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Metodologia de pesquisa aplicada à psicologia I

Aluno: Yuri Oliveira Macedo


Professor: Izaque Miguel
Resumo: Entre “feudos” e cogestão: paradoxos da autonomia em uma experiência de
democratização da gestão no âmbito hospitalar.
Data: 01/10/18

O artigo escrito por Atila Mendes, Marilene de Castilho e Lilian Miranda aborda e analisa a
experiência de implementação de mudanças relacionadas à gestão hospitalar e suas vicissitudes na
produção do cuidado e na promoção de saúde num hospital do Rio de Janeiro-RJ, entre os anos de
2011 e 2012.Baseando-se numa abordagem clínica-psicossociológica aplicada em estudo de caso e
em entrevista, os autores descrevem e analisam os processos subjetivos e intersubjetivos com os
sujeitos-agentes envolvidos no processo de cogestão no contexto hospitalar. Essa experiência situa-
se no campo da saúde coletiva e são propostos pela política nacional de humanização, na qual a
interdisciplinaridade é essencial, bem como a diluição das hierarquias.

Tradicionalmente, a área da saúde, bem como outras grandes áreas de serviço da nossa sociedade,
obtém estruturas relativamente rígidas nas quais predominam a desigualdade de poder, reforçando
assim a fragmentação de trabalho e experiências. Nesse ponto a interdisciplinaridade encontra-se
prejudicada, na medida em que não há diálogo e encontros entre áreas e grupos distintos. Essa
relação de co-afetação entre áreas a principio distintas ou antigamente separadas, produzem uma
certa disponibilidade para o dialogo e ponderação, aumentando assim o espaço para relações
democráticas.

O artigo desenvolveu-se com base na democratização das relações de trabalho e também na


qualificação de características de dois modelos de gestão: Unidades de produção e Colegiados
gestores, que foram , no artigo representados pelas siglas Ups e Cgs. As unidades de produção
seriam dispositivos mais potentes no que diz respeito ao trabalho coletivo, ao passo que os Cgs
tendem a incluir determinados profissionais nas decisões relativas, abrindo pouco espaço para
diálogos e cruzamentos em algum nível. Porém, ambos arranjos de gestão buscam envolver os
trabalhadores do hospital na construção de coletivos e identidades relacionadas com a finalidade o
trabalho.

Tais dispositivos implementados se sustentam em torno do sentidos de autonomia profissional e


subjetiva dos agentes de implementação, entendendo ela como criatividade, liberdade, capacidade
positiva, capacidade de esculta e possibilidades de ações, que devem ser dialogadas com o grupo e
construídas coletivamente. A autonomia adquirida pelos profissionais, dizem os apoiadores do
projeto, possibilita maior responsabilidade

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