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Ano 14 - Edição 163

Agosto de 2019

Perfil do novo
profissional de proteção e
automação do sistema elétrico
Na era das subestações digitais, com a chegada dos dispositivos eletrônicos
inteligentes (IEDs), ficam evidentes as diversas possibilidades para construção
e implementação das filosofias de proteção, supervisão e controle

Sistemas solares fotovoltaicos


Fixação dos módulos em estruturas de base de forma segura e durável

Cobertura – FIEE Smart Future | Smart Energy


As feiras receberam mais de 50 mil visitantes e promoveram
debates e rodadas de negociações para acelerar o avanço
dos mercados industrial e de energia
Tec
O Setor Elétrico / Agosto de 2019
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*Por Paulo Henrique Vieira Soares, Vicentino José Pinheiro Rodrigues, Keli Cristine Silva Antunes, Paulo
Marcio da Silveira, Carlos Alberto Villegas Guerrero, Frederico Oliveira Passos e Ronaldo Rossi
engineer story | shutterstock.com

Perfil do novo
profissional de proteção
e automação do sistema elétrico
Tec 47
O Setor Elétrico / Agosto de 2019

Resumo subestações principais sendo uma de 230 kV, da subestação os PLC’s com a função de
Na era das subestações digitais, com a três de 69 kV e duas de 13.8 kV. supervisionar os equipamentos e permitir
“chegada” dos Intelligent Electronic Devices O objetivo principal do projeto era comandos, tais como ligar, desligar e rearmar
(IEDs), baseados na norma IEC 61850, integrar em uma base única todos os IEDs pelo supervisório após uma atuação.
ficam evidentes as diversas possibilidades de dois fabricantes diferentes existentes A Norma IEC61850, traz um “novo”
para construção e implementação das na planta, permitindo a operação remota conceito onde os relés de proteção passam a
filosofias de proteção, supervisão e controle. dos disjuntores, redução no tempo de realizar controle, medição, autodiagnostico
Todo este novo contexto traz à tona comissionamento, redução dos custos e comunicação. Neste novo cenário a figura
diversos questionamentos sobre o nível de com cabeamento e a possibilidade da do PLC deixa de existir na maioria das
maturidade das empresas frente a este novo implementação lógica de esquemas de aplicações, pois os sinais (chave local/remoto,
cenário, qual o investimento necessário seletividade e intertravamento entre os botão de emergência, relé 86, etc.) que antes
para a capacitação do corpo técnico e de equipamentos. eram interligados ao PLC, agora são ligados
gestão e o quanto isso impacta no dia a dia Com o passar dos anos e a expansão da diretamente ao IED.
dos profissionais da área, os quais passam planta de beneficiamento de minério, novas Na automação convencional o PLC
constantemente por uma mudança cultural subestações foram construídas utilizando as era responsável pela supervisão e controle
com avanço das tecnologias aplicadas premissas definidas pela norma, sendo que de todos os equipamentos. Agora é o IED
ao setor. Sendo assim, este artigo aborda em 2011, ao término do retrofit, eram 150 que recebe os sinais do cubículo ou bay
brevemente o conceito da IEC61850 em IEDs distribuídos entre as 6 subestações. de sua responsabilidade, trata por meio
substituição aos sistemas convencionais Já no final de 2018, após implantação de de lógica configurada de acordo com
utilizados na Vale SA Itabira, aspectos 3 grandes projetos, atingiu-se a marca o tipo de aplicação (entrada de barra,
introdutórios à norma de forma a elucidar de 799 IEDs em rede, distribuídos em 36 transformador, alimentador), e intertrava
a ampla abordagem proposta pela IEC e, subestações, sendo duas de 230 kV; quatro de ou sinaliza utilizando o protocolo de
por fim, alguns dos conhecimentos exigidos 69 kV e trinta subestações de 13.8 kV. comunicação GOOSE para troca de
para esse “novo” perfil que o profissional de mensagens entre os IEDs (comunicação
proteção e automação precisa ter. II - SISTEMA DE AUTOMAÇÃO DE horizontal) ou o protocolo MMS
SUBESTAÇÕES (Manufacturing Message Specification)
I - INTRODUÇÃO para troca de mensagens com o sistema
A norma IEC61850 nasceu da A - Subestação convencional & Subestação supervisório (comunicação vertical)
necessidade de se padronizar os aspectos de modernas baseada na Norma IEC61850 conforme definido na norma.
comunicação no SAS, especificamente entre No processo de automação de Com essa nova estrutura de automação,
os IEDs utilizados na proteção, controle subestações convencionais, o relé de surgiu dentro das subestações a figura do
e supervisão de sistemas elétricos. Assim, proteção tem a única e principal função switch: equipamento responsável por garantir
esta norma proporcionou a liberdade de de proteger o equipamento. Para isso o a comunicação entre os dispositivos que
configuração, redução de custo com fiações e relé recebe sinais dos secundários dos conformam o SAS. Para evitar interferência
interoperabilidade entre dispositivos [1]. transformadores de corrente e de tensão, eletromagnética os IEDs são conectados
Hoje a norma IEC61850 apresenta tratam os sinais, executam os algoritmos das ao switch através de cabos de fibra ótica,
consolidada aplicação na automação dos funções de proteção configuradas e, em caso permitindo a comunicação com o sistema
sistemas elétricos industriais. Por exemplo, de anomalia no sistema, atua emitindo um supervisório e entre IEDs, reduzindo
em 2009 a Vale localizada na cidade de sinal de disparo (TRIP) que desliga e isola o drasticamente a quantidade de cabos
Itabira, conectada na rede base no nível de circuito de sua responsabilidade. elétricos necessários para realização de
230 kV, foi pioneira no processo de retrofit Em condições normais, por questão de esquemas de seletividade e intertravamento.
do sistema de automação de subestações operação ou manutenção, diversas vezes é A comunicação entre o sistema supervisório
existentes aplicando os novos conceitos necessário realizar manobras no circuito e os IEDs é feita utilizando um servidor OPC
estabelecidos pela norma. O sistema elétrico. Destarte, para permitir a operação com drive MMS que se encontra instalado
integrado de automação teve início com 6 remota dos disjuntores, são aplicados dentro em uma infraestrutura datacenter.
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48 IEDs, sendo está definida como comunicação


horizontal e tem como objetivo trafegar de
forma rápida entre os dispositivos possibilitando
o envio de sinais de trip, intertravamento e
seletividade lógica baseada no envio assíncrono
de informações.

C - Logical Nodes /Dataset


A IEC61850 define mnemônico para as
funções existentes dentro das subestações.
Esses mnemônicos são chamados de logical
Figura 1 – Sistema de automação convencional (esquerda) e baseado na Norma IEC61850 (direita). nodes (LN) e tem como objetivo expressar
o significado da função em questão. Como
III - NORMA IEC61850 os equipamentos no Nível de Bay, via rede. Em exemplos, tem-se: CILO (C = Controle; ILO =
nível de Barramento de processo a norma define interlock); CSWI (C = Controle; SWI = Switch),
A - Considerações iniciais o serviço SMV (Sampled Measurement Values) XCBR (X = Chaveamento; CBR = Circuit break),
A norma IEC 61850 define três níveis nos que se baseia na troca de informações analógicas etc... Os logical nodes vêm acompanhados de
quais são alocadas as funções de proteção, digitalizadas de tempo crítico. objetos (ex.: Pos = Posição) e atributos (ex.:
controle e supervisão do SAS, sendo eles o Nível stVal = Status) que compõem o sentido da
de Estação, Nível de Bay e Nível de Processo. B - MMS e GOOSE informação, conforme mostra a Figura 3. Outro
As funções no Nível de Estação são as que Para interface de comunicação entre o ponto abordado pela norma é o dataset (pacote
realizam interface entre o SAS e o sistema de Nível de Estação e o Nível de Bay, tem-se o com as informações) que é composto por
Interface Homem-Máquina, centro de controle Barramento de Estação. Neste a comunicação diversos logical nodes. Os datasets são enviados
ou engenharia remoto, possibilitando seu é classificada como vertical e é realizada por imediatamente ao dispositivo de destino sempre
monitoramento e manutenção. Nesse trabalho mensagens de prioridade média-baixa ou MMS que ocorre a mudança de qualquer uma das
não será abordado o Barramento de Processo, o que têm caráter acíclico do tipo cliente-servidor. variáveis que o compõe.
qual é utilizado para envio dos sinais secundários Também neste barramento é onde trafegam as
dos instrumentos do Nível de Processo para mensagens GOOSE para comunicação entre D - Aplicações
A automação de subestações evoluiu muito
com a IEC61850. A utilização do protocolo
GOOSE traz diversas vantagens, dentre eles a
flexibilidade e cabeamento reduzido. Porém,
surgem novos desafios inerentes ao cenário,
onde as ferramentas e técnicas tradicionais
não podem verificar o status dos contatos e
bobinas entre IEDs em um esquema baseado em
GOOSE [3].
Ferramentas tradicionais não se aplicam
a esquemas baseados em GOOSE, sendo
Figura 2 – Mecanismo de transmissão – Mensagem GOOSE.
necessário aplicar ferramentas e técnicas
adequadas. O teste começa com documentação
adequada de todas as comunicações físicas,
lógicas e links entre o IED origem (publicador)
e o IED de destino (assinante). Além de
espelhamento de porta de switch para análise do
tráfego de rede e analisadores de protocolo de
rede e IED [4].
As comunicações baseadas em Ethernet
estão se tornando opção prática para esquemas
de automação relacionados à proteção. A
Figura 3 – Visão dos logical nodes e Estrutura IEC61850. maioria dos relés de proteção que estão sendo
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fabricados possui suporte aos protocolos da


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equipamento seguindo as melhores práticas e servidores, passam a operar na mesma
norma IEC 61850, sendo assim, essa opção não para segurança e disponibilidade da rede. Redes base de tempo, gerando eventos e logs com o
implicará em despesas adicionais [5]. virtuais (VLAN) podem ser utilizadas, neste caso horário fornecido pelo GPS. Neste contexto
é importante que a documentação e o critério de os dois profissionais devem possuir uma visão
IV - CONHECIMENTOS EXIGIDOS projeto contemplem as mesmas. Um protocolo geral da arquitetura, ficando o engenheiro
PARA O NOVO PERFIL PROFISSIONAL de redundância deve ser aplicado à interface de automação responsável por configurar
(portas principais) do switch que se fizer o sincronismo dos servidores, switch e
A - Sobre IEDs necessário, permitindo maior disponibilidade aplicações e, por sua vez, o engenheiro de
A evolução dos relés de proteção, chegando da solução. A configuração do switch deve ser proteção deve responder pela configuração
a dispositivos multifuncionais, força os realizada pelo profissional de automação (ou dos IEDs. É comum a existência de mais de
profissionais a cada dia mais terem que lidar com telecomunicações) seguindo o padrão de rede uma rede no projeto (ex.: rede da subestação
equipamentos sofisticados e de última geração. definido. A segregação de fluxo de mensagens A e rede da subestação B), sendo necessário
Agora, além de garantir a correta parametrização GOOSE utilizando VLAN é recomendada, um caminho (gateway) para que essas redes
das funções de proteção, é necessário configurar bem como o confinamento das mensagens possam comunicar com o dispositivo GPS.
a comunicação de forma adequada, permitindo, GOOSE apenas na região de atuação. Não é Neste caso, ambos os profissionais devem ter
por exemplo, que o start de uma função de necessário que o profissional de proteção seja domínio da arquitetura, permitindo que o
proteção em um sistema básico, seja enviado especialista no assunto, porém é desejável que sincronismo seja realizado corretamente.
via mensagem GOOSE para o IED a montante, possua os conhecimentos mínimos para análise
bloqueando sua atuação e garantindo que da documentação de rede, interpretação das E - Sobre rede de comunicação
seletividade lógica evite a descoordenação do configurações evitando que possíveis descuidos Arquiteturas de rede em anel, estrela, dentre
circuito e a abertura de um disjuntor de entrada. na configuração das interfaces de comunicação outras, podem ser aplicadas separadamente
Essa mesma mensagem deve ser enviada via do switch possam impactar no esquema de ou em conjunto, sendo que os switches devem
MMS para o sistema supervisório, garantido que proteção. estar com as VLAN’s configuradas de forma a
o operador tenha conhecimento da perturbação permitir o tráfego das informações. Nos IEDs
ocorrida no sistema. É interessante incluir no C - Sobre Servidores os pacotes GOOSE devem estar “tageados”
IED que recebe o sinal de bloqueio (start do IED A infraestrutura de servidores comumente com a VLAN correta. O diagrama de rede e a
a jusante) a sinalização via MMS para o sistema fica localizada no datacenter da planta. O documentação lógica são essenciais, porém o
supervisório com o objetivo de informar que profissional responsável deve prever, durante a engenheiro de proteção e o de automação devem
a mensagem foi recebida. A configuração da etapa de projeto, uma arquitetura que possibilite ter habilidades com ferramentas para análise
comunicação deve ser realizada em conjunto alta disponibilidade do sistema supervisório. de rede, permitindo aos mesmos acompanhar,
pelo profissional de proteção e automação (ou Assim, uma arquitetura de servidores principais quando necessário, a troca de informações entre
seguindo um fluxo bem definido) de forma a e redundantes pode ser adotada. Por outro lado, os dispositivos na rede e identificar erro de
evitar que retrabalhos sejam necessários durante a configuração do sistema supervisório utilizado, configurações.
a confecção do sistema supervisório. Não é as telas de operações, lista de alarmes e eventos,
necessário ao profissional de automação ser relatório de audit (lista de eventos por usuário), F - Sobre arquivos de comunicação
profundo conhecedor das funções de proteção coleta automática de oscilografias e a faceplate A gestão dos arquivos de comunicação
e dos algoritmos envolvidos, porém o mesmo de operação são atribuições do profissional de é com certeza um dos pontos chaves para
deve ser capaz de entender o princípio básico e o automação. Neste ponto é importante que o boa sinergia entre as disciplinas de proteção
comportamento da função de proteção. profissional de proteção participe da concepção e automação. É fundamental que toda e
e contribua de forma que o sistema supervisório qualquer alteração seja feita utilizando como
B - Sobre Switches possua linguagem clara, objetiva e busque base o arquivo mais recente de comunicação,
Os switches assumiram papel de representar ao máximo as informações existentes pois a inobservância desse aspecto acarreta
protagonista dentro do esquema de proteção e configuradas no IED em campo. problemas de comunicação entre os IEDs e
implementado nas subestações. Esses entre os IEDs e o sistema supervisório. Cabe
equipamentos são responsáveis por garantir D - Sobre Sincronismo horário ao profissional de automação providenciar
a comunicação entre os IEDs e destes com Para usufruir da estampa de tempo nas a infraestrutura (servidor) para suportar os
o sistema supervisório. Os equipamentos mensagens de forma assertiva, é importante programas com os arquivos base dos IEDs,
devem atender aos requisitos da norma, sendo que o projeto seja dotado de pelo menos um garantindo assim um único arquivo a ser
gerenciáveis e trabalhando com identificação dispositivo GPS (Global Positioning System), alterado e que se manterá atualizado sempre
de prioridade de pacotes de comunicação. O que quando configurado corretamente, os que for utilizado. Ao profissional de proteção
profissional responsável deve configurar o equipamentos do SAS, como IEDs, switches fica a incumbência de sempre alterar os
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50 ajustes de proteção ou configurações dos IEDs é único, sendo responsável pelas disciplinas de VI - REFERÊNCIAS
utilizando o arquivo presente no servidor. Em automação e proteção) devem possuir elevado
caso de indisponibilidade da comunicação, senso analítico e trabalharem em conjunto. 1. [1] IEC 61850-7-1: Basic communication
por rompimento da fibra ótica, por exemplo, o Esse trabalho começa pela definição dos structure for substation and feeder equipment –
profissional de proteção deve exportar o arquivo dispositivos de proteção, suas características Principles and models, 2003.
do IED presente no servidor, importar em um de comunicação e quais a funções serão 2. [2] IEC61850-6 IEC 61850-6 ed1.0:
dispositivo móvel (notebook), realizar a alteração utilizadas. Na sequência as definições de Configuration description language for
em campo via conexão direta no frontal do IED comunicação e intertravamento devem ser communication in electrical substations related
e, após finalizar, exportar os arquivos presentes feitas para poderem nortear o próximo passo to IEDs. - Suíça: International Electrotechnical
no notebook e importar no servidor, fechando de definição da topologia e configuração da Comission: [s.n.], 2004.
assim o ciclo e garantido que os arquivos do rede. Etapas como documentação, fluxo de 3. [3] Atienza, E. Testing and Troubleshooting
servidor sejam os mais atuais. engenharia, definição do sistema supervisório IEC 61850 GOOSE-Based Control and Protection
e os critérios para comissionamento e Schemes, 2010.
G - Sobre cyber security validação da solução, devem ser definidas em 4. [4] H. Fischer, J. Gilbert, G. Morton, M.
A segurança das informações e processo comum acordo. Boughman, and D. Dolezilek, “Case Study: Revised
é item crítico durante as definições de um Engineering and Testing Practices Resulting from
projeto e nem sempre uma rede fisicamente I - Capacitação Migration to IEC 61850,” proceedings of the 18th
isolada significa estar bem protegida. O A capacitação dos profissionais de proteção Annual DistribuTECH Conference and Exhibition,
acesso remoto aos IEDs possibilita a troca e automação para a perspectiva da IEC61850 Tampa, FL, January 2008.
de parâmetros e alteração de lógica por um é fator crucial no sucesso da implementação e 5. [5] Cabrera,C. Chiu, S. Nair, N, K, C.
profissional a alguns quilômetros de distância. manutenção do SAS. Equipes bem estruturadas, Implementation of Arc-Flash Protection Using lEC
Essa comodidade, aliada aos dispositivos com ferramentais adequados e dentro de 61850 Goose Messaging, 2012.
em rede, suporte à conexão web entre uma estrutura organizacional com foco na
outras, se feito da maneira errada ou por disciplina são essenciais. Treinamento periódico *Paulo Henrique Vieira Soares é engenheiro
indivíduo mal-intencionado, pode resultar para introduzir novos funcionários e reciclar eletricista pelo UNILESTE-MG. Aluno do mestrado
em consequências graves ao sistema, como os existentes no tema, aliado a documentos em Engenharia Elétrica pela UNIFEI (2019).
desligamentos indesejáveis ou até mesmo a de padronização concebidos nas etapas de Engenheiro de Automação na Vale S.A e membro
perda de um equipamento. Ao profissional de implantação do projeto são a base para permitir do CIGRE, Comitê de Estudos B5.1 Aplicações da
automação, fica a responsabilidade de definir um ciclo virtuoso do SAS em qualquer empresa. Norma IEC 61850.
regras de acesso aos switches, controle de *Vicentino José Pinheiro Rodrigues é engenheiro
usuários na aplicação, políticas de segurança V - CONCLUSÕES eletricista e Mestre em Engenharia Elétrica, formado
no servidor de domínio (senha forte com pela UFMG (1998). Gerente de Automação na Vale
números e caracteres especiais, prazo de Os tópicos abordados no item IV S.A na área de Tecnologia.
validade da senha, bloqueio de portas USB, apresentam visões de um novo cenário que *Keli Cristine Silva Antunes é engenheira eletricista
entre outros). Ao profissional de proteção, vem sendo escrito para os profissionais de e Mestre em Engenharia Elétrica pela UNIFEI (2016
fica a responsabilidade de configurar grupo proteção e automação na era da IEC61850. e 2019). Aluna da Especialização em Proteção de
de acesso aos IEDs, utilizar os computadores Para o momento de transição e mudança de Sistemas Elétricos (2019) da mesma instituição.
que fazem parte do domínio e seguirem cultura, ressalta-se a importância dos gestores *Paulo Marcio da Silveira é engenheiro eletricista e
as políticas de segurança. Dispositivos de das empresas que respondem pela área técnica, Mestre em Engenharia Elétrica pela UNIFEI (1984
bloqueio físico podem ser implementados nos pois os mesmos possuem influência direta na e 1991). Doutor pela UFSC (2001). Professor da
IEDs e nos switches, conferindo um nível de formação das equipes. O grau de maturidade UNIFEI e coordenador do GQEE e do CEPSE.
segurança maior. desse novo “perfil” está ligado diretamente à *Carlos Alberto Villegas Guerrero é engenheiro
capacitação, autonomia e sinergia disseminada eletricista pela ESPOL (2009). Mestre e Doutor em
H - Engenheiro de Proteção e Automação nas equipes. As instituições de ensino também Engenharia Elétrica pela UNIFEI (2011 e 2017).
O perfil do profissional que se dispõe são peças fundamentais na aceleração da Professor da UNIFEI.
a trabalhar com proteção e automação do curva de desenvolvimento dos profissionais *Frederico Oliveira Passos é engenheiro eletricista,
sistema elétrico, seguindo as premissas que chegam ao mercado e podem contribuir Mestre e Doutor pela UNIFEI (2010 e 2015).
definidas pela norma IEC61850, está sendo significativamente na formação dos mesmos, Professor da UNIFEI.
modelado. Porém, já se sabe que esses desenvolvendo trabalhos de pesquisa na área, *Ronaldo Rossi é engenheiro eletricista, Mestre e
profissionais (em alguns casos, geralmente antecipando a exposição dos temas e captando Doutor pela UNIFEI (1972, 1975 e 2000). Consultor
empresas com o corpo reduzido, o profissional futuros “pesquisadores” sobre o assunto. técnico da FUPAI e professor voluntário da UNIFEI.

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