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O artigo escrito por Atila Mendes, Marilene de Castilho e Lilian Miranda aborda e analisa a
experiência de implementação de mudanças relacionadas à gestão hospitalar e suas vicissitudes na
produção do cuidado e na promoção de saúde num hospital do Rio de Janeiro-RJ, entre os anos de
2011 e 2012.Baseando-se numa abordagem clínica-psicossociológica aplicada em estudo de caso e
em entrevista, os autores descrevem e analisam os processos subjetivos e intersubjetivos com os
sujeitos-agentes envolvidos no processo de cogestão no contexto hospitalar. Essa experiência situa-
se no campo da saúde coletiva e são propostos pela política nacional de humanização, na qual a
interdisciplinaridade é essencial, bem como a diluição das hierarquias.
Tradicionalmente, a área da saúde, bem como outras grandes áreas de serviço da nossa sociedade,
obtém estruturas relativamente rígidas nas quais predominam a desigualdade de poder, reforçando
assim a fragmentação de trabalho e experiências. Nesse ponto a interdisciplinaridade encontra-se
prejudicada, na medida em que não há diálogo e encontros entre áreas e grupos distintos. Essa
relação de co-afetação entre áreas a principio distintas ou antigamente separadas, produzem uma
certa disponibilidade para o dialogo e ponderação, aumentando assim o espaço para relações
democráticas.