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CURSO DE PSICOLOGIA

VALDIRENE RODRIGUES SOUZA

NOMOFOBIA: A DEPENDÊNCIA TECNOLÓGICA PATOLÓGICA

Fortaleza - Ceará
2019
VALDIRENE RODRIGUES SOUZA

NOMOFOBIA: A DEPENDÊNCIA TECNOLÓGICA PATOLÓGICA

Projeto de pesquisa apresentado à


disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso I, do curso de
Psicologia da Faculdade Maurício
de Nassau sob a orientação da
Mestra: Marília Maia Lincoln
Barreira.

Fortaleza - Ceará
2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 7
2. OBJETIVOS .................................................................................................. 9
2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................. 9
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................... 9
3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 10
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................... 12
4.1.Cenário atual ........................................................................................... 12
4.2. Os impactos causados pela nomofobia ................................................... 14
4.3. Diferença entre utilização normal e dependência patológica.................... 17
4.4. Efeitos sintomatológicos nos sujeitos com nomofobia ............................. 18
4.5. Impacto psicológico ................................................................................ 20
5. METODOLOGIA ........................................................................................ 22
6. CRONOGRAMA ......................................................................................... 23
7. REFERÊNCIAS ........................................................................................... 24
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1. INTRODUÇÃO

O presente projeto de pesquisa apresenta o interesse em alcançar uma compreensão


desse crescimento alarmante da utilização excessiva do celular e as condições que
provocam esse descontrole assim caracterizando-se por Nomofobia, onde o sujeito
manifesta uma dependência tecnológica com características fisiológicas, psicológicas e
comportamentais num aspecto patológico repercutindo em várias áreas de sua vida
comprometendo suas relações.
A sociedade constantemente está a se desenvolver em várias dimensões e uma delas
é a tecnológica, pois o que se busca alcançar é a facilidade da comunicação, a troca de
informações e a viabilização da realização das tarefas cotidianas. Os smartphones
sofreram uma grande evolução se enquadrando nas diversas demandas particulares
tornando-se a opção mais acessível a um público bem amplo.
Através das Tecnologias da Informação e Comunicação tornou-se possível auxiliar
a rotina de muitas pessoas, oferecendo diante de uma série de probabilidades a
comunicabilidade independente da distância, pesquisa de informes, e deste modo
ocasionado a rapidez da realização das atividades. Porém na mesma proporção que o
sujeito se beneficia dessa gama de alternativas, o próprio se torna vulnerável aos
transtornos desenvolvidos como: dependência de acesso a sites pornográficos (Duffar &
Griffiths, 2015), dependência de jogos em tempo real (Achab et al., 2014) e compulsão
por acesso a rede online (Meerkerk, Van Den Eijnden, Franken & Garretsen, 2010).
Os smartphones no cenário atual são aparelhos de telefones superdesenvolvidos
distinguindo-se de aparelhos móveis básicos por conter utilidades extremamente
modernas apresentando uma série de tarefas sendo elas: câmeras digitais de vídeo e
fotográficas, navegadores que permitem acessar qualquer página da internet, wifi, GPS,
dados móveis e reprodutores de música de alta qualidade sonora (Know, Kim, Cho &
Yang, 2013).
Diante de todas as funcionalidades oferecidas pelos telefones celulares, quais são
os fatores relevantes que estimulam o sujeito a desenvolver a Nomofobia?
Nesse cenário levantasse a hipótese de que uma das razões pelas quais as pessoas
vem desenvolvendo essa dependência tecnológica seja a baixa qualidade em suas
relações, de modo que através disso desencadeiam o vazio existencial e o sujeito vá em
busca desse preenchimento na tentativa de amenizar os sentimentos de solidão e o anseio
por comunicar-se com as demais pessoas ou entreter-se com coisas acabam emergindo e
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aquilo que venha estar disponível que ofereça esse acalento acaba por tomar os espaços
na vida das pessoas de maneira desenfreada.
Outra hipótese que vem de encontro a essa dependência que se conecta com essa
ausência afetiva e que se apresenta aparentemente como uma vida ideal é a internet, pois
através dela a gama de possibilidades ofertadas permite que muitas das necessidades
sejam supridas na visão de quem procura por algo que faça sentir-se anestesiado. Se não
fosse a internet com todas as propostas de sites de relacionamentos, jogos,
compartilhamentos, redes sociais e tantos outros o sujeito desenvolveria essa carência de
utilizar seu celular ou qualquer outro dispositivo tecnológico de forma exacerbada ao
ponto de perder seu equilíbrio emocional e fisiológico?
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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Compreender a dependência tecnológica enquanto estado patológico e seus


impactos causados na perspectiva biopsicossocial.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar o comportamento e questões concomitantes que desencadeiam no


sujeito o medo excessivo de não portar o aparelho celular.

Analisar a necessidade e a dificuldade em lidar com os recursos tecnológicos


enquanto meio de comunicação e construção de novas relações.

Constatar os fatores desencadeantes do isolamento do mundo real e suas


implicações na formação das relações sociais.
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3. JUSTIFICATIVA

A comercialização de celulares aqui no Brasil chegou a um aumento nesses últimos


tempos de maneira impressionante. De acordo com a IDC (2015) no período dos três
últimos meses de 2014 foi concluído com grande número de vendas, alcançando um
percentual de 54,5 milhões de celulares vendidos, uma marca de 55% maior em relação
ao período, onde atingiu 35,2 milhões de aparelhos celulares comercializados. Durante
essa época fechou com um aumento de 7% somando um valor de 70,3 milhões de
celulares vendidos, atingindo no ranking a nível mundial o 4° lugar perdendo apenas para
os Estados Unidos, Índia e China (IDC, 2015).
As tecnologias digitais vêm se desenvolvendo com um intuito de descomplicar o
cotidiano das pessoas, contribuindo na comunicação, atividades, informações, abrindo
um leque de opções. Entretanto do mesmo modo que o sujeito se beneficia das
funcionalidades oferecidas por esse avanço tecnológico, simultaneamente fica a deriva de
transtornos contemporâneos.
Entender as razões pelas quais a Nomofobia se desenvolveu no decorrer dos últimos
tempos e seus impactos causados torna-se uma responsabilidade social a nível de saúde
coletiva, pois o descontrole no uso do celular vem desencadeando sérios problemas de
ordem biopsicossocial.
Estudos apresentam que esse uso excessivo pode ser comparado a dependência
química, pois assim como um adicto de substâncias o usuário de aparelhos tecnológicos
também sofre na região cerebral no sistema límbico, conhecido como região de
recompensa uma hiperatividade frequente, onde o excesso provoca maior probabilidade
de desencadear distúrbios psiquiátricos juntamente com sintomatologia de impulsividade.
Devido a dependência apresentada, acompanhado a um grau avançado de ociosidade em
decorrência desses fatores, transtornos físicos passam a acontecer com frequência na vida
da pessoa. (CRIPPA, 2017).
Contudo aqui no Brasil esse assunto é pouco abordado, no entanto pesquisas
evidenciam que dentre outros países aqui representa um dos grandes indicadores de
comercialização de celulares, assim, identifica-se a urgência de estudos mais
aprofundados neste tema, já que esse assunto é abordado apenas nos países de fora
(MAZIERO, OLIVEIRA, 2016).
Podemos observar também as condições das relações como vem sendo impactadas.
A maneira como os vínculos são estabelecidos ou estruturados. Vemos no nosso dia a dia
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em qualquer ambiente a quantidade de pessoas usando os seus celulares nas mais diversas
situações como: casas, trabalhos, shoppings, praças, restaurantes, universidades, cinemas,
teatros, ônibus, ruas e etc.. Se percebermos bem, quantos de nós já presenciamos pessoas
com seus aparelhos nesses locais citados? E na grande maioria das vezes não estavam
propriamente sozinhas mexendo, acessando a internet, checando algum aplicativo, mas
sim acompanhadas de outras pessoas, muitas vezes amigos, pai, mãe, parentes, cônjuge,
namorados. Então podemos analisar que essas relações estão sendo comprometidas, pois
está havendo uma substituição das interações e conversas pelo o uso dos dispositivos
móveis. Há também aqueles sujeitos que se quer chegam a se aproximar de outras
pessoas, excluindo-se da convivência.
A tecnologia permitiu uma aproximação de quem está longe e ao mesmo tempo um
distanciamento de quem se está perto. O rendimento no trabalho vem caindo, isolamento
social que ocasiona uma individualidade, problemas de insônia, sedentarismo, as crianças
já não brincam com as outras como antes, os casais não dialogam como deveriam
sofrendo dificuldades em sua comunicação e desenvolvendo crises conjugais, o estímulo
do consumismo desenfreado gerando um excesso de compras desnecessárias, padrão de
beleza sendo estipulado desencadeando problemas de baixo autoestima. Portanto
compreender essa dependência tecnológica patológica ajudará a identificar quais questões
estão dando origem ou fatores estão contribuindo para esse descontrole na utilização do
aparelho telefônico, o qual está trazendo comorbidades nos sujeitos e deste modo
contribuindo para a nomofobia.
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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Cenário atual

Lourenço et.al. (2015) diz que a evolução tecnológica viabilizou ao grande público
a utilização de recursos eletrônicos que facilitou a comunicação levando a troca de
informações, registro dos acontecimentos através dos gadgets os dispositivos
tecnológicos de mídia móveis, os famosos smartphones e tablets. Devemos admitir que
as oportunidades de comunicação oferecidas pelos gadgets são amplas, indo além de
simples ligações.
Os celulares como uma das opções dessas ferramentas são acessórios de fácil
manuseio que permite um acesso instantâneo à internet e que contém uma série de
aplicativos que nos leva a conectarmos aos mais variados sites, jogos, redes sociais,
compartilhamentos imediatos, transações bancárias, verificação de email,
videoconferências e tantos outros, assim apresentando-se como fonte de artefatos
primordiais.
Com o surgimento da revolução tecnológica móvel algum acontecimento vem se
revelando significativamente como a mudança de hábitos das pessoas. Aqui no Brasil o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, por meio da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios desenvolveu a análise acerca da utilização da internet estando
dentre eles os celulares e tablets. Publicados em abril de 2015 os resultados desta pesquisa
destacaram para um aumento do uso de celular em torno de 131% (2005 a 2013) o
equivalente a 73,9 milhões de novos usuários. Dentre os estados aqui no Brasil
exclusivamente estes cinco (Amazonas, Amapá, Pará, Roraima e Sergipe) a utilização da
internet através do computador já foi ultrapassada, pois o acesso vem sendo feito por meio
dos telefones móveis e tablets.
Lourenço et.al. (2015) Por que razão é que ouvimos com certa frequência a frase “
eu não posso viver sem meu celular” e por meio de uma afirmação dessa pode-se perceber
alguns transtornos na saúde desencadeando uma dependência tecnológica como a
Nomofobia (No mobile phobia, medo de não estar com o celular) síndrome do toque e da
vibração fantasma são uns dos vários distúrbios que se fazem presentes no dia a dia das
pessoas.
Para Ribeiro (2016) neste último século é considerado como a era do avanço
tecnológico, de modo que se torna assíduo e acessível uma grande variedade de
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smartphones, computadores e internet, desta forma ocasionando uma transformação em


seu meio, no aspecto psicológico, em suas relações pessoais e sociais do indivíduo.

"Nos últimos anos, a mudança fundamental no domínio da comunicação foi a


emergência do que chamei de auto comunicação o uso da internet e das redes
sem fio como plataformas da comunicação digital." (Castells, 2012, p 15) fazer
referência redes de indignação e esperança.

Convivemos sob circunstâncias incertas e transições no qual as relações humanas


transformaram-se frequentemente irrelevantes e de curta durabilidade, tanto no contexto
afetivo como profissional. Para Bauman (apud Ribeiro, 2016) o autor:

“Na juventude, conheceu o sentido das palavras laço e comunidade e é por isso
que ele desconfia dessa conectividade toda das redes sociais. A internet é tão
fácil de conectar, mas o maior atrativo quando você consegue se desconectar,
romper as relações. ”

Segundo Morin (2007) há uma incitação do consumo que por sua vez é sinalizado
pelo individualismo que influencia demasiadamente a sociedade, modificando a maneira
de pensar e o comportamento das pessoas que demonstram relutância em enfrentar sua
realidade. Problemas que ocorrem nos dias atuais a população, de modo que enfrentam o
impacto do consumo de massa em decorrência ao status quo, tornando-os dependente,
desenvolvendo sentimentos de insatisfação e apego às coisas materiais.
Conduzindo especialmente a faixa etária mais jovem a fazerem uma identidade
fictícia em sites de relacionamentos, que demonstram a valorização as coisas materiais.
Desencadeando uma carência psicológica nesse público de permanecerem conectados por
períodos extensos em várias redes sociais “ … a informação, a grande imprensa pesca
cada dia, o novo, o contingente, o ‘acontecimento’, isto é, o individual. Fazem o
acontecimento passar nos seus moldes para restituí-lo em sua unicidade”. (Morin, 2007,
p. 25)
14

Os impactos causados pela Nomofobia

De acordo com Maziero e Oliveira (2016) não havia uma terminologia até o período
de 2008 que designasse os efeitos provocados pelo impedimento ou falta de
comunicabilidade promovidos pelos aparelhos eletrônicos ou móveis como o celular.
Logo após, na Inglaterra, a nomenclatura Nomofobia foi elaborada, originada da
expressão idiomática Mobile phonephobia que está relacionada a inquietação que o
sujeito sente pela a ausência do aparelho telefônico que o permite conectar-se e
comunicar-se através da rede (MAZIERO, OLIVEIRA, 2016; CRIPPA, 2017).
Não se pode considerar um exagero ao observarmos nosso cotidiano, nossos
comportamentos particulares e os dos demais acrescentando aos acontecimentos que os
meios digitais de comunicação nos notifica sobre o comportamento das pessoas nas mais
variadas circunstâncias em meio a sociedade resultante da utilização excessiva na grande
maioria da tecnologia digital através da internet (CONDOTTA, 2017). Dentre esses
distúrbios, Young (1997) destaca:

Viciados em internet tendem a ter depressão, ansiedade e problemas


emocionais, portanto, usam a internet para atender às necessidades não
satisfeitas. [...]. Aqueles que sofrem de baixa autoestima, sentimentos de
inadequação, ou desaprovação frequentemente estão em maior risco para o
desenvolvimento de uma identidade secreta online (YOUNG, 1997, p.8).

No exercício da psiquiatria com grande frequência nos deparamos com distúrbios


emocionais ocasionado pela utilização excessiva da internet através dos celulares. Na
busca pelo entendimento, determinados sujeitos podem ser classificados de 3 formas,
além daqueles que tiveram a oportunidade de desviar-se do uso desmedido. Em primeiro
lugar os sujeitos desenvolvem uma história antecedente de um determinado traço de
instabilidade emocional, que intensificaram através do consumo exagerado da
informática; outrem no qual o excesso foi a causa estimulante do indício de depressão e
ansiedade, e, os demais que ainda sujeitos a intervenção sintomática, permaneceram a
demasiar-se na utilização do acesso. De todas as formas referidas, mediante a tentativa de
cessar, os sintomas se agravaram, ou, tentaram reduzir o período de uso da conexão,
caracterizando, claramente, atos de dependência tecnológica (CONDOTTA, 2017).
Vários teóricos relacionam essa dependência equivalente a intensidade de um
consumo de drogas como a cocaína, crack, heroína, entre vários. Na maioria das
circunstâncias esses usuários denotam sintomas de ansiedade e depressão, com o
acréscimo de experienciar dificuldades no meio familiar (SANTANA, 2017).
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No uso excessivo do aparelho celular observa-se o quanto favorece


significativamente para o crescimento de dependentes na rede. São muitas situações de
sujeitos com nomofobia (expressão recente, patologia nova), medo (fobia) de não portar
o aparelho celular (ORTO, 2017). Uma grande quantidade de pacientes mediante a
nomofobia me descreveram ter essa fobia por acreditarem não ter alguém para se
comunicar, fobia de permanecer solitário, identificando a nomofobia.
Para Condotta (2017) A dependência em informática, e acesso à internet atualmente
não está pautada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM)
como patologia. No entanto espera-se que dentro de um curto período essa dependência
se torne claramente reconhecida no âmbito mundial como um evidente diagnóstico
conduzindo os responsáveis na medicina para elaboração de recursos terapêuticos
capacitados em dependentes de internet.
Segundo Condotta (2017) as formas de se avaliar se o sujeito é dependente ou não
em acesso à internet são diversas. Indagar sobre sua utilização é uma delas. No exercício
da psiquiatria as questões feitas são básicas, porém evidenciam uma inclinação para
dependência:

“Você consegue ficar um ou dois dias sem usar a internet? Você acha que usa
a internet em excesso ou não? Sente-se culpado por abusar da internet ou
celular? Já negligenciou amigos, namorado (a) e familiares por causa da
internet? Já teve algum problema de ordem social, familiar ou no trabalho com
o abuso do computador ou celular? O que sente quando está conectado ou
desconectado? Esse abuso lhe traz satisfação ou não? Explique. ”

Observa-se com o passar do tempo a quantidade de pessoas que apresentam


resistência em desligar-se do mundo virtual vem aumentando, tornando-se fundamental
uma intervenção interdisciplinar no âmbito psicológico e médico até mesmo uma
reabilitação especializada com a finalidade de “desintoxicação” em clínicas.
Segundo Condotta (2017) a sintomatologia de maior ocorrência percebida de cunho
emocional nesses dependentes são correspondentes aos sintomas de pessoas com
transtorno depressivo e ansioso, sendo eles os mais frequentes: tristeza, isolamento,
pensamentos negativos, agitação, asfixia, desespero, atenção e concentração confusa,
dificuldade para dormir, sensação de insuficiência, falta de interesse nas atividades, queda
na qualidade nas tarefas diárias, desprazer com a própria vida e com o mundo, etc; no
entanto, o que pode ser percebido diante de todos esses fatos é uma carência existencial,
uma ausência afetiva, grande depreciação de si, insatisfação com a própria vida.
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Os recursos terapêuticos para essas condições podem ser através da psicoterapia,


fármacos, tratamento alternativo, e de acordo com a intensidade das circunstâncias o
internamento em locais especializados. Independente da forma de intervenção, é
importante que o manejo seja seguramente acompanhado devido a tendência de ocorrer a
substituição de uma dependência por outra bem mais danosa.
O uso do celular e o acesso a rede os quais deveriam desempenhar um papel de
comunicação entre as pessoas, acabaram por se estender para outras finalidades como
modo de trabalho (ainda que fora desse ambiente) e entretenimento desenvolvendo uma
intensificação das causas que influenciam nas condições estressoras no cotidiano,
havendo uma troca das vivências familiares e sociais pela utilização do aparelho
telefônico, e deste modo, o uso desmedido arrisca-se um agravo na saúde e no rendimento,
desencadeando um vício desses dispositivos móveis, inclusive no âmbito da fobia
(MELO, CAVALCANTE, BOTELHO, 2016).
Segundo Apa (2010) ao pronunciar o termo fobia, infere-se imediatamente na
definição a qual corresponde ao pânico constante e incongruente em que se submete ou
esquiva-se de determinada coisa, tarefa, ou fato, junto de uma intensa aflição ou desespero
pela pessoa portadora do pânico. Para cada coisa, circunstâncias ou determinada tarefa
caracterizada por medo intenso, de grau patológico define-se uma terminologia
apropriada, inclusive também para o caso da Nomofobia. De acordo com king, Nardi e
Cardoso (2014) a fobia se caracteriza como aversão extrema ou ilógica que interfere nas
tarefas de rotina da pessoa e deste modo ocasiona em sua vida uma má qualidade.
17

Diferença entre utilização normal e dependência patológica

O termo Nomofobia advém da evolução tecnológica em consequência da utilização


exagerada desses dispositivos, que se diante disso não acontecesse do mesmo modo o
desencadeamento desse vício não existiria, tão pouco o pânico de estar sem esses
equipamentos (MAZIERO, OLIVEIRA, 2016).
É fundamental saber distinguir a utilização tecnológica nas condições de um acesso
corriqueiro, de um uso exagerado qualificando-se em uma dependência patológica, tendo
em vista que utilizar diariamente embora que por um período prolongado não significa
estar num âmbito patológico, a compulsão nesse uso enquanto estado patológico está
vinculado a um determinado distúrbio de origem antecedente, tal como um distúrbio de
ansiedade impulsionando a pessoa a necessitar da tecnologia levando-a a sofrer sérias
consequências (KING e NARDI, 2013 apud SILVA e SOUZA, 2018).
Conforme Borges e Pignataro (2016) o vício por tecnologia tem se acentuado de
uma forma que a utilização excessiva se iguala a utilização de substâncias tóxicas, visto
que pesquisas afirmam que o uso em excesso de dispositivos tecnológicos igualmente
estimula grande quantidade de dopamina no cérebro levando a um sentimento de bem-
estar, sensação prazerosa de que o sujeito exerce uma atividade extremamente excitante.
A maneira como se desenvolve essa dependência de ferramentas de alta tecnologia
será avaliado e compreendido num âmbito patológico a começar quando a pessoa sente-
se incomodada, sendo incapaz de manter-se distante ou ausentar-se do telefone celular
ou de qualquer equipamento correspondente, através desses fatos pode-se perceber que o
vício caracteriza-se como uma situação nociva que compromete a rotina da pessoa, por
outro lado leva-se em consideração uma dependência natural ou comum ainda que a
utilização seja intensa, entretanto sem tais consequências na qual mesmo a pessoa usando
essas ferramentas modernas, porém se o sujeito precisa manter-se distante não
atormentando-se apresentando os sintomas da falta, ainda que se depare com a sensação
de ausência do telefone, isso não interfere em sua rotina, esteja portando o aparelho ou
não (MAZIERO, OLIVEIRA, 2016).
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Efeitos sintomatológicos nos sujeitos com nomofobia

De acordo com Deusen, Bolle, Hefner e Kommers (2015) a razão pela qual a
dependência aconteceria é porque o celular proporciona diversas vivências prazerosas as
quais agem intensamente tal como recompensa, fazendo com que a utilização moderada
se torne um uso mais frequente estimulados por motivações intrínsecas e extrínsecas.
Explicado pelos teóricos as pessoas ao checarem o Facebook, as publicações visualizadas
atuam como forma de recompensa, reforçando essa checagem e evoluindo para essa
prática com maior frequência, tornando-se uma dependência de árduo controle.
Lourenço et. Al (2015) afirma sobre as influências dos sintomas nos sujeitos
portadores da nomofobia, o qual desencadeiam dificuldades para dormir, até mesmo
relaciona ambos, porque as pessoas adormecem com o aparelho telefônico junto de si, de
modo que o aparelho mesmo no escuro através de sua tela, clareia, assim interrompendo
o desejo de dormir, por causa da iluminação que afeta as etapas do sono, assim
dificultando que a melatonina seja produzida.
A utilização desordenada dos dispositivos tecnológicos traz prejuízo na saúde da
pessoa e apresentam consequências no campo fisiológico por passarem longos períodos
usando o celular ao invés de realizar qualquer exercício físico, inclusive práticas que
auxiliem o sujeito a socializar, que ocasionam propriamente no aumento do peso, por
conta da má alimentação nas horas adequadas, em detrimento do constante acesso (KING
e NARDI, 2013 apud SILVA e SOUZA, 2018)
Do mesmo modo como a abstinência de dependência química funciona também
ocorre na dependência na utilização do celular, pois a sintomatologia caracterizada pelo
desconforto no âmbito psicológico e fisiológico e se faz presente ocasionando: sensações
intensas, insegurança, insatisfação, sentimento de privação, ameaça, isolamento,
demonstrações físicas de irritação e controle (GREENFIELD, 2011).
Crippa (2017) apresenta sinais fisiológicos manifestado nos sujeitos portadores do
vício tecnológico e enumera os cincos mais recorrentes, sendo eles: descontrole no
período da utilização e interferência nas relações; adaptação ao tempo de uso com a
necessidade cada vez maior da pessoa permanecer conectado; uso do celular com forte
apego na busca pela sensação de bem estar; sofrimento pela falta do aparelho
desencadeando a sensação de ansiedade; repercussões negativas em vários contextos da
vida da pessoa.
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No comportamento dos adolescentes os hábitos têm se caracterizado em: não fazer


tarefas do dia a dia, não leem, nem comem ou estudam, deixando de dormir, trabalhar,
nem conversam com outras pessoas, distraindo-se ao dirigir ou caminhar (Vega, Corrêa
& Sánchez, 2015). Comumente apresentam atitudes prejudiciais nos aspectos biológicos
e psicológicos (Lee et Al., 2014).
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Impactos psicológicos

Nicolaci-da-Costa (2002) mostra que as consequências subjetivas das inovações


tecnológicas são capazes de influenciar de forma extrema os sentimentos, pensamentos,
as percepções, e no modo como nos estruturamos intrinsecamente e externamente como
também o modo de conviver consigo e com outras pessoas nos dias atuais.
A psicóloga pesquisadora afirma que em decorrência desta modernização da web
surgiram novos hábitos, divergências e recentes estruturações da subjetividade. Em
relação às novas formas de conduta pode-se observar diversas maneiras de perspectivas,
aprendizagem, escrita, adquirir e preservar relações das mais diversas formas, de afeto,
compreensão de si e o interesse por comunicar-se através da digitação em rede.
Os sujeitos que utilizam a web têm substituído seus contatos pessoais, atividades
de lazer nos seguintes aspectos: amar, odiar, brincar, brigar e sentir.
Essas vivências virtuais contribuem significativamente na maneira como a
subjetividade se constitui nos dias atuais, revelando a capacidade de transformar o modo
que os sujeitos percebem a si (LEITÃO; NICOLACI-DA-COSTA, 2005).
Nicolaci-da-Costa (2002) indica além das novas formas de comportamento como
também novas problemáticas, incluindo transtornos psicológicos do tipo: dependência na
web, solidão, grande fluxo de informes, exaustão tecnológica, sexo via web e depressão.
Há divergências da satisfação influenciada pelo mundo virtual e da expectativa do
rendimento aguardo por ele, do mesmo modo como o anseio pela inovação das
possibilidades de proteção à privacidade.
Conforme Condotta (2017) essa compulsão por internet não é uma dependência
química, entretanto se denomina na relutância do autocontrole do uso excessivo por partes
do sujeito, compulsão comportamental levando a pessoa a pensar e sentir de maneira
incômoda e negativa influenciando seu psiquismo, acarretando danos em sua rotina
diária. Apesar disso, esses dependentes permanecem em busca de uma compensação
agradável na tentativa de sanar suas questões existenciais através do acesso à internet.
A utilização de diversas oportunidades oferecidas pela conexão à rede como a
comunicabilidade online e ao mesmo tempo um distanciamento, a facilidade das
informações, anonimato, execução de múltiplas tarefas, permite a essas pessoas o
sentimento de onipotência. A sensação de poder alcançar a tudo através desse acesso e da
capacidade de realizar tudo, consequentemente permite a esses sujeitos desconsiderar as
limitações da realidade da vida, tornando-os intolerantes mediante as decepções. Em
21

outro aspecto o sentimento de poder absoluto no mundo da internet tem a capacidade de


ser (transformadora), visto que a execução de diferentes maneiras de se apresentar na
internet, facilita do sujeito se sentir confiante para enfrentar as adversidades do cotidiano
fora da realidade virtual (NICOLACI-DA-COSTA, 2002).
De acordo com Nicolaci-da-Costa (2002) podemos admitir que através da
revolução tecnológica os mais diversos dispositivos disponíveis têm influenciado
mudanças em nosso cotidiano. E que nós dispomos de outros meios de transformações
para além dessas inovações que nos permite acesso imediato, basta nos vincular através
da literatura, viagens, filmes e das narrações dos mais antigos e com outras formas de
viver de períodos passados e localidades quando era utilizada uma tecnologia
diferente. Acessar essas formas tecnológicas mais antigas, nos possibilita compreender
as diferenças causadas por ela nos tempos atuais.

"Quem não sabe que, antes da energia elétrica, a família se reunia ao redor do
piano? Quem desconhece que, depois da energia elétrica, o piano foi
substituído pelo rádio e, ainda mais recentemente, pela televisão? Alguém que
tenha uma geladeira que já parou de funcionar pode desconhecer as
transformações que este eletrodoméstico gerou na nossa relação com o
mercado de suprimentos? Quantos de nós, acostumados que estamos às
calculadoras de bolso, ainda sabemos fazer contas de cabeça ou na ponta do
lápis?"(Nicolaci-da-Costa, 2002, p. 193)

É inegável reconhecer as transformações causadas em nossos costumes em


detrimento da revolução tecnológica. Pois torna-se complicado compreender que
determinadas tecnologias eminentemente influenciam a vida dos sujeitos que se
submetem a ela, chegando em determinadas circunstâncias a sofrer drásticas alterações
intrínsecas.
Castells e Cardoso (2009) declara que o surgimento dos grupos virtuais não pode
ser atribuído apenas a evolução tecnológica digital que os influenciou, pois essa é uma
característica que surgiu como forma de se comunicarem configurando-se como algo
típico nos dias de hoje. E por conta dessa situação é que se faz necessário analisar essa
transformação e os impactos causados nessa recente maneira de viver e a aparição dessas
práticas que permitem que o sujeito as utilizem como desejam distinguindo de como
participam de modo em comum.
22

5. METODOLOGIA

Este projeto foi desenvolvido através da pesquisa bibliográfica e análise em


característica qualitativa por meio de artigos, sites, revistas e base de dados como: Scielo,
Pepsic e Index-Psi.
Para Gil (2008) uma das grandes utilidades da pesquisa bibliográfica está na
capacidade que o pesquisador pode abarcar atendendo uma série de acontecimentos num
extenso âmbito comparado a realização direita de uma pesquisa, alcançando o benefício
diante de uma necessidade de se obter de uma problemática na qual os dados estão
abundantemente desconcentrados no aspecto histórico e territorial. E no aspecto
qualitativo devido ao entendimento profundo que se pode chegar de um determinado
grupo com o objetivo de descrever e analisar os fatos da pesquisa em questão.
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6. CRONOGRAMA

Atividade Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
realizada

Escolha do x
tema
Pesquisa x x x x
Preparação do x x x x
projeto

Entrega do x
projeto

Início da x
pesquisa

Confecção do x x x x
resultados e
Discussões

Revisão do x
artigo

Entrega do x
artigo
24

7. REFERÊNCIAS

Achab, S., Haffen, E., Billieux, J., Nicolier, M.,Thorens, G., Van der Linden, M. et al.
(2014). Impulsivity, Motivations and Addiction to On-line Games. Alcohol and
Alcoholism, 49(1), 32-32. doi: dx.doi.org/10.1093/alcalc/agu052.158

APA, American Psychological Association. Dicionário de Psicologia. Porto Alegre:


Artmed, 2010.

BORGES, Luana; PIGNATARO, Thelma. NOMOFOBIA: uma síndrome no séc.


XXI. REVISTA INTERFACE , Rio Grande do Norte, p. 119-132, 4 jul. 2016.
Disponível em:
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