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palavra, al ele perguntou: Mamie e cadeira ‘como explica? Isso nos reforga 3 curiosidade em conhecer palavras, até entdo comuns com mais clareza e sentido, Sua forma de explicar faz com {que percebamos melhor esas mudangas. Parabéns por esse férum que considero excelente! 21/03/2010) Obrigada, meninas! Estou feliz com as participagées no forum!!! KH.) 22/03/2010 fu também Gleubloestava com a mesma d 4 om cologas de turma através de mensagens. Mos 8 texplicagio da Professora Elaine, ficou bastante clara 2 clferenca entre linearidade e arbi riedade dos signos cos, Essa nova forma de pensar e conhecer a ‘Quistica esté me trazendo uma nova linguagem porem ainda um pouco complex. 1) Que nomes voce daria a esses eventos comunicativos? 2) Sabe-se que esses géneros tém relacdes com géneros pro- duzidos antes da intemet, portanto, longe do suporte eventos comuni tos jf existentes? E no que se diferenciam? interferem. raglo desses géneros? Sequéncias textuais nportante passo em relacto 08 textos se organizam e se es- vos, Analisaremos 1. A heterogeneidade composicional das sequéncias textuais pdo texto € const equ de sequéncias, Para Bronckart (1999), textuais sio unidades estruturais, rel autOnomas, organizaclas em /ases, que, por sua vez, podem combi- ar uma ou mais proposi¢des. Essa infraestrutura pode ser observada na figura a segui Dt ou Catan} Como podemos notar na figura, a planificacio de um texto € iniciada com uma propasi¢do, que pode ser compreendida como unidade de sentido (enunciado). © agrupamento de proposicdes: constitui blocos que formam subunidades seménticas, ou seja, as. ‘fases de organizagdes maiores, que so as sequéncias text ‘As fases apresentam extensiio variivel, nao correspondendo, necessariamente, a um pardgrafo. Cada sequéncia textual constitui uma forma de composicao com uma fungio especifica, que pode ser narrar (narrativa), argumentar (argumentativa), descrever (descritiva), orientar passos de uma instructo (injuntiva), explicar (explicativa ou ‘expositiva) ¢ apresentar uma conversa (dialogal). Em geral, um mesmo texto apresenta diferentes sequéncias. Aspectos como a extenstio, a complexidade e os diferentes propésitos comunicati- vos indicam que hé naturalmente uma inclinacaio & combina¢: de sequéncias textuais, 0 que torna o texto heterogéneo. Es fenémeno € chamado de heterogeneidade composicional. ‘Anogao de sequéncia textual tem origem em Adam (1992), para quem as sequéncias textuais se definem como uma “red relacional hierirquica”, relativamente auténoma, dotada de uma onganizacao interna formada de um conjunto de macroproposi- es (“fases”, na terminologia de Bronckart), que, por sua ver, se constituem de proposicées. Um principio caro A proposta de Adam € que todo texto apresenta uma sequéncia dominante, em relacio A qual se organizariam as demais sequéncias domi- nadas, ou inseridas. Para verificar a heterogeneidade composicional, cabe-nos identificar as diferentes formas composicionais que estruturam 0 texto, mas, para reconhecer a sequéncia dominante, é preciso, a nosso ver, considerar qual é 0 género do discurso a que o texto pertence € quais s4o os propdsitos enunciativos envolvidos No exemplo 1, observamos a combinacao de duas sequén- s textuais, a narrativa e cialogal, mas a primeira se sobrepoe esta Ultima, pois o objetivo do texto é, de fato, contar algo, caso uma anedota, Trata-se de um evento situado em deter- minado tempo ¢ um dado espago, que apresenta uma trans- formacao dos personagens conforme as agdes se desenrolam. Exemplo 1 Salirio Para testar 0 cardter de um novo en lo, odk pregaclo, o dono dt empresa mandou colocar R$500,00 a mais no salatio dele, a € 0 funcionsrio nao relata nada, Chegando no outro més, 0 dono faz o inv $500,00. No mesmo dia, 0 funcionirio entra na sala para falar com ele: 7, Doutos acho que houve um engano e me traram R8500,00 do salitio, —F? Curioso que no més passaclo eu coloquei R8500,00 a mais € voc’ no falou nada, — F que um erro eu tolero, doutor, mas DOIS, eu acho um so; manda tirar x chp padogafe scr esos Acesso em; 12 dez. 2011,) i E De acorelo com os estudiosos, a sequéncia narrativa é sustentackt por um proceso de “intriga”, Assim, “um todo acional clinamico” é criado: a hist6ria comeca com a apresentacio de uma situacao que 6 transformada por um fato causacdor de tenstio, seguido de outros, ‘os quais geram modificagdes, até que um acontecimento especifico conduza ao desfecho, Na anedota acima, identificamos a intriga, quando o empresirio decide fazer a alteracto cle R$500,00 no sali- rio do funcionério. No entanto, a transformacio esperada, devido a. essa aco, nalo ocorte; a complicacao aumenta com o desconto no més seguinte do valor jgual ao acrescentado no anterior. Com isso, a intriga chega ao seu pice, pois o funciondtio vai procurar 0 ‘empresiio para confirmar se houve um engano em relago ao seu salério. A partir dai, comeca a resolucio, que conduz a situacio final. nessa anedota, a narrativa € a sequéncia dominante. A sequéncia dialogal concretiza-se “apenas nos discursivos interativos dialoga- dos’. Esse discurso pode ser notado quando o funcionirio entra 0 € usa a expressvio “Doutor” Esse trecho coincide com a situagao final da sequéncia narrativay que € dominante neste texto, pois a piada caracteriza-se pel breve narragto de fatos, cujo final deve ser engracado e, as vezeg surpreendente, com © propésito de provocar o riso. 2. Classificagao e caracterizacao das sequéncias textuais Como vimos, © contetdo temético de um texto pode corganizado por meio de seis sequéncias basicas: narrativa, gumentativa, explicativa, descritiva, injuntiva e dialogal. Es sequéncias desempenham fungdes especificas, sendo compostas Por fases que constituem modelos prototipicos. No entanto, dependendo do propésito comunicativo e das escolhas feitas pelo agente prociutor de textos, esas fases podem variar quanto a extensio e ao mimero de proposigdes e, ainda, quanto & sua distribuicdo e 4 organizagao no interior da sequéncia, Vejamos as especificidades de cada uma das sequéncias textuais. © Sequéncia narrativa A sequéncia n: iva tem como principal objetivo manter a atengio do leitor/ouvinte em relagao ao que se conta, Para isso, so reunidos ¢ selecionados fatos, ¢ a hist6ria passa a ser desenvolvida, quando a situacao de equilibrio € alterada por uma tensao, que determina transformagdes e retransformacées, S quais direcionam ao final. Prototipicamente, constitui-se de sete fases: D situacao inicial — estigio inicial de equilibrio, que é modificado por uma situacdo de conflito ou tensdo; ii) complicagao — fase marcada por momento de pertur- bacao e de criagao de tensio; ii) aces (para o climax) — fase de encadeamento de acontecimentos que aumentam a tensii iv) resolugaio — momento de reducao efetiva da tensio para o desencadeamento; ¥) situagao final — novo estado de equilibrio; vi) avaliagdo — comentario tel: da histori 0 ao desenvolvimento vi) moral—momento de explicitacao da signific: ribuida & historia. 10 global Confi tiva: ‘No exemplo 2, as fases que compdem uma sequéncia to, em busca do trapézio que balancava suavemente na sua frente, E 0 tempo ia passando € 0 joven juava lé, olhandlo para um ponto qualquer & sua frente, como que congelado, (Complcas#0) | ivesse certeza de que voce seria capaz de pular, Voce tem conhecimentos técnicos © as palmas dos que te, (Situagao final) 3 “congelaclos" quando pedia 20 raciocinio. (Moral) ‘Autor desconheside, Digpontvel em: , ‘acesso em: 14 dez. 2011) Na tirinha, a sequéncia dominante é a dialogal, pois uég dos quatro quadros mostram 0 dilogo entre a mae e o filha Seguindo Adam, podemos caracterizar essa organizagao com posicional da seguinte forma: sequéncia dialogal — sequénci dialogal sequéncia dialogal. Na sequéncia descritiva, Calvin descreve o tigre Haroldo, no entanto enume- fa aspectos particulares de seu relacionamento com o animal, desconsiderando suas caracteristicas fisicas, as quais poderiam ilo a encontrar o tigre. © Sequéncia injuntiva A sequéncia injuntiva consiste em uma entidade com Prop6sito aut6nomo: a partir dela, os interlocutores ou pro- dutores de texto visam a aleancar um determinado efeito, ou mplesmente persuadir seu destinatario a realizar alguma acdo. Esse tipo de sequéncia apresenta uma sucessio de agoes instrucionais, realizadas pela presenca de formas verbais no imperativo ou no infinitivo, A configuraciio dessa sequéncia ocorre, principalmente, com 0 objetivo de dar ordens, aconselhar, orientar, dar instrucdes, expressar convites. Ilustramos essa sequéncia com 0 exemplo 7. Exemplo 7 Simpatia para perder barriga Consiga uma vela branca, um copo de Agua e Santo AntOnio em uma fta métrca Entio, cologue tudo isso 0s seus pés © se dete ido foque a ponta dos dledos dos pés com a os dedos da mao, dizendo: oa s ra essa bara Repita 100 vezes por dla até notarque Santo Ant yeu 0 seu problema, br/humor/pad/pil cle Bexcfanda/ ’Acesso em: 12 er. 2011), No exemplo 7, observamos o género simpatia, cujo propésito ‘ntacalo procedimental para se conseguir lunicativo é aq No exemplo 8, apresentamos uma conversa realizada entre duas participantes de uma sala de bate-papo virtual. A conversa escolhida apresenta forma prototipica, ou seja, contempla as teés fases citadas anteriormente. cangar um determinado objetivo — abstrato, como aliviar o estres- se, ou concreto, como perdera barriga. Na simpatia, identificamos cinco verbos conjugados no imperativo € um no infinitivo; todos fungdo de indicat ao interlocutor como ele deve fazer a simpatia assum para perder a barriga, objeto Exemplo # Sequéncia dialogal eee ‘A sequéncia dialogal € dominante em textos sob a forma Chat ‘Macroproposigao de didlogo ou conversagdo comum, materializando-se em di- candice” fala para iniciante M0 Abertura ferentes modos de enunciagio. Numa conversa, cada vez que tum interlocutor fala, podemos dizer que esté se estabelecendo uma troca conversacional. Pode-se entender ta quéncia como uma sucessio de réplicas r mais interlocutores, na qual um responde ou intervém no turna de fala do outro. Esse tipo de sequéncia tem a particularidade de ter, como Drift na ele er fases, turnos de fala, que, por sua vez, sio produzidos no uni- icuda fol despedido, li do sesc eM fi Oil Tudo bem? a para *candice" candice* fala p to chateada nte-M fala para *candice, verso real ~ tais como as conversas que tecemos face a face ou virtualmente — ou de modo ficcional - como € © caso dos didlogos em uma pega de teatro ou cinema logo arruma outro: Desse modo, assim como defendido por Sacks, Schegloff ara inic e Jefferson (2005), a respeito da organizagao retérica de uma Beg pan eadone conversa prototipica, as fases de uma sequéncia dialogal para % inte-M fala para *candice® D abertura — estabelecimento da interagio inicial, em geral, Pies eet cs sae do tipo fatica (com formas rituais de comeco de conversa, ea alee dc banacares apenas para manter © contato), atencendo a convencdes ‘para *candice*: vai sociais; exemplo: “bom dia”, “old”, “tudo bem?”, “e af"; ii) operagdes interacionais — construcio das trocas co municativas da interagao verbal; Fechamento iii) fechamento — encerramento do didlogo, com férmul faticas rituais de fim de conversa, tais como: ‘até mais”, “falou”, “valeu’, Concluimos nossa exposicao reiterando que, embora a tendéncia dos textos seja a de se organizarem de forma he- terogénea, ha frequentemente uma sequéncia (prototipica ou nao) que se sobrepde as demais. Tal aspecto € justificado pela ituacdo € props 0s que envolvem a produgio textual falada e/ou escrita. Isso permite, no pracesso ensino- aprendizagem, a escolha de géneros especificos para a sequéncia que se pretende explorar em sala de aula, conforme pode ser observado no quadro de sugestées a seguir. Sugestao de géneros para o ensino-aprendizagem de sequéncias textuais Sequéneia textual Géneros textuais sugeridos Narrativa contos, piadas, fabulas, poemas, Argumentativa i 5, miisieas Explicativa osidacles Desc santincios, folders, masicas Injuntiva licas, folhetos, manuais cle instrugdes, convites, receitas culinarias, Dialogal as teatrais,tirinhas, bal Com base no que vimos neste capitulo, podemos sintetizar 0s contetidos sobre sequéncias textuais no seguinte esquema TaN + EXPUCATNA. Conjunto de proposibes que vara cantorme a ‘sequencia textual FACA COM SEUS ALUNOS Atividade 1 Objetivo: aplicar os conhecimentos acerca da sequéncia descritiva na composicao do texto. Professor, considere, para esse exercicio, a tirinha do Calvin apresentada no exemplo 6. Pega aos alunos que ajudem o garoto a encontrar seu tigre, elaborando um texto descritivo com as isticas fisicas e comportamentais do animal. Depois, a Partir dos textos produzidos, identifique as fases da sequéncia descritiva e discuta com eles sobre a importincia dessas fases para a composicao textual. Atividade 2 Objetivo: reconhecer as diferentes sequéncias que podem constituir um texto, observando 0 conceito de heterogenei- ade textual trabalhado neste capitulo. A piada que segue, assemelhando-se & maioria dos textos. le circulam no cotidiano, caracteriza-se pela heterogeneidade extual, ou seja, organiza-se em diferentes sequéncias. Desse nodo, pode-se solicitar aos educandos que, em duplas, leiam a ida com o objetivo de reconhecer as sequéncias que a cons- ie, bem como aquela que € dominante. Apés essas etapas, je-se a proposta dle uma atividade de procucio. Piada de Escola Visio de Aluno p6s uma 1e cai, escorregando numa poca de Agua do Automaticamente, a sain vai as alturas, Os meninos ea professora levanta te, saindo com essa: = Vocés viram minha ligeireza?

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