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O ESTUDO COMPARATIVO ENTRE METODOLOGIAS DE ENSINO

APLICADAS NO CURSINHO ATLAS PRÉ-VESTIBULAR

Bruno Hayashi (UNESP)


brunohayashi@outlook.com
Christian Mussi (UNESP)
crhistianmussi@hotmail.com
Giovani Augusto Bordianssi (UNESP)
giovani.unesp@outlook.com
Heitor Arroyo (UNESP)
heitor-arroyo@hotmail.com
1. Introdução

A discussão sobre o atual cenário da educação brasileira vem repercutindo ao longo dos
últimos anos e o principal motivo está relacionado com os índices apresentados por relatórios
que indicam a pontuação do desempenho dos alunos entre os países participantes.
Com isso, pesquisadores e especialistas, entre eles, da área da educação, realizam
estudos para que possam nos explicar a falta de motivação e o desinteresse dos alunos em
relação a obtenção de novos conhecimentos.
Segundo o relatório nacional, O Brasil no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de
Alunos), divulgado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa), nos mostra que;
O desempenho dos alunos no Brasil está abaixo da média dos alunos em países
da OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico)
em ciências (401 pontos, comparados à média de 493 pontos), em leitura (407
pontos, comparados à média de 493 points) e em matemática (377 pontos,
comparados à média de 490 pontos). A média do Brasil na área de ciências se
manteve estável desde 2006, o último ciclo do PISA com foco em ciências
(uma elevação aproximada de 10 pontos nas notas - que passaram de 390
pontos em 2006 para 401 pontos em 2015 – não representa uma mudança
estatisticamente significativa). Estes resultados são semelhantes à evolução
histórica observada entre os países da OCDE: um leve declínio na média de
498 pontos em 2006 para 493 pontos em 2015 também não representa uma
mudança estatisticamente significativa.
Isso nos leva a perceber que a dimensão do ensino no Brasil é muito ampla, pois o
número de estudantes, professores e escolas é muito alto. O país conta com 184,1 mil escolas,
sendo que a maior parte 112,9 mil, é de responsabilidade municipal.
Em relação aos docentes, o Brasil conta com 2,2 milhões de docentes que atuam na
educação básica brasileira. A maior parte dos docentes atua no ensino fundamental (63,8%).
De 2013 a 2017, o número de docentes que atua na educação infantil cresceu 16,4%. Por outro
lado, o número de docentes que atua no ensino médio caiu 2,5% desde 2015, quanto as
matriculas, os índices revelam que há 48,6 milhões de matrículas nas184,1 mil escolas de
educação básica no Brasil.
Com isso, podemos notar que a educação brasileira está numa situação alarmante e
muito distante dos países desenvolvidos, segundo os relatórios apresentados pelo INEP, pois
estamos muito atrasados em relação ao desempenho, em especial, na disciplina de matemática.
Desde 2009 os resultados obtidos pelo Pisa apontam que o desempenho dos alunos está
caindo, desde leitura (passando de 412 para 407) até matemática (386 para 377) e ciências (de
405 para 401).
Para que os índices possam aumentar é preciso que nós, professores, possamos inovar
nossas aulas, pois em geral, o modelo presente até os dias atuais continua no mesmo formato
que no século passado, o que acaba fazendo com que as aulas se tornem desinteressantes aos
alunos atuais, já que estes estão imersos em um mundo tecnológico.
Pensando em aumentar o interesse dos alunos pelas aulas de matemática e, com isso
melhorar o desempenho dos mesmos e, consequentemente, havendo uma melhoria na
pontuação nos programas de avaliação, tais como o Pisa, citado anteriormente propomos um
experimento no qual abordamos dois tipos de metodologia de ensino: o ensino tradicional e o
ensino com uso de tecnologias.
Desse modo introduziremos a tecnologia como auxilio na aprendizagem destes alunos,
pois os jovens de hoje estão inteiramente ligados com a tecnologia a qual faz parte de seu
cotidiano. Embasando-se nessa lógica elaboramos o experimento o qual será detalhado adiante
para que possamos coletar os dados estatísticos e assim comparar os dois tipos de metodologias
empregados neste experimento, para que de tal modo possamos acompanhar qual a maneira os
alunos se saem melhor após a aplicação de uma avaliação diagnóstica de aprendizagem em
processo.
2. Objetivo

Comparar as metodologias de ensino entre aula expositiva (lousa e giz) e aulas com
multimídias (vídeos, slides e recursos tecnológicos) com os alunos do cursinho ATLAS pré-
vestibular do IBILCE/UNESP, campus de São José do Rio Preto.

3. Método

Os discentes Bruno Hayashi, Christian Mussi Passolongo, Giovani Augusto Bordinassi


e Heitor Arroyo Sciorilli, realizaram um experimento em um projeto de extensão universitária
da UNESP de São José do Rio Preto/SP, denominado como Cursinho ATLAS, o qual oferece
aulas pré-vestibulares gratuitas durante o período noturno para alunos tais que a família possui
renda per capita abaixo de um salário mínimo.
O projeto é coordenado por um corpo discente integrado por 8 alunos graduandos nos
cursos oferecidos pelo IBILCE/UNESP.
Para a realização do experimento ficou decidido que todos os alunos matriculados no
cursinho, um total de 102 (população total) fossem separados, igualitariamente, de modo
aleatório em duas turmas, denominadas 1 e 2 (grupos de amostragem) para que assim, o
professor que ficasse responsável por aplicar os métodos do experimento possuísse um grupo
de controle.
Decidiu-se também que os alunos da turma 1 seriam submetidos a metodologia que
fizesse o uso de informática na sala de aula e a turma 2 ficaria com a metodologia tradicional,
lousa e giz. Vale ressaltar que os alunos não sabiam em qual grupo experimental eles estavam
e nem o objetivo que o grupo de discentes responsáveis pelo experimento desejavam atingir.
Assim, ao elencar as etapas do experimento ficou acordado que o professor Giovani
Augusto responsável pela frente de trigonometria aplicasse duas aulas de um determinado
tópico da ementa da disciplina, em especial, foi aplicado aulas referente a circunferência
trigonométrica para ambas as turmas, porém para a turma 1 utilizou-se recursos tecnológicos,
tais como vídeo, softwares e aplicativos e para a turma 2 a aula foi abordado o mesmo conteúdo,
em mesmo tempo de aula, porém utilizando somente lousa e giz (modelo tradicional).
Logo, dadas as duas aulas em ambas as turmas, o professor aplicou uma avaliação
diagnóstica com 8 questões, entre elas, dissertativa e múltipla escolha, (anexo 1), baseada no
conteúdo apresentado nas aulas a qual foi pensada, elaborada e discutida com todos os
integrantes responsáveis pelo experimento, para que com isso pudesse ser feita uma análise de
forma minuciosa do resultado de cada uma das turmas e assim verificar o impacto causado pela
diferença na forma de apresentação do conteúdo pelo professor aos seus alunos. Deste modo,
vale ressaltar que os alunos tiveram uma hora para resolver a avaliação.
Para aplicar a avaliação em cada turma, separadamente, o professor contou com o auxílio de
três fiscais, afim de evitar qualquer tipo de influência, cola ou até mesmo qualquer informação
tal que possa interferir nos resultados obtidos.
Após a realização da avaliação, os alunos foram submetidos a um questionário de forma
anônima, (anexo 2), o qual tinham que responder algumas perguntas relacionadas a tempo de
estudo de matemática diário, fora do horário de aula, e até mesmo outras variáveis que se queria
comparar de modo que pudesse analisar seu desempenho na avaliação aplicada, essas análises
comparativas podem ser encontradas na seção de resultados.
Ao coletar todos os dados presentes na avaliação e no questionário, a equipe lançou
todos os dados obtidos em planilhas do Excel, para que ficasse mais organizado e de forma
cautelosa elaborasse um plano de comparação e análise de dados.
Segue os resultados obtidos, dispostos em gráficos e tabelas para melhor visualização
abaixo, na seção Resultados.

4. Resultados
O Cursinho Atlas conta com 102 alunos regularmente matriculados em 4 turmas, porém
para realizar o experimento dividiu-se as turmas em apenas 2, cada uma das turmas com 51
alunos de maneira aleatorizada, para que não houvesse nenhuma interferência no momento de
coleta e análise de dados.

Alunos por sexo

Analisando os resultados obtidos através da coleta de dados pode-se relacionar a


quantidade entre homens e mulheres em cada uma das turmas.
As análises revelaram que a turma 1 apresenta 36 alunos do sexo feminino e apenas 15 alunos
do sexo masculino, representado por um percentual de 70,59% e 29,41%, respectivamente.
Em relação a turma 2, pode-se analisar que o número de alunos do sexo feminino e
masculino são próximos, com 27 homens e 24 mulheres, representando 52,94% e 47,06%,
respectivamente.

29%
47%
53%
71%

Masc Fem Masc Fem

Imagem 1. Comparação entre o sexo dos Imagem 2. Comparação entre o sexo dos
alunos da turma 1 alunos da turma 2

Notas por turmas

Para realizar a análise em relação ao desempenho dos alunos aplicou-se uma avaliação
diagnóstica para que fosse possível comparar o rendimento dos alunos da turma 1 e 2, as quais
utilizaram-se de metodologias diferentes.
Constatou-se que a turma 1 obteve um resultado satisfatório em relação a quantidade de
notas vermelhas (V), considerada como 0 ≤ V ˂ 5 comparadas com as notas da turma 2, pois
26 alunos obtiveram notas dentro desse parâmetro, já em relação a turma 2, os dados nos
revelam que 31 alunos se enquadram no parâmetro 0 ≤ V ˂ 5, o qual indica um percentual de
86,27% de notas vermelhas, uma vez que o percentual de notas abaixo de 5,0 na turma 1 foi de
80,39%.
Extraindo os resultados obtidos, podemos observar que a quantidade de notas azuis (A)
relacionada a turma 1 é de 19,60%, ou seja, um número muito baixo de alunos atingiu nota
igual ou acima de 5 pontos 5 ≤ A ≤ 10 já que a metodologia utilizada em aula foi a inserção de
recursos tecnológicos, em comparação com a turma 2 que o percentual foi de 13,72% a qual
metodologia aplicada em aula foi a tradicional, lousa e giz.

6%
6%
8%
14%

51% 25%
61%

29%

0 até 2,5 2,5 até 5,0 5,0 até 7,5 7,5 até 10 0 até 2,5 2,5 até 5,0 5,0 até 7,5 7,5 até 10

Imagem 3. Comparação entre notas azuis e Imagem 4. Comparação entre notas azuis e
vermelhas da turma 1 vermelhas da turma 2

Segue a tabela abaixo a qual mostra o número de alunos relacionado com o


desempenho obtido na avaliação diagnóstica.
Nota Turma 1 Turma 2
[0,1) 14 14
[1,2) 7 12
[2,3) 10 6
[3,4) 8 6
[4,5) 2 6
[5,6) 3 2
[6,7) 3 1
[7,8) 1 2
[8,9) 2 1
[9,10) 1 1
Total 51 51

Tabela 1. Quantidade de alunos da Tabela 2. Quantidade de alunos da


turma 1 em relação ao desempenho na turma 2 em relação ao desempenho na
avaliação diagnóstica avaliação diagnóstica

Nota-se que a quantidade de notas azuis relacionadas a turma 1 e a turma 2 ficaram bem
semelhantes, o qual podemos analisar algumas variáveis que podem ter ocasionado tal
semelhança, são elas: o índice dos alunos que trabalham em ambas as turmas, área de interesse
dos alunos (humanas, biológicas e exatas) e escola em que o aluno concluiu ou está concluindo
seu ensino médio.

Alunos que possuem trabalho fixo

Segue abaixo os dados obtidos nas análises do número de alunos que trabalham durante
a semana.
O gráfico abaixo retrata que a maioria dos alunos da turma 1 que responderam o
questionário afirmando que não trabalha equivale a 31,37% obtiveram uma nota insatisfatória
não chegando a 5 pontos na avaliação diagnóstica, agora analisando os dados dos alunos que
trabalham de segunda à sexta-feira, são eles 13,72% que também obtiveram uma nota
insatisfatória, abaixo de 5 pontos, podemos perceber que há uma discrepância, pois se o aluno
não trabalha fica subentendido que ele se dedica um pouco mais aos estudos em relação aos
alunos que trabalham de segunda a sexta-feira em horário comercial e que o único tempo de
estudo é durante a aula, porém não é isso o que os dados apontam. Já os alunos que obtiveram
um resultado igual ou acima de 5 pontos correspondem a 5,88% do total de alunos.
A mesma situação ocorre para a turma 2, uma vez que o número de alunos que não
trabalham e obtiveram uma nota insatisfatória atinge um percentual de 37,25% e dos alunos
que trabalham e não atingiram nota maior ou igual a 5 pontos equivale a 17,64%, porém os
alunos que obtiveram resultado satisfatório (maior ou igual a 5 pontos corresponde a 1,96% do
total de alunos. Os números 1, 2, 3 e 5 presentes em vertical no gráfico, corresponde as
respostas: trabalha de segunda a sexta, aos finais de semana (sábados e domingos), somente aos
sábados e não trabalha, respectivamente.

T1

Nota Trabalha Não Trabalha Total


Vermelha 14 27 41
Azul 3 7 10
Total 17 34 51

Imagem 5. Quantidade de alunos da turma 1 que trabalham ou não relacionado com o desempenho na
avaliação diagnóstica.

T2

Nota Trabalha Não Trabalha Total


Vermelha 15 29 44
Azul 1 6 7
Total 16 35 51

Imagem 6. Quantidade de alunos da turma 2 que trabalham ou não relacionado com o desempenho na
avaliação diagnóstica.

Outro fator a se destacar nesses resultados é a quantidade de alunos por área de maior
interesse (humanas, biológicas ou exatas). Vejamos abaixo:

Alunos relacionados as áreas de conhecimento


Claramente, cada um de nós temos uma tendência em relação a escolha das grandes
áreas, seja ela exatas, biológicas ou humanas, entretanto, iremos abordar o que os resultados
obtidos através da coleta de dados presente no questionário respondido por cada aluno nos
revelam.
Observando as respostas dos alunos da turma 1 podemos concluir que 82,36% dos
alunos tendem a prestarem cursos relacionados as ciências humanas e biológicas, entre eles,
direito e medicina, ambas áreas de conhecimento atingiram o mesmo índice percentual.
Com isso, apenas 13,73% dos alunos optaram por cursos de graduação voltados a área
de exatas, entre eles, engenharias. Além do mais, somente 2 alunos ainda se encontram
indecisos em relação ao curso e área de conhecimento que pretendem concorrer nos
vestibulares, representando 3,92%.
Ao analisar os resultados da turma 2 podemos perceber que os índices entre biológicas
e exatas ficam bem acirrados em relação a turma 1, totalizando em 37,25% os alunos que
pretendem cursos voltados a área de biológicas e 17,65% os alunos que pretendem seguir na
carreira de exatas. Porém o número de alunos indecisos é bem alto comparados a turma 1,
chegando a 19,61% do total.

3.92%
19.61%
13.73%
25.49%

41.18%
17.65%

41.18%
37.25%

HUMANAS BIOLOGICAS
HUMANAS BIOLOGICAS
EXATAS NÃO SABE
EXATAS NÃO SABE

Imagem 7. Comparação entre quantidade de Imagem 8. Comparação entre quantidade de


alunos da turma 1 que tendem a uma alguma alunos da turma 1 que tendem a uma alguma
área do conhecimento área do conhecimento

Outra variável importante que conseguiu-se analisar são as escolas que esses alunos são
oriundos, tais como, Escolas Estaduais (E.E.), Etec´s (E.T.C.) ou Sesi (S.E.).

Alunos relacionados a escola em que cursou o ensino médio


Ao analisar os dados percebe-se que a maior parte dos alunos de ambas as turmas são
oriundos de escolas estaduais (E.E.) de várias cidades vizinhas à São José do Rio Preto.
Cerca de 86,27% dos alunos da turma 1estudam ou estudaram durante o ensino médio
em escolas estaduais (E.E.), aproximadamente 11,76% do total de alunos são oriundos de Etec´s
(E.T.C.) e apenas 1,96% são oriundos do Sesi (S.E.)
Já em relação a turma 2, os dados mostram que aproximadamente 94,11% são alunos
provenientes de escolas estaduais (E.E.), 5,88% alunos matriculados no Sesi (S.E.) e nenhum
aluno oriundo de Etec´s.

2% 6%
12%

86% 94%

E.E. ETEC SESI E.E. ETEC SESI

Imagem 9. Comparação entre quantidade de Imagem 10. Comparação entre quantidade de


alunos da turma 1 oriundos de Escolas alunos da turma 2 oriundos de Escolas
Estaduais, Etec´s e Sesi Estaduais, Etec´s e Sesi

Desempenho turma 1 x Desempenho turma 2

Após a análise dos dados percebe-se que o rendimento da turma 1, a qual foi submetida
a metodologia com o auxílio de informática foi um pouco melhor do que comparada com a
turma 2, a qual metodologia empregada foi a tradicional, lousa e giz.
Em relação as escalas de notas 0 – 2,5 da turma 1 comparadas com a turma 2 obteve-se
uma diferença de 9,8% de um melhor rendimento para a turma 1, porém ao comparar as notas
entre 2,5 – 5,0 percebe-se que a turma foi a que obteve melhor rendimento, apontado 25,49%
uma vez que o índice percentual da turma que se enquadra nessa faixa de notas foi de 29,41%,
sendo assim percebe-se que a turma 2 obteve um melhor rendimento nessa faixa de notas entre
2,5 – 5,0.
Em relação as notas azuis, separadas também por faixas de notas, isto é, 5,0 – 7,5 e 7,5
– 10,0 os dados apontam que a turma 1 obteve um desempenho um pouco melhor comparada a
turma 2, pois 13,72% dos alunos obtiveram uma nota regular (5,0 – 7,5), já a turma 2 apenas
7,84% se enquadram nessa faixa.
Comparando as notas satisfatórias (7,5 – 10,0) pode-se observar que ambas as turmas
atingiram o mesmo percentual de 5,88%. Segue a imagem abaixo para analisarmos
graficamente a situação da turma 1 e 2.

Turma 1 Turma 2

35
31
30
26
25

20
15
15 13

10
7

5 4
3 3

0
0 até 2,5 2,5 até 5,0 5,0 até 7,5 7,5 até 10

Imagem 11. Comparação do rendimento entre as turmas 1 e 2 observadas

Em seguida, segue um Box Plot para análise geral em relação as notas obtidas, assim
como o rendimento atingido por ambas as turmas.

10 10

9 9

8 8

7 7

6 6
Imagem 12. Comparação estatística com o auxílio do box plot para analisar o
rendimento das turmas 1 e 2 a partir da pontuação obtida na avaliação diagnóstica.

5. Aplicação de conceitos de probabilidade no contexto desse projeto


Ao analisar os dados obtidos, percebe-se que há uma problemática a ser tratada: qual
desempenho a esperar de um aluno de cursinho pré-vestibular a noventa dias do vestibular?
Primeiramente, observou-se que as notas obtidas na avaliação foi muito abaixo do que se
esperava, porém não podemos nos iludir com todos os resultados acima da média, uma vez que
os alunos matriculados no cursinho são oriundos somente de escolas públicas do estado de São
Paulo.
A escala estadual utilizada para verificar o Índice do Desenvolvimento da Educação do Estado
de São Paulo (Idesp) é calculada através da prova Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento
Escolar do Estado de São Paulo), que verifica o desempenho dos alunos das escolas estaduais
do estado de São Paulo, aponta que os alunos estão abaixo da média esperada, 5 pontos.
Os alunos são divididos em níveis de proficiência, são eles: abaixo do básico, básico e
adequado, e que, segundo o Idesp – Sarep 2018 apenas 14,2% dos alunos enquadram-se no
nível adequado, 57% no nível básico e 28,8% abaixo do básico.

6. Conclusões
Este projeto nos possibilitou a verificação de desempenho entre as turmas 1 e 2 do
Cursinho Atlas pré-vestibular através de metodologias diferenciadas em cada uma das turmas
durante as aulas de matemática.
Em consequência dos dados obtidos e tendo ciência que foram apenas duas aulas de
aplicação devido o prazo contido no cronograma, nota-se uma diferença entre o desempenho
das turmas 1 e 2, relacionado as notas obtidas na avaliação diagnóstica.
Em uma tendência a longo prazo e inserindo a tecnologia nas aulas de matemática o
desempenho dos alunos pode ser cada vez melhor.
Os dados acima revelam que a turma 1, a qual fez-se o uso das tecnologias, tais como
vídeos e softwares, em especial, o GeoGebra se saiu melhor nos resultados comparados a turma
2, a qual metodologia utilizada foi a tradicional, aula expositiva com lousa e giz, representando
um percentual de notas azuis de 19,60% e 13,72%, respectivamente.
Para que possamos extrair novas conclusões referentes ao desempenho de ambas turmas
é recomendável que seja aplicada várias aulas com as metodologias incialmente empregadas.

6. Referências
(Caobianco, Janzantti, & Santos, IMPACTO DA EFICIÊNCIA NO PLANEJAMENTO DA
PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES NO DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS EM UMA
UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO, 2013 Disponível em
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_STP_177_013_22504.pdf> Acesso
em 13/05/2019).

(PISA, Resumo de resultados nacionais do PISA 2015, Disponível em


<http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/resultados/2015/pisa_2015_brazil_prt
.pdf> Acesso 16/05/2019).

(PISA, Resultados PISA 2000-2012, Disponível em


<http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/resultados/2015/resultados_pisa_2000
_2012.pdf> Acesso 16/05/2019).

(PISA, Resultados nacionais PISA 2009, Disponível em


<http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/resultados/2009/brasil_relatorio_naci
onal_PISA_2009.pdf> Acesso em 16/05/2019).
(INEP, Ministério da Educação. Resultados do Brasil no PISA desde 2000, 2015, Disponível
em <http://portal.inep.gov.br/pisa-no-brasil> Acesso em 16/05/2019).

(INEP, Ministério da Educação. Países participantes, 2015, Disponível em


<http://inep.gov.br/paises-participantes> Acesso em 16/05/2019).

(INEP, Ministério da Educação. Censo escolar da educação básica 2016 Notas estatísticas,
Brasília-DF, 2017, Disponível em
<http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/notas_estatisticas/2017/notas_e
statisticas_censo_escolar_da_educacao_basica_2016.pdf> Acesso em 16/05/2019).
7. Anexos
ANEXO 1 – Prova Diagnóstica
ANEXO 2 – Questionário de dados pessoais

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