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Auta DEMO: INQuUERITO POLICIAL. SUMARIO 1 INQUERITO POLICIAL. 1.1 Natureza e caracteristicas.. 1.2 Inicio do IP (instauracao do IP).. 1.2.1. Formas de instaurago do IP nos crimes de ago penal publica incondicionada 123,14 De ofici 1.2.1.2, Requisigdo do Juiz OU do MPriesssssseseseseen 12.13 Requerimento da vitima ou de seu representante legal . 1.2.14 ‘Auto de Prisdo em Flagrante 1.2.2 Formas de instauragdo do IP nos crimes de Agéo Penal Publica Condicionada & Representacao 12 1.23.5 Representac&io do Ofendido ou de seu representante legal .. 12 1.2.2.2 Requisico de autoridade Judiciaria OU do MP ...sscsssssssssseeesees 13 1.2.2.3 ‘Auto de Prisdo em Flagrante 13 1.2.24 Requisicao do Ministro da Justiga 14 1.2.3 Formas de Instauracio do IP nos crimes de Ago Penal Privada.... 14 1.23 Requerimento da vitima ou de quem legalmente a represente 14 123.2! Requisig&o do Juiz ou do MP.. 14 1.2.3.3 Auto de Prisdo em Flagrante ss... rr 15 1.24 Fluxograma... 15 1.3 TramitacSe do IP 15 130 Diligéncias Investigate 16 13.14 Requerimento de diligéncias pelo indiciado e pelo ofendido 19 158.2 Identificacio criminal ...ssssssesssssessmesssseseesennsssesseee sor 19 13.1.3 Nomeago de curador ao indiciado.. 2a 1.4 Forma de tramitagao.. 22 14a Incomunicabilidade do preso .. 1.4.2 i Ls 16 2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES 3 SUMULAS PERTINENTES 3.1 Stimulas vinculantes.. 3.2. Simulas do STF. 3.3. Simulas do STI 4 RESUMO. 5 EXERCICIOS PARA PARATICAR. 6 EXERCICIOS COMENTADOS.. 7 GABARITO Ola, meus amigos! E com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo ESTRATEGIA CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir para a aprovagao de vocés no concurso da PC-PI (2018). Nés vamos estudar teoria e comentar exercicios sobre DIREITO PROCESSUAL PENAL, para o cargo de AGENTE DE POL{CIA CIVIL. E ai, povo, preparados para a maratona? O Edital/acabou de Ser publicado, e a Banca serd o NUCEPE. As provas esto agendadas para o dia 10.06.2018! Bom, esta na hora de me apresentar a vocés, certo? Meu nome é Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Ptiblico Federal desde 2010, atuando na Defensoria Publica da Unido no Rio de Janeiro, e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da UERJ. Antes, porém, fui servidor da Justica Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci o cargo de Técnico Judicidrio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito pela UNESA e pés- graduado em Direito Publico pela Universidade Gama Filho. Minha trajetoria de vida esta intimamente ligada aos Concursos Publicos. Desde 0 comeco da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria para a minha vida! E querem saber? Isso faz toda a diferenca! Algumas pessoas me perguntam como consegui sucesso nos concursos em tao pouco tempo. Simples: Foco + Forga de vontade + Disciplina. Ndo ha formula magica, nao ha ingrediente secreto! Basta querer e correr atrés do seu sonho! Acreditem em mim, isso funciona! muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de concurseiro, poder colaborar para a aprovagao de outros tantos concurseiros, como um dia eu fui! E quando eu falo em “colaborar para a aprovagao”, ndo estou falando apenas por falar. O Estratégia Concursos possui indices altissimos de aprovacao em todos os concursos! Neste curso vocés receberao todas as informacdes necessarias para que possam ter sucesso na prova da PC-PI. Acreditem, vocés néo vao se arrepender! O Estratégia Concursos esté comprometide com sua aprovagao, com sua vaga, ou seja, com vocé! Mas é possivel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, vocé ainda nao esteja plenamente convencido de que o Estratégia Concursos é a melhor escolha. Eu entendo vocé, ja estive deste lado do computador. As vezes é dificil escolher o melhor material para sua preparagdo. Contudo, alguns colegas de caminhada podem te ajudar a resolver este impasse: B Avallagtes ae cursos — ‘ie at meas Pra gn Pain CME om eos) reas [ita [Seo [a seaor [Bae [Poon [si eee Fa ees eaten aes Esse print screen acima foi retirado da pagina de avaliago do curso de Direito Processual Penal para Delegado da PC-PE. Vejam que, dos 62 alunos que aveliaram 0 curso, 61 0 eprovere;, iar Ainda nao esta convencido? Continuo te entendendo. Vocé acha que pode estar dentro daqueles 1,61%. Em razéio disso, disponibilizamos gratuitamente esta aula DEMONSTRATIVA, a fim de que vocé possa analisar 0 material, ver se a abordagem te agrada, etc. Acha que a aula demonstrativa é pouco para testar o material? Pois bem, pero ee Isso mesmo, vocé pode baixar as aulas, estudar, analisar detidamente © material e, se ndo gostar, devolvemos seu dinheiro. Sabem porque o Estratégia Concursos da ao aluno 30 dias para pedir o dinheiro de volta? Porque sabemos que isso nao vai acontecer! N&o temos medo de dar a vocé essa liberdade. Neste curso estudaremos todo o contetido de Direito Processual Penal previsto_no Edital. Estudaremos teoria e vamos trabalhar também com exercicios comentados. Abaixo seque o plano de aulas do curso todo: AULA CONTEUDO Aula 00 | _Inquérito Policial. Notitia Criminis. Aula 01 Agao penal Aula 02 JurisdigSo e competéncia Aula 03] — Provas (parte 1): Teoria geral. Aula 04 | Provas (parte II): Provas em espécie Aula 05 Processos dos crimes de 13.05 Aula 06 responsabilidade dos funcionarios piblicos. Aula 07 Questées da Banca NUCEPE 22.05 Nossas aulas serao disponibilizadas conforme o cronograma apresentado. Em cada aula eu trarei algumas questées que foram cobradas em concursos publicos, para fixarmos o entendimento sobre a matéria. Como o NUCEPE é uma Banca de pouca expresséo no cenario nacional, com um acervo reduzido de questées da nossa matéria, vamos utilizar no decorrer do curso questées de diversas Bancas consagradas (FCC, VUNESP, etc.). Todavia, ao final do curso eu trarei uma aula EXTRA, apenas com questées do NUCEPE. Além da teoria e das questées, vocés terdo acesso a duas ferramentas muito importantes: + RESUMOS - Cada aula tera um resumo daquilo que foi estudado, variando de 03 a 10 paginas (a depender do tema), indo direto ao ponto daquilo que é mais relevante! Ideal para quem esté sem muito tempo. + FORUM DE DUVIDAS - Nao entendeu alguma coisa? Simples: basta perguntar ao professor Vinicius Silva, que é o responsavel pelo Forum de Duvidas, exclusivo para os alunos do curso. Outro diferencial importante € que nosso curso em PDF sera complementado por videoaulas. Nas videoaulas iremos abordar os topicos do edital com a profundidade necessaria, a fim de que o aluno possa esclarecer pontos mais complexos, fixar aqueles pontos mais relevantes, etc. No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos! Prof. Renan Araujo M E-mail: profrenanaraujo@gmail.com DD ecriscope: @profrenanaraujo El-acebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia “seInstagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hI=pt-br YulBy outube: www.youtube.com /channel/UCIIFS2cyREWT350ELNSwcFQ Observagéo importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislac3o sobre direitos autorais e dé outras providéncias. Grupos de rateio e pirataria séo clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize 0 trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. ;-) 1.1 Natureza e caracteristicas Antes de tudo, precisamos definir o que seria 0 Inquérito Policial, para, a partir dai, estudarmos os demais pontos. Podemos defini-lo como: “Inquérito policial é, pois, o conjunto de diligéncias realizadas pela Policia Judiciéria para a apuracao de uma infracdo penal e sua autoria, a fim de que o titular da acao penal possa ingressar em juizo”.* Assim, por Policia Judicidria podemos entender a Policia responsavel por SBUSHINEMOETERIGAIRGEDE ¢ coligir (reunir) clementos que apontem se, de fato, houve o crime e quem o praticou (materialidade e autoria). A Policia Judiciaria é representada, no Brasil, pela Policia Civil e pela Policia Federal. A Policia Militar, por sua vez, ndo tem fung&o investigatéria, mas apenas fung&o administrativa (Policia administrativa), de caréter ostensivo, ou seja, sua fungdo é agir na prevengao de crimes, nado na sua apuracdo! Cuidado com isso! Nos termos do art. 4° do CPP: Art. 4° A policia judicidria seré exercida pelas autoridades policiais no territério de suas respectivas circunscrigées e tera por fim a apuracdo das infragdes penais e da sua autoria. nl Muito cuidado com isso! © inquérito policial possui algumas caracterfsticas, atreladas a sua natureza. Sao elas: + O IP é administrativo - O Inquérito Policial, por ser instaurado e conduzido por uma autoridade policial, possui nitido carater administrativo. O Inquérito Policial nado é fase do processo! Cuidado! O IP é pré- processual! Dai porque eventual irregularidade ocorrida durante a investigacdo ndo gera nulidade do processo. * © O IP é inqui lade) - A inquisitorialidade do Inquérito decorre de sua natureza pré-processual’. No Processo temos autor **Tourinho Filho, Fernando da Costa, 1928 - Processo penal, volume 1 / Fernando da Costa Tourinho Filho. = 28. ed. ver. @ atual. - Sao Paulo : Saraiva, 2006. ? Este é 0 entendimento do ST3, no sentido de que eventuais nulidades ocorridas durante a investigacao ndo contaminam a aco penal, notadamente quando nao ha prejuizo algum para a defesa (STJ - AgRg no HC 235840/SP). * Para entendermos, devemos fazer a distingo entre sistema acusatério e sistema inquisi (MP ou vitima), acusado e Juiz. NO Anquerito nao na acusac¢ao, logo, nao ha nem autor, nem acusado. O Juiz existe, mas ele néo conduz o IP, quem conduz o IP é a autoridade ais ee a L fo Inguérito Policy oy Como dissemos, no IP ndo ha acusac&o alguma. Ha apenas um procedimento administrative destinado a reunir informacées para subsidiar um ato (oferecimento de denuncia ou queixa). Nao hd, portanto, acusado, mas investigado ou indiciado (conforme o andamento do IP).’ Em razao desta auséncia de contraditério, o valor probatério das provas obtidas no IP € muito pequeno, servindo apenas para angariar elementos de conviegdo ao titular da ago penal (0 MP ou 0 ofendido, a depender do tipo de crime) para que este ofereca a dentincia ou queixa. E WPeisics0 CUIDADO! 0 Juiz pode usar as provas obtidas no Inquérito ara fundamentar sua decisao. . Nos termos do art. 155 do CPP: Art. 155. O juiz formaré sua conviccao pela livre apreciacéo da prove produzida em contraditério Judicial, néo podendo fundamentar sua decisao exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigac&o, ressalvadas as provas cautelares, nao repetiveis e antecipadas. Vejam que mesmo nesse caso, existem excecdes, que séo aquelas provas colhidas durante a fase pré-processual em raz&o da impossibilidade de se esperar a época correta, por receio de no se poder mais obté-las (ex.: Exame de corpo de delito). * Oficiosidade - Em se tratando de crime de ac&o penal publica incondicionada, a autoridade policial deve instaurar o Inquérito Policial sempre que tiver noticia da pratica de um delito desta natureza. Quando o crime for de ac&o penal publica incondicionada (regra), © sistema acusatério aquele no qual hé dialétice, ou seja, uma parte defende uma tese, a outra parte rebate as teses da primeira e um Juiz, imparcial, julga a demanda. Ou seja, o sistema acusatério é multilateral. JA o sistema inquisitivo 6 unilateral. No ha acusador @ acusado, nem a figura do Juiz imparcial. No sistema inquisitivo no hé acusaco propriamente dita. * NUCCT, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 124. Iss0 néo significa que o indiciado néo possua direitos, como © de ser acompanhado por advogado, etc. Inclusive, 0 indiciado, embora ndo possua o Direito Constitucional ao Contraditério e a ampla defesa nesse caso, pode requerer sejam realizadas algumas diligéncias. Entretanto, a realizacao destas néo é obrigatéria pela autoridade policial. 5 Entretanto, CUIDADO: © STJ possui decisées concedendo Habeas Corpus para determinar a autoridade policial que atenda a determinados pedidos de diligéncias; (© exame de corpo de delito nao pode ser negado, nos termos do art. 184 do CPP: Art, 184, Salvo 0 caso de exame de corpo de delito, 0 juiz ou a autoridade policial negaré a pericia requerida elas partes, quando nio for necesséria 20 esclarecimento da verdade. portanto, a instauragao do iF poaera ser realizaaa pela autoriaaae policial independentemente de provocag&o de quem quer seja. E claro que, se o MP Jé dispuser dos elementos necessérios ao ajuizamento da acéo penal, o IP nao precisa ser iniciado. O que o inciso I do art. 5° quer dizer é que a autoridade policial tem 0 poder-dever de instaura-lo, de oficio, no caso de crimes desta natureza (O que determinaré a instauracao, ou nao, seré a existéncia de indicios minimos da infrac&o penal e a eventual utilidade do IP). + Oficialidade — 0 IP é conduzido por um érgo oficial do Estado. + Procedimento escrito - Todos os atos produzidos no bojo do IP devero ser escritos, e reduzidos a termo aqueles que forem orais (como depoimento de testemunhas, interrogatério do indiciado, etc.). Essa regra encerra outra caracteristica do IP, citada por alguns autores, que é a da FORMALIDADE. + Indisponi jade - Uma vez instaurado o IP, néo pode a autoridade policial arquiva-lo°, pois esta atribuicéo é exclusiva do Judicidrio, quando o titular da agSo penal assim o requerer. * Dispensabilidade - 0 Inquérito Policial é dispensavel, ou seja, nao € obrigatério. Dado seu cardter informativo (busca reunir informagées), caso o titular da ac&o penal j4 possua todos os elementos necessdrios ao oferecimento da aco penal, o Inquérito sera dispensavel. Um dos artigos que fundamenta isto € 0 art. 39, § 5° do CPP’. dade na sua condugao - A autoridade policial pode conduzir a investigagdo da maneira que entender mais frutifera, sem necessidade de seguir um padrdo pré-estabelecido. Essa discricionariedade nao se confunde com arbitrariedade, néo podendo o Delegado (que é quem preside o IP) determinar diligéncias meramente com a finalidade de perseguir o investigado, ou para prejudicd-lo. A finalidade da diligéncia deve ser sempre o interesse ptiblico, materializado no objetivo do Inquérito, que é reunir elementos de autoria e materialidade do delito. + Sigiloso - o IP é sempre sigiloso em relagdo as pessoas do povo em geral, por se tratar de mero procedimento investigatorio, ndo havendo nenhum interesse que justifique o acesso liberado a qualquer do povo.® Todavia, o IP nao é, em regra, sigiloso em relacdo aos envolvidos (ofendido, indiciado e seus advogados), podendo, entretanto, ser decretado sigilo em relacao a determinadas pecas do Inquérito quando necessario para o sucesso da investigac&o (por exemplo: Pode ser vedado o acesso do advogado a partes do IP que tratam de requerimento de interceptacdo telefénica formulado pelo Delegado ao Juiz). © art. 17 do CPP. ? § So O érgao do Ministério Publico dispensara o inquérito, se com a representacio forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a acdo penal, e, neste caso, ofereceré a dentincia no prazo de quinze dies. ® NUCCT, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 124 Administrativo Lee) Sigiloso. | Escrito Inquisitorial (inquisitive) CARACTERISTICAS toes Dispensavel Oficial Indisponivel Discriciondrio tt Oficioso 1.2 Inicio do IP (instauracao do IP) As formas pelas quais o Inquérito Policial pode ser instaurado variam de acordo com a natureza da Acao Penal para a qual ele pretende angariar informag@es. A aco penal pode ser publica incondicionada, condicionada ou acéo penal privada. 1.2.1 Formas de _instauragéo_do IP nos crimes de ac&o _penal_publica incondicionada 1.2.1.1 De oficio Tomando a autoridade policial conhecimento da pratica de fato definido como crime cuja ago penal seja publica incondicionada, poderd proceder (sem que haja necessidade de requerimento de quem quer que seja) & instauracdo do IP, mediante Portaria. Quando a autoridade policial toma conhecimento de um fato criminoso, independentemente do meio (pela midia, por boatos que correm na boca do povo, ou por qualquer outro meio), ocorre o que se chama de notitia criminis. Diante da notitia criminis relativa a um crime cuja ac&éo penal é publica incondicionada, a instauragSo do IP passa a ser admitida, ex officio, nos termos do ja citado art. 5°, I do CPP. Quando esta noticia de crime surge através de uma delagéio formalizada por qualquer pessoa do povo, estaremos diante da delatio criminis simples. Nos termos do art. 5°, § 3° do CPP: § 30 Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existéncia de infragio penal em que caiba aco publica poderd, verbalmente ou por escrito, comunicd-la 4 autoridade policial, e esta, verificada a procedéncia das informagdes, mandaré instaurar inquérito. A Doutrina classifica a notitia criminis da seguinte forma: = Notitia criminis de cognigéo imediata - Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do fato em razéo de suas atividades rotineiras. + Notitia criminis de cognig&o mediata - Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do fato criminoso por meio de um expediente formal (ex.: requisigéo do MP, com vistas a instaurag&o do iva - Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do fato em razo da priséo em flagrante do suspeito. A delatio criminis, que é uma forma de notitia criminis, pode ser: + Delatio criminis simples - Comunicacio feita & autoridade policial por qualquer do povo (art. 5°, §3° do CPP). = Delatio criminis postulatéria — £ a comunicacio feita pelo ofendido nos crimes de aco penal publica condicionada ou aco penal privada, mediante a qual o ofendido ja pleiteia a instauraco do IP. = Delatio criminis inqualificada - E a chamada “dentincia anénima", ou seja, a comunicacao do fato feita @ autoridade policial por qualquer do povo, mas sem a identificacéo do comunicante. Mas, € no caso de se tratar de uma dénunciallanonima. Como deve proceder o Delegado, ja que a Constituicdo permite a manifestacdo do pensamento, mas veda o anonimato? Nesse caso, estamos diante da delatio criminis inqualificada, que abrange, inclusive, a chamada “disque-dentincia”, muito utilizada nos dias de hoje. A solucdo encontrada pela Doutrina e pela Jurisprudéncia para conciliar o interesse publico na investigag3o com a proibiggo de manifestacSes apécrifas (anénimas) foi determinar que o Delegado, quando tomar ciéncia de fato definido como crime, através de dentincia anénima, nao deveré instaurar o IP de imediato, mas determinar que seja Verificada a e, caso realmente se tenha noticia do crime, instaurar oIP.? ° (...) Admite-se a dentncia anénima como instrumento de deflagracao de diligéncias, pela autoridade policial, para apurar a veracidade das informagées nela veiculadas, conforme jurisprudéncias do STF e do STJ. (...) (AgRg no RMS 28.054/PE, Rel. MIN. ADILSON VIEIRA MACABU (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO T3/R3), QUINTA TURMA, julgado em 27/03/2012, DJe 19/04/2012) © STF corrobora esse entendimento: (...) Segundo precedentes do Supremo Tribunal Federal, nada impede a deflagracao da persecu ‘al pela chamada ‘dendinc 1.2.1.2 Requisig&o do Juiz ou do MP O IP podera ser instaurado, ainda, mediante requisig&o do Juiz ou do MP. Nos termos do art. 5°, II do CPP: ‘Art. 50 Nos crimes de aco piiblica 0 inquérito policial serd iniciado: (.) II - mediante requ ofendido ou de quem tiver qualidade para representé-lo. rio Puiblico, ou a requerimento do Essa requisicdo deve ser obrigatoriamente cumprida pelo Delegado, no podendo ele se recusar a cumpri-la, pois requisitar é sinénimo de exigir com base na Lei. Contudo, o Delegado pode se recusar” a instaurar o IP quando a requisicao: + For manifestamente ilegal + No contiver os elementos faticos minimos para subsidiar a investigagéo (ndo contiver os dados suficientes acerca do fato criminoso)!" 1.2.1.3 Requerimento da vitima ou de seu representante legal Nos termos do art. 5°, II do CPP: Art. 50 Nos crimes de aco ptiblica o inquérito policial serd iniciado: (oe) II - mediante requisicao da autoridade judiciéria ou do Ministério Publico, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representé-lo. Vejam que aqui o CPP fala em requerimento, nao requisic&o. Por isso, a Doutrina entende que nessa hipétese o Delegado ndo esta obrigado a instaurar 0 IP, podendo, de acordo com a anilise dos fatos, entender que nao existem indicios de que fora praticada uma infracdo penal e, portanto, deixar de instaurar o IP. Gracie, Die de 22.08.2008; 90.178, rel. min. Cezar Peluso, DJe de 26.03.2010; @ HC 95.244, rel. min. Dias offal, DJe de 30.04.2010 ~ Inifortnative'755 do STF). ‘A dentincia anénima sé pode ensejar a instauragao do IP, excepcionalmente, quando se constituir como © préprio corpo de delito (ex.: carta na qual ha materializacao do crime de ameaca, etc.). 2 NUCCT, Gullherme de Souza. Op. Cit., p. 111/112 + Neste ultimo caso 0 Delegado deve oficiar a autoridade que requisitou a instauragéo solicitando que sejam fornecidos os elementos minimos para a instauracdo do IP. U requerimento teito pela vitima ou por seu representante deve preencner alguns requisitos. Entretanto, caso no for possivel, podem ser dispensados. Nos termos do art. 5°, § 1° do CPP: § 10 O requerimento a que se refere o no II conterd sempre que possivel: 1a) a narrag&o do fato, com todas as circunsténcias; b) a individualizacao do indiciado ou seus sinais caracteristicos e as razdes de conviccao ou de presuncao de ser ele o autor da infragao, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; c) a nomeago das testemunhas, com indicacao de sua profissdo e residéncia. Caso seja indeferido o requerimento, cabera recurso para o Chefe de Policia. Vejamos: Art. 50 (...) § 20 Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito cabera recurso para o chefe de Policia. 1.2.1.4 Auto de Priséo em Flagrante Embora essa hipdtese nao conste no rol do art. 5° do CPP, trata-se de hipstese classica de fato que enseja a instauracéio de IP. Parte da Doutrina, no entanto, a equipara a notitia criminis e, portanto, estariamos diante de uma instauragao ex officio. 1.2.2 Formas de instauracao do IP nos crimes de Acao Penal Publica Condicionada @ Representacao A aco penal publica condicionada é aquela que, embora deva ser ajuizada pelo MP, depende da representacdo da vitima, ou seja, a vitima tem que querer que o autor do crime seja denunciado. Nestes crimes, o IP pode se iniciar: 1.2.2.1 Representacao do Ofendido ou de seu representante legal Trata-se da chamada delatio criminis postulatéria, que é o ato mediante © qual o ofendido autoriza formalmente o Estado (através do MP) a prosseguir na persecucSo penal e a proceder a responsabilizagéo do autor do fato, se for o caso. Trata-se de formalidade necessaria nesse tipo de crime, nos termos do art. 5°, § 4° do CPP: Art, 5° (...) § 40 O inquérito, nos crimes em que a ac&o publica depender de representacdo, no poder sem ela ser iniciado. Nao se trata de ato que exija rormaliaade, pocenao ser airigigo ao Juiz, a0 Delegado e ao membro do MP. Caso nao seja dirigida ao Delegado, sera recebida pelo Juiz ou Promotor e aquele encaminhada. Nos termos do art. 39 do CPP: Art. 39. O direito de representac&o poderd ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaracio, escrita ou oral, feita ao juiz, ao érgao do Ministério Publico, ou a autoridade policial. Caso a vitima nao exerca seu direito de representacéo no prazo de seis meses, a contar da data em que tomou conhecimento da autoria do fato, estara extinta a pu jade (decai do direito de representar), nos termos do art. 38 do CPP: Art. 38. Salvo disposicao em contrério, 0 ofendido, ou seu representante legal, decairé no direito de queixa ou de representacdo, se nao o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem € o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar 0 prazo para 0 oferecimento da dentincia. Caso se trate de vitima menor de 18 anos, quem deve representar € 0 seu representante legal. Caso nao o faca, entretanto, o prazo decadencial 6 comeca a correr quando a vitima completa 18 anos, para que esta nio seja prejudicada por eventual inércia de seu representante. Inclusive, o verbete sumular n° 594 do STF se coaduna com este enten lento. E se o autor do fato for o préprio representante legal (como no caso de estupro e violéncia doméstica)? Nesse caso, aplica-se o art. 33 do CPP!2, por analogia, nomeando-se curador especial para que exercite o direito de representacao: 1.2.2.2 Requisig&o de autoridade Judiciéria ou do MP Como nos crimes de ac&o penal publica incondicionada, o IP pode ser instaurado mediante ial oe do Juiz do membro do MP, entretanto, neste caso, 1.2.2.3 Auto de Priséo em Flagrante Também 6 possivel a instauragao de IP com fundamento no auto de priséo em flagrante, dependendo, também, da existéncia de representacao do ofendido. Caso 0 ofendido n&o exerca esse direito dentro do prazo de 24h contados do momento da priséo, é obrigatéria a soltura do preso, mas permanece o direito de 0 ofendido representar depois, mas dentro do prazo de 06 meses. © Art, 33. Se 0 ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, ¢ nao tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direlto de queixa podera ser exercido por curador especial, nomeado, de oficio ou a requerimento do Ministério Publico, pelo julz competente para © processo penal. 1.2.2.4 Requisig&o do Ministro da Justiga Esta hipétese sé se aplica a alguns crimes, como nos crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (art. 7°, § 3°, b do CP), crimes contra a honra cometidos contra o Presidente da Republica ou contra qualquer chefe de governo estrangeiro (art. 141, c, ¢/c art. 145, § Unico do CP) e alguns outro: MP! Entretanto, apesar do nome requisicéo, se o membro do MP achar que nao se trata de hipétese de ajuizamento da acdo penal, nao estard obrigado a promové-la. Diferentemente da representacdo, a requisigéo do Ministro da Justica no esta sujeita a prazo decadencial, podendo ser exercitada enquanto o crime ainda néo estiver prescrito. 1.2.3 Formas de Instauracéo do IP nos crimes de Ac&o Penal Privada 1.2.3.1 Requerimento da vitima ou de quem legalmente a represente Nos termos do art. 5°, § 5° do CPP: Art. 5° (...) § 50 Nos crimes de aco privada, a autoridade policial somente poderd proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intenté-la. Caso a vitima tenha falecido, algumas pessoas podem apresentar o requerimento para a instaurago do IP, nos termos do art. 31 do CPP: ‘Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisao judicial, 0 direito de oferecer queixa ou prosseguir na ago passara ao cénjuge, ascendente, descendente ou irmao. Este requerimento também est sujeito ao prazo decadencial de seis meses, previsto no art. 38 do CPP, bem como deve atender aos requisitos previstos no art. 5°, § 1° do CPP, sempre que possivel. 1.2.3.2 Requisig&0 do Juiz ou do MP Neste caso, segue a mesma regra dos crimes de acdo penal publica condicionada: a requisicio do MP ou do Juiz 1.2.5.3 Auto de Frisao em Flagrante Também segue a mesma regra dos crimes de acéo penal publica condicionada, devendo o ofendido manifestar seu interesse na instaurac&o do IP dentro do prazo de 24h contados a partir da prisdo, findo 0 qual, sem que haja manifestagao da vitima nesse sentido, ser o autor do fato liberado. 1.2.4 Fluxograma beotco Por requs glo dou ou do MP Crimes de acao penal publica INCONDICIONADA orn | Por reauer mento da vt ma = APF (nstauracdo de of co, PORE Ny Noted para guns) bys ‘ies de peal bla = amis REPRESENTAGAO DA VITIMA representoyao de vtima Crimes de 2¢%0 penal Sempre necesséro que haa PRIVADA Tequerimento da via ATENGAO! Se o inquérito policial visa a investigar pessoa que possui foro por prerrogativa de fungao ("foro privilegiado”), a autoridade policial dependerd de autorizagdo do Tribunal para instaurar o IP. Qual Tribunal? Tribunal que tem competéncia para processar e julgar o crime supostamente praticado pela pessoa detentora do foro por prerrogativa de fung3o (Ex.: STF, relativamente aos crimes comuns praticados por deputados federais). Este é 0 entendimento adotado pelo STF". 1.3 Tramitagdo do IP J4 vimos as formas pelas quais o IP pode ser instaurado. Vamos estudar agora como se desenvolve (ou deveria se desenvolver o IP). © STF - Ing. 2.411. Ha decisées, no Ambito do STJ, em sentido contrério, © que indica uma provével 1.3.1 Duligencias investigatorias Apés a instauragdo do IP algumas diligéncias devem ser adotadas pela autoridade policial. Estas diligéncias est&o previstas no art. 6° do CPP: ‘Art. 60 Logo que tiver conhecimento da pratica da infracao penal, a autoridade policial deverd: 1- se a0 local, providenciando para que néo se alterem o estado e conservacio das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redac&o dada pela Lei n° 8.862, de 28.3.1994) (Vide Lei n° 5.970, de 1973) IL - aprender os objetos que tiverem relago com o fato, apés liberados pelos peritos cr (Redagao dada pela Lei n° 8.862, de 28.3.1994) III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunsténcias; IV - owvir 0 ofendido; \V - ouvir 0 indiciado, com observancia, no que for aplicavel, do disposto no Capitulo III do Titulo VIl, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas € coisas ¢ a acareacies; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras pericias; VIII - ordenar a identificacéo d aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar social, sua condicao econémica, sua atitude e estado de dnimo antes e depois do crime e durante ele, © quaisquer outros elementos que contribuirem para a apreciacdo do seu temperamento carater. do pelo proceso datiloscépico, se possivel, fazer juntar X - colher informagées sobre a existéncia de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiéncia e 0 nome e 0 contato de eventual responsavel pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Inclufdo pela Lei n° 13.257, de 2016) Art, 7o Para verificar a possibilidade de haver a infraco sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderé proceder & reproducao simulada dos fatos, desde que esta nao contrarie a moralidade ou a ordem publica. Alguns cuidados devem ser tomados quando da realizacao destas diligéncias, como a observancia das regras processuais de apreenso de coisas, bem como as regras constitucionais sobre inviolabilidade do domicilio (art. 5°, XI da CF), direito ao silencio do investigado (art. 5°, LXIIT da CF), aplicando-se no que tange ao interrogatério do investigado, as normas referentes ao interrogatério judicial (arts. 185 a 196 do CPP), no que for cabivel. Percebam que o art. 7° prevé a famosa “reconstituico”, tecnicamente chamada de reprodug&o simulada. ESTA REPRODUCAO E VEDADA QUANDO FOR CONTRARIA A MORALIDADE OU A ORDEM PUBLICA (no caso de um estupro, por exemplo). O investigado nao esta obrigado a participar desta diligéncia, pois n&o é obrigado a produzir prova contra si. Em se tratando de determinados crimes, a autoridade policial ou o MP poderéo requisitar dados ou informacées cadastrais da vitima ou de suspeitos™. Sao eles: > Sequestro ou carcere privado > Reducdo & condig&o andloga a de escravo > Trafico de pessoas + Extorséio mediante restrigdo da liberdade (“sequestro relampago”) Extorséio mediante sequestro Facilitagdo de envio de crianga ou adolescente ao exterior (art. 239 do ECA) Ou seja, em se tratando de um desses crimes o CPP expressamente autoriza a requisicéo direta pela autoridade policial (ou pelo MP) dessas informacées, podendo a requisig&o ser dirigida a érgaios publicos ou privados (empresas de telefonia, etc.). De forma esquematizada: “Art, 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3° do art. 158 eno art. 159 do Decreto- Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Cédigo Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Crianca e do Adolescente), 0 membro do Ministério Publico ou 0 delegado de policia poderé requisitar, de quaisquer érgdos do poder piblico ou de empresas da iniciativa privada, dados e informacdes cadastrais da vitima ou de suspeitos. Uncluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) Parégrafo Unico. A requisicéo, que seré atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conteré: (Incluido pela Lei n® 13.344, de 2016) (Vigéncia) T- 0 nome da autoridade requisitante; (incluido pela Lei n® 13.344, de 2016) —_—_(Vigéncia) I 0 ntimero do inquérito policial; e Cincluido peta Lei n° 13.344, de 2016) _(Vigéncia) IIT - a identificago da unidade de policia judiciéria responsével pela investigacéo. (incluido pela Lei n® 13.344, de 2016) (Vigéncia) Art. 13-B. Se necessdrio a prevencdo e 3 repressao dos crimes relacionados a0 tréfico de pessoas, 0 membro do Ministério Pablico ou ¢ delegado de policia poderdo requisitar, mediante autorizacdo judicial, As empresas prestadoras de servico de telecomunicagbes e/ou telemética que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados - como sinais, informacées e outros - que permitem a localizag&o da vitima ou dos ‘suspeitos do delito em curso. (Incluido pela Lei n® 13.344, de 2016) (Vigéncia) § 10 Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estaco de cobertura, setorizacso € intensidade de radiofrequénci (Incluido pela Lei n® 13.344, de 2016) (Vigéncia) § 20 Na hipétese de que trata 0 caput, o sinal: (Uncluido pela Lei n® 13,344, de 2016) _(Vigéncia) T - no permitird acesso 20 contedo da comunicacSo de qualquer natureza, que dependerd de autorizacso Judicial, conforme disposto em lel; (Inciuido pela Lei n° 13.344, de 2016) —_(Vigéncia) 1 deverd ser fornecido pela prestadora de telefonia mével celular por perfodo no superior a 30 (trinta) dias, renovdvel por uma Gnica vez, por igual perfodo; (Inclufdo pela Lei n® 13.344, de 2016) (Vigéncia) IIL - para periodos superiores dquele de que trata o inciso II, seré necesséria a apresentacéo de ordem Judicial, (Incluido peta Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) '§ 30 Na hipétese prevista neste artigo, 0 Inquérito policial devers ser instaurado mo prazo maximo de 72 (Setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorréncia policial. (Incluido pela Lei n® 13,344, de 2016)" (Vigéncia) § 40 Nao havendo manifestacdo judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitaré 4s empresas prestadoras de servico de telecomunicacées e/ou telemética que disponibilizem imediatamente (05 meios técnicos adequades - como sinais, informagoes e outros - que permitam a localizagéo da vitima ou dos suspeites do delito em curso, com imediata comunicago 0 juiz. (Incluido pela Lei n? 13.344, de 2016) (Vigéncia) we Destnatrios dal / en Oesies nie cos___| fe Empresas pr vadas Pe CObjeto da | [Dados e nformagdes cadastra s das vit mas PUR to: requisico ‘ou dos suspe tos Sequestro ou cércere pr vado rode ‘Autor dade po ca responsdvel Reducdo & cond co ané oga de escravo “raf co.de pessoas Cabimento F/ Extorsio med anterestr cio da, berdade (Csequestrore dmpago") Extorsdo med ante sequestro Fac_tagdode env ode cr anga ou ado escente a0 exter or (art. 239 do ECA) Além disso, em se tratando de crimes relacionados ao trafico de essoas, o membro do MP ou a autoridade policial poderao requisitar, mediante as empresas prestadoras de servico de telecomunicagées e/ou telematica que disponibilizem imediatamente os dados (meios técnicos) que permitam a localizag&o da vitima ou dos suspeitos do delito em curso (como sinais, informagées e outros). Contudo, 0 acesso a esse sinal: -+ N&o permitiré acesso ao contetido da comunicagao, que dependeré de autorizagéo judicial (apenas dados como. local aproximado em que foi feita a ligac&o, destinatdrio, etc.). = Deverd ser fornecido pela prestadora de telefonia mével celular por periodo n&o superior a 30 dias (renovavel uma vez por mais 30 dias). Para periodos superiores sera necessaria ordem judicial Nesses crimes (relacionados ao tréfico de pessoas) o IP deverd ser instaurado em até 72h, a contar do registro de ocorréncia policial (informagao da ocorréncia do crime a autoridade, o chamado “B.0."). De forma esquematizada: 2° Embora seja necesséria a prévia autorizacio judicial, caso 0 Juiz néo se manifeste em até 12h, a autoridade (MP ou autoridade policial) poder requisitar diretamente, sem a autorizagdo judi 4 Autoridade polical 6 eho po sive (08 eNO DE nuroRzaGhoWOCAL) Destinatarios da requisicao preteen ra teneten | Objeto da requisiggo |} —— Crimes relacionados a0 }— Trafico de pessoas (em | curso) 1.3.1.1 Requerimento de dilig€ncias pelo indiciado € pelo ofendido 0 ofendido ou seu representante legal podem requerer a realizagao de quaisquer dilig€ncias (inclusive 0 indiciado também pode), mas ficaré a critério da Autoridade Policial deferi-las ou néo. Vejamos a redagao do art. 14 do CPP: Art. 14. © ofendido, ou seu representante legal, e 0 indiciado poderdéo requerer qualquer dilig€ncia, que ser realizada, ou no, a juizo da autoridade. Contudo, com relag&o ao exame de corpo de delito, este é obrigatério quando estivermos diante de crimes que deixam vestigios (homicidio, estupro, etc.), n&o podendo 0 Delegado deixar de determinar esta diligéncia. Nos termos do art. 158 do CPP: Art. 158. Quando a infracdo deixar vestigios, serd indispensavel o exame de corpo de delito, direto ou indireto, no podendo supri-lo a confisséo do acusado. 1.3.1.2 Identificagao criminal Com relac&o 4 identificagao do investigado (colheita de impressdes de digitais), esta identificac&o criminal sé seré necessaria e permitida quando o investigado nao for civilmente identificado, pois a Constituicéo proibe a submissdo daquele que é civilmente identificado ao procedimento constrangedor da coleta de digitais (identificag&o criminal), nos termos do seu art. 5°, LVIII: Art. 5° (...) Vili - 0 civiimente laenuricaao nao sera supmetiao a iaenuricacao criminal, salvo nas nipoteses Previstas em lei; Primeiramente, quem se considera resposta esta no art. 2° da Lei 12.037/90: mente identificado? A Art. 2° A identificaggo civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos: I ~ carteira de identidade; II - carteira de trabalho; III - carteira profissional; IV - passaporte; V ~ carteira de identificaggo funcional; VI - outro documento piiblico que permita a identificaggo do indiciado. Paragrafo Unico. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identificagao civis os documentos de identificacao militares. Contudo, percebam que a CF/88 veda a identificacao criminal do civilmente identificado “salvo nas hipéteses previstas em lei”. Quais sao estas excegdes? A Lei que regulamenta a materia, atualmente, é a Lei 12.037/09. Vejamos 0 que diz seu art. 3°: ‘Art. 30 Embora apresentado documento de identificago, poder ocorrer identificacéo criminal quando: 1-0 documento apresentar rasura ou tive \dicio de falsificaco; II - 0 documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; III - 0 indiciado portar documentos de identidade distintos, com informacées conflitantes entre IV ~ a identificacdo criminal for essencial 8s investigacées policiais, segundo despacho da autoridade judiciaria competente, que decidiré de oficio ou mediante representacdo da autoridade policial, do Ministério Publico ou da defesa; V - constar de registros policiais 0 uso de outros nomes ou diferentes qualificagées; VI ~ 0 estado de conservacao ou a distancia temporal ou da localidade da expedico do documento apresentado impossibilite a completa identificacdo dos caracteres essenci Paragrafo Unico. As copias dos documentos apresentados deverdo ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigacao, ainda que consideradas insuficientes para identificar 0 indiciado. Assim, em qualquer destes casos, podera ser realizada a identificagao criminal. Contudo, ainda que haja necessidade de se proceder a este tipo vexatorio de identificac&o, n&o se pode proceder de forma a deixar constrangida a pessoa, devendo a autoridade (Em regra, 0 Delegado) tomar as precaugdes necessarias a evitar qualquer tipo de constrangimento ao investigado. Por fim, mas ndo menos importante, A Lei 12.654/12 acrescentou alguns dispositivos a Lei 12.037/09, passando a permitir a coleta de MATERIAL GENETICO como forma de identificagéo criminal. Vejamos: Art. 59 (...) Paragrafo Unico. Na hipétese do inciso IV do art. 30, a identificacio criminal poderd incluir a coleta de materi 12,654, de 2012) ‘Art. 50-A. Os dados relacionados a coleta do perfil genético deverdo ser armazenados em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de pericia criminal. (Incluido pela Lei n° 12.654, de 2012) § 1o As informagées genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos néo poderdio revelar tracos somaticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinacao genética de género, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre dit humano e dados genéticos. (Incluido pela Lei n° 12.654, de 2012) § 20 Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terdo carater sigiloso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilizacao para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisio judicial. (Incluido pela Lei no 12.654, de 2012) § 30 As informacées obtidas a partir da coincidéncia de perfis genéticos deverdo ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado. (Incluido pela Lei n° 12.654, de 2012) itos humanos, genoma Percebam que o § Unico do art. 5° apenas possibilita a coleta de material genético na hipotese do inciso IV do art. 3°, ou seja, somente quando a identificag&o criminal for indispensavel as investigacdes. De qualquer forma, esse perfil genético coletado devera ser armazenado em banco de dados sigiloso, de forma a preservar o indiciado de qualquer constrangimento, nos termos do art. 79-B da Lei. 1.3.1.3 Nomeagdo de curador ao indiciado O art. 15 prevé a figura do curador para o menor de 21 anos quando de seu interrogatéri Art. 15. Se 0 indiciado for menor, ser-Ihe-4 nomeado curador pela autoridade policial. Entretanto, a Doutrina e a Jurisprudéncia_s&o pacificas no que tange a alteracdo desta idade para 18 anos, pois Assim, atualmente este artigo esté sem utilidade, pois ndo ha possibilidade de termos um indiciado que é civilmente menor (eis que a maioridade civil e a maioridade penal ocorrem no mesmo momento, aos 18 anos), diferentemente do que ocorria quando da edicdo do CPP, j4 que naquela época a maioridade penal ocorria aos 18 anos e a maioridade civil ocorria apenas aos 21 anos. Assim, era possivel haver um indiciado que era penalmente maior, mas civilmente menor de idade. 1.4 Forma Ge tramitagao O sigilo no IP 6 0 moderado, seguindo a regra do art. 20 do CPP: Art. 20, A autoridade assegurard no inquérito 0 sigilo necessério a elucidagdo do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. A corrente doutrinaria que prevalece é a de que o IP é sempre sigiloso em relacdo as pessoas do povo em geral, por se tratar de mero procedimento investigatério, nao havendo nenhum interesse que justifique o acesso liberado a qualquer do povo.'® Entretanto, o IP nao é, em regra, sigiloso em relacéo aos envolvidos (ofendido, indiciado e seus advogados), podendo, entretanto, ser decretado sigilo em relacdo a determinadas pecas do Inquérito quando necessario para 0 sucesso da investigacaio (por exemplo: Pode ser vedado o acesso do advogado a partes do IP que tratam de requerimento do Delegado pedindo a prisdo do indiciado, para evitar que este fuja). Com relag&o ao acesso por parte do advogado, ha previsdo no art. 7°, XIV do Estatuto da OAB. Vejamos o que diz esse dispositivo: Art. 79 So direitos do advogado: (...) XIV - examinar, em qualquer instituicao responsavel por conduzir investigacao, mesmo sem procuragao, autos de flagrante e de investigacdes de qualquer natureza, findos cu em andamento, ainda que conclusos 4 autoridade, podendo copiar pecas e tomar apontamentos, em meio fisico ou digital; (Redacao dada pela Lei n° 13.245, de 2016) Durante muito tempo houve uma divergéncia feroz na Doutrina e na Jurisprudéncia acerca do direito do advogado de acesso aos autos do IP, principalmente porque o acesso aos autos do IP, em muitos casos, acabaria por retirar completamente a eficacia de alguma medida preventiva a ser tomada pela autoridade. mae que possui a seguinte reda Sdmula vinculante n° 14. “E direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, jé documentados em procedimento investigatério realizado por érado com competéncia de policia judiciaria, digam respeito ao exercicio do direito de defesa”. Percebam, portanto, que o STF colocou uma “pé-de-cal” na discussdo, consolidando o entendimento de que: = Sim, 0 IP é sigiloso *® NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 124 = Nao, 0 LP nao e sigiloso em relagao ao aavogaao ao inaiciaao, aS deve ter livre acesso aos autos do IP, no que se refere aos E dbvio, portanto, que se hd um pedido de prisdo temporéria, por exemplo, esse mandado de priséio, que seré cumprido em breve, nao devera ser juntado aos autos, sob pena de o advogado ter acesso a ele antes de efetivada a medida, © que podera levar a frustragao da mesma. Outro tema que pode ser cobrado, se refere 4 necessidade (ou nao) da presenga do defensor (Advogado ou Defensor Publico) no Interrogatério Policial. E pacifico que a presenga do advogado no interrogatério JUDICIAL é INDISPENSAVEL, até por forga do que dispde o art. 185, §1° do CPP. Entretanto, néo ha norma que disponha o mesmo no que se refere ao interrogatério em sede policial. Vejamos 0 que diz o art. 6° do CPP: Art. 6° Logo que tiver conhecimento da pratica da infrago penal, a autoridade policial deverd: (...) V- ouvir 0 indiciado, com observancia, no que for aplicavel, do disposto no Capitulo III do Titulo Vil, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que The tenham ouvido a leitura; Vejam que o inciso que trata do interrogatério em sede policial determina a aplicacdo das regras do inquérito judicial, NO QUE FOR APLICAVEL. A questo é: Exige-se, ou nao, a presenca do advogado? Vem prevalecendo o entendimento de que o indiciado deve ser alertado sobre seu direito 4 presenga de advogado, mas, caso queira ser ouvido mesmo sem a presenca do advogado, o interrogatério policial é valido. Assim, a regra é: deve ser possibilitado ao indiciado, ter seu advogado presente no ato de seu interrogatério policial. Caso isso néo ocorra (a POSSIBILIDADE de ter o advogado presente), haverd nulidade neste interrogatério em sede policial. Contudo, mais uma polémica surgiu. A Lei 13.245/16, que alterou alguns dispositivos do Estatuto da OAB, passou a prever, ainda, que é direito do defensor “assistir a seus clientes investigados durante a apuracéo de infragées, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatério ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatérios e probatérios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente”. Art, 7° (...) XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuracao de infracdes, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatério ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatérios e probatdrios dele decorrentes ou ¥ Nao as diligéncias que ainda estejam em curso. Wart, 185 (..) § 10 0 interrogatério do réu preso seré realizado, em sala prépria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a sequranca do juiz, do membro do Ministério Piblico e dos auxiliares bem como a presenca do defensor e a publicidade do ato. (Redacdo dada pela Lei n® 11.900, de 2009) gerivagos, aireta ou imairetamente, pogenao, imciusive, no curso ca respectiva apuragao: (Incluido pela Lei n° 13.245, de 2016) A pergunta que fica €: a presenca do advogado passou a ser considerada INDISPENSAVEL também no interrogatério policial? Ainda no temos posicionamento dos Tribunais sobre isso, pois é muito recente. Mas ha duas correntes: ‘© 1° CORRENTE - O advogado, agora, é indispensavel durante o IP. 2° CORRENTE - A Lei nao criou essa obrigatoriedade. O que a Lei criou foi, na verdade, um DEVER para o advogado que tenha sido devidamente constitufdo pelo indiciado (dever de assisti-lo, sob pena de nulidade). Caso 0 indiciado deseje nao constituir advogado, nao haveria obrigatoriedade. Assim, € necessério que os Tribunais Superiores se manifestem sobre o tema para que possamos ter um posicionamento mais seguro. 1.4.1 Incomunicabilidade do preso O art. 21 do CPP assim dispde: Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerd sempre de despacho nos autos e somente seré permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniéncia da investigacéio 0 exigi Paragrafo Unico. A incomunicabilidade, que nao excederd de trés dias, seré decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do érgao do Ministério Publico, respeitado, em qualquer hipdtese, 0 disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963) (Redacao dada pela Lei n° 5.010, de 30.5.1966) A incomunicabilidade consiste em deixar 0 preso sem contato algum com o mundo exterior, seja com a familia, seja com seu advogado. A despeito de o art. 21 do CPP ainda estar formalmente em vigor, a Doutrina é undnime ao entender que KalipREvisso NAO falirecepeioniada pélalCF/SB, por duas razées: = A CF/88 prevé que é direito do preso 0 contato com a familia e com seu advogado = A CF/88, em seu art. 136, §3°, IV, estabelece ser vedada a incomunicabilidade do preso durante o estado de defesa. Ora, se nem mesmo durante o estado de defesa (situacao na qual ha a flexibilizacéo das garantias individuais) é possivel decretar a incomunicabilidade do preso, com muito mais razéio isso nao é possivel em situagao normal. 1.4.2 Lnaicramento © indiciamento € 0 ato por meio do qual a autoridade policial, de forma fundamentada, “direciona” a investigacao, ou seja, a autoridade policial centraliza as investigagdes em apenas um ou alguns dos suspeitos, indicando-os como os provaveis autores da infragao penal. Assim: | ° | eo” Vejam, portanto, que a autoridade policial comega investigando algumas pessoas (suspeitas), mas no decorrer das investigagées vai descartando algumas, até indiciar uma ou alguma delas. £ claro que nem sempre isso vai acontecer, ou seja, é possivel que sé haja um suspeito e ele seja indiciado, ou, é possivel ainda que haja varios suspeitos e todos sem indiciados, etc. O indiciamento nao desconstitui o carater si; jloso do Inquérito Policial, sendo apenas um ato mediante o qual a autoridade policial passa a direcionar as investigacées sobre determinada ou determinadas pessoas. © ato de indiciamento é PRIVATIVO da autoridade pol termos do art. 2°, §6° da Lei 12.830/13: Art. 20 (...) § 60 0 mento, privativo do delegado de policia, dar-se-4 por ato fundamentado, mediante andlise técnico-juridica do fato, que deverd indicar a autoria, materialidade e suas circunstancias. jal”, nos Ainda que tal previsdo legal nao existisse, tal conclustio poderia ser extraida da prépria ldgica do IP: ora, se é a autoridade policial quem instaura, preside € © Se a pessoa a ser indiciada possul foro por prerrogativa de funcéo (“foro privilegiado”), @ autoridade policial dependeré do Tribunal que ter competéncia para processar e julgar o crime supostamente praticado ela pessoa detentora do foro por prerrogativa de fungéo (Ex.: STF, relativamente aos crimes comuns praticados por deputados federais) (STF - Ing. 2.411). Todavia, ha decis6es, no ambito do STJ, em (eaindes weineiies ev emi tnittoe seorim'etrenrhtial aittebarin’ dha cnibainellnvame citer Steboersrunfeelocin conduz 0 IP, naturalmente e a autoridade policial quem tem atribuigao para 0 ato de indiciamento. 1.5 Conclus&o do inquérito policial Esgotado 0 prazo previsto, ou antes disso, se concluidas as investigacdes, 0 IP sera encerrado e encaminhado ao Juiz. Nos termos do art. 10 do CPP: Art. 10. O inquérito deverd terminar no prazo de 10 dias, se 0 indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado 0 prazo, nesta hipdtese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisdo, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fianga ou sem ela. § 10 A autoridade far minucioso relatério do que tiver sido apurado e enviard autos ao juiz competente. Caso 0 Delegado no consiga elucidar o fato no prazo previsto, deveré assim mesmo encaminhar os autos do IP ao Juiz, solicitando prorrogacao do prazo. Caso o indiciado esteja solto, o Juiz , ensejando, inclusive, a impetracéio de Habeas Corpus. Estes prazos (10 dias e 30 dias) sdo a re pgrniprevicin na CPP, hindi, existem excecées previstas em outras leis: + Crimes de competéncia da Justica Federal - 15 dias para indiciado preso (prorrogavel por mais 15 dias) e 30 dias para indiciado solto. + Crimes da lei de Drogas - 30 dias para indiciado preso e 90 dias para indiciado solto. Podem ser duplicados em ambos os casos. + Crimes contra a economia popular - 10 dias tanto para indiciado preso quanto para indiciado solto. + Crimes militares (Inquérito Policial Militar) - 20 dias para indiciado solto e 40 dias para indiciado preso (pode ser prorrogado por mais 20 dias). O STJ firmou entendimento no sentido de que, estando o indiciado solto, embora exista um limite previsto no CPP, a violacdo a este limite nao teria qualquer repercuss&o, pois ndo traria prejuizos ao indiciado, sendo considerado como prazo impréprio. Vejamos: 1. Esta Corte Superior de Justica firmou o entendimento de que, salvo quando o 'vestigado se encontrar preso cautelarmente, a inobservancia dos lapsos temporais estabelecidos para a concluséo de inquéritos policiais ou investigacées deflagradas 2 importante ressaltar que, caso se trate de crime hediondo ou equiparado, e tenha sido decretada a prisdo temporéria, 0 IP deverd ser conciuldo no prazo méximo de 30 dias, prorrogaveis por mais 30 No amorro ao Ministerio rulco nao possul repercussao pratica, Ja que se culaam ae prazos impréprios. Precedentes do ST) e do STF. 2. Na hipétese, 0 atraso na concluséo das investigagées foi justificado em razéo da complexidade dos fatos e da quantidade de envolvidos, o que revela a possibilidade de prorrogacao do prazo previsto no artigo 12 da Resolugéo 13/2006 do Conselho Nacional do Ministério Puiblico - CNMP. 3. Habeas corpus no conhecido. & 304.274/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 04/11/2014, DIE ) A maioria da Doutrina e da Jurisprudéncia entende que se trata de prazo de natureza processual. Assim, a forma de contagem obedece ao disposto no art. 798, § 1° do CPP: ‘Art. 798. Todos os prazos correréo em cartério e serdo continuos e peremptérios, néo se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. § 10 Nao se computara no prazo o dia do comeso, incluindo-se, porém, o do vencimento. Contudo, estando o indiciado PRESO, Doutrina e Jurisprudéncia entendem, majoritariamente, que o prazo é considerado MATERIAL, ou seja, inclui o dia do comego, nos termos do art. 10 do CP. Ha divergéncia na Doutrina quanto ao destino do IP, face 4 promulgagao da Constituigéo de 1988 (O CPP é de 1941), posto que a CRFB/88 estabelece que o MP é o titular da acdo penal publica. Entretanto, a maioria da doutrina entende que a previsdéo de remessa do IP ao Juiz permanece em vigor, devendo 0 Juiz abrir vista ao MP para que tenha ciéncia da conclusdo do IP, nos casos de crimes de aco penal publica, ou ainda, disponibilizar os autos em cartorio para que a parte ofendida possa se manifestar, no caso de crimes de aco penal privada. Ainda com relagdo ao destinatario do IP, a Doutrina se divide. Parte da Doutrina, acolhendo uma interpretagao mais gramatical do CPP, entende que o destinatario IMEDIATO do IP é 0 Juiz, pois o IP deve ser remetido a este. Desta forma, o titular da aco penal seria o destinatario MEDIATO do IP (porque, ao fim ao cabo, o IP tema finalidade de angariar elementos de convicc&o para o titular da ago penal). Outra parcela da Doutrina, que parece vem se tornando majoritdria, entende que o destinatario IMEDIATO seria o titular da aco penal, j4 que a ele se destina o IP (do ponto de vista de sua finalidade). Para esta corrente o Juiz seria o destinatario MEDIATO, pois as provas colhidas no IP seriam utilizadas, ao fim e ao cabo, para formar o convencimento do Juiz. Caso o MP entenda que nio é 0 caso de oferecer dentincia (por nao ter ocorrido 0 fato criminoso, por nao haver indicios a autoria, etc.), 0 membro do MP requerera o arquivamento do IP, em petic&o fundamentada, incluindo todos os fatos e investigados. Caso o Juiz discorde, remetera os autos do IP ao PGJ (Procurador-Geral de Justiga), que decidira se mantém ou n&o a posicao ae arquivamento. v sulz esta oprigaao a acatar a aecisao do PGs (Chefe do MP).24 Mas, em se tratando de crime de ac&o penal privada, o que se faz? Depois de concluido o IP, nesta hipdtese, os autos sdo remetidos ao Juiz, onde permanecerio até o fim do prazo decadencial (para oferecimento da queixa), aguardando manifestacao do ofendido. Essa é a previsdo do art. 19 do CPP: Art. 19. Nos crimes em que nao couber aco publica, os autos do inquérito serao remetidos a0 juizo competente, onde aguardardo a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serao entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. O Juiz nunca podera determinar o arq manifestacgéo do MP nesse sentido! NUNC, amento do IP sem que haja 2 {Cone uidoo IP, os autos so remet dos (0 PENAL, 7RIVADA, do ofend do aju zamentoda que xa- saa | fete eae ‘cr me ou ped dode arqu vamento) Cchefe do MP COTS sus esta ‘mantem a tuzeoncorda || Inauértoe | mente’, | oBRIGAO a cates oF worda arau vedo || drquvamtento, =r exo pena MP promove \ oe Remete a0 Juzd scorda [4 femeteze “fone ‘dome ||) denunea: ou ctiade que! ‘deve ser oferecida Gienancia ||) chete do me destona outro ‘membre pars ‘oferecet 3 ‘enance SProme nota! Nota! , Doutrina criou a figura do arquivamento implicito. Embora nao tenha previséo legal, o arquivamento implicito, como o nome diz, € deduzido pelas circunstancias. Ocorreré em duas hipoteses: = Quando o membro do MP ajuizar a dentincia apenas em relagao a alguns fatos investigados, silenciando quanto a outros °° Como regra geral, essa decisdo judicial é irrecorrivel. Existe, todavia, hipétese excepcional de “recurso de oficio” no caso de arquivamento de IP relativo a crime contra a economie popular, na forma do art, 70 da Lel 1.521/51. Neste caso, o Juiz, ao arquivar o IP, devera remater os autos do IP 20 Tribunal. ® apenas para corroborar: (...) Néo se admite o arquivamento de inquérito policial de oficio, sem a oltiva do Ministério Piblico, sob pena de ofensa ao principio acusatério. (STF, Pleno, AgRg no Inq 2913 julg. 01/03/2012) — Quando o membro do MP ajuizar a denuncia apenas em relacao a alguns investigados, silenciando quanto a outros Nesses casos, como o MP teria sido omisso em relagaéo a determinados fatos ou @ determinados indiciados, parte da Doutrina sustenta ter havido um pedido imp! de arquivamento em relagao a estes. No entanto, o STF vem rechacando a sua aplicagéo em decisées recentes, afirmando que nao existe “arquivamento implicito”: *(...) 0 sistema processual penal brasileiro nao prevé a figura do arquivamento implicito de inquérito policial.” ). Outros pontos merecem destaque: + ARQUIVAMENTO INDIRETO - E um termo utilizado por PARTE da Doutrina para designar o fenémeno que ocorre quando o membro do MP deixa de oferecer a dentincia por entender que o Juizo (que esté atuando durante a fase investigatéria) é incompetente para processar e julgar a acao penal. Todavia, o Juiz entende que é competente, entao recebe 0 jo de declinio de competéncia como uma espécie de pedido indireto de arquivamento. Grande parte da Doutrina ‘entende este fendmeno como inadmissivel, j4 que se o Promotor entende que o Juizo nao é competente deveria requerer a remessa dos autos do IP ao Juizo competente para, entdo, prosseguir nas investigacdes ou, se ja houver fundamentos, oferecer a dentincia. + TRANCAMENTO DO INQUERITO POLICIAL - 0 trancamento (encerramento anémalo do inquérito) consiste na cessagao da atividade investigatéria por decisdo judicial quando hé ABUSO na instaurago do IP ou na conduciio das investigagdes (Ex.: E instaurado IP para investigar fato nitidamente atipico, ou para apurar fato em que jé ocorreu a prescric&o, ou quando o Delegado dirige as investigacdes contra uma determinada pessoa sem qualquer base probatéria). Neste caso, aquele que se sente constrangido ilegalmente pela investigacao (0 investigado ou indiciado) poderé manejar HABEAS CORPUS (chamado de HC “trancativo”) para obter, judicialmente, 0 trancamento do IP, em raz8o do manifesto abuso. A deciséo de arquivamento do IP faz coisa julgada? Em regra, NAO, pois o CPP admite que a autoridade proceda a novas diligéncias investigatorias, se de OUTRAS PROVAS tiver noticia. Isso significa que, uma vez arquivado o IP, teremos uma espécie de “coisa julgada secundum eventum probationis”, ou seja, a decisdo fara “coisa julgada” em relacdo aquelas provas. Assim, nao poderé o MP ajuizar a acdo penal posteriormente com base NOS MESMOS ELEMENTOS DE PROVA, nem se admite a reativacdo da investigagao. O STF, inclusive, possui um verbete de stimula neste sentido: SUMULA 524 Arguivaao 0 inquerito rolicial, por Gespacno ao JuIz, a requerimento ao Fromotor ae Justica, nao pode a acao penal ser iniciada, sem novas provas. Entretanto, existem EXCECOES, ou seja, situacdes em que o arquivamento do IP iré produzir “coisa julgada material” (nao serd possivel recomecar a investigagéo). Vejamos: + ARQUIVAMENTO POR ATIPICIDADE DO FATO - Neste caso, ha entendimento PACIFICO no sentido de que nao é mais possivel reativar, futuramente, as investigacées. Isso é absolutamente légico, j& que nao faz o menor sentido permitir a retomada das investigacdes quando jé houve manifestacéio do MP e chancela do Juiz atestando a ATIPICIDADE da conduta (irrelevancia penal do fato). + ARQUIVAMENTO EM RAZAO DO RECONHECIMENTO DE EXCLUDENTE DE ILICITUDE OU DE CULPABILIDADE - A Doutrina e a jurisprudéncia MAJORITARIAS entendem que também nao é possivel reabrir futuramente a investigac&o. Embora haja divergéncia jurisprudencial a respeito, o ST] possui entendimento neste sentido”. O STF, embora tenha vacilado sobre a questao, vem decidindo pela possibilidade de reabertura das investigacées, caso surjam novas provas, mesmo no caso de arquivamento em raz&o da presenca de excludente de ilicitude ou excludente de culpabilidade (ou seja, o STF vem entendendo que o arquivamento com base em excludente de ilicitude ou excludente de culpabilidade nado faz coisa julgada material). + ARQUIVAMENTO PELO RECONHECIMENTO DA EXTINCAO DA PUNIBILIDADE - Tanto Doutrina quanto Jurisprudéncia entendem que se trata de decisdo que faz coisa julgada material, ou seja, néo admite a reabertura do IP. Com relac&o a este ponto, entende-se que se 0 reconhecimento da exting&o da punibilidade se deu pela morte do agente (art. 107, I do CP) mediante apresentagaio de certidao de obito falsa (0 agente nao estava morto) é possivel reabrir as investigacdes. © STF - Inq 3114/PR > 0 STJ possui decisio recente no sentido de que faz coisa julgada MATERIAL: (..) A par da atipicidade da conduta e da presensa de causa extintiva da punibilidade, o arquivamento de inquérito policial lastreado em circunstancia excludente de ilicitude também. produz coisa julgada material. 2. Levando-se em consideracdo que o arquivamento com base na atipicidade do fato faz coisa julgada formal e material, @ deciséo que arquiva o inquérito por considerar a conduta licita também o faz, isso porque nas duas situages nao existe crime e hd manifestagSo a respeito da matéria de mérito. 3. A mera qualificagéo diversa do crime, que permanece essencialmente o mesmo, néo constitul fato ensejador da dentincia apés 0 primeiro arquivamento. 4. Recurso provide para determinar 0 trancamento da aco penal. (RHC, A6.666/us, Ral, Minlstro SEBASTIAO REIS JONIOR, SEXTA TURMA, julgedo em 05/02/2015, ) Kesumiaamente, © S1J entenae atualmente que toaa aecisao ae arquivamento que enfrente o mérito fara coisa julgada material, ou seja, somente poderd ser reaberta a investigacéo no caso de arquivamento por auséncia de provas para a dentincia.”» O STF sé vem admitindo a coisa julgada material nos casos de arquivamento do IP com base na atipicidade da conduta ou no caso de extincéio da punibilidade. 1.6 Poder de investigacao do MP Durante muito tempo se discutiu na Doutrina e na Jurisprudéncia”® acerca dos poderes de investigacio do MP, jé que embora estas atribuigdes tenham sido delegadas a Policia, certo é que 0 MP é o destinatdrio da investigacéo, na qualidade de titular da ago penal (publica). No entanto, essa discusséo j4 ndo existe mais. Atualmente o entendimento pacificado é no sentido de que o MP tem, sim, poderes investigatérios, jd que a Policia Judiciéria no detém o monopilio constitucional dessa tarefa. Resumidament. + MP pode investigar (por meio de procedimentos préprios de investigacao) + MP nao pode instaurar e presidir inquérito policial 2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES CODIGO DE PROCESSSO PENAL % Art, 4° a 23 do CPP - Disposig&o legal do CPP acerca do Inquérito Policial: Art. 49 A policia judicidria seré exercida pelas autoridades policiais no territdrio de suas respectivas circunscricées e terd por fim a apuracéo das infragées penais e da sua autoria. (Redacdo dada pela Lei n? 9.043, de 9.5.1995) 25 (...) 1. A permissio legal contida no art. 18 do CPP, e pertinente Simula 524/STF, de desarquivamento do inquérito pelo surgimento de provas novas, somente tem incidéncia quando 0 fundamento daquele arquivamento foi a insuficiéncia probatéria - indicios de autoria e prova do crime. 2. Adecisdo que faz juizo de mérito do caso penal, reconhecendo ia, extinc3o da punibilidade (por morte do agente, prescricdo...), ou excludentes da ilicitude, exige certeza juridica - sem esta, a prova de crime com autor indicado geraria a continuidade da persecucdo criminal - que, por tal, possui efeitos de coisa julaada material, ainda que contida em acolhimento a pleito ministerial de arquivamento das pecas investigatérias. 3. Promovido 0 arquivamento do inquérito policial pelo reconhecimento de legitima defesa, a coisa julgada material impede rediscusséo do caso penal em qualquer novo feito criminal, descabendo perquirir 2 existéncia de novas provas. Precedentes. 4, Recurso especial improvido. hii 791.471/R3, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 25/11/2014, BIB ) raragraro unico. A comperencia geriniga neste artigo nao exciuira a Ge autoriaaaes administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma funcao. Art. 50. Nos crimes de acao publica o inquérito policial serd iniciado: I= de ofcio; II - mediante requisicéo da autoridade judiciéria ou do Ministério Publico, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representé-lo. § 10 O requerimento a que se refere o no II conteré sempre que possivel: a) a narracdo do fato, com todas as circunsténcias; b) a individualizacéo do indiciado ou seus sinais caracteristicos e as razées de conviccéo ou de presuncéo de ser ele o autor da infracso, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; ) a nomeacéo das testemunhas, com indicagdo de sua profissso e residéncia. § 20 Do despacho que indeferir 0 requerimento de abertura de inquérito caberé recurso para o chefe de Policia. § 30 Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existéncia de infrac&o penal em que caiba acéo publica poderd, verbalmente ou por escrito, comunicé-la & autoridade policial, e esta, verificada a procedéncia das informacées, mandard instaurar inquérito. § 40 O inquérito, nos crimes em que a aco publica depender de representacao, nio poder sem ela ser iniciado. § 50 Nos crimes de aco privada, a autoridade policial somente poderé proceder a jinquérito 2 requerimento de quem tenha qualidade para intenté-la. Art. 60 Logo que tiver conhecimento da prética da infrac&o penal, a autoridade policial deverd. 1 - dirigir-se ao local, providenciando para que no se alterem o estado e conservacéo das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redacao dada pela Lei n° 8,862, de 28,3.1994) (Vide Lei n® 5.970, de 1973) IT aprender os objetos que tiverem relacdo com 0 fato, apés liberados pelos peritos criminais; (Redacao dada pela Lei n° 8.862, de 28.3.1994) III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstancias; IV - ouvir 0 ofendido; V - ouvir o indiciado, com observancia, no que for aplicdvel, do disposto no Capitulo III do Titulo Vil, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareacées; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e 2 quaisquer outras pericias; VIII - ordenar a identificacao do indiciado pelo processo datiloscépico, se possivel, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiquar a vida pregressa do indiciado, sob 0 ponto de vista individual, familiar social, sua condicao econémica, sua atitude e estado de nimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuirem para a apreciacéo do seu temperamento e carater. A > comer inrormacoes soore a existencia Ge Tinos, respectivas iaages © se possuem alguma deficiéncia e o nome e o contato de eventual responsavel pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluido pela Lei n° 13.257, de 2016) Art. 70 Para verificar a possibilidade de haver a infraco sido praticada de determinado modo, a autoridade policial podera proceder reproducao simulada dos fatos, desde que esta nao contrarie a moralidade ou a ordem publica. Art. 80 Havendo priséo em fiagrante, seré observado 0 disposto no Capitulo IT do Titulo IX deste Livro. Art. 90 Todas as pecas do inquérito policial sero, num sé processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. Art. 10. inquérito deverd terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em fiagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipétese, a partir do dia em que se executar a ordem de priséo, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fianca ou sem ela. § 10 A autoridade faré minucioso relatorio do que tiver sido apurado e enviaré autos 20 juiz competente. § 20 No relatério poderd a autoridade indicar testemunhas que néo tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. § 30 Quando o fato for de dificil elucidagao, e 0 indiciado estiver solto, a autoridade poderd requerer 20 juiz a devolugdo dos autos, para ulteriores diligancias, que sero realizadas no prazo marcado pelo juiz. Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem & prova, acompanhargo os autos do inquérito. Art. 12. 0 inquérito policial acompanharé a dentincia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. Art, 13, Incumbird ainda 4 autoridade policial: I - fornecer as autoridades judiciérias as informagées necessérias & instrugo e julgamento dos processos; IT- realizar as diligéncias requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Publico; IIT - cumprir os mandados de priséo expedidos pelas autoridades judiciérias; IV - representar acerca da priséo preventiva. Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3° do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Cédigo Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Crianca e do Adolescente), 0 membro do Ministério Puiblico ou 0 delegado de policia poderé requisitar, de quaisquer érgaos do poder puiblico ou de empresas da iniciativa privada, dados e informacées cadastrais da vitima ou de suspeitos. (Incluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) Paragrafo Unico. A requisicéo, que sera atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conteré: (Incluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) 1-0 nome da autoridade requisitante; (Incluido pela Lei n® 13.344, de 2016) (Vigéncia) IL - 0 ndimero do inquérito policial; e (Incluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) II - a identificacéo da unidade de policia judiciéria responsdvel pela investigacio. (Incluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) Ae, 43-B. De Necessario a prevencao e a repressao aos crimes relacionados ao trarico de pessoas, 0 membro do Ministério Publico ou o delegado de policia poderao requisitar, mediante autorizacdo judicial, 3s empresas prestadoras de servico de telecomunicacdes e/ou telematica que disponibilizem imediatamente os melos técnicos adequados ~ como sinais, informacées e outros ~ que permitam a localizacéo da vitima ou dos suspeitos do delito em curso. (Incluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) § 10 Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estacio de cobertura, setorizacao e intensidade de radiofrequéncia. (ncluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) § 20 Na hipétese de que trata o caput, o sinal: (Incluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) 1 - no permitira acesso ao contetido da comunicacdo de qualquer natureza, que dependeré de autorizaco judicial, conforme disposto em lei; (Incluido pela Lei n? 13.344, de 2016) (Vigéncia) II - deveré ser fornecido pela prestadora de telefonia mével celular por periodo néo superior a 30 (trinta) dias, renovavel por uma Unica vez, por igual periodo; (Incluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) HI - para periodos superiores aquele de que trata o inciso II, sera necessaria a apresentacao de ordem judicial. (Incluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) § 30 Na hipétese prevista neste artigo, 0 inquérito policial deveré ser instaurado no prazo maximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ‘ocorréncia policial. (Incluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) § 40 No havendo manifestaco judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitard as empresas prestadoras de servico de telecomunicacdes e/ou telematica que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados - como sinais, informagées e outros - que permitam a localizacao da vitima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicag&o a0 juiz. (Incluido pela Lei n° 13.344, de 2016) (Vigéncia) Art. 14. 0 ofendido, ou seu representante legal, e 0 indiciado podergo requerer qualquer diligéncia, que sera realizada, ou nao, a juizo da autoridade. Art. 15. Seo indiciado for menor, ser-Ihe-4 nomeado curador pela autoridade policial. Art. 16. 0 Ministério Publico n&o poderé requerer a devolugio do inquérito & autoridade policial, senao para novas diligéncias, imprescindiveis ao oferecimento da dentincia. Art. 17. A autoridade policial néo poderé mandar arquivar autos de inquérito. Art. 18. Depois de ordenado 0 arquivamento do inquérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial poderé proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia. Art. 19. Nos crimes em que nao couber aco publica, os autos do inquérito seréo remetidos ao juizo competente, onde aguardaréo a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serdo entregues ao requerente, se 0 pedir, mediante traslado. Art. 20. A autoridade asseguraré no inquérito o sigilo necessario 4 elucidacdo do fato ‘ou exigido pelo interesse da sociedade. Pardgrafo unico. Nos atestados de antecedentes que Ihe forem solicitados, a autoridade policial néo poderd mencionar quaisquer anotacdes referentes a instauraco de inquérito contra os requerentes. (Redacao dada pela Lei n° 12.681, de 2012) Art. £4. A iMcomunicapiigage ao inaiciago Gepenaera sempre ge cespacno nos autos e somente seré permitida quando 0 interesse da sociedade ou a conveniéncia da investigaco 0 exigir. Pardgrafo Unico. A incomunicabilidade, que no excederd de trés dias, serd decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do rgao do Ministério Publico, respeitado, em qualquer hipétese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963) (Redago dada pela Lei n° 5.010, de 30.5.1966) Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscricso policial, a autoridade com exercicio em uma delas poderé, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligéncias em circunscricéo de outra, independentemente de precatérias ou requisicées, e bem assim providenciard, até que compareca a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presenca, noutra circunscrico. Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiaré ao Instituto de Identificagao e Estatistica, ou reparticéo congénere, ‘mencionando 0 juizo a que tiverem sido distribuidos, e os dados relativos & infracdo penal e & pessoa do indiciado. LEI N° 12.037/09 - LEI DE IDENTIFICACAO CRIMINAL % Art. 3° da Lei 12.037/09 - Regulamentagao do art. 5°, VIII da CRFB/88, acerca das hipéteses de admissibilidade da identificag&o criminal: Art. 3 Embora apresentado documento de identificagdo, poderd ocorrer identificacéo criminal quando: I~ 0 documento apresentar rasura ou tiver indicio de falsificaco; II - 0 documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; Il ~ 0 indiciado portar documentos de identidade distintos, com informagdes conflitantes entre si IV ~ a identificacao criminal for essencial as investigacées policiais, segundo despacho da autoridade judiciéria competente, que decidird de oficio ou mediante representacéo da autoridade policial, do Ministério Publico ou da defesa; V - constar de registros policiais 0 uso de outros nomes ou diferentes qualificacdes; VI ~ 0 estado de conservacio ou a distancia temporal ou da localidade da expedicéo do documento apresentado impossibilite a completa identificacao dos caracteres essenciais. Paragrafo Unico. As cépias dos documentos apresentados deverao ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigac3o, ainda que consideradas insuficientes para identificar 0 indiciado. % Art. 5° e 5°-A da Lei 12.037/09 - Permitem a coleta de MATERIAL GENETICO como forma de identificagdo criminal. Vejamos: Art. 5° (...) Pardgrafo Unico. Na hipétese do inciso IV do art. 30, a identificaco criminal poderé incluir_ a coleta de material biolégico para a obtencao do perfil genético. (Incluido pela Lei n° 12.654, de 2012) ATE, 20°A, US Gages relacionaaos a coleta ao perm genetico aeverao ser armazenaaos em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de pericia criminal. (Incluido pela Lei n? 12.654, de 2012) 5 10 As informacées genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos néo podergo revelar tracos sométicos ou comportamentais das pessoas, exceto determinacso genética de género, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos. (Incluido pela Lei n® 12.654, de 2012) § 20 Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos teréo cardter sigiloso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilizacéo para fins diversos dos previstes nesta Lei ou em decisao Judicial. (Incluido pela Lei n° 12.654, de 2012) § 30 As informacées obtidas a partir da coincidéncia de perfis genéticos deverao ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado. (Incluido pela Lei n° 12.654, de 2012) ESTATUTO DA OAB % Art. 7°, XIV do Estatuto da OAB - Trata-se de positivacaéo do entendimento consolidado do STF por meio da Sumula Vinculante 14. O referido inciso tem redacido dada pela Lei 13.245/16: Art. 79 Sao direitos do advogado: (...) XIV - examinar, em qualquer instituicéo responsével por conduzir investigacao, mesmo sem procuracao, autos de flagrante e de investigagées de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos & autoridade, podendo copiar pecas & tomar apontamentos, em meio fisico ou digital; (Redacao dada pela Lei n® 13.245, de 2016) % Art. 7°, XXI do Estatuto da OAB - Trata do direito conferido aos advogados de acompanharem seus clientes quando do interrogatério em sede policial. Ainda no é possivel afirmar que a presenca do advogado no interrogatério policial seré indispensavel em qualquer caso (mesmo que 0 indiciado dispense), mas parece ser essa a intencdo da norma: Art. 7° (...) XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuracao de infracées, 0b pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatério ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatérios e probatérios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuracao: (Incluido pela Lei n° 13.245, de 2016) 3 _SUMULAS PERTINENTES 3.1 Sdmulas vinculantes % Sdmula Vinculante 11: Restringe a utilizagéo de algemas a casos excepcionais, notadamente quando risco de fugo ou perigo a integridade fisica do preso ou de terceiros, devendo a utilizagéo se dar de maneira fundamentada: Samula vinculante 11 - “Sé é licito 0 uso de algemas em casos de resisténcia e de fundado receio de fuaa ou de periao a intearidade fisica prépria ou alheia, por parte Go preso ou Ge terceiros, justiricaga a excepcionalicace por escrito, sop pena ae responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisdo ou do ato processual a que se refere, sem prejuizo da responsabilidade civil do Estado.” % Sdmula Vinculante 14: Garante ao defensor do indiciado, na defesa dos interesses deste, 0 acesso aos elementos de prova jé documentos nos autos do IP, e que digam respeito ao direito de defesa: Sumula Vinculante 14 - “E direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, jd documentados em procedimento investigatério realizado por érg3o com competéncia de pol j respeito ao exercicio do direito de defesa.” 3.2 Sdmulas do STF % Sdmula 524 do STF: Estabelece a impossibilidade de ajuizamento da ado penal quando houve arquivamento por falta de provas, salvo se surgirem novas provas, em consonéncia com o art. 18 do CPP. Stimula 524 do STF - “Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justia, nao pode a acdo penal ser iniciada, sem novas provas.” 3.3 Samulas do STJ %StGmula n° 444 do STJ - Em homenagem ao principio da presungéo de inocéncia (ou presungao de nao culpabilidade), o STJ sumulou entendimento no sentido de que inquéritos policiais e agées penais em curso nao podem ser utilizados para agravar a pena base (circunstancias judiciais desfavoraveis), ja que ainda n&o ha transito em julgado de sentencga penal condenatéria. Este entendimento fica prejudicado pelo novo entendimento adotado pelo STF no julgamento do HC 126.292 (no qual se entendeu que a presunc&o de inocéncia fica afastada a partir de condenacdo em segunda instancia). | Stmula n° 444 do STI - E VEDADA A UTILIZACAO DE INQUERITOS POLICIAIS E ACOES PENAIS EM CURSO PARA AGRAVAR A PENA-BASE. INQUERITO POLICIAL Conceito - Conjunto de diligéncias realizadas pela Policia Judicidria, cuja finalidade é angariar elementos de prova (prova da materialidade e indicios de autoria), para que o legitimado (ofendido ou MP) possa ajuizar a ag&o penal. Natureza - Procedimento administrative pré-processual. NAO € processo judicial. caracterisucas + Administrativo - 0 Inquérito Policial, por ser instaurado e conduzido por uma autoridade policial, possui nitido caréter administrativo. + Inquisitivo (inquisitorialidade) - A inquisitorialidade do Inquérito decorre de sua natureza pré-processual. No Processo temos autor (MP ou vitima), acusado e Juiz. No Inquérito nao ha acusacdo, logo, nao ha nem seins nem acusado. No ee ‘0 Poli i oo ser inquisitivo, * Oficioso (Oficiosidade) - Possibilidade (poder-dever) de instauragdo de oficio quando se tratar de crime de acdo penal ptblica incondicionada. « Escrito (formalidade) - Todos os atos produzidos no bojo do IP deverSo ser escritos, e reduzidos a termo aqueles que forem orais. + Indisponibilidade - A autoridade policial no pode dispor do IP, ou seja, ndo pode mandar arquiva-lo. * Dispensabilidade - Nao é indispensdvel a propositura da aco penal. + Discricionariedade na condugSo - A autoridade policial pode conduzir a investigacéo da maneira que entender mais frutifera, sem necessidade de seguir um padr&o pré-estabelecido. INSTAURACAO DO IP FORMAS DE INSTAURACAO DO INQUERITO POLICIAL FORMA CABIMENTO OBSERVAGOES DE OFfcIo * Acdo penal publica OBSE incondicionada Requisigaéo do + Acdo penal publica MP ou do Juiz condicionada (depende de deve ser representacdo ou requisigéo do cumprida pela M3) autoridade + Aco penal privada (depende _policial. de manifestago da vitima) REQUISICAO DO + Acao penal publica | Requerimento MP OU DO JUIZ incondicionada do ofendido nao * Ac&o penal publica Obriga a condicionada (requisig&io autoridade deve estar instruida com a Policial. Caso representacaio ou requisicéo do SSJ4_ M3) indeferimento o * Ac&o penal privada (requisig&io "equerimento, deve estar instrufda com a cabe recurso manitestagao da vitima nesse|ao chere ae sentido) policia. REQUERIMENTO + Aco penal publica DO OFENDIDO incondicionada + AgSo penal publica condicionada * Aco penal privada AUTO DE PRISAO + Acdo penal publica EM FLAGRANTE incondicionada * Acdo penal publica condicionada (depende de representagao ou requisigao do MJ) * Ac&o penal privada (depende de manifestagSo da vitima) OBS Denincia anénima (delatio criminis inqualificada) - Delegado, quando tomar ciéncia de fato definido como crime, através de denuncia anénima, n&o devera instaurar o IP de imediato, mas determinar que seja verificada a procedéncia da denuncia e, caso realmente se tenha noticia do crime, instaurar oP. TRAMITAGAO DO IP igéncias Logo apés tomar conhecimento da pratica de infrac&o penal, a autoridade deve: Dirigir-se ao local, providenciando para que nao se alterem o estado e conservacéio das coisas, até a chegada dos peritos criminais. Apreender os objetos que tiverem relac&o com 0 fato, apés liberados pelos peritos criminais Colher todas as provas que servirem para 0 esclarecimento do fato e suas circunstancias Ouvir 0 ofendido Ouvir 0 indiciado (interrogatério em sede policial) Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareagdes Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras pericias - O exame de corpo de delito é indispensdvel nos crimes que deixam vestigios. Ordenar a identificagSo do indiciado pelo processo datiloscépico, se possivel, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob 0 ponto de vista individual, familiar e social, sua condic&o econémica, sua atitude e estado de animo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuirem para a apreciacdo do seu temperamento e carter. = colner intormagoes sopre a existencia de rilnos, respectivas idades e se possuem alguma deficiéncia e o nome eo contato de eventual responsavel pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. = Possibilidade de se proceder a reproducdo ulada dos fatos (reconstituigéo) - Desde que esta néo contrarie a moralidade ou a ordem pdblica. ‘OBS! 0 procedimento de identificagdo criminal sé é admitido para aquele que néo for civilmente identificado. Excegéo: mesmo o civilmente identificado podera ser submetido a identificagdo criminal, nos seguintes casos: + Seo documento apresentado contiver rasuras ou indicios de falsificagaio. + © documento n&o puder comprovar cabalmente a identidade da pessoa. + Apessoa portar documentos de identidade distintos, com informacées conflitantes; + A identificagao criminal for indispensavel as investigagées policiais (Necessario despacho do Juiz determinando isso). + Constar nos registros policiais que a pessoa ja se apresentou com ‘outros nomes. * estado de conservacdo, a data de expedi¢aio do documento ou 0 local de sua expedigao impossibilitem a perfeita identificacdo da pessoa. BSH E permitida a colheita de material biolégico para determinacgo do perfil genético, exclusivamente quando isso for indispensavel as investigacdes - depende de autorizacdo judicial. Deve ser armazenado em bando de dados sigiloso. Requerimento de diligéncias pelo ofendido e pelo indi podem requerer a realizacdo de diligéncias, mas ficaré a critério da Autoridade Policial deferi-las ou nao. FORMA DE TRAMITAGAO DO IP Sigiloso - A autoridade policial deve assegurar o sigilo necessdrio & elucidagao do fato ou 0 exigido pelo interesse da sociedade. Prevalece o entendimento de que o IP é sempre sigiloso em relago as pessoas do povo em geral, por se tratar de mero procedimento investigatério. Acesso do advogado aos autos do IP © advogado do indiciado deve ter franqueado 0 acesso amplo aos elementos de prova j4 documentados nos autos do IP, e que digam respeito ao exercicio do direito de defesa. Nao se aplica as diligéncias em curso (Ex.: interceptacdo telefanica ainda em curso) — SUMULA VINCULANTF n° 14. (UBS A Le! 15.24/16 alterou o Estatuto da UAB para estender tal previsao a qualquer procedimento investigatério criminal (inclusive aqueles instaurados internamente no Ambito do MP). Interrogatério em sede policial Necessidade de presenca do advogado? Posicao classica da Doutrina e da Jurisprudéncia: NAO. Alteraco leg lativa (Lei 13.245/16) - passou-se a exi advogado no interrogatério poli Duas correntes: = Alguns vao entender que o advogado, agora, é indispensdvel durante o IP. * Outros véo entender que a Lei nao criou essa obrigatoriedade. O que a Lei criou foi, na verdade, um DEVER para 0 advogado que tenha sido devidamente constituido pelo indiciado (dever de assisti-lo, sob pena de nulidade). Caso o indiciado deseje nao constituir advogado, no haveria obrigatoriedade. a presenga do 12 Ainda n&o ha posigéo do STF ou ST). CONCLUSAO DO IP Prazo NATUREZA PRAZO OBSERVAGOES DA INFRAGAO REGRA —_«_Indiciado preso: 10 dias Em se tratando de GERAL + _Indiciado solto: 30 dias indiciado solto, 0 prazo é CRIMES TE) indiciade |presondsidiaal processual. Em se tratando de indiciado preso o prazo é FEDERAIS —(Prorrogavel por mais: material (conte-se 0 dia do jas: Indiciado solto: 30 dias | comese)- EEE BSH No caso de indiciado LEI DE + Indiciado preso: 30 dias preso, o prazo se inicia da data DROGAS Indiciado solto: 90 dias da priséo. Em se tratando de = Ambos podem ser indiciado solto, 0 prazo se inicia duplicado: com a Portaria de instauragao. CRIMES — + _Indiciado preso ou solto: CONTRA A 10 dias ECONOMIA POPULAR OBS.: Em caso de indiciado solto o ST] entende tratar-se de prazo imprdéprio (descumprimento do prazo nao gera repercussdo pratica). Anaiciamento - Ato rundamentado por meio do qual a autoridade policial “direciona” a investigag’o, ou seja, a autoridade policial centraliza as investigagées em apenas um ou alguns dos suspeitos. Ato privativo da autoridade policial, mas depende de autorizac3o do Tribunal se o indiciado for pessoa detentora de foro por prerrogativa de func’o (STF - Inq. 2.411). STJ vem decidindo em sentido contrario (desnecessidade de autorizagdo). Destinatario do IP - Prevalece que: * Destinatario imediato — titular da acdo penal * Destinatdrio mediato - Juiz ARQUIVAMENTO DO IP Regra — MP requer o arquivamento, mas quem determina € 0 Juiz. Se o Juiz discordar, remete ao Chefe do MP (em regra, 0 PGJ). O Chefe do MP decide se concorda com o membro do MP ou com o Juiz. Se concordar com o membro do MP, 0 Juiz deve arquivar. Se concordar com o Juiz, ele préprio ajuiza a ac&o penal ou designa outro membro para ajuizar. Agao penal privada - Os autos do IP serdo remetidos ao Juizo competente, onde aguardarao a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal (ou serao entregues ao requerente, caso assim requeira, mediante traslado). Arquivamento implicito - Criacdo doutrinéria. Duas hipéteses: * Quando o membro do MP deixar requerer o arquivamento em relaco a alguns fatos investigados, silenciando quanto a outros. + Requerer 0 arquivamento em relag&o a alguns investigados, silenciando quanto a outros. Arquivamento indireto - Quando o membro do MP deixa de oferecer a denuincia por entender que o Juizo (que esta atuando durante a fase investigatéria) é incompetente para processar e julgar a ac&o penal. Nao é unanime. Trancamento do IP - Consiste na cessagéo da atividade investigatéria por decis&o judicial quando ha ABUSO na instauragao do IP ou na condugdo das investigagées, geralmente quando no hé elementos minimos de prova. Decisdo de arquivamento de IP faz coisa julgada? Em regra, néo, podendo ser reaberta a investigacao se de outras provas (provas novas) a autoridade policial tiver noticia. Excegée: * Arquivamento em razao do reconhecimento de manifesta causa de exclusdo da ilicitude ou da culpabilidade - Aceito pela Doutrina e jurisprudéncia MAJORITARIAS. STF vem admitindo a coisa julgada neste caso. « Arquivamento por extincdo da punibilidade {yBsut Se 0 reconnecimento aa extingao da punibilidage se aeu pela morte do agente, mediante apresentacao de certidao de ébito falsa (o agente ndo estava morto) é possivel reabrir as investigacdes. ATENCA( policial. ! A autoridade policial NAO PODE mandar arquivar autos de inquérito PODER DE INVESTIGACAO DO MP Entendimento pacifico no sentido de que o MP pode investigar, mediante procedimentos préprios, mas no pode presidir nem instaurar inquérito policial. Bons estudos! Prof. Renan Araujo 5 EXERCICIOS PARA PARATICAR & ican 01. (FGV - 2018 - TJ-AL - TECNICO JUDICIARIO) Enquanto organizava procedimentos que se encontravam no cartério de determinada Vara Criminal do Tribunal de Justiga de Alagoas, o servidor identifica que ha um inquérito em que foram realizadas diversas diligéncias para apurar crime de aco penal publica, mas no foi obtida justa causa para o oferecimento de dentncia, razio pela qual o Delegado de Policia elaborou relatério final opinando pelo arquivamento. Verificada tal situago e com base nas previsdes do Cédigo de Processo Penal, cabera ao: (A) juiz realizar diretamente 0 arquivamento, tendo em vista que jé houve representagao nesse sentido por parte da autoridade policial, cabendo contra a deciséo recurso em sentido estrito; (B) Ministério Publico realizar diretamente o arquivamento, caso concorde com a conclus&o do relatério da autoridade policial, independentemente de controle judicial; (C) delegado de policia, em caso de concordancia do juiz, realizar diretamente o arquivamento apés retorno do inquérito policial para delegacia; (D) Ministério Publico promover pelo arquivamento, cabendo ao juiz analisar a homologagao em respeito ao principio da obrigatoriedade; (E) juiz promover pelo arquivamento, podendo o promotor de justica requerer o encaminhamento dos autos ao Procurador-Geral de Justica em caso de discordancia, em controle ao principio da obrigatoriedade. 02. (FGV - 2016 - MPE-RJ - ANALISTA PROCESSUAL) rol instaurado inquerito policial, no Kio de Janeiro, para apurar as conalgoes aa morte de Maria, que foi encontrada jé falecida em seu apartamento, onde residia sozinha, vitima de morte violenta. As investigades se estenderam por cerca de trés anos, sem que fosse identificada a autoria delitiva, apesar de ouvidos os familiares, o namorado e os vizinhos da vitima. Em razao disso, o inquérito policial foi arquivado, nos termos da lei, por auséncia de justa causa. Seis meses apés 0 arquivamento, superando a dor da perda da filha, a mae de Maria resolve comparecer ao seu apartamento para pegar as roupas da vitima para doacao. Encontra, entdo, escondida no armério uma cAmera de filmagem e verifica que havia sido gravada uma briga entre a filha e um amigo do seu namorado dois dias antes do crime, ocasiio em que este afirmou que sempre a amou e que se Maria n&o terminasse o namoro “sofreria as consequéncias”. Considerando a situagao narrada, é correto afirmar que a filmagem: a) é considerada prova nova ou noticia de prova nova, mas nao podera haver desarquivamento, jé que a decisdo de arquivamento fez coisa julgada; b) nao é considerada prova nova ou noticia de prova nova, tendo em vista que jé existia antes do arquivamento, de modo que nao cabe desarquivamento com esse fundamento; c) & considerada prova nova ou noticia de prova nova, podendo haver desarquivamento do inquérito pela autoridade competente; d) considerada ou nao prova nova ou noticia de prova nova, podera gerar o desarquivamento direto pela autoridade policial para prosseguimento das investigagées; e) n&o € considerada prova nova, logo impede o desarquivamento, mas néo é ébice ao oferecimento direto de dentincia. 03. (FGV - 2016 - MPE-RJ - TECNICO: NOTIFICACAO E ATOS INTIMATORIOS) Maria, 30 anos, foi vitima da pratica de um crime de estupro, crime este de aco penal publica condicionada a representacao. Apesar de nao querer falar sobre os fatos ou contribuir para eventuais investigagdes, a mée de Maria comparece & Delegacia e narra os fatos. Diante da situacdo apresentada e sobre o tema inquérito policial, é correto afirmar que: a) apesar de o oferecimento de dentincia depender de representacéo, a instaurac&o do inquérito policial independe da mesma; b) ainda que conclua pela atipicidade dos fatos, uma vez instaurado formalmente 0 inquérito policial, nao podera a autoridade policial mandar arquivar os autos; c) 0 inquérito policial tem como uma de suas caracteristicas a indispensabilidade; d) 0 Cédigo de Processo Penal proibe a reprodugdo simulada dos fatos antes do oferecimento da dentincia, ainda que com a concordancia do indiciado; €) 0 inquérito policial tem como caracteristicas a oralidade, a informalidade e o sigilo. U4, (FGV - 2015 — DPE-KU ~ TECINLCU: OFICIAL DE DILLGENCIA) Jorge praticou crime de estupro em face de Julia, jovem de 24 anos e herdeira do proprietario de um grande estabelecimento comercial localizado em S&o Paulo. O crime, de acordo com 0 Cédigo Penal e com as suas circunstancias, 6 de ago penal publica condicionada a representacéio. Nao houve priséo em flagrante, sendo os fatos descobertos por outras pessoas diferentes da vitima apenas uma semana apés a ocorréncia. Até o momento, nao foi decretada a priséio preventiva de Jorge. Diante dessa situacao, sobre o inquérito policial, é correto afirmar que: a) a representagéo é indispensdével para a propositura da ac&o penal condicionada, mas a instauracdo do inquérito policial dela independe; b) a auséncia de contraditério no inquérito impede que o advogado do agente tenha acesso a qualquer elemento informativo produzido, ainda que ja documentado; c) caso seja instaurado inquérito, concluindo pela auséncia de justa causa, poderé a autoridade policial determinar o arquivamento do procedimento diretamente; d) estando o indiciado solto, o inquérito policial deveré ser concluido impreterivelmente no prazo de 15 dias, prorrogaveis apenas uma vez por igual periodo; ) 0 arquivamento do inquérito por auséncia de justa causa permite um posterior desarquivamento pela autoridade competente, caso surjam novas provas. 05. (FGV - 2015 - OAB - XVII EXAME DA OAB) No dia 01/04/2014, Natalia recebeu cinco facadas em seu abdémen, golpes estes que foram a causa eficiente de sua morte. Para investigar a autoria do delito, foi instaurado inquérito policial e foram realizadas diversas diligéncias, dentre as quais se destacam a oitiva dos familiares e amigos da vitima e exame pericial no local. Mesmo apés todas essas medidas, no foi possivel obter indicios suficientes de autoria, raz&o pela qual o inquérito policial foi arquivado pela autoridade judiciéria por falta de justa causa, em 06/10/2014, apés manifestacdo nesse sentido da autoridade policial e do Ministério Publico. Ocorre que, em 05/01/2015, a mae de Natdlia encontrou, entre os bens da filha que ainda guardava, uma carta escrita por Bruno, ex namorado de Natalia, em 30/03/2014, em que ele afirmava que ela teria 24 horas para retomar o relacionamento amoroso ou deveria arcar com as consequéncias. A referida carta foi encaminhada para a autoridade policial. Nesse caso, A) nada poderd ser feito, pois o arquivamento do inquérito policial fez coisa julgada material. B) a carta escrita por Bruno pode ser considerada prova nova e justificar o desarquivamento do inquérito pela autoridade competente. C) nada poderé ser feito, pois a carta escrita antes do arquivamento n&o pode ser considerada prova nova. L) pela raita ae justa causa, 0 arquivamento poaeria ter sido aeterminaco diretamente pela autoridade policial, independentemente de manifestacéo do Ministério Publico ou do juiz. 06. (FGV - 2015 - OAB - XVI EXAME DA OAB) © inquérito policial pode ser definido como um procedimento investigatério prévio, cuja principal finalidade a obtenc&o de indicios para que o titular da aco penal possa propé-la contra o suposto autor da infracdo penal. Sobre o tema, assinale a afirmativa correta. A) A exigéncia de indicios de autoria e materialidade para oferecimento de dentincia torna o inquérito policial um procedimento indispensavel. B) O despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito policial é irrecorrivel. C) 0 inquérito policial é inquisitivo, logo o defensor n&o poderé ter acesso aos elementos informativos que nele constem, ainda que jé documentados. D) A autoridade policial, ainda que convencida da inexisténcia do crime, nao poderé mandar arquivar os autos do inquérito jé instaurado. 07. (FGV - 2015 - PGE-RO - TECNICO) Foi instaurado inquérito policial para apurar a conduta de Ronaldo, indiciado como autor do crime de homicidio praticado em face de Jorge. Ao longo das investigagées, a autoridade policial ouviu diversas testemunhas, juntando os termos de citiva nos autos do procedimento. Concluidas as investigacdes, os autos foram encaminhados para a autoridade policial. Sobre o inquérito policial, € correto afirmar qu a) n&o é permitido a autoridade policial, em regra, solicitar a realizacéo de pericias e exame de corpo de delito, dependendo para tanto de autorizacéio da autoridade judicial; b) como instrumento de obtengéio de justa causa, é absolutamente indispensavel & propositura da ago penal; c) € direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso aos elementos de prova que, j4 documentados em procedimento investigatério, digam respeito ao exercicio do direito de defesa; d) constatado, apés a instauragéo do inquérito e conclusdo das investigagées, que a conduta do indiciado foi amparada pela legitima defesa, poderd a autoridade policial determinar diretamente o arquivamento do procedimento; ) uma vez determinado seu arquivamento pela autoridade competente, independente do fundamento, ndo poderd ser desarquivado, ainda que surjam novas provas. 08. (FGV - 2015 - TJ-RO - TECNICO JUDICIARIO) Gloria To! vitima de um crime ae estupro praticado no interior de sua resiaencia. Sendo a natureza da acdo publica condicionada & representag&o, compareceu, entdo, & Delegacia, narrou 0 ocorrido e manifestou o interesse na apuracéo do fato, raz&o pela qual foi instaurado inquérito. Considerando a hipstese narrada e as caracteristicas do inquérito policial, é correto afirmar que: a) caso houvesse indicios da autoria e prova da materialidade delitiva, a instaurac&o de inquérito policial seria prescindivel para propositura da ado penal; b) © inquérito policial tem como algumas de suas principais caracteristicas a oralidade, a oficialidade e oficiosidade; c) uma das caracteristicas do inquérito policial é 0 sigilo, razéo pela qual ndo podera o defensor do indiciado ter acesso aos autos, ainda que em relagao aquilo j4 documentado; d) 0 inquérito policial é disponivel, de modo que a autoridade poli determinar seu arquivamento diretamente; e) a natureza de ac&o publica condicionada & representacéio do crime de estupro exige que a representacéo seja ofertada para fins de propositura da aco penal, mas néo para instauragdo de inquérito. | podera o9. (FGV - 2015 - TJ-RO - OFICIAL DE JUSTICA) No dia 30 de marco de 2014, Marta foi vitima de um crime de homicidio, razéo pela qual foi instaurado inquérito policial para identificagéo do autor do delito. Apés diversas diligéncias, nao foi possivel identificar a autoria, razdo pela qual foi realizado 0 arquivamento do procedimento, pela falta de justa causa, de acordo com as exigéncias legais. Ocorre que, em abril de 2015, a filha de Marta localizou © aparelho celular de Marta e descobriu que seu irméo, Lucio, havia enviado uma mensagem de texto para sua mae, no dia 29 de marco de 2014, afirmando para a vitima “se vocé néo me emprestar dinheiro novamente, arcaré com as consequéncias”. Diante disso, a filha de Marta apresentou o celular de sua mae para a autoridade policial. Considerando a situacio narrada, é correto afirmar que 0 arquivamento do inquérito policial: a) fez coisa julgada material, de modo que néo mais é possivel seu desarquivamento; b) no fez coisa julgada, mas nao é possivel o desarquivamento porque a mensagem de texto ndo pode ser considerada prova nova, jé que existia antes mesmo da instauracdo do inquérito policial; ) foi realizado diretamente pela autoridade policial, de modo que nao faz coisa julgada material; d) no fez coisa julgada material, podendo o inquérito ser desarquivado, tendo em vista que a mensagem de texto pode ser considerada prova nova; e) nao fez coisa julgada material, mas nao mais caberd desarquivamento, pois passados mais de 06 meses desde a decisao. 10. (FGV - 2012 - OAB - VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Um Delegado de Policia determina a instauracdo de inquérito policial para apurar a pratica do crime de receptacdo, supostamente praticado por José. Com relacéo ao Inquérito Policial, assinale a afirmativa que nao constitui sua caracteristica. A) Escrito. B) Inquisitério. C) Indispensavel. D) Formal. 11. (FGV - 2014 - TJ-RJ - TECNICO JUDICIARIO) Tradicionalmente, © inquérito policial é conceituado como um procedimento investigatério, cuja principal finalidade é a obtencdo de justa causa para a propositura da aco penal. Sobre o inquérito policial é correto afirmar que: (A) procedimento prévio imprescindivel; (B) poderd ser arquivado diretamente pela autoridade policial; (C) € sigiloso, razaio pela qual o defensor do indiciado n&o poderd ter acesso a elemento de prova algum, ainda que documentado no procedimento investigatério; (D) dependerd de representagao, caso a investigacdo trate de crime em que a aco penal seja publica condicionada; (E) prescindivel, logo é uma faculdade da autoridade policial instauré-lo ou nao, ainda que haja requisig&o do Ministério Publico. 12. (FGV - 2015 - DPE-RO - TECNICO ADMINISTRATIVO) © inquérito policial é tradicionalmente conceituado como procedimento administrativo prévio que visa a apurac&o de uma infrac&o penal e sua autoria, a fim de que o titular da aco penal possa ingressar em juizo. Sobre suas principais caracteristicas, é correto afirmar que: a) a prova da materialidade e indicios de autoria so necessérios para propositura de aco penal, logo uma das caracteristicas do inquérito é sua indispensabilidade; b) o inquérito policial é instrumento sigiloso, logo ndo poderd ser acessado em momento algum pelo advogado do indiciado; c) © contraditério pleno e a ampla defesa so indispensdveis no inquérito policial; d) 0 inquérito policial € um procedimento significativamente marcado pela oralidade; e) 0 inquérito pode ser considerado indisponivel para a autoridade policial, jé que, uma vez instaurado, no poderd ser por ela diretamente arquivado. 13. (FGV - 2013 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XII - PRIMEIRA FASE) Quanto ao inquerito policial, assinale a arirmativa LNLURKEIA. a) O inquérito policial poder ser instaurado de oficio pela Autoridade Policial nos crimes persequiveis por ado penal publica incondicionada. b) O inguérito, nos crimes em que a aco publica depender de representacao, no poderd ser iniciado sem ela. c) Nos crimes de aco penal privada, no caberd instauragao de inquérito policial, mas sim a lavratura de termo circunstanciado. d) 0 inquérito policial, mesmo nos crimes hediondos, poderé ser dispensdvel para 0 oferecimento de dentincia. 14. (FGV- 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - IV - PRIMEIRA FASE) Acerca das disposigées contidas na Lei Processual sobre o Inquérito Policial, assinale a alternativa correta. a) Nos crimes de ago privada, a autoridade policial poderé proceder a inquérito a requerimento de qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existéncia de infrac&o penal. b) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito cabera recurso para o tribunal competente. c) Para verificar a possibilidade de haver a infragao sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poder proceder & reprodugao simulada dos fatos, desde que esta ndo contrarie a moralidade ou a ordem publica. d) A autoridade policial poderé mandar arquivar autos de inquérito. 15. (FGV - 2008 - PC-RJ - OFICIAL DE CARTORIO) A respeito do inquérito policial, analise as afirmativas a seguir: I. Nos crimes de ag&o publica, o inquérito policial seré iniciado de oficio ou mediante requisiggo da autoridade judicidria ou do Ministério Publico, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representé-lo. II. Nos crimes de aco privada, a autoridade policial somente poderé proceder a inquérito de oficio ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representé-lo. IIL. O inquérito, nos crimes em que a ac&o ptiblica depender de representacao, n&o podera sem ela ser iniciado. Assinale: a) se nenhuma afirmativa estiver correta. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 16. (FGV- 2015 EUNIUU JUDICIAKLU: ESUREVENIE) As formas de instauragao do inquérito policial variam de acordo com a natureza do delito. Nos casos de ag&o penal publica incondicionada, a instauracéo do inquérito policial pode se dar: (A) de oficio pela autoridade policial; mediante requisigéo do Ministério Publico; mediante requerimento do ofendido; e por auto de prisdo em flagrante; (B) de oficio pelo Ministério Publico; mediante requisicéio da autoridade policial; mediante requerimento do ofendido; e por auto de prisdo em flagrante; (C) de oficio pela autoridade policial; mediante requerimento do Ministério Publico; mediante requisic&o do ofendido; e por auto de resisténcia; (D) de oficio pelo Ministério Publico; mediante requisicéo da autoridade policial; mediante requerimento do ofendido; e por auto de resisténcia; (E) de oficio pela autoridade policial; mediante requerimento do Ministro da Justica; mediante requisic&o do ofendido; e por auto de resisténcia. 17. (FGV - 2015 - OAB - XVIII EXAME DE ORDEM) No dia 10 de maio de 2015, Maria, 25 anos, foi vitima de um crime de estupro simples, mas, traumatizada, néo mostrou interesse em dar inicio a qualquer investigacao penal ou acao penal em relacao aos fatos. Os pais de Maria, porém, requerem a instauracéo de inquérito policial para apurar autoria, entendendo que, apés identificar 0 agente, Maria podera decidir melhor sobre o interesse na persecucdo penal. Foi proferido despacho indeferindo o requerimento de abertura de inquérito. Considerando a situacao narrada, assinale a afirmativa correta. A) Do despacho que indefere o requerimento de abertura de inquérito policial nao cabe qualquer recurso, administrativo ou judicial. B) Em que pese o interesse de Maria ser relevante para o inicio da aco penal, a instaurag&o de inquérito policial independe de sua representacao. C) Caso Maria manifeste interesse na instauracdo de inquérito policial apés o indeferimento, ainda dentro do prazo decadencial, o procedimento poderd ter inicio, independentemente do surgimento de novas provas. D) Apesar de os pais de Maria nao poderem requerer a instauracdo de inquérito policial, o Ministério Publico pode requisitar o inicio do procedimento na hipétese, tendo em vista a natureza publica da aco. 18. (FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLiCIA) Aury Lopes Junior leciona que “ 0 inquérito € 0 ato ou efeito de inquirir, isto é, procurar informacées sobre algo, colher informacdes acerca de um fato, perquirir”. J4 0 Art. 4°, do CPP destaca que ser realizado pela Policia Judicidria e tera por fim a apuracao das infracées penais e sua autoria. A esse respeito, assinale a afirmativa incorreta. a) Entenaenao a autoridace policial que o tato apurado nao conmgura crime, deverd realizar 0 arquivamento do inquérito, evitando o prosseguimento de um constrangimento ilegal sobre o indiciado. b) O réu nao € obrigado a participar da reconstituigéo do crime, pois ninguém é obrigado a produzir prova contra si. c) 0 sigilo e a dispensabilidade so algumas das caracteristicas do inquérito policial, repetidamente citadas pela doutrina brasileira. d) Nao deve a autoridade policial proibir o acesso do defensor do indiciado aos elementos de prova ja documentados no ambito do procedimento investigatério e que digam respeito ao exercicio do direito de defesa. €) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito cabera recurso para o chefe de Policia. 19. (FGV - 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - V - PRIMEIRA FASE) Tendo em vista o enunciado da stimula vinculante n. 14 do Supremo Tribunal Federal, quanto ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmar que a autoridade policial poderé negar ao advogado a) a vista dos autos, sempre que entender pertinente. b) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado formalmente. c) do indiciado que esteja atuando com procurag&o 0 acesso aos depoimentos prestados pelas vitimas, se entender pertinente. d) 0 acesso aos elementos de prova que ainda n&o tenham sido documentados no procedimento investigatério. 20. (FGV - 2008 - TJ-MS - JUIZ) Relativamente ao inquérito policial, correto afirmar que: a) a autoridade assegurara no inquérito 0 sigilo necessario a elucidagao do fato, aplicando, porém, em todas as suas manifestacdes, os principios do contraditério e da ampla defesa. b) a autoridade policial poderé mandar arquivar autos de inquérito por falta de base para a denuincia. c) © inquérito devera terminar no prazo de 30 dias, se 0 indiciado estiver preso, ou no prazo de 60 dias, quando estiver solto. d) 0 inquérito policial no acompanharé a dentincia ou queixa quando servir de base a uma ou outra. e) 0 indiciado poderé requerer a autoridade policial a realizagéo de qualquer diligéncia. 21. (FGV - 2013 - X EXAME UNIFICADO DA OAB) Na cidade “A”, 0 Velegaao ae Policia instaurou inquerito policial para averiguar a possivel ocorréncia do delito de estelionato praticado por Marcio, tudo conforme minuciosamente narrado na requisic&o do Ministério Publico Estadual. Ao final da apuracao, 0 Delegado de Policia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor de Justica. No entendimento do parquet, a conduta praticada por Marcio, embora tipica, estaria prescrita. Nessa situacdo, o Promotor deveré A) arquivar os autos. B) oferecer denuincia. C) determinar a baixa dos autos. D) requerer 0 arquivamento. 22. (FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POL{CIA) Com relag&o ao prazo para a conclusto do inquérito policial instaurado para apurar a pratica do crime de tréfico de entorpecentes, de acordo com a Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006, assinale a afirmativa correta. a) Seré de 10 (dez) dias, se 0 indiciado estiver preso, e de 30, na hipétese de o indiciado estar solto. b) Nao poderé ultrapassar 30 dias, se o indiciado estiver preso. c) Seré de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando estiver solto, podendo o juiz, ouvido o Ministério Publico, mediante pedido justificado da autoridade de poiicia judiciéria, triplicar tal prazo. d) Excepcionalmente, quando requerido de forma fundamentada pela autoridade de policia judiciéria, ouvido 0 Ministério Publico, podera ser de 180 dias, se o indiciado estiver solto. e) Sera de 30 dias, se 0 indiciado estiver preso, e de 60 dias, quando estiver solto, podendo o juiz, ouvido o Ministério Publico, mediante pedido justificado da autoridade de poiicia judiciéria, duplicar tal prazo. 23. (FGV - 2010 - PC-AP - DELEGADO DE POLicIA) Maria tem seu veiculo furtado e comparece a Delegacia de Policia mais proxima para registrar a ocorréncia. 0 Delegado de Policia instaura inquérito policial para apuragao do fato. Esgotadas todas as diligéncias que estavam a seu alcance, a Autoridade Policial no consegue identificar o autor do fato ou recuperar a res furtiva. Assinale a alternativa que indique a providéncia que 0 Delegado devera tomar. a) Relatar o inquérito policial e encaminhar os autos ao Ministério Publico para que este promova o arquivamento. b) Promover 0 arquivamento do inquérito policial, podendo a vitima recorrer a0 Secretario de Seguranca Publica. c) Relatar o inquérito policial e encaminhar os autos ao Secretério de Seguranca Publica para que este promova o arquivamento. d) Manter os autos do inquerito policial com a rotina suspenso, ate que surja uma nova prova. €) Prosseguir na investigac&o, pois 0 arquivamento sé é possivel quando transcorrer prazo prescricional. 24. (FGV - 2014 - TJ/RJ - ANALISTA - EXECUCAO DE MANDADOS) Brenda, empregada doméstica, foi presa em flagrante pela pratica de um crime de furto qualificado contra Joana, sua empregadora. O magistrado, apés requerimento do Ministério Publico, converteu a priséo em flagrante em preventiva. Nessa hipétese, de acordo com o Cédigo de Proceso Penal, o prazo para conclusdo do inquérito policial sera de: (A) 05 (cinco) dias; (B) 10 (dez) dias; (C) 15 (quinze) dias, improrrogaveis; (D) 15 (quinze) dias, prorrogaveis por decis&o judicial; (E) 30 (trinta) dias. 25. (FGV - 2014 - T3/RJ - ANALISTA - EXECUCAO DE MANDADOS) Foi instaurado inquérito policial para investigar a pratica de um crime de homicidio que teve como vitima Ana. Apesar de Wagner, seu marido, ter sido indiciado, nao foi reunida justa causa suficiente para oferecimento da dentincia, raz&o pela qual foi o procedimento arquivado na forma prevista em lei. Trés meses apés 0 arquivamento, a mae de Ana descobriu que a filha havia Ihe deixado uma mensagem de voz no celular uma hora antes do crime, afirmando que temia por sua integridade fisica, pois estava sozinha com seu marido em casa e prestes a contar que teria uma relagdo extraconjugal. Diante desses fatos, de acordo com a jurisprudéncia majoritéria dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que: (A) nada poderd ser feito, tendo em vista que o arquivamento do inquérito policial fez coisa julgada material; (B) podera ser oferecida deniincia, apesar de o inquérito ndo poder ser desarquivado em virtude da coisa julgada material que fez seu arquivamento; (C) caberd desarquivamento do inquérito policial pela autoridade competente diante do surgimento de provas novas; (D) nada poderd ser feito, pois a gravacdo de voz existia antes do arquivamento do inquérito, logo nao pode ser incluida no conceito de prova nova; (E) poderd a autoridade policial realizar o desarquivamento a qualquer momento, assim como pode por ato préprio determinar o arquivamento do inquérito. 26. (FCC - 2017 - DPE-RS —- ANALISTA PROCESSUAL) No tocante ao inquérito policial relativo 4 apuracéo de crime a que se procede mediante ago penal publica incondicionada, é correto afirmar: a) E vedada a instauracdo de inquérito policial de oficio. b) U orenaiao nao pode requerer ailigencia no curso de inquerito policial. c) A autoridade policial podera mandar arquivar autos de inquérito. d) A autoridade policial poderé mandar instaurar inquérito a partir de comunicacao de fato feita por qualquer pessoa, mas deve aguardar a iniciativa do ofendido ou seu representante legal para que seja instaurado. e) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judicidria, por falta de base para a dentncia, a autoridade policial poderd proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia. 27. (FCC - 2017 - POLITEC-AP - PERITO MEDICO LEGISTA) Praticado o crime na via pliblica, 0 delegado de policia deverd, dentre outras providéncias, a) dirigir-se ao local, providenciando para que nao se alterem o estado e conservacao das coisas, até a chegada dos peritos criminais. b) apreender os objetos que tiverem relagéo com o fato, independentemente da liberac&o pelos peritos criminais. c) colher, apés a realizacéo da pericia do local, todas as provas que servirem para © esclarecimento do fato e suas circunstancias. d) determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras pericias, desde que haja expresso consentimento da vitima ou quem a represente. e) proceder & reprodugio simulada dos fatos, desde que esta nao contrarie a moralidade ou a ordem publica e haja peritos oficiais para a realizaio do laudo pericial. 28. (FCC - 2017 - PC-AP - OFICIAL DA POL{CIA CIVIL) No Ambito do inquérito policial, incumbe a autoridade policial a) arquivar o inquérito policial. b) assegurar 0 sigilo necessario a elucidacao do fato. c) decretar a prisdo preventiva. d) presidir a audiéncia de custédia. e) oferecer a dentincia. 29. (FCC - 2017 - TRE-PR - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) Acerca do inquérito policial, é correto afirmar: a) Nos crimes de aco penal publica, sempre seré necessdria a autorizacio da vitima para a abertura de inquérito. b) Tendo em vista a preservagdo da incolumidade publica, a instauragéo de inquérito policial para a apuragdo de crime de algada privada poderd ser requisitado pela autoridade judicidria. c) A instauragao de inquerito policial interrompe o prazo da prescrigao. d) Mesmo depois de ordenado o arquivamento do inquérito pelo juiz, em razéo de falta de elementos para a dentincia, a autoridade policial poderé reativar as investigagées se tiver conhecimento de novas provas. e) A autoridade policial garantiré, durante o inquérito, o sigilo necessario 20 esclarecimento dos fatos investigados, observando, porém, em todas as suas manifestages, o principio do contraditério. 30. (FCC - 2017 - TJ-SC - JUIZ) Concluido o Inquérito Policial pela policia judiciaria, o érgéio do Ministério Publico requer o arquivamento do processado. O Juiz, por entender que o Ministério Publico do Estado de Santa Catarina nao fundamentou a manifestagéo de arquivamento, com base no Cédigo de Processo Penal, deverd a) encaminhar o Inquérito Policial & Corregedoria-Geral do Ministério Publico. b) indeferir 0 arquivamento do Inquérito Policial. c) remeter o Inquérito Policial ao Procurador-Geral de Justica. d) indeferir 0 pedido de arquivamento e remeter cépias ao Procurador-Geral de Justiga e ao Corregedor-Geral do Ministério Publico. e) remeter o Inquérito Policial a policia judiciéria para prosseguir na investigacio. 31. (FCC - 2016 - AL-MS - AGENTE DE POLICIA LEGISLATIVO) A autoridade policial de uma determinada cidade do Estado de Mato Grosso do Sul instaura inquérito policial para apurar um crime de aborto cometido pelo médico X. No curso das investigacées, a prisdo preventiva do médico é decretada pela Justica e o mandado de prisdo € cumprido. Neste caso, segundo estabelece © Cédigo de Processo Penal, 0 inquérito policial devera ser concluido, a partir da data em que foi executada a prisdo cautelar, no prazo de a) cinco dias. b) dez dias. c) trinta dias. d) quinze dias. e) sessenta dias. 32. (FCC - 2016 - DPE-BA - DEFENSOR PUBLICO - ADAPTADA) Tendo em vista o caréter administrativo do inquérito policial, 0 indiciado néo podera requerer pericias complexas durante a tramitagéo do expediente investigatério. 33. (FCC - 2015 - MPE-PB - TECNICO) 0 Delegado de Policia de um determinado Distrito da cidade de Campina Grande, apés receber a noticia de um crime de roubo cometido na cidade, no qual a vitima Silvio teve o carro subtraido por um meliante no centro aa cidade no dia 10 de maio de 2015, determina a instauracéo de Inquérito Policial. No curso das investigacées, especificamente no dia 4 de maio de 2015, o veiculo roubado é recuperado em poder de Manoel, o qual é conduzido ao Distrito Policial. A vitima é chamada e reconhece Manoel como sendo o autor do crime de roubo. A autoridade policial representa, entéo, ao juiz competente o qual, apés manifestagao do Ministério Publico, decreta a prisdo preventiva de Manoel, que é efetivada no mesmo dia 4 de maio. Neste caso, o Inquérito Policial deveria estar encerrado e relatado pelo Delegado de Policia no prazo de a) 15 dias apés iniciado 0 Inquérito Policial. b) 10 dias apés iniciado o Inquérito Policial. c) 5 dias apés iniciado o Inquérito Policial. d) 15 dias, contado o prazo a partir da efetivacao da priséo de Manoel. e) 10 dias, contado o prazo a partir da efetivaciio da prisdo de Manoel 34, (FCC - 2015 - MPE-PB - TECNICO) © Delegado de Policia de um determinado Distrito Policial da cidade de Joo Pessoa instaura um Inquérito Policial para apurac&o de crime de estelionato ocorrido no final do ano de 2014. Encerrada as investigagées Rodolfo é indiciado pelo referido crime. O inquérito € relatado e remetido ao Férum local. O Tepresentante do Ministério PUblico, apds receber os autos, requereu o arquivamento do Inquérito Policial entendendo que nao haveria provas para instaurac&o de aco penal contra Rodolfo. O Magistrado competente, ao receber 0s autos, discordando do parecer do Ministério Public, determina a remessa dos autos a0 Procurador-Geral de Justica do Estado da Paraiba, requerendo a designagdo de outro Promotor para oferecimento da dentincia. O Procurador- Geral de Justica, apés analisar o caso, insiste no pedido de arquivamento e determina a devolug&o dos autos ao juizo de origem. Neste caso, o Magistrado a) discordando da deciséo do Procurador-Geral de Justica determinaré a instaurac&io da aco penal com base no Relatério da Autoridade Policial. b) encaminhard os autos ao Conselho Nacional do Ministério Publico, em Brasilia, para que um Promotor de Justica seja designado para atuar no feito e oferecer dentincia. c) seré obrigado a atender o pedido de arquivamento veiculado pelo Ministério Publico. d) encaminhard os autos ao Presidente do Tribunal de Justiga da Paraiba para que este determine a instaura- céo da aco penal, intimando-se o Procurador- Geral de Justiga para oferecimento imediato da deniincia. e) determinaré a intimaggo da vitima para, querendo, oferecer aco penal subsididria da publica. 35. (FCC - 2015 - MPE-PB - TECNICO) Considere as seguintes situacdes hipotéticas: 1. A Promotora de Justiga de uma comarca do Estado da Paraiba requereu a autoridade policial a instaurac&o de Inquérito Policial para apuragao de crime de injuria, de aco penal privada, figurando como vitima Luis e como autor do crime Edson. A autoridade policial atende ao pedido veiculado e instaura o Inquérito Policial. II. Durante o trémite de um Inquérito Policial instaurado para apuracao de crime de homicidio tentado a vitima apresenta requerimento ao Delegado de Policia para realizagao de uma diligéncia que entende ser itil para apuragéo da verdade real. O Delegado de Policia, entendendo ser impertinente o requerimento e a diligéncia solicitada, deixa de realizar a diligéncia. III. © Delegado de Policia de uma determinada cidade no Estado da Paraiba, apés instaurar um Inquérito Policial para apuragéio de crime de furto que teria sido cometido por Theo, nao conseguindo apurar provas da autoria delitiva determina 0 imediato arquivamento dos autos. IV. Encerrado Inquérito Policial para apuragio de crime de ac&o penal privada a autoridade policial, apds pedido do requerente, entrega os autos de inquérito ao requerente, mediante traslado. Delegado de Policia agiu dentro da legalidade APENAS nas situagées indicadas em a)I,Welv. b) Ilelv. c) Il, Welv. d) Ile IVv. e) Te Ill. 36. (FCC - 2015 - TJ-AL - JUIZ) A investigacéio de uma infrac&o penal a) poderé ser conduzida pelo Ministério Publico, conforme recente decisdo do STF, mas apenas nos casos relacionados ao foro por pretrogativa de funcao. b) poderd ser realizada por meio de inquérito policial, presidido por delegado de policia de carreira ou promotor de justica, conforme recente decisdo do STF. c) poderd ser realizada por meio de inquérito policial que seré presidido por delegado de policia de carreira, sob 0 comando e a fiscalizagao direta e imediata do promotor de justica, conforme recente deciséo do STJ. d) poderé ser conduzida pelo Ministério Publico, conforme recente deciséio do STF. e) deverd ser sempre promovida em autos de inquérito policial, presidido por um delegado de policia de carreira, salvo em casos de infragéo cometida por vereadores, cuja investigagdo seré presidida pelo Presidente da Camara Municipal. 37. (FCC - 2014 - TJ-AP - JUIZ) Em relacao ao exercicio do aireito de deresa no inquerito policial, a autoriaace policial poder negar ao defensor, no interesse do representado, ter acesso aos a) elementos de prova cobertos pelo sigilo. b) termos de depoimentos prestados pela vitimas, se entender pertinente. c) elementos de prova que entender impertinentes. d) elementos de prova, caso o investigado jé tenha sido formalmente indiciado. e) elementos de provas ainda nao documentados em procedimento investigatério. 38. (FCC - 2014 - TRF4 - TECNICO JUDICIARIO) José foi indiciado em inquérito policial que apura a pratica do delito de estelionato contra seu ex-empregador. Diante disso, a) ante a constatagéo de que se trata, em verdade, de ilicito civil, a autoridade policial poder mandar arquivar os autos de inquérito. b) sem inquérito policial, néo poderé, posteriormente, haver propositura de aco penal. c) a vitima podera requerer qualquer diligéncia, que serd realizada, ou no, a juizo da autoridade. d) este inquérito somente pode ser instaurado porque houve representacéio da vitima. e) José nao podera requerer diligéncia 4 autoridade policial. 39. (FCC - 2014 - TRF3 - ANALISTA JUDICIARIO) Considere persecugéo penal baseada na prisdo em flagrante dos acusados em situag&o de participacéio em narcotraficancia transnacional, obstada pela Policia Federal, que os encontrou tendo em depésito 46.700 gramas de cocaina gracas & informac&o oriunda de noticia anénima. Neste caso, segundo entendimento jurisprudencial consolidado, a) nulo 0 processo ab initio, ante a vedac&o constitucional do anonimato. b) @ noticia anénima sobre eventual pratica criminosa é, por si, idénea para instaurac&o de inquérito policial. c) @ noticia anénima sobre eventual pratica criminosa presta-se a embasar procedimentos investigatérios preliminares que corroborem as informagdes da fonte anénima, os quais tornam legitima a persecugao criminal. d) a autoridade policial no pode tomar qualquer providéncia investigatéria a partir da noticia anénima. e) a persecucdo criminal sé poderia ser iniciada se a dentincia anénima estivesse corroborada por interceptagao telefénica autorizada judicialmente. 40. (FCC - 2014 - DPE-RS - DEFENSOR PUBLICO) Jeremias To! preso em tlagrante delito pelo cometimento do Tato previsto no art. 157, § 2°, Le II, do Cédigo Penal, e no mesmo dia decretada a prisdo preventiva com a legitima finalidade de garantir a ordem publica. Com base nestes dados, sob pena de caracterizado o constrangimento ilegal (CPP, art. 648, II), impée-se que o inquérito policial esteja conclufdo no prazo maximo de a) 60 dias. b) 10 dias. c) 05 dias. d) 15 dias. e) 30 dias. 41. (FCC - 2014 - METRO-SP - ADVOGADO) A respeito do inquérito policial, considere: I. 0 requerimento do ofendido ou de quem tenha qualidade para representa-lo s6 seré apto para a instauragdo de inquérito policial se dele constar a individualizag&o do autor da infragdo. II. A requisicg&o do Ministerio Publico torna obrigatéria a instauragao do inquérito pela autoridade policial. IIL. Se 0 Delegado de Policia verificar, no curso das investigagdes, que o indiciado & inocente, deverd determinar 0 arquivamento do inquérito. Esté correto o que se afirma APENAS em a) ell. b)Iell. c)lelll. 4). e) II. 42. (FCC -2011 - TRE/AP - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) No que concerne ao Inquérito Policial, de acordo com 0 Cédigo de Processo Penal, € correto afirmar que: A) Do despacho que indeferir 0 requerimento do ofendido de abertura de inquérito caberd recurso administrativo ao Juiz Corregedor da Comarca. B) Para verificar a possibilidade de haver a infraco sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poder proceder & reprodugdo simulada dos fatos, ainda que esta contrarie a moralidade ou a ordem publica. C) 0 inquérito, nos crimes em que a aco plblica depender de representacéo, no poderd sem ela ser iniciado. D) A autoridade policial poderé mandar arquivar autos de inquérito em situacdes excepcionais previstas em lei. E) A incomunicabiltdade do inaiciado depenaera sempre de despacno nos autos € somente sera permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniéncia da investigacao o exigir. 43. (FCC - 2011 - TRT1RG- TECNICO JUDICIARIO - SEGURANCA) A notitia criminis: A) é a divulgaciio pela imprensa da ocorréncia de um fato criminoso. B) pode chegar ao conhecimento da autoridade policial através da priséio em flagrante. C) torna obrigatéria a instauracéo de inquérito policial para apurac&o do fato delituoso. D) implica sempre no indiciamento de quem foi indicado como provavel autor da infragao penal. E) € a comunicagao formal ou anénima da pratica de um crime levada a imprensa falada, televisada ou escrita. 44, (FCC - 2011 - TRT 1 RG - TECNICO JUDICIARIO - SEGURANGA) A respeito do inquérito policial, considere: I. Nao é proceso, mas procedimento informativo destinado a reunir os elementos necessdrios a apuracao da pratica de uma infracao penal e da respectiva autoria. II. A autoridade policial ndo tem atribuigées discricionérias, dependendo a execugao de cada ato de prévia autorizacao do Poder Judicidrio. III. Em decorréncia do principio da transparéncia dos atos administrativos, a autoridade policial ndo podera determinar que tramite em sigilo, ainda que necessério 4 elucidagao do fato. IV. A autoridade policial néo tem atribuigées discricionérias, dependendo a execucaio de cada ato de prévia autorizacéio do Ministério Publico. Esté correto o que se afirma APENAS em: A)I. B) I, Ile Ill. Cc) Melv. D)Iell. E) Iv. 45. (FCC - 2011 - TER/RN - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) O inquérito policial A) no pode correr em sigilo, devendo ser submetido a publicidade que rege o processo penal. B) ndo pode ser instaurado por requisig&o do Ministério Publico. () nao pode ser arquivaao pela autoridage policial, mesmo se rorem insuricientes as provas da autoria do delito. D) € um procedimento que, pela sua natureza, n&o permite ao indiciado requerer qualquer diligéncia. E) seré encaminhado ao juizo competente desacompanhado dos instrumentos do crime, que sero destruidos na delegacia de origem. 46. (FCC - 2010 - METRO/SP - ADVOGADO) O inquérito policial: A) nos crimes em que a ac&o ptiblica depender de representacao, poderé ser sem ela ser instaurado, pois 0 ofendido poderd oferecé-la em juizo. B) poderé ser arquivado pela autoridade policial, quando, no curso das investigacées, ficar demonstrada a inexisténcia de crime. C) somente poderé ser instaurado, nos crimes de agéo penal privada, a requerimento de quem tenha qualidade para intenté-la. D) poderé ser instaurado, nos crimes de ag&o publica, somente mediante requerimento escrito do ofendido ou de quem tenha qualidade para representd- lo. E) é indispensdvel para a instauracéo da ac&o penal publica pelo Ministério Publico. 47. (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA-DIREITO) Em relac&o ao inquérito policial, a) © ofendido, ou seu representante legal, e 0 indiciado poderéo requerer qualquer diligéncia, que seré realizada, ou ndo, a juizo da autoridade. b) nos crimes de ago penal de iniciativa publica, somente pode ser iniciado de oficio. c) a autoridade policial poderé mandar arquivar os autos de inquérito policial em caso de evidente atipicidade da conduta investigada. d) se o indiciado estiver preso em flagrante, o inquérito policial deverd terminar no prazo maximo de cinco dias, salvo disposicéo em contrério. €) € indispensavel & propositura da aco penal de iniciativa publica. 48. (FCC - 2008 - PGM-SP - PROCURADOR) O inquérito policial a) tem rito préprio. b) interrompe o prazo para o oferecimento da queixa nos crimes de aco privada. c) € passivel de trancamento por meio de habeas corpus quando o fato investigado for atipico. d) obedece ao contraditério. ) e Inaispensavel para a propositura da acao penal 49. (FCC - 2011 - TRF 1 - TECNICO JUDICIARIO) Arquivado o inquérito policial por despacho do juiz, a requerimento do Ministério Publico, a aco penal a) sé poderd ser instaurada com base em novas provas. b) s6 podera ser instaurada se 0 pedido de arquivamento do Ministério Piblico tiver se baseado em prova falsa. c) ndo podera mais ser instaurada por ter se exaurido a atividade de acusacao. d) n&o podera mais ser instaurada, pois implicaria revis&o prejudicial ao acusado. e) s6 podera ser instaurada se houver requisigéo do Procurador-Geral de Justica. 50. (FCC - 2011 - TRF 1 - ANALISTA JUDICIARIO) O inquérito policial a) podera ser arquivado por determinagéio da autoridade policial, desde que através de despacho fundamentado. b) pode ser presidido pelo escrivao de policia, desde que as diligéncias realizadas sejam acompanhadas pelo Ministério Publico. c) no exige forma especial, é inquisitive e pode nao ser escrito, em decorréncia do principio da oralidade. d) serd remetido a juizo sem os instrumentos do crime, os quais sero devolvidos a0 indiciado. e) nao é obrigatério para instruir a ac&o penal publica que poderé ser instaurada com base em pegas de informacao. 51. (FCC - 2010 - TJ-PI - ASSESSOR JURIDICO) Segundo o estabelecido no Cédigo de Processo Penal, no curso do inquérito policial, a) por se tratar de pesa informativa, nao € permitido ao indiciado requerer diligéncia. b) 0 ofendido no poderé requerer diligén instaurac&o de inquérito policial. c) 0 ofendido e o indiciado poderdo requerer diligéncia. d) 0 indiciado nao podera requerer diligéncia, medida reservada apenas para o ofendido. e) somente 0 ofendido habilitade como assistente do Ministério Publico poderé requerer diligéncia. muito embora possa solicitar a 52. (FCC - 2010 - TRF 4 - TECNICO JUDICIARIO) be 0 acusaao estiver preso preventivamente o inquerito policial devera terminar dentro do prazo de a) 30 dias, contado o prazo a partir da data da instaurag&o do inquérito pela Autoridade Policial. b) 10 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisdo. c) 10 dias, contado o prazo a partir da data da instauragao do inquérito policial pela Autoridade Policial. d) 30 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de priséio. e) 15 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisdo. 53. (FCC - 2011 - TRF 1 - TECNICO JUDICIARIO) Arquivado o inquérito policial por despacho do juiz, a requerimento do Ministério Publico, a ado penal a) 6 podera ser instaurada com base em novas provas. b) s6 poder ser instaurada se o pedido de arquivamento do Ministério Publico tiver se baseado em prova falsa. c) no poderd mais ser instaurada por ter se exaurido a atividade de acusacéo. d) no poderé mais ser instaurada, pois implicaria revisdo prejudicial ao acusado. e) s6 poderd ser instaurada se houver requisico do Procurador-Geral de Justica. 54. (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR NOTARIAL) Nos crimes de aco exclusivamente privada, o inquérito policial deveré ser instaurado a) a requerimento escrito de qualquer pessoa que tiver conhecimento do fato. b) pela autoridade policial, de oficio. c) a requerimento de quem tenha qualidade para intenté-la. d) através de requisic&o do Ministro da Justica. e) a requerimento verbal de qualquer pessoa que tiver conhecimento do fato. 55. (FCC - 2012 - MPE-PE - ANALISTA) Instaurado o inquérito policial por crime de ag&o penal publica, a autoridade policial formulou pedido de prazo para a sua concluso. O juiz, no entanto, entendendo que nao ha prova suficiente da autoria, a requerimento do indiciado, determinou o arquivamento dos autos. Nesse caso, 0 juiz a) sé poderia ordenar o arquivamento se houvesse requerimento do Ministério Publico nesse sentido. b) sé poderia ordenar o arquivamento antes do encerramento do inquérito se houvesse representacdo da autoridade policial nesse sentido. c) poderia mandar arquivar o inquérito independentemente do assentimento do Ministério Publico e da autoridade policial. d) so poderia ordenar o arquivamento se o crime Tosse de agao penal privaaa. e) s6 poderia ordenar 0 arquivamento se o crime fosse de aco penal publica condicionada a representacéio do ofendido. 56. (FCC - 2012 - TRF2 - ANALISTA JUDICIARIO) Na dinamica do inquérito policial NAO se inclui a) 0 reconhecimento de pessoas e coisas. b) as acareacées. c) © pedido de priséo temporaria. d) a apreensao dos objetos que tiverem relag&o com o fato, apés liberados pelos peritos criminais. e) a apresentagéo, através de advogado, de defesa preliminar por parte do indiciado. 57. (FCC - 2012 - TRF2 - TECNICO JUDICIARIO) O inquérito policial a) serd presidido pelo escrivéo, sob a orientag&o do Delegado de Policia. b) s6 poderé ser iniciado através de requisig&o do Ministério Publico ou do juiz. c) sera acompanhado, quando concluido e remetido ao frum, dos instrumentos do crime, bem como dos objetos que interessarem a prova. d) podera ser arquivado pela autoridade policial ou pelo Ministério Puiblico quando 0 fato ndo constituir crime. e) & indispensdvel para o oferecimento da dentincia, no podendo o Ministério Publico dispensé-lo. 58. (FCC - 2012 - TJ-RJ - COMISSARIO DA INFANCIA E JUVENTUDE) Em relagdo ao inquérito policial, 6 correto afirmar que a) a autoridade policial poderé mandar arquivar autos de inquérito. b) 0 ofendido podera requerer qualquer diligéncia, que seré realizada, ou nao, a juizo da autoridade. c) poderé ser iniciado, por requerimento do Ministério PUblico, nos crimes de aco penal privada. d) devera ser encerrado em cinco dias, estando 0 indiciado preso. €) ndo pode ser iniciado de oficio, mesmo nos crimes de ac&o penal publica incondicionada. 59. (FCC - 2012 - TRE-PR - ANALISTA JUDICIARIO) O inquérito policial a) podera ser instaurado mesmo se ndo houver nenhuma suspeita quanto a autoria do delita b) nao poaera ser instaurado por requisicao do Ministerio PubIICo. c) sé podera ser instaurado para apurar crimes de aco publica. d) pode ser arquivado pelo Delegado Geral de Policia. e) poder ser iniciado nos crimes de aco penal publica con representagao do ofendido. 60. (FCC - 2012 - TRE-PR - ANALISTA JUDICIARIO) O inquérito policial, em regra, devera terminar no prazo a) estabelecido pela autoridade policial, tendo em vista a complexidade das investigacées. b) de 10 dias, se o indiciado estiver preso preventivamente ou em flagrante. c) de 20 dias, se 0 indiciado estiver solto, mediante fianga ou sem ela. d) de 30 dias, se o indiciado estiver preso preventivamente ou em flagrante. e) de 60 dias, se 0 indiciado estiver solto, mediante fianca ou sem ela. 61. (VUNESP - 2016 - IPSMI - PROCURADOR) Uma vez relatado o inquérito policial, a) 0 delegado pode determinar o arquivamento dos autos. b) 0 Promotor de Justia pode denunciar ou arquivar o feito. c) 0 Promotor de Justica pode denunciar, requerer o arquivamento ou requisitar novas diligéncias. d) 0 Juiz pode, diante do pedido de arquivamento, indicar outro promotor para oferecer denuncia. e) a vitima pode, uma vez determinado o arquivamento, iniciar acéo penal substitutiva da publica. 62. (VUNESP - 2015 - PC-CE - DELEGADO DE POLiCIA) © inquérito policial, nos crimes em que a acéo publica depender de representacao, ; Nos crimes de aco privada, a autoridade policial somente podera proceder a inquerito, Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas. a) depende de queixa crime para sua instauracdo ... apés colher o consentimento da vitima ou de terceiro patrimonialmente interessado na investigacao do fato b) pode ser instaurado independentemente dela, mas sé pode embasar acéo penal apés manifestaco positiva da vitima ... apés oferecimento de queixa crime c) 86 pode ser iniciado se ndo houver transcorrido o prazo decadencial de seis meses ... quando acompanharem a representacéo do ofendido o nome e qualificagéo de ao menos trés testemunhas d) n&o podera sem ela ser iniciado ... a requerimento de quem tenha qualidade para intentd-la e) depenae ae queixa crime para sua instauracao ... apos oterecimento de queixa crime 63. (VUNESP - 2015 - PC-CE - INSPETOR DE POLICIA) A respeito do inquérito policial, procedimento disciplinado pelo Codigo de Processo Penal, é correto afirmar que a) os instrumentos do crime n&o acompanhardo os autos do inquérito. b) 0 inquérito no acompanhard a denincia ou queixa, ainda que sirva de base a uma ou outra. c) ao término do inquérito, a autoridade policial faré minucioso relatério do que tiver sido apurado e enviard os autos ao membro do ministério publico, nos termos do § 10 do artigo 10. d) nos crimes de aco privada, a autoridade policial podera proceder a inquérito, independentemente de requerimento de quem tenha qualidade para intenté-la e) 0 inquérito, nos crimes em que a aco publica depender de representag&o, ndo poderd sem ela ser iniciado. 64, (VUNESP - 2015 - PC-CE - INSPETOR DE POLiCIA) Sobre os prazos para a conclus&o do inquérito policial, é correto afirmar que a) se for decretada priséo temporaria em crime hediondo, 0 indiciado pode permanecer preso por até noventa dias, sem que seja necesséria a conclus&o do inquérito. b) nos crimes de competéncia da Justica Federal, 0 prazo é de quinze dias, prorrogaveis por mais quinze, em regra. c) para os crimes de trafico de drogas o prazo é de dez dias improrrogaveis. d) se o indiciado estava solto ao ser decretada sua priséio preventiva, 0 prazo de dez dias conta-se da data da decretacéio da prisao. €) a autoridade policial possui o prazo de trinta dias improrrogaveis para todos 9s casos previstos na legislacao processual penal. 65. (VUNESP - 2015 - PC-CE - ESCRIVAO DE POL{CIA) Com relag&io as previsées relativas ao Inquérito Policial no Cédigo de Processo Penal, é correto afirmar que a) 0 inquérito, nos crimes em que a acao publica depender de representacdo, podera, sem ela, ser iniciado, mas seu encerramento dependeré da juntada desta. b) durante a instrug’o do Inquérito Policial, sdio vedados os requerimentos de diligéncias pelo ofendido, ou seu representante legal; e pelo indiciado, em virtude da sua natureza inquisitorial. c) nos crimes em que ndo couber acado publica, os autos do inquérito permanecerdo em poder da autoridade policial até a formalizagao da iniciativa do orenaido ou ae seu representante legal, conaigao esta oprigatoria para a remessa dos autos ao juizo competente. d) todas as peas do inquérito policial serio, num sé processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, nesse caso, rubricadas pela autoridade. e) qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existéncia de infragéo penal em que caiba aco publica podera, por escrito, comunicé-la a autoridade policial, sendo vedada a comunicacio verbal. 66. (VUNESP - 2015 - PC-CE - ESCRIVAO DE POLiCIA) Assinale a alternativa correta no que tange ao arquivamento do Inquérito Policial, segundo o disposto no Cédigo de Processo Penal. a) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judicidria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial somente poder proceder @ novas pesquisas com autorizago da autoridade judicidria que determinou o arquivamento. b) A autoridade policial poderé mandar arquivar autos de inquérito. c) Depois de ordenado 0 arquivamento do inquérito pela autoridade judicidria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial no poderé proceder & novas pesquisas se de outras provas tiver noticia. d) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial podera proceder a novas pesquisas se de outras provas tiver noticia. e) A autoridade policial podera mandar arquivar autos de inquérito somente nos casos em que for constatada atipicidade da conduta. 67. (VUNESP — 2014 — PREFEITURA DE SAO JOSE DO RIO PRETO -— PROCURADOR MUNICIPAL) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito ; © inquérito, nos crimes em que a aco publica depender de representacéo, . Preenchem as lacunas, completa, correta e respectivamente, as seguintes expressdes: a) caberé recurso para o Juiz Corregedor ... ndo podera sem ela ser iniciado b) caberd recurso para o Juiz Corregedor ... s6 pode ser instaurado mediante requisi¢o ministerial c) caberd recurso para o chefe de Policia ... ndo podera sem ela ser iniciado d) cabera recurso para o chefe de Policia ... sé podera ser instaurado mediante apresentac&io de prova do fato e) no caberé recurso ... sé poderd ser instaurado mediante apresentacéo de prova do fato 68. (VUNESP - 2014 - TJ-PA - ANALISTA JUDICIARIO) Nos termos do quanto determina 0 § 4 do art. 5.¥ do LPF, o inquerito que apura crime de aco publica condicionada a) depende, para instauracéio, da respectiva representacao. b) deve ser instaurado de oficio pela autoridade policial. c) deve ser instaurado apés minucioso relatério da auto- ridade. d) depende, para instaurac&o, da indicagao de testemunhas idéneas do fato a ser apurado. e) deve ser instaurado no prazo de 6 (seis) meses contados da data do fato. 69. (VUNESP - 2014 - PC-SP - DELEGADO DE POLiCIA) Nos termos do paragrafo terceiro do art. 5.9 do CPP: “Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existéncia de infracdo penal em que caiba aco publica poder, verbalmente ou por escrito, comunicé-la 4 autoridade policial, e esta, verificada a procedéncia das informagdes, mandaré instaurar inquérito policial”. Assim, € correto afirmar que a) sempre que tomar conhecimento da ocorréncia de um crime, a autoridade policial deverd, por portaria, instaurar inquérito policial. b) por delatio criminis entende-se a autorizacéio formal da vitima para que seja instaurado inquérito policial. c) © inquérito policial sera instaurado pela autoridade policial apenas nas hipdteses de aco penal publica. d) a noticia de um crime, ainda que anénima, pode, por si s6, suscitar a instaurac&o de inquérito policial. e) € inadmissivel 0 anonimato como causa suficiente para a instauracéo de inquérito policial na modalidade da delatio criminis, entretanto, a autoridade policial poder investigar os fatos de oficio. 70. (VUNESP - 2014 - PC-SP - INVESTIGADOR DE POL{CIA) O inquérito policial a) somente sera instaurado por determinaio do juiz competente. b) pode ser arquivado por determinagao da Autoridade Policial. c) estando 0 indiciado solto, devera ser concluido no maximo em 10 dias. d) nos crimes de ago publica poderé ser iniciado de oficio. e) nao poderé ser iniciado por requisigéo do Ministério Publico. 71. (VUNESP - 2014 - SAAE-SP -PROCURADOR JURIDICO) A autoridade policial mandar arquivar autos de inquérito. Depois de ordenado 0 arquivamento do inquérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial proceder a novas pesquisas, de outras provas tiver noticia. Completam. adeauada e respectivamente. as lacunas as exoressdes: a) poaera ... poaera ... se b) nao poderé ... podera ... se c) no poderd ... ndo poderé ... a menos que d) excepcionalmente poderd ... poderé ... desde que e) deve, quando nao constatar crime, ... no poderd .. a menos que 72. (VUNESP - 2013 - TJ-SP - JUIZ) Da decisao judicial que determina o arquivamento de autos de inquérito policial, a pedido do Ministério Publico, a) cabe carta testemunhavel. b) cabe recurso de apelacdo. c) cabe recurso em sentido estrito. d) no cabe recurso. 73. (VUNESP - 2013 - MPE-ES - PROMOTOR DE JUSTICA) Considerando o teor da Stimula vinculante n.° 14 do Supremo Tribunal Federal, no que diz respeito ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmar que a autoridade policial. a) ndo poder, em hipétese alguma, negar vista ao advogado, com procuracéo com poderes especificos, dos dados probatérios formalmente anexados nos autos. b) no poderd negar vista dos autos de inquérito policial ao advogado, entretanto a extracéio de cépias reprogréficas fica vedada. c) poderé negar vista dos autos ao advogado caso os ele- mentos de prova do procedimento investigatério sejam sigilosos para a defesa d) poderé negar vista dos autos ao advogado caso haja no procedimento investigatério quebra de sigilo bancério ou degravacéo de conversas decorrentes de interceptagao telefénica e) podera negar vista dos autos ao advogado sempre que entender pertinente para o bom andamento das investigagdes. 74, (VUNESP - 2009 - TJ/MT - JUIZ) Considerando-se 0 art. 28 do Cédigo de Proceso Penal, se o érgo do Ministério Publico, ao invés de apresentar a denuncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer pegas de informaco, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razées invocadas, faré remessa do inquérito ou das pecas de informacao ao procurador-geral, e este a) oferecera a requisicao para o oferecimento da dentincia, designando outro érgéo do Ministério Publico para oferecé-la, ou insistiré no pedido de arquivamento, ao qual sé ent&o estaré o juiz obrigado a atender. b) determinara ao orgao do ministerio PubIIco 0 oferecimento da denuncia e, se este se recusar, designaré outro érgao do Ministério Publico para declaré-la, ou insistiré no pedido de desisténcia, ao qual s6 entdo estaré 0 Ministério Publico obrigado a atender. c) solicitaré revisio da posigéo ao érgiio do Ministério Publico e, se este se recusar, designaré outro drgao do Ministério Publico para declara-la, podendo este insistir no pedido de arquivamento, ao qual s6 entao estaré o juiz obrigado a atender. d) determinaré ao érgao do Ministério Publico a revisdio da deniincia e, se este se recusar, designaré outro érgao do Ministério Publico para declaré-la, ou insistiré no pedido de desisténcia, ao qual sé entdo estard o Ministério Publico obrigado a atender. €) ofereceré a dentincia, designaré outro érg&o do Ministério Publico para oferecé- la, ou insistira no pedido de arquivamento, ao qual sé entao estar o juiz obrigado a atender. 75. (VUNESP - 2013 - PC-SP - INVESTIGADOR) Assinale a alternativa correta no que diz respeito as disposigées relativas ao Inquérito Policial previstas no Cédigo de Processo Penal. a) Incumbird & autoridade policial no curso do Inquérito Policial representar acerca da prisao preventiva. b) Caso vislumbre notéria atipicidade da conduta investigada, a autoridade policial poderé determinar o arquivamento dos autos do Inquérito Policial. c) Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem a prova, permanecerao com a autoridade policial apés 0 encaminhamento dos autos do inquérito policial para andlise do Ministério Publico e Poder Judiciario, e serao encaminhados, posteriormente, se 0 Juiz ou membro do Ministério Publico assim requisitarem. d) 0 ofendido, ou seu representante legal, ¢ 0 indiciado nao poderao requerer qualquer diligéncia durante o curso do Inquérito Policial em virtude da natureza inquisitéria deste procedimento. e) Nas comarcas em que houver mais de uma circunscric&o policial, a autoridade com exercicio em uma delas nao poderd, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligéncias em circunscricéo de outra, sendo obrigatéria, para tanto, a existéncia de precatérias ou requisicées a autoridade competente daquela circunscrig&o. 76. (VUNESP - 2012 - TJ-RJ - JUIZ) Assinale a alternativa correta no que concerne ao regramento que o CPP dé ao inquérito policial. a) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial néo poderé proceder a novas pesquisas, ainda que tenha noticia de outras provas. D) Nos crimes ae agao privaaa, a autoridaae policial somente podera proceaer @ inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intenté-la. c) Em qualquer crime de ago publica nao é necessaria a representacdo da vitima para que o inquérito seja iniciado. d) € irrecorrivel 0 despacho da autoridade policial que indefere o requerimento de abertura de inquérito. 77. (NUNESP - 2014 - DESENVOLVESP - ADVOGADO) De acordo com a regra do art. 10 do CPP, “o inquérito devera terminar no prazo de dias, se 0 indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipdtese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisdo, ou no prazo de, dias, quando estiver solto, mediante fianga ou sem ela.” Assinale a alternativa que preenche, adequada e respectiva- mente, as lacunas do texto. a)5...15 b) 5... 30 c) 10... 30 d) 10 ... 90 e) 30.90 6 EXERCICIOS COMENTADOS 01. (FGV - 2018 — TJ-AL - TECNICO JUDICIARIO) Enquanto organizava procedimentos que se encontravam no cartério de nada Vara Criminal do Tribunal de Justica de Alagoas, o servidor fica que ha um inquérito em que foram realizadas diversas éncias para apurar crime de acdo penal publica, mas nao foi obtida justa causa para o oferecimento de dentincia, razdo pela qual o Delegado de Policia elaborou relatério final opinando pelo arquivamento. Verificada tal situagdo e com base nas previsées do Cédigo de Processo |, cabera ao: realizar diretamente o arquivamento, tendo em vista que ja houve representacao nesse sentido por parte da autoridade policial, cabendo contra a decisdo recurso em sentido estrito; (B) Ministério PGblico realizar diretamente o arquivamento, caso concorde com a conclusdéo do relatério da autoridade policial, independentemente de controle judicial; (C) delegado de policia, em caso de concordancia do juiz, realizar diretamente o arquivamento apés retorno do inquérito policial para delegacia; (Y)_ Ministerio rupiico promover pelo arquivamento, capenao ao julz analisar a homologacao em respeito ao principio da obrigatoriedade; (E) juiz promover pelo arquivamento, podendo o promotor de justica requerer 0 encaminhamento dos autos ao Procurador- Geral de Justica em caso de discordancia, em controle ao principio da obrigatoriedade. COMENTARIOS: Neste caso, cabe ao Ministério Publico promover pelo arquivamento, cabendo ao juiz analisar o pedido de decidir pelo arquivamento, na forma do art. 28 do CPP. Caso 0 Juiz discorde da promogao de arquivamento, deveré remeter os autos ao chefe do MP, que decidiré se mantém a posicSo pelo arquivamento ou se decide pelo ajuizamento da ac&o penal. Ndo cabe ao delegado de policia proceder ao arquivamento (art. 17 do CPP), nem mesmo ao Juiz, eis que o titular da ag&o penal é o MP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 02. (FGV - 2016 - MPE-RJ - ANALISTA PROCESSUAL) Foi instaurado inquérito policial, no Rio de Janeiro, para apurar as condigées da morte de Maria, que foi encontrada ja falecida em seu apartamento, onde residia sozinha, vitima de morte violenta. As investigacées se estenderam por cerca de trés anos, sem que fosse identificada a autoria del fa, apesar de ouvidos os familiares, o namorado ¢ os vizinhos da vitima. Em razao disso, o inquérito policial foi arquivado, nos termos da lei, por auséncia de justa causa. Seis meses apés o arquivamento, superando a dor da perda da filha, a mae de Maria resolve comparecer ao seu apartamento para pegar as roupas da vitima para doac&o. Encontra, entaéo, escondida no armario uma camera de filmagem e verifica que havia sido gravada uma briga entre a filha e um amigo do seu namorado dois dias antes do crime, oca: afirmou que sempre a amou e que se Maria nado terminasse 0 namoro “sofreria as consequéncias”. Considerando a situacdo narrada, é correto afirmar que a filmagem: a) é considerada prova nova ou noticia de prova nova, mas nao podera haver desarquivamento, j4 que a deciséo de arquivamento fez coisa julgada; b) nao é considerada prova nova ou noticia de prova nova, tendo em vista que ja existia antes do arquivamento, de modo que nao cabe desarquivamento com esse fundament c) € considerada prova nova ou noticia de prova nova, podendo haver desarquivamento do inquérito pela autoridade competente; d) considerada ou n4o prova nova ou noticia de prova nova, podera gerar © desarquivamento direto pela autoridade policial para prosseguimento das investigacées; ) nao é considerada prova nova, logo impede o desarquivamento, mas nao é 6bice ao oferecimento direto de dentincia. CUMENIAKLUS: Neste caso, a tlmagem e considerada prova nova, pols nao constava no IP quando do arquivamento, ou seja, nao foi apreciada quando do arquivamento do IP, motivo pelo qual serd possivel o desarquivamento do IP pela autoridade policial, na forma do art. 18 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 03. (FGV - 2016 - MPE-RJ - TECNICO: NOTIFICACAO E ATOS INTIMATORIOS) 30 anos, foi vitima da pratica de um crime de estupro, crime este de acdo penal publica condicionada a representacdo. Apesar de nao querer falar sobre os fatos ou contribuir para eventuais investigagdes, a mae de Maria comparece a Delegacia e narra os fatos. Diante da situagdo apresentada e sobre o tema inqué policial, é correto afirmar qu a) apesar de 0 oferecimento de dentincia depender de representacio, a instauragao do inquérito ps independe da mesma; b) ainda que conclua pela atipicidade dos fatos, uma vez instaurado formalmente o inquérito policial, nado podera a autoridade poli mandar arquivar os autos; c) © inquérito policial tem como uma de suas caracteristicas a indispensabilidade; d) 0 Cédigo de Processo Penal profbe a reproducio simulada dos fatos antes do oferecimento da dentncia, ainda que com a concordancia do indiciado; jal tem como caracteristicas a oralidade, a informalidade e o sigilo. COMENTARIOS: a) ERRADA: Item errado, pois nos crimes de ago penal publica condicionada & representacéo 0 IP ndo podera ser instaurado sem ela, nos termos do art. 5°, §4° do CPP. b) CORRETA: Item correto, pois a autoridade policial nado pode mandar arquivar os autos do IP, na forma do art. 17 do CP. c) ERRADA: Item errado, pois uma das caracteristicas do IP é sua DISPENSABILIDADE, j4 que a aco penal pode ser ajuizada mesmo que nao tenha havido um IP previamente. d) ERRADA: Item errado, pois a reprodug&io simulada dos fatos é perfeitamente admitida pelo CPP, que determina em seu art. 7° que a autoridade policial podera realizar a reprodugao simulada dos fatos, desde que isto n&o contrarie a moralidade ou a ordem publica. e) ERRADA: Item errado, pois o IP é formal (nao informal) e escrito (nao oral). Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E£ A LETRA B. 04. (FGV - 2015 - DPE-RO - TECNICO: OFICIAL DE DILIGENCIA) Jorge praticou crime ae estupro em race ae Julia, Jovem ae 24 anos e herdeira do proprietério de um grande estabelecimento comercial localizado em S&o Paulo. O crime, de acordo com o Cédigo Penal e com as suas circunstancias, é de acéo penal publica condicionada a representacgdo. N&o houve priséo em flagrante, sendo os fatos descobertos por outras pessoas diferentes da vitima apenas uma semana apés a ocorréncia. Até o momento, ndo foi decretada a prisdo preventiva de Jorge. Diante dessa situagdo, sobre o inquérito policial, é correto afirmar que: a) a representacdo € indispensavel para a propositura da acdo penal condicionada, mas a instaurac&o do inquérito policial dela independe; b) a auséncia de contraditério no inquérito impede que o advogado do agente tenha acesso a qualquer elemento informativo produzido, ainda que ja documentado; c) caso seja instaurado inquérito, concluindo pela auséncia de justa causa, podera a autoridade policial determinar o arquivamento do procedimento diretamente; d) estando o indiciado solto, o inquérito policial devera ser concluido impreterivelmente no prazo de 15 dias, prorrogaveis apenas uma vez por igual periodo; e) o arquivamento do inquérito por auséncia de justa causa permite um posterior desarquivamento pela autoridade competente, caso surjam novas provas. COMENTARIOS: A) ERRADA: Em se tratando de ago penal ptiblica condicionada a representacao, e em no tendo havido a priséo em flagrante do infrator, a instaurag&o do IP dependerd, necessariamente, de representacio da vitima ou de seu representante legal, nos termos do art. 5°, §4° do CPP. B) ERRADA: O advogado deve ter GARANTIDO 0 acesso aos elementos de prova ja documentados nos autos, nos termos da Simula Vinculante n° 14 do STF: Stmula Vinculante n° 14 E direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, jd documentados em procedimento investigatério realizado por érgao com competéncia de policia judicidria, digam respeito ao exercicio do direito de defesa. C) ERRADA: A autoridade policial nunca podera mandar arquivar auto de inquérito policial, nos termos do art. 17 do CPP. D) ERRADA: Estando 0 indiciado solto, o IP deverd terminar em 30 dias, nos termos do art. 10 do CPP. E) CORRETA: O arquivamento por justa causa (auséncia de elementos de prova para o ajuizamento da acao penal) nao impede o desarquivamento caso surjam NOVAS provas, nos termos do art. 18 do CPP. Diz-se, assim, que este tipo de arquivamento nao faz “coisa julgada material”, pois permite a reabertura do caso na hipotese do aparecimento de provas novas. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. 05. (FGV - 2015 - OAB - XVII EXAME DA OAB) No dia 01/04/2014, Natalia recebeu cinco facadas em seu abdémen, golpes estes que foram a causa eficiente de sua morte. Para investigar a autoria do delito, foi instaurado inquérito policial e foram realizadas diversas diligéncias, dentre as quais se destacam a oitiva dos familiares amigos da vitima e exame pericial no local. Mesmo apés todas essas medidas, nao foi possivel obter indicios suficientes de autoria, razdo pela qual o inquérito policial foi arquivado pela autoridade judiciaria por falta de justa causa, em 06/10/2014, apés manifestacao nesse sentido da autoridade policial e do Ministério Publico. Ocorre que, em 05/01/2015, a mie de Natalia encontrou, entre os bens da filha que ainda guardava, uma carta escrita por Bruno, ex namorado de Natalia, em 30/03/2014, em que ele afirmava que ela teria 24 horas para retomar o relacionamento amoroso ou deveria arcar com as consequéncias. A referida carta foi encaminhada para a autoridade polici Nesse caso, A) nada podera ser feito, pois 0 arquivamento do inquérito pol coisa julgada material. B) a carta escrita por Bruno pode ser considerada prova nova e justificar o desarquivamento do inquérito pela autoridade competente. C) nada poderd ser feito, pois a carta escrita antes do arquivamento nado pode ser considerada prova nova. D) pela falta de justa causa, o arquivamento poderia ter sido determinado diretamente pela autoridade policial, independentemente de manifestacdo do Ministério PUblico ou do juiz. COMENTARIOS: Como 0 arquivamento se deu apenas em razao da auséncia de justa causa para o oferecimento da ac&o penal (auséncia de elementos de prova suficientes), 0 IP pode ser reaberto, pois surgiu prova NOVA, nos termos do entendimento doutrindrio e jurisprudencial, bem como do que dispée o art. 18 do CPP: jal fez Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial poderé proceder a novas Pesquisas, se de outras provas tiver noticia. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 06. (FGV - 2015 - OAB - XVI EXAME DA OAB) © inquérito policial pode ser definido como um _procedimento investigatério prévio, cuja principal finalidade é a obtencdo de indicios Para que o titular da aco penal possa propé-la contra o suposto autor da infracdo penal. Sobre o tema, assinale a afirmativa correta. A) A exigéncia de indicios de autoria e materialidade para oferecimento de dendncia torna o inquérito p um procedimento indispensavel. 1) U Gespacno que inaeterir o requerimento ae apertura ae inquerito Policial é irrecorrivel. C) O inquérito policial é inquisitivo, logo o defensor nado podera ter acesso aos elementos informativos que nele constem, ainda que j4 documentados. D) A autoridade policial, ainda que convencida da inexisténcia do crime, nao podera mandar arquivar os autos do inquérito ja instaurado. COMENTARIOS: A) ERRADA: Item errado, pois o titular da aco penal pode jé dispor dos elementos necessarios para o ajuizamento da agao penal. O IP é, portanto, um procedimento dispensdvel. B) ERRADA: Item errado, pois tal despacho € recorrivel, cabendo recurso ao Chefe de Policia, nos termos do art. 5°, §2° do CPP. C) ERRADA: Item errado, pois a despeito do carter sigiloso do IP, é direito do defensor, no interesse do representado, ter amplo acesso aos elementos de prova que, j4 documentados em procedimento investigatério realizado por érgéo com competéncia de policia judiciaria, digam respeito ao exercicio do direito de defesa, nos termos do que dispée a simula vinculante n° 14 do STF. D) CORRETA: De fato, a autoridade policial NUNCA poderé mandar arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 07. (FGV - 2015 - PGE-RO - TECNICO) Foi instaurado inquérito policial para apurar a conduta de Ronaldo, indiciado como autor do crime de homicidio praticado em face de Jorge. Ao longo das investigagées, a autoridade policial ouviu diversas testemunhas, juntando os termos de oitiva nos autos do procedimento. Concluidas as investigagées, os autos foram encaminhados para a autoridade policial. Sobre o inquérito policial, € correto afirmar que: a) n&o é permitido a autoridade policial, em regra, solicitar a realizagao de pericias e exame de corpo de delito, dependendo para tanto de autorizagao da autoridade judicial; b) como instrumento de obtencdo de justa causa, € absolutamente indispensavel a propositura da acao penal; ©) é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso aos elementos de prova que, ja documentados em procedimento investigatério, digam respeito ao exercicio do direito de defesa; d) constatado, apés a instauragdo do inquérito e conclusdo das investigacées, que a conduta do indiciado foi amparada pela legitima defesa, poder4 a autoridade policial determinar diretamente o arquivamento do procedimento; ) uma vez aeterminaao seu arquivamento pela autoriaaae competente, independente do fundamento, nao poder ser desarquivado, ainda que surjam novas provas. COMENTARIOS: A) ERRADA: A autoridade policial pode determinar a realizagao de pericias e exame de corpo de delito. Nos crimes que deixam vestigios, inclusive, a autoridade policial devera determinar a realizacéo de exame de corpo de delito e eventuais outras pericias, nos termos do art. 6°, VII do CPP, nao sendo necessario, em qualquer dos casos, autorizag&o judicial. B) ERRADA: O IP é um procedimento DISPENSAVEL, motivo pelo qual é possivel sua dispensa caso o titular da aco penal ja disponha dos elementos de prova necessarios. C) CORRETA: Esta é a exata previsdo da smula vinculante n° 14 do STF: SGmula vinculante n° 14 “E direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, j4 documentados em procedimento investigatério realizado por érgao com competéncia de policia judicidria, digam respeito ao exercicio do direito de a”. D) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poderé mandar arquivar autos de inquérito policial, nos termos do art. 17 do CPP. E) ERRADA: Em tendo sido arquivado o IP por falta de provas (falta de base para a dentincia), é possivel seu desarquivamento, caso haja noticia do surgimento de prova NOVA, nos termos do art. 18 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 08. (FGV - 2015 - TJ-RO - TECNICO JUDICIARIO) Gléria foi vitima de um crime de estupro praticado no interior de sua residéncia. Sendo a natureza da acaéo ptblica condicionada a representacio, compareceu, entdo, a Delegacia, narrou o ocorrido e manifestou o interesse na apuracgéo do fato, razéo pela qual foi instaurado inquérito. Considerando a hipétese narrada e as caracteristicas do inquérito policial, € correto afirmar que: a) caso houvesse indicios da autoria e prova da materialidade delitiva, a instauracéo de inquérito policial seria prescindivel para propositura da agdo penal; b) © inquérito policial tem como algumas de suas principais caracteristicas a oralidade, a oficialidade e oficiosidade; c) uma das caracteristicas do inquérito policial é 0 sigilo, razdo pela qual n&o poderé o defensor do do ter acesso aos autos, ainda que em relagao aquilo j4 documentado; d) o inquérito policial é disponivel, de modo que a autoridade policial podera determinar seu arquivamento diretamente; ) a natureza ae agao pupiica conaicionaaa a representagao ao crime ae estupro exige que a representacao seja ofertada para fins de propositura da ago penal, mas nao para instauragao de inquérito. COMENTARIOS: A) CORRETA: O IP é um procedimento DISPENSAVEL, motivo pelo qual é possivel sua dispensa caso 0 titular da aco penal ja disponha dos elementos de prova necessérios (prova da materialidade e indicios de autoria). B) ERRADA: A oralidade néo é uma das caracteristicas do IP, que € um procedimento ESCRITO. C) ERRADA: Item errado, pois € direito do defensor do indiciado ter acesso aos autos, em relac&o aquilo que ja esté documentado (nao em relacao a diligéncias em curso, cuja publicidade possa frustrar sua efetividade). Stimula vinculante n° 14 do STF: SGmula vinculante n° 14 “E direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, j4 documentados em procedimento investigatério realizado por érgao com competéncia de policia judicidria, digam respeito ao exercicio do direito de a”. D) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poderé mandar arquivar autos de inquérito policial, nos termos do art. 17 do CPP. E) ERRADA: Item errado, pois nos crimes de agao penal publica condicionada & representaaio esta é indispensdvel também para a instauracao do IP, nos termos do art. 5°, §4° do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 09. (FGV - 2015 - TJ-RO - OFICIAL DE JUSTICA) No dia 30 de marco de 2014, Marta foi vitima de um crime de homi: raz&o pela qual foi instaurado inquérito policial para iden autor do delito. Apés diversas diligéncias, nao foi possivel identificar a autoria, raz4o pela qual foi realizado o arquivamento do procedimento, pela falta de justa causa, de acordo com as exigéncias legais. Ocorre que, em abril de 2015, a filha de Marta localizou o aparelho celular de Marta e descobriu que seu irmao, Lucio, havia enviado uma mensagem de texto Para sua mie, no dia 29 de marco de 2014, afirmando para a vitima “se vocé nao me emprestar dinheiro novamente, arcaraé com as consequéncias”. Diante disso, a filha de Marta apresentou o celular de sua mie para a autoridade policial. Considerando a situacdo narrada, é correto afirmar que o arquivamento do inquérito poli a) fez coisa julgada material, de modo que n&o mais é possivel seu desarquivamento; b) no fez coisa julgada, mas nao é possivel o desarquivamento porque a mensagem de texto no pode ser considerada prova nova, j4 que existia antes mesmo da instauracdo do inquérito policial; ¢) Tol reatizago airetamente pela autoriaaae policial, ae moao que nao faz coisa julgada material; d) n&o fez coisa julgada material, podendo o inquérito ser desarquivado, tendo em vista que a mensagem de texto pode ser considerada prova nova; ) nao fez coisa julgada material, mas néo mais cabera desarquivamento, pois passados mais de 06 meses desde a decisdo. COMENTARIOS: Em tendo sido arquivado o IP por falta de provas (falta de base para a denuncia), é possivel seu desarquivamento, caso haja noticia do surgimento de prova NOVA, nos termos do art. 18 do CPP. Assim, no presente caso, a decis&o de arquivamento NAO fez coisa julgada material, pois é possivel © desarquivamento dos autos do IP, a fim de que sejam retomadas as investigages, j4 que ha noticia de prova NOVA. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA £ A LETRA D. 10. (FGV - 2012 - OAB - VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Um Delegado de Policia determina a instauragdo de inquérito pt para apurar a pratica do crime de receptacdo, supostamente praticado por José. Com relaciio ao Inquérito Policial, assinale a afirmativa que nao constitui sua caracteristica. A) Escrito. B) Inquisitério. C) Indispensavel. D) Formal. COMENTARIOS: 0 inquérito policial possui algumas caracteristicas, dentre elas a caracteristica da DISPENSABILIDADE. O IP é dispensavel, ou seja, nao € obrigatério para o oferecimento da acéo penal. Dado seu cardter informativo (busca reunir informacées), caso o titular da acdo penal ja possua todos os elementos necessdrios ao oferecimento da aco penal, o Inquérito sera dispensavel. Um dos artigos que fundamenta isto é 0 art. 39, § 5° do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 11. (FGV - 2014 - TJ-RJ - TECNICO JUDICIARIO) Tradicionalmente, o inquérito policial é conceituado como um procedimento investigatério, cuja principal finalidade é a obtencdo de justa causa para a propositura da aco penal. Sobre o inquérito p f € correto afirmar que: (A) € procedimento prévio imprescindivel; (B) podera ser arquivado diretamente pela autoridade policial; (C) € sigiloso, raz3o pela qual o defensor do indiciado ndo poderé ter acesso a elemento de prova algum, ainda que documentado no procedimento investigatério; (v) aepenaera ae representagao, caso a investigagao trate ae crime em que a aco penal seja piiblica condicionada; (E) € prescindivel, logo é uma faculdade da autoridade policial instaura- lo ou nao, ainda que haja requisicdo do Ministério Publico. COMENTARIOS: A) ERRADA: O IP é um procedimento dispensavel, pois se o titular da aco penal ja dispée dos elementos necessérios, sua instauracéo 6 desnecesséria. B) ERRADA: Nos termos do art. 17 do CPP, a autoridade policial NUNCA podera mandar arquivar autos de IP. C) ERRADA: Embora sigiloso, 0 STF ja pacificou entendimento (por meio da Stmula Vinculante n° 14) no sentido de que o advogado do indiciado deve poder ter acesso aos elementos de prova j4 documentados nos autos do IP. D) CORRETA: A instaurag&o do IP, aqui, dependera de representag&o para ser instaurado, nos termos do art. 5°, §49 do CPP. E) ERRADA: Embora seja prescindivel, em havendo requisicao do MP, a autoridade policial DEVERA instaurar o IP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 12. (FGV - 2015 - DPE-RO - TECNICO ADMINISTRATIVO) © inquérito policial é tradicionalmente conceituado como procedimento administrativo prévio que visa a apuragdo de uma infracSo penal e sua autoria, a fim de que o titular da acdo penal possa ingressar em juizo. Sobre suas principais caracteristicas, é correto afirmar que: a) a prova da materialidade e indicios de autoria sido necessarios para propositura de acdo penal, logo uma das caracteristicas do inquérito é sua indispensabilidade; b) © inquérito policial € instrumento sigiloso, logo néo podera ser acessado em momento algum pelo advogado do indiciado; c) ocontraditério pleno e a ampla defesa so indispensaveis no inquérito policial; d) © inquérito policial € um procedimento significativamente marcado pela oralidade; €) © inquérito pode ser considerado indisponivel para a autoridade jal, j4 que, uma vez instaurado, n&o poder ser por ela diretamente arquivado. COMENTARIOS: A) ERRADA: 0 IP é dispensavel, pois 0 titular da ag&o penal pode ja dispor dos elementos necessdrios para o ajuizamento da ac&o penal (provas da materialidade e indicios de autoria). B) ERRADA: O advogado deve ter GARANTIDO 0 acesso aos elementos de prova ja documentados nos autos, nos termos da Simula Vinculante n° 14 do STF: Sdmula Vinculante n° 14 © airero ao aerensor, no interesse ao representaao, ter acesso ampio aos elementos de prova que, j4 documentados em procedimento investigatorio realizado por érgao com competéncia de policia judicidria, digam respeito ao exercicio do direito de defesa. C) ERRADA: No IP, por se tratar de procedimento meramente investigatério, néo ha acusado, de forma que nao ha contraditério e ampla defesa em suas formas plenas, ainda que se reconheca a existncia de elementos que denotem o respeito s garantias constitucionais dos indiciados. D) ERRADA: O IP é um procedimento ESCRITO, e os atos nao escritos deveréo ser reduzidos a termo, nos termos do art. 9° do CPP. E) CORRETA: Item correto, pois a autoridade policial NAO pode arquivar os autos do inquérito, nos termos do art. 17 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. 13. (FGV - 2013 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XII - PRIMEIRA FASE) Quanto ao inquérito policial, assinale a afirmativa INCORRETA. a) O inquérito policial poder4 ser instaurado de oficio pela Autoridade Policial nos crimes persequiveis por acao penal publica incondicionada. b) © inquérito, nos crimes em que a aco publica depender de representacdo, nao poder ser iniciado sem ela. ) Nos crimes de agdo penal privada, n4o caber4 instauragdo de inquérito policial, mas sim a lavratura de termo circunstanciado. d) O inquérito policial, mesmo nos crimes hediondos, podera ser dispensavel para o oferecimento de deniincia. COMENTARIOS: A) CORRETA: Esta é a previsao contida no art. 5°, I do CPP. B) CORRETA: Esta é uma exigéncia que esta prevista no art. 5°, §4° do CPP. C) ERRADA: O IP pode ser instaurado em tais crimes, mas dependerd de requerimento da vitima ou de quem tenha qualidade para representa-la, nos termos do art. 5°, §5° do CPP. O Termo circunstanciado somente é cabivel nas infragdes penais de menor potencial ofensivo (da competéncia dos Juizados Especiais Criminais). D) CORRETA: Item correto, pois uma das caracteristicas do IP é a sua DISPENSABILIDADE, pois é mera peca que visa a colheita de informacGes. Se as informacées ja existem, o IP pode ser dispensado. Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA E A LETRA C. 14. (FGV - 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - IV - PRIMEIRA FASE) Acerca das disposicées contidas na Lei Processual sobre o Inquérito Policial, assinale a alternativa correta. a) NOs crimes ae agao privaaa, a autoriaace poticial pogera proceaer a inquérito a requerimento de qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existéncia de infragao penal. b) Do despacho que indeferir 0 requerimento de abertura de inquérito caberé recurso para o tribunal competente. ©) Para verificar a possibilidade de haver a infragéo sido praticada de determinado modo, a autoridade policial podera proceder 4 reprodugaéo simulada dos fatos, desde que esta nao contrarie a moralidade ou a ordem publica. d) A autoridade policial podera mandar arquivar autos de inquérito. COMENTARIOS: A) ERRADA: Nestes crimes, a instauraco do IP depende de requerimento da vitima ou de quem tenha qualidade para representa-la, nos termos do art. 5°, §5° do CPP. B) ERRADA: Cabera recurso para o chefe de policia, nos termos do art. 5°, §2° do CPP. C) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 7° do CPP: Art. 70 Para verificar a possibilidade de haver a infrago sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderé proceder 4 reproducgo simulada dos fatos, desde que esta néo contrarie a moralidade ou a ordem publica. D) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poderé mandar arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 15. (FGV - 2008 - PC-RJ - OFICIAL DE CARTORIO) A respeito do inquérito policial, analise as afirmativas a seguir: I. Nos crimes de aco publica, o inquérito policial sera iniciado de oficio ou mediante requisicgado da autoridade judiciaria ou do Ministério Publico, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representa-lo. II. Nos crimes de acSo privada, a autoridade policial somente poder proceder a inquérito de officio ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representa-lo. III. O inquérito, nos crimes em que a acaéo publica depender de representacdo, nao podera sem ela ser iniciado. Assinale: a) se nenhuma afirmativa estiver correta. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. ) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. COMENTARIOS: 1 = CORREIA: Isto e 0 que consta no art. 5¥, Le 11 do LPP. Il - ERRADA: A autoridade policial, neste caso, no pode instaurar o IP de oficio, dependeré do requerimento da vitima ou de quem tenha qualidade para representa-la, nos termos do art. 5°, §5° do CPP. III - CORRETA: Item correto, nos termos do art. 5°, §4° do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA £ A LETRA C. 16. (FGV - 2015 - TJ-BA - TECNICO JUDICIARIO: ESCREVENTE) As formas de instauracao do inquérito policial variam de acordo com a natureza do delito, Nos casos de ac4o penal publica incondicionada, a instauragao do inquérito policial pode se dar: (A) de oficio pela autoridade policial; mediante requisigo do Ministério Publico; mediante requerimento do ofendido; e por auto de priséo em flagrante; (B) de oficio pelo Ministério Publico; mediante requisigéo da autoridade policial; mediante requerimento do ofendido; e por auto de priséo em flagrante; (s) de officio pela autoridade policial; mediante requerimento do ério Publico; mediante requisicfo do ofendido; e por auto de pelo Ministério Publico; mediante requisi¢géo da autoridade policial; mediante requerimento do ofendido; e por auto de resisténcia; (E) de officio pela autoridade policial; mediante requerimento do Ministro da Justica; mediante requisicao do ofendido; e por auto de resisténcia. COMENTARIOS: 0 IP, nos crimes de ago penal publica incondicionada, podera ser instaurado de oficio, pela autoridade POLICIAL, por requisicaéo do MP ou do Juiz, por requerimento do ofendido ou pela lavratura do auto de priséo em flagrante (embora esta tiltima seja uma modalidade de instauragao ex officio). Vejamos: Art. 50 Nos crimes de acao publica o inquérito policial seré iniciado: I- de oficio; II - mediante requisicéo da autoridade judiciéria ou do Ministério Publico, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representé-o. A alternativa A é a correta, embora nao cite a possibilidade de instauracéio por requisig&o do Juiz. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 17. (FGV - 2015 - OAB - XVIII EXAME DE ORDEM) No dia 10 de maio de 2015, Maria, 25 anos, foi vitima de um crime de estupro simples, mas, traumatizada, ndo mostrou interesse em dar inicio a qualquer investigacdo penal ou aco penal em relacdo aos fatos. Os pais de Maria, porém, requerem a instauracdo de inquérito policial para apurar autoria, entendendo que, apés identificar o agente, Maria podera aeciair meinor sopre o interesse na persecucao penal. rol proreriao despacho indeferindo o requerimento de abertura de inquérito. Considerando a situacao narrada, assinale a afirmativa correta. A) Do despacho que indefere o requerimento de abertura de inquérito policial nao cabe qualquer recurso, administrativo ou judicial. B) Em que pese o interesse de Maria ser relevante para 0 inicio da agao penal, a instauracéo de inquérito policial independe de sua representacao. C) Caso Maria manifeste interesse na instauracdo de inquérito policial apés o indeferimento, ainda dentro do prazo decadencial, o procedimento podera ter inicio, independentemente do surgimento de Novas provas. D) Apesar de os pais de Maria nao poderem requerer a instauragao de inquérito policial, o Ministério Pdblico pode requisitar 0 inicio do procedimento na hipétese, tendo em vista a natureza publica da acao. COMENTARIOS: Neste caso temos um crime de aco penal publica condicionada & representagdo, nos termos do art. 225 do CP, ja que Maria no é menor de 18 anos nem pessoa vulneravel. Assim, a instauracéio do IP depende de manifestacéo de Maria neste sentido (art. 5°, §4° do CPP), n&o sendo possivel a instauraco em razio de mero requerimento formulado por seus pais (eis que no so seus representantes legais). Esta errada, portanto, a alternativa B. A alternativa A esta errada, pois em face de tal deciséio caberé recurso ao Chefe de Policia, nos termos do art. 5°, §2° do CPP. A Alternativa C esta correta, pois Maria podera requerer a instauraco do IP a qualquer tempo, desde que dentro do prazo decadencial de seis meses, que se inicia quando Maria toma conhecimento de quem é 0 infrator. A alternativa D, por sua vez, esta incorreta, pois o MP nao poderd requisitar a instauragao do IP sem que haja representacao da ofendida, j4 que se trata de crime de ac&o penal ptiblica condicionada a representac&o. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 18. (FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POL{CIA) Aury Lopes Junior leciona que “ o inquérito é 0 ato ou efeito de inquirir, isto é, procurar informacées sobre algo, colher informagées acerca de um fato, perquirir”. Ja 0 Art. 4°, do CPP destaca que serd realizado pela ‘iaria e tera por fim a apuracdo das infracées penais e sua A esse respeito, assinale a afirmativa incorreta. a) Entendendo a autoridade policial que o fato apurado nao configura crime, devera realizar o arquivamento do inquérito, evitando o prosseguimento de um constrangimento ilegal sobre o indiciado. D) U reu nao e oprigaao a participar aa reconstituigao ao crime, pois ninguém é obrigado a produzir prova contra si. c) O sigilo e a dispensabilidade sdéo algumas das caracteristicas do inquérito policial, repetidamente citadas pela doutrina bra: a. d) N&o deve a autoridade policial proibir 0 acesso do defensor do indiciado aos elementos de prova ja documentados no 4mbito do procedimento investigatério e que digam respeito ao exercicio do direito de defesa. ) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito cabera recurso para o chefe de Policia. COMENTARIOS: A) ERRADA: A autoridade policial JAMAIS podera mandar arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. B) CORRETA: O item esta correto, pois se trata do principio do nemo tenetur se detegere, ou seja, ninguém é obrigado a produzir prova contra si. C) CORRETA: Item correto, pois estas so, de fato, duas das caracteristicas do iF. D) CORRETA: Item correto, pois isto é o que consta na Stimula Vinculante n° 14 do STF. E) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 5°, §2° do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA E A LETRA A. 19. (FGV - 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - V - PRIMEIRA FASE) Tendo em vista o enunciado da simula vinculante n. 14 do Supremo Tribunal Federal, quanto ao sigilo do inquérito policial, € correto afirmar que a autoridade policial podera negar ao ‘advogado a) a vista dos autos, sempre que entender pertinente. b) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado formalmente. c) do indiciado que esteja atuando com procurag’o 0 acesso aos depoimentos prestados pelas vitimas, se entender pertinente. d) 0 acesso aos elementos de prova que ainda nado tenham sido documentados no procedimento investigatério. COMENTARIOS: 0 advogado do indiciado, conforme a sumula vinculante n° 14 do STF, deve ter acesso irrestrito aos elementos de prova JA DOCUMENTADOS nos autos do IP. Vejamos: “E direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, j4 documentados em procedi realizado por orgao com competéncia de policia judici. exercicio do direito de defesa”. Ura, assim poaemos entender que a autoriaaae policial poaera negar acesso, 20 advogado do indiciado, aos elementos de prova que ainda NAO tenham sido documentados no procedimento investigatério. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 20. (FGV - 2008 - TJ-MS - JUIZ) Relativamente ao inquérito policial, é correto afirmar qu a) a autoridade assegurar4 no inquérito o necessario a elucidacdo do fato, aplicando, porém, em todas as suas manifestagées, os principios do contraditério e da ampla defesa. b) a autoridade policial podera mandar arquivar autos de inquérito por falta de base para a dentincia. c) 0 inquérito devera terminar no prazo de 30 dias, se 0 i Preso, ou no prazo de 60 dias, quando estiver solto. d) 0 inquérito policial néo acompanharé a deniincia ou queixa quando servir de base a uma ou outra. ) © indiciado poder requerer A autoridade policial a realizagéo de qualquer diligéncia. COMENTARIOS: A) ERRADA: Nao ha contraditorio e ampla defesa no IP, embora a lei assegure alguns direitos ao indiciado, como requerer diligéncias, etc. B) ERRADA: A autoridade policial NUNCA podera mandar arquivar os autos do IP, nos termos do art. 17 do CPP. C) ERRADA: 0 IP deve se encerrar em 10 dias se 0 réu estiver preso e 30 dias se estiver solto, conforme prevé o art. 10 do CPP. D) ERRADA: 0 art. 12 do CPP prevé que o IP devera acompanhar a denuincia ou a queixa, sempre que servir de fundamento para estas. E) CORRETA: Item correto, pois esta é a previsao do art. 14 do CPP: Art. 14, O ofendido, ou seu representante legal, € 0 indiciado poderso requerer qualquer diligéncia, que sera realizada, ou nao, a juizo da autoridade. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. iciado estiver 21. (FGV - 2013 - X EXAME UNIFICADO DA OAB) Na cidade “A”, 0 Delegado de Policia instaurou inquérito p para averiguar a possivel ocorréncia do delito de estelionato pra' ido por Marcio, tudo conforme minuciosamente narrado na requisicéo do Ministério Puiblico Estadual. Ao final da apuracdo, o Delegado de Policia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor de Justica. No entendimento do parquet, a conduta praticada por Marcio, embora tipica, estaria prescrita. Nessa situacao, o Promotor devera A) arquivar os autos. B) oferecer dentincia. {) aeterminar a paixa aos autos. D) requerer o arquivamento. COMENTARIOS: Considerando o membro do MP que o crime ja prescreveu, ou seja, esta extinta a punibilidade, devera requerer 0 arquivamento do Inquérito Policial, nos termos do art. 28 do CPP, devendo o Juiz decidir sobre o arquivamento. Caso 0 Juiz discorde, devera remeter os autos ao PGJ, que decidiré a questo. Vejamos: Art. 28. Se o érgéo do Ministério Publico, ao invés de apresentar a denuncia, requerer 0 arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer pecas de informacao, 0 juiz, no caso de considerar improcedentes as razées invocadas, faré remessa do inquérito ou ecas de informacao ao procurador-geral, e este oferecerd a dentincia, designara outro 6rgao do Ministério Publico para oferecé-la, ou insistiré no pedido de arquivamento, a0 qual sé entao estard 0 juiz obrigado a atender. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 22. (FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLICIA) Com relagdo ao prazo para a conclusdo do inquérito policial instaurado para apurar a pratica do crime de trafico de entorpecentes, de acordo com a Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006, assinale a afirmativa correta. a) Sera de 10 (dez) dias, se 0 indiciado estiver preso, e de 30, na hipétese de o indiciado estar solto. b) N&o podera ultrapassar 30 dias, se o indiciado estiver preso. c) Sera de 30 dias, se 0 indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando estiver solto, podendo o juiz, ouvido o Ministério Publico, mediante pedido justificado da autoridade de policia judi , triplicar tal prazo. d) Excepcionalmente, quando requerido de forma fundamentada pela autoridade de policia judiciaria, ouvido o Ministério Publico, poder4 ser de 180 dias, se o jado estiver solto. e) Ser4 de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 60 dias, quando estiver solto, podendo o juiz, ouvido o Ministério Publico, mediante pedido justificado da autoridade de policia judiciaria, duplicar tal prazo. COMENTARIOS: 0 prazo para o encerramento do IP, neste caso, sera de 30 dias, no caso de réu preso, e de 90 dias no caso de réu solto, nos termos do art. 51 da Lei de Drogas: Art. 51. O inquérito policial seré concluido no prazo de 30 (trinta) dias, se 0 indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. © Juiz podera, excepcionalmente, duplicar tais prazos, mediante pedido justificado da autoridade policial, ouvido sempre o MP: Art. 51 (...) Parégrafo tinico. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvide o Ministério Publico, mediante pedido justificado da autoridade de policia judiciéria, Vemos, assim, que no caso de réu solto, 0 prazo maximo (ja com a duplicag&o) 6 de 180 dias. vortanto, a ALIEKNAILVA CORKEIA E A LEIKA D. 23. (FGV - 2010 - PC-AP - DELEGADO DE POLiCIA) Maria tem seu veiculo furtado e comparece a Delegacia de Policia mais proxima para registrar a ocorréncia. O Delegado de P. inquérito policial para apuracao do fato. Esgotadas todas as que estavam a seu alcance, a Autoridade Policial néo consegue identificar o autor do fato ou recuperar a res furtiva. Assinale a alternativa que indique a providéncia que o Delegado devera tomar. a) Relatar o inquérito policial e encaminhar os autos ao Ministério Publico para que este promova o arquivamento. b) Promover o arquivamento do inquérito policial, podendo a vitima recorrer ao Secretdrio de Seguranga Publica. ¢) Relatar o inquérito policial e encaminhar os autos ao Secretario de Seguranga Pablica para que este promova o arquivamento. d) Manter os autos do inquérito policial com a rotina suspenso, até que surja uma nova prova. e) Prosseguir na investigacao, pois o arquivamento sé é possivel quando transcorrer o prazo prescricional. COMENTARIOS: Considerando tratar-se de crime de ago publica, deverd a autoridade policial RELATAR o IP e encaminha-lo ao MP, para que este, caso deseje, promova o arquivamento do IP. A autoridade policial nunca podera mandar arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 24. (FGV - 2014 - TJ/RJ - ANALISTA - EXECUCAO DE MANDADOS) Brenda, empregada doméstica, foi presa em flagrante pela prt crime de furto qualificado contra Joana, sua empregadora. O ma apés requerimento do Ministério Publico, converteu a priséo em flagrante em preventiva. Nessa hipétese, de acordo com o Cédigo de Processo Penal, 0 prazo para conclusdo do inquérito p: sera d (A) 05 (cinco) dias; (B) 10 (dez) dias; (C) 15 (quinze) dias, improrrogaveis; (D) 15 (quinze) dias, prorrogaveis por decis4o judicial; (E) 30 (trinta) dias. COMENTARIOS: Estando preso 0 indiciado o prazo para conclusao do IP sera de 10 dias, nos termos do art. 10 do CPP, ndo sendo admitida prorrogac& Art. 10. O inquérito deverd terminar no prazo de 10 dias, se 0 indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta mipotese, 4 parur ao aia em que se executar a oraem ge prisao, ou mo prazo ae 5u dias, quando estiver solto, mediante fianca ou sem ela. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 25. (FGV - 2014 - TJ/RJ - ANALISTA - EXECUCAO DE MANDADOS) Foi instaurado inquérito policial para investigar a pratica de um crime de homicidio que teve como vitima Ana. Apesar de Wagner, seu marido, ter sido indiciado, nao foi reunida justa causa suficiente para oferecimento da dendncia, razdo pela qual foi o procedimento arquivado na forma prevista em lei. Trés meses apés o arquivamento, a mae de Ana descobriu que a filha havia Ihe deixado uma mensagem de voz no celular uma hora antes do crime, afirmando que temia por sua integridade fisica, pois estava sozinha com seu marido em casa e prestes a contar que teria uma relacéo extraconjugal. Diante desses fatos, de acordo com a jurisprudéncia majoritaria dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que: (A) nada poder ser feito, tendo em vista que o arquivamento do inquérito policial fez coisa julgada material; (B) podera ser oferecida denancia, apesar de o inquérito néo poder ser desarquivado em virtude da coisa julgada material que fez seu arquivamento; (C) cabera desarquivamento do inquérito policial pela autoridade competente diante do surgimento de provas novas; (D) nada podera ser feito, pois a gravagao de voz existia antes do arquivamento do inquérito, logo nao pode ser incluida no conceito de Prova nova; (E) poderé a autoridade policial realizar o desarquivamento a qualquer momento, assim como pode por ato proprio determinar o arquivamento do inquérito. COMENTARIOS: Inicialmente, deve-se deixar claro que a autoridade policial nao pode arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. Nesse caso especifico, o arquivamento néo faz “coisa julgada material”, pois se refere apenas a auséncia de provas, de forma que poder ser reaberto o IP se surgirem novas provas, como é 0 caso. Vejamos 0 art. 18 do CPP. Art. 18. Depois de ordenado 0 arquivamento do inquérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a denuncia, a autoridade policial poderé proceder a novas Pesquisas, se de outras provas tiver noticia. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 26. (FCC - 2017 - DPE-RS - ANALISTA PROCESSUAL) No tocante ao inquérito policial relativo 4 apuracgdo de crime a que se procede mediante acao penal publica incondicionada, é correto afirmar: a) E vedada a instauragdo de inquérito policial de oficio. 1D) U orenaiao nao poae requerer autigencia no curso ae inquerito poticial. c) A autoridade policial podera mandar arquivar autos de inquérito. d) A autoridade policial podera mandar instaurar inquérito a partir de comunicagao de fato feita por qualquer pessoa, mas deve aguardar a iniciativa do ofendido ou seu representante legal para que seja e) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciaria, por falta de base para a dentncia, a autoridade policial podera proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia. COMENTARIOS: a) ERRADA: Item errado, pois em se tratando de crime de ac&o penal publica incondicionada o IP pode ser instaurado de oficio, nos termos do art. 5°, I do CPP. b) ERRADA: Item errado, pois o ofendido poderd requerer a realizagéio de qualquer diligéncia, mas a sua realizagao ficaré a critério da autoridade policial, na forma do art. 14 do CPP. c) ERRADA: Item errado, pois a autoridade policial NUNCA podera mandar arquivar os autos do IP, na forma do art. 17 do CPP. d) ERRADA: Item errado, pois nos crimes de aco penal ptiblica incondicionada a autoridade policial pode mandar instaurar o IP sem que haja necessidade de iniciativa do ofendido ou seu representante legal, conforme art. 5°, §3° do CPP. e) CORRETA: Item correto, pois esta 6 a exata previsdo contida no art. 18 do CPP: Art. 18. Depois de ordenado 0 arquivamento do inquérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial poder proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. 27. (FCC - 2017 - POLITEC-AP - PERITO MEDICO LEGISTA) Praticado o crime na via ptblica, o delegado de policia devera, dentre outras providéncias, a) dirigir-se ao local, providenciando para que néo se alterem o estado e conservacio das coisas, até a chegada dos peritos criminais. b) apreender os objetos que tiverem relagdo com o fato, independentemente da liberacdo pelos peritos criminais. c) colher, apés a realizado da pe do local, todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstancias. d) determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras pericias, desde que haja expresso consentimento da vitima ou quem a represente. ) proceaer a reproaucao simuiaaa aos ratos, aesae que esta nao contrarie a moralidade ou a ordem publica e haja peritos oficiais para a realizagao do laudo pericial. COMENTARIOS: a) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsdo contida no art. 69, I do CPP. b) ERRADA: Item errado, pois a apreenséo dos objetos sé se dard apés a liberacao pelos peritos, na forma do art. 6°, II do CPP. c) ERRADA: Item errado, pois a colheita de todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstancias nao se dara, necessariamente, apés a realizacéo da pericia, na forma do art. 6°, III do CPP. d) ERRADA: Item errado, pois a autoridade policial deve determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras pericias, nao sendo necessdrio, para tanto, que haja expresso consentimento da vitima ou quem a represente, nos termos do art. 6°, VII do CPP. e) ERRADA: Item errado, pois para a reproduc&o simulada dos fatos ndo é necessario que haja peritos oficiais, nos termos do art. 7° do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 28. (FCC - 2017 - PC-AP - OFICIAL DA POL{CIA CIVIL) No 4mbito do inquérito policial, incumbe a autoridade policial a) arquivar o inquérito policial. b) assegurar o sigilo necessério 4 elucidacao do fato. c) decretar a priséo preventiva. d) presidir a audiéncia de custédia. e) oferecer a denuncia. COMENTARIOS: a) ERRADA: Item errado, pois a autoridade policial NUNCA poderé mandar arquivar os autos do IP, na forma do art. 17 do CPP. b) CORRETA: Item correto, pois esta € a exata previsdo contida no art. 20 do CPP. c) ERRADA: Item errado, pois a priséo preventiva, que é espécie de priséo cautelar, s6 pode ser decretada pelo Poder Judiciario. d) ERRADA: Item errado, pois a audiéncia de custédia nada mais é que a audiéncia para apresentac&io do preso ao Juiz, em regra realizada em até 24h apés a realizacao da prisdo. Tal audiéncia, naturalmente, é presidida pelo proprio Juiz. e) ERRADA: Item errado, pois cabe ao MP oferecer dentincia, e nao a autoridade policial. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 29. (FLU - 201s - IKE-PK - ANALISIA JUDICIAKLU - AKEA JUDICIARIA) Acerca do inquérito policial, é correto afirmar: a) Nos crimes de acéo penal publi sempre sera necessaria a autorizagdo da vitima para a abertura de inquérito. b) Tendo em vista a preservacao da incolumidade publica, a instauragao de inquérito policial para a apuracéo de crime de algada privada podera ser requisitado pela autoridade judiciaria. ©) A instauragao de inquérito policial interrompe o prazo da prescrigao. d) Mesmo depois de ordenado o arquivamento do inquérito pelo juiz, em razdo de falta de elementos para a dendncia, a autoridade policial podera reativar as investigagées se tiver conhecimento de novas provas. e) Aautoridade policial garantira, durante o inquérito, o sigilo necessario ao esclarecimento dos fatos investigados, observando, porém, em todas as suas manifestacées, o principio do contraditério. COMENTARIOS: a) ERRADA: Item errado, pois em se tratando de crime de acéo penal publica incondicionada o IP pode ser instaurado de oficio, nos termos do art. 5°, I do CPP, no sendo necessdrio que haja autorizacdo da vitima para tanto. b) ERRADA: Item errado, pois em se tratando de crime de ago privada nao se admite a instauragao do IP sem que tenha havido manifestacao da vitima nesse sentido, na forma do art. 5°, §5° do CPP. c) ERRADA: Item errado, pois a instaurac&o do IP nao é causa de interrupgao da prescricéio. d) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previséio contida no art. 18 do CPP: Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciaria, por falta de base para a denincia, a autoridade policial poderé proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia. e) ERRADA: Item errado, pois n&o hé, no inquérito policial, a observancia do contraditério pleno, como ha no processo penal. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 30. (FCC - 2017 - TJ-SC - JUIZ) Concluido o Inquérito Policial pela policia judicidéria, 0 é6rgéo do Ministério Publico requer o arquivamento do processado. O Juiz, por entender que o Ministério PUblico do Estado de Santa Catarina nao fundamentou a manifestacao de arquivamento, com base no Cédigo de Processo Penal, devera a) encaminhar o Inquérito Policial 4 Corregedoria-Geral do Ministério Publico. b) indeferir o arquivamento do Inquérito Policial. ¢) remeter 0 inquerito voucial ao Procurador-Geral ae sustica. d) indeferir o pedido de arquivamento e remeter cépias ao Procurador- Geral de Justica e ao Corregedor-Geral do Ministério Publico. e) remeter o Inquérito Policial 4 policia judi ja para prosseguir na investigacao. COMENTARIOS: Neste caso, 0 Juiz deverd remeter os autos do IP ao Chefe do MP, no caso, o PGJ, conforme preconiza o art. 28 do CPP: Art. 28. Se o érgao do Ministério Publico, ao invés de apresentar a dentincia, requerer 2 arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer pecas de informacéo, 0 juiz, no caso de considerar improcedentes as raz6es invocadas, fara remessa do inquérito ou pecas de informagao ao procurador-geral, e este ofereceré a denuncia, designara outro rgao do Ministério Public para oferecé-la, ou insistird no pedido de arquivamento, 20 qual $6 entao estard o juiz obrigado a atender. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 31. (FCC - 2016 - AL-MS - AGENTE DE POLICIA LEGISLATIVO) A autoridade policial de uma determinada cidade do Estado de Mato Grosso do Sul instaura inquérito policial para apurar um crime de aborto cometido pelo médico X. No curso das investigacées, a priséo preventiva do médico é decretada pela Justica e o mandado de prisdo é cumprido. Neste caso, segundo estabelece o Cédigo de Processo Penal, o inquérito policial dever4 ser conclufdo, a partir da data em que foi executada a prisdo cautelar, no prazo de a) cinco dias. b) dez dias. c) trinta dias. d) quinze dias. e) sessenta dias. COMENTARIOS: Neste caso temos um inquérito policial em que 0 indiciado se encontra preso. Assim, 0 prazo para a conclusdo do IP sera de 10 dias, a contar da data da efetivacao da priséo, nos termos do art. 10 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 32. (FCC - 2016 - DPE-BA - DEFENSOR PUBLICO - ADAPTADA) Tendo em vista 0 carater administrativo do inquérito policial, 0 indiciado nao podera requerer pericias complexas durante a tramitacao do expediente investigatério. COMENTARIOS: Item errado, pois o indiciado pode requerer a autoridade policial a realizagao de quaisquer diligéncias, cabendo a autoridade deferi-las ou n&o, nos termos do art. 14 do CPP. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 33.0 (FEU = 2015 — MPE-PB - TECNILO) O Delegado de Policia de um determinado Distrito da cidade de Campina Grande, apés receber a noticia de um crime de roubo cometido na cidade, no qual a vitima Silvio teve o carro subtraido por um meliante no centro da cidade no dia 1o de maio de 2015, determina a instauracéo de Inquérito Policial. No curso das investigacées, especificamente no dia 4 de 2015, o veiculo roubado é recuperado em poder de Manoel, 0 qual é conduzido ao Distrito Policial. A ima é chamada e reconhece Manoel como sendo o autor do crime de roubo. A autoridade policial representa, entao, ao juiz competente o qual, apés manifestacdo do Ministério PUblico, decreta a priséo preventiva de Manoel, que é efetivada no mesmo dia 4 de maio. Neste caso, o Inquérito Policial deveria estar encerrado e relatado pelo Delegado de Policia no prazo de a) 15 dias apés iniciado o Inquérito Policial. b) 10 dias apés iniciado o Inquérito Policl ¢) 5 dias apés iniciado o Inquéri d) 15 dias, contado o prazo a partir da efetivacdo da priséo de Manoel. ) 10 dias, contado o prazo a partir da efetivacao da prisio de Manoel COMENTARIOS: Nesse caso, ou seja, em se tratando de indiciado PRESO, o IP devera ser concluido em 10 dias, contados da efetivag3o da priséo, nos termos do art. 10 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. 34, (FCC - 2015 - MPE-PB - TECNICO) O Delegado de Policia de um determinado Distrito Policial da cidade de Jodo Pessoa instaura um Inquérito Policial para apuracio de crime de estelionato ocorrido no final do ano de 2014. Encerrada as investigacées Rodolfo é indiciado pelo referido crime. O inquérito é relatado e remetido ao Férum local. O representante do Ministério Publico, apés receber os autos, requereu o arquivamento do Inquérito Policial entendendo que nao haveria provas para instauracdo de aco penal contra Rodolfo. O Magistrado competente, ao receber os autos, discordando do parecer do Ministério Publico, determina a remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiga do Estado da Paraiba, requerendo a designacdo de outro Promotor para oferecimento da dentncia. O Procurador-Geral de Justica, apés analisar o caso, insiste no pedido de arquivamento e determina a devolucdo dos autos ao juizo de origem. Neste caso, o Magistrado a) discordando da decisaéo do Procurador-Geral de Justiga determinara a instaurag&o da ac&o penal com base no Relatério da Autoridade Policial. b) encaminhara os autos ao Conselho Nacional do Ministério Pablico, em Brasilia, para que um Promotor de Justica seja designado para atuar no feito e oferecer dentincia. c) sera obrigado a atender o pedido de arquivamento veiculado pelo Ministério Publico. ) encaminnara os autos ao Presiaente ao Iripunal ae Justiga aa Paraiba para que este determine a instaura- cao da acéio penal, intimando-se o Procurador-Geral de Justica para oferecimento imediato da dentncia. inaré a intimacdo da vitima para, querendo, oferecer acao ria da publica. COMENTARIOS: Caso 0 Juiz discorde da deciséio tomada pelo Chefe do MP, nada mais poderd fazer, pois o MP é 0 titular da aco penal, cabendo a esta Instituicéo a Ultima palavra quanto ao arquivamento do IP. O Juiz, portanto, neste caso, deverd arquivar o IP, nos termos do art. 28 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA £ A LETRA C. 35. (FCC - 2015 - MPE-PB - TECNICO) Considere as seguintes situacées hipotéticas: I. A Promotora de Justica de uma comarca do Estado da Paraiba requereu @ autoridade policial a instauracdo de Inquérito Policial para apuracdo de crime de injdria, de acéo penal privada, figurando como vitima Luis e como autor do crime Edson. A autoridade policial atende ao pedido veiculado e instaura o Inquérito Polici II. Durante o tramite de um Inquérito Policial instaurado para apuragdo de crime de homicidio tentado a vitima apresenta requerimento ao Delegado de Policia para realizacdo de uma diligéncia que entende ser Util para apuracdo da verdade real. O Del: ja, entendendo da, deixa de III. O Delegado de Policia de uma determinada cidade no Estado da Paraiba, apés instaurar um Inquérito Policial para apuracdo de crime de furto que teria sido cometido por Theo, néo conseguindo apurar provas da autoria delitiva determina o imediato arquivamento dos autos. IV. Encerrado Inquérito P< | para apuracio de crime de acdo penal privada a autoridade policial, apés pedido do requerente, entrega os autos de inquérito ao requerente, mediante traslado. O Delegado de Policia agiu dentro da legalidade APENAS nas situacées indicadas em a)I,Ielv. b) elv. c) IL, Ile Iv. d) Wet. e) le III. COMENTARIOS: I - ERRADA: Em se tratando de crime de aco privada, néo cabe ao MP, sem que haja manifestacéo da vitima, requisitar a instauracéo do IP, de forma que o delegado no deveria ter instaurado o IP, nos termos do art. 5%, §5° do CPP. LL CORREIA: Item correto, pols 0 ofenaido, ou seu representante legal, poaera requerer qualquer diligéncia, que sera realizada, ou no, a juizo da autoridade, nos termos do art. 14 do CPP. III - ERRADA: Item errado, pois a autoridade policial NAO PODE mandar arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. IV - CORRETA: Item correto, pois a autoridade policial, neste caso (crime de aco privada), poderd entregar os autos ao ofendido, mediante traslado, nos termos do art. 19 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 36, (FCC - 2015 - TJ-AL - JUIZ) A investigagdo de uma infracdo penal a) podera ser conduzida pelo tério Puiblico, conforme recente deciséo do STF, mas apenas nos casos relacionados ao foro por prerrogativa de fungao. b) podera ser realizada por meio de inquérito policial, presidido por delegado de policia de carreira ou promotor de justica, conforme recente deciséo do STF. c) poder ser realizada por meio de inquérito p por delegado de policia de carreira, sob o comando e a fiscalizagao direta e imediata do promotor de justica, conforme recente decisdo do STJ. d) poderé ser conduzida pelo Ministério Publico, conforme recente decisdo do STF. e) deverd ser sempre promovida em autos de inquérito policial, presidido por um delegado de policia de carreira, salvo em casos de infragdo cometida por vereadores, cuja investigagéo sera presidida pelo Presidente da Camara Municipal. COMENTARIOS: A investigacao de uma infracdo penal podera ser realizada por meio de inquérito policial que sera presidido EXCLUSIVAMENTE por delegado de policia de carreira. O MP pode investigar, ou seja, pode conduzir investigacéo propria, mas no pode conduzir o IP (entendimento do STF). Para que investigue diretamente os fatos o MP devera instaurar procedimento prdprio de investigacao. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 37. (FCC - 2014 - TJ-AP - JUIZ) Em relacdo ao exercicio do direito de defesa no inquérito policial, a autoridade policial podera negar ao defensor, no interesse do representado, ter acesso aos a) elementos de prova cobertos pelo sigilo. b) termos de depoimentos prestados pela vitimas, se entender pertinente. c) elementos de prova que entender impertinentes. a) elementos ae prova, caso o investigaao Ja tenna sido rormaimente indiciado. e) elementos de provas ainda néo documentados em procedimento investigatério. COMENTARIOS: A questdo é respondida facilmente pela andlise da Simula Vinculante n° 24 do STF: “E direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, jé documentados em procedi realizado por 6rgao com competéncia de policia judici exercicio do direito de defesa”. Assim, vemos que a autoridade policial poderé negar ao defensor 0 acesso aos elementos de prova AINDA NAO DOCUMENTADOS nos autos do IP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. 38. (FCC - 2014 - TRF4 - TECNICO JUDICIARIO) José foi indiciado em inquérito policial que apura a pratica do d estelionato contra seu ex-empregador. Diante disso, a) ante a constatacdo de que se trata, em verdade, de ilicito civil, a autoridade policial poder mandar arquivar os autos de inquérito. b) sem inquérito policial, nado podera, posteriormente, haver propositura de acdo penal. c) a vitima podera requerer qualquer di no, a juizo da autoridade. d) este inquérito somente pode ser instaurado porque houve representaco da vitima. e) José nao podera requerer diligéncia a autoridade policial. COMENTARIOS: A) ERRADA: Item ERRADO, pois a autoridade policial NUNCA poderé mandar arquivar autos de inquérito policial, nos termos do art. 17 do CPP. B) ERRADA: Item errado, pois o IP é peca DISPENSAVEL. C) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 14 do CPP. D) ERRADA: Item errado, pois néo se trata de crime de aco penal publica condicionada a representacao. E) ERRADA: José, na qualidade de indiciado, poder requerer a realizacéio de diligncias, nos termos do art. 14 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 0 de éncia, que sera realizada, ou 39. (FCC - 2014 - TRF3 - ANALISTA JUDICIARIO) Considere persecucio penal baseada na prisio em flagrante dos acusados em situacdo de participacdo em narcotraficancia transnacional, obstada pela Policia Federal, que os encontrou tendo em depésito 46.700 gramas ae cocaina gracas a intormacao oriunaa ae noticia anonima. Neste caso, segundo entendimento jurisprudencial consolidado, a) € nulo o processo ab initio, ante a vedacgdo constitucional do anonimato. b) a noticia anénima sobre eventual pratica criminosa é, por si, idénea para instauracao de inquérito policial. c) a noticia anénima sobre eventual pratica criminosa presta-se a embasar procedimentos investigatérios preliminares que corroborem as informagées da fonte anénima, os quais tornam legitima a persecugao criminal. d) a autoridade policial nao pode tomar qualquer providéncia investigatéria a partir da noticia anénima. e) a persecuc&o criminal sé poderia ser iniciada se a denuncia anénima corroborada por interceptacéo telefénica autorizada COMENTARIOS: 0 STJ ¢ o STF entendem que a dentincia anénima pode servir de fundamento para que sejam realizadas INVESTIGACOES PRELIMINARES, de forma a confirmar a veracidade das informagées, o que legitimaria posterior instaurag&o de IP. Vejamos o entendimento do STF: (86.082, rel. min. Ellen Gracie, DJe de 22 Cezar Peluso, DJe de 26.03.2010; e HC 95.244, rel. min. 30.04.2010 - fnformative 755 do STF). Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 40. (FCC - 2014 - DPE-RS - DEFENSOR PUBLICO) Jeremias foi preso em flagrante delito pelo cometimento do fato previsto no art. 157, § 2°, Ie II, do Cédigo Penal, e no mesmo dia decretada a Ppris&o preventiva com a legitima finalidade de garantir a ordem publica. Com base nestes dados, sob pena de caracterizado o constrangimento ilegal (CPP, art. 648, II), impée-se que o inquérito policial esteja conclufdo no prazo maximo de a) 60 b) 10 dias. c) 05 dias. d) 15 dias. e) 30 dias. COMENTARIOS: Tendo o agente sido preso preventivamente, o prazo para a conclusao do IP sera de 10 dias, nos termos do art. 10 do CPP: Art, 10. O inquérito deveré terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em fiagrante, ou estiver preso preventivamente, contado 0 prazo, nesta mipotese, 4 parur ao aia em que se executar a oraem ge prisao, ou mo prazo ae 5u dias, quando estiver solto, mediante fianca ou sem ela. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 41. (FCC - 2014 - METRO-SP - ADVOGADO) A respeito do inquérito policial, considere: I. © requerimento do ofendido ou de quem tenha qualidade para representa-lo sé sera apto para a instauragdo de inquérito policial se dele constar a individualizacao do autor da infracdo. II. A requisigao do Ministério Publico torna obrigatéria a instauragao do inquérito pela autoridade polici III. Se 0 Delegado de Policia verificar, no curso das investigacées, que o indiciado é inocente, devera determinar o arquivamento do inquérito. Est correto o que se afirma APENAS em a) IeItti. b) Tell. c)Ieltt. d) I. e) III. COMENTARIOS: I - ERRADA: A vitima no necessita individualizar o autor da infrag&o penal, bastando que narre o fato de forma que este (0 fato) possa ser minimamente individualizado e possa ser iniciada a persecucdo penal. Il - CORRETA: De fato, a Doutrina entende que a utilizac&o do termo "requisigéo” pelo CPP indica a OBRIGATORIEDADE de a autoridade policial instaurar o IP nestes casos. III - ERRADA: Em hipétese alguma a autoridade policial poderé mandar arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 42. (FCC -2011 - TRE/AP - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) No que concerne ao Inquérito Policial, de acordo com o Cédigo de Processo Penal, é correto afirmar que: A) Do despacho que indeferir o requerimento do ofendido de abertura de inquérito caber4 recurso administrativo ao Juiz Corregedor da Comarca. ERRADA: Nos termos do art. 5, § 2° do CPP, caberé recurso para o chefe de Policia, nao para o Juiz-Corregedor. B) Para verificar a possibilidade de haver a infracao sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderé proceder a reproducéo simutaaga aos ratos, ainaa que esta contrarie a moratiaage ou a oraem publica. ERRADA: A reprodugao simulada (reconstituic&o dos fatos) s6 pode ser realizada caso nao contraria a moralidade e a ordem publica, nos termos do art. 7° do CPP. C) © inquérito, nos crimes em que a ag&o publica depender de representacao, nao podera sem ela ser iniciado. CORRETA: A representagSo é condicao de procedibilidade para a instaurag’io do Inquérito Policial, que ndo pode ser instaurado sem sua exist€ncia quando se tratar de crime de aco penal publica condicionada a representago, nos termos do art. 5°, § 4° do CPP: § 4° O inquérito, nos crimes em que a acdo publica depender de representacao, ndo poderé sem ela ser iniciado. D) A autoridade policial podera mandar arquivar autos de inquérito em situacées excepcionais previstas em lei. ERRADA: A autoridade policial nunca poderé mandar arquivar autos de IP, pois © titular da acéio penal é, em regra o MP, cabendo a ele requerer o arquivamento ao Jui E) A incomunicabilidade do indiciado dependera sempre de despacho nos autos e somente ser4 permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniéncia da investigacao o exigir. ERRADA: Esta é a redacao literal do art. 21 do CPP. Desta forma, esta alternativa também estaria correta. No entanto, o instituto da incomunicabilidade é bastante criticado, principalmente apés o advento da Constituigao de 1988. Isso porque a Constituig&o proibe a incomunicabilidade até mesmo no estado de defesa, de forma que a Doutrina entende que, se nessa época de excegéio que é 0 estado de defesa nao se admite a incomunicabilidade, com muito mais razéo nao se deve admitir esse resquicio da ditadura em tempos ordindrios. Vejamos o art. 136, §3°, IV da CRFB/ 88: Art. 136. O Presidente da Republica pode, ouvides o Conselho da Reptblica e 0 Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem publica ou 2 paz social ameacadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporcées na natureza. Co) § 3° - Na vigéncia do estado de defesa: dad IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 43. (FCC - 2011 - TRT 1 RG - TECNICO JUDICIARIO - SEGURANCA) A notitia criminis: A) € a divulgacdo pela imprensa da ocorréncia de um fato criminoso. ERRADA: E£ 0 conhecimento da ocorréncia de um fato criminoso pela autoridade policial, por qualquer meio, nao necessariamente pela imprensa. 8) poae cnegar ao connecimento aa autoriaage poucial atraves aa prisao em flagrante. CORRETA: A pris&o em flagrante do autor do delito é uma das formas pela qual a autoridade policial toma conhecimento da pratica de uma infracdo penal. Assim, a alternativa esta correta. C) torna obrigatéria a instauragao de inquérito policial para apuragéo do fato delituoso. ERRADA: Quando surge a notitia criminis a autoridade policial, em se tratando de crime de aco penal publica incondicionada, poderd instaurar o IP, desde que verifique que existem indicios minimos da materialidade do delito. Contudo, néo hé obrigatoriedade de instauracdio, pois é possivel que n&o haja qualquer indicio da ocorréncia do delito. D) implica sempre no indiciamento de quem fe autor da infracdo pen: ERRADA: 0 indiciamento é 0 ato mediante o qual a autoridade policial individualiza 0 proceso investigatério, delimitando quem efetivamente é considerado como suspeito de ter praticado o crime. E o direcionamento da investigag3o, @ n&o necessariamente tem de ocorrer sobre a pessoa supostamente autora do delito quando da instaurag&io do IP, pois no curso das investigagdes pode-se ter conhecimento de que outra pessoa é que é a provavel autora do delito. E) 6 a comunicagao formal ou anénima da pratica de um crime levada a imprensa falada, televisada ou escrita. ERRADA: Como vimos, a notitia criminis é 0 fenémeno pelo qual a autoridade policial toma conhecimento da possivel pratica de fato criminoso, e pode se dar por qualquer meio, ndo necessariamente pela imprensa. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. indicado como provavel 44. (FCC - 2011 - TRT 1 RG - TECNICO JUDICIARIO - SEGURANGA) Arespeito do inquérito policial, considere: I. N&o é processo, mas procedimento informativo destinado a reunir os elementos necessarios 4 apuragao da pratica de uma infraco penal e da respectiva autoria. CORRETA: Como vimos, o IP é procedimento informativo, ou seja, ndo tem natureza processual, tampouco acusatoria, pois é destinado unicamente a reunir elementos que permitam ao titular da ag&o penal ajuizé-la (oferecer dentincia ou queixa); II. A autoridade policial nao tem atribuicées discricionarias, dependendo a execucdo de cada ato de prévia autorizacao do Poder Judiciario. ERRADA: A autoridade policial atua de maneira discricionaria, ou seja, pode determinar a realizacao das diligéncias que entender sejam mais adequadas a cada tipo de investigagdo, sem que haja necessidade de autorizacao do Poder Judiciario. 411, EM ecorrencia_ ao principio. aa _transparencia aos atos administrativos, a autoridade policial néo podera determinar que tramite em jo, ainda que necessdrio A elucidacio do fato. ERRADA: Por forca do art. 20 do CPP, o sigilo é inerente ao IP. Entretanto, com relac&o aos envolvides (investigado, vitima, etc.), esse sigilo é mitigado, devendo estar presente somente naqueles casos em que seja imprescindivel ao sucesso da investigacéo. IV. A autoridade policial nao tem atribuigées discri a execugdo de cada ato de prévia autorizagao do ERRADA: A autoridade policial atua de maneira discricionaria, ou seja, pode determinar a realizacdo das diligéncias que entender sejam mais adequadas a cada tipo de investigagao, sem que haja necessidade de autorizacéio do Ministério Publico. Est correto o que se afirma APENAS em: A)I. B) 1, Ile Ill. ©) Ile Iv. D)Iem. E)IV. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 45. (FCC —- 2011 - TER/RN - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) O inquérito policial A) n&o pode correr em rege o processo penal. ERRADA: 0 sigilo é inerente a natureza do IP, e deve ser preservado, nos limites legais, de forma a nao ser imposto sem ressalvas aos interessados no IP, nos termos do art. 20 do IP. B) no pode ser instaurado por requisicao do Ministério Publico. ERRADA: Uma das hipéteses de instauragao do IP é a requisigao formulada pelo MP, nos termos do art. 5°, II do CPP; C) nao pode ser arquivado pela autoridade pol insuficientes as provas da autoria do delito. CORRETA: Nos termos do art. 17 do CPP, a autoridade policial nunca poderé mandar arquivar os autos do IP, posto que o titular da aco penal é, em regra, 0 MP (pode ser o ofendido também). Quem determina o arquivamento do IP é 0 Juiz, mas o requerimento deve ser feito pelo MP (quando este for o titular da Aco Penal); D) é um procedimento que, pela sua natureza, n&o permite ao in requerer qualquer diligéncia. , devendo ser submetido a publicidade que jal, mesmo se forem do EKKADA: Mesmo nao se adotando no bojo ao LF a garantia do contraaitorio e aa ampla defesa, dada sua natureza pré-processual e meramente informativa (néo pode gerar punicdo ao investigado), o investigado ou indiciado poder requerer a realizacao de diligéncias, que sero deferidas ou nao pela autoridade policial, nos termos do art. 14 do CPP. E) sera encaminhado ao juizo competente desacompanhado dos instrumentos do crime, que serao destruidos na delegacia de origem. ERRADA: Os instrumentos do crime sero encaminhados ao Juiz juntamente com os autos do IP, nos termos do art. 11 do CPP: Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem & prova, acompanharo os autos do inquérito. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E£ A LETRA C. 46. (FCC - 2010 - METRO/SP - ADVOGADO) inquérito polici A) nos crimes em que a acdo publica depender de representacgdo, podera ser sem ela ser instaurado, pois 0 ofendido podera oferecé-la em juizo. ERRADA: Pois a representag3o é condigéio de procedibilidade n&o sé para o oferecimento da dentincia, mas também para a instauracao do IP nos crimes de acao penal publica condicionada, nos termos do art. 5°, § 4° do CPP; B) poderd ser arquivado pela autoridade policial, quando, no curso das investigacées, ficar demonstrada a inexisténcia de crime. ERRADA: Nos termos do art. 17 do CPP, a autoridade policial nunca podera mandar arquivar os autos do IP, posto que 0 titular da ago penal 6, em regra, o MP (pode ser 0 ofendido também). Quem determina o arquivamento do IP é 0 Juiz, mas o requerimento deve ser feito pelo MP (quando este for o titular da Aco Penal); C) somente podera ser instaurado, nos crimes de aco penal privada, a requerimento de quem tenha qualidade para intenta-la. CORRETA: Esta é a redagao do art. 5°, § 5° do CPP; D) poder ser instaurado, nos crimes de acdo publica, somente mediante requerimento escrito do ofendido ou de quem tenha qualidade para representa-lo. ERRADA: Embora esta seja uma das hipoteses, nao é a Unica, pois o IP também poder, nestes casos, ser instaurado de oficio, por requisigéio do MP ou do Juiz, ou, ainda, em virtude de priséo em flagrante, nos termos do art. 5°, Te II do CPP; E) € indispensdvel para a instauragéo da acdo penal publica pelo Ministério Pablico. ERRADA: Como vimos, 0 IP tem natureza informativa, e uma de suas caracteristicas é a dispensabilidade. Assim, caso o MP ja possua os elementos de convicg&o necessarios ao oferecimento da dentincia, podera dispensar o IP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 47. (FCC - 2013 - MPE-SE - ANALISTA-DIREITO) Em relacao ao inquérito policial, a) 0 ofendido, ou seu representante legal, e 0 indiciado poderao requerer qualquer diligéncia, que sera realizada, ou nao, a juizo da autoridade. b) nos crimes de acdo penal de iniciativa publica, somente pode ser iniciado de oficio. c) a autoridade policial poderé mandar arquivar os autos de inquérito policial em caso de evidente atipicidade da conduta investigada. d) se o indiciado estiver preso em flagrante, o inquérito policial devera terminar no prazo maximo de cinco dias, salvo disposigao em contrario. e) indispensavel a propositura da aco penal de iniciativa publica. COMENTARIOS: A) CORRETA: 0 item esté correto, eis que representa o que dispde o art. 14 do CPP: Art. 14. © ofendido, ou seu representante legal, e 0 indiciado poderso requerer qualquer diligéncia, que sera realizada, ou nao, a juizo da autoridade. Lembrando que o exame de corpo de delito ndo pode ser negado. B) ERRADA: 0 item estd errado. Nestes crimes 0 IP pode ser iniciado de oficio, por requerimento da vitima ou por requisi¢o do Juiz ou do MP, conforme art. 5°, Te Il do CPP; C) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poder mandar arquivar autos de IP, conforme prevé o art. 17 do CPP; D) ERRADA: Se 0 indiciado estiver preso o IP deve terminar em 10 dias, improrrogaveis, conforme prevé o art. 10 do CPP; E) ERRADA: 0 item esta errado, eis que IP é DISPENSAVEL, pois sua finalidade é angariar prova da materialidade e indicios da autoria do delito. Se o titular da aco penal ja dispde destes elementos, o IP ndo precisa ser instaurado. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETTRA A. 48. (FCC - 2008 - PGM-SP —- PROCURADOR) O inquérito policial a) tem rito préprio. b) interrompe o prazo para o oferecimento da queixa nos crimes de acio privada. c) é passivel de trancamento por meio de habeas corpus quando o fato investigado for atipico. d) obedece ao contraditério. e) é indispensavel para a propositura da acao penal CUMENIAKLUS: U inquerito policial nao possul um rito proprio, devendo ser conduzido pela Autoridade Policial da forma que entender mais produtiva para o esclarecimento dos fatos. Por ser DISPENSAVEL a propositura da ac&o penal, a instauracdo do IP nao interrompe o prazo decadencial para oferecimento da queixa, nos crimes de agdo privada. O IP, por ser um procedimento investigatério, de carater administrativo, ndo obedece ao contraditério, até porque nao ha acusacao, mas apenas investigacao. Contudo, o STF e o STJ admitem a utilizago do HC para trancar 0 andamento do IP quando o fato for atipico (e também em alguns outros casos). Vejamos: HABEAS CORPUS. ESTELIONATO. ALEGADA FALTA DE JUSTA CAUSA PARA A INSTAURAGAO DE INQUERITO POLICIAL. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO & VALORACAO DE PROVAS. INVIABILIDADE DE ANALISE DA TESE NA VIA ELEITA. 1. O trancamento de inquérito policial ou de acao penal em sede de habeas corpus é medida excepcional, sé admitida quando restar provada, inequivocamente, sem a necessidade de exame valorativo do conjunto fético ou probatério, a atipicidade da conduta, a ocorréncia de causa extintiva da punibilidade, ou, ainda, a auséncia de indicios de autoria ou de prova da materialidade do delito. () (RHC 30.872/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 26/06/2012, DJe 01/08/2012) Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 49. (FCC - 2011 - TRF 1 - TECNICO JUDICIARIO) Arquivado o inquérito policial por despacho do juiz, a requerimento do Ministério Publico, a acéo penal a) s6 podera ser instaurada com base em novas provas. b) sé poderd ser instaurada se o pedido de arquivamento do Ministério Publico tiver se baseado em prova falsa. c) nao podera mais ser instaurada por ter se exaurido a atividade de acusacao. d) n&o podera mais ser instaurada, pois implicaria revisdo prejudicial ao acusado. e) sé podera ser instaurada se houver requisicdo do Procurador-Geral de Justiga. COMENTARIOS: Nos termos do art.18 do CPP, arquivado o IP por falta de base para a dentncia, a autoridade policial somente poderd proceder a novas pesquisas se tiver noticia de PROVAS NOVAS. Sendo esta a condig&o para a reabertura do IP, quando jé arquivado pelo Juiz, da mesma forma so se admitira a propositura da acdo penal nestas condigées. Vejamos: Art, 18. Depois de ordenado 0 arquivamento do inquérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial poder proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E£ A LETRA A. 50. (FCC - 2011 - TRF 1 - ANALISTA JUDICIARIO) O inquérito policial a) poder ser arquivado por determinagSo da autoridade poli que através de despacho fundamentado. b) pode ser presidido pelo escrivao de policia, desde que as realizadas sejam acompanhadas pelo Ministério Publico. c) n&o exige forma especial, é inquisitivo e pode nao ser escrito, em decorréncia do principio da oralidade. d) sera remetido a juizo sem os instrumentos do crime, os quais serao devolvidos ao indiciado. e) nao é obrigatério para instruir a aco penal ptiblica que podera ser instaurada com base em pecas de informagao. COMENTARIOS: 0 IP é um procedimento de natureza administrativa, de forma necessariamente ESCRITA (art. 9° do CPP), presidido pela autoridade policial, que nao podera arquiva-lo (art. 17 do CPP). Ao final do IP, seus autos serao remetidos ao Juiz com os instrumentos do crime, nos termos do art. 11 do CPP. Embora seja de grande importancia na maioria das vezes, o IP é um procedimento DISPENSAVEL, ou seja, a acdo penal pode ser ajuizada com base em outros elementos de convicg&o, como as pecas de informagao. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. 51. (FCC - 2010 - TJ-PI - ASSESSOR JURIDICO) Segundo o estabelecido no Cédigo de Processo Penal, no curso do inquérito policial, a) por se tratar de peca informativa, nao é permitido ao in requerer diligéncia. b) © ofendido n&o podera requerer ar a instauragdo de inquérito pol ©) 0 ofendido € 0 indiciado poderdo requerer dil d) 0 indiciado nao poderé requerer diligéncia, medida reservada apenas para 0 ofendido. e) somente o ofendido habilitado como assistente do Ministério Publico podera requerer diligénci COMENTARIOS: Tanto o ofendido quanto o indiciado poderao requerer diligéncias, que sero deferidas ou nao pela autoridade policial, nos termos do art. 14 do CPP: Art. 14. 0 ofendido, ou seu representante legal, @ 0 indiciado poderéo requerer qualquer diligéncia, que seré realizada, ou no, a julzo da autoridade. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. ido igéncia, muito embora possa 52. (FCC - 2010 - TRF 4 - TECNICO JUDICIARIO) Se 0 acusado estiver preso preventivamente o inquérito policial devera terminar dentro do prazo de a) 30 dias, contado 0 prazo a partir da data da instauracao do inqué: pela Autoridade Policial. b) 10 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisao. ) 10 dias, contado o prazo a partir da data da instauracéo do inquérito policial pela Autoridade Policial. d) 30 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisao. e) 15 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de pris&o. COMENTARIOS: 0 prazo para a conclusao do IP, no caso de estar o indiciado preso preventivamente, é de 10 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisdo. Vejamos: Art. 10. O inquérito deverd terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipétese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisdo, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fianca ou sem ela, Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. (FCC - 2011 - TRF 1 - TECNICO JUDICIARIO) ivado o inquérito policial por despacho do juiz, a requerimento do Ministério Publico, a acdo penal a) s6 podera ser instaurada com base em novas provas. b) sé poderd ser instaurada se o pedido de arquivamento do Ministério Publico tiver se baseado em prova falsa. c) nao podera mais ser instaurada por ter se exaurido a atividade de acusagao. d) no podera mais ser instaurada, pois implicaria revisdo prejudicial ao acusado. e) s6 podera ser instaurada se houver requisicdo do Procurador-Geral de Justiga. COMENTARIOS: 0 CPP estabelece que, neste caso, o IP somente podera ser retomado se houver noticia de prova nova. Vejamos: Art. 18. Depois de ordenado 0 arquivamento do inquérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial poderd proceder 2 novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia. Contudo, a simula 524 do STF é mais especifica, direcionando-se ao préprio ajuizamento da acéio penal: Sumuia 924 Go >IT: arquivaco 0 4r por gespacno ao Juiz, a requerimento ao promotor de justica, néo pode a acao penal ser iniciada sem novas provas’. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 54. (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR NOTARIAL) Nos crimes de acdo exclusivamente privada, o inquérito policial devera ser instaurado aa requerimento escrito de qualquer pessoa que tiver conhecimento do ‘ato. b) pela autoridade policial, de oficio. c) a requerimento de quem tenha qualidade para intenta-la. d) através de requisicao do Ministro da Justica. e) a requerimento verbal de qualquer pessoa que tiver conhecimento do fato. COMENTARIOS: 0 inquérito policial, neste caso, somente podera ser instaurado a requerimento de quem tenha qualidade para ajuizar a ac3o penal privada. Vejamos: Art. 50(...) § 50 Nos crimes de aco privada, a autoridade policial somente poderé proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intenta-la, Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 55. (FCC - 2012 - MPE-PE - ANALISTA) Instaurado o inquérito policial por crime de acdo penal pul autoridade policial formulou pedido de prazo para a sua ‘conclusio. O juiz, no entanto, entendendo que nao ha prova suficiente da autoria, a requerimento do indiciado, determinou o arquivamento dos autos. Nesse caso, 0 juiz a) sé poderia ordenar o arquivamento se houvesse requerimento do Ministério Publico nesse sentido. b) s6 poderia ordenar o arquivamento antes do encerramento do inquérito se houvesse representacio da autoridade policial nesse sentido. c) poderia mandar arquivar o inquérito independentemente do assentimento do Ministério Publico e da autoridade policial. d) s6 poderia ordenar o arquivamento se o crime fosse de agSo penal privada. e) s6 poderia ordenar o arquivamento se o publica condicionada 4 representacao do ofen: COMENTARIOS: Neste caso, o magistrado s6 poderia ordenar o arquivamento se houvesse requerimento do Ministério PUblico nesse sentido, pois o MP é o titular da ag3o penal ptiblica. Vejamos o art. 28 do CPP: ie fosse de acéo penal jo. AIT. £8. >@ 0 O7ga0 Go Ministerio FuDIICO, a0 inves Ge apresentar a genuncia, requerer 0 arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer pecas de informacao, 0 juiz, no caso de considerar improcedentes as razées invocadas, faré remessa do inquérito ou pecas de informacao ao procurador-geral, e este oferecerd a dentincia, designaré outro érgao do Ministério Publico para oferecé-la, ou insistiré no pedido de arquivamento, 20 qual sé entdo estard o juiz obrigado a atender. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E£ A LETRA A. 56. (FCC - 2012 - TRF2 - ANALISTA JUDICIARIO) Na dindmica do inquérito policial NAO se inclui a) 0 reconhecimento de pessoas e coisas. b) as acareacées. c) 0 pedido de priséo temporaria. d) a apreensdo dos objetos que tiverem relacéo com o fato, apos liberados pelos peritos criminais. e) a apresentagdo, através de advogado, de defesa preli do indiciado. COMENTARIOS: Nao ha que se falar, no bojo do inquérito policial, de defesa preliminar, por auséncia de previsdo legal, por uma raz3o simples: No inquérito no ha acusacio, logo, nao ha do que se defender. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. inar por parte 57. (FCC - 2012 - TRF2 - TECNICO JUDICIARIO) O inquérito policial a) sera presidido pelo escrivao, sob a orientaco do Delegado de Policia. b) sé podera ser iniciado através de requisigaéo do Ministério Publico ou do juiz. c) sera acompanhado, quando concluido e remetido ao férum, dos instrumentos do crime, bem como dos objetos que interessarem a prova. d) podera ser arquivado pela autoridade policial ou pelo Ministério Publico quando o fato nao constituir crime. e) é indispensavel para o oferecimento da denuncia, néo podendo o Ministério Pdblico dispensa-lo. COMENTARIOS: A) ERRADA: O IP é presidido pela autoridade policial, que é 0 Delegado de Policia, endo o escrivao. B) ERRADO: 0 IP pode ser iniciado, ainda, de oficio, a requerimento da vitima (ou seus sucessores) ou por requisicSo do Ministro da Justica, cada uma das formas em casos especificos. C) CORRETA: Trata-se da previsao contida no art. 11 do CPP: Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem 4 prova, acompanharao os autos do inquérito. D) ERKADA: U Item esta errado, pois a autoridade policial NUINLA podera manaar arquivar autos do IP. Vejamos: Art. 17. A autoridade policial néo poderé mandar arquivar autos de inquérito. E) ERRADA: O item esta errado, pois uma das caracteristicas do IP 6 a dispensabilidade, ou seja, o titular da ac&o penal podera ajuiza-la independentemente do IP, que tem a Unica finalidade de angariar elementos de prova. Se estes jé existirem, nada impede que o titular dispense o IP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 58. (FCC - 2012 - TJ-RJ - COMISSARIO DA INFANCIA E JUVENTUDE) Em relacdo ao inqué! policial, é correto afirmar que a) a autoridade policial podera mandar arquivar autos de inquérito. b) 0 ofendido podera requerer qualquer diligéncia, que sera realizada, ou no, a juizo da autoridade. c) podera ser iniciado, por requerimento do Ministério Publico, nos crimes de ac&o penal privada. d) devera ser encerrado em cinco dias, estando 0 indiciado preso. e) nao pode ser iniciado de oficio, mesmo nos crimes de acdo penal publica incondicionada. COMENTARIOS: A) ERRADA: O item esté errado, pois a autoridade policial NUNCA poderé mandar arquivar autos do IP. Vejamos: Art. 17. A autoridade policial néo poderé mandar arquivar autos de inquérito. B) CORRETA: Tanto 0 ofendido quanto o indiciado poderao requerer diligéncias, que sero realizadas ou no a critério da autoridade policial: Art. 14. 0 ofendido, ou seu representante legal, € 0 indiciado poderéo requerer qualquer diligéncia, que serd realizada, ou nao, a julzo da autoridade. C) ERRADA: Item errado, pois, neste caso, depende de requerimento de quem tenha qualidade para ajuizar a aco penal, nos termos do art. 5°, §5° do CPP. D) ERRADA: No caso de indiciado preso o IP deverd ser encerrado em 10 dias, por forca do art. 10 do CPP. E) ERRADA: Nestes crimes 0 IP pode ser iniciado de oficio, nos termos do art. 5°, I do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 59. (FCC - 2012 - TRE-PR - ANALISTA JUDICIARIO) O inquérito policial a) podera ser instaurado mesmo se ndo houver nenhuma suspeita quanto a autoria do delito. b) n&o poderd ser instaurado por requisicao do Ministério Publico. c) s6 poder ser instaurado para apurar crimes de ado publica. ) poae ser arquivaao pelo velegaao Gerat ae vouicia. ) poderé ser iniciado nos crimes de agao penal publica con a representacao do ofendido. COMENTARIOS: A) CORRETA: Nao é necessario qualquer indicio de autoria para que o IP seja instaurado, bastando que haja indicios da materialidade (existéncia) do delito. B) ERRADA: Item errado, pois o IP pode ser instaurado por requisic&o do MP, nos termos do art. 5°, II do CPP. C) ERRADA: Item errado, pois o IP pode ser instaurado para apurar quaisquer crimes, seja de ago penal ptiblica ou privada. D) ERRADA: Item errado, pois a autoridade policial nunca podera mandar arquivar autos de IP, por forga do art. 17 do CPP. E) ERRADA: Item errado, pois nestes crimes a representagao da vitima é condiga0 para a instauragfo do IP, nos termos do art. 5°, §4° do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 60. (FCC - 2012 - TRE-PR - ANALISTA JUDICIARIO) 0 inquérito policial, em regra, deverd terminar no prazo a) estabelecido pela autoridade policial, tendo em vista a complexidade das investigagoes. b) de 10 dias, se o indiciado estiver preso preventivamente ou em flagrante. c) de 20 dias, se 0 indiciado estiver solto, mediante fiancga ou sem ela. d) de 30 dias, se o indiciado estiver preso preventivamente ou em flagrante. e) de 60 dias, se o indiciado estiver solto, mediante fianga ou sem ela. COMENTARIOS: 0 IP devera ser encerrado em 30 dias, no caso de indiciado solto, ou em 10 dias, caso 0 indiciado esteja preso. Vejamos: Art. 10. 0 inquérito deveré terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado 0 prazo, nesta hipétese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisdo, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fianca ou sem ela. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 61. (VUNESP - 2016 - IPSMI - PROCURADOR) Uma vez relatado o inquérito policial, a) 0 delegado pode determinar o arquivamento dos autos. b) o Promotor de Justica pode denunciar ou arquivar o feito. c) 0 Promotor de Justica pode denunciar, requerer o arquivamento ou requisitar novas diligéncias. @) 0 surz poae, aiante ao peaiao ae arquivamento, inaicar outro promotor para oferecer dentncia. e) a vitima pode, uma vez determinado o arquivamento, iniciar agdo penal substitutiva da publica. COMENTARIOS: Uma vez relatado e concluido o IP, em se tratando de crime de ac&o penal publica, 0 membro do MP pode oferecer dentincia, requerer o arquivamento do IP ou requisitar a realizacéo de novas dilig€ncias, na forma do art. 28 c/c art. 16 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 62. (VUNESP - 2015 - PC-CE - DELEGADO DE POLICIA) © inquérito policial, nos crimes em que a acéo publica depender de representacao, } nos crimes de acao privada, a autoridade policial somente poder proceder a inquérito Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas. a) depende de queixa crime para sua instauracao ... apés colher o consentimento da vitima ou de terceiro patrimonialmente interessado na investigacao do fato b) pode ser instaurado independentemente dela, mas sé pode embasar acdo penal apés manifestacdo positiva da vitima ... apés oferecimento de queixa crime c) 6 pode ser iniciado se nado houver transcorrido o prazo decadencial de seis meses ... quando acompanharem a representacdo do ofendido o nome e qualificacao de ao menos trés testemunhas d) nao podera sem ela ser iniciado ... a requerimento de quem tenha qualidade para intenta-la e) depende de queixa crime para sua instauracdo ... apds oferecimento de queixa crime COMENTARIOS: Nos crimes de acéo penal ptiblica condicionada a representacéio, o IP n&o poderd sem ela ser iniciado. J4 nos crimes de ac&o penal privada a autoridade so podera instaurar o IP a requerimento de quem tenha qualidade para ajuizar a aco penal. Isso que dispdem os §§ 4° € 5° do art. 5° do CPP: Art. 5°(...) § 40 0 inquérito, nos crimes em que a aco publica depender de representago, no poderé sem ela ser iniciado. § 50. Nos crimes de acao privada, a autoridade policial somente poderé proceder 2 inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intenté-la. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 63. | (VUNESP - 2015 - PC-CE - INSPETOR DE POL{CIA) A respeito ao inquerito poticial, proceaimento aiscipiinago pelo Loaigo de Processo Penal, é correto afirmar que a) os instrumentos do crime néo acompanharéo os autos do inquérito. b) o inquérito nao acompanhara a dentncia ou queixa, ainda que sirva de base a uma ou outra. ¢) ao término do inquérito, a autoridade policial fara minucioso relatorio do que tiver sido apurado e enviara os autos ao membro do ministério publico, nos termos do § 10 do artigo 10. d) nos crimes de aco privada, a autoridade p podera proceder a inquérito, independentemente de requerimento de quem tenha qualidade para intenta-la e) © inquérito, nos crimes em que a acdo ptiblica depender de representacdo, néo podera sem ela ser iniciado. COMENTARIOS: A) ERRADA: Os instrumentos do delito, bem como os objetos que interessarem para fins de prova, acompanhar&o os autos do inquérito, nos termos do art. 11 do CPP. B) ERRADA: O IP acompanharé a dentincia ou queixa, sempre que servir de base para a inicial acusatéria (denuncia ou queixa), nos termos do art. 12 do CPP. C) ERRADA: A autoridade policial, nos estritos termos do que dispde o CPP, apés o relatorio, remetera os autos do IP ao Juiz. D) ERRADA: Nos crimes de aco penal privada a autoridade sé podera instaurar 0 IP a requerimento de quem tenha qualidade para ajuizar a ac&o penal. Isso é que prevé o § 5° do art. 5° do CPP. E) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previséo do §4° do art. 5° do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. 64. (VUNESP - 2015 - PC-CE - INSPETOR DE POL{CIA) Sobre os prazos para a conclusao do inquérito policial, € correto afirmar que a) se for decretada priséo temporaria em crime hediondo, o indiciado pode permanecer preso por até noventa dias, sem que seja necesséria a conclusao do inquérito. b) nos crimes de competéncia da Justica Federal, o prazo é de quinze dias, prorrogaveis por mais quinze, em regra. c) para os crimes de tr4fico de drogas o prazo é de dez dias improrrogaveis. d) se o in do estava solto ao ser decretada sua prisdo preventiva, o prazo de dez dias conta-se da data da decretacdo da prisdo. ) a autoridade policial possui o prazo de trinta dias improrrogaveis para todos os casos previstos na legislacdo processual penal. COMENTARIOS: a) ERKAVA: No caso de crimes nedlonaos, caso tenna sido decretada a prisao temporaria, 0 prazo para a conclusao do IP passa a ser de 60 dias. Isso porque a priséo temporaria em caso de crime hediondo tem o prazo de 30 dias, prorrogaveis por mais 30 dias. Como a prisdo temporaria sé tem cabimento durante a fase de investigaco, isso faz com que o prazo para a conclusdo do IP acompanhe o prazo da priséo temporéria. b) CORRETA: Item correto, pois em se tratando de crimes da competéncia da Justica Federal, o prazo para concluséo do IP é de 15 dias, prorrogaveis por mais 15 dias (em regra). c) ERRADA: Item errado. Em se tratando de crimes da Lei de Drogas, o prazo para a concluséio do IP é de 30 dias para indiciado preso e 90 dias para indiciado solto, ambos prorrogaveis por igual periodo. d) ERRADA: O prazo para a conclusao do IP, no caso de indiciado preso, é contado da data da EFETIVACAO da prisdo, nao da decretacao. e) ERRADA: Item errado, pois como vimos, ha diversos prazos diferentes, a depender de cada caso. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 65. (VUNESP - 2015 - PC-CE - ESCRIVAO DE POLICIA) Com relacéo as previsées relativas ao Inquérito Policial no Cédigo de Processo Penal, é correto afirmar que a) © inquérito, nos crimes em que a acéo ptiblica depender de representacao, podera, sem ela, ser iniciado, mas seu encerramento dependera da juntada desta. b) durante a instrugéo do Inquérito Policial, séo vedados os requerimentos de diligéncias pelo ofendido, ou seu representante legal; e pelo indiciado, em virtude da sua natureza inquisitorial. c) nos crimes em que nao couber acio publica, os autos do inquérito permanecerdo em poder da autoridade policial até a formalizacao da iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, condicdo esta obrigatéria para a remessa dos autos ao juizo competente. d) todas as pecas do inquérito policial seréo, num sé processado, las a escrito ou datilografadas e, nesse caso, rubricadas pela lade. e) qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existéncia de infracgao penal em que caiba acao publica podera, por escrito, comunica- la a autoridade policial, sendo vedada a comunicacéo verbal. COMENTARIOS: a) ERRADA: Nos crimes de ag&o penal publica condicionada a representacao, o IP no podera sem ela ser iniciado. Isso 6 que prevé o § 4° do art. 5° do CPP. b) ERRADA: Item errado, pois 0 ofendido (e seu representante legal) e 0 indiciado podem requerer a autoridade policial a realizacdo de diligéncias, nos termos do art. 14 do CPP. c) ERRADA: Item errado, pols nos crimes de acao penal privada “os autos ao inquérito seréo remetidos ao juizo competente, onde aguardarao a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou seréo entregues ao requerente, se 0 pedir, mediante traslado”, conforme estabelece o art. 19 do CPP. d) CORRETA: Trata-se da exata previsdo contida no art. 9° do CPP. e) ERRADA: Item errado, pois a comunicag&o da ocorréncia de crime (delatio criminis) pode ser por escrito ou verbal, nos termos do art. 5°, §3° do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 66. (VUNESP - 2015 - PC-CE - ESCRIVAO DE POLICIA) Assinale a alternativa correta no que tange ao arquivamento do Inquérito Policial, segundo o disposto no Cédigo de Processo Penal. a) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judicidria, por falta de base para a dentncia, a autoridade policial somente podera proceder a novas pesquisas com autorizacgéo da autoridade judiciaria que determinou o arquivamento. b) A autoridade ps jal podera mandar arquivar autos de inquérito. ¢) Depois de ordenado 0 arquivamento do inquérito pela autoridade judiciaria, por falta de base para a denuncia, a autoridade policial nao poder proceder a novas pesquisas se de outras provas tiver noticia. d) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciaria, por falta de base para a denincia, a autoridade policial podera proceder a novas pesquisas se de outras provas tiver noticia. e) A autoridade policial poderé mandar arquivar autos de inquérito somente nos casos em que for constatada atipicidade da conduta. COMENTARIOS: a) ERRADA: Neste caso, a autoridade policial n’io depende de autorizagao da autoridade Judiciéria, podendo retomar as investigacdes, DESDE QUE tenha noticia do surgimento de prova NOVA, nos termos do art. 18 do CPP. b) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poderé mandar arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. c) ERRADA: item errado, pois, neste caso, a autoridade policial poderé retomar as investigagdes, DESDE QUE tenha noticia do surgimento de prova NOVA, nos termos do art. 18 do CPP. d) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsdio contida no art. 18 do CPP. ) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poderé mandar arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. ®/. (VUNESP ~ 2014 - PREFELIUKA DE SAU JUSE DU KLU PREIU — PROCURADOR MUNICIPAL) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito. } 0 inquérito, nos crimes em que a acao publica depender de representacao, ” Preenchem as lacunas, completa, correta e respectivamente, as seguintes expressées: a) cabera recurso para o Juiz Corregedor ... ndo podera sem ela ser iniciado b) cabera recurso pai Juiz Corregedor ... s6 pode ser instaurado mediante requisicéo ministerial c) caberd recurso para o chefe de Policia ... néo poderd sem ela ser iniciado d) caber4 recurso para o chefe de Policia ... s6 podera ser instaurado mediante apresentacio de prova do fato e) n&o cabera recurso ... s6 podera ser instaurado mediante apresentagao de prova do fato COMENTARIOS: As lacunas sao preenchidas facilmente com a andlise dos §§ 2° e 4° do art. 5° do CPP: Art. 5° (...) § 20 Do despacho que indeferir 0 requerimento de abertura de inquérito caberd recurso para o chefe de Policia. § 40 O inquérito, nos crimes em que a ago publica depender de representacéo, néo poderé sem ela ser iniciado. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 68. (VUNESP - 2014 - TJ-PA - ANALISTA JUDICIARIO) Nos termos do quanto determina o § 4 do art. 5.° do CPP, o inquérito que apura crime de acdo publica condicionada a) depende, para instauragao, da respectiva representacao. b) deve ser instaurado de oficio pela autoridade policial. c) deve ser instaurado apés minucioso relatério da autoridade. d) depende, para instauracdo, da indicacaéo de testemunhas idéneas do fato a ser apurado. e) deve ser instaurado no prazo de 6 (seis) meses contados da data do fato. COMENTARIOS: Nos crimes de acéo penal publica condicionada a representacdo, o IP nao podera sem ela ser iniciado. Isso 6 que prevé 0 § 4° do art, 5° do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 69. (VUNESP - 2014 - PC-SP - DELEGADO DE POLICIA) Nos termos ao paragrato terceiro ao art. >.” ao LHP: “qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existéncia de infragdo penal em que caiba agSo publica poderd, verbalmente ou por escrito, comunica-la A autoridade policial, e esta, verificada a procedéncia das informagées, mandara instaurar inquérito policial”. Assim, € correto afirmar que a) sempre que tomar conhecimento da ocorréncia de um ime, a autoridade policial dever4, por portaria, instaurar inquérito poli b) por delatio crii entende-se a autorizacao formal da vitima para que seja instaurado inquérito policial. ¢) o inquérito policial ser4 instaurado pela autoridade policial apenas nas hipéteses de aco penal publica. d) a noticia de um crime, ainda que anénima, pode, por si s6, suscitar a instauracéo de inquérito ps ) é inadmissivel o anonimato como causa suficiente para a instauragdo de inquérito policial na modalidade da delatio criminis, entretanto, a autoridade policial podera investigar os fatos de off COMENTARIOS: a) ERRADA: Item errado, pois a autoridade deverd analisar se existem os elementos minimos de convicc&o para a instauracéo do IP. Além disso, em se tratando de crimes de aco penal privada ou publica condicionada, a autoridade somente podera instaurar o IP se houver requerimento (da vitima ou de quem tenha qualidade para ajuizar a aco penal) ou representag&o do ofendido. b) ERRADA: Item errado, pois a delatio criminis é a noticia de crime levada por qualquer pessoa a autoridade policial. Pode ser simples, quando se limita a comunicacao do fato delituoso, e pode ser POSTULATORIA, quando é realizada pela vitima (ou quem tenha qualidade para ajuizar queixa-crime ou oferecer representacao), requerendo a autoridade a adogao de providéncias (instauracao de IP), servindo como representacéo. Assim, apenas a delatio criminis postulatéria se enquadra no conceito dado pelo enunciado. c) ERRADA: A autoridade policial pode instaurar IP em relag3o a crimes de ac3o penal publica ou privada, variando apenas os requisitos. d) ERRADA: A dentincia anénima (delatio criminis inqualificada) no pode servir, por si s6, para a instauracao do IP. Segundo entendimento do STF, nestes casos, a autoridade policial deve proceder a uma “averiguacao prévia” da procedéncia das informagées (diligéncias preliminares) e, se for o caso, ai sim instaurar o IP, de oficio. ) CORRETA: Item correto, pois este é 0 exato entendimento do STF sobre o tema. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. 70. (VUNESP - 2014 - PC-SP - INVESTIGADOR DE POLICIA) O inquérito policial a) somente sera instaurado por determinacado do juiz competente. D) poae ser arquivaao por aeterminagao aa autoriaage vouicial. c) estando o indiciado solto, devera ser concluido no maximo em 10 dias. d) nos crimes de ac&o ptiblica podera ser iniciado de oficio. e) no poderé ser iniciado por requisig’o do Ministério Publico. COMENTARIOS: a) ERRADA: O IP pode ser instaurado por diversas formas (de oficio, por requisigéo do MP, etc.). b) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poderé mandar arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. c) ERRADA: Estando 0 indiciado solto 0 prazo para a conclusao do IP é de 30 dias, prorrogaveis. d) CORRETA: Item correto, pois nos crimes de ago penal pliblica o IP pode ser instaurado de oficio, ainda que seja necessario, no caso de crime de aco penal ptblica condicionada & representacio, que a autoridade jé disponha de manifestagao inequivoca da vitima (representag&o) no sentido de que deseja a persecugdo penal. e) ERRADA: Item errado, pois 0 IP pode ser instaurado por requisigéo do MP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 71. | (VUNESP - 2014 - SAAE-SP -PROCURADOR JURIDICO) A autoridade_policial mandar arquivar autos de inquérito. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciaria, por falta de base para a dendncia, a autoridade policial proceder a novas pesquisas, de outras provas tiver noticia. Completam, adequada e respectivamente, as lacunas as expressdes: a) podera ... podera ... se b) nao poder ... poderé ... se c) nao podera ... nao podera ... a menos que d) excepcionalmente podera ... podera ... desde que ) deve, quando nao constatar crime, ... ndo podera ... a menos que COMENTARIOS: 0 item correto é a letra B, pois representa fielmente o que consta nos arts. 17 e 18 do CP: Art. 17. A autoridade policial néo poderd mandar arquivar autos de inquérito. Art. 18, Depois de ordenado 0 arquivamento do inquérito pela autoridade judicidria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial poderd proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia. Tais dispositivos vedam o arquivamento por parte da autoridade policial e, em caso de arquivamento (pelo Juiz, sempre), a autoridade policial somente poderé proceder a novas diligéncias investigatérias se de OUTRAS provas tiver noticia. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. 72. (WUNESP - 2013 - TJ-SP - JUIZ) Da decis&o judicial que determina o arquivamento de autos de inquérito pe I, a pedido do ério Pul a) cabe carta testemunhavel. b) cabe recurso de apelacdo. c) cabe recurso em sentido estrito. d) n&o cabe recurso. COMENTARIOS: Desta decisio n&o cabe qualquer recurso, conforme entendimento dos Tribunais Superiores: HABEAS CORPUS. APROPRIACAO INDEBITA QUALIFICADA. AUTOS DO INQUERITO POLICIAL ARQUIVADO, POR DECISAO DO JYIZ, A REQUERIMENTO DO PROMOTOR DE JUSTIGA, COM BASE NA POSSIVEL OCORRENCIA DA PRESCRICAO VIRTUAL. OFENSA ‘AO PRINCIPIO DA LEGALIDADE, MANDADO DE SEGURANCA MANEJADO PELA VITIMA. TERCEIRO INTERESSADO. POSSIBILIDADE. SUMULA 524/STF. NAO INCIDENCIA. 3. De outra parte, também no se desconhece a jurisprudéncia pacifica desta Corte e do Supremo Tribunal Federal no sentido de que nao cabe recurso da decisao judicial que, acolhendo manifestacao do Ministério Publico, ordena o arquivamento de inquérito policial por auséncia de justa causa. () 8. Habeas corpus denegado. HC n° 66.171/SP julgado prejudicado, por possuir idéntico pedido. (HC_123.365/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado em 22/06/2010, DJe 23/08/2010) Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA D. 73. (VUNESP - 2013 - MPE-ES - PROMOTOR DE JUSTICA) Considerando o teor da Simula vinculante n.° 14 do Supremo Tribunal Federal, no que diz respeito ao sigilo do inquérito policial, € correto afirmar que a autoridade policial. a) nao podera, em hipotese alguma, negar vista ao advogado, com procuracao com poderes especificos, dos dados probatérios formalmente anexados nos autos. b) nao poderd negar vista dos autos de inquérito policial ao advogado, entretanto a extrago de cépias reprograficas fica vedada. ) podera negar vista dos autos ao advogado caso os ele- mentos de prova do procedimento investigatério sejam sigilosos para a defesa d) podera negar vista dos autos ao advogado caso haja no procedimento investigatério quebra de sigilo bancario ou degravacéo de conversas decorrentes de interceptacdo telefénica e) poderé negar vista dos autos ao advogado sempre que entender pertinente para o bom andamento das investigacgées. CUMENTAKLUS: U advogado ao inaiciado, nos termos da sumula vinculante nv 14 do STF, deve ter acesso irrestrito aos elementos de prova JA DOCUMENTADOS nos autos do IP. Vejamos: “E direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, j4 documentados em procedimento investigatério realizado por érgao com competéncia de policia judiciaria, digam respeito ao exercicio do direito de defesa”. Ora, se ha alguma diligéncia a ser realizada e que n&o possa chegar ao conhecimento da defesa, sob pena de ser frustrada, somente deve ser juntada aos autos apés sua realizacao; Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 74, (VUNESP - 2009 - TJ/MT - JUIZ) Considerando-se o art. 28 do Cédigo de Processo Penal, se 0 érgao do apresentar a denincia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer pegas de informacdo, © juiz, no caso de considerar improcedentes as razées invocadas, fara remessa do inquérito ou das pecas de informacao ao procurador-geral, e este a) ofereceré a requisiggo para o oferecimento da dendn designando ira no pedido de arquivamento, ao qual sé entdo estara o juiz obrigado a atender. b) determinaré ao érgdo do Ministério Ptiblico o oferecimento da dentincia e, se este se recusar, designaré outro érgdo do Ministério Pablico para declaré-la, ou insistir no pedido de desisténcia, ao qual sé Publico e, se este se recusar, designara outro ioae a do Ministério Pdblico para declara-la, podendo este insistir no pedido de arquivamento, ao qual sé entao estara 9 juiz obrigado a atender. d) determinara ao érgdo do Ministério Publico a reviséo da dendncia e, se este se recusar, designara outro érgéo do Ministério PUblico para declara-la, ou insistira no pedido de desisténcia, ao qual sé entdo estara © Ministério Publico obrigado a atender. e) oferecera a dentncia, designara outro érgio do Ministério Pablico para oferecé-la, ou insistira no pedido de arquivamento, ao qual sé entao estar 0 juiz obrigado a atender. COMENTARIOS: Vejamos a redagio do art. 28 do CPP: Art. 28. Se 0 érgao do Ministério Publico, ao invés de apresentar a dentincia, requerer 0 arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer pecas de informacao, 0 juiz, no caso de considerar improcedentes as razées invocadas, faré remessa do ‘inquérito ou pecas de informac&o ao procurador-geral, e este oferecerd a dentincia, designard outro 6rgo do Ministério Publico para oferecé-la, ou insistiré no pedido de arquivamento, ao qual sé entao estard o juiz obrigado a atender. Vemos, assim, que 0 chete do MF podera concoraar ou alscordar do membro do MP. Se concordar, insistiré no pedido de arquivamento e o Juiz devera acatar. Se discordar, deverd ele préprio oferecer a deniincia ou designar outro membro do MP para que o faca. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E£ A LETRA E. 75. (VUNESP - 2013 - PC-SP —- INVESTIGADOR) Assinale a alternativa correta no que diz respeito as disposigées relativas ao Inquérito Policial previstas no Cédigo de Processo Penal. a) Incumbiré a autoridade policial no curso do Inquérito Poli representar acerca da prisdo preventiva. b) Caso vislumbre notéria atipicidade da conduta investigada, a jal podera determinar o arquivamento dos autos do c) Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem a prova, permaneceréo com a autoridade policial apés o encaminhamento dos autos do inquérito policial para analise do Ministério Publico e Poder jario, e seréo encaminhados, posteriormente, se o Juiz ou membro do Ministério Publico assim requisitarem. d) O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado néo poderéo requerer qualquer durante o curso do Inquérito Policial em virtude da natureza inquisitéria deste procedimento. e) Nas comarcas em que houver mais de uma circunscrig&o policial, a autoridade com exercicio em uma delas nao podera, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligéncias em circunscricdo de outra, sendo obrigatéria, para tanto, a existéncia de precatérias ou requisigées a autoridade competente daquela circunscri¢ao. COMENTARIOS: A) CORRETA: Uma das incumbéncias da autoridade policial, durante o IP, é representar ao Juiz pela decretacéo da preventiva, caso seja necessério, nos termos do art. 13, IV do CPP. B) ERRADA: A autoridade policial NUNCA podera mandar arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP. C) ERRADA: Tais objetos sero encaminhados ao Juiz juntamente com o IP, quando de sua conclusao. Vejamos: ‘Ad. 11. Os instrumentos do erime, bem como os objetos que inleressarem & prova, acompanharo 0s autos do inquerito D) ERRADA: Tanto o ofendido quanto o indiciado poder&o requerer diligéncias, cabendo a autoridade policial decidir pela sua realizaco, ou nao, nos termos do art. 14 do CPP. E) ERRADA: Item errado, pois o art. 22 do CPP dispde em sentido exatamente oposto: Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscricéo nalicial a autaridade cam exercicin em tima delas naderé nas inaudritas a aie ectaia proceaengo, oraenar anigencias em circunscricao ge outra, ingepengentemente ae precatérias ou requisicoes, e bem assim providenciard, até que compareca a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presenca, noutra circunscric&o. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA A. 76. (VUNESP - 2012 - TJ-RJ - JUIZ) Assinale a alternativa correta no que concerne ao regramento que o CPP da ao inquérito policial. a) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciaria, por falta de base para a dendncia, a autoridade policial nao poderé proceder a novas pesquisas, ainda que tenha noticia de outras Provas. b) Nos crimes de aco privada, a autoridade p | somente poderd proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intenta-la. c) Em qualquer crime de acao pui no é necessaria a representagao da vitima para que o inquérito seja iniciado. d) E irrecorrivel 0 despacho da autoridade pol requerimento de abertura de inquérito. COMENTARIOS: A) ERRADA: Neste caso, a autoridade policial somente podera proceder a novas diligéncias se de outras provas tiver noticia, ou seja, item errado, nos termos do art. 18 do CPP: Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial poderé proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia. B) CORRETA: Essa é a exata exigéncia do art. 5°, §5° do CPP: Art. 50. Nos crimes de aco pilblica 0 inquérito policial seré iniciado: Con) § 50, Nos crimes de acéo privada, a autoridade policial somente poderd proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intenté-la. C) ERRADA: A representacao somente nao é exigida nos crimes de ac&o penal publica INCONDICIONADA. Nos crimes de acéo penal publica CONDICIONADA A REPRESENTAGAO, esta é indispensdvel para a instauracdo do IP, nos termos do art. 5°, §4° do CPP. D) ERRADA: Item errado, pois cabe recurso ao chefe de policia: Art. 50 Nos crimes de aco publica 0 inquérito policial seré iniciado: onc) § 20 Do despacho que indeferir 0 requerimento de abertura de inquérito caberé recurso para o chefe de Policia. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA B. ial que indefere o 77. (WUNESP - 2014 - DESENVOLVESP - ADVOGADO) ve acorao com a regra ao art. 1u ao LPP, “o Inquerito aevera terminar no prazo de dias, se 0 indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipétese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisao, ou no prazo de. dias, quando estiver solto, mediante fianca ou sem ela.” Assinale a alternativa que preenche, adequada e respectiva- mente, as lacunas do texto. a) 5.15 b)5...30 c) 10... 30 d) 10... 90 e) 30...90 COMENTARIOS: 0 item que responde corretamente a questo é a letra C, pois o IP deve ser concluido em 30 dias, no caso de réu solto, ou 10 dias, no caso de réu preso. Vejamos: Art. 10. O inquérito deverd terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em fiagrante, ou estiver preso preventivamente, contado 0 prazo, nesta hipétese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisdo, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fianca ou sem ela. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA C. 7_GABAI EF Prcabarito 1. ALTERNATIVAD 2. ALTERNATIVA C 3. ALTERNATIVAB 4. ALTERNATIVAE 5. ALTERNATIVAB 6. ALTERNATIVAD 7. ALTERNATIVA C 8. ALTERNATIVAA 9. ALTERNATIVA D 10. ALTERNATIVAC 11. ALTERNATIVA D 12. ALTERNATIVAE 13. ALTERNATIVAC 14. ALTERNATIVA C 15. ALTERNATIVA C 1. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. . 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. S52. ALIEKNALLVAA ALTERNATIVA C ALTERNATIVA A ALTERNATIVA D ALTERNATIVA E ALTERNATIVA D ALTERNATIVA D ALTERNATIVA A ALTERNATIVA B ALTERNATIVA C ALTERNATIVA E ALTERNATIVA A ALTERNATIVA B ALTERNATIVA D ALTERNATIVA C ALTERNATIVA B ERRADA ALTERNATIVA E ALTERNATIVA C ALTERNATIVA B ALTERNATIVA D ALTERNATIVA E ALTERNATIVA C ALTERNATIVA C ALTERNATIVA B ALTERNATIVA D ALTERNATIVA C ALTERNATIVA B ALTERNATIVA A ALTERNATIVA C ALTERNATIVA C ALTERNATIVA A ALTERNATIVA C ALTERNATIVA A ALTERNATIVA E ALTERNATIVA C ALTERNATIVA B Ds. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. 75. 76. 77. ALIEKNALLVAA ALTERNATIVA C ALTERNATIVA A ALTERNATIVA E ALTERNATIVA C ALTERNATIVA B ALTERNATIVA A ALTERNATIVA B ALTERNATIVA C ALTERNATIVA D ALTERNATIVA E ALTERNATIVA B ALTERNATIVA D ALTERNATIVA D ALTERNATIVA C ALTERNATIVA A ALTERNATIVA E ALTERNATIVA D ALTERNATIVA B ALTERNATIVA D ALTERNATIVA A ALTERNATIVA E ALTERNATIVA A ALTERNATIVA B ALTERNATIVA C Mas é sempre bom revisar o porqué e como vocé pode ser prejudicado com essa pratica. Professor investe seu tempo paraclaboraros cursos 0 siteoscolocad verda, Pirala cra alunos fake praticando falsidade ideolégica, comprando cursos do siteem nomede pessoas aleatirias usando nome, CPF endereco e telefone deterceiras sem autorizacao). Pirata fere os Termas de Uso, adultera as aulas eretiraa identificagao dos arquivos POF (justamente porque a atividade ilegal eele ro quer quescusfakes sojam identificados) Concurseirola) desinformado participa de rateio, achando que nada disso esta acontecondo eesperando se tornar servidor puibico para exigiro ‘cumprimento das les. °@ 6 @ @ Piratadivulg icitamente (grupos de ratcio), utilizandose do anonimato, nomes falsos ou haranias (geralmenteo pratase anuncia como formadorde "grupos slidérios" de ratcio «que no visam cro). Pirata compra, muitas vees, clonando cartées de crédito (Gor vezeso sistema antifraude ‘ao consegue identificar ‘ogolpea tompa), Pirate revendeas aulas protezidas pordireitos autonis, praticando concorrénciadeskeal com flagrantedesrespeito a Lei deDireitos Autorais (Lei 9610/98). O professor que elaborou 0 cursonaoganta nada, osite no recebe nada, eapessoa que praticou todos osilicitos anteriores (pirata) fica com olucro,

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