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CMa PTT ete Newton C. Braga | FONTES DE ! Lita tated erred ¢ Beate acces) ONC ee uo Fontes Chaveadas ee tt ot) Fontes de Muito Alta Tensdo oa Fontes de Corrente aren Protegao de Fontes fel Tere lk N01 BO} nversores DC/DC Jultiplicadores de Tensao mponentes usados em fontes (caractg issipadores de Calor O autor, Newton C. Braga nestes quase 40 anos que atua no ramo eletronico, observou a dificuldade de alguns leitores com os circuitos de fontes de alimentagao. Como todo projeto precisa de uma fonte, o autor, acumulou diversos circuitos que foram publicados em livros e nas revistas Saber Eletrénica e Eletrénica Total, muitas oriundas de aplicativos das fabricas de semicondutores. Neste livro temos fontés lineares (ou analdgicas), que sao as mais comuns e as chaveadas, também denominadas SMPS - “switched mode power supplies O autor aborda principalmente fontes de corrente continua, analisa seu Principio de funcionamento e varios projetos praticos. A seguir o contetido desta edigao: © Transformader + Transformadores Toroidais » Retificagao Filtragem » Reguiagem ¢ Ajuste ~ Regulador Série » Regulador Paralelo (Shunt) Protec&o + Indicadores de Saida (Tensdo x Corrente) + Fontes de Corrente Constante Fontes de Alta Corrente Fonte Simples de 6/12 V » Fonte Simples com Regulagem a Zener (3 @ 12 V x 30 mA) = Fonte Simples sem Transformador (3a 12 V x 20 mA) Fonte Fixa com Transistor: 6/9/12 V x 500 mA/1 A ~ Fonte Ajustavel de 0a 12 V x i A com Transistor « Fonte Ajustével de @ x 12 V x 2 A com Darlington « Fonte Transistorizada Protegida: 0 a 12 V x 1 A * Fonte Fixa Transistorizada com Requlador Paralelo * Reastatos (Simples e Darlington) = Fonte Redutora Transistorizada de 12 para 9 ou 6 V para carro + Fontes Simétricas Simple Fonte Simétrica Transistorizeda « Protecdo para Fontes com Relé » ProtecBes Crowbar Fonte de 3 a 24 Vx 3A com Operacional » Fontes de 1 A com Reguladores 78 XX (5 a 15 V) « Fonte 6/12 Vx 5A Fonte Fixa de 12/12,6/13,2 V x 10 A com o 7812 » Eliminadores de Pilhas com os CIS 78XX + Fonte Simétrica 12412 V x 1 A= Fontes TTL Fonte de 3a 15 Vx 3A.com 0 741 Selecio de Fontes com 0 Regulador de Tensdo LM723 » Fonte de 1,2 - 2,4.V/1,5A com LM317 » Fonte Fixa de 12/13,2 V com 0 LM31? (1,5 A) + Fonte de 1,2 - 24 V x 3A com o LM350T * Fonte 0 - 12 Vx 3A + Fonte 4,5 - 25 x 108 - Carregador de Nicad « Fonte de Corrente Constante com: Transistor Bipolar, Darlington, o LM350, NPN, para LEDs = Fontes Lineares » Chaveadas ou Comutadas » Redutor de Tens8o CMOS « 2 Conversores DC/DC + Conversor 6 para 12 V x 800 mA « Fonte Chaveada de 100 W... © muito mais! il Apresentacao Onde sito usadas as fontes Tensio de entrada ¢ saida.... Corrente de saida.. Regulagem. Fontes Lineares 3.1 - 0 Transformador... BD ~ FAB Coren 3.2.2 - Transformadores toroidais.. 33 - Retificagio, 3.3.1 - Bspecificagdes dos diodos... 3.4 Fitragem... 3.5 Regulagem e Ajuste. 3.6 - Regulador Série 3,7 - Regulador Paraleto (Shunt), 3.8 - Proteyto. 3.9 - Indicadores de saida (Tensio x Corrente), 3.10 - Fontes de Corrente constunte 3.10.1 - Os-cirevitos 3.11 - Fontes de Alt Gireuitos Praticos 4.1 - Fonte simples de 6/12 V. 4.2 - Fonte simples com regulagem a zener (3.4 12 V x 30 mA). 4.3 - Fonte simples sem transformador (3. 12 Vx 20 mA). 4.4 Fonte fixa com transistor: 6/9/12 V x 500 mA/I A. 45 - Fonte Ajustivel de 0 u 12 V x LA.com transistor 4,6 - Fonte Ajustivel de 0 x 12 Vx 2A com Darlington 4.7-- Fonie transistorizada protegida 0 a 12 Vx 1A. 4.8 - Fonte fixa transistorizadia com regulador paralelo, 4.9 Reostatos (Simples e Darlington), Usando transistores Circuitos Darlington Transistores Darlington. 4.10 Fonte redutora transistorimda de 12 para 9 ou 6 V para o carro (1). 4.11 - Fontes simétricas simples. 4,12 - Fontes simétrica transistorizada, 4,13 - Protegiio para fontes com rele. 4.14 - Protegdes Crowbar. 4.14.1 - Circuito com transistor. 4,142 - Circuito com transistor SCR. Newton € Braga Indice Fontes de Alimentagito 4.14.3 - Cirouito com SCR ¢€ Tele... 4.14.4 - Crrevito para corrente allerada Projetos de Fontes Fontes lineares com reguladores integrados 4,15 - Fonte de 3.424 V.x3 A com operacional.. 4.16 - Fontes de 1/A com reguladores 78XX (5. 15 V) 4.17 - Fonte 6/12 Vx SA, 4.18 - Fonte fixa de 12/12,6/13.2 V x 10 Acom 0 7812. 4,19~Eliminadores de pilhas com os CIS 78XX. Projetos de Fontes Fontes Varitveis com Cireuttos Integrados 4.22 - Fonte de 3. a 1S Vx3 Acom 0 741... 4.23 - Sclegio de fontes com o regulador de tensio M723... 4,24 - Fonte de 1,2 - 2,4 V/1,5 Accom o LM317..... 4.25 - Fonte fixa de 12/ 13,2 V com © LM317 (1,5 A). 4.26 - Fonte de 1,2-24'V x3 Acom 0 LM350T.... 4.27- Fonte 0-12 Vx3A. 4.28 - Fonte 4,5 -25 Vx 104. Fontes de Corrente Constante 5:1 - Configuragies. 5.2 - Carregudor de Nicad. 5.3 - Fonte de corrente constante com transistor bipolar... ‘5.4 - Fonte de corrente constante com transistor Darlington.. 5,5 - Fonte de corrente constante vom 0 LM350.,... 5.6 Fontes de corrente Constante com transistores NPN.. 5.7 - Fonte de cotrente constante para LEDS... Outras Fontes Lineares 6.1 - Fomte de 6¢ 12 Vx 1 Amiltipia... 6.2 - Fontes de minito baixa tens... 6.2.1 - Opgto | 6.2.2 - Opgao 2... 6.3 - Zenet ajustavel 6.4 - Fontes de muito alta tenstt... 64.1 - Fontes para aparelhos valvuladas. 6.4.2 - Multiplicadores de tensio. 6.4.3 - Fontes de MAT.. 6.5 = Inyersores. 0. Fontes Chaveadas 7.4 ~ Fontes linewres..... 159 7.2 - Chaveadas ou comutadas 160 4 7.3 - Redutor de Tensio CMOS, 74 -2 Conversores DC/DC. 7.5 - Conversor 6 para 12 V x 800 mA... 7.6 - Fonte chaveada de 100 W....... Caracteristicas dos Componentes em Fontes 8.1 - Diodos da série 1N4000. 8.1.1 - Os diodos 1N4000 ou IN400X.... 8.2 - Diodos 1N5400... 8.3 ~ Diodos da série SK. 8.3.1 - Os Diodos SK.. 84 - SKB2 - Pontes refieadoras de onda ene 8.5 - Os transistores da série TIP... 8.6 - Transistores da série BD.. 8.7 -O transistor 2N305S 00 8.10 Dissipador de calo Fontes Industriais Tipos de Fontes... Confiabilidade e degradagao. As proximas geragdes de fonte Tipos de montagem. Férmulas Uteis para Projeto de Fontes 10.1 - Diodo semicondutor 10.2 - Retificador de meia onda. Retificador de onda completa. Coeficiente de filtro LC.. Coeficiente de filtro RC. Fator de Ripple. Indutancia de filtro.. ‘Capacitincia de filtro.. Dobrador de tensdo convencional Dobrador de tensdo em cascata. Dobrador de tenstio em ponte. ‘Triplicador de onda complet ‘Triplicador de tensio em cascata.... ‘Quadruplicador de onda completa. Zener. Divisor de tensio capacitivo. Regulador de tensio em série (Um Transistor). Regulador de tensio paralelo. Transfomadas de Fourier.. Boas Apresentacao Todos 6s circuitos eletrOnicos precisam de energia elétrica para funcionar. Porém, nem sempre essa energia esta disponivel numa tomada da rede de energia ou mesmo numa bateria, na forma ‘como 0 circulto eletrdnico requer. ‘Assim, considerando que a maloria dos cirouitos elstrénicos opera com baixas tensdes continuas que na rede de energia temos altas tensdes alternadas, ¢ preciso haver um melo de fazer @ conver- so para a sua utilizagao. Da mesma forma, existem circultos que trabalham com fensdes cantinuas mais elevadas do que aquela que @ fonte de energia disponivel pode fornecer. Nessa conversdo da energia disponivel para a forma adequada, sdo usadas configuragbes espe- cificas que recebem o nome de “fontes de alimentagao’. Uma fonte de alimentacao consiste, portanto em um circuito que a partir da tensdio elétrica dispo- ‘nivel (alte mada ou continua) fornece a tens&o continua (ou mesmo alternada) na forma requerida pelo circuito alimentado. © tipo mais comum de fonte de alimentagao & a que converte a tensao alternada da rede de energia de 110/220 V em baixas tensoes continuas, na faixa de 3 a 60 V. No entanto, também hd fontes especials que convertem a tense continua mais baixa de uma tbateria em uma tensao continua mais alta para alimentar um circuito. Tais fontes recebem normal- mente a denominac&o de conversores DG/DC (tensdes continuas para tenses continuas), enquanto que existem ainda os conversores DC/AG ou inversores que convertem tenses continuas em alter- nadas. ‘As fontes podem operar, basicamente, segundo duas tecnologias. Podem ser lineares (ou ana- ogicas) que s4o a mais comuns ou podem ser chaveadas, denominadas também “switched mode power supplies’ ou SMPS. Neste livro abordaremos principalmente as fontes de corrente continua, ou seja, aquelas que for- necem tensées continuas em stias saidas, quer seja a partir de tensdes allemadas da rede de energia ou de baterias de menor (ou maior) tensdo. Analisaremos seu principio de funcionamento @ daremos uma boa quantidade de projetos pratticos. ‘tecnologia explicada seré principalmenta a linear ou analégica, por um simples motivo; so as fontes. que podemos montar com facilidade e as que s8o mais empregadas nas aplicagdes praticas. As fontes chaveadas, é claro, nBo sero esquecidas. Analisaremos seu principio de funciona mento, sua utilizacdo e como podem ser montadas. Até daremos alguns projetos, mas lembramos que essas fontes se destinam muito mais a aplicagdes industriais onde 0 rendimento e 0 espaco ocupado so fatores importantes. Para essas existem componentes especificos prontos e elas exigem 0 uso de componentes especiais, como 0 transformador de ferrite, que nao estdo ao alcance do montador comum na maioria dos casos. s projetos das fontes lineares abortladas neste livro utilizam componentes comuns, o que ¢ muito importante para quem deseja ter uma fonte viavel. De nada adianta darmos um projeto de uma fonte sofisticada que nao sO seja cara demais para a aplicagdo que o leitor tenha em mente, como ainda empregue componentes e tecnologia que ndo estejam ao seu alcance. ‘Afinalidade deste livro é ser pratico: fontes que possam ser montadas, que atendam as necessi- dades do leitor e sobretudo, que tenham um principio de funcionamento que o leitor entenda. Obser- vamos que diversas dessas fontes foram publicadas nas revistas Saber Eletronica e Eletronica Total, ‘@ que muitas delas foram desenvolvides a pattir de projetos das fabricas dos semicondutores basicos usados, Newton” Braga Onde s&o usadas as Fontes Onde houver necessidade de uma alteragao na forma da energia elétrica que deve ser utilizada Por um circuito eletrénico, precisaremos de um bloco especial que faga essa modificagao, Esse bloco € a fonte de alimentagao, que pode ter os mais diversos graus de complexidade dependendo dos seguintes fatores: a) Atensao de entrada b) Atensao de saida ¢)Acorrente d) O ntimero de saidas. Normaimente, na obtengao de tensoes continuas a partir de tens6es alternadas, que é 0 tipo mais comum de fonte, so usadas diversas tecnologias. Essas tecnologias vao desde a mais simples, que consiste na relificagéio e filtragem até as mais complexas que envolvem circuitos reguladores analogicos ou ainda a conversao chaveada, que vere- mos em capitulos especials deste livro. As fontes de alimentagao podem ser utilizadas embutidas em um equipamento (fomecendo a energia para 0s circuits na forma que eles precisam), ou podem ser equipamentos isolados para uso em bancadas de reparo, desenvolvimento e testes. A tecnologia a ser aplicada vai depender jus- tamente desse uso, Assim, nos equipamentos em que a fonte é embutida existe a preocupagéo de que ela ocupe o ‘menor espago possivel, tenha 0 maximo rendimento e seja a mais barata possivel, Para esses equipamentos ha duas possibilidades: Se 0 equipamento nao exigir uma tensdo estabilizada, e no for critico, uma fonte simples do tipo analdgico servira perfeitamente, Todavia, se o equipamento for sofisticado © exigit uma fonte critica como para a alimentagaio de mictoprocessadores, DSPs e outros circultos desse tipo, a fonte deverd ser chaveada. No primeiro caso temos os equipamentos de baixo custo ligados a rede, tais como brinquedos, ‘ratios eletrénicos muito simples, minuterias, etc. No segundo caso temos os equipamentos de som tipo pilha/luz, telefones celulares, etc. Nestas fontes podem ser encontrados circuitos denominados conversores, que alteram as ten- Ses tanto de uma entrada externa quanto da prépria pilha para a tens&o que 0s circultos necessitam ara funcionar. Também utilizam fontes chaveadas, os equipamentos de consumo como televisores e monitores de video que sao ligados diretamente a rede de energia. Esses equipamentos precisam de diversas tensdes continuas, algumas de valores elevados, as quais podem ser obtidas diretamente a partir da rede de energia sem a necessidade de um transformador. Coma esses equipamentos nao possuem partes expostas, & possivel obler a tenséo que eles Fequerem a partir de fontes que nao facam uso de transformadores. Assim, 6 comum que nesses equipamentos sejam empregadas fontes chaveadas sem transformadores, que geram as tensoes altas para algumas etapas e baixas para outras, conforme mostra a figura 1. | BUS aaa Fontes de Alimentagio transformador é um componente caro e pesado e sua eliminagao pode oft } a0" ser um fator de economia muito impor- | ' (7/220 ee pee 5 ca feemarueree tante para um fabricante de equipamen- 2 v tos eletrénicos. Porém, ele é importante L___§_ em muitas aplicagdes pois isola 0 equi- pamento da rede de energia, agregando assim seguranca. Pode-se tocar nos diver- 808 pontos do circuito alimentado sem que isso signifique perigo de choques, conforme ilustra a figura 2 Figura - 4 ‘Também so usadas fontes analégicas sem transformadores (FAST) em circuitos muito econdmi- cos de baixa tenséo. Nesses equipamentos, que nao possuem partes expostas, uma fonte simples © sem a necassidade de uma corrente elovada serve perfeitamente. Nas fontes de bancada, como a exi- Naohe | bida na figura 3, 0 tipo mais comum & >| oanalégico. para slide, lechoque |” Q que acontece 6 que em um cir- eneiga W cuito analogico € mais facil alterar a tensdo e fazer a implementagao de recursos mais flexiveis como protegées, diversas tens6es de saida, etc. Agrande Tienstormador ((sola o clrcuto : —— maioria das fontes utiizadas em banca- dorece seems) oresarertascs | das ¢doase tipo moet Em vista do que vimos, a escolha de uma fonte para uma aplicagao envolve 7 8 seguintes fatores: A) TENSOES DE ENTRADA E SAIDA Alta tensao de entrada - baixa tensao de saida: Opgoes - alta poténcia: fonte analdgica com transformador | - fonte chaveada com transformador il Alta tensao de entrada -baixa tensao de saida: Opsées - baixa poténcia fonte sem transformador fonte analégica com transformador Alta tensdo de entrada - alta tensdo de saida: - fonte chaveada sem transformador -fonte analagica com (ou sem) trans- formador a P B) CORRENTE DE SALIDA Baixa corrente de saida: + fonte sem transformador Figura = + fonte analégica com transformador gura-3 10 Alta corrente de saida: fonte analégica com transformador fonte chaveada C) REGULAGEM Pequena regulagem: fonte analdgica simples + fonte sem transformador Boa regulagem: fonte analégica + fonte chaveada A partir dessas.consideragies, podemos iniciar 0 estudo da teoria de funcionamento das fontes & circuitos praticos, 1 wean Fontes Lineares As fontes lineares ou analégicas 40 as mais comuns e mais tradicionais na maioria das aplica- es eletronicas. Aestrutura bésica de uma fonte desse tipo ¢ apresentada na figura 3.1 O primeiro bloco utiliza normalmente um transformador, e sua finalidade é alterar a tensdo alter- nada de entrada para um valor que possa ser melhor usado pelas etapas seguintes, O segundo bloco é o de retificagao, empregando diodos semicondutores, valvulas ou outros dis- positivos que apresentem a propriedade de conduzir a corrente num nico sentido. O bloco de filtragem consta basicamente de capacitores, mas podemos encontrar elementos adi- cionais como indutores e resistores,,,_ — dependendo da configuragio e aplica- 80 do circuit. vaio Fa pL | Temos finalmente um bloco regu- | | yi = lador de tenséo, que tem por finali- =a} >| aa —— dade fornecer a tensdo desejada na saida, sem variagbes, independente- Trarwiormador Retifcador Fito mente da carga alimentada, Vos Nas fontes lineares ou analégicas, solda esse bloco funciona como um resistor le! variavel, cuja resisténcia muda com a ov corrente na carga de modo a formar Somer um divisor em que a tenséo na carga teres se mantém constante, independente- Figura -3.1 mente da corrente que ela drene. isso 6 exibido na figura 3.2 Quando a corrente aumenta na carga, a resisténcia do dispositive regulador diminui de modo a ‘compensar essa variagéo, mantendo constante a tenséo no dispositivo alimentado. Veja que esse comportamento ¢ diferente das fontes chaveadas, onde a tensdo na carga é man- tida pelo tempo de condugéio de um dispositivo que funciona como um interrupter, ligando e desli- gando a corrente. Enquanto que em um caso temos uma operagao no dominio das resisténcias, no outro temos uma ‘operagao no dominio dos tempos. Elemientos adicionais podem ser agre~ gados a estes blocos a exemplo de um bloco de medida da tens&o de saida para | as fontes variéveis; blocos de protegao — I que desativam a fonte quando ocorre curto na salda ou quando a corrente ultrapassa yest eae vy, | determinado valor, etc. Hs eorieen Carge Podemos a partir de agora fazer uma Vi = Constante v analise mais detalhada de cada um desses blocos. | Figura - 3.2 6v at ov a Wor 25 9) abatkadores b) elevador de de fereoo tensdo ie i Figura - 3.3 220Voa Figura - 3.4 nados circuitos de placa, e um secundario de das valvulas. 3.4 - O TRANSFORMADOR Na maioria das fontes lineares, 0 pri- meiro bloco que encontramos tem por componente basico um transformador. Sua finalidade ¢ alterar a tensao alter- nada de entrada, passando-a para um valor que possa ser melhor usado pelos circuitos seguintes, conforme mostra a figura 3.3. Na maloria dos casos 6 utilizado um transformador simples abaixador de tensfio, No entanto, dependendo da fonte poderemos ter diversos outros tipos de transformadotes os quais sao destaca- dos na figura 3.4. Assim, em (a) temos um transfor- mador com dois secundarios, de modo a se obter duas tens6es diferentes para setores diferentes de um mesmo equi- pamento. Nos equipamentos valvulados anti- gos (ou mesmo nas verses moderas), comum 0 uso de um transformador que tenha um secundario duplo de alta tensao para a alimentagao dos denomi- ‘a tenso (normalmente 6,3 V) para os filamentos {As valvulas operam com altas tens6es, sendo usuais os valores de 80 V a 450 V nesses transfor- madores. Os transformadores desse tipo so componentes pesados e caros, conforme jlustra a figura 3.5 Em (b) temos um autotransformador no qual existe um enrolamento tinico, cujas derivagoes fun- cionam como primario e secundério. E importante notar que a transferéncia da energia de um enrolamento para outro num transfor- mador comum se faz exclusivamente pelo campo magnético. Dessa forma, o enrolamento primario é isolado do secundario, o que torna o transformador em um componente fundamental para dotar os circuitos de seguranga No caso dos autotransformadores, esse isolamento n&o existe, havenda 0 perigo de ‘choques para quem tocar suas partes expos- tas, quando se tratar de equipamento ligado a rede de energia. Os transformadores usados nas fontes de alimentagao comuns terdo dimens6es e espe- cificagdes de acordo com a corrente e a tenséio que devem forecer. Na figura 3.6 temos os simbolos desses transformadores. Observamos que a tens&o do secundario de um transformador colocade numa fonte de 14 EL ita alimentagdo ndo € obrigatoriamente a mesma que a fonte deve fornecer. Os circuits de retificacdo, filtragem regulagem alteram essa’tensao. A tenso do transformador deve ter um valor que seja apropriado para que ‘es80s circuitos operem, fornecendo a tensdo desejada em sua saida. nov. ne 3.2.1 - FASE ‘Ao se projetar uma fonte de ali- mentagéio ¢ preciso ter em mente que tipo de retificagao seré usada para . escolher o transformador apropriado, Figura - 3.6 ‘Assim, 6 comum que sejam empregados transformadores com enrolamentos simples @ transformado- res dotados de um enrolamento com (coniertap) | tomada central ou center tape (CT) con- not Nes cre——_tomada conta’ | forme exibe a figura 3.7. Vea O transformador simples 6 utilizado quando a retificagéio 6 de meia onda, ou ainda uma ponte retificadora, 0 que | sera visto no item seguinte. Faure a1 ines © transformador com tomada cen- tral é aplicado quando se faz a retifica- 80 de onda completa com dois diodos. ‘© que acontece é que, se tomarmas como referéncia a tomada central, ligando-a ao terra do cir- cuito, as tensées encontradas nas extremidades dos outros dois enrolamentos estardo em oposigao de fase, vela a figura 3.8, Logo, quando o semiciclo positive estiver presente no enrolamento superior, no inferior teremos 0 semiciclo negalivo, e vice-versa. Essa oposigdo de fase é fun- damental para o processo de retificagao. 110/220 Yea ceo oo “aaleg 3.2.2 - TRANSFORMADORES TOROIDAIS Os transformadores comuns coloca- dos em fontes de alimentagao utilizam Figura 3.8 ferro doce laminado como niicleo, em for matos semelhantes aos apresentados na figura 3.9. Utiizando ferro laminado, com as laminas isoladas umas das outras, so evitadas as correntes | de turbilhao (Eddie) que causam perdas na transferéncia da energia de um enrolamento para outro. | _Essas perdas, além disso, provocam 0 aquecimento do componente, pois a energia das correntes no niicleo se transforma em calor, observe a figura 3.10. Is Fontes de Alimentacio © formato’das laminas ¢ tal que elas fecham o campo magnético produzido pelo feet =r] Lamina, enrolamento primario, envolvendo total Ou mente o enrolamento secundario. isso (LIL) garante uma boa transferéncia da energia Enolamento | de um enrolamento para outro. Figura -3.9 Esses transformadores so relativa- mente eficientes e baratos quando traba- thamos com correntes de baixa frequiéncia, como a energia da rede local de corrente saat alternada ou mesmo sinais de audio. ; Veja que a quantidade de energia que a serd transferida de um enrolamento a outro esté diretamente ligada ao fluxo do campo magnético criado no nticleo. Assim, quanto Conenies | maior for a poténcia de um transformador, de tursince | maior deverd ser o niicleo e, portanto, maior devera ser o componente. Entretanto, as fugas do campo mag- nético desses transformadores (além das Transtornaser | perdas) tem um outro inconveniente que é.a possibilidade de interferir em outros circuitos Poratuso | do mesmo aparelho. de fheagao € comum 0 uso de blindagens para os transformadores feitas com materiais dia magnéticos (como o aluminio e o cobre) Figura 3.11 ainda o aterramento da propria carcaga do transformador, conforme mostra a figura 3.11. Nas fontes chaveadas, como veremos, a utilizagdo de correntes de altas fraqiiéncias faz com que ©. uso desse tipo de transformador seja invidvel. No entanto, usando transformadores de ferrite, eles podem ser muito menores e mais eficientes. Uma tecnologia que ja esta sendo muito aplicada na fabricagao de transformadores é a que emprega nucleos toroidais. Conforme o nome sugere, o nticleo consiste num anel ou tordide em torno do qual sao feitos os enrolamentos, veja a figura 3.12. Ateramento de caicaga Esses transformadores so muito mais eficientes, mas apresentam uma dificuldade técnica para sua construgéo:Como fazer o enrolamento através de maqui- nas? Por essa dificuldade técnica, esses transformadores ainda 40 caros e pouco usados. 3.3 - RETIFICACAO ‘A tenséo obtida no secundério de um transformador 6 alternada e, como vimos, a finalidade de uma fonte, na maioria dos casos, é fornecer uma tensao continua para Figura - 3.12 a alimentagao de um circuito eletrdnico, 16 Para se obter uma tensfo continua a partir de uma tensao alternada, faze- mos uso de circuitos retificadores. Os prt a) mais comuns se baseiam nas proprieda- des elétricas dos diodos semicondutores Diodo: ‘e nos equipamentos antigos das valvulas- | serricondutor diodos, representados na figura 3.13. roe ee odo Esses componentes possuem curvas Figura -3.13 caracteristicas de acordo com a figura 3.14, conduzindo a corrente num Unico sentido. Desse modo, a maneira mais simples de se obter uma corrente continua a partir da tensdo alternada do secundario de um transformador consiste em se ligar um diodo, veja a figura 3.15. Acarga (R) sera percorrida apenas pelos semici- clos positivos, ou seja, por uma corrente pulsante que circula apenas em um sentido. Observe que, neste Circuito, os semiciclos negativos sao perdidos, isto é, temos um sistema de retificagao de meia onda. Para obter a retificagdo aproveitando os dois semiciclos da corrente alternada temos duas possibilidades. A primeira delas, consiste no uso de um transforma- A A dor com tomada central, conforme exibe a ie a Zi figura 3.16, e dois diodos retificadores. 14m © diodo D4 conduz apenas os semi- arga ciclos positivos, enquanto que o diodo Dp conduz os semiciclos negatives. Os Figura = 3.15 dois semiciclos $20 unidos e circulam no mesmo sentido pelo circuito de carga. Este sistema de retificagdo ¢ denominado de retificagao de onda completa. E evidente que o aproveitamento da energia de um transformador com esse sistema & maior ‘do que no caso da meia onda. Existem ‘ultras vantagens que ficarao claras mais adiante. Uma outra maneira de se obter a roti ficagéio de onda completa, mas colocando um transformador comum, @ fazendo uso de uma ponte retificadora ou Ponte de Graetz como também @ chamada, Essa ponte 6 ligada no secundario do trans- formador e na carga, conforme mostra a figura 3.17. Um ponto importante que deve ser observado aa usarmos dois diodos e um transformador com tomada central, se comparado ao uso da ponte, é 0 refe- rente a queda de tensao nos diodos. ; BUS ia Fontes de Alimentagao Diodos retificadores de silicio apre- sentam uma queda de tensao no sentido direto da ordem de 0,6 V, quando condu- zem. No circuito com tomada central, cada semiciclo conduzido passa apenas por um diodo, portanto a queda de tans’io 6 de apenas 0,6 V. Todavia, no circuito em ponte, cada semiciclo passa por um diodo e depois por outro em série, 0 que «) Catena nos semicictos postives significa uma queda de tensao de 1,2 V. Em fontes de tensdes relativamente altas essa queda nao é importante, mas num circuito de baixa tens&o essa queda deve ser considerada. Lembramos que existem fontes espe- ciais, principalmente aplicadas em eq) pamentos criticos, que usam diodos Tetificadores do tipo Schottky. Esses diodos se caracterizam por apresentarem uma quada de tensao no sentido direto extremamente baixa, menos de 0,1 V no interferindo portanto no funcionamento do Circuito. 'b] Conente nos serriciolos negatives Figura -3.17 3.3.1 - ESPECIFICACOES DOS DIODOS (Os diodos s40 encontrados em diferentes tamanhos e tipos de acordo com a aplicagao. Na figura 3.18 tomos 0 simbolo adotado para representar o diodo e alguns dos tipos mais comuns. (Os diodos 80 componentes polarizados, 0 que significa que sua posica0 num circuito deve ser observada. Assim, é comum utilizar algum tipo de indicacao para o catodo ou |ado do material N como, por exemplo, uma faixa. ESPECIFICACOES a) Tensdo inversa - Dado que um diodo representa um circulto aberto quando polarizado no sentido inverso, aparece nas suas extremidades toda a tensao do circuito. Para poder usar um diodo precisamos saber se ele suporta esta tensdo, a qual ¢ especificada como tensao inversa maxima ou Verm ou Vr. b) Corrente direta - E a maxima corrente que 0 diodo pode conduzir quando polarizado no sen- tido direto. Indicada como nes manuais. ¢) Tipo - Muitos fabricantes simplesmente indicam os seus dicdos por um cédigo de ~ ~~. fabrica. Dessa forma, para os tipos amen- Anode, Catedo SN NS | canos & comum que todos os diodos come- tal PI eouny ~~ ‘cem por 1N. Assim temos 1N4002, 1N4148, otc. Para os tipos europeus @ comum usar as letras A para diodos de uso geral, B para sili Figura - 3.18 18 clo e Y para retificadores. Exemplos: BA315, A115, BY 127, etc. Outros fabricantes utilizam cédigos: proprios como SK02/1, MR751, P600D, V18, etc. 3.4 - FILTRAGEM A tensao obtida depois do sistema retificador, se aplicada a uma carga resistiva, resulta em uma corrente continua pulsante e nao numa corrente continua pura. Para as aplicacées praticas, entretanto, precisamos aplicar a uma carga uma tensao que seja a mais estavel quanto possivel, livre de qualsquer variagSes. Ou seja, precisamos fazer circular na carga uma corrente continua pura, veja a figura 3.19. Precisamos, entao, usar um filtro para que a corrente continua formada por pulsos 1 aplicados a carga se transforme numa cor- Tente constante que nao sofra variagoes | iclo a ciclo, 1 est ‘A filtragem nas fontes de alimentagao | lineares comuns pode ser feita de diversas | Coterte continua pusonte Corrente continua pus | formas. © modo mais simples e que nos Figura -3.19 | serve de exemplo é 0 que faz uso de um $$ capacitor, observe a figura 3.20: Supondo um capacitor de valor suficientemente elevado, e supondo uma relificacao de meia ‘onda, quando 0 diodo conduz, ale se carraga com a tensao de pico do secundério do transformador (desprezamos a queda de tenséo no diodo). Quando 0 semiciclo conduzido comeca a sua queda o capacitor descarrega-se lentamente atra- vés da carga, mantendo a corrente mais ou menos constante, até que a tensio do semiciclo seguinte aleance o valor que recupere a carga perdida, conforme ilustra a figura 3.24 essa forma, alternando os ciclos de carga e descarga durante os tempos de condugao e nao ‘condugo do diodo, o capacitor pode manter uma corrente mais ou menos constante sobre a carga. ‘A pequena variacio que ocorre nessa tensao (que ja esta bem mais proxima do que seria uma tensao continua pura) & denominada onducdo ou ripple, conforme exibe a figura 3.22 Normalmente, 0 ripple de uma fonte (que deve sero menor possivel) ¢ expresso em termos da porcentagem que ele repre- senta da tensao de salda, Uma fonte que oscile entre 8,5 € 10 volts tem um ripple de 5%. Trata-se de um valor elevado para Figura - 3.20 2 uma fonte comum. Deg ee Tonnes Uma fonte com um ripple elevado, na saida | quando alimenta um circuito de audio, ag ‘como um ampiificador, faz com que um ruido na sua frequéncia seja reproduzido. carga do | No caso de uma fonte de meia onda, o capacitor | ronco tera de 60 Hz. Veja que, quanto maior for 0 capaci- tor, mais lenta sera sua descarga entre Figura - 3.24 ‘05 semiciclos e assim menor o ripple. Por 4 conduzidos 19 Fontes de Alimentagdo nado de tipple lendulacas) Figura - 3.22 v Mener tern0 ent as caigas Figura - 3.23 aol + Vee j 81” eae, & ov, ae fatio x Figura - 3.24 + Veo 7 Dae 100 nF ov Biotic eramico Figura - 3.25 outro lado, quanto maior for a corrente exigida pela carga, mais rapidamente cai @ tensao do capacitor e portanto maior serd 0 ripple. Existe entéo um compromisso entre o valor do capacitor de filtragem, a tensdo da fonte ea corrente na carga. Uma regra simples que muitos projetistas seguem, e que funciona, é usar 1 000 UF de capa- citor para cada ampére de corrente de carga em fontes entre 6 15 V. Para a retificagao de onda completa, a fittagem por um capacitor apenas pode ser mais eficiente. Isso ocorre porque o intervalo entre 08 semiciclos é menor e, portanto, temos uma queda de tensao menor quando 0 capacitor se descarrega através da carga, de acordo a figura 3.23, Para melhorar a fillragem, podemos colocar circuitos mais eficientes, Uma configuracéo que é encontrada ‘em muitas fontes, principalmente as de equipamentos valvulados mais antigos que operam com tenses mais elevadas e 0 mais criticos @ a que faz uso do filtro (PI), atente para a figura 3.24, Esse circuilo produz uma tenstio de saida mais suave. No lugar do indutor podemos encontrar também um resistor. Um outro ponto importante que deve ser observado em relacdo @ filtragem é que em alguns tipos de fonte ¢ comum a ligago de um capacitor ceramico em paralelo com 0 capacitor eletrolitico, con- forme mostra a figura 3.25. Os capacitores eletroliticos sao cons- truidos a partir de papel aluminio separado por uma folha de material poroso embe- bida no dielétrico, Esse conjunto forma um rolo que, pelo seu formato, apresenta as mesmas caracteristicas de uma bobina de baixa indutancia, Assim, os capacitores eletroliticos se comportam bem como capacitores com baixas frequéncias, mas a induténcia aparece quando existe um componente de alta frequéncia no circuito, E portanto um bom. procedimento, principalmente nos circuitos de alta frequéncia como transmis- sores, osciladores, etc., ligar em paralelo com 0 eletrolitico um capacitor ceramico de 100 nF para desacoplar os sinais de altas freqliéncias que nao conseguem passar por ele. 20 3.5 - REGULAGEM E AJUSTE Utilizando um transformador, retificador e filtro como vimos até agora, ja temos uma tensao con- tinua que pode ser usada para alimentar determinadas cargas. Porém, devido as caracteristicas do capacitor e da propria corrente pulsante, a tensao sobre a carga ira variar conforme ela exija mais ou menos corrente. Em outras palavra,s a tensao nao é estabilizada ou regulada. Para obter uma tensao constante sobre uma carga, uma tenso que nao sofra variagbes quando ‘0. consumo da carga se altera ou mesmo quando a tenséo de entrada do circuito varia, precisamos contar com um circuito regulador de tensao. Para a regulagem da tensao de uma fonte existem diversas configuragdes que podem ser usadas. Algumas muito simples, baseadas em poucos componentes, € outras sofisticadas, baseadas em cir- cultos integrados complexos. Comecemos pela forma mais simples, pois através dela podemos entender como tudo funciona. ‘A forma mais simples de se fazer a regulagem de uma fonte aproveitando as propriedades elétricas dos diodes zener. Tais diodos, quando polarizados no sentido inverso, mantém constante a tensdo entre seus terminais numa ampla faixa de valores de corrente, conforme ilustra a figura 3.26. : Assim, se ligarmos um diodo zener apés 0 circuito de filtragem de uma font: de acorde com a figura 3.27, a tensao sobre 0 zener, que 6 a tensao na carga | ligada em paralelo com ele, se mantem constante. mv, O resistor 6 calculado de modo que na corrente minima de carga tenha uma cor- cue rente minima no diodo zener que ainda o coueiorsica | faga manter a tensdo zener entre seus ter- minais, e que esteja abaixo de sua capaci- | dade de dissipagao. : Por outro lado, quando a corrente na carga for maxima, a queda de tenso no resistor deve ser compativel com a entrada de tensao do ircuito | ‘Como os diodos zener, em geral, sfc componentes de pequena dissipacao, este tipo de regulador nao é muito usado da forma como o des¢revemos. Entretanto, podemos aproveitar as propriedades do diodo zener para elaborar circuitos que sejam mais eficientes, tanto na manutengao da tensdo da carga como no manuseio de correntes elevadas. ‘Assim sendo, existem duas configuragdes possiveis para os reguladores de tensdo usados em fontes lineares: em série e em paralelo. Simbolo 3.6 - REGULADOR SERIE Aidéia basica de um regulador série 6 ligar em série com a linha de alimentacao Ress da carga um circuito que funcione como gp tintedet de Coren um resistor varidvel tendo por referéncia um diodo zener, conforme exibe a figura | | AG 3.28. ‘Com base nas informagdes do diodo zener e da propria tensao de saida através de um circuito de realimentagdo, 0 regula- Figura - 3.27 eee eee Fontes de Alimentagio dor muda sua resisténcia de modo a manter er 7} Resistor vori6vel | a tenso na carga constante, independente- mente da corrente que ela esteja drenando. A configuragao mais simples para este circuito é 3 [ca | x | emt a que faz uso de um transistor NPN, um diodo zener € um resistor, veja a figura 3.29. oo (© zener mantém constante a tensAo na base do transistor, polarizado pelo resistor. Figura - 3.28 | Visto que para conduzir, a tensao de base do transistor deve ser aproximadamente 0,6 V maior que a tensdio de emissor, com © uso do zener como referéncia, garanti- mos que 0 circulto sempre se comportara ro sentido de manter a tensao de emissor 0,6 V abaixo da tenso de base, conforme mostra a mesma figura ‘Assim, usando um diodo zener de 12,6 " V, garantimos que no emissor do transis- Figura - 3.29 tor, no qual é ligada a carga, a tensao sera : sompre 12 V. Vela que, para que este circulto fun- cione, devemos considerar a queda de tens8o no transistor quando ele conduz. Isso significa que a tenséo de entrada deste circuilo deve ser pelo menos 2 V maior do que a tensao que desajamos na salda. ‘0 resistor, pot outro lado, deve ser calculado de modo que fomneca a corrente que o transistor precisa para se saturar e, ao mesmo tempo, mantenha a tensao que 0 diodo zener precisa para fun- cionar. ’A vantagem desse circuito é que 0 diodo zener é percorrido por uma corrente muito pequena em relagdo & corrente exigida pela carga, pols essa corrente 6 amplificada pelo transistor. A desvantagem ‘esté no fato de que © transistor se comporta como um resistor variavel com uma dissipacao elevada dde poténcia, em fungéo da corrente drenada pela carga. Mesmo nas fontes relativamente pequenas, 08 transistores usados neste tipo de circuito devem ser dotados de bons radiadores de calor. Na pratica, apenas nas fontes mais simples a configuragao dada como exemplo é usada. Circultos mais ‘elaborados podem ser conseguides com 0 uso de Darlingtons, @ mesmo recursos adicionals como protegées contra curto-circultos, etc. Deste modo, seguindo essa configuragao temos muitos regula dores de tensdo de trés terminais na forma de circuitos integrados. Basicamentre, existam dois tipos de reguladores-série para o uso em fontes de alimentagao: fixos e variaveis. (0s reguladores fixos possuem um zener interno que jé determina a tensao de saida. Assim, o ter- Bs minal desse zener é ligado normalmente yeu | tetra como no caso dos reguladores de 6 04 12V | e 12 V - 7806 @ 7812 - observe a figura Toh, 2 soy | 330 ee 2 Repare que esses reguladores so dotados de invélucros que permitem sua montagem direta em dissipadores de ch | calor, Pequenes alleragdes na tensdo de Figura - 3.80 _| sada podem ser consequidas como acrés- 2 cimo de um diodo adicional extemo que somard sua tensdo a do diodo interno, como no caso da figura 3.31 Na configuragao indicada, usando dois diodos comuns polarizados no sentido direto, eles somaréio 1,2 V a tonséo de um 7805 de 5 V de saida, obtendo-se assim 6,2 V de saida. Os circuitos integrados da série 78XX, conforme caracteristicas dadas mais adiante neste livro, podem controlar corentes até 1 A em sua verso bassica. Para obter-se mais corrente do que 0 Circuito pode fornecer, é normal o uso de transistores adicionais nas configuragdes apresentadas na figura 3.32 Veja que, se transistores forem liga- dos em paralelo, resistores de emissor devem ser agregados para haver uma dis- tribuigdo corrata das correntes entre eles. Esse assunto sera abordado nos projetos de fontes praticas de altas correntes e em fontes de alta corrente (item 3.7). ‘Também importante observar que a regulagem nao precisa ser feita obriga- toriamente na linha positiva de alimenta- 0. Nas fontes simétricas comum 0 uso de reguladores positivos e negatives de tens a0 mesmo tempo. Tanto o diodo Zener como os préprios circuitos regula- dores mais sofisticados podem fazer a regulagem negativa de tensdo, conforme mostra a figura 3.33. 0s circuitos integrados da série 79XX por exemplo, so reguladores negativos de tensdo. E bom observar que existem reguladores que possuem zeners internos de valores muito baixos, ‘oque permite adicionar um circuito extemo para ajustar a tensao de s: ‘Temos entao os reguladores varidvels (que podem ser negativos ou positivos) capazes de contro- lar correntes até bastante altas. Citamos como exemplo os reguladores LM317 © LM350 de que trata- Temos neste mesmo livro com mais detalhes. Nessa categoria também podem ser incluido o 723. | 3.7 > REGULADOR PARALELO | (SHUNT) 130 Uma forma menos comum de obter-se a regulagem da tens&o de uma fonte & através de um regulador paralelo, cuja con- figuragao basica com um transistor é ilus- trada na figura 3.34 Esse regulador funciona como um zener de alta poténcia derivando a corrente Figura - 3.34 23 ee ee ee Fontes de Alimentagio a carga de modo que a tensdo entre seus terminais seja mantida constante. O circuito @ calculado Ue tal maneira que as correntes dranadas pela carga e pelo regulador somadas, resultem numa resis tencia que, em série com a resistencia R de entrada, gere a tensao de alimentagao da carga, Assim, quando a carga aumenta seu consumo, o regulador diminu, 0 que faz.com que a soma das correntes: se mantenha ©, com isso, a tensao na carga. "A grande desvantagem desse circulto é que @ dissipagao de poténcia é constante, mesmo quando a carga esta com seu consumo minimo. Além disso, em fungao da corrente da carga, © regulador pode dissipar poténcias bastante altas, exigindo assim o uso de grandes dissipadores e lransistores com capacidade de corrente elevada. 3.8 - PROTECAO Um problema que pode ocorrer com 08 circuitos de fontes lineares até este ponto 6 que Wme corrente excessiva na saida, como @ causada por um curto-circuito, pode provocar a sobrecarga © queima dos elementos requladores, prineipalmente do transistor ligado om série, ‘Assim, como elemento final do cir- cuito, podem ser agregadas protegdes Fy ; oer Fo capazes de desabilitar a fonte em caso | de curto ou ainda limitar sua corrente. n ‘Aforma mais simples de se obter pro- Targa | | 12980 para uma fonte consiste em agre~ = | gar-se um fusivel em série com a entrada Dz =" e com a saida, conforme exibe a figura 3.35. Figura - 3.35 © fusivel de saida.é dimensionado para abrir com uma corrente um pouco maior do que a maxima que a fonte pode fornecer. Ja 0 fusivel de entrada é dimensionado em fungao do consumo total da fonte em condigdes: de carga maxima. ‘Veja que esse fusivel de entrada nao tem a corrente maxima de saida da fonte. Uma fonte de 412 x 1A, se ligada na rede de 110 V, a0 fornecer 1 A de saida, drenara pouco mais de 100 mA da rede de energia (a poténcia se mantém constante). Assim, um fusivel de 500 mA na entrada serve perfeitamente para prote- ger essa fonte. Outra forma de se fazer a protegao de uma fonte 6 com o uso de um circuito “cro- av wbar’ (veja item 4.2.5 - Protegao Crow- Figura - 3.36 bar). — Nesse tipo de protegao, um circuito detecta a sobrecorrente ou curto-circuito Regulador na saida acelerando a queima do fusivel de proteo4o, de acordo com a figura 3.36. ‘Um tipo mais empregado de protegao € ‘0 que limita a corrente na ‘saida ou a corta quando ela se torna excessiva. Isso ¢ feito a partir de um transistor sensor ligado em ov. paralelo com 0 zener, atente para a figura Figura -3.37 337, Veo fl Apareino alimentado y Protegao 24 Quando a corrente de saida eleva a tensao no resistor sensor (R) de modo que ela supere 05 0,6 V, o transistor conduz colocando praticamente em curto 0 diodo zener. Dessa forma a tenséo de referéncia ai para zero ou um valor muito baixo, cor- tando a corrente no circuit. Outros componentes também podem ser colocados em circuitos de protecao, ‘como um SCR ligado a um relé, conforme vemos no circuito da figura 3.38. Figura -3.38 Nesse circuito, quando a corrente cirou- lante pelo resistor R (que € a corrente de carga monitorada) alcangar um valor que faca aparecer sobre ele uma tensao da ordem de 1 V,0 SCR ira disparar. Com isso, 0 relé fechara os seus contatos, desligando imediatamente a fonte e acionando um dispositivo de aviso, que pode ser um LED ou um oscllador. Para rearmar a fonte basta remover causa da sobrecorrente e desligar a fonte por um instante. Em algumas fontes protegidas, esse circuito € associado a um fusivel, atuando como crowbar. Também & importante citar que alguns circuitos integrados reguladores de tenséo possuem protegaio termica, Quando a temperatura do componente se eleva, passando dos limites pré-estabelecidos, quer seja por sobrecarga ou por curto, componentes intemos entram em acao cortando a corrente na sua saida, 3.9 - INDICADORES DE SADA (TENSAO X CORRENTE) Em uma fonte fixa (e principaimente numa fonte varidvel) pode ser necessario monitorar a tensao ‘que esté sendo aplicada a carga ¢ a corrente que esta circulando através dela. Para essa finalidade podem ser agregados aos seus circuitos instrumentos indicadores, conforme mostra a figura 3.39. 0 indicador de corrente consiste de um amperimetro ligado em série com a saida, enquanto que G indicador de tensdo é um voltimetro ligado em paralelo com a saida. ‘As opg6es que o montador de fontes tem sao duas: indicadores analégicos e indicadores digitais. Observe a figua 3.39. Os mais tradicionais so os indicadores analégioos, tratando-se de um galvanémetro. | de bobina mével, como 0 ilustrado na figura 3.40. A escala ¢ felta de acordo com a fonte. A inclusdo de um galvanémetro deste tipo para indicar tensao é simples: basta levar Figura -3.39 em conta a sua corrente de fundo de escala e calcular qual deve ser 0 resistor ligado em série que provoque, com essa tensdo, a corrente de fundo de escala. Aformula é dada a seguir: R= (vil)-Ri | fircéco | NETEETD| oc ees Onde: R €aresisténcia multiplicadora a ser ligada em série com o indicador (ohms) V @a tensao de fundo de escala desejada (tensdo maxima de saida da fonte em volts) 16a corrente de fundo de escala do instrumento usado (ampéres) BUEo aa Fontes de Alimentagio Ri é a fesisténcia interna do instrumento usado (ohms) (*) medida com um multimetro comum, Na pratica, utlliza-se uma resisténcia um pouco menor @ liga-se em série um trimpot para se fazer 0 ajuste do fundo de escala de ‘uma forma mais precisa. O valor do trimpot pode ser da mesma ordem que a resisténcla calculada ou menor. ————} Para usar 0 indicador,como amperi- metro deve-se calcular a resisténcia de derivagdo (R) ou shunt a ser ligada em paralelo, conforme exibe a figura 3.41 Para essa finalidade considera-se a corente que deve passar pelo instru- mento (seu fundo de escala) ¢ a corrente que deve ser desviada. E preciso também Figura - 3.41 conhecer a resisténcia do instrumento a ser usado, Para a indicagao digital podem ser usados médulos voltimetros, sendo o mais comum 0 de 3 7 digitos com o cit- cuito integrado 7106 da Intersil, veja na figura 3.42. Com uma rede de resistores exter- nos, esse circuito pode ser faciimente programado para medir a tensao de saida na faixa desejada | | | (*) Essa resistencia pode ser facilmente | | 3.10 - FONTES DE CORRENTE Figura - 3.42 ‘CONSTANTE Existem aplicagSes onde se deseja manter constante a corrente circulante por uma carga, mesmo quando a tensao de entrada varia ou a resisténcia da carga muda. Para esta finalidade ha circuits denominados “fontes de corrente” ou “fontes de corrente cons- tante’ que so de grande utilidade. Com aplicagdes em automagao industrial, robética, eletrénica embarcada, mecatronica e muitos outros campos da Eletronica, estes circuitos merecem um desta- que, ‘As baterias e fontes de alimentagao comuns sao fontes de tens&o no sentido de que mantém constante a tensdo aplicada numa carga. No entanto, para fomecer energia a um circuito de carga, ‘esta ndo a Unica solugao possivel. Ha casos em que manter a corrente constante numa carga é muito mais importante do que manter ‘a tensdio. Isso pode ser visto, por exemplo, no caso de um carregador de baterias: em que a medida ‘que ele se carrega a tensdo em seus terminais sobe @, com isso, a corrente de carga tende a diminuir, veja a figura 3.43, 26 oh a © importante neste tipo de carrega- ae oe dor é manter constante a carga de modo a se ter a bateria carregada no final do a prazo esperado. N eee Dec err Outra aplicagéo € nos elementos “T “79° | resistivos de pequenas estufas ou aqua- fos, onde a resisténcia do elémento Figura - 3.43 depende da temperatura. Assim, depen- fe 2 eee dendo de sua temperatura (que ¢ influenciada pela temperatura ambiente) podemos ter diversas poténcias de dissipagao, uma vez que a corrente vai variar. Ha diversas configuragées relativamente simples que podem manter constante a corrente num Gircuito. A seguir, veremos como elas funcionam e como podem ser calculadas para uma aplicacZo especifica. 3.10.1 - OS CIRCUITOS Aconfiguracao mais simples para uma fonte de corrente constante é apresentada na figura 3.44 " @M que simplesmente agregamos um resistor em série com valor suficientemente grande para que Variagées da resisténcia de carga nAo influam de modo sensivel na corrente do circuito. Esta solucao é adotada em muitos carregadores econdmicos de baterias, onde temos simples- mente um resistor no qual aparece uma tensdo da ordem de § a 10 vezes a tensdo da carga de modo {que ela nao influa na corrente. A tenséo de entrada, neste caso, deve ser bem maior que a tensao apli- “Gada @ carga. Todavia, este tipo de con- figuragao tem a grande desvantagem de " apresentar perdas de enercia elevadas fo resistor, nao se aplicando portanto a Grouitos de alta corrente. Este 6 0 caso tipico dos carregadores de bateria de ‘catfo que encontramos a venda em algu- “as casas especializadas © que consis- "tem simplesmente num diodo retificador e uma lmpada que faz as vezes do resistor em série, onforme mostra a figura 3.45. ‘Alampada acende com um brilho elevado durante a carga da bateria, mostrando que a maior Parte de enargia do sistema 6 convertida em luz e calor. Uma configuragao mais avangada de fonte de corrente constante pode ser elaborada em torno de ttansistores bipolares e diodos zener, conforme ilustra a figura 3.46. Nesta configuragao, 0 diodo zener em série com um resistor polariza um transistor de modo "a levéto a condugdo. A corrente pela taiga 6 determinada pelo resistor em “Série com o transistor. Pode-se usar um fesisior ajustavel ou potenciometro para ‘iss0, desde que seja de fio, capaz de tar a corrente desejada na saida | Uma vez ajustada, o transistor passa |@atuar como elemento estabilizador de ‘torrente. As variagSes da resisténcia da Figura - 3.44 Figura - 3.45 Fontes de Alimentagio carga ou da tenséo de entrada passam, entdo, a ser compensadas pela maior ou \y Menor condugag do transistor. Transistores como o TIP32 ou BD136 121 | podem ser usados neste circuito para cor- ‘+ | Fentes até uns 500 mA, com os valores de A Saida | zener e resistor indicados. Para maiores correntes podem ser uti- lizados transistores Darlingtons © diodos Zener de maior poténcia com uma redu: io correspondente do resistor de 7 kG da polarizagao de base do transistor. No entanto, para maiores correntes existe a solugao do circuito integrado. H4 muitos requladores de tensdo inte- grados que podem ser facilmente ligados ara funcionarem como reguiadores de cor- Figura -3.47 rente. Nosso primeiro exemplo est nos circul- tos integrados da série 78XX, que podem funcionar como reguladores de corrente de até 1 ampare. A ligagao destes integrados nesta configu- rago 6 exibida na figura 3.47. © resistor Rx 6 calculado em fungao da corrente desejada na carga e da tensao do circuito inte- grado regulador pela formula: +V Ent Rx = Viol Onde: Rx 6 0 valor do resistor em série, em ohms Vax 6 a tensdo do circuito integrado regulador. Por exemplo: 5 V para 0 7805 e 6 V para 0 7806. 16 corrente constante que se deseja manter no circuito de carga, em amperes. Adissipagao deste resistor 6 importante, uma vez que ele trabalha com correntes elevadas. Esta dissipacao ¢ calculada pela formula: PERK] Onde: P é a poténcia dissipada, em watts R @ a resisténcia, em ohms | a corrente através do resistor, em ampéres Normaimente sao usados resistores de fio de pequenos valores, mas podem ser empregadas associagées de resistores de 1. comuns, Por exemplo, para 0,25 2 podem ser colocados 4 resisto- res de 12 em paralelo. Evidentemente, nesta aplicagaa 0 circuito integrado deve ser montado em um. radiador de calor. Um outro circuito integrado regulador de tensao que pode trabalhar com correntes de até 3A6 0 LM35OT, que 6 encontrado em involucro TO-220 conforme mostra a figura 3.48, Este circuito integrado consiste de um regulador de tens4o variével que tem um diodo zener de 1,25 V interno. 28 Desta forma, numa aplicagao como a mostrada na figura 3.48, o resistor Rx 6 calculado pela seguinte formula: | Rx = 1,25/1 Onde’ Rx @ 0 valor do resistor em série, em ohms 16 a corrente que se deseja manter constante na carga, em amperes. A dissipagdo do resistor ¢ calculada | como no exemplo anterior, usando os inte- | grados da série 78Xx. Para se obler um ajuste da corrente pode-se agregar um resistor variavel em série (um potenciémetro de fio de 1a 52, por exemplo) conforme ilustrado na figura 3.49. Este potenciSmetro deve ter dissipa- 940 compativel com a corrente ajustada. Para correntes maiores, podemos utilizar 0 LM338 que é fomecido em involucro metalico TO-20 ‘8 que pode controlar correntes de até 5A. O circuito é apresentado na figura 3.50. diodo zener interno deste circuito integrado também € de 1,2 V e, por isso, os calculos do resistor podem ser feitos utilizando-se a mesma formula usada para o LM35OT, trocando-se 1,25 por 12. : Evidentemente, nas correntes limites 0 circuito integrado regulador deve ser montado em exce- lente dissipador de calor. Também pode ser adotada a soluc&o de colocar um resistor variavel em série para se ter um ajuste da corrente. Outras opgdes para este tipo de regulador de corrente incluem o uso de transistores booster como 0. 2N3055 para se controlar correntes maiores. Entretanto, nas aplicacdes praticas, 0 limite de 5 A parece razoavel para a maioria das necessidades. Figura - 3.49 3.11 - FONTES DE ALTA CORRENTE Fontes de alimentagao de alta corrente s4o cada vez mais importantes em aplicagdes que abran- gem desde a eletronica industrial até a eletronica de consumo, onde as correntes exigidas por certos, equipamentos de alta poténcia podem chegar a dezenas de amperes. Neste item discutiremos 0 projeto destas fontes e daremos alguns cir { Fontes de alimentagdo de baixa tensao {@t6 uns 30 V) com correntes que no maximo atingem um ou dois ampéres s40 comuns na maioria das aplicagdes eletronicas, e ndo ’ faltam circuitos para este tipo de aparelho. A propria montagem nao oferece maio- tes dificuldades devido a existéncia de muitos circuitos integrados reguladores que podem fornecer diretamente estas tens6es Figura - 3.50 29 ELE a Fontes de Alimentagi wm eee € correntes sem a necessidade de muitos | Ve+2V: Ev. rene te. © ys | Componentes externos, e o /ayout da placa ie nao 6 critico. Porém, quando as correntes (a) a ultrapassam a marca dos 5 ampéres os pro- blemas comecam a aparecer. O primeiro deles € justamente aquele devido a nao existéncia de componentes apropriados que possam, sozinhos, fornacer tensdes reguladas nesta ordem de valor. Exige-se 0 uso de circuitos boosters externos que possam suportar as correntes elevadas, @ a complexidade destes circuitos aumenta quando a corrente se torna maior ainda. © segundo 6 0 proprio layout da placa que exige trilhas largas, compativeis com @ corrente, ou mesmo 0 uso de fiagso extema com fios grossos de acordo com ‘as correntes que devem ser fomecidas. A seguir, vamos oferecer algumas solugdes interessantes para a utilizagao aoo2 de circuitos integrados comuns excitando Figura - 3.52 etapas de alta corrente de modo a permitir a realizagao de fontes de até 50 amperes com tens6es de até 30 V, aproximada- mente, ETAPAS DE ALTA CORRENTE Existem diversos circuitos integrados reguladores de tenso de trés terminais (fxos ou ajustaveis) ue podem ser usados como base para projetos de fontes de alta corrente, Em especial, tomaremos dois tipos comuns: 0 7812 para 12 V x 1 A (de tensdo fixa) e o LM350T de 3 A (para tensoes de 1,25 a 30 V) para exemplificar sou uso em etapas de maior corrente, Entretanto, os mesmos principios validos nos projetos com estes circuitos também 0 sao para ‘outros do mesmo tipo. Os circuits integrados 7812 LM3S0T sto empregados em configuragdes bastante simples, ‘como revela a figura 3.51. Fara se obter maior corrente destes circultos integrados, hd a oppo das etapas de poténcia com transistores bipolares. Ha diversas manolras de se fazer isso e que s8o dadas a seguir A primeira é valida para os circultos integrados da série 78XX, como 0 7812, e faz uso de um transistor PNP de alta corrente como booster. Esta configuragao é apresentada na figura 3,52. Ovalor de Ry 6 caleulado de acordo com a corrente maxima do regulador de tensao, utlizando-se seguinte formula: Ry = 09ireg] Ry também depende do Beta do transistor, conforme a formula: Ry = (Bata x Vbo)(Ireg(max) x (Beta+1) - lo(mano) 30 “SLES aa A corrente no regulador nao deve ser maior que 1 Ae seu valor também depende do ganho do transistor Q;. Dentre os tipos de transistores que podem ser colocados nesta configuragao, destaca- mos 0s seguintes: renaies Cranes TIRSG/A/BIC | asa TIPS4/A/B/C | 10A Tip2955 | 5A Na figura 3.53 mostramos como agregar um transistor a este circuito de modo a fomecer prote- ‘¢80.contra curto-circuito na saida, O resistor Rs de protegéio € caloutado pela formula: [Rs Bils, onde Is é a corrente de curto-circuito Este tipo de configuracao é valida até aproximadamente 5 amperes, visto que devemos conside- rar que mesmo que as correntes méiximas dos transistores indicados sejam maiores, é preciso fazé- | {os operar dentro dos limites de sua dissipac&o. Para o LM350 também podemos ter uma configuragao equivalente que nos permita obter alé aproximadamente 5 ampéres de cor- © rente com um transistor PNP de alta poténcia como o MJ4502. Esta configu: ragao é exemplificada na figura 3.54. resistor Re @ quem determina a corrente de saida e a corrente no regu- lador de tensdo de modo que ela fique deniro do limite suportado pelo Cl. Lembramos que, neste caso, tanto Ocircuito integrado como o transistor de poténcia devem ser montados em exce- lentes radiadores de calor. Outra possibilidade interessante para os projetistas de fontes de alta cor- rente consiste no uso dos transistores 2N3055. Esses transistores, que s40 os “faz tudo” de alta poténcia e que, por isso, podem ser encontrados facilmente com ttisto reduzido, so a solucdo ideal para © altas correntes quando for possivel sua | iizagao. No entanto, os 2N3055 so do tipo NPN, o que nos leva a necessidade de uma configuragdo um pouco diferente para sua associago a reguladores de Figura -3.54 Fontes de Alimentagd0 tensdo posiliva de trés terminais. Uma primeira forma € usando-se 0 mesmo Circuito “invertido", ou seja, com 0 regu- lador negativo de tense 7912, e com isso colocando a etapa de controle na linha negativa de alimentacao, observe a figura 3.55 ‘A segunda maneira consiste em se adotar 0 circuito ilustrado na figura 3.56, que também pode ser bem util para cor- rentes de até 5A. Para correntes maiores, em todos os casos, existe a possibilidade de se ligar em paralelo diversos transistores 2N3055, mas ai temos de considerar dois problemas a serem resolvidos. (O primeiro deles & a necessidade de um circuito de excitacao que fomega a base de cada transistor a corrente necessaria. Um unico regulador de 1 A, por exemplo, ndo pode excitar suficientemente bem qualro ou cinco 2N3055, lembrando que cada um deles pode fornecer uma corrente de § A. Isso pode ser consaguido facilmente com um transistor intermadiario (do mesmo tipo). {© segundo probiema 6 a necessidade de se dividir a corrente por igual entre os transistores. Esses componentes sfo encontrados numa ampla faixa de ganhos, mesmo os de tipo igual, o que significa que quando polarizados a partir de uma mesma fonte, eles conduzem de forma diferente Ligados em paralelo, esses transistores tendem a ser percorridos por correntes diferentes, con- forme mostra a figura 3.57. Em um circuito de correntes elevadas isso causaria a sobrecarga daquele que esta sendo percor- rido pela maior corrente e que, por isso, tenderia @ queima. Bara termos uma distribuigdo por igual da corrente, o artficio que se faz ¢ aumentar a tensao de base de cada transistor através da ligagao de resistores de emissor em cada um: Estes resistores (de pequeno valor) fazem com que os transistores fiquem mais préximos uns dos outros em termos de corrente conduzida, havendo portanto uma distribuigdo que néo os sobre~ carrega. Atente para as configuragdes dadas na figura 3.58. Um outro problema que surge com este tipo de configuracao é que a tensao de saida no é exa- tamente de 12 V, mas sim um pouco menos, ‘© que acontece 6 que existe uma queda de tenso entre a base © emissor dos transistores da omdem e 0.7 V, a ser considerada, Assim, quando 0 regulador de tenséo aplica 12 V na base do transistor, no seu emissor aparece apenas 11,3 V de tensao. Uma solugéo interessante para os resolver este probleme consis om se ne ‘aumentar a tensao do regulador, utii- Sieve ne “ zando-se para isso uma referéncia de tensdo que compense a queda nos tran- sistores. Isso pode ser fello com a con- figuracéo apresentada nessa figura ‘Cada diodo colocado em série com ‘0 terminal de referéncia do circuito inte- Figura-3.57 grado aumenta em 0,7 V a tonsao de Sali Ent. ——} hth [nee 32 LE as saida. Este recurso 6 em especial inte- ressante quando a fonte visa substituir baterias de carro que, como se sabe, tém uma tensdo de salda da ordem de 13,2 V ou mais. Com dois diodos em série compen- samos a queda de 0,7 V e ainda acres- centamos algo em tomo de 1,4 V para obter na saida uma tens4o um pouco maior do que os 13 V, mais préxima da exigida pelos equipamentos alimen- tados por baterias de carro. New Circultos Praticos A partir de agora veremos projetos praticos de fontes analdgicas que o leitor pode montar com faciidade para as mais diversas aplicacdes. Muitos desses projatos ja foram montados por centenas de leitores das revistas Saber Eletronica e Eletrénica Total, pois foram publicados nas mesmas nos titimos anos, Lembramos que 0 leitor deve ter experiéncia na montagem desse tipo de circuito, principalmente no caso das fontes de altas correntes que exigem cuidados especiais no desacoplamento e na esco- tha dos componentes, além da dissipago apropriada de calor. 4.4 - FONTE SIMPLES DE 6/12 V A maioria dos projetos eletrénicos que envolvem 0 uso de transistores e circuitos integrados pre. cisa de tens6es de 6 e 12 V. Uma fonte simples que forneca estas tensdes é, entéo, algo que todo montador, projetista ou reparador de circuitos deve ter em sua bancada. ‘A fonte simples que apresentamos agora ndo é regulada e pode ser usada em muitos projetos no criticos, projetos esses que possam funcionar com tenses nao reguladas, em torno de 6 ou 12 V com boa faixa de tolerancia. Esta fonte ndo é regulada, o que significa que na saida de 6 V, na verdade, a tensao poderé estar entre 6 Ve pouico mais de 8 V e da mesma forma, na saida de 12 V poderd ter entre 12 Ve 15 V ou pouco mais, dependendo do consumo do aparelho alimentado, Se os aparelhos a serem alimentados nao forem criticos, aceitando estas variagdes, a fonte podera ser utilizada'sem problemas. A filtragem é boa, dada por um capacitor eletrolitico de 1 000 11F, e a monitoria do funcionamento € feita através de um LED comum. Eletrélise, projetos mecatrOnicos que envolvam pequenos motores, aquecedores, solendides € ‘outros dispositivos ndio criticos podem ser alimentados por esta fonte. Acorrente maxima disponivel na saida é de 500 mA ea tensdo de entrada depende apenas do transformador usado, Na figura 4.1 temos o diagrama completo desta fonte. Os poucos componentes usados ate podem ser soldados numa ponte de termi- +6/12¥ | nais conforme mostra a figura 4.2. ° Os diodos admitem equivalentes © 0 transformador tern enrolamefito secundario de 6 V+ 6 V (com tomada central), com 500 mA ou mais de corrente. <1 © enrolamento primario deve ser de 711020 xF | acordo com a rede de energia, ou seja, ae 110 V ou 220 V. ee ov Para experimentar a fonte, 6 sé liga-la 5 e medir a tensfio de saida alimentando Figura - 4.4 uma lampada de acordo com essa mesma 35 Fontes de Alimentagao —_ ae co jst a y oO $2 ep Dy De Ry A +8 i2v > cd 03 Da ie, ov Figura - 4.2 Serd interessante identificar as saidas com fios ou bomes de cores diferentes, por exem- plo, 0 vermelho para 0 positivo e o preto para 0 negativo. Se a tenséo cair muito ao se alimentar algum aparelho, o que pode ser notado por queda acentuada do brilho do LED, @ porque este aparelho tem maior consumo do que a fonte pode suportar. Desligue-o e nao use o com esta fonte. 4.2 - FONTE SIMPLES COM REGULAGEM A ZENER (3 A 12 VX 30 mA) Descreveremos uma fonte de alimen- taco simples, ideal para alimentar apare- thos de baixo consumo que normalmente empregam pilhas. Podemos dizer que se trata de um eliminadot de pilhas econd- mico. © uso do transformador garante seguranga ao circuito, isolando-o da rede de energia. 36 F uma, Lista de Material Semicondutores: Dj a Dg - 1N4002 - diodos de silicio LED - LED vermelho comum Diversos: S} - Interruptor Simples S9 - Chave de I pélo x 2 posi- ges Cj - 1000 uF x 25 V- capacitor eletrolitico Ty - Transtormador - ver texto Ry - 1 kQx 1/8 W- resistor - matrom, preto, vermelho Ponte de terminais, cabo de forga, caixa para montagem, garras ou bores para a saida, fos, solda, ete. tensdo de saida. Um multimetro comum pode ser empregado para se fazer a medida da tensdo fornecida. Para usar, observe sempre a tensdo de saida e a polaridade. Noy 2200 500mA iNaoo2 woo RS (*) Ver tabela Figura - 4.4 Podemos moni-la nuima pequena caixa com um plugue para adaptar ao aparelho alimentado ou ainda com bornes para conex.io, se ela for usada na bancada, como mostra a figura 4.3. Na figura 4.4 temos o diagrama completo dessa simples fonte. Como sao usados poucos componentes, ela pode empregar uma pequena ponte de terminais como chassi, conforme mostra a figura 4.5. ( transformador e 0 diodo zener, assim como o resistor R sao fungGes da tensao de saida dese- Jada, conforme a seguinte tabela: Tensao de saida Transformador Diodo zener Resistor R av 5+50u6+6V 3.V x 400 mw 1009x1W. 75+75V 3V x 500 mW 150: 2x 1W 9+9V —__|3vxsoomw | 1800x1W ; 124+ 12V, 3Vx1W 1502 x2W 5+5Voue+6V V7 ou 4V5 x400 mW | 47x 1W 9F9V 4V7 ou 4V5 x 400 mW | 1002 x 1W : 75+TSVouS+OV | 6VxIW 1200x2W. 124 12V 6Vx1W 2209x2W 12+12V oVx iW, 270 0x2W 12+ 12V 12Vx1W 47 Ox2W Acorrente de secundario do transformador pode ficar entre 50 mA e 300 mA. Evidentemente, a Corrente maxima de saida desta fonte simples nao sera a corrente do transformador. Se for notada queda acentuada da tensao na saida quando alimentar algum aparelho, é sinal que ‘ele consome mais do que a fonte pode fornecer. Lista de Material | cadores Z, - Diodo zener - ver tabela Cj - 1000 uF - capacitor eletro- litico - ver texto 1 - Transformador - ver tabela R| - Resistor - ver tabela F - Fusivel de 500 mA S| - Interruptor simples - opcio- nal Diversos: Ponte de terminais, cabo de forga, suporte de fusivel, caixa para montagem, fios, solda, etc. Dy, D2 - 1N4002 - diodos retifi- | a 7 ee ee ee ee dee: ee tee Fontes de Alimentaya0 7 1000 pF igo 20V © capacitor deve ter uma tensao de trabalho de 12 V para transformadores até 7,5 V; 16 V para os tipos de 9 V; e 25 V para os de 12 V. 4.3 - FONTE SIMPLES SEM TRANSFORMADOR (3 A 12 VX 20 mA) Para aplicagbes em que 0 isolamento da rede de energia no @ importante pode-se economizar o transformador, que @ um componente caro, pesado e volu- moso. Em seu lugar aproveita-se a reatancia capaciiva de um capacitor de poliéster de boa qualidade para fazer a redugdo da tensao da rede de energia. © projeto que apresentamos pode operar tanto na rede de 110 V como 220 V, e fornece uma corrente até 20 mA. A tensdo de saida depende unicamente do diodo zener usado, ficando entre 3 V & 12 V. Tens6es menores podem ser obtidas ‘com uma referéncia formada por diodos ‘comuns, conforme ilustra a figura 4.6. Cada diodo fomece uma tenséo da ordem de 0,6 V, quando usado como referéncia, Assim, para 2,4 V basta colo- car 4 diodos em série. Um LED também pode ser utili- zado como referéncia de 1,6 V para os tipos vermethos. Para os tipos amarelos e verdes a referéncia sera de 1,8 Ve 2,1 V respectivamente conforme exibe a figura 4.7. Evidentemente, como se trata de fonte que nao eta isolada da rede de energia, ela nao deve ter partes expostas, nem os aparelhos que vao ser alimen- tados. Pequenos radios, calculadoras relégios sao alguns dos aparelhos que podem ser alimentados por esta fonte. Na figura 4.8 temos 0 diagrama com- pleto dessa simples fonte. ‘Sua montagem nao exige mais do que uma pequena ponte de terminais para servir de suporte para os componen- tes, conforme aprasenta a figura 4.9. Lista de Material Dy a Dg - 1N4004 - diodos de silicio Cy - Capacitor de poliéster - ver tabela c texto Z, - Zener de 3.012 Vx1W ~ conforme tensao de saida dese- jada ‘Cp - 1000 uF - capacitor eletro- itico - ver texto F| - 500 mA - fusivel Diversos: Ponte de terminais ou placa de cireuito impresso, cabo de forga, suporte de fusivel, fios, solda, caixa para montagem, etc. Figura - 4.10 E claro que se 0 leitor tiver recursos para ‘laborar placas de circuito impresso, poderé usar 0 padrao da figura 4.10 como referéncia. 0 componente deste projeto é 0 capacitor, que deve ter valores ¢ tensdes de trabalho ‘onforme a sequinte tabela. Deve ser usado um capacitor de poliéster de boa qualidade’ 0 fusivel de entrada é importante para proteger 0 circuito, dado que se 0 capacitor entrar em Tensio de Entrada | Corrente Maxima de Saida | Capacitor (tens&o minima) 110/120 V 15 mA 390 nF x 200 V 110/120 V 20mA. 470 nF x 200 V se r 110/120 V {yx 200 V .. 220/240 V 220 nF x 400 V ie 5 2 270 nF x 400 V 470 nF x 400 V turto, é preciso que a alimentagao seja desligada imediatamente. capacitor eletrolitico deve ter uma tensao de trabalho um pouco maior do que a desejada na ‘s#ida, Por exemplo, para uma saida de 6 V, use um capacitor de 12'V ou 16 V. Qcircuito cabe numa pequena caixa do tipo eliminador de pilha ‘plugavel” na propria rede a partir de qualquer tomada comum. 4.4 FONTE FIXA COM TRANSISTOR: 6/9/12 V X 500 mA/1A __Usando um nico transistor como regulador e tendo por referéncia um diodo zener, podemos slaborar uma simples, porém eficiente, fonte para alimentar aparelhos de 6 a 12 V com correntes até 1A, dependendo da verso escolhida 39 eee re ek ee gee ee Fontes de Alimentagiio Nesse circuito, o transformador abaixa a tensdo da rede de energia, a qual é retificada por Dy € Dp, para depois ser filtrada pelo capacitor eletrolitico. ‘ ‘A regulagem ¢ feita por uma etapa contendo um diodo zener e um transistor de poténcia. Em fungao desses componentes e do resistor Ry temos a tensdo de saida e a corrente maxima, conforme a seguinte tabela: Tensao Corrente | Transistor usado Zener Resistor Ry ‘Transformador de Saida | (maxima) 6V. 500 mA | BD195/137/139 _|6V x 400 mW | 270 Ox 4W [7,5 +7,5 Vx 500 mA 6V 1A TIP31A/BIC 6 Vx 400 mW 2202 x1W |7,5+7,5Vx1A 6V_ | 500 ma | BD135/136/137_|6V x 400 mW |3309x1W [9 +9V x 500 mA 6V TIPSVABIC 6Vx 400 mW | 2700x1W|9+9Vx1A 6V BD135/137/139 | 6 V x 400 mW 470. QO x W 112+ 12 V x 500 mA 6V TIP31/A/BIC GVx400 mW |3900x1W|12+12Vx1A gv BD135/136/137 ‘V1 x 400 mW | 2202 x 1 W 19 +9 Vx 500 mA ov TIPST/A/BIC SV1.x 400 mW | 1502x 1W [9+9Vx1A av BOOmA | BD135/136/137 | 9V1x 400 mW] 220 Ox 1 W |12 + 12 Vx 500 mA [ev TA_| TIPS1/A/BIC OV1x400mW|270Qx1tW|12+12Vx1A | fav | 00m} BD135/136137 [12 V x 400 mW] 220 0 x1W [12+ 12 Vx 500 mA 412V 41A_| TIPSV/ABIC 12 Vx 400 mW | 180 2x 1W [12+ 12Vx1A . Lu Em todos os casos, sé for utiizado 3) ie 1Né002 tp a1m0135 um transformador com secundario de + 4,Vec | corrente menor que a maxima esperada, o- | essa sera a corrente obtida da fonte. C2 Na figura 4.11 temos o diagrama ~ fl Teo | completo dessa fonte. Boren Diversas sao as técnicas que podem ser aplicadas para a montagem. Se (= Verte e tobeia MO? for usada placa de circuito impresso, 0 padrao da figura 4.12 pode servir de base. © capacitor Cy deve ter tensao de trabalho de pelo menos 50% da tensdo do secundario do transformador usado. © transistor deve ser dotado de um bom radiador de calor. Observe que a disposicdo dos termi- nais dos transistores da série BD é diferente da série TIP. Para mais informagées sobre esses componentes veja as seg6es finais deste livro. Lista de Material Ry - Resistor conforme versio - ver tabela a - BD135 ou TIP31 - conforme corrente - ver |21 - Ver tabela tabel la Tj - Transformador - ver tabela Dj, D3 - 1N4002 - Diodos retificadores de sili- |S1- Interruptor simples cio 3 F - 500 mA- fusivel Cy - 1 000 pF - capacitor eletrolitico - tensio de | Diversos: Ponte de terminais ou placa de eir- trabalho conforme transformador - ver texto _|Cuito impresso, cabo de forga, radiador de Cy 100 uF - capacitor eletrolitico - tensio _|alor para o transistor, suporte para o fusivel,| pouco maior do que a da saida da fonte, caixa para montagem, fios, solda, etc. 40 Ces Tudo isso significa que, mesmo | YE controlando cargas de pequena potén- | “SE" Fonte Mosma ee cla, precisamos usar reostalos de boa | “mV poténcia disspada aoe he dissipagao ou capacidade de corrente, Reostatos nada mais séo do que potencidmetros com apenas dois terrni- nais usados, e nas aplicagbes praticas Figura 4.24 Figura 4.23 podemos colocar potenciémetros de 30 Newton C. Braga fio com boa dissipagao. Dessa forma, ya6y na figura 4.25 vernos como é possive! os ae ee, usar um potenciémetro de fio de 50 2 x 500 Coneaay 5 W para controlar um pequeno motor 5W \7 100 mA de corrente continua que nao exija mais ee eee do que uns 100 mA. oY: | Para poténcias maiores, 0 uso do reostalo de forma indicada nao é reco- Figura 4.25 mendavel. USANDO TRANSISTORES Lembrando através da figura 4.26, a curva caracteristica de um transistor tem duas regides importantes: uma em que ele opera como chave @ outra que ele opera como amplificador, ou sea, no modo linear. Se trabalharmos com um tran- sistor no setor linear de sua curva caracteristica podemos controlar com preciso a corrente que passa atra- vyés dele e de uma carga ligada em série, tudo isso a partir de uma cor- rente muito menor que aplicamos & sua base, conforme ilustra a figura 427. Como um transistor de poténcia pode controlar correntes intensas, oh podemos usar uma corrente muito menor para controlar correntes maio- | Saturado Tes. Essa corrente de controle pode set suficiontemente baixa para que aeae um potenciémetro comum a suporte Se =n = sem problemas. Levando isso a pratica podemos ter um controle de poténcia para carga s | de corrente continua com facilidade, | SE" cone if correrte ae ‘usando um potencidmetro de baixa | == petit poténcia e um transistor para fazer 0 J “trabalho pesado” Chegamos entao a um primeiro {ipo de controle linear de poténcla, que Figura 4.27 @exibido na figura 4.28. pie ee Esse circuito faz uso de um tran- sistor NPN de poténcia que pode ser 0 BD135 para cargas de até 500 mA, o TIP31 para cargas de até uns 2 A ou o 2N3055 para cargas de até 4 ampéres. Para os transistores BD135 e TIP31 podemos colocar um potenciémetro de fio de 1 k ohms para controlar a velocidade de cargas com tensoes de até uns 12 V, Para o 2N3055 precisamos utilizar um polencidmetro de fio de 470 2 para controlar cargas com tensdes de até 20 V. Empregamos potencidmetros de fio, pois em condigbes de menor resisténcia, mesmo sendo a corrente de base SI Pr eer eee RL Fontes de Alimentagao menos intensa do que a exigida pelo motor, ela ainda provoca certo aque- Ent cimento do componente. Um poten- ee apis | cidmetro de carbono (grafite) poderia Tip at aquecer-se demais em um circuito como o indicado. z20a aati eee Veja que em todos os casos, os me transistores deverdo estar montados ovo— a ‘em bons radiadores de calor. | : Ofuncionamento deste controle é | Figura 4.28 simples de entender: \___________________1_ ‘Quando cursor do potenciéme- {ro esta ao lado do emissor do transis- tor, a corrente em sua base ¢ praticamente nula © ele permanece no corte, ou seja, ndo conduz a corrente. E a condigao de poténcia minima do controle. ‘A medida que deslocamos 0 cursor em diregao ao resistor Ry. a corrente de base aumenta sua- vemente @, com isso, aumenta a corrente no coletor do transistor, mas de forma multiplicada, ‘Acorrente de coletor seré tantas vezes maior que a corrente de base, quanto for 0 ganho do transistor. Este aumento de corrente segue até 0 ponto em que ocorre a saturagao do transistor, veja 0 grafico da figura 4.29. 6at2v at Pi Na situago ideal, 0 resistor Ry deve ser calculado para que esta saturagao ocorra no extremo (maximo) do movi- mento do potenciémetro, mas na pratica nem sempre isso é possivel, pois os tran- Giro | sistores variam muito de ganho mesmo de | enlre os do mesmo tipo (com a mesma P, | numeragao) Ths Spm 100%: Assim, o melhor nestes projetos, é que depois de montado, o proprio leitor Figura 4.29 verifique 0 ponto em que acontece a = saturagéio, Se for antes do maximo do giro do potenciémetro, aumente Ry @ se no ocorrer mesmo quando ele chegar a0 fim, diminua Ry Este mesmo circuito pode ser ela- a Y Saturagto — 3a16V 36/T1PS aioe borado com transistores PNP adqui- ie QUT EOES 00 rindo entéo a configuragao apresentada 470 ma tisy a figura 4.30. A ae O transistor pode sero BD136 para 500 mA, TIP32 para 2 A ou TIP2955 Figura 4.30 para 4 ampéres. Valem as mesmas consideragdes que fizemos para os cir- cuitos com transistores NPN. CIRCUITOS DARLINGTON Para podermos controlar as correntes elevadas de motores e outras cargas a partir de correntes ainda menores, podemos associar diversos transistores e @ configuragao mais comum é a denomi- 52 Newton C. Braga nada Darlington. Na figura 4.31 temos 9 modo de conectarmos dois transis- tores NPN para obtermos uma etapa amplificadora Darlington. Este circuito se comporta como um tinico transistor, cujo ganho seja o produto dos ganhos dos transistores usados, ‘Simbolo Por exemplo, se Qj tiver ganho OE (Emissor) 200 @ Qs tiver ganho 50, o ganho do Circuito sera 50 x 200 = 10.000, ou seja, Figura -4.31 ele se comportaré como um tinico tran- | sistor de ganho 10.000. Assim, para termos um controle linear de poténcia usando um citouito como este, basta agregarmos © dispositive de controle, que pode ser um potencidmetro de valor bastante alto, observe a figura 4.32 Um potenciémetro de 10.000 9, como 0 usado no circuito desta figura deixa passar uma corrente de apenas 1 mA quando alimentado com 10 V. ‘Comestacorrente, e com os tran- sistores proporcionando um ganho de pelo menos 1.000 vezes, pode- mos controlar uma carga de até 1 ampére (1.000 x 0,001 = 1 A). Veja que nestas condigSes nao precisamos mais de um potenciéme- tro de fio no controle,Um potencio- metro. comum de baixa dissipagao (carbono) serve perfeitamente. Para 0 circuito mostrado, com Figura - 4.33 transistores 8C548 e TIP31 podemos po controlar cargas de até aproximada- mente 2 ampéres, sem problemas, Transistores como 0 TIP41 em lugar do TIP31 podem controlar correntes ainda maiores. ‘Amesma configurago pode ser elaborada com transistores PNP, conforme ilustra a figura 4.33. TRANSISTORES DARLINGTONS Para 0 leitor que deseja usar esta solugdo no controle linear de motores e outras cargas existe uma alternativa interessante. Ha componentes que, na verdade, sao formados por pares de transistores | ligados na configu- ago Darlington, disponiveis num involucro Unico, Estes componentes s8o chamados “transistores Darlington” e tém tipicamente o circuito equiva: lente ¢ 0 simbolo, mostrados na figura 4.34 ATexas Instruments fabrica uma série importante de transistores Darlington de boa poténcia, que sio ideais nao s6 para controles lineares de poténcia como para outras aplicagdes. Veja no final do livro. 33 Fontes de Alimentagio Na figura 4.35 mostramos, entdo, controles lineares de poténcia com c transistores TIP da Texas que podem jc ser NPN ou PNP. B B As tabelas apresentadas a seguir dao as caracteristicas dos transisto- Ry Ro B res que podem ser utilizados nestes aed FS See circuitos: Circuito equivalente Figura - 4.34 Darlingtons NPN Tipo Corrente Maxima (A) | Tenso maxima entre Ganho (he) coletor e emissor (Vceo) - (V) TiPTIO 80 7000 TPT 80 7000 TIPI12 100 1000 “TiP120_ | is 60 7000 TIP121 ~80_ 7000 TIP122 100 4000 TIP140_ 60 1000 TIP141 80 1000 TIP142 100 1000 Darlingtons PNP Tipo Corrente Maxima (A) | Tensdo maxima entre Ganho (hpg) TIPH15 2 41000 [ne116 | 2 1000 TIPt7 2 1000 Ba 1000 5 1000 een 40 10. 10. OUTRAS CONFIGURACGES Os transistores bipolares comuns podem ser empregados em outras configuragSes para 0 con- trole linear de poténcia como, por exemplo, na velocidade de motores de corrente continua. 54 Newton C. Braga Figura - 4.35 (+) Ver tabela Uma possibilidade de uso de tran- sistores complementares (um PNP e um NPN) 6 mostrada na figura 4.36. Nesta configuragéo, 0 transistor NPN (que pode ser um BC548) con- {rola a corrente de base de um PNP de poténcia (um TIP32, por exemplo). O ganho desta etapa 6 aproximadamente 0 produto dos ganhos dos tran: usados. 4.10 - FONTE REDUTORA TRANSISTORIZADA DE 12 PARA 9 OU 6 V PARA O CARRO (I) 47k a 100 ka Um circuito de grande utilidade & 0 ilustrado na figura 4.37 que permite ligar aparethos elétricos e eletrénicos com até 1 Ade consumo numa tomada de acendedor de cigarros de 12 V de carro. © circuito consiste basicamente em um simples redutor com diodo zener ¢ transistor do tipo série, com uma boa capacidade de corrente, pos- sibilitando assim a aplicagao indicada. ‘A montagem pode ser feita com base em ponte de terminais ou placa de circuito impresso e como 0 cir- (+) Vertexto Figura - 4.37 cuito @ bastante compacto, pode ser instalado em uma caixa plastica com plugue tipo acendedor de cigarros de um lado (12 V) e do outro um plugue de adaptador, conforme exibe a figura 4.38. O transistor deve ser montado num radiador de calor. Mais adiante, neste mesmo livro, daremos adaptadores equivalentes usando circuitos integrados regulado- res de 3 terminals. Lista de Material Q; - TIP31 (A, B ou C) - transistor NPN de poténi F - Fusivel de 2A Z -6,6/ 6,8/ ou 10 V - 1 W- diodo zener Rj -470.0.x % W - resistor - amarelo, vio- Jefa, marrom Cy - 100 pF x 16 V - capacitor eletrolitico Diversos: Ponte de terminais ou placa de circuito impresso, caixa para montagem, adaptador para acendedor de cigarros de carro, adaptador para o aparelho alimentado, radiador de calor para o transistor, fios, solda, etc. 3s Fontes de Alimentagao (+) vertexto Figura - 4.39 ‘Observamos que a fenstio sem carga (em aberto) 6 a tenso de pico do secundério do transformador, ou seja, um valor bem mais alto, 0 qual pode chegar aos 18 V no caso dos transformadores de 12 V. Assim, para operacionais que tenham tenses maxi- mas de 15 V deve ser usado um transformador com, no maximo, 9 V de secundario. Acorrente maxima dessa fonte ¢ dada pelo transforma- dor. Para essa configuracao recomendamos uma corrente maxima de 500 mA, Os capacitores devem ter tensdes de trabalho pelo menos 2 vezes maior que a tenséo do secundario do trans- formador usado, pois eles carregam-se com a tensdo de pico. A segunda fonte tem uma regulagem por diodos zener 6 vista na figura 4.40, 56 4.11 - FONTES SIMETRICAS ‘SIMPLES As fontes simétricas so ampla- mente empregadas na alimentacdo de circuitos que fazem uso de ampli- ficadores operacionais e comparado- res de tenséo. Essas fontes geram uma tenso negativa e uma tensao positivas, de valores iguais em rela- ‘go a uma referéncia (terra ou 1 V). As tensées tipicas dessa fontes variam entre 3 @ 12 V e as correntes ‘so baixas, a ndo ser que os circuitos tenham etapas de poténcia. Essas correntes estdo na faixa de 10 a 500 MA, tipicamente, Asseguir damos dois circuitos de fontes simétricas simples, uma sem regulagem @ outra com regulagem por diodo zener, as quais podem ser utilizadas na maioria das aplicagSes menos criticas que usem amplificado- res operacionais ¢ comparadores de tensao. A primeira tem 0 circuito mostrado na figura 4.39, podendo ser emprega- dos transformadores de 5 +5, 6 +6, 7,5 +7,5,9+9Veaté 12+ 12 V conforme a tensdo desejada na saida, Lista de Material Dj, D> - 1N4002 - diodos retifi- cadores de silicio T) - Transformador - primario de acordo com a rede local, secun- dario - ver texto Cy, C2 - 1.000 pF - capacitores eletroliticos - ver texto Sy - Interruptor simples Fj - 500 mA - fusivel Diversos: Placa de circuito impresso ou ponte de terminais, cabo de forga, suporte para fusivel, caixa para montagem, fios, solda, etc. Newton C. Braga A corrente maxima dessa fonte & menor, da ordem de apenas 50 mA, e a tensdo sera fixada em dois valores mais usados: 6 e 12 V. Para oulras tensées, © zener e os resistores devem ter seus me valores alterados. A figura 4.41 mostra como pode- mos obter uma fonte simétrica usando Fy um transformador com secundario sim- s00mA Ty ples. Veja que, para um transformador. com 12 V de secundario, a fonte obtida sera de aproximadamente 6 + 6 V. Figura - 4.40 Lista de Material Dy, D2 - 1N4002 - diodos retifica- dores de silicio Zj, Zp - 6 ou 12 Vx IW - diodos zener conforme a tensio de saida desejada Cy, Cp - 1000 pF x 25 V- capaci- tores életroliticos C3, C4 - 100 pF x 16 V - capacito- res eletroliticos Ry, Rp - 22 2x 1 W- resistores - vermelho, vermnelho, preto para 6 Vou 102x 1 W- marrom, preto, preto, para 12 V T, - Transformador com 12 V + 12 V de secundério de 50 mA a 300 mA - primério conforme a rede de energia $1 - Interruptor simples F} - 500 mA - fusivel Diversos: Placa de circuito impresso ou es ponte de terminais, caixa para montagem, fios, solda, cabo de forga, ete. N 4.12 - FONTE SIMETRICA TRANSISTORIZADA FT 500 ma Usando reguiadores transistor zados com transistores NPN ¢ PNP podemos elaborar uma fonte simé- {rica de melhor desempenho para cor- Figura - 4.42 rentes de saida até 500 mA. 37 Fontes de Alimentagao ‘Afonte ilustrada na figura 4.42 tem uma tensdo de saida que € determinada pelos diodos zener. Os resistores Ry e Ro tém seus valores dependentes da tensdo do diodo zener conforme a seguinte tabela: Tensao de saida ‘Transformador (secundario) Ry, Ro Diodo Zener 6+6V 75+75V 1502x4/2W | 6,6 Vx400 mW 6+6V 9+9V 2702x%W_ | 6,6V x 400 mW 6+6V 124 12V 3902x%W_ | 6,6Vx 400 mw g+ov | 12+12V 220Qx%W_|_9,8Vx400 mW. 9+9V 15+ 15V 470Qx%AW | _9,8Vx400mW 12+ 12V 15+ 15V 2702x%W_| 12,6Vx 400 mW menor. Acorrente recomendada de secundério para o transformador é de 500 mA, mas se forem usados transformadores menores, a fonte também funcionaré embora fornecendo uma corrente maxima Na figura 4.43 temos uma sugestdo de placa de circuito impresso para essa fonte. Newton C. Braga LED indicador em paralelo com as saidas pode ser agregado para indicar o funcionamento. ‘em série com esse LED sera de 470 ohms para a fonte de 6 V, 560 ohms para a fonte de ista de Material C3, C4 - 10 uF - capacitores eletroliticos C5, C6 - 100 LF - capacitores eletroliticos Qj -BD135 - transistor NPN de média Tj - Transformador com primario de encia acordo com a rede de energia e secundario 9) - BD136 - transistor PNP de média potén- | con forme tabela F} - 500 mA - fusivel Zp - Diodos zener de 400 mW - con- S| - Interruptor simples tensio de saida - ver tabela Diversos: {,Dp - IN4002 - diodos retificadores de | Placa de circuito impresso ou ponte de ter- LS minais, radiadores de calor para os transis- Rj, Ro - ver tabela - conforme tensio e trans- | tores, suporte para o fusivel, cabo de forga, caixa para montagem, fios, solda, ete. - PROTECAO PARA FONTES COM RELE tipo simples de protegao de fonte com relé, e que pode ser agregada a praticamente qualquer de fonte, ¢ a mostrada na figura 4.44. Oresistor R ligado entre o catodo e a comporta do SCR determina a sua corrente de disparo. 05 SCRs da série TIC106 temos tens6es de disparo que esto tipicamente entre 0,8 @ 1,0 |. para calcular o valor do resistor basta dividir essa tensao pela corrente de disparo. Por para uma corrente de 2 A, 0 resistor serd de 0,6 2, utilizando-se 0 valor comercial mais que 6 0,47 2. Uma dissipagao de pelo menos 1 W é Lista de Material Saida SCR - TIC106 - SCR para qual- quer tensfio K; - Relé conforme a tensio da fonte R- resistor - calculado conforme acorrente de disparo Ry - 470 Qa 1 kQ x 1/8 W resis- Leo tor conforme a tensito da fonte OV LED =D vermelho comum Divers Placa de circuito impresso, fios, solda, etc. Figura - 4.44 Fontes de Alimentagao recomendavel. Quando 0 SCR dispara, o relé fecha seus contatos acionando um dispositivo de aviso e ao mesmo tempo cortando a corrente de saida da fonte. Para rearmar a fonte basta desliga-la por um momento, depois de remover @ causa do disparo, e ligé-la novamente. relé usado deve ter contatos que suportem a corrente da fonte. Considerando que ha uma queda de tenstio da ordem de 2 V no SCR em conducdo, 0 relé deve ser capaz de fechar sous contatos com a tensao disponivel menos esse valor. Como o circuito ligado depois da etapa de retificacao, no ha problema em usar relés com a tensao do secundario do transformador empregado. 4.14 - PROTECOES CROWBAR ‘Um dos circuitos de protegao que 0 leitor deve aprender como funciona, pela sua importancia em muitos equipamentos industriais e de laboratbrio, ¢ 0 crowbar ou “pé-de-cabra” pela sua analogia com a ferramenta em forma de alavanca. Forcando a queima de um fusivel de forma répida, ele corta a alimentagao de uma carga antes que 0 excesso de corrente possa Ihe causar danos. Veja neste item como funciona 0 circuito de protegao crowbar e como projeté-o. A PROTECAO CROWBAR Um fato que pode acontecer num equipamento com problemas é que, quando a anormalidade de funcionamento se manifesta, a subida da intensidade da corrente até o ponto em que o fusivel queima élenta. No intervalo de tempo que decorre desde a manifestacao do problema até o ponto em que 0 fusivel queima podem ocorrer sérios danos no equipamento alimentado. Para se evitar este problema, acelerando a queima do fusivel quando o problema se manifesta, existem os circuitos crowbar. Conforme mostra a figura 4.45, quando a anormalidade surge, um circuito sensor: acelera 0 cres- cimento da corrente no circuito, praticamente colocando-o em curto, de modo que co fusivel queima-se rapidamente evitando maiores problemas para os componentes. Podemos comparar 0 efeito deste circulto a uma alavanca ou “pé de cabra” que interrompe rapi: damente o circuito em caso de excesso de corrente, mesmo que este excesso seja apenas um pouco maior que limite previsto e que, por isso, faria com que o fusival no tivesse uma agao suficiente- mente rapida. © nome crowbar em inglés, designa a ferramenta que conhecemos como pé-de-cabra COMO FUNCIONA O circuito crowbar basico consiste numa chave que acionada por um circuito sensor de corrente conforme | + voco——=}— ilustra a figura 4.46. Fusivel A chave é ligada de tal forma que ‘cts ‘Sensor Sa ao ser acionada, coloca em curto 0 circuito de modo a provocar a rapida queima do fusivel. Desta forma, o cir- cuito sensor que aciona a chave pode ser programado para ter uma ado Figura - ovo See 45 60 Newton C. Braga muito rapida quando a corrente no Circuito ultrapassar um valor progra- mado. Achave pode ser mecanica como, por exemplo, os contatos de um relé, ‘0u de estado sélido como um SCR ou mesmo um TRIAC Como a agiio de colocar em curto Retificador cinta © provocar a queima do fusivel é + filtro: alimentado muito rapida, até mesmo SCRs de cor- rentes relativamente baixas podem ser usados na protegao de circuitos de cor- rentes mais elevadas. Qs circuitos crowbar sao Uteis na protegao de maquinas industrials, fontes de alimentacao, e diversos outros equipamentos que possam ser sensiveis elevagao da corrente. CIRCUITOS PRATICOS CROWBAR Damos a seguir alguns circuitos praticos para implementagao de protegao crowbar, a qual pode ‘ser implementada na maioria das fontes descritas neste livro. 4.14.1 - CIRCUITO COM TRANSISTOR Na figura 4,47 temos um primeiro circuito crowbar simples que faz uso de um transistor e de um rel. O resistor R é calculado para que, com a corrente programada, leve © transistor a condugao @ Fy ae eee Ao circuito com isso ao fechamento dos con- c alimentado tactos do relé. Nestas condigdes, © relé coloca momentaneamente em curto 0 circuito que alimenta oy a carga provocando a queima do (BC 548, ta fusivel Fy 80 138, etc.) O relé deve ter uma bobina de acordo com a tenséo de alimenta- 0 do circuito e uma bobina de até 100 mA para o transistor indi- cado, Os contatos do relé devem ser capazes de suportar a corrente elevada instantanea que vai circular pelo circuito na condigao de curto-circuito. R € calculado para pravocar uma queda de tensao da ordem de 0,7 V com a corrente de disparo do sistema de protegdo. Aformula sera: R=0,7/1 Onde: R € a resisténciaem 2 1 a corrente em ampéres. Vo. _ Figura - 4.47 Fontes de Alimentagio Por exemplo, para uma corrente de 2 amperes temos: R=0,7/2=0,35 2 Adissipagio sera dada por: P=Rxi Para 2 ampéres temos: [P=0,35x2x2| P=14W Na prética, usamos um resistor com pelo menos 0 dobro desta capacidade de dissipagao. ‘Observamos que os valores indicados nao sao exatos, pois os transistores na verdade comegam a conduzir entre 0,6 e 0,7 V, 0 que significa que 0 ideal é pré-ajustar este circuito fazendo testes & escolhendo 0 melhor valor de R nas proximidades do valor calculado, 4,14.2 - CIRCUITO COM SCR Na figura 4.48 apresentamos um outro circuito em que usamos um SCR para colocar diretamente em curto a linha de alimentagao da carga. Quando a corrente atinge 0 valor que provoca sobre R 0 aparecimento da tensdo de disparo do SCR, ele conduz colocando em curto a linha de alimen- tagdio e com isso provocando a queima rapida do fusivel valor do resistor R é caloulado da mesma forma que no caso do transistor ‘com a diferenca de que em lugar dos 0,7 V da tensdo de disparo, nos SCRs 448 comuns ela pode variar entre 0,7 © 1,2 V : = conforme o tipo. ‘Também recomendamos que o proje- igo de valores para o SCR utilizado especificamente no seu tista faga antes os testes de deter caso. O SCR deve ser capaz de suportar a tens&o de alimentagao do circuito na aplicagao e ter uma corrente de pico maior do que a necessaria a queima do fusivel. ‘Veja que nao seré preciso montar o SCR num dissipador de calor, visto que a corrente vai circular através dele por um intervalo muito pequeno de tempo. 4.14.3 - CIRCUITO COM SCR E RELE Podemos usar um SCR de corrente relativamente pequena para disparar um relé que tenha cor- rentes de contato mais elevadas em um circuito de protegao crowbar. Na figura 4.49 mostramos como isso pode ser feito. O resistor R deve ser calculado da mesma forma que nos casos anteriores. 62 Newton C, Braga Devemos ainda considerar que em um SCR em condugao ocorre uma queda de tensdo no sentido direto da ordem de 2 V, © que deve ser compensado na escolha do relé colocado na apli- cago, principalmente se ela for inferior a 12 V. ‘Abobina do relé utilizado pode ter correntes entre 50 mA @ 500 mA. 4.14.4 - CIRCUITO PARA CORRENTE ALTERNADA Na figura 4,50 temos um circuito de protegao usando SCR para opera- 0 numa rede de corrente alternada com tensdes a partir de 12 V. © resistor R é calculado da mesma forma que nos casos anterio- res. ‘Também devemos considerar que além dos 0,7 V a 1,2 V de disparo do ‘SCR, temos ainda que vencer a pola- rizacdo direta do diodo 1N4002. Deve ser somado ao valor entre 0,7 e 1,2 V mais 0,7 V da condugao do diodo para o calculo de R.Tipicamente teremos: Onde: R é a resistencia em 2 | 6a corrente desejada para o disparo, em amperes Dada a conducao muito répida do SCR, ele ndo precisara ser dotado de radiador de calor. Newion C. Braga Projetos de Fontes FONTES LINEARES COM REGULADORES INTEGRADOS "05 projetos praticos de fontes dados a seguir utilizam circuitos integrados como referéncias de " tenso, controle ou mesmo como reguladores completos. “Temos projetos com amplificadores operacionais, reguladores fixos e variaveis de 3 terminais ¢ ‘outros reguladores como o tradicional 723. 4.15 - FONTE DE 3 A 24 V X 3 ACCOM OPERACIONAL Na figura 4.51 temos 0 circuito de uma fonte de alimentago ajustavel que pode fornecer tensdes de salda de 3 a 24 V com uma corrente de saida maxima de 3 ampéres. O amplificador operacional pode ser 0 741 ou qualquer outro equivalente. ‘Amontagem dessa fonte deve ser feita de tal forma que os circuitos de referéncia fiquem em uma placa de circuito impresso, mas o transistor de poténcia seja instalado externamente em um bom radiador de calor. Na figura 4.52 observamos uma sugestéo de placa de circuito impresso para a montagem desse circuito. ‘Areferéncia para a tensdo de salda é dada por um diodo zener de 6,2 V. Essa tensao de referén- ia ¢ aplicada a uma etapa com trés transistores na configuragao Darlington para se obler uma boa corrente de saida. ( transformador deve ter secundario de 24 + 24 V com uma corrente maxima de 3 A. Os diodos sao 1N5402 ou equivalentes. Podem ser usados transformadores de menor corrente € Vs Rg 100 uF! 3A | 47k = Py 10ke Rs ka. Figura - 4.51 Fontes de Alimentagiio Lista de Material Cl; - 741 - circuito integrado Q) - 2N3055 - transistor NPN de poténcia Q) - BD135 - transistor NPN de média poténcia Q3, 04 - BCS48 - transistores NPN de uso geral Dj, D3 - [N5402 - diodos retificadores de silicio D3 - 1N4148 - diodo de silicio de uso geral Zj - 6,2 V x 400 mW - diodo zener Ry - 0,33 2x4 W - resistor de fio Rg, R3, Rg, Rg - 4,7 kx 1/8 W - resistores - amarelo, violeta, vermelho 66 Figura - 4.52 [Rg - 1 kQ x 1/8 W - resistor - marrom, preto, vermelho | Pj - 10 kQ - potencidmetro lin Cy - 22.000 uF x 40 V - capacitor eletrolitico C>- 100 uF x 30 V - capacitor eletrolitico Tj - Transformador com primario de acordo com a rede local e secundirio de 24 + 24 V x3A F -2A- fusivel 8} - Interruptor Diversos: Placa de circuito impresso, radiadores de calor pura Qy © Q9, caixa para montagem, cabo de forga, bornes de saida, suporte de fusivel, fios, solda, etc. imples ‘Newton C. Braga mesmo menor tensao, mas a tensdo e corrente maximas da fonte serao reduzidas proporcionalmente. Na verdade, o transformador deve fomecer uma tensdo de até 4 V acima da tenso maxima desejada na saida. © circulto possui um limitador de corrente formado por um transistor BC547 e um resistor de 0,33 ©. Esse resistor pode ser obtido pela ligagao em paralelo de trés resistores de 1 0. Afiltragem é excelente, sendo dada por um grande capacitor de 22 000 UF. 4,16 - FONTES DE 1 A COM REGULADORES 78XX (5 A 15 V) Os circultos integrados reguladores de tensdo de 3 terminais da série 78XX fornecem uma exce- F)__ente solugao para o projeto de fontes até 1A com tensdes de saida entre § e 15 V. Damos agora a configuragéo basica de fontes estabilizadas com esses reguladores, as quais podem ser usadas numa infinidade de aplicag5es em que se exija uma tenséo fixa, com excelente fegulagem e filtragem, para alimentagao de circuitos eletronicos. Esses circuitos integrados consistem em reguladores positivos de tensao ja contando com a refe- féncia interna, de modo que no exigem o uso de nenhum componente adicional em seus circuitos. s circuitos integrados da série 78XX podem ser obtidos basicamente em duas versoes, que S40 mostradas na figura 4.53. Na verso basica, temos um invé- lucro TO-220 para montagem em radia- Sala dor de calor e uma corrente maxima de Entrada 1 1 saida de 1A. A. — P8xx Ajuste 5) 7aLxx A versao 78LXX fornece uma cor- — J — Said rente maxima de 100 mA e nao pre TO-220 Entrada SOT-54 de dissipador de calor. O XX do compo- nente indica a tens&o que ele fornece Figura 4.53 na saida. Assim, para 0 7806 temos 6 V de saida e para 0 7812 temos 12 V. As tenses com que podem ser encontrados esses circuitos integrados so’ Tipo Tensiio de Saida E 7805 5v 7806 6Vv 7808 av 7612 12V 7815 15V 7818 16V 7824 24V Atensao maxima de entrada é de 35 V para os tipos até 18 V de saida e 40 V para 0 tipo de 2av. Na figura 4.54 exibimos 0 circuito de aplicagao tipico para uma fonte usando esses reguladores de tens de 3 terminais. ‘Atens4o do secundario do transformador @ escolhida de tal modo que tenha uma tensdo de enirada no Cl pelo menos 2 V acima da tensao desejada na saida i 67 Fontes de Alimentagao ( 000 uF Figui Lista de Material Clj - Regulador 78XX conforme tenstio de saida desejada Dj, Do - 1N4002 ou equivalentes - diodos retificadores de silicio Cy - 1 000 uF - capacitor eletrolitico - tensao. conforme secundério do transformador C3 - 10 pF - capacitor eletrolitico - tenstio um pouco acima da saida Entradao—————{ yaxx 78x 44002 mt xu 7AXx 01H) snsooe on fineies Een aa Dy Op 1N4002 TP aNet4s z Figura - 4.55. Entradao—— & 68 /-————o x-o6v xeTeV 0 xX+n 0.6 Um reourso interessante que pode epee ue sas SAE ser utilizado quando se desejar uma 31 ot oe Ber tensio levemente maior do que a for- N +Na002 wea necida pelo circuito integrado dispo- = = 10 mL nivel 6 a apresentada na figura 4.55. Fy Ty Dal Assim, como nao existe um regu- 00ma () 14002 1 lador da série 78XX para 9 V, pode- mos obter essa tensao a partir de um 7808 agregando dois diodos ao terminal de referéncia de modo que eles somem uma tensao da ordem de 1,2 V ao circuite. T} - Transformador - primario conforme rede de energia e secundario conforme tensio de saida F] - 500 mA - fusivel S| - Interruptor simples Diversos: Placa de circuito impresso, radiador de calor para 0 Cl, cabo de forga, suporte para o fusivel, caixa para montagem, fios, solda, etc. | 4.17 - FONTE 6/12 VX5A ae Fontes com capacidades de cor- rente mais elevadas podem ser necessarias em diversos tipos de aplicagoes. Nessas condigSes, as configuragdes comuns que fazem uso apenas de reguladores de 3 ter- minais nao se aplicam. Nesses casos, como os circuitos integrados da série 78XX s6 podem fornecer 1A, @ preciso empregar uma etapa amplifcadora capaz de fomecer a corrente desejada Entdo, apresentamos uma fonte establizada simples que pode for- never tensdes de saida de 6 ou 12V (conforme o circuito integrado) com correntes maximas que chegam aos 5 amperes Trata-se da fonte ideal para a bancada de desenvolvimento de pro- jetos, ou ainda para o laboratério de Fisica, onde alguns experimen salda saida Newton C, Brags tos exigem correntes algo elevadas. O circuito se baseia nos conhecidos integrados da série 78XX e utiliza de um transistor PNP de poténcia que deve ser montado em um ‘excelente radiador de calor. (COMO FUNCIONA A tensdo da rede de energia é reduzida por um transformador que também serve de elemento de {solamento, proporcionando a seguranca necesséria a este ipo de aplicagao. ‘0 secundario desse transformador determina a tens&o de saida, devendo ser de acordo com o requlador usado para que néo exista uma diferenga muito grande entre a tensao de entrada e saida (ela determina a dissipagao) e a corrente maxima desejada. ‘Aretificagao feita por diodos 1N5404 que podem trabalhar com correntes da ordem de intensi- dade exigida para este projeto ‘Actapa reguladora de tensao tem por base um circuito integrado 7806 ou 7812, de acordo com ‘a tensdo desejada na saida. Esse circuito fornece apenas a tensao de referéncia para 0 transistor de poténcia. 0 {ransistor de poténcia é um PNP, semelhante ao 30555 (que ¢ NPN), 0 qual deve conduzir a corrente principal da fonte. Esse transistor aquece-se bastante nas aplicages de maior corrente, devendo portanto ser montado em um excelente radiador de calor. ‘O circuito integrado regulador também deve ter um radiador de calor, mas ele pode ser menor. ‘Afiltragem e desacoplamento sdo feltos por capacitores de valores apropriados. Destaca-se C que é © responsdvel pelo ripple ou ondulagéo da fonte, o qual pode ter valores entre 2 200 UF e 4700 pF. MONTAGEM Na figura 4.56 damos 0 diagrama completo da fonte de alimentagao. Na figura 4.57 exibimos a disposic&o dos componentes numa pequena placa de circuito impresso, se bem que 0s poucos componentes usados admitam outras técnicas de montagem. (0s fios de conexo de correntes elevadas devem ser grossos e as trlhas da placa que conduzem correntes intensas devem ser largas. Para a conexdo do circuito extemo podem ser usados bones ou fios com garras. Os bomes ou garras devem ter cores diferentes (vermelho e preto) para indicar a polaridade. (Os fusiveis devem ser acessados externamente para uma répida troca em caso de queima. Figura - 4.56 Fontes de Alimentagto lo Oo Qy 2N 3055 PROVA E USO Confira a montagem e, se tudo estiver em ordem, ligue a fonte. Com um multimetro na escala continua de tenses (DC Volts) mega a tensao de saida de acordo com a versdo escolhida, Uma variagao de até uns 0,7 V sera admitida em fungao da tolerancia dos componentes. Verificando que a fonte se encontra com a tensao correta na saida é 86 usé-la normalmente. Observe sempre a polaridade do equipamento que esta sendo alimentado, pois um: acidental pode causar a queima desse equipamento. Se, ao alimentar algum equipamento houver aquecimento excessivo do transistor e/ou o fusivel queimar, 6 um sinal de que esse equipamento exige uma corrente maior do que aquela que a fonte pode fornecer, ou ainda apresenta algum tipo de curto-circuito, Uma queda de tensao excessiva na saida quando algum aparelho é alimentado também indica curto-circuito ou corrente maior do que a capacidade da fonte. Importante: a fonte no possui protego térmica ou contra curto na forma eletronica. Apenas os: fusiveis a protegem. /erséo 70 Newton C. Braga Lista de Material C3 - 100 nF - capacitor cerdmico ou de poli- éster Semicondutores: a Dy, D2 - 1N5404 - diodos retificadores Diversos: LEDI- LED vermelho comum ‘$1 - Interruptor simples Cl - 7806 (6 V) ou 7812 (12 V)-cireuito | Fy - 1 A- fusivel integrado regulador de tensio positiva F) - 6 A- fusivel Qj - MJ2955 - Transistor PNP de alta potén- | 71 - Transformador com enrolamento prima- cia rio de acordo com a rede local e secundario de 9+9Vx5A (para fonte de 6 V) ou 12 + Resistores: 12 Vx 5A (para fonte de 12 V). Rj -2,2kQ.x 4 W-vermelho, vermelho, _| J1, J2 - Bornes vermelho ¢ preto de saida ou vermelho garras - ver texto Ry - 56. 2x 2 W- resistor de fio Placa de circuito impresso, caixa para mon- tagem, radiadores de calor para o transistor Capacitores: ¢ circuito integrado, cabo de fora, suporte Cj = 2.200 LF ou 4 700 pF x 25 V - capacitor | para os fusiveis, fios, solda, etc. eletrolitico C2 - 1,0 pF x 25 V - capacitor eletrolitico 4,18 - FONTE FIXA DE 12/12,6/13,2 V X 10 ACOM 0 7812 Transmissores potentes de uso mével ou equipamentos de som automotivo podem ser facilmente alimentados pela bateria do carro. No entanto, se forem usados em casa, precisam de uma fonte cuja capacidade de corrente esta muito além da fomecida por projetos comuns. O circuito que descrevemos ¢ ideal para alimentar transmissores de PX, VHF, FM e de outras {faixas de uso mével com poténcias até 50 W e mesmo para trabalhos de bancada com equipamentos de uso mével. Em alguns casos, a corrente de operacdo de equipamentos de uso mével 4 maxima poténcia pode chegar perto dos 10 ampéres, o que inviabiliza o emprego de fontes comuns ou simples elimi- nadores de pilhas. (O que propomos neste artigo ¢ a construgao de uma excelente fonte de alimentacao de bancada 42.a 13,2 V, que pode fornecer correntes de até 10 A, servindo pois para a alimentagao de todos os equipamentos desoritos na introdugéo. ‘Autilizago de um circuito integrado de preciszio como referéncia de tensdo torna esta fonte muito estivel e segura para a alimentacao de qualquer equipamento indicado para 0 carro ou que opere com 12 V, (COMO FUNCIONA O circuito de entrada consta de um transformador que abaixa a tensdo da rede de energia de 410 V (ou 220 V) para uma tensao menor, entre 15 e 20 V sob corrente maxima de 10 A. Existem transformadores que podem ser encontrados prontos para esta finalidade. Mas, se isso ‘do for possivel, o leltor terd duas allemativas: uma sera mandar enrolé-lo a outra sera usar um de tensio na faixa indicada, mas com corrente menor, caso em que @ capacidade da fonte ficara reduzida. Neste segundo caso, se ela puder ainda ser usada com 0 equipamento que 0 leitor dispuser, nao haverd problema algum. n US ahh lp AC nl pia ieee tae ik bel Fontes de Alimentagao A tensdo reduzida pelo transformador. ¢ entao retificada por uma ponte de diodos. Podem ser utiizados dlodos separados ou pontes completas como as indicadas na lista de material. Uma vez que cada diodo $6 conduz durante metade do ciclo de alimentagao, sua especificagao de corrente dave: Ser apenas um pouco maior que o valor méiximo de saida. Assim, diodos para 8 A ou mais podem ser empregados. Sua tensiio inversa de pico (PIV) deve ser de pelo menos 100 V para maior seguranca, Logo apés a retificagao temos a fitragem, que deve ser excelente para que nao ocorram zumbi- dos na transmissaio ou reprodugao de som na recepeao. E pratica segura usar 1000 uF para cada ampére de corrente de ‘saida com uma fonte de até 12 \V. Recomendamos entéo um capacitor de 10.000 UF ou ainda dois capacitores de 4.700 uF x 35 V ligados em paralelo. “Temos, finalmente, a otapa de regulagem: a referéncia de tensao 6 dada pelo circuilo integrado 7812 que deve ser montado em um bom radiador de calor. Ligando ao terminal de referéncia deste integrado diodos comuns de silicio, podemos alterar leve- mente a tensdo de saida. A chave So se encarregaré disso. Para cada diodo colocado no circuito temos um acréscimo da ordem de 0,6 V, 0 que nos leva a 13.2 V, que é aproximadamente a tenséo que encontramos nos terminais de uma baleria de carro de 12.V quando completamente carregada O circuito integrado 7812 s6 fornece correntes de até 1 A, mas essa intensidade 6 suficiente para excitar trés transistores 2N3055 ligados em paralelo. Cada transistor pode entdo controlar 3,33 ampé- es, 0 que esta dentro de sua capacidade. Veja que nos emissores dos transistores temos resistores de 0,22 Q. Sua finalidade é distribuir Igualmente a corrente entre estes componentes, pois suas caracteristicas nao so exatamente iguais eo” Bae Je Fa 0220 0220 81 Fo a oa 18a ay + Re Salda 220 ks % noo. | ov nN | | Nes D6 Fy 1N4002 3A Figura - 4.58 2 ‘Sem os resistores, existe o perigo de um transistor ter de conduzir uma corrente maior que out, ‘sofrendo com isso uma sobrecarga que pode leva-lo 4 queima. { Na saida do circuito, além de um fusivel adicional de protegao de 15, A, temos também um capaci- tor de filtro e um resistor de carga cuja finalidade 6 manter a tensdo nos terminais, mesmo na auséncia de uma carga externa. __ MONTAGEM O circuito completo da fonte apresentado na figura 4.58. A disposicao dos componentes numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 4.59. "Os transistores devem ser montados em radiadores de calor de pelo menos 50 cm quadrados (5 x10 em) com fixagao em local de boa ventilacdo. © regulador de tensdo Cl-1 deve ter um radiador de calor menor. Para a retificagdo pode ser usada uma ponte Semikron SKB 7/02 ou entdo os diodos SK2, ou SK3, para 200 V. ( capacitor eletrolitico de fitragem de 10.000 LF pode ser obtido com a ligagao de dois eletrol- ticos de 4,700 uF x 35 V. Pode-se também melhorar a filtragem com um capacitor de 15.000 UF ou 22,000 pF. Figura - 4.59 Fontes de Alimentagao, Os resistores Ro, Rg @ Rq 840 de fio de 0,22 © com pelo menos 2 W de dissipago. Tendo-se dificuldades em conseguir esses valores, existem alternativas: Ligagao de dois resistoras de 0,47 @ x 1 W em paralelo, Ligagéo de quatro resistores de 1.2 x 1W em paralelo. A chave So seleciona a tensdio de salda: na posigdo A temos 12 V, na posiggo B temos 12,6 Ve na posigéo C temos 13,2 V. resistor Rg deve ser de fio com pelo menos 5 W de dissipagao. Lembramos que os fios de liga¢o que conduzem as correntes principais devem ser todos gros- sos (18 ou 16). PROVAE USO Para provar a fonte ¢ sé ligar algum aparelho com consumo conhecido e verificar se a tenséo se mantém estavel na saida. Uma lampada de 12 V de farol de carro é uma boa carga para essa prova, Na ligagao de aparelhos de som, transceptores e toca-fitas é preciso observar a polaridade dos fies. Observamos que esta fonte nao tem protecéo contra curtos na saida, apenas um fusivel e que, Portanto, deve ser tomado maximo cuidado com seu uso. ‘A lampada néon € opcional, servindo apenas para indicar que a fonte se encontra ligada. Placa de circuito impresso, radiadores de calor para os transistores, fios, solda, cabo de forga, Suporte para os fusiveis, calxa para montagem, fios com garras para conexéo ao aparelho alimentado ‘ou conector do tipo acendedor de cigarros de carro, fios comuns, solda, etc. LISTA DE MATERJAL Rg - 1002x5 W- fio Semicondutores: Capacitores: CL - 7812 - circuito integrado regulador | Cy - 10.000 pF x 35 V - eletrolitico - ver de tenso texto Q1, Qo, Q3 = 2N3055 - transistores NPN de | C3 - 100 uF x 16 V - eletrolitico alta poténcia Dj aDq-50.V x 8A (min) - diodos Diversos: ou ponte retificadora. Ponte SKB 7/02 ou NE-1 - lampada néon comum diodos SK ou SK3 (Semikron) S}- Interruptor simples Ds, Dg - 1N4002 - diodos de silicio 2 - Chave de 1 polo x 3 posigdes rotativa T{ - Transformador com primario con- Resistores: forme a rede local de energia ¢ secundério Ry - 220 kQ x 1/8 W - vermelho, vermelho, | de 15a 22 Vx 10 A- ver texto amarelo F} - fusivel de 3A Rg, R3, Rq - 0,22 x2 W- fio Fp - fusivel de 15. A Rs - 2,2 k Q.x 4 W- vermelho, vermetho, vermeiho 4.19 - ELIMINADORES DE PILHAS COM OS CIs 78XX Um dos problemas dos eliminadores de pilhas comerciais de baixo custo 6 a sua baixa qualidade Ge filtragem @ a auséncia de um regulagem de tenso. Muitos equipamentos eletronicos mals ort. 14 cos, que nao tenham regulagem e filtragem interna poderao apresentar sérios problemas de funcio- namento. Veja, agora, como montar um ultimo eliminador de 4 ou 8 pilhas pequenas, médias ou grandes com excelente desempenho de fitragem e regulagem de tensao. Os eliminadores de pilhas que compramos nas casas especializadas possuem configuragdes bastante simples, sem regulagem alguma e filtragem deficiente, conforme ilustra a figura 4.60. Nesses circuitos, a tenséio em aberto & muito menor que a prevista para a saida (uma vez que o capacitor de filtro se carrega com a tensdo de pico do secundario do transformador), caindo para um valor préximo ao esperado quando a carga ¢ ligada. ‘Além da falta de regulagem da pe foe tensdo, que pode até afetar alguns | i) cy Salda equipamentos alimentados, normal- we mente, por economia e pequena dis- va th oe ponibilidade de espaco interno, sao utilizados capacitores de filtros peque- nos, de valores insuficientes para pro- porcionar uma boa filtragem. Um tipo de equipamento que sente muito as deficiéncias dos elimi- nadores comuns de pilhas s40 os CD-players, que passam a apresentar fortes distorgoes nos sons ‘graves ou nos picos de audio quando o volume é aberto. Embora em alguns casos a conexdo de um ‘capacitor de valor maior em paralelo com a saida possa minimizar ou mesmo eliminar esse problema, a solugao néo € a ideal. Outra aplicagao interessante para esse eliminador de pilhas ¢ que ele pode melhorar a qualidade de som, substituindo as pilhas das caixas multimidia dos computadores que so alimentados pelo proprio computador. 'O que propomos neste artigo 6 uma fonte um pouco mais sofisticada, com regulagem de tenso por circuito integrado, com protesao térmica e contra curto-circuitos, e que por isso se presta muito melhor a alimentagdo de aparelhos sensiveis que possam ter seu desempenho afetado por uma fonte ‘comum de ma qualidade. © eliminador proposto pode funcionar com aparelhos de 4 ou 8 pilhas (pequenas, médias ou grandes), com uma corrente maxima de saida de 1 ampere. Figura - 4.60 COMO FUNCIONA No nosso projeto, o transformador abaixa a tenséo da rede para um valor que possa ser usado pelo circuito integrado em funcdo da tensdo desejada na saida. ( transformador deve ter uma tenso pelo menos uns 2 V maior que a desejada na saida, e uma corrente da mesma ordem que a prevista para o aparelho que vai ser alimentado ou maior. O maximo para 0 circulto integrado sugerido é 1 ampere. ‘Assim, para uma fonte de 6 V poderemos usar um transformador de 7,5 + 7,5 V ou 9 +9 V de secundario e para uma fonte de 12 V um transformador com 15 + 15 V de secundario. Depois de relificada pelos diodos, a baixa tensdo continua obtida é filtrada pelo primeiro capacitor (C1) aplicada a entrada de um circuito integrado establlizador de tensa. ‘O tipo de circuito integrado escolhido ira determinar a tensdo de saida. Para 6 V usamos 0 7806, e para 12V 0 7812. Existem vorsbes de tensdes intermediarias que eventualmente podem ser utiliza- das, Esse circuito integrado, além de excelente regulagem de tensao, possui um sistema de protegao térmica e prote¢ao contra curto-circulto na saida que o desabilta evitando sua queima. 8 Fontes de Alimentagio Um capacitor adicional ligado & saida do crculto proporciona © desacoplamento da fonte do apa: relho que esta sendo alimentado. Para as aplicagdes normais esse capacitor de 10 pF, mas o leitor deve prestar atengo quando comprar 0 C! para que seja do tipo tradicional. Existem outros mais modemos com sufixos junto ao tipo, que indicam que se tratam de dispositi- vos de aco rapida que exigem capacitores menores. Se o leitor quiser, podera incluir um LED indicador em série com um resistor de 1 k&2 na salda do Circuito de modo a poder monitorar o funcionamento do eliminador de pilhas. MONTAGEM Na figura 4.61 temos o diagrama completo do eliminador de pilhas. Se no houver necessidade de se fazer uma montagem compacta, dado 0 nimero reduzido de componentes, podemos usar uma pequena ponte de terminais isolados como chassi, observe a figura 4.62. E claro que pode ser obtida uma ]_ Montagem muito mais compacta com a utilizagao de uma placa de circuito Tae chy impresso, mas isso fica a critério do = 7808 leitor. e 7ai2 © circuito integrado deve ser “4 f Sal 1 eb dotado de um radiador de calor que nt > a consiste numa chapinha de metal (Mactaalo} {hati dobrada em forma de U. Nesse caso, RED, omontador também pode contar com C1 fab um dissipador comercial encontrado 1000 pF] nas casas de materiais eletronicos. O transformador deve ser esco- Ihido de acordo com a rede local de Figura - 4.61 energia e com a tensdo de secunda- ‘t oy Quo a aes s00mA _ 949V0u ee : 42+ 12vi500ma tN4O02 SIE 1000 Figura - 4.70 82 a 2 ea SRA Trp y epee ee Ocircuito integrado empre- gado admite tensdes de entrada de 7 a 35 V e “solta” em sua saida sempre 5 V com uma corrente maxima de 1A. © circuito completo desta fonte 6 apresentado na figura 472. Na figura 4.73 temos a montagem desta fonte com base numa ponte de terminais isolados. | Sugerimos também a ins- talagéo desta fonte numa caixa plastica de modo a facilitar seu uso e evitar que partes vivas do circuito possam ser tocadas acidentalmente Na parte externa da caixa temos 0 LED indicador, o inter- uptor geral e os bores de ligagao do circuito externo. O circuito integrado 7805 deve ser dotado de um bom radiador de calor pois, com maior con- sumo, ele tende a se aquecer. © radiador para este Cl pode ser formado por uma chapa de metal de 4 cm x6 cm. dobrada em U, ou ainda pode ser do tipo comercial para invo- lucros TO-220 como 0 empre- gado pelo componente. transformador tem uma tensdo de secundario de 9 ou 12.V com uma corrente de 1 A. © enrolamento primario deve ter uma tensao de acordo com a rede local de energia © capacitor Cy deve ter uma tensdo de trabalho de 25 V. © capacitor. Cp deve ter uma tensao de trabalho de pelo menos 6 V. Figura -4.71 d) Fonte Portatil Para experiéncias de bancada ou na alimentagao de circuits TTL de baixo consumo podemos usar pilhas. 83 Fontes de Alimentagio Figura - 4.73 84 eines Ya riers o+8 > . ety ae Oe taal —_ Com tour] 7% aay rn | tA IN sone oo! ®@ 3000 ae Figura - 4.72 No entanto, se usarmos pilhas comuns, teremos um problema: 3 pilhas comuns fornecem 4,5 V, 0 que é insuficiente para que o cir- cuito funcione satisfatoriamente, 4 pilhas fornecem 6 V que esté cima do admitido pelos circuitos integrados TTL. 0 QUE FAZER? Podemos reduzir a tenséo de 6 V de 4 pilhas para algo bem pré- ximo de 5 V, dentro dos limites admitidos pelos circuitos integra- dos TTL usando diodos comuns. A corrente obtida com pilhas pequenas esta em tomo de um maximo de 100 mA e para pilhas médias podemos obter até aproxi- madamente 300 mA. Na figura 4.74 temos 0 modo de se fazer uma redugio da tensdo de 6 V para algo entre 53 Ve 54 V, 0 que é aceito satisfatoriamente pelos circuitos integrados, utilizando apenas um diodo comum, Ligamos entéo em série com as 4 pilhas um diodo do tipo 41N4001, 1N4002 ou 1N4004 que faz a redugao. Lembramos que se forem usadas baterias de Nicad, que for- necem 1,2 V por unidade, 4 delas ‘em série chegam aos 4,8 Vo que 6 um valor satisfatorio para ali- mentar diretamente circuitos inte- grados TTL. UTILIZACAO Na utilizagéio de qualquer uma das fontes que descrevemos 6 sempre importante observar os limites de corrente. Nao alimente mais do que o suportado pela fonte, porque além do apareiho bit nao funcionar satisfatoriamente, pois a tensdo caira para menos de 5V, podem ocorrer sobrecargas que acabam por danificar a propria fonte. E igualmente importante observar culdadosamente a polaridade da fonte. = Uma inverséio queima facilmente os cir- cuitos integrados TTL que devem ser ali- t mentados. Rie tae Finalmente, nao deixe a fonte ligada AN SL quando estiver fora de uso, uma vez que acidentalmente poderao ocorrer curtos na saida e isso podera afetar os componentes intemos com @ queima ou alteracao de suas caracte- risticas. 85 rewton Projetos de Fontes FONTES VARIAVEIS COM CIRCUITOS INTEGRADOS Os projetos dados a seguir so de fontes ajustaveis ou varidveis, usando circuitos integrados tanto do tipo de trés terminais quanto amplificadores operacionais e outros. / 4.22 - FONTE DE 3A 15VX3A COMO 741 Descrevemos uma fonte de alimentagdo estabilizada de excelente rendimento, usando compo- nentes tradicionais da primeira e segunda geracdes de semicondutores, e que pode fornecer corrente de até 3 ampéres. Esta fonte ¢ ideal para os cursos técnicos, pois permite colocar em pratica ensinamentos tedricos basicos, além de ser itl em trabalhos de bancada de diversos setores coma eletronica, robética mecatrdnica ‘© montador, ou mesmo reparador de equipamentos eletrOnicos, também encontrard muitas util- dades para esta fonte, Se o leitor estiver pensando numa boa fonte, que tal analisar este projeto? O PROJETO Nao preciso dizer que uma fonte de alimentagdo ¢ indispensavel em qualquer bancada de traba- thos eletronicos, porque 0 leitor sabe disso. Esta fonte substitui pilhas e baterias na alimentagao de aparelhos em fase de montagem, desen- volvimento 6 teste, facilitando os trabalhos de aluste @ reparacao e evilando gastos desnecessarios. ‘Afonte descrita possui caracteristicas que atendem & maioria dos trabalhos eletrOnicos, uma vez ‘que pode fornecer tensdes na faixa de 3 volts (equivalente a duas pilhas) até 15 V (correspondente a 10 pithas ou a bateria do carro), ‘Com excelente estabilizacdo gragas ao uso de um ampiificador operacional, pelo potente tran- sistor empregado na saida, ela pode fornecer corrente de intensidade maior que a maioria das fontes comuns. Por outro lado, 0 circuito 6 relativamente simples @ no tem elementos criticos que possam causar dificuldades a um montador menos experiente. Garacteristica: “Tensao de entrada: 110 V ou 220 VCA ~ Tensdes de saida: 3. a 15 VDC - Corrente maxima de saida: 3A COMO FUNCIONA © transformador 7; abaixa a tensdio da rede de energia para um valor entre 15 e 18 Vrms, con- forme o transformador usado, @ Isso para uma corrente de até 3A. 87 Fontes de Alimentaga0 Depois, temos a retificacao feita pelos diodos D4 e Dz e uma filtragem proporcionada pelo capa- citor C4. Esse capacitor deve ser de grande valor, podendo ficar na faixa de 2 200 uF a 4.700 pF para ser mais eficiente. Valores malores resultam em tensao continua com menor nivel de ripple (ondula- ‘940), € portanto menor possibilidade de aparecerem roncos nos aparelhos de audio alimentados. Apés a retificagdo e fitragem, temos no capacitor Cy a tensdo de pico do secundario do transfor- ‘mador, o que corresponde a um valor maior que a tensao rms. Assim, para um transformador de 15 volts a tens&o no capacitor supera os 24 V. Esta tensdo é usada para alimentar a etapa reguladora ue tem por base um amplificador operacional na forma de circuito integrado e dois transistores. Com o emprego de um resistor (Ry) @ um diodo zener, fixamos em 15 volts a tensao de alimen- tagao do circuito integrado @ a maxima tenso de referéncia que ira também determinar a maxima tensdo de saida, Através de outro resistor (Rg) e outro diodo zener (Za) fixamos uma nova referéncia no pino 3 do Circuito integrado em 6,8 V (podem ser utiizados valores préximos como 4,7 e mesmo 5,6 V para este ponto). Se a tensdo na entrada inversora (pino 2), que é obtida via P4 da saida, for menor que a tensdo de referéncia, a tenstio de saida do operacional se elevara e polarizara Qy no sendo de aumentar sua conduego de corrente. Dessa forma, a tenstio de saida do circuito se elevard, havendo assim uma compensagao no caso da carga exigit mais corrente. Consequientemente, dependendo do ajuste de P4, 0 amplificador operacional ira reagir de modo a manter sempre constante a tensdo de saida, conforme o valor ajustacio, mesmo quando ocorrerem variagdes do consumo da carga. Q potencidmetro P+ permite que o operador ajuste a tensdo de saida entre 3 e 15 V, sendo o valor maximo fixado previamente por Po. Na saida da fonte podemos ligar um voltimetro comum ou até o multimetro para fazer 0 controle da tenso que esta sendo aplicada ao circuito de carga. Observe que 0 transistor Q; @ que conduz a corrente principal do circuito, tendendo por este motivo a dissipar mais energia na forma de calor. Por essa razao, este transistor deve ser montado ‘em um excelente dissipador de calor Veja também que a corrente maxima da fonte é limitada pelo transformador e pelas caracteristicas deste transistor principal MONTAGEM Na figura 4.75 temos o diagrama completo da fonte de alimentaca A disposi¢ao dos componentes principais numa placa de circuito impresso é apresentada na figura 4.76. transformador, que sera fixado na caixa através de partafusos, tem enrolamento primario de acordo com a tensao da rede de energia e secundario de 15 ou 18 V com corrente de 3A. Transformadores de correntes menores podem ser utilizados, mas seu valor determinaré o maximo que a fonte fornecer Os diodos podem ser de 2 ou 3.A como os 1N5404, ou equivalentes para 50 V ou mais. Os resistores sdo de % W ou maiores, exceto Ry que deve ser de 1 W ou malor. © capacitor eletrolitico C4 deve ter uma tensao de trabalho de pelo menos 40 V. C2 deve ter pelo menos 25 V de tensdo de trabalho ¢ os demais eletroliticos sdo de 16 V ou mais. O transistor 2N3055 precisa ser montado em um bom radiador de calor e preferivelmente fixado do lado externo da caixa para melhor ventilagao. (Os diodos zener sao de 1 W. O potencidmetro Py 6 linear, enquanto que P2 é um trimpot comum para montagem na placa de Circuito impresso. 88. fon C. Braga Figura - 4.75 Figura - 4.76 89. Fontes de Alimentagio Sugerimos que 0 circuito integrado 741 seja montado em um soquete DIL de 8 pinos. Todo 0 conjunto cabe facil- mente numa caixa de plastico, madeira ou metal, com os controles ¢ saidas na parte frontal. Um voltimetro de 0-15 V pode ser colocado no painel, ‘mas trata-se de recurso opcional, uma vez que podemos controlar a tenséo de saida através de um multimetro comum. Se for usado um instrumento de painel, pode ser um mmiliamperimetro de 0-1 mA com um resistor de 10 kQ e um trimpot de 47 kQ. para ajuste da escala E também opcional 0 LED indicador de funcionamento que deve ser ligado em série com um resistor de 3,3 k2 x ¥% W logo apés o capacitor C4. PROVA E USO Para provar a fonte, ligue na sua saida um multimetro nna escala de tens6es que permita ler até 15 V. ‘Como carga pode ser usado um resistor de 22 2 x 10 W de fio ou ainda uma lmpada de interior de carro (12 V com pelo menos 500 mA). Ajuste inicialmente Py para ter a maxima tensdo de saida e depois retoque P2 para que esta maxima tensao seja de 15 V. ‘Se nao conseguir isso, reduza Rp até obter 4,7 kno minimo, para conseguir 0 ajuste desejado. Se a tenséo nao chegar aos 15 volts na salda, verifi- que se o transformador est com a tenso correta em seu ‘secundario. Devemos ter pelos menos 20 V depois de Dy, se tudo estiver em ordem neste setor. Feito 0 ajuste, é s6 usar a fonte respeitando-se o valor maximo da sua capacidade de fornecimento de corrente. Se a tensdo cair muito, quando ligarmos alguma coisa em sua saida, é porque essa carga precisa de mais de 3 ampéres. A fonte ndo € protegida e uma carga maior pode sobrecarregar o transistor Qz que, com isso, podera quei- mar-se por excesso de aquecimiento. 4.23 - SELECAO DE FONTES COM O REGULA- DOR DE TENSAO LM723 ‘Se bem que este circuito integrado jé esteja superado Lista de material Semicondutores: Cl, - 741 - cireuito integrado, amplifi- ccador operacional Dj, Dy - 1N5404 ou equivalente - diodos retificadores para 3 A ou mais Q1 - 2N305S - transistor NPN de poténcia Qo - BCS47 - transistor NPN de uso eral Z1 - 15 V x 1 W-diodo zener Zy-6,8V x1 W- diodo zener Resistores: (1/4 W, 5%) Ry -3,3 kx 1 W- laranja, laranja, vermelho Rp - 10kQ- marrom, preto, laranja Ry -4,7 kQ- amarelo, violeta, verme- Iho Rq-3.3 kQ-laranja, laranja, verme- tho Rs - 1 kQ2- marrom, preto, vermetho P} - 10 kQ- potenciOmetro linear Py - 10 kQ- trimpot Capacitores: Cj - 2.200 nF/AOV - eletrolitico Cp - 1 HF/2SV ~eletrolitico C3 - 100 HF/IGV - eletrotitico Diversos: F-1A- fusivel Sj - Interruptor simples T - Transformador com primério de acordo com a rede local ¢ secundério de 15+15 Vou 18418 Vx3A Placa de circuito impresso, caixa para montagem, radiador de ealor para o transistor de poténcia, botto plistico para o potenciOmetro, cabo de alimen- tagdo, suporte para fsivel, soquete para o integrado, caixa para monta- ‘gem, fos, solda, ete Por componentes mais modemos em algumas aplicacOes, o fato de ter uma grande versatilidade, ‘além de ser de obtengaio facil, faz com que ele seja o preferido por muitos projetistas. Na verdade, ele ainda é encontrado em muitas fontes de uso comercial de excelente desempenho O circuito integrado LM723 consiste em um regulador de tensao integrado que pode ser ajustado para fornecer tensGes de 2 a 37 volts em fontes fixas ou varidveis. Sozinho ele pode fornecer cor- 90 Newton C, Braga rentes até 150 mA, mas com etapas de Noi-"Taine a es 1ndo hé limite para a corrente > aa atic Je saida. Bale Sapte. eee DL ae tirehee H uiTase eNT-14 140Vz EnT+13 allvecs exceto pela faixa de temperaturas de ENT+(5 10) SAID vrerd vz operacao. Viner) dg 9llVz veo: __epstioa circuito integrado LM723 tanto voc: 47 @finc pode ser encontrado em involucro DIL oa de 14 pinos com a pinagem mostrada na figura 4.77 quanto em versao mals ‘igura + 4.77 | rara em invélucro DIL de 10 pinos. = circuito equivalente interno, em blocos, para circuito integrado é apresentado na figura 4.78. Os principais destaques deste circuito integrado sao: 150 mA de corrente de saida sem transistores externos Correntes até 10 A so possiveis com 0 uso de transistores externos, Tenso de entrada maxima de 40 V Tensao de saida ajustavel de 2 a 37 V Pode ser usado tanto em fontes lineares quanto em chaveadas. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS Tensao maxima de entrada: 40 V Faixa de tensées de saida: 237 V Corrente no diodo zener: 25 mA (max) Regulagao de linha: 0,3% (tip) Regulagao de carga: 0,15% (tip) + Rejeigdo de ripple: 74 dB (tip) Corrente de curto-circuito limitada em: 65 mA (tip) ~Tensdo de referéncia: 7,15 V (tip) Faixa de tensdes de entrada: 9,5 a 40 V “Corrente em standby: 1.7 mA (tip) As formulas para tensbes inter- medidrias so dadas na figura 4.79. CIRCUITOS Os circuitos seguintes foram obti- dos de manuais de fabricantes (Moto- fola, National, Texas, etc.) que tem em suas linhas de produtos esse Aen) | | $-Salda mesmo componente. rh fate Sugerimos que os leitores.inte- x ressados em mais informacoes aces- T | ‘sem pela Internet o datasheet desse ‘CUR, CUR, Vz ‘componente em um dos fabricantes, Limite SENSE 95 quais os disponibilizam em for- mato PDF. Tee Figura - 4.78 oO Fontes de Alimentagio 3 CIRCUITO 1 R Vo = VREF X 5 2 e Circuito fig: Na figura 4.80 temos a configuragao cae 473 495 | basica do LM723 para saidas de 2a 7 volts, | 483 4.89 Os valores dos componentes basicos sao) | ae, dados na tabela da figura 4.79. ee Vaey BieRe 4.86 Pickering 457 CIRCUITO 2 Circuito, fig Mostramos na figura 4.81 2 configu. Vo = REF Riga 420 ragao basica para saidas de 7 a 37 volts 2 Ri 482 também com os valores dos resistores Ags Ra Citcuto fig: dados na tabela da figura 4.79. 481 Lembramos que este circulto © o ante- VaEF Rp. Ry rior t@m suas correntes de saida limitadas Meine ay a 150 mA, visto que nao ha etapa adicional (40250V) Circuito i de poténcia com transistores. Rg =A 4.85 3 = 4 | Formulas CIRCUITO 3 Figura -4.79 circuito ilustrado na figura 4.82 6 de um regulador de tensdo negativo para uma tensao de saida de 15 V. Este circuito apresenta uma regu- lagem de carga de 1 mV para uma cor gven Voo +f Ie rente de 100 mA. ‘Saida eee Vet CIRCUITO 4 cu q Na figura 4.83 temos um regula- r Ent, dor de tensao positive com salda de 15 er Ral aa Pisce V que pode fomecer uma corrente de ReFepe Veo] Comp] 1006 1Acom uma regulagem de carga de 416 mV. Para outros valores de tenses consulte a tabela da figura 4.79. Figura - 4.80 CIRCUITO 5 O circuito apresentado na figura 4.84 pode forecer correntes de saida de 1 A sob tensao de 5 V, devendo o transistor ser montado em radiador de calor. Para outras tensdes o leitor deve consultar a tabela de resistores. CIRCUITO 6 Na figura 4.85 temos um circuito com limitag&o de corrente do tipo “foldback” com a capacidade de fornecer uma corrente de saida de 10 mA e uma corrente de curto-circuito de 20 mA. 92 a0 its. a0. as de na ju or le 9 Vent vee i Salida} — REF ae | Asc Ral 723° Ol i os} — ems ent veo. come] § T T S100 pF (Vo) 9 Saida Regulada Ry Vent 2N4g98 D) 2ns001 etc, Para outras tensdes de saida a tabela 1 pode ser consultada, CIRCUITO 7 No circuito da figura 4.86 temos um regulador positive flutu- ante com a capacidade de fore- cer tensdes de saida de 50 V com regulagem de 20 mV para uma corrente de 50 mA. Para outras tensdes os valo- res dos componentes sdo dados na tabela. O transistor admite eq valentes, CIRCUITO 8 Um fegulador negativo flutuante capaz de fomecer uma tensao de saida de -100 V com regulagem de 20 mV para uma corrente de carga de 100 mA, @ mostrado na figura 4.87. CIRCUITO 9 Uma fonte chaveada com saida de 5 Ve corrente de 2A ¢ ilustrada na figura 4.88. Para 2 Ade saida, a regulagem de carga é de 80 mV. Os transisto- res admitem-equivalentes. Atabela da figura 4.79 também fornece dados para se obter outras tensdes em fungdo dos resistores usados, CIRCUITO 10 O aplicativo mostrado na figura 4,89 pode ser cortado a partir de controle lagico remoto. O shutdown pode vir de uma saida TTL. A corrente de salda é de 100 mA para uma tenséo de 5 V. Outras tens6es podem ser obtidas, consul: tando-se para isso os valores de componentes na tabela 1. 93 Fontes de Alimentagio ober a Salida = SVITA +) Ver formula para § V e outras tensdes. Figura - 4.84 a mo | Veaida | VRE: ; ( eo . el ce _Gome I me O Tere = tne (+) Ver formulas Figura - 4.85, CIRCUITO 11 © regulador tipo shunt apresen- tado na figura 4.90 pode fornecer uma corrente de 100 mA. Outras tens6es podem ser obti- das com a troca de valores de compo- nentes segundo a tabela 1 CONCLUSAO Com a utilizagao de transistores de correntes e ganhos apropriados & Possivel obter correntes muito maio- res de saida para qualquer dos circui- tos apresentados. Da mesma forma, pela tabela pode-se ver quais s80 os resistores que sao mais varidveis, possibilitando assim a elaboragao de fontes ajusta- ves, 4.24 - FONTE DE 1,2- 24V/1,5 ACOM OLM317 Projetos de fontes de alimen- tacdo s4o sempre procurados por montadores de todos os tipos. A fonte que descrevemos se baseia no regulador de tensao post- tiva de 3 terminais LM317, de baixo custo e facilmente obtide no mer- cado especializado, podendo forne- cer tensées ajustaveis em uma faixa de 1,2 a 24 volts com correntes de até 1,5 A. O circuito 6 simples @ tem exce- lente desempenho, sendo recomendado para fontes de bancada. O PROJETO Descrevemos uma excelente fonte de alimentagao para a bancada que utiliza poucos componen- tes e tem excelente estabilidade e regulagem. Com base no circuito integrado LM317, ela se caracteriza também pela protegao térmica e contra curtos. Caracteristicas: + Tensdo de saida: 1,25 a 24'V - ajuste continuo Corrente maxima de saida: 1,5 A + ProtegSes: térmica e contra curto on ‘COMO FUNCIONA © circuit integrado LM317 pode ser encontrado tanto em invé- lucro metalico como em plastico do tipo TO-220. Qs circuitos integrados com sufixo T sfio os que vém em invé- lucro plastica © 05 de sufixo K ‘80 08 que usam invélucro meta- lico, Existe também uma verséio de sufixo H que 6 apresentada em invélucro metalico de menor dissi- pagao @ que deve ser usada em | fontes para correntes de até 500 | ma. No nosso caso especifica- mente, indicamos a verso de invélucro pléstico para a qual a placa de circuito impresso foi pro- jetada. Este regulador de tenso se caracteriza por poder ser usado em fontes de até 37 V de saida, © possuii limitagao de corrente interna em caso de curto-circuito. Existe um diodo zener interno 100 de 1,2 V que fornece a referéncia Cap (400A) | de tensao ao circuito. Gj Ligando um circuito divisor de tensao externo formado pelo resistor Ro e por Py (no nosso projeto), podemos alterar a refe- réncia no circuito de saida e assim alterar a tens8o fornecida pela fonte. Com 0 terminal de referencia aterrado vale a tenso minima de saida que é de 1,2 volts, e com o terminal sendo levado a tens6es maiores pelo divisor, obtemos a tensao de salda subindo na faixa desejada. Na nossa fonte a tensdo da rede ¢ abaixada até 25 V por meio de um transformador, sendo entao foita sua retificagao por Dy e Dz e filtragem por Cy ‘A tensio obtida é aplicada a entrada do circuito integrado regulador e entregue na saida, onde existe um voltimetro. Pode ser usado um voltimetro comum de bobina mével de baixo custo ou mesmo um médulo digital, caso o leitor deseje uma montagem mais sofisticada Para instalar 0 voltimetro de bobina mével, veja outras fontes que o utilizam descritas neste mesmo livro, © voltimetro & opcional, pois & possivel monitorar a tenso de saida utilizando um multimetro ‘comum. OLED indicador de funcionamento também é opcional. (+) ver formulas Figura - 4.87 Fontes de Alimentagao °. Vent qu” a aes 40 voltas de fio 20 (+) ver formulas Figura - 4.88 MONTAGEM Na figura 4,91 temos 0 dia- grama completo desta fonte. Adisposigéio dos componentes numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 4.92 Observe que as trilhas de maior corrente sao mais largas Costuma-se deixar aproximada- mente 1 mm de largura de trilha para cada ampére de corrente a ser conduzida O circuito integrado regulador de tensdo deve ser instalado em um bom radiador de calor. Os resistores sa0 de 1/8 We 08 capacitores eletroliticos devem ter as tensdes minimas indicadas na lista de material. potenciémetro de ajuste de tensdio deve ficar instalado no Vv woos r—]Vae¢ Vealdal Ry os] Em + om ent | s 3 | ol) vse Gore) an | i \ 1 | (+) Verfémulas im (+ 5 V, 50 mA) painel Este componente pode incluir a chave geral Sy que liga e desliga a fonte de alimentagao, © fusivel é importante para garantira seguranga da fonte, apesar de haver protegao contra curtos no proprio integrado, Ele entraré em ago se 0 problema ocorrer antes do Circuito integrado, como por exemplo nos diodos retifcadores, capacitor de filtro ou no transformador. © LED indicador de funcio- namento ficaraé no painel @ para a conexéo da fonte aos circuitos alimentados podem ser colocados bornes isolados comuns. Estes bores devem ser nas cores ver- melha e preta para identificagéo da polaridade de saida Um cabo com garras jacaré e plugues que se encaixem na saida da fonte um recurso interessante para alimentar circuitos em teste ou em reparacao. © voltimetro, para a verso analégica, pode ser do tipo ferro-mével ou ainda um miliamperimetro ‘em série com um resistor de 10 k@2.e um trimpot de 100 kQ, conforme jé vimos em outras fontes deste livro. No trimpot sera ajustada a escala com base nas indicagdes de um multimetro comum. 6 vt ed AE Lista de Material Vent Yo Semicondutores: ; caida Cy - LM317-1 - circuito inte- ; 5vi300ma | | grado regulador de tenstio Dy, Dp - IN5404 - diodos retifica- : pt dores de silicio : ty LED - LED vermelho comum - Resistores: (1/8 W, 5%) 2 Fo ie | Ry -3310- laane Taranja, ver- a . mp. melho % ae Rp - 220 Q- vermelho, vermelho, r reo marrom 1 Py - 4,7 kQ - potenciémetro : “apacitores: > Figura - 4.90 Cy = 2.200 F/40 V - eletrolitico 1 See Cy - 10 uF/35 V - eletrolitico : PROVAE USO Diversos: T - Transformador com primario : Para provar a fonte, & 86 ligé-la na rede de energia e veri- | de acordo com a rede local e > ficar se a tensdo na saida pode ser ajustada na faixa dese- | secundirio de 25+25V x 1,54 jada, $1 - Interruptor simples (pode ser ir Eventualmente o valor maximo pode diferir dos 24 volts | conjugado com P}) a indicados, dependendo do transformador usado e da toleran- | f° y-LA- fusivel ‘ia de certos componentes como Ro e 0 proprio potenciéme- | Mj - Voltimetro de 0-25 V ou 3 tro de aluste. 0-30 V - ver texto r Comprovado 0 funcionamento, ¢ s6 usar a fonte de ali- | Placa de circuito impresso, caixa ° mentagao. Ao operé-la, observe sempre a polaridade dos fios | para montagem, cabo de forga, n na hora de alimentar o equipamento. bornes de saida, botio para 0 ° Nunca altere a tensdo da fonte com o equipamento ali- potencidmetro, radiador de calor. mentado ligado. para 0 circuito integrado, fios, . solda, etc. a s 8 e i} Salda s a ov | “Is, ¢ a | a e 4.7 KO oakv "7 | ver texto }(opeional } 0 2200 uF os ° Figura - 4.91 7 Fontes de Alimentagio Figura - 4.92 | Se ao conectar um aparelho na fonte, a tensdo cair, é porque-seu consumo € superior a 1,5 Ae, ortanto, ele no deve ser alimentado por ela. Seo circuito integrado aquecer-se demais, 0 dissipador usado devera ter suas dimensdes aumen- tadas, 4.25 - FONTE FIXA DE 12/13,2 V COM O LM317 (1,5 A) A fonte de alimentagao apresentada ¢ ideal para alimentar aparelhos de uso automotivo ou ali- mentados por bateria numa bancada. Acorrente maxima fornecida 6 1,5, que ¢ a capacidade do circuito integrado LM317 usado neste projeto, A fonte possui limitagao de corrente e corte térmico, que séio recursos existentes no circuito inte- grado usado. OCIRCUITO © LM317 6 um regulador de tensdo ajustavel de 3 terminais, onde a tensiio de saida é determi- nada pela tensdo de referéncia aplicada ao seu terminal Adj. Com um divisor de tenséo apropriado, podemos programar facilmente a tensao de salda dessa fonte. Evidentemente, a preciso da tensdo obtida ir depender da precisao dos resistores usados. Para a maioria dos casos, utilizando-se resistores de 5%, a tensao obtida na saida estara dentro dos limites tolerados pelos aparelhos alimentados. 9% ‘A tabela abaixo da os valores tipicos dos resistores Ry e Rg para se programar a tensdo, E importante observar que esses valores garantem a circulac4o de uma corrente minima de 10 mA, necessaria ao funcionamento do circuito de referéncia do LM317. Essa tabela também prevé valores para se obter tens6es fixas menores: | Tensao de saida | 13,6 V_ iv Valores comerciais mais proximos dos indicados podem ser usados. MONTAGEM Na figura 4.93 temos o diagrama completo da fonte, ‘Sua montagem-com base numa placa de circuito impresso ¢ exibida na figura 4.94 O circuito integrado deve ser montado num bom radiador de calor. O transformador deve ter secundario de 12 + 12 V ou 15 + 15 V com uma corrente de 1,5 A. Se for usado um transformador de corrente menor, ela determinara a salda maxima da fonte: Também existe a possibilidade de se utilizar um transformador até 3 A e substituir 0 circulto integrado pelo LM350T. Na montagem, observe as polaridades dos capacitores eletroliticos e a posicao do circulto inte- grado. O capacitor de 4 700 UF pode ter tensées de trabalho entre 25 © 40 V. Uma sugestfo para se obter uma fonte com tensées selecionaveis consiste em se usar uma chave comutadora para escolher os resistores das diversas tensdes. Para os que desejarem uma fonte varidvel, sugerimos consultar os outros projetos deste mesmo livro. PROVA E USO Terminada a montagem, ligue a fonte e mega a tensdo de saida, Se houver uma diferenga muito grande entre o valor medido ¢ 0 valor esperado, verifique os resistores Ry ¢ Ro, fazendo eventual- mente sua troca. Figura - 4.93 | Fontes de Alimentagao | Figura - 4.94 Ao usar, observe sempre a polaridade do circuito alimentado e respeite os limites de corrente da fonte. Se a tensao cair demais ao se ligar uma carga, é sinal de que seu consumo & maior do que 1,5 Ae essa fonte nao o suporta Lista de Material Cl - LM317T - Circuito Integrado - regulador de, tensio D)., Dy - IN5402 -diodos retificadores de silicio LED - LED vermelho comum Rj, Ro - Ver tabela - conforme tensiio de saida R3 - 2,2 kQ2x 1/8 W- resistor - vermelho, verme tho, vermelho C| -4 700 uF x 25 V - capacitor eletrolitico Cp - 100 nF - capacitor ceramic 3-10 uF x 16 V- capacitor elettoitico 100 1 - Transformador com primario de acordo com a rede local ¢ seeundirio de 12 + 12 Vow 15 4 15 V.com 1,5. 1 - Interruptor simples Fy -1.A-fusivel Diversos: Placa de circuito impresso, radiador de calor para o ———| Ve=1,25V racional do tipo TLO91 ou equivalente, (in) Para gerar uma tensao negativa de 1,25 ov \V, dada pelos resistores de uma rede de . realimentagao negative. Na saida deste | Vont y Ve operacional 6 que serd ligado o circuito rahe variavel de referéncia para o regulador de tensao, Evidentemente, a preciso do zero volt obtido dependerd dos resistores do divisor, podendo ser necessario que o Figura - 4.100 | 104 f fomece uma tenséo negativa que ser- ——— 1,25 20 ta [eilor, aga experiéncias em fungao da tolerancia ou use para Rg um trimpot de 10 k em série com um resistor de 39 k®2. Lista de Material Semicondutores: Cly - LM350T - circuito integrado regulador de tensio- CI-2 - TL091 - circuito integrado amplifica- dor operacional Dj, D3 - 1N5402 - diodos retificadores D3 ~ 1N4002 - diodo retificador LED! - LED vermelho comum Resistores: (1/8 W, 5%) Ry - 2,2 kQ- vermelho, vermelho, vermetho Ry - 220 Q- vermetho, vermelho, marrom R3, Ry, Rg -47 kQ - amarelo, violeta, Jaranja = 39 kQ - laranja, branco, laranja Pj - 2,2 kQ2 - potencidmetro linear Figura - 4.101 Pp - 10 kQ- trimpot P3 - 47 kQ - srimpot Capacitores: C] - 4 700 pF x 25 V -eletrolitico 59 - 1000 pF x 25 V - eletrolitico C3 - 100 uF x 16 V-- eletrolitico Diversos: Fy - 1A-Eusivel | - Transformador com primério conforme arede local e secundirio de 15 + 15 Vx 3A Placa de circuito impresso, suporte de fusi- vel, radiador de calor para CI}, cabo de forca, bornes de saida, caixa para mon- tagem, botdo para o potencidmetro, fios, solda, etc. 105 Fontes de Alimentagao Figura - 4.102 MONTAGEM Na figura 4.101 temos o diagrama completo da fonte de alimentaco, Uma placa de circuito impresso para a montagem é sugerida na figura 4.102 © eicuito integrado regulador de tens LM350T deve ser montado em um bom radiador de calor. Observe que as trilhas de entrada @ salda'da corrente principal do circuit devem ter pelo menos 3mm de largura (1 mm para cada ampére). Os capacitores eletroliticos da ftragem devem ter tenstes de trabalho de pelo menos 25 V. 1 Petenciémetro de ajuste & comum, linear, ¢ para maior controle da tersdo de saida pode ser Sgregade ao circulto um voltimetro. Uma idéia consiste em se usar um miliamperimetro de 0-1 mA on Série com um trimpot de 47 k2 © um resistor de 10 kO para se fazer um voltinatro, Sua calibragao Pode ser feita com base nas indicag6es de um mullimetro comum 106 PROVA E USO Depois de conferir a montagem, lique a fonte na tomada de energia ¢ em sua saida um multimetro comum na escala de tensbes que permita ler 12 V DC. Coloque Py no minimo, e ajuste P> para que o multimetro indique zero volt de saida. Depois, ajuste Py para o maximo @ verifique qual ¢ a tensao de saida. Ajuste P3 do instrumento (saida) se for usado, para que ele indique essa tensdo maxima de saida. Comprovado o funcionamento, 6 s6 usar a fonte observando sempre a polaridade de sua saida, no ultrapassando a corrente maxima que ela pode fornecer e, se alimentar equipamentos eletroni- cos, nunca mudar de tensdo com eles em funcionamento. ‘Com 0 emprego de transformadores para tensdes maiores @ circuitos integrados apropriados, pode-se projetar fontes de 0 a tensdes entre 22 6 30 V facilmente. 4.28 - FONTE 4,5-25V X10A Fontes de alta capacidade de corrente sdo sempre titeis nas bancadas dos profissionais que tra- balham com equipamentos de poténcia Mostramos com este projeto, baseado em Application Note da National, utiizando os conhecidos cir- £) ot Bo cuitos integrados reguladores de tensao ay Fa | saiaa | LM350T(*)como implementar uma fonte 1 A ofolgs-rsv | variavel de4,6a25V. sow | { 1 10a | | © PROJETO zeczov Piet unnaso {5 10A bee ever | re Sim, reguladores de tensdo de 3 oe | ee ic com | terminais podem ser ligados em para- | | ielo, de modo a poder implementar uma 1107 3 cia c3 fonte capaz de fornecer maior corrente 220 _ | uataso jsp GT tour de saida. No entanto, para fazer isso 6 Ba preciso que o projetista tome alguns cui- ao tos reguladores. Asolugao apresentada pela National Rous ae Semiconductor, com base no LM350, oN mostra como isso pode ser feito e a partir dela elaboramos 0 circuito com- pleto da fonte que apresentamos neste artigo, cuja corrente pode chegar perto dos 10 A e a tensao maxima de saida 08 25 V. Algumas alteragbes, com 0 uso de outros Cs e também de um transfor- mador com tensao maior, podem resul- tar em fontes com tenses maximas de Figura - 4.103 saida ainda mais altas. Saye Oren oe fei aM, dados como, por exemplo, garantir que Sovitoa| apt a Rg | em funcionamento, a corrente fornecida | $8} Loo. se distribua igualmente entre os ciroui- | 107 Fontes dle Alimentagao Na figura 4.103 temos o diagrama completo dessa fonte que usa 3 Cls LM350T ligados em para- lelo, os quais devem ser instalados em excelentes radiadores de calor. : Para garantir uma distribuiego de corrente por igual entre os Cls foram ligados em suas gaidas TabesoS O° fio de 0.1 @ x § W. Esses resistores, em caso de dificuldade de obtengao, podem ser “fabricados’ ligando-se em paralelo 5 resistores de 0, 47 0 x 1 W. Em lugar do tradicional potenciémetro de ajuste ligado ao terminal de ajuste dos circultos inte- grades, como temos que controlar uma corrente maior optamos pelo uso de um transistor de media Poténcia (BD136), controlado por um amplificador operacional Esse amplificador operacional, a partir da referéncia dada por um potencimetro comum de 4.5 a, fomece a tenséo de referéncia para os reguladores e assim determina a tensao de aida, Na figura 4.104 temos uma sugestao de placa de circuito impresso para a montagem dessa fonte. <7 Ede Cl Cle oly CiiCizeCis De s * ‘lo grosso. . oo ttt caf | [| 4 ef l Figura - 4.104 oe Como correntes intensas devem ser conduzidas, essas devem ficar restritas a fios extemnos. Apenas os diodos e o capacitor de filtro so montados na placa, assim como 0 setor de baixa corrente formado pelo circuito integrado. ‘Afitragem & feita por um grande capacitor reais, podera ser instalado fora da placa. de 10 000 UF que, dependendo de suas dimensoes CO circuito possui duas protegSes que consistem em fusiveis na entrada da alimentagao e na saida para a carga. ‘Um LED indicador pode ser ligado apés a tetificagao em série com um resistor de 5,6 k&2 x 1 W. Opcionalmente, também pode ser ligado em paralelo com a saida um voltimetro analdgico com fundo de éscala de 30 V. Tipos digitais em médulos (como 0 ICL7107 de 3 % digitos) também podem ser utiizados como indicadores para esta fonte. ‘Ao usar, nunca altere a tenso com a carga ligada, pois causara danos. “) Apesar da National indicar como corrente maxima de saida 10 A para esta fonte, observamos que a corrente maxima de cada Cl 6, na verdade de 3 A, assim, a corrente maxima real indicada € de 9A, Lista de Material Semicondutores: Cly a Clg - LM350T - circuito integrado regulador de tenstio ly - LM308 - circuito integrado, amplifica- dor operacional Qy - BD136 - Transi poténcia Dj, Dp - 50 Vx 10 A - diodos retificadores Resistore Ry - 100 Qx 1 W- marrom, preto, marrom Ry - 150 2x 4 W- marrom, verde, marrom R3, Ry, Rs - 0,1 2x5 W- fio Rg, R7- 4,7 KQ x 4 W - amarelo, violeta, vermelho Pj - 1,5 kQ- potenciémetro linear tor PNP de média Capacitores: Cj - 10000 pF x 50 V - eletrolitico C3 - 100 pF - cerimico C3 - 10 pF x 36 V - cletrolitico Diversos: Ty - transformador com primario de acordo com a rede local e secundario de 22 +22 V x10A Sj - Interruptor simples Fj - Fusivel de 5 A Fp - Fusivel de 20 A Pfaca de circuito impresso, radiadores de calor para os Cls reguladores, cabo de forga, supor- tes para os fusiveis, caixa para montagem, bornes de saida 109 Fontes de Corrente Constante ‘As fontes que vimos até agora so fontes de tensdo. Essas fontes tm por finalidade manter cons- tante a tenso entre os terminais de uma carga, dentro de uma faixa de corrente drenada pela mesma ‘A figura 5.1 ilustra 0 que acontece. Pa ‘Na pratica, uma fonte de tensao nao ¢ perfeita, justamente devido ao | fato de que ela possui uma resis- a tenes Xt téncia interna. Conforme mostra a | Peale a i figura 5.2, essa resisténcia divide comes = a tens8o da fonte com a carga, de Tc Corente | modo que a medida que a corrente sto ea a) drenada aumenta, a tens8o na carga 200 300 460 cai levemente. Figura -5.1 al As fontes estabilizadas eletroni- Jae camente, gragas a agao dos circuitos a estabilizadores, conseguem manter a tensdo dentro de uma boa faixa minimizando assim os efeitos das variagdes da corrente de carga. apathy Todavia, em algumas aplicagSes. 6 muito mais importante manter a corrente constante numa carga, no a tensao aplicada. Um exemplo Figura -5.2 _ | disso é um elemento de aqueci- mento, observe a figura 5.3, que deve manter sua temperatura (fungao da corrente), mesmo quando a tensao ———,_ #Tenséo(v) de correntes, 0 que nao acontece ir com uma fonte comum. Para que R | isso ocorra, a fonte comum deve ter | a y carga y ‘a menor resisténcia interna possivel, c de entrada varia. A Um outro caso 6 o de um LED, que = Corrente | precisa manter seu brilho, independen- — lconstante temente das variagdes da tenséo de Ble entrada, veja exemplo na figura 5.4, areas Da mesma forma que as fontes de tenso, as fontes de corrente (cons- { tante) podem ter as mais diversas confi- guragées. ul Fontes de Alimientagao 5.1 — CONFIGURACOES O modo mais simples de se obter uma corrente constante para uma carga Controle Tensao varidvel>- consiste em utilizar uma tensao de ali- ga6v ‘mentagao bem mais alta do que ela precisa ¢ ligar em série um resistor de valor elevado, conforme ilustra a figura 55 Nessas condigdes,considerando-se a variagao da resisténcia da carga de bro Ya brine (W) Leo constante Figura -5.4 entre 0 © 10% da resisténcia ligada em série, essa sera a variagéo da corrente no circuito. Para aplicagdes menos criticas como carregadores de + baterias, fontes para eletrélises (gal- vanoplastia), etc., esse tipo de confi- guracdo serve perfeitamente. | Indo um pouco além, podemos usar circuits eletrénicos com base ‘em diodos zener, transistores @ cir- cuitos integrados para obter uma cor- rente constante numa carga, de uma forma muito mais precisa. Assim, para © caso dos transistores, uma configu- ragao muito utiizada 6 a exibida na figura 5.6, que faz uso de um diodo Zener como teferéncia e um transistor. ‘Nessa configuragao, a tensfio do zener somada a 0,6 V (que é a queda de tensao entre o emissor e base do transistor), dividida pelo resistor em série com 0 transistor (R) determina a corrente constante que val circular pela carga. Trata-se de um circuito regula- dor bastante simples que é encontrado em muitos carregadores de bate- rias e pilhas de Nicad, Uma forma mais elaborada de se obter uma regulagem de corrente 6 a que emprega circui- tos integrados. Os reguladores de tensao de 3 terminais, em espe- Cial, sdo bastante eficientes nessa tarefa, Apresentamos, na figura 5.7 a configuragao tipica de uma fonte de corrente constante usando um Circuito Integrado LM317 (até ve R Entrada iat 377 |Saida_ oo sel = A foe pea a [come VeeV; Figura - 5.5 Resistor jem série Ry Figura - 5.6 Figura - 5.7 2 4,5.A) ou LM350 (até 3 A), A corrente na carga seré obtida dividindo-se a tansao de 1,25 V da referén- da interna desses circuitos integrados pela resisténcia ligada em série. Por exemplo, uma resistencia de 12,5 ohms, o que resultara numa fonte de corrente constante de 100 mA. Veja que os reguladores das séries 7BXX e 79XX também podem ser empregados como regula~ dores de corrente, mas apresentam uma desvantagem. A tensao de referéncia mais alta exige 0 uso de resistores de valores maiores. Além disso, a tensdo de entrada deve ser sempre pelo menos 2 V maior do que a tensdo de referéncia. ‘Com base no que vimos, podemos passar a alguns projetos praticos de fontes de corrente cons- tante. 5.2— CARREGADOR DE NICAD {As pilhas recarregaveis ou baterias de Nicad consistem nas fontes de energia mais usadas para projetos de Eletronica © Robética. Na verdade, podemos encontré-las alimentando uma infinidade de outras aplicagbes como telefones sem fio, brinquedos, automatismos, transmissores de controle remoto, etc, No entanto, estas pilhas e baterias precisam ser recarregadas. O carregador muito simples que descrevemos aqui, tem a verso basica com resistor redutor de que tratamos na introdugao. Ele serve para pilhas paquenas, médias ou grandes fornecendo uma corrente de carga da ordem de 20 a 60 mAna rede de 110 V. O circuito 6 dos mais econémicos por nao usar transformador, uma vez que a redugao da tensao 4 felta por uma lampada de 5 a 15 watts para a rede de 110 V, que também atua como limitadora de corrente. ‘Arolificagao 6 felta por um diodo 1N4004 e a redugao final por um resistor (R,) que pode ter seu valor alterado em fungao dos tipos de pithas ou baterias que devem ser recarregadas. Podemos carregar de 1 a4 pilhas pequenas, médias ou grandes com este aparelho, por tempos, entre 5 € 16 horas, conforme a recomendacao do fabricante, 0 leitor pode ultilizar 0 seu multimetro para verificar a corrente real de carga em fungao das tole~ rancias dos componentes e ajustar R, para obter a corrente que precisa para 0 tipo especifico de pilhas que usa. ‘A polaridade na ligago do diodo e do suporte de pilhas ¢ fundamental para 0 funcionamento correto do aparelho. Com a ligagao de dois suportes de 4 pilhas em série podemos fazer a carga de até 8 pilhas pequenas, médias ou grandes. Na figura 5.8 temos 0 diagrama completo do carregador. Na figura 5.9 observamos a disposigao real dos componentes para esta montagem, Evidentemente, os componentes ndo devem ficar expostos a um toque acidental que causaria choques perigosos, uma vez que temos a conexao direta na rede de energia. O.conjunto deve ser colocado numa caixa plastica fechada. Em primeiro lugar coloque no suporte as pilhas que deseja carregar, ‘e somente depois ligue o plugue 4 rede DY Ft Lh cohtas de energia. Havendo uma carga ligada inqoog 2kQ0U FEST om (pithas), a lampada devera acender.Se | Ve{O) 22 re recarga | a lampada nao acender, desligue a all- mentagdo e ajuste as pilhas no suporte, pois poderdo estar com mau contato. | Nunca toque no suporte ou nas | pilhas com o aparelho ligado, pois voc’ Figura -5.8 podera tomar um forte choque. ee 13 Fontes de Alimentagio I Ete ae eae ee | | Lista de Material | D,- 1N4004 ou equivalente | = diodo de silicio | 3 - 5 wwatts a 15 watts x 110 | Ry Células em recarga V'- limpada comum R, -2kQ0u2,2 kx S watts - resistor de fio B, - Pilhas u serem recarre- gadas - ver texto | | | | Diversos - Suporte de pilhas, ponte de terminai: Soquete pata a lampada cabo de alimentagao, caixa para a montagem, fios, | solda, ete: Figura - 5.9 l Ps © brilho da lampada deve ser um pouco inferior ao normal durante toda a carga. Se alguma pha no processo de recarga nao armazenar energia, é sinal de que ela poderd estar eslragada. Nao a use mais 6m conjunto com as que esto em bom estado, Nurica misture tipos dife- rentes de pilha na recarga. 5.3 - FONTE DE CORRENTE CONSTANTE COM TRANSISTOR BIPOLAR Na figura 5.10 temos o diagrama de uma fonte de corrente constante que pode ser programada Para fornecer valores de corrente entre 10 e 200 mA tipicamente, a uma carga que exija tenso menor 0u igual a um maximo de 12 V. O transistor deve ser montado em um bom radiador de calor e o transformador tem corrente de secundério pelo menos duas vezes ea maior que a corrente constante que | se deseja na.carga. O potenciémetro de ajuste devera Ser obrigatoriamente de fio, se a cor- rente maxima programada for supe- rior a 50 mA. diodo zener pode ter tensdes entre 2,7 @ 3,3 V com dissipagao entre 400 mW e 4 W. circuito pode ser usado como um excelente carregador para bate- rias e pilhas de Nicad. Até 6 pilhas ou uma bateria de 12 V podem ser recar- 0 | *Na092 p> 14002 co) art regadas simultaneamente com esse (+) Ver texto circuito, Outra aplicacéio consiste na ali- mentagao de uma sequénciade LEDs | Figura - M4 woen ae DVO2eT para iluminag&o de um mostrador ou | painel. LEDs brancos de alto rendimento podem ser utilizados. A corrente 6 ajustada com a ajuda de um multimetro na escala de miliampa- | res. Use um resistor de carga de 47 ohms x 5 W para fazer 0 ajuste, conforme ilus- tra a figura 5.11 ou a propria carga ali- mentada, partindo da posigao de maxima | resistencia de P, Na figura 5.12 damos uma sugestéo de montagem para esse circuito que, pelo pequeno numero de componentes, pode usar uma ponte de terminais isolados. Um transformador de 6 V de secun- dario também pode ser usado, mas a Figura - 5.11 tensdéo maxima na carga, sob a corrente ¥ desejada, ndo pode superar essa tensao. No caso de pilhas recarregaveis, a quantidade maxima em recarga devera ser apenas 4. Baterias de 12 V nao poderdo ser recarregadas nestas condigées. ‘Aiterando-se 0 resistor R, para 220 ohms e trocando-se o transistor por um TIP31, a corrente maxima oblida poderé chegar a 1A Na montagem, observar as polaridades do capacitor eletrolitico, diodos retificadores e diodo zener, assim como a posi¢ao do transistor. Figura - 5.12 Fontes de Allmentagio u Lista de Material P, - 470 Q—potenciémetro de fio G T ,- Transformador com primario de acordo Q, ~ BD136 ou equivalente ~ transistor PNP | com a rede local, secundério de 12 + 12 V t de uso geral x 300 mA ou mais D,, D, ~ 1N4002 ou equivalentes —diodos | S, ~ Interruptor simples 1 |. retificadores F, ~ 500 mA = fusivel 2 LED! =LED vermetho comum C, - 1000 LF x 25 V - eletrolitico Z,- 2,7. 23,3 V x 400 mW-—diodo zener __| Diversos: R, ~ 2,2 kQ x 1/8 W — resistor — vermelho, _ | Placa de circuito impresso ou ponte de ter= vyermelho, vermelho minais, radiador de calor para o circuito inte- R, - 470 Q—amarelo, violeta, marrom grado, cabo de forca, suporte para o fusivel, R, - 27x | W~resistor — vermelho, fios, solda, etc. violeta, preto 5.4 — FONTE DE CORRENTE CONSTANTE COM TRANSISTOR DARLINGTON ‘A onte de corrente constante que descrevemos agora usa um transistor Darlington, podendo for- necer correntes de saida até 2A. A tensao maxima da carga, no caso de carga de baterias, 6 da ordem de 12 V. Isso permite que baterias sejam recarregadas ou até 8 células de Nicad simultaneamente. A utilizagao de um transistor Darlington tem como principal vantagem a possibilidade de se usar um potenciometro de aluste de baixa dissipagao, ou seja, um potenciémetro comum. O circuito completo da fonte ¢ apresentado na figura 5.13. O transistor pode ser o TIP125 para correntes até 2.A. Para correntes menores pode ser usado 0 TIP115. Nos dois casos, o transistor deve ser montado num bom radiador de calor. O ajuste da intensidade da corrente é feito no potenci6- metro. Pata monitorar essa corrente deve ser empregado um instrumento indicador. Se for usado um miliamperimetro comum, deve ser calculado um shunt para uma corrente de fundo de escala da ordem de 3 A. ‘A montagem pode ser feita com base numa pequena placa de circuito impresso, ou mesmo ponte de terminais, Lista de Material Q, ~ T1P125 ~ Transistor Darlington D,, D, ~ INS402 = diodos retificado- res de silicio LED—LED vermetho comum R, =2,.2 kQ x 1/8 W— resistor ~ vermetho, vermelho, vermelho R,=3,9kQ x 1/8 W resistor ~ Jaranja, branco, vermelho 2 pb t P,=4,7 KO - potenciémetro linear Rt a C,-2 200 HP x 25 V— capacitor aan T'Py | | etetrotitico @ friet2! ‘ Roda) r ‘T, = Transformador — ver texto 8, Interruptor simples ea fe) a tr Lsske F,-LA~ fusivel | |[ ae 2200 “Lo 1 Carga] Diversos: = Praca decireito impresso ou ponte ~ (+) Ver texto de terminais, radiador de calor para © transistor, suporte de fusivel, cabo de forga, caixa para montagem, fio, Figura - 5.13 solda, ete. 16 Newton C, Briga uma vez que poucos componentes séo utllizados. A figura 5.14 dé um exemplo de disposic¢ao de ‘componentes numa placa. Na montagem, observar as polaridade dos diodos, LED, capacitores eletroliticos @ a posigao do transistor. O transformador deve ter enrolamento primario de acordo com a rede de energia e secundario de 42+ 12.V com uma corrente de 2.A. Se for usado um transformador com menor corrente, 0 circuito ainda funcionard, mas a sua corrente determinard o limite da fonte. Figura - 5.14 5.5 - FONTE DE CORRENTE CONSTANTE COM LM350 Esta fonte ¢ indicada para a cromeagao de objetos, ou ainda em trabalhos de Eletroquimica como eletrélises. Ela pode fomecer correntes constantes ajustaveis de 10 mAa 3A, aproximadamente. Processos experimentais ou de laboratério para cromeacao de pequenos objetos exigem o ‘emprego de fontes de corrente continua com caracteristicas especiais. A intensidade da corrente determina a velocidade de deposi¢ao do metal usado no proceso. Se 0 leitor trabalha com a cromeac4o de pequenos objetos, ou costuma fazer experiéncias de eletroquimica como, por exemplo, eletrélises e eletrodeposigao, a fonte de corrente continua que des- ‘crevemos poderd Ihe interessar. O PROJETO Para a alimentagao de apareihos eletronicos, o que se necesita normalmente é de uma fonte de lensao constante. O funcionamento normal da maioria dos aparelhos é obtido quando uma determi- nada tensdio fixa é usada na sua alimentagao. Em aparelhos em que a corrente varia durante 0 funcionamento, como amplificadores de audio fdios, a fonte deve ser estabilizada de modo que, mesmo em funcéo dessas variagdes de corrente, a 17 Fontes de Alimentagio tensao seja mantida. Nos trabalhos de Eletroquimica, entretanto, em que o importante nao é a tensdo, mas sim a corrente, uma fonte comum nao tem o mesmo desempenho, se bem que possa ser utili- zada. Muito mais interessante @ uma fonte que possa manter constante a corrente no dispositive que esta sendo alimentado, tal como, uma cuba de galvanoplastia, o que exige uma configurago especial de circuito, Usamos, entao, uma fonte de corrente constante, que nada mais é do que um circuito cuja cor- fente nao varia de intensidade, mesmo que ocorram variagbes das condigées de alimentagao da carga e consumo como, por exemplo, sua resisténcia Para trabalhos de eletrdlises, galvanoplastia e outros que envolvam eletroquimica, uma fonte de corrente constante pode ter interesse e até em outras aplicagdes, como na carga de baterias (que no fundo também é uma aplicaco eletroquimica) ‘Se bem que os processos industriais de galvanoplastia operem com correntes de dezenas, ou mesmo centenas de ampéres, nossa fonte 6 mais modesta: com uma corrente maxima da ordem de 3 amperes, entretanto, ela pode ser usada com eficiéncia na cromeagao, niquelagdo, douragao, prateagao ou cobertura de pequenos objetos com eficiencia. Uma vantagem importante a ser considerada nessa fonte, que tem regulagem eletronica, é seu isolamento da rede de energia através de um transformador, o que a tora totalmente segura: pode- Mos tocar em qualquer parte do circuito que alimenta a cuba, mesmo com ela ligada, sem que exista ‘qualquer perigo de choque elétrico. E claro que no uso em laboratorios de escolas temos a grande vantagem de economizar pilhas, ue normaimente so as fontes empregadas nesse tipo de experimento. Caracteristicas: # Tens&o de entrada: 110/220 VCA, «Corrente de saida: 25 mAa 3A # Tensdo maxima de saida: 25 V ‘COMO FUNCIONA Circuitos integrados comuns, que so usados como reguladores de tensao em fontes de alimen- tagao lineares, também podem ser empregados eficientemente como reguladores de corrente. Um desses circuitos integrados, que ¢ bastante usual no nosso mercado, é 0 LM350T que, forne- cido em invélucro TO-220, pode fornecer correntes de carga de até 3 ampéres, Este circuito integrado sera usado como base para nosso projeto Assim, a partir da alta tensdo da rede de energia, temos inicialmente um transformador redutor que possui um secundario com tomada central. Essa tomada central permite 0 uso de dois diodos apenas em um circuito retificador, que transforma a tensdo alternada da rede em tensAo continua ‘Atenso depois do diodo é continua pulsante, exigindo uma filtragem que é felta por um capacitor de valor alto Neste ponto do circuito ja dispomos de uma tensao continua que poderia ser usada em processos de galvanoplastia, mas sem controle algum, podendo até haver a sobrecarga do transformador. A regulagem é feita pelo circuito integrado O circuito integrado é ligado da forma mostrada na figura 5.15. Nesta configuragao um resistor funciona como elemento que vai determinar a intensidade de corrente de salda. O circuito integrado possui um diodo zener interno, que serve de referéncia fixando a tensao em ‘sua saida, Entao, se o terminal de referéncia for ligado da forma indicada, a tenséo de referéncia sobre 0 circuito interno do integrado passaré a ser dependente da corrente sobre o resistor. 118 Newton C. Braga Se esta corrente for ajustada para : um determinado valor e ocorrerem 5 variag6es, também variara a tenso Entrada >— pay] LM 350, To circuito de referéncia, que entéo Al gira no sentido de fazer a correcdo. Bas valor do resistor determina a : cane, corrente. Para obter-se a corrente, basta dividir a tensao de referéncia (1,2 volts) pelo resistor utiizado. Por exemplo, para obter 3 ampéres (que a corrente maxima do circuito inte- pnts grado), © resistor deve ser de 0,4 a ia 0 ohms. Usando um resistor varidvel, no nosso caso, e um potencidmetro de 47 ohms, 6 possivel variar a corrente de um maximo de 3 ampéres (limitado pelo resistor) até um mminimo, algo em tomo de 25 mA. Para indicar a corrente que esta circulando pelo circuito alimentado pode ser empregado um ‘amperimetro, mas trata-se de recurso opcional. Neste caso, usando-se um instrumento convencional de babxa corrente deve ser calculado 0 shunt necessario 4 medida da corrente maxima prevista, da ordem de 3 A MONTAGEM Na figura 5.16 temos 0 diagrama completo do aparelho. A disposigao dos componentes numa placa de circuito impresso é apresentada na figura 5.17, podendo ser usada uma pequena caixa para a fixagdo dos maiores, como o transformador. transformador tem enrolamento primario de 18 V+18 V com uma corrente de 3 ampéres (se for usado um transformador de menor tensao e corrente, o aparelho ainda funcionara, mas com a corrente e tensdo maximas que serao dadas por este componente). O resistor de 0,4 ohms ¢ algo critico, mas pode ser conseguido de duas formas: uma delas con- siste em se ligar dois resistores de 0,22 ohms X 2 W em série. Outra, consiste em se ligar 5 resistores de 2,2 ohms x 1 Wem paralelo, observe a figura 5.18. Qs diodos so do tipo 1N5404 ou equivalentes para 50 V x 3 A e o capacitor eletrolitico deve fe Gy % 51 Pio; Eniradal “MP? |saiaa GP GNIT - 1 oy 1N5404} eral AL oan 47a | xy ee sie+ | Salda | fe +) Vertex ov ‘eo Oe LED (+) Vertex = 5 \c00.F 5 eco Figura - 5.16 ng Fontes de Alimentagio = ora Figura - 5.18 ao. Figura -5.17 ter uma tensdo de trabalho de pelo menos 40 V. O LED indicador de funcionamento, jun- tamente com o resistor em série so opcio- nals. © circuito integrado LM350T deve ser dotado de radiador de calor. Para esse com- Ponente, equivalentes da mesma série como ‘0 LM150T @ LM250T podem ser empregados sem problemas. © aquivalente de involucro ‘metélico também pode ser utilizado. Para conexiio do circuit externo pode ser usado um par de bornes de cores dife- rentes, de modo a identificar a polaridade, ou ainda dois fios grossos com garras para conexao a cuba de experiéncias ou cromea- Se for utilizar um amperimetro, para maior economia ele poderd ser do tipo de ferro-mével, com fundo de escala entre 3 © 5 ampéres. Lembramos que estes instrumentos sao bastante impreci- 80s nos extremos da escala. Para maior preciso deve ser empregado um amperimetro de bobina mével PROVA E USO Para provar 0 aparelho basta liga-lo & alimentagao @ ajustar sua saida para a minima corrente. Ligue, entéo, um resistor de carga de 10 a 47 ohms x 5 W na saida verificando a tensdo neste resis. tor, 120 Newton C. Braga Dividindo o valor da tenséio medida pela resisténcia do resistor usado, devemos ter a corrente que foi alus- tada no potenciémetro, algo em torno de 25 mA. Utilizando este procedimento, pode-se ajustar 0 Potenclometro para fornecer diversos valores de corrente © com isso marcar-se uma escala nese componente, conforme sugere a figura 5.19, caso o aparelho nao use ‘©. amperimetro. Se usar o amperimetro, a verificacao de funciona- mento podera ser feita utiizando-se simplesmente o resistor @ atuando-se sobre o potencidmetro. Comprovado 0 funcionamento, € sé usar 0 aparelho, BANHOS DE METAL ——ov O que se faz em laboratério é usar sais (-) | de cromo, niquel e outros metals que se bien queira depositar numa pega, os quais so Seis a dissolvidos em agua. Se 0 leltor jd trabalha cobroado | comeste tipo de deposicao e portanto sabe quais os sais necessérios ao que deseja, tudo bem. Figura -5.20 No entanto, ha outros leltores que gos- ~ tariam de fazer algumas experiéncias neste sentido € no conhecem os sais. Como o trabalho com substancias quimicas sem conhecimento dos cuidados basicos é perigoso, vamos dar uma aplicagdo mais simples, que utilize substancias que nao sejam to perigosas, Ensinaremos ao leitor a maneira de “cobrear" pequenos objetos de metal como, por exemplo, de ‘aluminio, ferro ou mesmo carbono (um eletrodo de pilha, por exemplo). Numa cuba de vidro dissolveremos sulfato de cobre, que pode ser adquirido com alguma facili- dade em farmacias (ndo pegue diretamente as pedras azuladas deste sal, pois séio venenosas, como amaloria das subst&ncias quimicas!). ‘Como eletrodo positive usaremos uma placa de cobre, por exemplo, uma placa virgem de circuito impresso e como eletrodo negativo, 0 objeto que vamos “cobrear’, conforme ilustra a figura 5.20. Para a operagao de cobrear, é 86 ligar a fonte nos dois eletrados e ajustar a corrente para um valor que depende do tamanho do objeto (valores entre 100 mA e 500 mA sao mais do que suficientes ara o caso de pequenos objetos). Observe a polaridade! Depois de alguns minutos, o objeto ira se recobrir de uma capa de cobre, ou seja, ficaré “cobre- ado". Cobre Obs.: O que ocorre, realmente, explicado pela Quimica, @ 0 deslocamento do metal do objeto pelo cobre, aceleradio pela corrente elstrica, MISTURAS PARA OUTRAS DEPOSICOES a) Cromeacao Formula diluida: 250 gramas de éxido crémico 2,5 gramas de Acido sulfirico 1 litro de agua 121 Fontes de Alimentagdo, Formula concentrada: 400 gramas de dxido crémico 4 gramas de Acido sulfirico 1 litro de Agua Atemperatura da solucao devera ser mantida em torno de 45 graus Celsius, para que a cobertura se tome brilhante, segundo os manuais recomendam. Com mais de 50 graus corre-se o perigo da deposigao ser imperfeita. b) Dourago Formula: 7 gramas de cloreto de ouro 1 litro de agua Acorrente recomendada é da ordem 0,2 ampéres por ltro. ¢) Zincagem Formula: 20 gramas de cianeto de potassio ¢ zinco 20 gramas de hidroxido de sodio 10 gramas de cianeto de potassio 4 gramas de cloreto de sodio 1 litro de agua O anodo deve ser de zinco e o catodo pode ser de chumbo ou grafite, consistindo no objeto a ser recoberto. A corrente deverd ficar entre 500 mA e 1 ampére. d) Niquelagao Férmula para capa fina: 75 gramas de sulfato de nique! amoniacal 1 tro de agua Accorrente devera ficar entre 300 500 mA. Lista de Material Diversos: F,~2A- fusivel Semicondutores Interruptor simples Ch; - LM350T - circuito integrado | D, 1N5404 - diodos retificadores LED = LED vermelho comum Resistores: R, - 4,7 kG x 1/2W - amarelo, violeta, ver- melho R, - 0,4 Qx SW- ver texto - fio P’_ 47 (2- potenciémetro de fio Capacitores: C, - 1000 LF x 40V - eletrolitico 122 T, - Transformador com primério conforme a rede local ¢ secundario de 18+18 Vx 3A M, - 0-3 A- amperimetro J,,J,- Bornes de saida - preto e vermelho Placa de circuito impresso, caixa para monta- gem, boto para o potenciémetro, radiador de calor para o circuito integrado, cabo de ali- ‘mentagAo, suporte para o fusivel, caixa para a montagem, fios, solda, ete. Newton C. Braga €) Prateacio Férmula: 20 gramas de cianeto de potassio 10 gramas de cianeto de prata 1 litre de agua Acorrente recomendada é da ordem de 200 mA. E importante lembrar que muitos dos produtos usados s40 altamente toxicos, exigindo pois cul- dados especials e expeniéncia no tratamento de substiincias quimicas, além de local apropriado, com boa ventilacao. Para os estudantes, o banho mais simples @ menos perigoso ¢ justamente o que envolve o cobre- amento. 5.6 — FONTES DE CORRENTE CONSTANTE COM TRANSISTORES NPN As duas fontes de corrente cons- fante que descrevemos usando tran- sistores (bipolar e Darlington) utiizam componentes do tipo PNP. No entanto, € possivel elaborar configuragies semelhantes empregando transistores NPN, tanto comuns como Darlington Essas fontes 580 ideais para a carga ce baterias © pilhas de Nicad, além da excitacaio de dispositives que nacessitem de uma corrente constante para aperagfio Assim, para transistores bipolares comuns, podemos empregar 0 BD135, aso em que as correntes maximas estardo limitadas a pouco mais de 200 mA para uma operacao segura. Para uma corrente malor pode ser usado 0 TIP31, © qual suportara correntes ate Uns 2 A para uma oporagdo segura Vela que o potenciémetro de ajuste deve ser de fio para agiientar as cor- fentes intensas, Na figura 6.21 tomos 0 circuito pora uma fonte que pode ter entradas entre 6 € 20 V, sendo indicadas para @ carga até 8 pilhas de Nicad ou um pequeno acumulador de 12 V. O transistor deve ser montade em um bom radiador de calor ¢ o trans- formador pode ter secundarios de 9 a 1SV. ‘A corrente de saida é ajustada tom a ajuda de um miliamperimetro, ro Pls rs CE. ae (+) Vertexo Figura - 6.21 G) F000 nF v BP (+) Ver texto Figura - 5.22 Fontes de Alimentagio através do potencidmetro P,. A versdo com transistor Darlington emprega um TIP110 para correntes até uns 800 mA (operagao segura) ou TIF120 para 3A. O circuito ¢ ilustrado na figura 5.22. Neste caso também, o transistor deve ser montado num bom radiador de calor ¢ 0 transformador @ 0 mesmo da versao anterior, porém com capacidade de corrente maior. Lista de Material — Fonte 1 (bipolar) Q, ~ BD135 ou TIP31 ~ Transistor NPN de média poténcia ~ ver texto D,. D, — IN4002 ~ diodos retificadores de silicio Z,_2.7a3,3 V x 400 mW diodo zener LEDI LED vermetho comum R, 2,2 kG2x 1/8 W — resistor —verme- tho, vermetho, vermetho R, ~ 220 02x 1/2 W — resistor ~ verme- Iho, vermelho, marrom R,—47 Ox | W~tesistor—amarelo, violeta, preto | P,-470.@—potenciometro de fio T\ — Transformador ~ ver texto | 8, —Interruptor simples | F\-1A- fisivel | C\~470 pF x 25 V — capacitor eletroli- | tito | Diversos: | Placa de circuito impresso ou ponte de terminais, suporte para fusivel, radiador de calor para o transistor, cabo de forga, fios, solda, etc. 5.7 - FONTE DE CORRENTE CONSTANTE PARA LEDS ‘Sao cada vez mais freqlientes as aplicagSes em que LEDs so usados como fontes de luz em lugar das lampadas comuns, No entanto, nestes casos é preciso garantir uma cir- culagao de corrente constante nos LEDS para que a intensidade da luz produzida | emrada. ao varie, 0 que exige circuitos espe- | 1 Veo ciais. ‘Se bem que exista uma ampla gama de novos circuitos integrados destinados especificamentes a este tipo de. aplica- 9:40, reguladores de tenso de 3 lermi- nais da ‘velha guarda" como o LM317L podem ser utlizados sem deixar a dever Lista de Material — Fonte 2 (Dar- fington) TIPL10 ou TIP120 ~ Transistor Ren Darlington de Poténcia D,, D, - 1N4002 ou 1N5402 — diodos de silicio LED — LED vermelho comum R,— 2.2 Kx 1/8 W — resistor - verme- Iho, vermelho, vermetho 3,9 kx 1/8 W — resistor — laranja, cinza, vermelho R, - 10. 2x 10 W— resistor de fio P? 4,7 k&2~ potenciometro linear comum C,~1 000 LF x 25 V ~ capacitor eletro- litico T, ~ Transformador — ver texto Fi-1 A—Pusivel S| ~Interruptor simples ers0s: Placa de circuito impresso ou ponte de terminais, suporte para fusivel, radiador de calor para o transistor, cabo de forga, fios, solda, etc. Saida a bray Al. re ia (Rat. ) Figura - 5.23 124 fi Newion € Braga nada em termos de desompenho. E jus- tamente isso que descrevemos neste item a partir de Application Note da ON Semiconductor. Conforme podemos ver pelo dia- grama da figura 5.23, 0 regulador de 3 terminais LM317L precisa ‘ver’ uma tenstio de 1,25 V entre sua saida e 9 terminal de ajuste para formar uma fonte de corrente constante. Isso significa que, para termos uma fonte de corrente constante de deter- minada intensidade, por exemplo lo, basta dividir 1,25 pela resistencia sen- sora Rs. 5IRS A alimentacao de um conjunto de LEDs a partir deste circuito torna-se entao muito simples, conferme podemos vorficar polo circuito da figura 5.24, Nao @ preciso usar resistor limitador do corrento, pois © proprio circuito inte grado como fonte de corrente constante faz isso. E prociso cuidar apenas para que a tensao de entrada, menos os 1.25 V de queda no circuito regulador resul- tem numa tenséo maior do que a-exi- ida para acender os LEDs ligadas em | série. Para um maior nimaro de LEDs podemos associé-los em grupos con forme ilustra a figura 5.25 Finalmente, temos a versio sofis- ticada do circuilo que garante que em Eni. a Veo. Lat 377| Figura - 5.24 | Se estes Ja, Leds fqueimarer, acorrerte [se-manteré nossas Figura - 5.26 das correntes nos outros ramos devera permanacer constante ¢ oles recebordio uma corrente m Isso pode-ré Ihes causar sobrecarga, cada ramo dos LEDs acionados tenha- mos correntes iguais, caso em que trés resistores sensores s80 utilzados. Observe a figura 5.26. A grande vantagem dessa configuracao 6 que s@ um LED de um dos ramos quel Mmar-se, 08 LEDS dos outros ramos nao setao afetados, No circuito antertor , por exemplo, se um dos LEDs queimar-se, a soma Outras Fontes Lineares ‘Além das fontes que vimos nos itens anteriores, existem diversas oulras opg6es para o montador Daremos alguns circuitos praticos que podem ser de grande interesse para 0s leitores 6.1 - FONTE DE 6 E12 VX 1A - MULTIPLA AAfonte que mostramos na figura 6.1 fornece duas tenses ao mesmo tempo, ou soja, 6 uma fonte pla, de grande utllidade na bancada do projetista. Accorrente maxima para cada salda é de 1 ampere, o que leva a necessidade de se usar um Itansformador capaz de fomecer uma corrente de pelo menos 2 amperes, cirouito utiliza os integrados 7806 € 7812, os quais devem ser montados em bons radiadores calor. ; (© transformador tom primario conforme a rede de energia e secundario de 12 + 12 Vou 15 + 15 V com corrente de 2A, Podem ser utlizados transformadores menores, mas a corrente maxima da fonte sera proporcionalmente reduzida. ‘O capacitor eletrolitico maior deve ter uma tens&o de trabalho de 25 V ou mais. Na figura 6.2 damos uma sugestéo de montagem em placa de circuito impresso, se bem que os poucos componentes usados permitem que até mesmo uma ponte de terminais seja empregada Na montagem, o leitor deve observar as polaridades de dioclos e capacitores eletraliticos, além a posicao dos circuitos integrados. Para os pélos negativos, comuns &s duas tenstes, podem ser utilizadas bornes pretos. Para dife- fentiar as duias tenses suigerimos sar borne azul para a tensao de 12 V e verde para 6 V, au outras g9ras dle que 0 leitor dispanha Uma possibilidade interessante para aqueles que trabalham com circuitos lbgicos & substituir a lensdo de 6 V por 5 V, utiizando um 7805, ou mesmo fazer uma fonte com uma tensdo adicional, ponforme ilusira a figura 6.3, caso em que o transformador deve ter secundario de pelo menos 3A, $e 0 loitor nao dispuser de um ransformador com mais de 1 A, podera fazer a fonte comutada por uma chave, observe a figura 6.4, mas neste caso, teremos aponas luma tenséo disponivel de cada vez. ‘Ao usar a fonte, lembre-se que ‘negative 6 comum as duas ton 3009. Na figura 6.4 orientamos como alimentar dois aparelhos, um de 6 V @oulro de 12 V, de forma indepen- dente usando esta fonte. Fiend Fomes de Alimentaga0 Figura - 6.2 o1 | bt. } —or rev vey ~o+sv gov ae 4 Cireuitos alimentados 12vop}-— = S* boy joov Fonte 6 yo: ae | ove sexy | Figura - 6.4 128 Lista de Matenal Cl; - 7806 - circuito imtegrado, regula- dor de tensio Cy - 7812 - circuito integrado, regula- dor de tensio Dj, D2 - 1N4002 - diodos retificado- res LED - LED vermetho comum Cy -4 700 UF x 25 V - capacitor eletrolitico C2, C3 ~ 10 UF x 16 V - capacitores eletroliticos Ry = 2,2 kx 1/8 W - resistor - ver- melho, vermelho, vermeltio T, - Transformador - ver texto § - Interruptor simples Fy -1A-fisivel |] Diversos: Placa de circuit impress ‘ou ponte de terminais, suporte para fusivel, radiadores de calor para os ci cuitos integradas, fios, sold, cabo de forga, caixa para montagem, etc ra 6 6.2 - FONTES DE MUITO BAIXA TENSAO Existem aparelhos eletronicos e mesmo circuitos que precisam de tensoes muito baixas para sua alimentagao. Neste caso, destacamos os aparelhos que operam com uma, duas e trés pilhas tipo boldio ou mesmo comuns, 0 que representa tensdes na faixa de 1,2.a 4,5 V tipicamente. Para alimentar esses circuitos preciso contar oom circuitos especiais, pois os reguladores ‘gomuns € mesmo os zeners nao sao encontrados em tensoes menores do que § V. Assim, para obter tens6es nesta faixa, o leltor tom algumas opgdes interessantes que dependem basicamente da cor- rente de saida desejada, F 6.2.1 - OPCAO 1 Vertexto) A primeira opeéo & apresentada na figura 6.5 e consiste em um regulador que faz uso de diodos de silicio comuns coma referénoia de tensao. Cada diodo proporciona uma queda de tensdo de aproximadamente 0,6 V quando polarizado no sentido direto. Desse modo, com um diodo oblemos 0,6 V; com dois diodos 1,2 V; com 3 diodos 1,8 Ve assim i (©) =n “L por dianto, A corrente maxima depende do resis tor R que pode'ser calculado da seguinte maneira, om fungdo da tensdo de entrada (seoundario do transformador empregado) 1500 eo Onde: R é a resisténcia do resistor de redugéo, em ohms. Vin & a tensdo 0 secundario do transformador. em volts Vs é a tensdo de saida, dependente do nimero de diodos, em volts 1 @ a corrente maxima na carga, em ampéres, Na pratica, ndo se recomenda a utilizacdo desse tipo de redutor na alimentagao de aparelhos que exijam mais do que 100 mA Por exemnplo, para um transformador de 6 V, @ uma tensdo de saida de 1,2 V com uma corrente de 0,05 A (50 mA) a resistor sera: R=(6- 1,2//0,05 R=4,8/0,05 R= 96 ohms Q valor comercial mais proximo @ de 100 ohms. Adissipagao sera dada por: P=Rxi2 129 Fontes de Alimentacie P= 100 x 0,05 x 0,05 P=0.25W Pode-se utilizar um resistor de % W, pois um resistor de % W (0,25 W) trabalharia no limite @, portanto, muito quent. Uma possibilidade interessante de uso de referéncia para baixa tensdo, para a faixa de 7,6 V a 2,1 V consiste no ‘emprego de LEDs, conforme ilustra a figura 6.6. Os LEDs vermelhos quando om condugao se compor- tam como referéncias de 1,6 V aproximadamente, enquanto que 0s amarelos como 1,8 V ¢ os verdes 2,1 V. Os tipos azuls (mais raros) tem uma tenso maior. No entanto, as correntes maximes dessas fontes esto limitadas a algo em torno de 50 mA. O resistor de reducdo R 6 calculado exatamente como no caso do exemplo cam diodos comuns Figura 6.2.2 - OPCAO 2 A opgao 2 & a mostrada na figura 6.7 podendo fornecer tens: Lista de Material Dj, Dy - 1N4002 ou equivalentes D3 Dy - Diodlos IN4N48, INDIA, 1N4002 ou equivalentes em guanti- dade conforme a tensiio desejada LED- LED yermelho comum C; - 1 000 AF - capacitor eletroitico - 12 Vou mais C2-470 UF - capacitor cletrolitico ~ 6 Vou mais Ry = 1,2 kx 1/8 W- resistor - ‘marrom, vermelho, vermetho R-ver texto Ty - Transformador com primario de acorio com a rede local e secundirio de3.a6V com corrente de S0mA a 200 0A Fy - Fusivel de 500 mA 81 - Interruptor simples verso Ponte de terminais ou placa de circuito impresso, soquete para o fusivel, cabo do forga, eaixa para montagem, fios, | solda, etc, s de 1,2 Ve acima, dependendo apenas do ntimero de diodos a serem colocados no terminal de referéncia Para 0 LM317 teremos uma corrente maxima de 1,5 e para o LM350 uma corrente maxima de. 3A. Atabela dada a saguir fornece as tens6es de saida para diferentes némeros de diodos: 130 Ndmero de diodos nséo de saida oO 1,25V fssiapoer ta a 1.8V 2 Tie, 4 3.6V 5 42V ee. 2a ee Newioin ©: fangs 5 Lista de Material ae goice | | Cl -LM317 ou LM350-- Circuito oy |_| integrado regulador de tensao - ver ae texto | Dy, Dy - 1N4002 ou LNS402 - diodos retificadores (conforme corrente) a D3 a Dp - diodos de uso geral ae IN4148, IN914, etc - conforme tensto de saida - yer texto 5 LED - LED vermelho comum Tab eeueNe: Ry - 1,2 kQx 1/8 W - resistor - matrom, vermelho, yermelho Rg - 220 & x1/8 W - vermelho, ver metho, marrom Cy -2 200 uF a4 700 mF x 12 V- capacitor eletrolitico C3 -10 UF x 6 V ou mais - capacitor eletrolitico | - Transformador com primirio de acordo com a rede local e secundtio de 545 Von6+6V-corrente Figura - 6.8 conforme a desejada ua saida ——- | F)-1A- fusivel Podem ocorrer variagies em toma dos valores dados | 8 - Interruptor simples - yer texto Mig labela em fungdo das tolerancias dos componentes, | Diverso Pincipalmente porque exisiem diferencas quanto as ten- | Placa de cireuito impresso ou ponte s6e3 nos diodos de terminais, radiador de calor para Neste caso também, 0 uso de LEDs em lugar de | circuito integrado, fios, solda, cabo de diadas comuns pode ajudar a obter baixas tens6es, con- | forga, caixa para montagem, ete, forme exibe a figura 6.8 de Um LED vermetho soma 1,6 V aos 1,25 de referén- {ia dos circuitos integrados, gerando uma tensao de saida do 2,8 V, O resistor de realimentagao ¢ importante para garantir a circulagdo de uma corrente minima pelo {eminal de referéne Mesmo fornecendo baixas tensoes, 0 circuito intogrado deve ser dotado de um radiador de calor, especialmente se a corrente de saida for maior que 1A 0 transformador tem enrolamento primario de acordo com a rede de energia e secundério de 5 ‘U6 V, com corrente conforme a desejada na carga. 2 INado2 eee Figura - 6.7 do 6.3 - ZENER AJUSTAVEL ‘Na falta de um diodo zener para referéncia numa fonte de alimentagao, existem diversos meios dese simular esse componente, J vimos nos itens anteriores comno fazer isso usando diodes comuns ‘@alé mesmo LEDs O circuito mostrado na figura 6.9 é um pouco mais sofisticado, pols pode ser ajustado com oerta preciso e ¢ capaz de manusear uma corrente até 100 mA. Sua montagem pode ser feita numa “pequena placa de circuito impresso conforme jlustra a figura 6.10. 131 Fontes de Alimentagiio Atensao zener deste citcuilo simuladot poda ser ajustada entre 0,6 e 4 V, tipice mente. Tensées maiores podem ser obtidas (cam alteragao do valor de Ry @ Ro. © transistor Q2 devo ser montado num pegueno radiador de calor, principalmente 3€ 0 Gircuiito operar com sua capacidude maxima de carrente. Observainios que, apesar ce simular um diodo Zener, a linearidade deste circuito nao @ 180 boa como a de um componente real. Assim, a tensao zener alustada pode Variat sensivelmente com as mudangas da tansao de entrade © da propria car renle no circulto Para maior precisao no ajuste, o trim: pot camum pode ser substituido por unt do tipo multivoltas. Observamos que © diodo zener tambem pode ser simulado de forma “inversa” com 0 uso de um transistor NPN: para Qy (BC548, por exemplo) e um PNP para Q9 (BD136, por exempio) | Figura -6.10 Lista de Material Ry. Rg -1,2 kQ x 1/8 W - resistor - marrom, vermelho, vermelho Qj - BCSS8 - transistor PNP de uso geral | P - 10 K02- rrimpot Q2 - BC548 on BD!35 - transistor NPN de | Diversos: | uso geral (até 50 mA) ou média poténcia (até | Placa de circhita impresso, radiador de calor 100 mA) para Qo (se necessirio), fids, solda, ete 6.4.- FONTES DE MUITO ALTA TENSAO. TensGes acima de 80 V sdo consideradas altas e acima de 2 000 volts sfc consideradas mullg allas (MAT). Hé diversos tipos de circuits que precisam dessas tensoes tanto para alimentacda quanto para a simples polarizacao de componentes. Em um primelro caso temos os circultos vaivulados que operam com tensdes na faixa de 604 500 V (amplificadores, transmissores, etc. ¢ num segundo caso tubos de ralos catodicos e camaras 9 jonizagao, que oparam com tensées na faixa de 2 000 a 40 000 volts. A seguir damos algumas sugestoes de fontes que podem ser utilizadas na alimentago desses ireuitos. 6.4.1 - FONTES PARA APARELHOS VALVULADOS As fontes tipicas de aparelhos valvulados fazem uso de Um transformador com dois ou mals secundarios, conforme mostra a figura 6.11 132 ner ma PN NP is t 900350 t vawue ‘incadora Figura - 6.11 INago7 ov = Flotentos 6,9. » v mnqco? oe een ae aoa? se de > = 809 100 Florertes 63 (6) » Figura - 6.12 v Em (a) temos uma fonte com um trans- formador dotado de secundario de alta tensao para 08 circuitos de placa (anoda) e outro secundario de 6,3 V para alimentagao dos filamentos das valvulas. Em (b) temos uma fonte com transfor mador dotado de dois secundarios de baixa tensdo. Um deles fomece 5 V para o fila- mento da valvula retificadora ¢ 0 outro 6,3 V pata os secundérios das demais vaivulas. Atalmente, as valvulas.retificadoras podem ser substituidas por diodos como os tipos 1N4004 e 1N4007, 0 que elimina a necessidade de um enrolamento para fila- mento da valvula retificadora. No entanto, dove continuar presente o enrolamento para 05 filamentos das demais valvulas, Na figura 6.12 observamos fontes tipi cas de alta tenséo para equipamento valvu- lado, usando diodos 1N4007. No’ primeiro caso uma fonte de meia onda e no segundo caso, uma fonte de onda completa. As conentes dos transformadores empregados nessas fontes variam bastante, dependendo da poténcia do aparatho. Os secundarios de alta tenso tém correntes, de 25 mA a 500 mA tipicamente, enquanto que 0s secundarios do baixa tensao tem correntes de 1 A ou mais. Lembramos que os transformadores usados nessas fontes s40 componentes pesados € volumosos. Atualmente, exis- tem casas especializadas que podem for- necer esses componentes, quer seja com tenses padronizadas quer seja sob enco: menda. Alternatives para fortes de altas ten- S028 que alimentam circultos valvulados podem ser elaboradas com base em transformadotes comuns ou mesmo sem transformadores, Assim, na figura 6.13 vemos um cuito onde um trarssformador de duas ten- soes de entrada comum, com secundério de 6 \, 6 usado como autotransformador ‘em uma fonte que pode chegar aos 300 V do saida. © primario do transformador funciona come um autotransformador, elevando a 133 Fontes de Alimentagao 134 Dj INaoor a. | Figura - 6.16 Lf euadora ae teneo0 tensdo da rede de 110 V para 220/240 V. Essa tensao € retificada e fillrada. © secundario de baixa tensao menta os flamentos das valvulas do cir cuito Um problema inerente a esse tipo de fonte 6 que ela nao ¢ isolada da rede de energia. |ss0 significa que contatos com suas partes expostas podem causar cho- ques Uma outra forma de se alimentar um Circuito valvulade (sem o uso de transfor- Mador) ¢ a llustrada na figura 6.14 Esse tipo de fonts era muito comum em radios valvulados econémicas, deno- minados *rabo quente”. Essa denomina- ‘¢40 curiosa ven do fato do resistor redutor de tensa para os filamentos das valvulas ligadas om série estar "embutido" no pro- prio cabo de forga. Assim, em fungao de sua dissipacao, o cabo de forga funcioniava levemente aquecido, justiticando a deno- minagao desses aparelhos. Veja que a retificacao da alta tensd0 6 feita a partir da propria rede de energia nao havendo qualquer isolamento. isso significa 0 perigo de choques ao se tocar ‘em qualquer parte exposta desses circui- tos. Recuperadores de aparelhos antigos Podem encontrar radios que usam a vale vula 354 como ratificadora (35 V de fila- mento), @ oulras como a 6BA6, 6AVS, 6BE6, 50C5, etc. Aregulagem de alta tensao de apare- [hos vaivulados também é possivel e ha diversas alternativas Nos apareinos mocernos podem ser utilizados zeners de alta tensdo, exa: tamente como nas configuragdes tran- sistorizadas, voja a figura 6.15. Zeners a partir de 75 V podem ser obtidos no mercado especializado, se bem que nad sojam componentes comuns. No entanto, existem componentes da “era da valvula” equivalentes aos diodos zener. Na figura 6.16 exibimos um circuito regulacor de tensdo usando uma vélvula a gas. Newton C: Brig E claro que esses componentes difici- mente so encontrados, pois j4 néo mais 840 usados nos equipamentos modernos. 40 V. cit 6.4.2 - MULTIPLICADORES DE ° a TENSAO 2 de No projeto de fontes de alimentacao | ow ainda inversores, geradores de tensSes muito altaa ¢ eletrificadores podem ser necessarios circultos capazes de dobrar, triplicar ou multiglicar por valores mais allos uma tensao. com: um Existem diversas configurag6es possi- = veis para estes circuitos, baseadas exclusi- nae ‘vamente em diodos e capacitores. A seguir, itor Figura - 6.18 focalizamos as prinoipais configuragses las usadas na multiplicagdo de tens6es alter- r= de va nO nadas COMO FUNCIONAM Obter uma tensAo continua maior do que 0 valor de pico de uma tensao altemada a partir de um proceso de retificagao e filtragem nao é muito difill. Na verdade, podemos multiplicar tensoes alter- nadas, obtendo tens6es continuas de valores muito mais altos usando apenas componentes passivos como diodos e capacitores. As configuragSes de dobradores, triplicadores ou ainda multiplicadores por qualquer fator inteiro posilivo sao bastante comuns em fontes de alimentagao de muitos aparelhos eletrdnicos. Para o leitor que deseja fazer uso destas configuragies, damos aigumas delas neste item 1, DOBRADOR DE TENSAO CONVENCIONAL 80 ia, 30 “ar ule Essa configuragao ¢ mostrada na figura 6.17, tendo dois diodos e dois capacitores. As tensées de trabalho dos capacitores devem ser no minimo o valor de pico da tensao de entrada. e Os valores de Rs € Re sao bastante baixos, servindo normalmente para limitar os surtes de cor- 4 tente no momento em que © circuito 6 ligado. encontrando os capacitores descarregados. Uma cor-, yente muito intensa neste momento poderia causar danos aos diodos. er ss 2. DOBRADOR DE TENSAO EM CASCATA e Esta configuracao ¢ ilustrada na figura 6.18 e faz uso lambém de dois diodos e dois capacitores, 0 O capacitor Czy nesta configuragao, entretanto, deve ter uma tensao de trabalho que seja 0 dobro . ie tensdo de pico de entrada, : Afinalidade de Rs neste circuito 6 a mesma do circuito anterior. : 3. DOBRADOR DE TENSAO EM PONTE 0 Essa configuragdo traballia em onda completa e ulliza quatro diodos em ponte, Apresentamos ‘eu circuito na figura 6.19 133 Fontes de Alimentagao a Wi Observe que os dols capacitores| ‘ Rs devem tor tensdes de trabalho que sejam or pelo menos do mesmo valor que 0 pico da! Dy Pa tensao de entrada N a | __ 4. TRIPLICADOR DE TENSAO DE ol By eA cage] | ONDA COMPLETA it Atensao de saida do circuito da figura 6.20 & aproximadamente o triplo do valor da tenséo de entrada. S80 usados 3 diados e trés capacito- res, sendo as tenades minimas de traba- | HoH! tho dos capacitores indicadas no propno c diagrama, | Vm neste circuito ¢ 0 valor médio da tensao de entrada. Dg 3 14°F 5. TRIPLICADOR DE TENSAO Figura - 6,20 EM CASCATA O circuito da figura 6.21 fornece em sua saida uma tensdo que 6 aproximada- Ps mente o triplo da tenso de entrada. os As tens6es minimas de trabalho dos capacitores sao indicadas no proprio dia- Beloue cee un teen eae De tensfio de entrada. O resisior Rs limita a | °=—-—{ Cy corrente no momento em que o circuito Re c ligado e encontra os capacitores descar- N of regados. feasts | PNA) 6. QUADRUPLICADOR DE TENSAO DE ONDA COMPLETA Q circulto mostrado na figura 6.22 fomece em sua salda uma tensdo aproximadamente 4 vezes maior que tendo aplicada em sua entrada Os valores das tensées de trabalho 9a vi minimas dos capacitores s&o indicados no | préprio diagrama, | Novamente, Vm 6 o valor da tensao | média de entrada 7. QUADRUPLICADOR DE TENSAO DE MEIA ONDA Este circuito usa quatro diodos e quatro : capacitores, multiplicando por 4 a tonsao Figura - 6,22 Ge eniadel 136 Ri Os valores das tensées de trabalho s n minimas dos capacitores stio dados.na a figura 6.23, onde Vm @ a tensdo media de ontrada, E 8, MULTIPLICADOR DE TENSAO PORN 2 | No circuito da figura 6.24, n pode ser qualquer fator positivo inteiro, @ por ele ficara multiplicada a tensdo de entrada. ‘Os capacitores colocados neste clr- culto devem ter tensdes minimas de tra- balho indicadas no diagrama, segundo sua posicao. Vm neste circulto, 6 o valor medio da tensao do entrada. | Lembramos aos leilores que nao Figura -6.24 podemos criar energia. Assim, @ medida que vamos obtendo tensées maiores com ‘a multiplicagao dada por estes circuitos, as correntes disponivels na carga vo se tamando proporcionalmente menores. n ‘Leve-se em consideragao também quo no processo de multiplicagao de tensdo existem perdas a . serem consideradas, o que reduz ainda mais a corrente que podemos obter nas saidas e consequien- femente a potancia. 2 zl 6.4.3 - FONTES DE MAT 2 ™ Para gorar tensdes acima de 1.000 volts existom diversas técnicas que mostramos agora. A = seguir, apresentaremas alguns circuitos praticos para © leitor. 1. FONTE COM MULTIPLICADOR Amais simples é a que faz uso de um multiplicador de tensao ligado diretamente a rede de ener- gia, como mostra a figura 6.25, Esso tivo de fonte pode gerar tensoos do 1 000 a 5 000 V a partir da tensao de 110 ou 220 V da J rede de energia, evidentemente com correntes extremamente baixas. > 5 i i = | > Sach 1000470 nF] Dy aD, INACOA (7) } Figura - 6.25 Fontes de Alimentagiio Sua maior utlizagao € nos gerador de fons, semelhantes ao llustrado na figura 6.25, que gera fons negatives, ou ainda para a alimentagao de filtros eletrostaticos. Os capacitores devem ser de poliéster com uma tensdo de trabalho de 250 V ou mais (se a rede! for de 110 V) e de 400 V ou mais, sea rede for de 220 V. Os capacitores podem ter valoros entre 100 nF @ 470 nF, conforme a ‘poléncia® desejada paraa fonte. Na figura 6.26 temos uma sugestao de placa de circuito impresso para a montagem desta fonte, Para se obter a tensao de saida, multiplica-se a tensao de entrada pelo niimero de ramos do ‘multiplicador (n), Observamos que essa fonte esta ligada diretamente a rede de energia e portanto nao deve ter nenhumia parte exposta, sob 0 fisco de chaque: Para gerar ions poder ser usado um alfinete ou agulha, que os expulsaras no meio ambiente, pela efoito das pontas. Lista de Material Ry, Ro, Ry - 1 MQx 1/8 W - resistores marrom, preto, verde - opeional - apenas para Dj a Dy - 1N4004 (rede de 110 V) ou gerardor de fons IN4007 (rede de 220 V) - diodos retificado- | Diversos: res de silicio Placa de circuito impresso, cabo de forga, C) aC, - 100 nF a 470 nF - capacitores de | fios, solda, etc, poligster P| - $00 mA - fusivel hr Figura - 6,26 138 Newton C. Braga ra 2. FONTE DE MAT COM TRANSISTOR BIPOLAR de Nos televisores e monilores de video, @ alta tensdo ¢ gerada aproveltando-8e 0 sinal do oscilador horizontal (varredura horizontal), o qual é aplicado a um transformador que tem um enrolamonto de a alta tansao (transformador de saida horizontal ou TSH), observe a figura 6.27 Este tipo de transformadior ou mesmo bobinas de ignigao de automoveis podem ser usados para $e gerar alta tensao a parlir de 6 a 18 V de entrada, com a ajuda de um oscllador, contendo um Iransistor de alta poténcla Um exemplo desta configuracao exibido na figura 6.28, er Este circuito utiliza um transistor 2N3055 como oscilador Hartley, onde a frequénola 6 determi! nada pelo capacitor em paralelo com a bobina no circuito de realimentagao. Figura -6.27 Figura -6.28 Fontes de Alimentagao aes A bobina consiste em 7+7 a 15 + 18 espiras de fio esmaltado 22 ou mais grossa, enroladas na parte inferior do nucleo do transformador de saida horizontal, con. forme mostra a figura 6.29. har T+79 O transistor deve ser montado num 16+ 4e%phas | bom radiador de calor @ © potencidmeto es | permite ajustar a frequencia para maior ren’ dimento. ‘A tensao obtida neste circuit depende muito do transformacor, ficando na faixa dos 4 000 4 20 000 volts tipicamento, Em fungao das caracteristicas dos componentes usados podem ser necessarias alteragGes nog valores de G3 ¢ Gg para se obter melhor rendimento do circuito. Figura - 6.29 a + il | Lista de Material Py - Transformador com primirio de acordo ee com a rede local e secundario de 12+ 12 V 3 Q) - 2N3055 - transistor NPN de poténcia |x 3A a Dy, D2- 1N5402 - diodos retificadores de | T2 - Transformador de saida horizontal de 2 silicio " tclevisor antigo (sem triplicador) a Ry -220.x 1 W- resistor - vermetho, F)-1A - fusivel | vermelho, marrom $1 - Interruptor simples Fl P - 1 kQ-potenciémetro de fio Diversos iz C] - 1000 UF x 25:V - capacitor eletrolitico | Placa de circuito impresso, radiador de calor C- 220 nF - capacitor de poligster para 0 (ransistor, suporte para o fusivel, caixa oh su C3 - 100 nF - capacitor de poliéster | para montagem, eabo de fory ete, fos, soldi Uma verso de maior poténcia é ilustrada na figura 6.30. Ela faz uso de um transistor NPN de poténcia Motorola MJJ18003 e pode fornecer tenses ultra Passando os 30 000 V, dependendo apenas do transformadior colocado. A tensao de alimentagao do setor de baixa tenstio é bem mais elevada, chegando aos 30 V, 6 corrente também 6 mais intensa, O resultado é uma poténcia de algumas dezenas de wails para excltar 0 transformador de alta tensao 2200 T Figura - 6.30 Figura -6.31 Neste caso também, o transformador T2 6 um flyback de televisor, © 0 onrolamento primario € formado por 6 + 6 a 15 + 15 espiras de fio esmaltado 22 au mesmo fio comum com capa plastica Deve ser utiizado um transformador que tenha niicleo exposto sem triplicador para que essa bobina primaria passa ser enrolada. Observamos que as altas tensoes produzidas por esse circuito sdo perigosas, devendo o mesmo ser utll- zado com 0 maximo de cuidado. O trasistor de poténcia deve ser montado num excolonto dissipador de calor, e em alguns, pode até ser necessdrio uli- lizar aigum sistema de ventilacao forgada. Ro deve ter seu valor experimentado na faixa de 2,7 ohms a 10 ohms para se obter o melhor desempenho'sem superaquecimento do transistor. 0 transformador Ty pode ter tensdes de secundario de 454 15 Va 22 + 22 V com uma corronte minima de 3 ampo- res. O primario deve ser de acordo com a rede local de ener- gia Dependendo das caracteristicas do transformador de alta tensdo usado, Cg e C4 devem ter seus valores alterados para se obter o melhor desempenho do circuit. Para uma aplicagao em que se deseje altas tensoes con- tinuas pode ser agregado um circuito retificador semelhante ao da figura 6.31. Nessé circuito temas um diodo de alta tenso © 0 capaci- tor é feito com placas de vidro de 0,4 a 0,5 mm de espessura Lista de Material Qy - MJ15003 - Transistor NPN de alta poténcia e alta tensio Dj, D2 - 1N5404 - diodos retifi- cadores de silicio LED - LED vermelho comum Ry - 3,3 kQx 1/8 W - resistor Jaranja, laraja, vermelho Ry - 3,3 2x 10 W- resistor de fio Ry - 330.2x5 W- resistor de fio Ry - 1 kQ ~potencifimetro de fio Cj - 2200 pF x 40 V - capacitor eletrolitico C9 -4,7 UF x 40 V - capacitor eletrolitica C3 -47 nF - capacitor de pol ter C4- 100 nF - capacitor de poliés- ter Ty - Transtormador com secun- dario de 15+ 15 Va 22 +22 Vx 3A - ver texto ‘Tp - Transformador de saida horizontal - flyback - ver texto F, -2.A- fusivel Sj - Interruptor simples Diversos Placa de cireuito impress ou ponte de terminais, radiador de calor para o transistor, cabo de forga, suporte para 0 fusivel, caixa para montagem, fios, sold, ete (quadrados de 20 cm x 20 cm ou maiores, conforma a capacitancia desejada) ¢ folhas de aluminio comum, 3, FONTE COM FET DE POTENCIA E INTEGRADO Na figura 6.32 temos um circulto de fonte de alta tensao a partir de uma fonte de baixa tensdo continua de 6 a 15 V, o qual pode usar um transformador de salda horizontal comum (TSH) de {elevisor!monitor de video out uma bobina do ignigao de carro. ‘A bobina de ignigdo pode ser usada, pols 0 transformador née necesita de um enrolamento pri- mario com derivagao. 141 Fontes de Alimentag%e eiav | 02 Feat 2A TWSA0% CB~\ Si oy j © circuito basicamente emprega um ascilador com o circuito integrado 565, o qual excita a com- Porta (gate) basicamente de um transistor de ofeita de campo de poténcia. Esse circuito também fun- Cionard se em lugar do FET de poténcia for colocado um Darlington de poténcia NPN. Nos dois casos, © transistor devard ser montado em um excelente radiador de calor. Para o caso de um transformador de saida honzontal, deve ser utilizado o tipo sem tnplicador com nUcleo exposta para se fazer o enrolamento primario. Esse enrolamento consiste de 10 a 25 espiras de fio comum 22. © melhor numero de espiras para maximo rendimento deve sor obtido experimen- taimente, (+1 Ver tox0 Figura - 6.32 Lista de Material | R4-2,7 kQ x 1/8 W - resistor - vermetho, violeta, vermetho Cly ~555 - circuito integrado, timer Cy - 2.200 UF x 25 V - capacitor eletrolitico Dy, Dy - 1NS402 - diodos retificadores de | C3 - 100 nF - capacitor de poliéster silici Ty - Transformador com primario de avordo LED - LED vermetho comum coma rede local e secundaria de 12 +12 V Q1 - IRF640 ou qualquer Power MOSFET de |x 2A canal N ‘T2- Transformador de saida horizontal - ver Rj -2.2kQx 1/8 W-resistor-vermelho, | texto vermelho, vermelho F) -2A-fusivel Ro, Ry - 12 kQ x 1/8 W- resistor - marrom, | Sj - Interruptor simples vermelho, Inranja 4, FONTE COM SCR Um outro cirouito de fonte bastante simples para lens0es multo altas, usando um SCR camo come ponente basico, 6 mostrado na figura 6.33. Esse circuito consiste em um oscilador de relaxagao com base numa lampada néon que, a0 pro- duzir pulsos, os utiliza para disparar um SCR. © SCR esla ligado em série com um capacitor e 0 enrolamento primério da bobina de alta tensao. 142 Dy Vig 1N4D04 (22a) (7) © capacitor carrega-se com uma tensao elevada, da ‘ordem de 40 a 400 V, 0 qual ao descarregar-se através da bobina produz puisos de tensdo muito alta. Este tipo de circuito & bastante empregado em sis- temas de ignicéo automotiva, onde a alta tensao para a etapa do SCR & produzida por uin circuito inversor, fazendo-o operar com tenses entre 400 € 600 volts tipi- camente. No circuito da figura 6.33 a poténcia do circuito depende basicamente do valor do capacitor de alta tensao Cy. . Esse capacitor deve ser do tipo de alta tensao, com valores lipicos entre 1 uF e 47 \iF para as aplicagbes comuns Na rede de 110 V, esse capacitor deve ter uma tensao de trabalho de pelo menos 200 V e na rede de 220 V, sua tensdo minima de trabalho deve ser de 400 V. NewinC. rip Lista de Material SCR - TIC106B ov D- conforme rede de energia - diodo controlado de silicio Dy - 1N4004 (110 Y) ou 1N4007 (220 V) - diodo de silicio NE-I - lampada néon comum NE-2H ou equivalente Ry - 1kQx 10W (110 V) ou 2,2 Kk x 10 W (220 V) - resistor de fio Rp -22 kx 1/8 W- resistor - vermelho, vermetho, laranja Rg - 47 k0x 1/8 W - resistor - atarelo, violeta, laranja P| - | M&- potenciémetro lin on log Cy - 1232 pF - capacitor eletroli- tico - ver texto "2-470 nF x 100V - dé poligster T ~ Transformadar flyback ou bobina de ignigdo - Ver texto F,-1A- fusivel S| - Interruptor simples Diversoy Placa de circuito impresso ou ponte de terminais, caixa para montagem, cabo de forga, botdo para o potenci. ‘metro, fios, solda, etc. capacitor ‘A bobina de alta tensdio pode ser do tipo usado em igni¢ao de carro ou ainda um flyback comum de TV, onde 0 enrolamento primério consiste em 10 a 30 espiras de fio. comum O potenciémetro P4 serve para ajustar a frequénoia do circuite ©, com isso, a intensidade dos pulsos de alta tensao. © resistor Ry deve ser de fio, com pelo menos 10 W de dissipagdo. Seu valor depende da rede de energia. ‘A lampada néon pode ser substitulda por um DIAC. O SCR nao precisara ser montado em dissi- pador de calor. tengo: Esse circuito nda ¢ isolado da rede de energia, portanto todas suas partes cxpostas devem set protegidas. Qualquer contato pode causar choquos perigosos. 6.5 - INVERSORES Os inversores sdo usados quando se deseja obier lensdes mais elevadas (continuas ou alterna das) 2 partir de fontes de corrente continua de baixas tens6es. Exemplos de aplicagées de inversores esti nos tipos utilizados om carros ou casas do campo sem energia, com a finalidade de alimentar eletro-sletrOnicos a partir de baterias. Também 143 Fontes de Alimentagdo podemes citar os no-braks que mantém um computador ligado a rede de energia em funcionamento, quando a energia falta ¢ & suprida por uma bateria. Podemos finalmente lembrar das lampadas fluorescentes, que podem ser alimentadas a partir de pilhas ou baterias comune. Na maioria dos casos de inversores simples nao ha a preocupacao em manter a forma de onda Senoidal @ a treqiiéncia de 60 Hz da rede de eneraia, Isso acorre principalmente quando aparelhos no critics sto allmentados, tais como lampadas fluorescentes, eletrificadores, ete. Entrelanto, para aplicagdes mais criticas é preciso que a forma de onda da tensao de salda seja Senoidal e a freqiiéncia seja mantida em 50 Hz ou 60 Hz, conforme o caso, Para esses circultos, as configuragbes $20 bem mais criticas, pois envolvem controles adicionais com microprocessadoras ou ‘outros circuitos sofisticados. E 0 caso de no-breaks e outros equipamentos destinados a alimentagao de aparethos eletronicas, Um ponto importante que deve ser observado ao se usar um Inversor 6 em relagao an seu rendi- mento, Energia ndo pode ser criada, entao o que o inversor fornece @ uma carga 6 a energia que ele retira das baterias, descontando-se as perdas no circuito. Um inversor comum com transformador de nucleo laminado tem um rendimento na faixa de 50% 470%. Os inversores sofisticados que utilizam transformadores com niicleos de ferrite e outros recur- 808 podem chegar aos 90%. ‘Assim, conforme mostra a figura 6.34, se um inversor deve fomacer uma poténcia de 10 W de saida num clreuito de 110 V, 0 que implica em uma corrente aproximada de 100 mA, a bateria usada deve ser capaz de forever essa poténcia. Uma bateria de 12 V para fornecer essa poténcia precisara ter uma capacidade que ihe permita fornecer pelo menos 900 mA de corrente. Descontando-se as perdas, a capacidade da bateria devera ser ainda maior. ‘Vola que 08 inversores de poténcias mais altas devem oporar com baterias de grandes capacida- des, ¢ @ medida que 0 equipamento alimentad term um consumo maior, a autonomia da bateria ou fonte se reduz proporcionalmento, A seguir, damos alguns circuitos simples de Inversores que basicamente servem para a ali- mentagao de lampadas fluorescentes em sistemas de iluminagéo de emergéncia, sinalizagaa e camping além de circuitos eletrificadores © do polarizagao, e inclu sive de alimentacao de valvulas Geiger e Mov outros. Inversor been 2: TNVERSOR SIMPLES TRANSIS- | Figura -6.34 TORIZADO Lone ls © cireuito ilustrado na figura 6.35 é basicamente um oscilador Hartley de potén: cla que pode usar transistores de média x ou alta poténcia como os BD136, TIP31 40 2N3055. i= zaw Para 0 BD136, a paténcia chegaré a = ou 4 ou 5 W possibilitando a alimentagao de | joy "= ; Pequenas lampadas fluorescentes comuns a i © mesmo ultravioleta Para 0 TIP31, @ poténcia sera um Pouce maior @, finalmente, para o 2N3055 poderemos passar dos 10 W com a alimen- Figura -6.35 (+) ver texto: 144 (Ver pinagem contort lipo Figura -6.36 tacAo de lampadas maiores. O circuito funcionara com tensdes de entrada de 6 a 12 V, com poténcia de salda proporcional a essa alimentagao. Na figura 6.36 temos uma sugestao de placa de circulto impresso para a montage, No caso do transistor 2N3055, ele deve ser montado externamente a placa em um cissipador de calor compativel com a poténcia que deve dissipar. O resistor Ry deve ser escolhido de acordo com 0 transistor usado, conforme a seguinte tabela: Transistor Ry BD135 1k x %W TIP31 470 0x 4W 2N3055 220 2x 1W © transformador tem enrolamento prinario de 110 V ou 220 V, canforme a tensao desejada para aalimentagao da carga. ‘Observamos que, como a forma de onda deste circulto nao 6 perfeltamente senoidal, mas apre- senta picos, conforme exibe a figura 6.37, mesmo utilizando transformadores de 110 V ou 220 V a tensdo obtida sera maior. Em um transformador de 110 V a tensdo de salda pode ter picos que alcarigamn mais de 250 V. Esses picos sdo interessantes quando se alimenta lmpadas fluorescentes, pois mesmo aquelas ja gastas que ndo acendem na rede de energia podem funcionar perfeitamente no inversor. 14s Fontes de Alinentagao |= }vet texto Figura - 6.38 Evidentemente, os componentes do circuito nao 80 criticos, inclusive 0s capacitores, caso em que o leitor Pode fazer experiéncias com a troca de valores de modo ‘a obter a melhor rendimento. CO potenciometro serve para ajustar a realimentago do circuito de modo a se obter o maximo rendimento, ‘9m fungao das caracteristicas do transformador usado, Vela que 6 possivel usar impadas maiores do que a poténcia fornecida pelo inversor. No entanto, 0 brilho da lampada, nesses casos, sera menor, dado apenas Pela poténcia que o inversor pode formecer. Para as vers6es com 0 BD135 a alimentacao pode © Secundario do transformador pode ter tensdes de 6 a 12 V com correntes na faixa de 250 mA @ 800 mA, conforme o transistor colo- cado, A tabela abaixo dé as caractoristicas do transformador em fungao do transistor. | Transistor ‘Transformador | BD135 250.8 500 mA TIP34 300 a 600 mA 2N3055 500 a 800 mA | Lista de Material Qy - BD135, THP31 ou 2N3055 Transistores NPN conforme versio - ver texto Ry = Ver texto | Cj - 100 nF x 16 V - capacitor eletro- Cp - 47 nF - capacitor de poli¢ster C3 - 100 nF - capacitor de poliéster P} - 1 kQ-potencidmetro 1, - Transformador conforme versio = ver texto Xj - Lémpada fluorescente de 4 a 20 W - conforme versio Fy -2A- fusivel By - 6 12 V - Pilhas médias, gran- des ou bateria Diversos: Placa de circuit impresso, radiador de calor para o transistor, caixa para montagem, suporte para o fusivel | (opcional, apenas para versdes ali- | mentadas no carro), fios, solda, ete. vir de 4.2 8 pilhas comuns. Sugere-se 0 uso de pilhas médias ou grandes, dado o consumo do apa- relho, 0 ideal 6 usar pilhas C ou D recaregaveis, pois sua autonomia sera de apenas algumas horas num circuito como esse. Balerias recarregavois de 6 a 12 ‘capacidade nas versdes com o TIP31 ou 2N3055, V também podem ser usadas, @ as de malor A figura 6.38 apresenta a versdo deste circuito, qual faz uso de transistores PNP equivalentes, no caso os BD136, TIP32 e 2N2955, este Uitime em invélucra plastico. Obsorvamos que o cabo de conexao a lampada pode ser Jongo, mas dave ser bem isolado para que choques sejam evitados, devido a alta tensao presente. 146 2. INVERSOR COM 0 555 Newton C. Braga ‘Na figura 6.39 mostramos um simples inversor que utiliza um circuito integrado 555 como osci- lador. © principio de funcionamento 6 simplos de ontendor: os sinais retangulares, cuja tregilancia & ajustada em P, so aplicados 2 Q4 que os amplifica 6 os aplica ao enrolamento de balxa tensao de um transformador. © transformador tem um enrolamento de alta tensdo que alimenta diretamente a carga externa no caso uma lampada fluorescente de 4 a 20 W. A poténela dopenderd da transistor utiizado, da tenséo de alimientagao @ também do transformador, A tabela do cir- culo anterior vale perfeitamente para este circulto, Podemos apenas acrescentar a possibilidade de se usar um MOSFET de poténcia, com a redugao do valor do resistor ligado 20 pino 3 do circuito integrado. Esse componente pode ser de 1 kQ. Qualquer MOSFET de poténcia com corrente a partir do 1A pode ser colocado neste circuito, Na figura 6.40 temos uma sugestao de placa de circuito impresso para a montagem desse inversor. O circuito pode ser alimentado por tensdes na faixa de 6 al2v. 3. INVERSOR CMOS Descrevemos agora a montagem de um pequeno inver- sor que permite acender lémpadas fluorescentes de 4 a 15 watts a partir de 4 pilhas recarregaveis de Nicad, ou 4 pilhas ‘comuns tamanho C ou D, ou ainda baterias tanto de 6 como de 12, © circuita 6 ideal para ser agregado a um sistema de ilu- minagao de emergénoia, agora que estamos diante da possi- bilidade de cortes inesperados de energia Com 0 rendimento elavado do circuito é possivel aumen- tar a autonomia de pilhas ou batorias nos sistemas de emer- géncia, Lista de Material Ch -§ timer Qy - BD13S, TIP31 ou 2N3055 = como no projeto anterior Py 100 KQ- impor Ry, Ro -4,7 KO x 1/8 W ~resis- tor - amarelo, violeta, vermelho. R3 - 470 Q para as versdes com BD135 e TIP31 ¢ 220 Q paraa versiio.com 2N3055 - 1/8 W - resistor Cy = 1 000 AE x 16 V = capaci- tor eletrolitico Co - 100 nF - capacitor de poli- éster Ty - Transformador - como no projeto anterior - ver texto By) -2A- fusivel 8 - Interruptor simples Xj - Lampada fluorescentes de 420W Diversos: Placa de circuito impresso, radiador de calor para o transis- tor de poténcia, caixa para mon tagem, suporte para o fusivel (opcional), fios, solda, ete. cirenito integrado - Joon Figura - 6.39 Fontes de Alimentagio x | Figura - 6.40 O CIRCUITO, As lampadas incandescentes possuem um haixo rendimento na converséo de energia elétrica em luz. De fato, menos de 30% da energia 6 convertida em luz, o que significa a necessidade de compensarmos com a poténcia o nivel de iluminagao desejado. Este problema é, em especial, grave nos sistemas de iluminacao de emergéncia que fazem uso de lampadias incandescenies, pois precisamos de uma poténcia malar, o que reduz a autonomia da fonte. Com a ulilizagao de um inversor podemos empregar lampadas fluorescentes, @ mesmo que seu Fendimento nao seja 100%, a poxsiblidade de usarmos lampadas mais eficientes significa que a auto- nomia da bateria pode ser ampliada com a geragao maior de luz. O inversor que apresentamos ¢ de pequana poténcia para pequenas lémpadas fluorescentes @. | Pode funcionar até a partir de pilhas, 0 que 0 toma ideal para um sistema doméstico de baixo core sumo. Basta (er pilhas recarregaveis em carga constants (ou bateria) ou mesmo pilhas oomuns, que uma 9u mais lampadas fluorescentes podem ser mantidas acesas por algumas horas no caso do corte de onergia, Ouso de MOSFETs de Poténcia na excitagao do transformador torna o circuito bastante eficiente, mesmo usando tum transformador comum e sua simplicidade permite que ele seja instalado facilmente ‘numa poquena caixa. Esta caixa pode incluir também todo o sistema de omergencia e carga da bate- ria, ‘COMO FUNCIONA Para elevar-se a tensdo de 6 ou 12 V de pilhas @ baterias para o valor necessario a ionizagao de lampadas fluorescentes precisamos de um circuito oscilader de poténcia que, normalmente, opera 148 A entre 500 © 5000 Hz dependendo do transformador usado. No nosso caso utilizames um circulto inte- grado CMOS do tipo 7555 (equivalente ao bipolar 555 que também pode ser empregado) na configu- fagao astavel, onde a frequéncia depende de Ry, Ro @ Co. Com 08 valores indicados, levando-se em conta a tolerancia dos componentes, o circu'to oscilaraé na faixa indicada 5 leitores que desejarem poderdo trocar Ry por um trimpot de 100 k& em série com um resistor de 1'kQ@, com isso, terdo um ajuste da frequéncia de modo a encontrar a ressonancia do transfor- mador e portanto, o maior rendimento. (0s pulsos retangulares do 7555 sdo aplicados & comporta (gate) de um FET de poténcia Este tipo de transistor pode controlar correntes muito altas, passando para um estado de muito baixa resisténcia entre o dreno e a fonte, quando saturado. Isso posaibilta a transferéncia com alto rendimento da energia da bateria que allmenta o circuit para o secundaria do transformador que ele tem como carga. © transformedor utilizado 6 do tipo com primario de acardo com a rede local e secundario de 6 ou 12 V, e corrente na faixa de 100 a 250 mA (tipo pequeno, portanto). © secundario de baixa tensao funciona como primario recebendo os pulsos do oscilador, ¢ no primtio aparece uma alta tenso com picos de intensidade suficiente para ionizar a lampada e acendé-l4 Come a forma de onda do circuito nao é senoidal e nem a frequéncia ¢ de 60 Hz, mesmo quando usamos um transformador de 110 V ou 220 V de primario, a tensdo que aparece neste enrolamento no tem estes valores, Em alguns casos, seus picos podem superar os 400 V, 0 que faz com que até mesmo lampadas gastas que ja ndo funcionem na rede de energia acendam sem problemas neste inversor. E importante observar que a poténcia do circtito nao é a potenca da luz usada, ogo, para uma ampada maior (15 W, por exemplo), ela acenderd com britho reduzido. CONSERVACAO DA ENERGIA Nao se pode criar energia. Lembre-se que a energia que vocé obtém na saida de um inversor 6 @ energia que sua bateria entrega. Assim sendo, nao espere obter mais do que pilhas ou baterias podem fornecer num circuito deste tipo. Muitos pensam que podem aumentar tanto a tens&o quanto a corrente que uma pilha ou bateria pode fornecer, o que significa “criar energia’. Como na natureza nada se cria, nada se perde, mas tudo 8 transforma (Lavoisier), nenhum inversor podera ser utilizado para aumentar a “energia” de pilhas ou baterias. MONTAGEM O diagrama completo do inversor & mostrado na figura 6.441 A disposigao dos componentes numa pequena placa de circuito impresso ¢ llustrada na figura 6.42, Para correntes até 200 mA, a transistor no precisa de radiador de calor. No entanto, s¢ 4 cor- tente tender a um valor maior, o que pode ser percebido pelo aqueoimento do transistor, sord intoros Sante doté-lo de um pequeno dissipador de calor. Este dissipador pode ger una plaquintra de metal dobrada em "U’ com uns 4 a § cm4 de érea. Quaiquer FET de poténcia que tenha uma corrente de dreno de 1 A ou mais pode ser colocade no projoto. 0 transformador pode ser de 110 V ou 220 V de enrolamento primério € secundario de 5 ou 6 V, com cotrente entre 100.¢ 300 mA. Dependendo da lAmpada sera interessante usar o menor, 149 Fontes de Alimentagao ort Ht 1 Te ; A Vietiessieeee | by | ES x eeeo (+) ¥ertento t Figura «6.44 | a oe | ° oO ey 4) Pincigern ferme tipo A lampada fluorescente pode ser de qualquer tipo de 4 a 15 walls, Para a alimentagao existem diversas possibilidades: 8)4 pilhas comuns médias ou grandes - Com esta alimentacao teramos algumas horas de auto- nomia, dependendo da corrente especifica de seu projeto, a qual é dada pelas caracteristicas co \ransformador. A desvantagem dasta alimentagao é que $3 podemos usar as pilhas uma tnica vez. 5) 4 pilhas recarregaveis dé Nicad médias ou grandes - Teremos uma boa autonomia com a vane tagemn de que podemos recarregar as vilhas para sorom utilizadas novamente. ©) Bateria de 6 Ou 12 V - Neste caso a vanlagem estd na maior autonomia © também na possib lidade de recarregarmos a bateria Sera interessante pensar na possibilldade de agregar ao circuito um carregador que fique perme- nentemente ligado na rede de energia, 150. INVERSORES PARA ELETRODOMESTICOS Este tipo de ciroulto com sinais rotangularese fro quéncia diferente de 60 Hz nao serve para alimentar Multos eletrodomésticos e eletrOnicos. De fato, os picos delta tensAo podem ser perigosos para estes aparelhos @.a propria trequencia 6 usada em eletrodomésticos que (ém motores para sincronizar seu movimento Eletro-eletronicos sensiveis a forma de onda e frequ énola da rede 56 devem ser alimentados por inversores -apropriados que gerem uma tensdo senoidal regulada de 8D He. PROVA E USO Para provar 0 aparelno basta colocar a fonte de ali- mentacdo (pilhas ou bateria), a lampada deve acender. Se 0 britho ndo for grande pode-se allerar Ry e Ro na faixa de 2,2 ka 47 KO de modo a se obter uma fre- qUéncia de oscitacao que resulte em melhor rendimento, ‘easanda com as caracteristicas do transtormadar usado. Uma possibilidade jé discutida consiste om se agro. ‘gar um trimpot de ajuste, Nao toque nos fos que vaio para alampada. Embora sendo alimentado por pilhas e bateria, a tensdo chega a ultrapassar a 400 V 0 que, apesar de no ‘ser mortal, causa um choque bastante desagradavel. ‘Alampada fluorescente pode ficar longe do aparetho, 0m problemas, dependondo da aplicagao, ‘Comprovado 0 funcionamento, é sé fazer a instalago ‘em uma caixa de modo a facilitar seu transporte e uso. Newton C, Braga Lista de Material Semicondutores: Cly - TLC7555.0u TLCSSS - cir- cuito integrado CMOS Qj - IRF640 - Transistor de Efeito de Campo de poténcia - ou equiva- lente - ver texto Resistores: (1/8W, S%) Rj, Ro - 10 kQ - marrom, preto, laranja Capacitores: Cy - 47 nF - poligster ou cerimico Cj = 100 pF x 16 V - eletrolitico Diversos: 1) - Transformador com primério de | | 110 V ou 220 V, ¢ secundatrio de 5 0u.6 V com corrente de 100.a 300 mA - ver texto X| - lampada fluorescente pequena de4a ls Ww S} - Interruptor simples Bj - Pilhus ou baterta - 6 a 12 V - ver texto Placa de circuito impresso, caixa para montagem, soquete para lam- pada fluorescente, suparte de pilhas, fins, solda Obs.: Com a alimentagao por um plugue do tipo acendedor de cigarros de carro, o inversor pode funcionar no carro. 4, CINCO CIRCUITOS SELECIONADOS DE INVERSOR ‘Alimentar limpadas fluorescentes pequenas a parti de pilhas ou baterias pode ter diversas util dades: luminagao de emergéncia, camping, sinalizago, efeitos especiais, entre outras. Para complelar este item selecionamos § circuitos simples de inversores de baixa poténcia que podem ser usados com as finalidades acima. Os circuitos utilizam transformadores comuns @ nao ossuem ragulagem de freqdéncia ou forma de onda, ndo servindo portanto para oulras aplicagdes. Usando como base 0 versaiil circuito integrado CMOS 4093, os 5 circuitos que apresentamos se ‘aracterizam por empregar componentes comuns. Lembramos que os inversores de maior poténcia € que fornecem sinais com frequéncia da rede de energla usam transformadores specials que precl- sam ser enrolados em empresas especializadas. circuita intagrado 4093 consists de quatro portas NAND disparadoras CMOS que podem ser usados de forma indopendente, conforme exibe a pinagem da figura 6.43 Nos nossos projetos usamos as portas como osciladores ¢ como ampificadores digitais para exch lar transistores Darlington de poténcia. Em todos 08 circuitos colocamos pequenos transtormadores, ish Fontes de Alimentagdio Figura - 6.43 de alimentagao com secundarios 48 6 ou 12 V e corren- tes de 250 a 500 ma. Lembramos ainda que, como o circuito é de baixa poténcia, as lampadas maiores ndo acenderdio com a , maxima poténcia. O rendimento dependerd muito do transformador usado e da freqdéncia ajustada para a operacdo, Inversor Simples O primeiro circuito que apresentamos simplesmento acende uma lampada fluorescente pequena a partir de | pilhas (6 V) ou bateria (9 ou 12 V), Nao deve ser usada Lista de Material Semicondutores: Cl, - 4093 - circuito integrado CMOS Q) - TIP120 - transistor NPN Darling- ton de poténcia Resistores: (1/8 W, 5%) Ry -33.kQ- laranja, laranja, laranja Ry - 2,2 kQ- vermetho, vermelho, vétmelho Capacitores: Cy - 220 nF - ceramico ou poliéster C3 - 100 IF x 16 V - eletrolitico Diversos: T - transformador - ver texto Xj - Lampada fluoreseente de 4a 20W §| - Interruptor simples By - 6 Va 12 V¢(pilhas médias, gran- des ou bateria grande) Placa de circuito impresso, radiador de calor para o transistor, suporte de pillas médias ou grandes, fios, solda, ote, batena pequena de 9 V, pois sua corrente é insuficiente para allmentar o circuito. Na figura 6.44 temos este primeiro inversor. © primeiro oscilador determina a freqdéncia do sinal que vai excitar o circuito, O resistor Ry even tualmente deve ser alterado na faixa de 10 kQ.a 47 kQ do transtormador usado, proporcione o maior rendimento. modo a se obter a freqiiéncia que, com 0 As lampadas podem ser até mesmo as que ja estejam fracas demais para funcionar na rede de ‘energia, A forma de onda pulsante do circuito, com picos que podem chegar a mais de 400 V, apesar Figura - 6.44 152 +e/l2v ov Figura - 6.45 do transformador ter primario de 110 V ou 220 V, é suficiente para se obter uma boa ionizagao. Amon- tagem do circuito pode ser implementada numa pequena placa de circuito impresso com a disposicao de componentes mostrada na figura 6.45, C transistor de poténcia acmite equivalentes da mesma série e deve ser dotado de um radiador da calor. © cabo para a lampada fluorescente pode ser longo, mas deve ser isolado, pois a alta tensdo presente pode causar choques em caso de toque acidental. Pisca-Pisca Fluorescente CO circuito da figura 6.46 faz uma lampada fluorescente piscar com um ciclo alivo de 50% (metade do tompo acesa © motade apagada), ely 4093 + anv al TP 120 Fontes de Alimentacao Da mesma forma que no caso anterior, ele pode funcioriar com pilhas pequerias ou médias, bates tia, portanto, lampadas fluorescentes enfraquecidas nao tera problemas de acionamento. Neste circuito temos dois osciladores: um determinando a frequiéncia mals apropriada para excitar © transformador e que é determinada por C4. O outro fixa @ velocidade das piscadas, a qual depende fundamentaimente do valor do capacitor Gp que pode ser altarado na taixa de 100 nF a 2,2 j\F Os sinais dos dois osclladores s80 combinados em um amplificador digital e aplicades ao transis- {or amplificador que excita 0 transformador e a lampada com alta tensZo. ‘Amontagem pode ser feita na placa de circuito impresso jlustrada na figura 6,47. ‘Também recomendamos neste caso que 0 cabo de conexao a lampada, se for longo, seja bem isolado para nao causar choques em caso de um toque acidental. Lista de Material Cp - 470 nF - cerdmico ou poligster Diversos: Semicondutores: T, - transformador - ver texto (como na pri- lj - 4093 - circuito integrado CMOS ineira montagem) Qy - TIP120 - transistor NPN Darlington de | Xj - 4. 20 W - lampada fluorescente poténcia Fy - 1A- fusivel Resistores: (1/8 W, 5%) Placa de circuito impresso, radiador de calor Ry -47 kQ- amarelo, violeta, laranja para o transistor, caixa para montagem, fios, Rp -2,2 MQ- vermelho, vermetho, verde | solda, etc, R} - 2,2 kQ- vermelho, vermetho, vermetho Capacitores: Cj 220 nF - cerdinico ou poligsier av: & WP (20 nl 1 220 a7 ka Figura 6.47 Estroboscépica Fluorescente As piscadas répidas do circuito apresentado na figura 6.48 podem ser usadas camo efeite espe cial em festas, decoragdes e em outras aplicagdes semelhantes. diferencial deste circuito 6 a possibilidade de se ajustar a velocidade das piscadas numa ampla faixa de valores determinada por P}. 154 Newton ©, Braga tevo-—E}-— — eee = steers 1 100 uF 1 Hy 4a 20] epee, | Figura - 6.48 Lista de Material Seen 5 | >] - 220 nF - ceramico ou poligster | Semicondutores; Ch a7onk -eertmice on poliéster Cl, - 4093 - circuito integrado CMOS C3 - 100 UF x 16 V- eletrolitico Q) - TIP120 - transistor NPN Darlington de | Diversos: poléncia T| - Transformador - como no primeiro pro- Resistores: (1/8 W, 5%) ieto Ry -47 kQ- amarclo, violeta, laranja | Xj -4 420 W- lampada fluorescente comum | Ry - 100 kQ2- marrom, preto, amarelo | Fy - 1 A- fusivel R3- 2,2 kO2- vermelho, vermelho, vermelio | Placa de circuito impresso, radiador de ealor Py- 100 kQ- potenciométro | para o Gansistor, caixa para montagem, fios, P9- 2,2 MQ- potenciémetro suporte para fusivel, solda, etc, O que temos neste circuito s&o dois osciladores de frequiéncias diferentes. O primeiro determina a freqiéncia de inversdo, necessaria a goragdo de uma boa alta tensfo. O segunda define a velocidade das piscadas e tem sua freqdéncia ajustada por P2. Os sinais dos dois osciladores so combinados €m um amplificador digital formado por duas portas do circuito integrado. Os sinais dessas portas so aplicados ao transistor amplificador de paténcia. A montagem pode ser feita numa placa de circuito impresso com a disposigéo de componentes exibida na figura 6.49. Instale 0 conjunto em uma caixa bem fechada e use cabo isolado para alimentar 2 lampada. Na alimentagao com bateria externa de 12 recomenda-se 0 uso do fusivel de protegao. ‘Sinalizador Ativado no Escuro Uma configurago interessante & a que mostramos na figura 6.50, Trata-se de um sinalizador que ‘entra em funcionamento de modo automatico quando anoitece. © sensor 6 um LDR comum, que deve ser posicionado para receber iluminag&io ambiente. O ajuste da sensibilidade ao disparo é felto através de P4. A. configuragao basica ¢ a meama do circuito ‘anterior, com a diferenca que os dois asciladores sao habilitados somente quando a primeira porta dispara com a queda do nivel de lluminagao. 155 Fontes de Alimentagio Figura - 6.49 Q sistoma pode sar utilizada em sinalizagaa noturna de funcionamento automatics. Para alimen- taco com 12 V de bateria externa @ recomendavel o uso do fusivel de protegaio, O conjunto pode sor Inslatado em pequena caixa plastica e, dependendo da aplicagao, ela pode incluir as pilhas médias ou grandes de alimantagao. = — avr rade, Ai a; & ara | 4093, rape or Spee ®.., a Fe eka ee cle 2280 Azone 100 ka Figura 6.50 Sseessae eS on: ser las 5. CONCLUSAO, Os circuitos de inversores apresentados se destinam basicamente a alimentagao de fhuorescentes. Entretanto, com 0 acréscimo de circultos retificadores, multiplicadores de tenso € outros, eles podem ser usados para se obter altas tensdes continuias, sempre com oorrentes baixas, Na maioria dos casos, a corrente maxima obtida destes ‘reultos sera, no maximo, da ordem de algumas dezenas de miliampéres, sempre supondo 6 maximo rendimento, 0 qual varia de circulto para circuito. Assim, para alimentagdes mals criticas, 0 leitor devera partir para projetos especificos que levem em conta poténcia, rendimento, frequéncia ¢ tambem forma de onda. Newton Lista de Material Semicondutores: Cly - 4093 - circuito integrado MOS Qj - TIP120 - transistor NPN Darlington de poténcia Resistores: (1/8 W, 5%) Ry - 47 k@ - amareto, violeta Jaranja Rp - 2,2 MQ- vermelho, verme- tho, verde R3 - 100 kQ~ marrom, p’reto, amarelo Ry - 2,2 k@ - vermelho, verme- tho, vermelho LDR - Foto-resistor redondo comum P} - | MQ- potencidmetro ou trimpot Capacitores: C| ~ 220 nF - cerimico ou poliés ter C5 - 470 nf - ceramico ou poligs- ter C3 - 100 UF x 16 V-eletrolitico Diversos: Fi -1A- fusivel X} - 12 V até $00 mA - lampada ndescente comum Placa de circuito impresso, radia- | dor de calor para o transistor, caixa para montagem, fios, solda, etc FONTES CHAVEADAS Pelo seu rendimento e pelo fato de nao necessitarem de transformadores volumiosos © pesados. @ fontes chaveadas s4o as preferidas para os equipamentos de consumo. Realmente, o emprego de tansformadores com niicleos de ferrite, a operacdo em frequéncia fixa 6 a auséncia de isolamento da fede em parte de seu circuito, limitam seu uso a este tipo de aplicagao Nas bancadas dos laboratérios de desenvolvimento, para o montador amador, ou para quem ‘#sieja desenvolvendo um projeto, as fontes lineares ainda sao as preferidas, Neste item de nosso livo vamos tratar dessas fontes, mostrando quais sao suas vantagens ¢ ‘onde sao utlizadas. Também teremos alguns projetos praticos. Para que o leitor entenda melhior o seu funcionamento, iniciaremos com uma breve revisdo do funcionamento das fontes lineares de modo ‘que elas possam ser comparadas com as fontes digitais. » FONTES LINEARES Os aparelhos mais antigos como televisores e outros usavam fontes do tipo linear, Nestas fontes, Ajo ciroulto basico é ilustrado na figura 7.1, temos uma etapa retificadora, outra de filtragem e um Greuito ragulador linear que se comporta como um resistor variavel ou reostato. Neste circuito, o transistor Qy controla a corrente na saida De acordo com as variacées da tensao de salda, um circuito sensor “diz" ao regulador como sua (@sisloncia deve variar, aumentando ou iminuinde de mode a agir cobre 0 circuito de carga campen- Sando as variacGes de lensdo. Desta forma, a tensao no circuito de carga pode ser mantida com boa preciso. ‘So bam que este tipo de circuito funcione bem e ainda seja encontrado em muitas aplicagdes Praticas, ele possui algumas limitagées importantes, Uma delas ¢ que a tensao do circulto é dividida entre @ elemento reguledor, normalmente um transistor de poténcia, @ a carga. isso significa que o transistor regulador estara sendo percorrido sempre por uma corrente intorisa @ submetide a uma {ensdo que varia, dissipando assim muita potencia na forma de calor. © rendimento deste tipo de regulador 6, portanto, baixa, @ com perdas que podem se tarnar grandes em cir- cultos que exigem altas correntes. O segundo problema esté no custo do circuito que exige a utilizagao de transistores de poténeia com altas capacidades de dissipagdo © ainda 159 Fontes de Alimentagto empregando grandes dissipadores de calor. O proprio uso de grandes dissipadores de calor traz ainda Um outro problema adicional: 0 circuito precise ocupar muito espago e ser bem ventilado. Para superar estes problemas, os equipamentos de consumo que exigem poténcias elevades passaram a empregar um outro tipo de fonte de alimentagao que se mostra muito mais eficiente. 7.2 - CHAVEADAS OU COMUTADAS As fontes chaveadas, comutadas ou SMPS (Switched Mode Power Supply) do inglés sao fontes que controlam a tensao numa carga, abrindo e fechando um circulto comutador de modo a manter, pelo tempo de abertura e fechamento deste circuito, a tenso desejada. Para entender como isso é possivel, partimos do diagrama de blocos da figura 7.2. Nelo, tamos um transistor que funciona como uma chave controlando a tensao aplicada no cir- cuito de carga. Este circuito ¢ ligado a um oscilador que gera um sinal retangular, mas cuja largura do puilso pode ser controlada por um circulto sensor. Se 0 tempo de condugao do transistor for igual ao tempo em que ele permanece desligado, ou seja, se ele operar com um ciclo alivo de 50%, na média @ tensao aplicada na carga sera de 50% da tensao dos puisos conforme se observa na figura 7.3. Se a tonsao na carga cair, por um aumento de consumo, por exemplo, Isso serd percebido pelo circuilo sensor que, atuando sobre o oscilador, fara com que sev ciclo alivo aumente, Nestas condi- Bes, a tensdo aplicada aumenta para compensar a queda. Podemos portanto, controlar a tensio Sobre a carga variando a largura do pulso que comanda o transistor comutador. Este processo de controle ¢ denominado PWM (Pulse Width Modulation) ou Modulagao por Lar- gura de Pulso, ¢ tem varias vantagens quando 0 usamos numa fonte deste tip. A mais importante 6 quo 0 transistor que controla a corrente na carga funciona como uma chavo ©, portanto, ou esti desiigado (corrente nula) ou esta ligado (corrente maxima), corre que, quando 0 transistor | esta desligado, com | accorrente sendo nula | nao ha dissipagao de | calor, @ quando ele | estd ligado, sua resis- | | ‘@ncia € minima, quase zero, @ da mesma forma, nao hé dissipa- (80 de cellar Se 0 transistor fosse um comutador ideal apresentando resisténcia nula | ‘quando ligado, e infi- ita quando aberto, & “TansBo médie ainda comutasse Instantaneamente, a dissipagdo de calor nele ve seria nula, ou seja, nao haveria nenhuma perda de energia ou geragao de calor na fonte ‘Todavia, isso nao acontece na pratica: além de nao ter uma resisléncia nula ao conduzir, o transistor demora um certo a tempo para comutar com um comportamento que 6 dado pela 1 = te = 50% do didlo ativo forma de onda da figura 7.4. Figura - 7.3 Figura - 7.2 160 ne i 4! toe Imran om Gue even aoneagie te ecerc Figura -7.4 COMO FUNCIONAM Temos, enlio, que durante o tempo em que a corrente demora para ir de zero até o maximo € vice-versa, o tran- sistor passa por um estado “Intermediario” om que ener. gia & transformada em calor, Isso significa que mesmo as fontes comutadas geram calor, mas ele € muitas vezes menor que aquele das fontes lineares comuns. Nos equipamentos de consumo como televisores, monitores de video, etc., as fontes comutadas podem sar tanto transistores bipoiares de poténcia como Power FETs @ alé mesmo SCRs, Estas fontes se caraotorizam pelo seu alto rendimento, nao necessitando de grandes dissipadores de calor € padendo fomecer toda energia que © circuito de um monitor precisa para o funciona ‘mento normal Para que 0 leitor entenda seu principio de funcionamento, vamos analisar um circuito pratico, inicialmente dado em blocos na figura 7.5. Esses blocos correspondem a uma fonte comum, com os minimos elementos. Fontes mais sofis- ticadas com blocos adicionais padem ser encontradas na pratica, 0 bloco de entrada ligado a rede e energia possui um retificador e um fio contra EMI © filtro 6 normalmente formado por um par de bobinas e capacitores numa configuracao tipica como a exi- bida na figura 7.6 0 fitro & importante porque uma fonte chaveada ou comutada, como também ¢ chamada, produz variagées de corrente muito grandes quando em funcionamento | Retiticador Figura -7.6 Chaveamento | Figura -7.5 | Fontes de Alimentagio © chaveamento corresponde pratica. [— mente a uma carga que drena um sinal_ | quadrado (da rede de energia), gerando | assim uma enorme quantidade de harmo- nicas que padem causar interferéncias em aparslhos proximos. Essas interferéncias, que consislem em componentes de fregd- €ncias que vao desde a propria freqlién- cia da rede até varios megahertz, devem ser evitadas. ‘As bobinas, na configuragao indicada, © mals 0s capacitores funcionam como um filtro passa-baixas que s0 deixa passar a freqtiéncia da rede, bloqueando tudo Fito Ponte retificadora Ly Capacier como Figura - 7.7 que estiver acima, em qualquer sentido. Na maioria das fontes, a retificagao 6 feita por diodos comuns de silicio que podem estar ou nao ligados em ponte, ‘em configuragdes tipicas como a mos- trada na figura 7.7. Mesmo as fontes que devem fome- cer baixas tensdes de saida, como as usadas em computadores, videocasse- tes, monitores, ete, néo utiizam transfor madoros, retificando dirotamonte os 110 V ou 220 V da rede de energia. Esse @ um ponto importante a ser considerado, pois este setor dessas fontes apresenta perigo potencial de choque se for tocado, Transistor—y ny Saveador (bipolar ou MOSFET ) Vee nn Zenet Re CAA Controle PWM = _(toocback) Figura -7.8 Os fusiveis de protegso so colocados nosta ctapa. Temos, @ seguir, 0 bloco oscllador que produz o chaveamento da fonte, sendo formado normaimente por circui- tos integrados especificamente projeta- dos para esta funcéo. Esse bloco é& alimentado diretamente a partir da tensao rotificada e filtrada do bloco anterior, geralmente passando por um circuilo Fedutor formado por resistores, um diodo zener e capacitor de filtro, Na figura 7.8 temos uma configura- 0 tipica de citculto usado com esta finalidade. + Yee Transistor do poténcia Foodback controle Figura - 7.9 Observe que, como 0 ciclo ativo do sinal que esse circuito produz deve vanar em fungao da tenso de salda, mantendo-a constante, existe uma entrada para sensorlamento, cujo funcionamenta sera visto fais adiante, O sinal obtido neste circuito oscilador serve para chavear uma etapa de poténcia que funciona usualmente com transistores de alta poténcia, tanto bipolares como de efelto de campo, vaja exemplo na figura 7.9 162 oer : Transtormador | 2 = [: Deverninam | afrealénca AM: te Figura - 7.10 D2 JUL : Controle: Figura -7.11 Nec chaveadr osciador sensor (controle ) Go Figura - 7.12 Os transistores possuiem como | carga 0 enrolamento primario de um | transformador com niicleo de ferrite. Goma este circitto de chaveamento funciona diretamente com a teneao ret ficada e filtrada da rede de energia, so usados transistores de alta potén- cia capazes de manusear altas corren- tes sob tensGes que podem ullrapassar | 08 400 V de pico | __ O'transistor chaveador ¢ © compo- nente mais critico déssas fontes, pois, | trabalhando em condig6es limites, facil- } mente se queima. Existem variagdes para esta confi- guragao tais come fontes encontradas em monitores de video e televisores que, em lugar do circuito oscllador com um Cle um transistor de potén- cia, empregam unicamente um SCR como oscilador de relaxagtio. Esse SCR, ligado numa configuragdo con- forme ilustra a figura 7.10, chavela a tense continua de um capacitor que | se carrega, com uma velocidade que pode ser alterada por um sinal de sen- soriamento. Assim, controlando-se 0 punto de chaveamenito, pode-se regu- lar a tensao de saida da fonte © bloca seguinte da nossa fonte @ 0 olroulto secundario do transfor- mador com niicieo de ferrite. Esse transformador pode ter um ou mais secundérios, conforme o numero de tens6es necessarias a alimentacao do apareiho, Normaimente, 08 secundarios podem ser elaborados com fios muito grossos, fornecendo correntes de dezenas de amperes, como no caso das fontes de computadores. Na figura 7.11 temos uma con figuragao tipica para os secundarios, de uma fonte chaveada de dias ten- sides. Nesses secundérios, geralmente. 4 relificagao é simples e com uma excelente fitragem garantida por um capacitor eletroiitico ce valor 163 Pontes de Alimnentagto muito clevado. Reguladores de tensio comuns, como os de 3 terminals, rara- mente s80 usados neste ponto, pois a regulagem da tensdo ¢ felta a partir do Spey: chaveamento do proprio transistor no oo ; Primaria do transformador. Essa regu- L lagom ¢ feita por um bloco sensor que ior Pt om f T he Salda i oov pode ter as mais diversas configura- la ses. | semotenoe © modo mais simples de fazer a transistor, observe a figura 7.12 As variagSes da tensdo de saida ‘880 “sentidas” pela CI que as corrige, mudando 0 ciclo ativo do sinal gerado. No entanto, ha ‘mento da saida deve ser total, onde nao deve haver ura conexdo entre o eirculto sonsor dessa saidal 0 oscilador, diretamente ligado a rede de energia, Para essa finalidade, a solugdo mais adotada 6. que faz uso de um acoplador dptico, conforme mostra a figura 7.13, © briho do LED emissor do acoplador depende da tensao de saida, e esse brilho ¢ sensoriada pelo fototransistor do acoplador. Variagies dese brilho, @ portanto da tensdo de saida, altoram a condugao do transistor-sensor, ‘modificando assim o ciclo ative do circuito integrado oscilador, Ha variag6es em torno desta configuracéo, mas como regra geral, os blocos funcionais $40 08 mesmos. : | B regulagem consiste em se derivar essa tenso para 0 circuito oscilador diela- a <— *eopiador ‘mente, usando para essa finalidade um - éptiea CONVERSORES DE TENSAO Um tipo de circuito usado em fontes chayeadas 6 0 conversor de tensao ou conversor DG/DG, | Porque converte baixas tenses continuas, Trata-se de um circuito chaveado que abaixa ou clova uma tensao continua obtida de uma fonte como um conjunto de pilhas ou baterias, conforme itustra a figura 7.14, Esses circuitos so utilizados principaimente em apareihos alimentados por pilhas e baterias, onde a tensdo das pilhas e baterias deve ser aumentada ou diminuida de forma precisa para a al mentagao. dos circuitos, Neseas aplicag0es 0 circuito chaveado torna-se importante devido ao seu Fendimento elevado e ao uso de poucos componentes, sem a necossidade do pesado ¢ caro trans- formador. Essas fontes poem ter rondimentos que ficam tipicamente na faixa dos 70% 0s 90%, | +8 Existem basicamente dois tipos de ay Conversor eae ; conversores: boost e buck. = Loteria ocDe e.:' ' ov Conversores Boost Este tipo de conversor também conhecido por “step up’, eleva a tensao Figura 7.14 164 NewionC. Braga sar de uma fonte, de modo que ela aleance © valor desejado para a aplicagao. Por exemplo, pode-se usar um conversor desse tipo pata obter 5 V para alimen- tagao de um microprocessador, ou de circuitos lgicos, em um circuito alimen- tado por 2 baterias de NiMH que fome- cem apenas 2.4 V, Aplicagdes como telefones celula- res, pagers, transceptores, instrumentos ee | | | | | médicos ¢ de medidas utllizam este tipo } faa a i (eke oat 0 Saida nga ; = Te ll A Oscitndor [Jn 20 KHz » a TMH ae de circuito. Na figura 7.15 temos um circuito tipico para esse tipo de conversor. Trata-se de um oscilador que gera um sinal retangular numa frequéncia que tpicamente esta entre 20 KHz © 1 MHz, dependendo da aplicagao. Lembramos que as freqiiéncias dos circuitos séo escolhidas em fungao do I | | rendimento desejado, e também da | ne | Figura - 7.15 interferéncia (EMI) que podem gerar | © inal retangular ¢ aplicado a um transistor chaveador, normalmente um MOSFET de poténcia que tem por carga um circuito LC. Este € ligado de tal maneira que, quando o transistor | MOSFET conduz, sua corrente carrega © capacitor € Aad mesmo tempo provoca uma forte corrente atraves do indutor, 0 que significa o armazenamento de energia no seu'campo magnético. ‘Quando transistor desliga, as linhas de forca de campo armazenado no indutor se contraem, gerando uma tensao no indutor, porém com polaridade invertida aqueta da corrente que o gerou. Essa tensdo se soma a tensao no capacitor que foi carreqado, e com isso temos na saida uma lensdo maior do que a aplicada na entrada do circuit, Observe a figura 7.16, Essa tensao de saida pode ser, entao, reguiada ou nao para resultar no valor desejado. Nos circultos integrados comerciais projetados para este tivo de aplicagdo podemos ter o MOSFET ja integrado, alguns com uma capacidade de corrente que chega a 1 A, ou podemos ligar 0 MOSFET externamente para controlar correntes ainda maiores. ‘Aregulagem da tensao ¢ obtida geralmente pelo proprio dimensionamento correto do indutor que gera, na descarga, a tensdo que deve ser somada a do capacitor para se obter a tensdo desejada, CONVERSORES BUCK ‘Conhecidas como conversores “step down” como o nome diz, ele se destinam a obtengao de uma tensdo de saida menor do que a aplicada a entrada. Na figura 7.17 temos um circuito tipico de um conversor desses que se baseia também nas pro- priedades de um circuito LC para gerar a tensdo continua de saida desejada Nesse circuito ainda temos um oscilador de alta frequencia que gera o sinal de chaveamento, 165 Fontes de Alimentagio © 0 transistor chaveador. Na carga, para filtrar a tenso obtida, uma vez que neste caso nao é necessaria a elevacao, temos um circuit LC. Os citcuitos integrados ‘oxistentes para esta aplicagac podem ou ‘nao incluir o transistor MOSFET de cha- veamento. Para os tips que possuem esse componente inlegrado, as corren- tes de saida podem chegar a1 A. CONFIGURACGES BOOST Conforme vimos, na configuragaio basica temos um transistor constante- mente chaveado que, entregando pulsos @ um circuito formado por um indutor um capacitor, possibilita a oblengao de uma tensao continua de saida Controlando-se 0 ciclo ative do sinal chaveado pelo transistor, 6 possivel regular a tensao de saida Para efeito de andlise mais deta- hada de um circuito tipico deste tipo, temos_um diagrama simplificado na figura 7.18. Neste, o transistor Q4 6 a chave de poténcia e consists em um MOSFET de canal N. © diodo CRy @ normalmente deno- minado “iodo de captura” ou diodo fre- ‘wheeling. © indutor L e 0 capacitor C formam o filtro de saicia © capacitor, a ESR, R¢ (resistencia oquivalente em série) © 0 indutor, além de Ry_ sao incluidos na andllise do principio de funcionamento. resistor R representa a carga vista a partir da etapa de potncia de saida. © funcionamento deste tipo de circulto pode ocorrer tanto no mode continuo quanto descontinua da corrente pelo indutor. No modo continuo, a corrente flui continuamente pelo indutor durante o ciclo completo de chaveamento na operagao do circuito. No modo descontinuo, o indulor tem um valor maximo de corrente © depois um certo intervalo em cada ciclo do sinal de chaveamento em que @ corrente € zero, Analisemos o funcionamento nos dois modes; a) Mode Continuo No modo continuo a etapa de poténcia assume dois estados por ciclo de comutagao. O estado ON corte quando o transistor Qq ests em conducéo e CR, esta desligado, O estado OFF ooorre quando Qy est no corte e GR; asta em condugao. estado do circuito pode ser representado de forma simplificada voja figura 7.19. Figura - 7,17 Figura - 7.18 A.duragao do estado ON & determinada pelo circuito de controle. b) Modo descontinuo Para entander coma funciona o conversor buck no modo descontinue comegamos por verificar 166 que a corrente na etapa de poténcia & a corrente média no indutor. Observe que a corrente ful pelo I capacitor de salda ¢ pelo resistor de catga de modo que a corrente mécia através do capacitor (carga e descarga) R | seja nula. Se a corrente na carga cair abaixo de um valor eritico, a corrente no indutor seré zero durante parte do ciclo de comutagaio. vo Isso pode ser melhor observado na figura 7.20, uma vez que a corrente de ripple pico-a-pico no muda com a 1, corrente de carga. al] 5 Em uma etapa nao sincronizade a corrente tende a ser menor que zero no indutor, mas isso n@o pode aconte- — cer na pratica porque 0 diodo, condu- zindo em um Unico sentido, nao deixa. Assim, etapas que funcionam dessa forma possuem trés estados por _______} ciclo de funcionamento os quais s30 representados no grafico da figura 724 Na figura 7.22 temos as formas de onda nos diversos elementos do ii — Ripple circuito, quando operando no modo continuo Na figura 7.23 mostramos as formas de onda ne medo desconti- uo. Ss O elemento critico para a opera- Figura - 7.20 g40 nos dois modos é a indutancia, além das tensées de entrada e de ‘saida e da corrente na carga. © modo de calcular este indutor para uma aplicago no mado conti- nuo pode ser visto na.documentagao disponibilizada pela Texas: "Understanding Buck Power Stages in Switchmode Power Supplies”. eS: So. > OUTROS TIPOS DE CONVERSORES e Além das técnicas apresentadas para se fazer 0 chaveamento @ alleragdo da tense de um con- versor de tensdo, existem outras. Uma delas 6 a denominada “yback’, que tem a configuracao basica apresentada na figura 7.24, ‘Temos também circuitos mais simples como dobradores ou triplicadores de tensdo, usando osci- adores comuns como 0 55 que geram um sinal retangular capaz de excitar um conjunta de diodos ‘e capacttores, porém com um rendimento muito mais baixo. Esse circulto emprega uma técnica multo . comum nos conversores DC/DC, que é @ que utiliza as bombas de carga ou “charge pumps". 167 Pontes de Alimentago ] Nesses circuitos, conforme vemos na figura 7.25, temos um conjunto de lot Ccapacitores que se carrega em paralelo @ depois 6 feito seu chaveamenlo de modo que eles se descarreguem em série pela carga O resultado é que a tensdo aplicada carga corresponde a soma das ten- ‘86es com que os capacitores so carre- | gados. sho | Nos cirauitos de conversores DC/DC continua como o¢ que vimos, um ponto critica do projeto € o transistor de chaveamento. Em uma aplicagao que use esses con- versores 6 fundamental o rendimento. Assim, qualquer queda de tenssio em um componente de controle, que impli- que em dissipagao. de calor, significara perdas, Por isso, 0 elemento basico desses ciruitos € 0 transistor de chaveamento, que deve apresentar a menor resistén- cia possivel entre o dreno e a fonte ‘quando em condugaa. Essa resisténcia, denominada Ras, deve ser bem inferior a 1 ohm, para 08 transistores usados _nessas. aplicagbes,observe a figura 7.26. Normaimente, os transistores usados sa 08 FETS de canal N (seta da fonte para dentro), mas ha uma ten- d&ncia mais modema de se usar MOS- FETs de canal P (seta do fonte para fora) que apresentam caracteristicas melhores para esse tipo de aplicagao. A figura 7.27 mostra os simboios 3 a | te : Je es TON=t4—we-OFE: <—Th—+! | Figura - 7.21 Linha: ‘continua alee dosses dois transistores de efelta de Fronteira entre o modo continuo @ o descontinuo, campo de poténcia. | Observamos que em aplicagées Figura 7.22 menos criticas podem ser empragados pet Se Set tsa SEL alae transistores bipolares, mas eles nao So to comuns, pelas suas caracteris- ticas de condugéo que levam a um rendimento menor, CIRCUITOS PRATICOS Um dos problemas da montagem de fontes chaveadas 6 que o transformador de nucleo de ferrite normalmente néio é encontrada pronto. Trata-se de um componente que deve ser fabricado pelo pré- prio montador, o que nem sempre @ muito simples. 168. shed ES Linha: coniinua Tig4—my eH D5Ig tsa | <—Ts 4 Modo deacontinvo. Figura - 7.23 Figura -7.24 nivel alto para o nivel baixo e vice-versa, em cada oscilagao iz Demme (rat | Snreoo om pare de chaveamento: hacer pian tt lrset wl - eeereriy Salida de ob ete wy tens’o fi vegas cap. rads sada do =e. tenedo 8 Ae roasts Figura - 7.25 Muito mais acessiveis sao 0s con- versores de tensao, que nao exigem {ransformadores, apenas um indutor, © que podem ser oncontrados facil mente. Esses podem ser usados em projetos que exijam tensdes fixas com alto rendimento, principalmente em aplicagées alimentadas por pilhas ou baterias. 7.3 - REDUTOR DE TENSAO cmos © primeiro circuito que apresen- tamos utiliza a técnica denominada “charge pump" para reduzir a tens8o de 9 V de uma bateria, passando para 4,5 V, mas com uma capacidade de cor- rente maior. © circuito, exibido na figura 7.28 consiste em um conversor DC/DC onde primeira porta de um circuito integrado MOS gera um sinal de aproximada- mente 10 kHz © sinal 6 aplicado em 6 outras portas de dois Cls do mesmo tipo, ‘as quais formam 0 circulto de chave- mento, pols sao configuradas como inversores. Esses inversores, ao ram do Lista de Material Cl; - 4093 - eireuito integrado cmos Qy 2 Q4 - Qualquer MOSFET de poténcia Ry -47kQx 1/8 W-resistor- | amarelo, violeta, laranja C} 2,2 nF - capacitor ceramico ou de poliéster 2-47 UF x 12 V- capacitor eletrolitico C3, C4 = 10 UF x 12 V- capaci- tores eletroliticos Diversos: Placa de circuito impresso, bate~ ria de 9 V, fios, solda, 169 Fontes de Alimentagdo tds —p & —— Saturado plete Figura -7.26 7.4 - 2 CONVERSORES DC/DC carregam os capacitores em série e depois os descarregam em paralelo. O resultado & uma tensdo reduzida 4 metade, mas com uma capa- cidade de corrente maior. Os tansistores devem ser FETs de potén- cia com uma capacidade de polo menos 200 mA. Dada a baixa poténcia do circuito, eles nao precisam ser dotados de radiadores de calor. © rendimento desse circuito dependera basicamente da resisténcia que os transistores usados aprosentarem quando saturados, ou seja, de sua Rds(on), Os conversores DC/DC sao cada vez mais empregados em aplicagSes alimentadas por bateria, onde a tensa de saida deve ser maior do que a tensao de entrada. O ciroulto que apresentamas aqui é sugeride pelo Application Note da IRF (Intemational Rectifier) - www.irf.com, podendo ter suas carac- consiste numa fonte chaveada que opera | Tuma frequéncia de 100 kHz determinada pelos resistoros de 12 ki) @ 20 Ki) e pelo capacitor de 1 nF no oscilador formado por uma das portas do circuito integrado 4093. © circulto completo deste conversor DGIDG é exibido na figura 7.29. | teristicas alteradas para fomecer tensdes. Esse vonversor DC/DC, na realidade, 5 : f Figura -7.28 170 | Figura - 7.29 ; ernie Lista de Material | (trance ar Circuito 1 Cl, - 4093 - cireuito integrado CMOS: Q) - IRFDILO - HexFET de poténcia Ry ~ 12 kQx 1/8 W - resistor pete Ro - 20 kQ x 1/8 W - resistor R3- 100.0 x 1/8 W- resistor Cj - 1 nF - poligster ou ceramico Cp, C3 - 1 MF - eletrolitico ou tintalo Dy aDs - 1N4148 - diodos de silicio de uso geral 1 - Transformador - ver texto Diversos: Placa de citcuito impresso, niicleo toroidal ¢ fins para 0 transformador, dissipador para 0 transistor, fios, solda, ete. + || Horie freepee lis i = a & & Hor. 2 usialy Figura - 7.30 O ciclo ativo deste oscilador € determinado pela relagao de valores entre os resistores de realimentagao, Esse ciclo 6 da ordam do 33%, sinal retangular gerado excita uma segunda porta NAND que funciona como invorsor, passando posteriormente para a comporta de um HexFET IRFD110: ‘A forma de onda do sinal no dreno desse transistor 6 mostrada na figura 7.30. © transformador 6 0 componente critico deste projeto, sendo enrolado em niicleo Philips 240XT250-3EA2 (tordide). O enrolamento primaria @ formado por 14 voltas de flo com isolamento de teflon AWG 30, e 0 secundario ¢ formado por 24 voltas do mesmo fio. 1 Na figura 7.31 temos a curva de tensdo em funcao da corrente fornecida @ carga por este cir- cuito, 171 Fontes de Alimentagao ee 5 « {| L) Ep Cy av aiboo pe coa009 cookie | RIN Figura - 7.32 me Lista de Material = t { | Circuito 2 30) i ++ | i | | Cl - 4093 - cireuito inte- 3 u | | grado CMOS, 3 T || Q) -IRFDI10- HexEET de | a i a l| poténeia : ~ + Ry) - 1 kQx 1/8 W- resistor | |] R2-6kQx 1/8 W- resistor mae : — R3- 100.Q.x 1/8 W- resistor ee lent I C| - 220 pF - poliéster ou I | cerimico Cpe aane canta oes ieee Co, Cs UF -eletrelitco Corrente de carga (mA) 0 Uiritalo Dy aDs - 1N4148 - diodos de silicio de uso geral Ty - Transformador - ver Figura - 7.31 | ie pos ___] } Diversos: Placa de cireuito impresso, miicleo toroidal e fios para 0 transformader, dissipador para o transistor, fios, solda, ote. Observe que séo usados diodos de uso geral na retificagao de ‘onda completa @ um capacitor de filtro de 1 uF. A tenséio com cor- rente abaixo de 10 mAna carga eleva-se até um maximo em torno de 33 V. Assim, para se limitar 8 tensdo de salda a um maximo de 15 V, é importante manter @ corrente na carga em pelo monos § ma. Para uma aperacac com freqdéncia maior, a Intemational Rectifier sugere o circuito da figura 7.32 que opera em 00 kHz, também tendo por base um oscilador com o eircuito integrado 4093, Neste circuito, os resistores que determinam a freqléncia e 0 ciclo alivo tém valores menores, assim como o capacitor. O ciclo ativo nesse caso é menor e as trés portas NAND restantas 172 do 4093 s0 usadas como um buffer inversor digital para excitar 0 HexFET poe de poténcia iRFD110 ‘A forma de onda do. sinal obtido no dreno do transistor de efeito de campo de poléncia é mostrada na'| |__| _| = figura 7.33, © uso de uma freqdéncia maior || i permite que © transformador tenha | menores dimensées. Esse compo- Wh torn Nente 6 enrolado num nucleo toroidal | Philips 266CT125 @ sous enroliamen- | | _1-— tos t8m as seguintes caracteristicas primério com 4 voltas de fic AWG 30 € secundario de 7 voltas do mesmo fio. Na figura 7.34 temos as caracte- Ppt | fisticas de funcionamento desse cir- | | Tensao de gate 5 viaiv cuito, observando-se que a corrente Frerenee ot deve ser mantida acima de 5mApara | [™ 259 nsidiv que a tensao de saida nao ullrapasse os 15. Uma idéia para obter-se maiorren- dimento com este tipo de conversor consiste em usar osciladores com 50% de ciclo ativo e etapas de safda com dois transistores em push-pull Na figura 7.35 mostramos comoisso pode ser feito usando a mesma configu- ragao basica a Tensao de dreno 10Vidiv meter sh Figura -7.33 7.5 - CONVERSOR DE 6 PARA 12VX 800 mA © ciroulto apresentado na figura 7.36 6 um exemplo de conversor “boost” que, através de um oscilador e de um indutor, eleva uma tensao de 6 V apli- cada na entrada para 12 V, sob corrente até 800 mA. 10 2 30 4 50 © circuito nada mais ¢ do que um | Corrente de carga (mA) multivibrador astével que gera um sinal_ | relangular aplicado a uma elapa de poténcia. Essa etapa de poténcia con- | siste de um transistor (que deve ser mon- Figura + 7.34 tade num bom tadiador de calor) © tem por carga um indutor. ‘Acxpanséio do campo magnético © @ sua contragéio fazem com que seja induzida nesse compo- nente uma lensao maior de que a do circuito que o excita. O resultado é que temos um aumento da tensdo de alimentacao. Para manter essa tensao em 12.V é usado um diodo zener de 12 V. Tensdo de selds (V) 173. Fontes de Alimentagao ine rao7!s 500 kHz lal Si _ Figura -7.35 % | Be 58 _ Figura - 7.36 ‘A mesma configuragao pode ser aproveitada para outros tipos de conversores. Basta trocar 0 diodo zener para se obter tens6es de saidas mais altas, até aproximadamente 25 V. Lembramos que nenhum circuito pode criar energia, assim senda, levando em conta que seu ren- dimento 6 da ordem de 70%. a fonte deve ser capaz de fornecer a corronte que o circuito vai drenay. Por exemplo, para 12 V x 500 mA, 0 que resulta em 6 W, com uma fonte de 6 V, jevando em conta 0 rendimento da orciem de 70% a corrente de entrada deve ser de pelo menos 1,4 A Uma variagao do circuito @ mostrada na figura 7.37 em quo usamos como oscilador um astével 556. ‘Abobina L4 € 0 componente critic da montagem, sendo formada por 80 espiras de fio de 0,5 mm em tum niicleo toroidal de 40. mm de didmetro extemo. 174 by Salda qo 12 | Figura - 7.37 Lista de Material | Rg -33 kx 1/8 W - resistor - laranja, faranja, laranja Cl; - 555 - circuito integrado, timer Rs - 10 kx 1/8 W - marrom, preto, laranja Q} - BC548 ou equivalente - transistor NPN | Cj - 100 nF - capacitor de poliéster ou cera de uso geral mico Qo -BD679 - transistor NPN de poténeia | C2 - 470 uF x 25 V - capacitor eletrolitico Dy = IN914-- diodo de uso geral Ly - Ver texto Z, - Zener de 12 V x 400 mW Diversos Ry, Rp = 12 kx 1/8 W - tesistores - Placa de circuito impresso, radiador de calor matrom, vermelho, laranja para Q3, fios, niicleo toridal para Ly, flos, R3 - 2,2 kQ x 1/8 W - resistor - vermelho, solda, etc. vermelho, vermelho 7.6 - FONTE CHAVEADA DE 100 W ‘Afonte que descrevemos agora é sugerida pela Motorola em seu Linear/Interface Integrated Cir- cuits, servindo apenas para que leitor tenha uma idéia da topologia deste tipo de aplicaco, con- forme explicamos na parte inicial deste capitulo, Isso ocorte dada a dificuldade em se obter o transformador pronto, o qual deve ser projetado para ‘a aplicagao especitica circulto 6 ilustrado na figura 7.38 e tem por base 0 circuilo integrado TDA4600, © circuito integrado TDA46O0 consiste em um regulador conversor integrado do tipo Flyback ja incorporando as etapas de poténcia, dai seu invélucro ser dotado de recursos para montagem em dissipador de calor, conforme exibe a figura 7.39 Esse circuilo integrado admite ainda a entrada direta da alimentagan da rede de energia, con- forme pocemos ver pelo diagrama, excitando diretamente o transistor de chaveamento, 175 Fontes de Alimentagdo. ees iy 258 00 err Zend avant a 12 ore i. 100, “Teroot, see Te70 pe 1007 17167 uF 16722 uF “tt eed ie | 205M io ea ety ema Shey jor © 700V 176 Newton C. Braga’ A freqiéncia depende da potén- cia de saida, variando entre 70 kHz (salda zero) até 20 kHz (saida de 100 W) tipicamente A ourva de rendimento desse airculto ¢ mostrada na figura 7.40. A eficiéncia do circuito @ da ‘ordem de 80% na faixa de poténcias | Sate de 40.480 W. Ref. Det. | Gerador } Tora Saida Observe que no projeto sugerido Zero | Aw | forme pela Motorola temos diversos enro- Feedback = Inibigao ext. Saldadreno = Voce lamentos secundanos para alimen- tagdo de circuitos de baixa tensdo, | © que a regulagem é feita por um Hirai | enrolamento adicional que fornece a referencia para o circuito inte- grado, O ajuste da tensao de saida é ae feito no trimpot R. d Muitos circuits como este Fal podem ser obtidos na Internet, bas- fando digitar no Google o nome do Circuito integrado usado, ou ainda aad "Switched Mode Fower Supply ‘como palavra-chave. f | | | | | | | 48) Yensio de saida Vz —> 147 E 480 170 190 «210 280 abo —+ Tensio de rede Figura - 7.40 Caracteristicas dos componentes em Fontes Uma grande quantidade de componentes, principalmente circultos integrados, transistores ¢ diodos, € usado intensamente nos projetos de fontes de alimentagao. Se bem que muitos delas também possam ser utlizados em oulras aplicagdes como circultos de controle, amplificadores e mesmo RF, 0 conhecimento de suas caracteristicas 6 fundamental para a realizagao de projetos de fontes. Assim, neste itern vamos focalizar as caracteristicas dos componentes mals emprogados, com destaque aos que aparecem nos projetos de fontes publicados naste livro. 8.1 - DIODOS DA SERTE 1N4000 Talvez, de todos os componentes usados nas fontes descritas neste livro e na maioria das publi- ‘/eagoes técnicas, 0s diodos da série 1N4000 sejam os mais ulilizados. Esces diodos (do 1N4001 alé 1N4007) sao empregados numa infinidade do aplicagdes que vaio desde a tetificacao em fontes de alimentagao ate a protegao contra transientas garados na comulagao de cargas indutives tais como relés, solendides e motores. Para usar bem estes componentes ¢ interessante conhecer suas caracteristicas. Neste item vamos tralar desses diodos, ajudando o leitor a fazer a escolha correta do tipo da série conforme a aplicagao. (Os diodos da série 1N4000 (com os tipos de 1N4001 a 1N4007) sao diodos retificadores de silicio para correntes alé 1 ampére. Cada um desses diodos pode operar com uma tensao maxima diferente. Portanto, antes de passarmos a indicar quais sao estas tenses para os diversas lipos da série, sera interessante conhecer seu significado, Conforme 0 leitor sabe, os diodos de Si quando polarizados no sentido direto, conduzem total mente a corrente, mas apresentam sempre uma tensao da ordem de 0,7 volts, veja na figura 8.4 Observe que esta tens3o varia muito pouco com a corrente exigida pelo circuito em que esta 0 diodo, 0 que permite que este com- ponente seja usado, quando polanizado desta forma, como um diodo zener do 1 0,62 0,7 volts tipicamente. SPN No sentido inverso, 0 diodo apra- senta uma clovada rosisténcia no per mitindo praticamente a circulacao de fenhuma corrente. Nestas condigies, toda a tensao do circuito aparece sobre | YRBAM 0 diodo, ou seja, entre seu anodo e seu ‘catodo conforme ilustra a figura 8.2. Isso significa que os diodos deve ser capazes de suporiar 0 valor maximo que a lensao atinge no circuito quando ‘sao polarizados a ered tierra rate ENN eli = 2 179 Fontes de Alimentagio rr esta razdo, existem duas especificagdes importantes para os diodos: i Punanieae a) Acorrente maxima que eles podem | no sentida + Vee | conduzir quando polarizados no sentido y direto. Esta corrente 6 abreviada por to nos manuais Invorso | b) A tansao de pico maxima que podem suportar quando polarizados no | Figura 8.2 sentido inverso. Ela 4 abreviada nos Boe ee manuals por Vim, podendo haver duas variagSes conforme elas sejam dadas para um pico tnico ou para picos repetitivos. Veja que, em um circuito de corrente alternada, quando 0 diodo ¢ usado como retificador, a tensao que o diodo deve suportar no ¢ @ tens4o rms, mas sim seu valor de pico. Por exemplo, numa rede de 110 V (127 V) 0 valor de pico da tensdo passa de 150 volts, o que quer dizer que o diodo utilizado em tal aplicagao deve suportar uma tensdo bem maior que esta. Conforme veremos, pars a rede de 110 V (127 V) indicamos o 1N4004 que suporta 400 V, 0 quo da uma boa tolerancia em ralacao ao valor de pico. Para a rede de 220 V, indicamos: sempre o 1N4007 (para 700 V) 0 que também da uma boa margem de seguranga em relagdo aos valores de pico da tenso da rede, Entendidas estas especificagées, podemos passar a série 1N4000 Propriamente dita. 8.1.4 - OS DIODOS 1N4000 OU 1N400x Os diodos da série 1N4000 sao apresen- tados nos invOlucres DO-41 (Motorola) ¢ suas variagSes, dependendo do fabricante (que sao | ¢ gy x muitos), conforme mostra a figura 8.3. Dosse modo, para a série temos as seguinles tonsoos de ploo inversas e a tensao rms inversa recomendada maxima (ver abaixo). Obs. Esses especificagdes sao para os diodos da Motorala (ON), poctendo haver pequenas dife- Tengas conforme a fabricante, dai recomendarmos que, na pratica, soja dada uma margem de segu- Tanga nos projetos, Diodo IN4001 “i400? AN4003. 1N4004 —AN4005 | 1N4006. 4N4007 180 Newton ©. Rraga Para escolher um diodo desta série para uma aplicagao 6 preciso observar a corrente direta ¢ a tensdo inversa. Nos projetos comuns, tais quais os que apresontamos neste livra e em nossas publicagdes, indi amos os tipos 11N4004 para a retificacdio da rede de 110 V (127 V) ¢ 1N4006 ou 1N4007 para aplica- Ges na rede de 220 V (240 V). Para fontes de 6a 15 V indicamos os 1N4002. Para tenses entre 5 e 6 V também 6 possivel usar seguramente o 1N4001 Note que sempre podemos usar um diado de tensao maior que a especificada, som problemas de comprometimento do projeto, APLICAGOES: | Dy Moia ee 3 c Carga a) Retificagao | onda ste Penis Na figura 8.4 temos os circuitos (a) tipicos de retificagaa usando os diodos da série 1N4000. No circulto (a), de meia onda, 6 preciso observar que a corrente circula no diodo apenas nos semici- clos positivos » que, portanto, a cor- rente exigida na carga em média 6 a Corrente no diodo. Entéo, a corrente maxima de carga 6 de 1 ampere, para uma fonte que use apenas um diode nesta configuracao, Nos circuitos (b) e (c} cada diodo ‘conduz metade do ciclo. Dessa forma, quando na carga citcula uma com renle de 2 ampéres, em cada diodo passa uma corrente média de apenas 1 ampére. Isso significa que, mesmo usando diodos de 1 ampere, ¢ pos- sivel empregar estas configuragdes em fontes de até 2 ampéres, sem proble- | ! mas. completa Jcompieta (ponte ) Figura -8.4 | Relé ou solendide b) Protecao Os diodos da série 1N4000 podem i sor ampregados para absorver os pulsos de alta tensao que sao gerados na comu- tagdo de cargas indutivas e que podem afetar os semicondutores que fazem a comutagao, como no circuito exibido na figura 8.5. Neste citcuito, quando o relé 6 desii- gado, aparece na sua hobina uma tensao inversa de valor multo alto que pode | Pelé ou {solenoiaa Fontes de Alimentagao 182 Figura - 8.6 Figura - 8.7 | Entrada > >} —______| Figura - 8.8 Figura- 8.9 Carga superar a capacidade de isolamento do transistor comutador. Se esta tensdo nao tiver um circuito externo para ser apll- cada @ a energia gerada absorvida, 0 transistor poderd sofrer as consequén- clas, Este percurso pode ser dado pelo diodo que, para a polaridade da tensdo gerada, estara polarizado no sentido direto. O pico da corrente que circula pelo diodo nestas condighes pode superar bastante o valor normal de 1 ampére, mas sua duracao é extremamente pequena. Gomo 08 diodos podem operar com picos altos de corrente de duragao muito Pequena, nada acontece com o componente © 0 transistor (ou outro semicondutor tsado) ndo sofre as consequéncias da aplicagao de um pulso de alta tensdo, c) Fungoes logicas ‘Algumas fungies légicas simples podem ‘ser obtidas com a ajuda de diodos. Uma delas € a visualizada na figura 8.6 em que temos 0 acionamento seletivo de duas cargas usando para esta finalidade apenas um par de fios. ‘Na pasigAo (a) da chave a lampada X avende; na posigao (b) e lampada x2 acende, @ na posi¢ao (c) as duas lampa: das acendem, No oitouito da figura 8.7 temos diodos usados para evitar 0 “retorno” do acione: mento de uma carga. Conseqdentomente, sea saida do cir- Cuilo A for ao nivel alto, ocorrera o acio namento da carga, mas esta lens&6 no aparece na saida do circuito B. Na figura 8.8 tomos um circuito de protegSo contra inversio de polari- dade para um circuito alimentada por uma fonte, Se a polaridade da fonto for invertida, o diodo esiaré polarizado no Sentido inverso nao deixando passar Corrente para 0 circulto alimentado. Newton ©: Braga d) Zener (Os diodos polarizados no sentido direto podem ser empregados como zeners de menor preciso, 0U para alteragao da tensao de referéncia em circultos reguladores de tensao, conforme ja vimos neste mesmo livro em diversas fontes. Podemos usar também esses diodos para aumentar a tensao de saida de reguladores fixos, a exemplo do que ja vimos neste livro também. €) Outras aplicacées No cirouito da figura 8.9 temos um diode 1N4004 evitando que a comporta de um SCR seja pola- fizada no sentido Inverso quando 0 anodo estiver negative em relagso ao catodo do proprio SCR, o que poderia causar sua queima. No circuito da figura 8.10 usamos um diodo 1N4002 ligado de tal forma a permitir a alimentagao de um LED em um circulto de corrente alternada, © diodo conduz quando o LED é polarizado no Sentida inverso, evitando que ele fique submetido a uma tensdo inversa superior a 6 V, 0 quo poderia danificd-to, 8.2 - DIODOS 1N5400 Os diodos retificadores da série 1N5400 {1N5401 até 1N5406) so empregados fuma infinidade de aplicagSes que vao desde a retificagao em fontes de alimenta- ao até a protedo contra transientes gera. dos na comutagao de cargas indulivas tais como relés, solendides e motores. Os diodos da série 1N5400 (com os tipos de 1N5401 a 1N5406) sao diodos retificadores de silicio para correntes de 3 ampéres. Cada um dos diodos da série pode Figura - 8.10 ‘operat com uma tensdo maxima dife- frente. Por isso, antes de passarmos a ~ indicar quais sao estas tensdes para os diversos tipas da série, seré interessante conhecer seu significado. ‘Como jé é do conhecimento do leltor, as diodes quando polarizados no sentido direto, conduzem totalmente @ corrente, mas apresentam sempre uma tensao da ordem de 0,7 volts, observe a figura 8.11. Perceba que esta tensdo varia muito pouco com a corrente exigida pelo cir- ‘ cuito em que esté o diodo, 0 que permite que este componente seja usado, quando polarizado desta forma, como um dicdo zenar de 0,6 a 0,7 volts tipicamente. No sentido inverso, 0 diodo apresenta uma Figura 8.14 1 (may ¢ + (V) o7Vv Fontes de Alimentagao ia, nao permitindo praticamente a circulagao de nenhuma corrente. Nestas condigdes, toda a tensao do circulto apa- ___ | tece sobre 0 diodo, ou seja, entre seu anodo @ seu ea catodo veja a figura 8.12 Vege Isso quer dizer que as diodos devem ser capazes de suportar o valor maximo que a tensao atinge no circulto, quando s80 polarizados no sentido inverso, Desse modo, existem duas especificagdes impor- tantes para os diodos; Figura - 8.12 a) a corrento maxima que eles podem conduzir quando polarizados no sentido dirato. Esta cor- renle é abreviada por lo nos manuais, b)a tenso de pico maximo que podem suportar quando polarizados no sentido inverso. Esta tensdo ¢ abreviada nos manuais por Vim ou Vrrm. ‘Veja que, em um circuito de corrente altemada, quando o diodo 6 usado coma retificador, a tensao que ele deve suportar ndio 6 a lensao rms, mas sim seu valor de poo. Por exemplo, numa rede de 110 Vo valor de pico da tensao se aproxima de 155 volts, © que quer dizer que o diodo empregado em tal aplicagao deve suportar uma tensdo maior que essa, Conforme veremos, para a rede de 110 V indicamos 1N5404 que suporta 400 V, o que dé uma boa tolerancia em relacdo ao valor de pico. Para a rede de 220 V, indicamos sempre o 1N5408 (para 600 V), 0 que também da uma boa margem de seguranga em relacdo aos valores de pico da tensao da rede, Entendidas estas especificagdes, podemos passar 4 série 1N5400 propriamente dita OS DIODOS 1N5400 OU 1N54xx . Os diodos desta série sdo apresenta dos nos invélucros 267 plastico (Motorola) couk © suas variagoes, observe a figura 8.13. Snes Assim, para a sérlo tomos as soguin- tes tensdes de pico inversas © a tonsao rms inversa recomendada maxima (vet abaixo), Obs.: Essas especificagdes so para 98 diodos da Motorola (ON), podendo haver pequenas diferengas conforme o fabricante, dal recomendarmos que. na pratica, soja dada uma margem de seguranga nos projetos. Figura -8.13 Vrms 35) 70V | 140V 280V 420V Pata escolher um diodo desta série em alguma aplicagao preciso observar a corrente direta a tensao inversa. 184 Newton ©. Braga 8.3 - DIODOS DA SERIE SK Os diodos das séries SK © SKa da (may Semikron so diodos retificadores de sili- cio de uso geral, utilizados em aplicagdes de baixa frequéncia @ fontes de alimen- taco. Esses dicdos podem, na maioria dos casos, realizar as mesmas fungies dos diodos da série 1N4000, sendo por viv) isso bastante empregados nos projatos de 07 fontes que encontramos. Os diodos da série SK, de SK 1/12 8 SK 1117, além dos tipos SK 3/12 a SK 3/17, so usados numa infinidade de aplicagoes que vao desde 6 retificagao om fontes do allmentagao até a protegao contra transientes gerados na comutagao de cargas indutivas tais como relés, sole néides © motores. Para utilizar bem estes componentes é interessante conhecer suas caracteristicas. Neste item vamos tratar desses diodos, ajudando o leitor a fazer a escolha correta do tipo da série de acordo com 8 aplicagao, Os diodos da série SK 1/X (onde o X vai de 12 a 17) sd0 diodos retificadores de silicio para comrentes até 3 ampéres (rms), enquanto os SK 3/X para 6,7 A. Na verdade, as correntes médias recomendadas para esses diodos so de 1,15 6 1.8 Ifay. ‘Cada um dos diodos da série pode operar com uma tensao maxima diferente. Dessa forma, antes de passarmos a indicar quais so essas tensdes para os diversos tipos da série, sera interessante conhecer seu significado. Como ja foi dito anterlormente, os diodos quando polarizados no sentido direto, conduzem total- mente a corrente, mas apresentam sempre uma tenso da ordem de 0,7 volts, antente para a figura 8.44. ‘Observe que esta tensao varia muito pouco com a corrente exigida pelo circuito em que esta 0 diodo, 0 que permite que este componente seja utilizado, quando polarizado desta forma, como um diodo zener de 0,6 a 0,7 volts tipicamente, No sentido inverso, o diodo apresenta uma elevada resisténcia, néio permitindo praticamente @ circulagao de nenhuma corrente, Nestas condigSes, toda a tense do circuito aparece sobre 0 diodo, 0u seja, entre seu anodo e seu catodo, veja a figura 8.15. Isso significa que os diodos devem ser capazes de suportar o valor maximo que a tenséo atinge no circuito, quando sao polarizados no sentido inverso. Portanto, existem duas especificacSes importantes para os diodos: Figura - 8.14 a) A corrente maxima que eles podem conduzir quando polarizados no sentido direto. Esta corrente & abreviada por lo nos manuais ou Hav (av = average = médio). . b) A tensao de pioo maxima que podem suportar quando polarizados no sentido inverso. Figura - 8.15 Fontes de Alimentaga0 Esta tensao é abreviada nos manuais por Vim ou Verm, podendo haver duas variagdes conforme elas sejam dadas para um pico unico ou para picos repetitivos. Note que, em um circuito de corente alternada, quando 0 diode é usade como retificador, a tensdo que o diodo deve suportar nao é a tensao rms, mas sim seu valor de pico. Por exemplo, em uma rede de 110 V (127 V) 0 valor do pico da tensao passa de 150 volts, o que quer dizer quo 0 diodo. ‘empregado ern tal aplicagéo deve suportar uma tensdo bem maior que esta, Entendidas estas especificacies, podemos passar a série SK propriamente dita. 8.3.1 - OS DIODOS SK Qs diodos da série SK sao aprosentados nos invélucros E-33 @ £-34, conforma ilustra a figura 8.16, Enldo, para a série lemos as seguintes tenses de pico inversas e a tensdo 1ms inversa recomen- dada maxima (ver tabela). Tipo Vrsm (V) Ifav (A) SK 1/12 41200 415 SK1N4 1400. 4,15 ‘SK 1/16 1600 4,15 SK 1/13, 1300 (*) 415, SKAAT ‘700 (3) [7,18 SK 3/12 1200 4,8 SK 3/14 4400 48 SK 3/16 1600 18 SK 3413 1300 18 SK 3/17 1700 18 Para escolher um diodo desta série para | uma aplicagao € preciso observar a corrente direta e @ tensdo inversa. Veja que sempre podemos usar um diodo de tensdo maior que a especificada, sem problemas de compto- metimento do projeto. Figura - 6.16 8.4- SKB2 - PONTES RETIFICADORAS DE ONDA COMPLETA No projeto de fontes de alimentagao 0 selor de relificagao sempre merece alencao especial, dada a grande quantidade de opgdes para a escolha de componentes. As pontes SKB2 para correntes de até 2.5 amperes, da Semikron, consistem numa escolha inte ressante para os projetistas que pensam em usar transformadores com secundarios simples com retificagao de onda completa ‘As pontes retificadoras SKB da Semikron contam com quatro diodos ja ligados de modo a formar um circulto retificador de onda completa com a configuracao mostrada na figura 8.17. 186 . NewronG, Braga © invélucro usado é do tipo G4 nN tambem exibido na mesma figura jun- tamente com suas dimensdes visando facilitar 0 projeto da placa de circuito | impresso pare sua implementagéo. San Observe a separagao ce 5 mm entre os ies) terminais. Weer Sos Na especificagao dessas pontes | i. fetificadoras, apés a designagao do tipo, ternos um sufixo que indica a tensao maxima RMS recomendada para 0 cir- Figura - 8.17 cuito em que elas sejam utilizadas con- forme a seguinie tabela. Vins. Tipo Cmax(uF) | Rminfohms) ‘SKB2/02 L5A 3.000 1 ‘SKB2/04 LSA 2200 15 250 ‘SKB2/08 L5A 7000 3 500 SKB2I2L5A_ | _-800 6 Repare que nesta tabela temos também a indicagao do valor maximo do capacitor a ser usado ‘como filtro e a resisténcia minima que deve ser ligada em série para limitar a corrente inicial no circuito quando ele, ao ser ligado, estiver com 0 capacitor completamente descarregado. 8.5 - OS TRANSISTORES DA SERIE TIP Transistores de poléncia para correntes continuas (baixas e médias) encontram uma infinidade de usos. Fontes de alimentacac lineares e chaveadas, inversores, controles de poténcia, amplificadores z de audio sao alguns exemplos de circultos onde tais transistores podem ser empregados, , Uma das séries mais importantes de transistores de poténcia é a formada pelos componentes si cujos tipos comagam pelas letras TIP. 3 Langados originalmente pela Texas Instruments, hoje eles podem ser encontrados com as f mesmas designagdes om diversos outros fabticantes. ‘A seguir, daremos as caracteristicas dos principais tipos, tendo como referéncia as dos originais da Texas Intruments. (Os mesmos tipos de outros fabricantes podem ter pequenas diferengas em relagdo as caracteris- ticas, Isso significa que, nos projetos mais criticos, o montador deve tomar cuidado ao usar algum que nao seja onginal. a Série de Bipolares NPN e PNP “ Esta série conta com transistores bipolares NPN e PNP que vao do TIP29 ao TIP41. Nela, os tipos 7 com ndmeros impares so NPN e 0s tipos com ntimeros pares so PNP. Os sufixos podem ser A, 8 u G, conforme as tensoes maximas entre colotor © omissor. ar Desse modo, lemos como regra geral para os transistores dessa série as seguintes tensdes maxi- mas, conforme sufixo: Fontes de Alimentagdo ‘Sufixo sem sufixo Vee ou Veb (max) Sempre é possivel usar um transistor ‘do mesmo tipo numa aplicagao, com 0 sufixo que represente uma tensdo maior do que 0 original Por exomplo, um TIP31B substitul com vantagem um TIP31A ou TIP31 Para ésses transistores temos dois tipos basicos de invéluoros que so exibidos ha figura 8.18. Observe que eles s4o dotadas de recursos para fixagao direta em um dis- sipador do calor. A seguir daremos as tabelas com as caracteristicas dos principais tipos: 188 NPN Tipo | Vee (Vv) fe (max) (A) | hee (min) | Pd (Ww) fy (MHz) | | TIP29 40 1 Pe 20 30 5] Tip29A_| 60 SA BE 30. 3 TiP29B | 80 | 1 20 30 oo TIP29C 400 i 1 30 3 Tips1__| 40 | 3 40. 3 TIP31A ig 40 5 TIP31B sta [40 RECHEY TiP3IC Z [40 3 TIP33 i0 30 3 TIPS3A, 40 80 3 TIP33B 40 80, 3 TIP33C. 10 80 ¢ TIP35 25 125 Pago TIP35A 25 125 3 TIP36B 26 125 3] TIP35C 25 125 3 TiPat =e 65 Bini TIPAIA 6 65 3] TIPATB, 6 65 3 TiP41G 6 65 3 PNP Tipo Veo (V) te(méx)(A) | hee (min) | Pa (W) | fr (MHz) TIP30 40 <0) 20 [30 {eg TIP30A_| 60. 1 20 30. a | TIP30B 80. 4 20 30. 3 | [npaoc | a00 4 20 30 eet See tipa2__| 40 4 20 nS |_TIP32a, 60 3 a —_—_1—_, _TIP32B 50 20 | Tip32c eral SEER) 20 3 | tip34 | 40 10 20 3 (paaa 60 40 20. a | | Tip34B: 80 40 20 = Tip34c_| 100 40 20 3 {Tips 40 2 2s 3 TIP36A. 60 25. 3 |—tipses | 60 25 25 3 qipasc | 400 ag 4 Tip42__| 40 6 20 —TIpaza | 60 6 20 TiP42B 80 6 He 236) ¥ TIP42C. 100 6 20 Significado dos paramotros: Vee ¢ a tensdo maxima entre 0 coletor € 0 emissor, Quando essa especiticagan & acompanhada de “0” (open) como em Veo, significa a tensao maxima entre coletor e emissor quando @ base esta aberta le @ a carrente maxima de coletor. Trata-se da corrente continua maxima que o componente pode conduzir. hpE 46 ganho estatico de corrente, normalmente especificado para uma tensao entre coletor ‘emissor de 10 V, quando 0 componente conduz uma corrente de 1A, Pd & a poténcia maxima que o componente pode dissipar quando montado em um dissipador Ideal, fy éa freqiiéncia de transicéo, ou seja, a freqiiéncia em que 0 ganho de corrente do componente cai para 1. Além dessa frequencia, o componente deixa de ampiificar os sinais. Série de Darlingtons NPN e PNP Da mesma forma que para os transistores bipolares, exisle uma série TIP de ansistores Darling- ton. Em um Gnico invélucro temos entao dois transistores montados na cantiguragao Darlington, NPN ‘ou PNP conforme ilustra a figura 8.19. 189 Fontes de Alimentagao Observe a existdncia de resistores intemos de polarizacao. Esses transis- tores, conforme sua capacidade de dis: sipagao, podem ser encontrados em tres involucros diferentes que sao exibi- dos na figura 8.20. Evidentemente, pela sua alta dissi- pago, esses invélucros também pos- ‘suem recursos para sua montagem em um radiador de calor, Para os transistores Darlington da sérlor TIP, em jugar de sufixos, temos uma seqdéncia de nimeros a partir do tipo basico indicando a tenso maxima entre coletor e emissor Assim, os NPN comegam de "0" e vao até "2" com a seguinte graduagao de ten- s0cs: 0-60 4-80 2-100 Por exemplo, 0 TIP110 6 para 60 V, 0 TIP11 6 para 80 Ve o TIP112 para 100 v. Figura -8.20 Para os os PNP, a numerngao comega no Se vai alé 0 7, com a seguinte gradu- ago de lensao conforme o numero final: 5-60V 6-80V 7-100 V Entéo, temos 0 TP115 para 60 V, TIP116 para 80 Ve TIP117 para 100 V, todos PNP. As freqiléncias de transic&o desses componentes so sempre muilo baixas, menos de 1 MHz. © que limita suas aplicagoes praticamente a controles de poténcia e circuitos de fontes lineares ou amplificadores de audio. Damas a seguir a tabela com as caracteristicas dos tipos principais desta seri: Darlington NPN _—— | Tipo vee(v) | te (max (a) | pe (min) Pa (Ww) TIPO. oe 500) 50 TIPA11 80 ‘500 50 nipri2 400 ‘500. 50. TiPi20 60 7000 65 TIP{21 80 1000 85 TIPI22 100 2 1000 — 65 ee TIP140 60 1000 125 [__ TIP 141 80 iE 1000 foams TIPT42 100 1000 125 soho TS PNP Tipo Vee (V) Ie (max) (A) Pd (W) TPS 60 2 ; 50 TIP116 80. 2 BONE TIPT7 700 S- 50. TIP125 €0 5 65 TIP126 80 5 a aed TIP127 100. 5 65 TIPI45 | 60 10 425 TIPI46 80. 10 Seni TIP147 700 10 125 Conclusao: Nas aplicagdes de altas correntes sob regime de baixas frequiéncias ¢ correntes continuas esses transistores, pela sua facilidade de obtengao € baixo custo, s80 os preferidos. 8.6 - TRANSISTORES DA SERIE BD Qs transistores de poténcia para correntes continuas (baixas e médias frequéncias) sao utllizados numa infinidade de aplicagées praticas. Podemos citar como exemplos de aplicagbes desses compo- nentes as fontes de alimentacac lineares e chaveadas, inversores, controles de poténcia, amplifica- dores de audio, ete. Uma das séries mais importantes de transistores de poténcia é a formada pelos componentes cujos tpos comecam pelas letras BD. Ela é formada por transistores bipolares e Darlington tanto NPN quanto PNP. As lotras vém do cédigo Pro Eleciren para semiconductores americanos. Alera B indica que o dispositiva é de silicio (A para germnio); a letra D indica que se trata de um transistor de poténcia para baixas frequéncias (audio, DC, etc). Langados originalmente pela Philips Components, hoje eles podem ser encontrados com as mesmas designagées ¢e tips em diversos outros fabricantes. ‘Aseguir, daremos as caracteristicas dos principals tipos, tendo como referéncia as caracteristicas dos originals da Philips Components. Os mesmos tipos de outros fabricantes podem ler pequenas diferengas em relacdo as caracleristicas, Isso significa que, nos projetos mais critics, 0 montador deve tomar cuidado ao usar algum que nao seja original. SERIE DE BIPOLARES NPN E PNP Esta série conta com trancistores bipolares NPN @ PNP que vao do BD136 a BD438, Nela, os tipos com nimeros Impares sao NPN @ os tipos com nimeros pares sdo PNP, E sempre possivel usar um transistor do mesmo tipo (mesma corrente de operagaio maxima - Ic) em uma aplicacao, com o tipo que apresente uma tensao maior do que o original. Por exemplo, um BD139 substitul com vantagem um 80137 ou BD125. Para asses transistores temos invéluoros que 840 exibidos na figura 8.21, Observe que eles sao dolacos de recursos para Figura - 8.24 Fontes de Alimentagie fixagao direta em um dissipador de calor. A seguir, fornecemos as tabelas com as caracteristicas dos principais tipos: NPN) Tipo Vee (V) Ie (max) (A) bee Pd (W) BD135, | 45 15 40-250 8 | Bp137 | 60. 45. 40-250 8 BD139 fei a86, 16 40-250 6 [80233 45 ean 40-250 26 aes 2 40-250 25 | 80. 2 40-250 25 a 3 85-375, 15, 22 4 85-475 36 32 4 85-475 36 Sede: 4 86-475 36 PNP Tipo | Vee (vy BDI36 45 BD138 60 BD140 80 BD234 45 D236 _ 60 BD238 BO | BDaa0 20 | D434 cg oe 80436 fagiegata: BDA: 45 Significado dos parametros: Vee é a tensdo maxima entre o coletor @ 0 omissor. Quando essa especificagao & acompantada de “o” (open) como em \Vee0, significa a tenséo maxima entre cole- tor e emissor quando a base esta aberta. Ic & a cotrente maxima de coletor Trata-se da corrante continua maxima que ‘© componente pode conduzir. hgE € 0 ganho estatico de corrente. normaimente especificado para uma tensdo entre coletor e emissor de 10 V quando 0 Figura - 8-22 192 Newton C. Braga ‘componente conduz uma corrente de 1 A. No caso, 6 dada a faixa de ganhos para uma corrente determinada entre 0,15 ¢ 05A. Ptot 6 a poténcia maxima que o com- ponente pode dissipar quando montado num dissipador ideal, SERIE DE DARLINGTONS NPN E PNP Figura - 8-23 Da mesma forma que para os transis- tores bipolares, existe uma série BD de transistores Darlington. Em um Gnico invélucro temos entao dois transistores montados na configura- ‘:40 Darlington, NPN ou PNP, conforme ilustra a figura 8.22. Eases transiatores, de acardo com sua eapacidade de dissinaghn, podem ser encontrados em. {6s invOlucros diferentes que sa0 mostrados na figura 8.23. Evidentemente, pela sua alta dissipaco, esses invélucros também possuem recursos para sua montagem em um radiador de calor. As freqdénolas de transi¢ao desses componentes so sempre muito baixas, menos de 1 MHz, © que limita suas aplicag6es praticamente a contioles de poténcia e circuitos de fontes lineares ou amplificadores de Auiio. Damos a seguir, a tabela com as caracteristicas dos tipos principals desta série: Darlington NPN Tipo Vee(V) | te (rmax) (A) hE (min) Pd (W) D331 60 6 750 60 BD333 80. 6 750 60 BO335 700 6 750. 60. BD675 a5 4 750, 40 BD677 60. a 750 40. BD679 0 a 750 a0 8681 400 4 760 40 BD6ES 420 4 750 40 Darlington PNP Tipo Veo (V) Je (max) (A) bee (min) Pa (W) Fomies de Alimentagaio Conclusio Nas aplicagées de altas correntes sob regime dle balxas freqiiéncias e correntes continuas, esses transistores, pola sua facilidade de obtengdo e balxo custo, sao os preferidos. 8,7 - O TRANSISTOR 2N3055 Um transistor de enorme utilidade, considerado ideal para 0 “servigo pesado", e que todo monta- dor ou projetista de apareltios eletrSnicos (prineipalmente envolvendo aplicagées industriais, controle, robdtica e mecatrénica) deve conhecer & 0 2N3055, Capaz de dissipar poténcias até 115 W e de operar com correntes de coletor de alé 15 A podernos usé-lo em fontes de alimentacao, amplificadores de audio, controles de poténcia e em muilas outras aplicagdes que envolvam corrente continua e baixas freqiiéncias O transistor 2N3055 pode ser encontrado nos catalogos de diversos fabricantes, dada a sua grande aceitagao. Trata-se de um transistor NPN de alla poléncia de silicio, apresentado em involucro TO-3 de metal, observe a fiqura 8.24 Uma versao de menor dissipagao mals “econdmica’ 6 encontrada em involucro plastic TO-220, como TIP3055, exibido na figura 8.25. Exceto pela dissinacao, a verso em involucro plastic tem as mesmas caracteristioas da versao original do involuero de metal © 2N3055 6 um transistor de baixa freqdéncia, ou seja, consegue-se controlar correntes eleva- das, sacrificando-se sua velocidade, razéo pela qual ele nao consegue operar em frequéncias que estejam muito acima de algumas dezenas de quilohertz. Todavia, isso nao é probleme para as aplicacdes niais comuns, que S40. a) Em fontes de alimentagao comuns (ndo comutadaa) controlando a corrente principal b) Como reostato, controlando a intensidade da corrente em cargas de poténcia como lampadas, motores, ete. ) Na aida de amplificadores de audio de alta poténcta, podendo ser ligados em paralelo para se obter saidas de centenas de watts. 4d) Em circuits comutadores que - | dovam aclonar disposttivos de corrantes Emissor. Geletor | glevadas como solendides, eletroimas, (eareaca | Ste. €) Em carregadores de baterias, con- Base | trolande a corrente principal | 4) Em inversores, gerando ou ampli cando os sinais que devem ser aplicados aos ansformadores. Figura - 8.24 Damos a seguiros maximos absolutos doste transistor: Maximos a 25 graus Celsius: Pia Pte ate “Tensao coletor/bas 100 e—| a Tensao coletor/emissor. 70V Sean ‘Tensdo emissor/oase 7V Corrente continua de coletor..... 15.A Figura - 8.25 Corrente continua de base TA 194 New rg Dissipagao maxima 115 + Faixa de tomperaturas de oporagao.. -65 4 200 graus Celsius Caracteristicas Elétricas: Frequénoia de transi¢ao. 10 kHz (min) Ganho de corrente 46 (min) 120 (tip) QUESTAO DE POTENCIA Leitares que jé “queimaram” transistores como o 2N3O5S em experiéncias que envolveram cor rentes menores que 16 A (as vezes muito menores) devem estar se perguntando se nao haveria algo de errado nestas especificagdes. Por isso, algumas explicagdes importantes devem ser dadas a esse respeito. © que acontece 6 que a corrente maxima que um transistor pode conduzir entre seu coletor e femissor no 411m valor absolito, mas denende também da tensao que existe entre esses dois ele- mentos. Qs transistores possuem algo que se denomina SOAR, que ¢ a abreviagao de Safe Operating Area Region. |ss0 significa que existe uma certa area no grafico tensdo x corrente em que opera 0 transistor, dentro da qual a dissipacao se mantém nos limites que o componentes pode admitir, veja exemplo na figura 8.26. Assim, um transistor 2N3055 realmente pode conduzir wma cortente de até 15 ampéres, mas somente se neste momento, a tensao entre 0 coletor e o emissor tor menor que um determinado valor: 7,66 V. Por que este valor? Se a tensao for inferior a ele, 0 produto tensa x corrente seré menor que os 115 watts, que ele pode dissipar, e tudo correra bem. Entretanto, se for maior como, por exemplo, 10.A, a poténcia desenvolvida seré de 10 x 15 = 150 waits € o transistor nao conseguira dissipé-la, queimando-se. Perceba entao, que podemos trabalhar com correntes maiores se a tensAo for menor e vice- versa, Por isso, & comum que em fontes que usem esse transistor a corrente por 2N3056 seja limitada a apenas 5 ampéres, porque existem instantes em que a tensdo entre o coletor e 0 emissor do tran- sistor, com esta corrente, se torna suficientemente elevada para gerar uma boa quantidade de calor, maior do que aquele que ele consegue dissipar. Devemos pois. manter esta dissi- pagdo dentro daquilo que o transistor pode admitir. Isso vale para os pro- jetistas “novatos" que, ao verem nos manuais de transistores tipos com dis- sipagdes de 150 walls ou mais, logo Imaginam que podem usar estes com- ponentes em ‘potentes” amplificadores da mesiria polénicia. Nao é niada dissol Apoténcia que um transistor pode dis- sipar, de longe, nao ¢ a maxima potén- cia que ele pode controlar ou fornecet um circuite extemo. a De um modo geral. para 0 2N3055 @ comum que, ao serem usados em. Figura - 8.26 hroado operagao sogura (SOAR) Noe a) 7 10 20 4) 70 100 Fontes de Alimentagio fontes, cada um deles conduza no maximo 4 ou 5 ampéres. Se preci- | sarmos mais do que isso, ¢ conve- nionte que cles sojam tigados em | paralelo; da forma que ja vimos Ve——+ + Ove | em fontes publicadas neste mesmo L live. &s a | Nessa ligagao surge ainda 0 pro- 05 dAaos7a | forma quando conduzem a corrente. Um pode apresentar menor resis- tencla que 0 outro 9 isso faz com que por ele circule maior corrente. Em uma fonte, isso pode causer a sobrecarga de um doles, que tenha menor resisténcia de condu- Gao. ‘Uma maneira de se garantir a correta distribuicéo da corrente nestes casos é agregando em série com seus emissores, um resistor de baixo valor, conforme ilustra a figura 8.27. Esse resistor tem valores tipicamente entre 0,1 ohm e 0,47 ohms, davendo serem usados sempre tipos de flo de pelo menos 5 W de dissipacao. Mais detalhes, o leitor podera ver nas proprias fontes de alta corrente deste livro. Figura - 8.27 | blema da distrbuigdo por igual das. | L correntes. Dois transistores nido se_| comportam exaiamenie da inesira | 8.8 - DIODOS ZENER Os diodos zener sao elementos fundamentals no projeto de multos tipos de fontes, reguladores dé tensao, referéncias, circuitos de |imitagao de sinais 6 muitos outros. No trabalho com esses compo- nentes existem algumas séries de diodos bastante utlizadas, para as quais o praticante de Eletrénica deve estar preparado no que se rafere ao atendimento dos seus cédigos. Um dos problemas encontrados por quem usa diodos zener saber qual é a sua tensao de ope- rago ou tensdo zener, com base no seu codigo de identificagao. Hé duas formas mais comuns de se especificar os diodos zoner atuaimonte: uma 6 dada pela Nomenciatura européia e a outra pela nomenciatura americana. Para que 0 leitor saiba como iden- 1 tificar os diodos zener, vamos comegar (ma)] por lembrar o que é um diodo zener. OS DIODOS ZENER Ponto de aptura inversa t Quando um diodo @ polarizado no sentido inverso, existe uma tensao limite ue podemos aplicar neste componente | sem que ele se torne condutor. Acima | vy) Rgito de desta tensao, denominada “de ruptura’, oe © diodo se tora condutor, @ para os ¥ eh tipos comuns ocorre sua destruigao. + Na figura 8.28 mostramos num gré- {hoo ponte en que # hiplixn océere. Figura - 8.28 196 ‘Se um diodo for construide de modo a suportar a corrente nesta ruptura, ele podera manler a tensdo constante entre | 6 Gals A seus terminais. Ou seja, diodos zener f 880 diodos especiais que podem operar hoes polarizados no sentido inverso com uma aE » tensao de ruptura nao destrutiva, Sua agdio pode ser aproveitada em diversas aplicagdes eletrénicas importan- tes. Eles funcionam come reguladores de tensdo ou de corrente, e ainda podem ser ‘empregados para fazer o corte de picos de sinai Os diodos zener so encontrados em diversos tamanhos ¢ tipos de acordo com corrente © tensao com que devem tra- balhar, Na figura 8.29 temos 0 simbolo usado para representé-lo © 0s aspectos mais comuns deste componente. Os diodos zener, conforme podemos observar, so componentes polarizados normaimente havendo um anel ou marca para indioar catodo (k). “ Especificagées ‘A maioria dos fabricantes especifica seus diodos zener por codigos que tanto podem levar a nomenclatura 1N quanto BZX ou BZY para os tipos europeus ‘AS principais caracteristicas elétricas que devemos observar em um diodo zener sao: a) Tensao zener - que é a tensdo inversa que faz o diodo conduzir ¢ que ele mantém constante ‘numa ampla faixa de valores de corrente. Os diodos zener comuns possuem tensdes zener entre 1,5 ‘mais de 200 Y, tipicamente. b) Dissipagao - quo ¢ a quantidade maxima de calor que o componente pode dissipar e que, por- tanto, esté associada a maxima corrente que podemos manter através dele. A méxima corrente mul- tiplicada pela tenso zener resulta na poténcia ou dissipagaéo maxima. Os tipos mais comuns sao de 400 mW de dissipacdo, mas dependendo da aplicagao, podemos encontrar diodos zener maiores. Para as séries com nomenclatura européia temos 4 dissipagdes possiveis, com os invélucros exibidos na figura 8.30. BZX79 - 500 mW com componentes de 2,4 V a 68 V (tolerancia de 5%) BZV60 - 400 mW com componentes de 2,4 V a 68 V (tolerancia de 5%) BZT03 - 3,25 W com camponentes de 7,5 V a 270 V (tolerancia de 5%) BZW03 - 6 W com componentes de 7,5 V a 270 V (tolerancia de 5%) muito facil saber qual 6 a tensAo zener de qualquer diodo desta série, pois ela ¢ dada pelo prefixo, Assim, o BZX79C2V4 6 um diodo zener de 500 mW para 2 4 V (a tensao é 0 2V4). 197 Fontes de Alimentagto ‘As tenses nominais normalmente seguem a seguinté progressao: (para os tipos Philips Compo- nents). 24-2,7-3,0-3,3-3,6-3.9-4,3-4,7-5,1-5,6-6,2-6,8-7,6-982-9,1-10-11- 12-13-15 + 16 - 18 - 20 - 22 - 24 - 27 - 30- 33.- 36 - 39 - 43 - 47-51-56 -62 - 75-82-91 - 100- 110- 120- 130 - 180 - 160 - 180 - 200 - 220 - 240 - 270. Obs.: Para outros fabricantes podem existir séries ciferentes e alé mesmo als ampias. Para a nomenclatura americana, em que os diodos comecam por 1N, o niimero que segue nao indica nada sobre a tensao, devendo ser consulladas tabelas ou manuais do fabricanto. Para auniliar os leltores, damos @ seguir uma tabela com as tipos mais usados e suas tensées: Poténcia (Watts) Tensio | 0,25 04 o5 | 40 16° | 60 10,0 50,0 18 {N4014 s rai 20 4Nd615, 22 1N4616 24 1N4617 | 1N4370 * 27 1N4618 | 1N4370 30 "IN4619| 1N4372| 1N5O87 33 1N4620| 1N5518| 1N6ass | 7N4728 | 1N5O1S | 1N53I3 36) “IN462i | FN5519 | 1N598O | 1N4720 | 1N5O14 | 1N5334 Ei [39 ‘IN4622 | 1N5520| 1N5844 |~1N4730_| 1N5015 | 1N5335 | 1N3003 AT 1N4624 | 1N5522 | 1N5B46 | 1N473? | 1N5917 | 1N5337 | 1N3OO5 | 56 1N4626 | 1N5524| 1N5848 | 1N4734 | 1N5919 | 1N5339 | 1N3997 6.2 1N4627 | 1N5525| 1N5850 | 1N4735 IN5341 | 75 4N4100 | 1N5527| 1NS997 |—INa7a7 | 1Na78G | 1N5343| 1N4000 | 1N4556 10,0 4N4104 | 145531] 1N6000 |_1N4740_[ 1N3789 | 1N5G47 | 1NZG74 | INZBOB 12.0 1N4106 | 1N5592 | 4NGO02 | 1N4742_| IN379T | _1N5349 | 1N2976 | 1N2810 14.0 1N4108 | 7N6534] IN5B50 7N5351 | 1N2978 | 1N2842 | 46,0 41N4110 | 1N5536] 15862 |" 1N4745 | 1N3794 | 1N5353 | 1N2980 | 1NZB14 20 1N4114 | 1N5540| 1N5866 | 1N4747 | 1N3796 | 1N5357 | 1N2964 | 1N2618 24 N4116 | 1N5542| 1N6O09 | 1N4749 | 1N379B | 1N5359| 1N2986 | 7N2620 28 ANA119 | 1N5544 INSB71 IN5362 |_ | 60 14128 4N5264 1N63T1 400 IN4135 | 1NS85 __1Na764 | 1N3B13|_IN5376 | 1N3005 Tal iN987_| 1N6026 | ~1N3046[1N5951| 1N5380 | 1N3008 | INZAT Em muitas aplicagoes praticas ¢ possivel obter-se tensdes diferentes das fomecidas pelos diodos incividualmente fazendo sua ligagdo om série, No entanto, nesse tipo de ligacdo, para que a dissi- aco seja uniforme @ para que ndo ocorram outros problemas de opetagao, os valores dos diodos devem ser mantidos os mais préximos possiveis. Por exemplo, para obter 16 V, pode-se ligar um diodo de 6,8 V em série com um de 8,1 V, mas deve-se evitar o uso de um de 12 V com um de 3,1 V, Para que um diodo zener opere satisfatoriamente, a corrente nele deve ser tal que ele fique entre 10% @ 80% da sua dissipagao. Nessas condig6es, sua operacdo ¢ mais estavel. 198 Ei tig Para determinar a corrente ideal para uma dissipagao da ordem de 25% do maximo, pode ser usada @ seguinte formula: (Pivyia Onde | é a corrente V 6a tensdio do zener Pea poténeia do zener Por exemplo, um diodo de 2,7 V x 1 W deve ser operar com uma corrente de aproximadamente: (4/2,7)/4 = 0,0926A = 92,6 mA (para uma poténcia de 0,25 W) Uma'forma de se obter um zener de maior dissipagao consiste em utilizar uma etapa adicional de poténcia comum a transistor. Na figura 8.34 mastramas como obter um "zener de poténci ‘A poténcia desse zener sera a potén cla do transistor. Deve ser somada a queda de tensdo entre o emissor e a base com a tensa do zener, para se obter a tensao equivalent desse diodo, Os zeners com transistores reforgadores 840 denomina- dos zeners assistidos, ¢ possuem uma caractoristica dinamica melhor do que a dos diodos comuns, conforme ilustra 0 gra- fico da figura 8.32. Onde S40 Encontrados Na figura 8.33 mostramos alguns circuitos tipicos onde os diodos zener 40 usados para regular tenses. No primelro caso, um diodo zener ‘opera sozinhio controlando totalmente a tensaona carga, enquanto no segundo olo utiliza um transistor para controlar a maior corrente de modo que ele pode'ser de um tipo de menor potén- cia (como no exemplo dado na figura 8,31). Testo 305 a Se bem que possamos testar um. Corrente diodo zener da mesma forma que um ceeeeeeeeee Tenet diodo comum, este teste nada revela 2 Zener Aside sobre a tensdo zener e, portanto, se © componente ostd dentro do suas Figura -8.32 caracteristicas. Fontes de Alimentagao ~ 3 si Transtormador Figura -8.35 200 Carga ove ov Figura - 8,34 Todavia, quando os diodos zenef apresentam problemas, o mais comum & que entrem em curto apresentando uma baixa resisténcia nos dois testes com 0. muttimotro. Na substituigao, devemos usar Sempre um que tenha a mesma tensio Que 0 original. A poténcia pode ser igual ou maior que a do original 8.9 - TRANSFORMADORES Nao obstante a tendéncia seja a de se usar cada ve menos transformado- res em fontes de alimentagao de muitos equipamentos, principalmente de con- sumo, dado seu custo, tamanho e peso, ‘@8se componente ainda 6 fundamental no projeto de fontes tradicionais. De fato, otsolamento da rede, a sim- plicidade de projeto de uma fonte linear oultras caracteristicas semelhantes so ‘So obtidas quando um transformador @ usado na entrada do circulto, Assim, conforme vimos na parte teérica deste livro, em que estudamos as fontes linea- res, 0 transformador de forga ou alimen- tayo € 0 componente de entrada da maioria das fontes, observe a figura 8.34, Aescollia de um bom transforma- dor para uma aplicago & um detalhe importante que. precisa ser analisado ‘emum projeto, Entéo, temos.as seguin- tes possibilidades: a) Tensdes de Entrada ‘A maioria dos. transtormadores usados em fontes de alimentagao possui enrolamentos primarios duplos, Ou com derivagoes que permitem sua alimentagao tanto nas redes de 110 V quanto 220 V (") (*) Observamos que usamos os termos gerais 110 V e 220 V para indi- car as redes mais comuns. Na ver- dade, para o que chamamos de rede RUN Ee de 110 V, a tensao real pode ser de 117 V ou 127 V, enquanto que para a rede de 220 V, 0 valor real tanto pode ser 220 V quanto 240 V, dependendo da regio do pais considerada. O modo como 0 enrolamento primario val ser ligado depende entdo da rede de energia, veja exemplo na figura 8.35. Podemos agregar uma chave comuta- dora de tensdo, que permite usar 0 trans- formador nas duas redes de energia, com @ comutagdo manual, conforme ilustra a Ny figura 8.36. HA circuitos que permitem a comutagdio automatica da tenséo de entrada, sendo usados principalmente em fontes chavea- das. ‘A maioria dos elctro-eletronicos moder- nos 6 do tipo “bi-voll” ou seja, funciona igualmente na rede de 110 V como 220, | “V sem a necessidade ce comutagao. b) Numero de Secundarios Rats eee og Em muitas fontes 6 preciso contar com Figura - 8.36 mais de uma tensdo de saida. Nesto livro, por exemplo, descrevemos diver- Z as fontes duplas ¢ miltiplas que exigem ‘oemprego de transformadores com mais de um secundario. = 250 ‘As proprias fontes para circuitos val- f ney fF x vulados sdo exemplos de aplicagdes Bact 250 em que transtormadores de secund’- |”, nN ries duplos ou multiplos sao emprega- et dos, observe a figura 8.37 E av. ay Series f Em um transformador de diversos ‘secundarios é importante que eles sejam isolados uns dos outros, contorme a apii- cagao. Lembramos ainda quo a potén- Figura - 8.37 ¢ia total do transformador seré dada pela soma das potén: (produto tensdo x corrente) de cada enrolamento secunda- rio. c) Especificagées do Seoundario ‘Ao escolher um transformador para uma fonte preciso levar-se em conta a corrente e a tensdo de cada secundario, pois clas determinam a poténcia e portanto © tamanho do componente, prego © peso. Por isso, para uma aplicagdo, a tensdo Fontes de Alimentagdo deve ser rigorosamente a mesmia exigida pelo projeto © nos circultos regulados admite-se uma tole- rancia para mais. Ent, numa fonte de 12 V podemos usar um transformador com 12 V, 15 \, e em alguns casos até mesmo 18 V de secundario Lombramos aponas que a poténoia dissipada pelo circuito reguiador vat Corrente que ele conduz pela queda de tensao, exemplo na figura 8.38. Em vista disso, com um transformador de maior tensdo, 0 regulador pode aquecer-se mais. er dada palo produto da ) Construgao (comum ou toroidal) Os transformadores tradicionais usados em fontes de alimentagao de fontes lineares possuem nucleos laminados tipo E, F ou |, combinados, conforme ilustra a figura 8.39. Esses transformadores t8m razoavel rendimento e a ulilzacdo de laminas evita que as correntes de turbilhao causem perdas. Entretanto, muitas fontes modemas podem usar transformadores torol- dais que apresentam maior rendimento e 520 menores. Infelizmente, na época em que este livro foi escrito, os transformadores com nticleos toroidais ainda no podiam ser encontrados com facilidade nas tens6es mais comuns, exigidas principalmente para 0 projeto de fontes. | ee ee | TD) — teminadas Os transformadores, quando em funcio- ¢) Consideragdes sobre Ruido amento, criam a sua volta um campo mag- nético (que escapa do nucleo) ¢ que pode induzir roncos e ruides nos circuilos sensi- veis préximos, veja a figura 8.40. Appropria corrente induzida na sua parte metalica externa pode ser responsavel por ruidos que acabam por aparecer nos circu tos mals sensivois, principalmenta os quo trabalham com sinais de audio, Uma pratica comum para evitar a ago desses ruidos consiste em se aterrar a carcaca do trans- formador, conforme mostra a figura 8.41, Outra pratica importante cansiste em se posicionar o transformador de forma que ele cause 9 minimo de interferéncia possivel em um circuite. Observamos que onientagao das linhas do campo magné- tico em retagao a trihas e flos que possam captar ruidos, 6 que determina a sua indu- 980 ou nao. f) Aquecimento e rendimento Nem toda a poténcia aplicada ao enro: lamento primario de um transformador é disponivel no secundario. Existe uma certa perda. Essa perda, devido as correntes 202 Lanes de turbuléncia no nucleo e ao proprio escape das linhas de fora de campo magnetico do onrolamento primario, faz com que o rendimento de um trans- fy 7 cating formador seja sempre menor do que 400%. Transtormedor As correntes de turbulénoia ¢ a propria resist8ncia do fio do enrola- ‘mento fazom com que parte das perdas avontega na forma de calor. Isso sig- nifica que os transformadores tendem @ aquecer, @ para os tips maiores ‘esse aquecimento pode ser signifi ativo, Existem até casos de potén- cias muito altas em que é preciso prover 0 transformador de algum lipo de ventilagao forgada. Trans- formadores que trabalham com temperaturas suficientemente altas para que nao possamos toca-los so comuns nas fontes de maior poténcia, De qualquer maneira, também | @ preciso estar atento para o fato de que'um transformador traba- _ ihando sobrecarregado (tentando fornecer uma poténcia maior do gue pode ou ainda tendo espiras fem curto) também aquece-se além do esperado @ is80 pode causar sua queima. Ateramento SS Figura - 8.41 g) Transformadores Espe- is - como obter ‘Transformadores comuns de nicleo laminado podem ser oblidos nas casas especializadas numa variedade muito grande de tens6es e correntes de secundario, conforme ilustra a figura 8.42. Tensées de 6, 7,5 , 9, 12, 15, 18, 22,5 e 24 V n&o sao dificeis de obter na faixa de 200 mA a 5A, Contudo, para 0 projeto de uma fonte pode ser necessério utilizar um transformador que tenha um secundério com corrente e tenséo no muito faceis de encontrar. A saludo, neste caso, 6 enrolar ‘ou mandar enrolar 0 transformador em uma casa especializada. Em Sao Paulo, podemos indicar a Poganha Produtos Elelénicos Lida., Rua Baependi, 146 - Tatuapé, CEP: 03077-070, telefone: (011) 6196-4159 e 6196-4274 Dadas as especificagdes do secundario ou dos secundario e a tensdo de entrada, essas empre- . ‘sas enrolam os transformadores. Observamos que nao basta levar em conta a relacio de espiras para se enrolar um transforma- dor, O tamanho do niicleo conforme a poténcia, a espessuta dos fios conforme a poténcia @ outros fatores entram 0 cdlculo. 203 Fontes de Alimentagao, h) Calculo de Transformadores Embora 0 ideal seja comprar um transformador pronto, conforme dissemos, existem casos em que pode ser necessario um transformador com caractoristicas pouco comuns. O ponto critico para quem pretende enrolar um transformador 6 obter os fios esmaltados. Nor- malmente oles nao sao vendidos em pequenas quantidades, o suficienle para se enrolar apenas um {ransformador, mas tao somente em carretéis que contém muito mais fio do que o necessario para isso. 8.10 - DISSIPADORES DE CALOR Aposar da maioria das circuits de poténcia modems terern um rendimento elevado, a quanti- dade de calor gerado (e que deve ser dissipado), é uma preocupagaio crescente. Os dispositivos operam com poténcias cada vez mais elovadas e no limite de suas capacidades de dissipacao. O uso de dissipador de calor correto, instalagao perfeita e ventilagao adequada so Preocupagées tao importantes quanto a propria parte elétrica do circuito. As fontes de alimentacao sao apenas alguns exemplos de circuitos que operam com poténcias elevadas, omprogando componentes que trabalham préximos de seus limitos. Como transferir 0 calor gerado por esses Componentes para o meio ambiente é uma grande preo- cupagao que os projetistas devem enfrentar para nao term problemas postenores de funcionamento, Um dos pontos de partida para a escolha do dissipador apropriado esta na propria durabilidade de um componente semicondutor como um transistor, MOSFET, TRIAC ou mesmo circuito integrado de poténcia, A confiabilidade © a durabilidade de um dispositive semicondulor 6 inversamente proporcional ‘20 quadrado das varlagbes de temperatura da jungaéo. Isso significa que reduzindo-se 4 metade a temperatura de um dispositive, podemos esperar uma durabilidade quatro vezes maior. O processo de transferéncia do calor gerado na junggo de um dispositive semicandutor envolve um circuito térmico com diversas etapas, observe a figura 8.43. ‘Trés components se destacam riessse circulto: a resistdncia térmica do Invélucro do dispositive 0 passar para o dissipador, a inércia térmica do dissipador de calor (que 6 grande), e a rasisténcia térmica entre o dissipador e o meio ambiente. Nesse circuito deve-se encontrar um estado de equillbrio térmico, que permita a transferén do calor gerado para 9 meio ambiente, sem entrelanto que a temperatura da jungéo do dispositive semicondutor ultrapasse 08 limites estabelecidos pelo fabricante. TIPOS DE DISSIPADORES Partindo-se da idk de que qualquer corpo que conduza e irradie calor pode funcionar como um radiador de calor, podemos ter diversas técnicas para a construgao de dissipa- a Re Pa ores destinates a apicayies eketrini- Forte city cas. decalor Jungac/ pay ae ‘A maiotia dos tipos tém na circu. involucro Sm ciceipador melo ambierte fagdo do ar a transferéncia da maior = je == _| Parte do calor gerado, conforme mostra a figura 8.44, Os principais tipos so, cujos forma- tos so exibidos na figura 8,46, so: Figura - 8.43 Newton C, Braga a) Estampados - So dissipadores for- mados por folhas de cobre ou aluminio, eslampados de modo @ adquirir 0 formato desejado. Esse tipo de dissipador ¢ bas- nas tante usado na maioria das aplicagdes eletrdnicas por serem baratos e terem fabri- cagao faci b) Por extrusao - Sao 0s mais comuns em aplicagées de poténcia como tontes. de alimentagao, amplificadores, otc. O pro- cesso de extrusao facilita a obtengéo de formato= bidimansionais com a capacidade de dissipar grandes quantidades de calor. Além disso, eles podem ser cortados e trabalhados de diversas maneiras. A possibilidade de se cortar aletas em corte cruzado permite a elaboracao de padres que possibilitam o aumento da performance de 10 a 20% Figura -8.44 ¢) Juntas de Tiras Pré-fabricadas - A limitagao da capacidade de dissipagao dos tipos que ‘operam por conveceao pode ser contomada se a superficie de contato com 0 ar for aumentada, A maior exposi¢ao a corrente de ar facilita a transferéncia do calor geracdo. Qs dissipadores desse tipo 80 formados por aletas de aluminio coladas com epox! a uma base (abricada por extrusao, d) Fundidos - Areia, um cere e processo de fuindigao para dissipadores podem ser feitos em alu- Figura - 8.45 205 Fontes de Alimentagao —) minio sem a necessidade de vacuo, | cobre ou bronze. Esse tipo de dissipa- dor tem maior desempenho em siste- 0-12)» mas de ventiiagao forgada ensass ¢) Aletas dobradas - Folhas de aluminio ou cobre corrugado sao usadas para aumentar a area da super- ficie em contato com o ar nesse tipo de Figura - 8.46 dissipador. O sistema é, entdo, fixade hE acl che es a uma placa que serve de base ou TSU ase mesmo colado na superficie de onde a calor deve ser removido, | ov> | Transistor ae eae pW Les L COMO MEDIR A RESISTEN- CIA TERMICA DE UM DISSIPA- DOR Contacto tari es iDissinasior emt teste O método descrito é empiric, | servindo para determiner com razoavel precisdo a resisténcia tér- Figura - 8.47 mica de um dissipador de calor. Tudo ae Ea que © leltor precisa é de um tor- mémetro (preferivelmente do tipo de Contato digital) © de uma fonte de calor +———_____,_ | oonheciaa. ae A fonte de calor pode ser um resistor (Chaar sane, v_ | de poténcie ou ainda um transistor, con- forme mostra a figura 8.46, ligados a uma — + | fonte ajustavel de tensao. | Peval Q resistor ou 0 transistor devem ser capazes de fomecor uma boa potencia, por exemple 0 2N3055, Sol ___ Figura - 8.48 Sera interessante que na determina- so das caracteristicas do dissipador, ele esteja o mais préximo possivel das condi- ges reais em que sera usado. Por oxemplo, ole jd pode ser fixado na caixa do aparelho em que ser’ instalado de modo a se verificar se o sistema de ventilagao 6 eficiente, O que se faz,entéo, ¢ montar o dissipador em contato com o resistor ou transistor colocado como fonte de calor. © contato térmico perfeito 6 essencial para a preciso das medidas, conforme ilustra a figura 8.47 No caso de um transistor é mais facil fazer esse contato, pois jé podemos usar pasta térmica para essa finalidade, como na montagem final do componente que sera utilizado. Comece aplicando uma pequena poténicia ao resistor ou transistor 0 espere polo menos uma hora Para que ocorra 0 equilibrio térmico. Se o calor gerade for insuficiente para aquecer o dissipador (que staré ainda muito trio), aumente a poténcia e espere mais uma hora até a estabilizacdo. Va fazendo isso por etapas até obter uma temperatura final do dissipador na faixa de 60 a 60° C, aproximada- mente. Anote a poténcia Ph que esta sendo gerada, multiplicando a corrente no circuito pela tensdo conforme exibe a figura 8.48, 206 ‘Anote a temperatura final medida no dissipador (th) e a temperatura ambiente (ta). Podemos entao aplicar as sequintes formulas: Varlagaio da temperatura (tr) tr=th a (1) Onde: th temperatura do dissipador (°C) ta - temperatura ambiento (°C) Pot&ncia dissipada (aplicada ao dissipador) - W (2) ‘Onde P- poténcia aplicada e dissipada, em watts V.- tensdo no elemento de aquecimento (V) = corrente no elemento de aquecimento (1 [Pavel Finalmente, temas 9 modo de se encontrar a resistancia térmica em °C/W: Onde: Rth - resistencia térmica em °CAV Tr- variagao da temperatura (°C) P-- poténoia aplicada/dissipada (W) Para obler maior preciso nos calculos, 0 leitor pode realizar a medida varias vezes e tirar a média, Na maioria dos casos, a determinagao serd tazodvel pois os proprios fabricantes dos dissipadores especificam seus produtos com uma tolerancia que chega aos 25% (para mais e para menos! Vamos dar um exemplo de caloulo: f Ao aplicar uma terisao de 12 V, a corrente circulante no elemento de aquecimento usado como. prova é de 3A. Atemperatura ambiente é 20° C e a temperatura final medida depois de uma hore no dissipador 60° G. Qual € 4 resistencia térmica do dissipador? Temos: Fontes de Alimentagdo Depois calculamos P: 12x3=36W Aresisténcia tarmica sera: Rih = TP = 40/96 = 1,11 °C COMPOSTOS OU PASTAS TERMICAS De modo a faciltar a transferéncia de calor entre o componente (ande ele € gerado) € 0 dissipador do calor 6 comum o emprego de compostos térmicos ou pastas térmicas, voja a figura 8.49. Muitos projetistas pensam que se a utilizavo de um pouco de pasta térmica é bom, colocar mais & melhor. Um erra grave que pode comprometer a aplicag3o. Os compostes ou pastas témicas pos- ‘suem uma resisténcia térmica que nao ¢ desprezivel, e um excesso de pasta em lugar de ajudar, pode agregar resisténcia ao circuito térmico, diminuindo, em lugar de aumentar, a capacidade de dissipa~ ho. (or rae eu | INERCIA TERMICA. componente mi TS a Camo o calor gerado nao & transteride para Ieoador ace IS trmica 0 meio ambiente imediatamente, precisando Sana Se ae He um certo tempo de “transito” através do dis- Zara ipador, isso se taduz numa inércia termica a va tempo para o dissipador “responder” as ariacbes de temperatura do componente nele jontado. Essa inércia deve-se basicamente 4 massa do dissipadir, a qual deve ser aquecida, absorvendo ou cedenda calor quando a temperatura do ar ambiente ou do com- ponente variam. Quanto maior for um dissipador mais tempo ele demora para atingir a tempe- ratura final de funcionamento, conforme vemos no grafico da figura 8.50. Veja entdio que um dissipador maior nao significa necessariamente que ele pode dissipar mais calor, mas sim que ele demora mais tempo para chegar a temperatura de equilibrio. Uma grande inércia térmica pode ser interessante em algumas aplicagoes, pois ola significa a capacidade de absorver © calor gerado om transientes Deve:se também tomar cuidado com uma inércia excessiva, pois a temperatura do radiador pode demorar para subir aluando sobre um eventual dispositivo de protecao conectado a ele, quando a temperatura do proprio componente ja atingiu um valor capaz de causar sua queima. Figura - 8.49 Temperatura ( 400, 50 Area do dlissipacior 10! 208 Fontes Industrials Com 0 crescente aumento na quantidade de equipamentos eletrOnicos usados no controle de protessos industriais além do crescente grau de sofisticagao, o mercado de fontes de alimentacao industriais esta crescendo e exigindo fontes cada vez melhores Neste itsm analisamos os tipos de fontes utlizadas na industria e o que ha de novo neste seg. mento da Eletrénica FONTES INDUSTRIAIS Durante muito tempo a industria ndo foi vista como um bom mercado pelo seginento das fontes de elimentago, quando comparada com os mercados de computadores e de telecomunicacces. No entanto, com a adogao de tecnologias cada vez mais sofisticadas de automagao, operando num ambiente hostil, como 6 0 chao de fébrica, os fabricantes comegaram a observar que esse seg- mento oxigiria uma atengdo especial para as fontes de alimentagac utilizadas. As fontes de alimentacao para aplicagbes industrials devem apresentar caracteristicas diferencia das em relagao as fontes de alimentacao comuns, tais como. Falxas de temperaturas de operagsio mais amplas, atendendo 8s condigdes do ambiente hostil ‘em que operam Tolerancia mais estreita para os componentas usados Estabilidade maior Baixos valores de ripple (50 mV a 100 mV) Imunidade a EMI, surtos e transientes Protegdes contra curtos e sobreaquacimento diferenoladas Capacidade de operar em sistemas com redundancia Possibilidade de troca com os equipamentas ligados (hot-swap) Serem resistentes @ choques e vibragdes. Num sistema em que a confiabili- dade ¢ importante e que a interrupgao. do funcionamento € algo altamente indesejavel, a redundancia é um fator muito importante a ser considerado, Conforme mostra a figura 9.1, comum que um mesmo circuito seja alimentado por diversas fontes liga- das em paralelo, Isso significa’ que no caso de falha de uma delas, ela simplesmente ‘bra interrompendo o fornecimento de energia, que continuara de forma formal Sendo suprido pelas demais. Chreuite Figura -94 Fontes de Alimentagito Assim, 0 Conjunto deve ser sobrecarga, © hot-swap" ou “troca a quente”, 6 outro recurso que encontramos nas fontes para aplicagdes industriais. No caso de falha de um médulo de uma fonte numa aplicagao industrial, é possivel fazer sua subslituigdo sem desiigar o ciroulto, mantondo assim constante o funcionamento do circulto all mentado, Observe que 0 hot swap é um recurso bastante crtico, pois a introdueo de umn circulto com eapa- citores descarregados ou ainda com a ligagao simulténea da alimentacao © cargas poderé causar problemas se a fonte nao for preparada para esta operacao, Por outro lado, num ambiente onde a fonte pode vibrar ou sofrer choques mecAnicos dado o pro- prio funcionamento da maquina em que cla opera, dave ser pravista uma resisténcia especial Para todos esses falores que podem afetar as caracteristicas de uma fonte existom normas téo: nicas. Dessa forma, para choques e vibragSes existem normas IEC e européias, assim como para filtragem © harménicas. Essas normas S40 a IEC 68 para choques e vibracdes, e EN 61 000 para EMI, filtragem e surtos), jensionado para absorver 0 consumo previsto para uma fonte que sofra ‘TIPOS DE FONTES As fontes de alimentagao para aplicagdes industrials podem ser analdgicas (linearos) ou chavea- as. Nos dias atuais, a grande maioria das fontes @ da tipe chaveado, tenlo pelo seu rendimento quanto pela confiabilidade. Os tipos comuns. podem fornecer poténcias que variam entre faiguns watts a mais de 1 KW, depen- dendo apenas da aplicagao. Veja a figura 2 Sua finalidade basica, que determina suia tensao de saida, é alimentar microcon- troladores, CLPs, aluadores, motores de corrante continua, solendices, em maqui- las industrials, conforme ilustra a figura 9.3. Figura 9.2 - Fonte da Série $82K da Omron dispo- As tensdes de entrada variam entre nivel em poténcias de 3 W a 240 W com tensao de | 100 240 VAC tipicamente, ¢ as tensdes entrada universal na faixa de 100 - 240 V. de saida mais comuns sao: 5 V, 12 V, 15 V ou 24 V. As correntes podem ficar entre 0.1 Aaté mais de 10. Apesar de serem especificadas para uma faixa de tenses de 100 a 240 V, a8 fontes devem ser capazes de ter uma operagao normal ern uma Fonte | tuador faixa um pouco mais ampla, entre 95 | apiaaa ‘Ve 265 V como maximos absolutes. ‘tpies As fontes podem ainda ser duplas ‘Us miltiplas, tornecendo tenses pos\- tivas e negativas (simetricas) ou diver- sas tenses, conforme os exemplos Figura - 9.3 apresentados na figura 9.4. 210 ey Na figura 9.5 temos 0 circuito tipico de uma fonte chaveada para iv 12 aplicagtes industriais. —s¥ Bupla ~12V Simétrica Conforme podemos ver, na a ov entrada temos um filro passa-baixas que evita a propagagao de harméni- cas pela rede de alimentagao, bloque- ando os componentes de freqiiéncias mais altas. A tonsao de entrada dessa fonte enzo retificada por uma ponte e fil trada por um capacitor. A tensao con- tinue obtida nessa etapa alimenta um circuito chaveador controlado por um microcontrolador ou por um citcuito espeoifico para essa aplicagao, A carga desse circuilo € um (rans- formador com piicleo de ferrite, que Figura - 9.4 Translormadior Ratfcador tito tem por secundaria um enrolamento de baixa lensdo conforme a aplicagao. || Esse circuto secundério tem seu retif- came Pecticinsl cador ¢ filtro proprios realimentando 0 j« Gircuito chaveador de modo a manter a tensq no valor correto. A frequéncia de chaveamento vana entre algumas dezenas de quiloheriz a mais de um megahertz, conforme a aplicagao. Arealimentagao para se fazer a regu lagem hormalmente é feita par um circuito com isolamento galvanico. Isso pode ser realizado, por exemplo, através de um acoplador éptico, veja a figura 9.6. ‘Chaveamerto ate a Outra forma de se fazer essa reali- ‘Acoplador mentagao @ através de um enrolamento + éptico adicional no transformador, observe a Comraie figura 9.7 regulagem de tensa | CONFIABILIDADE E DEGRADA- cho Um ponto importante a ser conside- rado nas caracteristicas de uma fonte de alimentagao industrial é que ela & usada geralmente para alimentar cargas n&o lineares. Muitas dessas cargas so altamente capacitivas, 0 que significa que no momento em que so ligadias encontram em suas saidas praticamente um curto-circuito. Lima capacidade adicional de corrente 4, portanto, fundamental para essas fontes. ‘As fontes industrials costumnam ter uma capacidade de corrente inicial ou "boost’de 10% até mais Figura -0.6 2 tes de Aline de 60% para allmentar essas cargas, om condigdes de acionamento. © que acontace é que ao ser ligadaa carga, a corrente iniclal pade ser muitas vezes mais alla que @ corrente nominal da fonte. Mesmo que esse consumo adicional duro apenas uma tragao do segunda, a fonte deverd estar preparada para ele Em um ambiente industrial, além de temperaluras elevadas, ha também ele- Cantor vados graus de umidade, em alguns casos chegando aos 100%, Os com- ponentes utlizados nas fontes deve Figura-9.7 | ser capazes de suportar temperaturas e graus de umidade elevados com alengao especal para os capacitores 6 transtormadores. (Os diodes devem ser de tipos ndrnanto (%) com invélucros de vidro passivado para terem uma establlidade térmica melhor. Os gabinetes também estar dentro das especificagées exigidas para esas aplicagies. Gomponentes sensiveis devem Tomporaura | ter protegbes ou Invélucros que os fornem imunes & ago da umidade. ‘A degradagao das caracteristicas de uma fonte deve ser analisada com muito cuidado numa aplicagdo. Por | fae <2 8 degradacaa entendemos a perda das Le caracteristicas nominais. quando 03 limites para os quais elas sfio especi- ficadas s40 ultrapassados. ‘Aforma com que essa perda ocorre pode ser espesificada tanto na forma de tabelas, dados dire- tos como na forma de graficos. O gratico da figura 9.8, por exempio, mostra qué para a taixa de temperaturas de operacao entre 0 @ 50 °C deve-se considerar um faior de degradagao de 20% para cada 10 graus Celsius adicionais. Se a faixe de lemperaturas de operagao for de 0 a 70°C endo, a poténcia nominal deve estar disponivel até 50 °C e depois uma degradagao de 1,5% por grau Celsius até os 70 °C. Pode-se ainda ter uma outta especificagao para a degradagao (derating): 100% a plena carga em 50 °C e depois 75% a 60 °C, degradando 10% para cada "C até 65 °C. Muitas fontes industnais exigam ainda 0 uso de refrigeragéo forgada para operarem nas condi- 0es maximas especificadas. © tipo de cooler, quando ngo Incorporado, cove ser especificado. AS PROXIMAS GERACOES DE FONTES Para as préximas geragdes, as fontes devem incluir recursos jinportantes para atender as exh géncias de novas aplicagdes. Assim, por exemplo, além da redundancia, as tensdes de saida 212 SCD ia devem ser aumentadas de 24 V para 28 V devendo ser incorporados recur- 808 para o ajuste. Tisioo Outra exig@ncia est4 no fato de que muitas fontes alimentam controles de motores trifasicos onde a tensao de all- s20v| Fonte mentagao 6 de 480 V. Dessa forma, para alimentar as fontes davem ser Transtormadar usados transformadores que reduzem a tons3o para os 120 V que elas preci- sam, conforme exibe a figura 9.9 A eficiencia dos transformadores é Figura - 9.9 pequena (da ordem de 50%) © além disso, eles so componentes caros, volumosos @ incémodos, acupando um espaco nem sempre disponivel. Isso significa que os novos projetos de fontes devem incluir a possi- bilidade de uma alimentagao com tonsbas do 380 V, 480 V © 575 VAC. Novas tecnologias com a alimentagao direta para essa tensdes possibiltarfo a criagao de fontes ‘compactas sem a necessidade de se usar transtormadores intermediarios. TIPOS DE MONTAGEM As fontes para uso industrial tém seus modos de montagem padronizados. Um dos lipo de mon- tagem 6 o dado pela Norma DIN para montage ern trlhos. As fontes que seguem essas normas tém dimensbes tais que se encaixam em racks, o que facilta tanto seu uso como mantencao ¢ troca. ELE as Newto C. Braga Férmulas Gtels para o Projeto de Fontes As formulas dadas a segulr séo de grande utilidade quando se trabalha com 0 projato de fontes limentagao de qualquer tipo, Observamos, sempre, a necessidade de se manter coerentes as unidades usadas para que os resultados sejam correlos. Muitas dessas formulas 30 empiricas, ou seja, formulas simpiificadas que levam a resultados ‘onde as aproximages sao satisfatérias para projetos praticos, Em muitos casos, as formulas comple tas no sao dadas por envolverem célculos trabalhosos, uso de cdloulo integral ou diferencial, além do emprego de logaritmos. 10.1 - DIODO SEMICONDUTOR Para um diodo semicondutorideal (jungao PNP), a corrente que fiui quando polarizado no | sentido dirsto depende da tensao e tambem D1 da temperatura, conforme a saguinte f6r- ae mula: Férmula 1 [= lrmax = fe) - 4) Onde: | é a corrente direta em ampares (A) Imax é a corrente de bioqueio ou saturagao, em amperes (A) U 6a tensao aplicada em volts (V) Ur € 0 potencial térmico em volts (V) = 2.71828 lS | epee = et a | 10.2 - RETIFICADOR DE ce | MEIA ONDA ‘ava Vavg / & Este tipo de relificador usa apenas um diodo e fomece uma tensao continua pulsante com a mesma freqdéncia da corrente alter- nada de entrada. As formulas dadas @ seguir so utilizadas para caloular a cortente e a tensdv nurna carga: Figura - 10.2 215 Pontes de Alimentagao Formula 2 Uavg = Umaxix Onde: aya é a tensdo media na carga, em volts (V) Umax é a tensao de pico ou maximo, em volts (V) n= 31416 Obs.: A queda de tensdo nos diodos (em toro de 0,2 V nos tipos de germanio e 0,6 V nos tipos de silicio) ndo 6 considerada. Formula 3 ‘Onde: lavg 6 a corrente média através da carga, em ampéres (A) Imax ¢ a corrente de pico ou corrente maxima, em ampores (A) 1=3,1416 Exemplo de Aplicagao: Determine a corrente média numa fonte de alimentagao de meia onda onde a corrente retificada maxima & 600 mA. Dado: Imax = 600 mA r= 3,14 lavg=? Usando a formula 3: lavg = 600/3,14 = 191,08 mA Obs.: Pode-se também usar Imax em ampéres, calculando lavg em ampares. RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA Corrente e tensao num retificador de onda completa podem ser calcu- ladas pelas seguintes formulas. Elas so validas para sistemas que usam dois diodos ou ainda pontes. Formula 4: avg = 2xUmanin | Figura - 10.3 216 wion ©. Braga ‘Onde: Uavg é a tensao média na carga, em volts (V) Umax ¢ a tensao pico ou a tensao maxima, em volts (V) = 31418 Formula 5 x Imaxitt | Ny : avg Onde: lavg 6 a corrente média na carga, em ampéres (A) Imax é a corrente de pico ou maxima, em ampéres (A) m= 3.1416 Férmulas derivadas: Formula 6 [lax = lavg x x?2 | Obs.: A queda de tensdo nos diodos ndo 6 considerada nestas formulas. Exemplo de Aplicaca Calcule a tensdo de pico num retificador de onda completa onde a tensao média de salda aplicada acarga e9V, Dados: Uavg = 9 V m= 3,14 Umax Aplicando a formula: Umax = x 3,14/2 = 14,13 volts COEFICIENTE DE FILTRO LC ° 2+ © coeti inte de filtro @ definide rs ‘como a relagao entre a amplitude a com Uoin ee Unoui | ponente alternada na entrada e a ampli- tude da componente altemada na saida pes) do filtro. © cveficiente de filtro 6 calcu- lado pelas seguintes formulas: lo Formula 7 Figura-104 : "| a= UainiJoout ‘Onde: «6 0 coeficiente do filtro Uwin & a componente alternada na entrada do filtro, em volts (V) Uqout é a componente altemada na saida do filtro, em volts (V) Fontes de Ali Formula 8 w2CL Onde: 0 6 0 coeficiente de fitro © = (2x), sendo {a frequéncia da corrente altemada na entrada do fillro em hertz (Hz) © 6a capacitancia, em tarads (F) Léa indutancia, em henry (H) Exemplo de Aplicagao: Determine a amplitude da componente altemada na salda de um filtro RC operando na rede de energia de 60 Hz, com uma saida de 12 VO filo € formado por um capacitor de 1 000 pF e um indutor de 10 H. Dados: L= 10H C= 1.000 uF = 103 F BO Hz Uain = 12 V Uwout = ? Aplicando a formula 8 para calcular et : (2.x 3,14 x 60)? x 10°3 x 10)- 1] = 141,9-1= 140.9 Calculando Uwout: Unout = 12/140,9 = 0,085 V ou 85 mV COEFICIENTE DE FILTRO RC © coefioiente de fire para uma con. figuragao RC € definido como a relagao entre Uwout e Uwin como no filtro LC. As seguinles formulas 630 usadas para cal- cular esse cosficiente, Figura - 10.5 Formula 9 Onde: 0 é a cosficiente de filtro Usout ¢ a amplitude da componente alternada na salda do filtro, em volts (V) Vain @ a amplitude da componente alttemada na entrada do filtro, em volts (V) Formula 10 anlexPxOFeT| 218 Onde: o 6 © coeficiente de filtro «= 2.x x xf onde f 6 a freqUéncia da tensdo alternada na entrada do filtro, em hertz (Hz) R é aresistencia em ohms (2) © 6 acapaciténcia em farads (F) FATOR DE RIPPLE Fae) Use Figura - 10.6 Onde: /é 0 fator de ripple Urms € 0 valor rms da tensao na saida, em volts (V) Ud é 0 valor médio da tensao de saida, em volts (V) © fator de rippie (1) € definido como 2 relagaio entre valor mms da tensao ce saida e 00 valot DG da tensdo de salda, ‘em porcentagem (x 100). As seguintes for- mulas so utllizadas para calcular o fator de ripple conforme 4 definicao: Upeck Formula 11 y= Urms/Ude x 100 Fator de Ripple: (Carga Resistiva) a) Retificador de meia onda = 120% b) Retificador de onda completa = 48% | Caracteristicas dos Retificadores (com cargas resistivas) i - 1 | Mela Onda | Onda completa ‘Onde Completa(Ponte) (Transformador com _| tomada_contral) ait | Ude na carga Umaxin 2x Umaxin “| 2x Umar Urms na carga “| Umaxi2 Umax! I> Umax (2 Tensao inversa nos diodos \ Ur = (max) Umax 2x Umax Umax “| Fator de nipple (7) 720% 48% 48% a Fator de 3.49xPdo | 1,78xPde(secundaniay | 1,23 x Pdo(primdtio) ‘armazenamento (primarioe —_| 1,23 x Pdo(primario do transformadorem | secundario) | e secundario) relagao a poténcia de saida ne carga Pde = poléncia de saida em watts (W) Fontes de Alimentagao INDUTANCIA DE FILTRO as A formula dada a seguir ¢ usada para y calcular a indutancia que deve ser colo- t cada num filtro. © valor depende do coefi- | ¢ vou Giente de filtro, do capacitor e da corronto J de saida, além da fregiiéncia aplicada ao fitro, Figura - 10.7 | Formula 12 ‘Onde: | @ a indutancia, em henry (H) @ 6.0 Coeficiente do fitro = 2xxxf, onde {6 a frequéncia em hertz (Hz) G6 a capacitancia em farads (F) Obs.: Podemos definir a grandeza como a eficiéncla do filtro, e o seu valor patie ser calculado pela sequinte formula ns the ‘Onde: «4 0 coeficiente do filtro 116 a eficiéncia do filtro CAPACITANCIA DE FILTRO Acapacitancia de filtro pode ser caloulada em fungdo da indut&ncia do filtro, da frequencia AC e do coaficiante do filtro. A formula seguinte é usada para se fazer esse calculo. Férmula 13 C=1+alw2xL] Onde: C @ a capacitancia de filtro, em farads (F) &¢ 0 coaficiente de filtro w= 2xmxfonde f 6a freqdéncia AG em hertz (Hz) Léa indutaneia da bobina, em henry (H) Férmulas derivadas Formula 14 C=1 4 ninxw? xt] Onde todas as grandezas s40 as mesmas das formulas anteriores, exceto n que 6.a eficiéncia do filtro. 220 lado Figura - 10.8 Mone Brae DOBRADOR DE TENSAO CON- VENCIONAL A figura 10.8 mostra @ configuracao basica de um dobrador de tensao canven cional. A tens&o de trabalho do capacitor 6 calculada pela seguinte formula’ Formula 15 [Met Onde: Vo1 @ Veo sao as tenses de trabalho dos capacitores, em volts (V) Obs.; As tensdes inversas de pico minima dos diodos (PIV) s8o 2x Vmax Férmula 16 [Mer = Vmax DOBRADOR DE TENSAO EM CASCATA Este circuito usa apenas dois diodos. As tensdes de trabalho dos capacitores a0 calculadas pels seguinte formula: (Onde: Veq & Veg 880 as tenses de trabalho dos capacitores, em volts (V) Vmax 6 a tensdo de pico ou valor maximo da tensao na entrada AG do circulto, em volts (V) ‘Obs.: PIV dos diodos € 2 x Vmax (minimo) | DOBRADOR DE TENSAO EM PONTE A figura 10.10 mostra a configuragao do dobrador usando 4 diodos, Atensdo de saida é 0 dobro da tensao de entrada. Formula 17 hoa ss ‘Onde: Ve} @ Vo2 S80 as tensées 1 mas de trabalho dos capacitores, em volts (V) \Vimax 8°0 valor de pico da tensao aplicada, em volts (V) Obs.; PIV minim dos diodos 2 x Vmax. 221 Fontes de A limnentago TRIPLICADOR DE ONDA COM- PLETA © circuito ilustrado na figura 10.11 | fornece em sua saida uma tensae que & trés vezes 0 valor de pico aplicado a sua | entrada. Os componentes desse circuito | 880 calculados pela seguinte formula: | Formula 18 Onde: Vor, Ven, Veg $80 as tensdes minimas de trabalho dos capacitores, em volts (V) Vmax € 0 valor de pico da tensdo AC de entrada, em volts (V) Obs.: Tensao minima de pico dos diodos (PIV) : 2 x Vmax TRIPLICADOR DE TENSAO EM CASCATA | O circuito apresentado na figura 10.12 fornece em sua saida uma tenséo que @ trés vezes 0 valor da tensao altemada 1 aplicada a entrada. As caracterlsticas dos U capacitores usados sao calculadas pela | Umarseno} formula sequinte: ° Formula 19 Vinax Onde: Vo4, Vez @ Veg sao as tenses minimas de trabalho dos capacitores, em volts (V) Vmax 6 0 valor de pico da tensao AC de entrada, om volts (V}) Obs.: Tenso inversa de pico minima | (PIV) dos diodos: 2 x Vmax. | C3 QUADRUPLICADOR DE ONDA COMPLETA s carga U= ume 5 i A figura 10.13 exibe ocitcuita que faz | snet uso de quatro dicdos. Atensao minima de trabalho dos capa- citores ¢ calculada pelas seguintes formui- las: Figura - 10.13 202 Newton C. Braga Férmula 20 Vo2 = Voa = Voa = 2x Vmax Onde: Vos, Vea. Veg © Vog 80 as tenses minimas de trabalho dos capacitores, em volts (V) ‘Vmax é 0 valor de pico da tensao AC de entrada, em volts (V) Obs.: Tens inversa de pico( PIV) minima dos diados usados: 2 x Vmax. ZENER 1 As formulas dadas a seguir so usadas 19a] | Num circuito regulador de tensao com diodo zener como 0 mostrado na figura 10,14, Uy Figura - 10.14 Formula 21 la(max) = Uin(max) - (UL + Rx iL Y/R] la(min) = Uin(min) - (UL + RX IPR Onde: lz(max) ¢ a corrente maxima através do diodo zener, em ampaéres (A) le(min).6 @corrente minima através do diodo zener, em amperes (A) Uin(min) 62 tenséo minima de entrada, em volts (V) Uin(inax) € a tensao maxima de entrada, em volts (V) UL @ a tenso de saida ou tensdo na carga, em volts (V) I, @ a corrente na carga, em ampéres (A) R a resistencia da carga, em ohms ( ) Formula 22 As formulas seguintes sao calculadas para calcular a faixa de valores de R. Rimin) = Uin(max) - Uj izimex IL R(iniax) = Vin(mnin) - UL /la(mnin) +h Onde: R(min) € 0 valor minimo.de R, em ohms (2) R(max) 6 0 valor maximo de R, em ohms (2) Uin(max) é a tenséio maxima de entrada, em volts (V) Uin(min) 6 @ tensao minima de entrada, em volts (V) le{iiin) 6 @ corrente minima no diodo zener, em amperes (A) lz{max) é a corrente maxima no diodo zener, em ampéres (A) UL €a tensdo na carga, em volts (V) 4, 6 a corrente na carga, em amperes (A) Formula 23 le(max) = P(maxy/Uz| 223 Fontes de Alimentagiio ‘Onde: lz(max) @ a corrente maxima no diodo zener, em amperes (A) Pimax) ¢ a dissipagao maxima do diodo zener, em watts (W) Uz 6 a tensao zener, em volts (V) Formulas derivadas: Formula 24 [Plrmax) = Uz x trvan)] ‘Onde: P(max) ¢ a dissipagao do diode zener, em watts (W) Uz 6a tensao zener, em volts (V) fa(max) 6 a corrente maxima no diodo zener, em amperes (A) Exemplo de Aplicagao: s = Uma carga de 20 mA deve ser alimen- I= 2074 tada por uma fonte regulada de 9 V. A tensao de entrada no regulador varia entre 12 Ve 15 V 6 a corrante no diodo zener deve ser mantida entre 10 © 50 mA. Calcu- lar o valor ¢ a dissipacao de R. Une = Yin 12 Dados: l, = 20 mA UL =v Uin(max) = 15 v Uin(min) = 12 lz{max) = 50 mA = 0,05 4 tz(min) = 10 mA= 0,01. 8) Galeulando R(min) e R(max) - formulas 22: Rimin) = 15 - 9/0,05 - 0,02 = 6/0,03 = 200 ohms Rimax) = 12 - 9/0,02- 0,01 = 30,01 = 300 ohms Pademos adotar 0 valor 220 ohms como 0 padronizado mais proximo dentro da faixa calculada b) Determinando a poténcia dissipada pela formula 24: P(max) = 0,05 x 9 = 0,45 Watts Um diodo zener de 1 W é 0 recomen- dado para esta aplicagao. DIVISOR DE TENSAO CAPACI- Ivo Areatancia capacitiva de um capacitor pode ser usada num redutor de lens#o a Figura - 10.16 22: partir do qual é possivel projetar fontes de alimentagao sem transformador, conforme ilustra a figura 40.16. Supondo uma carga rasistiva, podemos calcular R@ C usando as seguintes formulas: Formula 25 Ui Onde: U 6a tensao na carga, em volts (V) L6.a corrente na carga, em amperes (A) Ré a resistencia da carga, em ohms (0) (Qs valores sao rms (root mean square) Formula 26 froth (Z= Vina Onde: 26 a impedancia do circuito,-em ohms (2) Uin 6 a tensao de entrada, em volts (V) 16 a corrente total no circiito ou carga, em ampéres(A) Formula 27 xe =[2?-R? Onde: Xc é a reatancia capacitiva do capacitor usado, em ohms (8) Z 6 a impedancia do circuito, em ohms (2) R 6a retisténcia da carga, em ohms (22) Formula 28 C= 10812 x xIxXe ‘Onde: C 6a capacitancia do capacitor, em microfarads ( F) = 3/1416 +6 a freqliéncia da rede de alimentagao, em hertz (Hz) Xe 6 a reatancia capacitiva, em ohms (2) Exemplo de Aplicacao: Determinar a capacitancia de C no circuito da figura 10.17 para alimentar a lampada de 12 V x 50 mA a partir da rede de 117 V x 60 Hz Dados: U = 12V Uin= 117 1= 0,02 A(20 mA) f= 60Hz Cs? Figura - 10.17 Fontes Ue Alimentagto a) Galeulando R (formula 25) R= 12/1,02 = 600 ohms b) Determinando Z (formula 26) 2=117/0,02 =5,850,ohms ©) Entao, Xe sera encontrado usando a formula 27: Xe =15,850)? - (600)? = 81,9 x 108- 0,36 x 10° = [57,56 x 105 = 5,618 ohms. ) Encontrando C (formula 28): C= 108/2 x 3,14 60x 5,618 = 105/2,116 x 108 = 1/2,116 = 0,47 uF ou 470 nF , REGULADOR DE TENSAO EM SERIE (UM TRANSISTOR) A configuragao apresentada na figura 10.18 6 de um reguiador ce tensa basica com um diodo zener como referencia ¢ um transistor para cantrolar @ corrente na carga. As seguintes formulas 580 usadas mara calcula’ os elementos dasse circulto . Ponto de partida: Figura - 10.18 No préjeto de um regulador é impor- Sears tante partir de alguns parametros fixos € depois calcular os componentes. Os parametros fixos usados nas formulas seguintes sao; Fixar: U, = lensao da saida (carga), em volts (V) Uinimin) = tenso minima de entrada, em volts (V) Uin(max) = tensao maxima de entrada, em volts (V) Uin = tensao de entrada (valor entre Uin(max) ¢ Uin(min) - normalmente a variago da tensfo da entrada adotada nos projetos € de 10%. lz(min) = corronte minima no iodo zener (indicada pelo fabricante) Ig{max) = valor maximo da corrente de base do transistor (indicado pelo fabricante e escolhida de acordo com a ganho do transistor conforme a corrente de carga) importante: Uin>Uz l i Formula 29 Tensao na carga: UL =U7+ UpE ‘Onie: Uy 6 a tenséio na carga, em volts (V) Uz é a tensdo zener, em vols (V). Uge €.2 queda de tensao na jungao emissor-base do transistor (tipicamente 0,6 V nos transistores de silicio). Newion C. Brag Formula 30 Tensao em R Up = Uin- Uz| ‘Onde: Up é @ tensdo em R, em volts (V) Uin é a tensao de entrada, em volts (V) Uz é a tensao zener, em volts (V) ‘Obs.: A tensao de entrada deve ser maior do que tensao zener para uma operacao perfelia. Uma diferenca de pelo menos 3 V é recomendada na maioria das aplicagdes. Formula 31 tz(max) ‘Onde: izimax) é a corrente maxima no dlodo zener, em amperes (A) Uin(max) é a tensaio maxima de entrada, em volts (V) Uin(min) 6 a tensao minima de entrada em volts (V/) Uz 6 a tensdio zener, em volts (V) Ja(min) & @ menor corrents no zener, em amperes (A) Igimax) € a corrente maxima na base do transistor, em ampéres (A) Formula 32 1B(max) la(max) = lo(maxyB(n ‘Onde: Iz(max) 6 @ corrente maxima ho diado zener, em amperas (A) lo(max) @ a corrente maxima no coletor do transistor, em ampéres (A) (min) @ 0 ganha minimo do transistor usacio Formula 33 Dissipagao do Zener Pz = la(max) x Uz ‘Onde: Pz € a menor poténcia dissipada pelo zener. em watts (W) leimax) ¢ a corrente maxima no diodo zenier, em amperes (A) Uz 6 a tensao do zener, em volts (V) Formula 34 Calculando R: Rmin = U(max)- Uziizimax) @ Rimax = Uin(min « Uz/lgmax = tz(min) Rmin < R < Rmax Fontes de Alimentagao Onde: R ¢ 0 valor do resistor escolhido, em ohms (Q} Riin @ 0 valor minimo de R, em ohms (©) Rmax é 0 valor maximo ele R, em ahms (2) Uin(max) é a tensao maxima de entrada, em volts (V) Uin(inin) 6 a tensdo minima de entrada, em volts (V) Uz é a tensao do diodo zener, em volts (V) lz{max) ¢ a corrente maxima no diodo zener, em ampéres (A) lz (min) 6 a Corrente minima no diodo zener, em amperes (A) \(max) & a corrente de base maxima no transistor, em amperes (A) Formula 35 DissipacAo de R Bi UR Onde: P 6 a poténcia dissipada em R, em watts (WW) Up é a tensdo em R, om volts (V) Re a resisténcia, em ohins (Q) IE Formula 36 Tensdo minima de entrada: [ vinimin) = Uz = Rele(min) = Igimax)) ‘Onde: Uin(min) € a tensao minima de entrada, em volls (V) Uz @ 8 tensao do diodo zener, em volts (V) R @a resisténcia, em ohms (2) le(min) é a corrente minima do diode zener, em ampares (A) Ig(max) 6 a corronte maxima na base do transistor, em ampares (A) Formula 37 Determinando 0 fs minimo do transistor: min) = le(max}flg(max) ‘Onde: B (min) @ © ganho minimo do transistor usado. ic(max) é @ corrente maxima no colelor do (ransistor (corrente de carga), em ampéres (A) Igimax) ¢ a corrente maxima de hase do transistor, em ampéres (A) Exemplo de Apticacdio: Calcular os elementos do circuito regu- lador-de tens’o com a confiquracdo dada na figura 10.19 partindo dos sequintes dads: Uin = 10 V (10% de variagao) Uin(max) = 14 V Uin(min | Figura - 10.19 Os pardmetros do zener serdo fixados depois da tensdo ser determinada a) Calculando Uz, usando a formula 29; Uz =Uin-+0,6 (vamos usar transistor de ‘slicia) Uz = 10-34 Uz=66V (adotamos 9 valor media da tensa de entrada) b) Calculando UR Up = Uin-Uz Up = 10-66 UR=34V ¢) Determinando le(max) usando a formula 32; tz(max) = [Uin(max) - Uz/Uin(min) - Uz} x (l2(min) = I(max)) lz(max) = [11 - 6.6/9 - 6,6] x (0,01 + 002) le(max) = 4.4/2.4 x 0,03 = 0,054 A ranido R: (formula 34) 6,610,054 Rmin = 4,4/0,054 = 81,4. Rmax = 9 - 6,6/0,02 + 0,01 Rmax = 3,4/0,03 = 113.0 814

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