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‘PUBLICADO DIARIO OFICIAL NESTA DATA (QABIRETE CIVILDO GOVERNANCR ESTADO DA PARAIBA LEI COMPLEMENTAR N° 58 ,DE 30 DE DEZEMBRO DE 2003 Dispde sobre o Regime Juridico dos Servidores Piblicos Civis do Estado da Paraiba e da outras providéncias. © GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAIBA: Faco saber que o Poder Legisiativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei; tiTuto © CAPITULO UNICO DAS DISPOSICOES PRELIMINARES Art, 1° - Esta Lei disciplina o Regime Juridico dos Servidores Piiblicos Civis das administragées direta e indireta do Estado da Paraiba, excetuados aqueles regidos pela Consolidagao das Leis do Trabalho ou por outra tegislacao especial. Art. 2° - Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo publico. Art. 3° - Cargo piiblico é 0 conjunto de atribuigdes e de responsabilidades cometidas a um servidor na estrutura organizacional. Paragrafo tinico - Os cargos publicos, acessiveis a todos os brasileiros, sdo criados por lei, com denominacdo propria e vencimento pago pelos cofres publicos, para provimento em carater efetivo ou em comissao. Art, 4° - proibida a prestaciio de servicos gratuitos, salvo os casos previstos em fei. publico: ESTADO DA PARAIBA TITULO II | DO PROVIMENTO, VACANCIA, . REMOCAO, REDISTRIBUICAO E SUBSTITUICAO CAPITULO I DO PROVIMENTO SECAO I DISPOSICOES GERAIS Art. 5° - Sao requisitos basicos para investidura em cargo I - a nacionalidade brasileira, salvo excecGes previstas em lei; II - 0 gozo dos direitos politicos; III - a quitagéo com as obrigacées militares e eleitorais; IV - o nivel de escolaridade exigido para o exercicio do cargo; V - a idade minima de dezoito anos; VI - aptidao fisica e mental. Paragrafo unico - As atribuicdes e a natureza do cargo podem justificar o estabelecimento, em lei, de requisitos especificos. Art. 6° - O provimento.dos cargos publicos far-se-4 mediante ato da autoridade competente. Art. 7° - A investidura em cargo publico ocorreré com a posse. Art. 8° - Séo formas de provimento de cargo publico: I - nomeacao; II - promogao; III - readaptacdo; IV - reversdo; V - aproveitamento; VI - reintegracao; VII - recondugao. SECAO IT DA NOMEACAO Art. 9° - A nomeacdo far-se-a: ESTADO DA PARAIBA I - em cardter efetivo, quando se destinar ao provimento de cargos efetivos, isolados ou de carreira; II - em comissdo, quando se destinar ao provimento de cargos de confianga. § 1° - O servidor ocupante de cargo em comissdo podera ser nomeado para exercer interinamente outro cargo de confianca, sem prejuizo das atribuigdes do que ocupar, devendo optar pela remuneracaéo de um deles durante 0 periodo da interinidade. § 2° - Somente por lei serao criados cargos efetivos e em comissao e estabelecida a remuneracao correspondente. Art. 10 - A nomeacao para cargo efetivo, de carreira ou isolado, depende de prévia habilitacdo em concurso publico de provas ou de provas e titulos, obedecidos o prazo de validade e a ordem de classificagao. Paragrafo unico - Os demais requisitos para 0 ingresso e oO desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promocao, serdo estabelecidos por lei especifica. SECAO III DO CONCURSO PUBLICO Art. 11 - O concurso de provas ou de provas e titulos para provimento de cargos efetivos sera disciplinado, conforme a lei, em edital. § 1° - O Edital seré publicado, na integra, no Diario Oficial do Estado, e, por extrato, em, pelo menos, um jornal de grande circulacdo, devendo explicitar, no minimo: I - processo e requisitos de inscricaéo; II - programa de provas; III - calendario, local e condicdes para a realizacdo de provas e a apresentacdo de titulos, conforme o caso; IV - indicag3o do cargo objeto do concurso e a remuneracdo inerente; V -critérios de julgamento de provas e titulos. § 2° - Aos portadores de deficiéncia, seréo reservadas vagas correspondentes a 5% (cinco por cento) do tota! oferecido. Se ESTADO DA PARAIBA Art. 12 - O concurso publico terd validade de até 2 (dois) anos, Prorrogavel uma Unica vez, por igual periodo, a critério da Administracio. Paragrafo tinico - N3o se abriré novo concurso, enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior cuja validade nado tenha expirado. SECAO IV DA POSSE E DO EXERCICIO Art. 13 - A posse dar-se-a pela assinatura do respectivo termo, atendidas as exigéncias legais. § 19 - Sdo competentes para dar posse: I - 0 Chefe do Poder Executivo, as autoridades que the sejam subordinadas; II - 0 Secretario de Estado, aos nomeados para cargos de direcdo e de assessoramento superior da pasta correspondente; mr © Orgao colegiado, aos respectivos membros; IV - © titular do setor de recursos humanos da Secretaria da Administragdo, ou quem © represente, aos nomeados para o exercicio dos demais cargos. § 2° - A posse ocorrera no prazo de trinta dias contados da publicacdo do ato de provimento. § 3° - A requerimento do interessado ou de seu representante legal, © prazo para a posse podera ser prorrogado, uma unica vez e até o maximo de trinta dias, a contar do término do prazo previsto no paragrafo anterior, a critério da autoridade competente. § 4° - Sé havera posse nos casos de provimento de cargo por § 5° - No ato da posse, 0 servidor apresentara declaracdo dos bens e valores que constituem seu patriménio e declaragaio quanto ao exercicio ou nao de outro cargo, emprego ou fungdo publica. § 6° - Sera tornado sem efeito o ato de provimento se a posse nao ocorrer no prazo previsto neste artigo. ESTADO DA PARAIBA Art. 14 - A posse em cargo piiblico dependera de prévia inspecdo médica oficial para aferir a aptiddo fisica e mental exigida. Art. 25 - Exercicio é o efetivo desempenho das atribuigdes do cargo piblico. gic-£ de quinze dias, contados da posse, 0 prazo para o servidor entrar ém exercicio. § 2° - Se nao entrar em exercicio o servidor sera exonerado do cargo. § 3° - O acesso ao exercicio sera assegurado pela autoridade competente do érg3o ou da entidade para onde for nomeado ou designado o servidor. Art. 16 - © inicio, a suspensdo, a interrupcdo e 0 reinicio do exercicio sergo devidamente registrados nos assentos funcionais do servidor. Art. 17 - A promogdo no interrompe o tempo de exercicio. Art. 18 - A autoridade competente fixaré prazo de até trinta dias, notificado 0 interessado, para retomada do exercicio, em sua nova lotacéio, pelo servidor removido, redistribuido, requisitado, cedido ou designado para exercicio interino. Paragrafo unico - O prazo a que se refere este artigo nao sera contado durante licenca ou afastamento legal. Art. 19 - A jornada maxima semanal de trabalho é de quarenta e quatro horas, respeitada durag3o minima e maxima de sels e oito horas didrias, respectivamente, § 1° - O ocupante de cargo em comisséo ou de funcgéo de confianca submete-se a regime de integral dedicacgdo ao servico, observado o disposto no artigo 110, podendo ser convocado sempre que houver interesse para a Administraggo. § 2° - O disposto neste artigo nao se aplica a duracdo de trabalho estabelecida em leis especiais. Art. 20 - Ao entrar em exercicio, 0 servidor nomeado para cargo de provimento efetivo iniciara estagio probatério de 3 (trés) anos, durante os ESTADO DA PARAIBA quais serao avaliadas a aptidao e a capacidade para o desernpenho do cargo, observados os seguintes fatores: 1 - assiduidade; I - disciplina; Il - iniciativa; IV - produtividade; V ~ responsabilidade. § 1° - Quatro meses antes de findo o periodo do estagio probatério, a avaliacéo do desempenho do servidor seré submetida 4 decisao da autoridade competente, inclusive para os efeitos legais subseqiientes. § 2° - A avaliagdo de desempenho sera realizada de acordo com as normas aplicaveis, sem prejuizo da continuidade de apuragao dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo. § 3° - © servider no aprovado no estagio probatdrio seré exonerado apds 0 devido processo legal. § 4° - Ao servidor em estagio probatério somente poderdo ser concedidas as licengas e o afastamento previstos nos artigos 82, incisos I a IV, @ 91, bem assim afastamento para participar de curso de formacdo decorrente de aprovagdo em concurso para outro cargo na Administracao Publica Estadual. § 5°. © estagio probatdrio ficaré suspenso durante as licengas previstas nos artigos 84, 85 e 87, bem assim na hipdtese de participacdo em curso de formac&o, e sera retomado a partir do término do impedimento. SECAO V DA ESTABILIDADE Art. 21 - 0 servidor habilitado em concurso publico, empossado em cargo de provimento efetivo e aprovado em estagio probatdrio adquiriraé estabilidade apds trés anos de efetive exercicio no servico publico. Art, 22 - O servidor estavel sé perderd o cargo em virtude de sentenca judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar, em que lhe seja assegurada ampla defesa. ESTADO DA PARAIBA SECAO VI_ DA REVERSAO Art. 23 - Reverséo é 0 retorno a atividade de servidor aposentado: I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou IL + no interesse da Administracéo, desde que cumulativamente: a) 0 servidor a tenha solicitado; b) a aposentadoria tenha sido voluntaria; c) estavel quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores a solicitagao; e) haja cargo vago. § 1° - A reversao far-se-4 no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformacao. § 2° - O tempo em que o servidor estiver em exercicio seré considerado para toncessdo da aposentadoria. § 3° - No caso do inciso I, encontrando-se provido 0 cargo, 0 servidor exercera suas atribuicdes como excedente, até a ocorréncia de vaga. § 4° - O servidor que retornar a atividade por interesse da Administragdo percebera, em substituigéo aos proventos da aposentadoria, a remuneracéo do cargo que voltar a exercer. § 5° - O servidor de que trata o inciso II somente tera os Proventos calculados com base nas regras atuais, se permanecer, pelo menos, cinco anos no cargo. § 6° - O Poder Executivo regulamentara 0 disposto neste artigo. Art. 24 - O aposentado que ja tiver atingido 0 limite de idade para aposentadoria compulsoria nao tem direito a reversdo. ESTADO DA PARAIBA SECAO VII __ DA READAPTACAO Art. 25 - Readaptac3o € a investidura do servidor em cargo de atribuigdes e responsabilidades compativeis com a limitag3o que tenha sofrido em sua capacidadé fisica ou mental, verificada em inspecao médica. § 1° - Sera aposentado o servidor que, durante 0 processo de readaptacio, for julgado incapaz para o servico piiblico. § 2° - A readaptaco sera efetivada em cargo de atribuigées afins, respeitada a habilitacHo exigida, o nivel de escolaridade e a equivaléncia de vencimentos, e, na hipdtese de inexisténcia de cargo vago, o servidor exerceré suas atribuigdes como excedente, até a ocorréncia de vaga. SECAO VIII __ DA REINTEGRACAO Art. 26 - A reintegracdo é 0 retorno do servidor estavel ao cargo anteriormente ocupade ou ao cargo resultante da transformago deste ultimo, em decorréncia de decis&o judicial ou de deciséo administrativa resultante de revis&o prevista no art. 162. § 1° -.Na hipdtese de o cargo ter sido extinto, 0 servidor ficara em disponibilidade, observado o disposto nos artigos 28 e 29. § 2° - Encontrando-se provido 0 cargo, seu eventual ocupante sera reconduzido ao cargo que exerceu anteriormente, sem direito a indenizagSo, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade. SECAO IX _ DA RECONDUCAO Art, 27 - Reconducao é o retorno do servidor estavel ao cargo anteriormente ocupado e decorreré de reintegrago deferida a anterior cocupante. Paragrafo unico - Encontrando-se provido o cargo de origem, observar-se-a 0 disposto no artigo 26, § 2°. ESTADO DA PARAIBA SEGAO X DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO Art. 28 - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estavel ficaré em disponibilidade, com remuneracao proporcional ao tempo de servico, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. Paragrafo unico - O retorno a atividade de servidor em disponibilidade far-se-a mediante aproveitamento obrigatorio em cargo de atribuigdes e vencimentos compativeis com o anteriormente ocupado. Art. 29 - A Secretaria de Administracdo determinara o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos 6rgaos ou entidades do Poder Executivo Estadual. Paragrafo unico - Na hipdtese prevista no § 3° do artigo 35, 0 servidor posto em disponibilidade ficara lotado na Secretaria de Administracéo até o seu adequado aproveitamento em outro érg&o ou entidade. Art. 30 - Sera tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade, se o servidor nao retornar ao exercicio no prazo legal, salvo doenca comprovada por junta médica oficial. CAPITULO II DA VACANCIA Art, 31. A vacancia do cargo publico decorrera de: I - exoneracao; TI - demisséo; III - readaptacao; IV - aposentadoria; V - posse em outro cargo inacumulavel; VI - falecimento. Art. 32 - A exoneracdo de cargo efetivo dar-se-a a pedido do servidor ou de oficio. Paragrafo Unico - A exonerac3o de ofici ESTADO DA PARAIBA I - quando insuficiente a avaliagéo de desempenho relativa ao estagio probatdrio; II - quando, tendo tomado posse, o servidor nado entrar em exercicio no prazo estabelecido. Art, 33 - A exoneracdo de cargo em comissdo e a dispensa de funcao de confianca dar-se-a: I - a juizo da autoridade competente; II - a pedido do prdprio servidor. CAPITULO IIT . DA REMOCAO E DA REDISTRIBUICAO SECAO I DA REMOCAO Art. 34 - Remocao é o deslocamento do servidor para outra reparticéo, a pedido ou de oficio, no 4mbito do mesmo quadro, com ou sem mudanca de sede. Paragrafo unico - Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remocao: 1 - de oficio, no interesse da Administracao; II - a pedido, a critério da Administracao; III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administracao: a) para acompanhar c6njuge ou companheiro, também servidor ptiblico civil ou militar estadual, deslocado no interesse da Administracao; b) por motivo de doenca, comprovada por junta médica oficial, do servidor, do cénjuge, do companheiro ou de dependente legalmente reconhecido, que viva as suas expensas, segundo registro em seu cadastro funcional. SECAO TI _ DA REDISTRIBUICAO Sse, ESTADO DA PARAIBA Art. 35 - Redistribuicdo € o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago, no ambito do quadro geral de pessoal, Para outro drgdo ou entidade da Administracdo Direta e Indireta do Poder Executivo, com prévia apreciacéo da Secretaria de Administracéo, observados os seguintes preceitos: I - interesse da Administracdo; II - equivaléncia de vencimento; III - manutenc&o da esséncia das atribuicdes do cargo; IV - vinculagéo entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V - mesmo nivel de escolaridade, especialidade ou habilitacao profissional; VI - compatibilidade entre as atribuicdes do cargo e as finalidades institucionais do drgao ou entidade. § 1° - A redistribuicéo ocorrera "ex officio” para ajustamento da forca de trabalho as necessidades dos servicos, inclusive nos casos de reorganizacao, extincdo ou criacdo de orgao ou entidade. § 2° - A redistribuicao de cargos efetivos vagos dar-se-a mediante ato conjunto entre a Secretaria de Administracdo e os érgaos e entidades da Administracao Publica Estadual envolvidos. § 3° - Nos casos de reorganizacao ou de extingéo de orgdo ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no érgéo ou entidade, o servidor estavel que nao for redistribuido sera colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos artigos 28 e 29. § 4° - O servidor que nao for redistribuido ou colocado em disponibilidade poderé ser mantido sob responsabilidade da Secretaria de Administrac3o, ou ter exercicio provisdrio, em outro érgdo ou entidade, até seu adequado aproveitamento. CAPITULO IV __ DA SUBSTITUICAO Art. 36 - Os substitutos de servidores ocupantes de cargo em comissdo ot de funcéo de confianga serao indicados pela autoridade competente. § 1° - O substituto assumiré automéatica e cumulativamente, sem prejuizo do cargo que ocupe, o exercicio do cargo em comissdo ou da funcéo. ee cs ESTADO DA PARAIBA de confianga, nos afastamentos, nos impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacancia do cargo, hipdéteses em que deverd optar pela remunerac3o de um deles durante o respectivo periodo. § 2° - O substituto fara jus retribuicgo pelo exercicio do cargo ou da fung3o de direc3o ou de chefia, nos casos de afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporcdo dos dias de efetiva substituicgio, que excederem 0 referido periodo. Art. 37 - O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nivel de assessoria. TITULO IIT DOS DIREITOS E VANTAGENS CAPITULO T . DO VENCIMENTO E DA REMUNERACAO Art. 38 - Vencimento é a retribuicSo pecuniaria pelo exercicio de cargo ptiblico, com valor fixado em lei. Art. 39 - Remuneraco é o vencimento do cargo acrescido das vantagens pecuniarias estabelecidas em lei. § 1° - Nenhum servidor receberé remuneracéo inferior ao salario minimo. § 2° = O servidor investido em cargo em comisso de 6rgdo ou entidade diversa do de sua lota¢éio receberé a remuneracdo de acordo com 0 estabelecido no § 1° do artigo 90. § 3° - Ressalvadas as excecées legais, o vencimento do cargo efetivo é irredutivel. Art. 40 - A remuneracao do servidor, incluidas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, n3o poderé ultrapassar o teto fixado na Constituiggio Federal para o servico ptiblico estadual e sera disciplinado em lei estadual. Art. 41 - O servidor perdera: I- a remuneracao do dia em que faltar ao servico; ESTADO DA PARAIBA II - a parcela de remuneracao diaria, proporcional aos atrasos, as auséncias no justificadas, ressalvadas as concessdes de que tratam os artigos 92 e 93, e as saidas antecipadas, salvo na hipdtese de compensacéo de horario, até o més subseqiiente ao da ocorréncia, a ser estabelecida pela chefia imediata Paragrafo unico - A critério da chefia imediata, as faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de forca maior poderao ser compensadas e consideradas como efetivo exercicio. Art. 42 - Salvo por imposicao legal ou por mandado judicial, nenhum desconto incidira sobre a remuneracdo ou o provento. Paragrafo unico - Mediante autorizacéo do servidor, podera haver consignac&o em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da Administracdo e com reposicdo de custos, na forma definida em regulamento. Art. 43 - As reposigdes e as indenizacdes ao erdrio serdo previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, € pagas no prazo maximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do responsavel. § 1° - O valor de cada parcela no podera ser inferior a dez por cento nem superior a trinta por cento da remuneracao, do provento ou da pensdao. § 2° - Na hipdtese de valores recebidos em decorréncia de cumprimento a decisdo liminar, tutela antecipada ou sentenga que venha a ser revogada ou rescindida, os montantes devidos serao atualizados na forma da lei até a data da reposigao. Art. 44 - O servidor em débito com o erario, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, tera o prazo de sessenta dias para quitar o débito. Paragrafo u - A ndo-quitacéo do débito, no prazo fixado no caput, implicara a sua inscricdo na divida ativa e a cobranca, inclusive por via judicial. Art. 45 - O vencimento, a remuneracao e 0 provento so poderéo ser objeto de arresto, seqiiestro ou penhora, decorrente de decisdo judicial nos casos de prestacdo de alimentos. See ESTADO DA PARAIBA CAPITULO IT DAS VANTAGENS Art. 46 - Além do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: 1 - indenizagées; II - gratificages; § 1°- As vantagens n&o se incorporam ao vencimento para quaiquer efeito. § 2° - Somente por iei, serao criadas vantagens, fixados os respectivos valores e estabelecidas as condicdes de percepcéio. Art. 47 - As vantagens pecunidrias ndo sero computadas nem acumuladas, para efeito de concesséo de quaisquer outros acréscimos pecunidrios ulteriores. SECAO I DAS INDENIZACOES Art. 48. Constituem indenizacdes ao servidor: I - ajuda de custo; I - didrias; III - transporte. Art. 49 - Os valores das indenizaces, assim como as condigdes para a sua concessdo, serdio estabelecidos em lei e atualizados pela forma que esta determinar. SUBSECAO I DA AJUDA DE CUSTO Art. 50 - A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalagao do servidor que, no interesse do servico, passar a ter exercicio em nova sede, com mudanca de domicilio civil, em cardter permanente, vedado o dupio pagamento de indenizacao, a qualquer tempo, no caso de 0 cénjuge ou o ESTADO DA PARAIBA companheiro que detenha também a condicao de servidor vir a ter exercicio na mesma sede. § 1° - Correm por conta da Administracdo as despesas de transporte do servidor e de sua familia, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. § 2°- A familia do servidor que falecer na nova sede de trabalho, sdo assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do dbito. Art. 51 - A ajuda de custo, nao superior ao triplo da remuneracao do servidor, sera proporcional as despesas efetivas de instalacdo devidamente comprovadas. Art. 52 - Nao sera concedida ajuda de custo quando o servidor: I - afastar-se do cargo ou reassumi-lo em virtude de mandato eletivo; IL - for posto a disposicao ou cedido a outra entidade; III - for designado a pedido para a nova reparticdo ou localidade Art. 53 - O servidor restituira a ajuda de custo quando: I - ndo se mudar para a nova sede no prazo determinado no ato de transferéncia; II - antes de decorridos trés meses, regressar, pedir exoneracao ou abandonar o servico. § 1° - A restituicéo é de exclusiva responsabilidade do servidor e nao podera ser feita parceladamente. § 2° - Nao havera obrigacao de restituir quando o regresso do servidor for determinado "ex officio". SUBSECAO II DAS DIARIAS Art. 54 - O servidor que, a servico, afastar-se da sede, em carater eventual ou transitério, para outro ponto do territério nacional ou para © exterior, faré jus a passagens e a didrias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinarias com estada, alimentacao e locomogao urbana. ESTADO DA PARAIBA § 1° - A diaria sera concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade, quando o desiocamento nao exigir pernoite fora da sede. § 2° - N3o se concederd diaria: I - ao servidor que se deslocar dentro da mesma regido metropolitana, aglomeracdo urbana ou microrregiao, salvo se houver pernoite fora da sede; Tr - quando o Estado custear diretamente as despesas extraordinarias cobertas por didrias; I - nos casos em que o deslocamento do servidor constituir exigéncia permanente do exercicio do cargo. Art. 55 - O servidor que receber didrias e n&o se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restitui-las integralmente, no prazo de dois dias tteis. Paragrafo unico - Na hipétese de o servidor retornar 4 sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituira as didrias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput. SUBSECAO III DA INDENIZACAO DE TRANSPORTE Art. 56 - O servidor sera indenizado das despesas de transportes em que incidir em servicos externos, por forga das atribuigées prdéprias do cargo, conforme dispuser a lei. SECAO IL . DAS GRATIFICACOES E DO ADICIONAL DE REPRESENTACAQ Art. 57 - Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei e das estabelecidas em lei especifica, poderdo ser deferidos aos servidores: 1 - gratificagdo pelo exercicio de fung3e; II - gratificacgo natalina; Til - gratificagdo pelo exercicio. de 2 carGO em comissdo; IV - gratificagdo de V - gratificacao de exercicio em érg80s fazendarios; VI - gratificagado de interiorizagao; ESTADO DA PARAIBA VII - gratificacao de atividades especiais; VIII - gratificacéo pelo exercicio em gabinete; IX - gratificacaio de assessoria especial; X - gratificagao pelas férias; XI - gratificacdo adicional pelo exercicio de atividades insalubres, perigosas ou penosas; XII - gratificacdo pela prestacéo de servico extraordinario; XIII - gratificagdo pelo trabalho noturno; XIV - adicional de representacao. _ SUBSECAOI _ . DA GRATIFICACAO PELO EXERCICIO DE FUNCAO Art. 58 - Ao servidor ocupante de cargo efetivo é devida a retribuicao pelo exercicio de funcgao de chefia ou de assessoramento. SUBSECAO II DA GRATIFICACAO NATALINA Art. 59 - A gratificagao natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneracdo a que o servidor fizer jus no més de dezembro, por més de exercicio no respectivo ano. Paragrafo unico - A fracdo igual ou superior a 15 (quinze) dias sera considerada como més integral. Art. 60 - A gratificacao sera paga até o final do més de dezembro de cada ano. Art. 61 - O servidor exonerado percebera gratificacado natalina proporcional aos meses de exercicio efetivo, calculada sobre a remuneracao do més da exoneracao. Art. 62 - A gratificagdo natalina nado sera considerada para calculo de qualquer outra vantagem pecuniaria. . SUBSECAO IIT . DA GRATIFICACAO PELO EXERCICIO DE CARGO EM COMISSAO isi ESTADO DA PARAIBA Art. 63 - A gratificac3o peto exercicio de cargo em comissdo é inerente a0 desempenho das atribuigdes do cargo respectivo. SUBSECAO IV DA GRATIFICACAO DE PRODUTIVIDADE Art. 64 - A gratificacao de produtividade destina-se a incentivar 0 servidor do grupo fiscal a promover maior rendimento no exercicio de suas atribuigdes especificas. . SUBSECAOV . DA GRATIFICACAO DE EXERCICIO EM ORGAOS FAZENDARIOS Art. 65 - A gratificacdéo de exercicio em drgdos fazendarios podera ser concedida aos servidores com exercicio na Secretaria de Finangas e na Secretaria de Controle da Despesa Pitblica que sejam titulares de cargos e fungGes integrantes da estrutura desta. SUBSECAO Vi . DA GRATIFICAGAO DE INTERIORIZACAO Art. 66 - A gratificagaio de interiorizacdo podera ser concedida ao servidor que desempenhe atividades em localidades do interior do Estado de dificil acesso e em condigées adversas. SUBSECAO VII DA GRATIFICACAO DE ATIVIDADES ESPECIAIS Art. 67 - A gratificacdo de atividades especiais podera ser concedida a servidor ou a grupo de servidores, pelo desempenho de atividades especiais ou excedentes as atribuigtes dos respectivos cargos ou pela participacgio em comissGes, grupo ou equipes de trabalho constituidas através de ato do Governador do Estado. ESTADO DA PARAIBA _ SUBSECAO VIII DA GRATIFICACAO PELO EXERCICIO EM GABINETE Art. 68 - A gratificac3o pelo exercicio em gabinete podera ser concedida ao servidor em raz&o da posicdo e do desempenho de atividades de apoio junto aos titulares dos érgéios respectivos. SUBSECAO 1X DA GRATIFICAGAO DE ASSESSORIA ESPECIAL Art. 69 - A gratificagio de assessoria especial podera ser concedida pelo desempenho de assessoramento direto e imediato a Secretario de Estado e a dirigente maximo de érgdo subordinado diretamente a Governadoria. SUBSECAO x DA GRATIFICACAO DE FERIAS Art. 70 - Independentemente de solicitagéo, sera paga ao servidor, por ocasido das férias, a gratificagéo correspondente a 1/3 (um terco) da remunerac&o a que tiver direito no periodo correspondente as férias. . SUBSECAO XI DA GRATIFICACAO DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE OU ATIVIDADES PENOSAS. Art. 71 - Os servidores que trabalhem, com habitualidade, em locais insalubres ou em contato permanente com substancias toxicas ou radioativas fazem jus a gratificacio de insalubridade, periculosidade ou atividades penosas. § 1° - O servidor que fizer jus a gratificacdo de insalubridade e de periculosidade ou atividades penosas devera optar por uma delas. § 2°- O direito a gratificacao de insalubridade e de periculosidade ou atividades penosas cessa com a eliminacao das condi¢gdes ou dos riscos que deram causa a sua concessao. ESTADO DA PARAIBA Art. 72 - Haverd permanente controle da atividade de servidores em operacGes ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos. Paragrafo unico - Enquanto durar a gestagdo e a lactacao, a servidora gestante ou lactante serd afastada das operacies e dos locais mencionados neste artigo e passara a exercer suas atividades em local salubre e servigo ndo penoso e ndo perigoso, sem prejuizo da remuneracao. Art. 73 - Na concessdo da gratificacao de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, serao observadas as disposigées da legisiagdo especifica. Art. 74 - Os locais de trabalho, com instalagdes de Raios X ou de substéncias radioativas, e os servidores que operam os respectivos aparelhos e instrumentos sero mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiacdo ionizante n@o ultrapassem o nivel maximo previsto na jegislacgo propria. Paragrafo unico - Os servidores a que se refere este artigo serdo submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses. ___ SUBSECAO XII | DA GRATIFICACAO POR SERVICO EXTRAORDINARIO Art. 75 - O servico extraordindrio sera remunerado com acréscimo de 50% (cingilenta por cento) em relac3o a0 valor da hora normal de trabalho. Art. 76 - Somente sera permitido servico extraordinario para atender a situagdes excepcionais e temporarias, respeitado o limite maximo de 2 (duas) horas por jornada de trabalho didria. SUBSECAO XIIT DA GRATIFICACAO POR TRABALHO NOTURNO Art. 77 - O servico noturno, prestado em horério compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, tera 0 valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento}, computando-se cada hora como cinaGenta e dois minutos e trinta segundos. ESTADO DA PARAIBA Paragrafo unico - Em se tratando de servico extraordindrio, o acréscimo de que trata este artigo incidird sobre o valor da hora normal de trabalho, conforme previsto no art. 75. SUBSECAO XIV . DO ADICIONAL DE REPRESENTACAO Art. 78 - O adicional de representaco é a vantagem concedida por lei em virtude da natureza e das peculiaridades dos cargos exercidos. CAPITULO IIT DAS FERIAS Art. 79 - © servidor fara jus a trinta dias consecutivos de férias anuais, que podem ser acumuladas, até o maximo de dois periodos, no caso de necessidade do servico, § 1° - O direito as férias se perfaz a cada 12 meses de efetivo exercicio, § 2° - © gozo de férias, observado 0 interesse piiblico, dar-se-d até 0 vigésimo quarto més apds a aquisicdo do direito de que trata o § 1° deste artigo, § 3° - No vigésimo terceiro més apés a aquisicao de cada periodo, a Administracdo devera conceder automaticamente o gozo de férias. § 4°- E vedada a compensaciio de faltas ou afastamentos legais ‘com os dias correspondentes ao periodo de férias. Art. 80 - As férias anuais do servidor que opera, direta € Permanentemente, com aparelhos de Raios X ou substancias radioativas, serio de quarenta dias, gozadas 20 (vinte) dias consecutivos, por semestre de atividade profissional, proibido o parcelamento e a acumulacdo. Art. 81 - As férias somente poderdo ser interrompidas por motivo de calamidade publica ou de comogéo interna, por necessidade do servico declarada pela autoridade maxima do drg3o ou entidade ou por outra necessidade de servico plblico assim declarada em lei. ESTADO DA PARAIBA Paragrafo Gnico - O restante do periodo interrompido sera gozado de uma sé vez, observado 0 disposto no artigo 79. CAPITULO IV DAS LICENCAS SECAO I DISPOSICOES GERAIS Art. 82 - Conceder-se-d ao servidor licenga: I por motivo de doenca em pessoa da familia; IL - por motivo de afastamento do cdnjuge ou do companheiro; Til - para o servico militar; IV - para atividade politica; V ~ para capacitacdio, treinamento, reciclagem e aperfeicoamento; VI - para tratar de interesses particulares; VII - para desempenho de mandato classista. § 1° - A licenca prevista no inciso I sera precedida de exame por médico ou junta médica oficial. § 2° - E assegurada a remuneraggo do cargo efetivo durante as licengas previstas nos incisos I e VII deste artigo. § 3° - Sera objeto de reguiamentacao a licenca prevista no inciso VII deste artigo. Art. 83 - A licenga concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie sera considerada como prorrogacdo. SEGAO 11 DA LICENGA POR MOTIVO DE DOENCA EM PESSOA DA FAMILIA Art. 84 - Podera ser concedido licenca ao servidor por motivo de doenga, comprovada por junta médica oficial, do cOnjuge, do companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto, da madrasta, do enteado ou de dependente que viva as suas expensas devidamente indicado no registro funcional. ESTADO DA PARAIBA § 1° - A licenca somente sera deferida se a assisténcia direta do servidor for indispensavel e no puder ser prestada simultaneamente com exercicio do cargo ou mediante compensacie de hordrio, na forma do disposto ho inciso II do artigo 41. § 2°- A licenca sera concedida sem prejuizo da remuneracZo do cargo efetivo, até trinta clas, podendo ser prorrogada por mais trinta dias, mediante novo parecer de junta médica oficial e, excedidos estes prazos, sem remuneracgdo e sem contagem de tempo de servico, renovado 9 exame por junta médica a cada sessenta dias. § 3° - A licenca de que trata este artigo nao poderd ser repetida sem 0 intersticio minimo de doze meses. SECAO 111 DA LICENCA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CONJUGE Art. 85 - Podera ser concedido ficenca, no remunerada e sem contagem de tempo de servico, para que o servidor acompanhe conjuge ou companheiro durante exercicio de mandato eletivo dos Poderes Executivo € Legislativo da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios. SECAO Iv DA LICENCA PARA O SERVICO MELITAR Art. 86 - Ao servidor convocado para o servico militar sera concedide licenca, na forma e condicées previstas na legislacdo especifica. tinico - Concluido o servico militar, o servidor tera até 30 (trinta) ee n&o remunerados, para reassumir o exercicio do cargo. SECO V . DA LICENCA PARA ATIVIDADE POLITICA Art. 87 - 0 servidor tera direito a licenga, sem remuneracéo, durante o periodo que mediar entre a sua escolha em convencdo partidaria, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante @ Justica Eleitoral. ESTADO DA PARAIBA § 1° - O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas fungdes e que exerca cargo de direcdo, chefia, assessoramento, arrecadacao ou fiscalizacdo, dele sera afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justica Eleitoral até o décimo dia seguinte ao do pleito. § 2° - A partir do registro da candidatura até o décimo dia seguinte ao da eleicéo, o servidor faré jus a licenca, assegurados os vencimentos do cargo efetivo somente pelo periodo de trés meses. § 3° - O servidor que tiver direito a licenca prevista neste artigo afastar-se-4 do cargo, mediante comunicac%o escrita ao chefe imediato, a quem ‘incumbe encaminhar 0 expediente a Secretaria da Administracdo, para efeito de concessdo da licenga. SECAO VI __ DA LICENCA PARA CAPACITACAO, TREINAMENTO, RECICLAGEM E APERFEICOAMENTO Art. 88 - Como dispuser legislacéo especifica, o servidor podera, No interesse da Administracgéo, afastar-se do exercicio do cargo efetivo, sem Prejuizo da respectiva remuneracao, para participar de curso de capacitacao, treinamento, reciclagem e aperfeicoamento. SECAO VII DA LICENCA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES Art. 89 - A critério da Administracéo, podera ser concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que no esteja em estagio probatorio, a licenca para trato de assuntos particulares pelo prazo de até trés anos consecutivos, sem remuneracao e sem contagem de tempo de servico, ndo podendo esta licenca ser renovada sem o decurso de intersticio minimo de cinco anos. CAPITULO V DOS AFASTAMENTOS. ESTADO DA PARAIBA SECAO I DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ORGAO OU ENTIDADE Art. 90 - O servidor podera ser cedido para ter exercicio em outro 6rgao ou entidade dos Poderes da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, nas seguintes hipoteses: I - para exercicio de cargo em comissao ou funcao de confianca; II - em casos previstos em leis especificas. § 1° - Na hipdtese do inciso I, sendo a cessdéo para orgdos ou entidades da Uniao, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municipios, o Gnus da remuneracao cabera ao 6rgao ou entidade cessionario. § 2° - Na hipotese de o servidor cedido a empresa publica ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneracao do cargo efetivo, a entidade cessionaria reembolsara as despesas realizadas pelo érgdo ou entidade cedente. § 3° - A cessao far-se-4 mediante Portaria publicada no Diario Oficial do Estado. § 4° - Mediante autorizacdo expressa do Governador, o servidor do Poder Executivo, para fim determinado e a prazo certo, podera ter exercicio em outro drg3o da Administrac3o Estadual direta e indireta que nao tenha quadro préprio de pessoal. § 5° - O Governador do Estado, com a finalidade de promover a composi¢éo da forca de trabalho dos drgdos e entidades da Administracéo Puiblica Estadual, poderd determinar a lotacdo ou o exercicio de empregado ou servidor, independentemente da observancia do disposto no inciso I e nos §§ 1° @ 2° deste artigo. SECAO II DO AFASTAMENTO PARA EXERCICIO DE MANDATO ELETIVO Art. 91 - Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposicdes: I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficara afastado do cargo; ESTADO DA PARAIBA TI - investido no mandato de Prefeito ou de Governador, sera afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar entre sua remunerac3o no Estado @ a do cargo eletivo; Ti - investido no mandato de Vereador: a) - havendo compatibilidade de horario, percebera as vantagens de seu cargo, sem prejuizo da remuneracéio do cargo eletivo; b) - n&o havendo compatibilidade de horério, sera afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela remuneragao, nos termos do inciso IT deste artigo. § 1° ~ No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuira para a seguridade social, como se em exercicio estivesse. § 2° - O servidor investido em mandato eletivo nado podera ser removido ou redistribuido de oficio para localidade diversa daquela onde exerce © mandato. CAPITULO VI DAS CONCESSOES Art, 92 - Sem qualquer prejuizo, podera o servidor ausentar-se do servigo: I - por um dia, para doacdo de sangue devidamente comprovada; Tf - por até 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; II - por até 8 (ito) dias consecutivos, no caso do homem, pelo nascimento ou adogao de filhos; TV - por até 8 (oito) dias consecutives em razdo de: a) - casamento; b) - falecimento do cénjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob tutela e irmaos. Art. 93 - Sera concedido hordrio especial, independentemente de compensacdo, ao servidor portador de deficiéncia comprovada por junta médica oficial, CAPITULO VIL DO TEMPO DE SERVICO. ESTADO DA PARAIBA Art. 94 - O tempo de servico do servidor estadual é computado de acordo e para vs fins previstos na Constituico Federal. eT ee le Me Weel le Moles ecu) eee aoe aoe Ae RM ie er ee oreo ee instituir 0 regime préprio de previdéncia social do Estado. take: aa DO DIREITO DE PETICAO (Ve ee se Ra mee Cs OMe Mae cares) [ere eae lee UR co Re Rell ROR og oe oe ee Art. 96 - O requerimento sera dirigido 4 autoridade competente, para decidi-lo, e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente. Art. 97 - Cabe pedido de reconsideracdo, ndo renovavel, a autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisdo. Paragrafo unico - O requerimento e 0 pedido de reconsideracao de que tratam os artigos anteriores deveréo ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias. Nae eke eT alos I - do indeferimento do pedido de reconsideracao; II - das decis6es sobre os recursos sucessivamente interpostos. § 1° - O recurso sera dirigido a autoridade imediatamente Te some Bn meee mee Ome m nein Re no ek Mec) escala ascendente, as demais autoridades. § 2° - O recurso sera encaminhado por intermédio da autoridade @ que estiver imediatamente subordinado o requerente. Art, 99 - O prazo para interposicéo de pedido de reconsideracéo ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicag3o ou da ciéncia, pelo interessado, da decis&o recorrida. Art. 100 - O recurso podera ser recebido com efeito suspensivo, a iuizo da autoridade competente. ESTADO DA PARAIBA Paragrafo Gnico - Em caso de acolhimento do pedido de reconsiderac3o ou do recurso, os efeitos da decisao retroagirao a data do ato impugnado. Art. 101 - O direito de requerer prescreve: I- em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissdo e de cassacao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relacdes de trabalho; II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. Paragrafo unico - O prazo de prescricéo sera contado da data da publicag3o do ato impugnado ou da data da ciéncia pelo interessado, quando o ato nao for publicado. Art. 102 - O pedido de reconsideragdo e o recurso, quando cabiveis, interrompem a prescri¢do. Art. 103 - A prescricio é de ordem publica, néo podendo ser relevada pela Administracao. Art. 104 - Para 0 exercicio do direito de peticao, séo assegurados ao servidor ou a procurador por ele constituido, na reparticao, vistas do Processo ou documento. Art. 105 - Sao fatais e improrrogaveis os prazos estabelecidos neste Capitulo, salvo motivo de forca maior. TITULO IV DO REGIME DISCIPLINAR CAPITULO I DOS DEVERES Art. 106 - Sao deveres do servidor: I- exercer com zelo e dedicagao as atribuicdes do cargo; II - ser leal as instituic6es a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; ESTADO DA PARAIBA TV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente llegais; " V - atender com presteza: a) ao pliblico em geral, prestando as informag&es requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) @ expedicdo de certidées requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situagdes de interesse pessoal; ¢) as requisig6es para a defesa da Fazenda Publica; VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades praticadas contra a Administracao de que tiver cléncia; VII - zelar pela economia do material e a conservacio do patrimGnio puiblico; VII - guardar sigilo nos casos previstos em tei; IX - manter conduta compativel com a moralidade, inclusive administrativa; X - ser assiduo € pontual ao servico; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissdo ou abuso de poder. Paragrafo tnice - A representac3o de que trata o inciso XII sera encaminhada pela via hierarquica e apreciada pela autoridade superior aquela contra a qual é formuiada, assegurando-se ao representando ampla defesa. CAPITULO IL DAS PROIBICGES Art. 107 - Ao servidor é proibido: 1 - referir-se de modo depreciativo, em informac3o, parecer ou despacho, as autoridades e aos atos da Administragdo publica, podendo, entretanto, em trabalho assinado, criticé-los do ponto de vista doutrinario ou de organizagao de servigo; Il - retirar, modificar, substituir documento, sem prévia anuéncia da autoridade competente, ou dar causa ao seu extravio; Il - expedir documento ou prestar informagdo, em desacordo parcial ou total com a verdade; IV_ - obter proveito pessoa! ou favorecer outrem, em razao do cargo ou funeo publica; - coagir ou aliciar servidores ou usuarios do servico com abjetive de atureza politica-partiddria ou de apoio a greve; i? ESTADO DA PARAIBA VI - participar do capital social, da diretoria, da geréncia, da administrag3o, do conselho técnico ou administrative de empresa ou sociedade privada: a) - contratante, convenente, permissionaria ou concessionaria de seryigo pubiico; b) - prestadora ou fornecedora de servico ou bem de qualquer natureza a qualquer drgao ou entidade estadual; VII - praticar usura sob qualquer de suas formas; VIII - pleitear, em proveito de terceiro, junto a érg’o ou a entidade estaduais, como procurador ou intermediario; IX - pleitear ou receber beneficios indevidos em razdo do cargo ou Fungao; X + revelar fato ou informacéo de que deva guardar sigilo em razdo do cargo ou fungdo, salvo as excegdes legalmente determinadas ou autorizadas; XI - retirar, empregar ou utilizar bem ou servico do Estado em beneficio proprio ou de terceiro; XIL — desatender as regras constitucionais e legais para o exercicio do direite de greve no servico piiblico; XII - ausentar-se do servico durante o expediente, sem prévia autorizacao do chefe imediato; - recusar fé a documentos pliblicos fegitimamente expedigos; XV - opor resisténcia injustificada ao andamento oportuno de processo, procedimento ou servico; XVI - cometer atribuic3o a pessoa estranha a reparticao, fora dos casos previstos em lei; XVIE - comprometer a imagem do servico publico mediante conduta ou procedimento inadequado ou desidioso; XVIII - exercer quaisquer atividades incompativeis, inclusive quanto ao hordrio de trabaiho, com o exercicio do cargo ou fungdo; jictade. XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais, quando soficitado, CAPITULO T11 DA ACUMULACAO Art. 108 - Ressalvados os casos previstos na Constituicdo Federal, é vedada a acumulacdo de remuneracdo. ESTADO DA PARAIBA Art. 109 - O servidor que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissdo, ficaré afastado daqueles, percebendo apenas a remuneragao do cargo em comissao. CAPITULO IV DAS RESPONSABILIDADES Art. 110 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercicio irregular de suas atribuicdes. Art, 111 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuizo ao erario ou a terceiros. § 1° - Somente na falta de outros bens que assegurem a execucdo do débito por via judicial, a indenizaco de prejuizo dofosamente causado ao erério poderd ser liquidada na forma prevista no artigo 43. § 2°- A Fazenda Publica promoveré acdo regressiva quando for condenada em virtude de dano causado por servidor a terceiro. § 3° - A obrigacdo de reparar o dano estende-se aos sucessores, até o limite do valor da heranca recebida, Art. 112 - A responsabilidade penal resulta de crimes e contravencées praticados pelo servidor nessa qualidade. Art. 113 - A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato Omissivo ou Corissivo praticado no desempenhe do cargo ou funcao. Art. 114 - As sanc6es civis, penais e administrativas sdo independentes entre si e poderdo cumular-se. Art. 115 - A responsabilidade administrativa do servidor sé ser afastada, no caso de absolvicdo criminal que negue a existéncia do fato ou sua autoria. CAPITULO V DAS PENALIDADES Art. 116 - Sao penalidades disciplinares: TI - adverténcia: ESTADO DA PARAIBA I - suspensao; TI - demissio; IV - cassacaio de aposentadoria ou de disponibilidade; V ~ destituicgo de cargo em comissao; VI_- destituicdo de funcdo comissionada. Art. 2417 - Na aplicacdio das penalidades sero consideradas a natureza e a gravidade da infracdo cometida, os danos que dela provierem para © setvico ptiblico, as circunstaéncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. Paragrafo tinico - O ato de imposic3o da penalidade mencionara sempre 0 fundamento legal e a causa da sancao disciplinar. Art. 118 - A adverténcia seré aplicada por escrito, nos casos de violacdo de proibicdo constante do artigo 107, incisos XIII, XIV, XV, XVI, XIX, € de inobservancia de dever funcional previsto em lei, regulamentag3o ou norma interna, que nao justifique imposicgo de penalidade mais grave. Art. 119 - A suspensao sera aplicada em caso de reincidéncia nas faltas punidas com adverténcia e de violacdo das demais proibigdes que nado tipifiquem infracio sujeita a penalidade de demissdo, néo podendo exceder de 90 (noventa) dias. § 1° - O servidor sera punido com suspensao de até 15 (quinze) dias, quando nio se submeter, no prazo que Ihe for assinado, 4 inspecdo médica justificadamente determinada pela autoridade competente, cessando 0s efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinagao. § 2° - Quando houver conveniéncia para 0 servico, a penalidade de suspens3o poderé ser convertida em multa, na base de 50% (cinqdenta por cento) da remuneracSo didria por dia de suspensdo, ficando 0 servidor obrigado @ permanecer em servico. Art, 120 - A demiss&o sera aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administragao publica; TE ~ abandono de cargo; Il - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinéncia publica e conduta escandalosa, na reparticao; VI_ - insubordinagdo grave em servico; VII - ofensa fisica, em servico, a servidor ou a particular, salvo em legitima defesa prépria ou de outrem; ESTADO DA PARAIBA VIII - aplicacdo irregular de dinheiro publico; IX - revelacdo de segredo a que teve acesso em razao do cargo; X - lesdo ou dano ao patrimGnio do Estado; XI - corrupcao ativa ou passiva; XII - acumulaco ilegal de remuneracao; XIII - transgressao dos incisos IV, VI, VII, VIII, IX, XI e XVII do artigo 107. Art. 121 - Detectada, a qualquer tempo, a acumulacao ilegal de remuneracdo e/ou de provento, a autoridade a que se refere o art. 131 notificaré o servidor, para apresentar opcdo por uma das remuneracdes, no prazo improrrogavel de cinco dias, contados da data da ciéncia, e, na hipdtese de omissdo, adotara procedimento sumario para apuracao da irregularidade e aplicagdo das medidas cabiveis, observado o seguinte: I - instauragdo, com a publicagéo do ato que constituir a comissio, a ser composta por dois servidores estaveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressao objeto da apuracao; Il - instrug&o sumaria, que compreende indiciacdo, defesa e relat6rio; III - julgamento. § 1° - A identificagdo se dara pelo nome e matricula do servidor, e caracterizagio da materialidade, pela indicagéo dos cargos, empregos ou fungdes publicas remunerados cumulativamente, dos érgéos ou entidades de vinculago, das datas de ingresso, do horario de trabalho, do correspondente regime juridico e outros elementos, eventualmente disponiveis. § 2° - A comissdo lavrara, até trés dias apds a publicagdo do ato que a constituiu, termo de indiciacéo em que serdo transcritas as informacgdes de que trata o pardgrafo anterior, bem como promovera a citacéo pessoal do servidor indiciado, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-Ihe vista do processo na reparticéo, observando, no que couber, 0 disposto nos artigos 151 e 152. . § 3° - Apresentada a defesa, a comisséo elaborara relatdrio contendo: I - resumo das principais pecas; II - opini8o conclusiva sobre a legalidade ou nao da situacao objeto do procedimento; III - indicac3o do dispositivo legal em que se funda a conclusdo; ESTADO DA PARAIBA § 4° - Como relatorio, os autos do processo sergo encaminhados @ autoridade instauradora, para julgamento. § S° - No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processa, a autoridade julgadora proferira a sua decisdo, aplicando-se, quando for © caso, o disposto no § 3° do artigo 155. § 6° - A opcdo pelo servidor até o uitimo dia de prazo para defesa configuraré sua boa-fé e implica, automaticamente, pedido de exoneracao do outro cargo ou fungio. § 7° - Caracterizada a acumulacdo ilegal e provada a ma-fé, aplicar-se-& a pena de demissdo ou cassacdo de aposentadoria, conforme o caso, em relagdo aos cargos, empregos ou funcdes pdblicas em regime de acumulacdo ilegal de remunerac&o, assim considerado o cargo ou os cargos ocupados posteriormente a investidura inicial. § 8° - © prazo para conclusio do processo administrativo disciplinar submetido ao rita sumario nao excedera trinta dias, contados da data de publicacdo do ato que constituir a comiss&o, admitida a sua prorrogacéo por até quinze dias, quando as circunsténcias o exigirem, a juizo da autoridade instauradora. § 9° - © procedimento sumério rege-se pelas disposicées deste artigo, observando-se, no que Jhe for aplicdvel, subsidiariamente, as disposic¢des dos Titulos IV e V desta Lei. Art. 122 - Sera cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inative que houver praticado, na atividade, falta punivel com a demissdo. Art. 123 ~ A destitui¢do de cargo em comisséo exercido por ndo ocupante de cargo efetivo sera aplicada nos casos de infragdo sujeita as penalidades de suspensdo e de demissao. Paragrafo unico - Constatada a hipdtese de que trata este artigo, a exoneragao efetuada nos termos do artigo 33 sera convertida em destituicgo de cargo em comissdo. Art. 124 - A demissdo ou a destituiggo de cargo em comissao, nos casos dos incisos IV, VII, X e XI do artigo 120, implica a indisponibilidade dos bens € o ressarcimento ao erario, na forma da lei, sem prejuizo da acdo penal cabivel, ESTADO DA PARAIBA Art, 125 - A demissdo ou a destituicdo de cargo em comissao por infringéncia do artigo 120, inciso XIII, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo publico, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Paragrafo anico - Nao poderé retornar ao servico pUblico estadual o servidor que for demitido ou destituido do cargo em comissdo por infringéncia do artigo 120, incisos I, IV, VIII, X e XI. Art. 126 - Configura abandono de cargo a auséncia néo autorizada ou injustificada do servidor ao servico por trinta dias consecutivos ou mais. Art, 127 - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao servico, sem causa justificada, por sessenta dias ou mais, intercaladamente, durante 0 periodo de doze meses consecutivos. Art. 128 - Na apurac3o de abandono de cargo ou de inassiduidade habitual, também seré adotado, no que couber, o procedimento sumario a que se refere o artigo 121, observando-se, para indicagdo da materialidade, o seguinte: 1 - na hipdtese de abandono de cargo, pela indicacdo precisa do periodo de auséncia intencional do servidor ao servico, trinta dias ou mais; TI - no caso de inassiduidade habitual, pela indicac3o dos dias de falta ao servico, sem causa justificada, por periodo igual ou superior a sessenta dias intercaladamente, durante 0 periode de doze meses consecutivos. Art. 129 - As penalidades disciplinares serao aplicadas: 1 - pela autoridade que nomeou, concedeu a aposentadoria ou és em disponibilidade, quando se tratar de demissdo, destitui¢gio de cargo em comiss&o, cassacdo de aposentadoria ou de disponibilidade; Il - pelos Secretarios de Estado e dirigentes maximos dos érg3os da Administracg&o indireta quando se tratar de adverténcia ou suspenséo; UI - pelo chefe da repartigaio e outras autoridades, na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de adverténcia ou de suspensdo de até 30 (trinta) dias. Art. 130 - A prescricao da aco disciplinar se dard em: I - 5 (cinco) anos, quanto as infragdes puniveis com demiss3o, cassagaéo de aposentadoria ou disponibilidade e destituicfo de cargo em comisséo; Il- 2 (dois) anos, quanto 4 suspensao; ey PS VUOD CUTTY III - 180 (cento e oitenta) dias, quanto a adverténcia. § 1° - O prazo de prescricdo comeca a correr da data em que o fato se tornou conhecido. § 2° - Os prazos de prescricao previstos na lei penal aplicam-se as infracdes disciplinares capituladas também como crime. § 3° - A abertura de sindicancia ou a instauracdo de processo disciplinar interrompe a prescricao, até a decisdo final proferida por autoridade eters Fe Ce uc ile Ro Mel eRe Mey ceue- MMC eRe oC.) correr a partir do dia em que cessar a interrupcao. TITULO V DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR CaPiTULO I DISPOSICOES GERAIS Art. 131 - A autoridade que tiver ciéncia de irregularidade no servico publico é obrigada a promover a sua apuracao imediata, mediante sindicancia ou processo administrativo disciplinar, assegurada ampla defesa e o eelittc ello: lo- lal c-.|6/0N Paragrafo unico - A pedido da autoridade a que se refere o caput, a apuracdo poderd ser promovida por comissao de orgéo ou entidade diverga daquela em que tenha ocorrido a irregularidade, mediante competéncia oemeie Ml Rei ele Me oe re ec mn Re eco pelo Governador, preservada a competéncia para o respectivo julgamento. Art. 132 - As denuncias sobre irregularidades sero objeto de apuracao, desde que formuladas por escrito, contendo a identificacdo e o endereco do denunciante. Art. 133 - Da sindicdncia podera resultar: I - arquivamento do processo correspondente; II - aplicagdo de penalidade de adverténcia ou de suspensdo de até 30 (trinta) dias; III - instaurac3o de processo disciplinar. Paragrafo Gnico - O prazo para conclusdo da sindicancia nao excedera 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual periodo, a critério da autoridade que a determinou. Art. 134 - Sera obrigatoriamente instaurado processo administrativo disciplinar para apurar responsabilidade de servidor por ilicito sujeito a imposicao de penalidade de suspensao por mais de 30 (trinta) dias, de demissdo, de cassacdo de aposentadoria ou disponibilidade e de destituicéo de cargo em comissao. CAPITULO II DO AFASTAMENTO PREVENTIVO Art. 135 - Como medida cautelar, a autoridade instauradora do processo disciplinar podera, fundamentadamente, determinar o afastamento do servidor do exercicio do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuizo da remuneragdo, prorrogavel uma sé vez, por igual prazo, se néo conciuido 0 processo. CAPITULO IIT DO PROCESSO DISCIPLINAR Art. 136 - O processo disciplinar é 0 instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infracdo prevista nesta Lei. Art. 137 - O processo disciplinar sera conduzido por comissao composta de trés servidores, dos quais, pelo menos, dois estaveis, designados pela autoridade competente, que indicara, dentre eles, o seu Presidente, devendo este ser ocupante de cargo equivalente ou superior ao do indiciado. § 1° - A comissdo tera como secretario servidor designado pelo seu Presidente, podendo a indicacao recair em um de seus membros. § 2° - Nao poderao participar da comissao de sindicancia ou de inquérito: I - cénjuges ou companheiros, parentes, consangiiineos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau; II - cénjuge ou companheiro, parente, consangiiineo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau do acusado. ESTADO DA PARAIBA Art. 138 - A Comissdo exerceré suas atividades com independéncia e imparcialidade, assegurado o sigilo necessario & elucidagao do fato ou exigido pelo interesse da Administracao. Paragrafo dnico - As reunides e as audiéncias das comissdes tergo cardter reservado. Art. 139 - O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I - instauragéo, com a publicagéo do ato que constituir a comissdo; TI - inquérito administrative, compreendendo instrugdo, ampla defesa e contraditdrio e relatério; III - julgamento. Art. 140 - O prazo para a conclusdo do processo disciplinar néo excederd 60 (sessenta) dias, contados da data de publicagdo do ato que constituir a comisso, admitida a sua prorrogac&o por igual periodo, quando as circunstancias 0 exigirem. § 1° - Sempre que necessario, a comissdo dedicara tempo integral aos seus trabalhos. § 2° - As reunides e as deliberagdes da comissdo serao registradas em atas. SECAOI DO INQUERITO Art. 141 - O inquérito administrativo obedeceré ao principio do contraditério, assegurada ao acusado a ampla defesa e a utilizacdo dos meios e dos recursos admitidos em direito. Art. 142 - Os autos da sindicancia integraro o processo disciplinar, como peca informativa da instrucdo. Paragrafo unico - Se a sindicancia concluir que a infracdo esta capitulada como ilicito penal, a autoridade competente encaminhara cépia dos autos ao Ministério Ptiblico, independentemente da imediata instauraco do processo disciplinar. ESTADO DA PARAIBA Art, 143 - Na fase do inquérito, a comissdo promovera tomada de depoimentos, acareacées, investigagSes e diligéncias cabivels, objetivando a coleta de prova, € recorrera, quando necessdrio, a técnicos e a peritos, para completa elucidacao dos fatos. Art. 144 - E assegurado ao servidor 0 direito de acompanhar 0 processo pessoaimente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. Paragrafo unico - O Presidente da comissdo podera denegar, fundamentadamente, pedidos, inclusive de prova pericial, considerados impertinentes, meramente protelatérios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. Art. 145 - As testemunhas seréo intimadas a depor pelo Presidente da comissdo, o qual anexara aos autos prova da intimacao. Paragrafo unico - No caso de servidor ptblico, sua intimacao sera, com a antecedéncia necessdria, comunicada ao chefe da reparti¢do onde servir, com indicacdo de dia, hora e local marcados para inquirigdo. Art, 146 - O depoimento sera prestado oralmente e reduzido a ‘termo. 1° - As testemunhas sergo inquiridas separadamente, preservada a incomunicabilidade. § 20 - Na hipdtese de depoimentos contraditdrios ou que se infirmem, proceder-se-é a acareacao entre os depoentes envolvidos. Art. 147 - Concluida a inquiricfo das testemunhas, a comissdo promovera o interrogatério do acusade, observades os procedimentos previstos nos artigos 145 e 146, § 1° - No caso de mais de um acusado, cada um deles sera ouvido separadamente, preservada a incomunicabilidade, e, sempre que divergirem, em suas declaragdes, sobre fatos ou circunstancias, sera promovida a acareacao entre os divergentes. § 2° - O procurador do acusado poderd assistir ao interrogatério, bem como & inquirigdéo das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e nas respostas, facultando-se-ihe, porém, reperguntas e reinquirigdes, por intermédio do Presidente da comissao. ESTADO DA PARAIBA Art. 148 - Quando houver duvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissdo propora 4 autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe, pelo menos, um médico psiquiatra. Paragrafo unico - O incidente de sanidade mental sera Pprocessado em autos apartados e apensos aos do processo principal, apds a expedicao do laudo pericial. Art. 149 - Tipificada a infracdo disciplinar, sera formulada a indiciacg&o do servidor, com a especificacgéo dos fatos a ele imputados e das respectivas provas. § 1° - O indiciado sera citado por mandado expedido pelo Presidente da comissdo para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-ihe vista dos autos do processo na reparticao. § 2° - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na copia da citagdo, 0 prazo para defesa contar-se-a da data declarada, em termo proprio, lavrado pelo servidor encarregado de fazé-la e assinado por 2 (duas) testemunhas. § 3° - Havendo mais de um indiciado, o prazo estabelecido no paragrafo anterior sera comum. § 4° - O prazo de defesa podera ser suspenso para execucdo de diligéncias reputadas indispensaveis, retomando-se sua contagem no término destas ultimas. § 5° - O prazo para realizac3o de diligéncias nao podera ultrapassar 30(trinta) dias. Art. 150 - O indiciado que mudar de residéncia fica obrigado a comunicar a comissao o lugar onde podera ser encontrado. Art. 151 - Achando-se 0 indiciado em lugar incerto e nao sabido, seré citado por edital, publicado no Diario Oficial do Estado e em jornal de grande circulacdo no Estado, para apresentar defesa. Paragrafo unico - Na hipdtese deste artigo, o prazo para defesa sera de 10 (dez) dias a partir da ultima publicagao do edital. ESTADO DA PARAIBA. Art. 152 - Considerar-se-a revel 0 indiciado que, regularmente citado, ndo apresentar defesa no prazo legal. Paragrafo Unico - A revelia sera declarada por termo, nos autos do processo, e, em seguida, a autoridade instauradora deste designara defensor publico indicado pelo Procurador Chefe da Defensoria Publica para, no prazo de dez dias, apresentar defesa prévia. Art. 153 - Apreciada a defesa, a comissdo elaborara relatdrio minucioso, onde resumira as pecas principais dos autos e mencionara as provas em que sé baseou para formar sua convicgdo. § 1° - O relatério sera sempre conclusivo quanto @ inocéncia ou a responsabilidade do servidor. § 2° - Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissao indicaré 0 dispositive legal ou regulamentar transgredido, bem como as rcufistancias agravantes ou atenuantes. Art. 154. Os autos do processo disciplinar, com o relatério da comisséo, serdo remetidos 4 autoridade que determinou a instauracdo, para julgamento. SECAO 11 DO JULGAMENTO Art. 155 - No prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento dos autos do processo, a autoridade julgadora proferiré a sua decisdo. § 1° - Se a penalidade a ser aplicada exceder a algada da autoridade instauradora do processo, este seré encaminhado 4 autoridade competente, que decidira em igual prazo. § 2° - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sancées, 0 julgamento caberaé & autoridade competente para a imposicao da pena mais grave. § 3° - Se a penalidade prevista for a demissao ou a cassacao de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberé 4 autoridade de que trata 0 inciso I do artigo 129. ESTADO DA PARAIBA Art. 156 - O julgamento acatard 0 relatorio da comissao, salvo quando for contrario 4s provas dos autos. Paragrafo unico - Quando a autoridade julgadora entender, motivadamente, que o relatério da comissdo contraria a prova dos autos, poderd: 1- se houver sugestdo de aplicagao de pena, isentar o servidor de responsabilidade, atenuar a pena ou agrava-la; H - se houver conclusdo pela inocéncia do servidor, aplicar a este @ pena considerada compativel com a natureza da infragdo cometida. Art. 157 - Verificada a ocorréncia de vicio, a autoridade que determinou a instauracdo do processo ou outra de hierarquia superior: I - se insandvel, declararé a nufidade total e determinard, no mesmo ato, a instauracdo de novo processo, inclusive, se for o caso, por outra comisséio; Tl - se sanavel, devolvera os autos a comissdo para as providéncias cabiveis, observados os prazos aplicéveis de acordo com esta Lei. § 1° - O juigamento fora do prazo legal nao implica nulidade do processo, respondendo, na forma desta Lei, pelo atraso, quem a este der causa. § 20 - A autoridade julgadora que der causa @ prescricdo de que trata o artigo 130 sera responsabilizada na forma do Capitulo IV do Titulo IV. Art, 158 - Extinta a punibilidade pela prescriggio, a autoridade julgadora determinaré o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor. Art. 159 - Quando a infracéo estiver capitulada como crime, os autos do processo disciplinar sero remetidos ao Ministério Publico para instauragao da acdo penal, ficando traslado na reparticao. Art. 160 - O servidor que responder a processo disciplinar sé poderé ser exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente apds a conclusao do processo e o cumprimento da penalidade, caso aplicada. Paragrafo dnico - Ocorrida a exoneracdéo de que trata o paragrafo unico, inciso I, do artigo 32, 0 ato seré convertido em demissao, se for 0 caso. ESTADO DA PARAIBA Art. 161 - Serao assegurados transporte e didrias: I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua reparticgo, na condicdo de testemunha, denunciado ou indiciado; HE - aos membros da comissio e ao secretario, quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabathos para a realizacao de missao essencial ao esclarecimente dos fatos. SECAO IIT DA REVISAO DO PROCESSO Art. 162 - O processo disciplinar poderd ser revisto, até cinco anos contados da aplicacdo da penalidade, a pedido ou de oficio, se novos fatos ou circunstancias puderem ensejar o reconhecimento da inocéncia ou a inadequacdo da penalidade aplicada. § 1° - Em caso de falecimento, de auséncla ou de desaparecimento do-servidor, qualquer pessoa da familia podera requerer a reviséo do proceso. § 2° - No caso de incapacidade mentat do servidor, a revisdo sera requerida pelo respectivo curador. § 3° - Observado o prazo previsto no caput, a revise de oficio sera iniciada, motivadamente, no prazo de até tinta dias a partir do conhecimento dos fatos ou das circunstancias referides no caput. 163 ~ No processo revisional a pedido, o dnus da prova cabe a0 requerente, Art. 164 - A simples alegacdo de injustica da penalidade ndo constitui fundamento para a revisdo, que requer elementos novos, ainda nado apreciados no processo originario. Art. 165 - O requerimento de revisdo do processo sera dirigido & autoridade que aplicou a pena ou a imediatamente superior, e, no caso de deferimento, a revisio sera processada no érgdo onde tramitou o processo disciplinar, observado o artigo 137. Art, 166 - A revisdo correra em apenso ao processo original. ae ESTADO DA PARAIBA Paragrafo Unico - Na inicial da revisdo a pedido, o requerente pleitearé dia, hora e local para a producZo de provas e inquiriggo das testemunhas que arrolar. Art. 167 - A comissdo revisora tera 60 (sessenta) dias para a conclusao dos trabalhos. Art. 168 - Aplicam-se, no que couber, aos trabalhos da comissdéo revisora as normas e os procedimentos prdprios da comisséo do processo discipiinar. Art. 169 - © julgamento cabera a autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do artigo 129. Paragrafo Gnico - © prazo para eventuais diligéncias complementares e julgamento ser de 20 (vinte) dias, contados do recebimento dos autos do processo. Art. 170 - julgada procedente a revisdo, sera corrigida ou deciarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se, no que couber, 0s direitos do servidor, exceto em relacdo a destituicao de cargo em comissao, que sera convertida em exoneracao. Paragrafo unico - Da revisdo do processo nao podera resultar agravamento de penalidade. TETULO VI DA PREVIDENCIA CAPITULO I DISPOSICOES GERAIS Art. 171 - Aos titulares de cargos efetivos do Estado, incluidas as autarquias e as fundac6es, e aos estabilizados extraordinariamente no servico publizo por forca do disposto no art. 19 do ADCT da Constituiggo Federal, é assegurado regime proprio de previdéncia social, de cardter contributivo, mediante Lei Complementar Estadual, observade o disposto na Constituic3o Federal. Art. 172 - 0 regime préprio de previdéncia social atendera: I - quanto ao servidor: ESTADO DA PARAIBA a) ~ aposentadoria; b) - licenga para tratamento de saude; ¢) - salario-familia; d) - licenga-maternidade. TI - quanto ao dependente: @) - pensao por morte; b) - auxilio-reclusdo. Paragrafo dnico - O recebimento de beneficios havidos por fraude, dolo ou mé-fé implicaré devolug3o ao erdrio do total auferido, sem prejuizo da acdo penal cabivel. CAPITULO II DOS BENEFICIOS seCcAO I DA APOSENTADORIA Art. 173 - O servidor seré aposentado observando-se o disposto na Constituicao Federal. secAol | DO SALARIO-FAMILIA Art. 174 - O salario-familia é devido ao servidor publico de baixa renda, titular de cargo efetivo, Paragrafo unico - Para os efeitos desta Lei, compreende-se por servidor ptiblico de baixa renda aquele que se enquadra no limite de remuneracéo bruta previsto no art. 13, da Emenda Constitucional n° 20, de 15 de dezembro de 1998, com as modificagdes posteriores procedidas pelo regime gerai de previdéncia social. Art. 175 - O saldrio-familia seré devido ao servidor em funcSo dos dependentes que lhe estejam afetos, compreendidos como tais filho menor de 14 (catorze) anos, pessoa da mesma idade a ele equiparado e, finaimente, invalide de qualquer idade, assim reconhecido pela pericia médica competente. Art. 176 - O salario-familia podera ser requerido a qualquer tempo e sera devido a partir da data de entrada do requerimento na reparticlo ESTADO DA PARAIBA que tiver de processa-lo, devendo ser anexados ao pedido os seguintes documentos: 1 - certidéo de nascimento do filho ou tutela e, para o caso do invalido maior de 14 (quatorze) anos, laudo de invalidez da pericia médica do Orgao previdenciario; II - atestado de vacinacaéo, para o menor de 7 (sete) anos; III - comprovante de freqiiéncia a escola, a partir dos 7 (sete) anos. § 1° - Para a continuidade do pagamento do beneficio o atestado de vacinaco deve ser apresentado todo més de maio, e o de freqiiéncia escolar, nos meses de maio e de novembro de cada ano. § 2° - Nao sera devido o salario-familia enquanto a respectiva concessao estiver pendente da apresentacgéo dos documentos previstos neste artigo. § 3° - Quando o pedido de saldrio-familia envolver invalido, sera obrigatoriamente instruido por laudo da pericia médica competente. § 4° — Verificada, a qualquer tempo, a falsidade dos documentos apresentados para habilitacdo ao saldrio-familia, sera suspenso o seu pagamento e determinada a reposicéo ao Erario das importancias indevidamente percebidas, em parcelas ndo excedentes a 10% (dez por cento) da remuneracao bruta do servidor, sem prejuizo da instauracdo do competente processo disciplinar. SECAO III . DA LICENCA PARA TRATAMENTO DE SAUDE Art. 177 - Sera concedida ao servidor a licenga para tratamento de satide, a pedido ou de oficio, com base em pericia médica, sem prejuizo da remuneracdo a que fizer jus. Art. 178 - Para licenca de até 05 (cinco) dias, 0 exame médico poderé ser feito por profissional da reparticao onde o servidor for lotado, e, no caso-de licenca por periodo superior, o exame devera ser procedido por junta médica oficial. § 1° - Sempre que necessario, 0 exame médico sera realizado no local onde se encontre o servidor. ESTADO DA PARAIBA § 2° - Inexistindo servico médico oficial no local onde estiver o servidor, sera aceito atestado fornecido por médico particular. § 3° - No caso do paragrafo anterior, o atestado soynente produziré efeitos depois de homologado pela Junta Médica Oficial. § 4° - O servidor que, durante 0 mesmo exercicio, perfizer trinta dias de licenca para tratamento de satde, consecutivos ou ndo, somente podera obter nova licenca mediante prévia inspecdo por pericia médica oficial. Art. 179 - Findo o prazo da licenca, o servidor sera submetido a nova inspecée médica, que concluiré pela volta ao servigo, pela prorrogacao da licenga ou pela aposentadoria. Art. 180 - © atestado e 0 laudo da junta médica nao se referirao ao nome ou a natureza da doenca, salvo quando se tratar de lesdes produzidas por acidentes em servico, doenga profissional ou doenga grave, contagiosa ou incuravel, tuberculose ativa, alienac3o mental, esclerose miltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no servico publico, hanseniase, cardiopatia grave, doenca de Parkinson, paraiisia irreversivel e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avancados do mal de Paget (osteite deformante), Sindrome de Imunodeficiéncia Adquirida - AIDS e outras especificadas em lei. SECAO IV DA LICENCA-MATERNIDADE Art. 181 - Seré concedida a licenca 4 servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuizo da remuneracao. § 19 - A licenca poderd ter inicio no primeiro dia do nono més de gestacdo, salvo antecipacao por prescricao médica. § 2° - No caso de nascimento prematuro, a licenca tera inicio na data do parto. § 3° - Nos casos de natimorto e aborto, a servidora sera submetida a exame médico, que determinara o prazo para seu retorno ao servico ou recomendaré a conversdo do afastamento em licenca para tratamento de sate por prazo tecnicamente adequado, superior a trinta dias. ESTADO DA PARAIBA Art. 182 - Para amamentar o proprio filho, até a idade de seis meses, 2 servidora lactante tera direito, durante a jomada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderd ser parcelada em dois periodos de meia hora. Art. 183 - A servidora que adotar ou obtiver tutela judicial de crianga com até 1 (um) ano de idade, serge concedidos 90 (noventa) dias de licenga remunerada. Paragrafo nico - No caso de adocdo ou de tutela judicial de crianga com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo serd de 30 (trinta) dias. SECAOY DA PENSAO Art. 184 - Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensdo mensal nos termos do artigo 40 da Constituicde Federal. SECAO VI . DO AUXILIO-RECLUSAO Art, 185 - E devido auxilio-reclusdo a familia do servidor ative de baixa renda assim definido no paragrafo Unico do artigo 174, observado o sequinte: 1 - dois tergos da remuneracéo, enquanto durar a priséo, se esta tiver ocorrido em flagrante ou tiver sido decretada preventivamente por autoridade competente; II - metade da remuneraco, durante o afastamento, em virtude de — condenagao, por sentenca definitiva, quando a pena nao ensejar a perda do cargo. § 1° - No caso de absolvicdo, o servidor tera direito a receber a diferenga entre a remuneracdo integral, se em exercicio, e o valor do auxilio reclusao percebido pela familia. § 2° - O direito ao auxilio-reclusdo cessara a partir do dia imediato aquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional. as e ESTADO DA PARAIBA CAPITULO TIT DO CUSTEIO Art. 186 - © custeio das aposentadorias e pensdes é de responsabilidade do Estado e de seus servidores nos termos definidos na Constituico Federal. Art. 187 - Os beneficios n&o previstos no art. 172 desta Lei nao poderdo ser pagos com recursos previdencidrios. TITULO VIE CAPITULO UNICO | DA ASSISTENCIA A SAUDE Art, 188 - A assisténcia a satide do servidor sera objeto de lei especifica, vedada a utilizacio para este fim de recursos ou bens vinculados ao regime proprio de previdéncia social, TETULO VET CAPITULO UNICO DAS DISPOSICGES GERAIS Art. 189 - Os prazos previstos nesta Lei sero contados em dias corridos, exciuindo-se o dia do comeco e incluindo-se o do vencimento, ficando Prorrogado, para o primeiro dia Util seguinte, o prazo vencido em dia em que ngo haja expediente. Art. 190 - Por motivo de crenca religiosa ou de conviccio filosofica ou politica, o servidor no poderé ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminagio em sua vida funcional nem se eximir do cumprimento de seus deveres. TITULO 1x . CAPITULO UNICO DAS DISPOSICOES TRANSITORIAS E FINAIS Art, 191 - Terdo direito de obter o beneficio previsto no art. 154, 8§ 19, 2°, 39, 40, 5° e 6°, da Lei Complementar n°. 39, de 26 de dezembro de 1985, extinto por esta Lei, apenas os servidores que, na data da entrada em ESTADO DA PARAIBA vigor desta Lei, contarem, no minimo, mais de 04 (quatro) anos ininterruptos de exercicio de cargo em comiss3o, de funcao gratificada ou de assessoria especial, sendo o acréscime de % do valor da gratificagao pelo exercicio do cargo em comissdo, de funcao gratificada ou de assessoria especial, contados do quinto ano até o citavo ano, desde que ininterruptos. § 1° - Com excecdo da hipétese prevista no caput, nenhum acréscimo ou incorporago de vantagens ao vencimento do cargo efetivo sera concedido a partir da entrada em vigor desta Lei. § 2° - Os acréscimos incorporados ao vencimento dos servidores antes da vigéncia desta Lei continuardo a ser pagos pelos seus valores nominais a titulo de vantagem pessoal, sendo reajustados de acordo com 0 art. 37, inciso X, da Constituigdo Federal. § 3° - 0 acréscimo ao vencimento que estiver sendo percebido na data da vigéncia desta lei, a titulo de abono de permanéncia, seré pago apenas até a concessdo da aposentadoria do beneficidrio. § 4° - Os servidores que receberam abono de permanéncia, extinto por esta Lei, em exercicio igual ou superior a um ano, terdo direito a incorporar o beneficio ao provento de aposentadoria. Art. 192 - As gratificagdes e © adicional de representacdo previstos no artigo 57, salvo alteragdes procedidas por esta Lei, seréo pagos nos valores absolutos praticadas no momento de sua vigéncia e somente serdo alteradas na forma do artigo 37, inciso X, observando-se os disposto do inciso XIII do mesmo artigo € no art. 169, § 1°, inciso I e II da Constituigéo Federal Art, 193 - A gratificag3o de que trata o artigo 64 permanecera sendo paga de acordo com os critérios fixados em lei especifica, observando o disposto no art. 46, § 1° desta Lei, e também 0 disposto no § 3°, do art. 40 da Constituic&éo Federal. Art. 194 - O auxilio-funeral 6 devido & familia do servidor falecido na atividade ou aposentado, no valor R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais), independente do valor percebido a titulo de remuneracdo ou provento. Paragrafo unico - 0 valor fixado no “caput” deste artigo sera atualizado anuaimente, de forma a preservar seu valor real, tendo por base a variago da Unidade Fiscal de Referéncia da Paraiba (UFR-PB) ou do indicador que vier a substitui-la. ESTADO DA PARAIBA Art. 295 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicacao. Art, 196 - Ficam revogadas a Lei Complementar n° 39, de 26 de dezembra de 1985, e todas as demais disposi¢des em contrario. PALACIO D0 GOVERNO DO ESTADO, DA PARAIBA, em Jo30 Pessoa, 30 de dezembro de 2003; 115° da Prociarnacdo da Republica. a heal Le

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