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CLUSTER e@ az P ata TST No S.D. PERRY OQShadow CICell/ Ghest Gunter Resident Evil Zero Hour Traducdo: Raquel Fernanda jilva Revisao: Rhuan, Raquel Fernanda da Silva Prélogo © trem balangava e balangava enquanto se deslocava através da floresta de Raccoon, 0 trovio de suas rodas ecoava por um trovejante céu crepuscular. Bill Nyberg vasculhara 0 arquivo Hardy, sua pasta estava sobre 0 chio a seus pés. Tinha sido um longo dia, e 0 balango suave do trem o acalmava. Era tarde, depois das oito, mas a Edliptica Express era o mais completo, principalmente para a hora do jantar. Era uma companhia de trem, e desde que a renovagio da Umbrella tinha- tido uma grande despesa para torné-lo classicamente retro, todos 08 assentos eram de veludo, com candelabros no vagao de jantar- um monte de ma far empregados tra ia ou amigos ao longo da experiéncia da atmosfera. Havia geralmente um niimero de turistas & bordo, para pegar a conexio para fora de Latham, Nyberg teria apostado que nove em cada dez deles trabalhou para Umbrella, Sem o apoio da gigante industria farmacéutica, Raccoon City nem sequer seria uma mancha grande na estrada, Um dos atendentes do vagao passava, acenando com a cabeca para Nyberg quando viu o pino Umbrella na lapela. O pequeno pino marcou-0 como um viajante regular. Nyberg acenou de volta. A cintilagdo de fora, um relimpago foi rapidamente seguido por outro estrondo de trovao, parecia que havia uma tempestade de verdo se formando. Mesmo no conforto legal do trem, © ar parecia carregado, espesso, com a tensdo da chuva iminente. Eo meu casaco esta no bai? Shadow CICA Chast Gunter ‘Maravilhoso. Seu carro estava no outro extremo do terreno da estacio, tambén. Ele estaria encharcado antes de atravessar a metade do caminho. Suspirando, ele retornou sua atengio ao arquivo, acomodando-se de volta ao seu assento, Ele jé tinha revisto o material um monte de vezes, pois queria estar no topo de qualquer detalhe. Uma garota de dez anos de idade, chamada Tereza Hardy estava envolvida em um processo clinico para uma nova medicagio cardiaca pedidtrica, Valifin. Com © tempo, o remédio estava fazendo exatamente 0 que deveria fazer- mas também estava causando falha renal, no caso de Tereza, os danos tinham sido severos. Tereza sobreviveu, mas provavelmente vai passar o resto de sua vida em dislise, e o advogado da familia estava em busca de danos substanciai O caso tinha que ser resolvido raj lamente, a familia Hardy manteve siléncio antes que eles pudessem arrastar a filha doente com bochechas de querubim para a frente de um tribunal com a midia dentro.. foi ai que Nyberg e sua equipe entraram em agio. O truque era oferecer apenas o suficiente para fazer a familia feliz, mas nao tanto para incentivar 0 advogado deles- um daqueles tira-shopping “nds nao recebemos até que voc receba © pagamento”- roupas para ficar ganancioso. Nyberg iha_um talento especial para manipulagao de cagadores de ambulancia; ele teria que resolver isso antes da pequena Tereza voltar para seu primeiro tratamento. Umbrella 0 pagava para isso. A chuva respingava ruidosamente contra a janela, como se alguém tivesse jogado um balde de agua contra as vidragas, Assustado, Nyberg virou- se para olhar para fora, ouviu varias pancadas magantes vindas do teto do trem. Fantastico. Tinha que ser uma chuva de granizo ou algo assim ‘Um estalo de raios cintilou através da escuridao, iluminando a pequena colina ingreme, mas que marcou a parte mais profunda da floresta. Nyberg olhou para cima e viu alguém com um longo casaco ou roupio, o tecido escuro ondulando ao vento. O valor levantado, longos bragos para um céu em fuiria- QS hadow CICell/ Chast Gunter -¢ © gaguejar do relampago se foi, deixando o estranho para trés, na escuridao. “O que-” Nyberg comegou, € mais 4gua respingava o vidro- exceto por que nao era 4gua- pois égua nao fica em aglomerados escuros, a agua nao quebra revelando dezenas de dentes brilhantes como agulha. Nyberg piscou,nao tendo certeza do que estava vendo,observando alguém comecando a gritar na extremidade do vagio, ao longo, um gemido tenso, uma criatura escura parecendo uma lesma, cada uma do tamanho de um punho humano, esmagada contra a janela. O som do granizo no teto passou de um tamborilar para uma tempestade, abafando os gritos, os gritos de muitos agora. Nao é granizo, aquito ndo é granizo! © panico passou como um tiro pelo corpo de Nyberg, mandando-o a seus pés. Ele chegou ate o corredor antes que 0 vidro atras dele se quebrasse, antes de todos os vidros através do trem se quebrassem. O som alto era irregular misturado com gritos de terror. Quase tudo se perdeu durante 0 curso de ataque do trovao. Quando as luzes se foram 1a fora, algo muito frio molhado bem vivo aterrissou em seu pescogo e comegou a se alimentar. Capitulo 1 O helicéptero girou através da escuridao sob a Raccoon Forest Rebecca Chambers endireitou-se, disposta a olhar como era calmo os homens ao seu redor. O clima era solene, 0 céu era escuro e nublado, passando rapidamente pelas piadas e cutucadas deixadas para tras nas instrugdes. Este nao era um exercicio de treinamento. Mais trés pessoas, excursionistas, estavam desaparecidas, em tomo da grande floresta de Raccoon City, nao tao incomuns- mas com a erupgio de assassinatos selvagens que aterrorizaram a pequena cidade ao longo da semana, “desaparecidos” tomou um novo significado. QS hadow CICell/ Chast Gunter Somente a alguns dias atrés, foi encontrado o corpo da nona vitima ~ rasgado e ferozmente atacado,era como se tivesse sido executado através de um moedor de came, Pessoas estio sendo mortas, ferozmente atacadas por alguém ou alguma coisa, em tomo da periferia da cidade. A policia de Raccoon nao estava chegando a lugar nenhum. Foi entdo que finalmente eles decidiram chamar os S:T.A.RS. para investigar. Rebecca ergueu 0 queixo levemente, um pulso de orgulho e afligio através de seu nervosismo. Embora sua formagao fosse em bioquimica, ela tinha sido aprovada no campo médico da equipe Bravo. Ela se juntou a equipe em menos de um més atrés. Minka primeira missio. O que significa que & melhor eu néo pisar na bola. Ela respirou fundo, deixando o ar sair vagarosamente, trabalhando para manter a seriedade em sua expresso. Edward atirou um sorriso encorajador, e Sully inclinou-se sobre a cabine, para dar tapinhas trangiiilizantes em sua pera. Muito para parecer legal. Tao inteligente como ela era, estava pronta para comegar sua carreira. Ela nao poderia ajudar em sua idade ou pelo fato de parecer mais jovem. Aos dezoito anos, ela foi a pessoa mais jovem a ser aceita nos S.T.A.R.S, desde sua criacgdo em 1967... E a unica mulher na equipe B de Raccoon, todo mundo a tratava como se fosse a irma mais nova. Ela suspirou, sorrindo para Edward e acenando para Sully. Nao foi tao ruim, tendo um punhado de grandes irmaos cuidando dela, com o passar do tempo eles entenderiam que ela podia se cuidar sozinha, quando surgir necessidade. Peuse, ela silenciosamente se alterou. Era seu primeiro trabalho apesar de tudo, e ela estava com uma boa forma fisica, sua experiéncia de combate era limitada a videos de simulagio e missées de fim de semana. Os S.T.A.RS sempre queriam eventualmente que ela estivesse em seus laboratérios, mas 0 tempo de campo era obrigatério e ela precisava de experiéncia. De qualquer QS hadow CICell/ Chast Gunter forma, eles estariam fazendo uma varredura na floresta como uma equipe. Se eles cruzassem com pessoas ou animais que estavam atacando os cidadaos de Raccoonela teria reforgos. Houve um lampejo de luz ao norte, seguidos de subseqiientes trovoes que se perdiam, por causa do zumbido do helicdptero. Rebecca inclinou-se ligeiramente, tateando no escuro. Teria sido evidente o dia todo, com as nuvens passando um pouco antes do anoitecer; eles definitivamente iam para a casa molhados. Mas pelo menos seria uma chuva quente. Ela achou que seria um monte de- BOOM! Ela estava tdo concentrada na tempestade que estava se aproximando que por uma fragio de alucinantes segundos ela pensou que fosse um trovao, mas era 0 helicoptero sendo violentamente derrubado, um crescente barulho, enchendo a cabine, 0 chao vibrava sobre seus pés. Um quente cheiro de ozénio ‘e metal queimado encheu suas narinas. Relampago? “O que aconteceu?” alguém gritou, Enrico estava empunhando sua shotgun* “Falha nos motores!” gritou o piloto Kevin Dooley. “Vamos ter que fazer um pouso de emergéncia!” Rebecca segurou firme em um suporte, olhou para os outros de modo que ela ndo precisasse observar as arvores se aproximando deles. Ela viu as mandibulas de Sully, os dentes de Edward cerrados, olhou de relance para Richard e Forest, ambos tremiam enquanto seguravam em um suporte. A frente, Enrico gritava algo que Rebecca nao conseguia escutar por causa do barulho do motor. Rebecca fechou seus olhos por um segundo e pensou em seus pais- & em como aquela viagem estava sendo mais selvagem do que ela pensava, os ramos das arvores estavam entrando no helicdptero pela rachadura provocada QS hadow CICell/ Chast Gunter pela queda, fazendo um barulho alto ¢ irritante, ela ndo conseguia pensar em nada, sé restava a esperanca. O helicéptero estava fora de controle, cambaleando em circulos, deixando-a um pouco enjoada. Um segundo depois, o siléncio era tao sibito e completo que ela pensou ter ficado surda, todos 0s movimentos tinham parado. Em seguida ouviu um barulho de metal e depois 0 ultimo suspiro do motor, seu coracao estava disparado, entao percebeu que eles tinham aterrissado. Kevin tinha conseguido, e sem sequer bater em uma arvore. “Esta todo mundo bem?” Enrico Marini, o capitao, estava esticado em volta do seu assento. Rebecca ssentiu que sim, acompanhada pelo coro das afirmagbes dos colegas. “Belo v6o, kev.” Disse Forest, e houve um outro coro, Rebecca concordou com a afirmaco de Forest. “O radio parou de funcionar?” Enrico perguntou ao piloto, que estava mexendo nos controles e nos interruptores. “Parece que a parte elétrica esta frita,” disse Kevin, “Nao fomos atingidos diretamente, mas foi perto 0 suficiente. Eo farol também foi danificado. “Pode ser concertado?” Enrico deixou essa questao em aberto, olhando para Richard, 0 oficial de comunicagdes, Richard por sua vez olhou para Edward que encolheu os ombros. Edward era 0 mecanico da equipe Bravo. “Vou dar uma olhada,” Edward disse. “Mas se Kevin diz que 0 transmissor esta torrado, ele provavelmente deve estar torrado”. O capitao assentiu vagarosamente com a cabega, estava pasando a mao em seu bigode distraidamente, pensando em suas opgdes. Depois de alguns segundos ele suspirou. “Eu liguei quando nds fomos atingidos, mas nao sei se a mensagem foi passada”. Ele disse. “Eles vao ter as nossas ultimas coordenadas. Se no relatarmos em breve, eles vao procurar por nés.” QS hadow CICell/ Chast Gunter “Eles” cram a equipe Alfa dos $.T.A.RS. Rebecca acenou com a cabeca como 0s outros, nao tendo certeza se ela deveria ou nao estar decepcionada. Sua missdo acabou antes mesmo de comegar. Enrico passou mais uma vez a mao em seu bigode, dessa vez alisando-o para baixo, no canto de sua boca com o polegar e o dedo indicador de uma mao. “Todo mundo para fora. Vamos ver onde estamos.” Eles sairam da cabine, a realidade da situagao atingiu Rebecca em cheio, quando se reuniram no escuro. Eles foram incrivelmente sortudos de estarem vivos. Atingidos por um raio. No caminko para procurar os assassinos loucos, nfo por ‘menos, ela pensou surpresa com a idéia. Mesmo se a missdo estivesse acabado, essa foi de longe a coisa mais emocionante que aconteceu com ela. Oar estava quente e pesado com a chuva iminente, sombras profundas. Pequenos animais balangavam a vegetacao rasteira. Um par de lanternas acendeu, como se estivesse cortando a escuridao com raios assim que Enrico e Edward foram checar os danos em volta do helicéptero. Rebecca pegou sua anterna na bolsa, aliviada de que nao tinha se esquecido de por na bolsa. “Como voce esta?” Rebecca virou-se e viu Ken “Sully” Sullivan sorrindo para ela. Ele estava com sua arma em méos, uma nove milimetros apontada para o céu nublado, um triste lembrete de por que eles estavam 1a para comegar. “Voces realmente sabem como fazer uma entrada, nao 62” Ela disse, sorrindo de volta para cle O homem alto riu, os dentes muito branco contra as trevas de sua pele. “Na verdade, fazemos isso para os novos recrutas. E um desperdicio de helicépteros, mas temos que manter nossa reputacao. A garota estava prestes a perguntar como o chefe de policia se sentiu sobre as despesas- ela era nova na 4rea, mas ouviu dizer que o chefe Irons era Shadow CCall Chast Gunter notoriamente mesquinho- quando Enrico se juntou a eles, ele apontou sua arma para Enrico, levantando a voz para que todos pudessem ouvir, “Tuco bem gente. Vamos nos separar, investigar os arredores da regio. Kev, voce a com © helicéptero. O resto de vocés fiquem perto, pois eu s6 quero essa area protegida. A equipe Alfa pode estar aqui a qualquer hora.” Ele nio completou o pensamento. Poderia demorar muito e eles nao precisavam disso. Por um momento,eles estavam por conta prépria. Rebecca deslizou sua 9mm de seu coldre, verificando cuidadosamente a municgo € a camara, como tinha aprendido, evitando mirar em alguém. Os outros estavam saindo para os lados, verificando as armas e ligando as lanternas, Ela respirou fundo e comegou a caminhar, mexendo na lanterna para iluminar sua frente. Enrico estava a poucos metros de distancia, movendo-se paralelamente a sua posigio. Uma baixa neblina podia ser vista através da vegetacio rasteira como uma onda fantasmaggrica. Havia uma separacdo entre as Arvores cerca de uma diizia de metros a sua frente, um caminho grande 0 suficiente para ser uma estrada estreita, embora fosse dificil dizer por causa da neblina. Estava silencioso, exceto pelo som do trovao, 0 som estava mais proximo do que ela esperava, pois a tempestade estava quase em cima deles. Ela passou o feixe de luz através das arvores e da escuridao e arvores de novo, enti ela viu um brilho que parecia ser- “Capito veja!” Enrico parou ao lado dela, ¢ alguns segundos depois, mais feixes de luz tinham sido direcionado para brilho de metal que ela tinha visto, iluminando o que era de fato uma estreita estrada de terra- e um jipe capotado. Rebecca podia ver o PM gravado quando a equipe se aproximou. Policia Militar. Ela viu uma Pi aproximando-se para ver melhor- em seguida colocou sua arma no coldre a de roupas caindo por de baixo do parabrisa quebrado e franziu a testa, Procurou pelo seus kits medico, correndo em diregio ao jipe, ajoelhando-se QS hadow CICell/ Chast Gunter proximo ao jipe, sabendo mesmo antes de se sentar nos calcanhares que nao tinha nada que ela pudesse fazer. Havia m sangue. Dois homens. Um tinha sido atirado a alguns metros de distancia. 0 outro homem de cabelo claro, estava na frente dela, metade do corpo estava no jipe. Ambos vestiam uniformes militares. Seus rostos e orgaos superiores tinham sido gravemente mutilados. Peles e musculos rasgados, talhos profundos em suas gargantas. De jeito nenhum que o acidente teria provocado aquilo. Rebecca estendeu a mao para sentir 0 pulso, observando 0 frio da carne. Ela levantou-se e foi checar 0 outro corpo, verificando qualquer sinal de vida, mi 5 0 corpo estava to frio quanto 0 outro. “Voce acha que eles so de Ragithon?” Alguém perguntou. Richard. Rebecca viu uma pasta perto da mao estendida do segundo corpo e caminhou para perto da pasta, ouvindo metade do que Enrico estava respondendo, sacudindo a tampa da pasta. “E de uma base proxima, mas veja a insignia. Eles sio soldados andnimos. Deve ser de Donnell,” Enrico disse. Uma prancheta estava perto de um punhado de arquivos, parecendo um arquivo oficial anexado a ela. Havia uma foto 3x4 no canto superior esquerdo, de um homem bonito, olhos escuros, um jovem homem civil- nenhum dos corpos se parecia com ele. Rebecca levantou-se fazendo uma leitura silenciosa- logo depois sua boca ficou seca. “Capito” Ela virou-se. Enrico levantou a cabeca de onde estava agachado, préximo ao jipe. “Hmm? O que houve?” Ela leu em voz alta as partes pertinentes. “Pela ordem de transporte do Tribunal... prisioneiro Billy Coen, ex-tenente, vinte e seis anos de idade. Acusado e sentenciado a morte em 22 de julho. O prisioneiro esta sendo QS hadow CICell/ Chast Guntty transferido para a base de Ragithon para execugio.” O tenente tinha sido acusado por assassinato de primeiro grau Edward puxou a prancheta das maos dela, dizendo o que ja estava formulado na mente de Rebecca, com sua voz grossa e brava, “Estes pobres soldados. Sé estavam fazendo seu trabalho, e esse desgragado escapa e os mata.” “Tudo bem pessoal. Mudanga de planos. Parece que temos um fugitivo assassino em nossas mos. Vamos nos separar ¢ investigar a rea, para ver se encontramos o Tenente Billy. Mantenham guarda, e fagam um relatério em quinze minutos. Houve aceno: s ao redor. Rebecca respirou fundo ¢ comegou a se mover, verificando seu relégio, determinada a ser to profissional quanto qualquer outra pessoa da equipe. Quinze minutos sozinha, nao seria grande coisa. O que poderia acontecer em quinze minutos? Sozinha. Numa floresta escura. “Esta com seu radio?” Rebecca pulou e virou-se ao ouvir a voz de Edward, o grande homem que estava bem atrés dela, O mecanico tocou o ombro dela sorrindo. “Calma crianga.” Rebecca sorriu de volta, embora ela tivesse desprezado o fato de ser chamada de “crianga.” Edward tinha sé vinte e anos, pelo amor de Deus. Ela bateu de leve no seu sinto. “Verifiquem. Edward acenou, afastando-se. A mensagem dele era clara e trangiiilizadora. Ela nao esta totalmente sozinha, nao enquanto estivesse com seu radio, Ela olhou em volta, viu que os outros jé estavam fora de vista. Kevin ainda estava no assento do piloto. Estava pasando através do lugar onde ela havia encontrado a pasta. Ele a viu e fez uma saudacao. Rebecca fez um sinal positivo com o polegar e ajeitou seus ombros, puxando sua arma mais uma vez, para adentrar na noite. La em cima,o trovao retumbou. QS hadow CICell/ Chast Gunter Albert Wesker sentou-se em um quarto escuro que ficava na estagio de tratamento COM B1. O quarto estava escuro, exceto pela cintilagao de um dos monitores de observagao. Havia seis deles, girando a imagem de cinco em cinco segundos. Havia imagens de todos os niveis do centro de treinamento, a parte superior, ¢ pisos inferiores da fabrica e da estagao de tratamento de 4gua e 0 ttinel que ligava os dois. Ele olhou para a tela branca ¢ preta do monitor, sem realmente olhar para eles, sua atengao estava voliada para as transmissdes de entrada da equipe de limpeza. A equipe de trés homens- bem, dois e um piloto estava a caminho do helicdptero, em geral silencioso; afinal eram profissionais, no se dao brincadeiras machistas ou piadas juvenis & profissionais, 0 que significava que Wesker estava ouvindo estatica, Estava tudo bem; 0 ruido branco correu de um monitor, mostrando rostos e caras massacradas caidas pelos cantos, os homens que haviam sido infectados, vagavam sem rumo pelo corredor vazio. Assim como na mansio Arklay e no laboratério da mansao, que ficava algumas milhas dali, centro privado de treinamento da White Umbrella havia sido infectada pelo virus. “ETA, trinta minutos, cimbio.” Disse o piloto, sua voz estava crepitante no quarto mal iluminado. Wesker inclinou-se “Copiado.” Siléncio novamente. Nao tinha necessidade de falar o que aconteceria quando chegassem ao trem. Era melhor nao dizer mais do que 0 necessario. Umbrella tinha sido construida sobre uma fundagio de sigilo, uma caracteristica da gigante farmacéutica que ainda estava honrada por todos os escalées superiores de administragao. Mesmo nas relagGes legitimas da empresa, quanto menos falar melhor. Esta tudo vindo para baixo, Wesker pensou atoa, observando as telas. A Mansio Spencer havia caido no meio do més de maio. A White Umbrella disse QS hadow CICell/ Chast Gun que foi “acidental,”" 0 laboratério foi trancado até que todos os pesquisadores infectados se tomassem “ineficazes.” Erros cometidos apesar de tudo. Mas 0 pesadelo do centro de treinamento que estava sendo jogado na cara dele no tinha se seguido um més depois... E hd poucas horas atras, 0 engenheiro do trem privado da Umbrella, o Edliptic Express tinha apertado o botdo de risco bioldgico. Entao, 0 blogueio nao funcionou, o virus vazou e espallou. Simples, nio &? Havia um monte de capangas infectadios no centzo de treinamento, ¢ na sala de jantar, um deles andando em circulos ao redor de uma bonita mesa. O corpo dele estava com um fluido viscoso, com uma ferida horrivel na cabeca, cambaleava em seu paradeiro. Wesker bateu no painel de controle abaixo do monitor, mantendo vigilincia ao se mover para préxima imagem. Ele se recostou na cadeira, assistindo 0 zumbi caminhar em volta da mesa. “Sabotagem talvez,” disse suavemente. Ele ndo poderia ter certeza. Se foi criado para parecer natural- um vazamento no laboratério de Arklay, um bloqueio incompleto. Poucas semanas depois, um casal de excursionistas estava desaparecido, provavelmente um desaparecimento causado por uma ou duas cobaias que fugiram. E duas semanas depois, 0 segundo centro da White Umbrella foi infectado. Era altamente improvavel que um dos portadores do virus tivesse cruzado por acaso com os outros laboratérios de Raccoon... Mas isso seria possivel... Exceto que agora temos que considerar o trem. E eu sinto que no foi um acidente... Sinto que isso foi planejado. Caramba, eu poderia ter feito isso sozinho, se eu tivesse pensado nisso. Ele estava procurando uma maneira de sair dali um pouco, jé estava cansado de trabalhar para as pessoas que, obviamente foram seus inferiores... E bem, ele tinha consci \cia de que a folha de pagamento que a White Umbrella The enviou, nao fazia bem a satide. Agora eles querem que ele lidere os S.T.A.RS. até a mansio e o laboratério de Arklay, para descobrir 0 que os QS hadow CICell/ Chast Gunter animais da Umbrella fazem contra soldados armados. Eles importariam se ele morresse no proceso? Nao antes de pegar os dados, ele tinha certeza. Pesquisadores, médicos, técnicos- qualquer um que trabalhou para a White Umbrella por mais de uma década ou duas, tinha o habito de liquidagio, eventualmente desaparecidos ou mortos. George Trevor e sua familia, Dr. Marcus, Dees, Dr. Darius, Alexander Ashford... E aqueles que foram somente grandes nomes. S6 Deus sabia, quanto das poucas pessoas tinha acabado em covas rasas em algum lugar... Ou virou objeto de teste A, BeC. © canto da boca de Wesker estava contraido. Ele estava pensando e tinha idéia de quantos. Ele vinha trabalhando para a White Umbrella desde 0 final dos anos setenta, mais do que qualquer um na rea de Raccoon, e tinha visto a documentago sendo executadas em algumas cobaias, muitas das cobaias ele tinha ajudado obté-las. Estava passando da sua hora de sair... E se ele pudesse obter alguns dados que os garotdes queriam, sé poderia ser capaz de se jogar na guerra de lances, um presente de despedida para financiar sua aposentadoria. White Umbrella nao ¢ a tinica interessada em pesquisas de armas bioldgicas. Mas primeiro, uma limpeza para o trem. E este lugar, ele pensou, observando 0 soldado com a cabega ferida tropecar em uma cadeira e cair. O centro de tratamento foi conectado como “privado” na estacao de tratamento de gua por um ttinel subterraneo; e tudo teria que ser apurado. Alguns segundos se passaram, e na tela, 0 soldado tropegou de novo em seus pés, continuando em busca de lugar nenhum... E agora ele apareceu com um garfo de jantar saindo de seu ombro esquerdo, uma pequena recordagao de sua queda. O soldado nao percebeu é claro, Uma doenga charmosa. Era mesmo tipo de cena que ele tinha visto nos laboratérios de Arklay, Wesker tinha certeza; as ultimas poucas ligagdes desesperadas do laboratério em quarentena tinha pintado um retrato de quanto 0 T-virus era Shadow CCall ‘Chest Guntty eficiente. Isso teria que ser limpo também... Mas ndo antes de ele levar os S.T.A.RS lA e fazer alguns exercicios de treinamento. Seria um jogo interessante. Os S.A.RS. eram bons- eles eram escolhidos a dedo, metade foi ele mesmo que escolheu- mas eles nunca tinham visto algo como o T-Virus. O soldado morto da tela era um nobre exemplo disso, de como 0 virus era recombinante. O zumbi vagava por sua interminavel turné pela sala de jantar, lento e principalmente, insensato. Ele também nao sentia dor, e iria atacar alguém ou qualquer coisa que cruzasse seu caminho, sem hesitagao, 0 virus procurava infectar mais hospedeiros. Embora o vazamento original fosse supostamente pelo ar, apés este prazo, a contaminagao seria transmitida por fluidos corporais. Pelo sangue, ou digamos uma mordida, .-E 0 soldado era apenas um homem, apesar de tudo. O T-virus trabalhou de todas as formas no tecido de seres vivos, e havia uma serie de outros... Animais, para se ver em agio, de triunfos do laboratério local, da vida selvagem. Enrico ja deve estar com a Equipe Bravo, procurando pelos excursionistas desaparecidos, mas sem duvidas eles irdo encontrar algo que estava planejado a encontrar. Em breve. Wesker iria organizar a equipe Alfa- Bravo na mansio “deserta” de Spencer. Entao, ele iria apagar as evidéncias e estaria feliz e muito rico, e a White Umbrella iria pro inferno, assim como eles fizeram da vida dele um inferno como agente duplo, brincando com vidas de homens e mulheres que eles nao se importam. © homem morto da tela, caiu novamente, tropegou nos préprios pés, depois seguiu em frente. “Va para 0 ouro, amor.” Disse Wesker, e riu, 0 som de sua risada ecoando através da escuridao vazia. QS hadow CICell/ Chast Gunttr Algo se mexeu nos arbustos, algo maior que um esquilo. Rebecca virou em diresio ao som, mirando a lanterna e a Imm no arbusto. A luz pegou o ultimo dos movimentos, as folhas ainda balangando, 0 aio de sua lanterna balangando junto com elas. Ela deu um passo a frente, fazendo uma contagem regressiva de dez. Fosse 0 que fosse, ja tinha ido ‘embora. Deve ser um guaxinim, ou talvez 0 cachorro perdido de alguém. Ela olhou para seu relégio, tinha certeza que ja devia ser a hora de voltar, viu que estava por conta prdpria por pelo menos cinco minutos. Ela nao tinha visto e nem ouvido algo desde que se afastou do helicéptero; era como se todo mundo tivesse sumido da face da terra. Ow talvez ew tenha, pensou sombriamente, abaixando a handgun vagarosamente e virando-se para verificar sua posicdo. Ela tinha aproximado-se a sudoeste da posigio de desembarque; continuou por mais alguns minutos, entao- Rebecca piscou, surpresa por ver uma parede de metal sob o feixe de luz de sua lanterna, nem a dez metros de distancia. Ela iluminou a superficie, viu janelas e uma porta- “Um trem.” Ela respirou, franzindo a testa ligelramente. Parecia que ela tinha se lembrado de uma trilha por aqui... Umbrella, a corporacao farmacéutica tinha uma linha privada que percorria de Latham a Raccoon City, nao é? Nao estava muito certa sobre a histéria do local- ela nao estava em um local- mas tinha quase certeza de que a Corporagao Umbrella foi fundada em Raccoon City. A sede da Umbrella se mudou para a Europa ha algum tempo, mas eles ainda possuiam praticamente a cidade inteira. ‘Mas o que ele esta fazendo parado aqui? Nessa floresta, a essa hora da noite? Ela correu para cima e para baixo com a luz iluminando o trem, viu que havia cinco vagées e cada um tinha dois andares. Estava escrito ECLIPTIC EXPRESS logo abaixo do teto, no vagao a sua frente. Tinha algumas luzes QS hadow CICell/ Chast SGuntts acesas, brilhando fracamente através da janela.. Varias das quais estavam quebradas. Ela pensou ter visto a silhueta de alguém, perto de algumas das janelas quebradas, mas nao tinha movimento. Talvez alguém dormindo. Machucado ou morto talvez, esta coisa parou porque Billy Coen encontrou um caminho em sua trilha. Deus, aquilo era um pensamento. Ele poderia estar dentro do trem agora, com reféns, Ela deveria definitivamente chamar reforgos. Ela comegou a alcangar o radio e entao parou. Ou talvee o trent quebrou duas semanas atnés, ¢ esta aqui desde entao. E tudo ‘que voce vai encontrar lé dentro é uma colénia de marmotas. A equipe nao riria disso? Eles so bons nisso, levaria semanas ou até ‘meses para eles esquecerem que ela chamou reforgos por causa de um trem abandonado. Ela verificou seu relégio novamente, viu que dois minutos haviam se passado desde a ultima verificagio... E sentiu uma gota de um liquido frio pingar em seu nariz. Em seguida, outra em seu braco. Entio escutou 0 tamborilar macio € musical de uma centena de gotas batendo nas folhas, em seguida sentiu milhares de gotas... A tempestade esta finalmente comegando, A chuva decidiu para ela, uma rapida olhada dentro do trem antes de voltar, s6 para ter certeza de que tudo esta de forma que deveria estar. Se Billy nao estivesse por perto, pelo menos ela seria capaz de informar que o trem estava limpo. E se ele estivesse... “Vocé vai ter que lidar comigo,” ela murmurou, o som perdeu para a crescente tempestade assim que ela se aproximava do silencioso trem. *Shotgun- pode ser traduzido como escopeta, mas preferi deixar como o original. QS hadow CICell/ Chast Gunter Capitulo 2 Billy estava sentado no chio entre duas filas de bancos, trabalhando para tirar as algemas de seus pulsos com um clipe que tinha encontrado no chao. Um dos punhos estava fora das algemas, 0 da direita, abriu-se quando 0 jipe tinha batido, a menos que quisesse estar vestindo um bracelete estridente bastante incriminador, ele precisava tirar o outro punho da algema. Sai, sai daqui, sai do meu punho ele pensou, empurrando a tranca com um pedago de metal. Ele no olhou para cima, nao precisava lembrar-se de seu paradeiro; nao tinha um. O arestava pesado, com um odor de sangue, que estava espalhado por todo o lugar, embora 0 vagio que ele tivesse encontrado estivesse vazio de corpos, ele nao tinha duvida de que 0s outros vagoes estavam cheio deles. Os cies, devem ser os cies. Mas quem deixaria eles entrar? Provavelmente 0 mesmo cara que ele havia visto na floresta, tinha que ser. O cara que parou na frente do jipe, fazendo-o perder o controle. Billy tinha sido jogado, e com excecao de algumas contusdes, ele saiu ileso. Os PM que estavam escoltando-o, Dickson e Elder, estavam presos sob 0 veiculo capotado. Eles estavam vivos, apesar disso. E 0 cara que fez aquela parada, quem quer que seja, nao foi visto novamente. Tinha se passado um minuto ou dois, que ele estava li no escuro, 0 cheiro quente, oleoso em seu rosto, seu corpo estava dolorido. Ele estava tentando decidir- correr ou chamar ajuda pelo ridio? Ele ndo queria morrer, no merecia morrer, a menos que seja confiante e estiipido, era um crime digno de morte. Mas ele nao podia deixé-los 1, dois homens presos sob toneladas de metal, machucados e quase inconsciente. A escolha deles era pegar o interior da floresta, numa trilha nao pavimentada e chegar até a base. Isso significava que levaria um longo tempo até que alguém descobrisse 0 que aconteceu com eles. QS hadow CICell/ Chast Guntly Sim, eles estavam te entregando para a execugo, mas eles estavam seguindo ordens; nao era nada pessoal, ¢ eles ndo mereciam morrer assim como Billy. Ele decidiu separar as diferengas, radio para ajuda, e entio corra pra caralho... Mas entao 0s cachorros vieram. Grande, molhado, parecendo coisas estranhas, trés deles, e entdo, ele estava correndo para salvar sua vida. Tinha algo muito, muito estranho com eles, Billy j4 sabia até mesmo antes deles atacarem Dickson, rasgando sua garganta a medida que puxava Dickson de debaixo do jipe. Billy pensou ter ouvido um estalo, e tentou tirar algemas, sibilando 0 ar através dos dentes quando viu que a fechadura nao ia ceder. Malditas algemas. O clipe foi sorte ele ter encontrado, pois havia coisas imiteis 14- papéis, bolsas, casacos, pertences pessoais - sangue em praticamente tudo. Talvez achasse algo mais titil se procurasse mais atentamente. O que significaria a permanéncia dele no trem, 0 que nao era muito divertido. Tudo que ele sabi , era que os cies viviam encafufados aqui com aquele cara imbecil que gostava de pular na frente de carros em movimento. Ele s6 entrou no trem para evitar os ces, reagrupar e tentar descobrir qual seria sua proxima jogada. E isso acaba por ser @ matadouro especial, pensou , balangando a cabega. Fala pra sair da frigideira e vai direto pro fogo. O que diabos estava acontecendo com aquela floresta, ele nao queria ser parte daquilo. Precisava tirar as algemas, encontrar algum tipo de arma, talvez pegar uma ou duas carteiras daquele lugar todo ensanguentado- ele nao tinha duivida de que aqueles proprietarios tinham um passado afetuoso- e voltar para a civilizagio. Ent3o Canada ou México, talvez. Ele nunca tinha roubado antes, nunca tinha co lerado di r © pais, mas tinha que pensar como um criminoso agora, se quisesse sobreviver. Ele ouviu um trovao, e entao o barulho da chuva bateu contra uma janela quebrada. O cheiro do sangue estava se diluindo com a rajada de vento QS hadow CICell/ Chast Gunter através de um painel quebrado. Legal. Aparentemente ele estaria caminhando no meio de uma tempestade. “Que seja” ele murmurou, e jogou o clipe initil contra um assento na frente dele. A situacao estava seriamente FUBAR’, ele duvidava que pudesse piorar~ -Billy congelou, prendeu sua respiragio. A porta de fora do trem estava sendo aberta. Ele podia ouvir barulho do metal deslizando, 0 barulho da chuva aumentando, entao siléncio de novo. Parece que alguém estava a bordo. MerdalE se for o maniaco dos cies? Ou alguém que encontrow o jipe? Ele sentiu um né passando em seu estmago. Poderia ser. Poderia ser alguém da base que decidiu usar aquela estrada hoje a noite, talvez ja tenham comunicado sobre 0 acidente - e percebido que um terceiro passageiro esta faltando, um certo homem que era pra ser executado. Talvez ele ja estivesse sendo cacado. Ele nao se moveu. Forgando para ouvir os movimentos de quem quer que tenha vindo da chuva, Por alguns segundos, nada- Entao ouviu um passo- e depois outro. Se movendo para longe dele, para o vagao da frente. Billy inclinou-se para frente, deslizando cuidadosamente sua dog tag** para baixo do colarinho de sua camisa para nao balangarem, se movimentando vagarosamente, desde que pudesse ver em volta da beirada do corredor de seu assento. Alguém estava passando pela porta de conexdo, magra, baixa- uma garota, ou um rapaz, vestido com um colete Kevlar verde do exército, Ele sé conseguia ver algumas letras por tris das vestes, um S, um T, um A- ele ou ela se foi. Eles enviaram os $.T.A.RS. para procurar por ele? Nao podia ser nao to rapido- o jipe bateu algumas poucas horas tras, e os S.T.A.R.S. nao tem relagdes militares, eles sio uma ramificag3o do Departamento de Policia, QS hadow CICell/ Chast Gunter ninguém deveria ter chamado eles aqui. Provavelmente tem alguma coisa a ver com os ces que ele viu provavelmente algum pacote de feras mutantes; 0 S.LARS. geralmente lida com casos estranhos que a policia no consegue resolver. Ou talvez eles tenham vindo investigar © que quer que tenha acontecido com esse trem. Nao importa o porqué, importa? Eles tém armas, e se eles descobrirem quem vocé &, este sabor da liberdade seri seu ultimo. Saia dai, agora! Com os cachorros comedores de gente por ai na floresta? Nao sem uma arma, sem chance. Eles devem ter algum tipo de seguranga & bordo, um uniforme alugado com uma arma, ele sé tinha que procurar. Seria um risco, com um dos S.7.A.RS. a bordo- mas s6 tinha um deles, além do mais, se ele precisasse... Billy balancou a cabeca. Ele jé tinha visto sua quota de mortes nas is. Se ele Forgas Especi aqui e agora, pode lutar ou correr. Ele nao mataria nunca mais novamente. Pelo menos nao um dos mocinhos. Billy agachou até seus pés, mantendo baixo, as algemas pendendo de seus pulsos. Ele olhou através das coisas do vagao, primeiro, entdo, se moveu para longe do S.T.A.R.S. intruso, ver o que ele poderia encontrar. Nao fazia sentido ter um confronto se ele pudesse evita-lo. Ele s6- Bam!Bam!Bam! Trés tiros, vindos do vagio da frente. Uma pausa, entdo trés, mais quatro... Eentao nada. Aparentemente nem todos os vagoes estavam vazios. Seu estémago deu um né apertado, mas ele nado ia permitir que eles atrasassem-no, pegou a primeira mala que viu e comegou a procurar. QS hadow CICell/ Chast Gunter O primeiro vagao do trem estava sem sinal de vida- mas algo muito ruim aconteceu ali. Un acidente?Nao, nao tem danos nas estruturas... Mas tem muito sangue! Rebecca fechou a porta atris dela, fechando também a cortina, e olhow para 0 caos ao seu redor. A cabine era bonita, toda a madeira escura ¢ cara, carpete, iluminarias antigas, papel de parede. Agora tinham jornais, maletas, casacos, bolsas abertas espalhadas por todo 0 chao- parecia um acidente, havia pingos e manchas de sangue salpicadas generosamente na parede da cabine e nos assentos. Cadé os passageiros? Ela andou rapidamente pelo vagio do trem, mirando em cima e embaixo no corredor com sua Handgun. Tinha poucas luzes acesas, 0 bastante para ver, mas as sombras eram profundas. Nada se moveu. As costas do assento & sua esquerda estavam manchadas de sangue. Ela estendeu a mao e tocou a mancha grande, entio limpou a mao na calga, fazendo caretas. Estava molhada, Luzes acesas, sangue fresco. O que quer que tenha acontecido agit, acontecew recentemente. Tenente Billy talvez? Ele era procurado por assassinato... A menos que ele tenha uma gangue com ele, o que nao parecia provavel; a destruigdo era muito generalizada, muito extrema, maior do que um desastre natural numa situagao com refém. ‘Ou mais parecido cont os assassinatos da floresta. Ela acenou internamente, respirando fundo. Os assassinos devem ter atacado novamente. Os corpos que foram recuperados estavam dilacerados, mutilados, e a cena do crime deve se parecer exatamente como essa. Ela devia sair agora, chamar o capitao pelo rédio, chamar pelo resto da equipe. Ela comecou a voltar para a porta- e hesitou. QS hadow CICell/ Chast Gunter Eu poderia primeiro, verificar o trem. Ridiculo. Seria idiotice ficar sozinha, poderia ser estipido e perigoso. Ninguém verificaria uma cena de crime sozinha- supondo que ninguém foi assassinado. Tudo 0 que ela sabia era que, deve ter tido um tiroteio ou o trem evacuou. Nao, isso é esttipido. Devia ter policias, EMTS, helicépteros ¢ jornalistas por todo o lugar. O que quer que tenha acontecido aqui, eu sou a primeira que esta na cena do crime... E proteger a cena do crime é minha primeira prioridade. Ela nao podia ajudar se perguntando o que os caras diriam quando a vissem cuidando das coisas sozinha. Eles parariam de chama-la de “Crianga” por uma coisa. E pelo menos o status de novata ficaria para tris bem rapido. Ela iria dar uma répida olhada em volta, nada de importante, e se as coisas parecessem ficar perigosas, ela chamaria a equipe. Ela acenou para ela mesma. Certo. Ela poderia lidar com uma olhada, sem problema. Uma respiragao funda, e ela comegou pelo vagio da frente, andando cuidadosamente pelas bagagens espalhadas pelo cho. Quando chegou na porta de conexao, ela preparou-se € rapidamente passou, abrindo a segunda porta antes de perder os nervos. Oh, nio. primeiro vagio estava ruim, mas ali, tinha pessoas, Trés, quatro- cinco ela podia ver de onde estava, e todos obviamente mortos, rostos devastados por garras desconhecidas, érgios encharcados com uma coisa escura. Alguns estavam despencando de seus assentos, eles foram brutalmente assassinados, mortos de onde estavam sentados. © cheiro de morte era uma coisa evidente, como cobre e fezes, como frutas estragadas em um dia quente. A porta atras dela fechou-se automaticamente, o coragao dela comegou a bater mais ripido, fracamente tendo a consciéncia de que estava fora da liga, ela precisava chamar ajuda- e entZo ouviu um sussurro e percebeu que nio estava sozinha. QS hadow CICell/ Chast Gunter “Identifique-se,” ela disse, com a voz firme ¢ mais autoritéria do que esperava. © sussurro continuou, asfixiante e distante, 0 vagio ficou estranhamente silencioso, como se ela tivesse imaginado ter ouvido 0 som de algum assassino, sentado e sussurrando para ele mesma depois de matar. Ela estava quase para repetir, quando viu a fonte do sussurro, estava no meio do corredor, no cho. Era um pequeno radio, aparentemente sintonizado na estagio de noticias AM. Ela caminhou em diregdo a ele, com uma stbita onda de alivio, estava sozinha apesar de tudo. Ela parou na frente do radio, abaixando sua semi automatica. Tinha um corpo na janela, sentado & sua esquerda, depois de uma olhada inicial, ela evitou olhar; a garganta do homem havia sido cortada, e seus olhos estavam re ados em sua cabega. Seu rosto cinza, suas roupas estavam esfarrapadas, brilhando com um fluido de aparéncia viscosa, fazendo-o parecer aqueles zumbis de filme de terror. Ela se abaixou e pegou o radio, rindo de si mesma, apesar do medo que ainda corria através dela, Seu “Assassino Louco” era uma mulher entregando relatérios. A recepgao era ruim, mas 0 pequeno assovio de estatica era outra sentenca. Okay, ela era uma idiota. Mas de qualquer maneira, era hora de chamar Enrico, e Rebecca se virou, afastou-se e viu que 0 movimento que vinha do assento da janela era tio lento e sutil, que por um momento ela pensou que fosse chuva 0 que estava vendo. Em seguida, ouviu um gemido longo e profundo, e ela compreendeu que nao era a chuva apesar de tudo. O cadaver tinha se levantado de seu assento, ¢ estava se movendo na ego dela. Sua cabeca pendeu para tris, expondo cruelmente a carne de sua garganta, com um gemido longo e profundo, com mais desejo, ele esticou os bragos para frente, saindo gosma e sangue de sua face arruinada. QS hadow CICell/ Chast Gunter Ela largou o radio e deu um passo para tras, aterrorizada. Ela estava errada, ele nao estava morto, mas provavelmente ele estava fora si por causa da dor. Ela tinha que ajudé-lo. ‘Néio tem muito no kit n ico, mas tem morfina, preciso deité-to, oh, Deus 0 que aconteceu aqui?- O homem estava arrastando 0 pé e se aproximando dela, seus olhos estavam brancos, derramando baba preta de sua boca rasgada, - ela sabia que seu dever era fazer algo para aliviar seu sofrimento, reflexivamente deu outro passo para trés. Dever era uma coisa, mas seus instintos diziam para ela correr, para longe dele, ele queria fazer mal a ela. Ela virou, nao tendo certeza do que ia fazer- e tinha mais duas pessoas se levantando no corredor atras dela, ambos com as faces danificadas a! como o homem de olhos brancos, ambos se movendo na diregao dela, se movendo como os monstros dos filmes de terror. O homem da frente vestia um uniforme, ele devia ser algum tipo de atendente no trem, sua face abatida, seu cranio parecia estar cinza. Atrés dele, tinha um homem cujo rosto havia sido parcialmente arrancado, revelando muitos dentes do lado direito da boca. Rebecca balangou a cabega, levantando a arma. Algum tipo de doenga, vazamento quimico ou algo assim. Eles esto doentes, eles tém que estar doentes- exceto que Ela sabia que trés homens estavam chegando mais perto, levantando os dedos cinza, gemendo de fome. Talvez eles estivessem doentes, mas também estavam prestes a atacé-la. Ela sabia, assim como sabia seu nome. Attire! Faga! *Parem,” ela gritou, € virou-se para o homem de olhos brancos, ele estava perto, muito perto, e se ele tinha consciéncia de que ela estava apontando uma Handgun para ele, nao demonstrou.“Eu vou atirar”. “Aaaahh” © zumbi horrendo, estava prestes a agarré-la, revelando seus dentes escuros, e Rebecca atirou. QS hadow CICell/ Chast Gunter Dois, trés tiros, a munigdo estava rasgando sua carne descolorida, os dois primeiros acertando seu peito, 0 terceiro explodindo um buraco acima de seu olho di ito. Com o terceiro tiro, a criatura soltou um grito de frustragao e caiu no chao, Ela girou, rezando para que 0 som dos tiros parassem os outros dois, ela viu que eles estavam quase em cima dela, com o olhar distante, com gemidos de fome. O primeiro tiro atingiu o homem uniformizado na garganta, ele cambaleou para tras, ela mirou na perna do segundo homem Talvez, eu sé precise feri-lo, fazé-lo cair ~ © homem uniformizado estava avangando novamente, sua garganta gorgolejando sangue “Deus,” ela disse, a voz dela estava baixa com 0 choque, mas eles ainda estavam vindo, ela nao tinha tempo para ficar se perguntando, para pensar. Levantou sua arma e mirou, duas, trés vezes, todos acertando a cabega. Carne e sangue se espalharam. Os dois homens cairam. De repente, siléncio, quietude, e Rebecca olhou amplamente pelo vagio, seu corpo estava com adrenalina. Tinham mais dois, trés “corpo”, mas nenhum deles se moviam. O que aconteceu?Eu pensei que eles estivessem mortos! Eles estavam mortos. Eles eram zumbis. Rebecca verificou para ter certeza de que tinha mais munic3o na camara, estava fazendo automaticamente, lutando para entender 0 que aconteceu. Eles nao eram zumbis. Nao como nos filmes. Eles estavam realmente mortos, se nao os tiros nao teriam feito eles sangrarem tanto. Sangue que nao foi bombeado pelo coragao. Mas eles 6 cairam depois dos tiros na cabega. Verdade. Mas isso s6 poderia significar um vazamento, talvez algo que bloqueia a sensaco de do’ Shadow CCall Chast Cunt Os assassinatos da floresta. Rebecca sentiu seus olhos aumentarem, juntando os pedagos dos acontecimentos. Se tivesse havido um vazamento de produto quimico ou alguma doenga, deve ter afetado algum ntimero de pessoas na floresta, fazendo-as atacarem outras pessoas, Recentemente foi relatado sobre animais selvagens, cdes selvagens- ser que era possivel a doenga ser transmitida para outras espécies? Algumas das vitimas foram parcialmente devoradas, mordidas feitas por um humano ¢ um animal, a mandibula deles estavam nos dois tiltimos corpos. Ela ouviu um movimento, e parou de respirar. O barulho vinha de tras da porta que ela tinha do, um cadaver sentado. Ela observou o que parecia ser uma etemidade, mas nao se mexeu de novo, 0 tinico som que dava para ouvir, era o da chuva la fora. Corpos ou vitimas de uma tragica circunstancia? Ela nao queria descobrir. Rebecca recuou, passando por cima do homem com os olhos brancos, agora parecendo morto. Ela decidiu que iria tentar a porta do vagio da frente. Ela tinha que sair do trem, contar avs outros © que encontrou. A cabega dela girou com 0 que ia acontecer depois- a comunidade devia ser alertada, fazer uma quarentena. O governo federal também devia ser envolvido, A CDC ou USAMRID ou talvez o EPA, uma agéncia que tinha o poder de fechar tudo, descobrir 0 que esta acontecendo. Teria que ser uma grande empresa, ela realmente poderia ajudar. Faria uma- © corpo atras do vagao mexeu-se de novo, sua cabeca acomodou-se no seu peito, e todos os pensamentos de salvar Raccoon City fugiram de sua mente, ela virou-se e correu para a porta de conexao, doente de medo. Tudo o que ela queria era sair. QS hadow CICell/ Chast Gunter Nao demorou muito para Billy achar uma arma, ¢ por sorte, ele era intimamente familiarizado com © padrio-edigao das armas dos PM, ele encontrou em uma bolsa rachada, de baixo de um assento. Era do mesmo tipo que seu escolta estava levando. Tinha meia caixa de munigao de reserva da 9x19mm, munigao do tipo parabellum, um isqueiro, outro dispositivo util para se ter ao redor, nunca se sabe quando vai ser necessario. Ele carregou-se, enchendo os bolsos da frente de clipes extras, desejando estar com seu uniforme, e ndo com aquela roupa. Calca jeans nao era a melhor para se carregar balas. Ele comegou a procurar por uma jaqueta, € entio parou; mesmo com chuva, a noite ainda era quente ¢ seria ruim 0 bastante sair com uma jaqueta de brim mothada, teria que usar os bolsos da alga. Ele parou na porta que levava de volta a floresta, com arma em maos, dizendo a si mesmo que precisava ir- e ainda nao tinha saido. Ele nao tinha ouvido nada daquele garoto dos S:T.A.RS. desde aqueles sete tiros. Apenas alguns minutos se passaram, se o garoto estivesse com problema, nao seria tarde demais para ajudé-lo- Ficou maluco? Seu cérebro gritou para ele. Vié embora seu idiota! Certo, claro. Ele tinha que sair. Mas nao conseguia tirar 0 barulho dos tiros de sua cabeca e passou muito tempo sendo um dos mocinhos para virar as costas para um deles se eles precisassem de ajuda. Além disso, se 0 garoto estivesse morto, isso significaria uma arma extra. “Sim, é isso” murmurou , tendo consciéncia de que ele era procurado por mais de uma razo criminal para justificar sua decisio, nio havia nada a fazer; ele tinha que ire olhar. Com um gemido interno, Billy se afastou da porta, da liberdade, optando por ir pelo vagao da frente. Ele deu um passo através da primeira porta, hesitando um pouco antes de pegar a segunda, para o préximo vagao. O QS hadow CICell/ Chast Gunter tinico som que dava pra ouvir era o da chuva la fora. Tao silenciosamente quanto péde, ele destizou a segunda porta e atravessou. O inconfundivel cheiro acertou-o em cheio primeiro. Sua mandibula se apertou quando examinou aquele vagao, contando as cabecas. Trés no corredor. Dois a frente na direita e um diretamente a sua esquerda, despencando em um assento. Todos eles, mortos. Aquele homem da estrada... Billy fechou a cara, compreendendo que nenhum daqueles corpos em volta dele, poderia ter passado pelo idiota que tinha ficado na frente do jipe, causando 0 acidente. Ele tinha apenas vislumbrado 0 cara, mas se lembrou de que ele parecia doente. Talvez uma dessas pessoas- mas no, elas esti mortas ha dias. E entio no que o garoto estava atirando? Billy se moveu para o corpo mais préximo, agachando ao lado dele, vendo as feridas com seus olhos treinados. Ele respirava superficialmente pela boca. O cara estava morto hé algum tempo; parte de sua bochecha direita estava faltando, fazendo-o parecer sorrir amplamente para Billy, ¢ a borda do tecido estava preto, apodrecendo. E havia um, dois buracos de bala em sua sobrancelha e uma poca de sangue fresco rodeando sua cabeca, acima de seu corpo, parecendo uma sombra vermelha. Billy tocou a poga com o lado de sua mao, com a cara fechada. Estava quente. O outro corpo, o atendente do trem, parecia quase a mesma coisa, a nao ser pelo ferimento em sua garganta. Billy nao era Einstein, mas tinha pensamento légico. E 0 fato de eles estarem cheios de buraco, sugerem que eles tentaram atacar aquele S..A.RS, O que significa que é melhor eu ter cuidado, ele pensou, levantando seus pés. Ele olhou para o corpo do banco de trés, estreitando seu olhar. O homem se moveu ou foi sé um truque de luz? De qualquer forma, era melhor ir para outro lugar. Shadow CCall ‘Chest Gunter Ele correu até outro corredor, pisando sobre os cadaveres, tentando ver todos eles de uma vez e amaldigoando a sua necessidade de encontrar aquele S.T.ARS. Se ele nao tivesse uma maldita consciéncia, era para estar bem longe dali. Ele passou pelas duas portas, arma empunhada para 0 préximo vagio. Nao era um vagao para passageiros, mas era muito bem decorado, desde a entrada, ele s6 conseguia ver um pequeno corredor que apareceu a sua frente, € duas portas fechadas a sua direita e algumas janelas do lado oposto. Ele considerou verificar os quartos, ciente de qué seria um movimento esperto- virar as costas para uma drea desconhecida era um péssimo movimento- mas estava comegando a achar que sua consciéncia ia levé-lo a loucura. Ele nio poderia proteger todo 0 trem, s6 queria ver se 0 garoto estava bem e dar o fora de la. E se esse garoto nfo aparecer nos proximos minutos, vou desembarcar de qualquer mancira. sso é chato. “Chato” nao € a palavra certa, ele nao sabia descrever 0 terror que sentia em seu estmago- mas tinha visto o medo paralisar os homens mais fortes ¢ ele sabia melhor do que ninguém disso. Era melhor rir disso, como se tivesse sido um pesadelo. Ele avangou pelo corredor, movendo-se silenciosamente, deslizando ao longo da parede, pasando por um sali desalinhado & direita e depois continuow andando, passando por uma porta aberta, com caixas de papelao bloqueando a entrada. Quarto de Armazenamento, provavelmente. Nao havia corpos pelo menos, mas havia um cheiro de podridao no ar. As poucas janelas quebradas pelas quais ele passou, refletiu uma sombra pilida dele mesmo, havia apenas escuridao e chuva la fora. Ele observou com tristeza, alguns dos vidros quebrados que estavam dentro do vagio, espalhados pelo escuro chao de madeira... O que sugeria que alguém queria entrar e nao sair. Assustador. QS hadow CICell/ Chast Guntey Parecia que os corredores irregulares surgiam a esquerda novamente, passou por uma porta intitulada ESCRITORIO DO CONDUTOR. Ele devia estar perto da frente- ~e ele viu uma segunda sombra a frente, refletida na janela, diretamente apés a virada. Ele parou, prendendo a respiragio, observando a figura agachar, ele ou ela estava de costa para 0 corredor, alheio a qualquer ameaca por tras. Se fosse 0 S.T.A.RS, ele ou ela precisava de mais treino. Billy deu os tiltimos passos e ergueu a arma, movendo-se por tris da figura, Ele sabia que devia evitar confronto- 0 garoto estava obviamente bem, € ele tinha outros lugares para estar- mas queria saber o que estava acontecendo, essa poderia ser a tinica chance de informagao. O membro dos S.T-ARS. virou-se, ly, € levantou-se vagarosamente, encarando-o. “Crianga”, néo esta longe da marca, ele pensou olhando para os inocentes olhos de uma adolescente, uma garota. Deus, eles estavam contratando gente das escolas do ensino médio? Ela era pequena, pelo menos metade do tamanho dele, era bonita- tinha cabelos castanho avermelhados, magra, ainda com tragos delicados. Se ela pesasse mais de uma centena de quilos, ele teria se surpreendido. Ela estava agachada na frente de um homem morto, corpo trucidado, largado perto da saida do vagao. Se ela ficou surpresa ao vé-lo, escondeu bem. “Billy”, ela disse, sua voz saiut clara e melodiosa, suas palavras fazendo- o serrar os dentes. “Tenente Coen.” Merda. Parece que alguém tinha encontrado o jipe. Ele manteve a arma levantada, mirando diretamente no olho direito dela, “Entdo... voce parece me conhecer. Andou tendo fantasias comigo, 6?” “Voce € 0 prisioneiro que estava sendo transportado para execucao” ela, sua voz comecando a ficar dura. “Vocé estava com aqueles soldados la fora.” QS hadow CICell/ Chast Gunter Ela pensa que fui cu, que eu matei cles, ele pensou. Estava escrito na cara dela, Ele percebeu que ela nao sabia de nada do que estava acontecendo por ali, se ela nio tivesse ligado o cadaver com 0 que aconteceu com 0 jipe. E ele nao via razio para desiludi-la. Ele podia usé-la, para sair disso. “Ah, sei,” disse ele “Vocé esta com os S.T.A.RS.? Bem, sem ofensa querida, mas o seu tipo parece no me querer por perto. Receio que nosso papo acabou.” Ele abaixou sua arma, entdo virou-se e comegou a se afastar, seu andar era répido, porém sem pressa- como ele pensou, nao estava muito preocupado com a presenga dela. Estava contando com sua dbvia inexperiéncia, e 0 medo dele para manté-la distante, impedindo-a de agir. Foi um risco calculado, mas ele pensou que fosse pagar por isso. Ele enfiou a arma na cintura, na parte de baixo das costas, jd estava na metade do corredor, quando ouviu os passos dela, tentando alcanga-lo. Merda, merda. “Espere, voct esta preso!” disse ela firmemente. Ele virou-se para encara - 1, ¢ viu que ela nem mesmo estava com uma arma em maos, Ela estava tentando fazer um olhar feroz, mas ela nio poderia para-lo. Se nao estivessem numa situa¢ao tao seria e bizarra, ele teria sorrido. “Nao, obrigado boneca. Ja estou algemado,” ele disse, levantando sua mao esquerda e balangando a algema. Ele virou-se e comegou a se afastar novamente. “Eu poderia atirar em vocé, sabia?” ela chamou por ele, mas agora tinha uma pontinha de desespero em sua voz; ele continuou andando. Ela nao 0 seguiu, poucos segundos depois, ele estava de volta na porta de conexao. Ele abriu a porta dos passageiros mortos, dando um sorriso trémulo e aliviado. Era melhor assim, cada um por si mesmo e tudo 0 que- - Eele viu 0 homem morto, que tinha se afundado em seu assento, na parte de tras, estava agora de pé, balangando seu nico olho na posicao de Billy. QS hadow CICell/ Chast Gunter Com um gemido de fome, a criatura ergueu os bragos, seus dedos retalhados, como se fosse para sentir 0 caminho de onde Billy estava. FUBAR*- expressao usada pelos militares norte americanos. Significa que todos sao irreconheciveis, algo assim. Dog Tag**- placa de identificacao dos militares. Capitulo 3 Rebecca observou Billy sair do vagao, sentindo-se impotente e muito jovem. Ele nem sequer olhou para tras, parecendo no se preocupar com a presenca dela. E aparentemente, ew nio sou ela pensou, cedendo seu ombro. Ela nao esperava que ele fosse, bem, to assustador. Grande e musculoso, com olhos escuros de aco e uma tatuagem tribal cobrindo todo o seu braco direito. Ambos 6s bragos nus, por uma fina camiseta de algodao. Ele parecia forte, e depois de seu terrivel encontro com o morto, ela nao havia sido preparada para a tarefa de levé-lo em custédia. Sem mencionar, que ele poderia derrubar vocé. Ela encontrou um corpo, na frente do vagao, um dos trabalhadores do trem e viu 0 que parecia ser uma chave, presa em uma mao fria. Desde que a tunica saida do vagao estava trancada, ela tinha que tentar por ele- era isso ou retroceder ao vagio dos passageiros. Ela estava tio envolvida na tentativa de encontrar uma chave, que nao tinha ouvido o condenado se aproximar, nao até que fosse tarde demais. Agora, como ela voltou para frente do vagio, viu a porta trancada, que utilizava um leitor de cartio de qualquer maneira. Otimo, ela estava fazendo um bom trabalho. QS hadow CICell/ Chast Gunter Ela virowse © pegou o radio, pronta para admitir derrota. Se ela pudesse fazer com que a equipe chegasse rapido, eles poderiam lidar com Billy. E 0 mais importante é que ela nao estaria sozinha com 0 conhecimento que tinha sobre algumas pragas que atingiram Raccoon. Era engragado, que um assassino condenado estivesse de repente abaixo da lista de prioridades.. Bam!Bam! Antes que ela pudesse tocar o botéo transmissor, ouviu dois tiros no préximo vagio, na diregao que Billy tinha ido. Ela hesitou, nao tendo certeza do que ia fazer- e naquele instante, a janela explodiu atras dela. Ela girou, cacos de vidro voando e ela viu uma figura humana cair no chao. “Edward!” O mecinico nao respondeu. Rebecca correu para o lado do companheiro de equipe, para avaliar rapidamente suas condicdes. Além de um ferimento macigo aberto em seu ombro direito, 0 rosto estava cinzento com 0 choque, o olhar turvo e sem foco. Cada parte exposta de seu corpo estava coberta de contusdes e escoriagbes. “Voce esta bem?” ela perguntou, abrindo seu kit médico e pegando um pouco de gaze grossa. Fla rasgou parte do pacote, e aplicou-a em seu ombro, percebendo com uma sensac3o enjoada que o que estava fazendo, poderia nao ser muito bom; uma enorme quantidade de sangue estava encharcando sua camisa, sua subclavia provavelmente havia sido cortada. Ela ficou surpresa por ele ainda estar vivo, sem falar que ele teve forga para saltar por uma janela. “O que aconteceu?” Edward olhou para ela, piscando lentamente, sua voz saiu tensa, com dor. “Pior do que... Nao podemos. Ela segurou a atadura firmemente, mas ela ja estava encharcada. Ele precisava ir para um hospital. ASAP, ou ele iria morrer. “Rebecca,” ele disse “A floresta esta cheia de zumbis... e monstros...” QS hadow CICell/ Chast Gunter Ela comegou a dizer para ele nao falar mais nada, para conservar sua ‘energia- quando mais vidros se explodiram, chovendo lascas de vidro, a janela da sua esquerda estava se quebrando, Uma, duas formas escuras saltaram da vidraga quebrada, uma desaparecendo em volta do corredor, 0 outro virando na diregao de Edward e Rebecca, Zumbis e monstros. Um cio, era um grande cio, mas nao como os cides que ela havia visto antes. Devia ser um Dobermann, uma vez- estava rosnando para ela, mostrando seus dentes. Pedagos de pele e misculos pendurados pelo seu corpo, ela percebeu, que eles também estavam infectados, pela mesma doenca que infectou os passageiros do trem. Mas eles ndo pareciam mortos, pareciam destruidos, com olhos vermelhos, seu corpo cheio de retalhos de pele molhada com sangue. Edward nao estava apto para se proteger. Rebecca levantou-se deu um asso para tris do mecanico que estava morrendo, arma na mao. Ela podia ouvir 0 segundo cio ofegante, ao longo do corredor, fora de vista. Ela mirou no olho esquerdo do animal, realmente compreendendo 0 horror da doenga. Seu conflito com os passageiros quase mortos tinha sido horrivel e chocante que ela mal tinha tempo para considerar 0 que aquilo significava. Agora, olhando para 0 monstruoso cio que estava na frente dela, seu rugido era crescente ¢ infernal, rugido de fome. Ela se lembrou do animal de estimagdo que teve em sua infancia, um shaggy negro, chamado Donner, se Jembrou do quanto o amava ~ e compreendeu que aquele cio, tinha sido animal de estimagao de alguém, Assim como nas pessoas que ela havia atirado que uma vez foram humanas, ela riu e chorou, alguém sentiria falta delas. Doenga, causada por um vazamento quimico ou ataque, 0 que quer que tenha causado aquilo, era uma abominacao. QS hadow CICell/ Chast Gunter O entendimento passou por sua mente por um instante, e se foi. O cio ficou tenso, mostrando seus dentes, preparando-se para pular nela, e Rebecca apertou o gatilho, a Imm balangando em suas maos, 0 som ensurdecedor, ocupando aquele pequeno espaco. O cdo entrou em colapso. Rebecca estava mirando em uma pequena parte do corredor que podia ver, esperando o segundo cao aparecer. Ela nao teria que esperar muito. Com um rosnado, 0 animal pulou em volta do corredor, com suas largas mandibulas a mostra. Rebecca atirou, acertando 0 tiro em seu peito, o cio soltou um alto e impressionante ganido de dor- mas ainda estava em pé. Ele sacudiu-se com se quisesse tirar 4gua do corpo, rosnando, pronto para atacé-la, mesmo no escuro, sangue jorrando de seu ferimento. Devia ter matado-o, devia ter derrubado-o no chao! Assim como os passageiros no vagéo, parecia que s6 um tiro na cabeca derrubava-o. Ela levantou sua mira e atirou novamente, desta vez acertando 0 centro de seu cranio, o cdo sentiu e caiu. Poderia ter mais deles. Ela abaixou a arma vagarosamente, virando-se para a janela quebrada, tentando ver através da escuridio e da chuva, esforgando-se para ouvir algo além da tempestade, Depois de alguns minutos, desistiu, ajoelhando-se proximo a Edward novamente, procurando em seu kit médico, uma nova atadura- -e parou, olhando para seu companheiro de equipe. O sangramento constante de seu ombro ferido nao estava mais 14, Edward olhou fixamente para o chao, com os olhos semicerrados, morto. “Eu sinto muito,” sussurrou ela, sentando em seus calcanhares. Parecia inconcebivel que ele se foi, ele morreu em um curto espaco de tempo, ela estava atirando no cachorro, e uma ponta de culpa caiu sobre ela. Se ela tivesse sido répida, poderia ter feito um curativo melhor... ‘Mas vocé nao foi, e quanto mais vocé ficar sentada ai, se sentindo mal por cele, mais voc’ vai acabar tendo o mesmo final que o dele. Mexa-se! Shadow CCall Chast Guntts Rebecca sentia culpa com esse insensivel pensamento, ela olhou de relance para as janelas abertas e os cacos quebrados sob seus pés. Teria que avaliar sua culpabilidadle depois, quando fosse seguro. Seu rédio apitou, Ela pegou-o, se afastando da janela, se afastando do pobre Edward. A recepgio era ruim, mas ela poderia contar a Enrico. Ela levou © radio ate seu ouvido, aliviada por ouvir a voz forte do capitio, entre explosdes de estatica, ..00c8 est me ouvindo?... mais informagies sobre...Coen. Rebecca relutantemente aproximou-se da janela, esperando ouvir melhor, mas a estatica aumentou-se ligeiramente. “ .Anstitucionalizados... matou pelo menos vinte e trés pessoas... cuidado..." O que? Rebecca apertou o botdo de transmissio. “Enrico... aqui é Rebecca! Esta me ouvindo? Cambio” Uma onda de estatica. “Capitao! S.T-A.RS. Bravo, vocé esta me ouvindo?” Longos segundos de mais estatica, Ela perdeu o sinal. Rebecca colocou de volta seu radio no seu cinto. Ela tinha que chegar até o helicéptero, dizer aos outros sobre Edward, sobre Billy e o trem e o grande perigo que eles estavam enfrentando. Ela trocou de clipe na 9mm, pegando um momento para recarregar metade de um. Com um ultimo olhar triste para seu companheiro de equipe, ela pisou sobre 0 cdo, tendo cuidado para nao escorregar na poca de sangue, voltando para 0 vagao de passageiros. Embora estivesse ansiosa para prender o condenado, ela nao esperava encontré-lo novamente. A morte de Edward... Os caes... Ela se sentia insegura, incapaz de assumir o comando. E vinte e trés pessoas? Ela estremeceu, espantada de que nao tenha matado ele quando teve a chance. QS hadow CICell/ Chast Gunter No vagao dos passageiros, ela viu o resultado dos dois tiros que ela tinha ouvido antes. A vitima doente que ela pensou ter se movido, nao tendo certeza sobre isso... Parecia que estava viva apesar de tudo. Ele deve ter tentado atacar Billy, do mesmo jeito que os outros tentaram atacé-la, Ela parou na porta que originalmente tinha vindo, olhando os corpos em decomposigéio das pessoas que ela tinha matado. Se Edward estivesse certo, se a floresta estava mesmo cheia dessas coisas, cla teria que se mover répido- E talvez Billy nao tenha matado aqueles fusileiros. Rebecca piscou, isso nao tinha Ihe ocorrido antes, mas o jipe deve ter sido atacado, permitindo que Billy escapasse- forgando-o a correr, de fato. Parecia ser. Os dois homens mortos foram atacados; mas nao por um tiro; os cachorros devem ter 0 aquilo. Ela balangou a cabega. Nao importava. Ele era um assassino de qualquer forma, e se ela nao estivesse a altura de apreendé-lo, tinha que achar alguém que estivesse. Tao grave como a doenga era, eles ndo poderiam de © Coen escapar. Ela deixou o vagao dos passageiros, passando rapidamente pelo vagao vazio para a porta do outro lado, esperando que todos os outros tivessem voltado para 0 helicéptero, seguros. Ela pegou na maganeta e levantou-a. Nao tinha certeza de como iria dar a noticia sobre Edward, iria ser dificil- Rebecca fechou a cara, empurrando a porta de correr, que recusava a se deslizar. Ela tentou novamente, e de novo, ¢ de novo... Ento chutou a porta, amaldigoando-a silenciosamente. Estava emperrada- ou Billy trancou, talvez para manté-la longe dele. “Droga.” Ela mordeu o labio inferior, se lembrando da chave que estava na mao do trabalhador morto. Ela nao conseguiu solta-la, e entdo se esqueceu depois de ter corrido atras de Billy, sem mencionar Edward e os cachorros... Mas entao, quem precisaria das chaves? QS hadow CICell/ Chast Gunter Ela poderia arrastar-se facilmente através das janelas quebradas, nao é grande coisa- Ela ouviu um barulho, de uma porta se fechando, e olhou para sua esquerda, na diregao da parte traseira do trem. Alguém estava se movendo em tomo do vagao ao lado. Provavelmente outro passageiro doente. Ou talvez Billy ainda estivesse 4 bordo. De qualquer maneira, ela estava pronta para sair dali, e la tinha a escolha de sair pela janela. A menos que... Tenha alguém lé atrds. Alguém que precisa de ajuda. E poderia ser até mesmo outro membro dos $.T.A.RS. E agora que ela tinha pensado nisso, sentiu que era seu dever dar uma olhada, sensivel ou nao. Ela andou rapidamente pelo vagio vazio, pronta para o que quer que se depois. Nao parecia possivel que algo estranho fosse acontecer hoje noite- mas entao, a maior parte do que aconteceu nao parecia ser possivel. Ela queria estar preparada para qualquer coisa. Ela abriu a porta do préximo vagao, e fez uma varredura com sua 9mm, aliviada de encontrar tudo vazio e sem sangue. Tinha escadas & sua esquerda ¢ uma porta logo a frente, Esta deve ser a porta que ela ouviu se fechando... .« Abriu, e dali saiu Billy Coen. Billy parou, othando para a garota, ela estava com uma arma nas maos- estava contente. Que ela ainda estava viva, e que aparentemente sabia usar uma arma. Depois de tudo o que ele aprendeu, ter um parceiro era a tinica chance de sobreviver. “Isto & ruim,” disse ele, e podia ver que ela sabia que ele nao estava se referindo arma apontada para sua cabeca. Ela ndo respondeu, s6 0 observou firmemente, sua 9mm firme, e ele levantou suas mos, compreendendo que a hora do joguinho terminou. As algemas penduradas batendo em seu pulso. QS hadow CICell/ Chast Gunter “Aquelas pessoas- aquelas que vocé teve que matar- elas estavam doente,” ele disse. “Uma delas tentou me morder. Eu atirei nele, e encontrei um cadero em sua jaqueta. Eu posso-?” Ele comegou a abaixar uma de suas maos, para alcangar seu bolso de trés. “Nao, mantenha suas maos para cima!” ela disse, puxando a arma. Ela ainda parecia estar com medo, mas aparentemente estava preparada para prendé-lo. “Ok, tudo bem,” disse ele, “Vocé pega, esta no meu bolso de trés.” “Voce esta brincando nao é? Eu nao vou chegar perto de voct.” Billy suspirou. “E importante, algum tipo de didrio. Nao faz muito sentido, mas & algo sobre uma investigagao em um laboratério, que est abandonado ou destruido- mas também fala de um monte de assassinatos que ocorreu por aqui, e possivelmente um virus foi solto. Algo chamado T-virus.” Ele viu uma pontinha de interesse, mas ela estava segura. "Eu vou ler, mas depois que vocé colocar sua mao de volta na algema,” disse ela. Ele balangou a cabeca. “O que quer que esteja acontecendo aqui, é perigoso. Alguém trancou todas as saidas, vocé ja reparou? Por que nao cooperamos até sairmos daqui?” “Cooperar?” As sobrancelhas dela se ergueram. “Com vocé?” Ele se aproximou, abaixando suas mos, ignorando a arma em sua cara “Escute, garotinha- Caso nao tenha notado, ha um monte de aberragdes neste trem. E eu pelo menos quero dar 0 fora daqui, e no acho que temos alguma chance fazendo isso sozinho.” Ela nao abaixou a arma. “Vocé espera que eu confie em voce? Eu nao preciso da sua ajuda, posso lidar com isso sozinha. E nao me chame de Ela estava comegando a irrita-lo, mas ele se refreou. Nao precisava té-la como inimiga. “Tudo bem, senhorita Independente” ele disse. “Como devo te chamar?” QS hadow CICell/ Chast Gunter “O nome é Rebecca Chambers,” ela disse. “Mas é Oficial Chambers para voce.” “Muito bem, Rebecca, por que vocé ndo me conta seu plano de aco?” ele perguntou. “Vocé vai me prender? Otimo, faga isso. Chame todo 0 exército e iga para eles trazerem artilharia pesada. Podemos esperar por eles aqui.” Pela primeira vez, ela pareceu vacilar. “O radio esta sem sinal,” ela disse. Inferno. "Como vocé chegou aqui?” ele perguntou “Pelo ar ou pelo chao? Seu transporte esta perto?” “Nés viemos de helicéptero, mas... ele deu defeito,” ela disse. “Nada que seja da sua conta, Ponha a algema de volta. Minha equipe esta esperando la fora.” Billy abaixou suas maos vagarosamente. “Qual a distancia? Vocé tem certeza de que eles ainda esto por ai A garota amarrou a cara, “Isto nao é um interrogatério, Tenente. Eu vou tiré-lo daqui. Vire-se para a parede.” “Nao.” Billy cruzou os bragos. “Atire em mim se precisar, mas nao vou ficar sem minha arma para voc? me prender. Sem chance.” A bochecha dela corou. “Vocé vai fazer o que eu estou te pedindo ou eu vou-” Crash! As janelas se quebraram, no compartimento de cima. Billy e Rebecca, ambos olharam para cima. Poucos segundos depois, eles ouviram o que pareciam ser passos pesados, l4 no alto devagar... Depois, nao ouviram mais nada. “Sala de jantar,” Billy disse. “E estava vazia alguns minutos atras.” Rebecca estudou-o por um momento, e entdo abaixou sua arma vagarosamente. Ela se moveu até o pé da escada e olhou para cima, sua jovem QS hadow CICell/ Chast Gunter face estava com uma expressao determinada. “Espere aqui,” ela disse. “Eu vou verificar.” Billy quase sorriu, Ele esteve nas Forgas Especiais por sete anos, tinha aprendido a atirar, muito provavelmente, antes de ela estar fora da escola primaria- e agora ela iria protegé-lo? “Eu pensei que vocé nao confiasse em mim,” ele disse. “ O que me impede de sair por uma dessas janelas e escapar?” A garota sorriu, um evento pequeno e frio. “E perigoso, se lembra? Vocé nao teria chance de fazer isso sozinho.” Antes que ele pudesse dar uma resposta propriamente mal humorada, ela virou-se e comecou a subir as escadas, aparentemente tentando provar que ela era uma autoridade. Garota idiota; com tudo 0 que estava acontecendo, se provar nao deveria ser a prioridade principal. Ele sabia que deveria segui-la, manté-la longe de se matar por ai. Mas queria um minuto para pensar. Ele observou ela alcangar © topo das escadas e desaparecer pelo canto, sem olhar para tras. Como a musica diz, eu devo ficar ou ext devo ir? Rebecca queria prendé-lo, o que significava que ela teria que manté-lo vivo. E ela precisava da ajuda dele, ela era inexperiente demais para sair por ai sozinha. Entiio, quem morreu e nomeou-o seu salvador pessoal? Quando vocé vai conseguir? Vocé néo é mais um dos mocinhos agora, lembra? Fugir ainda estava fora de questo. Mas ele nao tinha tanta certeza de suas chances. Se ele precisasse de mais prova de que a floresta era perigosa, 0 caderno que ele encontrou, 0 diario do homem que © atacou, era mais do que 0 suficiente. 14 de julho. Nés ouvimos hoje sobre os laboratsrios de Arklay... E nds estamos sendo enviados para verificar na préxima semana. Alguns dos outros esto preocupados QS hadow CICell/ Chast Gunter sobre as condigdes, sobre 0 que deve ser feito como o chefe diz, alguém vai dar uma primeira olhada, Deve ser nds. O escritor passou a falar de sua namorada, que estaria brava por ele estar deixando a cidade. Billy passou para a préxima pagina, lendo meio por cima as paginas que ele ja tinha lido antes. 16 de julho... Ainda tem muita coisa que a gente nio sabe sobre o T-virus. Dependendo da espécie © do envolvimento, era questdo de minutos para 0 T fazer mudancas notéveis, mudanca no tamanko, comportamento agressivo, ¢ 0 cérebro se desenvotvia como o de um animal, de qualquer mancira, Nada é imune. Mas até que os efeitos possam ser mais bem controlados, a companhia esté brincando com fogo. Billy virou a pagina. 19 de julho. O dia esta finalmente chegando... Estou mais ansioso do que pensei que estaria, Os jormais ¢ a televisio de Raccoon City estdo relatando assassinatos bizarros no subiirbio da cidade, Nio pode ser 0 virus. Pode?E se for... Nao. Nido posso pensar nisso agora. Eu tenho que me concentrar na investigagto, tenho que garantir que tudo ocorra bem. Mudanga de tamanho, comportamento agressivo, desenvolvimento do cérebro. Como dizem, em um cachorro? E aquilo sobre “em animais, de qualquer forma.” © que esse T-virus fazem aos humanos? Billy estava disposto a apostar que jé tinham visto os resultados. “Viram ‘zumbis, “” ele murmurou. Ou tao bom quanto um zumbi, de qualquer maneira. © que eles definitivamente estavam procurando era por almogo. Shadow CCall “Ghost Gunter Do que eram chamados os canibais humanos? Porco grande. Era isso. (Os zumbis estavam procurando por um grande suino, sem diivida. Floresta cheia de canibais e monstros... Ele iria se arriscar com a garota, Ela sobreviveu até agora sozinha, matou pelo menos trés daqueles passageiros ¢ conseguiu manter sua sanidade. Ele iria ficar com ela até sair disso- depois ele bolava uma fuga e escapava antes da equipe dela se agrupar, assumindo que ainda haja uma equipe- Uma garota, « garota gritou la de cima, som de puro terror. Billy pegou sua arma e comecou a subir, dois degraus de uma vez, esperando que nao tenha chegado muito tarde. No topo das escadas, havia uma leve curva, e depois uma porta. Rebecca abriu-a devagar, com cuidado, com a arma em maos, dando um passo para entrar. Uma nevoa fina, com um acre de fumaga cumprimentou-a, a cint a0 do fogo, fazendo as sombras dancarem nas paredes. Como Billy disse, o lugar ja havia sido belo, mesas cobertas com linho fino, janelas cobertas por cortinas cor de creme. Agora estava uma porcaria, pratos e vidros quebrados por toda a parte, mesas viradas, toalhas de mesa encharcada com vinho derramado e sangue... E perto da volta, uma figura sozinha e encurvada sobre uma mesa, a bainha da toalha estava queimada. Rebecca viu uma pequena lampada a olho esmagada na frente da mesa, a causa do incéndio. © homem da mesa era muito quieto- e Rebecca se aproximou, ela viu que ele nao era como os passageitos Id de trés, nao estava infectado pelo 0 que Billy sugeriu que fosse 0 T-virus. Ele era um homem mais velho, aparéncia istinta, com um terno marrom, seus cabelos brancos estavam penteados para QS hadow CICell/ Chast Guntty tras, a cabeca estava inclinada sobre o peito, como se estivesse acenando no jantar. Ataque cardiaco? Ou ele desmaiou? Nao parecia provavel que ele tivesse quebrado a janela do segundo andar, mas ela podia ver que nao havia mais ninguém na sala, ninguém que pudesse ter aquelas pisadas pesadas. Rebecca limpou a garganta enquanto se movia em diregao a ele. “Com licenga,” ela disse, parando préxima a mesa, percebendo que o rosto dele e suas mios estavam molhadas, brilhando ligeiramente & luz do fogo. “Senhor?” Sem resposta- mas ele estava respirando, ela podia ver seu peito se movendo, ela inclinou-se, colocando suas maos no ombro dele. “Senhor?” Ele comegou a levantar sua cabeca, virando seu rosto para ela- e ele estava doente, um som molhado, como se estivesse lambendo algo viscoso com 05 labios, a cabega do homem deslizou de seu tronco e caiu no chao. © som molhado comegou a ficar mais alto, o corpo decapitado estava comegando a se mexer, com 0 movimento de uma bolha, como se as coisas estivessem cheias de vida, Rebecca cambaleou para tris, soltando um grito quando 0 corpo do homem deslizou, como um bloco mal empilhado, caindo no chao. Quando os pedagos cairam no chao, eles se desintegraram, o tecido de sua roupa comegou a mudar de cor, virando preto, se tornando muitas coisas, cada um do tamanho de um punho. ‘Siio lesmas, siio como lesmas- Lesmas com pequenas fileiras de dentes, ndo em todas, mas eram esmas sanguessuga, gordas, e de alguma forma, vieram do homem, ate mesmo das roupas do homem- Nao € possivel, isso ndo pode estar acontecendo! Ela cambaleou para trés, doente de terror com as criaturas que se reuniram mais uma vez, uma massa anormal, as coisas inchadas se transformando numa torre negra brilhante Shadow CCall Chast Gunter Eles estavam se reformando, tomando a forma ¢ a cor- era novamente 0 homem velho, que ela tinha visto sentado numa cadeira. Ela olhou em choque, sem acreditar no que via. Mesmo sabendo que ele era formado por cem, talvez duzentas, daquelas coisas nojentas, ela nao podia ver espagos entre eles, nao saberia que era um homem, exceto porque ela mesma viu. A tonalidade da cor, a forma do corpo- a tinica prova de que ele nao era um homem, era a pele e a roupa, que curiosamente brilhavam. Ele levantou seu brago esquerdo para tras, como se estivesse prestes a fazer um lancamento de baseball e em seguida comegou a avangar. Seus bragos alongados € impossivelmente esticados. Rebecca estava a pelo menos cinco metros de distancia, mas os bragos brilhantes esticaram-se a centimetros do rosto dela, Ela tropegou em seus prdprios pés, com pressa de sair dali, caindo no chao, batendo o braco no chao- em seguida inclinou-se para tris, pronta para atacar novamente. A arma sua idiota, atira! Ela puxou a arma para cima e atirou, os dois primeiros tiros indo selvagemente, © terceiro e © quarto tiro desaparecendo no corpo cheio de sanguessugas. Nao dava para ela ver o tiro rasgando a carne, 0 temo € 0 corpo abaixo dele ondulando ligeiramente, como se ela estivesse vendo através de ondas de calor fora do asfalto em um dia de verao. A criatura mal hesitou, antes de chicotear seus bragos mais uma vez na diregao dela. Ela esquivou, mas a mio fez contato, golpeando sua bochecha esquerda. Ela gritou de novo, mais pela mao ter tocado-a do que pela fora do golpe- era frio viscoso e Aspero, como um tubardo mergulhado em algas- e antes da sua retirada, ele deu um tapa nela novamente, desta vez batendo na 9mm de sua mao. A arma escorregou de sua mao e caiu no chao, indo parar de baixo de uma mesa. O velho homem-criatura deu mais um passo cambaleante em sua diregao, estava perto o bastante para que seu golpe nao fosse facilmente desviado, Rebecca sé teve tempo de pensar que estava morta- Shadow CCall Chast Guntt - ¢ BAM, BAM, BAM, a criatura estava cambaleando para tras, alguém estava al indo de novo e de novo, o inesperado som, fazendo-a encolher. Os primeiros poucos tires desapareceram da forma de antes, mas o atirador continuou atirando, encontrando 0 rosto brilhante e envelhecido do homem, os olhos estavam brilhando. Um liquido escuro voou repentinamente das aberturas nas sanguessugas, ficando aos pedacos, sobre 0 sexto e o sétimo tiro, © homem coisa comecou a derreter novamente, os animais pequenos e pretos, deslizando em diregao da janela quebrada. Rebecca olhou para trés, em diregao a porta e viu Billy Coen em pé na posigo classica de um atirador, ambas as maos na arma, olhando fixamente na monstruosidade que estava na frente deles, finalizado com um colapso silencioso, se tornando muitos mais uma vez. As sanguessugas continuaram seu camino pela janela, deslizando e fazendo uma trilha de gosma sobre os escombros do chdo e das paredes manchadas, fazendo esforo para deslizar sobre as bordas dos 170s quebrados, indo para a tempestade da noite. Eles tinham terminado 0 seu ataque, era o que pareci Um estranho alto estava cantando sobre 0 som da chuva. Ainda em choque, Rebecca aproximou-se da janela, cuidadosamente evitando as sanguessugas que restantaram, enquanto elas saiam do vagio, recuperou sua arma antes de olhar a fonte do canto. Billy se juntou a ela, sem fazer qualquer esforgo para passar por cima das estranhas criaturas, algumas estourando sob sua bota, Sob a luz de um raio, eles 0 viram. De pé sobre uma colina baixa a oeste do trem, uma solitaria figura masculina, era alto, tinha longos ombros, levantou seus bragos, num gesto de boas vindas e cantava com uma voz de soprano surpreendente doce, jovem rico e forte... Ele cantava em latim, como algo de alguma igreja. Como se isso nao fosse bizarro o bastante, ele parecia estar em baixo de um lago raso, o chao QS hadow CICell/ Chast Gunter ondulava levemente ao redor dele. Estava escuro demais para ver, s6 dava para ver a sombra do cantor solitario. “Oh, Cristo,” Billy disse “Veja aquilo.” Rebecca sentiu seus cabelos da parte de tris se arrepiarem, sua boca estava virada pra baixo, em uma careta de nojo. Nao tinha lago. O chao estava coberto com as sanguessugas, milhdes delas, todas se movendo em direcio ao jovem cantor. Ela podia ver a bainha de seu casaco ou roupio batendo enquanto subia, desaparecendo sob ele. “Quem é aquele cara?” Billy perguntou, e Rebecca balangou a cabega. Talvez como 0 velho, feito pelas criaturas- O trem deu um solavanco de repente. A subida, com um som mecanico enchendo 0 vagao, o chao vibrando sob seus pés- e o trem estava se movendo, de vagar primeiro, mas depois foi pegando velocidade. Ela olhou para Billy, viu a mesma cara de confusao e surpresa nele, ela sabia que também estava com a mesma cara, ¢ pela primeira vez ela sentiu algo além de raiva e desdém do criminoso. Ele estava preso neste- pesadelo, assim como ela. E ele acabou de salvar minha vida... “Ainda lidando com as coisas sozinha?” Ele perguntou, sorrindo com desdém, e ela sentiu a ligacdo ténue entre eles desaparecer. Antes que ela pudesse dizer algo, pensou, ele pareceu perceber que seu humor passivo- agressivo no era o que a situagao exigia. “Bu acho que podemos nos ajudar,” ele disse. “Que tal? E sé até sairmos disso, tudo bem?” Rebecca pensou sobre as vitimas infectadas que ela viu, aqueles que ela matou, sobre 0 que Edward disse, que a floresta estava cheia de zumbis e monstros. Ela pensou sobre 0 homem feito pelas sanguessugas, e aquele estranho mestre delas cantando na chuva e finalmente pensou no fato de QS hadow CICell/ Chast Gunter alguém ou alguma coisa ter comegado no trem. Mesmo que Enrico ¢ o resto do time estivessem vivos, eles devem estar bem longe “Sim, tudo bem,” embora seu sombrio e arrogante comportamento nao tivesse mudado, ela pensou que Billy estava aliviado. E ela sabia que estava. Capitulo 4 A solitéria figura da colina observou o trem ganhar velocidade e desaparecer na tempestade, 0 coragao cheio de musica, musica que estava saindo pelos seus Libios, que soou docemente pelo ar selvagem, chamando seus mascotes de volta para ele, Eles haviam feito um bom trabalho, preparando-se para a equipe de limpeza que estaria 14 assim que © sol se por, levando a maioria dos infectados para a floresta, trancando portas, ligando os motores; ele queria alimentar suas sanguessugas, e nao os infectados, e uma vez que a equipe da Umbrella estivesse & bordo, eles nao iriam escapar. A chuva o molhava assim que ele subia na colina, fez sinal por sua voz, pelo seu desejo. Ele recebeu com um sorriso quando terminou sua cangao. Tudo esta indo t2o bem quanto desejava. Depois de tanto tempo de espera, essa era a hora. Ele iria realizar seu sonho; se tornaria o pesadelo da Umbrella. E entao, o pesadelo do mundo. “Precisamos parar o trem primeiro” disse Rebecca. Billy acenou. “Alguma sugestio? “Vamos nos separar,” disse ela calmamente. Surpreendentemente calma. Considerando pelo 0 que ela tinha passado. “A porta do vagao da frente Shadow CCall ‘Chest Gunter do trem esta trancada- Onde nos encontramos? Precisamos abrir aquela porta, para chegar até os motores.” “Entdo, atiramos na tranca,” Billy disse. Rebecca balangou a cabeca. “Leitor de cartio magnético. Nés temos que encontrar um cartao.” “Eu vio Escritério do Condutor-” “Trancado,” cla disse “Vamos ter que procurar.” “Isso pode levar algum tempo.” Billy disse. “Deveriamos ficar juntos.” “Levaria 0 dobro do tempo. E eu prefiro sair daqui 0 mais rapido possivel” Por mais que ele nao quisesse andar no trem sozinho, nao queria que ela andasse sozinha, ele ndo poderia argumentar com a légica. “Vou comegar na parte de tris, trabalhando para frente” ela disse “Voce pega o segundo andar. Nos encontramos na frente.” Coisinha mandona, nfo? Ele pensou, mas preferiu guardar para si mesmo. Em algum ponto de um futuro nao tao distante, ela podia evitar que ele se tomasse almogo de alguém, “E eu vouatirar se voce tentar fazer alguma gracinha.” Ela adicionou. Billy comegou a se aproximar dela, vendo o brilho de seus olhos. Ela nio estava falando sério. Nao inteiramente. Ela acenou para a arma dele. “Vocé precisa de municao?” “Eu estou bem.” Ele respondeu. “E voce: Outro aceno, ela comecou pela porta. Quando ela chegou porta, virou- “Obrigada,” ela disse apontando vagamente para o fundo do vagio. “Te devo uma.” Antes que ele pudesse responder, ela se foi, Billy ficou olhando para ela por um momento, um pouco espantado com sua vontade de enfrentar os perigos do trem sozinha. Serd que ele tinha sido tao corajoso na idade dela? Shadow CCall ‘Chest Gunter E chamado de “Negacio da mortalidade” quando se é jovem. Ele pensou. Sim, ele pensou que viveria para sempre também, Ser sentenciado a morte, o fez ter uma visio diferente das coisas. Ele passou um breve momento verificando o vagao de jantar, olhando de cara feia os restos esmagados de algumas dezenas de sanguessugas, verificou rapidamente atrés do pequeno bar, sob as mesas. Tinha uma porta trancada na frente da sala, mas chutou-a rapidamente, olhou rapidamente por uma cabine vazia com um buraco no teto. Ele ignorou, tentando descobrir qual era a melhor aposta, que seria procurar no corpo dos trabalhadores, de qualquer maneira, Ele desceu as escadas, parando no fundo por um momento, olhando para a traseira do trem, antes de continuar. Rebecca Chambers parecia ser capaz de cuidar de si mesma; melhor ele vigiar seu proprio traseiro. De volta para as portas duplas, através do primeiro vagio de passageiros, ainda estava vazio. Billy respirou fundo antes de ir para o segundo vagio, deu uma rapida olhada para se certificar de que nao tinha ninguém andando, dirigiu-se para a escada, evitando olhar para o homem que tinha matado. Ele jé havia matado antes, mas nao é algo que vocé se acostuma, nao se vocé tiver uma consciéncia. O cheiro © acertou em cheio antes de chegar ao segundo andar, e entio ele diminuiu 0 passo, respirando superficialmente. Era como dgua do mar podre, Quando chegou ao topo, viu a fonte do mau cheiro, Agora sabemos de onde esto vindo. Ele parou no topo da escada, que se transformou imediatamente em um corredor a sua direita, virando a direita novamente, alguns metros a sua frente- e do chao ao teto, o canto da esquerda, estava cheio do que parecia ser sacos de vos vazios, criando algum tipo de ninho de aranha- alguns deles eram pretos e molhados, brilhando na luz de um semi-enterrado abrigo. Eles se balancavam QS hadow CICell/ Chast Gunter ligeiramente, assim como o trem balangou, fazendo-os parecer quase vivos. Ele ped a Deus que nao tivesse ter que correr de novo. Ele se afastou do canto, pisando em fios de uma coisa brilhante, que se propagava através do tapete fino do salao, vagamente se perguntou se aquele acidente do jipe tinha sido uma béngao, depois de tudo. Ele no queria morrer de qualquer maneira, mas um bom fuzileiro de um pelotao podia vencer uma merda de situacao, de ser devorado por sanguessugas. Pare com isso soldado, Esteja onde vocé esté. Direita. Ele caminhou pelo corredor, relaxou ligeiramente quando percebeu que o corredor estava vazio. Havia duas portas de cabine fechadas, cada lado com um corredor estreito, cada uma marcada por um nimero. Pela decoragao Iuxuosa do corredor, ele diria que eles estavam nas cabines privadas. Era um bom palpite. Ele abriu a primeira porta, 102, e encontrou um quarto, bonito e arrumado e gracas a Deus, sem corpo ¢ sem sangue. Infelizmente, nio havia muita coisa ali, ele encontrou uma bagunga de pertences pessoais no pequeno amério. Havia papéis, um amontoado de fotografias, uma caixa de jéias. Ele abriu a caixa, revelando um anel de prata, um design raro; parecia uma pega unica desses conjuntos de anéis entrelagados, entalhado com um padrio Ele colocou o objeto de volta na caixa, dirigindo-se para a préxima Quando ele abriu a porta 101, sentiu uma ponta de esperanga. Jazia no chio como um presente, uma shotgun. Billy recolheu a arma do chio, com uma felicidade imensa. Era uma Western, carregada com dois tiros calibre doze. Havia mais alguns punhados de cartuchos espalhados, entretanto sem cartao-chave. Fechadura magnética ou ndo, isto provavelmente abriné aquela porta, ele Pensou, confortével com o peso da pesada arma, encheu seus bolsos de cartuchos. Ele estava tentado a achar Rebecca imediatamente, mas decidiu que QS hadow CICell/ Chast Gunter era melhor terminar 0 que ele comesou. Tinha uma porta no fim do salao, presumindo que aquela porta levava ao préximo vagdo do segundo andar, levaria ele para préximo a frente do trem, de qualquer forma- em breve ele se reuniria com a garota. Ele nao estava com medo de estar por conta prépria, nao ea isso, € nem mesmo estava preocupado com Rebecca, no entanto tinha isso também- era muitos anos de servico. E se ele tinha aprendido alguma coisa, era que estar em combate sozinho era a pior maneira. A porta estava destrancada, ¢ aberta, revelando um longo vagio vazio. Havia um bar de madeira polida do seu lado direito, bem abastecido, pequenas grandes mesas alinhadas & parede, um carpete caro sob o chao e um lustre baixo. Como no ultimo vagéo, este ndo tinha sangue e nem corpo. Billy verificou os contadores atrés do bar, em seguida dirigiu-se para a porta da outra extremidade, se sentindo estranhamente pouco a vontade com a passagem a céu aberto, Ele segurou a pesada shotgun com firmeza. Quando estava quase do outro lado da sala, algo caiu sobre o telhado. O som foi estrondoso, enorme, 0 impacto foi tao forte que um candelabro caiu do bar acertando o chao, globos de vidro se quebraram. O vagao do trem balangava sob seus trilhos, fazendo com que ele tropecasse, quase caindo. Ele manteve seus pés firmes no chao, virando-se para olhar. Onde o candelabro tinha caido, havia uma rachadura no teto, o metal torcido para fora- enquanto ele olhava, uma, duas coisas gigantes estavam perfurando 0 teto, cerca de dois metros de distancia, um apés 0 outro, Billy olhou fixamente, nao tendo certeza do que estava vendo. Grande, de forma cilindrica e pontuda, cada uma das partes penetradas, pareciam estar idas em dois, divididas ao meio. Eles se pareciam como uma... Garra? Seu intestino deu um nd. Aquilo era exatamente 0 que eram, como um caranguejo gigante ou um escorpiio, e enquanto ele olhava, ambas abriram, revelando bordas serrilhadas. As pingas enormes estavam viradas para dentro e para QS hadow CICell/ Chast Gunter cima, ¢ ele realmente comecou a ver através do telhado de ago, o som de metal rasgando, como um grito alto. Ele ja tinha visto o bastante. Virou-se e correu os tiltimos poucos metros para a porta, consciente de que tinha comecado a suar frio. Atras dele, 0 grito do metal foi aumentando e aumentando, e ele agarrou a fechadura, sacudiu- -e estava trancada. E claro. Ele girou para tras, dando apenas tempo para ver 0 dono da macica pinga, pulando para baixo, através da entrada distorcida que tinha feito, bloqueando o tinico meio de Billy escapar dali. Rebecca tinha decidido que o ultimo vagao era seguro quando os cies atacaram. Depois que ela se separou de Billy, fez seu caminho através de uma rea da cozinha do ultimo vagio, estava banhado de sangue, panelas caidas, mas estava vazio, Ela estava comegando a se perguntar se algum passageiro ou tripulante conseguiu escapar quando o trem foi atacado. Ha muito sangue ao redor, entretanto, poucos corpos. Considerando 0 estado de alguns passageiros, ela achou melhor passar correndo. Seus pés deslizaram-se em uma poga de dleo de cozinha enquanto fazia sua vistoria, mas sua busca, por outro lado foi tranqiiila. A porta para os demais vagées supondo que era algum tipo de area de armazenamento- estava trancada, mas havia um espaco apertado que passava por de baixo do chao, com uma cobertura que ela conseguiu erguer sem muita iculdade. Ela nao estava feliz por passar em um buraco escuro, mas era um pequeno tiinel, somente alguns metros. Além disso, ela disse a Billy que iria comecar pela parte traseira do trem, e ela pretende ser cuidadosa. Fazer um QS hadow CICell/ Chast Gunter trabalho decente era digno para se manter no meio dessa Joucura, As vitimas infectadas jé era ruim o bastante, e aquele homem feito pelas sanguessugas.. w= Niio pense nisso. Encontre 0 cartdo-chave, pare 0 trem, vd procurar por ajuda de verdade, Alguém além de ser um assassino condenado, muito obrigada. Billy era seu tinico porto nessa tempestade, entdo para falar a verdade, ele salvou seu traseiro, mas confiar nele nao era uma coisa segura de se fazer, é absolutamente um ato idiota. Ela tinha razo sobre 0 compartimento ao lado. Depois de ter pasado pelo buraco claustrofébico, ela levantou-se e percebeu que estava em um lugar de armazenamento, mal iluminado por uma unica lampada pendurada no teto. Havia caixas ao longo da parede, a maioria escondida nas sombras profundas. Ela vasculhou a escuridao com sua arma. Nada mudou, mas o trem balangava ao longo dos trilhos. Atras do compartimento, havia uma porta com uma janela. Rebecca aproximou-se, 9mm empunhada, viu escuriddo e movimento do outro lado, © som do trem aumentando, ¢ ela percebeu que finalmente estava no ultimo vagio, olhando para além da pista. Ela sentiu uma vibragdo de algo como alivio, sabendo que ainda existia um mundo la fora- e por pior que fosse, ela poderia saltar. O trem estava indo realmente muito rpido, mas era uma opcio. Click. Ela girou ao ouvir o som atras dela, coragio disparado, mirando no nada. O trem continuou andando, as sombras girando e balangando. Depois de um tenso momento, ela respirou fundo, e expirou. Provavelmente uma das caixas se mexendo. Como o resto desse vagio- bem, 0 primeiro andar, de qualquer forma- 0 compartimento de armazenamento parecia ser seguro. Ela duvidou de que houvesse algum cartao-chave flutuando por ai, mas era melhor dar uma olhada- Click. Click. Click- click- click. QS hadow CICell/ Chast Guns Rebecca congelou. O som estava perto dela, ¢ ela sabia 0 que era, qualquer um que tivesse ouvido um cachorro saberia: era o barulho das unhas na superficie dura, Ela virou vagarosamente sua cabeca para a direita, para onde ela tinha visto um casal portadores de cies, ambos com as portas abertas. E emergindo das sombras mais préximas- Tudo aconteceu rapido. Com um rosnado vicioso, 0 cao pulou. Ela teve tempo de registrar que ele era como os outros que ela tinha visto- grande, infectado, danificado- e entdo seu pé direito veio por ela, uma ago reflexiva. Ela chutou 0 cao, acertando a criatura no peito. Com um horrivel som molhado, ela ouviu a: como sentiu seu peito molhado ir para longe, a pele escorregando pelo envelhecimento muscular, © pélo molhado e emaranhado engordurando a parte inferior do sapato de Rebecca Incrivelmente, 0 cio ignorou a ferida e continuou se aproximando, mostrando suas mandibulas largas e gotejantes. Ele teria vindo para ela antes que ela pudesse levantar a arma, ela sabia, ja podia até sentir os dentes apertando seu brago, e sabia também que uma mordida desse cio poderia maté-la, a transformaria em um zumbi- ~ © antes que os dentes pudessem realmente tocé-la, seu outro pé dgil com dleo, derrapou para fora, abaixo dela. Rebecca caiu no chao, batendo seu quadril, e 0 co a sobrevoou, um cheiro de carne podre lavou suas roupas. Na verdade, pisou sobre ela, uma pata traseira, manchando seu ombro esquerdo, delimitando 0 momento de investida do cio. A sua queda descontrolada de sorte s6 Ihe comprou um segundo. Ela rolou em seu estémago, estendeu o brago e disparou, investindo contra 0 animal. O primeiro tiro foi alto; 0 segundo encontrou o olho esquerdo do pobre animal. O cao caiui no chao, morto antes que tivesse parado seu movimento. Sangue comecou a espalhar em volta do cio, Rebecca pulou o cio. Além de ser muito basico, virologia nao era sua especialidade, mas ela estava disposta a QS hadow CICell/ Chast Cunt apostar que o sangue do cdo estava quente, altamente infeccioso ¢ ela nao estava interessada em pegar qualquer que seja a coisa que estiver por I Este nao era um resfriado comum. Assumindo que isso é um virus, ela pensou, olhando para a bagunca decadente que tinha io feita pelo o que foi alguma vez um canino. Ele fez sentido como qualquer outra coisa, 0 misterioso T-virus de que Billy havia mencionado, como ele se espalhou? Qual foi a taxa de toxidade, a rapidez com que isso se amplia no corpo do hospedeiro? Ela raspou a sola do sapato contra um dos canis, esperando que fosse capaz de apagar o som de sua meméria facilmente-e viu algo brilhando através das sombras. Ela inclinou-se, pegou um pequeno anel de ouro entalhado em um design incomum. NZo parecia ser ouro de verdade, era provavelmente indtil, mas era bonito. E ela teve sorte de estar ali parada, olhando para o anel, considerando todas as coisas que havia acontecido. “O que torna esse anel da sorte” ela disse, deslizando 0 anel em seu dedo indicador esquerdo. Foi quase um ajuste perfeito. O anel foi tudo o que ela encontrou. Nao tinha cartéo-chave caido pelo chao, nada de itil. Ela voltou para a plataforma e percebeu em um instante que © lugar estava encharcado. A tempestade estava impetuosa e o trem estava muito rapido para considerar a ideia de pular, Suas esperancas subiram rapidamente quando viu um painel intitulado FREIO DE EMERGENCIA, mas alguns toques nos controles provaram ser impotentes. Tanto para emergéncia. Ela voltou para dentro, tirando seu cabelo molhado de sua testa. Hora de ir para frente, tentar procurar algo nos corpos que ela e Billy mataram. © pensamento era desagradavel, mas ndo havia outra alternativa. Eles nao sabiam se havia alguém conduzindo 0 trem, ou se estava descontrolado; de qualquer maneira, eles tinham que obter os controles. Ela olhou para 0 cio mais uma vez antes de sair- pela porta, desta vez- pensando em como ela tinha sido sortuda, como ela poderia ter sido facilmente QS hadow CICell/ Chast Gunter mordida até a morte. Sem chance de deixar sua guarda abaixar novamente; ela esperava que Billy estivesse tendo mais sorte do que ela. Jesus Cristo. Billy olhou, de boca aberta, sua mente estava entorpecida com a impossibilidade da coisa estar a dez metros na frente dele. Parecia algo como um escorpiao, se escorpides crescessem daquele jeito, teriam o tamanho daqueles carros de esporte. O monstro que caiu do teto era um inseto, talvez trés metros de comprimento, com um par de garras gigantes e blindadas, io em tomo de sua face plana, possuia um grande rabo inchado que se curvava sobre suas costas que terminava em um enrolado ferro, maior do que a cabeca de Billy. Ele tinha multiplas pernas, mas Billy no estava contando- no com a coisa se movendo em diregao a ele, emitindo o som de um motor superaquecido, pernas articuladas no chao. A chuva caia através do buraco, torando o cenario ainda mais infernal, a criatura emergindo névoa timida como em um pesadelo. Sem tempo para pensar. Billy levantou os ombros e a arma de caga e mirou no eranio da criatura baixa e plana. Entre 0 movimento do trem e 0 andar cortante do monstro, ele levou alguns segundos para ter certeza do tiro, alguns segundos que pareciam uma eternidade. A criatura se aproximou, seus pés rigidos retalhando o carpete. Billy atirou, boom, a shotgun deu um solavanco em seu ombro, com forga o suficiente para deixar um hematoma. Um tiro, e a coisa gritou, um liquido leitoso estava saindo do cranio, Ele ndo pausou para avaliar os danos, apenas mirou novamente e disparou de novo, boom. QS hadow CICell/ Chast Gunter A coisa estava gritando mais alto, mas ainda estava avancando. Billy recarregou a shotgun, ele se atrapalhou, cartuchos caindo pelo carpete, 0 monstro gritando e se aproximando muito répido. Tinha um tinico cartucho em seu bolso, ele pegou e trouxe o rifle até seu quadril. E melhor que esse seja 0 ultimo... O tiro atingiu o monstro bem no centro, a apenas um metro de onde Billy estava, perto o bastante para ele sentir o calor do residuo de pélvora acertando sua pele. Seu grito morreu como um pedaco grande e irregular de exoesqueleto, explodindo sua cabeca, fazendo voar sangue e massa encefalica para todos os lados. O monstro se estremeceu totalmente, suas enormes garras abertas fechadas e seu ferrdo espetando 0 ar. Com um grito gorgolejante final, caiu no chao. O cheiro dele era como o de sujeira e gordura quente, azedo, foi quase avassalador, mas Billy ndo se mexeu por um momento, querendo ter a certeza de que o bicho estava morto. Ele podia ver onde os dois primeiros tiros haviam atingido- a shotgun estava puxada levemente para a esquerda, embora o tiro final tivesse acertado préximo ao olho negro do monstro, O que ¢ isto? Ele olhou horrorizado para a criatura, nao tendo certeza de que queria saber. Tinha que estar conectado aos cachorros e aos zumbis, 0 T- virus. Aquele didrio que ele tinha encontrado, dizia sobre pequenas doses causar aumento de tamanho e comportamento agressivo. O que significa que esse monstro deve ter sido infectado com doses de galdes. Acidentalmente? Sem chance. O diario também dizia algo sobre um laboratério. E sobre controlar os efeitos do virus, sobre como eles poderiam até controli-lo, a empresa estava “brincando com fogo”. As implicagdes foram suficientemente claras. Talvez 0 T- QS hadow CICell/ Chast Gunter virus tenha escapado acidentalmente, dessa companhia qualquer que fosse, mas obviamente estava fazendo experimentos com esse virus anteriormente. Para 0 momento, porém, tudo 0 que importava era que os mortos continuassem mortos-e ele tinha que procurar pelo cartao-chave. Se o escorpiio rei tivesse irmaos e irmas vagando por ai, Billy queria alguém para ajudé-lo. Ele pegou os cartuchos que tinha deixado cair e recarregou a arma. E entio pisou cuidadosamente em tomo do monstro, carcaca fétida, e saiu para ir encontrar Rebecca. Talvez ela tivesse tido mais sorte do que ele. Depois que ela pisou no vagao da frente, Rebecca pensou ter ouvido tiros, do lugar que esteve antes. Ela ficou parada na porta, segurando a moldura, olhando inexpressivamente para 0 cachorro morto, fazendo esforco para ouvir. Trovao retumbou lé fora. Depois de um momento, ela desistiu e caminhou para frente do trem. Ela se moveu vagarosamente, armando-se para ver Edward novamente, desejando ter pego um cobertor na bagunga do vagio dos passagi os para cobrir 0 corpo. Talvez. um casaco de um dos homens mortos; ela certamente nao tinha conseguido nada, exceto um crescente sentimento de indignacao sobre 0 T-virus e uma dor de cabega de segurar a respiragdo. Sem chaves, nada ajudaria. © corpo do trabalhador do trem no vagio da frente, onde ela encontrou Billy- talvez, no entanto, a chave que ele estava segurando fosse ser de alguma forma. Ela chegou ao corredor, e forgou-se a passat, contornando o fluido que vazou do cao- Edward tinha sumido. Rebecca parou, olhando fixamente. O segundo cdo ainda estava ld, mas um chumaco de gaze vermelha e alguns respingos de sangue eram tudo 0 que restava de onde 0 corpo de Edward esteve. Isso e um cheiro de podridao QS hadow CICell/ Chast Guns terrivel. Legal, a brisa molhada vinda das janelas, mas o cheiro ainda era muito forte Tudo parecia se mover em cimera lenta, quando ela olhou para baixo, viu as faixas no sangue do cao. Ela seguiu-as com seu olhar, olhou para frente, vendo as marcas da bota em vermelho, manchada, como se as marcas tivesse sido feitas por um bébado, ou... Ou... Um doente. Nao. Ela sentiu um pulso. © tempo parou ainda mais, seu olhar finalmente subindo do chao. Ela viu a beirada de um brago nu, alguém que esté apenas fora de vista no final do corredor. Alguém alto, Alguém vestindo botas. “Nao,” ela disse, e Edward se afastou da parede, dando um passo a vista. Quando ele a viu, seus labios sangrentos se abriram, soltando um gemido emergente. Ele cambaleou em diregio a ela, seu rosto estava cinzento, e seus olhos quase brancos. “Edward?” Ele continuo se aproximando, cambaleando, arrastando 0 seu ombro ‘ensanguentado ao longo da parede, com seu suporte de guardar armas ao seu lado, 0 rosto estava va € estiipido. Aquele era o Edward, seu amigo, e ela Jevantou sua Handgun, dando um passo para tras, mirando. “Nao me faga...” ela disse, uma parte de sua mente se perguntando como o virus era mortal, e como fazia suas vitimas parecer. Deve ter diminuido a freqiiéncia cardiaca- Edward gemeu novamente. Ele parecia estar desesperadamente faminto, através de seus olhos brancos mal iluminados, ela podia ver que ele nao era mais o Edward. Ele estava se aproximando. “Esteja em paz," ela sussurrou, e atirou nele, a bala perfurando um buraco em sua témpora esquerda. Ele parecia perfeitamente calmo, com sua expresso faminta e caiu no chao. QS hadow CICell/ Chast Gunter Rebecca ainda estava ali, mirando o cadaver de seu amigo, quando Billy a encontrou poucos minutos depoi Capitulo 5 William Birkin apressou-se através da passagem de dgua da estacio de tratamento, assustando-se com 0 som de seus passos que ecoavam pelos corredores cavernosos. Ele dirigiu-se para 0 primeiro nivel do subsolo, sala de controles B. O lugar era frio e morto, como uma tumba- 0 que nao era to ruim analisando tudo, exceto porque ele sabia o que vagavam atrés das portas trancadas pelas quais havia passado, sabia que estava cercado por uma abundancia de vidas. De alguma forma, aquela consciéncia feita pela distancia do eco de cada movimento, parecia muito mais um sacrilégio, como estar gritando em um mortuirio. Quai é, na verdade ainda nao esto mortos. Seus colegas, seus amigos. Agarre- sea voc? mesmo, Tados eles sabiam que isso era uma possibitidade, todas eles. Ma sorte, isso é tudo. MA sorte para eles. Annette e ele estavam nas instalagdes quando o vazamento aconteceu, finalizando 0 fracasso da nova sintese. Ele chegou até a escadaria executiva atrés do B4 e comegou a subir, perguntando-se se Wesker estava esperando-o. Birkin jé estava atrasado, ele no queria deixar seu trabalho nem mesmo por um momento, e Albert Wesker era preciso e um homem pontual, entre outras coisas. Um soldado. Um pesquisador. Um sociopata. E talvez ele fosse o tinico. Talvez ele fez 0 vazamento. QS hadow CICell/ Chast Guns Era possivel; Lealdade de Wesker permanece com Wesker, sempre foi assim, e embora ele estive trabalhando para a Umbrella por muito tempo, Birkin sabia que ele estava procurando por uma saida. Por outro lado, ficar atolado na lama em seu prdprio quintal nao era seu estilo, e Birkin conhecia 0 homem ha vinte anos, era pegar ou largar. Se Wesker tivesse causado 0 vazamento, ele certamente nao ficaria perambulando por ai para ver 0 que aconteceria depois. Birkin chegou ao primeiro lance de escadas, fez uma virada e comegou a subir os préximos degraus. Supostamente os elevadores ainda funcionavam, mas ele nfo queria arriscar. Nao tinha ninguém em volta para ajudar, se acontecesse algo errado. Ninguém além de Wesker, e por tudo 0 que ele sabia, 0 comandante dos S.7.A.RS. tinha decidido ir para casa E no topo do segundo lance de escadas, Birkin ouviu algo, um som suave, vindo por tras da porta que marcava segundo andar do subsolo. Ele parou por um momento, imaginando alguma pobre alma pressionada contra a porta do outro lado, inconscientemente batendo no corpo quase morto dele ou dela contra um obstaculo, de novo e de novo, vagamente desejando serem livres. Quando a infecgao foi originalmente lentificada, as portas internas foram trancadas automaticamente, prendendo a maioria dos trabalhadores infectados e cobaias de testes. As vias principais foram limpas, pelo menos as que levavam até as salas de controle. Ele deu uma othada em seu reldgio, e comegou a subir pelo ultimo lance de escadas. Ele nio queria perder Wesker enquanto ele ainda estava por perto. Entio se Wesker nio provocou o vazantento, entio quem? Como? Todos eles pensavam que havia sido um at lente; ele ainda pensava até algumas horas atrés, quando Wesker ligou para Birkin falando sobre o trem. Isso foi um acidente de muitos. O lorde sabia que havia muitas pessoas com QS hadow CICell/ Chast Gunter motivos suficientes para sabotar a Umbrella, mas nao era facil obter uma autorizacao de nivel baixo para entrar nos laboratérios de Raccoon. Ese... Wesker disse algo sobre a companhia querer dados reais sobre o virus, ndo apenas simulagdes, mas sim treinamento; talvez eles tenham soltado 0 virus, enviado seus esquadrdes para por a mao no que nao deveriam ser deles, por assim dizer. Ou talvez estivessem planejando em como por as mios no G-Virus. Criar todo esse cas, em seguida entrar e roubé-lo. Birkin apertou a mandibula. Nao. Eles nao sabiam o quao préximo ele estava, € nao saberiam até aquela porra ficar boa e pronta, Ele tinha tomado suas precaugdes, escondido coisas, e Annette havia subornado os cies de guarda para eles se afastarem. Ele via o que acontecia em muitas ocasides, a companhia levando 0 pesquisador porque queriam resultados instantineos, entregando 0 material para um “sangue-novo"... E em dois dos casos ele havia conhecido a personalidade, o cientista original que foi eliminado, o melhor para manté-los longe da concorréncia. Nao eu, Endo 0 G-Virus. Era o trabalho de sua vida. Ele iria destrui-lo antes que o pegassem. Ele chegou até a sala de controle que queria, uma plataforma de observagao, realmente, que dividia o espago com um gerador da usina de backup, que agora, felizmente estava em siléncio. As luzes estavam apagadas, mas ele andou pela passarela, vendo Wesker sentado em frente aos monitores de observacio, suas costas estavam iluminadas pelo brilho do monitor. Como de costume, Wesker estava usando seus dculos escuros, uma afetagio que sempre irritava Birkin, o cara podia ver no escuro. Antes de ele anunciar sua presenga, Wesker acenou com uma mao sem nem mesmo olhar pelo ombro. “Venha dar uma olhada nisso.” QS hadow CICell/ Chast Gunter Sua voz estava comandando, era urgente. Birkin apressowse para juntar-se a ele, inclinando-se sobre o console para ver o que era to interessante para Wesker. Sua atengio estava voltada para o monitor da instalagio de treinamento, que se parecia como o video da biblioteca do segundo andar. Um estagidrio com sangue e outros fluidos; ele parecia positivamente molhado, mas Birkin nao percebeu _nenhuma particularidade incomum que nio_tivesse percebido nos outros. “Eu nao vejo-” ele comegou, mas Wesker interrompeu. “Espere.” Birkin observou o jovem- um jovem que nao chegaria a ficar velho gracas ao T-Virus- correndo em uma pequena mesa do lado da sala, entao se virou e comegou a voltar em diregéo aos bancos de computadores, cambaleando ea camera seguindo seu movimento. Assim que estava prestes a perguntar a Wesker o que ele estava procurando, ele viu. “Ali.” Wesker disse. Birkin piscou, ndo tendo certeza do que viu. Ele se virou para os bancos de computadores, 0 brago direito do estagidrio tinha se alongado, diminufdo, estendeu-se quase todo o caminho até © chao, depois colocou de volta no lugar. “Esta & a terceira vez nas ultimas meia hora ou entdo,” Wesker disse suavemente. © estagidrio continuou vagando pela sala, mais uma vez, indistinguivel das outras pessoas condenadas que estavam sendo retratadas na nas telas pequenas. “Um experimento que a gente nao sabia sobre?” Birkin perguntou, embora fosse improvavel. Ambos estavam to profundamente informados quanto qualquer um lé fora da sede. “Nao.” “Mutagio?” QS hadow CICell/ Chast Cunt “Vocé 0 cientista, vocé me diz,” Wesker disse. Birkin pensou por um momento, entio balangou a cabega “Eu suponho que € possivel... Nao, mas eu acho que nao.” Eles observaram o soldado em siléncio por outro momento, mas ele s6 cruzoua sala novamente; nada alongou-se ou mudou. Birkin nao sabia o que eles tinham visto, exatamente, mas nao estava gostando nem um pouco. Nesta complicada série de equagdes que sua vida havia se tornado, entre seu trabalho e sua familia, entre os desastres de Raccoon seu sonho de fazer um virus perfeito, este era desconhecido. Este era algo novo. Uma interferéncia de estética estourou no silencio da sala, a voz de um homem desconhecido emergindo de um sibilo. “ETA, dez minutos, cambio.” Devia ser a equipe de limpeza da Umbrella que foi enviada para o trem. Wesker disse que eles estavam a caminho quando ligou. Wesker apertou um botdo. “Afirmative. Comunique quando 0 objetivo ja estiver sido alcangado. Cambio e desligo.” Ele apertou 0 botdo novamente, ¢ os dois homens continuaram observando 0 soldado desconhecido, cada um perdido em seus proprios pensamentos. Ele nao sabia muito sobre Wesker, mas jé estava comecando a pensar que jé era hora de dar o fora de Raccoon City. “Rebecca.” Ela ndo respondeu ou virou-se, somente abaixou sua arma. Billy desejava ter algo que pudesse dizer, mas achou melhor ficar de boca fechada. O cenario estava claro o bastante; 0 homem do chao estava com o uniforme dos S.T.A.RS, provavelmente um amigo, e que havia sido infectado. QS hadow CICell/ Chast Gun Ele deu a cla um momento, mas nao achou que poderia durar mais que um. Ele ndo poderia ter certeza, mas 0 trem parecia estar pegando mais velocidade. Se isso fosse um descontrole, eles iriam bater e morrer. Se alguém estava controlando, eles precisavam saber quem e por que. “Rebecea,” ele disse novamente, e desta vez ela virou-se, enxugando as lagrimas de seu rosto e piscou para ele. “Eu ouvi vocé atirando alguns minutos atras?” Ela perguntou. Billy acenou, tentando sorrir, mas nao conseguiu. “Era um monstro- inseto. E voce?” “Cachorros,” ela respondeu, e derramou uma ultima lagrima. “E... € alguém que eu costumava conhecer.” Billy se mexeu desconfortavelmente, ambos ficaram em siléncio por um instante. Em seguida, ela suspirou, afastando a franja de sua testa. “Diga que vocé encontrou as chaves,” ela disse. “Algo parecido,” ele disse, erguendo a shotgun. “Nao vai funcionar,” ela disse, suspirando novamente. “Tem parafusos magnéticos, como um cofre de banco ou algo assim.” “Em um trem de passageiros?” Ele perguntou. Rebecca encolheu os ombros. “E propriedade privada. Umbrella.” A companhia farmacéutica. Entre a corte marcial e a condenacao, Billy nao estava dando muita atengio para onde estavam dirigindo para a execugio, mas agora ele se lembrava- Raccoon City. A coisa mais préxima a esta drea, tinha uma metrépole, foi onde a mega corporagao havia originalmente se estabelecido. “Eles possuem seu proprio trem?” Ela fez que sim com a cabeca. “Umbrella possui tudo por aqui. Escritérios, pesquisas médicas, laboratérios... QS hadow CICell/ Chast Cunt “Hoje ouvimos falar sobre o laboratério de Arklay... e iriamos ser enviados para verificar na préxima semana.” Raccoon Forest, Raccoon City em si ficava nas montanhas de Arklay. Os pensamentos de Rebecca pareciam estar se revirando na mesma “Vocé nao acha-” “Eu nao sei,” Billy disse. “E de qualquer maneira, isso no importa agora. Ainda temos que chegar do outro lado da porta.” Ela comegou a voltar em diregao a frente do trem, entao pareceu pensar melhor, talvez ndo querendo ver o corpo de seu amigo. Ela olhou para 0 chao e falou em voz baixa. “114 um corpo perto da porta, um homem segurando uma chave,” ela disse. “Talvez abra uma coisa util.” “Espere aqui um segundo,” Billy disse. Ele passou por ela e se moveu para frente, parando no fim do corredor. Como era de se esperar, o corpo estava segurando firme uma chave de metal. Billy tentou soltar a chave, segurando-a ‘em cima da luz baixa, Na eliqueta estava escrito, vagdo de jantar. Isso é maravilhosamente itil, muito obrigado, Ele colocou de lado, e em seguida passou um minuto revistando o casaco do homem, pegando um baralho de cartas, um punhado de chicletes de hortela no bolso da frente... E no outro, mais um pouco de chaves em um pequeno chaveiro. Duas estavam sem etiqueta, mas a terceira estava escrito CONDUTOR no metal. Billy colocou-as no bolso, e apés um momento de reflexdo, ele ajoelhou-se e cuidadosamente removeu 0 casaco do homem, fazendo caretas quando sentiu a carne fria. © pobre homem nao aparentava estar infectado, mas ele nao conhecia a pessoa ou as pessoas que havia trabalhado com ele; ele estava um caos, grande parte do rosto e das mos estavam faltando, havia pedagos esfarrapados de pele e muisculo, QS hadow CICell/ Chast Gun Billy voltou para onde Rebecca estava, pausando para cobrir 0 corpo do membro dos $.7.A.R.S. com o casaco, Ele s6 escondeu o rosto e a parte superior do corpo, achou que seria melhor assim, para o bem da garota. Ela acenou, agradecida quando ele se aproximou, mas nao disse nada. “A have que vocé viu era para o vagio de jantar, pelo qual ja passamos,” ele disse. Puxou 0 chaveiro do bolso. “Mas essas devem abrir algo.” Eles estavam parados em frente a porta que se intitulava escritério do condutor. Billy segurou a chave marcada. Com um aceno de Rebecca ele deslizou a chave na fechadura; girou facilmente. Ele preparou sua arma e abriu a porta, preparado para atirar em qualquer coisa que nao se identificasse no primeiro segundo de contato. Nio tinha ninguém. Billy relaxou levemente, entrando no escritério. Rebecca esperou na entrada da porta, sua arma estava abaixada, olhando para uma mesinha cheia de papel. Ela os verificou, assim como Billy verificou o resto da pequena cabine. “Agendas, cartas... Aqui tem algo chamado ‘HookShot Manual do Operador,”” Rebecca disse. “Memorando da manuteng3o, uma nota falando sobre uma fechadura de anel, o que quer que seja, um formulario de ordem da cozinha...” Billy abriu 0 armario enquanto ela continuava a verificar a mesinha baguncada. Havia um par de placas, cartées postais, e notas pregadas no interior da porta, livros e uma maleta trancada. Billy chacoalhou a maleta. Algo chacoalhou 14 dentro, mas era muito leve; algo como o cartdo-chave, talvez? Nao era provavel, mas ele podia ter um pouco de esperanga. Ele examinou a fechadura, fechando a cara. Nao tinha 0 buraco da fechadura, embora tivesse um entalho na frente, na forma de um circulo. Ele sacudiu a “macaneta”. Era uma fechadura sdlida. Ele provavelmente Shadow CCall ‘Chest Gun conseguiria separar a coisa, mas era muito bem feita, iria levar um tempo que eles nao podiam desperdicar “Um minuto atris, vocé disse algo sobre uma fechadura em anel?” Ele perguntou. Rebecca empurrou alguns papéis para o lado. “Ah... Aqui. Era sé uma nota escrita a mao, dizendo,’ Recursos de acesso em caso, fechaduras em anéis separadas em duas partes.” Em caso de que? Ele deu de ombros, e comegou a corar de excitacao. Em caso, O cartao era o caso, podia sentir. Ele olhou de perto a fechadura, de repente se lembrando do anel de prata incomum que encontrou Ié em cima, antes de encontrar-se com escorpio-monstro. O entalhe da fechadura era marcado como o anel ha sido, Mas a nota diz duas partes, e- “Ei, eu encontrei um anel atras do trem.” Rebecca disse. Billy olhou para Rebecca quando ela tirou de seu dedo indicador um anel de ouro, sabia que era a segunda parte da fechadura mesmo antes de ela 0 entregar. “Eu acho que temos um vencedor,” Billy disse, sorrindo na verdade, um verdadeiro sorriso desde... Desde ele nao sabia quando. Talvez tivesse um radio no compartimento do maquinista, e controles, e talvez um mapa indicando como sair da floresta. Eles estavam quase fora disso, ele tinha certeza Ele nao tinha idéia. Alguém colocou a merda do trem para andar. Havia chance de ser um dos trabalhadores que ainda estavam vivos, mas Wesker achou que era mais provavel que um dos zumbis tivesse caido sobre os controles. Em qualquer QS hadow CICell/ Chast Gunter evento, o piloto do helicéptero no havia nem mesmo hesitado, somente mudou o ETA por alguns momentos. O tempo era de sorte; desimpedirdo que o trem saia e v4 direto para as instalagdes de treinamento, bateria se nao estivesse tripulado, e a ultima coisa que eles precisavam era chamar a atengao para algumas das areas infectadas que foram bloqueadas. “Estamos nos posicionando, cambio.” Wesker esperou. Ele podia ouvir o som do helicéptero ao fundo, podia até mesmo ouvir os homens descendo, fazendo chicotadas ao vento. Ele meio que desejou estar 14, prestes a pisar em um trem condenado em uma noite tempestuosa, sua arma em mos, 0s andantes doentes esperando para ser colocado para descansar em uma explosdo de osso e carne. Birkin interrompeu sua fantasia agraddvel, sua voz e suas atitudes estavam ansiosas, quando ele chegou para cobrir 0 microfone com uma palida mio. “Nés temos certeza desse virus, certo? Quero dizer, nio estamos lidando com um ‘sequestro’, ou... um erro mecanico talvez? Eu quero dizer, esta equipe estd aqui para lidar com o trem?” Wesker suspirou internamente, William Birkin era um homem inteligente, mas também obsessivamente parandico. Ele estava convicto de que a Umbrella queria roubar seu trabalho, estava sendo quase infantil em sua intensidade. “Nos temos certeza,” ele respondeu. “O que mais poderia ser se nao 0 virus? Birkin apontou para o monitor onde tinha visto 0 soldado com 0 brago de elastico “Talvez alguma coisa a ver com isso.” Wesker deu de ombros. Era uma mutagao, tinha que ser. Incomum, mas quase impossivel. “Eu duvido. Nao se preocupe William. Ninguém que esté no poder sabe do seu precios G-Virus.” O que nao era exatamente verdade, mas Shadow CCall Chast Gunter Wesker ndo estava com um bom humor. “E no trem... Talvez o T simplesmente estd se adaptando melhor do que pensavamos.” Birkin ndo era comprado, o que nio era uma surpresa; e nem Wesker. Se a infecgdo do trem foi acidental, ele era o bule de cha da Tia Maddie, por assim dizer. “A mansao, os laboratorios, 0 trem... Quem fez isso?” Birkin perguntou suavemente. “E por qué?” Um dos homens da equipe de limpeza interrompeu. “Nés descemos, cambio” O som de fundo whup-whup das hélices do helicéptero foi substituido pelo burburinho ritmico do trem em movimento. Falando sobre o tempo. “Excelente,” Wesker dis tampando o microfone com as maos para poder responder Birkin. “Isso 6 irrelevante. O que importa agora é que isso nao saia, que nao va mais tio longe. © trem tem que ser destruido. Todas as evidéncias devem desaparecer, certamente vocé entende isso William. Nao ha problemas aqui. Nao crie um.” Ele retirou a mao do microfone. “Qual a distancia que voct esta até 0 proximo ramal, cambio.” “Nao mais que dez minutos, provavelmente-” Wesker esperou a indistinta estatica passar. “Sim? N3o copiei isso, cambio.” Houve um estouro estridente em resposta, alto o suficiente para machucar. Wesker recuou, ¢ viu Birkin estremecer por causa do ruido- ~ E eles estavam gritando, ambos os homens do trem estavam gritando em unissom. “Ah, Deus, 0 que” Te “Tira isso de mim! Tira isso de mim!” af “Ni, niéiio, néfo-” QS hadow CICell/ Chast Gunter Houve varias explosdes abafadas de armas de fogo autométicas, um homem estava gritando de dor e terror superando 0 som dos tiros-e depois no havia nada além de estatica. Wesker rangeu os dentes, enquanto Birkin comegava a balbuciar de panico atras dele. Parece que eles tinham um problema afinal. Eles pararam em frente & porta trancada, Rebecca segurando o cartao- chave e sentindo triunfo que estava fora das proporgdes com o que eles realmente fizeram. Ela percebeu que estava_emocionalmente exausta provavelmente; nao era grande coisa, eles encontraram um par de anéis, que abriram a maleta. Apesar de tudo, ela estava se sentido como se tivesse resolvido o enigma da esfinge maldita. Billy fez sinal para ela abrir a porta, sua cabega estava inclinada para um lado. Ele ainda estava ouvindo. Jurou ter ouvido um helicéptero 1a fora, quando foi recuperar o anel, ¢ alguém atirando momentos depois. Rebecca nao tinha ouvido nada. Ele provavelmente tinha torcido para isso acontecer, assim como ela, considerando- Considerando que ele estava a caminho de ser executado. Nido comece a fazer comparagées aqui. O que quer que ele tenha feito para te ajudar, ele é um animal. Esquecer isso poderia custar sua vida. Certo. Assim que ela fizer uma pequena chamada no ridio, o momento de trégua teré acabado. Ela deslizou o cartéo através do leitor, uma pequena luz vermelha mudou para verde. A porta estalou e Billy abriu. O som que vinha do trem se tornou um barulho, a porta levava a uma passagem ralada que era parcialmente exposta a alguns elementos. Vento e névoa pulverizavam sobre Billy e Rebecca, assim que pisaram do lado de fora. A direita havia uma gaiola com equipamentos que se estendiam ao QS hadow CICell/ Chast Gunter comprimento do vagio; & esquerda, havia apenas um guarda ferrovidrio ¢ uma violenta noite chicoteando enquanto passavam. A frente, outro vagio, que deveria ser 0 compartimento do motorista; era dificil dizer naquela escuridio. Rebecca agarrou 0 corrimao quando percebeu 0 quio rapido o trem estava indo, a coisa estava realmente balangando ao longo do trilho e- Oh. Rebecca hesitou, assim que Billy se apressou alguns passos a frente, nto agachou em frente da mulher ou homem caido. Havia uma segunda forma, um ou dois passos do primeiro; ambos vestidos em um equipamento de tropa de choque, suas faces atras de um éculos escuro. S.W.A.T.? Quando eles chegaram aqui? E por que sé dois? Assim que ela chegou perto, pode ver que eles estavam brilhando com gosma, com a mesma espessura que aquelas sanguessugas haviam eliminado no vagao de jantar... E os equipamentos deles, todo o Kevlar e 0 ago trancado estavam sem marca. Eles no eram RCPD ou militares. Billy estava olhando para a malha na parede a direita deles. Rebecca acompanhou o seu olhar, vendo 0 que parecia uma teia gigante escura, fixada dentro do portio, pendurado cerca de mil sacos semi-transluc Sacas de ovos, para as sanguessuigas Rebecca estremeceu, ¢ entio Billy ficou de pé novamente, sacudindo sua cabeca. Ele teve que gritar para ser ouvido sobre o trem trovejante. “Isso no é bom! Eles esto mortos!” Rebecca tinha percebido, mas ela nao ia acreditar na palavra dele. Ela deu um passo & frente, e verificou ambos os corpos por sinais de vida, percebendo algo estranho, a pélida pele deles estavam com hemorragia. Billy estava certo... E talvez.estivesse certo sobre ter ouvido uns gritos. E apesar da chuva, ambos 0s corpos estavam quentes. Ela levantou e agarrou o corrimao novamente, seguindo Billy para irem para o préximo vagio. Ela sé teve tempo de se perguntar para onde diabos eles QS hadow CICell/ Chast Gunter iriam fazer se encontrassem outra fechadura, e entao Billy puxou ¢ abriu a porta. Eles sairam da chuva e entraram em um compartimento relativamente pequeno, limpo e organizado, exceto pela fina camada de gosma que cobria 0 painel dos controles na frente. Os ouvidos de Rebecca se mexeram ao siléncio repentino quando a porta se fechou atrés dela, preocupada sobre o ntimero de luzes vermelhas que estavam piscando, iluminando o painel. Billy deu um passo e estudou 0 grande niimero de controles no painel, enio tocou no teclado que estava em frente a uma pequena tela, A tela permaneceu em branco. Ele olhou para ela com uma expressio triste. “Os controles estao trancados,” ele disse. Rebecca pegou o cartdo-chave de seu bolso. Nao havia nuimeros em nenhum dos lados, nada que eles pudessem usar como entrada de dados. Ela se moveu para o lado dele, tentando ignorar a chuva chicoteando o para-brisa, a mancha que a floresta havia se transformado e socou alguns botdes. As teclas estavam bloqueadas, eles nao se deprimiram completamente. Ela comegou a procurar por alguma coisa que tivesse escrita a palavra EMERGENCIA. “Aqui,” Billy disse, se aproximando de uma alavanca que estava a0 lado do quadro de avisos. Quando ele empurrou a alavanca, palavras comegaram a aparecer no monitor. FREIOS DE EMERGENCIA -FRENTE E TRASEIRA- TERMINAIS DEVEM SER ATIVADOS ANTES DE USAREM O FREIO. RESTAURAR A ENERGIA DO TERMINAL TRASEIRO? Os controles que ela tinha visto atrés do trem. Rapidamente Billy itou SIM. ENERGIA DOS FRIOS TRASEIROS RESTAURADA. Shadow CCall ‘Chest Gunter “Gragas a Deus,” Rebecca disse. “Faca, parar esta coisa.” O trem parecia estar indo impossivelmente mais rapido, o barulho dos motores estavam mais alto do que antes, aumentando para um grau de febre. Billy empurrou a alavanca, Moveu-se facilmente, e mais palavras comegaram a aparecer no monitor. FREIOS TRASEIROS DEVEM SER ATIVADO ANTES DOS FREIOS DE EMERGENCIA SEREM APLICADOS. “Oh, vocé deve estar brincando comigo,” Billy disse, curvando os labios. “Nés nao podemos ativar os freios pela porra da sala de controle?” *Provavelmente podemos, mas nao sem uma autorizagio,” Rebecca disse, “Manualmente, embora... Eu vi o terminal traseiro; esté atrés do ultimo vagio. Eu vou.” Billy sacudiu a cabeca, olhando para a escuridao que estava pasando rapido demais. “Nao, deixe-me ir. Sem ofensa, mas eu acho que posso correr mais rpido. Tem um algum sistema di ercomunicagao? Eu posso te dar um sinal quando estiver acionado 0 freio.” Ambos comegaram a procurar, mas o painel estava cheio de botdes sem nome; iria demorar muito para descobrirem, Rebecca comecou a dizer que ele s6 teria que correr, e como o trem estava indo mi mais répido, ele teria que correr pra caramba- ento ela se Jembrou de Edward. “O ridio de Edward,” ela disse. “Ele tinha um antes- provavelmente ainda deve estar nele.” Billy ja estava se virando para a porta. “Pegarei no caminho.” “Tome cuidado.” Ela disse. Ele acenou, dando outra olhada na janela. “Esteja pronta para acionar os freios daqui. Tenho a sensagao de que vamos parar em breve de qualquer maneira, de um jeito ou de outro.” Ele abriu a porta com um ruido e depois se foi. Shadow CCall ‘Chest Gunter Os segundos passaram. Rebecca se assegurou de que seu radio ainda estava recebendo, mantendo as mos na alavanca do freio, olhando para a noite. O trem fez uma curva muito rapida, e ela fechou os olhos por um momento, disposta a sair da sala de controles para permanecer na pista, imaginando se ela realmente poderia sentir as rodas subir e depois voltar para 0 lugar. Billy estava certo; de um jeito ou de outro, eles nao iriam mais tao longe. Por que esta demorando tanto? Havia sido $6 alguns minutos, mas isso era tempo o bastante. Ela pegou 0 radio e pressionou TRANSMITIR. “Billy entre. Qual é a sua situagao, cambio.” Nada. “Billy?” Ela esperou, contando vagarosamente até cinco, seu coragio comegou a disparar. Ela podia ver outra curva a frente. “Billy, entre!” Merda, Talvez. ele nao tenha encontrado 0 rédio, ou esqueceu-se de ligar. Ou havia algo de errado com os controles € ele nao conseguiu ativar o terminal. Ou taloez ele esteja morto, Talvez algo 0 pegou. © trem fez uma curva em volta dos trilhos, dessa vez nao teve imaginagao; o trem inclinou-se pesadamente, correndo cada vez mais rapido, outra curva como esta, e estaria tudo acabado. Ela mesma teria que voltar, nao tinha outra op¢do, ou- “Rebecca agora!” Rebecca viu uma mancha a direita do trem, e se foi tao rapido que ela nao sabia o que era até que foi passado- uma plataforma da estacdo. A plataforma da estacao, e isso significava que a tinica coisa que restou a frente de onde quer que eles estavam confinados naquela maldita coisa, poderia ser tarde demais. QS hadow CICell/ Chast Gunter “Segura firme!” ela gritou para o radio, pegando a alavanca, girando 0 mais forte que podia- e algo estava correndo em frente & janela, uma escuridao mais profunda que a noite, um tunel. O freio estava guinchando, gritando, assim como o trem estava berrando no escuro, quebrando uma barreira fina, floresta voando através do péra-brisa, © trem estava inclinando novamente, mas desta vez, nao estava inclinando de volta Rebecca ouviu seu proprio grito, se juntando ao trem assim que bateu no chao ¢ comegou a deslizar, metal rasgando, faiscas queimando como fogos de art io infernal. A parede se tornou 0 chao, Rebecca batendo no motor ¢ em algo mais duro, e todas as luzes se apagaram. Capitulo 6 Billy acordou com dor, sentindo 0 cheiro de materiais sintéticos queimando. Ele abriu os olhos, piscando, avaliando ao seu redor, o mais rapido que sua mente confusa conseguia, 0 que ndo era muito rapido. Ele estava de costas, olhando para um alto teto branco. Luz de fogo cintilando ao seu redor, sombras de escombros de pedra dancando de um lado da parede a sua esquerda. De alguma forma, ele estava dentro. Os freios, o trem... Rebecca? Isso 0 acordou. Ele sentou-se, estava surpreso e aliviado ao perceber que tinha alguns cortes no ombro e alguns arranhées, mas nada pior. QS hadow CICell/ Chast OGuntey “Rebecca?” Ele chamou, e tossiu. Onde quer que ele estivesse, a fumaca que saia do acidente estava comegando a aumentar. Ele, eles tinham que se mover. Ele levantourse, segurando seu braco direito enquanto estava olhando ‘em volta, O trem havia batido em um armazém, parecia- um gigante, espago vazio, concreto, andaime de um lado, algumas luzes acima. Nao era bem iluminado lugar, mas quando ele olhou para baixo, viu um trilho de trem amassado sob seus pés, e percebeu que eles provavelmente tinham batide no terminal de manutengao do trem. Onde quer que isso fosse. “Rebecca?” Ele chamou novamente, examinando os destrogos. Havia numerosas pilhas de concreto que explodiram e pogas de dleo queimando ao redor. O motor estava do lado, os outros vagdes estavam empilhados atrés, bloqueando o que devia ser um monstruoso buraco na parede. Ele nao tinha idéia de onde procurar pela jovem membro dos S.T.A.R.S. Assim que ele ativou os freios traseiros, comegou a correr de volta para frente; ele deve ter sido arremessado do vagao dos passageiros... “Uunh.” Uma sombra caiu agitada perto de uma pilha de rochas saindo fumaga. “Rebecca!” Ele cambaleou para frente, esperando que ela estivesse bem. Ela parecia estar em panico quando chamou, quando ele nao respondeu, mas ele estava muito ocupado socando botdes, para falar. Agora ele estava arrependido; ela era s6 uma crianga, afinal, e devia estar se cagando de medo. Eu devia ter trangiiilizado-a, algo- Ele se aproximou do corpo e comegou a se ajoelhar. Ela estava de brugos, a roupa estava rasgada. “Billy?” Billy virou-se, e viu Rebecca, estava caminhando em diregao a ele, estava com sua 9mm em maos. Uma gota de sangue estava se infiltrando do cabelo dela, mas parecia estar em boa forma fora isso- QS hadow CICell/ Chast Gunter - € © homem que estava na frente dele rolou, gemendo novamente, estendendo sua mao com sangue para agarrar sua cara. Dedos podres arrastando-se para sua bochecha. “Gah,” com um grito sem palavras de desprezo, ele cambaleou para tras, sentindo 0 chao. Ele ndo conseguia dizer se a criatura em cimera lenta era homem ou mulher, muito de seu corpo e sua face estava danificada, ou pela doenga, ou pelo acidente. Ele rastejou-se ajoelhado, virando sua desfigurada cara na diregio de Billy. Sua boca abriu-se, e babou sangue-tingido entre seu dente quebrado assim que estava tentando alcangar Billy novamente, “Seja claro,” Rebecca disse, e ele ficou fe em vé-la, lutando para trds, tentando soltar as algemas que estavam dolorosamente entrando na carne de sua mio esquerda, empurrando com os pés. Ela miroue atirou duas vezes, ambas as balas acertando o zumbi que ja tinha uma fratura no seu cranio, terminando com o resto de sua vida. Ele assentou no concreto com um som que quase parecia um suspiro. Billy ficou em pé, e ambos passaram tensos segundos verificando os escombros procurando por algum corpo. Se tivesse mais, eles estavam escondidos. “Obrigado,” ele disse olhando para a patética criatura. Ela parecia ter sofrido mais, no minimo- e foram dois claros tiros na cabega. Ele ficou surpreso, mas nem um pouco impressionado com o nivel de habilidade dela. “Vocé esta bem?” “Sim. $6 estou com uma dor de cabeca assassina, mas 6 isso. Meu segundo acidente do dia, também.” “Sério?” Billy perguntou. “Qual foi o primeiro?” Ela sorriu, comecou a falar- entdo parou abruptamente, sua expressio se tomou fria, e Billy sentiu uma ponta de verdadeira infelicidade; Ela obviamente se lembrou com quem estava falando. Apesar de tudo, ela ainda achava que ele era um assassino de muitas pessoas, QS hadow CICell/ Chast OGuntey “Nao é importante,” ela disse. “Vamos. Devemos sair daqui antes que a fumaga piore.” Ambos ainda tinham seus rédios, e passaram um momento procurando pela arma dele, encontrando metade escondida por um bloco de concreto esmagado, nao muito longe de onde ele acordou. A shotgun era historia. Nenhum deles sugeriu procurar no trem; as pequenas chamas de fogo estavam morrendo, mas a espessa camada de fumaga preta que pairava sobre o {eto estava se tornando cada vez maior. Eles se moveram em volta da vasta sala, encontrando somente uma Ainica porta a uns vinte metros ou menos dos destrogos do motor do trem. Billy esperava ser conduzido ao ar fresco, liberdade para ele e seguranga para a garota. Parados em frente a porta, ele olhou para tras, para a batida fumegante, sentindo o canto de sua boca se curvar. “Bem, pelo menos conseguimos parar o trem,” ele disse. Rebecca acenou, seu sorriso estava fraco “Conseguimos,” ela respondeu. Eles se viraram de volta para a porta, Respirando fundo, Billy alcangou € viroua maganeta, empurrando para abrir, Foi surreal assistir ao acidente do trem, batendo nas Instalagdes de treino na tela, ouvindo um ensurdecedor som momentos apés a batida. Eles sentiram também, um leve terremoto nas paredes ao redor deles. Em segundos, as lentes das cdmeras estavam obscuras pela fumaga. “Nés deveriamos sair daqui agora,” Birkin disse, dando um passo atras da cadeira de Wesker. Ele nao estava preocupado sobre o fogo, o velho terminal QS hadow CICell/ Chast Gunter estava praticamente desfeito em cimento- o acidente de trem era algo dificil de perder, e nem qualquer policial ou bombeiro aos arredores estavam na folha de pagamento da Umbrella, A instalagio era isolada, mas um telefonema de um cidadao preocupado iria expor o trabalho das bio-armas. Wesker parecia nao estar escutando. Ele mexeu nos controles dos monitores, mudou a perspectiva das cameras para outras partes da instalagio, procurando por alguma coisa. Ele mal disse uma palavra desde a ultima transmissio da equipe de limpeza. “Vocé esta me ouvindo?” Birkin perguntou, nao pela primeira vez nos Ailtimos minutos. Ele estava tenso ¢ a atitude de Wesker nfo estava ajudando, “Eu estou ouvindo voce, William,” Wesker disse, ainda observando os monitores. “Se vocé quiser sair, entao saia.” “B entao? Voce nao vem?” “Oh, daqui a pouco,” ele respondeu, no seu tom calmo. “Eu quero verificar algumas coisas.” “Como 0 qué? Eu digo, o trem parece estar bem limpo. Foi por isso que viemos, nao foi?” Wesker nao respondeu, somente continuou observando os monitores. As maos de Birkin se cerraram em um punho. Deus, 0 homem poderia ser insuportavel. Este era o problema com sociopatas. A incapacidade de empatia tende a tornd-los completamente auto-centrados. E eu tenho trabalho para fazer, Birkin pensou, olhando em diregio a porta. ‘Trabalho, familia... Ele nao ia esperar que Joe O Bombeiro batesse em sua porta, procurando explicagies para o porqué havia zumbis vagando ao redor do local do acidente... “Ah, Id estao.” Wesker disse, com o polegar em uma chave sob um dos monitores. Era a entrada principal da instalagao, construida para executivos bem vindos e grunhidos ilegais que fazia parte do mundo da White Umbrella. QS hadow CICell/ Chast Gunter E assim que eles observavam, uma mao veio acima, através do cho, afastando uma tampa quadrada Aquele é0 velho tiinel de acesso, que vem do terminal. Birkin inclinow-se para frente, curioso. Um homem com uma elaborada tatuagem em um brago arrastou para fora a tampa quadrada escura, no canto noroeste da sala, seguido de uma mulher pequena com o uniforme dos S.T.A.RS, uma garota, na verdade. Ambos carregando Handguns, olhando em volta a fina decorago do saguao com expresses que Birkin nao conseguia ver através do pequeno monitor. “Quem sao essas pessoas?” ele perguntou. “A garota é uma novata dos STARS, equipe Bravo,” Wesker “Nao & uma que trard conseqiiéncia. © homem, nao reconhego.” “Vocé acha- que eles estavam no trem?” “Tem que ter sido” Wesker disse. Birkin sentiu uma onda de panico surgir. “O que nds vamos fazer?” Wesker olhou para ele, com uma sobrancelha arqueada, “O que voce quer dizer?” “Eles- Ela esta com os S.T.A.RS, € quem sabe para quem ele esté trabalhando? E se eles escaparem?” “Nao seja esttipido m. Eles ndo vo escapar. Mesmo que a instalagdo nao esteja bloqueada, o lugar esta infestado de zumbis. Tudo 0 que eles tm que fazer é abrir uma porta ou duas, ¢ eles deixaram de fazer algo para nos preocuparmos.” tom de Wesker estava frio, mas ele tinha um objetivo. As chances de qualquer um sair da instalagao foram reduzidas a zero. Assim que eles observavam os dois intrusos se moverem cuidadosamente na grande sala, somente uma das salas da construgao estava livre de infectados, ambos fazendo uma varredura na sala com a arma de lado em lado. Depois de verificarem a sala, a garota caminhou até a grande escadaria, parando no patamar médio. Havia um grande retrato do Dr. Marcus- QS hadow CICell/ Chast Gunter a garota pareceu surpresa, como se tivesse reconhecido ele. © homem tatuado se juntou a ela, e Birkin péde o ver lendo em voz alta uma pequena placa sob retrato, DOUTOR JAMES MARCUS: PRIMEIRO GERENTE GERAL Birkin mexeu-se desconfortavelmente. Ele odiava aquele quadro. Lembrava de como ele realmente comegou na Umbrella, nao era algo que gostava de pensar sobre- “Atengao, aqui é Doutor Marcus. Birkin deu um salto, olhando em volta com os olhos arregalados, seu coragio estava disparado. Wesker nao recuou, mas virou o som do painel do interfone antigo, assim como a voz do homem ha dez anos morto, tocava os espagos vazios dos corredores e de todo 0 complexo. “Por favor, fagam silencio para que possamos ouvir o lema de nossa Companhia, Obediéncia gera disciplina. Disciplina gera uniao. Unido gera poder. Poder é vida.” O homem e a mulher no monitor olhavam em volta, mas Birkin mal olhava na diregao deles. Ele agarrou o ombro de Wesker, nervoso. Se fosse uma gravacio, era uma que ele e Wesker ainda nao tinham ouvido desde quando ‘eram estudantes na instalacao. Onde?- Quem?- Wesker tirou suas maos de seu ombro, balancando a cabega em direcao a0 monitor, onde a imagem foi desaparecendo. Pareceu piscar- ¢ entao eles estavam olhando para um rapaz em outro lugar. Birkin nao reconheceu a sala, ‘mas 0 rapaz que estava olhando fixamente para eles parecia quase familiar. Ele tinha um cabelo comprido e olhos escuros, tinha provavelmente vinte e poucos QS hadow CICell/ Chast Cunt anos ¢ possuia um sorriso afiado, cruel, mais fino ¢ cortante do que uma lamina de aso. “Quem € vocé?” Wesker perguntou, certamente nao esperando uma resposta, nao havia éudio instalado- O rapaz riu, 0 som saindo do interfone como uma seda escura. Nao era possivel- ele nem estava vestindo um fone de ouvido, e nao estava perto de nenhum sistema de intercomunicagao- mas eles podiam ouvir claramente, no entanto. “Fui eu que espalhei o virus na mansfo,” ele disse, sua voz estava fria. Seu sorriso era afiado. “Sem falar que eu também contamineio trem.” “O que?” Birkin deixou escapar. “Por qué?” A voz fria do rapaz parecia profunda. “Vinganca, contra a Umbrella,” Ele deu as costas para a cimera, levantando seus bragos na sombra. Birkin e Wesker, ambos se inclinaram, tentando ver 0 que ele estava fazendo, mas eles sé conseguiram ver os movimentos na escuridao, ouvindo alguma coisa como agua — rapaz virou para eles novamente, seu sorriso estava cada vez mais afiado- e fora das sombras, atrés dele, entrou um homem alto, distinto, um homem de terno e gravata, seu cabelo branco estava penteado para trés, suas caracteristicas alinhadas com a idade, mas poderoso, comandando. Era a mesma face que eles viram no retrato do saguio. “Dr. Marcus?” Birkin ofegou. “Dez anos atris, Dr. Marcus foi assassinado pela Umbrella,” 0 rapaz disse, sua voz estava quase como um rosnado. “E vocé os ajudou, mio foi?” Ele riu novamente, aquele riso escuro e sedoso, um riso que nao prometia misericérdia pra Birkin e nem Wesker, que estavam olhando fixamente, chocados com 0 siléncio da presenga visivel de vida de um homem que eles tinham visto morrer uma década atras. Shadow CCall Chast Cunt O rapaz.cantou, e muitas de suas criangas viraram a camera para longe, manipulando os controles para permitir que sua voz pudesse viajar. Ele disse tudo 0 que pretendia, pelo menos por um momento; havia muitas coisas a fazer, muitas escolhas a considerar. As coisas foram se desenrolando, sempre se desenrolando em novas direg6es. Ele cantou uma musica mais lenta, e a imagem e 0 corpo de Dr.Marcus desmoronaram, revertendo em suas criangas. Eles reuniram-se a seus pés, correndo sobre seu corpo, para acaricié-lo, adora- lo, Esperando ele decidir qual seria o préximo passo. Nao havia plano, além de destruir a Umbrella. Ele tinha e iria continuar a se empenhar a qualquer coisa que fosse preciso, o que estava a seu aleance- 0 virus, a imagem falsa que muitos de seus preciosos eram capazes de criar, como Dr. Marcus; com certeza ele tinha deixado Albert e William com medo e confusos, O rapaz sorriu. Com 0 fortuito, todas as pessoas devem ser testemunhas da queda. Com sorte, eles teriam a oportunidade de vé-lo vencer, estar no lugar que um dia esteve, vendo impiedosamente seu mentor nos iiltimos momentos de luta pela vida... Embora as mortes fossem no sentido grandioso da imagem. (O que importava era que em breve a Umbrella nao existiria mais, Ele considerava que pudesse usar 0 homem e a mulher do trem, agora que eles entraram no complexo. Sua primeira inclinagdo seria para maté-los, manté-los longe de interferir em seu plano, mas parecia que isso seria um desperdicio; apesar de tudo, Umbrella nao era seus inimigos também? Eles iriam lutar por suas vidas, lutar para serem livres- e se eles tivessem sucesso, iriam imediatamente chamar atengdo para o desastre, o que era crucial para Umbrella. Destruindo seus laboratérios, matando seus empregados- eles sempre poderiam construir um novo laboratério, contratar novas pessoas. Uma vez que os holofotes da imprensa internacional voltar-se para Umbrella, no Shadow CCall Chast Guntts entanto, seria sua ruina por completo... E finalmente 0 mundo conheceria 0 nome dele. A instalagdo ja havia sido bloqueada, claro. Ela havia sido projetada com muitos enigmas nas portas, passagens que levavam a mansio de Trevor, construida na década anterior. Oswell Spencer, um dos co-fundadores da Umbrella, era obcecado por filmes de espides ¢ livros, e era tio parandico quanto um megalomaniaco, que fez um bloqueio extremamente seguro. Havia chaves escondidas, portas que nao podiam ser abertas se alguma peca estivesse faltando, até mesmo uma ou duas salas com armadilha para intrusos. Nao seria facil alguém escapar. Mas haviam sido enviados homens falsos, construfdo por muitos de meus preciosos, pronto para infectar qualquer um que chegar perto; eles tinham ajudado o virus a se espalhar em primeiro lugar. Eles poderiam usé-los para abrir a instalagdo de treinamento, coletar chaves, ¢ abrir portas, para garantir que © homem e a mulher tenham pelo menos uma chance de sobreviver. Era uma leve chance- 0s homens falsos nao eram apenas carregadores do virus que vagavam pelos corredores- mas provaram ser mais resistente do que a maioria, rapaz sorriu, pensando em Albert e William, se perguntando 0 que eles estavam pensando; Brilhantes alunos de James Marcus, trabalhando no controle de danos da Umbrella. Depois de todos esses anos. Era uma ironia além da medida. As criangas sussurravam, cobrindo-o, encantados com 0 seu riso e cantou sua propria cangao doce, uma cangao do caos e da interdependéncia assim que ficaram frios, com seus corpos lisos, preenchidos com sangue do inimigo. Fundidos no rapaz, as criaturas o envolveram. QS hadow CICell/ Chast OGuntér sera poder. Poder é vida.” A voz poderosa sumiu, ¢ 0 grande salio ficou em siléncio mais uma vez. Tinha que ser uma gravagao ou algo assim, ndo parecia ao vivo, mas sim alguém que ligou- e ela pensou que nao tinha idéia de quem. Ela voltou sua atencdo para o retrato de Dr. Marcus e sentiu um arrepio na espinha. “Bem, isso é sinistro,” Billy disse. “Nao tao sinistro quanto vé-lo no trem.” Rebecca disse, acenando para © retzalo. “Feilo por aqueles insetos gosmentos.” “Talvez.seja o outro estagio da doenca ou algo assim,” Billy disse. Rebecca acenou, embora duvidasse. Os zumbis que eles s viram no trem € © homem no vagio de jantar- parecia ser James Marcus- nao tinham os mesmos sintomas. “Talvez as sanguessugas infectaram algumas pessoas, e... Eu nao sei, Jevou mais outras pessoas,” ela disse. “E,” Billy disse. Ele passou a mao pelos seus cabelos e sorriu para ela, um sorriso surpreendentemente agradavel. “De qualquer forma, voce deveria encontrar um telefone ou algo, chamar seus amigos.” O tom dele era desdenhoso. Rebecca apertou a mio em sua 9mm. “O- que vocé vai fazer?” Billy virou-se e comegou a descer a escadaria, seu passo era leve. “Pensei que eu poderia dar um passeio,” ele respondeu para ela. Ela 0 seguiu, assim que ele caminhou até a porta da frente, ndo tendo certeza do que ia fazer ou dizer. Ela duvidou seriamente se podia atirar nele, nao depois dele ter salvo sua vida, mas ela também nao podia deixé-lo sair. “Nao acho que seja uma boa idéia,” ela disse. Ele puxou a porta aberta. Legal, 0 ar timido da noite entrou, embora a chuva tivesse se transformado em um chuvisco. “Eu aprecio muito a sua QS hadow CICell/ Chast Gunter preocupagio, mas acho que eu ganhei um ponto de partida, nao €? Entao vamos apenas-” Ele parou no meio do caminho, no meio da frase, olhando para a paisagem na frente deles. A instalagdo parecia que havia sido construida do lado de uma colina. Na frente deles, havia uma passagem pavimentada, grande © bastante para ser uma estrada, que se estendia a dez metros- em seguida, terminou de forma abrupta, caindo para o nada. Juntos, eles sairam para a beirada do caminho. Havia postes de iluminagdo em cada lado da porta da frente, mas apenas um deles estava funcionando, porém era o suficiente para ver, sem uma corda, nenhum deles iriam a lugar algum. O caminho terminava em uma linha irregular de entulhos, no topo de uma encosta ingreme, que caia pelos menos cinco metros, provavelmente mais. Estava escuro demais para dizer muita coisa. “O que vocé estava dizendo?” Rebecca disse. “Entdo, encontrarei outra porta,” Billy disse, virando para trés para olhar 0 prédio. Parecia um conjunto residencial, certamente foi decorado com coisas de bilhdes de délares, ambos viam o logotipo INSTALAGOES DE ‘TREINAMENTO DA UMBRELLA carimbado no chao de marmore polido. Rebecca percebeu que era 0 reftigio dos executivos ou algo assim. © lugar tinha ar de abandono, mas havia energia, luzes... E claro, tudo que eles tinham visto até agora era onde o trem tinha batido, o sagudo extravagante, e um tunel semi- submerso que ligava os dois. Nao muito para seguir em frente. “Bu vi pelo menos duas portas ld, sem contar as do topo da escada,” ele continuou. “E se todas essas falharem, talvez eu possa rastejar de volta através do trem.” “Assumindo que meus amigos nao aparecam primeiro,” Rebecca disse. Ela deu um passo para tris, pegou seu rédio e colocou para transmitir sinal. QS hadow CICell/ Chast Gunter O radio de Billy apitou em resposta, mas essa foi a tinica resposta. Depois de um longo momento de siléncio do radio, o tinico som que se ouvia era o da chuva batendo nas arvores distantes. Billy deu um sorriso sarcdstico. “Assumindo que vocé encontre um telefone.” Deus, como ele era irritante. Ela virou-se e comecou a voltar para a casa, um pouco surpresa, assim que chegou até a porta, ela se sentiu segura o bastante para virar as costas para ele... Se bem que, se ele a quisesse morta, jé teria feito, pois teve uma ampla oportunidade. Apesar de suas intengdes contrarias, ela estava tendo dificuldade ‘em pensar nele como alguém perigoso. Mas seus instintos estavam dizendo outra coisa, e essa foi uma das primeiras ligSes que os $.T.A.RS. ensinou a ela- vocé pode até interpretar mal a sua intuigo, mas ela nunca esta errada. Ele a alcangou assim que ela voltou para dentro- e ambos pararam, olhando. O retrato de Dr. James Marcus tinha sumido. Havia uma entrada li agora, uma abertura escura na parede; a partir do angulo deles, na parte inferior das escadas, nao havia nenhuma maneira de dizer para onde a abertura levava. Ela estava prestes a dizer para Billy voltar, quando ele entrou na frente dela, com a arma na mio. Ele vasculhou a area, sua postura, seu olhar estava em alerta maximo, ela foi novamente golpeada pela forte sensacdo de que ele nao era o que inicialmente parecia ser. Nao que eu precise ser protegida. Ela se moveu para o lado dele, fazendo uma vistoria na sala assim como ela havia sido treinada, e juntos, eles foram para as escadas, parando no patamar. A nova entrada que havia sido aberta de baixo das escadas, levava para baixo, um corredor vazio e mal iluminado. “Perguntas, comentarios?” Billy perguntou, olhando para baixo. “Alguém quer que a gente desca as escadas,” ela disse. QS hadow CICell/ Chast Gunter “Estava pensando a mesma coisa. E eu ainda estou achando que isso pode nao ser uma boa ideia.” Rebecca acenou. Ela afastou-se da abertura, olhando em volta as suas opgdes. Havia duas portas no andar de baixo, uma 4 esquerda e uma a direita, No segundo andar, ela podia ver mais quatro de onde estava- e ela olhou em volta, um alto ffump veio de algum lugar atras deles, de algum lugar naquele mesmo corredor, vazio e escuro. Parecia algo muito suave e pesado, caindo no chao. Sem falarem, os dois se afastaram da abertura. “Entao, o que dizer, vamos aumentar nossa trégua mais ou pouco?” Billy perguntou, e sua voz.era leve, mas ele nao estava sorrindo. Rebecca acenou novamente. “Sim,” ela disse, se perguntando o que eles iriam enfrentar e como eles it im sair dali. Capitulo 7 ELES voltaram para 0 saguio, Billy ficou feliz por ela ter concordado em continuar cooperando. Esse lugar, 0 que quer que fosse, era definitivamente m4 noticia. Ela era inexperiente, mas pelo menos nao era louca “Devemos nos separar,” Rebecca disse. Billy deu uma risada, totalmente desprovida de humor. “Ficou louca? Voct alguma vez viu filme de terror? Além disso, veja 0 que aconteceu da ultima vez.” QS hadow CICell/ Chast Gunter “Nés encontramos a chave para a maleta, se cu me lembro corretamente. E tudo que precisamos agora é encontrar um caminho para sair daqui.” “Sim, mas vivos,” Billy disse. “Este lugar é um territério hostil, todo ele. Eu sugeri uma trégua em primeiro lugar porque eu nao quero morrer, entendeu?” “Vocé tem se cuidado muito bem sozinho até agora,” ela disse. “Eu nao estou dizendo que nés vamos ter problemas. Basta abrir algumas portas, é tudo. E temos radios agora.” Billy suspirou, “Os S.T.A.RS. nao te ensinaram sobre © trabalho em equipe?” “Na verdade, essa era minha primeira mis 30,” Rebecca disse. “Veja, nds damos uma olhada aos arredores, e chamamos se acharmos alguma coisa. Eu vou subir as escadas, vocé verifica aqui em baixo. Se os radios fritarem, nos encontramos aqui em vinte minutos.” “Bu ndo gostei.” “Vocé nao tem que gostar. $6 faga.” “Senhor, sim, senhor” Billy disse rispidamente. Ela nao tinha tendéncias a falta de lideranca, ele admitiu- embora nao fosse tao dificil dar ordens para um condenado criminoso que esté perto de voce quando vocé trabalha para a lei, “Quantos anos vocé tem afinal? Eu gostaria de saber que estou recebendo ordens de alguém mais maduro do que uma garota que tem em média a idade para ser escoteira.” Rebecca olhou de cara para ele, entao virou-se voltou e subiu a escada. Alguns segundos depois, ele ouviu a porta se fechando. Bem, Billy olhou ao redor do saguao. Inti, inimi, migo... “Mo,” Billy disse, virando-se para a parede esquerda. Ele no queria ir sozinho, ele teria bastante reforco, mas provavelmente era melhor desse jeito; se QS hadow CICell/ Chast Gunter ele encontrasse uma saida, poderia dar um passeio, afinal, ¢ ele poderia dar um chamado para ela e dizer adeus quando estivesse saindo, Deixando-a para tras no fazia ele se sentir confortavel, mas ela poderia se esconder e esperar por resgate; ela ficaria bem. Ele tinha que continuar mantendo sua satide em mente; se algum outro S.T.A.R.S. aparecer, ou RCPD, ou os PM, ele estaria voltando para Ragithon em um piscar de olhos. Ele afastou 0 pensamento quando se aproximou da porta. Ele jé estava bastante fudido desde a condenagio, cheio de raiva e angiistia em partes iguais. Desde o seu acidente com o jipe, ele tinha sido capaz de tirar o encontro com a morte de sua mente, uma necessidade se quisesse pensar com clareza. Ele tinha que manter esse pensamento distante. “Vamos ver 0 que esté atrés da porta numero um,” ele murmurou, empurrando a porta inofensiva- e estava tenso, levantando sua Handgun, mirando. Era uma sala de jantar, uma vez havia sido bem elegante. Agora havia dois, trés homens infectados vagando ao redor da porcaria da mesa de jantar, todos virando em diregao a ele. Todos se pareciam com zumbis, sua pele cinza e despedagada, seus olhos eram brancos. Um deles tinha um garfo fincado no ombro. Billy rapidamente fechou a porta e deu um passo para tras, esperando para ver se algumas das criaturas sabiam usar uma maganeta, 0 vazio do salio pesando sobre suas costas, com um olhar frio. Depois de algumas batidas, ele ouviu algum movimento contra a madeira e depois um baixo grito de frustragao, o som era tao inconsciente quanto os zumbis pareciam estar. Bem. A casa, uma instalagao de treinamento, 0 que quer que fosse, estava infectada assim como o trem; isso responde aquela pergunta. Ele pegou 0 radio, apertou o botao de transmitir. “Rebecca entre. Nés temos zumbi por aqui, cambio.” Ele pensou sobre © escorpido gigante e estremeceu, esperando que s6 tivesse zumbis na casa. QS hadow CICell/ Chast Gunter Houve uma pausa, em seguida ele ouviu a voz jovem de Rebecca *Copiado. Vocé precisa de ajuda, cambio.” “Nao,” Billy disse aborrecido. “Mas vocé nio acha que devemos reconsiderar nossos planos? Cambio.” “Isso no muda nada,” ela disse. “Ainda temos que achar uma maneira de sair daqui. Continue procurando, e me informe quando achar alguma coisa. Cambio e desligo.” Otimo. A garotinha ainda queria continuar com o plano. Entao, a porta niimero dois, a menos que quisesse se arriscar com trés dos zumbis. Ele virou- see atravessou a sala, dizendo a si mesmo que seria um desperdicio de muniggo, o que era verdade. E também era verdade que ele ndo queria atirar nas pessoas doentes, ndo importa o quo demente... E aquele zumbi estava seriamente doidao, e se ele pudesse evitar, ele iria evitar. Ele abriu a segunda porta, segurou-a, seus nervos estavam em alerta. A porta se abria para um corredor Iuxuoso que se alongava ao longo de sua direita e fazia uma curva nio muito a frente. Nao havia som, nem movimento e cheirava como poeira, nada mais sinistro. Ele esperou um momento, entio entrou, deixando a porta fechada atras dele. Ele andow furtivamente pelo corredor, seus passos abafados pelo carpete grosso, levando sua arma em torno da volta, deixando escapar um suspiro quando viu que aquele lugar estava limpo também. Até aqui tudo bem. © corredor continuava, virando novamente, mas tinha uma porta 4 esquerda que ele podia tentar. Billy abriu a porta- e ele sorriu para o banheiro vazi podia ver da porta varias pias. “Isso me lembra,” Billy disse, entrando. Ele verificou a sala rapidamente; pias alinhadas em duas paredes da sala em forma de U; quatro toaletes com box forrados um terceiro, discretamente fora da vista da porta. QS hadow CICell/ Chast Gunter A casa era bonita, mas parecia estar abandonada, talvez recentemente; uma das portas do box estava pendurada fora de suas dobradigas, toaletes fraturados e havia algumas coisas espalhadas pelo cho, garrafas varias, vasos de plantas, provavelmente destrogos do banheiro. Havia até mesmo um tanque de gis de pléstico em uma das bancas. Por outro lado, no havia égua relativamente limpa no recipiente... Que, considerando sua visita, foi bom o suficiente para ele. Ele estava fechando o ziper um minuto depois, quando ouviu o passo de alguém no banheiro. Um tinico passo, ¢ entéo uma longa pausa... Entéo um segundo passo, Ele tinha fechado a porta? Ele nao conseguia se lembrar, e em silencio amaldigou-se pelo deslize. Ele puxou sua arma e girou na bola de seus pés, movendo-se silenciosamente, facilmente deixando a porta do box aberta. Ele nao conseguia ver a porta de onde estava, mas podia ver parte da sala refletida em um longo espelho acima das pias. Ele manteve o nivel da Handgun e esperou. Um terceiro passo, € novamente silencio. Quem quer que fosse, tinha os pés molhados, ele podia ouvir o som da sola de seu sapato saindo do chio- e no quarto passo, ele viu o perfil no espelho, saiu da banca, sentindo uma estranha mistura de horror e alivio, assim que estava pronto para atirar, Era um zumbi, um homem, seu rosto esperto e branco, seus olhos treinados em nada assim que balangava um pouco, equilibrando-se para ficar de pé. Eles eram horriveis- mas pelo menos eram relativamente lentos, e mesmo que ele no gostasse do trabalho, maté-los era certamente um ato de misericsrdia. © zumbi deu outro passo, se movendo para a linha de fogo de Billy. Billy mirou cuidadosamente, vendo um pouco acima da sua orelha direita, ele no queria perder um tiro- - 0 zumbi virou-se de repente, rapidamente, mais répido do que tinha qualquer QS hadow CICell/ Chast Gunter ireito de se mexer. Ele abaixou um pouco, olhou para Billy, com um dos olhos estourado de sangue, 0 outro olhando para a parede, ¢ ele se aproximou de Billy, ainda a dois metros de distancia- ~ mas a criatura estava esticando 0 brago, batendo em diregdo a ele como um elistico, 0 tecido de sua camisa estava timido e incolor, esticando-se com ele. Billy abaixou-se. A mao da coisa passou por cima de sua cabeca e deu um tapa contra a porta do box com um molhado smack, depois recuou, puxando seu brago de volta ao corpo desumano que se parecia com um zumbi. No trem, como aquele Dr. Marcus- O monstro estava perto o bastante para ele conseguir ver 0 movimento das roupas da criatura, com um estranho movimento ondulante quando seu brago voltou ao lugar. Sanguessugas, essa porra foi feita por sanguessugas, € estava avangando um passo, Billy cambaleou para tras no box, atirando no seu rosto molhado. A criatura hesitou, escorrendo algo preto de seu ferimento, pouco abaixo de seu olho esquerdo- e entio o ferimento desapareceu, a pele falsa deslizando sobre ele, as sanguessugas estavam se reagrupando. Curando-se, O monstro deu outro passo a frente e Billy chutou a porta do box que estava fechada, batendo e segurando com uma bota, correndo através de idéias e descartando-as tao rapido. Chamar por Rebecca, ndo hd tempo, continuar atirando, sem balas 0 suficiente, correr, a crintura esté bloqueando a passagem- Billy sibilou de frustragio- e seu olhar frenético desceu até 0 galio de gis vermelho no chao. Ele se jogou para frente, bloqueando a porta do box com um ombro assim como procurando algo em seu bolso direito. Ali, de baixo de uma das balas do rifle QS hadow CICell/ Chast Gunter Ele puxou seu isqueiro que pegou no trem, agradecendo a Deus por isso, e abaixou-se para pegar o galao de gas, uma das algemas soltas batendo contra o plastico. Estava com metade cheia Jesus, espero que isso seja gi A porta do box foi atingida com um golpe, Billy saltou, entao se jogou novamente para frente, desapertando a tampa do galao com uma mio tremula, seu ombro estava dolorido. A criatura era estranha, terrivelmente silenciosa, recarregando outra vez, batendo na porta com forca o suficiente para amassar o metal. O cheiro estonteante de gasolina encheu 0 pequeno box. Billy apanhou © rolo de papel higiénico na parede, puxou para soltar- ea porta quebrou, arrancada de suas dobra 5 por outro golpe poderoso, desumano. A criatura estava 1é, balangando, seu olhar estranho encontrou o de Billy, mirando-o. Billy virou o galao e empurrou-se a seus pés, espirrando gasolina em si mesmo. Ele empurrou o galdo para frente, derramando gasolina no peito da coisa. A reagio foi imediata e repulsiva. © corpo comegou a contorver-se, tremer, e um grito estridente irrompeu no quarto, néo uma voz, mas mil pequenas criaturas gritando como uma. Um escuro fluido espesso comecou a escorrer por todos os poros de seu rosto e corpo. Billy deu um sélido chute, e a coisa cambaleou para tris, ainda corrosiva, ainda gritando, som penetrando na pequena sala. Ele nao sabia se a gasolina sozinha era o suficiente, e ndo iria esperar para ver. Ele moveu rapidamente o isqueiro aberto e girou até formar uma roda, segurando 0 rolo de papel higiénico sobre a chama que estalou para a vida. Um segundo depois, 0 rolo estava em chamas. Billy pulou para fora do Box e esquivou do monstro gritante. Assim que ele passou, girou e jogou o rolo de papel em chamas. Acertou 0 monstro abaixo do osso de seu peito - e 0 grito choroso se QS hadow CICell/ Chast Gunter intensificou em um grito horrivel e ensurdecedor assim que as chamas rugiam em cima dele, evolvendo-o, antes que pudesse desabar em mil pedagos em chamas. Uma poga negra em chamas tomou forma no chdo de ladrilhos e seu ultimo choro cessou em questao de segundos. Poucas sanguessugas comegaram e se dispersar pelo chao, rastejando para longe do fogo, porém estavam desorganizadas, deslizando aleatoriamente pelas paredes e para perto de seus pés. Billy se alastou delas, do borbulhamento, do ultimo fogo, colocando 0 isqueiro no bolso enquanto se aproximava da porta. De volta no corredor, ele respirou fundo e assoprou para fora, pegando © radio. Ele ndo se importava mais com os planos de Rebecca; eles iriam reagrupar, 0 mais rapido possivel, e dar o fora daquele lugar mesmo se tivesse que cavar as paredes com as maos. Hoje a noite, celebramos. Nés finalmente conseguimos depois de todo esse tempo, Nos estamos chantando a nova construgio de Virus Progenitor, idéia de Ashford, ‘mas eu gostei. Vamos comegar a testar imediatamente. 23 de marco Spencer disse que iria fundar uma companhia especializada em pesquisa ‘farmacéutien,talvez uma filial de dmg manufatura Ele sempre foi o negociante do nosso grupo. Sew interesse no Progenitor é primeiramente financeiro, parece, mas ndo vou reclamar. Ele quer ver a gente vencer, 0 que significa que ele vai continuar nos beneficiando; enquanto ele tiver assinando cheques, vai fazer 0 que gosta. Shadow CCall “Ghost Gunter 19 de agosto O Progenitor é wna maravilha, mas as suas aplicagdes ainda sio incertas. Justamente quando achanos que temos a taxa de amplificagio documentada, quando temos uma meia diizia de testes e todos mostrando 0 mesmo resultado, tudo se desmorona. Ashford ainda continua bancando seu trabalho em mimeros de citosinas, atrasando seu trabalho, mas ele esta sonhando. Precisamos continuar procurando. de dezembro Quando nés comecamos, eu tive minhas duvidas- mas Spencer continua me pedindo para ser diretor de sua nova instalagdo de treinamento. Talvez seja por causa dos negécios, mas ele esta se tornando intoleravelmente insistente. Em qualquer caso, isso pode se tornar vantajaso. Eu preciso de instalagies especiais para explorar ‘qpuradamente os segredos deste virus, Um lugar onde ninguém interfira.. 30-de novembro Maldito seja ele. “Vamos almogar James” ele disse, velhos camaradas e boas memérias. E bobagem. Ele queria o Progenitor pronto agora. Seus “amigos” no clubinho da White Umbrella, seus jogos de espionagem ridiculas pare o itch e desgastados- se eles querem algo excitante para jogar, para leiloar, eles no querem esperar por isso. Tolos. Spencer acha que isso & desperdicio de dinheivo, ele esté errado. Eu devo fortalecer minha posicao, guardar minha rainha, por assim dizer, ou eu posso ser massacrado, Shadow CICell/ Ghest Gunter 19 de setembro, Finalmente... Eu descobri uma nova forma para criar um novo tipo de virus usando o “Progenitor” como base. Misturando-o com 0 DNA de sanguessugas eu descobri o que eu precisava.. Eu chamo este novo virus de “T”, de “Tyrant”. E estavel. Eva com essa descoberta que eu estava contando. Spencer ficaré feliz, aquele maldito. $6 deixarci transparecer algun progresso quando estiver pronto, nio muito e nent como. Minka piada particular. 23 de outubro. Ew nao posso pensar neles como seres humanos. Eles sao assurttos de teste, isso é tudo. Eu sabia que a pesquisa chegaria a este ponto um dia, eu sabia- mas néo sabia que seria desse jeito. Ew devo me concentrar. O T-Virus & magnifico; as cobaias deveriam estar honradas de experimentar tanta perfeigto. Suas vidas pavimentadas para uma -consciéncia mais elevada. Cobaias, isso é tudo. Fantoches. Algumas vezes, fantoches devem ser sacrificados para 0 bem maior. 13 de janeiro Meus animais de estimagiio estdo progredindo. Com seu proprio DNA recombinado com o virus, eu pensei que eu poderia prever 0 quanto a infecgio mudaria, Shadow CICell/ Ghest Gunter mas eu estaoa errado, Eles comecaram a se colonizar, como formigas ou abelhas. Nenhum individuo é melhor do que outro; eles trabalham juntos; uma mente central, ‘que vém juntos para uma proposta maior. Minha proposta. Eu no via antes, estava cego, mas isso & muito mais gratficante do que trebaltar em seres humanos. Eu devo continuar meus testes, contudo- ndo posso deixar que eles descubram seu verdadeiro significado, o valor que 0 T representa. Spencer tentaria pegar, sei que tentaria. Mew rei esta aberto. 11 de fevereir. Eles estiio me observando. Eu fui para o laboratério ¢ vi que as coisas tinham mudado de lugar. Eles tentaram esconder, tentaram deixar tudo como estava, mas ex vi. E Spencer, maldita seja sua alma, ele sabe sobre minhas sanguessugas, minka bonita colméia e esta- esta perseguigiio nio ind acabar até que um de nés estiver morto. Eu niio posso confiar em ninguém... Albert e William, talvez eles possam ser minhas torres, les acreditam no meu trabalho, mas talvez eu possa ter que eliminar um dos outros. O jogo chega ao fim. Ele vai tentar a minha rainha, mas a vitéria serd minha, Xeque-mate, Oswell. Foi a ultima entrada, Rebecca fechou 0 diario e colocou-o de lado, proximo ao jogo de xadrez que estava no centro da mesa. Quando ela encontrou © escond », Pensou que os mapas rudimentares fossem seu prémio, Havia dois mapas, um mostrando 0 que parecia ser trés andares na construgo do subsolo, incluindo poucas areas desmarcadas, talvez.levasse para fora. O outro parecia ser ld em cima, uma sala com a placa OBSERVATORIO, préximo a uma area grande, uma area aberta marcada PISCINA DE REPRODUCAO. Mas 0 QS hadow CICell/ Ghest Gunter pequeno diario de couro, empoeirado ¢ enrugado com a idade- ela nao sabia quantos anos exatamente, mas uma das entradas sobre o trabalho com as sanguessugas tinha “1988” marcado em um canto superior- foi a real descoberta. Escrito por James Marcus, 0 criador do T-Virus, o mesmo virus que transforma homens em zumbis, 0 mesmo que infectou o trem e metade da floresta de Raccoon, se os recentes assassinatos forem uma pista. Rebecca olhou fixamente para a estranha decoragdo da sala, um tabuleiro de xadrez gigante que dominava o chio, sua mente ja estava trabalhando. Ele obviamente era louco, com suas fantasias sobre xadrez, sobre 0 “verdadeiro significado” do virus. Talvez executando experiéncias com as pessoas, levou-o a ficar desse jeito. Seu ridio sinalizou, Ela mal apertou receber antes de ouvir a voz de Billy ofegante bradando em seu ouvido. “Onde vocé esta? Precisamos nos reagrupar agora. Al6? Ah, cimbio. “O que aconteceu? Cambio.” “0 que acontecen: é que eu tive mais uma daquelas pessoas sanguessugas que quase bateu em mim. Nos podemos lidar com zumbis, mas essas coisas- eles comem bala Rebecca, Nao temos munigio o suficiente para afasti-las. Cambio.” “Eles comegaram a se colonizar como formigas ou abellas.” Quem estava controlando elas? Marcus? Ou eles desenvolveram sua propria lider, uma rainha? “Ok.” Rebecca disse. Ela pegou os esbogos do observatério e do subsolo que havia encontrado e colocou em seu colete assim que se levantou. “Uh, me encontre onde 0 quadro de Marcus estava. Eu posso ter encontrado uma saida daqui, cambio.” “Estou indo. Se cuida. Cambio e desligo.” Ela apressadamente saiu da sala e desceu 0 corredor, se movendo rapidamente. Ela nao tinha chegado muito longe em sua exploracao, sé uma sala de reunigo vazia e aquele escritério com o jogo de xadrez; gragas Deus QS hadow CICell/ Chast Gunter nao teve que correr de nada hostil. Billy estava certo sobre os homens- sanguessugas, nao tinha jeito de lar com mais um deles. De fato, parecia que as sanguessugas no trem s6 pararam de atacar porque foram chamadas. Ela tinha vagas esperancas de permanecer na casa agradavel, segura até a ajuda chegar, mas depois de ler o didrio de Marcus, ouvindo coisas sobre a instalagao de treinamento estar infectada- eles precisavam sair dali. Apesar de tudo que ela tinha passado essa noite- 0 pouso forsado, 0 trem, Billy, 0 acidente, agora isso- ela continuava esperando a cavalaria chegar, por alguém que pudesse pegé-la e envid-la para casa para um jantar quentinho © uma cama para que pudesse acordar amanha em uma vida normal novamente. Mas parecia que ao invés disso, ela estava se aprofundando ainda mais no mistério de Dr. Marcus e suas \ses, da Umbrella e seus experimentos do mal. O rapaz havia se mudado para um lugar onde as colm poder confortavelmente se reunir, um espago grande, quente e timido, longe das m. possibilidades de luz do dia. Muitas sanguessugas 0 cercavam agora, cantando sua cangio desafinada de aguas e travas, mas ele nao estava trangiiilo. Ele olhava com fuiria para a garota- Rebecca, assim que o assassino havia chamado ela, e seu maldito nome era Billy- roubou o Didrio do Dr. Marcus, colocando em seu bolso um pouco antes de sair do escritério. Nao foi para fazer isso que ele abriu a mesa para ela, ndo mesmo. O mapa do observatério, ela deveria ter pegado apenas aquele mapa. Eles vao se encontrar agora, em frente a entrada do retrato, ambos falando ao mesmo tempo, certamente relatando suas descobertas, suas faganhas assassinas. Ele podia ver a ladra e o assassino em uma tela de video, de um lado QS hadow CICell/ Chast Gunter de seu novo ambiente- o nivel inferior da estagao de tratamento- mas podia observa-los melhor com uma dhizia de pares de olhos rudimentares, seus nobres filhos estavam observando-os pela sombra. As mentes de muitas sanguessugas eram poderosas, capaz de enviar imagem de uma para outra, para ele; era assim que permite eles trabalhar juntos tao efetivamente, Rebecca e Billy nao entendem 0 quo vulneravel eles sao, de quao facilmente ele pudesse chegar e tirar suas vidas. Eles ainda sobrevivem pela sua graca, nada mais. Uma ladra e seu amigo assassino; Billy havia matado um coletivo. Ele 05 queimou. Os poucos sobreviventes ainda estavam se dispersando da casa, para voltar a seu mestre, seus pobres corpos queimados, mostrando-Ihes a morte. Como ele se atrevia, este homem sem importancia, este inseto? Rebecca estencleu os mapas e ambos estavam estudando-os, certamente muito estupidos para saber o que os aguardam. O observatdrio era a chave para eles escaparem, mas eles sem diividas iriam tentar 0 subsolo primeiro. Isso era bom. Ele ja nao tinha certeza de que queriam eles livres. Eles comegaram a descer a escada, desaparecendo da tela, da vista das sanguessugas, mas sé por alguns segundos. Assim que recuperou a visio através de outras cdmeras, eles pararam, olhando para baixo uma ninhada de corpos de aracnideos enrolados no chao. Havia quatro das aranhas gigantes, todas mortas um mero momento antes, eliminadas para que Rebecca e seu amigo evitassem a mordida venenosa delas. As aranhas eram outro experimento, um condenado a falhar, muito lento, muito dificil de lidar, mas letal o bastante para 0 rapaz ter que se preocupar. Ele estava arrependido agora; observar a ladra e o assassino morrer seria prazeroso, apesar do que eles fizeram aos seus planos para Umbrella. © casal se moveu, sem saber que estavam sendo observados pelas criaturas que mataram as aranhas, que estavam aninhados e inchados, segmentados pelo seu corpo, mesmo agora. Shadow CCall Chast Gunter que fazer? Maté-los ira atender sua necessidade, a necessidade para vingar a vida das criangas, a necessidade de afirmar seu controle. Mas expor a Umbrella era sua prioridade, levar a empresa 4 ruina por abrir seu coragao podre... O que Rebecca e Billy certamente faria se sobrevivessem. O par seguiu até o fim do corredor, entao entrou em uma porta, um longo escritério abandonado. Apés uma breve consulta ao mapa, eles continuaram em uma sala sem saida, onde os espécimes haviam sido mantidos vivos. As gaiolas se foram, agora a sala estava vazia. O rapaz nao estava certo do por que eles escolheram uma sala sem saida, até que os viu ir para o canto nordeste, ambos olhando para o retangulo escuro perto do teto. © pogo do ventilador. Ele ndo havia sido marcado no mapa; talvez. eles acreditassem que fosse uma saida. De fato, levaria a- rapaz balangou a cabega. A cimara privada de Dr. Marcus, a sala onde uma vez ele se “divertiu” com um certo jovem atraente nos assuntos de testes. Por que eles no poderiam simplesmente sair? Eles no iam encontrar nada na sala privada, nada- ~ a menos que.. O eixo do ventilador era conectado a outra area de espécime, uma que nao estava vazia. E as criaturas nao haviam sido alimentadas ha dias. Eles deveriam estar com muita, muita fome agora. Tudo o que ele precisaria fazer era abrir uma ou duas porta: Em vez de considera-los como parte integrante de seus planos, talvez devesse pensar em Billy e Rebecca como cobaias. Eles poderiam morrer- 0 que, era verdade, provavelmente um atraso na Exposigdo da Umbrella, mas por um curto periodo; ele era impaciente, mas tinha que considerar o valor do entretenimento. Ou, eles poderiam sobreviver. Nesse caso, eles teriam uma historia ainda maior para contar. O jovem sorriu, seu era sorriso cortante, vendo Billy dar um impulso para Rebecca, levantando-a no eixo do ventilador. Ela rastejou para dentro, Shadow CCall Chast Gunter desaparecendo de vista, Sera que seriam surpreendidos se algumas das sobras das séries dos primatas aparecessem para brincar? Em volta dele, as criangas sussurraram, com as paredes e 0 teto pingando seu flufdo escorregadio. Cercado por muitos, 0 destino da Umbrella estava em suas maos - e agora dois soldadinhos para ele testar, aproveitar a observacao dos bocados de suas habilidades contra os restos das armas bio- organicas da Umbrella- ele estava feliz. Eles viveriam ou morreriam? De qualquer maneira, ele estaria satisfeito. “Abram as gaiolas minhas queridas,” ele murmurou, € comesou a cantar. Capitulo 8 REBECCA empurrou-se através do eixo do ventilador, ignorando as camadas de poeira e teias de aranha que estavam grudando em seus cabelos ¢ sua roupa, ignorando as paredes sufocantes perto do metal fino. O mapa s6 mostrava o eixo de ligacdo entre duas salas no primeiro andar do subsolo, mas havia espago para o segundo, sub-pordo que parecia ser parte do sistema também. Se parecia como um dos eixos de orificio 14 de fora. Billy no estava excessivamente entusiasmado — provavelmente nao era a mesma, ele disse- mas ambos concordaram que nao era a pior aposta. elo menos no é muito longo, ela pensou, pasando em diregio a0 quadrado de luz nao muito longe dali. Havia uma fina grade de metal cobrindo a saida, porém saiu com alguns tapas e se chocou no andar de baixo. Ela deu uma répida olhada para a grande sala de pedra, ‘imida, fria e vazia, uma luz fraca estava piscando, em seguida ela empurrou-se para fora, Shadow CCall ‘Chest Gunter agarrando a borda do orificio, dando um salto para agachar. Ela ficou de pé, se limpando da sujeira, estudando a nova sala. Oh, meu Deus. Se parecia como um calabougo medieval, grande, igubre, uma caverna feita de pedra. As paredes de pedra estavam fixadas com correntes, as correntes fixadas com amarra. Havia uma série de dispositivos que ela nao reconheceu, mas s6 poderia ter sido construido para causar dor. Havia tabuas com pregos enferrujados, um monte de cordas atadas, ¢ ao lado de uma parede havia um chafariz quebrado, era grande e estava de pé, se parecia com um ferro de passar roupa. Ela nao tinha duvida naquele escuro, que havia mancha desbotada nas fendas das paredes. “Esté tudo bem? Cambio.” Ela pegou o radio. “Eu nao acho que ‘bem’ seja a palavra certa,” ela disse. “Mas eu estou bem, ciimbio.” “Tem algum outro eixo de ventilagio? Cambio.” Ela virou-se, procurando por um orificio nas paredes- ela viu um, vinte metros acima de sua cabeca. “Sim, mas estd no teto,” ela disse e suspirou, Mesmo que tivessem uma escada para alcangar 0 orificio, eles nio poderiam subir. Ela avistou uma porta na sala, no canto sudoeste. “Para onde aquela porta leva? Cambio. Uma pausa. “Parece que essa porta abre wma pequena sala, que leva de volta para 0 corredor que a gente veio,” ele disse. “Devo te encontrar naquele corredor, cambio?” Rebecca comegou a caminhar para a porta. “Isso ¢ 0 que faz mais sentido. Talvez nds possamos tentar-” Antes que ela pudesse completar a frase, um som encheu a sala, como nada que ela tivesse ouvido antes, porém estranhamente familiar. - E isso, na casa primata, no zoolégico. QS hadow CICell/ Chast Gunter - era isso que estava ecoando, através do espaco cavernoso, vindo de nada e de todos os lugares ao mesmo tempo. Rebecca olhou para cima, e uma criatura palida de pernas compridas olhou de cima do orificio do teto. Ele arreganhou os dentes, espessos e afiados, agarrando o ar com seus dedos dgeis fazendo seu peito bater no ar, gritando horrivelmente. Antes que ela pudesse dar um passo, a criatura saltou do orificio, pulando contra a parede de pedra antes de aterrissar agachado no chao, deixando uma tébua cair no meio da sala. Ele olhou para ela, seus lébios estavam puxados sobre seus dentes amarelados. Ele quase se parecia um babuino com pelo branco, exceto que havia grandes rasgos no pélo, manchas vermelhas densas ¢ brilhantes estavam se mostrando no miisculo. Nao parecia que tinha sido atacado, mas sim como se seus miisculos tivessem crescido demais para a sua pele e estavam se separando. Suas maos eram grandes demais, suas unhas excessivamente longas, e se arrastavam através do chio quando ele andava, a criatura estava se aproximando, vindo em sua diregao a partir da pilha de tébuas, sorrindo maliciosamente. Dewagar.. Rebecca tirou sua arma com facilidade de seu quadril, tao assustada quanto ela esteve aquela noite. Babuinos normais eram capazes de rasgar uma pessoa, mas aquele ali parecia estar infectado, babuino chegou mais perto- e acima de sua cabega ela ouviu outro, pelo menos mais duas vozes comecaram a gritar, o barulho ficando mais alto, mais animais doentes aproximaram-se. Estava perto o bastante para ela sentir 0 cheiro, um cheiro quente e almiscarado de urina, fezes e selvageria, de uma infecgao avassaladora. “Rebecca! O que estd acontecendo?” Ela ainda estava segurando o radio na sua mao esquerda. Ela apertou 0 botao, com medo de falar, mas com mais medo ainda de Billy gritar, fazendo as criaturas atacarem. Shadow CCall Chast Gunter “Ssh,” ela disse, sua voz estava suave, tanto para acalmar o animal quanto para calar a boca de Billy. Ela deu um passo para tras, pendurou o radio na gola de sua camisa, levantando sua 9mm, O babuino agachou-se, enrijecendo as pernas- -e pularam, assim que ela atirou, assim que duas formas ageis pularam gritando, pulando para o eixo de ar da sala, um deles pulou sobre sua cabeca assim que passou, com suas unhas esfarrapadas puxando seu cabelo. A batida empurrou-a para fora do caminho do atacante, mas também a fez desequilibrar, seu tiro acertou 0 nada, porém acertou a parede, todos aterrissaram na pilha de tabuas- -e 0 cho desabou. No havia novos desenvolvimentos. O estranho rapaz, quem quer que ele fosse- Wesker tinha suas suspeitas, que mantinha para si mesmo- ele nao havia aparecido de novo, e nem a imagem de James Marcus. As cameras nao pareciam estar funcionando bem, ou, a vigilincia fez algo discutivel. Algumas simplesmente ficaram pretas, deixando nada a se ver, a se considerar. Depois de longos momentos, momentos entediantes de ouvir Birkin falar de seu novo virus, Wesker empurrou para tras os controles de video levantou, esticando-se. Era engragado- a alguns anos atras ele se interessaria pelo trabalho do velho amigo. Agora com sua partida da Umbrella se aproximando, ele achou que seria incapaz de fingir. “Bem, foi um bom dia,” disse Wesker, rompendo 0 monélogo de Birkin quando este respirou fundo, “Até ser cancelado.”” Birkin olhou para ele, seu rosto estava pilido, fantasmagérico por causa da luz branca da tela. “O que? Para onde vocé esta indo?” “Para casa. Nao ha nada que possamos fazer aqui.” “Mas- vocé disse- e a equipe de limpeza?” QS hadow CICell/ Chast Gunter Wesker deu de ombros. “Umbrella enviar outra equipe, tenho certeza.” “Eu pensei que manter 0 vazamento em siléncio era a coisa mais importante. Vocé nao disse que era vital?” “Disse?” “sim!” Birkin estava zangado. “Eu no quero que mais ninguém da Umbrella venha. Eles podem fazer perguntas sobre o meu trabalho. Eu preciso de mais tempo.” Wesker deu de ombros novamente. “Entéo, ative o sistema de autodestruigao e diga a0 nosso contado que ja esta tudo resolvido.” Birkin acenou, embora Wesker pudesse ver o mal-estar que passou pelo seu olhar. Wesker se esquivou de um sorriso. Birkin estava com medo do novo contato para os garotées da sede, evitando interagdes quando ele pudesse. Wesker nao podia culpa-lo. Tinha algo sobre Trent, ele era estranhamente seguro de si mesmo- “B sobre- ele,” Birkin apontou para as telas. Wesker sentiu um rastro de mal estar em si mesmo, mas manteve a expressio impenetravel. “Um fandtico com rancor. Ele ¢ timo com truques de videos, mas eu imagino que ele vai queimar, como qualquer outra pessoa.” Wesker no acreditou em si mesmo, mas nao estava interessado em desvendar o mistério. Ele ndo era um detetive em um romance de conspiragdo barata, impulsionado por uma necessidade de ir ao fundo das coisas. Em sua experiéncia, anomalias tendem a resolver-se, de um jeito ou de outro. “B se alguma palavra do que realmente aconteceu com Dr. Marcus vazar-” “Nao vai,” Wesker disse. Birkin recusou-se aquietar-se. “Mas e as instalagdes nas propriedades de Spencer?” QS hadow CICell/ Chast Gunlts Wesker comegou a ir para a porta, suas botas tinindo através da malha de metal. Birkin o seguiu como um filhote rebelde. “Deixa isso comigo,” ele disse. “Umbrella quer dados de combate. E eu vou dar a eles. Vou levar os S.T.A.RS,, ver 0 quao seu real treino os seguram contra as B.O.Ws.” Ele sorriu, pensando no talento da equipe Alfa. O fortio do Barry, Chris bom manuseando qualquer arma de fogo, Jill e sua educagio eclética, filha de de ver a um incomparavel ladrio... Iria ser uma luta interessante. Dep pequena Rebecca Chambers nas instalagdes, era obvio que algo tinha acontecido com a equipe de Enrico; Wesker poderia usar isso, levar a equipe Alfa para “encontrar” os homens que restaram. ‘Mesmo que a equipe Bravo consiga voltar para a civilizagto, ainda teré Rebecca para procurar. A garota era brilhante, mas cérebro nao é igual a experiéncia em combate. De fato, ela provavelmente devia estar morta agora. Eles deixaram a sala de controle, Wesker descendo 0 corredor a passos largos, Birkin correndo para alcangé-lo. Eles chegaram até o elevador, ainda aberto pela chegada de Wesker, ¢ Wesker deu um passo para entrar. Birkin parou na frente dele, encarando-o e na brilhante luz do corredor, Wesker pode ver a mancha de insanidade no rosto do cientista. Seus olhos estavam negros, e ele tinha desenvolvido um tique facial no canto da boca. Wesker perguntou-se vagamente se Annette tinha notado a descida do marido nos pogos mais profundos de parandia, em seguido decidiu que ela provavelmente nio tinha. Aquela mulher era cega para tudo, mas a “grandeza” da obra de seu marido. Coitada da filha deles, de ter pais como estes. “Vou ativar a sequéncia de autodestruicao,” Birkin disse. “O tempo é amanha,” Wesker disse, mostrando um sorriso. “O amanhecer de um novo dia.” Shadow CCall ‘Chest Gunter As portas se fecharam na expressio determinada de Birkin, um olhar de resolver na cara de uma ovelha, € 0 sorriso de Wesker alargou-se, seu coragio acendeu com pensamentos do que estava por vir. Tudo estava prestes a mudar, para todos eles, “Billy, socorro!” Billy estava correndo, logo que ouviu os gritos dos animais, o acidente, € estava no corredor quando a mensagem com a voz de medo de Rebecca crepitou pelo radio, Ele correu mais rapido, enfiando os mapas no seu bolso de tras, com a arma em suas maos, amaldigoando-se por deixé-la atravessar 0 eixo de ar. La na frente, havia uma porta ndo muito longe dos corpos das aranhas. Ele bateu na porta com um de seus ombros, agarrou o fecho ¢ levantou. A porta bateu, e ele estava passando através dela. As lampadas acima de sua cabega pi havia uma cama mofada em um canto. avam, danificadas, dando um ar surreal, algum tipo de laboratdrio talvez, ‘Nao importa, vif Ele vou atravessando a sala da préxima porta, Rebecca gritando de novo, falando para ele ter cuidado e andar logo. Assim que ele empurrou a porta, viu 0 movimento de um zumbi decrépito olhando para ele, em pé no corredor. As luzes zumbiam, ligando e desligando, o zumbi estava observando- em siléncio, sua forma desaparecendo cada vez que a luz oscilava. A criatura comegou a cambalear em sua direcao. Mais tarde, parceivo. Billy abriu a segunda porta e correu para dentro. QS hadow CICell/ Chast Gul Quase imediatamente, algo voou nele, gritando. Ele abaixou, viu uma confusa mancha vermelha e branca, 0 animal fedia, € entao a criatura era- um macaco, uma espécie de macaco- passou por ele, ainda gritando. Outros dois se juntaram, formando um circulo ao redor de Billy, eles eram esbeltos, bragos musculosos e pernas em constante movimento, tentando acertar Billy, tinham aparéncia de estarem infectados, seus corpos dangantes chegando mais perto dele, depois se afastando. Ele recuou, firmando-se no canto onde se encontrava a porta e a parede de pedra, nao estava querendo ficar encurralado, mas estava com medo de deixar suas costas expostas. Os macacos continuaram dangando e parando, gritando. “Rebecca!” ele gritou “Aqui em baixo.” Ela parecia estar longe. Entao ele viu um buraco, a poucos metros de distincia. Pedagos de madeira cobriam © chao em volta do buraco. Ele nao conseguia vé-la. “Agiienta ai,” ele chamou, ¢ voltando toda a sua atenc3o para os macacos assim que um deles chegou perto o bastante para fazer contato. O macaco golpeou-o com uma pata muito grande, suas garras passando entre os topos das coxas de Billy. Nao rasgou a pele, mas a batida seguinte com certeza rasgaria. Billy no mirou, s6 apontou e atirou- - € © macaco girou para tris, uivando, uma gota de sangue escuro irrompeu de seu peito, mas ele ndo estava morto, balangou a cabega e avangou novamente, ¢ Billy pensou que provavelmente estava fudido, eles eram muito poderosos, muito organizados. Ele nao conseguia pegar um, sem abrir-se para atacar- = exceto que os outros dois pularam no terceiro ferido, rompendo-o com as maos gananciosas. O animal ferido gritava, lutando, mas seu sangue estava motivado a sair em frenesi, 0s outros dois rasgando-os em pedagos, em segundos, enchendo suas bocas com os pedagos. Shadow CCall Chast Gunlér Billy teve tempo para mirar, ¢ aproveitou. Um, dois, trés tiros ¢ os macacos estavam caidos, mortos ou morrendo. Ele correu até 0 buraco, ajoethando-se e segurando na borda irregular, seu coracdo disparando- entio afundando, quando ele viu o qua fundo ela estava. Ela estava segurando um pedago de cano de metal com as duas maos, 0 chao inteiro sob onde ele estava parado. Além disso, estava muito escuro. Era impossivel saber 0 quo longe ela deve ter caido. “Billy,” cla ofegou, olhando para cima com o olhar assustado. “Nao solte,” ele disse, pegando os mapas de seu bolso e verificando a posicdo dela, procurando o meio mais rapido de chegar até ela. Nao havia um acesso rapido no segundo andar do subsol, ndo pelo primeiro. Ele provavelmente teria que voltar para 0 sagudo e passar pela sala de jantar, onde ele viu os zumbis. As escadas para o sub-subsolo, estavam no lado leste da casa. “Eu nao sei por quanto tempo eu posso segurar,” ela disse. Seu sussurro foi ampliado através do radio. Ela ativou canal aberto em algum ponto. “Nao se atreva a soltar,” ele disse, “Essa é a porra da ordem, entendeu garotinha?” Ela nao respondeu, mas ele viu a mandibula dela se apertar. Bom, talvez irritando-a, poderia manté-la forte. Ele ja estava de pé novamente. “Eu estou indo,” ele disse, virando-se e correndo, voltando através da porta do laboratério com as luzes piscantes. O zumbi tinha se movido, parado entre ele ¢ a porta da safda que levava ao corredor, mas Billy nao se incomodou com a arma, estava com medo de perder tempo. Ele estendeu um brago como um zagueiro em um grande jogo, moveu-se em direco a criatura, empurrando- © com toda a forca que podia, ainda correndo quando o zumbi cambaleou para tras e caiu no chao. Billy se foi antes do seu grito de frustracao e fome. QS hadow CICell/ Chast Guntt No corredor, passou pelas aranhas, ¢ subiu a escada. Ele ejetou o clipe da 9mm, embolsou, atrapalhando-se com reserva, travando enquanto atravessava 0 saguao. Agtienta firme, agiienta firme. Ele nao hesitou na sala de jantar, batendo a porta e correndo para dentro. Viu dois zumbis em seguranga, fora de seu caminho, bloqueados pela mesa de jantar. O terceiro estava de pé perto da porta que ele pensou que evava até Rebecca, era o soldado com 0 garfo no ombro, ¢ Billy parou tempo suficiente apenas para mirar e colocar duas balas na cabega do zumbi. O primeiro foi largo, mas o segundo fez explodir um substancial pedago de osso de seu crinio, pintando a parede de tris com cinza podre. © corpo ficou em pé por um momento, e caiu quando Billy jé havia passado por ele. Através da porta, havia um pequeno corredor. Esquerda ou direita? Sem 0 mapa do primeiro andar ele nao conseguia saber, mas a colocagio da escada sugeria esquerda. Sem tempo para raciocinar, ele apressou-se, levando sua arma, alguns passos abaixo em volta de uma gigante caldeira sibilante. Vapor nublando a sala de manutencao, mas ele encontrou seu caminho, encontrou um conjunto de escadas de metal enferrujadas. No fundo havia uma porta, ele empurrou e passou através dela, se Jembrando do mapa; estaria em uma sala grande com algum tipo de fonte no meio, algo grande e redondo, de qualquer maneira. Havia duas salas menores para 0 oeste, um desvio para um curto corredor e um deles devia ser onde Rebecca estava. Era um caminko para o fim, talvez~ A grande sala estava fria e timida, as paredes e o chao eram feitos de pedra. Ele correu, olhando para um grande monumento a sua esquerda, o que pensou que fosse a fonte do mapa. Era algum tipo de santudrio. Olhos cegos QS hadow CICell/ Chast Gunlty olhando para ele; eram 0s rostos de animais esculpidos, observando a sua corrida- - houve um grito da sala logo & frente, um cego canto, mas ele sabia do que era o som um minuto antes: havia outro macaco ali. Merda! Ele teria que tiré-lo de la, ndo queria arriscar suas costas- Billy- por favor-” A voz que veio do radio estava desesperada, e ele comesou a correr, parte dele ignorando 0 comando para ele parar, esperar a criatura aparecer para que pudesse despaché-la para uma distancia segura. Ele correu adiante, ao virar © canto, vi o macaco terrivel, olhando e gritando- ~e Billy saltou sobre seu obstaculo, e desceu apenas dois passos de uma porta, a porta, 0 macaco estava gritando furioso atras dele. Se a porta estivesse trancada, ele estava com problemas, mas nao estava. Ele saiu correndo e bateu a porta atras dele, caindo e derrapando de joelhos para o grande buraco no chao. Ela ainda estava la, segurando com apenas uma mao, e ele péde ver que ela estava escorregando. Ele largou a arma, ¢ atirou os bragos, agarrando 0 pulso dela, os dedos da garota estavam esbranquigados quase soltando o cano. “Te peguei,” ele ofegou. “Te peguei.” Rebecca comegou a chorar assim que sacudiu seus calcanhares, levantando para fora do buraco, um sentimento de satisfagio passou por ele, um sentimento que ele quase havia esquecido que existia depois daqueles ‘meses na prisio- ele tinha certeza, reconheceu facilmente que tinka feito a coisa certa, e bem feita. Billy puxou-a para fora do buraco, usando seu corpo como alavanca, puxando-a praticamente em cima dele, em um abrago rude, Em vez de afastar- QS hadow CICell/ Chast Guns s¢, ela deixou-o seguré-la por mais um momento, agarrando-se a ele, incapaz de parar as lagrimas de gratidao, de alivio. Ele parecia compreender o que ela precisava, e segurou-a firme. Ela tinha certeza de que iria cair, morrer, perdida esquecida em algum subsolo fedorento, seu cadaver devorado pelas criaturas doentes... Depois de um momento, ela soltou-o, enxugando as lagrimas com uma mao trémula. Ambos estavam sentados no chao, Billy olhando em volta, para as paredes de pedra sombria de outra camara indescritivel do subsolo. Rebecca olhando para Billy. Quando o siléncio se prolongou por muito tempo, ela Ievantou e pds a mao no brago dele. “Obrigada,” ela disse. “Vocé salvou minha vida, de novo.” Ele olhou para ela, € desviou 0 olhar. “Sim, bem. Nos temos aquela trégua, sabe?” “Sim, eu sei,” ela disse. “E eu também sei que vocé nao é um assassino, Billy. Por que vocé estava a caminho de Ragithon? Vocé- vocé realmente esteve envolvido naqueles assassinatos?” Ele encontrou o olhar dela, no mesmo nivel. “Voce poderia dizer isso,” ele disse, "Eu estava li de qualquer maneira.” Eu estava Id... Isso nao 6 a mesma coisa que matar alguém, “Eu nao acho que vocé matou a sua escolta na noite anterior; acho que foi uma das criaturas, e vocé sé correu,” ela disse. “E eu sei que eu nao te conhego hd muito tempo, mas eu no acredito que voc? matou vinte e trés pessoas, também.” “Nao importa,” Billy disse. "Pessoas acreditam no que querem acreditar.” “Importa para mim,” Rebecca disse, sua voz estava delicada. “Eu nao vou te juilgar. Eu sé quero saber. © que aconteceu?” Ele ainda estava olhando para suas botas, mas seu olhar estava longe, como se estivesse vendo outro tempo, outro lugar. “Ano passado, minha QS hadow CICell/ Chast Gull unidade foi enviada para a Africa, para intervir em uma guerra civil,” ele disse. “Ultra secreto, sem o envolvimento dos EUA, vocé compreende. Deverlamos atacar o esconderijo de um guerrilheiro. Era verdo, a parte mais quente do verdo, e nds fomos deixados fora da zona de ataque, no meio de uma densa selva, Tivemos que caminhar do nosso jeito...” Ele parou por um momento, alcancando suas dog tags e segurando-as firme. Quando ele falou novamente, sua voz era ainda mais suave. “O calor matou metade de nés. Os inimigos pegaram a maioria dos que restaram, escolhendo um de nés de cada vez para matar. No momento em que chegamos onde deveria ser o esconderijo, havia apenas quatro de nds. Estévamos exaustos, um pouco louco, enjoados enjoado s de ver nossos parceiros morrerem.” “Ent3o quando chegamos nas coordenadas do esconderijo, estavamos prontos para explodi-los. Fazer alguém pagar, sabe? Por todo esse enjéo. Sé que nao havia esconderijo. A dica nao foi valida. Era um vilarejo, com apenas alguns agricultores. Familias. Idosos, mulheres. Criangas.” Ela acenou, encorajando ele a continuar, mas seu estémago estava comegando a dar um n6, Houve uma inevitabilidade na historia, ela podia ver onde isso ia dar, e nao era bom. “Nosso lider disse para nds cerca-los- e nés fizemos,” Billy disse. “E entao ele disse para nds-" sua voz falhou. Ele estendeu a mao e pegou a arma cafda, colocando-a em seu cinto quase com raiva assim que se levantou, virando-se. Rebecca levantou-se também. “Voce fez?” Ela perguntou. “Vocé os matou?” Billy virou-se para ela, seus labios se curvaram, “E se eu disser que sim? Voce iria me julgar entao?” “Voce fez?” ela perguntou novamente, estudando seu rosto, seus olhos, determinada a pelo menos tentar compreender. E era como se ele pudesse ver QS hadow CICell/ Chast Gunlly dentro dela, podia ver que ela estava trabalhando para estar aberta & verdade. Ele olhou para ela por um momento, ¢ entao balangou a cabeca. “Eu tentei impedir,” ele disse. “Eu tentei, mas eles me nocautearam. Eu estava quase inconsciente, mas eu vi, eu vi tudo... ¢ ndo pude fazer nada.” Ele olhou para longe antes de continuar. “Quando acabou, quando fomos apanhados, era a minha palavra contra a deles. Houve um julgamento, fui sentenciado e- bem, entao isso aconteceu.” Ele estendeu seus bragos, abrangendo seus arredores. “Se conseguirmos sair, eu estou morto de qualquer jeito, ¢ isso ou fugir, e continuar fugindo.” Essa era a verdade. Se ele estivesse mentindo, merecia 0 Oscar... E ela no achava que ele estava mentindo. Ela tentou pensar em algo para dizer, algo reconfortante, 0 tomnaria as coisas melhores, de alguma forma, mas nada veio. Ele estava certo sobre suas opgies. “Ei,” ele disse, olhando para algo além de seu ombro. “Veja isso.” Ela virou-se quando ele se aproximou, viu uma pilha de pedagos de metal encostado na parede- meio escondida entre eles, o que parecia ser uma shotgun. “Eo que eu estou achando que €?” ela perguntou. Billy pegou a arma, sorrindo, verificando a agio da arma. “Sim senhora, certamente é.” “Esta carregada?” “Nao, mas eu tenho alguns cartuchos que peguei no trem. E um calibre doze.” Ele sorriu novamente. “As coisas estao melhorando. Nao devemos fazé- Jo, mas tem um macaco 14 no corredor esperando para ser testado com essa belezinha aqui.” “Na verdade, acho que é um babuino,” ela disse, surpresa por estar sorrindo de volta. Em seguida, ambos estavam rindo, atingidos pela inutilidade absoluta de sua corregao. Eles estavam presos numa mansio isolada, por Deus QS hadow CICell/ Chast Gunlt sabia quantos tipos de monstros, mas pelo menos eles sabiam que a criatura no corredor era provavelmente um babuino, suas risadas se tornaram gargalhadas. Ela observou-o rir, qualquer pretensio de arrogancia, de cara durdo e de machismo estavam de lado, ¢ ela sentiu que pela primeira vez estava vendo © verdadeiro Billy Coen. Ela percebeu, naquele momento que tinha falhado completamente em sua primeira missao. Ele nao era mais seu prisioneiro mais do que ela era dele. Assumindo que eles sobrevivessem, se ele fugisse, ela nio seria capaz de paré-lo. Tanta coisa para uma carreira na aplicagéo da tei. Esse pensamento a fez rir mais. Capitulo 9 O babuino correu na direcao deles, assim que voltaram ao corredor- e morreu espetacularmente. A shotgun de cano duplo explodiu 0 macaco em pedacinhos, com um rugido ensurdecedor. Billy recarregou-a com seu ultimo cartucho que sobrou. Ele achou que tinha mais, mas parece que tinha perdido em algum lugar ao longo do caminho. Em qualquer caso, nada mais veio a eles, € eles se dirigiram de volta para a sala principal, Billy se sentindo muito mais Teve do que ele havia sentido a um longo tempo. Além disso, risada era necessario, uma ruptura no caos sem fim que eles estavam sofrendo tanto, foi a primeira vez que ele contou sua histéria para quem realmente estava ouvindo, que estava disposto a considerar que ele poderia estar dizendo a verdade. QS hadow CICell/ Chast Gunlr Eles pararam diante do gigante circulo de pedra no santudrio no meio da grande cimara, olhando. Havia seis animais esculpidos, espagados uniformemente em volta do circulo, encarando-se externamente. Cada um tinha uma pequena placa em frente, uma pequena lamparina posicionada préxima a placa. Os animais foram habilmente esculpidos, mas a coisa toda era uma monstruosidade, uma verdadeira monstruosidade. O animal da frente era uma aguia em pleno vo, uma cobra agarrou suas garras. Ele leu em voz alta a placa: “EU DANCO LIVREMENTE ATRAVES DO AR, CAPTURANDO UMA PRESA SEM PERNA...” Ele amarrou a cara, se movendo para © préximo animal, um cervo, estava escrito na placa: “EU FICO ERETO SOBRE A TERRA, COM CHIFRES ORGULHOSAMENTE EXIBIDOS.”" Rebecca andou em volta da obra de arte desafortunada, parando em frente a um portio de aco situado na parede de tris, O porto estava bloqueado, havia um pequeno corredor, duas portas situadas na parede. “Tem um sinal aqui, diz”- ela virou-se estudando os animais. “Basicamente vai do mais fraco para o mais forte, usando as lamparinas. E algum tipo de enigma.” “Ent3o, temos que ascender as lamparinas em ordem, comecando com © animal mais fraco,” Billy disse. Burro. Por que alguém iria passar por todos esses problemas... Ele pegou 0 mapa do bolso de tras e comegou a estudar. “Parece que s6 tem umas portas ld atras. Eu ndo vejo uma saida.” Rebecca deu de ombros. “Sim, mas talvez la tenha algo que possamos usar. Pode doer?” “Eu nao sei,” ele disse com sinceridade. “Talvez.” Ela sorriu, virando-se para o animal mais perto dela, um tigre, estava escrito sob a placa: “EU SOU O REI DE TODOS: NENHUMA CRIATURA ESCAPA DE MINHAS GARRAS.” Shadow CCall ‘Chest Gunléy Billy se moveu para a sua esquerda, para uma cobra esculpida em um galho de uma drvore. “Esta aqui diz: EU ME ARRASTO SOBRE MINHAS VITIMAS SILENCIO E CONQUISTO © MAIS PODEROSO DOS REIS COM MEU VENENO.” Rebecca leu a segunda ultima em voz alta- as palavras sob 0 lobo esculpido eram: MINHA INTELIGENCIA AFIADA ME PERMITE TRAZER PARA BAIXO ATE MESMO A FERA COM O MAIOR CHIFRE. O sexto animal era um cavalo, recuado em suas patas traseiras. A legenda sob 0 animal era: NENHUMA QUANTIDADE DE INTELIGENCIA PODE COMPARAR-SE A VELOCIDADE DO MEU CORPO FLEXIVEL. Fera chifruda. Billy caminhou até 0 cervo, lendo a parte que dizia: “chifres orgulhosamente exibido.” “Entao, o lobo é mais forte que o cervo,” ele disse. “E se inteligéncia ndo pode vencer um cavalo, o cavalo é mais forte que © lobo,” ela disse. “O que é mais forte do que a cobra?” “Deve sera aguia, esta carregando uma cobra,” Billy disse. Eles andaram em tomo da estétua, falando suas observagies € trabalhando no enigma. Eles finalmente concordaram em uma seqiiéncia, e Billy caminhou até cada animal, ascendendo a lamparina apropriada na ordem apropriada- do mais fraco para 0 mais forte, concordando finalmente que a ordem das estatuas era: cervo, lobo, cavalo, tigre, cobra e dguia. Assim que ele acendeu a lamparina da Aguia, houve um pesado e mecanico som vindo de algum lugar dentro do santudrio- e 0 portio de ago atras deles deslizou em um nicho na parte superior do arco. Juntos, eles se moveram para o corredor. A primeira sala, 4 direita deles, pareceu nao ter nada de valor a primeira vista. Havia um monte de caixotes vazios, algumas prateleiras desorganizadas. Billy estava pronto para seguir em frente, quando Rebecca andou em direc3o as caixas. Uma delas estava afastada da porta para que eles nao pudessem ver o que estava dentro- e Shadow CCall ‘Chest Gunltr quando ela se aproximou, deixou escapar uma excitante risada, agachando perto da caixa, empurrando para que ele pudesse ver. Billy se apressou ao lado dela, se sentindo como uma crianga no natal Acho que esse quebra-cabeca valeu a pena, afinal Duas caixas e meia de munigdo 9mm, Metade de uma caixa vinte — dois, © que para eles nio era muito bom, nem o par de velocidades carregadores- Billy teve que explicar que o metal da bala era projetado para carregar revolveres rapidamente- como 0 .50. Mas os cartuchos de shotgun, quatorze ao todo, cerlamente ajudaria, Billy nao se importaria em cruzar com uma bazuca, ‘mas considerando todas as coisas, nao poderiam esperar coisa melhor. Eles passaram alguns minutos recarregando as arm s com os clipes que eles tinham, Rebecca encontrou uma pochete com um ziper quebrado sobre a prateleira e eles carregaram-na, Rebecca colocou a pochete ao longo de seu cinto de utilidades; eles concordaram que era melhor levar tudo, pois ainda tinham chance de acharem novas armas. Billy equipou o ziper com um pino de seguranga que encontrou no chao e vestiu a pochete, confortado pelo peso de tanta munigao. “Bu poder te beijar,” ele disse, levantando a shotgun- e no silencio dela, ele virou-se para olhé-la, viu que ela corou ligeiramente. Ela olhou para lado, ajustando o seu cinto. “Bu nao quis dizer literalmente,” ele disse. “Nao que vocd nao seja atraente, mas vocé é- eu- eu s6- eu quis dizer.” “Nao tem gatinhos,” ela disse calmamente. “Eu sei o que voc? quis dizer.” tinham o sufi Billy acenou aliviado, Eles j jente para lidar sem essas coisas de masculino-feminino. Embora ela seja bonita- Ele balangou a cabega, lembrando-se que tinha passado o ano todo sem nenhuma mulher por perto- e agora ndo era hora de abordé-la. QS hadow CICell/ Chast Gunlér Eles foram para a segunda porta, estava destrancada, Era um quarto com um beliche, maltrapilho e sujo, os beliches estavam golpeadtos junto com a madeira compensada, os poucos cobertores estavam surrados e encardidos. Considerando as pobres acomodagées e 0 portdio de ago trancado ao fim do corredor, Billy achou que era seguro afirmar que os moradores dali nao haviam sido voluntarios. Rebecca disse a ele que o diario dizia sobre testes em cobaias humanas... A Instalagao toda dava arrepios nele. Quanto mais cedo eles saissem, melhor. “Descemos ou subimos?” Rebecca perguntou, assim que eles voltaram para o salio. “Tem um observatdrio 14 em cima, certo?” Billy perguntou. Rebecca acenou. “Entao, vamos observar. Talvez podemos fazer sinal para pedir ajuda oualguma coisa.” Ele percebeu que sugeriu que apenas tentassem ser resgatados, mas ele ndo seria, até mesmo entendendo o mais provavel que aconteceria com ele. Billy sabia que preferia morrer lutando por sua vida a ser executado... Mas tinha Rebecca para considerar. Ela era uma boa pessoa, honesta e sincera, ¢ ele faria 0 que pudesse para tird-la de Id com vida. Eles se moveram para fora, Billy se perguntando onde tinha ido parar sua natureza criminal, rapidamente decidindo que estava melhor sem ela. Pela primeira vez, desde aquele terrivel dia na aldeia da selva, sentia-se ele mesmo novamente. Ele observou-os estocar munigao, sentiu-se tanto impressionado como desapontado pela forga moral deles. Depois de outra consulta no mapa, eles comegaram a subi QS hadow CICell/ Chast Gunlty provavelmente indo para 0 observatério; embora suas criangas pudessem ouvir as vozes deles, eles no podiam esconder suas palavras. Ele tinha as criangas para procurarem em todos os comprimentos portas que seriam necessérios para chegarem até o observatdrio. A menos que Billy e Rebecca sejam inteiramente idiotas- 0 que provaram que nao sdo- iriam descobrir como ativar a estrutura de rotacdo, levando-os mais perto para sua fuga. Por onde teriam que passar para chegar até o laboratério, escondido atras da capela... Ele se perguntou 0 que eles encontrariam Li, no laboratério de Marcus; mais para roubar, talvez. Queria que eles descobrissem 0 que podiam da verdadeira natureza da Umbrella, mas ndo foi prazeroso vé-los pegando residuos da triste carreira brithante de Dr. Marcus. Ele ainda pensava nos laboratérios de Marcus, apesar do cientista ter morrido ha uma década. O complexo inteiro foi fechado depois que o gerente “desapareceu”, mas recentemente a Umbrella reabriu tudo- 0s laboratérios, a estacio de tratamento, o centro de treinamento. Nenhum deles havia sido completamente funcional quando 0 virus os atingiu, pois eles estavam sendo executados por equipes de homens da manutengdo de esqueleto, observados por um punhado de gerentes médios esperangosos; contudo, a companhia ja havia perdido um numero consideravel de empregados fiéis. Billy e Rebecca se moveram para as salas do lado leste do primeiro andar, e voltaram para o sagudo, em seguida dirigiram-se para o segundo andar. Eles encontraram a porta que os levariam para o terceiro andar com bastante facilidade, entrando na escada com armas em punho, suas caras jovens, determinadas ¢ aparentemente sem medo. Ele observou quando eles comegaram a subir a escada, emocionalmente dividido. Queria vé-los suceder, queria vé-los morrer. Tinha algum jeito de ter os dois? Eles conseguiram eliminar a série dos Eliminator facilmente, contudo, os primatas estavam QS hadow CICell/ Chast Gunléy enfraquecidos pela fome e pela negligéncia. Como eles se sairiam contra os Hunters? Ou o proto-Tyrant? E se eles chegassem onde ele suas criangas estavam esperando e observando? O que eles fariam? O rapaz fechou a cara, infeliz com o pensamento. Sensivel com seu humor, alguns dos muitos se deslizaram até suas pernas, atravessando seu peilo, numa espécie de abraso. Ele brincou com eles, assegurando-os pelo toque que tudo estava bem. Se os dois aventureiros realmente chegassem a0 ninho- ainda uma premissa improvavel- ele os deixaria passar, ¢ claro, para que eles possam espalhar a histéria dos pecados da Umbrella. “Ou talvez eu os mate,” ele disse, dando de ombros. Iria decidir quando- se- ocorresse. Para dizer, aquilo era indiferente do destino falso deles; como ele esperou a morte da Umbrella se desdobrar, observar Billy e Rebecca tinha se tomado um prazer e ele estava mais interessado em ver 0 que aconteceria com os dois, Mas ele iria vé-los mortos antes que eles machucassem suas criangas de novo. Eles chegaram no topo das escadas, estavam cautelosamente procurando por movimento em toro da grade. O rapaz lembrou-se de repente do Centurion, escondido nas paredes da piscina de reproducao, e se perguntou se a ctiatura sairia para ver quem estava invadindo seu territério, Para bem de Billy e Rebecca era melhor esperar que nio. Se os Eliminators eram apenas pedes nesse jogo, o Centurion era o cavalo. O rapaz.inclinou-se ansiosamente para assistir. A viagem ao terceiro andar foi calma, apesar de que eles tiveram que se apressar para atravessar a sala de jantar; os dois zumbis que vagavam em volta QS hadow CICell/ Chast Gunl da mesa eram lentos demais para se preocupar em atirar, mas ela nao se sentia confortével em caminhar pelas criaturas, também. Considerando que Billy estava trés passos a frente dela, ele obviamente sentia o mesmo. Agora, parada no topo das escadas, Rebecca relaxou um pouco. O terceiro andar- pelo menos uma parte dele- era uma tinica, porém uma sala gigante, sem cantos escondidos para se preocupar. A porta para o observatério estava sobre a direita deles. A frente deles havia uma piscina de reprodusio, um pogo vazio, que se estendia ao comprimento da sala, e & esquerda, uma porta, que segundo o mapa levava para um patio ao ar livre. “O que voct acha que eles estavam reproduzindo?” ly perguntou, sua vor estava baixa. Ainda assim, sua voz ecoou ligeiramente pela enorme sala. “Nao sei, sanguessugas, talvez,” ela disse. Ela pensou sobre a solitaria figura que eles viram do trem, cantando para as sanguessugas, e suprimiu um estremecimento. “Entao, observatério ou patio? Billy olhou para tras e para frente, entdo deu de ombros. “Parece seguro. Nés poderiamos abrir cada porta e 6 olhar, mas sem se separar, tudo bem?" Rebecca acenou. Ela definitivamente se sentia segura com muita municao, mas aquela queda tinha batido alguma cautela nela, Ela nao estava entusiasmada de se separar. “Eu pego a do patio.” Eles se moveram, seus passos ecoando na grande camara. A porta do observatério estava perto; s6 seus passos soaram depois de um momento, enquanto ela continuava indo em diregao a parede sul. “Ei,” Billy chamou, a im que ela alcangou a porta. Ele estava segurando 0 que parecia ser um livro, mais dois em sua outra mao. Rebecca apertou os olhos para ver através da grande sala, viu que aqueles eram feitos de pedra, cada um tinha a ponta arredondada. “Estes estavam na frente da porta.” QS hadow CICell/ Chast Gunlér “O que sdo eles?” ela disse. Sua voz, embora baixa, ainda era carregada pelo ar frio. “Decoracio, talvez,” ele disse. “Cada um tem uma palavra gravada na frente” Ele olhou para baixo, mexendo os objetos. “Ah... nés temos unio, disciplina e obediéncia.” Aquela gravacao que eles ouviram, de Dr. Marcus recitando o lema da companhia- eram as mesmas trés palavras. “Segure-os,” Rebecca disse. “Eles podem ser a parte de um enigma como aquele dos animais.” “Pensei exatamente isso,” Billy disse, em voz baixa. “Casa de loucos.” Ela virou-se para a porta, levantando a Handgun assim que empurrou a maganeta- e estava trancada, Ela suspirou, afundando os ombros, percebendo que poderia ter evitado algum tipo de ataque. “Esta trancada,” ela disse. Billy abriu a porta do observatério e ainda estava olhando lé dentro. Ele virou-se, segurando a porta aberta. “Isso pode ser promissor. Eu nao sei 0 que qualquer um faz, mas tem uma porrada de equipamentos aqui; talvez um radio também.” Um radio. Ela sentiu a esperanca surgir. “Aqui eu-” A palavra foi cortada por um som de movimento animal, um chocalho pesado que reverberou pela sala. Ela e Billy, ambos se olharam, de repente a distncia entre eles ficou maior do que ela previamente havia pensado. O som veio de novo. Era o som de alguma coisa dura, rapidamente fazendo barulho contra a pedra, como se fosse os dedos de alguém tamborilando contra o ago de alguma mesa, e era alto. O que quer que fosse, era grande- e estava se aproximando, pois 0 som estava aumentando. Era dificil dizer de onde estava vindo; os ecos estavam mascarando sua diregao. “A piscina de reproducio,” Billy gritou, acenando para ela. “Vamos, anda logo!” Shadow CCall ‘Chest Gunly Ela comecou a correr, seu coracio martelando, com medo de olhar para a piscina de reprodugio. Ela sentiu movimento 18, algo escuro e fluido, e correu mais répido, finalmente arriscando olhar para a piscina quando passou por ela. A visio que teve dirigiu seus pensamentos conscientes para longe. Era uma lacraia ou uma centopéia, grande a suficiente para deixar as aranhas envergonhadas. Olhos amarelos, que pareciam brilhar em ambos os lados de um cranio lustroso, longa, contorcendo as antenas avermelhadas acima de sua cabeca. Seu corpo era longo e sinuoso no chao, banhado e segmentado, montado em dezenas de pontos vermelhos que eram seus pés. Tinha uns quatro metros de comprimento, talvez mais, era tao grande, estava se movendo como um barril-e estava indo em sua diregio, suas pernas se ondulando rapidamente como a prépria propulsdo em toda a piscina vazia. “Corre!” Billy berrou, e Rebecca correu por sua vida, agora respirando 0 fedor da criatura, um terrivel cheiro de azedo que a teria feito engasgar, se ela tivesse tempo para se preocupar. Billy estava segurando a porta do observatério com 0 pé, a shotgun treinada passando por ela, e a garota pode sentir 0 quio perto a criatura estava, sentindo-se como se uma sombra tivesse ultrapassado ela. Assim que ela chegou até Billy, ele atirou, bombeando a shotgun e atirou de novo assim que ela passou voando por ele, mergulhando através da porta. Segundos depois que ela passou, ele saltou para tras, batendo na porta fechada- e passado uma fragdo de segundos, eles ouviram o corpo da criatura passar pela porta, o som de seu corpo pressionado contra a pesada madeira. Eles esperaram, ambos olhando para a porta- mas depois de alguns segundos, 0 som parou, tornando-se o barulho de muitos pés se afastando. “Gracas & Deus,” Billy disse. Rebecca assentiu, Ele agachou e ajudou-a ficar de pé, ambos respirando pesadamente. “Nao vamos voltar por aquele caminho,” Rebecca disse, esperando realmente que eles nao precisassem. QS hadow CICell/ Chast Gunltr “Parece que isso é um plano,” Billy concordou. Eles ficaram em siléncio por um momento, olhando em volta do santudrio, Era uma sala grande, redonda, bi-nivel. Eles estavam de pé em uma cespécie de passarela que circulava 0 meio da sala; havia um conjunto de portas no extrem norte. Perto das portas, havia uma pequena escada fora da passarela, em direcio a uma malha de metal, que estava alinhada com ‘equipamentos. Abaixo da plataforma havia escuridao. Juntos eles se moveram em torno da passarela, parando na segunda porta, Trancada. Eles trocaram um olhar triste, mas nao disseram nada, caminhando em diregao & escada. Rebecca desceu primeiro, parando perto das maquinas que dominavam 0 centro da sala, provavelmente o telesepio. Havia um brago de telescépio, mas estava 14 no alto, fora de alcance. Atras dela, Billy estava olhando 0 resto do equipamento, bancos de computadores e outras maquinas que ela nao reconheceu. Ela virou-se de volta para o telescdpio, olhando para o painel abaixo- e sentiu-a prender a respiragio. Havia trés depresses vazias sobre ela, cada uma com a forma de um pequeno timulo, lisa ‘em uma extremidade e arredondada na outra. “Eu nao vejo um radio aqui, mas-” Billy estava dizendo, até ela interrompé-lo. “Fala que vocé ainda tem aqueles ‘livros’,” ela disse. Billy virou-se e olhou para o painel, tirando os objetos de seu bolso. Ele PUuXoU os objetos, cada um com o tamanho de um livro de brochura, porém mais fino. Rebecca pegou-os, se lembrando do desconcertante lema da Umbrella e colocou-as no lugar. “Obediéncia gera disciplina. Disciplina gera unio. Unido gera poder...” “E poder é vida,” Billy finalizou. Assim que colocaram 0 terceiro objeto no lugar, um som gigante encheu a alta sala, 0 som de enormes maquinas em trabalho- eles puceram sentir 0 ambiente a0 seu redor comegar a descer, como um elevador. Nao sé a QS hadow CICell/ Chast Gunl plataforma, toda sala, paredes ¢ tudo. Sob seus pés, a escuridao comegou a subir, tomando-se uma piscina de agua, agitada em uma espuma pela plataforma mével. Rebecca teve um segundo para pensar se a plataforma parar, um lampejo de panico que estavam prestes a se afogarem passou por ela- e em seguida, o som das maquinas desapareceu, tornando-se a sala novamente. E por ultimo, quando 0 som da maquina parou, eles ouviram um clique vindo de uma das portas do norte acima deles. Eles se olharam, e Rebecca viu a surpresa de seu rosto refletida no rosto inclinado dele. “Acho que sabemos para onde ir,” Billy disse, tentando sorrir, mas nao estava convicto de um. Rebecca nem mesmo tentou. Eles estavam sendo conduzidos- mas era para a liberdade, ou como cordeiros para o abate? S6 hd um jeito de descobrir. Sem falar, eles viraram-se e caminharam até a escada. Capitulo 10 Pisaram através das portas do norte para o ar fresco da noite, Billy sentiu uma verdadeira sensagio de alivio, respirando fundo. Ele nao tinha percebido que estava com medo de nunca conseguir sair da instalagao da Umbrella. Infelizmente, ele viu que ainda no tinham fugido, nao exatamente; as portas do observatério se abriram para uma estreita passarela, que levava Shadow CCall ‘Chest OGunlty para outra construcio, talvez uns cingiienta metros a frente. A caminhada foi delimitada, pois ambos os lados havia algum tipo de reservatério de Agua, que atribuia o lado leste da instalagio. Eles se afastaram do observatério, em seguida, viraram-se para olhar onde estavam, pasando alguns minutos tentando descobrir qual era a relagao do saguao com as salas que eles tinham visto. Era uma causa perdida. Billy nunca teve muito senso de direcdo e parecia que Rebecca também nao. Eles finalmente desistiram, olhando para 0 edificio no fim do caminho. Billy ainda respirando fundo o doce ar enevoado. Era tarde, provavelmente de madrugada, mas nao havia céu para julgar, somente um grande manto de nuvem cinzenta acima deles. “Onde voce acha que estamos?” Ele perguntou. “Nao tenho idéia,” Rebecca respondeu. “Algum lugar com um telefone, ‘eu espero.” “E uma cozinha,” Billy adicionou. Ele estava faminto. “Sim,” ela concordou seu tom estava melancélico. “Estocada com pizza e sorvete.” “Pepperoni?” “Havaiana,” ela disse. “E sorvete de pistache.” “Gaal,” Billy fez uma cara, aproveitando a conversa. Eles nao tiveram muito tempo para se conhecerem, se ele sentisse um tipo de vinculo com ela, era a conexio que ele sentia por outros durante 0 combate. “E vocé provavelmente gosta de Orange Food’, também?” “Orange Food?” “Sim vocé sabe. Aquela cor artificial de laranja. Eles colocam em macarrao e queijo, bebidas com sabor artificial de laranja, lanche, bolos, queijo frito...” Rebecca sorrit.. ”Vocé me pegou, adoro esse tipo de coisa. Billy revirou os olhos. “Adolescentes... Vocé é uma adolescente, nao 6?” Shadow CCall ‘Chest Gunttr “Velha o bastante para votar,” ela disse, parecendo levemente defensiva. B antes que ele pudesse perguntar como ela entrou pros S.T.ARS. naquela idade, ela adicionou “Sou um tipo de crianga prodigio, estudante universitria e tudo. E quantos anos voce tem vov6? Trinta?” Foi a vez de Billy se sentir na defensiva. “Vinte e seis.” Ela riu. “Uau, isso é muito velho. Deixe-me pegar uma cadeira de rodas.” “Cale a boca,” ele disse, sortindo. “Bu disse, deixe-me pegar uma cadeira de rodas!” ela gozou da cara dele. Eles ainda estavam rindo quando passaram por uma pequena guarita, do lado direito da passage, e viram um corpo no chao. Parie de wm corpo, Billy pensou, seu humor se foi rapidamente, impotente de nao olhar. As pernas e um brago estavam faltando, fazendo o olhar do cadaver- ele ou ela, estava muito longe para dizer- se afogar em uma oga espessa de sangue que o rodeava. Nenhum deles falaram quando terminaram a caminhada para 0 edificio, sébrios pela Iembranga da tragédia que tinha ocorrido aqui. Era impossivel manté-lo em mente cada segundo; moradia com surto viral, era muito dificil de funcionar, e risadas era importante, até mesmo necessario, para manter a satide mental. Por outro lado, se vocé ver 0 corpo de um homem morto e continua rindo, a saide mental se torna um problema de forma inteiramente diferente. Eles chegaram & desconhecida estrutura, estudando vagarosamente 0 design. Havia pequenos caminhos que se ramificavam na entrada principal, na frente do edificio, cercado com flores ¢ arvores, os caminhos desapareciam através das desbastadas sebe. Havia algumas luzes interruptas ao ar livre, apenas 0 suficiente para fazer as sombras parecerem mais escuras. QS hadow CICell/ Chast Gunttr © ambiente nao era o mais convidativo, mas Billy nao via qualquer zumbi ou pessoas sanguessugas, 0 que se tornou um inferno muito melhor do que o ultimo lugar pelo qual passaram. Havia alguns degraus de pedra que conduzia & porta dupla. Billy manteve seus olhos nos caminhos sombrios assim que Rebecca subiu os degraus, agitando as portas. “Trancada,” ela disse. “Droga,” Billy disse, seguindo-a. Ele tentou abrir, e decidiu que, enquanto a madeira era forte, a tranca nao era. Nem mesmo uma fechadura de seguranga, “Afaste-se.” Ele virou-se para um lado, baixou seu centro de gravidade e deu um sélido chute na tranca, depois outro. No terceiro, ele ouviu madeira se fragmentando, e caiu aberto com o quinto chute, fechadura de metal barato despedacando-se. Eles entraram pela porta, olhando para dentro. Apesar de tudo 0 que eles passaram, ele pensou que estava surpreso, mas estava errado. Era uma igreja, ornamentada como qualquer uma que jé tinha visto, vitrais inseridos atras da parede do altar para os brilhantes bancos de madeira. Estava destruida também, pelo menos metade dos bancos foram derrubados. Eles sé podiam ver isso por causa do buraco gigante no teto, ndo muito longe de onde eles estavam, “Veja aquele altar,” Rebecca sussurrou. Billy acenou. Nao muito do altar estava em volta deles. Na plataforma & frente da igreja, havia centenas de velas queimadas, derrubadas sobre as estituas de icone religioso, muitas delas estavam quebradas ou enegrecidas com cinza, com ramo de flores mortas. Era, em uma palavra, sinistro. “Eu estou bem em sairmos daqui,” Billy disse, erguendo um pouco a voz, quando percebeu que também estava sussurrando, “Nés deviamos verificar 0 chao, ver onde alguns desses caminhos leva.” QS hadow CICell/ Chast Gunlty Rebecca assentiu, dando um passo para tras- ¢ entdo, alguma coisa grande e preta estava descendo em diresdo a eles, do alto, saltando pelo teto, algo que emitia um guincho incrivelmente alto, que vibrou e disparou as gigantes asas empoeiradas. O tempo ficou lento, mas longo o bastante para Billy ter uma visio clara da criatura. Era algum tipo de morcego, mas muito, muito maior do que qualquer um que ele j4 viu e ouviu. A coisa tinha uma ‘envergadura de uma condor. A criatura parou no ultimo instante, vou histericamente de volta para a escuridao, mas chegou perto o suficiente para o seu cheiro de carne podre passar sobre eles. Billy puxou Rebecca para tras com um brago, pegando a maganeta quebrada da porta com 0 outro. Ele empurrou-os para perto, desejando nunca ter forgado a porta, percebendo um segundo depois que no importava. Eles podiam ouvir 0 morcego enorme, empurrando seu corpo através do buraco no telhado, podiam ouvir suas gigantescas garras arranhando atelha “Vail” Billy gritou. Eles correram, Rebecca levando-os para a direita. Havia mais protegao ali, pois parte que contornava o edificio era coberto, A coisa virou-se bruscamente, uma, duas, as voltas escondidas pelos arbustos e plantas. Rebecca era rapida, mas Billy estava acompanhando, mais do que pouco motivado pela imagem daquelas coridceas, esvoagando suas asas envolvendo-o, penetrando sua carne- “Alit” Rebecca desacelerou, apontando. A direita do caminho, logo a frente, havia algo que se parecia um elevador, de todas as coisas, estava parado do lado da igreja. Billy nao tinha certeza se era a melhor aposta, mas eles podiam ouvir claramente o bater das asas logo acima, em algum lugar, 0 morcego estava guinchando ferozmente, procurando suas presas. Ele seguiu Rebecca até a porta, agradecendo silenciosamente a Deus pela porta ter deslizado quando ela tocou-a. Era um QS hadow CICell/ Chast Guntt espago pequeno para dois, eles se empurraram para dentro, vendo que 0 elevador s6 descia. Ainda bem; Billy ndo tinha vontade de visitar a torre do sino da igreja para ver se 0 morcego tinha irmas ou irmaos. Rebecca apertou o botdo para as portas se fecharem. Pouco antes das portas se fecharem, um zumbi veio cambaleando na diregio deles, parecia ter vindo do nada, uma mulher, alcangando os dedos desfiados em direcao a eles. Ela gemeu, revelando dentes ‘enegrecidos, ¢ entdo, as portas estavam se fechando, fechando na cara do zumbi € fechando o grito de alta freqiiéncia do morcego infectado. Ambos afundaram-se, inclinando-se contra as paredes do pequeno elevador. Eles podiam ouvir 0 choro de fome do zumbi através da porta, arranhando seus dedos contra © metal. Em poucos -gundos, ela abaixou, os gemidos se juntando a outras vozes, entdo uma terceira, todos eles com gemidos de frustragao. Havia apenas duas escolhas, B1 ou B2. Billy olhou para Rebecca, que balangou a cabega, sua cara estava pélida. La fora, os zumbis continuavam arranhando para entrar, e Billy apertou B1. O elevador nao se moveu. “Certo, B2 entao,” Billy disse, esperando que eles nao tivessem encurralados. Ele apertou o botdo. O elevador comegou com um solavanco, € em seguida, desceu suavemente. Billy se aproximou na frente de Rebecca, preparando a Shotgun, esperando que as portas nao se abrissem para uma horda de criaturas infectadas, todos ansiosos para um lanche da noite. As portas deslizaram-se sem nenhum som, revelando um corredor cheio de escombros, porém vazio. Billy apertou novamente 0 boto B1, esperando por outra opgao, mas as portas do elevador nem mesmo se fecharam. Aparentemente eles poderiam voltar para 0 morcego e os zumbis ou explorar 0 segundo nivel do subsolo. Billy optou pela exploragao. Eles sairam do elevador cautelosamente, Rebecca bem atrés. Como na mansio da instalagao de treinamento, a decoracio, a arquitetura, era refinada e provavelmente carissima. O chao era de marmore, lascado, porém ainda polido, QS hadow CICell/ Chast Gul estava com o brilho elevado, o hall era forrado com bonitos pilares, as entradas eram altas e arqueadas. A esquerda deles, havia uma escadaria que levava para cima, sufocada com rochas quebradas e gesso despedagado. Havia outra porta & esquerda logo a frente, antes de um corredor virar para a direita Eles pararam na escadaria, mas era uma causa perdida, os escombros estavam empilhados até 0 teto. Se eles quisessem voltar para cima, era 0 elevador ou nada... Embora no momento, Billy ndo quisesse voltar para cima. Parecia que o bombardeio de constantes criaturas nojentas nunca acabava, ¢ ele estava mais do que pronto para uma fuga. “Tudo aquilo em favor de mais nenhum monstro,” Billy disse suavemente. “A sim," Rebecca respondeu, seu tom era suave. Ela langou-the um sorriso, mas parecia tenso. Eles comecaram para frente, suas botas rangendo quando eles atravessavam os escombros. Rebecca ficou ao lado da primeira porta, assim que Billy verificava rapidamente 0 corredor. Obviamente ndo havia outra porta, um conjunto de combinagdes na tranca- e uma possivel terceira porta: Billy nao tinha muita certeza, mas se parecia muito com um corredor que terminava em uma parede azul, mas havia um santudrio elaborado ali- havia duas estatuas de perfil com um suporte para livros, refiigio de alguém que se parecia muito com James Marcus. Nao havia buraco de chave, mas abaixo do busto da estatua, havia uma depressao vazia, do tamanho do punho de uma crianga, como se estivesse faltando um pedaco. Adoravel. Mais dois enigmas bloqueados, Billy pensou amargamente, andando de volta para Rebecca. O que ha com essas pessoas? Se eles precisavam ser assim tdo inteligentes, por que nao colocaram palavras cruzadas nos enigmas? Felizmente, a primeira porta estava destrancada. Eles entraram, encontrando-se em outra sala elegante, esta alinhada com estantes de livros. Havia um tapete oriental manchado na primeira segio da sala. A sala em si era QS hadow CICell/ Chast Gunltr vagamente em forma de U. Havia varias luzes acesas, tomando a sala mais brilhante, e além das estantes, havia varias mesas baixas e uma pequena mesa com uma maquina de escrever. Billy caminhou para perto da mesa, pegando um pedago de papel. “Problemas sao incomuns, mas eu vou tomar minhas precaugdes,” ele leu. “Para esconder uma folha, coloque na floresta. Para esconder uma chave, faca parecer uma folha.” “Poxa, isso esclarece as coisas,” Rebecca disse, e Billy assentiu. Novamente- O que ha com essas pessoas? Rebecca olhou as estantes, enquanto Billy caminhava pela sala, notando um grande buraco no teto ao redor do canto da porta. Era alto, mas usando uma das mesas. “A maioria destes livros sio de biologia,” Rebecca chamou. “Mamiferos, insetos, anfibios. “Venha dar uma olhada nisso,” Billy chamou de volta. Assim que ela chegou ao redor do canto, Billy arrastou a mesa que estava mais perto, colocando-a de baixo do buraco, Ele ainda nao conseguia alcangar.. “Eu conseguiria subir,” Rebecca disse. “Dou uma olhada em volta, para tentar encontrar uma corda ou algo para vocé subir.” Billy fechou a cara. “Eu nao sei. Da ultima vez que vocé foi dar uma olhad. “Sim,” ela disse, sua expressio estava definida, Ela estava disposta, se no ansiosa- eles tinham que fazer alguma coisa. Billy subiu na mesa, entrelagando os dedos para dar impulso a ela, Rebecca subiu depois nele, colocando sua bota direita em suas mos, com uma mao apoiada em seu ombro. Como antes, ela era leve como uma pluma; Billy provavelmente podia segurar duas dela sem muitos problemas. Ele empurrou-a para cima facilmente, Rebecca desapareceu de vista assim que rastejou através do buraco. Um segundo depois, ela estava de volta no buraco. QS hadow CICell/ Chast Gunlly “Parece limpo, mas esta escuro,” ela disse. “Parece que é uma sala de laboratério, com um monte de estantes, mesas... Deixe-me ver 0 que eu posso encontrar.” Ela desapareceu novamente. Billy esperou, olhando para cima no buraco, se Iembrando que ela sabia se virar sozinha. Ela jé havia provado que era forte e mais capaz do que qualquer ntimero de soldados experientes que ele ja havia conhecido- se ela tivesse problema, poderia pular de volta, nada para se preocupar- Rebecca soltou um grito curto, porém agudo e o sangue de Billy congelou. “Rebecca!” ele gritou, seu olhar estava fixado no buraco escuro. Parecia um laboratério, um que foi usado na década passada, e que ndo era limpo ha muito tempo. Havia poeira grossa no chao, mas as coisas tinham sido movidas em algum ponto, deixando sinais- faixas atras das cadeiras, impresses digitais nos vidros de amostras de espécies. Rebecca deu uma rapida olhada ao seu arredor, entao voltou para o buraco. A expressio de Billy estava tensa. “Parece limpo, mas esta escuro. Parece que é uma sala de laboratério, com um monte de estantes, mesas... Deixe-me ver 0 que eu posso encontrar.” Ela virou-se, examinando novamente a pequena sala- e percebeu que a sala era maior do que pensava, parte dela escondida atras de uma grande estante que dividia a drea. Ela nao teria percebido se nao fosse pela luz fraca e azulada que parecia emanar da seo oculta, Segurando sua 9mm, andou em volta do canto- +e gritou, quase atirando no monstro flutuante brilhante que estava na frente dela, antes de perceber que nio estava vivo. “Rebecca!” Shadow CCall Chast Gul “Bu estou bem,” ela respondeu, olhando para a bizarra criatura. “Eu s6 me surpreendi.” Ela aproximou-se do tubo de amostra do tamanho humano, cheio com um liquido claro, iluminado por dentro. Na verdade, havia quatro tubos, todos enjileirados, cada um contendo um horror ligeiramente diferente que o anterior. A coisa dentro do tubo foi humana uma vez, mas tinha sido cirurgicamente alterado, e quase certamente, havia sido infectado com o T- Virus. Ela pensou em alguma descrigao para dar a Billy, mas a descrigio era desafiadora: membros muito deformados, musculos pendendo, srgaos retalhados, 0 quase irreconhecivel rosto com expressio de angiistia e um bizarro desejo sanguineo. Eles eram aterrorizantes. Passando a fileira de monstruosidade, havia uma caixa de espécimes preenchida com tubos muito pequenos. Rebecca inclinou-se e viu que dentro de cada tubo havia uma sanguessuga morta. Rebecca fez uma careta, e quando ela estava prestes a se afastar- percebeu que um dos tubos era diferente. A sanguessuga dentro era... Nao era uma sanguessuga. Ela empurrou a porta de vidro empoeirado de lado e puxou o tubo com a anomalia, segurando-o acima da luz ténue, A tampa do tubo estava colada ou soldada... E a coisa l4 dentro tinha a forma de uma sanguessuga, mas foi esculpida ou entalhada, em um profundo azul. Por que alguém faria uma sanguessuga falsa e colocaria- Ela piscou, se lembrando do pedago de papel que Billy havia lido sobre- esconder uma folha, colocar na floresta. Para esconder uma chave... Rebecca voltou para o buraco, segurando o tubo para Billy ver. “Eu acho encontrei a chave folha,” ela disse, e jogou para baixo. “Ou eu devo dizer chave sanguessuga.” QS hadow CICell/ Chast Gun Billy apanhou cuidadosamente, e olhou para o tubo. “Tenho certeza que vai servir em uma daquelas portas,” ele disse. “Volte para baixo, nés podemos ir verificar.” “A tampa nao sai-” ela comegou, parando quando viu Billy jogando o vidro no cho, préximo a mesa. Ele sorriu para ela, e em seguida pulou, teando 0 tubo com o calcanhar de suas bota. © vidrou quebrou, e um segundo depois, cle estava segurando a gravura, “Sem problemas,” ele disse. “Vamos.” Ela mordeu seus lébios, olhando ao redor do laboratério. Havia spalhados. “Voce vai checar. Eu vou ver se consigo encontrar outro mapa.” arquivos, armarios, papéis Billy fechou a cara. “Vocé tem certeza?” “Com medo de ir sozinho?” ela chamou, sorrindo ligeiramente. “Francamente, sim,” ele disse, sorrindo de volta. “Ok, eu volto em um minuto. Nao ande muito longe, tudo bem? Se precisar de ajuda, me chama.” Rebecca tocou seu radio, “Nao se preocupe.” Ele olhou para ela por outro momento, ¢ entao se virou e afastou-se. Rebecca olhou em volta do laboratério mais uma vez, focando nas duas mesas maiores da sala. “Ok, Marcus, vamos ver se vocé tem algo til,” ela disse, e moveu-se em direcdo & mesa, inconsciente de que estava sendo vigiada de perto, bem perto assim que pegou um mago de papéis ¢ comegou a ler. Rebecca estava lendo as notas pessoais de Dr, Marcus. Encontrando 0 amuleto que levava ao santudrio de Dr. Marcus, dando a Billy. Tudo 0 que eles tinham que fazer era chegar ao teleférico, talvez arrombar uma fechadura ou duas, e eles poderiam estar no caminho... Mas pareciam que nao iam deixar a QS hadow CICell/ Chast Gunter meméria de Dr. Marcus em paz, eles tinham que violar cada privacidade que ele deixou para tras. “Nao se pararmos eles,” ele disse para as criangas, observando Billy usar a chave para abrir uma das salas de Dr. Marcus, assim que Rebecca vasculhava os documentos pessoais de Dr. Marcus. Havia sido uma diversio, observar os dois, mas agora, acabou. O mundo teria que saber da verdade sobre a Umbrella sem eles. Hora de enviar suas criangas para brincar. Isto néo vai fazer... Ele cerrou os punhos, furioso. As criangas tentaram acalmé-lo, rastejando em seus ombros, mas ele os afastou, ignorando suas tentativas. Orange Food* comida artificial com a cor laranja. Condor** Ave de rapina, diurna, da América, muito grande, de cabeca € pescogo nus e plumagem preta e branca, Capitulo 11 Assim como ela suspeitava, aquele santudrio sem fim era uma porta, ea mintiscula estatua que Rebecca encontrou se encaixava perfeitamente na “fechadura”. Houve um suave click e a porta destravou. Shadow CCall Chast Gunlér Billy estudou a frente da porta por um momento antes de entrar, decidindo que aquele perfil era, de fato, daquele Dr. James Marcus. Ele se perguntou por que 0 homem-sanguessuga que eles viram no trem se parecia com Marcus; as sanguessugas obviamente eram controladas por aquele rapaz, 0 que estava cantando lé fora. O Marcus verdadeiro ainda estava por perto? Parecia que nao. Aquele didrio que Rebecca encontrou- Marcus estava delirando, parandico com a idéia de Spencer estar vindo atras dele, pegar seu trabalho, e aquilo tinha sido ha dez anos. Pessoas normalmente ficam doidas quando nao sdo capazes de manter seu trabalho. Rebecca estava esperando. Ele dk (ou 0 mistério de lado e empurrou a porta extravagante com © cano da shotgun. Uma rapida verificada por movimento- nada- e ele abaixou a arma, dando um paso 1a dentro, “Nossa,” ele falou, calando-se, olhando em volta da sala. Era um escritério, grande e equipado com coisas caras, havia uma estante embutida de um lado, toda a madeira era escura e polida, o vidro era biselado, 0 oposto do omamento da lareira. Os méveis eram de madeira antiga- uma mesa baixa, cadeiras uma grande mesa- era bonita, o carpete de pehicia silenciava seus passos. Ele viu uma porta nos fundos, atrés da grande mesa, e mentalmente cruzou seus dedos, para aquela porta ser sua rota de fuga. Grande parte da luz da sala vinha de um enorme aquério que dominava canto nordeste, onde ele estava parado. Havia pinturas com tom azulado aquoso, embora o aquario estivesse vazio- Billy fechou a cara, se aproximando. Nao estava vazio. Nao havia peixes, plantas ou pedras, mas havia um ntimero de coisas boiando no topo- coisas nojentas, irreconheciveis, mas néo menos grotesco. Parecia ser pedagos de carne humana, mas sem forma, sem osso, deformados como partes de corpo amputadas. Billy rapidamente se moveu para frente, incomodado com os objetos flutuantes. Uma das paredes do escritério abriu, e Billy caminhou até 1, olhando os livros de dentro. Havia um album de fotografia antigo em uma das QS hadow CICell/ Chast Gunltr estantes, ele pegou. Sabia que deveria voltar para Rebecca, mas estava curioso, se perguntando se 0 busto na porta significava que ele estava no escritério do Marcus. As fotos eram velhas, amareladas e enroladas. Ele virou poucas paginas, e decidiu que era uma perca de tempo. Comegou a colocar o album de volta- e uma foto solta caiu. Ele parou para pegar, segurando acima da luz azulada. A foto em si nao era particularmente interessante, havia um trio de rapazes de trinta ou quarenta anos, todos aparentando estar bem elegantes, sorrindo para a foto ser tirada. Atrés da foto estava escrito, “Para James, para comemorar sua graduagio, 1939.” Billy estudou a foto, decidindo que aquele rapaz poderia ser James Marcus. Algo sobre a forma da cabeca... Ele parecia familiar, de alguma forma. “Aquele cara,” ele disse, acenando para si mesmo. O cantor do trem. Eles no o viram muito bem, mas ele tinha a mesma postura, a mesma largura dos ombros... “Ele pode ser o filho de Marcus. Ou neto.” Havia outro enigma ali, e ele estava comegando a pensar que havia encontrado outro pedago. Se Spencer virou-se contra Marcus, e tomado 0 trabalho de Marcus, nao seria o filho dele, ou o filho do filho dele que queria vinganga. Talvez o surto viral nao tivesse sido um acidente. Talvez 0 cara com as sanguessugas 0 fez. Billy suspirou, colocando de volta a foto no topo do Album. Isso foi tudo de bom e bem, mas para todos os efeitos priticos, quem se importaria? Ele precisava achar uma saida. Ele verificou a mesa procurando por chaves ou mapas, ndo encontrou nada, e foi para a sala da segunda porta, felizmente destrancada. Ele empurrou a porta, sentiu suas esperangas diminuirem; nao havia um grande ttinel com um sinal de luz & vista. Era uma sala de armazenamento de arte, parecia, havia turas empilhadas contra as paredes, algumas estatuas cobertas com lengol. QS hadow CICell/ Chast Gunlty pi Uma das estétuas estava descoberta, um pedaco de marmore branco que se parecia com aqueles antigos deuses romanos, assentada contra uma parede, seu olhar estava erguido e empoeirado, com as maos em forma de concha, perto de seu ventre- - eestava segurando algo. Algo verde. Billy caminhou até a estatua e pegou o pequeno objeto de seus palidos dedos, sorrindo levemente quando percebeu 0 que era. Era outra escultura de sanguessuga, esta em verde ao invés de azul. Outra chave, talvez outra porta secreta, E esta poderia ser seu bilhete para cair fora dal Dia Um Administrado “T" em quatro sanguessugas Seu desejo por sobrevivéncia giviou- s para o parasitismo e o predatismo, entio elas se multiplicaram, Tal estrutura bioldgica faz delas candidatas atraentes para pesquisas de armas biolégicas. Mais tarde, nenhuma mudanga significatioa foi obseroada. A palavra quatro estava sublinhada, Na margem, alguém tinha rabiscado “seqiiéncia de mudanga” na mao de aranha e circulou-a. Dia Oito Uma semana agora. Crescendo rapidamente para o dobro de sua forma e tamanho, sinais de transformagdes estiio emergindo A desova foi um sucesso, seus QS hadow CICell/ Ghest Gunltr imeros dobraram, mas 0 comportamento canibal foi iniciado, presumivelmente devido 20 aumento de apetite. Tentei aumentar a reserva de alimento, mas duas foran perdidas. Nuimeros dobraram e dois estavam sublinhados. Dia doze Abastecidas com alimento vivo, contudo metade foi perdida quando o alimento se defendeu. Entretanto, as sanguessugas estio aprendendo por experiéncia, e estio comecando a demonstrar comportamento de alaque em grupo. Evolugio esté excedendo ‘as expectativas. Metade foi perdida esté sublinhado. Nao houve mais entradas marcadas, mas Rebecca leu meio por cima, perturbada com o sucesso da estranha experiéncia. Dia vinte e trés As sanguessuges ndv exibem mais comportamento individual, elas podem se ‘mover como um coletivo. Dia trinta eum Se reproduzindo a uma velocidade fantéstica, elas comem tudo 0 que ew ofereco.. A tiltima entrada tinha deixado claro para ela 0 quao Dr. Marcus estava escorregando em sua loucura. Shadow CCall “Ghost Guns Dia quarenta e seis Um dia digno de comemoragio. Hoje elas comegaram a me imitar. Elas reconhecem seu pai, eu acredito. Eu sinto um afeto to forte por elas, a partir delas. Elas amam? Eu acho que sim. Somos sé nos agora, eu e minhas criancas brilhantes. Ninguém vai me afastar delas. Com tudo o que eu aprendi, eles néo se atreveriam. Era Billy, chamando através do chao. Rebecca colocou os papéis no chao e caminhou até o buraco, se ajoelhando préximo a ele. “Vocd achou algo util?” Ela perguntou, olhando para ele. “Talvez. Pega,” ele disse, jogando algo pequeno através do buraco. Rebecca pegou. Era uma daquelas sanguessugas-chave, esta era verde. “Nao tem uma porta com o busto de Marcus la na frente?” Billy perguntou. Rebecca balangou a cabega. “Eu nao sei, Nao nesta sala, de qualquer forma. Estou lendo mais sobre estes experimentos malucos. Quer que eu vi dar uma olhada?” Billy hesitou. “Por que eu nao subo, ambos podemos dar uma olhada. Sé me deixe encontrar outra mesa ou algo.. “Bu vou ter cuidado,” Rebecca disse. “Vocé nao disse que havia outra porta ai em baixo? Talvez vocé devesse tentar abrir enquanto eu vejo se posso encontrar um buraco de chave para esta coisa.” “E uma fechadura com combinagao,” Billy disse. “A menos que voce tenha um conjunto de arromba trancas, eu nao acho que vamos abri-la.” QS hadow CICell/ Ghest Gunlér Rebecca suspirou. Que pena que Jill Valentine nao estava com eles. Ela era uma da equipe Alfa, e de acordo com Barry, ela podia arrombar qualquer coisa... “Espera, Fechadura com combinagao?” Billy assentiu, e Rebecca saiu de perto do buraco para pegar as notas de Dr. Marcus. Ela rapidamente leu através das passagens marcadas, fez a matematica assim que vollou. “Quatro sanguessugas... Dobrou... Perdeu duas... Perdeu metade... “Tente... quatro- oito- seis- trés,” ela disse. “Palpite?” Billy perguntou. Rebecca sorriu ligeiramente. “Provavelmente. Sé verifique.” Ela seguroua gravura da sanguessuga verde. “Vou ver se encontro aonde isso vai.” Billy assentiu, relutantemente, e Rebecca se levantou, comegando a ir em diregao a porta da sala, no tendo certeza se estava sendo corajosa ou esttipida. Ela realmente ndo queria fazer alguma coisa sozinha, nao desde seu encontro com os primatas, mas enquanto ela jé estava no primeiro andar, fazia sentido dar uma olhada. A porta do laboratério abriu para um pequeno corredor, trés portas além da que ela veio. A primeira porta, a direita, estava trancada. A segunda porta ao redor do canto, e também a direita, estava aberta, mas um rapido olhar mostrou que nao tinha nada além de uma grande sala vazia, com um pequeno escritério a um lado. Estava muito escuro para conseguir enxergar mais. Rebecca fechou a porta, aliviada por j estar a dois tergos do caminho através de sua pequena busca, e foi para a iiltima porta no fim do corredor. Estava destrancada também. Rebecca empurrou para abrir, e ainda viu uma porta apenas a um metro na frente dela; para a esquerda, a sala se abriu para 0 que parecia 0 mesmo laboratério que ela comegou... Nao era, mas a forma como as salas foram orientadas, devia ser conectado ao laboratério do primeiro andar. Talvez se separassem a algum ponto- QS hadow CICell/ Chast Gun - Um movimento. Ali, perto de uma mesa, conectado por uma parede, havia um dos infectados, abatido, homem pélido, seus olhos estavam brancos, sua boca estava aberta e faminta. Ele foi arrastando os pés em diregao a ela, gemendo, Ele era lento, muito lento. Rebecca olhou entre ele e a porta na frente dela, 0 peso da sanguessuga-chave quente em sua mao. Pegando uma chance, ela avancou em direcao a porta, passando e fechando rapidamente a porta antes que 0 zumbi desse outro paso. Ela estava em uma sala de operacio, velha e suja, 0 azulejo estava com uma fina camada cinza de espuma, havia uma maca com poucos metais em pé sobre suas rodas inclinadas. E ali, atravessando a frente & esquerda dela, havia uma porta verde com o perfil do Dr. Marcus na frente. “Entendido,” ela disse, se movendo para a porta, cuidadosamente evitando olhar para a mesa de operacdo no canto distante da sala, depois teve um vislumbre das pesadas restrigdes em anexo. Ela tinha uma idéia do que Marcus havia sido; nao precisava sofrer com os detalhes. A pequena sanguessuga se encaixava perfeitamente na depressio logo abaixo no retrato de Marcus, ¢ ela ouviu o som de uma trava cedendo. A porta se abriu- -e ela deu um passo para tris, cambaleando pelo cheiro, um odor que se tornou bem familiar. A sala estreita era forrada em ambos os lados, com gavetas de necrotério, varias delas abertas. Havia dois corpos no cho, nenhum deles se movendo, ela apontou sua Handgun para o mais préximo, todos a mesma coisa. Respirando superficialmente, ela caminhou para dentro. Deus, por favor, deixe que haja algo melhor para encontrar, ela pensou, passando pela maca virada, e que esteja a vista se ndo for muito incimodo. Nao tinha jeito de procurar em cada gaveta. No outro extremo da sala, havia uma ramificagdo para a direita. Rebecca passou pelo segundo corpo, QS hadow CICell/ Chast Gun virando 0 canto, tentando nao engasgar com o cheiro. Havia outra maca de metal empurrada para o lado- e em cima dela, havia uma tinica chave de metal. Ela pegou, sentindo uma mistura de emogao. Ela encontrou algo, aquilo era bom- mas que alegria, outra chave. Poderia ir a qualquer lugar, poderia ser a chave da casa de verde do Marcus por tudo o que ela sabia. Taloez aquela primeira porta no corredor... “Rebecca?” Ela colocou a chave no bolso e pegou o rédio, se movendo em direcdo a porta assim que respondeu. “Sim, como vai, cambio.” Ela se moveu através da sala de operagio, parando no corredor que levava ao laboratério parcial. Ela queria correr através da entrada do corredor, evitando atirar no zumbi, se pudesse. “Néo tem discador na fechadura,” Billy disse, soando irritado. “Eu voltei e chequei o escritério de Marcus, mas nao vi nada. Vocé teve alguma sorte, cimbio?” “Talvez,” ela disse. “Deixe-me verificar uma coisa. Eu encontrarei vocé de volta na biblioteca, cimbio.” “Cuidado, Cambio e desligo.” Cuidado, Rebecca balangou um pouco a cabeca assim que colocou seu radio de volta no cinto, espantada, como uma relagdo pode mudar rapidamente, dado a certa- ou a errada- circunstancia. Apenas ha algumas horas atris, ela ameagou atirar nele, convencida de que ele estava pronto para atirar nela. Agora, eles eram... Bem, “amigos”, provavelmente nio era a palavra certa, mas parecia pouco provavel que eles fossem acabar se matando. Pela primeira vez em tempo, ela se perguntou o que sua equipe estaria favendo. Ser que a cacada de Billy ainda estava “em pé’? Eles estariam procurando por ela, por Edward? Ou eles tiveram que correr para resolver seus préprios problemas, ou capturados pelo derrame do T-Virus?... ... Falando nisso. QS hadow CICell/ Chast Gun Ela encostou-se a porta por um momento, nao ouviu nada. Respirando fundo, ela empurrou a porta, pasando rapidamente pela curta distancia da préxima porta, nem mesmo olhando para o laboratério. Assim que fechou a porta, ouviu um choro abafado de frustragio, ¢ ela sentiu uma onda de piedade pela vitima de olhos encovados. O cara provavelmente tinha trabalhado aqui, mas ela nio desejaria a doenga dos zumbis nem ao seu pior inimigo. Era um mal caminho a percorrer. Ela caminhou até a primeira porta, esperando que a chave funcionasse, mas duvidava. Ela supés que teria que fazer outra busca, para o que quer que fosse destrancado, ou apenas procurar outra coisa, outro mapa, outra chave, outro buraco no chao em algum lugar; era desanimador, para dizer a verdade. Se nada melhorasse, eles teriam que usar o elevador novamente, tentar algo acima do chao- Ela deslizou a chave na fechadura, e a mesma virou-se, ouvindo a tranca ceder “Nao me diga,” ela murmurou, sorrindo, e abriu a porta. Algo grande e escuro saltou para ela, uivando. Billy esperou no buraco entre o primeiro e 0 segundo andar, preguicosamente se perguntando se havia alguma forma de explodir aquela fechadura-discadora com um dos tiros de Magnum- e ouviu um grito desumano ecoando a partir do primeiro andar, seguido por um, dois tiros. Ele nem pensou em tentar o radio, Pulou para a mesa baixa sob 0 buraco, ergueu a arma, e em seguida agarrou a borda do buraco com suas maos. Ele duvidou de sua capacidade antes, mas agora nao passou por sua cabeca que nao poderia ser capaz de se levantar. Com um gemido de esforgo, QS hadow CICell/ Chast Gunléy ele ergueu seu corpo através do buraco, primeiro arranhando seus cotovelos, depois subiu seus joelhos para cima, Ele pegou a Shotgun e ja estava de pé, bem em tempo de ouvir o grito do animal novamente, um estranho e sobrenatural som, como um passaro sendo rasgado em pedagos. Ele levou um segundo para se orientar, encontrando a porta, e entio, estava correndo. Ele bateu na porta, se encontrando em um corredor- e Rebecca estava apoiada contra a parede oposta, uma manga de sua blusa estava rasgada, seu brago marcado com quatro arranhdes profundos, apontando sua arma para- = Mas que diabos- -para_um monstro, um monstro réptil imenso. Era_humandide, extremamente musculoso, sua pele era verde escuro, Seus bragos eram tio compridos, que as maos fechadas quase tocavam o cho. Quando a criatura viu Billy, ele mostrou sua mandibula espessa e gritou novamente, seus olhos pequenos estavam praticamente brilhando com malevoléncia, Um filete negro de sangue fluiu da parte superior de seu trax, um dos tiros de Rebecca, mas 0 monstro nao parecia estar muito afetado. Tente isto, Billy pensou, levantando a Shotgun assim que Rebecca abriu fogo novamente. Ele acertou a criatura em cheio na cara, bombeando a arma e atirando novamente, nao esperando para ver 0 que o primeiro tiro havia feito- -e a cara da coisa se foi, espalhada pelas paredes e no chao atras dela, derrubando seu corpo pesado, Um rio de sangue saiu de um dos pedacos de seu pescogo, um pouco a esquerda de onde ficava sua cabega- um pouco do maxilar, dos dentes e do pedago escuro de carne. Billy nao se moveu por alguns segundos, escutando, procurando por outro som, outro movimento, mas nao houve nada. Ele voltou sua atengao para Rebecca, que estava segurando o ferimento de seu ombro esquerdo com sua mio direita. Sangue estava escorrendo sob seus dedos. QS hadow CICell/ Chast Gunlér “O pacote no meu cinto,” ela disse. “Ha um vidro de antisséptico, lave ali, alguns curativos e fita... Ele apenas me arranhou. Nao me mordeu.” Ela parecia pélida, estremecendo assim que Billy limpou a ferida e tampou, ela agiientou bem a dor ao invés de ceder a ela. Estava ruim, provavelmente precisaria de pontos, mas poderia ter sido pior. Quando ele estava terminando, ela apontou para a porta semi-aberta na frente deles. “Estava trancado ali, a coisa eu digo.” Ela parecia chocada, atordoada. Billy caminhou até a porta, querendo estar no caminho se mais uma coisa viesse. Ele parou perto do monstro sem cabega, olhando para baixo. “Se parece com 0 monstro da Lagoa Negra em esterdides,” Billy disse, olhando de volta, esperando por um sorriso. Ele teve um, instavel, mas verdadeiro, e mais uma vez, ele ficou impressionado com a fortaleza de Rebecca. Era raro alguém ser capaz de se recuperar tio rapido depois de um ataque inesperado, especialmente em um pesadelo como este, com um monstro na frente dela. A maioria das pessoas ficaria tremendo horas depois. Rebecca levantou-se para ficar do lado dele. Ela cutucou uma das pernas volumosas do monstro com uma de suas botas. “Incrivel,” ela disse. “As coisas que eles estavam fazendo aqui. A engenharia genética, virus recombinantes...” “Bu acho que ‘psicético’ ¢ a palavra que vocé esta procurando,” Billy Ela assentiu, “Nao posso discutir com isso. Vamos ver se ele estava guardando alguma coisa importante.” Eles passaram em volta da criatura, Rebecca explicando o que ela tinha encontrado no resto do andar assim que eles entraram na sala. Era algum tipo de canil, mas Billy estava quase certo de que nao tinha sido usado para cies, havia pilha de barras de ago nas gaiolas, muitas delas QS hadow CICell/ Chast Gunlér equipadas com restrigao, e 0 cheiro no ar era de animais selvagens, classificado pelo cheiro. “.. Ai foi onde eu encontrei a chave para esta sala,” ela estava dizendo. “Euestava esperando que tivesse algo til aqui.” A sala tinha 0 formato de U, dividido por duas estantes, Eles andaram em volta das estantes, Rebecca deixando escapar um som de nojo. No canto mais distante, havia amontoados de pele e ossos rasgados, 0 que parecia ser restos daquelas criaturas babuinas. Havia um monte de fezes espalhadas pelo chao também- uma pilha densa de substincia preta, que cheirava como- bem, como merda. Parecia que 0 monstro estava trancado ha algum tempo. Havia uma pequena mesa de madeira entre duas das pilhas de gaiola e alguns papéis espalhados pela superficie. Billy aproximou-se, andando cuidadosamente e pegou uma pagina sobre a superficie da mesa enquanto Rebecca cutucava algumas das gaiolas abertas. Parecia ser parte de um relatorio. Pesquisas detadas apontam que ao ser administrado o virus Progenitor em algum organismo vivo, mudangas celulares violentas causam a violagio do Sistema Nervoso Central. Posteriormente, nenlum método satisfat6rio foi encontrado para controlar os organismos e usé-los como arma. Certamente, grande coordenagdo no nivel celular é essencial para permitir que Experimentos em insetos, anfibios e mamiferos (primatas) ficaram aquém das projecdes de resultados. Parece que no pode ser feito mais progresso sem 0 uso de organismo inumano como base. Nossa recomendacao neste momento, é que mantenkam 5 animais de experimento vivos, para um estudo mais aprofundado, ¢ assim que QS hadow CICell/ Ghest Gunlér possivel, fazerem testes de campo de nossa nova sugestiva hibrida B.O.W-s, assim como Tyrant. Jesus. Billy vasculhou as paginas, procurando pelo resto do relatério, mas havia apenas um punhado de arquivos manchados. Tyrant série. Todas essas criaturas que vimos.. E eles ainda estavan trabalhando em algo que pudesse chutar o traseiro das criaturas “HAI” Billy olhou para cima, viu Rebecca segurando algo pequeno no ar, com uum sorriso triunfante no rosto. “Discador, alguém?” Ele colocou 0 relatério de volta na mesa. “Vocé esta brincando comigo.” “Nao, estava em uma das gaiolas.” Ela tacou o item para ele. Billy pegou, sentindo um sorriso aparecer em seu rosto. Era exatamente © que ele estava procurando, uma maganeta feita para caber na parte da frente na fechadura de combinagio la embaixo. "48632" Billy perguntou e Rebecca assentitt “4863” ela repetiu, e ela segurou as maos, cruzando os dedos. Billy também cruzou os seus. Era uma superstigao idiota de crianga, mas ele nio estava se importando se era ou nao, pareceu racional. Qualquer coisa que pudesse ajudar, ele daria um tiro. “Vamos ver,” ele disse, sentindo as esperangas ressurgirem depois que sairam da sala do monstro, espantado com a elasticidade daquele particular sentimento. Havia uma citagao em algum lugar, que falava sobre, enquanto havia vida, havia esperanga. Ele tinha ouvido quando estava em julgamento, tinha pensado que era Gbvio e esttipido na época. Como era estranho e de alguma forma maravilhoso, que ele iria descobrir a verdade nessa declaracio lutando por sua vida em diferentes circunstancias. QS hadow CICell/ Chast Gunlér Juntos, eles voltaram para o laboratério. Billy continuou com seus dedos cruzados. Capitulo 12 Ele observou os dois jovens voltarem para 0 buraco, voltando para a porta de combinagio. Finalmente eles encontraram um jeito de sair; ele esperava que fossem arrombar a fechadura, m: s um deles aparentemente achou os dados sobre o crescimento das sanguessugas, e trabalhou em um cédigo. Apareceu um tinico Hunter, um cavaleiro solitario, nao era pareo para eles. © rapaz ficou surpreso, mas sem exageros, observando eles abrirem a porta trancada, Eles possuiam alguns animais de pequeno porte, esperteza desses dois; como era triste para o mundo eles serem destruido, rapaz sorriu, A humanidade certamente iria se recuperar da perda, em tempo suficiente para a crucificagao da Umbrella. Além disso, suas criangas jdestavam no local. Billy empurrou a porta para abrir o hangar do teleférico, os dois estavam sorrindo, cumprimentando um ao outro pela “descoberta” dos seus meios de escapar. teleférico era operacional, embora nao estava sendo operado; suas vidas estavam a poucos segundos do fim. As criangas observavam das sombras, sob 0 vagao, a partir do meio dos esgotos drenados, reunindo-se em forma humandide, uma, duas delas. Com um pensamento, um suspiro, 0 rapaz soltou suas criangas para se aproveitarem, enviou dois bispos cambaleando para suas presas. QS hadow CICell/ Chast Gunl&s Um som, um grito. Ele fechou a cara, virando-se para ver um dos homens falsos, o que chorou na escuridao atras deles- e foi atacado por um Eliminator, 0 pulo do primata vindo do nada, rasgando suas criangas, com as mandibulas gotejantes. Da plataforma, Rebecca e Billy foram alertados pelo som da briga, estavam prontos com suas armas. Furioso, despedacado,o rapaz hesitou, querendo acabar com eles, maté-los, mas preocupado com suas criangas- Ele enviou-os para frente, ignorando 0 ataque do primata, deixando a fila de muitos sairem das mandibulas viciosas da criatura, eles se reformariam na beirada da plataforma, préximo ao segundo coletivo. Os dois homens falsos subiram ao longo do trilho, ansiosos para provar os intrusos. © Eliminator seguiu-os, pulando atras deles. Ele observou com horror Billy explodir um dos homens falsos com sua Shotgun, gerenciando um tiro certeiro. O rapaz sentiu muitos gritos, sentiu a colméia diminuir e sua fuiria se intensificou, ficou repleto, de angiistia também, assim que Billy atirou de novo, Rebecca juntando-se com sua Handgun. Em questo de segundos, um dos coletivos foi efetivamente destruido. “NAO-NAO!” As criangas nunca tinham enfrentado uma Shotgun, ele nao tinha idéia de que poderiam ser feridos tao facilmente com aquela arma, mas eles no podiam recuar agora, nao no meio do ataque. Seu pensamento contou aos sobreviventes para se reunirem, juntar-se com o segundo homem falso, assim que o Eliminator saltou para Billy, agarrando-o com suas garras espessas, O Primata agarrou o assassino- e em seguida, ambos cairam, desaparecendo nos esgotos com um esguicho forte, Rebecca gritou, correndo para a grade, mas o segundo coletivo ja estava quase em cima dela agora. O rapaz.sentiu uma excitante satisfacao, observando © homem falso estender seu magnifico brago, deu uma tapa na estupida QS hadow CICell/ Chast Gunlér Rebecca, gritando, forte o bastante para nocauted-la, Ela rolou para longe assim que ele parou, decidindo qual a melhor maneira de acabar com ela. A perda de sua colméia foi enorme, imprescindivel, ele queria ter certeza que ela pagaria inteiramente- - exceto que ela estava de pé agora, segurando a Shotgun que Billy deixou cair, seu rosto estava contorcido de ya. Ela atirou no coletivo, explodindo seus bragos, as criangas gritaram de dor assim que ela atirou novamente, e de novo. © rapaz mal podia vé-la agora, os olhares sobre ela eram poucos, muitos dos observadores estavam morrendo, mesmo quando ele lutava para manter contato. Sua ultima visio dela, era um esbogo lacrimejante, uma crescente sombra escura, e finalmente desaparecendo. Ao redor dele, muitos choravam, suas lagrimas salgadas se misturavam com as faixas dele, 0 cheiro de tristeza estava aumentando na massa desesperada. O rapaz fechou os olhos, chorando com eles, mas nao por muito tempo. Sua raiva era muito grande; ela tinha que morrer, assim como seu namorado assassino que certamente tinha morrido. Ele nao se atreveria a arriscar mais de suas criangas. O Tyrant. O rei. Ele sorriu. Sua raiva era grande; e sua ira seria maior ainda. Havia uma Magnum no teleférico, trancada nos frios dedos do homem morto. O carro fez sua pequena viagem aérea, de uma plataforma para outra, deslizando silenciosamente através do escuro desconhecido, Rebecca guardou 0 Revdlver. Estava descarregado. Ela se lembrou que Billy estava carregando munigao . 50, cartuchos de Magnum, mas ele estava... Shadow CCall Chast Guns = Ele esté vivo e eu vou encontré-lo, ela disse firmemente para si mesmo, dando um passo no teleférico, uma vez que esse balangou para uma parada, ignorando a voz aterrorizada no fundo de sua mente, a parte que insistia que ele certamente estava morto. Billy se foi, perdido no esgoto sob as plataformas do teleférico, que tinha varrido ele e aquele monstro naquela diregao, mas ele estava vivo e ela ia encontra-lo. Esse pensamento de que ele estava morto estava circulando sua cabeca, repetidamente; mas ela Ihe devia aquela esperanca, aquela crenga, por diversas vezes. A plataforma do segundo teleférico era parecida com a primeira, pequena fora do hangar. Rebecca pegou um minuto para recolocar suas armas, € escura, mas havia um conjunto de escadas que conduzia para recarregar sua 9mm. Billy tinha os cartuchos restantes da Shotgun com ele, mas ele tinha recarregado depois que aquele monstro atacou no can - depois que ele salvou sua vida, de novo- - e ainda havia mais dois tiros; ela nao iria deixa-lo para tras, e também nao achou sensato deixar a Magnum. Ela nunca saberia quando iria encontrar outra caixa de muniggo. © pesado revélver estava preso em seu cinto, a Shotgun estava em seu ombro ferido, mas ela quer estar preparada para qualquer coisa. Ele esté morto Rebecca. Vocé tem que se salvar- Nao. -salve-se agora, voce tem- Naot Ela subiu correndo as escadas, ignorando o cansago de seu corpo, vocé tem que encontri-lo. No topo da escada, havia uma porta, uma porta que levava a um enorme armazém, quase vazio, 8 medida que era aberto para a noite. Rebecca atravessou a sala vazia, pisando na faixa do piso de transporte, passando por barris oxidados que estavam enfileirados na parede, sua mente QS hadow CICell/ Chast Gunlér estava cheia de Billy para ela poder pensar dircito. E se ele estivesse machucado, e se ele estivesse- Morto, Ele deve estar morto. Ela comecou a rejeitar esse pensamento, mas essa voz mental ndo estava aterrorizada, nao estava cega de panico; estava calma. Razodvel. Ela respirou fundo, parando um momento no elevador da plataforma industrial que fazia fronteira com a sala grande, ela estudou 0 ar fresco, 0 profundo céu azul da manha, as nuvens estavam finalmente saindo, um punhado de nuvens pilidas, 0 brilho das estrelas estava distante. A tempestade havia pasado, Ela esperou que isso fosse um pressagio de coisas boas que estava por vir... Mas s6 podia esperar. Se Billy estivesse morto- que provavelmente estava- ela teria que lidar com isso. ‘Mas eu ndo vou fazer nada até eu saber. Havia um painel de controles no lado norte do elevador da plataforma. Rebecca estudou os controles por um momento, decidindo que iria para o nivel mais baixo, 0 B-4, tentar achar uma entrada para os esgotos Ia, Ela apertou 0 botdo dos controles. A enorme plataforma octogonal balangou, entéo comegou a descer, as paredes que 0 cercava comegou a deslizar, se encolhendo no céu da noite. O elevador finalmente parou em uma sala grande, utilitarios, as paredes eram cinza e de ago. A direita dela havia um escritorio marcado com SEGURANGA, e um pequeno corredor que terminava em outro, um elevador mais convencional, parecido com um que fica em prédio de escritérios. A sua esquerda, havia um desmoronamento; um monte de entulhos amontoados em um ponto baixo, teto quebrado- ¢ parecia ter um segundo elevador ali, em frente aos destrogos empilhados, este era maior, um elevador do armazém. Ela saiu da plataforma, verificando por sinais de vida na sala mal iluminada, seus passos estavam curiosamente calmos no concreto lascado. Estava vazia. Ela se moveu para o escritério de seguranga, estava trancado- mas Shadow CCall Chast Gunl& um olhar através da janela encardida, disse que nao havia nada la que valia a pena. Ela suspirou, incerta de qual caminho ir. Seu plano era continuar descendo, esperando que eventualmente ela conseguisse chegar até a égua, mas © elevador podia levé-la na diregao errada. Entio pegue um, é melhor estar errada do que perder tempo decidindo. Certo. Ela mentalmente jogou uma moeda, ¢ em seguida se dirigiu para 0 elevador do lado oeste da plataforma, Chegou até o painel de controle, para 0 Ainico botdo que havia ali- ~e um suave pirig soou, quando o elevador parouem seu andar. Ela pulou para tras, ndo havia tempo, sem lugar para correr. Agachou no canto mais préximo as portas, para que pudesse ver, rezando para o que quer que fosse, estar apressado demais para olhar para tris. As portas abriram-se. Ela estava pronta segurando a Shotgun, segurando sua respiragio assim que uma solitaria figura saiu, um homem grande, vestindo- Rebecca abaixou a Shotgun, com os olhos arregalados assim que Enrico Marini giroue apontou sua 9mm para ela. “Nao atire!” Ela viu surpresa, o choque de registrar o reconhecimento em seu rosto, e entao ele parou, mirando 0 teto. “Rebecca,” ele disse, relaxando ligeiramente, e ela percebeu a sujeira em suas maos € rosto, seu brago manchado de sangue. As juntas de ambas as maos pareciam estar golpeadas e feridas; 0 seu colete dos $.T.A.RS. estava rasgado em varios lugares. Obviamente ela nao era o tinico membro da equipe Bravo lutando para sobreviver. “Vocé esté bem?” QS hadow CICell/ Chast OrGunltr “Vocé esta vivo," ela disse, aproximando-se, tao feliz em vé-lo que nao sabia como ndo estava chorando de alivio. Ele abragou-a desajeitadamente, com um brago, acariciando seu ombro antes de se afastar. “Os outros?” ela perguntou. Enrico virou-se, olhando em direg3o ao elevador industrial. “Eles vieram na frente. Estévamos procurando por Edward e vocé.” Ela abaixou os olhos. “Edward- ele nao conseguiu.” O olhar de Enrico endureceu um pouco, mas ele 56 acenou. “Vocé viu 0 resto da equipe passar por aqui?” “Nao.” “Eles devem ter acabado de perder vocé,” ele disse. “Nos encontramos estes documentos...” Ele balangou a cabeca, como se negasse uma histéria que levaria muito tempo para contar. Ela compreendeu completamente. “Bem ao leste daqui, tem uma velha mansio,” ele continuou. “Nés acreditamos que a Umbrella usa para pesquisas. Vamos. Podemos alcangé-los se nos apressarmos.” Ele comegou a se afastar, ¢ ela sentiu um né no coragao, um quente € duro punho em seu peito. “Espere!” ela deixou escapar, antes que pudesse pensar duas vezes. “Eu tenho que achar Billy.” Enrico virou-se, olhando. “Billy Coen? Vocé 0 entrou?” “Sim, mas nds nos separamos e...” ela parou de falar, nao tendo certeza de como explicar. “Nao ha necessidade de se preocupar com ele,” Enrico disse. “Ele nao vai conseguir, de qualquer forma. Vamos.” “Senhor, eu-” Fla engoliu em seco, forgando a encontrar 0 olhar dele. “E uma longa histéria, Mas eu- Eu preciso encontré-lo, Nao se preocupe, eu aleango voc8.” QS hadow CICell/ Chast Guns “Rebecca,” ele comegou, ¢ entao pareceu ler algo na voz dela, em sua cara, talvez.a mesma histéria que ela leu na dele- muita coisa tinha acontecido, € alguma explicagio, provavelmente levaria mais tempo do que qualquer um dispunha “Tenha cuidado,” ele disse, ¢ ela acenou, o reconhecimento de um profissional para outro. Ele virou-se e comecou a se afastar. Ela observou-o ir, observando-o chegar a0 monte de entulho do outro lado da sala grande, virando-se para o elevador e desaparecendo de vista. Eu finalmente encontro minha equipe ¢ digo para cles seguir em frente sent mim, ela pensou, cansada demais para ser surpreendida por sua decisio, Eles estavam vivos pelo menos Assim que encontrasse Billy, ela — eles ~ iriam se igit para o leste, alcancar a equipe até a mans3o da Umbrella. Ela verificou o elevador pelo qual Enrico veio, vendo que sé ia para cima. Isso fez que a decisdo dela fosse mais facil, de qualquer maneira. Ela atravessou de uma sala para outra. Apertou 0 botéo de chamar o elevador, ouviu 0 movimento do mecanismo ranger em algum lugar do eixo. Estava devagar, rastejando de onde quer que Enrico 0 deixou, Rebecca inclinow-se contra a porta, desejando que se apressasse. Ela estava cansada demais para parar de se movimentar, com medo de nao conseguir se movimentar de novo. Um grande pedaco de pedra rolou das sombras, no topo da pilha de entulhos, bateu nao muito longe de onde ela estava, quebrando-se em varios pedagos. E foi rapidamente seguida por outra, entio uma terceira- e em seguida, uma pequena avalanche, muitas das lajotas se mexeram, fazendo uma nuvem de poeira. Rebecca se afastou da porta do elevador, olhando a pilha nervosamente. Crunch. Crunch. Crunch. Pareciam pesadas pegadas, vindo do monte de entulho, mais pedras cairam no chao. QS hadow CICell/ Chast Gunlér “Enrico?” ela perguntou, sua voz soava esperangosa € muito baixa no ar ‘empoeirado. Crunch. Crunch, Ela apertou 0 botio do elevador novamente. A partir do som, 0 elevador estava uma polegada mais perto, mas agora ela conseguia ver algo se movendo, algo nas sombras. Algo grande. E estava indo na diregao dela. Billy segurou-se no resto do pilar de apoio quebrado, ondas e redemoinhos de agua gelada e escura passando sobre ele, trabalhando para fazé-lo soltar seus dedos dormentes. Ele segurou firme, meio consciente, tentou avaliar, resolver. Ele mal podia pensar. Lembrava-se do macaco- sbabuino, ela disse- -atacando, afundando suas garras sujas em seu brago, lembrando que bateu na grade, Lembrou-se do toque de agua suja, do gosto oleoso e azedo que © lavou, Rebecca gritando seu nome, sua voz desaparecendo & medida que a corrente o levava embora. Houve o grito do animal, uma vez que ele se soltou, e afogou-se- e em seguida, houve um afloramento de rocha, e uma dor aguda em um templo e- e agora ele estava aqui. Ele estava ferido, tonto, perdido. A sua direita, as dguas rugiam, abrindo caminho através de um cano gigante, que levava para a escuridao, um cano grande o suficiente para engoli-l. Havia algum tipo de passagem, talvez dez metros 4 sua esquerda, suspensa sobre a 4gua rodopiante, bem que podia ser dez Klick*, para ter a chance de chegar até a passagem. Shadow CCall ‘Chest Gunter A gua estava muito rapida, muito selvagem, ¢ ele nao era um bom nadador, nem mesmo em um bom dia. Ele segurou firme. Era tudo o que sabia fazer. Klick*- medida militar, termo usado na guerra do Vietna, representa Capitulo 13 A criatura pulou dos escombros ¢ estava indo em diregio & Rebecca como algo que ela nunca tinha visto antes. Ele levantou-se perto do topo da pilha de entulho, levantando seus bragos, permitindo a ela dar uma olhada, fazendo sua boca ficar seca e a palma de sua mao suar. Ela teve um desejo stibito e desesperado de ir ao banheiro. A criatura era humandide. Humano, quase, 0 rosto tinha caracteristicas de homem exceto que a coisa era muito palida e brilhosa, sua pele, tudo era em um branco luminoso, Nenhum homem tinha garras que se estendiam quase ao comprimento de seus bragos, garras curvas que brilhavam como laminas de aco, maior na mio direita do que na esquerda. Suas veias tinham a espessura de massa de tecido vermelho uma corda e eram visiveis através de sua pel rodeava seus enormes ombros através de seu enorme peito. Amontoados de sangue vermelho estavam generosamente espalhados sobre seus trés metros de altura, a maior parte de seu rosto parecia ter sido arrancada, revelando um sorriso de came e osso sangrento, que agora erguia suas garras para Rebecca, antecipando 0 encontro deles. A criatura olhou para a garota, seu sorriso impossivel parecendo ampliar ligeiramente. Ela conseguia ouvi-lo respirar, um som 4spero, na Shadow CCall Chast Guns verdade, conseguia ver 0 bombeamento de sua estranha pulsagao cardiaca, parcialmente protegido apenas por sua caixa tordcica. Mal tendo consciéneia que ela levantou a arma, Rebecca atirou. A explosdo salpicou seu peito de preto, fitas de sangue deslizando de seu corpo, e jogou para tris sua enorme careca, gritando, soando como o Armageddon, como 0 fim de tudo. Havia mais raiva, mais furia do que dor e de repente, Rebecca compreendeu que ela nao sobreviveria por muito tempo. Com um salto tinico ¢ gracioso, 0 monstro pulou da pilha de rochas quebradas, bateu no chao nem mesmo a quatro metros de distdncia, agachando. Rebecca péde sentir o chao tremer. Suas garras de ago arrastavam contra o chao, assim que se levantou e fixou seu olhar em Rebecca. Ela se afastou, bombeando a shotgun, seu corpo inteiro tremendo assim que tentou mirar, tentando acertar seu horrivel sorriso. A criatura se aproximou, veio entre ela e 0 elevador- assim que ela ouviu 0 deslize do elevador parar, ouviu o destravamento da porta, a criatura deu outro passo. elo menos é lento; se eu conseguir atrai-lo para longe, posso correr de volta- Outro paso, e ela pode ouvir o cho sob ele rachar, com a espessura de sua unha preta. Ela deu um passo para trés, tentando alongar a distancia entre eles- - de repente ele estava correndo, nipido, um borrao, uma vez que abaixou o brago, uma mudanga radical, as laminas de sua mao perto o suficiente para ela ver o reflexo de seu proprio movimento, assim que se jogou para sair do caminho. Ela rolou, apertando a shotgun em seu peito, assim que a criatura terminou sua corrida radical. Faiscas voaram da parede prixima ao elevador, um painel de controle partiu-se ao meio- -€ atrés dela, luzes piscaram, um alarme soou- e a enorme porta entre ela e a plataforma do elevador comesou a descer, comecando a fechar, deslizando para baixo. Iria cortar a sala no meio-e trancé-la com a aberragio. Shadow CCall Chast Guns Ela correu, determinada a estar do outro lado da porta. Ele era rapido e pesado, uma espessa placa de metal- certamente da impenetravel criatura. Ela conseguiu facilmente, virando-se para observar, recuando. A monstruosidade sintética comegou a ir atrés dela, agachando-se sob © painel baixo. Ela sentiu seu coragio martelar, um britho de suor escorrendo através de seu corpo; se ficasse do mesmo lado que a criatura, estaria tudo acabado. Ela esperou, 0 monstro se movendo em diregao a ela vagarosamente- a parte inferior da porta atingiu o nivel de sua cabeca, ela correu de volta para 0 outro lado, abaixando-se, rezando para que a coisa acabasse presa. Ele comegou a segui-la novamente, agachando-se, levantando suas garras sobre sua cabeca, se movendo para a porta. Ela sentiu uma ponta de esperanga, que a porta iria massacré-lo- e entdo ouviu um guincho de metal, assim que garras gigantes comegaram a perfurar no painel abaixado. Ela observou com horror, ele atrasou a descida da porta o suficiente para passar por baixo. E.em seguida ele passou, e a porta assentou no cho com um tinido. Todos seus instintos estavam dizendo para ela correr, se afastar- mas nao havia nenhum lugar para ir. Com a porta descendo, a sala ficou um pouco maior que seu apartamento. Ela tinha que entrar naquele elevador, Era sua unica chance. Ela partiu, agarrando a fechadura da porta e deslizando-a para abrir-e ouviu 0 monstro se aproximando, ouviu os seus pés pesados, a rachadura do chao parecendo um trovao em sua direcao. Merda. Ela nem mesmo virou-se, instintivamente sabendo que aquela nao era a hora certa para isso. Ela caiu ao invés disso, caiu de joelhos e esforgou para um lado- assim que as garras bateram para baixo, invadindo a porta do elevador, perfurando a parede onde ela estava parada um segundo antes. Ela cambaleou para tras assim que o monstro virou, fixando seu olhar nela novamente, dando um passo. Ele estava focado, implacavel como algum QS hadow CICell/ Chast Guns tipo de maquina. Ele puxou um brago alongado para tras, como se fosse jogar uma bola, talvez, e deu um segundo passo estrondoso. Pense, pense! Ela nao podia lutar, nao podia matar a coisa com 0 que restou; sua Ainica esperanga era engané-lo de alguma forma.. O plano ainda estava se formando assim que ela estava colocando-o em ago. A criatura era muito grande, ndo conseguiria parar uma vez que comegasse a correr; se ela se movesse, agachasse no ultimo segundo, poderia ter tempo de chegar & porta aberta do elevador. Ela parou de se mover, assim que estava longe do elevador, em um pequeno espaco que ela péde entrar. Outro passo. As garras fizeram barulho. Ele pegou toda a vontade dela de nao fugir e correr. Ela mantinha a shotgun apontada para a criatura, preparando-se para mergulhar no elevador assim que ele comegasse a pegar velocidade. O sorriso do monstro se arregalou com os joelhos dobrados ligeiramente, preparando-se para pular- ~ e entdo ele estava se movendo, correndo a poucos passos ¢ estaria sobre ela. Rebecca voou, agachou e correu, batendo a porta do elevador, agarrando-a com tremores, com suas maos apressadas. Ela deu um puxdo na porta, tropecando para dentro, virou-se para fechar a porta- -€ a coisa ja estava concentrada nela, j4 se movendo rapido, muito rapido. A porta nao agtientaria, ela sabia, Ela levou a shotgun para cima, sem tempo para mirar, atirou. A explosio pegou o ombro direito da criatura. Ele cambaleou para tras, gritando, sangue voando de sua ferida destruida, e em seguida Rebecca nao viu mais nada, Ela bateu na porta fechada, apertando o botdo mais baixo do painel, fechou os olhos e comegou a rezar. QS hadow CICell/ Chast Gunl& Segundos se passaram. O elevador continuou descendo, descendo- ¢ finalmente veio uma parada. Ela parou de rezar assim que ouviu o barulho da gua ld fora- deve ser 0 esgoto- mas estava muito assustada no momento para se importar, seu corpo ainda estava tremendo descontroladamente. Depois do que pareceu um longo tempo, os tremores acalmou-se. Ela estava bem... Ou viva pelo menos, e aquilo era alguma coisa. Com uma oragio final de que ela nao iria ver a coisa novamente, Rebecca abriu a porta e saiu. William Birkin estava finalmente- finalmente!- saindo quando ouviu 0 eco de um grito desumano vindo do outro lado da silenciosa instalagao, um grito de pura raiva. Ele parou na entrada do pequeno tiinel subterraneo que levava para fora, olhando para tris em dirego da sala de controles executivos. Ele passou as ultimas duas horas naquela mintiscula 4rea escondida, primeiro lutando para fazer a decisao, depois lutando para fazer 0 computador obedecer a seus comandos de substituir. A seqiiéncia de destruigao foi criada a mais de uma hora, como Wesker havia sugerido, a obliteragao das instalagdes e 0 complexo ao seu redor coincidiriam com o inicio de um novo dia. Aquele grito.. Ele nunca ouviu nada como aquele, mas soube imediatamente 0 que ia fazer um som como era, viu 0 projeto no seu estagio final. Nada mais pock aquele. O protétipo do Tyrant estava solto. As sombras que beiravam o ttinel estreito, de repente pareceram muito profundas, muito solitérias. Também capaz de sigilo. Birkin apressou-se, certo de que havia tomado a decisio certa. Tudo iria queimar. QS hadow CICell/ Chast Gun Billy ouviu algo. Ele levantou sua pesada cabeca, conseguindo viré-la um pouco. La, & sua esquerda, uma porta se abriu na passagem, ¢ dela saiu uma figura humana, “Ei,” ele chamou, mas nao conseguia fazer nenhum volume, o som de sua voz perdia para o barulho da dgua. Ele fechou seus olhos. “Billy!” Ele olhou de novo, sentiu 0 calor jorrar para dentro. Rebecca, era Rebecca debrugada sobre o parapeito, chamando seu nome, ¢ a visio e 0 som dela fez com que ele mexesse algum osso cansado, exausto, mas s6 um pouco. “Rebecca,” ele disse, aumentando sua voz, incerto se ela podia ouvir. Ele tentou pensar em algo para dizer a ela, alguma acao que ela pudesse fazer, mas tudo 0 que ele conseguia dizer era 0 nome dela de novo; a situagio era auto-explicativa, e ele estava em um mau caminho. Se ela quisesse ajudé-lo, ela mesmo teria que pensar em algo, “Billy, cuidado!” Rebecca estava gesticulando com uma mio, atrapalhada por sua arma com a outra, O terror em sua voz acordou-o. Ele segurou firme 0 suporte do pilar, tentou puxar-se para cima, para ver o que ela estava apontando- e ele pegou 0 vislumbre de algo se movendo rapido, algo longo e escuro deslizando na agua, como uma serpente gigante, correndo para ele. Ele tentou se mover para a beirada em volta do pilar, mas a 4gua estava muito rapida, ele nao podia soltar. Estaria perdido em menos de um segundo. Rebecca atirou uma, duas vezes- ¢ a criatura oculta bateu com forga suficiente para fazé-lo soltar. Billy gritou, remando furiosamente para ficar acima da espuma da égua, para resist a tragao do cano de descarga, mas nao era bom. QS hadow CICell/ Chast OGunttr Em segundos, cle foi arrastado pela escuridao, empurrado e agredido, 0 som de agua enchendo seus ouvidos, assim que o levou embora Capitulo 14 No meio da breve batalha entre Proto-Tyrant e Rebecca, William Birkin saiu de mansinho da instalagao, com cabeg¢a baixa, seu proverbial rabo entre as pernas. O rapaz tinha perdido seu rastro poucas horas antes, havia presumido que © cientista tinha saido junto com Wesker- aquelas pessoas da pequena ‘equipe aventureira de Rebecca, apenas tinham momentos antes- porém, ele estava ali, meio que correndo através de uma das escondidas saidas dos ttineis, seu rosto estava palido, contraindo-se para uma mascara de medo. Aterrorizado pelo som da batalha, totalmente inconsciente de que ele estava vivo s6 porque sua vida nao era tao importante. Embora, desejasse lidar com 0 rapaz pessoalmente, o jovem deixou cientista escapar, presa para outro dia, Ele também estava extasiado pela luta, muito ansioso para ver um membro dilacerado de Rebecca. Em vez disso, ele a viu curvar-se para seu destino, uma combinagao de destreza e esttipida sorte que foi uma maravilha de se ver. Ele observou quando Rebecca deixou o Tyrant para tras e viu Billy um momento antes, de alguma forma ele ainda estava vivo, agarrando-se como um crustaceo nas pedras, em um mar de Agua de esgoto. Um tinico golpe provocado por uma das criaturas aquaticas enviou-o espiralmente para muitas das salas de filtragem, deixando Rebecca gritar por ele, certamente meio louca com frustragio, com a perda esmagadora de ‘esperanga. QS hadow CICell/ Chast Gunter O rapaz sorriu, um sorriso frio e desagradavel, mais calmo do que ele se sentiu por algum tempo enquanto observava Rebecca atravessar a passagem, encontrando um elevador na outra sala de operagdes da fabrica, fazendo seu caminho em diregao ao fundo da fabrica- onde ele e sua colméia esperava, ondulando juntos em seu casulo que estava brilhando com as excregoes. Com sorte, ela ainda cruzaria com Billy em breve, provavelmente até mesmo vivo. Provavelmente, de fato. Ele compreendia agora, tentou incansavelmente apressar as coisas, 0 destino deles. Um confronto era inevitavel... E ele nao queria uma real audiéncia 0 tempo todo? Alguém para apreciar seu empreendimento? Além disso, 0 amanhecer seria em breve, um momento perigoso para as criangas, seus delicados corpos eram facilmente queimados até mesmo pelos fracos raios de sol; melhor ele deixar os dois intrusos vir até ele. Eles conheceriam sua gldria antes que ele mesmo os esmagasse. Observou e esperou, excitado para o capitulo final do comego de seu triunfo. Rebecca nao tinha certeza de onde estava, os niveis ¢ as salas desse novo prédio eram incrivelmente confusos, mas ela continuou indo, continuou se movendo para baixo. Os corredores estavam limpos, mas duas das salas que ela se moveu- ainda outra pequena sala de controles com propésitos desconhecidos, e um arruinado salio com empregados- estavam infestados de zumbi. Ela s6 teve que atirar em dois dos sete que viu, 0 resto estava muito decrépito, se movendo muito devagar para representar uma real ameaca. Ela desejou que tivesse mais tempo e munigao para matar todos eles, dar o fim no que eles tinham se tornado, mas se quisesse ver Billy de novo, ela tinha que se apressar. Ele estava ferido, mas vivo e escondido em algum lugar nas profundezas daquele lugar confuso. A nova instalacdo era uma estacdo de tratamento de gua, ela podia dizer pelo odor penetrante, se nao pelos sinais de controles que pareciam Shadow CCall Chast Guntér cencher todas as outras salas, mas achou que fosse outra fachada das atividades ilegais da Umbrella; por que mais estaria conectada a instalacio de treinamento, ‘embora indiretamente? Ela passou por um pequeno patio no sétimo nivel do subsolo- pelo menos, ela achava que era 0 sétimo- que estava sob construgio antes que © virus tivesse atingindo, e ela duvidava muito que a pedra esculpida- repleto de empilhadeira- tinha muito a ver com o tratamento de agua. Sim, mas que diabos eu sei? Ela pensou aleatoriamente, se movendo rapido, através de outra porta, uma sala com um poso fundo cheio de caixas do outro lado. Até aquela noite, ela nao acreditava em zuml ou conspiracao de armas bioldgicas... Para dizer a verdade, ela realmente nao acreditava que um mal daquele pudesse existir. O que viu, 0 que vivenciou desde que pisou no trem algumas horas antes... Tudo era diferente agora. Ela nao sabia se seria capaz de olhar ingenuamente ao mundo ao seu redor, se jamais seria capaz de olhar para uma pessoa ou lugar sem se perguntar o que est escondido por tris da cara de quem vi Ela nao tinha certeza se estava brava ou agradecida de ter perdido essa inocéncia; se ficasse com os $.T.A.RS, sem duvida isso serviria bem. Atras da sala com as caixas, havia uma escadaria de metal. Rebecca parou no topo, prendeu a respiracdo quando olhou para baixo, fazendo uma careta de desgosto, sem saber como proceder. Havia sanguessugas nos degraus, pelo menos uma dezena espalhada, penduradas com fios de gosma ou fazendo brilhantes rastros pelo metal cinza. Ela ndo queria chegar perto delas, com medo de que elas pudessem atacar se chegasse muito perto, ou machucar uma delas- mas ela também nao queria voltar. Sentiu que o tempo estava pasando rapido, como coisas que acontecem rapidas, ela tinha que arriscar. Ou arriscar correr nessas coisas de novo. Que arranhavam como migquinas de ‘matar. QS hadow CICell/ Chast Guntty O grito nervoso ainda ecoava em sua mente. Ela feriu-o, mas as chances de a coisa ter rastejado para morrer em algum canto escuro eram quase nulas. Coisas como aquela nunca se acomodavam. Rangendo os dentes, ela cuidadosamente pisou entre as sanguessugas, pausando a cada paso, engolindo em seco quando uma deslizava em sua bota antes de continuar seu caminho. Era um pequeno véo pelo menos, ela desceu sem pisar em nenhuma das sanguessugas, chegando na parte de baixo sem incidentes. Quando abriu a porta, uma névoa fria jorrava sobre a transpiragao de sua pele, 0 rugido do esvaziamento dos canos soava como musica, Era uma grande sala, dominada por enormes condutas que se sobressaiam de um lado, gua espirrava de uma série de filtros- ~e 14, em meio aos destrogos aleatérios- “Billy!” Rebecca correu para a direcdo de Billy, uma amarga cachoeira espirrando nela assim que agachou, pegou a garganta dele. Ela empurrou a dog tag para o lado, tremendo por dentro... Mas havia um forte pulso, mesmo ao seu toque- ¢ ele abriu os olhos, seu olhar estava exausto. “Rebecca?” Ele tossiu, comegando a se sentar, e ela gentilmente colocou a mao em seu peito, empurrando-o para baixo. Ele tinha um machucado ptirpuro em sua témpora esquerda, um grande. “Descanse um pouco,” ela disse, forcando a dureza de suas palavras em sua garganta. Ela queria acreditar que ele ficaria bem, mas era dificil. “Deixe- me verificar vocé.” Um leve sorriso surgi em seus labios. “Ok, mas depois ¢ minha vez,” ele murmurou, tossindo novamente. Ele respondeu as perguntas sem qualquer confusio, quando ela ‘empurrou em cutucou, verificou seu campo de movimento, limpou um pouco QS hadow CICell/ Chast Guntty seus cortes mais profundos. O machucado em sua cabega parecia ser 0 pior dos ferimentos, causando-lhe algumas tonturas ¢ néuseas, mas nao foi tao ruim como ela temia- e depois de suas ministragées, ele forgou-se a sentar, sorrindo fracamente. “Ok, 0k,” ele disse, contraindo © rosto quando ela tocou sua témpora. “Eu vou sobreviver, mas nao se vocé continuar me cutucando.” “Certo,” ela disse, sentando-se em seus calcanhares, sentindo uma satisfagdo surpreendentemente profunda; ela disse que iria encontri-lo e encontrow-0. Ela nao tinha idéia de que tal sentimento basico de realizagéo fosse {Go gratificante, que poderia subjugar tao facilmente aquela situacao neg; mesmo que apenas por um momento. “Estou feliz que esteja vivo Billy.” Ele acenou, contraindo novamente 0 rosto no movimento. “Vocé e eu, ambos.” Ela o ajudou a se levantar, apoiando para ele se equilibrar. Quando ele estava estivel 0 suficiente, se afastou- e ela viu uma cara de desgosto passar Por sua face, sua boca curvando-se para baixo assim que passou por ela, em do a um dos cantos da sala, onde uma mancha de agua escura caia do filtro. O canto da sala estava cheio de ossos. Ossos humanos, que foram gastos por anos pela 4gua que estava caindo, espessos e verdes com um lodo bacteriano. Rebecca contou pelo menos onze cranios espalhados entre costelas e fémures quebrados, a maioria deles soterrados ou quebrados “Algum dos antigos experimentos de Dr. Marcus?” O tom de Billy era baixo; nao era realmente uma pergunta e Rebecca nao respondeu, somente acenou. “E a Umbrella,” ela acrescentou, depois de um momento, “Eles 0 incentivaram. Estavam todos juntos.” QS hadow CICell/ Chast Guntty Agora Billy nao respondeu, somente olhou para os ossos, alguma ‘emogio desconhecida em seu escuro olhar. Depois de um segundo ele virou-se © afastou-se dos tristes restos de vidas humanas. “O que diriam se explodissemos esse lugar?” Ele perguntou, suas palavras eram claras, nenhum deles sorriram. “Sim,” ela disse, alcancando para pegar a mao dele por um momento, mas s6 por um momento, apertando os dedos dele nos dedos dela. Ele apertou de volta. “Sim, isso parece bom.” Billy se sentia como uma merda, mas seguiu vagamente Rebecca, que 0s levou para o leste, querendo mais do que qualquer coisa sair daquele playground condenado de Marcus, antes que surtasse. Enquanto andavam por labirintos de corredores e salas- Billy estava completamente perdido depois de sua segunda volta- ela contou-lhe 0 que aconteceu desde quando ele caiu da plataforma do teleférico. Ela encontrou-se com seu chefe de equipe e lutou com algum tipo de super criatura Frankstein que ela quase nao sobreviveu. Também encontrou uma .50 Magnum, que combinava com a munigao que ele encontrou, com sério poder de fogo e depois ficou com a shotgun. Ao todo, ele pensou que ela tinha feito melhor do que ele mesmo faria na mesma circunstancia. Encontraram um quarto de descanso vazio para trabalhadores, carregaram-se, Billy ficando com a Magnum e Rebecca com a Shotgun. Havia um gallo de gua que estava fechado sob o beliche, e eles se revezaram para beber a agua, ambos desesperados para a hidratagao. Nadar naqueles esgotos no ajudou muito para matar a sede. Refrescados pela Agua e totalmente recarregados com armas, Billy sentiu que devia ter se recuperado do passeio através das corredeiras. Eles pegaram a sada ao sul do quarto de descanso, passaram através de uma sala de tratamento industrial, depois outra. As salas da estacao de tratamento pareciam indistintas para Billy, todas pareciam a mesma- paredes de metal enferrujado e QS hadow CICell/ Chast Guntts chao, grades para tubos, enormes paredes cobertas com equipamentos que possuiam botdes e interruptores. Alguns dos equipamentos estavam funcionando, enchendo a sala com grandes explosdes de som mecénico, embora s6 Deus soubesse quem estava controlando. Billy descobriu que nao se importava muito, assim que eles continuaram, ambos podiam ouvir o barulho da 4gua se aproximando, grande 4gua- e quando passaram por um grande sala de bombas, que se abria para o frio amanhecer, encontraram uma passarela que se estendia até uma represa. Eles pararam por um momento, olhando ao longo do escuro reservatério que se estendia ao lado da edificagao que eles emergiam, a cortina de agua caia na outra extremidade. O barulho era muito alto para eles falarem, ent3o voltaram para a sala de bombas, ambos sorrindo. Eles encontraram uma saida, finalmente; a passarela levava para outro prédio, mas apenas por ver as estrelas desbotadas e a lua, deu a Billy um verdadeiro impulso. O pesadelo de correr pelo complexo da Umbrella iria acabar em breve, ele podia sentir, o fim estava em vista, tao certamente quanto o novo dia que viria. “Minha equipe provavelmente foi por este caminho, deixando ele limpo para a gente,” ela disse, parecendo esperangosa. Ela teve que falar alto para ser ouvida sobre o som da cascata de agua la fora, o barulho das bombas estava irrompendo de metade da sala. Sua voz vibrou um pouco contra 0 corrimao de metal, que rodeava a piscina de 4gua no centro da sala. “Ele disse que eles estavam indo para o leste. Nés jé estamos praticamente fora daqui “Eu pensei que vocé tinha dito que Enrico pegou o elevador ¢ foi para cima,’ Billy disse. “Oh, certo,” ela Se, sua expressio parecia abatida. Ela piscou, e ele percebeu o quao cansada ela devia estar. “Desculpe. Esqueci.” “Compreensivel,” Billy disse. “Mas voc® esta certa, nds estamos praticamente fora daqui.” Ele tocou na Magnum em seu cinto, a algema solta estava batendo na arma, uma repentina lembranga passou por sua cabega, a QS hadow CICell/ Chast Gunlér Jembranga de sua vida antes do acidente do jipe. Aquela vida parecia estar bem ante agora, como se tivesse acontecido com um homem diferente... Mas que ainda estava esperando por ele, em algum lugar ld fora. Pensamentos para depois, se ele quisesse sorrir, deu um tapinha na Magnum, “Esta arma é uma espécie de chave universal, abre portas, apaga portadores indesejaveis do virus.” Rebecca sorriu de volta, comecando a dizer algo- e parou , olhando em seus olhos, ambos congelaram com 0 som da agua se espalhando através do chao. Como um, eles se viraram para olhar- para ver um gigante se erguendo da piscina a poucos metros de distancia, uma coisa que Billy soube imediatamente que era o mesmo monstro do elevador que Rebecca havia falado. Era grande, branco, coberto com sangue e machucados; a criatura estendeu a mao para sair da piscina, uma mo insanamente grande, com garras que pareciam laminas de aco, gritando contra o chao. Billy pegou a Magnum, se afastando, tentando puxar Rebecca para tras dele. Ela facilmente contornou sua compressio, empunhando sua shotgun e os ideais herdicos de Billy sumiu quando a criatura os viu € soltou um grito terrivel, profundo, soando como se estivesse com ddio, com o desejo de nao s6 matar, mas também rasgar e mutilar. Enfrenta-lo sozinho nao era uma atitude machista; era suicidamente estupido. “Quando esta se movendo, nio se movimenta muito bem,” Rebecca rapidamente, meio sob sua respiracao. Ele teve que se esforgar para ouvi- la sob o barulho ritmico dos motores das bombas. “Se nés nos afastarmos da porta, fazendo-o correr, podemos passar quando ele tentar se virar.” Billy mirou cuidadosamente na face aspera da coisa. A criatura deu um Ppasso em direcdo a eles, e ambos se afastaram. “Por que néo 0 matamos ao invés disso?” QS hadow CICell/ Chast Gunlly “Nao,” Rebecca disse, sua voz soou com um pouco de pinico. “Voce s6 faria as coisas. O que voce esta vendo agora é um monstro depois de dois tiros de shotgun, um quase a queima roupa.” A coisa deu outro passo, e abaixou-se ligeiramente, tencionando as pemas, estava quase para saltar. “Corral” Billy ndo precisou ouvir duas yezes. Ambos viraram e correram, virando para a esquerda assim como a passarela virava. Atras deles, dois, trés pasos pesados soaram contra o metal protestante- € as garras do monstro rasgaram a parede do canto, um tremendo grito de metal espesso soou. Billy virou-se, levantando a Magnum assim que 0 monstro parou, vagarosamente virando-se para encaré-lo. “Continue indo!” Ele gritou para Rebecca, mirando para um tumor vermelho pulsante meio enterrado em seu peito, 0 que tinha que ser © coragio. © monstro deu um tinico paso, seus opacos olhos cinza fixados em Billy, levantando as garras. Billy atirou, a arma pulou de sua mao, rugindo ensurdecedoramente. Um buraco surgiu no osso do peito da coisa, ndo acertou diretamente 0 coragio, mas bem perto. Sangue escorreu do buraco, descendo para seu intestino grosso. Ele gritou, soando mais alto do que uma explosio de canhio, ¢ infinitamente mais mortal, mas nao caiu. Jesus, aquilo deveria parar um elefante- “Vamos!” Rebecca gritou, puxando seu braco. Ele tirou as maos dela de seus bracos, mirando novamente. Se sangrava, poderia morrer, e um pequeno langa granada, a Magnum 50 talvez seria a melhor arma para o trabalho. O monstro deu um passo a frente, parecendo ter recuperado equilibrio, seu olhar morto focando em Billy. Sangue continuava escorrendo de seu ferimento, encharcando sua virilha agora, 05 topos de suas coxas musculosas. QS hadow CICell/ Chast Gunter Aquele sorriso, aquele horrivel sorriso- parecia estar rindo, como se nio pudesse esperar para compartilhar uma piada com ele. Billy pensou que o final daquela piada seria provavelmente um brago arrancado e batendo nele até a morte. Ele fixou o olhar no coragao, apertou 0 gatilho- - E outro fantastico bang, sangue voando, a criatura gritando- -Oh, Deus, por favor, deixe que aquilo seja dor! - Mas nao estava caindo, ainda nao estava caindo. Era dificil dizer onde © tiro acertou, havia sangue por todo o lado, mas © sangue continuava pulsando. “Mexa-se!” Billy foi empurrado para o lado, Rebecea deu um passo 3 frente, levantando a shotgun assim que a criatura comegou a agachar, enrijecendo as permas. Ela mirou, baixo, muito baixo, nao havia jeito de ela acertar 0 coragio daquele jeito- - ea shotgun deu um estrondo, e finalmente, 0 monstro caiu; chorando com firria raivosa, Ele arranhou 0 chao, suas garras provocando um tremendo doloroso grito, um guincho do metal. Billy viu que Rebecca acertou um de seus joelhos, e hesitou somente um segundo, longo o bastante para se perguntar por que ele nao havia feito isso antes. Nao estava morto, mas a menos que brotasse asas, ele no viria atras deles to cedo. Entio Billy levantou sua Magnum, fixando na sua barriga de peixe e no seu cranio assim que se debateu e arranhou 0 cho para puxar-se para mais perto, sem diivida, para continuar seu ataque. Ele sé conseguiu deslizar-se parcialmente na dgua, a piscina escura agitando-se com espuma rosa, conforme ele se esforgava para sair. “Desperdicio de munigio,” ele meio que perguntou, olhando para Rebecca esperando a aprovacio dela. Por mais terrivel que a coisa fosse, ele ndo QS hadow CICell/ Chast Gun iria se sentir bem, sobre deixd-lo sangrar até a morte, para sofrer mais. Era outra das vitimas da Umbrella, por um lado; nao pediu para nascer. “Sim,” ela disse, acenando- mas ele podia ver compaixio em sua expressao, podia ver que ela sentia-se do mesmo jeito. “Faga.” Dois tiros, 0 segundo sé para ter certeza de que 0 monstro deslizaria silenciosamente da pi Capitulo 15 Eles caminharam sobre a represa com a luz aumentando, 0 azul profundo dando lugar a um pano macio de cinza desbotado das primeiras horas da manhi, que estava escondendo o brilho da estrela mais brilhante. Rebecca caminhou em siléncio ao lado de Billy, percebendo que as nuvens estavam sumindo. Seria outro dia quente de verdo, ela pensou no momento, estava fazendo seu melhor para nao tremer; 0 sol nao seria bom por pelo menos outra meia hora. Ela estava cansada, mais do que se lembrava estar, ‘mas apenas sabendo que aquela noite, aquela horrivel noite estava acabando, dando vida a um novo dia, foi o suficiente para manté-la disposta. No fim da passarela da represa, havia uma pequena escada, levando para uma porta. Eles subiram, Billy primeiro, e entraram em uma sala de turbinas, com mais grades de metal enferrujado cobrindo as paredes junto com equipamentos pesados. Havia duas portas, uma ao norte levando a um caminho sem saida, com uma sala de depésitos. A porta do oeste estava aberta, que levava a um corredor cercado, para outra porta. “Continuamos avangando?” Billy perguntou e Rebecca assentiu. Provavelmente era outra porta sem saida, mas ela preferia avangar do que QS hadow CICell/ Chast Gunter voltar pelo caminho que vieram. Eles ja testemunharam o bastante de morte ¢ destruicao, ela ndo queria voltar nem por um segundo, Ela parou assim que Billy comegou a descer a passarela, notando uma margem prateada em uma pesada porta. Estava reforgada com ago, e havia um leitor de cartdo-chave préximo a porta. Alguém tinha enfiado um pedago de pau sob a parte inferior da porta para manté-la aberta. Um pau molhado, ela pensou, agachando-se para pegar © brilhante pedago de madeira. Quando retirou suas maos do pedago de madeira, finas cordas de gosma grudaram em seus dedos, estendendo-se a partir do pau. Por meio segundo, ela teve a confusa idéia, de que por alguma razao, as sanguessugas abriram de propésito a porta- entao chacoalhou-se, lembrando-se que havia sanguessugas por toda a instalac3o. Ela limpou a mao no colete, alcangando Billy, que j4 estava quase na extremidade final da passarela, recarregando a Magnum. A porta estava destrancada, e Billy empurrou-a para abrir. Outra entrada de cimento e metal, levando para outro pequeno saguio. Billy entrou, suspirando, Rebecca suspirou também, Este lugar nunca acabaria? Asala tinha cheiro de praia com maré baixa, embora nao pudessem ver nada da entrada. Eles deram dois passos, quando ouviram o click da fechadura, a porta estava se fechando atras deles. “Fechadura automética?” Rebecca perguntou, fechando a cara. Billy virou-se para a porta, sacudindo a fechadura. “Estava fechada antes. Nao faz sentido a porta trancar depois que passamos por ela-* Rebecca ouviu algo, entio, um som baixo fez seu coragao saltar. O som rapidamente aumentou, tomou-se profundo, um riso além da sala de entrada. Sem uma palavra, Billy e Rebecca se afastaram da porta, ambos segurando firme suas armas, andando em volta do canto- - e congelaram, olhando para o vasto mar de vidas que os cercavam, parecendo cobrir cada centimetro quadrado da parede, que pingavam e QS hadow CICell/ Chast Gunltr rastejavam através do teto ¢ do chao. Sanguessugas, milhares delas, centenas de milhares. A sala era grande, alta ¢ larga, dividida por um pequeno corredor que corria ao longo da parede de tris. Incineradores revestiam a construgdo central que se estendiam até o teto, aberturas de metal mostravam os lampejos de fogo. Havia uma grande porta de metal na parede sul, recuada em uma entrada rebaixada que parecia ser a tinica maneira de sair dali- se eles quisessem correr através das sanguessugas, 0 que Rebecca definitivamente nao faria. O espago cavernoso era © nivel B, com uma passarela que rodeava a construgio central, um fogo aberto de um lado, na parte superior da passarela, langando um brilho cintilante sobre o mar negro, que borbulhava lavando a sala em todos os cantos- ena passarela, uma figura solitéria, um homem alto, com jovens ombros largos, rindo, com sua grossa e estranha voz, carregando sal perfumado no ar podre. “Bem Vindos,” ele disse, e riu novamente, com uma sanguessuga enrolada em cada ombro, outras arrastando para baixo em seu braco estendido. Ele estava cercado pelas sanguessugas. “Estou feliz que vocés conseguiram se juntar a nds. Voces sio nossos convidados de honra... Apesar de tudo, este é seu velorio.” Rebecca somente olhou, chocada em s nncio, mas Billy deu um passo, aumentando sua voz “Voc® é 0 filho dele nao 6? Ou seu neto?” Rebecca soube imediatamente de quem ele estava falando, e percebeu que estava assentindo. E-claro... “Isso__mesmo,” 0 rapaz disse, sorrindo amplamente, um. sorriso diabélico, “De certa forma, sou os dois.” Ele fez um movimento, encolhendo os ombros com seus bragos- mudou, a transformagao cortando seu corpo como agua, como em um efeito de filme. Seus longos e escuros cabelos se encurtaram, transformando-se em branco. Suas caracteristicas jovens dissolvendo-se em idade avangada, linhas e Shadow CCall Chast Gunter rugas se formando, seus olhos mudando de cor, suas pupilas ampliando. Em segundos, ele nao era mais um rapaz, embora seu sorriso fosse frio, brutal. Dessa ver. foi Billy que ficou em siléncio, e Rebecca soprou seu nome, incapaz de acreditar que nao era um truque, outra cara falsa. “Dr. Marcus?” Ohomem assentiu e comegou a falar. “Dez anos atras, Spencer me assassinou,” ele disse, flashes de meméria passando por sua mente de colméia, as criangas lembrando-se para cle. As imagens eram indistintas e escuras, indistintas em forma de cor, mas 0 sentimento era to claro como havia sido no dia em que ele perdeu sua vida. Ele ficou esperando um ataque por algum tempo, mas ainda veio como uma surpresa. Ele estava trabalhando nesse laboratério, as criangas brincando na piscina sob seus pés, quando a porta escancarou- e entdo houve um tiro, alto e final. Lembrou-se da dor assim que caiu de joethos, agarrando os buracos em seu peito, seu intestino- e se lembrou que viu dois rostos familiares, os homens entrando em sua sala, seus brilhantes discipulos, seus melhores alunos observando como ele deu seu ultimo suspiro. Albert Wesker e William Birkin, ambos sorrindo- sorrindo! Lembrou-se do senso de perda, de incrivel raiva que arranhou a superficie de sua mente que estava morrendo, seu corpo caiu, espirrando na piscina, as criangas se espalhando e tudo ficou preto... ... E entio as memérias mudaram-se, tornando-se os pensamentos dos muitos. Ele podia ver sua prépria cara e corpo, meio submergido, palido e feio com a morte, mas amado, muito amado pela mente da colméia. Ele foi o Deus deles, 0 criador e professor, o pai. Eles nadaram para ele, rastejando entre seus labios flacidos, mexendo tensamente para entrar nos buracos que havia sido causado pelos tiros na sua pobre came. Marcus encontrou sua voz, dizendo para os dois observadores, 0 que precisavam saber, para compreender. “Eles me deixaram apodrecer, pegaram Shadow CCall Chast Gunter minhas anotagdes ¢ fecharam meu laboratério, deixando tudo para se arruinar com 0 tempo. Eles néo compreendem, vocés entendem. Tempo foi preciso. Levou anos para o T-Virus se reconstruir dentro da minha rainha, para evoluir... E se tornar a variagao, que criou o que sou agora.” Ele sorriu, saboreando o espanto mudo deles, apreciando seu momento no sol da admiragao deles. “Entao, vocé esta certa. Eu sou Marcus, mas também sou o filho de Marcus e seu neto- e toda outra extensio, todos os outros fillios, da unio entre Marcus e sua rainha. Minha rainha. Ela vive dentro de mim. Ela canta para suas criangas.” Na intensidade de sua alegria, de seu triunfo, as criangas irromperam para ele, nadando até suas pernas, fazendo cécegas no caminho através de sua forma familiar, de James Marcus. Ele deleitou-se com o sentimento, rindo em voz alta com a repulsa que atravessou o rosto de seus jovens convidados. Se eles ao menos soubessem! A fenomenal éxtase que sentiu como parte da colméia, seu lider e seu seguidor- A morte de Marcus havia libertado-o, tinha feito-o se sentir maior do que sua vida humana jamais havia permitido. “Eu espalhei o virus,” ele disse. “O mundo saberi, agora, 0 que a Umbrella fez. © que Spencer e sua estipida gandncia inventaram, Umbrella queimar, mas Marcus sera saudado como um deus para o que ele criou. Eu sou © arquétipo de um novo homem, muito superior ao padrao solitario da humanidade; 0 mundo vai procurar por mim, vai implorar para entrar na colméia, para se unir a uma mente, um ser todo poderoso! O homem, Billy, falou de novo, com o rosto enrolado de raiva, sua voz tensa. “Vocé est sonhando. Vocé & uma doenga, misturado com loucura, 0 que quer que voce seja- e mundo iné te procurar, mas somente para maté-lo, para por um fim nas suas desilusdes loucas.” Tao tolo, tao justo com sua prépria estupidez! Shadow CCall Chast Gunlty Uma grande raiva cresceu nele, nas criangas, manchando sua alegria. Péde sentir seu corpo tremer com eles. “Veremos quem vai morrer,” ele disse, sua voz tremendo de raiva- = mas nao era mais a voz de Marcus, ele se tornou 0 rapaz novamente, a visdo das criangas de quando Marcus era jovem, Ele fechou a cara, incerto por que tinha mudado, ou como- ele nao tinha desejado, nao tinha cantado nem queria mudar de forma. Asa ingas varrendo através dele, inchado com sua jiva, ignorando seus comandos intemnos ¢ pela primeira vez desde que rastejou da piscina somente alguns meses atrés, desde que a colméia havia the dado vida nova, ele nao tinha controle sobre eles. Os mi 5 queriam ouvir, queriam apenas ferir os intrusos, massacré-los. O rapaz os sentiu aumentarem em sua garganta, derramando-se como bilis, sufocando-o. Ele tentou segurar, para exercer sua influéncia, mas a ira era muito grande, muito abrangente. Ele estava mudando, se tornando algo completamente novo, ¢ sua luta pela dominagao foi levada a parte, perdendo para essa nova coisa. A rainha! Ele podia sentir a consciéncia dela preenchendo-o, seu poder criativo surgindo adiante, carregada pelas criangas cada parte de sua forma de metamorfose. Ela queria matar, destruir os dois humanos que ousaram julgé-la, ela estava mais forte do que ele poderia imaginar. A coisa que uma vez havia sido Marcus, nao tinha outra escolha a ndo ser render-se, para se tomar o jogador mais poderoso de todos. Para se tornar a rainha. Marcus comecou a mudar mais uma vez, de um jeito que pareceu surpreendé-lo tanto quanto surpreendeu Billy. Sanguessugas comegaram a jorrar de sua boca, amordacando-o, dezenas delas deslizando para fora em uma corrida de gosma, batendo no chao Shadow CCall Chast Gunlts como pingos de gordura. Os olhos do rapaz estavam arregalados, com uma expresso de descrenga, assim que continuou a vomitar as sanguessugas. Assim que batiam no cho, as criaturas corriam de volta para 0 rapaz, subindo em seu corpo, anexando-se a ele. Formas redondas moveram-se sob sua pele, mudando a forma e a textura de sua came, Suas roupas derreteram-se assim que as sanguessugas continuaram a se agrupar, dando a seu corpo uma aparéncia emborrachada, seus bragos e peas comecando a parecer uma grande massa de vermes gordos entrelacados. Seu rosto alongado, alongando, rasgando a pele para expor a estria de tecido muscular roxo de suas costelas, vibrando, virando uma espessa e molhada gosma. Préximo a ele, Rebecca respirou fundo, vendo a criatura de Marcus perdendo completamente a forma humana, todos os seus drgaos feitos pelos vermes gordos agora, estavam unidos por uma gosma gotejante. Cresceu em tamanho, as sanguessugas préximas a ele se juntando com a multido, adicionando massa e altura. Longos tentaculos sairam das costas, girando em tomo, como se fossem serpentinas em um vento forte, a cor de inflamagao, de infecgao. “Ar iha,” Rebecca respirou. “Esta tomando controle.” Billy apontou a Magnum para a criatura que estava crescendo- -e a coisa voou para cima, pulando diretamente para o ar. Acertando 0 teto com um enorme som molhado, e agarrou-se ali por um momento, babando fluidos espessos para o chao 1a embaixo. Exceto por ter quatro membros, j4 nao se parecia remotamente humano. Billy atirou no teto, mas a rainha ja tinha partido, caindo no chao na frente deles, condensando ligeiramente quando acertou 0 chao, como um brinquedo gigante de borracha. A- ela - esticou mais uma vez, erguendo-se sobre ele e Rebecca, aqueles tentaculos escuros arrebentando-se em diregao a eles, chegando até eles. Shadow CCall Chast OGunltr Ele e Rebecca cambalearam para tras. Billy sentiu suas botas deslizando quando pisou sobre qualquer ntimero de sanguessugas que ainda cobriam 0 chao, ouvindo o suave pop de cada criatura gorda sob seus calcanhares. Rebecca agarrou seu brago, quase caindo, assim que ela também escorregou no cobertor de corpos de sanguessugas. As mortes de suas criancas medonhas tiveram um efeito imediato. A rainha sanguessuga puxou seus tentéculos para trés e soltou um grito, um estranho, alto, gemendo como nada na terra, um som feito pela criatura mais horrivel. Todas as sanguessugas da sala comegaram a se mover em diregao a ela, se afastando de Billy e Rebecca, abrindo caminho sob e atrés dos passos assassinos deles A rainha sanguessuga continuava crescendo assim que as sanguessugas se juntaram ao nticleo da criatura, seu tamanho quase dobrou em menos de poucos minutos. Billy arriscou olhar sobre seu ombro, viu que eles estavam indo para um beco sem saida, pela porta que eles entraram, se deixassem 0 monstro escolher seu caminho, no sentido literal da palavra. No lado sul da sala, havia uma porta fechada, colocada em um tipo de recesso de entrada. Havia um mar de sanguessugas separando eles da frente, mas 0 mar estava em movimento, fluindo na direc3o do monstro que estava crescendo. Ela parecia alheia & presenga deles, assim que arrumou mais de sua colméia, inchando em um gigantesco tamanho, em um suave sussurro de movimento liquido. “Porta do sul,” Billy disse, mantendo sua voz baixa assim que continuavam se afastando vagarosamente. Eles tinham que agir agora, rpido, ou suas chances acabariam. “E se estiver trancada?” Rebecca sussurrou de volta. “Temos que arriscar,” ele disse. “Eu dou cobertura. No trés. Um... Dois... Trés.” QS hadow CICell/ Chast Gun Rebecca correu ¢ Billy abriu fogo, descarregando os tiros no gigante, no corpo inchado da rainha. Ela gritou, gemendo alto de dor, de édio, e atirou um punhado de tentaculos nele, os apéndices rapidos com movimento. Eles agarram Billy, levantou-o no ar. Billy perdeu a Magnum, nao conseguia pegar sua handgun por que estava sendo selvagemente chacoalhado, sua cabeca ia para frente e para tras, seus bragos presos pela forca bruta da criatura. Os tentaculos dela se enrolaram no peito dele, apertando-o, apertando com tanta forga que ele nem conseguia respirar. Somente depois de alguns segundos, cle conseguiu sentir que ia perder a consciéncia, o mundo comegou a tremer desaparecendo em pontos brilhantes. Ele ouviu 0 som da shotgun- e 0 monstro estava gritando novamente, derrubando-o, girando ao redor para ver a cara de seu novo atacante. Billy bateu no chao. Ele ignorou a dor, procurando pela Magnum com centenas de sanguessugas rastejando em sua direcao. Rebecca atirou de novo, e o monstro comegou a ir em direcdo a ela, sacudindo os tentaculos. Billy ficou de pé, viu que Rebecca estava virada de costas. O segundo tiro nao tinha sido muito bem mirado no monstro, mas em um controle proximo a porta sul. Ela disparou novamente, chutando a porta ao mesmo tempo. A porta abriu, mas a rainha estava quase em cima dela, facilmente 0 dobro de sua altura, de longe mais pesado, ela se rasgaria a0 meio como uma boneca de papel- “BI!” Billy gritou, sem tempo de recarregar a Magnum, tinha que chamar a atengio dela rapidamente- ~ e ele pulou para a onda de sanguessugas mais préxima, saltando em cima e embaixo, chutando e batendo o mais forte que péde. Elas estouraram em duizias, derramando sangue por toda a parte, encharcando suas botas. Ele dangou nos corpos que estavam morrendo, um sentimento feroz de desinibida satisfago, assim que a rainha virou novamente, uivando em angiistia. QS hadow CICell/ Chast Gunter Ele viu Rebecca passar pela porta, teve meio segundo para ficar feliz Por isso- € entio © monstro estava arrebatando-o novamente, jogando-o em toda a gigante sala, com uma raiva cega. Billy bateu na parede de trés. Sentiu uma costela quebrar, e entao ele estava caindo, pousando pesadamente no chao de cimento. Ele afastou o vento, ficando de pé em um segundo, correndo para a porta sul, sanguessugas estalando sob seus pés, assim que ele que lutava para respirar. © monstro estava a mesma distancia que ele da porta. Billy viu que nao iria conseguir, que ela teria que sair dali antes dele, ¢ enviar um pedido de siléncio caso Rebecca conseguisse sair viva- - e entdo ele a viu, ndio muito atrés da porta sul, mas no meio da sala, sua shotgun treinada na rainha-sanguessuga, de costas para o incinerador central. Billy percebeu que ela teria que correr novamente enquanto o monstro estivesse ocupado jogando-o contra uma parede. Ele gritou para ela voltar para a porta, mas ela ignorou-o, assim que se encarregou na direcao de Billy. Com cada tiro, um punhado de sanguessugas voava do corpo massive, mas para cada perda, meia diizia de outros iam escalando, No quarto tiro, a rainha virou-se na diregio dela, hesitando, como se fosse incapaz de decidir quem pegar primeiro. “Entre!” ela gritou. “Eu estou indo.” Billy correu para a porta, esperando que por Deus ela tivesse um plano. Ela continuou atirando na criatura, atirando e bombeando, atirando ¢ bombeando- ¢ entao nao havia nada, mas um seco click que Billy pode ouvir atravessando a sala, 0 som da inevitavel derrota. A rainha sanguessuga ouviu, também, comecando a ir na diregio dela, seu corpo continuava crescendo, para pegar massa, balancando-se para frente. Billy tinha chegado a porta sul e parou lé, adrenalina saindo de seu corpo, mexendo em seus bolsos procurando os tiltimos dois tiros de Magnum. QS hadow CICell/ Chast Gunter “Corral” ele gritou, mas Rebecca ignorou-o, sem se mover. Ela nio estava recarregando, nao estava nem mesmo pegando sua handgun, assim que a rainha se aproximava. Ao invés disso, ela ergueu a shotgun em um bartil, se afastando, e entao, ela estava tocando a parede do incinerador- e levou 0 material pesado através de uma chapa de metal, um duto de calor, estalando um dos painéis com um rangido de aluminio. Matéria queimada derramou no chao. Rebecca pulou no meio dele, chutando selvagemente, lampejos de fogos evando lixo ¢ material sintético na onda mais proxima dos corpos de sanguessugas. A rainha gritou, parando de avangar, ainda bem longe do fogo repentino. Sanguessugas queimadas correram para seu pai-rainha, tentaram escalar © corpo, para encontrar consolo 14, mas trouxeram dor com todos reunidos, inerentes a colméia movel. A rainha gritou e cresceu com a intensidade da fumaca, as sanguessugas queimadas se juntando a ela, danificando-a, fazendo-a se contorcer no que Billy esperava ser uma agonia insuportavel. Rebecca viu sua chance € pegou-a, correndo para a parede sul, assim que a r ha rasgava-se, gritando, Billy esvaziou o revélver no chao e colocou as duas tiltimas balas na camara e fechou, mirando na rainha assim que Rebecca passava por ela- mas a rainha nao estava preocupada com isso, pelo menos no momento, as partes de seu corpo girando insanamente, derretendo, correndo no chao na piscina como melaco em chamas. Billy continuou mirando na rainha que estava se contorcendo até Rebecca passar por ele ¢ entrar na porta, Ele rapidamente seguiu-a e ela ‘empurroua porta. Ele respirou fundo, sentindo dor nas suas costelas, em seus bragos e pemnas, em sua cabeca, uma chata agonia em cada poro de seu corpo- até que ele virou-se e viu para 0 que Rebecca estava apontando, com um prazeroso Shadow CCall Chast Gunter sorriso em sua cara, Sua dor sumiu, tornou-se nada além de um plano de fundo para seu repentino alivio Eles se fecharam em uma plataforma de elevador. Um que subia- e um profundo tiinel largo se estendia longe deles, na diagonal, levando em diregao um circulo de luz, longe, muito acima, a plataforma parecia percorrer todo 0 caminho até a superficie. Eles sorriram um para o outro, como criangas, mudo com felicidade para falar, mas sé por alguns segundos. O sortiso deles desapareceu quando a rainha rugiu, sua voz horrivel vinda da sala ao lado, lembrando-lhes quao perto eles ainda estavam de morrer. Sem dizer uma palavra, eles correram para a plataforma, correram para © console que controlava o elevador. Billy estudou os botdes por um momento, e ent com uma prece silenciosa por libertagio, ele ligou o elevador. O elevador comecou a subir, carregando-os para fora do pesadelo. Ou entao eles acreditavam nisso. Capitulo 16 A agonia estava sob medida, matando-a com uma intensidade além do que qualquer coisa que conhecia. A queimadura das criangas agarrando-se a ela, famintos para se libertarem, assim que a tocava, tocando seus irmaos, passando sua dor em uma onda que no cessava. A dor continuava e continuava, e foi parar quando partes do coletivo se despencaram dela, morrendo, derretendo, suas criangas se sacrificando para que ela pudesse viver. De vagar, vagarosamente a dor foi sumindo, se afastando de seu fisico, se tomando um sofrimento de perda, de infinita tristeza. QS hadow CICell/ Chast Gunter Assim que os feridos se afastaram, deixando seus bragos envolventes morrerem sozinhos, 0 resto das criangas avangou, cantando, cantarolando para cla, Eles engoliaram-na, trangiiilizando-a com seus beijos liquidos- e pelos seus niimeros puros, a ultrapassaram. Levou somente um momento. A rainha havia perdido sua identidade assim como Marcus perdeu a dele, entregando-se para a colméia, tornando-se mais. Tornando-se todos. Toda a criatura estava inteira e saudavel, gigante, diferente do que antes. Forte. Ouviu um som mecinico por perto. Ela chegou dentro de si, acessando a mente procurando informagées, compreendendo- os assassinos estavam tentando fugir. Eles nao iriam escapar. A colméia juntou-se em mil membros flexiveis & foram atras deles. Nenhum deles queria pensar em correr para qualquer outro problema, ‘mas tinham que presumir o pior. Rebecca verificou sua handgun enquanto Billy carregava a shotgun, os dois chamando os niimeros deprimentes- restaram somente quinze tiros de handgun ao total. Quatro cartuchos de shotgun. Dois tiros de Magnum. “Provavelmente nao vamos mais precisar disto,” Rebecca disse esperangosa, olhando para o circulo de luz brilhante. O elevador estava lento, porém firme; eles estavam na metade do caminho para a superficie, estariam 1a em um minuto ou dois. Billy assentiu, segurando seu lado esquerdo com uma mao suja. “Acho que aquela vadia quebrou uma das minhas costelas,” ele disse, sorrindo um pouco, também olhando para a luz. Rebecca caminhou na diregio dele, preocupada, se aproximando para tocar 0 lado esquerdo dele- mas antes que ela pudesse tocar, um alarme soou bem alto abaixo do pogo. Tinha até mesmo uma luz vermelha piscando sobre a QS hadow CICell/ Chast Gunter porta que eles haviam passado, manchas escarlates se espalhando por toda a plataforma que estava subindo. “O que” Billy comecou, mas foi interrompido pela calma e feminina voz, gravada em loop. “O sistema de autodestruigio foi ativado. Todo 0 pessoal deve evacuar imediatamente. Repito. O sistema de autodestruigao- “Ativado por quem?” Rebecca perguntou, Billy silenciou-a, segurando- a.com uma mio, escutando. Imediatamente. A seqiiéncia seré iniciada em- dez minutos.” As luzes continuaram piscando, a sirene continuou soando, mas a voz parou. Billy e Rebecca trocaram um olhar de preocupagio, mas nao havia muita coisa que eles pudessem fazer... E se Deus quisesse, eles estariam longe em dez minutos. “Talvez a rainha-” Rebecca disse, nao finalizando seu pensamento. Parecia improvavel, mas ela ndo conseguia pensar em como o sistema foi ativado. “Pode ser,” Billy disse, embora parecesse duvidoso. “De qualquer forma, estaremos fora daqui antes disso acontecer.”| Ela assentiu- e eles ouviram um estrondo abaixo, um trovao guinchando, rasgando o metal, uma ruina inacreditvel jazia no pogo do elevador. Ambos olharam para baixo, encontraram espagos parciais no piso de grade da plataforma, viram o que estava vindo. Era a rainha- nao s6 a rainha, Esta era muito, muito maior, e mais répida também, uma gigante massa negra pulando atras deles. Rebecca olhou para cima, viu o quao perto eles estavam. ‘$6 mais wm minuto e nds estaremos fora- QS hadow CICell/ Chast Gunter Ela olhou para baixo novamente, prendeu sua respiragao quando viu o quao perto a rainha jé estava. Ela teve a imagem de uma onda negra e viva, abrindo caminho assim que corria para eles, revelando mais negritude no lado- “Oh, merda!” Billy disse- - ea plataforma revirou, rompendo uma parede, langando ambos para fora. Rebecca posou de lado, imediatamente se levantando, ainda segurando a shotgun. Billy estava se levantando a poucos metros de distancia, concreto, linhas pintadas de amarelo estavam sob os pés dele- Heliporto, Um heliporto subterrineo. Eles es avam em uma sala grande, sem sinal de helicdptero, mas havia uma abundancia de equipamentos aleatérios, pequenas ilhas de metal enfatizando o tamanho da sala. O pequeno feixe de luz estava vindo de alguns eixos do teto, raios de sol vindos do teto mével- 0 que significava que aquele era o tinico andar da superficie. Demorou um pulso do coragio de Rebecca para ela ver onde eles estavam, uma segunda batida para localizar a rainha. O que ela havia se tornado. Estava rastejando para fora do buraco irregular da parede onde antes era a plataforma do elevador, massas de tentaculos pulando sobre o pedago de metal e pedra quebrados. Era como se fosse uma ilus’o de Gtica maluca, observando assim que a coisa pulava do eixo, sua forma colossal vindo. A criatura finalmente saiu do chao de concreto, tao grande quanto uma van em movimento, longa e lenta, fervilhando com sanguessugas trangadas. Rebecca s6 podia olhar- e quase foi arrancada de seus pés quando Billy agarrou seu brago, puxando-a para longe. “Tem uma escadaria ali!” Ele gesticulou vagamente para uma saida que atravessava a sala, o que parecia ser incrivelmente uma longa distancia- QS hadow CICell/ Chast Gunter - € como se a coisa pudesse ouvi-los, pudesse entendé-los, a rainha se moveu, langando sua maior parte em todo o chao, com uma velocidade surpreendente, indo para a rota de fuga deles. E deu meia volta, tentaculos chicoteando sobre sua cabega disforme, uma poca de gosma grossa preta derramou sob sua forma horrenda, e comegou a andar- -e entio gritou, lancando-se para frente e para tris, ruido irrompendo de seu corpo esqualido. Fumaca comegou a sair de suas costas, de onde- Luz do sol. Um feixe de luz do sol, pequena, porém brilhante, atravessou as costas da fera. A criatura se esgueirou para o lado, se afastando da luz, e comegou a ir atras deles novamente. Billy a agarrou novamente, puxou-a para tras. O alarme de autodestruicao continuava soando, ecoando através do heliporto- e a voz feminina informou calmamente que agora eles tinham oito minutos antes da seqiiéncia iniciar. “Ela nao agiienta os raios de sol,” Rebecca gritou, ¢ ela e Billy, ambos se viraram e comegaram a correr. Eles seguiram para 0 canto noroeste da sala, 0 mais distante do monstro, assi que ele comegou a ir em dirego a eles, desviando dos raios de luz. Nao era to rapido quanto tinha sido no poco, menos para se empurrar, mas quase conseguia acompanhé-los com eles correndo. “Alguma idéia de como abrir o teto?” Billy perguntou, arriscando olhar para tras, conduzindo-os mais para 0 norte. “A energia esta cortada,” ela ofegou. “Mas deve ter trancas manuais, provavelmente hidréulicas. Se o teto esta inclinado, vai deslizar quando nés destrancarmos. Podemos esperar.” “Faca,” Billy disse, visivelmente sem folego. “Eu vou tentar e manté-la aida.” QS hadow CICell/ Chast Gunter Rebecca assentiu, olhando para a criatura, Ela havia caido para tras, mas nao estava fraquejando, nao estava se esforcando para respirar do jeito que eles estavam. Rebecca caminhou para o que provavelmente parecia um painel na parede mais préxima, atrés dela, Billy virou-se e comegou a atirar com a omm. A colméia estava indo atras deles, esgueirando-se de onde a luz havia tocado, Sua consciéncia nao era totalmente animal, nem humana, mas possuida por elementos de ambos. Ela entendeu que sua casa foi ameagada, que outra forca destruiria seu abrigo em breve. Ela compreendia que os raios solares significavam dor, até mesmo morte. E ela compreendia que os dois humanos que correram antes, era a causa de tudo isso, foram instrumentos para sua iminente destruicao. Um dos humanos parou, mirando uma arma, atirou. Projéteis perfuraram sua carne externa, ferindo, mas nao penetrando no micleo. Tal como acontece com os preguigosos no sol, a criatura derramou matéria, mas continuou, do rapidamente agora, perto o bastante para sentir o terror do humano. Ela se langou para frente, derrubando-o. Merda! Billy acertou o chao assim que a rainha-monstro pulou nele, um de seus ondulantes tentéculos atacando seus pés. Ele tentou rolar para longe, mas teve seu tomnozelo direito agarrado. Amaldigoando, Billy empurrou-se para perto da massa da criatura, trouxe seu outro calcanhar para baixo no outro tentéculo, 0 mais forte que ele podia, e de novo. O apéndice retraiu e o monstro surrou para longe dele. Shadow CCall Chast Gunter Billy ficou de pé, e viu Rebecca na parede oeste, mexendo em um painel de controle. Ele virou-se para o leste e correu, olhando para trés para garantir que a coisa estava em seu encalee. “Seqiténcia se iniciaré em sete minutos.” Adorivel. Billy correu rapido, tentando atrair 0 monstro para mais perto, para 0 conforto, Quando ele estava longe o suficiente para arriscar, se virou e viu Rebecca em outro painel de controle da sala. © monstro rugiu para ele, mas estava muito longe para alcangar, seus membros estendidos ainda estava a um metro de distancia, Billy deu um tiro no que parecia ser a cara do monstro, entZo se virou e correu novamente, tropegando nas pemnas de borracha. A oi estava vindo em sua diregdo, parecendo inesgotavel. Vamos Rebecca, ele pediu em siléncio, forgando-se a ir mais rapido. Rebecca alcangou a quarta e ultima tranca, assim que a gravacio disse que eles tinham seis minutos. Ela agarrou o pequeno volante que servia de chave manual, rodou- -E estava emperrado. Nao totalmente, mas levou toda sua forca para conseguir girar apenas metade. Ela se esforgou, sentiu seus muisculos gritar por deméncia, assim que deu mais meia volta, quase Ié- “Rebecca, mova-se!” Ela arriscou olhar para tras, viu que de alguma forma, a rainha estava se aproximando, chegando muito pert staria nela em trinta segundos ~ mas ela nao podia, no iria corer, sabendo que ndo poderia pagar o tempo que levaria para dar a volta, para tentar de novo. Billy estava atirando, 0 som das balas acertando na carne, terrivelmente imediatamente. Ela nem mesmo olhou, sabia que perderia os nervos se olhasse € visse 0 quo perto o monstro estava. Shadow CCall Chast Gunter “Vamos!” ela gritou, puxando o volante com toda forga que tinha- ~ E fracassou, como um galho, grosso e molhado, algo deu uma volta em seu tornozelo esquerdo, horrivelmente vivo e habil, um doente movimento- = © com um pesado guincho de algo enferrujado, 0 céu se dividiu, chovendo luz por todo 0 lado. Aluz! A luz! A colméia gritou assim que a morte veio, primeiro cagando sua pele, ¢ ‘em seguida ferveu, milhares de sanguessugas estavam morrendo, caindo, a queimadura era pior que a do fogo, porque estava queimando por toda a parte, de uma vez s6. Tentou escapar, tentou encontrar algum abrigo para a tortura, mas nao havia nada em nenhum lugar. Os dois humanos correram, desaparecendo através do buraco na parede, mas a criatura nao percebeu, nao se importou. Contorceu-se e virou-se, pedagos de care se despedagando, as camadas de seu corpo manchando © concreto, expondo um rosa pulsante, centralizando a cruel e assassina luz, a luz desinfetante do dia, No momento em que 0 edificio explodiu, minutos depois, nao havia restado quase nada dela- sé um punhado de sanguessugas, confusas, se afogando no lago da morte, do que uma vez havia sido seu pai, James Marcus. Capitulo 17 Eles correram, cambalearam longe, serpenteando entre os troncos das drvores, no ar fresco da manhi, a experiéncia louca e surreal de Billy- de atirar ‘em monstro sanguessuga para correr em uma floresta, passaros cantando suas QS hadow CICell/ Chast Gunter cangGes, uma leve brisa arrepiando seus cabelos sujos ¢ emaranhados. Eles continuaram se movendo, Billy fazendo uma contagem regressiva, até chegar perto de zero. Ele parou, olhou em volta assim que Rebecca também parou, respirando pesadamente. Eles sairam da floresta até uma pequena dlareira, no topo de uma colina que parecia ser 0 lado leste das montanhas Arklay. “Aqui parece bom,” Billy disse. Ele deu um profundo suspiro, e caiu no chao, se espalhando, seus miisculos aclamando. Rebecca fez 0 mesmo, e alguns segundos depois, a contagem regressiva havia acabado. A explosio foi grande, chacoalhando o chao, 0 rugido lavando a floresta, sobre © vale abaixo deles. Depois de um momento, Billy sentou-sé observando a fumaga passar no topo das drvores. Tao cansado como estava, tao dolorido e emocionalmente drenado, ele se sentiu em paz, de alguma forma, observando a fumaca daquele terrivel lugar se afastando para 0 novo dia. Rebecca sentou com ele, também em siléncio, sua expressio era quase sonhadora. Nada precisava ser dito; ambos estavam ali. Ele cogou distraidamente seu pulso, onde estava pinicando- ¢ sentiu as algemas se soltarem, caindo na grama com um tilintar abafado. Billy sorriu. Em algum ponto desconhecido, a segunda algema deve ter se soltado. Balangando sua cabeca, pensando em como teria sido bom as algemas se soltarem doze horas antes, jogou-as na diregdo das arvores. Rebecca Ievantou-se @ se afastou da fumaga, sombreando seus olhos. “Aquele deve ser o lugar que Enrico estava falando,” ela disse. Billy forgou para se levantar, movendo-se para o lado dela. Havia, talvez uma ou duas milhas de distancia, bem abaixo do ponto de vista deles, uma enorme mansio, rodeada de drvores. Suas janelas brilhavam contra a luz da manhd, dando-Ihes um olhar fechado e vazio. Billy assentiu, de repente ficou sem saber o que dizer. Ela estava querendo se juntar ao time dela. E por ele... QS hadow CICell/ Chast Gun Rebecca se aproximou e agarrou sua dog tags, puxando-as firmemente. Acorrente cedeu, fi indo livre, ¢ ela rapidamente prendeu as dog tags em volta de sua garganta, olhando para a mansio. “Acho que ¢ hora de dizer tchau,” ela disse. Billy observou-a, mas ela ndo olhou para ele, somente olhou para seu préximo destino, aquela silenciosa casa meio escondida pelas arvores. “Oficialmente, Tenente Billy Coen esta morto.” Ela disse. Billy tentou rir, mas no conseguiu. “Sim, sé um zumbi agora.” Ele disse, um pouco surpreso com a sibita sensagao melancélica passando por seu test peito, pelo se 0 Ela virou-se, encontrando seu olhar. Ele viu honestidade ali, compaixio € forga- e viu que ela também sentia 0 mesmo estranho desejo, a mesma tristeza vaga que havia caido sobre ele, como uma suave sombra. Se as coisas fossem diferentes... Se as circunstancias ndo fossem como elas so... Ela acenou, ainda que levemente, como se estivesse lendo sua mente, concordando com o que leu ali. Entao, ela se endireitou, com a cabega alta, os ombros para tras, e bateu continéncia, ainda olhando em seus olhos. Billy espelhou sua postura, retornando a continéncia, segurando até ela abaixar a mao. E sem mais nenhuma palavra, ela virou-se e caminhou para um declinio suave entre as drvores. Ele observou-a até ela desaparecer, se perdendo nas sombras da floresta, entao se 1u, olhando para 0 seu proprio caminho. Ele decidiu que 0 sul parecia bem melhor, e comegou a caminhar, apreciando o calor do sol em seus ombros, a canc3o dos passaros nas arvores. QS hadow CICell/ Chast OGunty Epilogo A distante explosio atingiu a mansio Spencer, chacoalhando-a de leve. Poeira deslocou das mesas. A sujeira escorreu para os ttineis subterraneos. E as criaturas que ainda viviam 18, ficaram cegos, seus olhos mortos “olhando” para a janela, para as paredes, ouvindo, tateando no escuro, esperando que 0 movimento muito leve, significaria que a comida viria em breve. Eles estavam famintos, Escrito por: S.D. Perry. Observacées da tradutora: infelizmente livro nao esta com a nova regra da gramatica, pois o meu Word ainda esta com a gramatica velha. da ti Word ainda est: tica velha, Esta tradugio ita para ajudar os fas dos jogos ¢ dos livros. Shadow CCall “Ghost Guntir

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