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CAPITULO 8 \ Tutela da Urgéncia e a Tutela da Evidéncia no Cédigo de Proceso Civil de 2015 sans noch -2 agar UTAMOSHRcASRaGO KITA __otucxstasatoraa rosin. 3 TA Posh CATR TE fab GN COUT ROEMEONATUTEADEURCIC ATTRA RUN VEER TA DNS DE URN DE 8 BECO =A PRORSORA~10OMPTNGA=1, OSE Leonardo Greco‘ go de Processo Civil de 2015 dard a tutela cautelar um tratamento te diferente do que fora adotado no Cédligo de 2973. Enquanto este titimo ou a0 processo cautelar 0 Livro Il, apés regular nos Livros |e Ilo processo nto € 0 processo de execucdo, disciplinando num primeiro capitulo igerals sobre a matéria e o procedimento cautelar comum e desdo- segundo capitulo em quinze secdes sobre os procedimentos cautelares © Cédligo de 2015 dedicou ao que denomina de tutela provisdria 0 sa Parte Geral, desdobrado em trés tulos, respectivamente sobre as gerals, a tutela da urgéncta e a tutela da evidéncia (arts. 94 a 311). ‘além de disposigbes gerais sobre a tutela da urgéncia, antecipada ou jbdivide-se em dois capitulos sobre a tutela antecipada antecedente pa tutela cautelar antecedente. Procedimentos cautelares especiticos pre- igo de 73 foram simplesmente previstos no artigo 301 (arresto, se- arrolamento de bens, registro de protesto contra alienacdo de bem), ou na Parte Especial do novo Cédigo, como a producio antecipada da pro- lamento e a justificacdo (arts. 381 a 383) e a exibicio de documento ou 396.2 404) no capitulo das provas, a homologacao do penhor legal no sobre os procedimentas espectais do Livro | da Parte Especial (arts. 703 a notiicagbes, interpelacbes e protestos no capitulo dos procedimentos de UTELADAURGENCAE ATUTELAOAEDENCA NO CODIGO DE PROCESSOCIML E015. opt-an a "NOVO CFC DOUTRINASELECONADA, x 4-Racedinerto pain Tae Peseta prt Jurisdigdo voluntéria (at. 726 a 729). discipina de procedimentos ov a mengag 2 providénciasnitidamente cautelares também se encontram, entre outros, nog Antgos seguintes: 495, § 1, Inciso il, 828 sobre o arresto; 749, $1, sobre o amg. lamento; 536, § 1 € m, 538, 625 € 806, § , sobre a busca e apreenso; 83,399, 5 a, 337 incs0 Xl, 50, ino IV, 52, 525 $5 6 € 10,558, 6, § 678, Dard “nico, 704, incs0 W, 708, § 3 840, nso I, 895, § 1, 896, § 3%, 897, 90,8, nc 1, 917,86 e915, § a, sobre a caucio; 77 inciso Ve § 7, sobre oatentado; 707g za sobre a regulagdo de avaia grossa; ¢ os artiges 766 a 770 sobre a raticagy dos protestos martimos e dos processos testemunhéveis formados a bord a vo naquilo em que essas provdéndas possuem regras préprias enunciadas nes, 55 € em outros dispostves, ou em que a sua propria natureza o impeca, a elas devem aplcarse as regras Constantes dos artigos 254 a 311, como regras gers aplicvels a todas as hip6teses de tuteta provis6ria. Assim a instrumentalidade € a revogabilidade, caramente decorrentes dos artigos 293 295, sio também, de um modo geral,caractersticas de todas as medidas eautelares reguladas oy Drevistas no novo Cédigo. por iss0, parece-me que a nogio de tutela proviséria aqui adotada, além da vinculacao & sumariedade da cognicio, como veremos, restaura a idela de isoriedade difundida por CALAMANDREF, como intrinseca @ instrumentalida Fe ov seja, como uma funcao normalmente acesséria da jurisdigdo de conheck- thentoe de execuco, que se destina a servir a um processo principal, do qual é Tnecedente ou incidente, dai as referncias expressas que os artigos 296 € 259, fo tito | sobre 2s disposicBes gerais, fazem ao processo principal, seja ela tutela a urgenca ou tutela da evidéncia sa Mas a devida compreensio dos dispositivos constantes dos artigos 2942 313, impde a explicacao de uma nocio, que o novo diploma adota, de abrangénca mais ampla do que a de tutela cautelar, a nocio de tutela proviséria, abrangendo FICAGAO DA TUTELA PROVISORIA. a tutela da urgéncia, cautelar e antecipada, e a tutela da evidéncia 3.CLASSIFICAG) ‘ ‘Dos dispositivos ora comentados, observo que 0 legislador do Cédigo de ois adotou classificacio da tutela provis6ria por trés critérios: o critério da na- 2.NOGAO DETUTELA PROVISORIA. 7 fureza,o critério funcional o critério temporal Ocritério da natureza da providéncia pleiteada divide a tutela proviséria em tutela de urgéncia, cautelar ou antecipada, e tutela de evidéncia, em que esta parece distinguirse das outras, pela acentuada probabilidade de existéncia do ireito do autor ou pelo elevado valor humano desse direito, a merecer protegio proviséria independentemente de qualquer afericio de perigo de dano. € 0 que Aacontece, por exemplo, com a liminar possesséria ou com a liminar de alimentos provisérios. Pelo critério funcional, é a finalidade preponderante de preservacio ou im plementacio de alguma situacio fética ou juridica, na esfera do direito proces: Sua, para garantir a eficicia da prestacdo jurisdiclonal na causa principal ou, di ‘ersamente, a imediata investidura do requerente no gozo, ainda que provis6rio, Em anterior estudo sobre a fun¢do da tutela cautetar’,recordando a origem da ideia de provisoriedade, difundida por PIERO CALAMANDREP a respeito das providéncias cautelares, sustentei que esta é uma consequéncia da cognigdo nao ‘exaustiva, no permitinde que provimento judicial tutele definitivamente a sh tuacio juridica por ele resguardada, Tutela proviséria é aquela que, em raz dda sua natural limitacao cognitiva, nao é apta a prover definitivamente sobre 0 interesse no qual incide e que, portanto, sem prejuizo da sua imediata eficéca, a ‘qualquer momento, poderd ser modificada ou vira ser objeto de um provimenta definivo em um procedimento de cognicao exaustiva. ‘Ando exaustividade da cognicdo no é, entretanto, a Gnica caracteristica da tutela aqui denominada de provisdria, porque, conforme jé tive oportunidade. 2 Leonardo ee“ nso det cate n Arak de Ms Ean Auvinen ey ogo Marz eres rds Ain ambi, Tereza Avi. (Og) reo Che ea eso Pramerapn oo Profesor Auda Mn. Eo Pau Okra Rea ds bas, 207, p58, 3. eto Caamancre "rocuzone ate sui sitet cel prowediment cue, pee Ce ele Mera, Naot 193 pa 4 “omit con ea’ a evista de rena Proceso an 6 Xp a Dezembro “esos moqra se hos tnd em eon de pesquis de eto Procesal a Universidade Ao tatudo date ca, endereg eebnico waredcon, BM 87635, pp275301 Sem pars 1 185 DA v4: Poca pea Mal ove oy parcial ou total, do bem da Tendo em vista a instrument evidéncia, Assim, teremos: 1) Pelo critério da natureza: zanTutela de urgéncia aa. Cautelar, 1.212. Antecipada. 1.2. Tutela de evidéncia. 2) Pelocritério funcional: 22. Tutela provis6ria cautelar, 2.2.Tutela proviséria antecipada, 2.2. Tutela provis6ria anteclpada de urgéncia, 2.2.2.Tutela provisbria antedpada de evidéncia. 3) Pelo critério temporal: 34. Tutela provis6ria antecedente, 3.1. Tutela provis6ria antecedente cautelar, 3.2.2.Tutela proviséria antecedente antecipada de urgéncia, 32, Tutela provis6ria incidente. 3.2..Tutela proviséria incidente cautelar, 3.22.Tutela provis6ria incidemte antecipada. 3.22.Tutela provis6ria incidente antecipada de urgencia. 3.2.2.2 Tutela proviséria incidente antecipada de evidénca, fa almejado na causa principal, que subd tutela provis6ria em cautelar ou antecipada, podendo esta ditima ainda su dire em tutela antecipada de urgéncia e tutela antecipada de evidéncia, ide intrinseca a tutela provisoria, 0 cr temporal a divide em antecedente e incidente, conforme seja requerida (01 no curso da acdo principal. A tutela proviséria antecedente pode ser ca (ou antecipada de urgéncia. A tytela proviséria incidente pode ser cautel antecipada. A tutela provis6ria incidente antecipada pode ser de urgéncia o pB{AOAURGENCAEATUTELADKEVOENCIAND COOIGODEPROCESOCMA DEES [STICAS DA TUTELA PROVISORIA. ‘meu ensaio de 2007 sobre 2 funcHo cautelar,acima referido, apontl, &tuz Mo pa tradicional, caracteristicas das medidas cautelares que agora cumpre ba perspectiva mais ampla da tutela proviséria, abrangendo a tutela da lea utela da evidencia, a saber, inérca, provisoriedade, instrumentalida nbilidade, fniblidade © cognicao sumria. Inércio € uma das garantas fundamentais do processo civil, segundo a qual a evil somente se exerce por provocacao de algum interessado,nos limites mia por ele proposta No ha jursdiglo ex officio. A inércia € uma garantia fetal da liberdade de todos os cidadaos frente ao Estado e de indepen fe imparcalidade da propria jurisdiclo e de quem a exerce, A lel ndo pode ia inércia,instituindo juriscigbes que o juz exerce por sua prépria inicatva, sr em cas0s extremos em que 0s préprios interessados se encontrem ab- ente incapactados, por falta de consciéncia dos seus direitos ou de meios obiizar 0s seus instruments de tuela, como nas stuagBes de criancas aban fe outras semelhantes, de requerer o exerciclo da jurisdigéo para evitar te perecimento de direito fundamental indisponivel. Ainda assim, nesses ise ndo houver outro sujeito apto a desencadear o exercicio da juriscicao, ive ouiz promové-la, mas, logo em seguida, dedarar 0 seu impedimento para os Ds subsequentes, reduzindo 20 minim o seu exerci por Org estatal despido validade. Na tutela proviséria nto é diferente. Todas as suas espécies constituem pleno pecfco exercicio de jurisdicdo e, assim, somente podem ser exercidas por va de uma das partes interessadas, ¢ no por iniciativa do proprio juiz. esulta do disposto nos artigos 2 e 490, segundo os quais 0 processo cul co ‘por iniativa da parte, sendo vedado 2o juiz proferir decisao de natureza ersa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em no diverso do que Ihe foi demandado. ‘A provisoriedade, no sentido acima apontado, de tutela tempordria de um I direito, esté patenteada no artigo 296, que determina que a tutela de via © a tutela de evidéncia conservem a sua eficicia na pendéncia do pro: 0 principal, podendo, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. Daf resulta que a tutela de urgéncia ¢ a tutela de evidéncia nao tém aptiddo para tela defintiva do provavel direito do requerente, que deverd ser objeto de h provimento no processo principal que a substtua, sob pena de caducidade. ‘aso da tutela de urgéncia, antecipatéria ou cautelar, essa temporariedade & tuada pelas regras dos artigos 303, § 2, ¢ 308, que exigem 0 aditamento da cal e quinze dias para formulacao do pedido principal, no caso de tutela an- patoria, ou de propositura da acio principal em trinta dias, no caso de tutela 19 Novo CRC DOUIRASLEIONADA 4 eee peu Poet ang ADA URGENCIAE ATUTELAOAEVIDENCA NO CODIGO DE PROCESSOCH E015 leone caurelar, sob pena de caducidade da medida provisbria concedlda, 0 cd 2e1s, ndo adotou como eu gostara’ a conservacdo da efcica da medida ay dente, independentemente da formulacio do pedido ou da acho prindal eg alguns ordenamentos europevs jd estabeleceram, prevendo apenas, em d tivo de redacio precéria que comentaremos mals adiante Cart 300) 4 esta lo da tutela antecipada de urgéncia concedida em caréter antecedent, decisio que a conceder no for interposto pelo requerido 0 recurso de a 4 instrumento, Hoe apa esse dsosive nea de edna, ol re incdente, nao antece im, nela nun 4 Sempre indent, no antecedent, Asin, els nunca ocrer esa ‘feito, parece-me insuperivel alco de GALENO de que nem sempre @ Nsutear (agora tutela de urgénca) tem caréter instrumental, esgotando~ Wyezes em si mesma ou dispondo de uma instrumentalidade meramen- ou remota, que no a vincula de imediato a qualquer causa principal. Se vezes tem sido caracterizado como a pretensio a seguranca, ainda soria, que no se restringe necessariamente apenas a procedimentos Tencios0S®. Por outro lado, a busca da seguranca da relacio juridica ou pode fundamentar wma tutela suméria que esgote a pretensdo ta do requerente, como se vé nas notiicagbes, protestos e nas justiica- veripor isso, no possuem instrumentalidade imediata as tutelas de urgéncia te recepticias, que no sendo restitvas do gozo de direitos por parte Tequerido, nfo caducam, se, no sendo incidents, ndo se seguir a propos: ido pedido principal em quinze ou trinta dias. sa instumentaidade direta fata sempre tém as tutelas provisbrias incdentes, assim como as tuelas las de urgéncia antecedentes, quando restritvas de direitos. orrente da provisoriedade e da instrumentalidade das tutelas provis6rias cia ou de evidéncia € a sua revogabilidade. 0 art. 296 do Cédigo de 2015, duzindo disposicao ansloga do 807 do Cédigo de 1973, a prevé, sem limita- arece-me Sbvio que pela sua propria natureza, estdo excluidas dessa pos- dade de revogacio, apés a sua efetivacdo, as tuelas provisrias de seguran- to & prova e recepticias, como as que se destinam apenas a documentar omuticacdo de uma manifestagdo de vontade, producao antecipada de prova, ificacio, notfcacées, Podem elas ser anuladas, mas ndo revogadas, porque © to jd se produziu e ndo pode mais ser revertido. Cabe esclarecer, entre~ fo, a respelto da revogabilidade, algumas quest6es jé suscitadas na vigéncia Cédigo de 1973 € que sobreviverdo na vigéncia do Cécligo de 2015, tais como cessidade ou nao de requerimento do interessado, de processo autonomo vyeicular 0 pedido de revogacao e de audiéncia da parte contraria. _ Cumpre observar sobre essa questo que 0 artigo 301 do Cédigo de 2035 “feproduz a capciosa regra do § 2° do art. 273 do Cédigo anterior, que parece ‘edara concessio da tutela antecipada de urgéncia, quando hover perigo de it sibidade dos efeitos da decisao. Interpretada lteralmente essa disposicdo ntaria verdadeira afronta 2 garantia constitucional da tutelajurisicional “eletva, inscrita no inciso XXXV do artigo 5° da Constituicao. Os fatos pretéritos ka sHo reversiveis. E 0 gozo pretérito do direito também nao pode ser rever- ~ tido. No maximo, a revogacao pode alterar a situacdo fético-juridica para o futuro € determinar a responsabilidade por perdas e danos em relacao aos efeitos jé © bdo de 205 restaelece 0 entendimeno da doutina trad Bund a qual provsoredade est sempre vila wstuentlade made quea tueaprovs, de ugenaou de evden serd sempre ea rada uma funco acesséria em relacdo a uma outra modalidade de tutela, e¢ nitiva ou executiva’, Essa doutrina foi adotada pelo Cédigo de 1973, que, em: a 7s, eratrzou o proceso cautelar camo dependent de oars agora repro no culo de 20s, que determina qe ses oy ea antecedente ou incidente (art. 294), que a sua eficicia esté ser au process pial a 290) eau a causa pina a sua competéncia (art. 299). reper oa ‘Cumpre aqui recordar a critica de fundada doutrina a a essa acessoriedade {tutela cautelar, que agora passaré a ser componente da tutela de urgénda, CAEN LACERON* resin esa acesoidade 3 proven 0 ade as provdéncias cul de jusico contends, no 3s medidas cautelares de use vl como as notificacées eas justificacBes. Mais radical, OVIDIO BAPTISTA DA Sik stead un ute auonona sexe, despa de Penso que essa doutrina deve continuar a refleir de a do ar a refletir de algum modo na exe do Cédigo de 2015, nao obstante a sua categérica opcao pela instrumentalidad © consequent acessoriedade da tutela provis6ria, de urgéncia e de evidénda, © Yo men id se in ae cer 1 cette ores ere laanr sc. ane Cama ion ers pt i soe a pet re tes, 1944, D. 387; € Humberto Theodore fini, rocesso caueay, 1 Clr nr Conn anc eres YL Man Frnt > 066k tpn hse ono 90 oc ose er Bi. 25 Gira tle de Serene ¢ aad fut urtomenas do nels eee sara, Sto rua, 36. 10 1 _ATVIELADAUNGENCIN ATUTELADAEIDENCA NO CBDIGODE PROCESO ML E25 lero ae NOvOCRCDOUIHIASLECONADA. 4: certs gel Posies Van ‘er nnaamonsonn x ‘exauridos. A doutrina e a jurisprudéncia se encarregaram de dar &irreversibi deo sentido de um juizo de ponderacio entre o perigo de dano alegado pelg uerente e aquele a que ficaria sujito 0 requerido caso concedida a medida Urgéncia, Assim, devera seguir senclo interpretado o dlispositivo co novo Cé s¢ » a 5° do artigo 304 deixam caro que somente por meio dessa nova fer ser anulada, revogada ou modificada a tuela antecipada es- Hssim, nessa hipétese, de tuela antecipada antecedente estabilizada os do artigo 304, nfo pode o juz de ofio revogar a qualquer tempo a provisoria, nao se aplicando a regra geral do artigo 296, inclusive porque, os dois anos da ciéncia da decisdo que estinguiu 0 processo, incorrerd madencia 0 direlto de propor a agio revocatria(§ 58), ou seja,sobreviré tea coisa julgada. ce-me evidente que esse prazo de decadéncia néo se aplica as senten- ‘Quanto & necessidade de requerimento do interessado para a sua fo, cabe observar que o Cédigo de 2015 criou no artigo 304 um regime esp sto, nada tn i nce te a 5 ncn : inaivas, quai sejam aquelas que dpdem sobre rages uraeas Ree ee ea au se ther havido moda do estado de fata ou de deo (an cso D. propositura de nova demanda ndo significa necessariamente, em minha 1, que a deciso antecipada somente possa ser revista a final desse novo fento comum, podendo a revogacio ser igualmente antecipada, até o liminarmente nessa nova aco ou em procedimento a ela antecedente, iados o furus bon! juris e 0 perlculum in mora. Anal, a uma conexdo ya entre 0$ dois procedimentos, reconhecida pelo legislador ao conside- prevento para a demanda revocatéria 0 juizo em que a tutela antecipada foi eedida ¢ 20 prever que os autos do procedimento antecedente poderao vir a ira peticao inicial da nova demanda (§ 4). Quanto a revogablidade das demais modalidades de tutela proviséria, aco- tadas pela regra geral do artigo 296 que a admite a qualquer tempo, ouso \dar que nas hipéteses de tutela cautelar ou antecipatéria, de urgéncia ‘evidéncia, possam elas ser revogadas ou modificadas a qualquer tempo pendentemente de cemanda auténoma, mas sempre a requerimento do in do, ¢ ndo de oficio pelo préprio juz, porque, em qualquer caso, se trata ‘exercicio do poder jurisdicional que, salvo disposicao expressa dle lei, deve provocarao do interessado, Ido ha necessidade de processo autOnomo para essa revogacio, que po- ser apreciada e decidida nos préprios autos da medida cautelar ou do esso principal. Entretanto, salvo qualificada urgéncia, a revogacdo devera recedida da indispensével audiéncia das partes que poderao formular ale- es, propor e produzir provas antes de uma definitiva deliberacao judicial. Tratemos primeiro da hipétese do art. 304. De inicio, merece enc orientacio do novo Cédigo de nao permitir a formacao da coisa julgada em da estabilzacao da tutela proviséria. Todavia, ao contrario do que a redacdo antigo sugere, parece-me que a estabilizacio ndo pode resultar simplesmente: ‘io interposicao de recurso contra a liminar concessiva do provimento ant Patério, mas também necessariamente do nao oferecimento de contestagio, Drazo a que se refere o artigo 303, § 1°, inciso I. Com efeito, se, no da iminar, 0 réu, ctado, se defende, o direito & tutela jurisdicional efetiva e arantias do contraditério e da ampla defesa (artigo se, incisos XXKV e LY, Constituicao), Ihe asseguram a possibilidade de que a revogacio seja deteim hada, caso acolhida a sua defesa. Por outro lado, se, concedida a tutela liming mente, o autor aditar a peticao iniial para “confirmar o pedido de tutela fina 0 réu nao recorrer da liminar, nem contestar a aco, 0 processo seré ext (an. 303, § 2), ficando prejudicado 0 pedido principal por falta de um proviment final, € estabilizada a decisdo liminar sem colsa julgada. Se apesar da auséncia recurso, tiver 0 réu contestado a a¢io, 0 provimento provisério no se estabi evendo sobrevir, em qualquer caso, sentenca sobre o pedido de tute fin Se este for julgado improcedente, a tutela antecipada estara automatica revogada, por aplicacao anal6gica do disposto no artigo 30, incso I, indep dentemente de aco revocatéria especiia, exigita no artigo 304. (© mecanismo engendrado constituiré extraordinario desestimulo a pi tura da tutela antecipada em carster antecedente, porque ficard prejudicada Pedido principal do requerente pela inércia do requerido, tendo aquele decor tentar-se com a decisao concessiva da antecipacio que, apesar de estavel, nd0 fara coisa jlgada, pois revogavel por acto de iniciativa do requerido. Detenhamo-nos agora nessa aco revocatéria de iniciativa do requerido 0 do préprio requerente, se este quiser modifcar o contetdo da tutela antecip ddamente concedida e nao impugnada pelo requerido. Tira 2 alto da enero dessa as tad © a det dos eis para impure, meu "So “Cote suri ex gnc, a Revi On Je Bret Pres, ano 6% ho 3 erere cea, ropa de orraduact ea Beeto aa de pestusa de Deo roel “ied do esado do ode ane, enereo enc wwnsedp com P2530) m w NOVOCFCOOUTANASELECIONADA, 4 Recdmeros pula Pov ¢De Taring {LAOAUNGENCA EATUTELADAEVBENCANO COOIGO DF PROCESO DE2015 “con ATUTELAON PTE TaaPaowon ‘20 momento ulterior, & substituicgo de tutela anteriormente concedida. mueo reprodue exigéncia expressa de que a concessao de medida cautetar or da que foi requerida seja condicionada a menor onerosidade para 0 ido. 0 juizo de ponderacdo entre 0 perigo que assola o requerente © oderd incidir sobre 0 requerido caso a tutela cautelar seja deferida eer sempre efetuado pelo juz, ndo s6 para decidir se concede ou nao ipretendida, mas também para efetuar a escolha da providénda mais fe proporcional. A revogabilidade pode resultar de novos fatos e novas provas ou do's reexame pelo juiz dos fatos e circunstancias apreciados por ocastio da, cessdo. Uma nocdo mais restrita de revogabilidade, que limite a retratag juizo de concessdo ou de denegacao ao surgimento de novos fatos ou de provas, se, de um lado, confertia mats estabilidade as relacoes juridicas Fial e processual entre as partes, correria o risco de frustrar 0 acesso & t Jurisdicional efetiva de interesses merecedores de proteclo, j que no se p fesquecer que, tanto uma quanto outra (a concessao ou a denega¢io), sio sultado precirio de uma cognicao incompleta que, por isso mesmo, deve se estar sujeita a revisdo das suas conclusdes. va tutela antecipatéria, de urgéncia ou de evidéncia, a adstricao € mais Be et satae ovecate de pedi sobre asirllo a0 req oi oe Crosbia de proddénce de eo materi, dedaratr, Be eee nals seb pose cometer proves ders aan ner de dour a pesto fa cemanta ede roaco de Fee ee voane pls cna tals anccsita 1 ca Sere iar ¢a douse dpeniboni Tania a cer eens cnn nes ais os ceted ou coerineno Beet ond ra nae apes ac acd ea 0 poss sm, pe sce eco tro dos mets cons ob Bt patoran nals aeteados o oaces Por esse mesmo fundamento, reitero aqui a opinio que jé manifesta respeito do pardgrafo tinico do artigo 808 do Cédigo de 73 de que viola @ gara constitucional da tutela jurisdicional efetiva a disposico do pardgrafo tnica artigo 309 do Cédigo de 2015, que somente permite a reiteracdo por novo ‘mento de medida cautelar que tenha caducado. Tanto a medida indeferida, a que tenha anteriormente perdido eficécia por qualquer motivo, no pode t xar de ser novamente examinada e concedida se concorrerem o fumus bot € 0 periculum in mora. A cognicio anterior foi incompleta, sujita a erra, A aqui crticada ¢ justfcada na boa f€ e na conveniéncta de dar certa estaba A relacao jurfdica entre as partes antes da decisao final da causa principal. ‘retanto, nio pode tornar-se obsticulo & obtencao de tutela cautelar a quem monstre dela necessitar em face de um perigo atual, pouco importando se tico requerimento foi anteriormente indeferido ou se foi concedido e caducou. A caracteristica seguinte da tutela provis6ria & a fungibilidade. A ela se fere expressamente 0 artigo 297 do Cédigo de 2015, que dispae: “0 juz pod determinar as medidas que considerar adequadas para efetivacio da tutela p vis6ria”. fungiblidade entre as tutelas de urgéncia, antecipada ou cautelar, também orizada pelo artigo 297, e repetida no paragrafo Unico do artigo 305 na hip6 de cautelar antecedente que o juiz entenda ter caréter de tutela antecipada. ‘de inexistr previsdo expressa de medida antecedente proposta como an: ia que o julz entenda ser cautelar, ou de medida incidente que proposta } uma denominacdo, tenha a natureza da outra, parece-me que o disposto 297 € suficiente para autorizar a fungiblidade entre a tutela cautelar e a 7 ada dle urgéncia em qualquer caso. Parece-me que 0 novo dispositivo tem alcance diverso, conforme se trate tutela proviséria cautelar ou antecipatéria. Na tutela cautelar, como na exec (art. 805), a adstricio se limita a0 pedido mediato, ou seja, a0 bem da vida, Interesse que o autor pretende proteger, a0 objeto da tutela, nfo ao meio Drotecio, & providéncia jurisdicional requerida para alcangé-la. bém entendo possivel essa funglbilidade entre a tutela de urgéncia a tu evidéncia, embora esta Gtima nunca tenha caréter antecedente, desde que edido formulado iniialmente preencha os requisitos da tutela a ser concedida ‘Acognicdo suméria também & caracteristica da tutela proviséria. Sumaria é a io que sofre limitagBes quanto & sua profundidade”, para através de um Superficial e incompleto poder extrair rapidamente uma conclusao a respei- ecessidade da medida, Segundo KAZUO WATANABE, nos procedimentos su 8, Sejam ou no cautelares, o legslador prefere a celeridade a perfeicao”. ‘Afungiblidade ex-officio, seja no momento da concessdo, sefa em sua ut substituigdo, visa a equilibrar os interesses em jogo, resguardando a0 ‘tempo e com 0 maior alcance possfvel,o interesse do requerente a tutela ps ida com 0 interesse do requerido, do qual ndo deve ser exigido sacrficio m do que 0 necessério, 0 legislador de 2015, mais claro e categérico do que 0 de 1973, nfo ta redacdo que pudesse comportar interpretacio restritiva da fungiblidad Tanto wassabe on cps prc ce, Sra, So Pal, 20, p12 Oh cs pas 194 OVO CPC DOUTRINASELECONADA. x4 racder pec Tt Poe Deo ‘pare -TUTAAPwONSOM se pTUT.ADAURGENCEATUTELADKEMBENCANO ODIO DEFOCESIOCM aon Geo © mesmo autor, em sua déssica monogratia, dassifia a copnilo', np horizontal, quanto ao objeto cognoscvel, em plena e limitada ov para Plano vertical, quanto & profundidade, conforme a cognigio do juz stra g limitagbes. PROVISORIA DE URGENCIA, CAUTELAR E ANTECIPADA. dea reforma processual de 2994, 0 processo chil brasileiro passou a con- ois tipos de ttela provs6ria instrumental: atutea cautelare a tutela Ma. A doutrina dominante assentou uma diferenca substancal entre as Mirela antecpada corresponderia sempre a uma decisdo interlocuéria de fo provséri, no todo ou em parte, do pedido formutado pelo autor, “arequerimento expresso deste e tendo em vista a acentuada proba da sua procedéncia, & luz dos fundamentos € provas produzidos pelo te, acolhimento este que seria ratiicado ou no na ulterior sentenca Mrpeao de satisfatvidade fol utlizada para caracerizar a tutela antecipada. fp cautelar consttuiria uma providéncia de protecao do préprio proces: fssegurar a eficécia da dedisio final sobre o direito material, mas no Mmedida de acolhimento do pedido principal. A tutelacautelar pode ter por Admite, com apoto na doutrina majritéra, que, se a limitacto opm Jule resulta da inércia ou da concordancia do requerido, a cognicdo p considerada exauriente quanto & profundidade, apta a gerar a cosa ju Numa posigdo mats radical, que, me parece bastante consistent, PROND cxige, na cognigio exauriente,o éfetivo exerio do dirito de defesa pelo Independentemente dessas dvergéncias doutrindia,€ pac na douting na cogniclo sumria se forme um mero juizo de probabildade ou de ver milhanca, ou um juzo sobre a aparéncia do dieito", em contraposigio a Dossiveljuzo de certeza que decorreria da cognicao exauriente na juried Conhecimento.Conforme jf tive oportunidade de acentuar, no process jd Mo via providéndia instrt6ria do processo em curso, como uma produ- Seja ele de conhecimento ou cauear, poucas sto as decsdes efetva grecipaca de prova, ou uma medida assecurt6ria de bens ou de stuacbes dladas num autBnenjulzo de certeza, ou sea, um hizo de absokt © Hes ec ccemurara eficicia éa dedsio final no processo principal, mas tével evidéncia da existencia dos fatos ou de existéncia do direito reco rep mesmo conteddo do acalhimento do pedido principal, porque no nas relagdes juridicas. Por mais completa e profunda que tenha sido ait nak Cédigo de 2015 consolida essa evolugdo da tutela proviséria no direito Gio dos fatos ou a andlise das quest6es de direito, normalmente a conclis juiz na jurisdicao de conhecimento resultaré de um simples juizo de malor ro, procurando darthe tratamento mais sistemético, de modo que fiquem as disposigdes que Ihes so comuns e as que sio exclusivas de uma babilidade de uma versdo e de menor probabilidade de outra e no de um de certeza completa. De qualquer modo, a cognigao é considerada erat ‘utra espécie e, para esse fim, subdividindo-as, pelo crtério funcional, Porque no momento da formagao da decisfo niio hé mais qualquer arg caulelares e antecipatérias ou antecipadas, e, pelo critério da natureza, em ide urgéncia e tutela de evidénda. (ou prova que ainda possa ser trazido a baila para influrutlmente no julga “OCéaigo nao define expressamente tutela cautelar e tutela antecipada. Essas es, extraidas da dovtrina e da jurisprudéncia anterior e acima sintetizadas, obrem veladamente em alguns dispositivos. Assim, o artigo 301, estabele- ‘que “a tutela de urgéncia de natureza cautelar pode ser efetivada median- A simples caracterizacdo das tutelas de urgénciae de evidéneta como tut proviséras resulta do reconhecimento de que sio 0 fruto de uma cognicio exauriente. A sua instrumentalidade, provisoriedade, revogabilidade (arts. 297 € 299) e fungibilidade (art. 297), explicitadas nas disposicdes gerals do ll ‘do Cédigo em que estdo disiplinadas, evidenciam a sua inaptidao & formagio esto, sequestro, arolamento de bens, registro de protesto contra alienacao cols jlgada e a limitaglo cognitiva que podera ser superada, no mesmo ou fe qualquer outra medida id@nea”, dea caro o cardter assecuratério ou ‘outro processo, pela cognicdo mais ampla. ? tivo endoprocessual dessas medidas, ao concluir que sempre se dest ma “asseguracao do direlto. {se cardter endoprocessual da tutela cautelar também transparece na au- de previsao de establizacio da medida proviséria, com a previsio ex- 40 contrério, da sua caducidade se no proposta a a¢do principal (ar. nis ). Jo cardter de juigamento provis6rio do pedido principal, na tutela antec- resulta necessariamente do artigo 303 que identifica o pedido de anteci- slo com o pedido principal, embora permita que este venha a complementar 1a Oh-ot pp sites, 25 Ato Cra (ac, onl sommeria in xopa-Sud, over El, apo 2012, 2238 Ades Proto Psa, "opu aa tla sonearia te de ae onda © dere conden, el ‘es Spc = soa oflera Wai el a sale. ven Mpc. pp 9, 21. lero Clamaare oe p 2, 197 [NOvOCFC DOUTHINA SELECIONADA. 4 racdentor Epc Toi Dial Tig, © primeiro, € do artigo 304, que prevé a establlzacdo da tutela provist regulagao da relacao juridica de direito material entre as partes, Nao reproduz 0 texto as expressdes caracterizadoras da tutela antedh cunhadas no artigo 273 do Cédigo de 1973, a saber: “existindo prova ineq “verossimilhanca da alegacdo”. Quanto & consisténcia dos fundamentos: e juridicos, nao hi mais distincao entre a tutela antecipada ¢ @ tutela eq conforme jé se sustentava anteriormente™, e tampouco qualquer indicagao.q to ao grau de convencimento para a concessao da tutela de urgéncia. 0 300 exige apenas para a sua concessao que haja “elementos que evidenci probabilidade do direito”. Continuo a entender que, em face da sumatiedad cognigao, da possibilidade de concessio inauclita altera parte, essa pro dade deve consistir numa convicgdo firme com elementos objetivamente simeis e consistentes. Quanto ao periculum in mora, note-se que 0 Cédigo de 2015 a ele Se re ‘n0s artigos 300, 303 © 305 como “perigo de dano ou o risco ao resulta do processo”. Sdo expressbes equivalentes as de “fundado receio de que parte, antes do julgamento da lide, cause ao direlto da outra lesdo grave dic reparacdo” e “tundado receio de dano irreparavel ou de dil repa ‘consagradas nos artigos 798 e 273 do Cédigo de 1973. € a urgéncia, a situacdo de perigo iminente que recai sobre o processo,. a eficacia da futura prestacao jurisdicional ou sobre o préprio direito me pleiteado, que torna necesséria a tutela cautelar ou a tutela antecipada snc, tendo em vista a volvimento e da conclusdo normal da prépria atividade processual cogni executiva. CALAMANDRE chegou a sustentar a necessidade de um juizo de cen perilum in moro para a concesszo da providencia cautla.€ cic magia certeza do perigo que, em si, uma mera probabilidade, embora acentuad ligdo do mestre deve ser compreendida no sentido de que, a respeito do calum in mor, o juz deva formar uma convieto ime de que o dano in mente ocorrera, ou sei, um juizo de iminénla do dano, caso atutela pro rao sefa rapidamente concecida e eftivada. ‘Test ober dos Samos Bedaque, tela cutee tel anecpde ease de uc the de senate tae, So Pal, 20, pat, 1% Oh. 20 188 are. OA URGENCAEATUTELAONEIDENCA NO CODIGO De PCESEO CL DE 7015 wan nande de uct como con-catel ext cote 0 § 2 a eae pola dma «po uprated 2 pena em ace a hposenca va pare eres te a concessio liminar ou apés justificacao prévia da tutela de ur- Te re as eas cae are oe oem “ao, possa tornar a medida ineficaz. avaliacio da oportunidade da OE ee Borat neliereentes FE ee eee co airieaereueene Neer ese cane sen hee pce om ee eet eee ee mace neal ne crcadce aicea diets to cmondro ch ater ape avec pouco relevantes diferencas de reda¢ao, o artigo 302 impée a respon- ide do requerente da tutela de urgéncia pelos danos que causar a efetiva- medida, caso a sentenca final Ihe seja desfavordvel, se, obtida em carder inte, nfo tiver ele promovido a citacao do requerido no prazo legal, se a ‘caducar ou Se 0 juz acolher 2 alegacdo de decadéncia ou de prescricao. ine rebelei contra o entendimento da doutrina dominante™ na vigéncia ide 1973 de que essa responsabilidade fosse objetiva, No siléncio dale, jo que a norma deva ser interpretada em consonancia com o sistema de sabilidade por dano processual, que impede que o cidadio tenha inibido diteto dle acesso & justica por riscos imprevisivets, salvo se tiver agido com ov culpa. ce-me que a doutrina europeia, alema e italiana, que difundiv a tese ponsabilidade objetiva do credor na execugdo e no processo cautelar, se numa premissa que hoje ndo merece mais acolhida, qual seja a de 15 modalidades de tutela jurisdicional seriam excepcionais e comple- sem relacdo A tutela jurisdicional de conhecimento. Dai o recurso a do risco judiciério, como se anormal fosse a situacio em que o credor 1 devedor por forca da execu, ou em que o requerente colocava 0 ido da medida cautelar. Na verdade, o que essa doutrina chama de risco io nao tem qualquer correlagdo com o risco como fundamento da res- sabilidade civil objetiva, Neste, 0 causador do dano € responsével perante pelos prejufzos decorrentes de atividade que the € proveitosa, vanta- - Se aufere os lucros e beneficios da atividade, que gera risco de prejuizo a deve objetivamente ressarcir esses prejuizos, independentemente de ec ane, roces scone, vol, CEDMM, Pago, 15.7. Caen Lacerda, Comes Fas gs reso Ch, vl, terest, i, 2 ed 18, PE. 03 19 —— [NOVOCFCOOUTANASELECIONAD, 4 acinar Epi ase Pov elo Tans culpa, Se tem os bonus, arca com os Onus. Diferente é a situaco do credor romove a execucao ou do requerente da tutela de urgéncia. Ele nao auf Renhum beneficio, no plano do direito material, da instauracao do. pre que néo representa para ele nenhuma atividade de que Ihe resulte um Proveito ou um novo lucro. Ao contrério, exerce ele um direito constituion mente assegurado de perseguir em juizo um direito pré-existente. Por issq, Fesponsabilidade objetiva, defendida pela doutrina, € a meu ver incompat om 0s direitos e garantias fundamentais. Com efeito, a paridade de armas, bereuss4oprocesual do princi consttucional da sonoma, encontra ata também na tutela de urgéncia™. 4 Mas a responsabiliade objetiva vulnera também 0 dreto de acesso 8 tiea do requerente Constuicdo, artigo 5, inciso X00), eriando obstéculo men. surdvel ao exercicio do direto de a¢do. Com efeito, os rscos que ltgante de bboa-fé enfrenta em decorréncia do ingresso em Julzo devem existr apenas plano do direto processual eho de ser prédeterminados e mécicos, iitan -3e aos encargos da sucumbéncia, para que, devidamente sopesados pelo a antes do ajuizamento da demanda,inluam objetivamente na decisto de vi iuizo, rereando apenas o litigate temerétio, eno ctiando efeto inti excessivo em relagio aquele que tem convicgdo do seu direto, Acresca-se que dos riscos da sucumbéncia 0 autor necessitado pode livrar-se através do benef lo da assisténciajudiciéria gratuita. ’ Ora, a possiblidade de recair sobre o requerente da tutela de urgéncia a condenacao a ressarcir prejuizos ilimitados sofridos pelo requerido, ainda que tena itigado de boa-fé, com plena convicgao da existencia do seu direito, con tiuird io a0 exerccio do direito de acesso a Justica, equiparanda 0 comportamento lcto ao iliito e sujeitando quem exerceu direito consttucional- ‘mente assegurado ao risco de perda patrimonial de alcance imprevisivel Assim, somente se comprovada a ltgancia de mé-fé (art. 79), incorreré 8 requerente na responsabiidade prevista no artigo 302. ‘6, PODER GERAL DE CAUTELA. ‘As medidas cautelares inominadas passam a constitur a regra geral e nid mais admitidas apenas em cardter subsidifrio das medidas cautelares tpica, como parecia pretender o legislador de 1973, acobertadas pela norma ampla artigo 296, que faculta ao juiz “determinar as medidas que considerar adequadas 2 Talo aan e useppe Venera mode cotton del prose la,Gcapidel Toxin 990,94 ILA DAURGENGAEATUTELADA EDENCIANO C0160 PROESSOCMLDE2DS _ tern ao dattela provs6ria", Manteno aqu a minha preoupadio de par feveque em branca” que 0 liladorconere ao jue ma ttla prov es jossa contrariar o principio da legalidade, constituindo-se em instrumento Ma de mtervencio estatal nas relagBesprivaas. Ni tenho a mesa pe toe dma ttl atecipaa, de urge ou de evident, porqe apesar saree a 7 0 pedo fina, por ela anecipae, sempre tera suport 10 Coenen jr, {yam & tela provsiriacautetay,apesar da amplitude do enundado do anisgy paeceme sue esa seta dol nites iransponves: rier Pim dace humana; o segundo a impesbiade de adotarcatlermente ammo que io poder tr adoado staves de um provnerto defy ‘k dignidade humana 6 um limite intransponivel porque tanto 0 Estado quamo 05 pariculares t8m de respeitéa, Por ovtro lado, 0 julz nfo pode ilecretar medidas de intervencio ou de restrigdo na liberdade © nos direitos fondamentais dos individuos para assegurar o resultado cil do processo que le nfo estivesse legalmente autorizado a adotar, porque ninguém pode ser fpbrgado a fazer ou debar de fazer alguma coisa a nao ser em virude de lei (Consivicko, an. 5,1). 0 poder cautelar geral também nao se presta a impedir que a parte contré tia ingresse em julzo com acHo ou execucio ou a obstar a eficécia da sentenca franstada em julgado, salvo nos limites da lei (rt 95). 7.PROCEDIMENTO NA TUTELA DE URGENCIA. Diferentemente do que ocorreu no Cédigo de 1973 em relacio a0 processo ‘autelar, 0 Cédigo de 2015 nao disciptinow um procedimento comum para a tutela ddeurgéncia, Agrupou algumas regras sobre o procedimento da tutela antecipada Aecedente em capitulo préprio (arts. 303 € 304). No capitulo seguinte agrupou disposigbes sobre a tutela cautelar antecedente (arts. 305 a 310). Ndo tratou espe- ieamente do procedimento dessas tutelas quando requeridas incidentalmente. Numa interpretacio sistematica, ouso afirmar que, em principio © com a ressalva do que possa ser incompativel, tudo 0 que o legislador dispde sobre 0 Drocedimento da tutela de urgéncia antecipada ou cautelar se aplica a tutela de lrgénciaincidente, Assim, requerida incidentalmente a tutela antecipada de urgéncia, com ou Sem lininar, se ainda no tiver ocorrido a audiéncia de concliagdo ou de me- fiaglo, para ela seri o requerido, citado e Intimado (art. 303, § 1°, incso I). Se ‘Mio houver auto-composicao, seguirse-4 0 prazo para contestacdo, juntamente 2m a do pedido principal. Nao haverd necessidade de aditar a incial, caso am _pre.ADAURGENCA ATUTELADAEVDRNCIANO CEOIGO DE PROCESO CIALDE2D5 PROVISORIA DE URGENCIAE DE EVIDENCIA. a ee ‘Ccigo introduz expressamente no ordenamento jurdico brasileiro 0 SC ne nae ee ee tutela da evidéncia, que jd vinka sendo sustentado por sdlida doutri- substancial. Se a tutela antecipada de urgéncia Incident tver sido req Heo da reforma processual que cou a tuela antedpada em 199 ! pois da frustrada audiéncia de concllacio ou de mediagio, com ou sem in eect ena serd 0 requerido citado, por seus advogados ou pessoalmente, para Serine Segundo-se a istrugioe decso da medida no procecimento da causa em curs, “nesresso (eka eden) vss ues pretenses de i Ae eos aso eta a pane evens eee, un en ou crass 3 one Uo Mar eso no 0 de tela amteedente,parece-me ue avendo tn seme dete doomenato do cc cedia, orequerido no pret esperara av sao sighs em ue se oper mal do eo oss rs mas la, podendo fazé a ‘a probabilidade de certeza do direito alegado, aliada a injustifica- Ee iCEaton aeeelmmursmeat ’ epee an rose ear crear stented | escae e Senancant, cm pve espe pr 0 Poet ‘Aestabilizagdo da tutela antecipada antecedente, prevista no artigo 304 . i a "jutro, posto que injusta a espera determinada. ‘bém se aplica a tutela requerida incidentalmente. Entretanto, deve esclat ‘num ou noutro caso, como se contaré o prazo para 0 recurso, porque a t ppoderd ter sido efetivada e cientficada a0 requerido antes da cltagao ah caso da tutela antecedente, dependerd de aditamento da inical. 0 p | sp pric ude indica casos em que nko se reveajusta a de ‘mora da prestacio jurisdicioal, merce de inexistir qualquer situ- “Wo seu Curso, critica o lustre Autor a utlizagao promiscua do proceso caute: sm busca de uma tutela suméria de direitos evidentes, argumentando: comtestagdo se conta da cago ou da audi iiagao (ar. 303) aos iat nudtisiaise consacte. (STi cdo de perigo, Tata'se dos casos de evidéncia, dametralmente recorrer da liminar, parece-me que o requerido deve ter sido intimado da ‘Gixintos dos de “mera aparénda” que se encenam no procesto €e citado da acio, pols, enquanto nao citado, ndo pode Ihe ser imposto qua | utelar, Para esses, ainadequacto do procedimento ordinério re- vyelase de pronto, redamando uma atuacdo tio imediata quanto | evidente 0 direto da parte, tal como ocorre com o mandado de No caso de medida cautelar incidente, a ela também se aplica 0 di aie pie ala atinketinitelre rs, leando a sua adogio no anteprojeto de 2010, assim se pronunciot de cinco dias. Em seguida, como o processo principal esté em curso, serd ea i amacorennn ‘truida e decidida no bojo do procedimento Gnico, no se aplicando o p “A novidade também se operou qua i tos de uma parte em face da ovtra Linico do artigo 306. ‘nus processual. Entendeu a comissao que nessashipéteses em que uma parte 05- No artigo 30, que trata da cessacio da efcécia da ttelacautelar at tenta dito evident, nd se reveara juste, 20 Angulo do prin: te, os incisos Ie i também se aplicam & cautelar requerida incidental Bia nom peter asta dail ae saree saber, se “no for efetivada dentro de trinta dias” ese “o ju jugar fe Dias Ue eR aes rope eget te0 pedido principal formulado pelo autor ou extinguir 0 processo sem reso : de mérto”. i © artigo 320, ue trata da independéncia entre atutela cautelare ojulgam Te ake de ogra ace do Ratna indones dels cate ear, Sto | to do pedido principal, salvo no caso de indeferimento daqueta com funds "998, m.96. = a rae eee "eFC de Oreo rcs Ct +e Forens, Hi de nl, 20, 28, Sau seen ie arta. antoparexnanie #e ana cane: 9) lug 2 Nov races hiner), Oo Proceso Ch ts kee en Capea, dente, quanto & incidente. ees de to 21, PB | = I 0 m [NOVO CPCDOURNASELEGONADA, x4 Pocedertos pci Tae ovine Tart ‘re-runs “pd ATUTLADAURGENCAEATUTELADAEMDENCA NO CEDKODEPROESO CL F205 Esses argumentos, allados & analogia feita com o mandado de segu com os ttulos executivos, poderiam sugerir que a tutela de um direito resultante de prova robusta e aparentemente irretorquivel, pudesse timina te determinar a definitiva investidura do requerente no gozo do bem da vi a pratica de atos de invasio na esfera pessoal ou patrimonial do requerido a sua prévia audiéncia. A sua incluso no Ambito da tutela proviséria des esas conclusbes. utela da evidéncia é sempre incdente. Pode ser requerida na incial ou facto avulsa. Neste éitimo caso, a0 réu devera ser dada oportunidade de Ia. Nas hipéteses dos Incisos le Il se a situacao fatico-juridica descrita tor estiver documentalmente comprovada, a elevada qualidade do seu fea reduzida probabilidade de que 0 réu possa vir a desmentia, ensejam da evidéncia por meio de provimento liminar (art. 312, parégrafo tnico) iais(incisos | ¢ 1), a evidéncia resulta em grande parte do comportamen- seu. ov das provas por ele produzidas e, por isso, o legislador nao admite biidade de provimento inaudita altera parte, somente podendo ser con- depois de decorrido 0 prazo de resposta do réu. "a qualidade do direito que justiica a tutelaliminar, nas hipéteses dos ind- el, como jéocortia na vigéncia do Cédigo anterior com os alimentos provi gs e com liminar possess6ra,tradicionalmente apontados como exemplos a evidéncia. A liminar possess6ria segue sendo caracterizada como dalidade de tutela antecipada da evidéncia no antigo 562 do Cédigo de {Eo regime dos alimentos provis6rios € mantido no artigo 693, parégrafo ‘do novo diploma no procedimento que continuaré regido por lei especial 68), vdagacao que me ocorre a respeito dessa concessao liminar é se, embora cao de tutela de evidéncia excua o requisito da urgéncia, consoante est $0 no caput do artigo 323, a sua concessioliminar nao deveria exigi a sua derizaclo. Na comparacio feita por FUX com o mandado de seguran¢a e com los executivos,hé diferencas substancials com a nova tutela de evidéncia de 2035, No mandado de seguranca atiminar impie 0 re- da urgéncia, de acordo com o incso ido artigo 7 da tei 12.036/2009". 0 ‘xecitvo resultou de decsdo judicial ou de fonte extrajucial formal que ru a presunclo de certeza de existéncia do crédito. Por outro lado, na fininar 6ria © nos alimentos provisérios, a urgéncia & evidente, seja pela lesa0 Jameaca 3 posse do bem pelo requerente, seja pela necessidade de sobrevi- mca do alimentando. Com efeito, se 0 acolhimento defnitivo do pedido do autor, em razio da, déncia do seu direito fosse concedido liminarmente, sem a prévia audiénda réu, essa especial tutela da evidéncia seria irremediavelmente inconstituco pois somente a urgéncia, ou seja, 0 perigo iminente de lesio grave ou de di Teparacio a bem da vida de especial valor pode justiticar a postergacio, 2 supressao completa, do contraditério ou do exercicio do dlreto ce defesa, do garantias constitucionais cujo respelto se afigura absolutamente impeto Inafastével. A liminar possesséria e os alimentos provis6rios sempre foram jy ficados pela excepcional relevancia do direito tutelado, constituindo provi Drovisrios, sujeitos a ratificacdo subsequente, apés regular contraditério, ‘versio final do Cédigo de 2015 detineia a tutela de evidéncia em t ‘menos radicals, admitindo a tutelaliminar do di idente em duas hipdt ‘mas vedando-a em duas outras. Em qualquer caso, tratou-a como uma esp de tutela proviséria, & qual se aplicam as regras gerais dos artigos 294 a entre as quais sobressaem a inércia, a provisoriedade, a instrumentalid revogabilidade e a sumariedade da cognigdo. Em todas as hipéteses, a tutela ‘evidncia exige um juizo de probabilidade firme da existéncia dos fatos alega pelo autor, da existéncia do seu dieito e da juridicidade e adequacio do ped ‘ajo acolhimento antecipado e provisorio é pleiteado. Assim, pode definir-se a tutelé da evidéncia, como a tutela antecipada @ acolhe no todo ou em parte o pedido principal do autor para tutelar proviso ‘mente, independentemente da urgénca, provavel direito cua exstencla se ap sente prima facie indiscuv i igo 311 do Cédigo dezo pee eet yee en aie oa oa “ha agdo monitria, em que também se prevétutelaliminar da evidéncla (art. pardgrafo Gnico, inciso i), a oposicéo de embargos no prazo de quinze dias, ‘cumprimento suspende automaticamente a efetivacao da medida até o jul 0 em primeiro grau (art. 702, § 4). As hip6teses taxativas em que € admitida, nos termos do artigo 31%, aquelas em que a evidéncia do cireito do autor se extrai da conduta mali do réu (inciso abuso do direito de detesa ou manifesto propésito protlat da parte) de prova documenta robusta caracterizadora de situacao fatico unl «a acobertada por jurisprudéncia firme de tribunais superiores fxada em Tepetitivos ou simula vinculante (inciso I), de pedido de entrega de bem decorréncia de contrato escrito de depésito Gnciso i), ou de prova documen robusta de situacao fatica de que decorre necessariamente o direito do aut a que o réu nao tenha oposto prova capaz de gerar dtvida razoavel (inciso W) 5 a desoacar ci, ju dea “ower amen leans ed Ine dete ques atspenda ato ave de moto 20 pe, quando impepade pute restr sacha Gn mt 0S a a4 ms Novo CFC OOUTHINA ELECIONADA 4 Present spec sa Pos Di Tai ‘are -TuTLApmOsoa ‘Aqui na tutela da evidéncia a prova documental robusta nao aque q formalmente gere a presungdo de certeza de existéncia do crédito, pois se fosse, ensejaria desde logo a execucdo como titulo executive, Ora, 0 acolhims liminar, ainda que provis6rio, do pedido do autor sem 0 requisito da ur violaria a garantia do contraditério, 0 que, a meu ver, impe uma interpreta <0 caput e do parégrafo ‘nico do artigo 330 em conformidade com o artigo yy inciso v, da Constituigio, no sentido de que, nas hipéteses dos incisos I ¢ liminar autorizada depende concorrentemente da evidéncia do direito € da q. racterizacio do perigo de lesio grdve ou de diel reparacio. 4 Cabe ressaltar a semelhanca entre a tutela da evidéncia com o julgamenia amtecipado do mérito, regulado nos artigos 355 e 356 do Cédigo de 2015. Nest, ‘que ocorre nas hipéteses de desnecessidade de provas, de revelia ou de pede dos incontroversos, a sentena, ainda que parcial, 6 definitiva, ov seja, esgoa 4 jurisdigao cognitiva de primeiro grau, no podendo ser revogada ou modi cada. Ocorrerio, entretanto, situagBes de superposi¢zo entre as hipdteses de julgamento antecipado do mérito e de tutela antecipada de evidénca. Se nig houver possibilidade de pratica de qualquer ato subsequente que possa vir Iara sine oped do sur Geer elas acres copa antecipado do pedido. Se, em respeito a0 direito de defesa do réu ou a alguma utra circunstancia for necessério ou sti facultar a prética de atos subsequentes, deverd o juz inclinar-se pela tutela de evid@nca, ‘9. EXECUGAO DA TUTELA PROVISORIA. 0 parrato dno do argo 257 do Caio de 235 estabelece que “a eet Go da ttelaprovisva observard as noma referents ao cumprimento pro Sério da sentenca, no que couber. Apesar da ressava fia, odspostvo revere entendimento ainda que inconscentemente assene de que o campriment da tutela de urnda nao pode submeter 20 procecimencasmo da execvo ws de um titulo executvo, porque a abservancia dessa ritualidade e dos respec vos prazos pode tomar ineiaz medida concedia. assim, por exempl, ms alimentos provisos, as regras de cumprimentoexigem intimacio do devedt para em rs das pagar, ustiear que o fez ov comprovar2impossbiidade de fax ar 52) na enrepa de casa, o argo 537 manda esperar oraz do pelo juz na decso. na ttela de urge, cautlar ov antecpada, ¢ mes na tutela de evidéncia, quando houver urgéncia, a efetivacdo da medida far-sed pelo modo mais eicaz posse, independentemente das regras de exeaczo de cumprimento provis6rio de sentenca. Se for possivel compatibilizar a urgéntit Com respeito 3s reqras sobre ocumprimento proviso de sentenea, sert0e ta respitadas. Caso elas se mastrem nadequadas, pel isco de tornar ie a uel concedida,deverd oe adotarasprovdéndas mals adequads. 26 {UILADAURGENCIAEATUTIA DA ENCINO COOIGODE PROCESO CML DES wore 40.coMPETENCIA. oe ‘antecipada de urgéncia antecedente estabilizada para a agio de revoga- wai pardgrafo (nico do artigo 29, ressalvando alguma disposicao em sentido meppeténia para atutela provis6ria nas agBes de competéncia origndria dos 2 ais, NOS recursos € na remessa necessdria. A ressalva se refere, a meu ver, tos recursos nas remessas necessirias, essa disposicio se harmoniza com ‘05 3 do artigo 1.012, que prevé que o pedido de efeito suspensivo da ape ino selacirigido. a pati da interposicio do recurso, ao tribunal ou 20 relator fferecurso no tribunal de 2 grau, Nos recursos extraordindrio e especial a regra Feemelnante: 0 requerimento de efeto suspensivo igualmente seré diigldo, a pani da Inerposigio do recurso, ao tribunal superior ou ao relator nele desig ado, mas na hipotese de recurso sobrestado, a0 presidente ou vice-presidente ‘do tribunal que proferiu a decisao recorrida (ant. 1.029, § 5°). Remanescerd a divida quando houver necessidade, que ocorre com fre- ‘uéncia, de propositura de tutela de ungéncia apés a protacao da decisao, mas “nies da interposicao da apetacao, do recurso especial ou do recurso extraor- finéri. Incino-me pela aplicacdo das mesmas regras, ou seja, de interposicdo Derante o relator ou o tribunal ad quem, inclusive, no caso do especial € do ex- traorindrio, porque caducas estardo com a vigéncta do novo Cédigo as stmulas 634. 635 do Supremo Tribunal Federal, porque esses recursos nao mais estardo sajetos a juizo de admissibiidade no tribunal a quo. 11.CONCLUSAO. sta 6 uma primeira andlise que faco dos institutos que o novo Cédligo agasa- tha sob a égide da agora denominada tutela proviséria, na qual procurei comen- faras questées que me parecem mais relevantes, relegando para outra ocasiao ‘utras que o tema sugere e que certamente sero objeto de preocupacio da doutrna, Embora a reflexdo aqui encetada ndo seja provisora, certamente me- eceré ser revista e aperfeicoada com a producao doutrinaria © os debates que ‘novo diploma ensejara. Se dividas subsistem, ndo so elas maiores do que as ‘ue afigem os juristas sempre que sobrevém uma reforma legislaiva tio ample, Kamo a do Cédigo de 2015. Entretanto, a impressio inicial € a de que a maté fia aqui analisada recebeu uma disciplina sistematica consistente e equilibrada, Po Novo CPC DOUTRIA SELECIONADA x. Pract pec ae el Posi iota ‘are-TuTaapwowsonn restando augurar que os objetivos qualitativos nela idealizados se coner 1 ta sua aplagto. . CAPITULO 9 ver-Geral de Cautela no CPC/15 ennan Faria Kriiger Thamay* Vinicius Ferreira de Andrade* i Fara que esses elevados ideals se realzem, impende que Sempeno da sas tngdes,busquem ofereee uma preselo jd ualidade melhor e,consequentemente, mas jsta, 0 que lhes exis part esforco em exteriorizar eam tansparéncn as razbes do sev convenient 258), tian dos relevants interessesconrapostos que novmalmente seg Sentam na stuagbes em que a tyela proviséa€ pleted, i ; Resta-me por fim lamentar que o legislacor de 2015, para realizar esses: Su on. som STE AS CAEL: DOCK 0PM foto sin tin no CCS ERAS STON ECATURASDSTUTAS reas comaUIC DFAS ONO. COMES HARE TEAS CTE (iN Sms AES OMIM ONRADN 6.01 GERAL EATEN SS Fazend: con a Pablica e conservado, no artigo 1.059, a0 arrepio do disposto no, Ihe OSES 8 ARNO LGU 3 ee cn, pois dln cana opuGAO I aon er ese een ome se rs a ogee let suntos ligadios a tutela cautelar que envolvam 0 CPC/a5. € fato inconteste que a ETE EE eee coent Beer ck ce tote oS a one cs ee i ee oral tudo na atualidade com a edigio do CPC/15. Rio de Janeiro, 8 de junho de 2015 - -Avisio dicotOmica, veriticada no CPC/73 entre cautelares nominadas € fas, diferentemente de outros ordenamentos, gerou (como ainda gera) is discussdes sobre a pertinéncia da fungibiidade entre as medidas € quais jam 0s pardmetros, além, obviamente, daqueles previstos nos art. 797 € 798 CPC/73, para que a providencia pudesse ser efetivada e pudesse cumprir seu ‘no processo, Todas essas questdes — que remanescem até hoje na dout: ' urisprudéncia -, ganhiam novas coloracGes a partir das discuss6es iniciadas processo legistativo sobre 0 CPC/a5 e sobre a feicio do proceso observaclo Wsowr pea universe de Usb. basr em iso peta FURS ives deg su Pav. Sse tm Deo pels USN e pen FIC Minas. pecan em Oreo pela URS Profesor proyana de ance e pbs pacuaci torso, mesradactpeialiao) da OBS, Fi Professor ame (isan do propama Ge padi da SP Prtessor do programa de grado € és. ‘Padus ate sora) da PUT, Mento do WO Cetaonal Asacabon of Procedural Law), do Ip (sts teronmerang de Dereco ProseaD, do 60 (atu Baste ge Oreko Mocesin, Ub Car dos Agogaos de io Pas), dn ABP Cadena Brea de Oreto Presi Ci owent,cnetor bese parecer [pela em cto acest Cl pela PU. Prolessr sete ra ADS, Aap

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