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Reflexão dos módulos:

• Noções de fiscalidade;
• IVA;
• IRS.
Trabalho realizado por:
Ana Roías
Andreia Câmara
Cândida Amaral

ESCOLA PROFISSIONAL DA APRODAZ


Rua dos Mercadores nº 76, 9500-092 Ponta Delgada
Telefone 296 285 461  Fax 296 285 463
E-mail: geral@aprodaz.com
Imposto:
É uma prestação pecuniária, coactiva e unilateral,
estabelecida por lei ,a favor do estado ou de outro ente
público sem carácter de sanção com finalidades fiscais
(receitas) ou extra fiscais (redistribuição social).
Sujeitos da obrigação do Imposto:
Sujeito Activo: titular do direito á prestação do imposto.
A lei atribui esta titularidade ao Estado e aos outros
entes públicos .
Sujeito passivo: é a obrigação fiscal aquele a quem
compete o dever da prestação do imposto.

Base tributável: o que pode ou deve ser tributado.

IVA: O IVA visa em tributar todo o consumo em bens


materiais e serviços abrangendo todas as fases do
circuito económico, desde a produção ao retalho
sendo a base tributável limitada ao valor acrescentado
em cada fase.
Características do IVA:
Imposto geral sobre o consumo: incidindo sobre as
transmissões de bens, prestações de serviços,
importações e aquisições intracomunitárias.

Imposto plurifásico não cumulativo: pagamento


fraccionado em todas as fases do circuito
económico, através do método do credito do
imposto.
Fundamentado na 6ª directiva: datada de 1977 mas
com alterações posteriores, continua a
“harmonizar” a U.E em matéria de IVA.
Princípio de tributação no país de destino: tributam-
se as importações e aquisições
intracomunitárias de bens, enquanto as saídas
(exportações) e transmissões intracomunitárias
de bens beneficiam de isenção completa.
Baseado em três regimes de tributação: um regime
normal e dois regimes especiais :
- de isenção (art.53º do CIVA)
- dos pequenos retalhistas (art.60º do
CIVA)
Três taxas distintas: actualmente existem três taxas
no CIVA:
Continente Regiões Autónomas
-Reduzida :(6%) -Reduzida: (4%)
Intermédia: (13%) Intermédia: (9%)
Normal: (21%) Normal: (15%)

Matéria Colectável: Grandeza sobre a qual recai/incide a


taxa de imposto.

Colecta: Resulta da aplicação da taxa á matéria


colectável. O imposto a pagar será obtido após
agravamentos e deduções a efectuar á colecta,
deduzida de eventuais adiantamentos já
efectuados.
Tipos de matéria colectável:
 Rendimento: IRS, IRC e derrama;
 Despesa: IVA, IA e ISPP;
 Riqueza: Usufruto de bens (IMI,IMT,IMV) .
IRS: É um imposto sobre o rendimento de
pessoas singulares estipulado e aprovado pelo
decreto lei nº442A/88. Dentro da classe dos
impostos é classificado como um imposto
directo porque recaí sobre o rendimento.
O IRS é:
Directo: incide sobre o rendimento;
Pessoal: incide sobre pessoas singulares;
Estadual: é tributado pelo Estado;
Periódico: é apurado anualmente;
Ordinário: não se trata de um imposto especial;
Progressivo: é proporcional aos rendimentos
tributados.
Isenção: é um benefício fiscal concedido
excepcionalmente pela lei, a certos sujeitos
passivos para não ficarem na obrigação do
imposto.

Isenções do IVA:
 Completas: quando o sujeito passivo não
liquida mas deduz o imposto;
 Incompletas ou simples: o sujeito passivo não
liquida e não deduz.
Trabalho elaborado por:
Ana Roías
Andreia Câmara
Cândida Amaral
O IRC entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de
1989, e tem o seu suporte legal no código do
Imposto sobre o rendimento das pessoas
colectivas (CIRC), aprovado pelo decreto de lei
nº442B/88, com as devidas alterações no
Orçamento de Estado.

IRC: é um imposto que recaí sobre as pessoas


colectivas, que apresentam rendimentos à
actividade económica desenvolvida.
Características do IRC:
 Directo – incide sobre os rendimentos das
pessoas colectivas;
 Estadual – é tributado pelo Estado;
 Periódico – é apurado anualmente;
 Proporcional – é proporcional aos
rendimentos tributados;
 Real – incide sobre a actividade económica.
Incidência Objectiva - segundo os artigos 1º e
3º do CIRC, em que definem os lucros e os
rendimentos sujeitos a imposto, quando obtidos
pelos sujeitos passivos:
 Entidades residentes e não residentes.
Incidência Subjectiva – consideram-se sujeitos
passivos de IRC, todos os que se encontram
contemplados no:
 Art.2º, nº1 al. a), b) e c) e o nº 2 e 3 do CIRC.
Isenções
Estão isentas de IRC: (art.9º, 10º e 11º do CIRC)
O Estado;
 As Regiões Autónomas;
 As Autarquias Locais;
 As Associações Munícipes:
 As Associações de freguesia que não exerçam
actividade comercial, industrial e agrícolas;
 As instituições de segurança social e
providência.
Não são abrangidas pelas isenções referidas:
 Os rendimentos Fabris das Forças Armadas,
provenientes de actividades relacionadas com a
defesa e segurança Nacional (art.10º segundo o
CIRC).
Quanto aos regimes de tributação (modelo 22)
dos rendimentos, vimos que são compostos
por seis:
 O Geral;
 A Isenção definitiva;
 A Isenção temporária;
 A Redução da Taxa;
 O Simplificado;
 A Transferência Fiscal.
Ex: uma empresa com fins lucrativos, tem de assinalar
no Regime Geral e de isenção definitiva (pedido
através de uma carta registada ao Ministério das
Finanças),enquanto que uma empresa sem fins
lucrativos, só se assinala no Regime Geral, quando se
preenche o Modelo 22 do IRC.
Determinação do lucro Tributável:

LT= RLE + VPP – VPN +/- CF, sendo:

LT – Lucro Tributável;
RLE – Resultado Liquido do Exercício;
VPP – Variações Patrimoniais Positivas;
VPN – Variações Patrimoniais Negativas;
CF – Correcções Fiscais
Derrama: O limite máximo é de 10% sobre a
Colecta de Imposto de IRC.

D = Colecta x Taxa

A Taxa da Derrama Geral, na Região


Autónoma dos Açores em 2010, varia em
média entre 0.9% e 1.5%, enquanto que a Taxa
Reduzida varia entre 0.5% e 0.75%.
Estão isentas:
 As entidades com volume de negócios menor
ou igual a 150.000€;
 As entidades com residência fiscal/sede social
do conselho;
 As entidades com volume de negócios menor a
20.000€.
Para haver o apuramento do imposto, teremos de
calcular os pagamentos por conta e/ou
retenções na fonte.
Condições Valor do Forma de
pagamento por pagamento
conta
V. Negócios 75% x IRC 3 prestações
</= 498797.90€ (ano anterior) iguais
V. Negócios 85% x IRC 3 prestações
>/= 498797.90€ (ano anterior) iguais
É obrigatório a Retenção na Fonte do IRC,
relativamente aos rendimentos no art. 88º do
CIRC.
Assim, obtêm-se o valor do imposto apurado
segundo a equação:
Colecta – Imp. (IMI) – B.F – Pag. Por Conta /
R. na Fonte = Ao V. do Imp. Apurado

O valor do Imposto poderá traduzir-se o IRC a


pagar ou a recuperar.
Obrigações declarativas
Segundo o código do IRC, os contribuintes são
obrigados á apresentação de diferentes
declarações.

 Declaração da isenção ;

 Declaração de inicio de actividade;


 Declaração de alteração ou cessação de
actividade;

 Declaração periódica de rendimentos;

 Declaração anual de informação contabilística


e fiscal
Obrigações contabilísticas
As empresas não dispensadas de contabilidade
organizada, são obrigadas a apresentar os seus
registos e mapas contabilísticos.
Trabalho elaborado por:
•Ana Roías
•Andreia Câmara
•Cândida Amaral
IMI (Impostos Municipal sobre os Imóveis)
È um Imposto que incide sobre o valor
patrimonial tributário dos prédios rústicos
(art.3º do CIMI), urbanos (art.4º do CIMI) ou
mistos (art.5º do CIMI) situados em Portugal.

Este imposto entrou em vigor no dia 01de


Dezembro de 2003, cujo receita reverte para os
respectivos municípios substitui a Contribuição
Autárquica.
Paga IMI quem for proprietário, usufrutuário ou
superficiário de um prédio em 31 de Dezembro do
ano a que o mesmo respeitar (art.8º do CIMI).

Prazo de pagamento do IMI


O IMI é pago anualmente através do documento
único de cobranças (DUC), durante o mês de Abril.
Se o valor for superior a 250€, paga-se em duas
prestações, durante os meses de Abril e Setembro.
Nota: São as Assembleias Municipais que define
as taxas de pagamento de IMI.
As taxas de IMI são:
Prédios Rústicos: 0.8%
Prédios urbanos ainda
não avaliados pelas 0.4% a 0.7%
regras do IMI
Prédios urbanos
avaliados nos termos do 0.2% a 0.4%
CIMI
Isenções (art.11 do CIMI)
Estão isentos de imposto municipal sobre
imóveis o Estado, as Regiões Autónomas e
qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e
organismos , ainda que personalizados,
compreendendo os institutos públicos, que não
tenham carácter empresarial, bem como as
autarquias locais e as suas associações e
federações de municípios de direito público.
Coeficiente de Vetustez:
O coeficiente de vetustez (Cv) é função do
número inteiro de anos decorridos desde a data
de emissão da licença de utilização, quando
exista, ou da data da conclusão das obras de
edificação, de acordo com a presente tabela.
Anos Coeficiente de vetustez

Menos de 2 1
De 2 a 8 0.90
De 9 a 15 0.85
De 16 a 25 0.80
De 26 a 40 0.75
De 41 a 50 0.65
De 51 a 60 0.55
Mais de 60 0.40
Determinação do valor Patrimonial Tributário
Para determinar o valor patrimonial dos prédios urbanos
utiliza-se a seguinte fórmula:
Vt = Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv
Vt= valor patrimonial tributário;
Vc= valor base dos prédios edificados;
A= área bruta de construção mais a área excedente á área de
implantação;
Ca= coeficiente de afectação;
Cl= coeficiente de localização;
Cq= coeficiente de qualidade e conforto;
Cv= coeficiente de vetustez.
Em relação habitação própria (2010)
Escalões Regiões Taxas marginal Valor a Abater
Autónomas
Até 113.023€ 0% 0.00€
De 113.023€ até 154.603€ 2% 2.260,45€

De 154.603€ até 210.798€ 5% 6.898,53€


De 210.798€ até 351.288€ 7% 11.114,48€
De 351.288€ até 702.450€ 8% 14.627,35€
Superior a 702.450€ Taxa única de 6%
Para habitação própria secundária ou para arrendamento
Escalões Regiões Taxas Marginal Valor a Abater
Autónomas

Até 113.023€ 1% 0.00€


De 113.023 até 154.603€ 2% 1.130,23€
De 154.603 até 210.798€ 5% 5.768,30€
De 210.798€ até 351.288€ 7% 9.984,25€
De 351.288€ até 673.723€ 8% 13.497,13€
Superior a 673.723€ Taxa única de 6%
Imposto do Selo
O imposto do selo é um imposto mais antigo do
sistema fiscal português (foi criado por alvará
de 24 de Dezembro de 1660) e era considerado
até á sua reforma em 2000, um imposto
anacrónico.
Incidência objectiva (art.1º do CIS)
O imposto do selo incide sobre todos os actos,
contratos, documentos , títulos papéis e outros
factos previstos na Tabela Geral, incluindo as
transmissões gratuitas.
Exemplo da Incidência Objectiva:
 Direito de propriedade ou figuras parcelares desse
direito sobre bens imóveis, incluindo a aquisição
por usucapião (de 15 a 20 anos)
Incidência Subjectiva:
São sujeitos passivos do imposto (art. 2º nº 1 do CIS)
 Os notários;
 Santa casa da misericórdia de Lisboa;
 locador e sublocador;
 Entre outros.
Encargos do imposto (art.3º, nº1, 2 e 3 do CIS)
Ex:
 Nos cheque, o titular da conta;
 Nas letras e livranças.
Isenções Subjectivas (art.6º do CIS)
São isentos do imposto do selo, quando este
constitua seu encargo:
 O Estado;
 As Regiões Autónomas;
 Autarquias Locais, entre outras.
Outras isenções (art.7º nº 1 al. a) e b) do CIS)
 Os prémios recebidos por resseguros tomados a
empresas operando legalmente em Portugal;
 Os prémios e comissões relativos a seguros do
ramo «Vida».
Taxas (art.22º do CIS)
Compra de habitação própria com recurso ao
crédito, irá suportar imposto de selo em dois
momentos distintos:
 Na escritura, 0,8%;
No empréstimo da conta à ordem, segundo a
seguinte regra;
 De 1 a 5 anos, 0,50%
 Superior a 5 anos, 0,6%
 Cobrança sobre o valor das comissões
bancárias desde que previstas no preçário de
comissões e despesas, 4%
Estatuto dos Benefícios Fiscais
Todos os benefícios em que o sujeito passivo tem
em seu poder, encontra-se estipulado no
estatuto dos Benefícios Fiscais, datado a 1 de
Janeiro de 1989.
Passamos a referir alguns exemplos:
 Art.19º do EBF- Criação de emprego;
 Art.31º do EBF- depósitos de instituição de
crédito não residentes;
 Art.33º do EBF- Benefícios Fiscais às zonas
francas.
Bibliografia:

 Código do Imposto Municipal de Imóveis (CIMI);


 Código do Imposto do Selo (CIS);
 Estatutos dos Benefícios Fiscais (EBF).

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