You are on page 1of 302
PIERRE GRIMAL DICIONARIO DA MITOLOGIA GREGA E ROMANA ‘Teatugto do Vitor labile 5? edigdio B ERTRAND BRASIL “Tilo egal: icuomate la Mihai Gece Romaine sans Inpro no Bras Printed rac 1 Mag no ~ Dini Tale “Todos os dios reseraos pl: EITORA BERTRAND BRASIL LTDA, ug Apo, 171 ~ andar ~Sip Casino 2i924-~Rde anto-P Ta: OO) ABSA Fue (DOR) 2887 ‘ioc emia oul et cheap gue nog sma pein rea po eso & Esher Atendemes polo Reembotso Postal INTRODUGAO A EDICAO PORTUGUESA ‘un myteet peru comme mye pa ut eer, in eons ener Euiado pela primera vez em 1951", © Diciondrio da Mitologia (Gregae Romana, que ora se apresenta. 20 piblico itor da lingua por- ‘uguesa, mantém actuals os princpios que orientaram asuaelabora fo. Come afirma, na wlntrodugo»,o Autor, Professor Piette Gri- ‘nal um dos mais emérts classiisas Frances contempordneos, sta ‘bra ambicionavaconstuir «um reportério cémodo das lendas¢ dos mitos mais ctados ou uilizados na literatura antiga». De fact, © Diciondrio da Mitologia Gregae Romana, obra de consulta correnic, ‘cumprecabalmente a fungdo esbosada eproporciona, de uma forma breve mas correcta, a apresentagdo das linha definidors dos prin- ‘pais mitospregos romanose,complementarmente, fornece a 00- 48esindispensiveis compreensio dos textos dos autores elissieos, tao rcos em conteddo mitoldsico. [Nao se tratando de uma obra de toria ou de critica, © Diciond- rio surge como um intrumento de consulta para quem pretenda Aocumentar-se sobre as figuras eos temas das mitologas pega ero- ‘mana ou, também, como um insirumento de esclareimentor4pido de pormenotes micas. Nesta pespestiva, 0 interes da obra n80 fe crcunsereveexcisivamente aos etudiosos das iteraturas antiga be expresso grcgac lta; todos os que no seu prcurs cultural se confrontam com 0 cenéro, 0 enredo, 0 epsOdi0, a cena, @alusdo, ft personagem, a metsfora, o nome, oepiec, 0 smabon oa 9 rele Fente da mitologaclssica encontrar nesta bra uma primeca res posta para satisfazera sua curiosidade, A apresentag descritiva © ‘quae ausncia de solugdesinterpetativas coavidam 9 unizagéo do ‘Diciondrio peo letor nao espeializada embora, por outr lado, 8 lapresentacdo de uma bibiogrtia elemenrar (Fontes etsdos} posse Dice a sua exploracao como obra de referénca bises (O eitoriterestado em aprofundar os seus coahecmnentos da te mética mitelbgica poders recorrer, complementarmer'e, a outras ‘obras. Para alem dos tradicionais Dictionnaire lustre dela Mytho- lopie et des Antquits Grecques *, de P. L2vedan, ox do Dietion- naire des Annigutés Grecques et Romaines pres is textes et les ‘monuments contenant explication des termes qu se rpportent aux Imocurs, ux sitions ala rligion,e! en genera Tove publique (er privée des anciens', de C. Daremiberg, E. Saglio e E. Poster ‘bras actuaizadas, quanto &informacao mivoldsica, pelo Dicio- nario de P. Grimal —, ou, 8 um nivel mais exigente de pesquisa, a indispensivel Rewl-Eneyclopadie der Kiassischen Aitertumswis- senschaft, de Pauly, Wissowa e Krol, oinirumento de eeferéncia fundamental numa pesquisa mitol6gica aprofundada continua a set obra publceda por W.-H. Roscher, 0 4ufuriches Lenton der Grie- chischen und Romischen Mythologie. Advionese a esas obras 0 ‘ctualizaisimo ej inispensivel Lexicon fconosraphicum Mytho Topiae Classica (LIMC)*, obra cotestiva ern cutso de pubicagdo © complemento natural, com: grande copia de documenta iconogré fica, das obras de refertn'a anteriormerse cada ‘Seno momento da publicagdo da primera edo fren ‘ue, ainda consequtecia dos exageros de algimas i rada com descor/iar'¢ deseré dito — o seu periodo de recuperasto ede airmarte como citi fa verdade€ qe, no momento actual, asua eplastacioe aetag30 so inguesionavels. Correntes de investgacZoe de opto apenas ‘sbogadas ov em fase de desenvolvimer'o Na época de reducga0 do Dicionario acabaram por comprovar a sua efcdca cone 0s resulta 4s obtidos. Tomando como ponte de partida cronci6gico 0 final ‘Minis sa Aes sae a a 4d Guerra Mundial, podemos — seauindo actasificago proposta por Edmond Leach” e ainda gevalmente aceite, apesar da difculdade tristenteem sstematiar um conjunto de lishas de ap-oxmagao tiversas — agrupar em Us erandestipos as teoras que fundamen- tam as pesquisas miticas contemporineas: 1. eonasfancionalistas; 2. teoras simbolistas; 3, tora extruturlisias. Segundo estas prs pectvas, a mitologiaafirma-se como uma verdadera cnc, recor endo a metodologias propeias.operando em direeyes muipias © apouando-se em outas discplinas(pscoioea, socioloia,etnologa, histéria das relgies, ingusuia, gnosologa, antropolaga, et.) (Os mits ~ reacydo positva as interpretagdes «pan-comparaivitay (Gobretudo anteriores I Grande Guerra) — sto entendidos como ex. plicagdes diferentes da Flovoia ov da eéncia,resando-e, pos, Sua classificagdo como expresso de mentaidade primiiva. Em odo ‘© processo de evolugdo e implantagdo da wcigncia dos mitos» pa tentea importncia dos estudos sabre as mtologas sre e romana, ‘Bronslav Malinowski* (1884-1942) €o autor que pode resumit as posigdes funcionolisas, que partem de uma realidade que deriva dda expenéncia: 0 papel deserpeahado pelos mos nas socedades em ‘gue permanecem vvoxeactusntes,O funcionalisma no procure des- obriro significado espirital og inelectual das nacraivas micas, nas, im, ealyar a funcio social que desempenbam na vida comuni- tari, O mito fundamenta or usose as normas basicas do convio, ‘ropondo uma justiiagao narrativa tradcionalmente aceite por: ‘dos: «Estudado vivo, © mito, [..] nda € simbolio, ndo € uma ex- reso directa do interes Cietofico, mas uma rescureigio narra ta de uma realidade primoria, conta para satitago de itengdes relpiosasprofundas, de dsejos mora, de submissdes soci, de ce terase, até de neessidades pris, O mito cumpre, na cultura pe- mitiva, uma funcdo indspensavel expres, aventsae coca & ‘renga; prtepeeefosaa moral: vgia acacia do ritual edecertas regraspriticas para a orientacdo do homer. O mito ¢, asim, um ingrediene vital da civiizaylo humana; ro € ura fabula va, mas lum Tore eiadora activa; ndo € uma expiaydo intelectual 04 uma [ig ti aay aie Shc a tai Ria roi ‘ed napaptin mre, ian, Une o in Po ‘Aman en a ek Rk 3 Mae imagem artistic, mas ¢ um prviéglo pragmtico da primitva e dda sabédoria moral.» ‘Sem se pretender afiemar wma relagHo directa e imediata com 0 funcionaismo de Malinowski, ¢ possivelveriicaraproximacdes na importante obra de M. P. Nilsson (1874-1967) (tengo renovada fem relagdo 0 aspect cultural do mito e sua repercussfo na vida {Sos Antigos) ena corrente designada por «teora do mito © doris ‘wal, representada, por exemplo, por J. E. Fonterose! ou Theo dor H. Gaster™. Na linha dos grandes estudiososalemes da reli feito eda mitologia antigas dos finais do século XIX edo inicio do Seculo XX — L, Preller, C, Robert ou 0 jf referido M. F. Nils ‘son —, Walter Burkert™ (0, 1931) analsa os mitosrealgando asim Dlicagdes socials ea sua coesd com o ritual, valorzando a actuagdo funcional. Burkert considera 0 mito, que prtence ao nivel ing tico, um conto tradicional aplicado a algo de Intresse para acolec- tividade, transferindo, assim, a sua imporiincia nfo para © mo- ‘mento da eragdo, mas, sim, para 0 da transmisso e presevagio. onto tradicional atuallzado como experiencia verblizaa, o mito define as suas proprias marcas histércas: «A narratva tradicional ‘sti sempre pressuposta como forma verbal no proceso do ouvir €| {do contar de novo e 56 pode sobreviver como forma estanda ‘ada, Nesta medida, o mito € uma sinese a prion. A alias. Felagdo com a realidad, € secundaria e a maior parte x6 parcial mente cera: & narragdo tem 0 seu “sentido proprio” »™ «Mites io estruturas de sentido.»"™ Mek Men Pte plese Ma, rand on ad Get Regi, No oC net Pre 1 Gs de rece noe 7k a heey On he Ga ihe {Der pes Uae of aria Pr Ca My Oa Pein ta Ge, Lan ero, Cet Paty Ne Yr aan Ce th A ty of pc myth ed oie, ey ety of aoe Fh TG ese La ag ate ef a Pr ‘haut eyo ih ees area Pe, se Hon Ns oe Ag, eo Uy Pe, Se ‘Sivan yn Get lg edu bers Soe, Unie af Ce ‘renner och mt can Ein dL Posen, sO mt, Cmte, le rm 89. Entre as perspectivas simbolistas da analise mitolésica, ‘onsideram-se os autores que encaram 9 mito como um modo dife- Fente de exprimir 0 pensamento, a cultura ea forma de obsewvar 0 ‘mundo, Tomando como referentesedrcos os trabalhos de Creviet fe de Schelling, autores tao diferentes como E. Cassirer, 5. Freud, C. G. Jung, K-Kereny, W. F. Oto, M. Eliade, P- Ricoeur (00 G. Durand tém em comum 9 admitiem o simbolo,tautegrico, ‘que se afirma asi préprio,implcando a interven de reagBes fun: damentis, como a actividad isica ea vontade. Trata-e de um ou- tro tipo de inguagem, colestva, mais emotivae rca, exprimindo © ‘que no pode ser expresso diectamenteno falar cortente. Os mitos diigem-se, pois, ndo apenas 20 entendimento, mas, também, fan tasiae a realidad, E, Cassie (1874-1945), sobretudo em Philosophie der Spmbo- {sche Form, aimase com um pensadorprofundoe orginal numa base de hermenéutica Mosca eo seu pensamento, apes dea sua ‘bya er sido escrita em periodo anterior ao que esta meteer a nossa ‘atenedo, va ser actuanteposteriormente.O mito apoia-e sobre uma, fore postva da figrasdo da imaginagdo, mais do que sobre uma tespcie de dficiéncia do esprit, sendo, asim, forma que cri sig- aificado. Forma de pensamento, forma deintuio e forma devia, ‘mito pode apenas ser histériaverdadeica, mesmo que o sea name Aida em que estabelece uma relagdo om 0s elementos formas est ticos da experiéaca, os nicos aque é postive aibuir a qualfca (io, relative, de objectividade, Mas do que consequénca de uma Seficitncia da linguasem, o mito € considerado, a luz da actividade fermadera que Ine € propria, milagre do espirio enigma. Cassiver considera 0 mito como uma ndo pefeta distingio entre simbolo e ‘objcto do simbolo:o mito surge espritualmente sobre o mundo das ‘coisas materiais como expresso colectva,podtica e primordial die- Fente do pensamentoligico Entre os sepudores de Cassie refirmn- se W. M. Urban (a mitologia €0 Fundamento da relgiao, que usa ‘linguagem do mito para simbolizar uma relidade nao mitologica, ‘eum forma bastante elevada de conhecimento) e Susanne Langer™ (embora também com ntidasinfugncias de A, Whitehead e da se- rmitiea de Ch, Morris. Paap ae mtn Forme non Le pena ds ome to es Peron in tat New Rene Vee Pr Bt Scan hore amano, en Yr Dass (2 pa te Rn, PRs |W, Oxto™ (1874-1958), um fltogo clisico, exprime uma con: epee inovadora da itoogia eda fligit ao afirmar que os deu- Ses regos, como sie apresentados, por exemplo nos Poemas Home. ‘reas, sio imagens simbolicas de ua intugao vital no taduzivel ‘eoutro modo. E através dles que se exprimea visio reliviosa, oe ticaemitca dos gegos. O mito €0 que. homem apreende da divin dade eo culto éa adapiagio a diferenga entre o humanoe odivno, “A ovientacio pscanaitica, devenvolvida a partir da teorizaga0 «dos estudospionstos de S. Freud (1856-1939), continua a ocups ‘om lugar de destaque entre as correntes«simbolicas» de interpreta- {fo do mito. 14 em carta ao Dr, Fliessdatada de 15 de Outubro de {so4, Freud referencava a tragidia Ret Eaipo de Sfocles como exem- plo caractrizante da matrlalizaeao do complexo nuclear da teria Psicanalitca, O mito € consderado, sob 0 posto de vista filogent: fico, 0 que 0 sonho € sob o ponto de vista individual. Se 0 sonto se texplca pela ibdo pessoal, © mito — sono de um povo — expica ne pela libido colectva. ‘Os continuadores de Freud, disipuls e dissidents, insstram 1a utiliza do material mitldgico como referente e como corpus base de trabalho. Ein termos de teorizagio, merece referencia desta cada C. Jung? (1876-1961) ea sua teria des argueipas Para Jung, ‘os arqutipos soos herdetos do mais antigo passado; sto os ago Tornados hereditarios das primeias experincias ensenciais do ho- tem perante natureza, prante os oulfos homens e perantes pro- pri. Mais tarde, Jung encare os arquétipos como modos de com- portamento universal ipco, que correspandem a formas de conduta| bolic, a prineipios regulamentadores ou, nda, a formas «prior! Thee wh han fer Nen York, Bogen a, 1 Thema cf. New Yor a P. 1 The ty He, Boson Beco. 3 Lami vere arma, Pn Pama 198. 2 teagan 2. ° Homapdae he ot id mat an PnP. 1s Leena darren Ger a eo, Ors Aen Ee ‘pak ie aint, La a, ere rente inerente poesa (s dominjos das duas chocam-s), uma arte ‘com dados materasparicularesv™. Existe uma materia especial que ondiciona a arte da mitologi «é uma soma de elementos anigos, \wansmitidos pela radicdo, watando de deusese de eres divine, de ‘combats de herds ede descidas aos infernos, elementos contids nas farrativs conhecdas, masque, contudo, nao excluem qualquer mo- Gelagem mais ompletay”-A mitologia informa a vida socal do ho- ‘mem antigo e € um trago basco da sua vida comum. Essas imagens ‘04 elementos narratives, que surgem na narrativamitica com valor ‘imbbico fundamental, sio designados por miologemase to cor ‘Sderados expressto da psyche colectiva do povo que criou a mitologia™. Os mitologemas correspondem, de certo modo, aos ar- ‘quétipos de Jung. A mitolgia informa a vida social do homer an- igo € um tago bsico da vida comum. A ands mitolgica pode, nesta perspeciva, reir sobre acomparacdo entre as represen de uma mesma imagem mica, isto €, as materialzacdes de urn mi tologema em mitolopiasdstintas. Esta perspectiva de letra do mito ‘exemplficada por trabalhos virios: Jang e Keren, na obra cta analsam o tema do menino e menina divinos; 0. Rank”, odo nas Cimento do herdi;J- Campbell, © do whersi com mil rostos ‘0 pensamento de Georges Gusdorf (1912), sebretudoo expresso ‘ng obra Meet metaphysique. Inroduetion la pilosophie™, ex plora uma concepedo simbdlica, que, derivada do exstencialsmo de ‘Kar Jaspers, considera o mito como pré-hstria da filosofa, pr _mcir conhiecimento que o homem adauire sobre ee prbprio e sobre fo meio; o mito € a estutura desse conhecimento™. Para Gusdorf, a consiéncia mitica que permite aloalizasdo da rardo na exstén ci, que insre a rardo na sua totlidade — porque, abandonada a Si prdpria, permaneceria como suspensa no abstfacto, sem integra. ‘0 no mundo real. Sea mitologia uma primeira metafisica, a me- {aflsica deve ser compreendida como uma mitologia segunda’. Roger Calli" (1913-198), a lina do pensamepto de O. Rank (Godas as histrias de nascimento de herds — Moists, Ei, REmulo, ‘Tisto ou Lohengrin — seguem sensivelmente a mesma sequénc Sop aan ‘ern bth, Nw Yor Londn, Base — Rau so a Pal ‘empha br ofr New Ne, Ng ay, BAP Dan Um a at Cee Pha Pay Cali, WO tematica“), considera que o hero nase de uma resolugdo imagind- fia de certos confitos interiors, como os provocados pea rev do filho contra es abus imposts plo pal. Maso individvo nao pode ‘sontentar-secom um soho, mesmo realzador:pretende indentiicar se com 0 hero, rardo pela qual o ilo se concretiza sempre num ‘ital, A nivel pricoldgico hé uma ruptura entre o onto ea ac¢40; has sociedades, pelo eonteirio, os mites gram comportamentos ‘A cxemplifcagao pode set feta a parti de casos contempordncos ‘onazismo ea Ku-Klux-Klan. A teria psicanaiica conver, asim, a: hd um ponto deencontro ene as situagaes Soca eas que resultam dos complexos da libido. Os mites, como instrumentos do saprado,sio abslutamentesimétricos com a5 ra- Tidades animals (compare'se, por exemplo, as mascaris que asumiem ‘a morfolopa do nsecto 0 canbalisme amoroso do iastinto do louva- ade). “Mircea Eliade (1907-1986) tenta, numa base simbolist ¢com= parativistaperspecvada a partir dos trabulhos de Jung e enrique: fda com a fenomenologia de Huser, definiro fenémeno mic. [Apresentando-s como shistoriador das religiey», M. Ehade afiema ‘ue 0 mito tem uma funsao rlgiosapossve e€ a base de um ss tema hermendutico", 'M. Eliade define mito do seguinte modo: «.. 0 mito conta uma histéria sagrada;relata um acontecimenco que ive lugat no tempo primordial, no tempo fabuloso das origens, Por outas alata 0 ‘ito conta como, grapas aos actos dos eres sobrena: ura, uma ea. lidade teveexstincia, quer seja a realidade total, o Cosmo, ou ape- ‘nas um fragmento; uma ha, uma especie vegetal, um comperamesto| human, uma instuicdo E pois, sempre uma narativa de uma cia (Ho: conta-se como qualquer coisa ft produrida, como comecou @ Ser. O mito nto faa endo naguilo que aeonteceuremente, naguild| ft {ets psd ran, at Gata 97 ipaapy aoe Fate ‘Gta Le mn rc Pi Canc 9% Mme ese ‘ime oer mance Paar Thar ea {que se manifestoy completamente s personagens do mito so Seres Sabrenaturaisy" ‘Para Eliade, o her epete um gstoarquetipicoe, desse modo, ‘home, infegrado na sociedade suporou, durante séulos, psa Gas presses histricas sem desesperar, sem recorer 20 susiio nem ‘ira exterlidade espritual. No etemo presente converge fatalmente ‘passado eo futuro, Os acontecimentos hstricos justifiam-se como tim eterno reforno, um renovar perene do mito 04, por outro lado, como uma sucesso, de teofanias. ‘Gilbert Durand (a. 1924) pode ser encarado como 0 ponto dé partda tedrico de uma nova pespectva de andlsesimbolista. {roncando 0 seu pensamento em Gaston Bachelard esofrendo as fuéneas de Tune, Kern, Fade, Dumézil e Henry Corbin", G. Du ‘and remete-nos para a anise do Imagindrio— «sto, 0 conjunto (as imagens e da relagdes de imagens que constituem o capital So pensamento do homo sapiens». G. Durand considera que as ima~ fens humanas se aprupam segundo os tr reflexos fundament A postural, o digestivo © 0 limico —, que, por sua ver, se inte- tram em dois, de facto, U8, grandes regimes, agrupamentos mals bers de estrturasvizihas, anallsados em Siructures Anthropolo- igues de Tmaginalre. O regime diurno (0 da gestaépica) diz es- ‘eto a dominante postural, a tecnologia das armas, 4 socologi ma- triareal do soberano mago e guerrero, aos rituals de elevagdo e de purificagto;o regime nocturno — que 60 regime misicoe simboliza corte ¢ todos os simbolos de intimidade ~ subdividese em duas dlominantes a digestive e a cca. A dominante dgestiva reine as téenieas do recipientee do habitar, os valores alimentars diesti- vor, asociolopiamatrarcal eda alimentagio; a ceia agrupa a ée- nicas do cielo, do calendiro agricola e da indstria txt, 0 simbo- Toe naturais ou artficiais do regresso, os mitos € os dramas ‘strobioldgicos", Estes reflenose repies manifestam-se em estrur turas gerais mais ou menos comuns @individuos da mesma época © ‘44 mesma cultura, Consierando 0 mito como «uma narrativa (is- ‘curso mica) que pe em cena personagens, cenéros, objects sim- ‘mcmahon apa Pr Bs 18 Le rte scm ars ona ea PU a ‘brace moe rs Bera 8 mc hp ‘Stare Soper nea, Ltn. eo a fo on Cimon eee tn suf tn Pat Pano. Lure owen mai. "Rasmus Pere» bolcamentevalorizados, seementive em sequéncas ou mals peque- nas unidades seménticas (mitemas) nas quals se investe obrigaoriamente uma crenca(contrariameate &fabula e 20 conto) ‘hamada presndnciasimbolica(E. Casier)»™, G. Durand admite {gue © pensamento humana se move dentro de quadros miticose, Conscientemente ou no, esses quados esti presentes nas manifes- tagdes do Imaginaco. Bo mito que, narealidadeexstencial das cul- tras € da vida dos homens, distribui o papel da historia. G. Durand propdevirios nives de andlise mia, A mitoertica Eo wemprega de um método de erica lteréria ou atstca que foca- liza o proceso compreensivo sobre anarrativa mia inereate, como Wesenschow, x0 significado de toda a narraivay"™. Com a mitand- lise, edefine um metodo de andlseciemtiica dos mitos com fim de iar deles nao 560 sentido pscolgico (P. Diel J. Hillman, Y. Du- and), mas tpbém o sentido socoldpco (Lévi-Strauss, D. Zahan, G. Durand)». Se mitocriica € uma proposta de letra da obra Iiterria esa mitaalise se debruga sobre a soviedade, a mitodolo- sia, tereir estidio de ands, € apresentada como a realdade ul- Tima, a grande explicagdo que est para além da epsteme. ‘Oesirunwalismo,designacio gral entendda sobretdo como cop sequéncia dos tabathos de V. Prop" e de Claude Lévi Strauss, ‘marca ainvestizacdo mitoldgca e pode ser encarado como um dos Tactoresresponsives pela definiao de uma citncias dos mitos. Um dos principas obreiros desta alirmagdo da mitologia é Georges ‘Dumézil™ (1858-1987), que, ao fundamentaro su estudo compara- Morne cas Morph Ft, Aut Lno Une roel inna Pt F, 00To r {9 Amr Sca I, an 197% Eman er PP "oman aris davon, efor fd mt ne componente co Gres Dal aces an ‘Comat este pte compres Fora P UF: Mier at rreroenatam ndorepeont ares, PP UT py os ‘Quin ns nena eoptrnSoeie mere Far Clim 3" Me Eo Pll. Whe Lae ‘rami iP Ps ie a Pk 1 man aac a oa ag moe, Pe amas tivo as religides dos povosindo-europeus num conjuntoaticulado ‘de conceitse segundo uma perspectva propia de pesquisa das for tes de representagio ¢ da ideolosia da mentlidade antiga indo- “Curopeia ns relator miticos, deve ser consderado um estrutualsta ieterodoxo, A andlise dos materias possbiiteuIhe conclu que as Sociedade indo-evropeias, pelo mens em peiodos remotos, eram {aracterizadas por uma ordem hierarquizada, uma orBanizagao so- Gal trpartida, em que cada estato era colectvamente epresentado hho mito ena pica por um conjunto adequado de deuses ede hers, ‘Acconchusio de que existiam tres esteatos socials — sacerdotes, mil fares ¢ produtores (pastors agricultores) — ¢ acompanhada pela ‘oneepsio de que cada um deses grupos contribu de uma forma, ‘species, par a consolidasio do sistema socio sobrenatural. Tam bpm os deuses compdem uma triade com valor funcional represen tando a soberania, a forgacombativae a fecundidade (a wade pr mitiva Jupiter, Marte ¢ Quirino atesta em Roma o sistema, ttfuncional,E 9 sstema wifuncional ~ suporte da «nova mitlo- ‘ia comparada»*® — que permite consderar o pensamento de G. Du {mézi como estruturalst. A triparticdo funcional da sociedad pri- ‘mia indo-europeiarefectese, com mulls variants, nas heranas| Imiicas dos diferentes povos, com maize e temas proprios a cada tum, porque &histéria, go particularizar-se, pode modificar a repre senagdes 'G. Dumézl considera que a religidessio conjuntos pelos quais se distribu toda a expergncia aman. O estudo de uma religion ‘ode assim, inci sobre fatossolados, mas deve ter em conta con- Juntos relades de elements. O sistema religoso de wma sociedade ‘exprime-se numa esiutura conceptual primeto e em segvida em mi- tos que representam e fazem agir esas relagesinteectuais funda- ‘mentais. Or mitos, finalmente, actuelizam, mobilizam e ulizam as tmesmas relagdes,O objetivo fundamental deve se, deste odo, de- {erminar a extrutaraenguanto tal. O mice €ceniro privilepiado que permite descobrir everiiear as relages conceptuas fundamentas ‘© mito é definido por G. Dumézit do seguinte modo: «© pais que no tem leas, dizo poeta est condenadoa morret deri. E muito possvel. Mas seum povo ndo tivesse mito, j#estaria mort. A fun ‘lo da classe particular de lendas que sd0 0s mitosé, com efeto, a Se exprimir dramaticamente a idelogia de que vive a Sociedade, de tev dvdr omen erp Cr Phen compete roa. ‘anonbrpcger etme of ne ears of 6 Dan, ry, Uy a ‘Sean, Canc Lane ed} Min In uae Ait eh. ‘manter na sua consiéncia no sos valores que ela reconhece e 08 | ideais que persgue de goragio em geracio, mas, principalment, 0 fuser ea sua propria sutra, os elements, os vncules, os equ bros, as tensdes que a consitem,jusificar, no fundo, as gas €| as pitas racials em as quas tudo 0 que seusedspesaia.» 'A obra de Georges Dumeil marcou praticamente todos os que sem debrucado sobre a mitologia ea religido da Grecia ede Roma fm particular ede todos os povosindo-europeus em geral:refiram “se, entre os estudiosos que se fm debrugado sobre a mtologia ea religito classicas, E. Benveniste, Stig Wikander, Lucien Gruschel, TW, Powel, Jan de Vries, J. Duchesne-Gullemin, Francis Vian, Raymond Bloch, Jean Baye, J. Prsluski, Atsuhike Voshida, Jean Pavel Robert Sciling Claude Lévi-Strauss (n. 1908) quem, em meados do nosso sé- cul, Inga investigagdo mitolgica numa linha de pesquisa inova- dora econereta, Uizanda os conhesimentos metodologios da Es: cola Linguistica de Praga, em partieular de Roman Jakobson, © 0s trabalhos de V. Propp, Lévi Straus surge como o grande investiga- or do esiraralismo. Aandlise estrutual dos mitos acompanka um twabalho mais vast de inventaragdo dos determinantespsicolaicos, jogia de estrururas entre as diversas ordens de lingusticos, E posiveldstinguir no mito dois sent- dos: 0 imeditamenteperepivla pari da nara;lo eum outro sen- tido,escondida, que ndo ¢conscente, E este segundo sentido que o| ‘mitdlog, com o linguist, pode ating, O mito no € uma narativa ‘Que desenvolve asa cadea sintagmatica segundo um exo diacro- nico de um tempo irreversvel, do mesmo modo que as plavras se Sseguem na cadea do discurso de sujet falante; tal como a lingua, ‘mito € um arranjo ordenado de elementos que, no seu conjunto, {ormam um sistema sinrSnico, que constitu o espago semntico a partir do qual se produz a narrativa ‘Segundo Lévi-Strauss, existe dos nves de letra, como vimos: 6 nivel narrative manifsio eo nivel mais profundo, que 86 se pode atingir através da eferenciagdo do elementos constitutives da nar- rativa mica. Em Anthropologie Structurale, Lévi-Strauss afiema 41." como todo ser linguistio, © mito € formado por unidades onsttutivas: 2.” esas unidades constiutivas implicam a presenca ‘daquelas que intervém normalmentenaesutura da prépria lingua, ‘saber, os fonemas, os morfemas ¢ os semantemas. Mas elas estio, fm relagdo a ests titimas, tal como esto elas proprias em relagdo ‘40s morfemas,e estes em relagdo aos fonemas. Cada forma difere {da que a precede por um mais alto grau de complexidade. Por esta razio, chamaremos 20s elementos que rlevam no préprio mito (& ‘gue so os mais complexos de todos) grandes unidades consitut- vase", Estas grandes unidadesconstiutivas do os mitemas*. ‘0 esquema de andise apresentado — andlise do mito «a ameri cana "foi aplicado 20 mito de Edipo", num texto bastante ‘ritieado®, Posteriormente, Levi Straus propde uma outa anise ‘semplar. Em «La piste de Asiival>™, verifeaseuma divisto do mito fem segmentos, a atibuido a esses sepmentos de valores semdnticos Sem elado directa com a ordem dos exose dos planos que vo relear ‘a warmatura mitiea, 0 conjunto de paralelisms eoposides que r= ‘em, em homologia, uma plralidade de cdigos e que recore a0 a ‘lio de informagbesextrldas do contexo cultural eetnogfico. Do ‘mesmo modo, em Myrhologiques, Levi Straus analist 0s mitos ame- Finds recrrendoa elementos culturas enquadrantes. Neste conjunto de obras, acentua-s um aspecto: a importénca que tem, dentro da mesma comunidade, arelagdo dos mitos uns com os outs. Os mi- tos si constituidos por unidades, transformadase permutadas, se- ‘undo rearas gers eindependentes — ou quase — da vontade hu- ‘mana. O mito tem, assim, uma esfera de exstncia ede sigificasao independent, deni da ual se verific atuagio devarags, 88- sociagBes, de montagens ue si auténomss.Entendido como ima ‘ategoria do noso pensamento que ulizamos arbicariamente para Feunir sob unt mesma voedbulo tentativas de explicasdo de fendme- nos naturais, obras de literatura oral, especulacBesfls6ficas eca- Sos de emergénca de process linguistics a onsetnca do sujeto»®, ‘mito acaba por se eda, devido ao jogo de regras de transforma” ‘0 e de permuta, um conjunto quaseabsiracto que se presta a um Teatamentolgico-matematico. A relagao mito/lteraura €encarada, €ultrapassada, com aintrodugdo do conceito de mitismo: was obras indviduais sao todas mitos em poténcia, mas €a sua adopsao sob ‘forma colestva qu actualiza, se se der © caso, 0 seu mitismon*® "As teorias de Levi Srauss no slo universalmenteacltese (&m surpdo eriteas, nomeadamente em relagdo a pretensio de encontrar za leitura erutural ds mitos uma dnica Fungo e de poder analisar ‘sss narativas segundo um método analitio conjugado com uma, ‘combinagdo de mitemas enquacreda pelo reportio dos mesmos. tered rts {A principal critica" localiza-se na excessiva generaliagio das suas ‘onclisdes (ranseréncia de um corpus mitcacoatempordneo © ofa para um antigo e escrito). Eze ox evicos, refira se Pal Ricouer™, G.S. Kirk™ Jean Pierre Vernant, ‘Jean-Pierre Vernant™e Marcel Detitane™ — nicteo da «Escola ‘de Parisn — uilizaram 0 magisterio de Lévi-Strauss eaplicaram 0 Seu mezodo a mitlogia grea, apoiando-se (essa €a marca de or- finalidade) em profunda fundamentasdo hstricaefillogica, de- fenvolvendo, por outro lado, as corelaées socials. Em Ilia, so, bretudo em Roma, autores como A. Brelich”, Dario Sabbatuci® ‘0 Giulia Pocagula, desenvolveram uma invetiga;do mitica de her- rengutica baseada na antropolopia histrica™ "Tomand como vector nial os rabalbos de V. Proppe de Lévi- -sirauss, 0s estudlosos do discursolterrioatenaram,tambérn, no fiscurso mio. Roland Barthes (1915-1980), em «Le mythe, ue jurd’huin,relacona o mito com Knguggem e informasao, cons- ‘derando a mitologia come parte da semiolopa: we mythe est une pa- olen". Esta parole € uma mensagem”. A intensa0 da anise & ‘elarecer a correlago do mito enquant sistema semistico secundé- Fo ou como metalinguagem: 0 que sino nalinguagem transforma se fm sigifleate no mito, o que correxponde a uma reprssio to Sen- sia Paton, eee ‘ome {+ hdan soning nd function nance he ars, Behe ~ Los ANB econ Ueno nea Var Pam, rane Ge Nome eB ‘Siehirigms to Ma Gr Pun Map Coane rd: Lemp rn ate Cate, nw Pa ase, Lie Ope, ts aia, 9%, oe ons Open ih tido (sens) para forma (forme), se, contudo, se erifear a sua com pletadestaish. © mito fo iia, sonorzado pela idea, pelo cor feta na medida em queestee historia, ntencional eennguecid pea Situaglo. As ideas mies 40 vag, porque do Tormuladas por aso Ciasio;oseifiada do mito, a contraro do da lingua, noe, asi ‘rari mas pareamente motivo por aalogas Come dz Barthes", “mito nfo eeonde nada; asa funedo€de deforma, no de faze de Saparecern. Sendo a actuaidade o campo pivleyado para criss titica, Barthes propde, para combate atendénia para mitlogza {oa riagdo de um mito alifical sob a forma de sistema semisico teraz (a inguagem mitlogica em Bouvarle Pécouchet de Fauber ‘A.J. Greimas (n 1917), empreendendo uma tentativa de sine zara paradimatica de Li Strauss ea snagmaac de V. Prop. pat ‘ularmente o que respeia & sua apcagdo go mito propde uma nox imerpreaso sinetizadora. Aps edz a vinta tina © uma funes (actor geerizados da personagem) de Popp ede as reunite pares or mo deconarosemsnica de posto e neat dbo um modo ‘ceruurl: 0 modelo atonal! desnador ojecto-desinatriovadj- ‘onesujio-oponete. Os aatos de Greimassbo desemotios ea cados & mitologia clissica com grande éuto por Claude Calame™ Exrutualsm, simbolismo, funcionaismo, semiotca, genera tivsmo, anise computaconal: es algumas das formulas coterpo- "Hineas de o homem se aproximar do mito ede o tentarcompreender (Os progrestos so evidents e enormes e o concsito alargou-se, acwalizou-se, desenvolvewse. Mit jd no ¢apenasa historia dos dev. Sse herois da Greviae da Roma antigas; 0 mito, reinventado ou, Smplesmente recordado, faz parte do nosso quotidiano come reali- dade ov, apenas, como referente. Mas oqueé, defacto, o mito? Uma forma de homem, & boa manera socrtia, se conhece asi prS- prio ou, como dina Pewsoa, apenas «0 nada que € tudor Com a edisio portuguesa do Diciondrio de Mitolopi Grezae Ro- ‘mana, preendet-e realizar nfo apenas um wabalho de tradueao de ‘Uma obra bsica mas, também, apresenar uma publicardo adequada fos leitres da lingua portuguesa. Assim, os nomes proprios stenos € latinos foram transcrtos de acordo com os princiios lingulsticos portugues, O instrument Bisco para esse rabatho de ransricéo i, bus ran Kine, 00 CF en Cade Cs ‘esa ema ano Eo excelente Vocabulrio da Lingua Portuguesa, de Francisco Re bela Gongalves. No caso dos muitos nomes nao resstados no Voea Duldrio,seguiramse as reras de ransrigo ede tansliteragao. A ‘umas formas portuguesa poderdo parecer dstanciada do orginal fm particular os nomes gros, que. de acordo com 0s prinipiosfi- Tologicosadoptados, passaram sempre pea translteragioe ubord ‘nagdo a acentuagdo latina antes de passarem para portgus a partir, da forma de acusatvo, excepto nos casos i consagrados pelo vulgo. ‘Transcrevems também, depois des nomes em portguds, 0 espe tivos nome em grez0 em atm, mesmo nos casos nao referidos 20 fginal, ;excluindo-se naturalmente, os que no tim atestagio antiga "As ckagBes dos nomes e dos titulo das obras dos autores ant 208 sequem,normalmeate, 6 modelo proposto ns obras consagra- {as (Année Philologique, Lexikon Greok-English, de Liddel Scot, «Thesaurus Linguae Latina). Em casos especais, endo em consi ‘eravio a pico heteradono a que se dig esta edigao do Diciond ‘ro, pious, por exemplo, por formas de abrevatura mais transpa enter em porugués, Aceitando emboraascriicas numa perspectiva de rigor centifico,consideramos que, deste modo, &possive evar ‘mais longe a exporagao do Diiondro como aba derefeencia camo convite letra complementar das fotes. Em anexo a esa «lntto- Adugio a edigdo portuguesa», apresentase a relagio das abreviaturas ‘uilizadas para os nomes dos autores antgose dos ttulos das obras. Procedeuse, de uma forma ponderada, sempre que a qualidade das obras jusifcav ede acordo com os prncipos ue orentarar ‘a ediedo portugues, & actuaizacio da bibliogratiareferda em 10> ‘ape, mantendo,natwralmente, toda aque constana edo frances. ‘A edigdo portuguesa do Diciondrio da Mitolopa result de wm trabalho colecvo eatradugio ficou a dever-seaum grupo de docen- tes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Por io ser demas realgarasua grande compencia,dediapiocentsiasmo,que- remos deixar express agradecimento aos coleas Cristina de Sousa Pimentel, Cristina Neprio Abranches, Arnaldo do Espirito Sano e Manuel José Barbosa. Tambem &de siientar com aprecootrabalho do senor Pedro Dourado, que, paraalém dolabor da esto, apoiou ‘a execugdogriffca da obra. Una ultima palavea de agradecimento para o Editor, que compreeadeu intersse da publicayioem port buts desta obra, ¢ para os competenteseatentos compositore im Dressores. A todos se devem as aspectes positives desta edi do Dicionério da Mioiopia Grega ¢ Romana; os aspectos neativas € a8 opseserradas so por nos intiramenteassumnidos, Victor Jabouille RELACAO DE AUTORES E OBRAS ANTIGAS, E RESPECTIVAS ABREVIATURAS sr ire PREFACIO Terd alguma ver 0 leitorreparado nas insriges que, no baixo- -relevoassinado por Argue de Prene econservado no Museu Bri- ico — ume apoteose de Homero celebrada a presenca de dots so- beranos ldgidas, na corte de Alexandria ou, talvez, nas suas roximidades, num dos dries da famosa Biblioteca — acompanham ‘certs personagens da represenacao? ‘No resto inferior, Homero etd entronizado entre as represen- tages alegérias das suas duasepopeias. De pe, por detrs do asento do poeta, Crono, 0 Tempo, e Ecumena, a Terra habiade, represen {adosteatralmente pelo proprio easal dos principe enantes, consi {ram a gloria do mortal aedo, A alqurta distant, rene ao erapo, ‘proximo dem altar, ¢ oferecido um sacrfelo religiaso. Ladeando fste boos, um Jovem sustem piedosamente wma endcoa para als ‘bogdoe wma mulher espahaincenso sobre ofogo. Léem-seaqul dois nomex o jovem acto ¢o Mio ea socerdotisapersoniicaa Histria. (Creo que, nesta escultura,datada, segundo parece, de cerca de 205 a, C., 0 Mito tomou, pela primeira ver, forma humana na arte ‘ta Grécia, sempre pronta a divinzar 0 sere’ pensamento. O Mito fe também, em face dele, a Hist6rie, no momento preciso em que 0 ‘movimento da vida uneictual em Atenas, em Alexandra e,poste- ‘rormente, om Pérgamo, ii consagrar por todo 0 lado a disoci (fo das lendas, quando jd einiclara a sua tansformaszo em floso- Gia e histria’ Se refletirmos um pouco mais sobre a presenga ‘ia Uneven, tftp del mi, Mi, ‘essencial de Homer, perante o quel, no relevo alexandrino, Mito e Uistéria preparam, desta vex em comum, 0 seu sacrifico para um ‘poeta, poderemos formular algumas observavdes de certo modo decisive. ‘Sob a sua forma mais evoluiday, esreve P. Grimal, que, com tanta ditgénciae modest, defini ¢realizou o presente trabalho, sto Mito desenvolsewse a0 longo de todo 0 Helenismo.»? Realea, ‘inde, a rigueza do Seu desenvolimento. Ora, ¢ precsamente na ‘epopeia de Homero que se dexam antever, pelo menos por elses Aispersas, a5 primeiros incios tangles da comemoraedo mutica (0 sdbio compilador das genealogias divinas consignadas, mas tarde, ema Teogonia, quem quer que tena sido, forum erudio que trabalhou sobre uma documentapao sacerdotal: assim, ndo é sur- ‘preendente que ele para fer mais conhecimenios sobre as teoma- ‘quase as cosmogonias orienta. Homero esova mais proximo do ‘Pensamentoprimitivae das tendénciasprofundas da aima helenca, ‘que sempre gosow de adornar a expressdo das suas ieias com 0 ‘eu das imagens e dos simbolos. Na verdade, fora anes dele’ que {se reunira o fetxe das recordasdes maravilhosas que toda a human dade, até aos nosos dis, dainféncia &velhice, tem considerado luma necesidede, visto que vivemos todos do ensino que é minis: trado através das fébulas. © papel organizador da Grécia micénica ppoderia ter sido copia. certo que 0 Oriente, da Mesopotamia & Feniie, do Exlpto do Delta ds caaraas, ambém sustentou a Sua limaginacdo ea fé nas aventura, unas vezesbruais, ouras gran halidade, Estes contibitos divertos — wsubsttato» latino, wesc plinan etruse’,impregnagiosabéica — peemitiram ao pensameno omano infest a sua evolucao num deterrinado sentido, diferente {do da mitologa helenica, ineomparavelmente mals ric. Verifica- ‘Se com as leas @ mesmo que com a estatuara ou a pintra ou a lrguitectura, que se desenvolveram em Roma grayas a ténicos heenicos: nto Tov um desenvolvimento qualquer, emo foi etamente ‘que teria sido em Alexandra, em Pérgaro ou em Ate. A muito {atde, sob lmperio, sertcase una inflendo somana ds temas en {irios;octstinismo oeidental do €dBntco ao cestianismo de in [gua grepa ese €verdade que 0 pensamentomitico,consierando-o| Aistinto do pensamentorliziso, the serve, por vezes, de suport, a texistécia autGnoma de um pensamento religio romano autoriza- “hos a postular uma autonomia semelbante para as lenda e para os 'A mitologa helénica resulta dt acpio de influgncias anda mais diversas entre as qua o papel dos elementos indo-europes parece bastante imitado, Fo em todo o caso receberto por conisbulgOes| es avoir Speemnaeoes fie Se are feos ree itmis Satnceamenee pe SeaRRNTe Toe pee cecindinmeine: Reeicec davon iboiehise | Se Pumsdeniecotasevs Seis Series ic ES Sane icistcs cerium | Oecata or Piieceetsos ee rd Ro EAMENNON omen | [APRODITE. Aqui Ate teu | Suns as pares cm Aire An ‘fem ic ia bua | por am tes in eh aa et cn aa iiretaeeennee Eee aed sits vnc fin | Eee een | i v i i a | tearepree eres iat aus |S Soi tent ete Reuse Agu | hme Primo SBOE z | Butecwesreco I ee reuse eters AO es arent | Se Fitton teu comere ieuneile,| “AGRON Caype)Ss adece uu techs canes ata, eet Bhs Ago alia 3.700. Ey ‘nga pose he Grn Ore) hae neem Raasianceeere Sams asec hpacta eae nes | Sct an Arca ol SREREaRE ERE Tes Sven ee ias| ae eee AIA io Tog (4g) Ain 308 Haier curd been tags anette | te ‘Ste dere merom oer iormiaieteerecrs, Ec ceacanienke Sites tee acs Eis piacere Siigrecittacs é ‘Seecoo'ut aan: Zeta peared eeeeoerteas vaio Sai arsrc=Mepa ‘Siar neem tome! eet aor Se eee | Scenes Heston Cucmgirengaanpuienre: | roumrdae Mea caneatds ts . fee aoa ape wae te So separesamas = el S| J sisdatezest sa Cm Sea eS | A i i ae ‘pean sina ou Be, sR sii aces Sorcery Sa ie iia es. tbe aes eR Sis Sipeaat anaes gate oc Rs Seve ei Sere | eee cramer um tear SxiSi Se se eas See —— a CARS Contender | See eaneenes ‘Bite. sees Fs seer sls amare et ott | Exenvepe econ oro goua Geans Penna | eer rete Amico ie psRucheers direc Sin| ferken sed She son see, Nass See eect ee pater | eet Bese ine Die hs Gibaces | Baer tineras coca Se caeeoneme Seesaw as | Samo, rede ote ce Sriarctitgecsciar rates SNe gris |meteneSe eee a ene as, OS Seren dr ce iqmied an ito se eure gaps" | Po Lar Eoncer parapet i2S | ANFHNOCO Chun) Dus enn “fess Sedan gna’ Sa es a ee ae ee fc Seen | eters sat porns ae, Afireu emp | Tho de Alon «Se Ma go ports ve tne Chine diaS se eS Ee Sieh | MS i ocr So SS eo Adel Sept | ARIES ase os hale, See seemraeraita WM sroserccumeast pummaneene =o os Bess eae a eee mist — eg AAS crane | aaa oa AS Shee ire a at 7 a ee ESR see 2a pss, SST hag rm sae TSE i ae SOE Ast. ce pee. ea ea tn So ona meena ee nana ea Sa sbi tamer RES Seeee eat tau mame Saas nee etter rereiacomues, | coraurvicactr etre re eB isegpa hem Ie Snare cme AQUERONTE. Coin Eom Sees ie resteciens [Senouise eran ‘ite acadmes de Herm) nso, | ft conden pa Se Pian aps ‘Stor, ners iid “Ter tay sone sperma ob singin cera harms, pore acme Beeler ‘tabetsoetfonmaeArcogicscae eehetciceti a Rte SS | pe Sree opshon Sparse eae ‘i tog Hh, pr a ts Sito nk Ce Segoe Rees ec "ASU. CAV: Aen. QUELDD canara he ia cufenaaat | ann meres ‘Bore ents ot aba ues eee SsSsXie eames tlh Seaigerpmeseesaessgat, t= aa eae eens = | Seabees renee See 5 Senna i a iameommas | pea ead eee ‘Eimer sera, aca EXieegeonegr Esamaeemeage | Ses "Rte oa en Pegs elapo "pig mnuneceae esas Ses Scat | fee oe eae te fe Guemt vance ais aarp ei | capac sages de Hus, etn SSR sSece he fe | mis Rec ae Pare Seeee eee Eee ANGENO. ‘imdgio degumepw Gedo Cason: ‘Store mde cnn Ss o> {Bree tv thw: Co, omedes Sis fotyeatten een te "En | vee ogre sr eee ener ae IARETUSA, Chtoe) Nasa reno | Enea Fe Mn St ict mc tae | pa Eee Si aaeee | coer pe ot i Ereietee imac | Satta fons meee Sees aa fee peepee re i | inte iota ergs Sates ‘howe Sea eie tps anes Se ($e fe teh Cue amos peer Saas Eee ‘apa apcs decvabonda date Seis eee RES SiuiaiaAgeaaeatgcle | tetscattt ices geen ie | gate ee eas taken SE bE sae eS irereeae mass | bn eit neces SSSR SESSSE | oharonmen entre tn on iterate itor ic eens Pz ‘Barre reg we geam a greece mats | EREEERSASSScOnear: | EMSS Mos Siatmonee estes evant Foes Se | ee se emcee os Di Stecoste | Smear eae | | ee ster aden “inne ape depres BP deBry cos | pout nm osaher ode seri iasedant | Ether Matin angeey hats 2: EEF og! q aoe samen aie ee ge ata et Zon fe ai Sox i Sa me | esse aa ed Seca ccatt | tee iemateca Sees ee ea ae Se Ca te. | proc do caduver de Aspal:apetacerat 9 |seciresimoee See | ee Ciree rete Tertaiatiere | Semtioncimtsumg es ‘4 As, ae ot vee ou Tessin ea | 3 un pop ba, be ecto, Ea AS aes Siatcrc ui poranen crtn ater | ccm, Tet un Rceae Goes | Re ae sgh Seba apace | Aone acai acne Seas Sssr | es gather tatals ec So. shgetitne fog Ss Beg erate Since nde tse [Sa eee ‘Beteunds Esper ec). Naa ke Ayia cumeunera wer | gresmsrmaac see Sesser | oe le |e See priate stem | gant ena A ie eSichtretateticne ATE Cy) Feta ot De eG Saati abs Soar ett rors foobar de Sato deem caserota care Soca |Faeeteteecrasaar mimes Hore en andi ame ee san wobec sina gues Sora ad Pace pnt uta gms a; SEE she Ee HF ie i ‘amr sis sacs fgntlenjoese Haden teeee' ss fe tees ems ead Enea neo sr Ae uta ge SE RSa Sai fini ate Ros eset aateme ea he de ig Res esos Pare | pega | eee aera gon ne enon ure faites Merten mente | eth fea Saree Sesh | Shiseire tec aes as See lise Greece | He Sint pean gern Estetene emanate | Sige au oe tage | SARS See a Ceres etch | “feds act EE SRS eee UL AUTOMEDONT. nt Pusat asco fa Zeca EAGESE pee LADS. ern De. cette BOREAS ot) oe Rio crasestors, OO, i) i eon Eerie mean |G ‘Srp iow aa inci mere beets See om sean ust on) tos orate ee Pesslesats Chmdenas artes eS ere oa sae oer Ee Bunnie seasons tes ‘Sita ee LIS. Ba) Vx (te am ona smeeemgee wnt mgs GEMS. Mi) Fo On, exmemvuemene swine on vse ean ga ds ESS sen Seas = Pecans iene Eine aceeins | eae tame Ain arg cae nen | SERENE aN strates aot un ov e | No mame prs, nunc aos regs Gas gs Ss | cami mc har ic at en te or, | mona vr Nt, gm r ‘cAucom, sae 1 canta na | Abie te Pen ad nage pat ian! SORES | Ru She te elton rte tcteta | Sat eX Alp, nt) Catone See ose | hlemmeran ep seaecs Sete A atin cata | seek acetates Eee od ies Sees teiceoliee eee Te ee ease ee as Mipsis ihe Tass Becta nace Torte sme | ge eae bsghtn A Sree se Coreaoa ae CALCODONTE aetna en ne, as Sa tpg rie eoalrgeioae en one o menos EMORY, | non fe ae {CALBHOR. ae Coe cal ‘ado gee a fa ped, No ei Cat | Uae de Head acne a are es ake cadres de Miotania ‘a smegma as ni Se rn oP fn a, . Eeeoiee Aemoctiar se Eirearecin css chums mieten ‘Teonoe, ia tree redo ee | ar tion sane Samad Cie, amc | Ene enc deh ene A Sag resmacett cate | Kar = Eras ei Sicoammae ake Sipe ate nass | amas tein ears Exctgicae shar Cine gers "CANAEE nen) ge eziszeens outer ee ‘Santer Gitcemant | SAMY rma ceenat Be ‘Gis sud ne Tevacnae Cuts, € ho | ome celbrar um sacri Fo ido que oso: mn sci mse Sieh crcasesntat | CAPANEL Warn) Cine ‘ala hems 2 = EASA EESASS | eee ttm tne ree | arias te amemiedn me Sas ce Sao | vere ene sient: reads Ee Sous Geonnramete| es aeheeted ieee fece Sarees Semis ‘ie Aas er eer Se ees | ee Sees “Cinta cnet mr | SAREE ae {amet cm Ror we aoe ‘ip ctSegasge Seiedeuicedanareceamee Se sane SIeE akgrowoee ee sect pl tan essa fe ile rt eae Ea) Ahi ea ed eae = | tees ‘tSceeepambe a. omar Odea, | “Clon ca Agénove do Piepaa That eats dens SEER TE eS Ntiomedoeatt | mo Talkers Plage rent Touctaagea Die ‘ici aShabra tetas Shwe Sas ra Ene ecawes Soke come ‘intra our ere obs Masa Fedueguecsn guiariuanme | Seqwopoma tsi upset con eee eecieene SEpeat ease eR: | “canine come scmie sm rein re cathamems | Sater trams yom Secretary eas | eine cab teerane Stace espe anmcae = | Raxco Seen SS ee | Doactapc ete Catan arnt em | CME crete Sereno Ces | eceecimerpaccemee, | Seles eRe | ices a eee cums Riana Tecate at Ses disore ce ‘Son mandoe uo maa or ot tae ek ‘tego UCase Pt CARN. (pes Cama um avn | Gun pO weisat Me | etree a odie ee {Eiese Clete ueuoy seetuna | to Cainga tuners nme on Sons entre feces Peto Eee Bees | Saree eters Beers See hevinyermanranee | ease mo ts me Erenememrees ss |= isn oe ens | meee ‘Shafeue Camensotmtiacee | Sona ts : ee Sears eat bee cetie | ri ee ee oe ceeemonss ; weed oe Ear Siemens itt dn Cn ae nee | | | faceecs ‘are, sa coma get ‘dae ean, tecienneran |" Aci tugs pee i | Se Gi Reese ce PRLSECTcaa fea esscitoe | Siow Qe cemownes eee Ho ee, esncor =e SRA SS | aS meme | terene|e | Feose ian pn tts. | Cpanel nom wane Seemann cen es Tope Patt SES Seay mS il ie eimai tit Peers ey fp cauase aoe das rararatotng fs Smt ts Eee ea Sere cece Seicreeerae eee SS Danfoss gaa Ea inicacao pio smtco ese gormanee em ars setae aes He Atina oceans ete ‘Tiaras mane rahe Me fd ae ofeeecoen ce eet SSB amuses tone eps meres sii its Pa po sar ee Elst Min Gem po wove deb ‘Sls oto Cm, stant | RES ara maa ers iacneomanene attache SRitpa suet move 2 {emoesanmvargede mast Unen | it cerns ec | Safe SSSet Seen reat Site te ie ee "eu ine meme Buena cnemenee ets he vem ver de Htmes, as | pat ie ois rfc nae Re ceeinecemnt Hae oa cA at ft Ete, Orns An | ARRAS se i Se seta ee ome ce. che pete Erase ale, ee teen iceremo ts See | seeees ‘Sw do Caras Rance meron Alpe Sauna inermvenarae cr ee | Eee SSevomaes ‘Bie peters emi Seva | "et Cn semua hi ‘cry and pe Sande denon | mun Uy, and eae ‘Ss dando wm dn Croomn bn SSIS patiicete su tagaes Snel" Ena Conant ‘Segre nee ki Ta ‘Shuhaicet Crs gromee hy sat Samos 3s ace foie Semmens seers |i She eerarrals sme Sas ae S| wiose Arson, eaesmen ema io ep. telecon et Seatac soe st Sepemincnie tangs | sient ee ese, SERTREE GEE TE Sm | Mom mucronata Eales Par oe aaa a | MINES. rt) Nite ‘ewan Ma ade mos fhe ‘icontRatt 2S Se SSR Seaton "Ashita deepen an eporne - Retin eat Soe ee eee | he = imi ciate | Rta aeons Jats Seas Maroraare EetesitiiSScutuemeni cs | inmate ln Nabe ‘ieee mes Eicroseceensee: | ecm eae eee Reese ait Sarees caaeress | =] cphtcereeesiee ones Se solmoi a gous anc: Rae rg fess Ss Suiits aa Sse Fee rat hee senate Wine Cat ens emelelee etree ne Sra es SP i Pty | Out coy ve nas ieee, | ath ee Se ate Se eon femcan SScsiers cs hace | blo dG pine mas es {OLINPO. Oy és be eam inde gio “ FF” eee cient en a ai Assan md de Fee ‘Eido'hers ban ebave eng nA At Pao yess mmcervapesants |f a Ree See Anes * ee lembore poeta putea ter sao = Sekecnaremrts Comme: arg: emt OnaE AP ct | Sioa deems wun) Oona ea | Beeieteca cena Sees 4 aes pi) gene Dl ass ‘ORNO, Oram) Orta, atin ‘Soran Se be ae on ae | [rc dannts Enc Gro 6 nS | Sonica me alos umn fae Cae hota tes ee AAD. stn 0 Pas uma See ise ea (PALADIO” ese conv ef go 0 ano shes ite sera tral ee ee SS . See ie me ee ra soe see ‘tn puis ase ee ese eae as pete soa ene ee Seis ay fe F ss) Oca Rese r seueeeieichoa PANCRATIS lee) Fin 2 : eer ee oes ‘SSS fetcComate bes ee eeRReseet Rates awe seek ioe comaemrceamts ame izee Sem totes ons ne am ei tet Eee eres ee ser iSpestenaey aac ‘SEuiamor tomo oti Pane od Mao dee ge weenie =i eine Sade Sots Sa SE CESS ae ria a (eels atta eer xeon por Apo rae LEP Gera rae sigma an Fr ro. Nia | POR hg) Py tin mtg Seno Gaetan Sonera eee & SRG eS Semsocke ri eee: ————_—_—— Ra hoes ea Eee EEA a ote seioueee gal 0 pouo er fara See ietmeth ees, ees iieeremes cece SA nucnen sie | ‘Sh ft tet oe ints aero mass pow ladle rimasa EShetieaes “spon ayy a caaratucar re waion tots tras ‘Pago Exc dur or modelo Pa dna Cum oferta k "Grand Puncndes ton coe de Are. aS Pax. separ “ Sierras at | ero menaen ge ERrSAGMGLrs | eens SSPRRSSRSRINNS oe | Seeded Testa ten tatenfetn | —PATROCLa. Dain ads 2 eee SEL ce renee Eos eli er eo aiess Scchereentene Stains Sa | Seti pean ce Scenery "Bsc i ralemade em conn. inmate Sei oeasew osteo a pers | a es ee ie Eig eee on annem Soe ee i) eee | = eee tosis ga | anaes a snieminteust | memenoiery saosin Sirgay ee ettene meee Scammers | aruamecaraeies Sane cores % stl Boba eta Eicevieeiioee: [motel ae Lala Srecc eacions | iene paaeramen es Eisai recta mania | waste arate ead poripapected Eeoiimctcleutiee | actions connor eee | EeSEakge Geiser: ee | eee Sees |ieeeeers | Sees = = ae | eo tera Sa ene: | Eaten ‘Si os ei poe at ginny nt Cad Eh ‘Simm fan ot rao a Ss aan Tae eels PENTO. (kb) Pen ¢9 tl ue ares Sars pisitas tna oat emer Eetumone essed como mans _fevetcunions ld ee epee . Elo Gessss to. cede che pe do aloo sam aba ca ac at Pitesti Wane sa eee rules Teme ons | “fanart whumermntsemca'r | Mareemmactsme face Secnense renin ecncomete ‘Ek teneimest clos eet rep ep Penns |B rrewr erate ‘Bie lt eae Snes Sea | icatateemar sma "SS feet | Stee Prot Merce Oren Tr Sierras ‘Sandip gnfonoa netomat gE Re | "leno ae) Hass ho en E nti) ckinmneriema tanta = me cnsere rte rane | acer aa ee | BERRA aken | Soca eeice ea | Pare ae TEAST TNs anor | Sok sesame doses ay SS See Eoemcsacie, ‘Bacter Estos ne tale onde o hrano esa | q,PEUCECIO. (tuatnac) Peacto Put MDES. inte) oPitisens bum epi | Seca sri gaara vi CSS. | SESE tert vee des. — ~ e ere ‘eriacctinagoearan: PILEMENES. ante Pen, Us pice av amnn ie a ae ‘ center sotapan oe Padeeanenine ae gucs | jroo ea cas Poe), octamer oc ae ceemenocrmakrmecs, Ll olla nee ne ‘in, mere feed : PISISTRATO ‘acto, gcrena) Patn, Diicentsumtats ae PIEANE eg) {0 on wero, Pear e maroon “ATPE es) x ho ge gar eu A eae Hs in Pin ea et ae ‘seitpemmeecntere tis acetic Fee oaread ro tn) Out sere Soweto “AENEAN ae) Matai Sa ae (Ua Pada is eee ae Keaton, cS Ss sevememare ria FecserSetce esieeare car LEONE ing) Pons, ede See = CPM ts eg on Sees ¢ re eee ce ae eaomn ito ME ae eee seas Sasutanenaee oa | Bc "ie env | PO ts Pio ite Sao EES REE S Getimerist panics Seema aber ce acacia | 05'S Ets Sous inc Ee Ea tte ee ‘her legdn gu pra omega Suet Sng eee aaa rapeseemiae iehevwoseree Sediaarh sss armen | mastramesngees cmc Feeenciec ine | Sanita cect dtl | ca erm aon! eto Bo reece See etic ia | Grits bagapa Eee | Bes Sse SESS SSE Seeveioar eae Srcncitecpe paces | Serums a Sgeiereuttaeasiseens | Sie eimai aaa Semamcnasemane | Sm mem eens {Bye on os tue svn | Gath" Sen Dasa ‘ROUIXENA, (ite Fairer uma da, | “compan fio de Cle e mere Se See ae pecemnseeame | ieee feinciempcmo fae Sai Zag | fame mes eases Se nee |Site | | @ BERG | Zeieeeeara nme aoe | Sore cere Boe ee ones ‘POSIOON ; ine | aon om tn tn to SE eS |e eiaaes (Seamer Ecce Seem emma Creer ten retama te | oem 7 Tevet bas ta Ta ee Poe ere ‘hater : | eeeeeemnees Sees ‘Remit, Cline go 3 aod seroma fe eroes nS |e Sei emcees {Se Euoaae Generics SSS Rios | Sh f sues Siteaet terrence | oe tt is Sn ktmarncs ee firriemBaAre Sita ees teattree SS Ee — "Nee eS ai aeigs, Pon oe sects eens asa = am 3 a Te PRONG.) ev moms! acu in mt ee Setdectcenmadoms o sone de Gums | Sead det eva os sao Goa ste eee net eee se Stee beens | peeireee ‘ree Aram lteter que ensneas | ola punt a mone que Apo eno ‘Ecodenan 3 mone odo zangcce | Canovh nn nmnostemase ata Sa ee ee pasos | IAM btotersse meme Eckert Tapert, ESE 00 bo Pots ome ce ‘Sp ied aroma Boe Be = cig Pete ie | wt eo oman ps ‘Phd on ha ah Section Sequences | {en wn ee spc Ne umceaemed srs nace ama oeens | eeeanoraay reat Ececraremeras |Eraceramacumans rianemae eames | etauteraraesane Soca paces | See tetas oa Reve nara Smeets pe! FrouoRTo. ny re tienen ome FOuIMENEY, oon 36 Sieraerts | Ree iba alo qac calm ge de ondo ot [QUONE (dria ico STR R ee RR ate: Sepsis = ei. St rometgr uae So aoaemanos sa ponean coe pee eeceeeen|| usec | aees ana ees & |e moe Scere SRE ee ia eo ‘eect pe Se ea Sees Ehehotchies (Saree es ie Seis ae Rb 0 sArIBOS Ee baMeRifai amend coors | ALANIS, Cs) Sens ent a patton at a |S: a seers sare seeratarnse ee sfnon tae Sec mean Sarno) Os aa wd ns es ‘Eifiou Oe oe ‘Sas de i Srey Sno 90. renatees pay ‘tga com sce * SERIO enn) ei Ta | ee ig at Beeecticste ema ee SS Soescoues ee ‘lanier en ott eons sm. 292i, Sons, mine Statice oe ae Mp Des oS Sree as ae een seine ie On Basen a Stns. stanure Somantaeten | ci seat tito sa Si oe sa mor Se bear sue antennae tan cg Eggi een ce steieutat x : eens ceo Pre seu | Serer sols setae ae ‘Sena satzabietatn eee g i ale ; i s scantise i 4 i a oa se eit Hi] le a |Saeeeeis = _hbiaeionattea eae nae it ~ | Reckisremarne ess Bi | ard a 4 i ae | Spor Concannon rs ‘Sonn aso Rrsn So Mas SSS Sons deacon en tr shu cn fs et Sez | cuore an ores nun sth. gene Tn ran | ference Lire nae 1hn0. ips) ine ae Podge Scag Retpe te ee er ewan ash SaQTCTES tes di tle as ES EAMGETE ac Tae “IIE 9a Ee oe. xin, ant a iodide at | Se eras ees te Ahan eecee Sea ieias = | Sists Soe cesyes Se Fee ma sn ene Greet j| i scat ae : Seer i ‘Apolo wa so aioe eo 7130 (ioe) cohestronmods | [Bh evs eamgeBa 5) Tap de | Ge anh ihrer fm | Semone Eee Cave perme, rome Secs faim Ns Etec ope pee te CTRLEDAMO, Tans), Tem Seeing ae ee Meal te ees Fema errata tea Sara a oe nets meer ne TRLECONO. Tn) io on amo. ‘Kesar emer coca ri Sterns | cites carer Patera Se | Ree eis eine gators en | parent (SERS Beha eas fs Reite mus Eecieeer earns | Sear Coe pet oni ott Rice Ceae nce | Bieta ese Feces siciaraees Trew rem Sane se tnt | Beko a too ean es ‘mas fate se Bolo de Eee | See eee “Teo eo Ene peee tecearees ‘Stet as 2 An Save ec secioe AN ea pn Eooneees _TEONOE (uy 1 pine te Seen Zanes Serpe rmceee mraat Hess gee pinay) te = aa “4 = ERIN. Tris Ani cae " Sa. = onepygerdansemae: |e are es ee yma hoon are ee |e Comrade eet ASS eas ie Sreeipinet ae Reo Fetes ere Ee ee ref neny soe br eee an erteinesm ar soesa seu ‘atpaio urd Bene eee Seocan ro eeu cot cei Taser Sees Eee fv tari ome iS darned poset ee | Sn ea te oo “TET tom es hides rma fates are See As | Stim Ae acre Beil acta | Ee aries {become Gombe wa Yai, Whee, tn stane ie Sse Shes rtatitine ete hs, "EEN marina tr | Sepia ae Science carer i iwidnge src | “Pune Tex ede Cason, C ‘Samedi feo elacoe | “ye Ae Asie nny hole Shea Raids | romani ms coer or oa ‘Secprimerr dormers Moto sro Touma ye ne * Jee = etre Pan ee cake i age ain ane % Siena Cicaar Cae ceeruertewes Geta ade Mea ata imate | ote SS sockets sa Tits cp) Te i gate Sate Eanes Sr pumas Hie de Seems e nt eae eee TyETE fn Suacariemee t Fee og gad te na Cros, ses) ea to | Sa sEShees Ses | eae Fen sense one PREPS aD Sets | Oe, Ce) ews com srue (heed mane oem ecg. | io erm apa mo rene see eeeaet nena teuits | canary ie career TIMES agg Atnad cee, Fete mroaaree sate ae aor Eas ‘Hipaten tr oa [TODAMAS (dine) Tatas ¢0 meatier eas paca ap mew Sx Sh Sea oecaee se ‘She Sir rs wea erie cries neve 68 mo Tagesz era memento nde cm rape ren Ano Maa SESE Sa | ian ee! amen To i me | Vas ae Berremecrem men | Sted Sica cma a TOU ry tae pe Soecir leer rceeene | Se ctee Seetins Suichdemman etasans | Song 7 ae Se Sigurt son de reget see SS 4 alta eet TURE Cee ena eon ce tee eee i Seeees ae ee ‘SSrmowgobripuam Tiepelemoa evarse de | na lbetavto du mse esrava ao fe icy ‘het magn Eure ep ‘Toca nly Str Aa ee ee vi aa ‘Stare Soen rae ie tem Tammmpmeonteen Cae Reon uN tema “TOMS (ln) Nome doi er ‘isd pe deine anne aks | Saat OP Ms se SEA pronase erro 20 ae er TOM aie) eo eg, SaaS LETS (Seeteanaueaten | sare seen Ce ees | ae aerate deeper | Say qa a eon on ogee | AM TRIOPAS. Trin) Frm tome at ere me BAe Sei ks ise ectvineat | Uelunmcmee ESSGe Steels | puro tenn roams ee ecie a ff) awa earmre setommnmecceto | meteors Ser mieataaenne Set aoe Dern tee = Soin sa eae co rercosRa sooo Sacha | Sona Ensen combate aga” EiGom mice gee auntie Erect trannies BS s "Tikes rns em a, oe gw te i | eta tases Seka ag eas | fees teem ee | Ee Someages See oa See Sreenet espinal pert a Fem, ere, emo eee ao epi nee Use eapetin ae ono See < Se in Se ears Ges ae Se Sevres ie Se a eS SE Soa | aoe 1 Someinnst ries sm | Set INDICE 1 ___NOMES PROPRIOS MITICOS, GEOGRAFICOS, HISTORICOS E SSIS Sasa scope do Een. | ReMeRbmemams ALT mena [Bits ie eget Qn Te a mn un 2 a ate Qu | Bh oe INES cr SESS, i sonnn| alee estar \ ‘enti. pe us 21 ‘Wine aaa fe ETRE oon TREE Wes * 3 Fimo de Etna, Quatro 1p. 13: ‘cosinor 23 Hib. ‘hmogetena, cos. 0 29 enn 19 4 oe ee dene hte Se i: Sra oes WAAR E | Pte EEE ‘Ry aka a 2: 560 Tk See ASSIS WS BS Gat, SE cy — -| ‘ie in de cgaey. 59: 82 0 h ra Be, a ie PA ce wen. aS ene Se eae as 3 ecrp file de a uaio 17 i Tae wn raced Re ibe etn $e 88 281 se Se ny, eae” Sees eenis Tatas ERIE. om te omnes = ete San Letigonts. 276 6; 417 ate 3 ase teal Que eee Feat Seon se: | Set Bass ee ae | Ait ae = Exam geting 9830 BE 6 | Pare | Ri " EERIE hee. Quto en Sore at | A me om a Wess e Te eee ste ‘bin pei eee mditacion deh. ‘agi at Bion, cate 2, | AGEs, Maier de Perit, Qc 2, | Aff. ro eminent 28, AURA erg Peery 2 ata ATR pines Ears b Stated Aso, Geto.» Val puttin tetas |e ay cea Bie as ea eed ee "Danby a: a8 8 alee Heme grey ctor ie pe BM gmt rap 29,8 SSSIASE EES 0.) edi pat 66 tae, | Eg crheceate He * Sleecomuna, |Gaaeemen t= ad ane 52 ‘as HEE Sea SBA. HRS Sees ST SS | GAMERS as, - "ilMsitaratmte tan | opts eA ASE ae mit ae ite (Sat 9.2918, en a Ua Caco, | Engen arian TR fame Grea | a ER etre owt | Siaaiaeee DICIONARIO BA MITOLOGIA Hee - cette cme | bettie nan | ete Ee cake eed 54M 49145 Hoa, GR Sadho a | Se vinuon as 0" BEE eno SELES ana ne Blt natn sth iene So Re U ans Sea (SOT ‘Sue dein Gato 2, SoNgrane cintging) a. 904: wae avon |S yas pt vt x | ES oa cL. 1 6 fie ee & sige ee 3 Satine 6 eT dea, ang 36. 2 Se he Teo. out 2, ESS RP | SSutarsst 285,50. ta oH Rae ae Goat, i une Comin seth sronn, chen keeles cocina evan prosion Ete, ee ‘et Fim Pt Gua Sieh" Sine 3 2 Enea “yet eea Bath» wa usin a se 320 Se srene j poe ‘Sa ep a 207 ig ae _ “in ai one sth, Cae A RE ns si rderreta til | | pamela, aan an iE Maha es a Piha mens | BE Ee eas “|e Aes i ne FEE sen wears nes | BEEBE RS Ross i _ regina pantgy ESR TAGE an nea en dash th cee SEER coy By ap wet pea aan vous ssn | Sai Gia art cate tse mer cao | 8 ap ¥ ie nwase. a | age Uh re coed |Fa.ae Eerie ea vt Seas ip isa: ss vt ib ae i se ad Dora, omiaat 5a | ass PeRaBS Ratan wee | Ma mESG a omen mon fps on td | can gage gg ee a aan OHH Te: TERE | | Reps |S See ine ist H Sie ie pe Pau, Qe ER, ictenin, quam pans | Sa Ee ie adh ha: He Phine Me es Gencouvann ore ne Giga gane ) piT Meise ari Pa sees Fol a 99:16 052160 taateen one [gates eoeeehiuseateats | Sane SaRIERIE arama ES ic | PRR oe Ouran a ea St a Pg We was OPE SR RE SS | BRR Horan coe, = aan Ere come 9 EMR ST actin gle Liban ae ‘in ito Primo. Quo 5 cenit teen Qa amiss sh ae Se eet ani a MORE a Ae ae EP Ba e: a9 4 ices on (Thao, 205 ioe 3, pm, 9 Tee ss mse Fea vat de Hino, Ae ‘Gate Hip ia eek Bhai: ter nsnsagenies |e ince It a iad Foon vam te 7 eee Rep Sty ao, | os! angry oS DU ies Qe pa Bm ti pc: am. | it eae Ear Raa a gat HEREIN Refao woos MEST Man ato 4 91 a Ps dee fie ae TG caren ace tn mee sy Tstio" Bat 3 i Epc 0 wg, i, PAIR case inst E bats eam “ae sae, Bp. 238.000, Incite es eile, Gone fade, Coma asa HRS atone. | Hs an a 5M! Mp sain gatategc = fonts Ovadig 1h-p aise 38 iy cat, ito. te ar hg ied geist iebco nie EO Stet, a eugene ieee ae a. | en” Eee ies spines fate de ERM, a rc ont eae SPs, aeewccor™ | age” ue eee “Sua ig 2 isioearetde Siion. 26 bs 2680 eee tt 2880 Hee ry an eae ch eee a ere a er See fi commences ae eorue™ ES Esa ied si 2025 31 a aS Ee e Bowe cunt upies hen 20, er ae ea ai Fie 3 bas a ute Sieh i ala tio: wrcstemmacest, ies | tt shes ante Se SE wae sore SES | URES SEM = BEPREG Rane |akaenE BRET Sona ae apt a am ol wr fa) ee 9 5297, estes, Sey ipeetaee wit pee Sey 20 | OSE EEE | ma sioigtcta nme me | wir cea Eh gsr tue sare | atin eae (HERES ats yy ios rie oe syniee 2) Eee a iene OV a ee ne icone ne A BET nein Berth aM aw Main, eral ‘ ae Gato 1.5.29 ae meant atom “ie eon ‘can os. NS Ld Mo. Geto 3.9. BAPE, covna oe | TREE oem ane, ene, Fo de ats, Qua 2.28% ifs Pree ipa 98 | Mee a al er, wee a Ee i, ones BEES germs ate MPa US aie gats & Ee tele Nate ote i : 7 ins. Eee "BES mare he eae sie EPI a | ig lds“ Ma na a, ae Hesse HOE ag hh. Sy ee , | ana a. Qu, T1548: | 37: 1 Ee a i Ea hm meme Neg ls ea,2 708; ee 1264, 0 5 Se worn | RRR SQM E APES wo FS ype pa. See onesie | i Gi bive lh: Brean lg er Baer eat | i ing 2 SPE | ie Se oa bas7 82168 | Oasis ie Quire : aoe ss teh, BRS fa. 10 206: 3 Br Sd an 9 pas Cae 2 Sig Aa Qt Rf 2aea,| Pan Hig ete. Oat rious day TEER GEE name | SA tow ene re oa ge eae. REET PS RA arcane —— enn 1 4 10 MS cle. onto 4 Se sot: wear | Bete asda a4 tb Fee. ato, rotae Nee "adr, 8s repeating ‘ar ae ne riiretion ee ia — i es oa eR a stairs autem outa te hee ats ps ae 8, 25 ao tay 308 moma hanate sc." p.2 caret finer PEVRERES Z gets Meese! ‘Stet a ‘Selo a Aa Ma). 36 Swat “gin onto one ratte Gadel p ug seb i eae TSR ac racy ea rahRe Bison ann FE 2 ws Fey eae a Se genes RaSh can hap uo a ‘ee eles’ “srt cet p = DERN Sa on Maer ci. 206 {NDICE II ‘TEMAS LENDARIOS “ cal ere mat St coe GRR I Shiga anes at 208 Sites aeue a 6 ama em 165201218 cud ni i 10 Fad VF Mara. Co OES ABT fee: Son eemaee nath, Coenen PERSE Ger de Tin, arm 1 Tide tenor nec 4 Vleet feecaeeee r2ehnerap :1 08 Bases pms 2 “ge ASML SB, | Meza 29,300 snekigrete me og EE ane n20 Sion bara; no: a 6 ‘Denar nie Mo ‘Pfeifer. Dodo, Cor, Tew | San: 4870 som ve meme ae fats are: ¥ fae SE a am te a ae ee ae PSE PSEA SERRE | Nh oa tm Panag emo a Be crn: 47.45 47, ‘or $5 cepa y agin ‘gine sins Siang na en ma ash “seme EASY Ee : oe 9 bie wat = tin Sa it ovine io 1S somne0 3 aaa nena " fee? hanna 0 peer rneen eee INDICE GERAL

You might also like