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(© ROMANCE COMO EFOFEIA BURGUESA cv en807 cos enable tery) solide 1 Asyiciastudes da teoria do romance 0 romance lteirio ¢o género'maistipic da sociedsde hus- gues. Emboranasliterataras do Oriente antigo, da Antiguidage eda ‘dade Média exstam obras ob multosiaspectos ais ao romance, o& ‘wacostipicos do romance aparecem somente depois qu eesetornow 1 forma de expresgo da vociedade burguess. Por outro lado, € no ” romance que todas a contradiges espctficas desta sociedade sio figuradas do modo mais tpico¢ adequado. Ao conterio das outa, formas artisticas (por exemplo, o drama), que a Iterstura burgers sssimilaeremodela em funslo de seus proprios objetivos;as formas -arratvas da literatura antiga soleram no romanecmidificagtes tio profundas que, neste exo, pode-e falar de ima forms artstica substancalmente nova ‘Allei universal da desigualdade do desenvolvimento espiitul ‘cm rela ao progresso material, etabelecida por Marx, manifesta ~ sedemodo aro também ne destin da teoria do romancs. Cm base «ermnoss dfinigzo geal do romance seria posivel supor que ateoris esta nova eespecfca forma ltersria foi elaborada de modo com- pleto na etiica urguesa. Mas no fo iso 0 que aconteceu: 0 pri- relrostedricos burgueses ocuparam-se quase exclusvameste dos shneroslitedciostujos prinipis estticos podiam sr reclhidos da antiga literatura, como o drama, ¢epopciasitra ete. O romance se desemvolve de modo quae intcraments independent date Ga literatura, que ndo o toma em consderapio eno infu sobre ele (ecorde-se, nos séculos XVI e XVI, Bollea, Lessing, Diderot ete). As primeira alusbesstrias a uma toria do romancelencontram-se em observacoesdispersa feta pelos prdprios romancistas, que de stonstram elaborar este novo gnero de modo intiramente cons lente, ainda que, em suas generalizagdestedrcas, nzo superem 0 que éabsolutamentenecesisio para sua prépria ciao. eee ye aaannnnes © nowance como EOWA RURGUESA #195, Decerto, eta falta de aengto pars 0 que €cpecifamente romance, ainds que nfo tanto de carder teéxco-sseafio, mas | _ nova no desenvolvimento Durgues da arte nfo & canta Open dobre denature jornalticy voltage para qustes de asl “mento eric daburgusia nascent emtodssasquetesdu een dade A desigusldade do desenvolvimento fr com qu xa teratu- € da cular, tina forosamente dest manter © mais proxina oie de senjmodelo antigo, no qual encontrar sma poderoa ama idelgca em sua lta pla clr burgvesa contra clare as ligaste, 00 mesmo tempo, A fundamentaco teévica do natura Tso: o romance foi separac das grandes tradigbes ¢conguista da época revolucionslaclisicale a forma do romance se dissolves sob medieval. Esta tendéncia se reforgou ainda mais no periodo absolu- | ¢ | oefeito da decadéncia gral da ideologia burgues. j { vninneetariueiamavessva ss prices esdoseudesen- [7 Pormaisntressanisquesejam sts toa do omanes para) ‘wolvimento, Todas s formas de criagio arttica que haviam crescido ‘6 conbecimento das,aspiragSes arusticas da burguesia depois. da) *T organicamente da cultura medieval, assumindo um aspecto popular até mesmo plebeu ~e que, portant, nko corespondiain sos mo. Aelosansigs -, foram ignoradas pela tori e feequeatemente te. 1%» hacadss como “no atstcas (como, porexemplo,o deama shakes “°” peaian)-E, como se abe, o romance ~em sets princes pei representantes lignse deta eorganicamente aida que womesmo [tempo de modo polemico, & arte narrativa medievalia forma do "2" \ metade do século XIX, elas no podem resolver os problemas fun |" + damentais do romance, ou sj, nfo podem nem fundamentar a ymomiia do romance como género litedeio parteularjno sio de | ‘ulras formas de/narragio pica, nem especiicar as caracteistins ‘espeificas deste gener, 08 principios que diferenciam da lteratay que tem como objetivo o puro divertimento. ) Tomanee urged dsoluco da naratia medieval, como produtode. 2. popes eromance | “sua uansformagioplebels ¢burguess - aan | Somente na loti clssic alm & que suger a primeine _Ateori macs do rrnneaideve part, portant ainda que | {enttias de crar uns fora esttic geal doromancee de incalo crticamente ds ideas elaboradas sobre este enero lero pela | Srzinicamente nim sstama de formas extéias. Ao mesmo tempo, | _etticaclsrca lem. Aestéia do iealismo casio fo a primeira ; z+ também as formulagbes do grandes romancits sobre eu préprio spina plane dos priacipis.a questo dateoria do romance co faz i (is, fable geoham ample profndidde (Water Scot, Goth, °°! de modo snltancamente iemdic Mtn. Quando Hegel {co Bae Porasto.orprincpisdateoriabargesdoromanestoram "Shama gvomunee de epopea burguse’ poe uma questo questo “(|| ¢_stabelecids neste perodo. . mesmo tempo este esti: ele considera ofomancelcomoa iv" | 2° sas uma iteratura mas abundantesobrea tora do romance atneroTteriio que,na época burgues,corresponde epopei.O | ‘elo’ lursomentena segunda metae do deo XIX Poi nestacpoca Fomance, por umlado, tem ascaracteristiaesttcas ges dt grande he 0 romance confemow defnitivamente sua predominincia co-_ 2 _garratva piace, por outro, sofas modfcagis razidas pela paca maloma de expend pc d.conscénca tga 2c burg 0 qe spa sonia Com no em peo | ‘As entativas de faze tenace a epopcia antiga com base na clza- "7° juga € determinado 0 Inga do romance n0 sistema dos gineros 0 moderna bastante funds nos sul XVITe XVII (Milton, /°" $s anttios ele dea de serum ginero “inferior” qu torn evita com + Noliate, Klopstoc), desaparecem neste petiodo. Alm dissovnos “" r!” toberba, seado plenamentereconhecido seu eardter pico domi- riots palteseuropeus, hi jéalgum tempo havia se enecrrado 0 nante n literatura moderna. Em segundo lugar, Hegel deriva prec- Panto culminaate(dodesenvovimento do deams. E assim natural samente da oposci histricalentee a época antiga ostempos mo- - ‘que suyja também (mais ou menos na epoca da publicsio dos dernoso cardtre a problemstia expeificos do romance. A pro- stigstebrico-polémicos de Zola) urna mas amplaliteraturesobreo fundidade desta formlagio do problema manfesta-seno fato de que 4196 $ Gronor Lurkes © rownvce couo eropsia nuaauEsA #197 Hegel, seguindo o desenvolvimento geal do idealismo clisico ale cxtero, privaco de qualquer atvidade deste tip. Bsa degradasio 0°" | imo a partir de Schiller, sublinha enfaticamente a hostilidade Aarte ,£ | ft” dest ofterreno objetivo/para o florescimento daipocsia, que € da moderna sociedade burgucs: cle constr sin teoria do romance “-7" | suplantada pela prosa rarteizl pela banaidads! tal degradagio,0. = precsamente com base na contraposicao entre o carster pottico:do Se" |r (> homean ndo pode se submiter sem resistencia, Diz Hegel: 1 mundo antigo eo carstr prosaico(da eviizacto modema, use. da 2"! © rn eansvadd de ann tosdase intvid 1 sociedade burguess efesvae de na autonemiaautatica nfo nos abandons Como jé bem antes dele o fzera Vico, Hegel~ ainda que cer, Ho jmas, enio podem not abandons, por als que © * tamente sem indicar 0s seus fondamentos econdmicosobjetivos —" Fe ‘ksenvolvnots Soren na vis ce polis madre tiga a eriagto da epopeiald fase primitiva de desenvelvimento da {ou eo deenratvimento bugis] sa por nd tecoahe- ‘humanidade, o periodo dos “her6i, ou sea, a0 perlodo em que a ‘lo come (ema « raconal v» vida socal ainda nfo era domainada, como'9 seria na sociedade Embora Hegel consideteimpossveleliminar estaiconteadigto fs" ‘burguesa, plas forsassociis que adquirram avtonomiae indepen- entre poesia eivilizapio, ele pensa ser posivel mitigg-la sta fangao. “ dincia em face dos indviduos. OcarSter potics da época “hero {encaroada plo romance, que desempenha nasociedade burguesao ‘que se expressa de modo tpico nos poemas homérios,repouss aa __*, mesmo papel desempenado pela epopeia na sociedade antiga En autonomia ena atividade espontinea dos individuosso que significa, f""_ quanto "epopela burgues’oromancesteve, segundo Hegel, conciian. como dia Hegel, ques individulidade nto se separa do todo ticoa as exigtncias da prosa/com os diteitos da pocsine encontrar uma ‘que pertence tem conscénci des somente em sua unidadesubs- “médi" entre ees tancial com este todo" O cardter prosaicd da época burguesa consis ‘Na realidade que se tornou prosaica, 0 romance deve, sempre * te, para Hegel, na inevitivelaboigio tanto destantivdade espontines ¢--%-.] segundo Hegel, “devolver& poesia nos limites em que isso € possivel } _guanto da igaco imedita entre oindividuoe a sociedade. Diz ee: “os nasituago dada,o direitigue ela perde Masiso deve er eto n30 “No atual Extad de iret, os poderes pablicos nfo tém em si mes tna forma de uma coatraposigio romantcamente ctistalzads eatre ‘mos uma figura individual, maslo universal enquanto tal rina em no, poetiae prosa, mas mediantela iguracso detoda a ralidade prosaica _,_suaniversaldade na qualo crite viodo individo ou éremovido Poe dalutacontsa ea. Bsa lata encontra sua realzagio ‘ou aparece como secundérioeindifeente’: Portanto, os homens mo- rf Ree aa a a ~ dernos, ae contrrio dos homens do mundo antigo, "tm seus obje- vain em opodtie tardem do anit apeeten! nosoy tivos econdigdes pessoais eparadas dos objetivo do todos 0 que oin- nheert nea.o atintca ¢ 0 sebetanil,reconcliando-se dlividuo fax com suas pr6priasforgaso faz somente para she, por isso, ones relies © ela ipgresando de mado so; ma, reounde pens ors eons eno pss doo sas ene eee Eapcakopmaseneronprene: ol ee ae ee realdade que ve fom amigs da bles e da arte. stall, que regula a vida da sociedade burguesa, €reconhecida an oa {ncondicionalmente por Hegel com resultado hstorcamentene- Na teoxi do romancé de Hegel encontearam sa mais mi ‘cesito do desenvolvimento da huinasidade e como wn progresso nose exprestio todas as grandes vrtudes do idealismo cssco, mas absolut, em relagio ao primitvimo da época “heroes”. Mas este 0 mesmo tempo, também as suas inevitveslimitagbes. Por ter se rogress tem também uma série de laos negtivos:o homem perde sptoximado ainda qe deforms ass cidealisa, da compreenso de, _, sua anterior atividadeespontineae a submisio a0 modemo Estado ‘uma contadieo stencil d sociedadeburgues on sia, dofato de buroerdtico,vvida como a submisto a um organism coeriva case nea o progresio tecnico material €alangado ao prego de um 198 ¢ Groner Lueics febuixamento de miitos asp tae tos decisvos da atividade'espiritual © | co) ptr da ante eda psn secede cons ria una se de oraaies dhe eee titwem alrazbo de sua permanente grandera. Em primeira tomou evento eenta eo (apres 4 ‘Brande signit cnr Ts mega ronan pepe liao ered ao fo equ too ons! es ificagdo tende epopeia, ainda que de modo contraditério | psraon-<¢peciumete ne tnd joe eee aes grande potca spd as oe ‘eoria burguess cldssica do romance reside na tomada de consciéncia >” - dudlersvahistccataves pope naigrcoromance creenn ed 2 conpresnto dommes an un nse mts pene OE ‘novo, ete Nio temo a qui espago para falar detalhadamente da teoria ‘eral da epopeia na ilosofiaclissic, ainda que esta dtm tenha ite ‘ito paratim conhecimenta tedtico da cornpos ‘homéricos (por exemplo: a significado dos momentor, ‘popeia em contraposio com a progressio dos motives no drama ‘nutonomis das partes singulares, fungio do_acaso etc.). Estas tesey serais sto de extruordindria importincia para entender ¢ fora fomanesc, gu ec os principe pots formals gaya _ S28 qusiso romance, como antes dees epopeia, pode dar um que ‘completo do mundo, um qusdro de sua epoca, ote Gorthe formula do seguinte modo a oposigio ent am =puinte modo a oposigfo entre romance e 10 dos poemas regresivos na No romance, deem se representa sobsetado iia € uy OMe 20 drama. perenegen eft 0 conace er melt ni So proiint deen feturdr a evolugo demacndamente sp a +) [61 0 het do romance deve enon ce deve ser parvo, ou, pelo meson io extsvamente atv! No" OP f ses de natureza formal: ela €necessrie a fim de que, poss se desenvolver, em toda asus amplitude total apse do eid romance exgda po considers emtomo del, *\" lidade do mundo, No dratsa a0 contririo,o protagonista encarna a totaidade de ung" ontradigao social levads a seu limite exten, © nowniece cone rropsta nonawnsn # 199 Nesta teoria do romance’se expressa, ao mesmo tempo, frequentemente sem que os prépros tebrcos o pereebam, um eariter «speifico do ramance burgués: 2 sua impossibilidade del fepresentar/um “herbi postivo” Decerto, 2 flosofia cl i borda plenamente este problema, jf que ela tende conscientemente 4 aleangar im impossvel estado médio entre as tendéncias contea- postas eem luta no seo do capitalism: nto por acaso ela omacaroo ‘modelo o Wilhelm Meister de Goethe, romance que se prop6e'cons- ~ cientemente figurar este “estado médio”.Todaviz, a flosofa clisi- > ca eaclareceu até certo ponto a diferenca entre te _ Gu, como vermos, consti ctusa principal de dies soy do romanceiquando comparado & epopeie 0 mes- ‘mo tempo, também uma série de vantagens. O romance abre cami- abo para um novo florescimento da épica, de di ‘ -serando com iso pouade anncas mow ue ea etn igor nee Scheling tem toda rato quando sah stb uma to grande ortncia frmado romance. Byron que, dese forma veraeads excreeu com teu Dom uc romance eg ‘uma epopela - formulou enfaticamente, desde os primeirosiversos, a ‘posicfo catre epopeise romance sob 0 ponto de vstadaforma, Ele“, i ‘quer romper co -omposio épica, com o inkcio jin media cs Bole que contra bografa de set ex desde comego, Comoe, go". Byron aponta efetivamente para uma caractristicaespcifica esc ‘ial da forma romanesca. Como a epopeia opera com um her6i que, ‘Por toda sua psicologia, cresceu sem problemasino seio da sociedade em que vive, ¢figurasto épica/nio carece de nenhtuma espécie de eplicagso genética; por conseguinte, ela pode ter seu comeco no onto maisfavorével ao desenrolar dos eventos épicos. Anarragio do asada serve somente sos interesses do relat, dexplicitagao da ima. daepocahergieanesepopen dens > | | (0 romance como rroMBiARUKGUHSA #203, jye7* bem do mundo, 2. tensto,épia etcn'mas nfo tem ein vista ara “5 explicagio do carter do her ede sua rlagio com a sociedade. No Ge romance, ocorre precisamente 0 contrario: 0 passado’é absoluta- {i mente nee parenplcargentamente 0 presents 0 die ‘elvimento ulterior do peronagem. Mas Byroujaboréao problema Job um aspectolfonmal le exige a forma bigriica como forma do romance. Or, bese que grande parte dos omances sion ado= {am eta forma bog; ms sera inci no formaliso Gece H1~%, da necetsdadepars.o romance do principle duexpliasfo genética s(28 concusto de quea forma bogie igualmente ecessin Balse, {'3°"gorexemplo,orante mest do desenvolvimento genetic, pe ex si presamente a exigtncia de comesar o romance em ualgser PON fo desenvavimento do here uliza amber eta variant d gy co rapflem aa pre radar Comovimos, ocore una contro entee erie prin Aesenalvimento do romanes, gue ¢ mans no staso da toe om clo pritca da criagoromanesca. sso se podera cone ‘te, yar a consropto da teria do romancejeom sus patil des especies podria serve como msterial somerte a obs doy grandes omancista. Contd, oad a tora por aim diner “fica dos grande pocase pensadores o period revelcionsrn ) da burguesi dal manifest mais do que em sun teria propiamente dita Jo mance. una ous clara comprensi das contadigesfndamen tts da sociedad burgess. ‘Wjamos um cremplo ina Feomenaaga do Spirit, Kegel Indicou oposigio enteoperodo heroico «0 perfodo prosic da pelt Dbarguesi, ou sta, a oposigf entre aatividade humana expontinea) cls dominagso de forcat socials abstatas Esa indica serve para oiaminarocaminho que leva da epopelae da tragédia gegasa0 mun do da prosa (Roma). Mas os leitores atentos da Penomenologia cer- \tasnente observaram que esta passagem aparece duas vezes, inicial- _mente nos capttulos que tratam da transiqto a sociedade burguesa moderna, ou sje, nos capituos sobre o zeino humano espiritual”€ sobre “o expiito alienado de si mesmé, a cultura” Estes capitulos ostram uma aividade espontinea e uma autonomia do homer, ‘enconttamos neles também umalteois “esotrica, na fe i ca age) 30 ¢ Gronor Lnscs mas w atividade espontinea/tornada alienada de si mesma, defor- ‘mante e deformads, propria do(periodo de asscimento do capita lismo, 0 da acumaulacio peimitiv Em tas eapitalos, Hegel nada diz sobre a poesia, em particular sobreio romance e seus problemas formais, mas nio € certamente por acaso que, num momento de: sisivo de suas considerasbesycle cite O sobrinko de Rameau de Diderot ‘eextrala da estrutira e da forma desta obra-prima importantes condlusbes: (© que no mundo da clara se experiments ¢ gue nlp tim vedadelnem as cde eens do poder e 6 riquer, hem stus oncetordstrminados, bem e mul, ou 4 cont inca do bem edo mals conscitci tbe es consctncla vil sendo que todos estes momentar ae invertem, ante 1. no out, e cade um é 0 cotrro de msm. ‘Mas a linguagem do dilaceramento € a Iinguagem periia 0 verdad espito exstente de todo erte mando da cal 5 principios desta'teoria conttm também os prinepioe da postica“esotérica” de Balate, que, nna maioria das vees, ele enuncia pela boca de seus personagens (e, portant, na forma atenuada da iron). Assim, em Ilusbes perdidas, Blondet diz ‘Tudo ¢ bisteral no domino do pensamente...O que fax Molise ¢ Comeileserem grandes no € a faculdade de fazer Alcste dizer sine Pinte, Ovi Cinna diate aa, Rossen, nx Nova Tobia ereveu mn cast x fae Yor outta contra o duel. Vet teria coraem de define snatsl ea a vetdadera opinito dele! Qual de nds podela ys" liga ene Carice Lovelace ente HetoreAqules? Qual! hers de Homero? Qual fla iatengio de Richardson? Do ponto de vista prtico esta potticanio leva Balese (nem 0 Hegel do pertodo da Fenomenologia) « ump cevicismo miilists. Hla significa apenas que Balzac, em sua obra, desenvalve até fando a¢ vetiv, que prestupae naturlmente tums profunda e conereta pe-* neteagio nos problemas socials, os grandes naeradores podem car 206 © Groncr Luescs malrepresentaci global de sua sociedad, partic da qual ~ diz Engels de Balzac ~ € possivel, es como\ "mesmo no que respeita aos Pormenores econdmicoe’, aprender mals do que “em todos os livros Ae historiadoreseconomistas eprofissionais da estatistien depo -Ascondigdes em que surge esta arto, seu conteido e ua forma #0 determinados pelo grau de desenvolvimento da economia ¢ de 7 lta de classes no momento em questo, Mats epopeia co romance ‘resolve este problema central que thes ¢ cormugn de modo|diame, *" x tralmente oposto. Para ambos os géneros, é necesito tornar ebidente 1 pecullardades essencias de urna determinada sociedac por mete ae destinos indviduais, das agoes e dos softimentos de inividuos ‘concrets. B nas relagdes do individua com a sociedade, expressas através de um destino individual que se manifestam as careterstiens «ssencnis dolserhistrico-conereto de wma forma social dada, Engels descrevea grande dame como figura principal dos romsences de Baleac ¢ firma que, “em tormo deste quadro central, [ele] pinta tode « histévia da sociedade francese”? "Mas, no estégio superior da barbizie, no period homérico,« ‘ociedade ainds era relativamente tnida. O iadividuo siteado po _ centro da narragdo podia ser tpico ‘mental de tods a sociedade,& nfo acontrudisaotpiea no interion dy tociedade. A releza, “xo lado do conselho eda assembleia do pove, significa epenas a democracia guerreira” (Mars) =e Homero nie ‘ast nenhum eo plo quale pro (uma pede pve) pes Prépria vontade, A acio da epopeia’ ee "ser obrigadoa fazer algo contra a hhomérica €a luts de uma sociedade relativamente unida, de una sociedade enquanto coletividade, contra uminimigo extern. Com a desagregagio da sociedade tribal, desoparcce dh arte artativa esta forma de fgurara act, jé que ela desaparccen também «vida rel da sociedade. As caracteristias, a agbes ou a stuasoes Los individuos ado podem mais representar toda asciedade,ou sje, info podem se tornar/tpicos de toda a sociedade, Cada individue ‘innie~ ‘epresenta agora uma das classes em lita. Eso a profundiade e juste com as quais € compreendida uma dada luta de classes em seus gspectos essenciais que permitem resolver 0 problema da Upcidade dos homens e de seus destnos.Aunidade davida do pore, Ved atic =a pelceuie ‘xpresiaretendéncia finda * be ° 3 __fiel os momentos centrais ve © rowascx como sorta woncusss © 207 ‘que se tomou contraditéria, pode ser representada apenas por meio daapreensio corsta das oposiges que constituem, ou sea, comoa — sunidade destas oposigoes. As tentativas posteriores de renovarlos le ‘entos formals da antign poesia épicaestio condenadas, na medi- de en que nascem num nivel de desenvolvimento mais elewado das ‘oposgBes de clase, a representar a sociedade de um ponto de vst texroneo, especulativo, como se esta fos ainda ‘um sueito unitéio i ves surgi a sociedade de cass, grande are aera 6 ee a yrandeza épica da profundidade ¢ tipicidade das DE, pode extrsirson grandes £0 ide dat 700" eontadiges de cate em sa tolalade dint. Na Sigur J tardio, a aparéncia'de que o tema principal seria a oposiclo entre 0 fs personagens ¢ 0s destinos dos homens refieem dle modo tipico e Sa ee ee arco ea beeen ee eee ee eee nce na moe na el, ie ‘Longo), 40 contrario, sio idilios separados do conjunto da vida so- clots poh ee See Se es a et area ass oe Se ee ee forma arttica, ou seja, 0 problema da. agao, 0.» 1208 + Gronox Lutes peswoal naprensvel pla naract poles (deerto,Hegejshavia hotado exe fat, mas sem compreender sus cas economia 6, prtanto, de modo incomplete). Em segundo liga, esta natures faz ‘com quea realidad burgucs cotgiana frequentemente no favoreen ‘uma tomada dle consiéncia medias e clara das cntradighes socials fundamentais:e isto porque, na sociedade burgues, dominada por foryas espontineas elementares,ninguém ¢ capaz de tomar fo” consctncia do impacto de suas agdesn0s demas indviduos eo "e , choque de interesesadguire muitas venea um eater inpesoal. 3"! Porat, para oe grandes romanctas,o problema da formalconist em superar esta hostiidade do matecal com que tabalham, inven)” tando stuaoes as quai Tota resproce ej comers lar, tiie sem parecer como un chogueforeuito; <6 asim da cesio dest ‘suas pics, pode serconstrulds ina gto épiea realmente » | J ‘Senicativa ele BA “Personagens tfpcoslem ircnstncasUpias”~ anim Engels ~) drama. O pathos social antigo, que se manifesta de modo imedisto, "77", * encontaefevamente na agin sm expres mals adequada © | pura. Ao contrério,'9 nove “pathos. da vida privads", que softe "4 ‘miltiplas mediaedes, 56 pode se manifestar na agfo quando sio figuradostodososelos de mediasSobab a forma de pessoas concretas te de situagoes concretas; este pathos, portant, destr6i a forms do * drama. O cater dramatico da composicdo de alguns romances de Balzac (e também de Dostoievski)ndo conteadis eta afrmass03 com, ‘efcit, no se pode imaginaram deama que contenfa wma riqueza de deualhes mediadores tio ramifieads como aquela que tem lugar a0 romance. A debilidade arttica do dramas de grandes romancistas (alae, Tolsto) ndo é de modo algum casual. Tampouco ¢ caval 0 fato de que a multiplicidade dos personagens contraditérios da vid Darguesalteaha encontrado sua expressio adequads em toda uma 5 série de grandes romanees, 10 pass que a tntatives de simpliicar € abreviar esta mulipicidade, submetendo-a&totalidadeintensva do ‘ama, levaram um fracaseo quase generalizado, en planes on mesied 9 eet ens Sas Bly Lb canna tn) (© nowasce como sears suncesa $213 4. Onascimentodo romance (+ elas ms sew es) Doponta de vista do conisido, o romance moderna nasces da Jute ideolgica da burguesia contra o feudalismo. Mas a nitida oposigio & concepgzo medieval da mundo, que se manifesta na totaidade dor primeizos romances, alo os impedia de recolher 4 brane da ate narrativa mediral. Hit heranga est lange dese csgoar nos enredosaventureirs et, que a novo romaac tem forma saico poplar ieologismenterelaborada.O nova romance reco da narativa medieval Hberdadee a heterogene dade da composigio de conjunto;& sua dispersio numa s ventura singulatesligaday ene si somente pela pertonaidade do Protagonist principal a relatvaautonomis devas aventura, cada ‘uma das quis se apresenta conto sna novela acaba amplitade dda mando representado. Deceto, todos estes elementon sto radi calmenle elaborados, tanto do ponto de vista do conteido quanto dlaquele da fotma, ent somente nos esos em que edo tated rmado da para «da stn. Comecam a penetsae na composi romaneich, com intcnsidede cada ver maior, elementos plebeus. Heine tem razio quando considera que este momento € decisiva: | "Cervantes criou 0 romance moderna quando introdusiu no 4 romance decavalara's figural fel das cates subaltcoas eda vids | popular’ ‘Mas onovo material cua apropriaco rtisticlevon ciao dainova forma romansten nao maseeu apenas desta renovagao de. moctdtca da tematica de aventaas da velba azzativa) ora apr0- ‘nada vida reat: € agora pro da vide que, x0 mesmo tempo, ingress no romance modernp. Cervntey/e Rabelais ciadores do romance moderna, relleem em sias obras este importantissimo fato, anda que dele extesinm conciades diferentes anton aia. ctacia de Cervantes quantolo burg de Rabelais serebelam, porn lado, contra degradacao do homem'na moribunde sociedade fet Gal por outro, conta 4 sua degradasioins natcente soiedade vor argues, embors cat um dees vj «seu modo Wo superar esta dupla degradarao. A unidade dabublimee do ctmico na 7 imagem de Dom Quote ~ uma unidade que jamais volton a ser *.» aleangada ~€ detecminada precisamente pelo fato de que Cervantes, 214 + Groner tenses \ 20 clar ct personage lta de nod geil cones carceistes Principat dedus Goce am ar quae bation sao mpsto tempo contnobeumdecisaeedlon nas ‘ezzisdesituld de senign ekonta a ater pee doe ‘dade burguesa, que se manifestava clarameate desde seus inicios. Esta espécie de “luta em duas frentescontém em si o segredo| (du inigualivel grandeza ese asin permon aos one ee "aloo fntcodevelpimern grande romance Aigde Med fo "democracin du otbirade™ rece sos esha ‘amente no perodo de sua dsolaco, un tensce heres Stopes etemamentercte asad, Nae erode scone ie 4 atvdadsespontnes do homem poem tade se alten ae "oo retirement le (Hegel contra poiodo von ogee decom ao ago heroism cxleacoretmans seed ie Shakespeare com as posibidades que pete Ine Seca). a road vid urguetno cranes poct als do teen oe {ue incidia sobre a‘ampla variedade da vida em movimento, uma Vida plena de maravilhosascoisoet © aventura; a limitayto david ‘individual, a mutilagto do homem pela divsio captaiste do tale lho sto eram ainda, na época do Renascimento, um fate soy dominant reas ‘Mas esta Iutasimultnea contra 0 feudalismo e contra aj anunciada degradarto burguea fornece ao artista multe tai do gee tum rico material para a criagao. O mundo mulicoloride das forces -medicvals de vide continua a ser um material rico mesmo quando se combate com o méximo vigor o seu contetido social, ¢ « nascents Sociedade burguess, com sua nova ideologa, est ainda marcuda pelo Pathos da liperagio do homem em face da mortfcagto feudal, da servidto social e ideolgica, da mediocridade e ds mesavinhes econdmica poltca da Idade Média. Para Rabelais, a inscrcio oa Porta principal da abadia de Theme "fags oque bem quiver tem ainda o pathos letimo e entusiasmante da liberagao da hasan dade, Este pathos nfo perde sea valorem mesmo aos olhos do leton contemporineo, pelo fato de que 0 apelo a “fazer 0 que ve quer” devera ineitavelmente/degenerar em seguida no hipécrita “Iainer fre. isser ase” da covarde eabjetaburguesia liberal Natopiade (O nowaxce como urortin wnovnss #215 Rabelais, ainda ecoajo pathos da luta contra toda mutilagso do desenvolvimento livre e integral do homem, o pathos que inspirou ‘mais tarde a lata heroica dos jacobinose levou Abrihante critica do ‘apitalismo fla pelos socalistasutdpicos em particular por Fourier, Portanto, também a lata de Rabelais contra a pross da nova vida Durguesa nio € uma[revolte pequeno-burguess contra 0s “hides ‘maus” da civilzagao (como, mais tard, 0 seialnos adverstios o- rminticos do capitalismo). A utopia do festado médio’, da reconci-- 2 liags0 dos adversrios em lta, conserva-se uaturalmente como uma "utopia tamibém em Cervantes ¢ em Rabelais; mas, por vr rtstica- mente figurada, ela nfo requer uma renticla 2 representagdo das forgas antagbnicas em toda a sua oposigt. ste ponto de vista permite queo romance em seu nascimento 2" osama, sm rlagio alguestio do “hers postive’ wa posi intel ramente diversa daguela que seré porstvl mals tardy. A esténcia das Seo classes dominantes na sociedade burguess nfo permite que um sre horse eet ne atin Pos Tho Mas, no period de nascimento do romance burps, na pena poss ds oposite oi dave nove fms Cc iio de berdade edu tide epontnea dow homens, Peta ao romancita nc na gut do se er aps de {bins ar cbucroder ices cna ont d en unt “Poskrdae” No desenrainento ut hive” do bd desta pea ees pe om tanto mor inensade uate mato ecsete dominio dt mei lv una eres da indidade 3 formgyo de «homens com esta mente burg Eng), Quen as o romance sc tasforma mum fragt de sociedad burps, fume cine utcre ciate dvs ocaate tanto alr ) mente s¢ manifesta nele o desespero/snictado no artista peas co ligdes/ Para ele insoltiveis/ de sua propria sociedade | (Gwiftcomps, «indo Haba Cenanis) As pataidades do Rensciment gram amb o el ere omnes ao la i 0 cs principe tcligicos eed Goce to spreenion¢ ‘Cprcsntads pelo oman de odo eis tssst thos conin e pela sitre ‘gurades, os qusis, por meio da heterogines variedade das aventurss, slo levades pelo artista a5 ages, a uma verdadeira cexplicitasso de sua esséncis;realista €© modo da esrita, 0 tragado preciso dos detalhes necessicios em sus ligasSo orginica com a8 srandesforgas sociais,cuja lta se manifesta nestes detalhes, Mas a histrianarrada éconscientementenforealistao sim, fantstcs. Ete lemento fantistco nasce neste caso, por um lad, da visio utépica! das grandes foreas da ¢poen, por outro, dalcomparacto satiica do velho:myndo em dissolugio edo novo que esténascendo a partir dos rine ta pela ibertagdo do homem. Como veremas em Sequida est faptistico!nfo tem anda em a nada de romtntico, pois -um(dese etaguarda.contr a prosa 4a vida capitalist; ao contririo, ele esti ainda impregnado da alegre energiarevolucionéra da nova sociedade em gestagfo. Ete fante- “icon se cantrapde a0 realiema eno constitu algo contréeio, nem sequer do poato de vista artsticg, a realsmo gral da composisio; 0 contrério, funde-se com ele num todo erginigo: ter sua fonte na tgrandeza da concepsio de conjunto deste ecritore, em sua capaci- dade de apreender e gurar de modo justo a caracteristicas verda- deiramente decisivas de sua époce, sem levar em conta a verossimi- Thanga exterior das situagbese da combinagao em que eas se mani festam. A Iuta contra a [dade Média, acompanbada ao mesmo tempo pela apropriagio de sua heranca temtieae formal, torna posivel a Cervantes e Rabelais cultivarem esteloi smo fant “Mesmo os esritores que dedicaram sua atividade uta conta o feu jaliemo num periodo mais tardio puderam ands, embora de forma ‘stenuadh, proseguir na inka deste realise fantéstico (os romances dle Voltaire) Ar viagens de Guliver, de Swift, sio una transgSo org “nal entre 0 tipo rabelaisiano de realismo eaquele que sera proprio de Defoe do pont de viet formal, hisuma continuidade coma linha de Rabelais, mas/o eardter puramente satiico do realismo de Swift js bre uma nova fage no desenvolvimento do romance. Se ene Betsbed pon week Bagel ay gules 3 tems See earn) | | } | i ’ (© nowance como Erorma suncuEsA ¢ 217 5.A conguists da reaidade cotidiana ‘A.visio amarga ¢ pessimista que Swift tem da sociedade bburguess € quaseinica no séeulo XVII também é ncaa saUrico-fantitica, que situa fora ds cocrente principal de desenva- viimento do romance no mafor pals capitalist, Inglaterra, bem co- smo na Franca. Nao é que os emais excritores mosttem em suas obras fatos menos negativos, situagdes menos terivas e quadros menos mo na literatura burguesa da época da Revolucio Francesa, mani- festa-sea necesidade eqcial que produ a8 tendéncias somata. Mas of grandes escritores desta época sio grandes precisnmente porgue nto capitulam, sob 2 aparéncia de uma oposicdo intransi- ‘gente, diante da crescente prosa da vida burguesa, mas buseam * | descobrie figurar por meio de mila formas, os elementos que sinda sobrevivem de uma atvidade espoites dos homens. A lsta =p dexter ecrtores contr a degradasio do homers na ordem capitalist, consolidada € mais profunda do que a luta dos rorntios preci= ~ samente porque ela & mais vital e evita um pretenso “radicalism” j Mass tenlencias romintices esto presentes em todos eles enquanto [notes (ptclament)saperaos Ma percent” bo- aos grandes esritores realistas do séeulo XIX superem 0 romantis- smo, na medida em que eua lata ciadora contra.a degradasto do ho- ‘men penetra muito mais profundamente do queofarem os tomtnti- «os no interior do mundo objetivo, els nio superam inteiramente a hheranga romantica. Querendo ou nio, eles s80 obrigades, quando (© womance como morta auacuesa ¢ 225 ‘nfo podem derrotar 0 eariterreifeado das formages soca, « recorter aor meios da esizapo romantica, “mbes as formas de soperasdo do romantismo, a verdadirae a aparente, manifetam-eclaramenteem Bale Mas eva ambign= dade dos grandes escrtores dst perlodo em face do romano ‘manifesase de modo mui diferenciado em cada um dees. Todos ‘dem se critcado or fererem concesies, por ut lado, pros da ‘ida , por outo, x0 subjetivismo romintico. Esta dupa critica do romance elise jf aparece nos debates sobre o Wilke Meier de Goethe, Numa cata endereada Goethe, na qua resume sa ine press final, Shiller exereve que oaparatorotico dete roma yapesarde tod aildade astca de Goeth, trl efit apenas de um “jogo teat, de um “procedimento aticioag” enquanto ‘Noval como romaatico core, recuse ext obra de Goethe como sm Clrdido dirigido contra a poss “Trat-se de uma histeia doméstiea eburguespoetiads[] O expsto dente lve temo sto, Ee €construldo com grande abilidade; mas (ato ques ‘buém um ee poo com um materia poten barat Esta dupiidade/aa Ita dor melhores peneadorese attas contra # depradagio do homem na ordem captalira ~duplicidade ‘gue resulta, em ultima instal, do fato de questa lta ae teva ineviaveimente no terreno burgut,enguantoo conhecimento das auras desta degrada tende a romper com todos os limites, Durgueses~ determina posgto dos excrtors[na questo do her ostvo” A exgtncia hegeliana delgue 9 romance edugque 0 kitor paraa realidad burgest deve evarem ima instnci,eriagt0 dena personalidad postive proposta como modelo. Masesteheréi positiv, como certa feta a espesou cicamente Hegel, seria nfo sn he [oo] um Aiea come os outos (a « mulher, outrora sSorada como um set ni, comport-se ais ou tense como todas as tras mulheres o emprego obrign ao tae bake ¢ ge aborrecimentos, 0 casameato transforma-se ‘num calvirio doméstzo; em suma, © desperar! depots joven eben” Deste mado, a realizagto da exigéncis hegeliana levaria Inevitavelmentebanaldade;e, para realiz-Ia de modo podtico, seria 226 © Groxor Losses Precio por em acto a dilética ironic desta realzago (vero epilogo de Guerra «paz, de Tsoi). Em gerah por razdes que fé meacion entio este processo no ¢umaadaptagao & prosa da vida burguesa, como Hegel exgia do set ur ‘A¥ romance burgus nas ume lata inessinte que tem como meta 2)" Perino prolate onsen deat. © dendrimer reorders dohonch usec, «yh ede oped do ere meré vin «me pre honem, Dien ee epi pln i] > yee” capaz dekompreender toda calétcs do desenvolvimento captali+ "s"0” ava ext uta deve necestariameate se tornas wm her "postive ‘selena mips, prowegue Marn,‘o aspetosubvrtiv rel [ta nove aproximacio a epopia se tornard ainda mals evidente se f°) nil +] que port im velba socedade le sabe amber qu ecodarmos 0 segunte nos romances Durgusis até mesmo nos ¢ pitalimo 0 mau indo que suscitao movimente uefa bistéria ao ‘mais bern realizado, os problemas socials objtivos 46 podiam exc fazer com que o combate smadureg™ presarseindietamente, mediante «iguacto da Ite dos iadiv- kine Duta pses de de nore sna do pola ye nt lp ven oar no omnes oii fake mk wiley face das contadigbe da sociedad capitalists, surge pars.o roman Luepresentaao da orgunitagto de dase do proletaviado, da lata 86 ye I ce atvaves a medias das mudangas emia temic importants. od “uv Gray poems fotmas Pu oprolcurade, encore panore. Lum cman esse qu saponins du etn d pope a5)" “Pills mancita socialists a sociedade ado € un mundo “ecabado’ flto fg, que Nguraa a uta de uma frmagzo socal contra outs. ss a de objetoscrstalizaos alts de case da proletariado se rave arn sigoieado hstrico-univerl de Maxim Gor reside precisamens 7 mundo em que aatiidade exontines dos homens pode 4 tornar terno fata de que cle compreendes ~ «expressrsasena forma ats” ™ heroic. Jé no romance burguts, como vimos, podia brotar ua ticamente acabada~ todas estas nova tendéncas que decorrem da tens dpca/da uta do homem por sua eitenciaextetior «por sa situatohistrca do proleaiado. r+ Integidade interns, na medida em que ets hits sada era travada sas peculuridades do desenvolvimento do proleaiadoco- + corsonamene contra degradasto feudal capitalisn|0 patios desta | lta imtensiica no proletrindo, nfo 56 porque a etistéaca do | tabathador € muito mas insegura no capitalism, mas também porquela lta copira a eterna ameaga gue pesa sobre + exsténca ‘mo classe encontram sua mixima expressto depois da conqusta do poder. O proletariado vitorioso que mou em suas préprias mos 9 poder estatal, continua aInta pare extrpar as razes da sociedad de classe. A conguista do poder estatal, a ditadura do proletariado, a 238 © Groxor Luxscs 0 nov fo soci, Portanto, deve-se entender com carers ‘ransforiatoplanicad da economia, sbolgt das conraigoes ectaseermne ie mens fs et ee cconémicas prpris do capitalism etc, tudo iss leva tabs no fe caecedal pal eaen cle cant eee sea ee teteo0 do romance, a uma sire de modifcagbey racy no ny consumado, Pos, co Se daconteio da forms, 0 socaismo destréia reitcarao aches Se ete os {as categoria economicase das intituiges socio vanes ve eres dope ne cozomin na cone da me. utonomia destas timate sua oposiio hot a massa taba 1g ae (San ecient tae dae ooo doras desaparecem, "0 Estado somos nbs’ como dist Leg hac lamented nd cls ae el contra degradaao do homem clea-tequaltatvamente seo fan eae de maaan tegen et Oe ee ‘superior, na qual ease orients de modo ativo eantra as cannes Ce ee a objets deta dearadaso (separagio etre cidade ¢ mp ent lteter ae cdememosnta cone ont ene, trabalho fisico intelectual et.) cesta Tuta de clase no teen de ee ee Xe | ys sociedadc.naconsiencia dot homens Detparece weg =| Su oes cee inseguranga sobre o amanhl ~ ito cia a posldade de ae Bs alge in despareja as forms de ideologue se desenvoveras con been the seine amet da sna sana essa inseguranga (a religo). A uta de casss pela destrugao das ee Se {sss indiocvelnene ao deena de Inmet eae formas deatvidadeesponsinea/e deur novo herofamo dager Se Jrabalhaorss.em outraspalavaslige-sehlutaporumnowhomem, _,W2) aoneas eh air tet een ee ea por um "homem de formacio multilateral” (Lenin), por ob hen beth arden nine tera eeeee ueniosoti nem prtiipe ata os pasnamentelde auger aon ee ee dt explorato de outro er humano Ueto da mln kc) Pee Gre cease cieeeotscnae as ee Todos ete momentos do desenvolvimento germ ro ecamet Se ee Somenanmiboderomercertcainene ne, Osim tawns _ eee aera ea eee nee senega Pamene corer necrament das tendecia| | amon ese ines aes set esenvarient sch Mawcoteaamor a pee| «= ee eee ee Bectias do desenvolvimento com o proprio desenvolvonee we ats a iqueza ea mali Misemos apenas as vitris de hoje edeidssemos de lade s lar oon ase Lenin, se «finan obsdcloe interes eterno; 5, no har de eamintostortcoscn tN cm eal em pry tr Sn re dnlticachjeia du tadecucreducontrgiosy sei eH dr cme clin tte na tp are AS conte chee. Wi” ae aes aa fey reas do camara Sulina rept, por exemplo, do cleds Ee ened eee como simple forma socialist ques pode ser preencida soon 0 proto da consruso dosocilismo€ ete nteidosocialitatravs do trabalho deltas ou sobres mad can ‘Aarts do romance no pions const domcilima¢ 1 ico como se eft desaparecimenta do sade ete slows sey de figure concretamente esta riguers eta seach empo indicagte sobreasrlabesentreromance cepopeia nonce nts hsv, ea tap home novo e pet era de 240 Groner Luxacs ‘qualquer forma de degradacio do homem. A literatura do realismo socaisa lta efetivamente, com tenacidadeelealdade, por este novo tipo de romance; ¢, nesta lute por uma nova forma artistca, por un romance que seaprorime damajestade da epopeia, mas conservando a0 mesmo tempo as caracerstca essenciais do romance, 0 reasmo socialistajé obtevesignifcativos resultados (Cholokhoy, Fadaiey, Panferoy, Gladkov ete). ~ ‘A nova aide do romance do realismo socialists em face dos problemas do estilo épico confere um significado inteiramente particular, nesta fase do desenvolvimento, & questao da herangs, Ema primeizo lugar, o romance do reslismo socialists se derenvolve necessariamente a patir dos problemas eslisticos da época atval. Como observou Lenin, 0 socialismo se consts6i com 0 material hhumano legado pelo captaismo. Ora, como as questesestlsticas do presente dependem necescariamente do ser socal, tm aver com @ conscléneia, com este material humana, Portanto, ninguém pode negligenciar estas quertdes ertiliticas.B precio aubmet®-las 4am trabalho de ertcae superi-las através da erica. Mas, em segundo lugar, oestifo do realism socialist exge uma representagio cada vez ris enérgica da unidade dalédcaenteeoindividusl eo que singular e 0 que €tipico no homem. As condigdes sociais do realismo burguts se difeenciam bastante das condicoes do desen- volvimento do realismo socialist; basta pensar no fato de que os ‘elhos realists lidavam com a base social das contradigdes insoles, do cepitalismo, a0 passo que o realismo socialists brots de wma sociedade na qual as conteadisdes socials esto seudolevadas 2 sua . solugio definitiva, gragas atividade do proletariado e de seu partido dirigene props ¥ Maa ipedon congue vos rites em seu madads a je os prablemes consul b rang Kerra ci Gis glo €ainda mais veradeizo na medida cm quel wat doc 6 16752 alsmo em delnio bicuece edeformos da quests potas cotGeet pela sida, de modo ae 0 model nar pare ma arte ave «ee “Fan at ies com cre evan um cnt oa determinagoes, para um realismo impiedoso/que nao se perde na representagso de detathes banais, 6 pode ser velho realiemo re retin Keg nn cose on a Br fos E ithe tote: fot rp (© rontwice como moma noncvesa #241 bbarguds. Naturalmente, ¢ assimilagio da heranga deste grande realismo deve ser critica: deve implice, antes de mais nada, um aprofundamento do método criador do realisma artistico.F, final mente, em terceiro lugar, cabe lembrar que, da necssia tend ‘do desenvolvimento do romance socialists no sentido da epopeis, Aecorre a exgtncia de que também a vlha epopeia ears extuda tet rleo/sejam consideredos uma parte importante da assmilagio da Ineranga cultural, Para literatura do ealismo socialist, foi certa~ mente muito postive ofato de quelgew grande mesteee guia, Maxim, Gorki sao lo vivo demediagioentreastracigbes fas perspectivas do realismo socialista, A revolusdo russa, em. i *E Engels erigem de fami, de propiedad priada ¢ do Bsa, eo K Mars ¢F Engel, Olney, Rode Jct, Vin 3, tach a * Engel cata 4M. Harkness, ed ct, ps 196 " Hegel, Renomenolegie do spirits, ed. cts pate 1p. 218 °K, Mars, «questo judi, Lisbon, Avante! 1997. 89, Modifcamos 2 adapta. K Mans Difreoya entre flows da natureza em Demdrit «Epica, bos, Preseng 1972p. 8 " Honoré de Bara, A comdiia humans, Ri de Jncivo-orto Alegre Sto Pail, Gabo, 188". a © Restonagen, respecte, de O vemelo « » nero e de Rewuree * K Mans Coca da lf do dicts de Hagel Sto Paulo, Doieops anos, P82 "A expresso € de Hegel mt Fonomenclopa do Bp, ed. cit, parte Pesonagts.respectvamente, de Lesage, eng e Deb ct, supe, note I * K Mans 0 18 tuméria de Sats Bonaparte em K. Mare € R.Eng, Oras cota, od. et 1, 1986. pe Uhl se rere s0 to de gue, em junho de 1848, no slo do peoceo revalsioniro ocorrida na Fraga, 0 proetriadg anch prosonee any {aeurcsto que fo eamapada peat forae burpoems, Ear tebe eee akics stun neste episbdio © Inia do gue nu chamac de “Hendon eologea de bungee 2 Victor Hogs, Quere-ing vie peice pate, to lomo WV, Cindido « uma novela de Yoaite, * GW. Hegel, dia. A arte clitica « « arte roméntica Lisbon, Guimaries, 15H, p. 301 * his ca artigo de Lenin, "lst, eptha da revlusS ruts publiada em Proler,U1 e setembro de 1808, Gogol se refers peronagns dos romance Alar mora, 2 E Zola Lerman exrimena Par, GuaerHammaron, 179, p. 26-218, * Lsides deenvove exe argument, ivusve« compacta ene Nand ¢ ‘Ane Karésina, em seu esi "Nara ou score dy Enon oe literature, Rio de Jno, Classe asics, oe, 98 * Cart 43. Van Santen Rol de jo de 186 CO romance como wromin ruRoURSA #265, A Mace F. gl sped foi So Pal, Beng, 205, p si en moans an aunt em K, Mace age A elepi Te Ma Tes abr Foes tng Son Ri de J, Cop rae 207 . rans net da “quedo smn en, Oat athe‘ h tay, Lido cu, Arte Pogei, ty 19

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