1 SERIE — ° 174 — 30-7-1983 Nos casos correntes, 0 vao te6rico ser considera- do do modo seguinte: Nas vigas simplesmente apoiadas, 0 menor dos valores: 0 vao livre acrescido de 1 da lar- gura de cada apoio (dimensdo do apoio na direc¢ao do vao) ou o vao livre aumentado da altura util da viga; Nas vigas encastradas, 0 menor dos valores: a distancia entre eixos dos apoios ou 0 vao livre aumentado da altura itil da viga; ‘Nas vigas continuas: a distancia entre eixos dos apoios. ‘As rears estabelecidas podem aio traduzie convenientemente as condigdesefectvas de ligacdo,partcularmente para apoio de grande largura de vigas continuas. Neste caso, pode admitiese que Ea constitu por tramos com vios teéricos definidos segundo 0 ‘trig indicado para as vigas encastradas, ligados por trogos rig dos sobre os apoios: este ertério exige, pelo menos, uma largura 40 apoio nfo Inferior a 2 veres a altura Utl da vga [No caso de vigas em consola, as regras conduzir4o a adoptar pura vio tegrco ou o balanco ive aumentado de metade da atu al da viga ou o balango referido a0 eixo do apoio, respectiva ‘mente para uma consola iolade © para uma console pertencente 2'uma viga continoa Artigo 88.° — Largura do banzo comprimido das vigas em T ‘A menos de determina¢o mais precisa, a largura a considerar para o banzo comprimido das vigas em T pode ser obtida, nos casos correntes, adicionando a largura da alma, de um e de outro lado, uma I Sura que nflo exceda o menor dos seguintes valores: "Yoda distancia entre seogdes de momento nulo; Y% da distancia entre faces das almas de vigas contiguas. No caso de vigas em L, esta largura sera adiciona- da uma s6 vez & largura da alma. ‘A largura do banzo determinada pelos critérios anteriores nao poderé, em caso algum, exceder a lar- gura real do banzo. ‘A largura méxima 1 considerar para o banzo comprimido das ‘vas depende de muitos pardmetros, nomeadamente do tipo de ac- ho (Conceotrada ou distribulda), daa earacersicas geoméercas da Via, das condigbes de apoio e'da relagdo entre o va0 da vige € adistincia entre vigas adjacentes, "Nos casos correntes de vigas continua, pode tomarse, para di tineia entre secpdes de momento nulo, um valor igual a 0,7 do ‘ho teérieo. Quando ngo houver mudanca de sinal do momento to longo de todo 0 vio, a primeira condio indicada no corpo o artigo sera referida 30 vlo te6rico. Artigo 89.° — Altura miaima 89.1 — A altura das vigas de betdo armado, a me- nos de justificacdo especial com base no estipulado nos artigos 72.° ¢ 73.°, deve em geral satisfazer a se- guinte condicao: tern em que: fh — altura da viga; 1 SERIE — N.° 174 — 307-1983 li=al— vao equivalente da viga, sendo I 0 vo tedrico ¢ a um coeficiente cujos va- lores so dados no quadro Xilt para condigdes de carregamento que nfo incluam cargas concentradas de efei- 108 significativos; 17 — coeficiente que, consoante 0 tipo de ago utilizado, toma os seguintes valores: A235 ‘A400 ‘A500 So 1 1 0, a a 1 QUADRO XiIL Altura minlna das vigas Valores do coeficiente Simplesmente apoiada Lo Duplamente encastada ‘Apoiada numa exttemidade ¢ encastrada na outra | 08 Em consola (sem rotagdo no apoio) 89.2 — No caso de vigas de betdo pré-esforcado, a regra indicada no niimero anterior pode ser também aplicada considerando = 1,6. 89.3 — No caso de vigas cuja deformagao afecte paredes divisérias, a menos que a fendilhagdo dessas aredes seja contrariada por outras medidas adequa- das, deve ser respeitada a seguinte condigao, além da indicada nos numeros anteriores: 4 go aS" em que I; € A so expressos em metros. ‘As repras estabelevidas neste artigo resultam da apicagdo de hi péteses simplifcadas para 0 cllculo de deformagbes e que cond fem a relagdo geal da qual derivam as expressOes apresentadas no artigo, consideran- {do em 82.1 uma relado flecha-bo a/= 1/400 e em 89,3 uma fe Sem, valores estes que. sfo preconizados, para fm caus correntes, em 12.2. Para outros valores limites finados para 2 echa relative ou absoluta obterse do, pela expressdo indicada, ‘ouras condigdes para f/h ‘0 vdo equivalente da viga, al, € 0 vio de uma viga sim- pleamente apoiada de solo constante (vga de referénda), que apre- fenie # meima relagdo entre a flesha eo vo que a da viga em ‘xiudo, quando Sujeta’a una carga uniformemente dstibuida que The proveque na zona central uma curvatura igual Aquela que = vga apresenta na mesma zona (em consolas, deve considear-se & ‘cuvatura na zona de encastramento). No caso de vigas contiauas ios vos no diam entre st signficativarnente (min 20,8 ln) Dodero adoptar-se para « os valores 0,6 ¢ 0,8 para os tramot in: termédios e exremos,respectivamente. No caso de consolas em con- tinuidade com outros elementos, 0 valor de a indicado no quadro it ndo.é aplicivel, em vislude da rotasio da secpio de encast mento da eonsola; € possivel no entanto revorrer a definigdo de ‘Wo equivalente para a deverminacao do valor de a adequado. O. ‘mesmo se pasa relaivamente a outrassituagdes, tis como Views ontinuas. de v40s “desiguais Ou efetos signficalivos de cargas ‘oncentradas (Quanto a0 coefisiente 9, ele pretende ter em conta o valor da curvatura maxima que se verifice na vga puro s combinagto.fre- fquente das acgoes em consideragdo, 2832-(137) Artigo 90.° — Armadura longitudinal minima e mi- xima 90.1 — A percentagem da armadura longitudinal de traccdo das vigas, g, ndo deve ser inferior a 0,25, no caso de armaduras de aco A235, a 0,15, no caso de armaduras de ago A400, ¢ a 0,12, no caso de arma- duras de ago A500. Esta percentagem ¢ definida pela relacdo: em que: Ag — rea da secgao da armadur ‘by — largura média da zona traccionada da sec- $40; no caso de vigas com banzo de compressio e em que a linha neutra se situa no banzo, a largura deste nao deve ser tida em conta para 0 calculo de b altura iti da secgio, 90.2 — A rea da armadura longitudinal de tracgao ou de compressio ndo deve exceder 4% da area to- tal da secgdo da viga. Artigo 91.° — Esparamento maximo dos vardes da armadura longitudinal Nos casos correntes de vigas, 0 espagamento dos va- res da armadura longitudinal de traccdo na zona dos ‘momentos flectores maximos ndo deve, para as arma- duras ordindrias, ser superior aos valores indicados no quadro XIV, a menos de justificagao especial com ba- se nos artigos 68.° € 70.° ‘QUADRO XIV Espacamento.méximo dos vardes éa"armadurs longitudion! de vigas | Povce agresivo (w=03mm | - | 12s | 10 secre amino wsazam| [Ls Os valores indicados no artigo para espacamento méximo dos varBes foram obtidos « partir das expressBes apresentadae 0 ati {0 70.* para o cilculo da largura das fendas em vigas cuja fendi- Thagdo esteja esablizada, tendo-se desprezado a contrbuigdo do belo entre fendas e adoptado para, valores da_ordem de 0,3 Joy. O facto de nao se impor condicionamento de espacammento para 0s agos A238 resulta de que, nas condigdes corrents, 0 BrO- blema da fendifhacdo ndo assume para estes agos importancia sig nifeaiva. De igual modo, para as sigas cuja armadura seja con icionada pelas percenagens minimas indicadas no artigo 90.° no ‘ha que exigi os condisonamentos. do presente tio. Note-e, finalmente, que nos casos de ambientes muito agressi- vos ou de armaduras de pré-esforro, o controle da fendilhagao nao pode ser conseguida apenas pela limitacio do expavamento dos vi bes mas, prieipalmente, pela diminieao da Tersio das atmadi ‘as (ou da varlaydo de tensdo, no caso de armadures Je pre- “estore. 2832-(138) Artigo 92.° — Interrupeéo da armadura longitudinal 92.1 — A armadura longitudinal de trac¢do das vi- as 56 pode ser interrompida desde que garanta a ab- sorgdo das forcas de tracclo correspondentes a um diagrama obtido por translacdo, paralela ao cixo da viga, do diagrama de Msq/z, em que Msq é 0 valor de célculo do momento actuante numa dada sec¢do € € 0 braco do bindrio das forcas interiores na mes- ma secgdo (figura 7). Omar oer Fig. 7 © valor da translagio, a1, depende do valor de cél- culo do esforco transverso actuante, Vsq, ¢ do tipo de armadura de esforgo transverso, de acordo com 0 que, a seguir é indicado: Nas zonas em que Vs¢<2 12 bw d: a=d— no caso de estribos verticais 0,75 d — no caso de estribos verticais as- sociados a vardes inclinados a 45°; .5.d — no caso’ de estribos inclinados a 45°; Nas zonas em que Vse> 22 by d Os valores indicados anteriormente para a poderdo ser diminuidos de 0,25 . estas expresses, 72 toma os valores indicados no artigo 53.° ¢ by ed tém o significado também af referido, 92.2 — Os vardes da armadura podem ser dispen- sados & medida que o diagrama (6) da figura 7 0 per- mita, devendo ser prolongados, para além dele, dos comprimentos de amarracdo definidos nos artigos 81.° © 82.°, respectivamente para armaduras ordindrias em geral ¢ para redes clectrossoldadas. 92.3 — No caso de os vardes da armadura longitu- dinal, depois de dispensados, serem utilizados como armaduras inclinadas para absorgio de esforcos trans- versos, eles devem ser prolongados, para além do tro- 0 inclinado, de comprimentos de’amarracdo obtidos dos definidos no artigo 81.°, aumentando-os ou diminuindo-os de 30% consoante a amarragao se si tue em zona traccionada ou comprimida da viga, respectivamente, Artigo 93.° — Armadura longitudinal nos apoios 93.1 — Nos apoios de encastramento (ou de conti- nuidade), as amarragdes que haja necessidade de af 1 SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 realizar na armadura longitudinal de trac¢do corres- pondente ao momento de encastramento devem ser efectuadas com 0s comprimentos definidos nos arti- gos 81.° © 82.°, contados a partir de uma secgdo si tuada a uma disténcia da face interior do apoio igual a0 menor dos valores seguintes: largura do apoio, 2 vezes a altura util da viga. ‘93.2 — Deve ser mantido até aos apoios das vigas (sem mudanga de direcgio), pelo menos, “4 da arma- dura maxima de traceao correspondente ao momento no vao; as amarragdes destas armaduras devem ser realizadas de acordo com 05 critérios especificados nas alineas seguintes: 2) Nos apoios com liberdade de rotagdo (ou com fraco grau de encastramento), as armaduras devem ser amarradas a partit da face inte- rior do elemento de apoio, no caso de apoios directos, e a partir de uma secgao si- tuada a uma distancia da face interior do apoio igual a '/> da largura deste, no caso de apoios indirectos (ver artigo 98.°). Os comprimentos de amarragao devem ser de- terminados segundo os artigos 81.° e 82.° para uma forca de traccdo nas armaduras, Fs, dada por: Favs ent que: Vsq—valor de caleulo do esforgo transverso actuante no apoio; ‘ay — translagao referida no artigo 92.° Contudo, tratando-se de apoios directos, ‘os comprimentos de amarracdo assim deter- inados podem ser reduzidos de '/3, man- tendo-se, porém, os minimos especificados no artigo 82.°, ‘no caso de redes electros- soldadas, e apenas 0 minimo de 102 indi- cado em 81.4, no caso de vardes em geral; 2) Nos apoios de encastramento ou de continui- dade, as amarragdes devem ser efectuadas segundo 0 critério indicado na alinea ante- rior para 0s apoios directos. Se os apoios forem de continuidade, alguns vardes da ar- madura em causa devem transitar de vao para vao, através do apoio, sem interrup- sao. Artigo 94.° — Armadura de esforgo transverso 94.1 — As vigas devem ser armadas ao longo de to- do 0 vao com estribos que abranjam a totalidade da sua altura, 0s quais devem envolver a armadura lon- situdinal de tracgao ¢ também a armadura de com- reso quando esta seja considerada como resistente. As extremidades dos estribos devem terminar por meio de ganchos, podendo ser empregados cotovelos no caso de vardes de alta aderéncia; estes ganchos e cotovelos devem ser executados com'as dimens6es in- dicadas no artigo 81.° ‘A distancia entre 2 ramos consecutivos do mesmo estribo ndo deve exceder a altura util da viga nem ‘60 cm; a percentagem minima de estribos ¢ 0 seu es- 1 SERIE — N.° 174 — 30--7-1983 pacamento maximo devem respeitar as condigées es- tabelecidas nos numeros seguintes. 94.2 — A percentagem de estribos, ow, ndo deve, ‘em geral, ser inferior a 0,16, no caso de armaduras de ago A235, a 0,10, no caso de armaduras de aco A400, © a 0,08, no caso de armaduras de ago ASO0, Esta percentagem ¢ definida pela relagao: 100 em que: Aow — area total da secedo transversal dos varios ramos do estribo: bw — largura da alma da 2 72 bw d 5$0,3d, com o maximo de 20 em Nestas expressdes, r2 toma os valores referidos em 53.4 No caso de os estribos serem inclinados de um an- gulo a relativamente ao eixo da viga, os valores do espacamento indicados podem ser majorados pelo fac- tor (1+ colg a), ndo excedendo, porem, em qualquer caso, 0 maximo de 30 cm. 94.4 — A armadura de esforgo transverso constitui- da por vardes inclinados deve, tanto quanto possivel,, ser disposta simetricamente em relagdo a0 plano de flexdo e por forma que os vardes nao fiquem préxi- mos das faces do elemento. O espacamento longitu- dinal, s, destas armaduras nao deve exceder 0,9 d (1 eotg a), valor que deve ser reduzido a metade quando Vsq exceder 212 bw d. Na utizagdo de vardes inclinados como parte da armadura de ‘exforgo traneverso dever ser tidas em conta as recomendagdes ge Tals indicadas no. comentirio a0. artigo $3. ‘Por outro lado, e particularmente em face de valoves elevados de esforgo transverse, ¢ recomendivel 0 emprego. de estribos fe chados, isto €, constituindo quadres, embora sem necesidade de femendar os varbes consoante as reas regulamentaes das emer as, mas fazendo-os terminar por ganchos ou cotovelos consoante eindicado em 94.1 2832-(139) Artigo 95.° — Armadura de torgio ‘A armadura transversal de torgdo deve ser consti tuida por cintas fechadas por meio de emendas exe- cutadas de acordo com 0 artigo 84.°; 0 seu exspa- amento ndo deve exceder te (em que tes & 0 perimetro definido no artigo 55.°) com 0 maximo de 30cm, (Os vardes da armadura longitudinal de torgao de- vem ser dispostos ao longo do contorno interior das cintas, com um espagamento maximo de 35 cm; em cada Vértice do contorno referido deverd existir, pelo menos, 1 vardo. AA disposisdo das armaduras de torgdo na sesydo do clemento deve ser coerente com as hipstesesefecuadas de acordo com 0 af tigo $5.° para a definigdo da secplo oca eficar Artigo 96.° — Armadura de alma Nas vigas de altura superior a Im deve ser disposta uma armadura de alma constituida por vardes longi: tudinais colocados junto das faces laterais da viga ¢ distribuidos ao longo da altura da seccao transversal, de preferéncia na sua zona traccionada. Esta armadura de alma deve ser constituida por va- 15es do mesmo ago que o da armadura iongitudinal de tracgao, ¢ a drea total da sua secgdo, em cada face, nao deve ser inferior a 4% da area’ da seccdo dessa armadura longitudinal Artigo 97.° — Armadura de ligagio dos banzos & alma Em vigas com banzos, comprimidos ou tracciona- dos, devem dispor-se armaduras de ligagdo entre os banzos ¢ a alma, distribuidas ao longo dos banzos perpendicularmente aos planos de unido paralelos ao plano de flexdo da viga. Estas armaduras deverdo assegurar a absorgio das forcas longitudinais desenvolvidas por acco do esfor- 50 transverso ao longo daqueles planos de uniao. Nos casos correntes em que os banzos sejam beto- nados conjuntamente com a alma, poder dispensar- se 0 dimensionamento especifico desta armadura, desde que a drea da sua secgdo ndo seja inferior a metade da drea total da secedo dos estribos tenha (© mesmo espacamento destes. Quando os banzos estejam submetidos a flexio num plano perpendicular ao plano de flexao da viga, as suas armaduras de flexdo poderao ser consideradas pa- ra efeitos de armaduras de ligacao. Para o dimensionamento das armaduras reeridas neste atigo rae a ccegra das costurae» exposta no comentstia 20 Artigo 98.° — Armadu rectos de suspensio. Apoios indi- 98.1 — O apoio de uma viga secundaria numa vi- ga principal — apoio indirecto —, quando haja inter- penetracdo das duas vigas, deve realizar-se por meio 2832-(140) de armaduras de suspensto constituidas por estribos adicionais da viga principal, cuja seecdo seja suficiente para absorver a forca de apoio da viga secundaris Estes estribos devem ser distribuidos na zona de in- tersecgdo das duas vigas, zona que pode estender-se, ao longo da viga principal, para um ¢ outro lado do eixo da viga secundaria, de um comprimento maior dos seguintes valores: b2/2 € 41/2, sendo b2 a largura da viga secundaria e Ay a altura da viga principal. ‘A area da secgio dos estribos de suspensio pode ser reduzida na relagdo f2/h1, entre as alturas da viga secundaria e da viga principal, no caso de am- ‘bas as vigas terem as faces superiores ao mesmo nivel. ‘As armaduras longitudinais da viga secundaria que terminem na viga principal devem ser amarradas nesta segundo as regras indicadas no artigo 93.° Ao dobrar 0s vardées para realizar esta amarracdo, 0s trogos do- brados nao deverdo dispor-se em planos perpendi- culares & direc¢do da armadura longitudinal da viga principal 98.2 — No caso de cargas aplicadas & parte infe- rior das vigas (cargas suspensas), deve dispor-se de uma armadura de suspensdo ligando a zona de apl cago da carga a parte superior da viga, onde deve ser eficientemente amarrada. A area da secgio da ar- madura de suspensdo deve ser dimensionada para ab- sorver a totalidade da carga em causa. Antigo 99.° — Armadura para absorgio de forcas de desvio ‘As forcas que se originam em zonas de mudanga de direcgdo dos esforgos internos de compressio ou de tracgio e que so dirigidas para o exterior dos ele- ‘mentos (Forgas de desvio) devem ser convenientemen- te absorvidas por armaduras. Observe-se que as forgas de desvio ocortem, em regra, nas z0- nas comprimidas junto de Angulossalientes das peas © nas ronas {raccionadas junto de angules reetrantes. Neste ultimo caso, t orga podem ser absoredas crusando as armaduras fongitudinais dd Wracydo na zona de mudanea de direslo e prolongando-as con- ‘enientemente para alem desta. zona B — Lajes macigas Artigo 100.° — Generalidades Para efeitos de aplicagao das regras estabelecidas io presente Regulamento, consideram-se como lajes os elementos laminares pianos sujeitos principalmente a flexdo transversal ao seu plano e cuja largura exceda S vezes a sua espessura. [As cegtas contidas no presente capitulo referem-se fundamen- talmente a lajer rectangulares de espessura constante, armadas nu- ‘ma #8 direcya0 ou em duas direcpdes ortogonais, sujltas predo- ‘minantemapte a cargas distibuidas; mediante adequadas adaptapoes, poderio imbem estes regras ser apicadas a lajes com OUlras ca: Facteristicas, Notes, alas, que alguns problemas especificos das lajes macigas de tipo fungiforme sho tatados na parte D do pre- sente capitulo. Por outro iado, 4 convenitncia de as lajes serem armadas nu- sma sé diresedo 0 em dust dieccdes ortogonals extérelacionada ‘com 1 proporsio entre os vos, as condigdes de apoio € 0 tipo ‘de carga aplicada; no enlanto, en condigBes correnes, € recomen- ‘ive que as lajes cujo vio maior ado exceda duas vezes 0 vo me- hor (epoiadas em #, 3 ou 2 bordos adjacentes)sejam armadas em ‘vas cirecgdes. I SERIE — N° 174 — 30- Artigo 101.° — Vado tedrico © vo te6rico a considerar no dimensionamento das lajes macicas deve ser estabelecido de acordo com os critérios estipulados no artigo 87.° para 0 vao te6ri- co das vigas. Artigo 102.° — Espessura minima 102.1 — A espessura das lajes macigas néo deve ser inferior aos valores seguintes: Som, no caso de lajes de terragos nao acessiveis, definidos de acordo com 0 RSA; 7 om, no caso de lajes submetidas principalmen- te a cargas distribuidas; 10 cm, no caso de lajes submetidas a cargas con- centradas relativamente importantes; 12m, no caso de lajes submetidas a cargas con- ceniradas muito importantes; 15cm, no caso de lajes apoiadas directamente em pilares. 102.2 — A espessura ds nes, atm dos condi earveicsindceios wo imete anterior © menot Ae festfiaplo expel com ase to eiguage nos gos The rh deve satanr as cones inde Sodas nas ainas opie © Em geal ety ee 1h — espsura la tinal stp squalene da ae, sendo 10 vao tedrico (no caso de Ise amas em dus drs 2S dovert tonnes var Srenot vio) ea uh coef Gente cujos salve slo da dcr so gona AY per 8 Stioe mats tego 4 —cosfcente aus tome aloes incados' no args (QUADRO xv ‘Simplesmente apoiada, armada numa s6 dieceto | 1,0 Duplamente encastrada, armada numa so direc ca Apolada num bordo e encastrada no outro, ‘armada numa $6 directo i Em consola (sem rotasio no apoio), Tuma s6-direcsdo 2 Simplesmente apoiada, armada em duasdirecsbes | 0,7 ‘Duplamente encastada, armada em duas dreotes | 0,5 b) No caso de lajes cuja deformacio afecte pa- redes divisorias, a menos que a fendilhagdo dessas paredes ‘seja contrariada por outras 1 SERIE — N.° 174 — 307-1983 medidas adequadas, além da condigdo ex- pressa na alinea anterior, deve ser respeita- da a relagio: 80 ra fem que fj © h so expressos em metros. AAs consideragBes fetas no comentirio a0 artigo 89. relativo 4 altura minima das vigas, s80, na sua genetalidade, vilidas no ‘aso presente. No entanto, a expressio indkcada no teferdo come trio or subsituida por 4 a e200 £ SOOT para ter em conta que, nos casos correntes de ljes, as extensdes rho betio e nas armaduras so menores do que nas vigss Note-se aind’ que a espessura das lajes, no caso de’ actuagio de cargas concentradas intensas, & por vezescondicionada por pro blemas' de pungoament. Artigo 103.° — Lajes armadas numa s6 direccio su- Jeltas a cargas concentradas A menos de uma andlise mais rigorosa, os momen- tos flectores maximos (no vo ¢ nos apoios) € os 2832-(141) esforgos transversos nos apoios devidos a cargas con- entradas actuando em lajes armadas numa s6 direc- ‘cdo podem ser calculados assimilando a laje a uma Viga com os mesmos vaos, condigdes de apoio e es- essura da laje ¢ com uma largura bm (figura 8) igual 4 largura & de distribuigdo da carga, adiante defini- da, acrescida da largura 61 obtida a partir das ex- Dresses que constam do quadro Xvi. Este processo de cdlculo pressupde que a carga actua suficientemente afastada dos bordos paralelos a direccdo do vao, sty Sa QUADRO XVI Langue de dsribigto de cargasconcetradas em Ines Valores de ss cet er » James ae Momento Necoe positive no vo | cose bs 08! Momento Mector negative no apoio A en dyatse by 081 nose | toss byno4x Esforco tanssers0 no apoio A ncoas 027 dy=03 ws A zona de distribuigdo da carga concentrada obtém- em que: -se supondo uma degradacdo segundo linhas a 45° a @— dimenstio da rea carregada na direesto partir do contorno da area carregada até ao plano si- ronsiderada: twado a meio da altura itil da laje; numa dada direc- yy gg QUOTES ety sob a dre care cdo, a dimensio 6 de distribuicdo ‘ser: beat2hied regad: d—altura itil da laje. 2832-(142) Antigo 104.° — Armadura principal minima ‘A percentagem de armadura principal das lajes nio deve ser inferior aos valores minimos indicados no ar- tigo 90.° para as vigas. © condiclonamento deste rmaduras principals, [as [aes armadas em duas direcedes artigo aplicasie 2 cada uma das duas Artigo 105.° — Espagamento méximo dos varées da armadura principal 105.1 — No caso de armaduras ordindrias, 0 espa- camento dos vardes da armadura principal ndo deve Ser superior a 1,5 vezes a espessura da laje, com 0 maximo de 35 cm. 108.2 — Além das condigdes referidas no ntimero anterior, 0 espagamento maximo dos vardes nao deve também, nos casos correntes, exceder valores duplos dos indicados no artigo 91.°"para as vigas, a menos de justificagdo especial com base nos artigos 68.° 70.9 ‘Artigo 106.° — Interrupgio da armadura principal. ‘Armadura nos apoios Os ctitérios a respeitar para a interrupcdo das ar- maduras principais das lajes macigas ¢ para 0 prolon- imento de armaduras até aos apoios e sua amarra- do sdo idénticos aos estipulados para as vigas nos artigos 92.° ¢ 93.°, respectivamente. Porém, a arma- dura a prolongar de acordo com 93.2 deve ser pelo menos % da armadura maxima de traccio existente ‘no vao, tanto para os apoios com liberdade de rota- cao (ou com fraco grau de encastramento) como para bs apoios de encastramento ou de continuidade. Por ‘outro lado, no caso de lajes sem armadura de esfor- 0 transverso, a translacgdo ay referida em 92.1 deve Ser tomada igual a 1,5 d. Artigo 107.° — Armadura de esforso transverso 107.1 — Nas zonas das lajes em que seja necessé- rio dispor de armadura para resistir a esforgo trans- verso, a percentagem de tal armadura nio deve ser inferior aos valores indicados em 94.2 para estribos fem vigas, embora possa neste caso incluir vardes inclinados. "A armadura de esforco transverso pode ser realiza- da totalmente por vardes inclinados nas zonas em que © esforgo transverso actuante por unidade de largu- ra, vsi, to exceda + rad, em que 72 toma 0s va- lores indicados no artigo $3.° Porém, nas zonas em que vsq exceda aquele valor, deverd realizar-se com estribos uma parte da armadura de esforco transverso que corresponda, pelo menos, & percentagem minima anteriormente referida. 107.2 — As distncias entre os vardes da armadu- ra de esforgo transverso devem, no mdximo, ser as seguintes: Na diregdo do véo: 1,2 para vardes inclinados ‘a 45° e 0,6 d para estribos verticals; 1 SERIE — N° 175 = 0-7-1983 Na direcsio transversal a0 vlo: 1,5 d, com 0 mé- ximo de 60cm, tanto para vardes inclinados como para ramos de estribos. Artigo 108.° — Armadura de distribuigao das lajes armadas numa s6 direcgio 108.1 — Nas lajes macigas armadas numa sé dire: do devem ser colocadas’armaduras de distribuigao Adequadas, constituidas por vardes ndo espacados de mais de 35 em. Na face da laje oposta a da aplicacdo das cargas, tal armadura deve ser disposta transversalmente a0 vao € a sua secgdo deve, localmente, ser pelo menos igual a 20 % da sec¢do da armadura’principal ai exis- tente. No caso, porém, de lajes em consola, aquela percentagem deve ser referida & seccdo da armadura principal no encastramento, devendo, além disso, dispor-se junto Aquela mesma face uma armadura na direcgdo do vio. 'Na face de aplicagdo das cargas, caso exista arma- dura principal, deve dispor-se ainda uma armadura de distribuigdo, colocada transversalmente aquela, € que respeite a condi¢ao geral de espagamento anteriormen- te referida. 108.2 — No caso de existirem apoios de encastra- mento ou de continuidade, paralelos & armadura pri cipal da laje (ndo considerados nas hipdteses de di- mensionamento), deve dispor-se sobre esses apoios, em direcgdo transversal ¢ junto & face superior da laje, uma armadura adequada para resistir aos esforgos ai desenvolvidos. Esta armadura deve estender-se, a par- tir do apoio, de um comprimento pelo menos igual a % do véo tedrico correspondente a armadura principal. 108.3 — No caso da existéncia de cargas concentra: das, hd que atender também as disposigdes contidas no artigo 111° Artigo 109.° — Armadura nos bordos livres ‘Ao longo dos bordos livres das lajes deve dispor- -se uma armadura constituida, no minimo, por 2 vardes, um junto de cada aresta, ¢ uma armadura transversal ao bordo, envolvendo a primeira e prolongando-se para o interior da laje, junto de am- ‘bas as faces, de um comprimento igual pelo menos a 2 vezes a espessura da laje. A drea da seccao desta armadura transversal, em cada face, expressa em centimetros quadrados por me- tro, nao deve ser inferior a 0,05 d para o aco A235, a 0,025 d para os agos A400 ou A500, sendo da altura util da laje, expressa em centimetros; © espa- gamento dos vardes desta armadura ndo deve exce- der 35 cm. Para efeitos de constituigao das armaduras de bor- do podem ser tidas em conta outras armaduras exis- tentes na laje. Artigo 110.° — Armadura de pungoamento A armadura de puncoamento, constituida por es- tribos ou vardes inclinados, deve ser distribuida em toda a zona da laje compreendida entre 0 contorno I SERIE — N.° 174 — 30~7-1983 da area directamente carregada ¢ um contorno exte- rior a este, situado a distancia de 1,5 d, € os vardes que constituem tal armadura nao devem ser afasta- dos entre si mais de 0,75d em qualquer direcsao. No caso de vardes inclinados, a distancia 1,5 d que define aquele contorno exterior deve ser referida aos, Pontos em que os vardes intersectam 0 plano médio da laje; além disso, s6 devem ser considerados como eficazes os vardes que atravessam a zona da laje di- rectamente carregada, Artigo 111.° — Armadura das Iajes armadas numa s6 direcsiio sujeitas a cargas concen- tradas Nas lajes armadas numa sé direce&o, sujeitas a ca gas concentradas, toda a armadura principal respei tante a estas cargas, quando determinada tendo em conta os critérios estipulados no artigo 103.°, deve ser disposta numa faixa de largura igual a 0,5 bm, mas ‘ndo menor que a largura 8, considerada para a dis- tribuigdo da carga. Deve dispor-se também, a menos de uma determi- nagdo mais tigorosa, uma armadura de distribuigdo transversal & anterior, colocada junto a face oposta & da aplicagdo da carga, totalizando a sua secgao 60 % da seccdo da armadura principal de flexao res- peitante A carga na zona em que esta actua, e distri- buida numa faixa de largura igual a 0,5 b”m mas nao menor que bs. Os vardes desta armadura devem estender-se ao longo do comprimento bm € ser pro- Tongados para um e outro lado dos respectivos com- primentos de amarragao. No caso particular de lajes em consola, 0 valor de 60 % que define a secgdo desta armadura de distri- buigdo deve ser referido A secedo da armadura prin- cipal exigida no encastramento por acgdo da carga. Se esta actuar em zona afastada do bordo extremo da consola, deverd dispor-se ainda, e também junto face oposta A de aplicacao da carga, uma armadu- ra longitudinal para resistir aos momentos que se de- senvolvem localmente nessa direccdo. C — Lajes aligeiradas Artigo 112.° — Generalidades ‘As regras apresentadas nos artigos seguintes s4o aplicaveis as lajes essencialmente constituidas por ner- vuras dispostas numa sé ou em duas direc¢des orto- gonais, solidarizadas por uma lajeta de compressio, € podendo conter, nelas incorporados, blocos de cofra- gem. NNote-st que os condicionamentos especificados para a5 Iajes al: cra justficam que se possam determinar os esforgos actuan tes coniderando ester elementos como Tajes,¢-determinar of forgos restentes como se se fratasse de um conjunto de gas em T. Na presenga de cargas conceniradas importantes sempre aconse: Inve a enstencia de nervuras em duas drecgoes, Por outro lado, junto aos apovos, devem disporse sempre masisamentos adequados Artigo 113, — Vio teérico. Espessura minima 113.1 — © vio teérico a considerar no dimensio- namento das lajes aligeiradas deve ser estabelecido de 2832-(143) acordo com os critérios estipulados no artigo 101. para 0 vo teérico das lajes macicas. 113.2 — A espessura das lajes aligeiradas deve, a menos de justificagao especial com base no estipula- do nos artigos 72.° e 73.°, satisfazer as condigdes in- dicadas para as lajes macigas em 102.2. Artigo 114.° — Largura e espacamento das nervuras 114.1 — A largura minima das nervuras ndo deve ser inferior a Sem e a distdncia entre faces de ner- vuras consecutivas néo deve ser superior a 80 cm. 114.2 — No caso de lajes armadas numa s6 direc- do, devem dispor-se nervuras transversais de solida izagdo com largura nao inferior a Sem e cuja distncia entre eixos ndo seja superior a 10 vezes a espessura da laje; a altura destas nervuras ndo deve ser inferior a 0,8 vezes a espessura da laje, Artigo 115.° — Espessura minima da lajeta A espessura da lajeta, no caso de no existirem blo- cos de cofragem incorporados, nao deve ser inferior a Scm; no caso de existirem tais blocos, esta espes- sura pode ser reduzida a 4 cm ou a 3 cm consoante a distancia entre faces de nervuras consecutivas exce- der ou ndo 50cm. [Nos casos correntes de pavimentos de edificios sujltos 2 ct disibuidas de valor moderado, as espessuras minimas indica. fas So em geral suficientes para conferir a lajea resstncia que ‘ssegure 0 seu funcionamento conjunto com as nervuras. No caso 4e cargas dlsteibuldas de valor elevado ov de cargas concentradas Importantes, poderd ter neessdrio adoplar espessuras superiores s rminimas indieadas. Artigo 116.° — Armadura das nervur 116.1 — As armaduras longitudinal © de esforgo transverso das nervuras devem satisfazer o estipulado para as vigas na parte A do presente capitulo. 116.2 — As nervuras transversais de solidarizagdo das lajes armadas numa s6 direccdo devem ser arma- das longitudinalmente com vardes colocados junto a face oposta a da actuagdo das cargas; a secgio desta armadura deve, no minimo, ser igual a 10 % da sec- ‘edo das armaduras das nervuras principais existentes ‘numa largura igual ao espagamento das nervuras ‘transversais. Estas nervuras devem também possuir es- tribos convenientemente espacados. Artigo 117.° — Armadura minima da lajeta A lajeta deve ser armada nas duas direcgdes com vardes cujo espagamento nao exceda 25 cm. No caso, porém, de lajes armadas numa s6 direc- 80, 0 espagamento dos vardes colocados em direcsa0 Paalela & das nervuras principals pode ser aumentado até 35 em, D — Lajes fungiformes Artigo 118.° — Generalidades 118.1 — Consideram-se lajes fungiformes as lajes continuas apoiadas directamente em pilares, armadas 2832-(144) _ _ Pe em duas direcgdes, ¢ que podem ser aligeiradas nas zonas centrais dos vaos. 118.2 — Aplicam-se a este tipo de lajes, com as adaptagées convenientes, as disposigées relativas a la- jes macigas ¢ a lajes aligeiradas que constam das par- tes Be C do presente capitulo. A determinagao dos esforgos actuantes pode ser efectuada de acordo com as regras indicadas no artigo seguinte Artigo 119.° — Determinagio de esforgos 119.1 — Nas lajes fungiformes os esforgos actuan- tes podem, nos casos correntes, ser determinados por um processo simplificado, que consiste fundamental- mente em considerar a estrutura, constituida pela Iaje € pelos pilares de apoio, dividida em 2 conjuntos independentes de pérticos em direcgées ortogonais, de acordo com as regras a seguir indicadas: a) Cada pértico ¢ constituido por uma fila de pi- fares ¢ por travessas formadas pelos troros de laje compreendidos entre meios dos pai- néis de laje adjacentes a essa fila de pila- res; porém, para a determinacdo dos esfor- 08 devidos a forgas horizontais, a rigidez 2 considerar para estas travessas deve ser re- duzida a metade do seu valor; +b) As cargas actuantes em cada pértico sfo as correspondentes & largura das suas traves- sas, nfo se devendo considerar portanto ‘qualquer repartigio das cargas entre pé cos ortogonais; © Os momentos flectores assim determinados nas travessas devem ser distribuidos, nas suas faixas central ¢ lateral, de acordo com as regras indicadas no quadro xvit, tendo em atengio a figura 9. ‘QUADRO XVII “ sizmnO| bee hO Momentos postvos 45 4s Momentos negaivos 4s 25 (0) byte — pr pos ims. ‘ie Fat Foto sare 119.2 — No caso particular de a travessa do pérti- co extremo se apoiar lateralmente numa parede ov 1 SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 numa viga de bordadura de altura ndo inferior a 1,5 vyezes a espessura da laje, os momentos flectores na faixa central (de largura a2) podem ser considerados com valores iguais um quarto dos resultantes da apli- cago das percentagens definidas no quadro xvi. ‘A parede ou a viga devem ser dimensionadas para ‘a carga correspondente & faixa central da travessa, acrescida obviamente das cargas que Ihes sao directa: ‘mente aplicadas. © proceso simplificado de determinasio de esforgosreferido no artigo € adequado para lajes sujetas predominantemente a cargas Uuniformemente distibuidas e para as’ duals seja possivel conside ‘ar um sstema regular de porticos ortogonals, ‘As zonas destatTajs situadas junto aos pllaes exigem atengo particular quer porque slo sede de esforcos importantes de pun- Foamento quer ‘pela presenca de. clevados momentos. Nectores, 'No que se refere ao pungoamento, Mi que verifier & seguranca (independentemente em cada uma das duas dlrecgdes ortoponas) ‘de azordo. com 08 criifrios enunciados no artigo $4.° ¢ 0 seu ‘comentario, tendo em conta os momentos fectores introduzidos pelorpllares, que podem assumir valores clevados no caso de ‘etuagho de forgas Rorizntais ou quando se tate de pilares extre- ‘nos; esta verificagdo pode condicionar a espesura da laje e obr- {gar mesmo 2 ullizacdo de capitis de geometria adequads. ‘Avespessura da laje Junto 40s apoios (ou 0 seu macivamento, ro eat0 de lajes com zonas aligeradas) pode também ser condi- ‘lonada pela necesidade de resistir aos momentos Mectores nessas ‘onas, Em rgra, estes espesamenios (ou macigamentos) devem ter, ‘acedo nas fibras inferio- tes) e se admitiy que a8 acpes verticals se exercem de cima para 120.1 — A dimensdo minima da secgdo transversal dos pilares ndo deve ser inferior a 20cm. 'No caso de secgdes constituidas por associagdes de elementos rectangulares (por exemplo, em T, L ou 1), ‘© lado menor dos rectingulos componentes pode ser reduzido a 15cm, devendo, porém, respeitar-se 0 minimo de 20cm para o comprimento de cada rec- tangulo. Nas secgées ocas, a espessura minima das paredes ado deve ser inferior a 10cm. 120.2 — Em qualquer caso, e de acordo com o artigo 64.°, a esbelteza, A, dos pilares ndo deve exce- der 140, 0s pilares esto frequentementesujeitos a esforgos de Nexo im- portantes, ornando-ee consequentemente fc, por vezes, lasi- Fiear um elemento como pila o¥ como viga, © que acarela com equtnciar no que ve flere As dsposgdes consirtivas a seguir. Para fate efeito,¢ tla indicative, recomenda-se que se considere como pilar os elementos em que o esforgo normal de compressfo actue fom uma excentricidade menor que 2 vezes 2 altura da secplo, Artigo 121.° — Armadura longitudinal 121.1 — A secedo total da armadura longitudinal dos pilares nao deve ser inferior a 0,8 % da secco do pilar, no caso de armaduras de ago A235, ¢ a 0,6 % no caso de armaduras de ago A400 ou A500. Porém, se a secglo de betdo for por si s6 suficien- te para conferir ao pilar resisténcia superior & exigida pelos esforcos actuantes de célculo, a armadura mi- ima a utilizar pode ser reduzida, aplicando as per- L SERIE — N.* 174 ~ 30—7-1983, centagens referidas ndo seccao do pilar mas uma seco ficticia, homotética daquela, estritamente necesséria para assegurar ao pilar a resisténcia aqueles esforcos; na determinacdo desta seceiio, os parametros. relacionados com encurvatura podem continuar a ser referidos a secgao real do pilar. Contudo, a secgao total da armadura longitudinal nao pode, em caso al- ‘gum, ser inferior a 0,4 M% da seccdo real do pilar pa- ra 0'ag0 A235 € @ 0,3 % para os agos A400 ou A500. 121.2 —A secedo total da armadura longitudinal ndio deve ser superior a 8 "%e da secgao do pilar, li- mite que deve ser respeitado mesmo em zonas de emenda de vardes por sobreposiedo. 121.3 — A armadura longitudinal deve compreen- der, no minimo, 1 vardo junto de cada Angulo da seogdo (saliente Ou reentrante) ¢ 6 vardes no caso de secgdes circulares ou a tal assimildveis. O didmetro minimo destes vardes sera de 12mm, para 0 aco A235, e de 10mm, para os agos A400 ou ASOO. 121.4 — O espacamento dos vardes da armadura longitudinal néo deve exceder 30 cm; porém, em faces cuja Jargura seja igual ou inferior a’ 40 cm, basta dis- por de vardes junto aos cantos. Artigo 122.° — Armadura transversal 122.1 — Os pilares devem possuir armadura trans- versal destinada a cintar o betéo ¢ impedir a encur- vadura dos vardes da armadura longitudinal. (© espagamento dos vardes da armadura transver- sal ndo deve exceder 0 menor dos seguintes valores: 12 vezes 0 menor didmetro dos varées da armadura longitudinal, a menor dimenséo da seccao do pilar € 30cm. 122.2 — Sempre que se utilizem nas armaduras lon- gitudinais vardes com didmetro igual ou superior a 25 mm, a armadura transversal deve ser constituida por varées de didmetro néo inferior 2 8 mm. 122.3 — A forma das armaduras transversais deve ser tal que cada vardo longitudinal seja abragado por ramos dessas armaduras formando Angulo, em torno do vario, nao superior a 135°. A condigdo relativa ‘a0 Angulo referido pode ser dispensada no caso de va- res que nao sejam de canto © que Se encofitrem a menos de 15 em de vardes em que se cumpra tal con- digdo; ndo € necessario também respeitar a referida condigao de Angulo no caso de pilares de secgo cir- cular ou a tal assimiléveis, |A armadura transversal dos pilares deve, predominantemente, ser constituida por cistas que gazantam 0 confinamento da secyl0 4 mucieo do betdo defnido peas armaduras Longitudinal. [Nas zonas dos pilaes stuadas junto a sun lgagdo com outros slementor(vigts,fundagbes) ov ent 2onas de mudanca de directo ‘as_srmaduras longtudinals. € conveniente reforgar a. armadara ‘iminuingo o seu espacamento ou aumentando 0 seu esta armadura teforcada deve ser estendida a toda a al ura, doe née dae estrofuras reiculadas. ‘Chamacse ainda a atengao para que os nds das estruturas de vem ser objeto de tratamento cuidadoso do ponto de vista da dis posicdo e dimensionamento das armaduras, em face das diferentes Foreas tansmitidas pelos elementos que neles concorrem, F — Paredes Artigo 123.° — Generalidades Para efeitos de aplicagdo das regras estabelecidas nos artigos seguintes consideram-se como paredes 05 - - 2832-(145) elementos laminares sujeitos a esforgos de compres: slo, associados ou no a flexdo, e cuja largura ex da veres a espessura. [As disposigdesreferidas nos artigos 126,° a 127.° sto, em prin- cinio, apiciveis a todos os tipos de paredes, independentemente do Seu inodo. de funcionamento No entanto, paredes que desempe them fungGes particulars, tais como paredes de contraventamento ‘ov paredes destinadss fundamenialmente a resist a forcas aplicadss fo seu plano (vulgarmente designadas na leratura por sheur-wals), fxigem normalmente diposigdes construtivas complementarcs, Artigo 124.° — Espessura A espessura minima das paredes nao deve ser infe- rior a 10cm ¢ a sua esbelteza, d, definida de acordo com 59.1, ndo deve exceder 120. Artigo 125.9 — Armadura vertical 125.1 — A secedo total da armadura vertical das paredes no deve ser inferior a 0,4 % da seccao da pparede, no caso de armaduras de aco A235, ¢ a 0,3 % no caso de armaduras de ago A400 ou A500. 128.2 — A secedo total da armadura vertical ndo deve ser superior a 4% da secgdo da parede. 125.3 — Os vardes da armadura vertical devem ser distribuidos pelas duas faces da parede com espaga- mentos ndo superiores a 2 vezes a espessura desta, com o maximo de 30 cm. Artigo 126.° — Armadura horizontal 126.1 — Nas paredes devem dispor-se armaduras horizontais colocadas junto de ambas as faces, exte- Fiormente A armadura Vertical; sendo b a espessura da parede, a secgdo desta armadura em cada face ¢ nu- ma altura a ndo deve ser inferior a 0,001 ba, no caso de armaduras de A235, € a 0,005 ba, no caso de ar- maduras de ago A400 ou ASO0. 126.2 — Os vardes de armadura horizontal nao de- vem ser espagados mais de 30 cm. Artigo 127.° — Armadura de cintagem Quando a secgdo total da armadura vertical exce- der 2% da secgdo da parede, esta armadura deve ser convenientemente cintada de acordo com os mesmos, critérios estabelecidos no artigo 122.° para os pilares, com excepgao das condigdes ai referidas relativas a0 espacamento das armaduras, 0 qual nao deve exce- der 0 menor dos seguintes valores: 16 vezes 0 menor diametro dos vardes da armadura vertical, 2 vezes @ espessura da parede ¢ 30cm. G — Vigas-parede Artigo 128.° — Generalidades Para efeitos de aplicagao das regras estabelecidas nos artigos seguintes consideram-se como vigas-parede as vigas de forma laminar cuja relagdo entre 0 véo terico ¢ a altura seja superior aos valores seguintes: Vigas simplesmente apoiadas 2,0 2832-(146) Vigas continuas: Vos extremos . ‘i 2S Vaos intermédios 30 Vigas em consola .. 10 Artigo 129.° — Vio te6rico. Espessara minima 129.1 — O vao teérico a considerar no dimensio- namento das vigas-parede deve ser definido pelo me- nor dos valores seguintes: a disténcia entre eixos dos apoios; 0 vao livre aumentado de 15%. 129.2 — A espessura das vigas-parede ndo deve ser inferior a 10cm. © citério indicado aplca-se tambm a0 caso de vign-parede em consola, pats as quais 0 vao tebrico serd. definido pelo menor dos ‘alors Seauintes: 0 balango tebrico; o balango livre aumentaco de 15%. Note-se ainda que’o artigo 131." poderd impor timitaydes mais severas & espessura minima, Artigo 130.° — Dimenstonamento em relacio 20 mo- ‘mento flector Nos casos correntes, para verificagio da seguranca das vigas-parede em relagdo ao momento flector, basta em geral calcular a secgdo da armadura principal ne- cesséria para resistir aos momentos actuantes de cél- culo, 0s quais podem ser determinados como se se tra- tasse de vigas de geometria usual, com as mesmas condigdes de apoio ¢ sujeitas as mesmas acgées. A seoeao total da armadura principal, 4s, pode ser obtida pela expressdo: os A Tae em que: ‘Msi — valor de célculo do momento flector ac- tuante (obtido considerando os coefi- cientes de seguranga f indicados no ne 472 Joa — valor de cAleulo da tenséo de cedéncia ou da tensdo limite convencional de pro- porcionalidade a 0,2% do aco; z—brago do bindrio das forgas interiores. © brago do binério das forgas interiores pode ser considerado com os seguintes valores, em funcio do vio da viga, /, e da sua altura total, A: Vigas simplesmente apoiadas: Z=0,15(+3A)... no caso de 1i, deverd tomar-se h=1); 72—tensdo que toma os valores indicados no artigo $3.° 131.2 — No caso de apoios directos, ¢ necessério verificar que 0 valor de célculo da reacgdo de apoio (obtido considerando o coeficiente de seguranca 7 in dicado em 47.2) nfo excede os seguintes valores: 0,8 fea ba 1.2 fea ba No caso de apoios extremos . No caso de apoios intermédios em que b é a espessura da viga e a € a largura do apoio, que nao deverd ser considerada superior a '%s do menor dos vaos adjacentes ao apoio em causa. A verificagdo anteriormente referida pode ser dis- pensada quando o elemento de apoio se prolongar por toda a altura da viga-parede e tiver espessura supe- rior & espessura daquel [As condigdes expressas no artigo visam limitar as tensdes nas Diels comprimidas de betdo, particularmente nas zonas de apoio da viga-parede, e540 complementadas elas csposigoes especticas ‘elativas a armaduras de alma, nomeadamente a5 indicadas em 1332. Artigo 132.° — Distribuiggo da armadura principal 132.1 — A armadura principal resistente aos mo- ‘mentos flectores positivos deve manter-se constante a0 Jongo do v4o e a sua amarracdo deve ser realizada a partir das faces interiores dos apoios ¢ ser dimen- sionada para uma forea de tracrdo pelo menos igual 4 80% da forca de traceéo maxima no vao. L SERIE — N.° 174 — 0-7-1983, Esta armadura deve ser distribuida numa banda com altura, contada a partir do bordo inferior da vi- ga, dada pelas expressde 0,25 0,05 F O28 no caso de h! 132.2 — No caso de vigas-parede continuas, a ar- madura principal resistente aos momentos flectores negativos deve ser repartida segundo a altura da iga, quando /> A, nas 2 bandas horizontais seguin- tes: uma banda inferior, situada entre 0,2 h € 0,8 h, distancias estas contadas a partir do bordo inferior da viga, e uma banda superior, contigua & ante- rior, estendendo-se até ao bordo superior da_vig Nesta banda superior deve ser colocada a frac¢do 05 (£1) da sexeto tot da armadura prin e na banda inferior a parte restante da armadura, No caso de vigas com /2a, deve aplicar-se o estipulado em 136.1 a uma consola fict- com d= 2a, situada na parte inferior da consola real. Junto & face superior da consola deve prever-se uma armadura igual & que constitui 0 tirante da con- sola fict 136.3 — No caso de a consola servir de apoio directo a uma viga, metade do valor da reacsio des- ta deve ser transmitida & parte superior da consola por meio de estribos verticais de suspensio, € a ov- fra metade deve ser suspensa do elemento de encas- tramento por meio de varées inclinados abragando a parte inferior da viga e convenientemente amarrados naquele elemento. Nestas condigdes, a armadura do tirante da conso- la deve ser dimensionada, segundo 0 estipulado em 136.1, para uma forga vertical igual a metade do va- lor ‘da reacgéo da viga, 136.4 — Caso seja possivel a actuacdo de forgas ho- rizontais associadas a forga vertical aplicada na con- sola, e com sentido desfavoravel, a armadura do ti- rante deve ser aumentada de forma a absorver tam- bém aquelas Forgas Artigo 137.° — Armadura minima. Distribuisio da armadura 137.1 — A armadura que constitui_o tirante deve ser distribuida numa altura igual a 0,25 d e a sua per- centagem, referida & area bd, ndo deve ser inferior 0,25, no caso de armaduras de aco A235, ¢ a 0,15, no caso de armaduras de ago A400 ou A500. 137.2 — Na zona da consola inferior & zona do ti- rante deve distribuir-se uma armadura horizontal su- plementar cuja seccdo total nao seja inferior a ‘Ada secedo da armadura do tirante. Deve tuver culdado especial na realizagdo das amarragtes. do tirante ndo 36 ao elemento de encastramento da consola como junto tia sua extemidade, [Algumas das armaduras de tirante deverko constr Iap08 ho- rizontais envolvendo a 20% cartegada da consla 1 SERIE — N." 174 ~ 30-7-1983 1 — Zonas de elementos sujeitas a forgas concentradas Artigo 138.° — Generalidades As zonas dos elementos na vizinhanga da actuagio de forgas concentradas devem ser objecto de verifica- 90es especificas tendo como base resultados obtidos or meio da teoria da elasticidade ou por considera- G40 de equilibrios de sistemas internos de esforsos, de- vidamente apoiados por comprovagdes experimentai ‘A seguranca destas zonas pode ser, em geral, ga- rantida através de uma limitaco da presséo local exercida no betdo ¢ da colocagdo de armaduras para fazer face as tensdes de traccdo transversais a que as forcas concentradas dao origem. ‘As repras apresentadas nos artigos sequintes abordam casos em ‘que as foreas actuam numa sé face do elemento, segundo a nor mal a esta, ¢ com dstibuigdo sensivelmente uniforme na zona di ‘ectamente carregada. Tals egras visa fundamentalmente o dimen- sonamento das zonas de amarracdo das armaduras de pré-csforeo, posto que, em muitos casos, elas tenham de ser_complementadas para ter em conta a influéncla de parkmetror ndo considerados, omo, por exemplo, a actuaedo simullines de reacgber de &p0l0 com as forgas de amarrardo. Artigo 139.° — Verificagdo da pressio local no betio A seguranga em relagio ao esmagamento do beta, na zona de actuagéo de uma fora concentrada, considera-se satisfeita desde que se verifique a seguinte condicao: Fsa< pera Ao em que: Fsa— valor de célculo da forca concentrada (ebtido considerando 0s coeficientes 1 ados em 47.2); Perd — valor de célculo da pressio local a que © betdo pode resistir; Ao— Area sobre a qual se exerce directamente a forga. © valor de pera ¢ dado pela seguinte expressio: em que: Jed — valor de célculo da tensdo de rotura do be- to & compressio; Ai — maior area delimitada por um contorno ficticio contido no contorno da pera e com 0 mesmo centro de gravidade de Ao; no caso de varias forcas, as respec- tivas areas A1 no devem sobrepor-se Em qualquer caso, porém, no pode considerar-se um valor de peng superior a 3,3 fea. No caso de 0 betto, & data de aplicasio das forgas concentra: as, no ter atingido a idade de 28 dias, deve substituirse na ox: Dressto anterior fo Por Jexj / ye, Sendo oxy 0 valor caracterisico a tensfo de rotura’ do betio’’ compres, referido a provetes llindricos, determinado para a idade ) em considerasao, ¢ 9. 0 cocficiene de seguranga definido no aitigo 19.", cujo valor € 1,5, SERIE — N.2 174 ~ 307-1983 Artigo 140.° — Tensoes de tracgio absorver. Caso de uma s6 forga concentrada 140.1 — As tensdes de tracgo transversais origina- das pela actuacdo de uma forga concentrada na su- perficie do elemento devem ser absorvidas por arma- duras, dispostas em planos normais a direcgio de actuagdo da forga e segundo duas direcgées orto- sgonais. Em cada uma destas direcgdes, as armaduras de- vem ser dimensionadas para absorver a forca de trac- do resultante, Fii,sd, dada pela expressio: Fasa=003 Fsa (1 em que: Fsq— valor de célculo da forca aplicada (ob- tido considerando os coeficientes de seguranga 7 indicados em 47.2); dio, a1 — dimensdes, segundo a direego conside- rada, das areas Ao € Ay definidas no artigo 139.° Fig. Em cada direcelo, a secgdo de armadura, As, de- ve ser determinada pela expressio: F, Aga Fast Joa em que fiyd € 0 valor de calculo da tensio de cedén- cia ou da tensao limite convencional de proporciona- lidade a 0,24% do aco. No caso de se tratar de zonas de amarragao de armaduras de pré-esforgo, nao de- verd tomar-se para feyd um valor superior a 270 MPs ‘As armaduras devem, em cada direcgdo, ficar con- tidas num prisma de base Ay ¢ altura igual a a1 (fi- gura 11) e ser repartidas em profundidade, entre as, cotas 0,1 a1 e ai, tendo em consideragio que a re- sultante Fii,sa se situa A cota 0,4.a1, € devem ser convenientemente amarradas de forma a garantir 0 seu funcionamento eficiente ao longo do comprimento a1. ‘A cada nivel, as armaduras devem distribuir-se numa largura igual’ a dimensao correspondente da area At na direcgdo normal a direccao considerada. 140.2 — No caso de, na direcedo considerada, a forca concentrada estar aplicada fora do niicleo cen- tral da secgdo do elemento (figura 12), alm das armaduras dimensionadas segundo 0 estipulado em 140.1, deve dispor-se uma armadura junto a superfi- cie do elemento, também dimensionada de acordo com © critério referido em 140.1 e destinada a absorver, 2832-149) na direcedo em causa, uma fora, Fro,sd, dada pela Sorenise an Fa(S—%) eee e — excentricidade da forca aplicada na direc¢do considerada; —dimensio do elemento na direcgdio consi- derada, Foo. Fig, 12 CChama-se & atengto para a conveniéncia de dispor cuidadosa- mente as armaduras traneverstis na zona em que se desenvolvern fs tensbes de tracqdo e muito em particular para a necesidade de fs amarrar eficarmente Nos casos partculares em que as forgas de tracpHo transversas ‘do sejam muito importantes pode jusificar-se coniar com a re ‘stncia do belo A traceto pare absorver tas focas, dispensando- ‘Se, portanto, a uilizaplo de armaduras espeificamente dimensio- radas para cise efelto. Tal dispensa € admisivel quando 9 valor dt festltante daquelas forsas de tracclo nio exceder 25% do ‘produto do valor de célculo da resistencia do betdo a traccdo (ou feng / ye 38 } <28 dias) pela dea da seoqa0 do prisma interessa ‘Gor perpendicular & clteorao daquela resultante (drea com o mes smo valor de A). Artigo 141.° — Tensdes de traceiio a absorver. Caso de virias forcas concentradas 141.1 — No caso di actuagdo de varias forcas con- centradas, 0s critérios expostos no artigo 140.° so em. principio ‘aplicdveis mediante escolha judiciosa de pris- mas associados a cada forca ou a conjuntos de forcas. 141.2 — No caso de 2 forcas concentradas iguais, afastadas entre si de uma distancia sensivelmente in- ferior distancia entre os centros de gravidade das zonas correspondentes do diagrama de tensdes.nor- ‘mais, calculado segundo as hipéteses correntes da re- sisténcia de materiais, além das armaduras necessérias para absorver as tensbes de tracedo relativas a cada prisma elementar, ha que considerar um prisma en- volvente associado ao conjunto das 2 forcas (fi gura 13). 141.3 — No caso de 2 forgas concentradas iguais, afastadas entre si de uma distdncia sensivelmente su- perior & distancia entre os centros de gravidade das zonas correspondentes do diagrama de tenses normai (figura 14), além das armaduras necessérias para ab- sorver as tensOes de traccdo relativas a cada prisma elementar, deve dispor-se uma armadura junto & su- perficie do elemento, contida entre as faces extremas desses prismas e dimensionada para absorver uma for- ga de tracgdo igual a 20% do valor de calculo de uma das forcas concentradas. Fig. 14 141.4 — Quando as forgas concentradas se distri- buem ao longo de uma dimensio do elemento de modo que as suas linhas de acgao passem pelo cen- tro de gravidade das zonas correspondentes do dit grama de tenses normais, bastard considerar prismas elementares relativos a cada forca, 0s quais teréo lar- guras iguais as larguras daquelas zonas (figura 15); as armaduras transversais para cada prisma seréo cal- culadas de acordo com o estipulado em 140.1. reieoarine Bb Fig. 15 [As tearas apresentadas no artigo podem servir de base, desde aque eriteriosamente adoptadas, a0 tatamento de casos em que as forgas se dstribuem de forma diferente das consideradas. NO ext0 de clementor pré-esforgados haverd ainda que ter em conta @ plae fo estabelecido para s aplicagdo das varias foreas de pré-esforso, Observes Finalmente que no caso abordado em 141.4 os pris. ras reativos @ cada forea poderdo no ser simétrcos em relagho tipha de actuagae dessa forca 1 SERIE — N° 174 — 30-7-1988 CAPITULO XII Disposigées relativas a estruturas de ductilidade melhorada Artigo 142.° — Generalidades presente capitulo destina-se a estabelecer as dis- Posigdes de projecto ¢ as disposiedes construtivas, complementares das enunciadas nos capitulos x e Xi, que devem ser cumpridas para que as estruturas pos- sam ser consideradas como de ductilidade melhorada fem face das acgées sismicas, para efeitos de aplica- 40 do disposto no artigo 33.° ‘As disposies contidas no presente capitulo destinam-se a au: smentar a duciidade das estruturas, permitindo portanto que estas ossam sofrer grandes deformagées sem diminuicto signiiatva da Sus capacidade resistente. Para tanto ¢ neceadrio asequrar que ae ‘oturat sejam condicionadas pelas armaduras ¢ no pelo bello, 0 ‘que, nas dsposigdes em causa, ¢ traduzido por limitacho dot va lores mbximos da percentagem de armadura e do esforso normal, or etigtncia de bos cintagem do betfo e ainda por medidas vi Sando uma seguranca adicional relaivamente 40 esforgo tranever $0; no caso de sstrufuras aporticadas, procurase, além ditto, ‘rantir que as rétulas pldsticas se formem preferencialmente na ‘igas eno nos. pares. ‘Embora visando especialmente as estruturas dos eificios, as dis espe: aprsentadas So também aplcives «ponte inde ov. {ros'tipos: de estruturas. Artigo 143.° — Vigas de pérticos 143.1 — As vigas de pérticos devem ter uma sec- cdo com largura superior a % da altura, com um mi- nnimo de 20 cm; a telagdo //h entre o vo e a altura das vigas ndo deve ser inferior a 4. 143.2 — Nas vigas de pérticos, a percentagem de armadura longitudinal de tracgo, quer na face supe- rior quer na face inferior, deve, junto aos nds e nu- ma extensdo pelo menos igual a 2d, contada a par- tir da face interior do pilar, ser limitada de modo que 4 profundidade de linha neutra, correspondente a0 es- tado limite ultimo de resisténcia por flexio, nao ex- ceda 0,3 d. ‘Na zona em causa, a armadura longitudinal numa dada face nao deve ser inferior a 50% da armadura longitudinal existente na face oposta. 143.3 — Ao longo de todo o comprimento das vi- gas, quer na face inferior quer na face superior, deve existir uma armadura longitudinal que, no mi- nimo, seja igual a % da maior das armaduras neces- sérias nos apoios (na face correspondente) para resis- tir aos momentos devidos & combinagdo de acces em que intervém a acydo sismica. ‘A armadura longitudinal em cada face deve sa- tisfazer a percentagem minima estabelecida_no ar- tigo 90.° ¢ ser constituda, pelo menos, por 2 vardes de 12mm de diametro. 143.4 — Nas zonas extremas das vigas, numa exten- séo igual, pelo menos, a 2d, contada a partir da face interior do pilar, nfo devem ser realizadas emen- das ou interrupedes‘de vardes da armadura longitu 143.5 — As armaduras de esforgo transverso devem ser dimensionadas considerando que o valor de cal- culo do esforgo transverso actuante & igual & soma do valor de cAlculo do esforgo transverso devido as 1 SERIE — N. 2174 acedes de natureza gravitica que figuram na combi- nnagdo de acgdes em que intervém a aceio sismica, ‘com 0 valor de cdlculo do esforgo transverso que re- sultaria da actuagdo, nas seogdes extremas da viga, de momentos iguais a 1,25 vezes 0 valor de célculo dos ‘momentos resistentes dessas secgdes, mobilizaveis por deslocamento lateral da estrutura. Junto aos nés, € numa extensdo da viga pelo me- nos igual a 2d, contada a partir da face interior do pilar, 0 valor do termo Ved, definido em $3.2, deve ser considerado nulo. 143.6—Na zona junto aos nés referida em 143.5 ‘@ percentagem minima de estribos definida em 94.2 nao deve ser inferior a 0,20, no caso de armaduras de aco A235, € a 0,10, no caso de armaduras de aco A400 ou A500, independentemente do valor de Vsa. Estes estribos devem ser verticais, fechados e com es- Pagamento nao superior a 0,25 d'nem a 15 cm; o pri- meio estribo deve situar-se a uma distancia da face do pilar no superior a 5 cm, Quando nas secgdes de apoio da viga houver inver- sto do sinal do esforgo transverso, a parcela de ar- maduras de esforgo transverso que excede a corres- pondente a percentagem minima deve incluir também. vardes inclinados. Antigo 144.° — Pilares 144.1 — A secgdo transversal dos pilares deve sa- tisfazer a condigao: Nsd&0,6 fed Ac em que: Nsa— valor de célculo do esforgo normal cor- respondente & combinagdo de acydes em que intervém a aco sismica; fed — valor de célculo da tensio de rotura & compressio do betdo; Ae — area da secgio transversal do pilar. ‘Além disso, a menor dimensdo da secedo transver- sal ndo deve ser inferior a 30 cm ¢ o valor da esbel- teza, , dos pilares, definida de acordo com 59.1, nao deve exceder 70, 144.2 — A secedo total da armadura longitudinal no deve, em caso algum, ser inferior a 0,8 % da sec- ‘¢40 do pilar, no caso de armaduras de ago A235, € 2 0,6 %, nd caso de armaduras de ago A400 ou A500. 144.3 — A secedo total da armadura longitudinal ndo deve exceder 6 % da secgéo do pilar; este limite deve ser respeitado mesmo em zonas de emenda de vardes por sobreposigao. 144.4 — Nos pérticos, junto a cada né, a soma dos ‘momentos resistentes dos pilares, determinados tendo em conta 0 esforgo normal correspondent & com- binacdo de acdes em que intervém a acco sismica, deve ser superior & soma dos momentos resistentes das vigas, mobilizéveis por deslocamento lateral da estru- tura,’ Na verificagao desta condigao, considerar-se-i ‘como secréo de betéo do pilar apenas a sec¢do cin- tada pela armadura transversal. 144.5 — As armaduras de esforco transverso devem ser dimensionadas considerando que o valor de cél- culo do esforco transverso actuante & igual a0 esfor- 2832-(151) 50 transverso correspondente a actuagdo, nas secpoes extremas do pilar, de momentos iguais aos valores de cileulo dos momentos resistentes dessas secqdes mo- bilizaveis por deslocamento lateral da estrutura, e ten- do em conta 0 valor de cAlculo do esforgo normal correspondente & combinacdo de acgdes em que tervém a accio sismica. 144.6 — Nas zonas extremas dos pilares com liga- g80 de continuidade a outros elementos, e numa ex- tensfo, contada a partir das faces desses elementos, ndo inferior A maior dimensio da seccdo nem a ‘/s da altura livre do pilar, 0 espacamento longitudinal, da armadura transversal ndo deve ser superior a 10 cm, € 0 didmetro dos vardes desta armadura ndo deve ser inferior a 8 mm. 144.7 — As emendas ¢ interrupgdes dos vardes da armadura longitudinal ndo devem ser realizadas nas zonas extremas referidas em 144.6; de preferéncia, estas descontinuidades da armadura devem localizar- sea meia altura dos pilares. Artigo 145.° — Nés de pérticos 145.1 — Nos nés dos pérticos deve dispor-se cin- tas transversais a0 eixo do pilar, cujo espacamento nao seja superior a 10cm e que sejam dimensiona- das para os valores de cdleulo dos esforgos transver- sos horizontais resultantes das forcas de compressio € de tracrdo transmitidas ao né pelas vigas que nele concorrem, e tendo em conta os esforgos transversos transmitidos pelos pilares. As parcelas do valor de cdlculo do esforgo transverso relativo as forgas trans: mitidas pelas vigas serdo as correspondentes a 1,25 ve- zes os valores de célculo dos momentos resistentes des- tas, mobilizaveis por deslocamento lateral da estrutura. 145.2 — Nos nds em que concorram vigas segundo as 4 faces do pilar, a secgdo de armadura transver~ sal, calculada segundo 145.1, pode ser reduzida a metade se as vigas nao tiverem largura inferior a me- tade da correspondente dimensio transversal do pilar € se no houver nenhuma viga com altura inferior a % de altura da viga mais alta. Artigo 146.° — Paredes © diafragmas 146.1 — As paredes destinadas a resistir & flexdo no seu plano devem ter uma espessura minima de 1S em co valor da sua esbelteza, d, em qualquer direcséo, nao deve ser superior a 60; aiém disso, a relacio’en- tre a altura da parede e a sua largura ndo deve ser inferior a 2. Nestas paredes, a secgdo horizontal deve ainda sa- tisfazer a condigas Nsa€0,6 fea Ac fem que os simbolos tém significado semelhante ao in- dicado em 144.1 para os pilares. No entanto, se Nsd0,2 fed Ac, deve aumentar-se a espessura da pa- rede junto aos bordos formando nervuras verticais de seego rectangular e cujos lados nao devem ter dimen- bes inferiores aos seguintes valores: segundo a direc- do perpendicular ao plano da parede, ‘io da distén- cia entre diafragmas sucessivos ¢, segundo 0 plano da 2832-(152) parede, ‘fo da largura desta, com um minimo de 2 veres a espessura da parede. Nao necessério, po- rém, efectuar este espessamento quando a parede tiver continuidade, nas extremidades em causa, com pare- des transversais. 146.2 — A armadura vertical das paredes, dimen- sionada para resistir & flexdo segundo o plano da pa- rede, deve ser predominantemente concentrada junto ‘a cada um dos bordos, numa extensfo igual a ‘iv da largura da parede, com um minimo de 2 vezes a es- pessura desta, por forma a constituir af a armadura de pilares ficticos; a estes pilares ficticos so apli veis as regras relativas as armaduras longitudinais ¢ transversais dos pilares, com excepcfo das correspon- dentes as secgdes minimas de armadura referidas em 121.1, que, no presente caso, devem ser, em cada um dos pilares, iguais a 0,25 % da sec¢do total da pare- de, no caso de armaduras de aco A235, € a 0,15 %, no caso de armaduras de ago A400 ou AS00. ‘Além disso, na zona de parede compreendida entre aqueles pilares, as percentagens de armadura indica- das no artigo 125.° devem ser referidas apenas & sec- elo da zona da parede em causa. 146.3 — As armaduras de esforgo transverso das paredes devem ser dimensionadas para um valor de célculo que se obtém multiplicando o valor de él- culo do esforgo transverso actuante pelo factor 1,1 Mpa/Msa, em que Mra € 0 valor de céleulo do mo- ‘mento resistente da secgdo) correspondente & armadura ‘efectivamente adoptada) ¢ Msa & 0 valor de cAlculo do momento actuante na mesma seccdo. No caso de paredes compostas, ou sea, paredes formadas pela associgdo de paredes simples complanares interligadas a visioe i- ‘els por lintis, deverd procurar-se que a distribuiplo dos reer. dos fins seja regular ao longo de toda altura da parede. articulares culdados deverd haver com & pormencrizacao dos dis, que dever possulr armaduras iguais nak faces superior ¢ Inferior e uma armadura de esforgo tcansverso que inchia conjun- tos de vardes cispostos segundo as diagonas do lintel e conventen- {emente amarrados nas paredes (comprimentos de amarrardo su- Deriores em cerca de $0 % aos usuaisy;além disso, tanto 0 lintel ‘omo os referidos conjuntos de armaduras devem ser cintados com fstribos, com afastamento nfo superior a 10 em. Finalmente, convém chamar a aten¢lo para que os diafragmas, tno caso de esiruturas de ductiidede melhorads, devem ser object 4e um dimensionamento parcularmente cuidado, de forma & tans. ‘iter cabalmente or exforgos que se dexnvolvem entre os diversos lementos verticals resistentes as acpoes slsmicas. QUARTA PARTE Execucio dos trabalhos e garantia de qualidade CAPITULO XIII Execugio dos trabalhos A — Tolerfincias Artigo 147.° — Generalidades ‘As tolerfincias de execueio a respeitar devem ser as indicadas no projecto. Nos casos correntes, as tole- 1 SERIE — N.* 174 — 30-7-1983 Fancias devem satisfazer 0 estipulado nos artigos se- guintes (Os casos tratados nos artigos seguintes dizem apenas respeito 1 algumnas caracteriicas dimensional das peyas, que tem recta influtncia na sua resisténcia'e peso €, consequentemente, na pré- ria seguranca das estruturas; desvios com efeitos semelhantes, tis fomo deaprumo ¢ desalinhamento de pilares, no sh tratados, de Vendo no entanto ver devidamente considerados 'Os valores de tolernciasindicados nos artigos seguints corres ppondem a técnleas de execucto habituais, embora cuidadas, nto evendo obviamente perder se de visa a necessidade de, em todos ‘5 casok, se procura’ cumprit, tanto. quanto posivel, of valoret ominas previstos no projecto. Note-se que os valores extipulados info se referem a elementos pré-Tabricados industrialmente, em te: Iago aos quais se podem exigirtolerancas bastante mais severas. 'As tolerinelas de construpho com refleros na utlizaedo da ob ‘como a relativas a espagos a preencher por outros elementos 08 ‘componentes da consiusao (dvisorits, janeas, determinados equi ‘Pamentos, et), devem ser especiicadas no projeto, nio sendo po- rem do dmbito do presente Regulamento, Artigo 148.° — Dimensdes das secedes As dimensdes das secgdes de betio — altura total de vigas ¢ lajes, largura (e espessura de alma) de gas, dimensBes de seccdes de pilares — devem satis fazer as tolerancias Aq a seguir indicadas, em que a representa a dimensio em causé Para a<40 cm... a Para a>40 cm. a: Artigo 149.° — Posicionamento das armaduras ordi- nérias © posicionamento das armaduras ordindrias deve ser tal que a altura itil dos elementos, d, satisfaga as to- lerdncias Ad a seguir indicadas: Para d<20cm . Ad= + 0,075 d Para 2040 cm d= + 2,5 em Artigo 150.° — Posicionamento das armaduras de pré-esforco 150.1 — O posicionamento das armaduras de pré- -esforgo deve satisfazer as tolerdncias a seguir indicadas: @) Segundo a altura do elemento, sendo d a al- tura uti Para d<20cm....... Para 20100.cm...... ) Segundo a largura do elemento, sendo b a lar~ gura ao nivel da armadura em causa: Para b<20cm....... Ab=+0,5em Para 20100 cm... + 2,0 em 150.2 — No caso de a armadura ser constituida por varios componentes, as tolerdncias de posicion ‘mento individual podem exceder as indicadas no ni- ‘mero anterior — sem ultrapassar, porém, 0 limite de +2,5em—, desde que a posigéo da resultante das, forgas de pré-esforco respeite aquelas tolerdncias. 1 SERIE — N.* 174 ~ 30-7- Artigo 151.° — Recobrimento das armaduras A tolerdncia do recobrimento das armaduras € de 0,5 em, B — Moldes ¢ cimbres Artigo 152.° — Caracteristicas gerais dos moldes ¢ cimbres Os moldes ¢ cimbres devem ser concebidos € cons- truidos de modo a satisfazer as seguintes condicdes: 4) Suportarem com seguranca satisfatéria as ac- ges a que vao estar sujeitos, em particular as resultantes do impulso do betao fresco durante a sua colocacéo ¢ compactacao; +b) Terem rigidez suficiente para nao sofrerem de- formagdes excessivas, de modo que a for- ma da estrutura executada corresponda, dentro das tolerdncias previstas, & estrutura projectada; (©) Serem suficientemente estanques para no per- mitirem a fuga da pasta ligante; no caso de serem constituidas por materiais absorven- tes de agua, devem ser abundantemente mo- Ihados antes da betonagem, tendo-se 0 cui- dado, no entanto, de remover toda a agua fem, excesso; 4) Permitirem facil desmoldagem, que no pro- ‘voque danos no betao ¢ tenha em conta 0 plano de desmoldagem previsto, podendo ser necesséria a utilizagdo de dispositivos es- peciais (cunhas, caixas de areia, parafusos, macacos, etc.); €) Permitirem a aplicagdo correcta dos pré- -esforgos, sem contrariar os destocamentos ou as deformagées correspondentes; A) Disporem, se necessério, de aberturas que per- mitam ‘a sua conveniente limpeza e inspec- cao antes da betonagem ¢ facilitem a colo- cago € compactacdo do betdo; 2) Terem superficies de moldagem com carac- teristicas adequadas a0 aspecto pretendido para a peca desmolda Artigo 153.° — Desmoldagem e descimbramento 153.1 — As operagdes de desmoldagem e de descim- bramento somente devem ser realizadas quando a estrutura tiver adquirido resisténcia suficiente (pelo endurecimento do betdo e, quando for 0 caso, pela sagiio de pré-esforco) nfo s6 para que seja’satis- feita a seguranca em relacdo aos estados limites ut ‘mos mas também para que ndo se verifiquem defor- macdo ¢ fendilhagdo inconvenientes. Tais operagdes devem ser conduzidas com 0s necessdrios cuidados, de modo a nao provocar esforcos prejudiciais, choques. ou fortes vibracdes. 153.2 — Nos casos correntes ¢ a menos de justifi cago especial, em condigdes normais de temperatura @ humidade e para betdes com coeficientes de endu- recimento correntes, 0s prazos minimos para a reti- rada dos moldes e dos escoramentos, contados a partir da data de conclusdo da betonagem, so os indica- dos no quadro Xv! 2832-(153) QUADRO XVIII Prazos mlnimos de desmoldagem ¢ descimbramento Moldes de faces laterais | Vieas, plares. paredes | 3+) Ix6m z Lajes &) Moldes de faces inferiores peeled Vigas “ tom | 14@ Lajes &) = Escoramentos bom | 1@ Vie 216 (te pa pe tm pn 12 Sore oma cae epee vata Cates eta "Ene pat Ore ee pare 21 iat soon te m8 scalded decntrane, Hosen nts ns Ge saer pine ao oe, St equates creed sor Gpunde ote * JeVRo "hdl cnt ane mart ce oo doo do ann Aos prazos de desmoldagem e descimbramento in- dicados no quadro deverd adicionar-se 0 numero de dias em que a temperatura do ar, no local da obra, se tenha mantido inferior a $°C, durante e depois da betonagem. 153.3 — Nos casos especiais, ou nos casos tratados no mimero anterior em que se pretenda no cumprir © ali especificado, os prazos de desmoldagem e des- cimbramento serdo estabelecidos e justificados tendo em atengo 0 preceituado em 153.1 ¢ atendendo evolugdio das propriedades mecdnicas do betdo, con. venientemente determinadas por ensaios. Nao poderd, no entanto, proceder-se a retitada dos moldes de fa- ces inferiores e dos escoramentos de lajes e vigas an- tes que o betdo atinja uma resistencia & compressdo superior ao dobro da tensdo maxima resultante das acgdes a que a pera ficard entdo sujeita, com o mi- nimo de 10 MPa. CChamasse a atengdo para que, segundo o estipulado em 173.4, as datas de desmoldagem e descimbramento dos diveros elemen tos devem ser devidamente anotadas no listo de regisio da obi jumamente com todos os elementos de informaclo pertinentes as ‘orrespondentes decisdes. (C— Armaduras ordingrias Artigo 154.° — Transporte e armazenamento das ar- ‘maduras 154.1 — O transporte ¢ 0 armazenamento das ar- maduras devem ser efectuados de modo a evitar, en- re a recepséo € a colocagdo em obra, deterioragdes, tais como: Mossas ou entalhes; Redugdes de secgéo devidas a corrosao; Deposi¢ao na superficie de substancias que pos- sam prejudicar quimicamente 0 aco ou o be- to ou que tenham efeito desfavordvel sobre a aderéncia; Perda da possibilidade de identificasao. 2832-(154) 154.2 — No caso de armaduras pré-fabricadas, ha que cuidar, em especial, da manutengio da sua for- ma ¢ das posigdes relativas dos vardes que as Artigo 155.° — Corte e dobragem de vardes 155.1 — O corte dos vardes deve ser feito, de pre~ feréncia, por meios mecdnicos, 155.2'— A dobragem dos vardes, em que se respei- tard o estipulado no artigo 79.°, deve ser feita por meios mecanicos, a velocidade ‘constante, com auxi- lio de mandris, de modo a assegurar um raio de cur- vatura constante na zona dobrada. Nao é permitido aquecimento com macarico a fim de facilitar a operacdo de dobragem, a menos que se prove que uma tal operagdo ndo altera as caracteris- ticas mecinicas do ago. 155.3 — No caso dea temperatura ambiente ser baixa (inferior a cerca de $°C), devem ser tomadas precaucdes especiais na dobragem dos vardes, tais como reduzir a velocidade de dobragem, aumentar os raios de curvatura ou até aquecer ligeiramente a zona a dobrar. 155.4 — S6 & permitido efectuar desdobragem de vardes nos casos especiais em que tal seja indispen- sdvel (vardes de espera, por exemplo) e desde que, ob- viamente, a operagao'ndo danifique os vardes. Artigo 156.° — Soldadura de vardes ‘A soldadura de vardes s6 é permitida se 0s aos possuirem as necessdrias caracteristicas de soldabilidade face a0 processo de soldadura adoptado (ver comen- turio ao artigo 21.°) e pode ser utilizada para emen- dar vardes (topo a topo ou com sobreposi¢do lateral) ou para posicionamento relativo dos vardes de uma armadura, AS soldaduras a magarico ou por forjagem no de- ven ser utilizadas. Antigo 157.° — Emenda e amarragio de vardes 187.1 — As emendas ¢ as amarragées de vardes, que devem respeitar 0 disposto nos artigos 81.°, 82.°, 84.° ¢ 85,°, devem ser cuidadosamente realizadas de acorde com 0 projecto. 157.2 — As emendas por soldadura sé devem ser realizadas em trogos rectilineos dos vardes, salvo ca- sos especiais devidamente justificados. 157.3 — Nas emendas por soldadura com sobrepo- sigdo lateral, o comprimento dos corddes individuais ndo deve exceder 5 vezes 0 didmetro do vario; a dis- tancia entre corddes sucessivos no deve ser inferior ao mesmo valor. 157.4 — Nas emendas por soldadura topo a topo de vardes endurecidos a frio por torgdo € necessério climinar as pontas ndo torcidas. Artigo 158.° — Montagem e colocagéo das armaduras 158.1 — A montagem das armaduras deve ser efec- tuada de modo a respeitar as dimensdes do projecto, 1 SERIE — N." 174 — 30-7-1983 dentro das tolerdncias prescritas (artigo 149.°), ¢ a as- segurar suficiente rigidez de conjunto para que a ar- madura mantenha a sua forma durante o transporte, a colocagio ¢ a betonagem. Devem ainda ter-se pre- sentes 0s condicionamentos ligados 4 colocagéo ¢ compactayao do betao. 158.2 — A colocagdo das armaduras nos modes de- ve ser feita de modo a respeitar os recobrimentos pre- vistos no projecto. Os posicionadores a utilizar devem ser convenientemente envolvidos pelo betdo, no devem prejudicar a betonagem nem devem contribuir ppara o enfraquecimento da pera, quer directamente, quer facilitando a acpio agressiva do meio ambiente; devem, além disso, ser constituidos por materiais inertes relativamente ao betio e a0 ago das armadu- tas, ¢ set adequados ao tipo de acabamento pretendido ara as superficies da peya. D— Armaduras de pré-esforgo Artigo 159.° — Transporte e armazenamento das ar- ‘maduras As armaduras de pré-esforgo, as bainhas e os dis- positives de amarragdo ¢ de emenda devem ser con- venientemente protegidos durante o seu transporte armazenamento, 0 qual deve ser feito ao abrigo da chuva, da himidade do solo e de ambientes agressi- vos, Em particular, devem evitar-se deterioragdes tais como: Corrosdes devidas a agentes quimicos, electroqui- micos ou biolégicas; Deformagdes excessivas das armaduras Entalhes ou mossas, especialmente das bainhas; Perda de estanquidade das bainhas; Deposicéo, nas superficies, de substancias que possam ‘prejudicar a aderéncia; Danos resultantes de aquecimento’provocado por chama ou por particulas projectadas por sol- daduras feitas na proximidade Para evitar deformagdes excessivas das armaduras de pré-esforco. ‘© seu transporte e armazzoamento em bobinas $6 & petmitido pa- ‘a Tlos ¢ corddes, nfo podendo este processo se ullizado 0 £350 {de vardes. O didmetro do nicieo das bobinas deve ser suficinte- ‘mente grande (em geval ndo inferior a 200.0), de modo que as farmaduras possam fecuperar a forma recta quando desenroladas, Artigo 160.° — Corte e dobragem das armaduras 160.1 — O corte das armaduras de pré-esforgo de- ve, de preferéncia, ser feito por meios mecdnicos con- venientes (discos abrasivos de alta velocidade, serras de ago rapido, etc.). O corte a magarico oxi-acetilénico pode também’ ser utilizado desde que a operacdo seja realizada com excesso de oxigénio, se tomem precau- es para evitar 0 contacto da chama com os dispo- sitivos de amarragdo ou outros cabos ¢ desde que seja feito a uma distancia ndo inferior a cerca de 30 mm do dispositive de amarracao. © corte de armaduras sob tensdo deve ser evitado. 160.2 — No caso de processos especiais de pré- -esforgo que exijam dobragem de armaduras, esta deve ser feita de acordo com as especificagées do proces- so em causa, utilizando meios mecanicos, a velocida. L SERIE. de constante, ¢ de forma a assegurar um raio de cur- vatura constante na zona dobrada. ‘A desdobragem de armaduras de pré-esforgo nlo & permitida. Artigo 161.° — Emenda e amarragdo das armaduras As emendas ¢ as amarragdes das armaduras de pré- sesforgo devem ser executadas por meio dos disposi- tivos especificos do processo de pré-esforco utilizado € de acordo com as técnicas nele previstas. Artigo 162.° — Montagem ¢ colocasio das armaduras 162.1 — A montagem ¢ a colocacio das armadu- ras de pré-esforgo devem ser efectuadas de acordo com 0 projecto € com as exigéncias do proceso de pré-esforgo utilizado, Deverd atender-se, em especial, 408 aspectos ligados ao recobrin to das armaduras, a0 seu pos com as tolerdncias previstas (artigo 150.°) e a facili- dade de betonagem. 162.2 — Os dispositivos de posicionamento devem satisfazer as exigéncias indicadas em 158.2. Em, particular, devem ser suficientemente rigidos ¢ prOxi- mos, de forma a impedir 0 deslocamento das arma- duras ou das bainhas durante a betonagem. ‘A utilizagdo da soldadura para 0 posicionamento das bainhas sé & permitida se estas ndo contiverem, jé as armaduras no seu interior € desde que se to- mem os cuidados necessirios para evitar danos nas bainhas, 162.3 — As armaduras, bainhas ¢ dispositivos de amarracdo devem, antes da sua montagem, ser lim- pos de matérias prejudiciais (carepa de laminagem, ferrugem, Gleo, etc.); 0 ar comprimido usado para limpeza das bainhas nao deve conter dleo e égua em teores prejudiciais. [A uuiaagio de processos ndo adequados para o posicionamen- to das atmaduras pode originar alteraye senses non pre-esforgos fplicados {Torgas e momentos), do so devido ao aumento de at {0 em resulado de ondulagdes excessvas das bainhas, mas tam bbém' devido a variagdes. dab excentrcidades, ‘© tarado das armaduras deve ser TeRular © sem mudangas bras cas de diesedo ¢ deve ser devidamente referenciado no Projecto, {Se modo a permite corecto poscionamento e fil veificagao. Nas {onae de ama o posicionamento das armaduras deve set pat ticalarmente cuidado, ‘Chama-se ainda a atencdo para que 0s poscionadores devem também impedir a cventual subida das dainhas durante a betona fem, por efeto da impulsdo exercida pelo betdo fresco. Artigo 163.° — Bainhas 163.1 — As bainhas a utilizar, cwa constituigao caracteristicas devem ser conformes as exigéncias do projecto, devem possuir flexibilidade suficiente para se adaptarem ao tracado das armaduras (embora com rigidez que lhes permita manter a forma da seco), ser posicionadas de acordo com o estipulado no arti ‘g0 162.° e ser estanques relativamente a0 betdo fresco. 163.2 — As superficies exterior e interior das bai- has devem apresentar caracteristicas que favorecam a aderéncia do betdo ¢ do material de injecdo. As bainhas devem ainda possuir respiradouros, nao 86 nas extremidades, como também nas zonas.‘altas do seu tragado; no caso de bainhas de grande com- 2832-(I55) primento, devem ainda existir respiradouros suplemen- tares convenientemente espagados. ‘Devem ser tomadas as precaugdes necessérias para que os respiradouros ndo sejam acidentalmente obs- trufdos antes da injecgdo ¢, bem assim, para que nao entre 4gua ou outras matérias estranhas nas bainhas. 163.3 — A fim de facilitar a injecgdo das bainhas, estas devem ter seco interior superior a 2 vezes & secgo da armadura e difmetro interior que seja su- perior em 10 mm, pelo menos, ao didmetro da arma- dura, valores estes que devem ser aumentados no caso de armaduras verticais ou muito inclinadas. 163.4 — Nas emendas de bainhas que haja necessi- dade de realizar devem ser tomados os cuidados ade- quados para assegurar a manutencdo da estanquidade. E — Fabrico, colocacio e cura do betio Artigo 164.° — Fabrico e colocagio do betio © fabrico ¢ a colocagao em obra do betdo devem ser executados de acordo com as regras estabelecidas. no RBLH. Artigo 165.° — Cura do betio 165.1 — A. cura do betdo deve, em condigdes cor- rentes, ser efectuada de acordo com o preceituado no RBLH. 165.2 — Os processos especiais de cura do betdo, eventualmente utilizados, devem ser aplicados de acn do com a técnica de eficdcia comprovada, Dever , além disso, ter-se em conta as eventuais alteragdes das propriedades do betdo motivadas por tais processos, em particular no que se refere a evolugéo da resis. téncia no tempo, a relagio entre as resisténcias & com- Dressio € & tracgdo © as propriedades reolégicas (re- tracgdo e fluéncia. F — Operagées de pré-esforco Artigo 166.° — Operagdes preliminares A aplicacéo dos pré-esforgos deve ser precedida das ificagdes necessérias para assegurar que é possivel realizar esta operagdo de acordo com as exigéncias do projecto e do processo de pré-esforco a utilizar ¢ com as adequadas precaucdes quanto & seguranca do pes- soal e do equipamento. Em particular, deveré veri ficar-se: Se 0 betdo adquiriu a resisténcia exigida; Se as armaduras nao estdo impedidas de deslizar nas bainhas ou nas condutas; Se 0 elemento a pré-esforgar possui a liberdade de deformacdo que the € exigida para receber © préesforso; Se o espago para a operagio dos macacos € su- ficiente em face dos deslocamentos previstos; Se 0s dispositivos de amarragao estio bem posi: cionados e se é possivel colocar em posigdo de finitiva as. pecas de bloqueamento. E condigdo essencial para a correcta aplicagio do. pré-esforco a liberdade de movimento. dae armaduras dentro dis bainhas Ov 2832-(156) condutas. Neste sentido, estas deverdo ser inspecsionadas imedia- tamente apés a betonagem, a fim de detectar eventual obstrugdo; para isso, poder-se-d insuflar ar comprimido ou fazer jogar o'ca- bo, se este fd se encontrar montado, ou fazer passar um objecto- evtemuntia em caso contario. Em casos especiais poderd ter ne cessrio comprovar, através de ensaioe efectuados ma obra, 0 Va: Tor das perdas” por atrito nas bainhas. Artigo 167.° — Aplicagiio do pré-esforgo 167.1 — As operagdes de aplicacdo do pré-esforgo devem ser realizadas por pessoal devidamente qualifi- cado, observando todos os requisitos tcnicos ineren- tes a0 processo de pré-esforgo utilizado e de acordo com o programa pré-estabelecido. 167.2 — O controle dos valores do pré-esforgo de- ve ser feito simultaneamente por medi¢ao das forgas aplicadas e por verificagdo do alongamento das arma- duras. A aplicagdo das foreas deve ser feita sempre de modo continuo e regular. Todos os elementos relativos a estes controles de- vem, de acordo com 173.4, ser devidamente anotados no livro de registo da obra. 167.3 — No caso de elementos pré-tensionados, a transferéncia do pré-esforgo deve, sempre que possi vel, ser feita simultaneamente por todas as armadu- ras ¢ de modo gradual. 167.4 — No caso de elementos pés-tensionados, de- vem ser cuidadosamente respeitadas as indicagdes do projecto relativas a ordem de aplicagio do pré-esforco nas diversas armaduras (e, eventualmente, as fases des- ta aplicagdo); igualmente deverdo ser seguidas as ins- trugdes relativas as extremidades das armaduras em que devem actuar os macacos. 167.5 — Nao devem ser efectuadas operagdes de aplicagao de pré-esforgo quando a temperatura am- biente for inferior a O°C. Artigo 168.° — Protecgiio das armaduras 168.1 — As armaduras pés-tensionadas devem ser, no menor prazo possivel apés a aplicagao do pré- -esforgo, convenientemente protegidas contra a corro- so, 0 que ¢ usualmente conseguido por injeccio de produtos apropriados nas condutas ou nas bainhas. Cuidados semethantes devem ser tidos em relacdo aos dispositivos de amarragao. 168.2 — Os materiais de injecrdo a utilizar (salvo nos casos particulares de protecgdes provisérias) de- vem apresentar boa aderéncia as armaduras ¢ as bai- rnhas ou condutas e possuir resisténcia mecanica sufi- ciente. As caldas de cimento a empregar para este fim devem satisfazer as condigdes indicadas no arti- 80. 169." 168.3 — A injecco deve ser executada de modo a assegurar o preenchimento completo dos espagos en- tre a armadura e a conduta ou a bainha, Na sua exe- Ccugio dgvem ser respeitadas as regras indicadas no ar- tigo 17 em geral recomendivel nao exceder 0 prazo de 7 dias entre 4 aplicagdo do pré-esforgo © a protecedo da armadura, Razdes de fata sgressividade ambiente (por exemplo, humidade e temperatura ‘levadas) podem aconselhar a redeao deste prazo. ‘No casa, portm, de, por cirunstincias particulares (construt van, clmaticas, ete) 0 prazo ter de ser dilatado, deverd proceder ea uma prolecydo provisia por meio de processos e produtos deguados que, no entanto, nfo! venham a prejudicar a aderencia 1 SERIE — N.° 174 ~ 30-7-1983 No caso de decorter bastante tempo (2 a 3 meses) entre a colo- ‘agdo das armaduras ¢ das bainhas ¢ a aplicapdo do pré-esforgo, ha que, iguelmente, conferirihe edequads protecede durante Tal situagao. Artigo 169.° — Caldas de injecgao 169.1 — As caldas de cimento para injecgio de bai- has devem satisfazer os condicionamentos impostos ara os seus componentes no RBLH, em particular no que se refere & presenga de ides ‘agressivos. ‘A sua composicfo deve conferir-lhes as necessdrias caracteristicas de fluidez ¢ de resisténcia, com uma ra- Zio gua/cimento to baixa quanto possivel, poden- do para 0 efeito ser utilizados adjuvantes adequados, 0s quais, igualmente, ndo devem conter substancias agressivas para as armaduras. O cimento deve ser de fabricagdo recente e, no momento da sua aplicasao, encontrar-se a temperatura inferior a 40°C. 169.2 — A resistencia compresséo da calda endu- recida, determinada aos 7 dias de idade sobre prove- tes cbicos de 10 em de aresta, ndo deve ser inferior a 17 MPa. 169.3 — O fabrico da calda deve ser feito mecani- camente (langando no misturador primeiro a agua depois 0 cimento), de modo a obter a necesséria ho- mogeneidade, e ndo deve demorar mais de 5 minutos. ‘A calda deve ser utilizada num prazo que néo exceda meia hora, a menos que sejam empregados retardadores de presa; entretanto, deve ser continua- mente agitada. Antes da sua utilizagio, convém fazé-la Passar por um peneiro. A determinasio da reisténcia 8 compressto das caldas endure cidas deve ser efetuada segundo, a medida do possve, os et {irios e a8 normas adoptados para a determinagao da. resisténcia 2 compressto do bet. ‘Outras caractersticas das caldas de injeeedo que podem ter in- teresse em certos casos so, por exemplo, s ressncia & congel ‘fo, 8 exsudasto € a vanapbes, volumeieas. Artigo 170.° — Injecgio das bainhas 170.1 — A injecgdo das bainhas deve ser efectuada através do ponto de injeceo situado a cota mais bai- xa, No caso, porém, de nao haver grande diferenca de cotas a0 longo da bainha, a injecgo pode ser rea- lizada por uma das extremidades. 170.2 — A injeccao deve ser continua, com avango de 6 a 12m/min a0 longo da bainha, ¢ nao de- ve ser interrompida até que a calda que vai saindo pelos varios respiradouros (que vio sendo progressi- vamente obturados) tenha consisténcia idéntica a da calda no ponto de injeccao. 170.3 — A injeccdo deve ser efectuada por bomba mecfinica (@ no por ar comprimido), assegurando 0 caudal necessério a uma presséo maxima de 2 MPa, valor este que deve ser limitado por valvula automé- tica. Todo 0 equipamento deve ser concebido de mo- do a evitar que seja introduzido ar na bainha. 170.4 — A injecyao de bainhas paralelas, quando muito proximas, deve, sempre que possivel, ser feita simultaneamente. 170.5 — A menos que sejam tomadas precaugbes es- peciais, ndo devem ser realizadas operacées de injec- $40 quando a temperatura ambiente seja inferior a 5°C ou se possa temer que tal ocorra durante as 48 horas apés a injeccao. 1 SERIE — N.° 174 — 307-1983 170.6 — A injecgdo de bainhas verticais ou muito inclinadas, em particular quando de grande compri mento, exige técnicas especiais, que devem ser cuida- dosamente aplicadas. CAPITULO XIV Garantia de qualidade Artigo 171.° — Generalidades A metodologia destinada a assegurar a aptidio da obra para a utilizagao prevista — garantia de quali- dade — apenas é encarada no presente Regulamento nos aspectos relativos a seguranga e durabilidade das estruturas. Com este objectivo apresentam-se neste ca- pitulo crtérios gerais relativos aos controles prelimi- hares, aos controles de produgdo ¢ de conformidade da obra, a recepsdo desta e & sua manutengdo. Um sistema de garantia de qualidade envolve, em principio, o- dos os participantes no processo construtiva (dono da obra, pro- jetista, construtor, ulllzador, autoridades, et.) e estendese a 10. das as suas fases (concepgd0, projecto, construgdo e utlzagto), 'A-matéria apresentada nesie capitulo tem em vista, fundamen: talmente, etabelecer alguns conceitos geras sobre garantia de qua- lidade erespestiva terminologa, numa base internacionalmente ace! te, Tornecendo assim orientagdes para a elaboragdo dos cadernos 4 encargos das obras. do so tratados porém quaisquer aspectos contratuals ou jut icon ligados & garantin de qualidade, em particular, as consequen- cas de uma rejeledo (penalidades,indersnzagSes, cle) repar tigdo. das responsabildades entre os dversosintervenientes na Obes stdo fora do ambito deste Repulamento, Antigo 172.° — Controles preliminares Os controles efectuados antes do inicio da execusao destinam-se a assegurar que € possivel realizar satis fatoriamente a obra prevista com 0s técnicos, os ma- teriais e os métodos de execuglo disponiveis. Estes controles devem incidir, nomeadamente, sobre a qualidade ¢ a adequabilidade do projecto, dos ma- teriais e dos meios de execugdo que vao ser utilizados. Artigo 173.° — Controle de produsao 173.1 — O controle de produgo consiste num con- junto de acgdes exercidas durante a execucdo da obra com vista a obter um grau razodvel de garantia de que as condigdes que Ihe so exigidas serdo satisfeitas. Este controle deve incidir, fundamentalmente, sobre os materiais e sobre o modo como é executada a obra. 173.2 — As caracteristicas dos materiais a utilizar devem ser verificadas & chegada ao estaleiro, poden- do para este efeito ser tidos em conta éventuais, controles a que tenham sido sujeitos durante a sua produgdo. No caso de tais controles oferecerem as ecessarias garantias, estas acgdes podem limitar-se a simples operagdes de identificacao. No que se refere ao controle dos componentes do betdo, ou do proprio betéo quando recebido de uma central industrial, devem ser tidas em consideragdo as condigdes especificadas no RBLH. Imediatamente antes da utilizagdo dos materiais deve ser verificado se, durante © seu armazenamento e ma- 2832-(157) nuseamento, sofreram danos que os tornem impré- prios para a aplicagdo prevista. 173.3 — A execugo da obra deve ser acompanha- da das verificagdes necessérias para assegurar 0 cum- primento das condigles estipuladas no projecto ¢ ter, fem considerago as regras de execugao contidas no ca- pitulo xit deste Regulamento. 173.4 — No livro de registo da obra devem ser in- dicadas, cronologicamente, todas as ocorréncias veri ficadas ‘ino decurso da obra € que interessam a reali- zacdo desta. Este livro serd facultado aos agentes das entidades que tenham jurisdi¢&o sobre a obra sempre que estes 0 solicitarem, para que possam visé-lo ou nele inscrever as observagdes que 0 andamento dos trabalhos Ihes sugerir. ‘Consderase de importéncia fundamental, para as actividades de fgarantia de qualidade, 0 correto preenchimento do liveo de regis. {0 da obra. Em particular, além dos elementos relavor a0 betio, referides no RBLH, devern nele Ser inscritos todos os dados rele rene as datas de desmoldagem © descimbramento dos elementos eas operagbes de préaforgo ceferidas nos artigos 153," ¢ 176° 440 presente Regularento. Artigo 174.° — Controle de confor lade 174.1 — controle de conformidade consiste num conjunto de acgdes € de decisées efectuadas com ba- se em regras pré-estabelecidas (regras de conformida- de que tém em conta os critérios de amostragem ¢ 05 etitérios de aceitagdo-rejeigao) e destinadas a ve- rificar se a obra cumpre as exigéncias que Ihe sio atribuidas, permitindo, em consequéncia, efectuar um julgamento de «conformidade» ou de «nao confor- midaden, Estas acgdes devem incidir sobre os materiais, sobre a execucdo dos trabalhos e sobre a obra terminada, 174.2 — O controle de conformidade dos materiais ‘e componentes poderd basear-se em resultados de en- saios € verificagdes do controle da sua produgdo. Caso tal controle nao oferega as necessarias garantias — ou mesmo se no tiver sido efectuado — ha que proce- der as verificagdes © ensaios necessérios para habili- tar ao julgamento de conformidade. No controle de conformidade do betdo devem ser tidos em conta os critérios estipulados no RBLH. 174.3 — O controle de conformidade da execusdo dos trabalhos deve basear-se nos controles de produ- 40 referidos no artigo 173.° e ter em conta os ele- mentos que constam do livro de registo da obra. 174.4 — O controle de conformidade final da obra deve exercer-se, em regra, através de verificagdes de formas ¢ dimensdes, dando atencéo particular & even- tual existéncia de deformacdes excessivas, fendas, de- feitos de betonagem, insuficiéncia de recobrimentos de armaduras, etc. Em certos casos, em face da impor- tncia ou das caracteristicas especiais da obra, pode- ra ser prevista a realizagéo de ensaios complementa- res, com vista a confirmar 0 seu comportamento Artigo 175.° — Recepgio 175.1 — A recepgdo € 0 acto de decisdo final que, em face dos resultados do controle de conformidade, consiste em aceitar ou rejeitar a obra. No caso de «conformidade», a obra deve ser acei- te; no caso de «ndo conformidade», a obra sera, em 2832-(158) principio, rejeitada, podendo no entanto vir ainda a ser aceite nas condigées a seguir indicadas. 175.2 — No caso de os resultados do controle de conformidade ndo serem satisfatérios, a obra poderé ainda ser aceite, desde que se faca um julgamento do problema, tendo em atengdo as suas condigées espe- Cificas, e Seja feita prova de que as condigdes regula- mentares de seguranca so satisfeitas. Esta verificagio de seguranca pode ser realizada ‘com base nos préprios resultados dos ensaios efectua- dos durante 0 controle, ou com base em resultados de ensaios suficientemente representativos © devida- mente interpretados, realizados sobre provetes extrai- dos expressamente para este efeito. Antigo 176.° — Manutengio 176.1 — As estruturas devem ser mantidas em condigdes que preservem a sua aptidao para o desem- penho das fungdes para que foram concebidas. Com esta finalidade, deverdo ser objecto de inspecgdes re- gulares e, se necessirio, de reparagdes adequadas. 176.2 — Durante a vida da estrutura devem ser efectuadas inspecgdes regulares, a fim de detectar pos- siveis danos e permitir a sua reparagdo em tempo ti A periodicidade destas inspecgdes depende de varios Factores, entre os quais 0 tipo de utilizacdo da obra, a importancia desta e as condigdes de agressividade do ambiente, Nas inspecrOes deverd ser dada particular atengio ‘a mudancas localizadas de cor dos revestimentos, a descasques destes, ao aparecimento de ferrugem, a Fendilhagdes © a deformagdes excessivas, factores es- tes que podem ser sinais de anomalias ‘da estrutura que seja necessario corrigir, 176.3 — No caso de as inspecydes revelarem qual- quer deficigncia no comportamento da estrutura, ha- veré que investigar as suas causas com vista a proce- der aos necessirios trabalhos de reparacao. ‘A estrutura, apés reparaedo, deve satisfazer a se- ‘guranca regulamentar relativamente as condicdes de utilizagdo previstas. [Em certs casos, poder set conveniente colocar, em locals apro prindos, placas com a indicapdo das sobrecargas de imas petmitides, a fim de alertar os lllaadores pa fque's aplicasdo de sobrecargus tuperiores as indicadas pode dani- ficar a estravura ‘Quanto 4 petiodicidade das inspecoBes, para estruturas corren- tes nfo sujdias a ambientes particularmente agresivos, podem ser Fecomendadae as sequints Habitagdes 10 anos Constracses industas, S410 anos Pontes rodoviaras. : La anos Pontes ferrovisrias Ta 2 anos ANEXO I Retracgao e fluéncia do betio 1 — Introdugao © presente anexo trata fundamentalmente da quan tificagdo da retracco ¢ da fluéncia do betdo para efe tos do dimensionamento das estruturas. Os valores apresentados so, em principio, referidos a situagdes Neo 174 — 30-7-1983 1 SERIE — fem que as condigdes termo-higrométricas ambientes so sensivelmente constantes no tempo ¢ as tensdes apli- cadas a0 betdo so compressdes de valor inferior a 0,4 do valor caracteristico da tensio de rotura por compressdo na idade de carregamento. Estes valores podem, porém, ser também aplicados ao caso de ten- ses de tracclo ¢, tratando-se de compressoes, tam- bém aos casos em que seja excedido aquele limite de 0,4 da tensdo de rotura, desde que o seja durante pouco tempo (por exemplo, em operacdes de aplica- so do pré-esforgo). (s valores indicados devem ser encarados como va- lores médios, que podem ser utilizados na generali- dade das situagdes previstas no Regulamento. No en- tanto, caso haja necessidade de efectuar uma anilise mais segura, € conveniente aumentar ou aqueles valores em 20%, conforme for mais desfa vordvel. Observe-se, por outro lado, que a retraccio ¢ a flugncia tem em geral efeitos extremamente reduzidos sobre os estados limites tltimos e, consequentemente, podem ndo ser tidos em conta na verificagdo da se- ‘guranca em relagdo aqueles estados limites. Excep- tuam-se, naturalmente, certas situagSes, como, por exemplo, o efeito da fluéncia sobre a excentricidade do esforgo normal, a considerar na encurvadura de pi- lares. Pelo contririo, os efeitos da fluéncia e da retracgdo condicionam significativamente 0 comporta- mento das estruturas nas condigles de servigo e, por- tanto, devem ser considerados ‘na verificacéo da se- guranga em relagdo aos estados limites de utilizacao (deformagao e fendilhagao). 2 — Retracgao 2.1 — Gener ades ‘A extensio devida & retracgdo, que se verifica en- tre as idades 11 € fo do betd0, ées (C1, fo), pode ser determinada pela expressao: es (ty fo) = eso [Bs (41) — Bo (to)] eso — valor de referéncia, que depen- de das condigdes higromé- tricas do ambiente, da con- sisténcia do betdo fresco da espessura ficticia do ele- mento; Bs (ti), Bs (to) — valores particulares da funcao Bs (0, que exprime a varia- 40 do valor da_retraccdo com a idade do betdo, © que depende da espessura ficticia do elemento, Apresentam-se seguidamente dados para a quant cagdo destes. parametros. 2.2 — Valor de referencia, cso © valor de referéncia da retracgio, cso, € dado pelo produto: oso tool SERIE — N.° 174 — 30—7-1983 2832-(159) em que estes factores tomam os valores a seguir in- dicados. 2.2.1 — Estensto «esi Os valores da extensio, écr1, so definidos no qua- dro I ¢ referem-se a betdes de consisténcia médi deve ser reduzidos de 25% para betSes de consis téncia alta e aumentados de 25% para betdes de con- sisténcia baixa. QUADRO 14 Retracplo do betto Valores da exteasto ces Imersto em gua Alta 60%) Média (708) Baixa (40%) As consisténcias do betdo sto definidas do modo seguinte: Consisténcia alta — 40 a 10 graus Vébé; Consisténcia média — 9 a 3 graus Vebé’ ou até 40cm de abaixamento: Consisténcia baixa — 4em. ixamento superior a 2.2.2 — Coeficlente 9 Os valores do coeficiente so definidos no qua- dro I-ll em fungéo da espessura ficticia do elemen- to, ho. QUADRO HI Retracgto do betdo Valores do coeficiente 9 1,08 | 0,90 | 0,80 | 0,75 | 0,70 s valores da espessura ficticia silo determinados pela expresso: a ho=n 24 em que: Ac— area da secgdo transversal do elemento; 4 — parte do perimetro da secydo transversal do elemento em contacto com o ambiente; 2 —coeficiente dependente das condigdes higro- métricas do ambiente que toma os se- ‘uintes valores: Imersdo em Agua d=30 Humidade relativa alta (90%) X= 5 Humidade relativa média rom) eee) als) Humidade relativa baixa (40%) X= 1,0 © termo 246 ra equivalente, he. ase habitualmente por espessu: 2.3 — Funglo 6 (1) A fungo 8; (1), que exprime a evolucdo da retraccao com a idade do betdo, ¢ representada na figura I-1 para varios valores da espessura ficticia, ho. Batt) aa} ou} ‘aoa (6) Fig. H Estes elementos estio referidos a uma temperatura am- biente de cerca de 20°C. Para ter em conta as variagdes de temperatura deve considerar-se, para operar sobre dia- gramas da figura I-1, em vez da idade real do betdo, ¢, uma idade corrigida, ¢’, calculada pela expresso: Eas s FE) em que Ti representa, em graus Celsius, a temperatura média do dia i, ea & um coeficiente que toma os seguin- tes valores: Cimentos de endurecimento corrente ou lento. @=1 Cimentos de endurecimento rapido. a=2 Cimentos de endurecimento rapido e de alta resisténcia - and 2.4 — Exemplificagio A fim de permitir apreciar globalmente a evolugao da retracedo no tempo em face dos elementos anteriormen- te indicados, apresentam-se na figura I-2 as curvas que traduzem esta variacdo para alguns valores particulares dos parémetros considerados: betdo de consisténcia nor- mal, temperatura ambiente de 20°C, humidade relativa, ambiente de 75% e de 55% e espessura equivalente a 10 cm, 20 em e 40 cm. ein) a8 2832-(160) 3 — Fluéncia 3.1 — Generalidades Ao ser aplicada ao betdo uma tensio, por hipétese, constante no tempo, pode esquematicamente considerar- se que ocorre uma deformagdo eléstica instantdnea, se- guida de uma deformacdo que se processa no tempo — deformagao de fluéncia. Esta deformagao de fluéncia po- de ser decomposta numa deformagio eldstica diferida (re- cuperdvel apés descargas, no decurso do tempo) e numa deformagao plistica diferida (nao recuperdvel). Note-se que do ponto de vista das aplicagdes é conve- niente considerar que as deformacdes diferidas (eléstica ¢ plastica) se processam em 2 fases: uma que se desen- volve nos primeiros dias apés a aplicacdo da carga ¢ ou- tra que se processa lentamente ao longo do tempo. 'Na formulagao seguidamente apresentada para a de- terminagao das extensOes devidas a fluéncia do betéo ‘admite-se a existéncia de proporcionalidade entre as ex- tenses devidas & fluéncia e as tensGes aplicadas. Admite- -se ainda como valido o principio da sobreposi¢go para 0s efeitos de tensdes aplicadas em instantes diferentes, pelp qual é possivel calcular as extensdes de fluéncia sob tenséo varivel no tempo. Estas hipdteses so aceitaveis na generalidade das si- tuagdes correntes, podendo, no entanto, ndo ser realis- tas no caso de niveis de tensio elevados (superiores a cerca de 0,4 da tensao de rotura) com grande duragdo e no ca- 0 de diminuicdo sensivel da tensdo aplicada, efectuada, rapidamente. 3.2 — Fluéncia sob tensio constante A extensdo devida a fluéncia que se verifica a idade 1 para uma tensdo constante aplicada desde a idade ¢o do betio, ¢cc(t, fa)s pode ser determinada pela expresso: fee (tf) em que: 0,10 — tenso constante aplicada na idade fo; 28 — médulo de elasticidade inicial do betdo 08 28 dias de idade que pode ser ob- tido aumentando 25 % 0s valores do. maédulo de elasticidade (secante) que figuram no artigo 17.°; ‘ve (t, fo) — coeficiente de fluéncia na idade t cor- respondlente & aplicagao da tensio na idade fo, cuja quantificagao ¢ feita na secgtio 3.4 do presente anexo. Observe-se que a extensdo total na idade s devida a uma tensdo constante aplicada na idade fo (extensao elastica inicial no instante ¢o mais a extensao de fluéncia que se verifica no intervalo 1 — ¢0) & dada por: ett (0) = 840 a em que E'ci € 0 valor médio do médulo de elastici- dade inicial do betio na idade fo, 0 qual pode ser esti- mado aumentando de 25% os valores dos médulos de elasticidade secantes do betao a mesma idade, deter- minados pela expresso indicada no comentario a0 ar- tigo 17.8 'Na expressio anterior o termo entre paréntesis rectos € usualmente designado por «fungao de fluéncia».. 1 SERIE — © 174 — 30-7-1983 3.3 — Fluéncia sob tensio varidvel No caso de entre as idades fo € ndo se manter cons- tante a tensio aplicada, a extensdo de fluéncia pode ser calculada aplicando o principio da sobreposic decompondo a variagdo de tensdo que se verifica entre fo € ¢ em ni variagdes parcelares Aac,x, aplicadas cada uma numa idade f, mantendo-se a’ tens&o constante entre as idades 1 € +1, a extensio de fluéncia na idade ¢ pode ser obtida pela expresso: 2 soe gett 1) Eume eee (ty 0) = 0c.t0 Para obter a correspondente extenséo total ha que adi: cionar & extensio de fluencia, assim determinada, as par- celas eldsticas seguintes: soy FE Bec Bw Ei Een 0 processo apresentado pressupde, porém, 0 conheci- ‘mento pormenorizado da lei de evolucdo do estado de tensdo, © que, na pritica, nem sempre ¢ facil de conseguir. Nas alineas seguintes apresentam-se processos simpli- ficados para 0 cdlculo das extensGes totais para 2 situa- ‘gbes bem definidas, correspondentes a amplitudes da variago de tensdo relativamente pequenas. @) Processo da tensdo média: No caso de a variagdo de tensdo no intervalo t — fo no ser superior a 30% da tensdo inicial, a extens&o to- tal na idade ¢ pode ser obtida pela expresso: coor fo) = Basa. (Lg 4 sae yk Se puder ser desprezada a variagéo do médulo de elas- ticidade no intervalo ¢— fo € admitindo que "2.28, @ extensio anterior simplifica-se, ob- Ea 2 Ela tcxtot (t, to) 1b) Processo do médulo de elasticidade equivalente: No caso de a variagio de tensio no intervalo t — fo ser tio pequena que possa considerar-se 0¢.1=0c,o1 segunda expresso da alinea anterior simplifica-se ain- da, transformando-se em: Ein Tr 8 to) eestor (ty fo) ‘cujo denominador & em geral designado por «médulo de elasticidade equivalenten. Note-se que esta expresso coincide obviamente com a segunda expresso indicada nna secedo 3.2, em face de se ter admitido E'.=£'o2 3.4 — Coefi sate de fluéncia yc (t, fo) 34.1 — Gemeralidades O coeficiente de fluéncia pode ser determinado com aproximacao suficiente pela seguinte expressdo: 6 (b, 1)= Ba (to) + va Ba (t — to) + vf (Bp () — Br Co) 1 SERIE — N.° 174 — 307-1983 ‘cujo primeiro termo traduz 0 efeito de deformagao que se processa nos primeiros dias apés a aplicagao da carga, (parciaimente recuperdvel) © o segundo e 0 terceiro ter- ‘mos se referem, respectivamente, as deformagées eldsti- cca diferida e plastica diferida que se processam lentamen- te ao longo do tempo. Nas secedes seguintes s40 quantificados os diversos Pardmetros necessérios a0 emprego desta expressio. Note-se que os elementos apresentados estao referidos a uma temperatura ambiente suposta constante e igual 2 20°C, e supondo que sao utilizados cimentos de endu- recimento normal ou lento. Para ter em conta desvios da temperatura em relagio Aquele valor e o emprego de cimentos de diferentes tipos devem considerar-se as idades corrigidas determinadas de acordo com 0 indicado na seccao 2.3, 342 — Fangio Bs (Ce) A funcdo Be (to) é quantificada a partir dos valores da tensao de rotura por compressao do betdo na idade do carregamento € a tempo infinito, respectivamente Je,t0 © Jetcos pela expresso: Ba (to)=0.8 (1 — fue) 3.43 — Coeficiente oy O coeficiente ya, designado «coeficiente de elasticida- de diferida», pode em geral ser tomado com 0 valor 0,4, 3.44 — Fungdo gy te — A fungdo Bg (¢ — to) & representada na figura 1-3, Batter Te de earegomente tater} Fig. 3 34.5 — Coote O coeficiente vy, designado «coeticiente de plasticidade diferida», calcula-se por: va en en Os valores de gyi sio dados no quadro ttt para betdes de consisténcia média, devendo ser reduzidos de 25% no caso de betdes de consisténcia alta e aumenta- dos de 25% para betdes de consisténcia baixa (ver a secgdo 2.2.1), Os valores de v2 sdo dados no quadro 11 em funcio da espessura ficticia do elemento, ho (ver a secgio 2.2.2) 2832-(161) QUADRO LHL Flutacia do betto Valores: do. coeficiente 2/1 amacrine do anne en Imersio em deus os Alta (90%) 19 Média (70%) | 20 Baixa (40%) 30 QUADRO LV Fluéncia do betio Valores do coeticiente vr ome taser, tem | <6 |e fo | wo | om | ovo en nas | 10 | 18s | 10 | 128 | 12 3.4.6 — Fangio 8 (0) A fungdo By (0) € representada na figura 1-4 para va- rios valores da espessura ficticia, ho. aun " ft Oi “ CHE | 3.5 — Exemplificagio Apresentam-se na figura 1-5 curvas que traduzem a va- riagdo do coeficiente de fluéncia a tempo infinito com a idade de carregamento, tendo em conta alguns valores particulares dos pardmetros anteriormente considerados: cimento de endurecimento normal, temperatura ambiente de 20°C, humidade relativa ambiente de 75% e de 5S% € espessura equivalente a 10 cm, 20cm ¢ 40 cm. we Fig. bs 2832-(162) ANEXO IL Fadiga 1 — Introdugio presente anexo indica as regras a utilizar para a verificago da seguranga das estruturas de betfo ar- mado e pré-esforcado em relagdo aos estados limites Uiltimos de resisténcia que envolvem fadiga. ‘Como se sabe, entende-se em geral por fadiga o fe- némeno de diminuicdo da resisténcia em consequén- cia da repetigao muito frequente das ages; para cfci- tos praticos, considera-se necessério ter em conta este problema quando o numero de repetigbes puder exceder cerca de $x10* durante a vida da estrutura, Note-se que na maioria das estruturas de betdo ar- mado e pré-esforgado ndo se podem usualmente pro- blemas de fadiga, pois as acces a que estio em geral sujeitas no se repetem, com intensidade significati- va, um elevado nimero de vezes durante 0 periodo previsto para a sua utilizagio. O mesmo poderd nio acontecer, contudo, em casos especiais, como, por exemplo, pontes ferrovidrias com tréfego intenso, vi- ‘gas de suporte dos caminhos de rolamento de pontes rolantes com utilizaglo particularmente frequente ¢ certas estruturas de apoio de méquinas. ( ccritério de verificagdo de seguranga a seguir apre- sentado é um critério simplificado, que, contudo, € satisfatério na maioria das aplicagdes correntes. No entanto, nos casos especiais em que tenham de ser tidas em conta diferentes intensidades da aceio que pode provocar a fadiga, serd necessério conhecer a variaglo da resisténcia & fadiga dos materiais com 0 nivel de tenso aplicado (diagrama de Wéhler) e con- siderar o efeito das repetig6es a diferentes niveis de tenso, utilizando, por exemplo, o critério cumulati- vo de’Palmgren-Minner. Note-se que a verificacao de seguranga em rela¢io ‘aos estados limites iltimos que envolvem fadiga, cujo critério € apresentado a seguir, nao dispensa, obvia- mente, a verificagdo relativa aos estados limites Ulti- ‘mos que nao envolvem fadiga, considerando a acco ‘em causa como nao repetitiva'e quantificando-a com base no seu valor caracteristico. Por outro lado, e como ¢ evidente, ndo poderdo também deixar de’ser efectuadas as adequadas verifi cagdes de seguranga em relagdo aos estados limites de utilizagio tendo em conta a acgdo em referencia. 2—Critério de verificagéo da seguranca A verificagao da seguranga em relagio aos estados limites ultimos de resistEncia que envolvem fadiga deve ser feita em termos de tensdes © comsiste em satisfa- zer, tanto nas armaduras como no betdo, a condigéo: So=omax — min < Aofat em que: ‘omax, Onin — valores maximo ¢ minimo da ten- sdo nas armaduras ¢ no betéo que se verificam para a combi agao em que intervém a acedo ‘que pode provocar a fadiga; ‘Aojar — valor admissivel da variagdo da tensdo nas armaduras (Acs,jer) ¢ no betdo (Aac,ar). 1 SERIE — N.° 174 — 30-7-1983 ‘As tensdes actuantes omar © amin devem ser deter- minadas admitindo comportamento eldstico dos ma- teriais e supondo que 0 betdo néo resiste & traccdo. ‘A combinagao de acedes a considerar deve compree der @ acgdo que pode provocar a fadiga, quantific da por valores convenientemente escolhidos (valores relacionados com a possibilidade de repeticao admiti da), as aceSes permanentes, quantificadas pelos seus valores caracteristicos, e eventuais aces varidveis (quando desfavoraveis), quantificadas pelos seus va- Tores quase permanentes (valores caracteristicos afec- tados pelos coeficientes y2). Os valores destas acces do serdo afectados pelos coeficientes de seguranca 7 (ou seja, =I). Os valores admissiveis para as variagdes de tensio nas armaduras, Aosjer, estao relacionados, com certa seguranga (coeficiente de seguranca da ordem de 1,3), com a tensio limite de fadiga para 2x 10* repeticbes € considerando tensées minimas préximas de 0 no caso de armaduras ordinarias, ¢ de 0,4 da tensdo mite convencional de proporcionalidade a 0,2%, no caso de armaduras de pré-esforgo. Para efeitos praticos, poder-se-Ao adoptar para as armaduras os seguintes valores de Aas, ft Vardes de agos A400 e A500 180 MPa Redes electrossoldadas 80 MPa Armaduras de pré-esforco 120 MPa s valores indicados para os vardes de aco A400 e ASOO devem ser reduzidos de 30%, nos casos de estribos e de vardes levantados, ¢ de ‘50%, no caso de vardes emendados por soldadura. Nao séo estipulados valores para vardes de ago A235 NL, visto a fadiga ndo ser condicionante para este tipo de aco; quanto aos vardes de ago A235 NR, ndo ¢ permitido 0 seu emprego quando se ponham problemas de fadiga. No que se refere ao betdo, o valor de AocJar @ adoptar podera ser da ordem de 0,5 fed, 0 que, nas situagdes correntes, ndo ser condicionante do dimen- sionamento. Faz-se ainda notar que no caso de estruturas pré- -esforgadas, em que para a combinagao de acgdes referida anteriormente nao é ultrapassado 0 estado limite de descompressio, a variagéo da tensio nas armaduras ¢ muito pequena, podendo, portanto, ser dispensada a verificagdo especifica da’ seguranga em relagdo & fadiga. ANEXO IIL Simbologia Maidscutas latinas A — area. Ac — Atea'de betio da secgdo transver- sal de um elemento. Aer — area da secgio de belo envol- vente de uma armadura (fendi- Ihagao).. Aes — dea limitada pela linha média da secgao oca eficaz (torcao). Ap — étea da secgdo de uma armadu- ra de pré-esforco. 1 SERIE — N.° 174 — 307-1983 As — area da secgdo de uma armadu- ra, em geral ordindria. Asal — rea da secedo de armadura re- querida pelo célculo. Asef — area da secedo de armadura efec- tivamente adoptada Axi ~ érea total da secgdo da armadu- ra longitudinal de torso. ‘Ag — area da secgéo das cintas da ar- madura transversal de torgdo. Ayw — area da secgdo de uma armadu- ra de esforgo transverso. E — médulo de elasticidade. Ez — médulo de elasticidade do betao Ec,j — médulo de elasticidade do betéo aos j dias de idade. E’er— modulo de elasticidade inicial do betdo na idade ¢ (fluéncia). Ec.28 — médulo de elasticidade do betdo ‘a0s 28 dias de idade. Ep — modulo de elasticidade de uma armadura de pré-esforco. E:— médulo de elasticidade do ago, ‘em geral de uma armadura or- dindria. El — factor de rigidez de uma secgio em flexao, F — forga. Fe — forga no betao. Fesa — forga no betdo correspondente a0 valor de célculo de um esfor- 0 actuante F,— forga numa armadura, Fsq— valor de calculo de uma forga actuante. Fisq — forga numa armadura correspon- dente ao valor de célculo de um esforgo. actuante. — momento de inércia de uma sec- do. Te — momento de inércia da parte de betdo da sec¢do de um ele- mento. M-— momento flector. Mrd.x, Mray — componentes, segundo 2 eixos or- togonais x ¢ y de uma seco, do valor de’ caleulo do mo- mento resistente em flexdo desviada, Mrd.xo, MRé.yo — valores de célculo dos momentos resistentes em flexdo segundo cada um de 2 eixos ortogonais x ey de uma secrao. Msa —vaior de célculo do. momento flector actuante, Msise, Msa,» — valores de cileulo dos momentos flectores actuantes, relativos as extremidades de um pilar (en- curvadura). ‘Msg — momento flector actuante devido as acgdes._permanentes. Msa,x, Msa.y — componentes, segundo 2 cixos or- togonais x e y de uma seco, do valor de’ céleulo do mo- mento flector actuante. Mo — momento flector de descompres- 2832-(163) N—esforgo normal. Ne — carga critica de Euler. Nad — valor de céleulo do esforgo nor- mal resistente. Nsi— valor de célculo do esforgo nor- mal actuante. Néq— esforgo normal actuante devido 5 ‘aogdes_permanentes. Po: — valor do pré-esforgo na origem. P1(x) — valor do pré-esforgo ao tempo na secgdo de abcissa x. Po (x) —valor do pré-esforco inicial na secedo de abcissa x. Px (x) — valor do pré-esforgo final na sec- go de abcissa x. Ra — valor de céleulo de um esforco resistente, $4 —valor de cAlculo de um esforgo actuante. T— momento torsor; temperatura. Tea — parcela do valor’ de célculo do momento torsor resistente que depende da resisténcia do be- tho. Tia — parcela do valor de célculo do ‘momento torsor resistente que depende da armadura longitu- dinal de torgao. Tra — valor de cdlculo do momento tor- sor resistente. Tra — parcela do valor de calculo do ‘momento torsor resistente que depende da armadura transver- sal de torgdo. V — esforgo transverso. Ved — parcela do valor de céleulo do esforco transverso_resistente que depende da resisténcia do betio. Vea — valor de célculo do esforgo trans- verso resistente; valor de cél- culo do esforgo de pungoamento resistente, Vsq— valor de célculo do esforgo trans- verso actuante. Vind — parcela do valor de célculo do ‘esforgo transverso resistente que depende da armadura de esforgo.transverso. Mindsculas latinas dimensto; distancia; flecha de um elemento flectivo. a; —translagdo do diagrama de forgas Msaz. 5 — dimensio; largura de uma secgo. by — largura média da zona tracciona- da de uma seceao. bw —largura da alma de uma secgao. ¢— recobrimento de uma armadura. d—altura wil de uma secyao; dit metro. jametro do maior circulo que pode estar contido na area de- limitada pela linha média da seegdo oca eficaz (torgao). a des — 2832-164) 1 SERIE — N.° 174 ~ 30-7-1983 do — didmetro do contorno critico de Pungoamento. e — excentricidade. eq — excentricidade acidental (encurva- dura). ec — excentricidade de fluéncia (encur- vadura). €2 — excentricidade de 2.* ordem (en- curvadura). Joa — valor de céleulo da tensio de ro- tura da aderéncia fo — valor da tensio de rotura do be- tao & compresséo. Jed — valor de célculo da tensio de ro- tura do betZo & compressio. Sek — valor caracteristico da tensto de rotura do betdo & compressio aos 28 dias de idade. for, — valor caracteristico da tensio de rotura do betdo & compressio aos j dias de idade. Jom — valor médio da tensio de rotura do betdo & compresséo aos 28 dias de idade. Jon,j — valor médio da tensao de rotu: do betdo a compressio aos j dias de idade. Saud — valor de cficulo da tensio de r0- tura do betio a traccao. Jak — valor caracteristico da tensio de rotura do betdo & tracedo sim- ples aos 28 dias de idade. Jfat,j — valor caracteristico da tensio de rotura do betdo & tracgdo sim- ples aos j dias de idade. Jom ~ valor médio da tensio de rotura do betéo a traccdo simples aos 28 dias de idade. Souk — valor caracteristico da tensto de rotura a tracedo do ago das armaduras de_pré-esforgo. Joo.uk — valor caracteristico da tensao li- mite convencional de propor- cionalidade a 0,1% & tracgdo do aco das armaduras de pré- -esforgo. Souk — valor caracteristico da tensao de rotura a tracgio do ago das armaduras ordindrias. Juscd — valor de calcul da tensio de cedéncia ou da tensio limite convencional de proporcionali- dade a 0,2% a compressio do ago das armaduras ordinérias. Jord —valor de céleulo da tensio de cedéncia ow da tensdo limite convencional de proporcionali- dade a 0,2% a traccao do ago das armaduras ordinérias Jav.ak — valor caracteristico da tensao li- mite convencional_ de propor- cionalidade a 0,2M% a traceao do ago das armaduras ordiné- rias. fork — valor caracteristico da tensio de cedéncia a tracedo do aco das armaduras ordind + — altura total de uma seceio; espes- sura de uma laje hey — espessura da secgdo oca eficaz (torso). Juoe — altura total de uma estrutura. ‘ho — espessura ficticia de um elemen- to (retracgdo € fluéncia do be- 180). ‘espessura equivalente de um ele- mento (retracsio € fluéncia do betdo). i —raio de giragio de uma seccao. he k—parametro com dimensOes; des- vio angular parasita por unida- de de comprimento da arma- dura de pré-esforso. 1 — vio teérico; comprimento livre de um pilar. Ty — valor de base do comprimento da amarragao de uma armadura, ‘onet — comprimento de amarragdo de uma armadura. ‘yp — comprimento de amarragao de uma armadura pré-tensionada. 440 — comprimento de sobreposigio na emenda de armaduras. 4) — vao equivalente de uma viga ou de uma laje. Ip — distancia de regularizacdo de ten- sdes devidas ao pré-esforco. lg — comprimento efectivo de encurva- dura. Pera — valor de cileulo da resisténcia do betio a uma pressio locali- zada. r—raio de curvatura, 5 — espagamento dos vardes de uma ‘armadura, Srm — distancia média entre fendas. 1 — tempo; idade do betdo. ¥ — dade corrigida do betdo (retrac- ‘sao € fluéncia). 4 — perimetro. ey — perimetro da linha média da sec- 80 oca eficaz (torso). Ra — valor de cdlculo do esforgo trans- verso (ou de pungoamento) resistente por unidade de com- primento. sd — valor de céleulo do esforgo trans- verso (ou de pungoamento) actuante por unidade de com- primento. w—largura de fendas. wm — valor médio da largura de fen- das. wie — valor caracteristico da largura de fendas. x — coordenada; profundidade da li- nha neutra, z—brago do bindrio das forgas in- teriores em flexdo, Maidisculas gregas Ad — tolerancias dimensionais. ‘Aa — variagdo de tensio. 1 SERIE — N.° 174 ~ 30—7-1983 ‘Aoc,far — vatiagao de tensao no betdo, ad- missivel em fadiga. Aoc,ti— variacdo de tenséo no betdo a idade 1, Acyar — variagao de tensdo admissivel em fadiga. ‘Aapir — perda de tensio, ao fim do tem- po f, devida’& relaxagdo das armaduras de pré-esforso. Aop.cso,r (2) — perda de tensio, entre os tempos Le fo, na secgao x da arma- dura de pré-esforco, devida & relaxacao. Aopt, s+ c+ (x) — perda de tensao, a0 fim do tem- po f, na seccio x da armadu- ta de préesforgo, devida & retracga0, fluéncia ¢ & rela- xacio. (x) — designagio genérica de uma per- da instantanea de tenséo na seogio x da armadura de pré- -esforeo, ‘Agpo.e (x) — perda instantanea de tenséo na secedo x da armadura de pré= -esforgo, devida & deformacto do betao. Aopo, fr (8) — perda instantinea de tenséo na secgao x da armadura de pré- sesforgo, devids a0 atrito, Avpar (x) — perda de tensio a tempo infini- to, na secgdo x da armadura de pré-esforgo, devida a rela- xagdo. Avpas+e (X) — perda.de tensdo, a tempo infini- to; na seecio x da armadura de pré-esforgo, devida a retrac~ gio e a fluéncia do beta. Aopest csr (x) — perda de tensio, a tempo infi to, na secgdo x da armadura de pré-esforgo, devida a retrac- sao, a fluéncia e a relaxacdo. os, far — variagao de tensio no ago, ad- missivel em fadiga, metro de um vardo, cabo. Sn — didmetro equivalente de um agru- pamento de armaduras. Acpo, an fio ow Mindsculas gregas a — fingulo; coeficiente: coeficiente de fhomogeneizagao ago-betdo, 8 — Angulo; coeficiente a (ta) — fungao relativa & deformagdo ini- Gal do betio (Fhiéncia). 84 (¢- fo) — fungao relativa & elastcidade di- ferida do betdo no intervalo de tempo. — fo (fluéncia) 2, (0) — fungi. relativa a variagio no tempo da plasticidade diferida do betdo (fluéncia). 8. (0 — fungao que exprime a variacio da retraccdo do betéo no tempo ‘ye — corficiente de seguranca relativo fs caracteristicas resistentes do betio. __2832-(165) ‘yf — designacdo geral dos coeficientes de seguranca relativos as ac- ‘yg — coeficiente de seguranca relativo ‘as acoSes permanentes, excep- to pré-esforgo (no caso da acco do pré-esforgo € usual- mente representado por 7p). ‘ym — designagdo geral dos coeficientes de seguranca relativos as carac- teristicas resistentes dos mate- ‘4q — Coeficiente de seguranga relative as acgOes.varidveis ys — coeficiente de seguranga relativo as caracteristicas resistentes do aco das armaduras. 5 —coeficiente de redistribuigdo dos esforcos. ee — extensio do betdo. €ce (t, ta) — extensfo devida a fluéncia do be to que se verifica & idade 1 para uma tensdo_constante aplicada desde a idade to. cs (t, fo) — extenso devida & retracgao livre do betdo entre as idades fo ¢ t. 5 (las fo) — extensdo devida & retracgio livre do betdo entre as idades to tm so — valor de referéncia da extensio devida a retracgio do betio. cetor (t, fo) — extensfo total do betdo, na ida- de 1, devida a uma tensio constante aplicada desde a id de fo. és — extensio da armadura. em — extensio média da armadura. uk — valor caracteristico da extensdo ‘apés rotura, a tracgdo, do ago das armaduras ordindrias. 1 — coeficiente. 4 — Angulo. —coeficiente; esbelteza de um ele- mento. 1b —coeficiente de atrito. » —coeficiente de Poisson. © — percentagem de armadura. @w — percentagem da armadura de es- forgo transverso. or — percentagem de armadura referi da a uma secgéo de betdo envolvente dessa armadura (fendilhacao). ac — tensio de compressio no betao, oc (x) — tensio de compressio no betdo na secgdo x. cjg (X) — tenso no betdo, na secedo x, de- vida as acgdes permanentes, excepto pré-esforco. ac,po (x) — tensdo no betdo, na secgao x, de- vida ao pré-esforco inicial, Sc.pm (8) — tenso no betio, na secgao x, de- al c,1—tensdo no betdo na idade ac, 0 — tensio constante aplicada ao be- tao a partir da idade to (Nuén- cia) 2832-(166) max — tensio. maxima. min — tenso minima. op (x) — tensdo na armadura de pré-esfor- §0 na secedo x. po’ — tensio na armadura de pré-esfor- 0 correspondente ao pré-es- forgo na origem. po (x) — tensio na seccdo x da armadura de pré-esforgo, devida ao pré- -esforgo inicial ‘po +4 (x) — tensio na secydo x na armadura de pré-csforco, devida ao pré~ sesforgo inicial e as outras aces. permanentes. op= (x) — tenso na sec¢do x da armadura de pré-esforco, correspondente ao pré-esforco final. 5 — tensdo no ago, em geral de uma armadura ordinaria. (esdsésd) — coordenadas de um ponto corren- te do diagrama de céleulo tensdes-extens6es do ago. (Gskesk) — coordenadas de um ponto corren- te do diagrama caracteristico tensdes-extensées do ago. ‘ssd — tensdo na armadura correspon- dente ao valor de cdlculo de um esforgo actuante. 2% —tensdo na armadura correspon- dente ao inicio da fendilhacao, rsd —tensio de aderéncia correspon- dente ao valor de cilculo de tum esforgo actuante. rr —tensdo correspondent ao valor de céleulo do momento torsor actuante. Ty —tensdo_correspondente 20 valor de calculo do esforgo transver- so actuante. T1, 12 — tensbes relacionadas com os va- lores de célculo do esforgo transverso © do momento tor- sor_resistente. vc (t,f0) —coeficiente de fiuéncia do betéo na idade 1, correspondente & aplicagao da tensdo a idade fo. Neo 174 — 30-7-1983 ¢ (tee, fo) ~ coeficiente de fluéncia do betdo ‘@ tempo infinito, correspon- dente 4 aplicagéo da tensio & idade to. ed — coeficiente de clasticidade diferi- da (fluéncia). ¥#f — Coeficiente de plasticidade dife da (fluéncia), ¥ —designagéo genérica dos coeficien- tes que determinam os valores reduzidos das acces, Abreviaturas A235 NL, A235 NR, — Designacdes dos tipos corren- A400NR, A400 ER, tes de armaduras ordind- ‘A400 EL, ASOONR, ras. ‘A500 ER, A500 EL’ BIS, B20, ...— Designagdes das classes de betdes. FIP — Fédération Internationale de la Précontrainte, 1SO — International Organization for Standardization. CEB — Comité Euro-international du Béton, LNEC — Laboratério Nacional de En- genharia Ci LNEC E- . . . — Especificac4o do Laboratério Nacional de Engenharia Civil n. NP-...—Norma Portuguesa n.°. RBLH — Regulamento de Betdes de igantes Hidréulicos. RICEM — Réunion Internationale des Laboratoires d’Essais et de Recherches sur les Maté- riaux et les Constructions REBAP — Regulamento de Estruturas de Betio Armado © Pré- -Esforgado. RSA — Regulamento de Seguranca e ‘Acgdes para Estruturas de Edificios € Pontes. TRaPHt sa NACIONAL Casa vA MED

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