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Propriedade Intelectual de Programa de Computador Lei 9.609, de 19 de fevereiro de 1998 CAP{TULOL DISPOSIGOES PRELIMINARES Art, & Programa de computador éa expressic de um conjunto organizado de instrugdes em linguagem natural ou codificada, contida em suporte fisico de qualquer natureza, de emprego necessario em maquinas automiticas de tratamento da informac&o, dispositives, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital on andioga, para fazt-los funcionar de modo e para fins determinados. CAPITULO DAS INFRAGOES E DAS PENALIDADES Art, 12. Violar direitos de autor de programa de computador: Pena - Detengio de seis meses a dois anos ou multe, 1. Fundamento constitucional. A CRFB/88 confere especial protegdo a propriedade intelectual, no art. 5®, incisos XXVII, XXVIII ¢ XXIX, que possuem as seguintes reda- Ges: “XXVH — aos autores pertence o direito exclusivo de utilizacdo, publicagao ow reprodugdo de suas obras, transmissive! aos herdeiros pelo tempo gue a fel fixar; XXVINI — sdio assegurados, nos termos da lei: a} a protecdo ds participagdes indivi- duais em obras coletivas e & reprodugdo da Imagem e voz humanas, inclusive nas otividades desportivas; bj o direito de fiscalizagdo do aproveitamento econémico das obras que cricrem ou de que participarem aos criadores, aos intéspretes ¢ as respectivos representac&es sindicais e associativas; XXIX— a lei assegurard gos au- tores de inventos industrials privilégia tempordério para sua utilizagGo, bem como proteciio ds criacées industriats, & propriedade das marcas, aos nomes de empresas 2 a outros signos distintivos, tendo em vista 0 interesse social e o desenvolvimento tecnolégico e econémica do Pals.” 953 LEIS PENAIS ESPECIAIS - Gabriel Habib 2. Pirataria. A expressdo pirataria veio da linguagem popular, para denotar formas de violacdo de direitos intelectuals. Entretanto, tal expressao foi positivada na legisla cao brasileira, estando prevista especificamente no pardgrato unico do art. 12 do Decreto n? 5.244/2004, que possui a seguinte redagio: “Entende-se por pirataria, para os fins deste Decreto, a violacdo aos direitos autorais de que tratam as Leis n& 9.609 @ 9.610, ombas de 19 de fevereiro de 1998.” Conselho Nacional de Combate a Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelec- ‘tual. O Conselho Nacional de Combate a Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual, rgdo colegiado consultivo, integrante da estrutura basica do Ministério. da Justica, tem por finalidade elaborar as diretrizes para a formulagao e proposi¢30 de plano nacional para o combate & pirataria, 4 sonegacao fiscal dela decorrente aos delitos contra a propriedade intelectual (art. 2° do Dacreto n° 5.244/2004}. 4, Competéncia do Conseiho Nacional de Combate a Pirataria @ Delitos contra a Propriedade Intelectual. As competéncias do Conselho estao dispostas no art. 2° do Decreto n@ 5.244/2004. Segundo 0 dispositivo mencionado “Compete ao Conselho: 4 ~estudar e propor medidas e a¢des destinadas ao enfrentamento da piretario € combate a delitos contra a propriedade intelectual no Pois; #! ~ crier e manter ban- co de dados a partir das informagées coletadas em dmbito nacional, integrado ao Sistema Unico de Segurango Publica; If - efetuar levantamentos estatisticos como objetivo de estabelecer mecanismos eficazes de prevengdo e repress&o da pirataria € de delitos contra a propriedade intelectual; 1V - apoiar as medidas necesstirias 90 combate 4 pirateria junto aos Estados da Federacéo; V ~ incentivar e auxiliar 0 planejamento de operagGes especiais e investigativas de prevencdo e repressdo a pirataria e @ delitos contra « propriedade intelectual; Vi — propor mecanismos de combate 6 entrada de produtos pirates e de controle de ingresso no Pais de produtos que, mesmo de importagéo requtar, possam vir a se constituir em insumos paro a pritica de pirataria; Vil — sugerir fiscalizagées especificas nos portos, aeroportos, postos de fronteiras e matha rodovidria brasiteia; Vill— estimular, auxiliar e fomentar 0 treinamento de agentes publicos envolvidos em operagées e processamento de informagées relotivas @ piratoria e a delitos contra a propriedade intelectual: IX - fomentar ou coordenar campanhas educativas sobre o. combate é pirataria e delitos contra a propriedade intelectual; X— acompanhor, por melo de relatérios enviados pelos Orgdos competentes, a execugdo das atividades de prevencio e represséo & violagao de obras protegidas pelo direito autorat: e Xi — estabelecer mecanismos de didtogo e colaboragao com os Poderes Legistativo e Judicidrio, com o propdsito de promover acées efetivas de combate @ pirataria e a delitos contra a propriedode intelectual.” 5. Formagao do Conselho Nacional de Combate a Pirataria e Delitos contra a Pro- priedade intelectual, 0 Conselho sera integrado por um representante de cada um dos seguintes éredos: Ministério da Justica, que o presidira; Ministério da Fazenda; Ministério das Relagdes Exteriores; Ministério do Desenvolvimento, industria e Camércio Exterior; Ministério da Cultura; Ministério da Cincia e Tecnologia; Mi- nistério do Trabalho e Emprego; Departamento de Policia Federal; Departamento de Policia Rodoviaria Federal; Secretaria da Receita Federal e Secretaria Nacional 954 Propriedade intelectual de Programa de ComputadosLei 9.609, de 19de fevereiro de 1998 Art. de Seguranca Publica, Além dessas pessoas, também integram o Conselho sete representantes da sociedade civil, escolhidos pelo Ministro de Estado da Justica, apés indicacdo de entidades, organizagées ou associagbes civis reconhecidas. De forma facultativa, poderdo compor o Conselho um representante do Senado Fe- deral e outro da Camara dos Deputados. {art. 32 do Decreto n® 5.244/2004}. Todos exercem fungdes nao remuneradas e€ os seus exercicios sdo considerados servico piblico relevante (art. 8% do Decreto n® 5.244/2004). 6. Prazo de duracao da protecSo dos direitos relativos a programa de computador. Nos maldes do art. 22, § 22, da lei 9.609.98, o prazo 6 de 50.anos, tendo como termo @qua odia 12 de janeiro do ano subsequente ao da sua publica¢ao, ou, na auséncia de publicacao, da sua criagio. 7. Bem juridico tutelado. A propriedade intelectual, especificamente a de programa de computador. &. Sujeito ative, Qualquer pessoa, uma ver que o tipo penal nao exige nenhuma con- 10 especial do sujeito ativo. 9. Sujeito passivo. O autor do programa de computador. 10, Violar. Significa desrespeltar, infringir, devassar. 11. Objeto material. O objeto material do delito 6 o programa de computador, que, segundo o art. 12 desta lei, é a expresso de um conjunto organizado de instrugdes em linguagem natural ou codificada, contida em suporte fisico de qualquer natureza, de emprego necessério em maquinas automaticas de tratamento da informacso, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados am técnica digital ou andloga, para fazé-los funcionar de modo ¢ para fins determinados. 12. Especialidade. 0 tipo penal ora comentado configura especialidade em relacao ao delito de violag3o de direito autoral, previsto no art. 184 do Cédigo Penal. 0 elemento especiatizante reside no objeto material, ou seja, propriedade intelectual de programa de computador. 13, Causas de atipicidade da conduta. O legislador, no art. 62 da lei 9.609/98, trouxe hipéteses nas quais as condutas ali elencadas nao configuram violacao de direitos do titular de programa de computador. Segundo o dispositivo citado, “ndo consti- tuem ofensa aos direitos do titular de programa de computador: t- 0 reproducdo, em um sé exemplar, de copia legitimemente adquirida, desde que se destine a cdpla de salvoquarda ou armazenamento eletrénico, hipdtese em que o exemplar original serviré de salvaquarda; Il - @ citagéo parcial de programa, para fins didé- ticos, desde que identificadas 0 prograrna ¢ 0 titular dos direitos respectivos; iil-a ocorréncia de semelhanca de programa a outro, preexistente, quondo se der por forca das caracteristicas functonais de sua aplicagdo, da observancia de preceitos normativos e técnicas, ou de limita¢Go de forma altecnativa para a sua expresso; IV -@ integragde de um programa, mantendo-se suas caracteristicas essenciais, @ um sistema oplicativo ou operacional, tecnicamente indispensdvel as necessidades 955 LEIS PENAIS ESPECIAIS - Gabriel Habib do usudrie, desde que para 0 uso exclusiva de quem @ promoveu.” Pela redag3o legal, se poderia questionar qual seria a natureza juridica do dispositivo, isso é, se em tais hipdteses estarla excluida a tipicidade da conduta do agente ou a sua ilici- tude. Pensamos que o dispositive exclui a propria tipicidade da conduta do agente, tornando-a um fato penatmente irrelevante. Com efeito, na mesma lei, o legislador inseriu condutas criminosas e abriu uma excecio, dispondo que “néo constituem ofense aos direitos do titular de programa de computador... Ora, se o abjeto da tutela penal na presente lei é a repressdo a ofensa direitos do titular de programa de computador, e se o proprio legislador dispds que determinadas condutas no constituem tal ofensa, é sinal de que, para ele, tais condutas s30 penalmente irre- levantes, nao chegando sequer a ser tipicas, portanto. 14. Pirataria e Principio da Adequacdo Social. OSTF eo ST) foram questionados acerca da possibilidade de aplicago do principio da adequacSo social ao delite de violago de direitos autorais (art. 184, § 28, do Cédigo Penal). Os dois Tribunais Superiores entenderam que o mencionado principio nao seria aplicado a hipdtese, uma vez que ofato dea sociedade tolerar a pratica do delito ndo implicaria dizer que a conduta delituosa poderia ser considerada licita. Embora 0 STF ¢ 0 STI tenham firmado tal posicionamento em relacdo ac delito previsto no art. 184, § 28, da Cédigo Penal, o mesmo raciocinio pode ser feito para o delito ora comentado, em raz3o da identi- dade de fundamentos. » STF INFORMATIVO 583 PRIMESRA TURMA “Pirataria” e Principio da Adequacde Social A Turma indeferiu habeas corpus em que a Defensoria Publica do Estado de $30 Paulo requeria, com base no principio da adequacao social, a declaracaode atipici- dade da conduta imputada a condenade como incursa nas penas do art. 184, § 22, do CP (...). Sustentava-se que a referida conduta seria socialmente adequada, haja vista que a coletividade nao recriminaria 0 vendedor de CD's e DVD's reproduzidos sem a autorizacao do titular do direito autoral, mas, a0 contrario, estimularia a sua prética em virtude dos altos precos desses produtos, insuscetiveis de serem adquiridos por grande parte da populagdo. Asseverou-se que o fato dea sociedade tolerarapratica do delito em questo afc Implicaria dizer que o comportamenta do paciente poderia ser considerade licito. Salientou-se, ademais, que a violagdo de direito autoral e a comercializa¢o de produtos “piratas” sempre fora objeto de fiscalizagda e repressdo, Afirmou-se que a conduta descrita nos autos causaria enormes prejuizos ao Fisco pela burla da pagamenta de impostos, & industria fonogrdfica e aos comerciantes reguiarmente estabelecidos. Rejeitau-se, por fim, © pedido formulade na tribuna de que fosse, entdo, aplicado aa espécie a principio da insignificancia — ja que o paciente fora surpreendido na posse de 180 CD's “piratas” — ao fundamento de que o juizo sentenctante também denegara ‘2 pleito tendo em canta a reincidéncia do paciente em relaco ao mesmo delito. HE 98898/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 20.4.2010. (HC-98898) 956 Propriedade intelectual de Programa de Computadortel 9.609, de 19 de fevereiro de 1998, >» st INFORMATIVO n, 4S6QUINTA TURMA. HC. CONDUTA SOCIALMENTE ADEQUADA. TIPICIDADE. {..] No caso, 0s pacientes foram surpreendidos por policiais quando comerciali- zavam DVDs e CDs adulterados € reproduzides com violaac de direito autoral. A tese alegada de que a conduta do paciente é socialmente adequada nao deve prosperar, pois 0 fato de que parte da populacao adquire referidos produtos nao feva & conclusdo de impedir a incidéncia do tipo previsto no art. 184, § 22, do Assim, a Turma denegou a ordem pela atipicidade da conduta e expediu habeas carpus de oficia para conceder o regime aberto mediante condigtes a serem estabelecidas pelo juiz da execugdo. HC 147.837-MG, Rel. Min. Napoleio Nunes Maia Fitho, julgado em 16/10/2010, 15. Infragda penal de menor potencial ofensivo. Considerando que a pena maxima cominada no ultrapassa dois anos, trata-se de Infrac3o penal de menor potencial ofensiva (art. 61 da lei 9.099/95}, 16. SuspensSo condicional do proceso. Cabivel, pois a pena minima cominada nao ultrapassa 1 ano {art. 89 da lei 9.099/95). 17. Competéncia para processe e julgamento. Por tratar-se de infra¢o penal de menor potencial ofensivo, a competéncia para o processo eo julgamento é dos Juizados Especiais Cri nos moldes do art. 61 da lei 9.099/95, aii 18.Consumagao. Com a pratica da efetiva violagde, ou seja, com a pratica de qualquer conduta que configure transgressdo ou desrespeito aos direitos relatives a programa. de computador. O delito é de livre execucao. 19. Classificagao. Crime comum; formal; dolaso; comissivo; instantSneo; admite ten- tativa. § 1° Sea violacdo consistir na reprodugdo, por qualquer meio, de programa de compu- tador, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem autorizaciio expressa do autor ou de quem o represente: Pena - Reclusio de um a quatro anos e multa. 1, §22. Reprodugao de programa de computador nao autorizada. Forma qualiticada. © legisiador inseriu uma forma qualificada do delito, consistente na repraducdo nao autorizada, por qualquer meio, de programa de computador. 2, ‘Sujeito ative. Quaiquer pessoa, uma vez que o tipo penal no exige nenhuma con- dicdo especial do sujeito ativo. 3. Sujeito passive. O autor do programa de computador. 4. Reprodugdo. Reproduzir significa copiar, imitar. Trata-se de conduta comum atual- mente, em que pessoas copiam programas de computador, cam software e outros mais com destinagiio ao comércio irregular. 957 LEIS PENAIS ESPECIAIS - Gabrief Habib 5. Relacdo com o delito de receptag4o (art. 180 de Cédigo Penal). A pessoa que adquire, recebe, transporta ou oculta 0 programa de computador comercializado pratica o delito de receptagdo previsto no art. 180 do Codigo Penal, uma vez que a copia reproduzida sem autorizagao expressa do autor ou de quem o represente configura produto de crime. 6. Objeto material. © objeto material do delito é 0 programa de computador, que, segundo o art. 12 desta lei, é a expressdo de um conjunto organizado de instrugdes em linguagem natural ou codificada, contida em suporte fisico de qualquer natureza, de emprego necassario em maquinas automaticas de tratamento da informacao, dispositives, instrumentos ou equipamentos periféricas, baseados em técnica digital ‘ou andloga, para fazé-los funcianar de modo ¢ para fins determinados. 7, Especial fim de agir. 0 tivo contém um especial fim de agir, contido na expresso para fins de comércio. Tal elemento subjetive especifico do tipo penal deve estar presente na mente do agente, no momento da pratica do delito, sob pena de ati- picidade da sua conduta. 8. Causa de atipicidade da conduta. O tipo penal dispde sobre a reprodugio sem autorizacdo expressa do autor ou de quem o represente. A auséncia de autoriza¢io configura elemento do tipo penal. Dessa forma, caso haja essa autorizacio, a con- duta do agente sera atipica. 9. Consumagda. Com a reprodugao de programa de computador n3o autorizada pelo autor ou por quem o represente, independentemente da obtencdo de qualquer vantagem econémica, 10. Classificagdo. Crime comum; formal; doloso; comissivo; instantaneo; admite ten- tativa. 11.Suspenso condicional do processo. Cabivel, pois @ pena minima cominada nSo ultrapassa 1 ano (art. 89 da lei 9.099/95). > Aplicagdo em concurso. + (ACADEPOL - Delegado de Policia - RS/2009). E crime violar direitos de autor de programa de computador, puntvel com pena de detencdo de seis meses @ dois anos ou multa. Caso a violaggo consistir na repradug3o de programa de computador para fins de comércio, sem autorizac3o expressa do autor ‘ou de quem o represente, a pena é de reclusio de urn a quatro anos e multa. Trata- se de crime cujo objeto material é 0 programa de computador e o objeto juridico a propriedade intelectual, A alternativa esta certa. + §2°Na mesma pena do paragrafo antetior incorre quem vende, expoe 3 venda, introduz tno Pafs, adquire, oculta ou tem em depésito, para fins de comércio, original ou cépia de Programa de computador, produzido com violagao de direito autoral. 958 Propriedade intelectual de Programa de ComputadorLei 9.609, de 19 de fevereira de 1998 Ar 1. Condutas equiparadas, Forma qualificada. © legislador inseriu outra forma qu ficada do delito, cominando a mesma pena do § 1°, 2, Sujeito ativo. Qualquer pessoa, uma vez que o tipo penal ndo exige nenhuma con- dic&o especial do sujeito ativo. 3. Sujeito passivo. O autor do programa de computador. 4. Condutas tipicas. Vender significa alienar mediante certo prego; expor & venda consiste em oferecer ao publico para a aquisi¢So; intraduzir é fazer entrar no pais; adquirir significa obter; ocultar é encobrir, esconder; por fim, ter em depdsito con- siste em guardar, armazenar. 5. Objeto material. O abjeto material do delito ¢ o programa de computador, que, segundo oart. 12 desta tei, 6 a expresso de um conjunto organizade de instrugdes em linguagem natural ou codificada, contida em suporte fisico de qualquer natureza, de emprego necessdrio em maquinas autaméticas de tratamento da informacao, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou andloga, para fazé-los funcionar de modo e para fins determinados. 6. Especiat fim de agir. O tipo contém um especial fim de agir, contido na expresso para fins de comércio, Tal elemento subjetivo especifice do tipo penal deve estar presente na mente do agente, no momento da pratica do delito, sob pena de ati- picidade da sua conduta. 7. Especialidade. O tipo penal ora comentade, nas condutas adquirir e acuitar con figura especialidade em relag3o ao delito de recepta¢So previsto no art. 180 do Codigo Penal, uma vez que o programa de computador produzide com violaca de direito autoral configura produto de crime. Por sua vez, na conduta introduzir no pais, configura especiatidade em relacio ao delito de contrabando previsto no art. 334-A do Codigo Penal. O elemento especializante reside no abjeto material, ou seja, programa de computador produzido com violaggo de direito autoral 8. Consumagao. Com a pratica das condutas tipicas, independentemente da obtencao de qualquer vantagem econémica. 9, Classificagao, Crime comum; formal; doloso; comissivo; instant4neo nas condutas vender, introduzir e adquitir; permanente nas condutas exporé vendo, ocultor eter em depédsito; admite tentativa. 10, Suspensio condicional do proceso. Cabivel, pois a pena minima cominada nao ultrapassa 1 ano (art. 89 da fei 9.099/95). § 3° Nos crimes previstos neste artigo, somente se procede mediante queixa, salvo: I~ quando praticados em prejuize de entidade de direito piiblico, eutarquia, empresa publica, sociedade de economia mista ou fundacio instituida pelo poder publicos II quando, em decorréncia de alo delituoso, resultar sonegacio fiscal, perda de arseca- dugGo tributéria ou prética de quaisquer dos crimes contra a orders tributéria ou conta as rclagbes de consumo. 959 LEIS PENAIS ESPECIAIS - Gabriel Habib | $4* No caso da inciso II do pardgrafo anterior, a exigibliidade do tributo, ot contril j Social e qualquer acessério, processar-se-d independentemente de representacio. 1, Ago penal. 0 legislador instituiu como regra geral a ago penal de iniciativa privada para os delitos previstos nesta lei, trazendo, entretanto, duas excegdes nos incisos ell. No que toca a segunda exceco, prevista no inciso Il, é de se notar que no caso de resultar crime contra a ordem tributdria o érgio acusatério nao pode oferecer dendncia sem que haja o lancamento definitivo, por forga da Sumula Vinculante 24 do STF ~Aplicagéo em concurso. ‘+ MP/AM. Promotor de Justica. 2007. CESPE. Arespeito de aspectos penais das leis espe B) A a¢do penal em relaao a crime de violagdo de direitas de autor de programa de computador é, via de regra, publica incondicionada. is, assinale a opcdo correta. Aaiternativa esté errada, Art. 13, A acio penal eas diligéncias preliminares de busca ¢ apreensao, nos casos de violagée de dircito de autor de programa de computador, serdo precedidas de vistoria, podendoo juiz ordenar a apreensao das cépias produzidas oi comercializadas cam vio- lagdo de direito de autor, suas versdes e derivacées, em poder do infrator ou de quem as ‘ i { esteja expondo, mantendo em depésito, reproduzindo ou comercializando. 1. Vistoria. O legislador imps como candigdo de procedibilidade a vistoria, podendo, i t ‘ CAPITULO VI DISPOSIGOES FINAIS : Art. 15, Esta Lei entra em vigor na data de sua publicacao. Att. 16. Fica revogada a Lei n° 7.646, de 18 de dezembro de 1987, ‘ 960

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