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Ose nanlels Resumo
ACAO PENAL (artigos 24 a 62, do CPP)
Inicial acusatoria oferecida pelo Ministério Publico ou pelo
querelante para instaurar investigagao judicial contra alguém
por crime quando estiverem presentes conjunto probatorio
minimo de autoria e materialidade delitiva.
O sistema classico divide a ac4o penal em:
1- ago penal publica (incondicionada e condicionada)
2-acao penal privada (exclusiva, personalissima e subsidiaria
da publica).
1-ACAO PENAL PUBLICA
1.1-A¢gdo penal publica incondicionada
A propositura da acéo nao depende de nenhuma condicgdo
especifica, bastando que estejam presentes a autoria e
materialidade delitiva, pois a lesdo ao interesse ptblico é tao
grave que nao cabe ao ofendido decidir sobre a intauracdo ou
nao da persecucao penal.
E aregra no direito penal.
Se nao houver mengao no Codigo Penal e nas legislagdes
penais extravagantes quanto a natureza da ago penal, o crime
sera processada via acdo penal publica incondicionada.
1.2-Agao penal publica condicionada 4 representacao
Em alguns casos, o crime afeta imediatamente o
diminuir questdes Ec lgal TIM 4G 20:05 a ee By
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1.2-Acao penal publica condicionada 4 representagao
Em alguns casos, o crime afeta imediatamente o
interesse do particular e apenas mediatamente o
intesesse publico, por isso, nesses casos, o Estado
condiciona a persecucao criminal a manifestagao de
vontade do ofendido.
A propositura da agao penal depende de representacio da
vitima ou de seu representante legal, manifestacdo
autorizando os Orgaos oficiais a investigar 0 caso. Que fique
claro que a titularidade da agao continua sendo do MP, porém
condicionada a uma manifestagao do ofendido ou requisigao
do ministro da justiga. Quando a acao penal é desse tipo, o
comando do tipo legal diz expressamente que somente
proceder-se 4 mediante representacéo. Como exemplo, pode-
se destacar o crime do art. 130 do CP (perigo de contagio
venério), em seu §2° esta disposto que "somente se procede
mediante representacéo". Nesse caso, a exposigado do fato
pode causar maiores danos ao ofendido do que o proprio
perigo de contagio em si, por isso o legislador deixou o
ofendido decidir se quer ou nao que a agao penal seja
instaurada.
A representagaéo tem natureza juridica de condigéo de
procedibilidade.
Dispensa formalidades, bastando, regra geral, 0 registro da
noticia-crime perante a autoridade policial.
Salvo disposigéo em contrario, 0 prazo para o oferecimento
de representagdo é de 6 meses, contados do dia em que o
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ofendido vier a saber quem foi 0 autor do crime, sob pena de
decadéncia.
Sendo a vitima menor de 18 anos ou incapaz, o prazo
decadencial flui apenas para o representante legal. Alcancgada
a maioridade pelo ofendido ou tornando-se capaz, tera inicio
0 prazo de 6 meses para representar.
Art. 25, do CPP: A representacfo sera irretratavel, depois de
oferecida a denincia.
A contrario sensu, a representagdo pode ser retratavel até
antes do oferecimento da dentncia.
Prevalece na doutrina 0 entendimento de que, mesmo apds se
retratar de representac¢4o anteriormente oferecida, podera o
ofendido oferecer nova representagdo, desde que o faga
dentro do prazo decadencial de 6 meses, contado do
conhecimento da autoria.
1-PRINCIPIOS QUE REGEM A ACAO PENAL
PUBLICA
1.1-PRINCIPIO DA OBRIGATORIEDADE DA ACAO
PENAL PUBLICA OU PRINCIPIO DA LEGALIDADE
PROCESSUAL (obrigatoriedade na propositura da agao
penal)
O Ministério Publico é obrigado a ajuizar ago penal publica
quando houver indicios de autoria e prova da materialidade
quanto a pratica de um fato tipico e nao se fazendo presentes
causas extintivas da punibilidade.
A rN
Cells questdes aumentarall TIM 4G 20:05 Sr Lea |
4 Resumos Resumo IMETES
causas extintivas da punibilidade.
Tal obrigatoriedade ¢ mitigada no tocante as infragdes de
menor potencial ofensivo, pelo que o MP tera a faculdade de
acusar ou propor transagao penal ao acusado, de acordo com
0 preenchimento dos requisitos legais da Lei n° 9099/1995.
Diante da liberdade de atuagao, a doutrina entende que, as
infragdes de menor potencial ofensivo, adotou-se o principio
da obrigatoriedade regrada ou discricionariedade regrada.
1.2-PRINCIPIO DA INDISPONIBILIDADE (MP nio pode
desistir da ago penal)
Uma vez ajuizada a acgfo, o Ministério Publico nao podera
desistir de prosseguir na causa, nos termos do artigo 42, do
CPP.
Contudo, a indisponibilidade da agao penal é mitigada no
tocante as infragdes de menor potencial ofensivo, pelo que o
MP tera a faculdade de transigir quanto ao seu objeto ou
promover a suspenséo do processo penal, mesmo apdés o
ajuizamento da denincia, conforme prevé o artigo 79 e 89, da
Lei n° 9099/1995, respectivamente.
1.3-PRINCIPIO DA OFICIALIDADE (titular da acdo é um
orgao oficial do Estado)
Significa que a agdo somente sera deflagrada por iniciativa de
orgio oficial, o Ministério Publico.
1.4-PRINCIPIO DA OFICIOSIDADE (atuagdo
independentemente de provocacao)
A aN
Clg questdes Ec lgall TIM 4G 20:05 a Lea
r Resumos Resumo IMETES
Nao cabe na agcao penal
representagao.
publica condicionada a
1.5-PRINCIPIO DA DIVISIBILIDADE (fracionamento da
acusa¢a4o quanto a crime e quanto a coautor ou participe )
Permite, em caso de haver mais de um suposto autor do
crime, o fracionamento da agao penal contra um ou alguns
deles, relegando a propositura quanto aos demais para
momento posterior.
Optando pela divisibilidade da ag&o penal, o Ministério
Publico devera justificar tal procedimento na ocasiao de
oferecimento da denuncia.
E consolidado na doutrina e jurisprudéncia a possibilidade de
aditamento da denuncia a qualquer tempo para a inclusao de
coautor ou participe que nao tenha integrado o polo passivo
da relac4o processual, bem como o ajuizamento de nova acao
penal contra corresponsavel nao incluido em processo ja
sentenciado.
1.6-PRINCIPIO DA INTRANSCENDENCIA OU DA
PESSOALIDADE DA PENA
Significa que a acao penal sera ajuizada apenas contra o
responsavel pela autoria ou participagao no fato tipico, nao
podendo incluir, obviamente, corresponsaveis civis.
2-DA ACAO penal PRIVADA OU QUEIXA-CRIME
Trata-se da agao penal privada oferecida pelo ofendido ou
seus sucessores, mediante procurador constituido.
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r LRXcHSI0LAATeSS} Resumo Mais
O MP participa do processo na condigao de fiscal da lei.
principios que regem a acao penal privada
2.1-PRINCIPIO DA OPORTUNIDADE OU DA
CONVENIENCIA DA PROPOSITURA DA ACAO
PENAL; (discricionariedade na propositura da agao)
Significa que a vitima do crime, seu representante legal ou
seus sucessores compete decidir sobre a conveniéncia do
ajuizamento ou nao da acao penal.
2.2-PRINCIPIO DA DISPONIBILIDADE; (o titular da
agao penal pode desistir)
Significa que, uma vez ajuizada a acgao penal, pode o
particular desistir de seu prosseguimento, mediante o perdao
ou por meio da inércia na condugao dos atos processuais que
revelem desinteresse na demanda.
A desisténcia podera ocorrer até o transito em julgado da
sentenga penal.
DE PEREMPCAO (sango processual-penal)
Trata-se da perda do direito de fazer prosseguir a acdo penal
de iniciativa privada em razao da inércia de seu titular, de
sorte que constitui uma pena imposta ao querelante que se
desinteresse pela causa ou a abandone.
Somente é possivel na ac4o penal privada exclusiva e na
personalissima.
A rN
Colts questdes Ec lgall TIM 4G 20:08
seule Resumo
Nao ocorreraé quando se tratar de ac&o penal privada
subsidiaria, porque, no caso de negligéncia do querelante, o
Ministério Publico podera retomar a agao como parte
principal.
Em caso de pluralidade de querelantes, a peremp¢4o somente
atingira o desidioso, persistindo a acdo penal no tocante aos
demais.
CAUSAS DE PEREMPCAO (art 60, do CPP)
1-Quando, iniciada a ac&o penal privada, o querelante deixar
de promover o andamento do processo durante 30 dias
seguidos;
2-Quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua
incapacidade, néo comparecer em juizo, para prosseguir no
processo, dentro do prazo de 60 dias, as pessoas determinadas
pela lei;
(cénjuge, ascendente, descendente ou irm&o. No caso de
interdi¢o, ao curador.)
3-Quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo
justificado, a qualquer ato do processo a que deve estar
presente;
4-Quando o querelante deixar de formular o pedido de
condenacAo nas alegacées finais;
5-Quando, sendo o querelante pessoa juridica, esta se
extinguir sem deixar sucessor;
quest6esTIM 4G 20:08
Sse els Resumo
6-Morte do querelante na ago penal privada personalissima;
2.3-Principio da indivisibilidade; (obrigatoriedade da acao
penal ser promovida contra todos os envolvidos no delito)
Significa que, embora o ofendido nao esteja obrigado a
intentar a agdo penal, se o fizer, devera ajuiza-la, contra todas
as pessoas que concorreram para a pratica do crime imputado.
Este principio é extraido do artigo 48, do CPP, que prevé a
extens4o da renincia contra qualquer dos envolvidos a todos.
A rentncia ao direito de queixa é ato unilateral do ofendido,
de modo que independe da aceitagdo do autor do crime para
que produza efeitos;
A doutrina majoritaria entende que a renuncia deve ocorrer
antes do recebimento da queixa-crime pelo juizo.
ESPECIES DE RENUNCIA
1-RENUNCIA EXPRESSA = declaragao expressa assinada
pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com
poderes especiais, nos termos do artigo 50, caput, do CPP.
2-RENUNCIA TACITA = pratica de ato incompativel com a
vontade de exercé-lo, que admitira todos os meios de prova
para sua demonstracao, nos termos do artigo 104, paragrafo
unico, do CP combinado com 0 artigo 54, do CPP.
Nao acarreta em renuncia tacita, todavia, o fato de receber 0
ofendido a indenizagao do dano causado pelo crime, nos
casos de delito de maior potencial ofensivo.
A ae
Colts questdes aumentaral TIM 4G 20:09 a eye]
4 LRXcHSI0LAATeSs} Resumo IMETES
PERDAO DO OFENDIDO
Trata-se da desisténcia do ofendido em prosseguir na acao
penal, manifestada apos o oferecimento da queixa-crime, de
forma expressa ou tacita.
E ato bilateral, cuja eficacia depende da aceitagio do
querelado ou de quem tenha poderes para representa-lo, na
hipotese de sua incapacidade, pois a ele pode ser interessante
provar a sua inocéncia.
Pode ser concedido até antes do transito em julgado da
sentenca condenatoria.
ESPECIES DE PERDAO
PERDAO TACITO = é o que resulta da pratica de ato
incompativel com a vontade de prosseguir na agao, que
admitira todos os meios de prova.
PERDAO EXPRESSO = declarag’o expressa assinada pelo
ofendido, por seu representante legal ou procurador com
poderes especiais.
PERDAO EXTRAPROCESSUAL = é 0 perdio concedido
fora do processo manifestado por declaragdéo expressa
assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou
procurador com poderes especiais, nos termos do artigo 56,
caput, do CPP.
A aceitacéo do perdido extraprocessual exige declaracaéo
assinada pelo querelado, por seu representante legal ou
A
questées ET late lgTIM 4G 20:09
Sse lels Resumo
procurador com poderes especiais, nos termos do artigo 59,
do CPP.
PERDAO PROCESSUAL = é 0 perdio concedido mediante
declaragdo expressa nos autos, sendo o querelado intimado a
dizer, dentro de 3 dias, se o aceita, devendo, ao mesmo
tempo, ser cientificado de que o seu siléncio importara
aceitacdo.
DECADENCIA
Trata-se da perda do direito de agaéo em razio da inércia do
ofendido ou seu representante legal no oferecimento da
queixa-crime.
Tem como consequéncia a extingao da punibilidade.
Nao se interrompe nem se suspende.
PRAZO PARA O EXERCiCIO DO DIREITO DE
QUEIXA-CRIME
Art. 38. Salvo disposi¢éo em contrario, o ofendido, ou seu
representante legal, decairaé no direito de queixa ou de
representagaio, se néo o exercer dentro do prazo de seis
meses, contado do dia em que vier a saber quem é 0 autor do
crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar 0
prazo para o oferecimento da denincia.
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado
ausente por decisdo judicial, o direito de oferecer queixa ou
prosseguir na acdo passara ao cénjuge, ascendente,
descendente ou irmao.
questdes ET late lgal TIM 4G 20:09 a ey
4 LRXcISI0LAATe SS} Resumo Mais
PRAZOS ESPECIFICOS PARA O EXERCICIO DO
DIREITO DE QUEIXA-CRIME
1-No crime de induzimento a erro essencial e ocultacéo de
impedimento, previsto no artigo 236, do CP, o prazo para o
exercicio do direito de queixa é de 6 meses a partir do transito
em julgado da sentenga anulatéria do casamento.
2-Nos crimes contra a propriedade imaterial, sendo de acao
penal privada, o prazo para o exercicio de 30 dias contados da
homologacao do laudo pericial. (art 529, CPP)
3-ACAO PENAL PRIVADA SUBSIDIARIA DA
PUBLICA (queixa-crime subsdiaria)
Trata-se de acao penal promovida pela vitima ou seu
representante legal nas hipdteses em que configurada inércia
do Ministério Publico no prazo legal para oferecer a
denuncia.
Somente se configura inércia do Ministério Publico quando
transcorrido o prazo para o oferecimento da denuncia, o
Parquet nao a apresenta, nao requer diligéncias, tampouco
pede o arquivamento.
Apesar da nomenclatura, os principios aplicados 4 inicial
acusatoria seraéo os mesmos na agao penal publica genuina,
obrigatoriedade, indivisibilidade, intranscendéncia e
indisponibilidade.
Pode o MP aditar a queixa-crime subsidiaria, repudia-la e
oferecer denuncia substitutiva, intervir em todos os termos do
A aN
Celts questdes Ec lgal TIM 4G 20:09
sera lels Resumo
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a
todo tempo, no caso de negligéncia do querelante, retomar a
agao como parte principal, conforme artigo 29, do CPP.
Tem legitimidade para oferecer a queixa-crime subsidiaria:
ofendido; representante do ofendido; entidades e érgios da
administrac4o publica, direta ou indireta, e as associagSes que
se destinam a defesa dos interesses substituidos no CDC, nos
crimes previstos no CDC, bem como a outros crimes e
contravencdes que envolvam relacdes de consumo;
O prazo decadencial para o oferecimento da agao penal
subsidiaria da publica inicia-se a partir do encerramento do
prazo para o promotor de justiga oferecer a dentincia.
Se se tratar de acusado solto, o MP tem 15 dias para oferecer
dentincia, contados do recebimento do inquérito policial ou
das pegas de informagao, se houver dispensado o IP. Escoado
tal prazo sem que o MP se manifeste, 0 ofendido ou seu
representante legal, a partir do 16° dia, tera legitimidade para
propor queixa subsidiaria.
Tratando-se de acusado preso, o MP tem 5 dias para oferecer
denincia, contados do recebimento do IP. Escoado tal prazo
sem que 0 MP se manifeste, o ofendido ou seu representante
legal, a partir do 6° dia, tera legitimidade para propor queixa
subsidiaria.
Esta decadéncia ¢ chamada de decadéncia impropria, pois
escoado 0 prazo do ofendido ou seu representante legal para
promover a queixa subsidiaria, 0 MP continua podendo
propor a acdo penal publica em relagao ao referido fato
re iy
Colts questdes ET iclesal TIM 4G 20:09 a eye |
4 Resumos Resumo IMETES
denuncia, contados do recebimento do inquerito policial ou
das pegas de informacao, se houver dispensado o IP. Escoado
tal prazo sem que o MP se manifeste, 0 ofendido ou seu
representante legal, a partir do 16° dia, tera legitimidade para
propor queixa subsidiaria.
Tratando-se de acusado preso, o MP tem 5 dias para oferecer
denuncia, contados do recebimento do IP. Escoado tal prazo
sem que o MP se manifeste, o ofendido ou seu representante
legal, a partir do 6° dia, tera legitimidade para propor queixa
subsidiaria.
Esta decadéncia ¢ chamada de decadéncia impropria, pois
escoado o prazo do ofendido ou seu representante legal para
promover a queixa subsidiaria, 0 MP continua podendo
propor a acdo penal publica em relacdo ao referido fato
delituoso, desde que nao se tenha operado a prescrig4o ou
outra causa extintiva de punibilidade.
BIBLIOGRAFIA:
Aulas transcritas do professor Bruno Trigueiro
AVENA, Norberto. Manual de Processo Penal 3° edicao;
Método; 2015;
TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues; Curso de
Direito Processual Penal. 12° edic&o; Saraiva; 2017.
REIS, Alexandre Cebrian Araijo; GONCALVES, Victor
Eduardo Rios; Processo Penal — Parte Geral; 20° edic&o; Sao
Paulo; Saraiva; 2016; v 14. (Colegao sinopses juridicas)
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