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O NASCIMENTO DA FILOSOFIA, OU BREVE CRONICA HISTORICA DO PENSAMENTO OCIDENTAL RODRIGO SIQUEIRA BATISTA, ROMULO SIQUEIRA BATISTA, MARCOS PAULO SFORZA DE ALMEIDA RESUMO - Téo apaixonante quanto intrigante é 0 longo caminko percorrido pelo homem grego para 0 alcance do saber filosofico. Partindo de wm tempo no qual 0 conhecimento embasava-se nos mitos een uma “misteriosa” sabedoria antiga, os helenos calcangam dentro de um contexto social, politico e econémico favordvel ~a percepedo diferenciada do mundo, sob uma perspectiva totalmente nova ~ a preponderincia da razéio. Passam a ser concebidas explicagdes ldgicas distintas de um contesido mitico, com enfoque inicial sendo dado a natureza (physis), sem, no entanto, romper-se abruptamente com a ideago mitica pertinente ao Homem ~ tal qual é, erroneamente, propagado por alguns. Este avango, indubitavelmente, constituiu-se no esteio precipuo ‘que, ao longo da histéria, propiciou ao homem a melhor compreensiio do cosmos e de sua prépria natureca. ABSTRACT - In this article willbe discussed the historical context and the conceitual {foundations that promoted the bases for the dawn of a new way of conceiving the world the philosophical thought Introdugio “A natureza gosta de ocultar-se.” (Heréclito de Efeso 540-480 a.C.) Remonta as origens do homem a busca por solugdes para os problemas referentes & natureza, sua ‘rigem, 0 mado como ela se comporta es transformagdes que nela se verificam. Estes questionamentos levaram, em uma primeira instancia, ao surgimento dos mitos para a explicag3o dos fendmenos niio ‘compreendidos. 'Nao houve, como possa se pensar, uma ruptura traumstica dos mitos para a razio. Em diltima andlise ‘0 que ocorreu foi uma “revisio” das explicagbes miticas, que desembocou no advento de uma nova forma de pensar 0 mundo ~ por volta de 600 .C. Cem anos antes, Homero e Hesfodo haviam confeccionado um apanhado da mitologia grega. Os pionciros da filosofia (Tales ¢ outros filésofos de Mileto)criticaram a semelhanga dos deuses com os humanos, mencionando que talvez os mitos fossem pura imaginagio dos homens, Estas criticas associadas & nova estruturago politica e social da Grécia (Cidades-Estados, nas quais os cidadios podiam dedicar-se livremente & discussio de temas sociais e filos6ficos. pois todo 0 trabalho bracal era desempenhado por escravos), propiciaram o desenvolvimento de uma maneira de explicar os fenémenos, nao mais através do mito, mas sim por uma nova postura melhor calcada em uma azo “positiva”, sem recorrerAinterveno direta das forgas divinas para explica¢3o do cosmos. Entretanto, apesar das crticas dos primeiros fil6sofos a concepgao mitica do mundo, a filosofia nao se caracteriza por ‘uma ruptura radical com a mitologia, mas sim por um fluxo gradual a partir desta, pois ao pensamento dos primeiros fildsofos podem ser tragados insimeros paralelos com os mitos proprios do seu tempo. Revista da SBHC, n. 18, p. 73-80, 1997 B [No presente artigo, discute-se de forma global o contexto histérico e a fundamentagio conceitual que propiciaram as bases para o alvorecer de uma nova forma de conceber o mundo: 0 pensamento filos6fico. Civilizagéio Grega - Breve Revisio Histérica ‘Onascimento da filosofia (“amizade a sabedoria”) est intimamenterelacionado ahist6ria da civilizag30 grega. Com um contetido preciso-~uma explica¢io racional para aorigem e ordem do cosmos (cosmologia) aceita-se que a filosofia surgiu nas coldnias eregas da Asia Menor, sendo Tales de Mileto o primeiro fil6sofo de que se tem noticia. Em termos gerais, a historia da Grécia Antiga pode ser dividida nas seguintes fases: Primérdios— A civilizagio micénica No comeco do segundo milénio a.C., uma nova populagdo ~ de origem no muito bem definida ~ irrompe no contexto mundial, vindo a modificar a estrutura mediterrinea 0 mundo Egeu e a peninsula Grega. Era o infcio da constituigdo da civilizagdo micénica, os antepassados do homem grego. Este povo de espirito aventureiro, dotado de um estilo diferente de vida ~ armas de bronze, ceramica ccaracteristica, machados de guerra — iniciou suas conquistas a partir da Grécia Continental por volta de 2000¢ 1900a.C. Durante sua expansio, foram marcadamente habeis na arte da guerra e dotados da capacidade de assimilar 0 que havia de mais dtl das culturas com as quais entravam em contato. Periodo Tardio do Bronze (Os antepassados dos gregos evoluiram na cultura (passagem por Creta), na guerra (arte de dominar os ‘avalos ~ Tria) e redefiniram a estrutura social, arquitetOnicae politica das civilizagdes por onde passaram, estando a partir deste momento integrados a0 mundo do oriente préximo, pelos indimeros contatos & intercmbios. ‘A civilizagao micénica se apresentava estruturada sobre um regime de “economia palaciana” ~ A proposgio de umm problema dialético est itimameate relacionada& do enigma ~ forma de problematizar questes, ‘muito empregida pelos sibios pregos da antiguidade ~, sto que ambas sto explicitads sob a forma contraditéia, Entende-se pois qv, formulasto racional é um alo conieuo 20 pensamento mio ~ iniiase a partir deste sto 6 slo dune etapa sucesivas de wim mesmo processo Revista da SBHC, n. 18, p. 73-80, 1997 16 (Ocasamento” entre Mito e Razio: Germinacio de Movimento Filoséfico Noprineipio,os homens, na busca pela compreensio do Todo que os cercava,repousam suas respostas ‘nos mitos.Eubsqua aexistencia de um certo desprezo pela ideagao mitca. Sem embargo, incoree-se em um rave erro de avaliagio crer que, repentinamente, © homem abandonou seus mitos e ps-se a pensar racionalmente. Nao € sensato (nem tampouco inteligente) desprezar a visao mitica como ponto de partida para a ideagao mais “racional” (no sentido de nio-mitico); em verdade, ela significa o primeiro passo, © primeiro esforgo da humanidade nesse sentido. ‘A pergunta que forgosamente se impie € como o homem passou a pensar de forma nio-mitica? ‘Analisando alguns autores, fica a idéia de que houve um verdadeiro “salto” ~chamado genericamente de ‘milagre grego”. Aos menos avisados, pode parecer que, de forma repentina, os gregos comecaram a ‘buscar explicagdes racionais para alguns fenémenos,principalmente relacionados &estrutura da natureza Esta é uma idéia totalmente errOnea e ingénua pois ap6s andlise minuciosae imparcial, podemos perceber ‘uma inegavel congruéncia entre os mitos cosmogonicos(mitos que descreviam a formagio do universo) © cosmologia dos primeiros fildsofos. Indubitavelmente, o dito "milagre prego" (que em sino possui nada de “miraculoso”), fo rato, entre outros fatores, de uma nova organizagao social e politica propicia (ver t6pico Civilizagao Grega ~ breve revisio histrica), ocorrida em todos os planos do mundo grego~ religioso, politico, sociale intelectual ‘Coma queda dos regimes inspirados no oriente ~ nos quais 0s reis-sacerdoies detinham 0 poder politico € religioso, alm de serem responsiveis pela manutengao da ordem césmica através de rituaisinspirados nas narrativas miticas ~, houve um periodo de certa obscuridade do povo erego, onde lentamente foi sendo preparada essa nova ordenagio, Além disso, perde-se, paulatinamente, a iniervengio dos deuses ~o mundo passaa ser mais humano, isto, menos subserviente a vontade divina.A principal caracteritica dessa ordem que surgiu pode ser percebida no campo da politica, onde desaparece a figura do rei- saverdote para que surjam as cidades-estado, muitas alicergadas sobre regimes democriticos. ‘Assim como a nova ordem politica permite aos cidadaos esse “encontro” de idias, que se defrontam provocam nos homens a necessidade de um esforco intelectual mais intenso, seguem-se,em sua esteira, a5 concepgdes referentes & natureza. Os mitos passam a compor os rituais religiosos, os mistérios das Scitas secretas, e a enorme influéneia de toda uma histéria da qual ninguém jamais poderia se esquivar. Mas, olhando para a natureza, 0 homem vé que existe a necessidade de prolongar sua nova experiéncia intelectual até seus dominios. E preciso buscar respostas na razio, no confronto de racioeinios, na formulagdo e refutagio de teses. Existe pois um vinculo forte entre a sociedade ea natureza. Antes, ambas estavam reunidas sob 0 véu dos mitos. Neste contexto, 0 cidados gregos tomam, entéo, 0 mesmo modelo contestat6rio e analitico ‘de pensamento para ordend- ls, pois nao fariao menor sentido um povo “adotar” um regime democratico, ‘onde a divulgagio eo debate de idgias sio essenciais, se permanecesse agarrado exclusivamente ao mito ro que conceme as explicagées cosmogénicas. ‘Biseado nessas premisas, entende-ve que o mundo gregodiferenciou-se como um todo do restante do mundo conhecido naquela época. A partir do desenvolvimento do pensamento, as respostas de cardter puramente mitico para os fenémenos natutais foram sendo esvaziadas. De qualquer forma, os primeros ilésofos ou pensadores no podiam se livrarfacilmente daquela influgneia cultural tio arraigada 2 vida das pessoas de seu tempo. Podemos perceber 2 influéncia dos mitos sobre o pensamento desses homens (sobretudo os pioneiros) justamente pelos problemas dos quais se ocuparam. Os primeiros fildsofos de que temos noticia sio também conhecidos como fisicos ou filésofos da natureza, exatamente Por se ocuparem de questies envolvendo os processos maturas. (Os Pioneiros da Filosofia ‘© que nos ird chamar atengdo no pensamento desses primeiros fil6sofos — hoje denominados pré- socriticos ~ seré uma idéia que foi comum a praticamente todos eles: a de que havia uma substincia fundamental na natureza, de carter eterno ¢ imutavel, origem de todas as coisas e a partir da qual as ‘modificagSes se processavam. A maneira como procuravam explicaressas transformagdes ea esséncia da Revista da SBHC, n. 18, p. 73-80, 1997 1 natureza, apresenta, muitas vezes, grandes diferengas em cada um dees. (0 foco principal que intrigava esses pensadores era o fato de, pelo menos até onde afirmavam os sentidos, ocorrer constants tansformagGes na natureza. A combustio, a solidificagio e evaporagio da {gua, 0 nascimento de imimeras espécies de vegetais que brotam na tera (aparentemente inete)eram pontos centrais do pensamento Admite-se que a filosofia tenha surgido com Tales de Mileto* - Aristételes 0 apontou como o“fundador di filosofia natural”. Podemos defini o que se conhove acerca de suas idias sobre a natureza em duas premissas "A Tera flutua na égua” “a dgua € origem de todas as coisas” (Kirk, 1994). Quanto a primeira premissa,¢ provvel a influéncia de mitos do Oriente prximo, bem como omito do rio Okeanos na tradigao grega, segundo a qual esse rio circundaria toda Terra; mas essas so apenas suposigdes. Referente a sepunda, nao € possivel terse uma idéia clara do que Tales estava realmente «querendo dizer com a “agua €origem de todas as coisas até que ponto essa afirmativa era importante em sua cosmogonia Fica expicto, apis anise atena, oesforgoinclectual quer deve ter sido demandado por Tales até aque se aleangasse esta proposigio, no langando mao dos omamentos mitolégicos'. Este constiuiv-se ‘mum passo decisivo em diregio&racionalizasia do mundo. Um diseipulo de Tales, Anaximandro de Mileto,postalou que o mundo originara-se do indeterminado (0u infinito) ~ 0 qual denominou dpeiron.Cria também que a formagio do mundo foi conseqUente a um movimento turbulento operando dentro do dpeiron, Discordava de Tales no tcante&origem das coisas, possivelmente por nao acetar que uma substincia com propriedades determinadas (agua) pudesse ser ‘originadora de todas as outras ‘Anaximenes de Mileto €considerado oterceio nome da histria da filsofia. Adotou também a idéia de uma nica substincia geradora, mas a0 contrrio de Anaximandro, determinow o ar como origem de todas as coisas ea causa das constantestransformagdes da natureza, O ar de Anaximenes,& semelhanga do peiron era perpétuo,sendo encarado como “um sopra de vida" sustentando 0 cosmos. Acreditava que, por rarefagio do ar. era gerado 0 fog0 e, por sua crescente condensagio, a gua e a tera, Este pensador fo otinico filésofo pré-socritico a expicara diversdade eas transformagdes da natureza em fungao da modificagio de estados de um tinco elemento ‘Apds as primeinas concepgdes milésias destnadas 2 explicar 0 mundo ~ de Tales, Anaximandko € Anaxmenes ~surgem Parménides de Ei escola clata) e Herdcito de Efeso, pensadores que conduziram © pensamento filosdico a um verdadeiro impasse Para Parménides, tudo o que existe sempre exists, isto, as cosas do mundo sio as mesmas desde 0 inicio dos tempos (conceto est bastante difundide ene os gregos). Sendo assim. ee afirmava gue nada surgiado nada e nada que existe pode ransformar-se em outa coisa 0 mundo foi concebido e permanece imutavel, ara refutaro que a natureza Ihe mostravaconstantesransformagSes -.optov por admitr que 60s sentidos eram falaciosos, jamais podendo ser uilizados como guias da ealidage ericlito props uma explieagao que se chocava fronalmente com as esesparmenidianas ~baseada nas transformagdes da natuteza. Para ele “tudo flu “todas as coisas estio erm movimento” ~e € esta 4 principal caacteristica da natureza (o mais imutavel do universoé sua mutabilidade). Dessa forma, @ ‘origem das coisas sed com 0 continuo movimento da natureza Era claro que Parménides conhecia essastansformagies, mas porno conseguir encaixé-las em sua concep. diziaquceram frato da iso dos sentido e que o homem deveria ver o mundo somente com 5 Enivetant, hd de se ter cuidado para tata com este fato poi, & repreensivel a ida de que, subitamente, um e thaminado” comegase a flosfse... Ean convencidos que esta visto aio eorresponde & verladebistrea dos fats <, por iss, Gafase quse constante, em uma passagem tne do mito para 3 12230. 4 ainda qve muitos autores taser conjecture tespeto dessa aiemativa, fica diel! rar ama conclusto segura, por se trator de um nico Tragmentossolado 5 Tales nio utiliza a ideagio mitica propriamente dita para sua formulagio. Sem embargo, a ilugncia dos mitos nest afimativa-— por exemplo, 0 mito do ria Ofeanor — & importante, Nao hi rupturas: a "passagem” € gradual. Revista da SBHC, n. 18, p. 73-80, 1997 B a rario. Estabeleceu-se, assim, acérrima discordancia entre os dois filésofos, colocando 0 pensamento rego em xeque. Coube a Empédocles de Agrigento a resolugso do impasse, através da conciliagio das teorias de Parménides e Hericlito. Em sua opinio havia acertos ¢ incorregSes no pensamento de ambos fil6sofos, sendo o principal erro a aceitagio de um principio tinico, como esséncia de todas as coisas, Chegou, entdo,d conclustio de que a natureza possuia quatro elementos bisicos. fazendo-se interessante analogia aos mitos: ar (Hera). égua (Nestis). terra (Hades) ¢ fogo (Zeus). Assim sendo, todas as transformagdes da natureza decorreriam da combinagio desses quarto elementos, o que de acordo com as porgdes de mistura utilizadas, daria origem as indmeras coisas do mundo. Em um dado momento, os elementos separam-se para, novamente, se combinarem, dando origem a outra forma. Entretanto, os quatro elementos continua a ser © que sdo. inalterados, a despeito do tipo de mistura de que fizeram parte 0 fil6sofo Anaxigoras de Clazbmenas era também contritio 2 idéia do elemento tinico, embora discordasse que a digua, terra, are fogo pudessem, ao combinar-se, dar origem 3 infinidade de formas que ‘compte o mundo. Ele acreditava que a natureza era composta por uma infinidade de particulas mindsculas, invisiveis ao olho humano € que, na verdade, tudo possuia um pouco de tudo. Essas particulas se ccombinavam e se separavam de manciras diferentes, dando origem as diferentes coisas. Outros dois eleatas trouxeram contribuigSes & nascente filosofia, principalmente no que tange aos preceitos de Parménides: Zeno de Elia e Melisso de Samos. Ambos pregavam as concepgdes de um ser ingénito, imperecivel, uno, continuo e imutavel. O projeto diltimos destes pensadores era a defesa dos ‘argumentos de Parménides acerca do ser. Os conceitos dos primeiros fil6sofos, bem como as contribuigdes de Anaxégoras, Zeniio e Melisso, formaram terreno féntil para a desenvolvimento, por Leucipo e Demécrito de Abdera, de uma corrente filosética que, posteriormente, culminaria com a formulagio da teoria atmica: 6 atomismo, doutrina de acordo com a qual acreditava-se em um mundo composto por particulas minisculas, indestrutiveis ternas ~ os tomas (do grego “nao divisivel” ~ 4 / romeo). Esta pode ser considerada a altima grande ‘contribuigio pré-soeritica a filosofia pois, partir de entao, 0 eixo da problematizagao filosdfica desloca- se da natureza para 0 homem (Sécrates e sucessores) Consideragoes Finais A filosofia, ao nascer, vai encontrar-se em uma posi¢ao ambigua; flutuard entre a sua inspiragio nos rmistérios, no enigma (sabedoria antiga) a razo do debate politico. Com isso, as discussoes tornam-se cada vez mais importantes, afetando um maior nimero de pessoas ~o que caracteriza, em diltima instincia, ‘onascimento da filosofia como .o momento no qual individuos livres, com disponibilidade para o estudo, passaram a refletir sobre as questies filoséficas, sem ter que recorrer somente a respostas misticas. CComegaram a haver explicagbes ldgicas e racionais (reforga-se aqui o sentido de “racional” como nio- ‘mitico) para as coisas. © homem comega a observar o mundo ao seu redor ea analisar as coisas, criando teorias a respeito. A filosofia respira e se prepara para seguir o caminho que se confunde, ou melhor, que a propria hist6ria do homem. [Neste contexto, os primeiros filésofos gregos, também chamados fisicos, comegaram a se interessar pela natureza e pelos processos naturais, principalmente ~ para alguns pensadores, com Tales haveria nascido a Cosmologia (uma ciéncia) ¢ no a filosofia propriamente dita... Para o aprofundamento dessa discussio, era necessirio conhecer a origem das coisas, de forma fundamentada, no mais bascados cexclusivamente na explicagao por mitos, Todas essas idéias sio frutos da observacio e da reflexao do homem, reformulando-se as explicagSes sobrenaturais relativas aos deuses ou entidades: a razio surge ‘como o elemento mais importante do conhecimento humano, A observagio, a razdo ea reflexdo fundamentar, @ inicio do pensamento filosético. Invariavelmente. a filosofia significou 0 nascimento do pensamento Revista da SBHC, n. 18, p. 73-80, 1997 jocidental, sendo a base para todo o desenvolvimento cientifico € tecnol6gico vislumbrado no mundo contemporineo, Agradecimentos Agradecimentos a Sérgio L. de C. Fernandes (Professor Titular de Filosofia Geral da Universidade do. Estado do Rio de Janeiro), pela leitura critica do manuscrito e sugestOes apresentadas. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ARISTOTELES. Eticaa Nicémaco. In: ristteles. 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Marechal Fontenele, 4784, Vila City, rua, casa 152. (CEP: 21750-000 ~ Magalhies Bastos - Rio de Janeiro —RJ, Brasil Romulo Siqueira Batista 6 Bacharelando em Filosofia do Instituto de Filosofia e Ciéncias Humanas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil Marcos Paulo Sforza de Almeida € Bacharelando em Filosofia do Instituto de Filosofia e Ciéncias Humanas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil Revista da SBHC, n. 18, p. 73-80, 1997 80

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