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CARACTERIZACAO DE BARREIRAS PARA-VAPOR E SUA APLICACAO PAULO NUNO DA SILVA PINTO. Dissertagio apresentada para obtengio do grau de Mestre em Construgio de Edificios na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Faculdade de Engenharia - Universidade do Porto Abril de 2002 Aos meus Pais ea Sara AGRADECIMENTOS Ao concluit 0 presente trabalho gostaria de sublinhar 0 meu profundo agradecimenta a todos aqueles que, de algum modo, contributam pata a sua realizagho. Ao Professor Vasco Peixoto de Freitas expresso aqui a minka admiragio e o meu obrigado pelos conhecimentos transmitidos, por todo 0 apoio e empenho demonstrados, pela enorme compreensio e pelo incentivo que tio oportunamente soube dar Manifesto também a minha gratidio 4s empresas que tiveram a amabilidade de fornecer as amostras de materiais para ensaio, nomeadamente a Imperalum, a Shell, a Sicope (Solvay), a Sika, a Sotecnisol ea Termolan. Ao St. Marcelino Carvalho, da Sotecnisol, deixo um agradecimento especial pela disponibilidade com que transmitiu a sua experiéncia nesta matéria. De realgar também 0 Laboratério de Fisica das Construgdes - LC e a Seogio de Construgées Civis da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - FEUP, pelo acolhimento prestado e pela ajuda dos seus colaboradores, em particular a Eng Isabel Lopes ¢ 0 Eng°Nuno Machado, a Professora Helena Corvacho, a Dona Balbina e a Dona Lurdes. Finalmente, no queria perder esta oportunidade para deixar uma palavra de aprego 20 Eng.° Pedro Pinho, como reconhecimento por toda a ajuda, orientagio ¢ apoio que me tem proporcionado. CCaeterizao de Dares Para Vapor ss Apliesgo CARACTERIZACAO DE BARREIRAS PARA-VAPOR E SUA APLIC: RESUMO A humidade constitui uma das principais causis das patologias dos edificios, sendo da muir importincia 0 desenvolvimento de estucos que permicam uma maior compreensio dos fendmenos que lhe esto associados, por forma a que se possam definir regras qualicativas e quantitaivas para a concepcio e execusio dos elementos de construcio, face a este problema. As condensagdes sio uma das principais formas de manifestagio de humidade com caréeter putol6gico, podendo ocorrer nos paramentos interiores dos elementos construtives (condensagées superficiais) 01 no seio dos préprios elementos (condensagdes internas). As condensages interns resultam do fenémeno de difusio do vapor de Agua através da envolvente dos edificios, apresentando-se neste trabalho os principais aspectos relacionados com a simulagio do fenémeno, nomeadamente a teoria de Fick e 0 modelo de Glaser, de facil aplicagio pritica As barreiras pira-vapor sio componentes construtivos de grande importincia, na medida em que resttingem a difusto de vapor de 4gua através dos elementos de construcio, nomeadamente paredes, coberturas € pavimentos. Neste estudo procuram-se definir os principais parimetros a ter em conta na selecgo e aplicago deste tipo de componentes No presente trabalho encontram-se também os resultados de ensaios realizados para determinar as caracteristicas de permeabilidade ao vapor de agua de varios materiais que podem ser utilizados como barreiras péra-vapor. Estes ensaios foram redlizados no Laboratério de Fisica das Construgdes ~ LFC da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - FEUP. Finalmente, apresentam-se algumas regeas de concepgio dos elementos construtivos da envolvente dos edificios face & difusio de vapor e As condensagées internas, referidas em bibliogralia da especialidade. Palavras Chave: Condensagées internas, difusio de vapor, permeabilidade ao vapor, modelo de Glaser, barreiras para-vapor, regras de concepcio. m Caraceiagio de Bars Pir Vapor sun Apliesgio CHARACTERIZATION OF VAPOR RETARDERS AND ITS APPLICATION ABSTRACT Humidity is one of the main causes of buildings” pathologies, being of the largest importance the development of stuclies that allow a larger understanding of the associated phenomena, so that one can define qualitative and quantitative rules for the conception and execution of the building envelope, in regard to this problem. Condensation is an important form of humidity manifestation with pathological character. It can ‘occur in the interior surface of the building components (surface condensation) or in the interior of the own elements (internal condensation). Internal condensation results of the vapor diffusion phenomenon and in this work the main aspects co attend on its simulation are referred, namely Fick's theory of vapor diffusion and the Glaser model, of easy practical application, ‘Vapor retarders are building components of great importance, in the way that they restrict vapor diffusion through the building elements, like walls, roofs and floors. In this study are presented the iain parameters to attend in the choice and application of this type of materials. In the present work, we can also find the results of some tests that were made to determine the vapor permeability characteristics of several building materials that can be used as vapor retarders. These tests were taken over at the Building Physics Laboratory (LEC) of the Faculty of Engineering of the University of Porto (FEUP}. Finally, are presented some design criteria for the buildings’ envelope face to the vapor diffusion and intemal condensation phenomena, which are referred in related bibliography. Key-Words: Internal condensation, vapor diffusion, vapor permeability, Glaser model, vapor retarders, design, criteria. Iv ‘Cancterizasio de Barrviras Pira-Vapor€ sua Aplicagio CARACTERISATION DE BARRIERES DE VAPEUR ET SON APPLICATION RESUME Lihumiité est une des causes principales des pathologies des btiments et it est de la plus grande importance le développemem d'éudes qui permeitent une plus grande compréhension des phénoménes associés, afin qu'on puisse définir des régles qualitatives et quantitatives pour la conception et exécution de l'enveloppe des bitiments, face 3 ce probléme. La condensation est une forme importante de manifestation de Vhumidié avec caractée pathologique. Elle peut se produire dans la surface intérieure des éléments constructils (condensation superficelle) ou A Vintésieur des propres éléments (condensation interne). La condensation inteme résulte du phénomtne de diffusion de vapeur et dans ce travail on présente les principaux aspects 4 équationer pour sa simulation, & savoir la théorie de diffusion de Fick et le modéle de Glaser, d'application pratique facile. Les barritres de vapeur sont des composants constructifs de grande importance, dans la mesure quill resteeignent Ia diffusion de vapeur 3 travers des éléments qui constituent l'enveloppe du bitiment, comme les murs, les toitures et les sols. Dans certe étude les paramétres principaux sont présentés pour assister dans le choix et application de ce type de matériaux, Dans ce travail, on présente aussi les résultats des essais réalisées afin de déterminer les caractéristiques de perméabilité au vapeur de quelques matériaux qui peuvent étre utilisées comme barrigre de vapeur. Ces essais ont été réalisées au Laboratoire des Physique du Bitiment (LEC) de la Faculté de Génie de l'Université de Porto (FEUP). Finalement, on présente des régles pour la conception des éléments constructifs de lenveloppe des bitiments en vue d’éliminer les condensations incernes, qui sont reportées dans la bibliographie spécialisée. Mots Clés: Condensation interne, diffusion de vapeur, permécbilité au vapeur, modéle de Glaser, barrigres de vapeur, rigles de conception. (Corsctsizago de Barris Pir: Vapor esis Apicsio CARACTERIZAGAO DE BARREIRAS PARA-VAPOR I. SUA APLICAGAO, INDICE DO TEXTO 1, INTRODUGAO. 11 INTERESSE GERALDO TRABALHO ww. 1.2 ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS DO TRABALHO 13 ORGANIZAGAO E ESTRUTURAGAO DO TEXTO...... 2, CONDENSAGOES INTERNAS.. 2.1 DESGRIGAO GERAL DO FENOMENO 2.2 DIFUSAO DE VAPOR DE AGUA.. 2.2.1 Mecanismos de Transferéncia de Vapor de Agua 2.2.2. Modelo de Difusio de Fic 2.2.3 Propriedades Termodinimicas do Ar ~ Psicrometia. 2.2.4 © Vapor de Agua no Interior dos Edificios........ 2.2.5 Caracteristicas de Permeabilidade 20 Vapor dos Materi 2.3 METODO DE GLASER.. 23.1 Aspectos Gerai 23.2 Dominio de Apliacio. 2.3.3 Ciloulo Analitico...... 23.4 Anilise Grafica ... 23.5 © Problema da Secagem. 3, BARREIRAS PARA-VAPOR.. 3.1. DEFINIGAO 3.2. MATERIAIS 3.3 BARREIRAS “INTELIGENTES”.. 33.1 Caracterizasio. 3.3.2 Membranas de Poliamida.... 3.3.3. Barreira “Inteligente” Desenvolvida na Dinamarca.. 34 CLASSIFICACAO DE BARREIRAS PARA-VAPOR EM FUNGAO DA SUA PERMEANCIA.... 3.5 FACTORES QUE INFLUENCIAM O OOMPORTAMENTO DAS BARREIRAS PARA-VAPOR .. 35.1 Aspectos Gerais. 3.5.2. Comportamento Apés Embel o e Secagem e Apés Embebigio Prolongada Carcerinagdo de Bares Pia Vapor sus Apiasio VIL INDICE DO TEXTO (continuagio) 43 454 cia 20 Pungoamento.. 385 nicia Plistica ea Elevadas Vemperaturas 356 emperaturas... 3.5.7 Estabilidade Dimensional ...... 35.8 Comportamento ao Fogo ... 3.5.9 Resisténcia ao Desenvolvimento de Pungos. 10. Resisténcia & Exposi¢io a Raios Uleravioleta 3.5.11 Resisténcia A Degeadacio por Organismos ¢ Substincias em Contacto com 0 Solo... 352. Resistncia A Degradacdo por Produtos Venenosos para Solos. 3.6 SELECCAO DAS BARREIRAS PARA-VAPOR. 4. DETERMINAGAO EXPERIMENTAL DA PERMEABILIDADE AO VAPOR DE BARREIRAS PARA-VAPOR... 4.1 ESQUEMA DE ENSAIO. 4.11 Principio de Determinagio 4.1.2 Configuracgio Geral dos Ensaios 4.13. Condigées de Ensaio (Temperatura e Humidade Relativa) 4.2 DESCRICAO DA CAMARA DE ENSAIO UTILIZADA. 42.1 Caracteristicas Gerais . so 4.2.2 Capacidades do Equipamento 423. Dispositivs de Controlo das Condigdes de Enstio. 43 PREPARAGAO DOS ENSAIOS 43.1. Tinas de Ensaio. : 43.2 Ensaio de Peliculas de Revestimento 4.3.3 Preparagio dos Provetes nn 434 Escolha e Aplcasio da Substanci Condicionadora 43.5. Selagem das Tinas 44 PROCEDIMENTOS DE ENSAIO..... 44.1. Esquema de Pesagem dos Provetes 44.2 Registo das Condigdes de Ensaio... 45 DETERMINACAO DOS RESULTADOS... Determinagio do Fluxo de Difusio de Vapor de Agu Determinagio da Densidade de Fluxo de Difusio de Vapor de Agua... Determinagio da Permeincia e da Resistencia & Difusio de Vapor de Agua Determinacio do Coeficiente de Permeabilidade a0 Vapor de Agua VoL (Caracerayio de Bares Pisa Vapor e sua Apicasion DO TEXTO (continuagio) Determinagio da Espessura da Camada de Ar de Difusio Equivaleme ¢ do Factor de Resisténcia 4 Dilusio de Vapor... sesee 77 46 FACTORES DE ERRO NOS RESULTADOS 78 4.6.1 Generalidade: se 78 4.6.2 Influéncia da Resisténcia do ie nos Ensaios veces 7B 4.6.3 Influéncia da Area de Selagem .. .. 80 4,7 RESULTADOS DOS ENSAIOS REALIZADOS . . eoceee 81 47.1 Representagio Grifica.senun 4.7.2 Valores Obtidos nos Ensaios Realizados 5. REGRAS DE CONCEPGAO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS FACE AO PROBLEMA DAS CONDENSAGOES INTERNAS 5.1 CRITERIOS GERAIS DE CONCEPGAO 5.1.1 Influéncia do Clima. 5.1.2 Importincia do Posicionamento das Camadas . 5.1.3 Elementos Construtivos com Espagos de Ar... 5.14 Condensagdes Desprezaveis..... 52 _REGRAS DE CONCEPGAO DE PAREDE: 5.21 Paredes Duplas.. 5.2.2 Paredes com Isolamento Pelo Exterior. 5.2.3 Paredes com Isolamento Pelo Interio: 5.3 REGRAS DE CONCEPGAO DE COB! 5.3.1 Consideragdes Preliminares 5.3.2. Coberturas em Terrago.... 5.3.3 Coberturas nio Planas.. 5.4 REGRAS DE CONCEPGAO DE PAVIMENTOS. 54.1 Generalidades ese 5.4.2 Pavimentos Exteriores Elevados. 5. 5.4.4 Pavimentos Suspensos.. Pavimentos Térreos .. 6. CONCLUSOES. 61 CONSIDERAQOES FINAIS. 62 ANALISE CRITICA DOS RESULTADOS 63 DESENVOLVIMENTOS FUTUROS DA INVESTIGAGAO NESTE, DOMINIO...... 7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.. Caocszaio de Bacnas Pin Vapor ens Alessio 1x INDICE DO TEXTO (continuagio) ANEXOS ANEXOT- TERMINOLOGIA 187 ANEXO II- CARACTERISTICAS DE PERMEABILIDADE AO VAPOR DE MATERIAIS E ELEMENTOS DE CONSTRUGAO.. 203 Cancerizaglo de BariasPhea-Vapore wa Apliagao CARACTERIZAGAO DE BARREIRAS PARA-VAPOR E SUA APLICAGAO INDICE DE QUADROS Quadro 2.1 - Presses aumostéricas de referéncia para © territério dos Estados Unidos, de acordo com a ASHRAE (ver [3] [4) Quadro 2.2 - Expresses apresentadas por H. Kiinzel [71] para o cilculo da Pressio de Saturagio (P, em Pascal). Quadro 2.5 ~ Expresses de Magnus (apresentadas pela BSI {15)) para o cileulo da Presstio de Saturagio (P, em Pasca).. a Quadro 2.4 ~ Produgio didria de humidade em habitagdes [15] 15 Quadro 2.5 ~ Valores tipicos da renovagio de ar em edificios [15] Quadro 2.6 ~ ClassificagZo francesa dos edificios em funcio da sua higrometria [13] e [40]... Quadro 2.7 - Edificios que tipicamente se enquadram nas classes de higrometria apresentadas na Figura 2.3 (43: Quadro 3.1 - Classificagio de barreiras p’ra-vapor, em fungio das suas caracterfsticas de permeabilidade ao vapor de agua ([36] ¢ (37) Quadro 3.2 - Critérios de selecgio de barreiras pira-vapor do tipo membrana [6]. Quadro 4.1 - Condigdes de ensaio definidas na prEN ISO 12572 [44]... Quadro 4.2 - Dimensées dos provetes de betio celular utilizados nos ensaios.... Quadro 4.3 ~ Pesagens dos provetes de peliculas de revestimento utilizados nos ensaios... Quadro 4.4 - Caracteristicas das membranas e folhas ensaiadas .. Quadro 4.5 - Valores da humidade relativa de substncias condicionadoras Quadro 4.6 ~ Peso da silicn-gel utilizada nos ensaios e respectiva variagio méxima admitida, de acordo com os rios da ASTM E 96 [11}.. Quadro 47 ~ Resisténcia A difusio de vapor de fgua das camadas de ar ~ RF(16] Quadro 4.8 ~ Caracterlsticas de permeabilidade ao vapor dos provetes de betio celular. Quadro 4.9 - Caracteristicas de permeabilidade ao vapor dos provetes de betio celular revestidos com emulsio betuminosa tipo_1 . Quadro 4.10 - Caracteristicas de permeabilidade a0 vapor dos provetes de betio celular revestidos com emulsio betuminosa tipo 2... Quadro 4.11 ~ Caracterssticas de permeabilidade a0 vapor dos provetes de betio celular revestidos com pintura bevuminosa tipo_1 (Carscevsagio de Barras Pira Vapor e sus Aplicagio 0) INDICE DE QUADROS (continuaga Quadro 4.12 ~ Caracteristicas de permeabilidade a0 vapor dos provetes de betio celular revestidos com pintura betumtinosa tipo_2. 95 Quadro 4.19 - Carauteristicas de permeabilidade ao vapor dos provetes de papel kraft com asfalto 96 Quadro 4.14 ~ Caracterfsticas de permeabilidade 20 vapor dos provetes de papel kraft com aluminio. - 97 7 Quadro 4.15 ~ Caracteristicas de permeabilidade ao vapor dos provetes de folha de aluminio... Quadro 4.16 ~ Caracterfsticas de permeabilidade ao vapor dos proveres de folha de polietileno.....98 Quadro 4.17 ~ Caracteristicas de permeabilidade 20 vapor das peliculas de revestimento Quadro 4.18 ~ Caracteristicas de permeabilidade 20 vapor das folhas e membranas ensaiadss..... 100 Quadro 5.1 ~ Valores minimos da resisténcia térmica (em {m?°C/W) do conjunto formado pela camada de isolamento térmico e eventual espago de ar adjacente, de paredes duplas, de modo a evitar a ocorréncia de condensagGes na face interior .- 108 desse isolamento... Quadro 5.2 ~ Recomendages do CSTC [36] para a constituigio de coberturas em terrago tradicionais... — - 116 Quadro 53 Secgio total minima dos orificios de ventilagio de coberturas nfo planas, segundo 0 CSTB.... Quadro 5.4 Relagio entre a rea total minima dos orificios de ventilagio e a rea (A’) do tecto da cobertura, previstas no DTU 40.25 [21] para cobermuras com revestimento em telha plana de betio .. 126 . 129 Quadro 55- Relagio entre a 4rea total minima dos orificios de ventilagio ¢ a rea (A’) do tecto da cobertura, segundo o CSTB [24], para coberturas com revestimento em “telha asfaltica” (shingles) sitwadas em regio de montanha 2.1L Quadro 5.6- Tipologias admitidas pelo DTU 40.35 [35] para coberturas com revestimento em placas nervuradas de ago revestido, isoladas termicamente .. 2133 Quadro 5.7 Relacio entre 2 4rea total minima dos orificios de ventilagio ¢ a drea (A) da cobertura em projeccio horizontal, previstas no DTU40.35 [35] para cobernuras com revestimento em placas nervuradas de ago revestido e isolamento térmico aplicado sob as madres use Quadro 5.8- Relagio entre a érea total minima dos orificios de ventilagio ¢ a rea (A) da cobertura em projec¢io horizontal, previstas no DTU 4036 [27] para coberturas com revestimento em placas nervuradas de aluminio (pré-lacado ou 1io), com isolamento térmico sob as madres js 134 137 XIL ‘Cacacterizasio de Bareiras Pira-Vapor e sua Aplicagio: Quadro 5.9 - Quadro 5.10 - Quadro 5.11 = Quadro 5.12 = Quadro 5.13 - Quadro 5.14 - Quadro 5.15 = QUADROS (continuagio) Recomench > [36] para a constituigio de coberturas inclinadas com revestimento em telha ceriinica ou de betio, sem guarda-pé nem estrutun peel) de suporte em painéis Recomendagdes do CSTC [36] para a constituigio de coberturas inclinadas com revestimento em telha cerdimica ou de betio, com guarda-pé ou estrutura de suporte em paintis osssseoen eoveee 152 Recomendagdes do CSTC [36] para a constituigio de coberturas inclinadas com revestimento em ardésia natural ou de fibrocimento, sem guarda-pé nem 155 estrutura de suporte em painéis.. Recomendagées do CSTC [36] para a constituigio de coberturas inclinadas com revestimento em ardésia natural ou de fibrocimento, com guarda-pé ou estrutura de suporte em paindis Recomendagies do CSTC [36] para a constituigio de coberturas inclinadas com revestimento em “elha asfiltica” (shingles), sem guarda-pé nem estrutura de suporte em painéi Recomendagdes do CSTC [36] para a constituigfo de coberturas inclinadas com revestimento em “telha asfltica” (shingles), com guarda-pé ou estrurura de suporte em paingis Recomendagdes do CSTC [36] para a constituigo de coberturas inclinadas com revestimento em placas perfiladas de fibrocimento, metal ou material 161 164 sintético 166 XML Cuacrrzago de Basis Pra Vapore sus Apicapio CARACTERIZAGAO DE BARREIRAS PARA-VAPOR E SUA APLICAGAO, INDICE DE FIGURAS Figura 1.1 ~ Descolamento do revestimento 3 base de PVC do pavimento de um pavilhio gimnodespontivo. Figura 1.2 - Degradagio de uma cobertura revestida com folhas de 7inco..... Figura 2.1 ~ Exemplo de um diagranta psicrométrico [3 do tempo, da higrometria de uma moradia [53]... Figura 2.2 ~ Variacio, ao long Figuia2.3 - Classes de higromettia dos edificios (sv=-9), de acordo com a prEN ISO 13788 (43)... Figura 2.4 ~ Representagio esquemsitica da porosidade dos materiais Figura 25 - Descrigio convencional dos twores de humidade de referéncia de um material poroso, segundo Freitas (54). Figura 2.6 - Descticio convencional dos teores de humidade de referéncia de um material poroso, segundo Hens [65]... Figura 2.7 - Aspecto genérico de uma curva de adsorgao isorérmica .. Figura 2.8 ~ Representagio esquemética das curvas higroscépicas de um material. Figura 2.9 - Representago esquemtica do fendmeno da capilaridade (54... Figura 2.10 ~ Principio de variagio do coeficiente de permeabilidade 20 vapor de Sgua (7) em fungio da humidade relativa (HR) Figura 2.11 ~ Representagio grifica do método de GLASER .... Figura 2.12 ~ Determinagio da zona de ocorréncia de condensages no interior de uma parede (erétodo de GLASER) . Figura 2.13 ~ Quantificagio da secagem segundo a prEN ISO 13788 [43 Figura 2.14 ~ Situago com secagem de uma interface (S,,.) ¢ condensagdes noutra (S,,,) [43 Figura 3.1 ~ Exemplo de barreiras pira-vapor tipo membrana .. Figura 3.2 - Exemplo de uma barreira pira-vapor tipo pelicula de revestimento Figura 3.3 — Variagio das caracterlsticas de permeabilidade ao vapor da membiana de poliamida em fungio dz humidade relativa ambiente [48]. Figura 3.4 ~ Princfpio de funcionamento da membrana de poliamida [48} .. (Canczerisgdo de BansicesPis-Vaporesua Apleagio INDICE DE FIGURAS (continuagio) Figura 3.5 ~ Prineipio de funcionamento da barreira “inteligente” desenvolvida na Dinamares (70) ra 39 Figura 4.1 ~ Configaragio das tinas de ensaio.. . . 49 Figura 4.2 - Esquema de ensaio [44], 49 50 Figura 4.3 - Representagio dos limites das condigées de ensaio Figura 44 ~ Aspecto geral do exterior da edimara de ensaio do LFC 251 Figura 4.5 ~ Aspecto geral do compartimento interior da cdmara de ensaio do LEC. Figura 4.6 ~ Aspecto dos paingis exteriores da cfimara de ensaio do LEC. 53 Figura 4.7 ~ Condigées de temperatura e humidade relativa permitidas pelo equipamento usu 54 Figura 4.8 ~ Pormenor do sensor psicrométrico da cimara de ensaio do LEC. Figura 4.9 ~ Exemplo de uma folha de registo das condigées de temperatura ¢ humidade relativa no interior do compartimento de ensaio Figura 4.10 - Aspecto geral do anemémetro utilizado na medigio da velocidade do ar no interior do compartimento de ensaio.e.. Figura 4.11 - Exemplos esquematicos de tinas de ensaio [44)..... Figura 4.12 - Exemplo esquemitico de uma tina de ensaio para membranas e folhas [44] . 60 Figura 4.13 ~ Aspecto geral da balanca utlizada nos ensaios ... os . 74 Figura 4.14 ~ Pressio baroméurica registada pela estagio meteoroldgica da FEUP durante 0 75 periodo assinalad 80 81 .. 82 Figura 4.15 ~ Representacio esquemitica do fluxo de vapor através dos provetes [61] Figura 4.16 - Variagio de massa dos provetes de betio celular ao longo dos ensaios... Figura 4.17 ~ Variagio de massa dos provetes de papel kraft com asfalto 20 longo dos ensaios.. Figura 4.18 ~ Variagio de massa dos provetes de papel kraft com alluminio ao longo dos ensaios... 82 1. 83 Figura 4.19 ~ Variagdo de massa dos provetes de folha de alumfnio ao longo dos ensaios, Figura 4.20 ~ Variagio de massa dos provetes de folha de polietileno 20 longo dos ensai0s 83 Figura 4.21 - Variago de massa dos provetes de tela betuminosa com 2,7 mm de espessura a0 longo dos ensaios. 84 Figura 4.22 ~ Variago de massa dos provetes de tela betuminosa com 3,1 mm de espessura a0 longo dos ensaios.... XVI ‘Canova de Bcc PineVapore sus Apliago INDICE DE FIGURAS (continua ‘gura 4.23 ~ Variaggo de massa dos proveres de tela betuminosa com aluminia ao longo dos ensiios 85 Figura 4.24 ~ Variagio de massa, 20 longo dos ensaios, dos provetes de betio celular revestidos com emulsio betuminosa do tipo Lejeune pee aesaenAE | Figura 4.25 ~ Variacio de massa, ao longo dos ensaios, dos provetes de betio celular revestidos com 2 demios de emulsio betuminosa do tip0_2...ncsninsnsnnnnnesivnenns 86 Figura 4.26 ~ Variagio de massa, a0 longo dos ensaios, dos provetes de betio celular revestidos com 4 demios de emulsio betuminosa do tipo_2 . 86 Figura 4.27 — Variagio de massa, ao longo dos ensaios, dos provetes de becio celular revestidos com 2 demaos de pintura betuminosa do tipo_1 Figura 4.28 ~ Variagio de massa, ao longo dos ensaios, dos provetes de betio celular revestidos com 4 demos de pintura betuminosa do tipo_ 87 Figura 4.29 ~ Variagio de massa, ao longo dos ensaios, dos proveres de betio celular revestidos com 2 demos de pintura betuminosa do tipo_2 Figura 4.30 ~ Variagio de massa, ao longo dos ensaios, dos provetes de betio celular revestidos com 4 deméos de pintura betuminosa do tipo 2... Figura 5.1 ~ Imporvincia das propriedades higrotérmicas das camadas ¢ do seu posicionamento, face a0 problema das condensagbes intemas wn. Figura 5.2 - Cobertura em terrago tradicional Figura 5.3 - Paredes duplas sem espaco de ar [31] ....ccesesesseeseeeee ssereeeeeeee 107 Figura 5.4 - Paredes duplas com espago de ar [31] coseeneeeene eee 107, Figura 5.5 ~ Exemplos de orificios de drenagem/ventilagio de espagos de ar de paredes duplas com reboco exterior [31] senses cerns 109 Figura 5.6 - Exemplos de orificios de drenagem/ventilacao de espagos de ar de paredes duplas : a 110 com o pano exterior em tijolo & vista [31] Figura 5.7 - Principio de ventilagio de cobercuras com inclinagio inferior 2 10°, segundo a HS DIN 4108 [42]. wou Figura 5.8 ~ Principio de ventilagio de coberturas com inclinagio igual ou superior a 10°, segundo a DIN 4108 [42]. or sssssersssavassonseee LID 120 Figura 5.9 ~ Constituigio das coberturas em desvio consideradas pela BSI (15). Figura 5.10 ~ Secglo equivalente das abercuras de ventilagio em coberturas em desvio com ‘mais de uma vertente, segundo a BSI [15]... 120 (Crane de Bacins PireVapore us Apia XVII INDICE DE FIGURAS (continu 0) Figura 5.11 ~ Seegio equivalente das aberturas de estracgio de ar em cobenuras em desvio com apenas uma vertente, segundo a BSE [15] sess 2121 Figura 5.12 ~ Constituigo das coberturas inclinadas consideradas pela BSI [15] .....0ccseneenee TZU Figura 5.13 ~ Secgio equivalente das aberturas de ventilagio em coberturas inclinadas, segundo a BSI (15) Figura 5.14 ~ Ventilagio de coberturas inclinadas por trogos [15]. Figura 5.15 ~ Secgio de ventilagio de coberturas em desvio e coberturas inclinadas, sem ecri de estanquidade complementar [34]... Figura 5.16 ~ Secgdes de ventilago de coberturas em desvo e coberturas inclinadas, com ecri de estanquidade (34 Figura 5.17 ~ Aberturas de extracglo de ar para ventilagio de coberturas aplicadas em paredes de empena [34] -.ssneesnnsne Figura 5.18 - Exemplos de coberturas com revestimento em “telha asfiltica” (shingles)... Figura 5.19 - Exemplos de aplicagio de espumas de estanquidade ao longo do contomo de coberturas com revestimento em chapas metilicas nervuradas [35) Figura 5.20 ~ Princfpio de realizagio de uma cobercura dupla com ventilagio [22]. Figura 5.21 - Critérios de ventilagio de coberturas duplas com revestimento em folha de zinco, 140 em edificios de média higrometria [22]. Figura 5.22 - Critérios de ventilagio de coberturas duplas com revestimento em grandes elementos de folhas e bandas de ago inoxidével [29] . seo cece I Figura 5.23 - Classes de clima interior dos edificios segundo 0 CSTC [36] 145 Figura 5.24 - Representago esquemitica de um guarda-pé [12]. 148 Figura 5.25 - Pavimentos exteriores elevados com isolamento térmico aplicado sobre a estrutura de suporte [15]. 168 Figura 5.26 - Pavimentos exteriores elevados com isolamento térmico aplicado sob a estrutura de suporte e revestimento exterior continuo [15]. 169 Figura 5.27 ~ Pavimentos exteriores elevados com isolamento térmico aplicado sob a estrutura de suporte e revestimento exterior descontinuo [15]. sessernee 169 Figura 5.28 - Pavimentos exteriores elevados com acabamento em madeira e estrutura de suporte descontinua [15] = 170 Figura 5.29 - Pavimentos térreos com isolamento térmico sobre o massame [15] ........ we l71 Figura 5.30 ~ Pavimentos térreos com isolamento térmico sob o massame (15)... evened 72 XVI (Cancriasfa de Baris Pirs-Vapare sia Apissio INDICE YE FIGURAS (continuagao) ura 5.31 ~ Pavimentos suspensos em madeira [15] 73 Figura 5.32 ~ Pavimentos suspensos com estratura de suporte em laje prefabricads de betio [15] . . sesesenen wusssanavereorseasessonsersansstatssecansecrarenssaes LD. (Caracterizagto de Barresas Pira-Vapore sua Aplicasio xix SIMBOLOGIA Simbolo | Designayio _ Unidades A. Area’ or — D Coeficiente de difusio do vapor de no ar m/s d Espessura m 8 Densidade de fluxo de difusio de vapor de agua kg/(m*s); g/(m*h) G Fluxo de difusio de vapor de agua kg/s; g/h yh, | Condutincia térmica superficial interior ¢ exterior W/(m*°C); W/mK) HR Humidade relativa % K Coeficiente de transmissio térmica W/(m20); W/mK) m Massa Kg Fy ‘Massa de vapor de agua de saturagio Kg a ‘Taxa hordria de renovagao de ar ht P Pressio parcial do vapor de agua Pa; mmFig Pe Permeancia ao vapor de gua kg/(m*-s-Pa); g/(m'-h-mmHg) P, Pressio de saturagio Pa; mmHg, Pp Pressio atmosférica ou barométrica ‘Pa; mmHg q Densidade de fluxo de calor W/m? R, Constante universal dos gases relativa ao ar seco R, = 287,1J/(egK) R ResistGncia i difusio de vapor de gua m?sPa/kg; m&hmmHg/g R Resisténcia térmica mC/W; mK R Constante universal dos gases relativa ao vapor de agua | R, = 461,5 J/(kgK) Sy Espessura da camada de ar de difusio equivalence m &T Temperatura; T = t + 273,15 K, com rem [°C] GK t ‘Temperatura de ponto de orvalho Cot u Teor de humidade de um material em massa por| ke/m* unidade de volume uU Teor de humidade do ar kg/kg v Volume m w ‘Teor de humidade de um material Ww ‘Humidade absoluta do ar kg/m? AP Variagio de pressio Pa; mmHg a Coeficiente de condutibilidade térmica W/ (mC); W/(ark) in Factor de resisténcia & difusio de vapor de dgua 5 ra Coeficiente de permeabilidade ao vapor de égua kg/ (ars Pa); g/ (mrhmmHg) a Coeficiente de permeabilidade ao vapor de Agua do ar_ | kg/(ms:Pa); g/(m-h-mmH) 9 Teor de humidade volamico de um material ay/m?> Produgio de vapor no interior de um local kg/h Caracterzag de Barras Pira-Vapore sa Apliagio i. INTRODUCAO 11 INTERESSE GERAL DO TRABALHO ‘A humidade constitui uma das principais causas das patologias dos edificios, afectando aspectos tio importantes e tio diversos como a durabilidade e aspecto dos elementos construtivos, 0 conforto dos utentes e até a sua satde e seguranca, Pode ainda otiginar modificagdes nas caracteristicas fisicas, quimicas e/ou biologicas dos materiais que, no tendo necessariamente um caricter patolégico, afectam o seu desempenho, das quais se destacam: + Variagdes dimensionais, como retraces, dlatagdes e deformagSes; + Variagdes da condutibilidade térmica; + Alteragées de resistencia mectnica; + VariagSes fisico-quimicas, como é o caso da corrosio dos agos ou das eflorescéncias resultantes da migracio de sais; + Alteragées biolégicas, como por exemplo o apodrecimento da madeira. Por esta razio, é largamente reconhecida a importincia do desenvolvimento de estudos que permitam uma melhor compreensio dos fenémenos que lhe estio associados, por forma a que s¢ possam definir regras qualitativas e quantitativas para a concepgio ¢ execugio dos elementos de construcio, face a este problema, Com este trabalho pretende-se dar um contributo nesta area, em particular nas questées relacionadas com 0 fendmeno das condensagées internas. 1.2 ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS DO TRABALHO A humidade presente nos materiais ¢ elementos construtivos pode ter diversas origens, que se podem agrupar do seguinte modo [47]: + A humidade de construgfo, resultante do processo construtivo; + A humidade proveniente da dgua da chuva, quer por infiktragSes através de pontos singulares, quer por absorgos + A humidade ascensional, proveniente dos solos; + A humidade do ar fixada por fenémenos de higroscopicidade; + A humidade devida a causas fortuitas, como é por exemplo © caso de fugas nas canalizagées; + A humidade resultante da condensacfo do vapor de dgua existente no ar CCancerigio de Bares Pir-Vapore ss Apingio 1 A importincia do problema das condensacdes é realgada no Regulamento das Caracteristicas de dificios — RCCTE [93], a0 definir, no seu artigo 1.°, que um dos precisamente 0 de evitar que os elementos de construgio sofram Compostamento Térmico dos grandes objectives do RCCTE efeitos patologicos derivados de condensacoes. ‘As condensacdes podem ocorrer no paramento interior dos clementos construtives (condensagies superficiais) ou no seio dos prdprios elementos (condensagdes internas ou intetsticiais), tendo estas, ‘iltimas a agravante de poderem no ser detectiveis de imediato. Nas figuras seguintes apresentam-se dois exemplos de patologias associndas 4 ocorréncia de condensagies internas, O ptimeiro caso (Figura 1.1) corresponde a0 pavimento de um pavilhio gimnodesportivo, em que o revestimento & base de PVC descolou devido a degradagio da cola uitlizada, em consequéncia da humidificagao resultante da ocorréncia de condensagées nna interface de colagem. No segundo caso (Figura 1.2) apresenta-se uma cobertura revestida com chapa de zinco, na qual se registou uma perfuracio com algum significado, relacionada com a ocorréncia de condensagoes na face de assentamento das chapas. Figura 1.1- Descolamento do revestimento 4 base de PVC do pavimento de um pavilhao gimnodesportivo Figura 1.2 - Degradagdo de uma cobertura revestida com folhas de zinco 2 Caneterepo de Basins Pix-Vapor es Apia agua, existemte no ar, As condensagdes internas resultam do fendmeno de dilusie do vapor « através da envolvemte dos. edificios. Neste dominio, as barreiras pire-vapor surgem como componentes construtivos de grande importincia, na medida em que restringem a difusto de vapor de gua através dos clementos de construgio, nomeadamente paredes, coberturas © pavimentos, Contudo, m1 sua aplicagio e selecso, esta propriedade devers ser compatibilizada com outras exighacins, por form a optimiza o desempenho do sistema spectos mais relevantes O presente trabalho desenvolveu-se com o abjectivo de tentar esclarecer os a ter em conta na concepgio dos elementos construtivos face 20 problema das condensagSes internas ¢ de indicar quais os principais parimetros a equacionar na utilizagio de barreiras pira-vapor e, na medida do possivel, a forma de os quantificar 1.3 ORGANIZAGAO E ESTRUTURAGAO DO TEXTO O trabalho que aqui se apresenta encontra-se dividido em quatro partes principais + Uma primeira parte (capitulo 2) em que se descrevem os aspectos mais relevantes no estudo do problema das condensagées intemas, nomeadamente 0 fendmeno de difusio de vapor através da envolvente dos edificios ¢ os parimetros que o condicionams + Na segunda parte (capitulo 3) apresentam-se os principais aspectos a ter em conta na utilizagio de barreiras pira-vapor; + Na terceira parte (capitulo 4) descrevem-se os ensaios realizados para a determinagio das caracteristicas de permeabilidade ao vapor de alguns materiais que se podem utilizar como barreira pira-vapor; + A quarta e ikima parte (capitulo 5) em que se apresentam algumas regras de concepgio de elementos construtivos, com vista 20 controlo e minimizagio do problema das condensagées interna. Em anexo encontra-se ainda alguma informacio importante para a compreensio do estudo desenvolvido, nomeadamente: + A temminologia correntemente utilizada no dominio da higrotérmica (Anexo I), com os varios conceitos e parimetros listados por ordem alfabética, com os correspondentes simbolos ¢ unidades em que normalmente se expressams + As caracteristicas de permeabilidade a0 vapor de virios materiais e elementos construtivos (Anexo I), recolhidas na bibliografia da especialidade ou resultantes de ensaios realizados no Laboratorio de Fisica das Construgées - LEC da FEUP, de grande importincia nas simulagées do comportamento dos edificios face & difusio de vapor de agua. CCascerzago de Baris Phr-Vapor su Aplieagio ERNAS 2. CONDENSAGOES IN’ 2.1 DESCRIGAO GERAL DO FENOMENO ( wapor de gua existente no ar exesce uma decerminada pressio, designada de presto parcial de vapor de gua, que pore variar desde 0 (zero) até go valor correspondente a0 ponto de saturacdo, de uma pane desse vapor ute se caracteriza pela condensagi Sempre que se estabclece um gradiente de pressio parcial de vapor de Agua entre dois pontos, este difunde do ponto de pressio mais elevada para o ponto de pressio mais baixa, tanto no ar como através dos materiais, Esta difosio ocorre com maior ou menor dificuldade, em fungio das caracteristicas de permeabilidade ao vapor do meio em que ocorre. A difusio de vapor através de elementos construtives que separam ambientes com diferentes caracteristicas, como 6 0 caso dos elementos da cavolvente dos edificios, leva a uma variagio da pressio parcial de vapor ao longo da espessura do elemento. Se em algum ponto a presto instalada for igual & respectiva pressio de saturagio entio hi ocorréncia de condensagdes, que podem ser superficais, caso tenham lugar na superficie do elemento, ou internas, caso ocorram no interior do elemento. Para que ocorram condensagées internas num elemento é entio necessirio que se estabelega um gradiente de pressio entre os ambientes que separa. iferengas de temperatura € humidade entre os ambientes interior e exterior dos ediffcios 6, normalmente, mais elevada durante a estagfo {ria (Inverno). Assim, ser$ geralmente a estagio fra a sais condicionante na concepso dos elementos construtivos face a0 fenémeno da difusio de vapor dle Agua, sicuago em que o fluxo de vapor tem o sentido do interior para o exterior. Existem, contudo, situagSes especiais em que o fluxo de vapor se dé em sentido contritio (do exterior para o interior), como ¢ por exemplo o caso das cémaras frigorfficas ou de edilicios situados em ambientes muito quentes ¢ hiimidos e com ar condicionado a controlar o ambiente interior. Nos edificios correntes esta situagZo também se poderd registar, por exemplo, quando um elemento se encontrar com um teor de humidadle elevado e estiver exposto a forte radiagio solar, provocando a transferéncia da humidade em direegio ao interior do edificio. A este fendmeno dé-se, normalmente, o nome de condensagdes “de Verio”. Nos parigrafos que se seguem descrevem-se os principais aspectos a ter em conta no estudo destes fenémenos, nomeadamente a difusio de vapor de Agua através de clementos construtivos, os parimetros que a condicionam, as solictagées da envolvente dos edificios, os modelos de simulayio do problema. 4 ‘Caracterizagio de Bacrezas Pira-Vapox e sua Aplicagio 2.2 DIPUSAO DE VAPOR DE AGUA 2.2.1 MIECANISMOS DE TRANSEERENCLA DE VAPOR DE AGUA intes formas fase vapor pode dar-se das A transferdncia de humid + Difsio deaapor atnaes de tana conads de av + a difusio de vapor divse através de uma camada de ar imével Difsio de wupor aries de mitersis poross - & basicamente 0 mesmo proceso que 0 anterior, s6 qué neste caso a resisténcia a0 transporte depende da estrucura do material Cemanzio « 0 vapor de agua desloca-se juntamente com o ar devido a gradientes de pressio e de eemperstura. ‘Assim, a transferéacia de vapor de agua através da envolvente dos edificios poder processar-se de diferentes formas, tais como: « Transferéncia de vapor entre a face interior do elemento de construgio ¢ a ambigncia interior. + Transferdncia de vapor através dos elementos de construgio, resulrante do gradiente de pressio parcial de vapor de Agua entre as ambigncias exterior e interior; Transferéncia de vapor entre a face exterior do elemento de construgio ea atmosfera. 2.2.2 MODELO DE Dirusio pr Fick Atransferéncia de humidade por difusio de vapor através de elementos consteutivos é consequéncia directa das diferengas de pressio de vapor de agua entre as suas faces. Trata-se de um caso especifico do principio universal segundo 0 qual duas misturas de gts com concentragées diferentes, quando postas em contacto, originam um transporte molecular que se mantém até que as concentragées sejam iguais. Para um determinado elemento construtivo, este transporte depende das caracteristicas de permeabilidade ao vapor de agua dos seus componentes ¢ das diferengas de pressio de vapor de gua entre os ambientes que separa, gue por sua vez dependem das caracteristicas higrotérmicas, (temperatura e humidade) dessas mesmas ambi8ncias. Existem virios modelos de transferéacia de um gs por difusio, dos quais se salienta o de Fick. Este modelo considera a auséncia de forcas de transporte, tais como fluxo de Hquido, fluxo de gis e CCarasriagio de Bares Pra Vapor e sua Aplicagio diente de temperatura, Deste modo, considers que o vapor de agua apresenta um comportameato que se aprosina de um gis ideal (ver §2.23) e que a velocidade de difusio & constante através de um material hontogéneo. Se considerarmos um material poroso, de estrutura indeformivel, homogéneo, nio higroscépico, de faces planas e paralelas, com unta boa estanquidade ao at, em equilibrio térmico, sem producto interna de flusos e submetido a um regime permanente, bem como a auséncia de transferéncia de Agua na fase liquida, pode afirmar-se que o transporte de humidade se da exclusivamente por difusio de vapor, obedecendo & lei de Fick [15] (21) em que: Densidade do fluxo de difuséo de vapor de Agua - (kg/m) de, dq, n(T, HR): Coeficiente de permeabilidade ao vapor de agua do material, sob acgio de tum gradiente de presséo de vapor de agua, em fungo da temperatura e da humidade relativa- [kg/ (en's Pa)] Gradiente de pressio de vapor de égua - [Pa/m] Por simplificagio, é corrente considerar-se que o coeficiente de permeabilidade 20 vapor de Sgua é constante, 0 que significa que: dy dy 0 (2.2) d, re (23) HR No entanto, como se refere no § 2.2.5, o valor de m nio é constante, variando, sobretudo, com a humidade relativa da ambiéncia em que se encontre o material. 2.2.3 PROPRIEDADES TERMODINAMICAS DO AR - PSICROMETRIA 2.2.3.1 GENERALIDADES A Psicrometria trata das propriedades termodinamicas do “ar hiimido”, nomeadamente a Humidade Absoluta / Teor de Humidade do Ar, a Humidade Relativa e a Pressio Parcial de Vapor de Agua. 6 Caeceriagi de aris Pes Vapor ees Apicasio (© “ar hiimido” no & mais do que o ar aumosférico isento dos contaminantes que normalmente contém, como fumo, pélen, gases poluentes, etc. Na sua constituigio encontrase o vapor de Ape e cliversos gases, tals como 0 azoto, 0 oxigtnio, o Srgon, o didsido de carbono, ete., que no su conjunto formam o que se desigita por “ar seco”. De seguida apresertan:se os principais parimetsos que condicionam 0 comportumento termo- -higrométrico do ar no interior dos edificios, da maior importincia no estudo do problema dis condensagdes, A informagio apresentada assenta fundamentalmente nas publicagdes da ASHRAE Ble (4) 2.2.3.2 EQUAGAO DOs Gases PERFEITOS Na generalidade dos cilculos psicrométricos efectuados em engenharia civil, o “ar htimido” é ratado como uma mistura de dois gases perfeitos - 0 vapor de Agua e 0 “ar seco” ~ obedecendo cada um (¢ também o seu conjunto) a lei de Gay-Lussac (76): p-VenR-T (2.4) em que: p: Pressio parcial do gés - [Pa] V: Volume ocupado pelo gas - [m’] n: Niimero de moles de gis contido no volume V Ri Constante universal dos gases perfeitos = 8,31441 J/(mol-K) (ver [3] e [4]) ‘T: Temperatura absoluta - [K] Para um determinado gés com massa molecular relativa M, a equagio anterior pode também ser escrita da seguince forma (ver (3]¢ [40 pVem a as (2.5) em que: p: Pressio parcial do gis - [Pa] V: Volume ocupado pelo gis ~ [m"} m: Massa de gis contida no volume V - [kg] R: Constante universal dos gases perfeitos = 8,31441 J/(mol-K) M,Massa molecular relativa do gis - (kg/mol} T: Temperatura absoluta - [K] (Crracerzsto de Basis Pis-Vapor sus Asiogio sua prépria constante universal, Assim, pars 0 “ar fio R/M, de um deterninado gis fornece a Agua tem-se (ver [3]e [4] seco” ¢ para o vapor de 831441 —— = 287,055 kg- k 6) Go2s9eas 787058 J/kg: K) (2.6) 831441 — = 461,520 J/(kg- K , 0,01801528 Et) @7) em que: Ry: Constante universal dos gases perfeitos relativa ao “ar seco” = 287,055 J/(kg-K) R,: Constante universal dos gases perfeitos relativa ao vapor de gua = 461,520 J/(kg-K) R: Constante universal dos gases perfeitos = 8,31441 J/(mol-K) 0,028 9645 kg/mol ‘M, Massa molecular do “ar seco M,:Massa molecular do vapor de 4gua ~ 0,018 015 28 kg/mol Para além de obedecer & equacio dos gases perfeitos, o “ar hiimido” obedece também & leide Dalton (76), que refere que a pressio total de uma miscura de gases & igual 3 soma das presses parciais! de cada um dos gases constituintes: P=P+P, (2.8) em que: P,: Pressio total da mistura - [Pa] P: Pressio parcial do vapor de Agua - [Pa] Px: Pressio parcial do “ar seco” ~ (Pa) 2.23.3 PRESSAO ATMOSFERICA A pressio total do “ar hiimido” corresponde A pressio atmosférica, na medida em que é tratado como uma mistura de gases perfeitos A pressio atmosférica varia consideravelmente com a altiuude, a localizagio geogrifica ou com as condigdes climatéricas. Por forma a permitir obter estimativas das propriedades do ar quando mio se "A pressio parcial de um gs componente de uma mistura é igual & pressio que esse gis teria se ocupasse individualmente o mesmo volume da mistura, & mesma temperatura. 8 ‘Caraxriacio de Burin Pie. Vapore sua Apleagio io atmosférica, a ASHRAE apresenta um quadro com pressdes eititério dos Estados Unidos, fornecidas pela NASA, do qual presentam no Quadro 2.1. dispde de valores. da pre consideradas de referéncia para o foram retirados os valores que Quadro 2.1 — Presses atmosféricas de referéncia para o territério dos Estados Unidos, de acordo com a ASHRAE (ver [3] ¢ [4]) Altitude [m] Pressao [Pa] Alticude [ma] Pressio (Pa =1000 113 929 2000 79.495 -500 107 478 3000 | __70 108 | O(niveldo mar) | 101325 5000 54020 500 95.461 ~__ 7000 41061 1000 89 874 10000 26-436 Estes valores podem também ser calculados a partir da seguinte expressio (4; P, _- = 101325-(1-2,255 77x 108 .H)" (2.9) em que: P,:Pressfo atmostérica de referencia ~ [Pa] H: Altitude do local ~ [m] s ENTRE 0S COMPONENTES DO “AR HUMIDO” 4.1 Equacio Geral ‘Atendendo as equagées anteriores verifica-se que para um determinado volume de ar hiimido - V, a uma dada temperatura ~ T, temos: (2.10) 2.2.3.4.2 Teor de Humidade do Ar Por definigio, 0 teor de humidade do ar corresponde A relacio entre a massa de vapor de égua ea massa de “ar seco”, pelo que pode escrever- (2.11) ‘Caractere Barras Pira-Vapor es liapio Na expressio anterior (2.11) tem U: Teor ar [kp/ky, “ar seco") my: Massa de vapor de Agua - [sg] mj Massa de “ar seco” = R,: Constante universal dos gases perfeitos relativa ao “ar seco” = 287,055 J/(kg-K) R,: Constante universal dos gases perfeitos relativa ao vapor de agua = 461,520 J/(kg-K) P,: Pressio total da mistura - [Pa] P: Pressio parcial do vapor de Agua ~ [Ps] 2.2.3.4.3 Humidade Absoluta do Ar Do mesmo modo que para o teor de humidade, a humidade absoluta do ar também pode ser obtida da seguinte forma: (2.12) em que: W: Humidade absoluta do ar - [kg/m’] my: Massa de vapor de 4gua - [kg] Rj: Constante universal dos gases perfeitos relativa ao vapor de agua = 461,520 J/(kg-K) P: Pressio parcial do vapor de 4gua ~ [Pa] T: Temperatura absolura - [K] 2.23.5 O.ARSATURADO O “ar hiimido” considera-se saturado quando se encontra em contacto ¢ em equilibrio neutro com Agua (4), sendo a correspondente pressio parcial ~ pressio de saturagio (2) - um dos mais importantes parimetros nos célculos psicrométricos Existem vérias expressdes que permitem o célculo deste pariimetro, das quais se- apresentam nos quadros seguintes as referidas por H. Kiinzel (82] ¢ pela BSI [17], dada a sua simplicidade. A expresso da BSI foi inclusivamente adoprada na prEN ISO 13788 (52} 10 ‘Cancer de Basis Pia Vapor i Aplcnio Quadro 2.2 - Expressdes apresentadas por H. Kiinzel [82] para o edleulo da Pressio de turagio (P, em Pascal) Botte! ergy [1 b roc 272,44 20°C 234,18 Quadro 2.3 - Expressées de Magnus (apresentadas pela BSI [17]) para o céleulo da Pressio de Saturagio (P, em Pascal) Be 6105-6") [Pa] ‘Temperatura - ¢ °C] a b t<0°c 21,875 265,5 t20°C 17,269 237,3 2.2.3.6 ‘HUMIDADE RELATIVA DO AR A humidade relativa de um determinado volume de “ar himido” corresponde 4 relagio entre « fracgio molar do vapor de gua desse volume de ar e a fracgio molar do vapor de gua numa amostra de ar saturado, com o mesmo volume e nas mesmas condigdes de temperatura e pressio (ver [3] e [4): HR= 100x (2.13) em que: HR: Humidade relativa - (%] x: Fracgio molar de vapor de agua xq Fracgio molar de vapor de 4gua de uma amostra de ar sacurado Por seu lado a fracgo molar do vapor de 4gua de uma amostra de ar pode ser caleulada através da expressio (2.14), que se segue (ver [3] e [4). uw Concer de Barres Pirs Vapor sus Aplcagio - (2.14) ne Namero de moles de vapor d nz Niumero de moles de “ar seco” ‘Atendendo as equacdes (2.4), (2.8) e (2.14) pode escrever-se: Vv a, ata, 35 RT PB PHP, (215) a, P em que: V: Volume ocupado pelo gis ~ [m’] Rs Conscante universal dos gases perfeitos = 8,31441 J/(mol-K) T: ‘Temperatura absoluta - [K] ny: Niimero de moles de vapor de gua uz Nimero de moles de “ar seco” P: Pressio parcial do vapor de 4gua ~ [Pa] Pj Pressio parcial do “ar seco” ~ [Pa] Deste modo é possivel reescrever a equagio (2.14) da seguinte forma: x= (2.16) Bs R e entio: P HR = 100x BE (2.17) em que: HR: Humidade relativa - (%] P: Pressio parcial do vapor de agua - [Pa] P,: Pressfo de saruragio - [Pa] 2 (Cacterizagio de Bares Para Vapor sun ApicasSo 2.23.7 O DIAGRAMA PSICROMETRICO fica das propriedades termodindmicas do “ar hiimido” e das relagSes existent ima Psicrométrico (Figura 2.1). Este diagrams pressio aumosférica de for diferente A representasio gr cate si permite obter 6 que se sempre relativo a uma determinada pressio atmosférica, em. geral eve proceder is devidas correcgdes se a pressio atmosfér referéncia, pelo qui daquela a que corresponde o diagrama (ver § 2.2.3.3). Para exemplificar a utilizag3o do diagrama psicrométrico, considere-se que o ar tem uma temperatura t= 20°C e uma humidade relativa de 50%, Pela interseceio da recta vertical que corresponde a uma temperatura de 20 C com a curva que corresponde a uma humidade relativa de 50%, obsém-se um ponto A, a partir do qual se pode tragar uma recta horizontal que permite determinar a pressio parcial do vapor de 4gua, que é de 1170 Pa. Ao arrefecer esse ar sem {azer variar 0 seu teor de humidade, a humidade relativa vai aumentando. Quando a humidade relativa atinge os 100 %, 0 ar fica saturado e a temperatura correspondent & a temperatura de ponto de orvalho t, = 9,3 °C. 02224 26 26 30 TI [ete7ka Figura 2.1 - Exemplo de um diagrama psicrométrico [46] B (Caraseriagio de Barrins Pira-Vapor sua Aplicagio 2.2.4 O-VarOR DE AGUA NO INTERIOR DOS EDIFICIOS EX ISTENTE NO INTERIOR DOS EDIFICIOS 2.2.4.1 ORIGENSDO VAPOR © vapor de gua existente no ambiente interior dos edificios resulta de diversos factores, tis ¢ O vapor de éguia produzido pelos ocupantes (anima ¢ vegetais)s so de refeigdes; exemplo a prepa + O vapor de gua transportado pelo ar exterior que é admitidlo nos ediffcios; somo: (© vapor de Agua resukante das actividades no interior dos edificios, como por +O vapor de Agua que é libertado pelos diversos materiais por fendmenos de higroscopicidades © vapor de Sgua que atravessa a envolvente dos edificios por fendmenos de difusio. Os dois primeiros factores sio, normalmente, os mais condicionantes, tendo variagées bastante significativas a0 longo do dia, em funcio do tipo de ocupacio dos edificios. Por exemplo, habitagio as primeiris horas do dia e da noite so normalmente as que registam uma numa maior produgio de vapor, enquanto que num escritério o horério de expediente apresentari uma produgio de vapor significativa, que geralmente cessa a0 final da tarde. Para habitagdes, a BST [17] apresenta um quadro (Quadro 2.4) com valores aproximados da produsio didria de humidade, em fungio do ntimero de ocupantes e dos seus habitos. Quadro 2.4 - Produsao diaria de humidade em habitagdes [17] ‘Numero de Produgio didria de vapor de gua [kg cocupantes |” Ocupagio seca"? _[_Ocupagio hémida*? | Ocupacio muito hiimida""7 i 6 9 2 a i 3 9 2 [4 10 ud 3 i B 6 7 2 16 Qcupagio seca: nos casos em que a ventilagio 6 convenientemente utilizada, incluindo os edificios que mio se encontram ocupados durante o dia. Resulta numa diferenga de pressio de vapor entre os ambientes interior e exterior superior a 300 Pa. niio 9 Ocupagio hiimida: nos casos em que a humidade interior se encontra acima do normal, provavelmente com ventilagio deficiente. A diferenciagio de pressio de vapor de agua entre © interior € o exterior situa-se entre os 300 ¢ os 600 Pa. 4 CCanexeiagio de Baris Pies Vapor e sun Apliusio “9 Qoupagio muita hiimida: nos casos em que os sistemas de ventiagio dificilmente sto utilizados © a produgio de vapor no interior & clevada, A diferenga de pressio de vapor & superior a 600 Pa 224.2 VENTILAGRO DOs EspaGos A ventilagio dos espagos & um mecanismo de grande importincia na redugio da huntidade relativa interior, na medida em que permite a admisso de ar estetior, normalmente mais seco, ¢ a extrtcsio do ar interior, transportando consigo alguma da humidade em forma de vapor de égua Para além da configuragio dos dispositivos de ventilagio ¢ da forma como sio utilizados, a renovacio de ar no interior dos edificios depende de outros factores, dos quais se destacam a exposigio do edificio face 4 acg$o do vento € a sua permeabilidade ao ar. Atendendo a estes aspectos, a BSI [17] apresenta também um quadro (Quadro 2.5) com os valores tipicos da taxa de renovagio de ar dos edificios, em fangio da sua permeabilidade e exposigio, Quadro 2.5 ~ Valores tipicos da renovagio de ar em edificios [17] sch thet Taxa hordria de Deserigio do edificio renovagao de ar -n {h'] Edificio convenientemente selado localizado em local abrigado 05 Edificio corrente localizado em local abrigado Edificio com elevada permeabilidade a0 ar locaizado em local abrigado Edificio co s Edificio corrente localizado em local exposto 15 Edificio com clevada permeabilidade ao ar localizado em local - exposto 2.2.4.3 HIGROMETRIA DOs Locals Como se poder concluir pelo exposto, a humidade relativa de um local interior ventilado & sobretudo condicionada pela humidade exterior e pelo equilibrio entre a produgéo de vapor no interior € © caudal de ventilagio, podendo definir-se um parimetro designado por higrometria o . Pap : ; (3). que traduz 0 aumento da pressio do vapor de 4gua interior em relacio a0 exterior. a Ceracsinago de Baris Pie Vapore nin Apliasto 15, A relagio entre a humidade interior ¢ exterior pode traduzir-se pela seguinte expresso [15} Wewx—at © =Towv ou simplificadamente [52] (2.19) em que: W; Humidade absoluta do ar interior - [kg/m] Wz Humidade absoluta do ar exterior -[kg/m’] : Producio de vapor no interior: - [kg/h] n: Taxa horfria de renovagio de ar -[h"] V: Volume interior -[m"] ‘Temperatura interior - [K] : Temperatura exterior - [K] A higrometria dos locais é um parimetro de grande importincia nos estudos de difusio de vapor através da envolvente dos edificios, uma vez que define 0 gradiente de pressio de vapor a que se encontram submetidos os elementos que compéem essa envolvente. Contudo, como facilmente se compreenderi, este parimetro apresenta importantes variagdes, nao sé entre diferentes edificios mas também 20 longo do tempo para um mesmo local (Figura 2.2). eo ee ——— mvp [e/m'] + | ‘Tempo [Dias] Figura 2.2 ~ Variago, ao longo do tempo, da higrometria de uma moradia [63] % (CancreriagZo de DereeirsPlra-Vapor sun Appia Por forma a facilitar a simulagio dos fendmenos de difusio de vapor através dos elementos construtivos, os edificios normalmente sio classificados em fungio de valores médios da sua higrometria, Em Franga, por exemplo, consideramse quatro classes de higrometia das edliffeios, que se apresentam no Quadro 2.6 juntamente com edilcios que tipicamente correspondem 4 essis classes. Quadro 2.6 - Classificagao francesa dos edificios em fungio da sua higrometria [15] e [49] CLASSE, HIGROMETRIA TIPO DE EDIFICIOS Escritérios, escolas, ginisios, a 3 3 i aragel 525x107 kg/m oficinas ¢ garagens sem nV produgio de vapor, armazéns, I Fraca higrometria Edificios de habitagio nio sobreocupados ¢ correctamente ventilados. Edificios de habitagio — “3 Sobteocupados e com 5x10? <5 <7,5x 10 kg/m? | venuilagio deficiente, locais av com forte concentracio humana ou animal, indistrias. S$ 5x10>kg/ my? I. Média higrometria IIL- Forte higrometria Piscinas, cents locais industriais com grande produgio de vapor, locais sanitdrios de colectividades. IV- Muito forte e/a? higeometria Sines ne A prEN ISO 13788 [52] apresema uma classificagio diferente, com 5 classes de higrometria cujo valor varia em fungio da média mensal da temperatura exterior. A Figura 23 representa graficamente as diferentes classes de higrometria (ov -) consideradas e no Quadro 2.7 a referem-se alguns exemplos de edificios que tipicamente pertencem a essas classes. Refira-se que, na simulacio dos fendmenos de difusio de vapor, os valores de higrometria a utilizar deverto ser os mais elevados da classe em que se insere 0 edificio em causa, excepto quando se disponham de medigées apropriadas que permitam obter valores mais precisos. Crespo de Baris PirVpore sv Apagio wv av etn eons. o,o06| 810. 4 7 i o.oo] sso | | 2 002] 270 —_ | | l | 0 3 0 so SSC ‘Temperatura Exterior Média Mensal Figura 2.3 - Classes de higrometria dos edificios (av = 3): de acordo coma a prEN ISO 13788 [52] Quadro 2.7 ~ Edificios que tipicamente se enquadram nas classes de higrometria apresentadas na Figura 2.3 [52]. Classe de Higrometria Tipo de Edificios 1 ‘Armazéns : 2 Eserit6riog,lojas comercinis r 3 ‘Habitages com pouca ocupagio [— i | HabitagSes com ocupagio elevada, recintos desportivos, cozinhas, cantinas, edificios aquecidos com aquecedores a gts ie 5 Edificios especiais, como lavandarias, cervejarias, piscinas 2.2.5 CARACTERISTICAS DE PERMEABILIDADE AO VAPOR DOS MATERIAIS DE CONSTRUGAO. 2.2.5.1 PERMEABILIDADE AO VAPOR DE AGUA DO AR © Coeficiente de Permedbilidade ao Vapor de Agua do Ar (rzq) representa a quantidade de vapor de gua que, por unidade de tempo e espessura, atravessa o ar por difusio, numa determinada direcsio. Este 18 Careceriagio de Baccias Pir Vapor ws ApliasS0 parimetro depende da pressio atmoslérica e da cemperatura do ar, podendo ser determinado a parte das io [85]: (2.20) em que: 1,2 Coeficiente de permeabilidade a0 vapor de 4gua do ar (kg/(ars-Pa)] D: Coeficiente de difusio do vapor de Agua no ar - [m/s] Rz Constante universal dos gases perfeitos relaiva ao vapor de Sgua = 461,520 J/(kg-K) T: Temperatura absolua - [K] Alguns autores chegaram a diferentes expresses para a detenninagio do Cagfciane ce Dificio do Vapor de Agua no Ar (D), sendo a de Schirmer a mais utilizada para célculos em regime permanente (85): D=2,306x 10%. {B \, (3 yr (2.21) em que: D: Coeficiente de difusio do vapor de agua no ar - [m/s] D3 Pressio atmoslérica de referéncia = 101 325 Pa Pz Pressto atmosférica - [Pa] T: Temperatura absobuta -[K] ‘Ty: Temperatura de referéncia = 273,15 K (0°C) Apesar de nfo ser um parimetro constante, é comum adoptar-se um valor médio para o coeficiente de permeabilidade ao vapor de Agua do ar (t,). Assim, tomando como exemplo a norma DIN 4108 [51], para uma temperatura t = 10°C temos: {ke/(m.h.Pa)] = 185% 107” [kg/(ms.Pa)] M15 i 2.2.5.2. PARAMBTROS CARACTERISTIOOS DOS MATERIAIS Para a determinagio do fluxo de vapor que se difunde através de um elémento construtivo ¢ necessrio conhecer as caracteristicas de permeabilidade a0 vapor dos seus componentes. Para os materiais homogéneos (ou similares, como por exemplo o betio), essas caracteristicas sio expressas por um parimetro designado Cagfcionte de Pamadalidade ao Vapor de Agua (7), que representa a (Carsrzagio de Burris Pies Vapoc es Apicsio sa por dilusio esse ia que, por unidade de tempo € espessura, atray suas faces planas e paralelas, quando sujel quantidade de vapor d terial, perpendiculirmente & a uma diferenga de n pre de vapor unit Um outro partmetro correntemente utilizado na camcterizagio da permeabilidade a0 vapor dos materiais 6 0 Factor de Resisténcia & Difusio de Vapor (1), que corresponde 4 relagio, adimensional, entre a Permadbilidade ao Vapor de Agua do Ar (2,) € a permeabilidade a0 vapor de ‘gua do préprio material, indicando portanto quantas vezes a resisténcia & difusio de um provete dese material é maior do que a de uma camada de ar em repouso, de igual espessura e sujeita is mesmas solicitagbes. (2.22) 108 CARACTERISTIOS DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS 2.2.5.3 PARAME’ A Pemeincia ao Vapor de Agua (Pe) de um elemento corresponde & densidade de fluxo de vapor de Agua que o atravessa, relativamente & diferenga de pressio parcial de vapor a que esta sujeito entre as suas faces. Por seu lado, a Resisténcia & Difusio de Vapor de Agua (R,) desse elemento corresponde 20 inverso da sua Permeancia, ¢ 0s seus valores sio dados por: (2.23) em que: Pe: Permefncia a0 vapor de Agua do elemento construtivo - [kg/(m*-s-Pa)] Ry Resistncia A difustio de vapor do elemento construtivo - [m*sPa/kg] g Densidade do fluxo de difusio de vapor de agua -[kg/(ais)] AP: Diferenca de pressio de vapor de dgua - [Pa] Quando temos um elemento construtivo constirufdo apenas por um material homogéneo de espessura (4) conhecida, podemos determinar a sua Ressticia & Difisio de Vapor de Agua (R,) ea sua Pemednia da seguinte forma: Pe= (2.24) 1 Ry em que: m: Coeficiente de permeabilidade ao vapor de Agua do material - [kg/(msPa)] d: Espessura do elemento - [m] 20 (Casctericagio de BarseirasPhex-Vepore wun Aplicagio al como acontece com a permeabilidade dos materiais, também para o caso dos elementos construtivos existe um parfimetro que relaciona a sua resist@ncia 4 dilfusio de vapor com a permeabilidade ao vapor de égua do ar. Esse parfimetro designa-se por Espessura da Canada de Ar de da camada de ar em repouiso que possiti a mesma da seguimte forma Difisdo Equiuierte (S,) & corresponde 4 espessur resisténcia a difusio de vapor de égua que 0 elemento construtivo, obtendo- wed (2.25) Quando temos um elemento construtivo constituido por diferentes camadas, a sua resisténcia 4 difusio de vapor corresponde 20 somatério das resist@ncias dessas camadas, enquanto que a permefincia do conjunto é 0 inverso dessa soma: d cae Ry = Det ER, +See us DE | Ta (2.26) ere R,._,*Resisténcia & difusdo de vapor do elemento construtivo -[mysPa/kg] ee Coeficiente de permesbilidade ao vapor de 4gua da camada homogénea () -[kg/(asP2] + Resisténcia & difusio de vapor da camada nio homogénea () - {ras Pa/kg] Espessura do espago de ar -[m] Coeficiente de permeabilidade ao vapor de agua do ar - (kg/(am-s Pa] O processo de determinagio destes parimetros € idéntico ao que se utiliza nos cflculos de twansferéncia de calor, mas desprezando a influéncia das resisténcias superfcias. 2.2.5.4 FACTORES QUE AFECTAM A PERMEABILIDADE AO VAPOR DOS MATERIAIS 2.2.5.4.1 Aspectos Gerais Apesar de ser uma caracteristica bem definida para cada material, a experiéncia tem mostrado que, em alguns materiais, a permeabilidade so vapor é bastante influenciada pelas condigées higrotérmicas a que o material é submetido, em particular a humidade relativa. ‘A permeabilidade a0 ar e as propriedades dos materinis face & transferéncia de humidade na fase lquida, so também factores com alguma influéncia na sua permeabilidade ao vapor de Agua, para além das heterogeneidades inerentes aos materiais anisotr6picos. Conti de Baris Pi Vepot ea Ae a 2.2.5.4.2 ‘Teor de Humidade dos Materiais A. generalidade dos materiais comtém poros ou intersticios, que podem estar ligados entre si- materiais com porosidade aberta ~ ou niio ~ materiais com porosidade fechada (Figura 2.4). eo 4 oO Oo o (8 o ¢ 2 > oo, Materizis com Porosidade Fechada Materiais com Porosidade Aberta Figura 2.4 ~ Representagao esquematica da porosidade dos materiais No seu conjanto, os poros apresentam uma grande superficie interna, com afinidades para as moléculas de 4gua. Contudo, para que um material possa sofrer humidificagio interna terd que apresentar uma porosidade aberta face & 4gua na fase liquida ou na fase vapor, caso contririo apenas poderg ser humidificado superficialmente. ‘Assim, quando uma estrutura porosa é colocada em contacto com gua (na fase vapor ou na fase liquida), desde que nfo ocorra qualquer reaccio quimica entre ambas, a fixagio da humidade no meio poroso pode dar-se através de ts mecanismos ~ a higroscopicidade (ou adsorgio fisica), a condensagio ¢ a capilaridade [16]. A quantidade de 4gua contida nos poros pode ento variar desde © zero (correspondente ao material seco), até ao preenchimento total dos potos abertos (75). Entre estes dois extremos, que dificilmente se atingem em condigSes naturais, existem alguns pontos intermédios bastante importantes (Figura 2.5¢ Figura 2.6). Os mecanismos de fixagio de humidade referidos sto complexos e indissocifveis, podendo ainda juntar-se-lhes a acgio da gravidade e de pressdes externas, 0 que toma complexo o estudo e modelizagio do movimento da Agua no interior dos materiais de construcio. io iw We [Wa Wow | [Secagen) Domi Dominio | Humidiicagao Artiicial Higroscépico| __Capitar__| sob Pressao Figura 2.5 ~ Descrigao convencional dos teores de humidade de referéncia de um material poroso, segundo Freitas [64] 22 ‘Cascterizasio de Bares Pir-Vepore sua Aplicagfo aL Figura 2.6 ~ Descrigao convencional dos teores de humidade de referéncia de um material poroso, segundo Hens [76] © Teor de Humidade Higroscépico (2,) corresponde & quantidade de 4gua que um material contém quando em equilfbrio com uma ambigncia que apresenta uma determinada humidade relativa, Pode variar entre 0 zero absoluto, se 0 material estiver em contacto com uma ambigncia de humidade relativa nula, e 0 Teor de Humidade Critico (w.). O Teor de Humidade Critico (w,) & 0 teor de humidade que um material apresenta quando em contacto com uma ambigncia saturada e abaixo do qual o transporte de 4gua por capilaridade & praticamente impossivel, pelo que apenas ocorre transporte de vapor. E um parimetro importante nos fendmenos de secagem e nas condensages internas em/entre camadas capilares [75] O Teor de Humidade de Saturagéo (‘,,) corresponde & quantidade de Agua que um material contém quando em contacto com um plano de gua durante um determinado periodo de tempo. ‘Acima deste valor, a circulago de ar para dentro ou para fora do material deixa de ser possivel. © Teor de Humidade Méximo (tty.,) 6 0 teor de bumidade que um material apresenta quando todos os poros abertos se encontram totalmente preenchidos com Agua, situagio que apenas se atinge através da imerstio em vacuo. O intervalo entre o Teor de Humidade de Saturacio (w,,) € © Teor de Humidade Méximo (Wv,,) desempenha um papel importante nos riscos de danificagio pelo gelo, que sio tanto maiores quanto menor for esse intervalo. 2.2.5.4.3, Higroscopicidade dos Materiais No interior dos poros dos materiais, as forgas intermoleculares (forcas de. Van der Waals [16)) actuam sobre as moléculas de vapor de Agua, fixando-as & superficie dos poros, fendmeno este que se designa por adsorgdo ou higroscopicidade. A quantidade de Agua que é retida por um material através deste processo depende das caracteristicas do proprio material, nomeadamente a sua estrunura porosa, e varia em fungio da humidade relativa do ambiente envolvente. Crna de Brice Pl Vapor sua Apo 2B Nestas condigdes, se um material seco for colocado numa ambiéncia com temperatura constante, na qual se faz variar gradualmente a humidide tempo suficiente para permitir a correspondent a0 aumento do respect distintas (ver [16] e [76)} 12 Para valores muito baixos de bilizagio do material, verifica~ ativa, de modo a que cada patamar soja mantido 2 um aumento do seu peso, 0 teor de humidade, Este processo apresenta wrés fases (0%SHR<20%), as moléculas de Agua adsorvidas fixam-se directamente sobre a superficie dos poros humidade relativa numa camada = monomolecular - —_adsorgio moremoleadar- que ser’ tanto maior quanto maior for a porosidade do material e menores forem os poros. ‘Adsorgio Monomolecular 2* Para valores um pouco superiores de humidade relativa, as moléculas de Agua vio-se sobrepondo em camadas sucessivas ~ adsorgao plurimalealr. Adsorsio Plurimolecular 38 Quando a humidade relativa ultrapassa 0 valor de cerca de? 30%, nos poros de menores dimensdes as camadas de moléculas de Agua adsorvidas tocam-se, dando origem ao que se designa por condnsagto capil. este proceso. A medida que a humidade relativa sobe, este fenémeno ocorre num maior ntimero de poros, até Poros, que, a0 atingir 0 valor de 100%, toda a estrutura porosa deveria estar completamente preenchida de 4gua. Contudo, na pritica, 0 ar que fica retido nos poros impede que o material atinja a saturaglo por Condensagio Capilar Esta variagio de peso que o material sofre permite tragar uma curva (Figura 2.7), designada por ava de adsomio isotémiza, relacionando 0 teor de humidade do material com a humidade relativa da ambiéncia em que se encontra, 2 O limite de 30% foi apontado por H. Hens em 1991 [76], enquanto que S. Bories, em 1982 [16], apontava um valor de cerca de 50%. 24 (Carceringio de Bares Px Vapor e nun Aplicsio 9 Os gs 2 33 : i 68 ao Peat 4 ‘fae 0 Pale Pa fe TsFase 2" Fate aa Fase Figura 2.7 - Aspecto genérico de uma curva de adsorgao isotérmica Se 0 procedimento descrito anteriormente para a determinacdo da curva de adsorgio isouérmica for efectuado em “sentido” inverso, isto é se o material for colocado saturado numa ambiéncia com 100% de humidade relativa e esta for baixando gradualmente, encontra-se uma curva de “restituigio higroscdpica” [75]. Esta curva geralmente nfo é igual 4 curva de adsorgio, apresentando, para a mesma humidade relativa, valores mais elevados do teor de humidade (Figura 28), sendo esta diferenga designada de hisenSis. Ao conjunto destas duas curvas dé-se 0 nome de curvas higrosedpicas, que so caracterfsticas de cada material. Refira-se, contudo, que apesar de este fenémeno estar largamente confirmado pela experiéncia, existem ainda questées ligadas & influéncia da temperatura na histersis que nfo estio completamente esclarecidas [64] 100 ° HR [%] Figura 2.8 - Representagio esquemitica das curvas higroscépicas de um material ‘Alguns materiais conseguem reter por higroscopicidade quantidades de agua significativas, mesmo para humidades relativas no muito elevadas, tendo a capacidade de a restituir ao ambiente adjacente quando humidade relativa & baixa. Estes materiais dizem-se higrosaipizs, como por exemplo a Cencsizagio de Bares Pra. Vapore sua Apo 5 c dos materiais flbrosos. Pelo conteitio, se o material apresenta um peso maxeita ¢ a generalicla praticamente constante qualquer que seja a humidade relativa do ambiente em que se encontre, diz- -se mio higosedpien, como & o caso do barzo vermelho. 2.25.44 Condensagio Como foi jé referido anteriormente, a condensagio do vapor de agua existente no ar pode ocorrer no interior de um elemento construtivo ou nos seus paramentos,¢ 0 resultado seré obviamente a sua humidificagio, eventualmente seguida de uma redistribuigo da humidade. Note-se contudo que, 20 contririo da higroscopicidade, este mecanismo necessita de um gradiente de temperatura para que se verifique a sua ocorténcia, uma vez que se a temperatura for constante 20 longo de um elemento construtivo entio nfo ocorrem condensagées internas, pois a pressio de saturagio é também constante e superior & pressio instalada, caso contrério corresponderia & ocorréncia de condensagées superficiais em ambas as faces do elemento. 22.5.4.5 Capilaridade A capilatidade intervém como mecanismo de fixagio de humidade quando um material é posto em contacto com gua liquida. © contacto entre a 4gua e a superficie dos poros do material conduz 20 estabelecimento de um gradiente de pressio, que corresponde a diferenca entre a pressio do ar (P,) € a pressio da Agua (P,,,) ¢ & designado por pressio capilar (P.) or sua vez, a pressio capilar, que é fungio da temperatura ¢ da humidade do material, bem como da distribuigio dos raios dos poros e da sua variacio, dé origem a um fluxo de Agua (J.) que tende a preencher completamente os poros (Figura 2.9) x * XN, OY Be Ss SI Lr rv xy XX xX XK : xX XX XX XY xX “ RNY ‘i xX ii XN xR XY y wy Xx xy Agua Xx XX XXX \% x AXX aN x . Xx X AX xX xX Figura 2.9 ~ Representagao esquematica do fendmeno da capilaridade [64] 26 (Curcteizagio de Bareca Pir:Vapore sus Apiasio correr em condiydes ‘Tal como acontece com a higroscopicidade, 0 fendmeno da capilardade pode nicas de equilibria no seio do material ¢ apresenta tum eleito de histerésis entre termodin’ embebigio em. 2.2.5.4.6 Influéncia da Humidade Relativa na Permeabilidade a0 Vapor dos Materiais Com 0 objectivo de estudar a influfncia da humidade relaiva nas caracteristicas de permeabilidade 20 vapor dos materiais e elementos de construsio, Tveit [101] ensaiou varios materiais utilizando uma série de solugdes salinas no interior de tinas de ensaio, tendo concluldo que a variagio da permeabilidade a0 vapor com a humidade relativa depende sobretudo das propriedades higroseépicas dos materizis. A permeabilidade a0 vapor de materiais higroscépicos aumenta consideravelmente com 0 aumento da humidade relativa da ambiéncia. Por outro lado, a permeabilidade de materiais com pouca ou nenthuma higroscopicidade é praticamente independente da humidade relaiva Na Figura 2.10 mostra-se, de uma forma esquemitica, como 0 coeficiente de permeabilidade 20 vapor de gua (x) varia em funco da humidade relativa. © Ss ee o 50 100 eee Figura 2.10 ~ Principio de variagio do coeficiente de permeabilidade ao vapor de Agua (n) em fungao da humidade relativa (HR) Burch, Thomas ¢ Fanney [17] (1991) realizaram varios ensaios com 10 materiais de construgio, sendo estes submetidos a diferentes condigées ambientais, ¢ chegaram i conclusio que a permefincia a0 vapor de Agua dos provetes ensaiados & uma fungio exponencial da humidade relativa, do tipo que se apresenta seguidamente na expressio (2.27). Caracerzagio de Barteins Pie: Vapor sua Aplasio 7 we pfite Artie ts") (2.27) em que: Pes Permefncia ao vapor de Agua = [kg/(m"s-Pa)] 718 Ag Ay AgCovficientes da funcio exponencial, determinados por processos numéricos de regressio, de forma que se obtenha uma curva o mais © Nimero de Nepper - préxima posstvel dos virios pontos encontrados AR: Humidade Relativa - [%] 2.25.47 Influéncia da Temperatura na Permeabilidade ao Vapor dos Materiais A temperatura tem alguma influgncia sobre a permeabilidade ao vapor de 4gua dos materiais e clementos construtivos. Contudo, normalmente esta é menos importante que a da humidade relativa ¢ na maior parte dos casos o sew efeito nfo é tomado em consideragio. Em (2 [3] é apresentada uma equacio que permite relacionar 0 valor da permeabilidade a0 vapor de determinados materiais (nomeadamente resinas, borrachas ¢ polimeros) com a temperatura: nem CF) (2.2 em que: : Coeficiente de permeabilidade 20 vapor de agua ‘qt Constante para T = 00 e: Numero de Nepper - ¢ = 2,718 E: Energia de activacio T: Temperatura absoluta -[K] 23 METODO DE GLASER 23.1 ASPECTOS GERAIS O estudo teérico da transferéncia conjunta de calor ¢ humidade em meios porosos nio saturados ¢, em particular, em mateiais e elementos de construcio tem sido objecto de imporcante investigacio, tendo surgido, a partir da década de cinquenta, varios modelos baseados na meciinica dos fluidos, 28 Cinexrno de Baris PirsVapore sea Apkeago utilizando as leis de dilusio de massa (fase liquida - DARCY; fase vapor - FICK) ¢ de difusio de calor (FOURIER). Destes trabalhos, destacam-se os realizados por GLASER, KRISCHER, LUIKOV, PHILIP ¢ DE VRIES, VOS e WHITAKER. [64] O método de GLASER, apesar das suas limitagdes, é ainda hoje muito utilizado em engenharia c na anilise dos riscos de ocorréncia de condensagées intemnas e na definigo de regras de qualidade a que devem satisfazer os elementos construtivos face difusio de vapor Este método parte do principio de que, se um elemento construtivo estiver sujeito a um gradiente de pressdes € temperaturis, entio a pressio de saturagio seri varidvel de ponto para ponto. Deste modo, se a “curva” de pressbes instaladas, gerada pelas condigdes limite, nfo intersectar a “curva” de pressées de saturagio, niio ocorrem condensagdes internas. No caso de se verificarem intersecgdes, entio haverd condensagdes, O programa de calculo automitico “CONDENSA”, desenvolvido no Laboratério de Fisica das Construgées - LFC da FEUP, é baseado no método de GLASER. 2.3.2 DOMINIO DE APLICAGAO A aplicagio do método de Glaser requer a consideragio de algumas hipdteses simplificativas, que sfio as seguinc ~ A humidade destoca-se apenas por transferéncia de vapor de Sguas - Nio hf transporte de ar, pelo que a transferéncia de vapor se deve apenas & difusio; ~ A difusio de vapor de agua obedece & lei de FICK; ~ O transporte de calor di-se apenas por condusio; ~ O regime é permanente; ~ Os materiais sio niio-higroscépicos; ~ Os elementos de construgiio sio estanques a0 ar; ~ Os elementos de constructio tém as faces planas e paralelas; ~ Os coeficientes de permeabilidade ao vapor de agua e de condutibilidade térmica sio constantes; - Nio ha redistribuicio da agua condensada. Carscverinagio de Barteins Pir Vapor sua Apliasio 23.3 CAICULO ANALITICO Considerando un elemento de consteugio constituide por materiais homogéneos, com diferentes w elemento & dado, 6 fluxo de vapor de gua que atravessa es wlas de faces planas e p com base na lei de FICK, pela expressio: sd (~P) (2.29) 4 em que: g Densidade de fluxo de difusio de vapor de 4gua - (kg/(ns)} 1%; Coeficiente de permeabilidade ao vapor de agua da camada j- [kg/(am'sPa)] dd: Espessura da camada j - [m] B, Py: Pressio parcial de vapor de 4gua no interior e no exterior, respectivamente - [Pa] Por sua vez, 0 fluxo de calor obedece a lei de FOURIER: R cope 4 (t-te) (2.30) em que: q: — Fluso de calor por unidade de superficie - (W/m’} ilidade térmica da camada j- [W/(m*C]] Az Coeficiente de cond fe Temperatura interior e exterior, respectivamente - [°C] Deste modo, para aplicar 0 método de GLASER basta conhecer as condigSes climéticas interiores e exteriores (( Ps t P), as propriedades dos materiais que constituem as diferentes camadas ¢ seed 4 . 11 respectivas eopessuras (hy yd) eas resstEnciascérmicas upediciais | 1). ny A partir da expresso (2.30) pode-se determinar a “curva” das temperaturas inscaladas nos diferentes pontos do elemento construtivo ¢, a partir destas, obter a “curva” das pressées de saturagio (P), através do diagrama psicrométrico (ver 2.2.3.7). Por outro lado, a expressio (2.29) permite determinar a “curva” das presses instaladas (P) no elemento. 30 CCanexeriacio de Buncinas Pies Vapor e sua Apiogio Acventual zona de ocorrtncia de condensagdes internas ser determinada consideranda as segs condigdes: P< P,, qualquer que seja © ponto no interior do elemento construtivo, pois a pressio parcial de vapor de Agua nunca pode ser superior & pressio de saturacio; 50, ot S¢)2, au S Bains» QUE significa que a densidade de fluxo nfo pode aumentar, uma vez que se considera que nfio ha produgio de humidade no interior do elemento. Estas duas condigées nfo sio independents e podem ser expressas da seguinte forma d P FE = 0 isto 6 a densdade de fluxo de vapor de dgua mantém-se constante e a pressto parcial de vapor de dgua (P) tem uma variagio linea. 4, P=P,=>—* <0, isto & a pressio parcial efectiva segue a variagio da “curva” comtespondente as presses de saturagio e a densidade de fluxo de vapor de Agua dimim 2.3.4 ANALISE GRAFICA Graficamente, o método de Glaser tem as seguintes fases (Figura 2.11): 1° Fase - Representa-se 0 elemento construtiv num sistema de eixos (Ry P), em que gj y s : Ry = D— 6a resisténcia & difusio acumulada no ponto j (do exterior para 5 ny 0 interior) e P, a pressio parcial de vapor de Agua instalada nesse ponto; 2 Fase - Calcula-se a “curva” das temperaturas instaladas no elemento construtivo ¢ a “curva” das presses de saturacio correspondente, utilizando © diagrama psicrométrico (ver 2.2.3, 3 Fase - Compara-se a “curva” das presses de saturagio com a “curva” das pressSes instaladas’, gerada pelas condigSes nas suas faces. Se as “curvas” nio se intersectarem, entfo nic hé condensagées. intes > Atendendo a que no eixo das abcissas as camadas sfo representadas pela sua resisténcia & difusio de vapor de gua, no caso de auséncia de condensagées a “curva” das presses instaladas é um segmento de recta. (Cencerago de Barrens Pra-Vapore sus Apcngo 31 # Fase ~ Se a “curva” das pressdes de saturagio ¢ a “curva” das pressdes instaladas se bes de imersectarem, entio tmgam-se as tangentes 4 “curva” das_ pre: suunigio, « panir dos pontos que definem as presses instaludas nas suas sim a zona onde ocorrem as condensagdes, , delimitando-se Py | | tay) | | |) tease 1 | | - \"y | | | ae “| ne | Rai Res Rar Ralm2sPaikg) Py im Pa} + fer [Pa] | || lene | : Pi eo eters — Rar Ree Rav_Ralm2s.Palkg) Rar Rez LEGENDA 2. Valor maximo acumulaco da Fesistencia 8 ctusae de vapor dss camadas siuadas no ado fo" 60 elemento (camadas 1 @ 2), para eviter a ‘ocorréncia de condensagdes, 3: Valor da resistencia & iusto bareica pare-vapor a colocar no “iado quento” da element {interior & comada 3), para evitar a ocorréncia de conensacoes Figura 2.11 - Representacio grafica do método de GLASER Para determinar a quantidade de humidade que se deposita no interior do elemento de construgio, basta aplicara lei de FICK e considerar que o fluxo condensado é igual & diferenca entre os fluxos de entrada e de salda nas superfices de abcissa x, ¢ x) (Figura 2.12), que limitam a zona de condensagdes. 32 ‘Caracterizao de Barns Pra Vapore su Aplcgio (2.31) Ps a — Zona de Condensagoes fae) Rd [m2.s.Palkg) Figura 2.12 - Determinagio da zona de ocorréncia de condensagdes no interior de uma parede (método de GLASER) 2.3.5 O PROBLEMA DA SECAGEM Apesar de normalmente nio se entrar em linha de conta com a secagem na utilizagio do método de Glaser, a prEN ISO 13788 [52] prope que esta seja considerada. Assim, a anilise dos elementos construtivos deverd ser feita para um periodo de um ano, dividido em 12 perfodos (12 meses). Em cada perfodo de anilise, as condigdes higrotérmicas que condicionario a anilise deverio corresponder As condigées médias de cada um dos meses do ano. A anilise deverd iniciarse pelo primeiro més em que se registam condensagées, que dever’ ser encontrado por tentativas. Se em nenhum més se registarem condensagies entio termina-se 0 proceso com essa indicagio. Se, pelo contritio, se registarem condensagdes em todos os meses, entio pode iniciar-se a simulagio por qualquer um deles. Para ter em conta a secagem, a prEN ISO 13788 [52] sugere que na simulagio do més seguinte 20 primeiro (que, como se explicou, ters condensacées), as interfaces em que se registam condensagdes no primeiro més vio considerar-se como saturadas no més seguinte, e entio’o fluxo de difusio de vapor ter 0 sentido do interior para 0 exterior do elemento construtivo, como é © caso das interfaces Sse) S’4q) € S'ygo da Figura 2.13, Cran de Bains i Vapore su Ato 33 Mic Figura 2.13 - Quantificagio da secagem segundo a prEN ISO 13788 [52] © proceso é assim repetido para todos os meses, podendo registar-se situages em que um elemento apresenta secagem de umas interfaces, como é 0 caso da interface $'s., da Figura 2.14, ¢ condensagdes noutras, como é 0 aso da interface S'y,, da Figura 2.14 Sex Stic Figura 2.14 - Situagio com secagem de uma interface (Sj,.) € condensagdes noutra (S,.,) [52]. Se um elemento chegar ao fim dos 12 meses e o fluxo de secagem compensar o fluxo condensado, entéo nio haver’ problemas, caso contririo serd necessirio rever a sua concepcio. Refira-se que os fluxos sio calculados de acordo com a expressio (2.31). 34 Cansei de Barras Pir. Vapore su Apligio 3. BARREIRAS PARA-VAPOR 3.1 DEFINICAO A expressio barreira pira-vapor é utilizada, em Portugal, para a designacio de componentes que oferecem uma resisténcia significativa & passagem de vapor de Agua. Em alguma bibliografia belga ([45] e [46], por exemplo) & possivel encontrar uma designagio id€ntica para este tipo de materiais - “écran pare-vapeur”. Noutros paises, como a Franga, 0 Reino Unido ou os Estados Unidos, utilizam-se termos como “barriére de vapeur”, “vapour control layer” ‘ou “vapor retarders”, respectivamente, ¢ a ASHRAE [3] faz inclusivamente a distingio entre “vapor retarders” (componentes que dificultam a transferéncia de vapor de gua) e “vapor barriers” (componentes cuja permefincia a0 vapor de Agua é mula). A designacio “pira-vapor” nfo descreve da forma mais adequada 0 comportamento em servigo deste tipo de materiais ou elementos construtivos, pois apesar da elevada resisténcia & difusto de vapor, a generalidade destes componentes nio impede completamente a sua passage. Contudo, tem a virtude de enfatizar a sua principal fungio. 3.2. MATERIAIS Existem varios componentes construtives que poderio actuar como barreira pira-vapor, face as suas caracteristicas de permeabilidade a0 vapor de Agua, Estas propriedades poderio trazer vantagens ou problemas no controlo da difusio de vapor, em fungio do seu posicionamento relativo no elemento construtivo em que se insere, como se refere mais & frente no § 5.1.2. Contudo, a designagio de “barreira para-vapor”, da forma como aqui é interpretada, aplica-se a materiais ou elementos que se destinam essencialmente a limitar as transferéncias de vapor de égua, por forma a eliminar ou minimizar os problemas de condensagdes internas. ‘As barreiras pra-vapor podem agrupar-se em duas tipologias principais [6] + Membranas - Consistem em elementos laminares pré-fabricados de pequena espessura. Podem ser rigidas, tais como plisticos reforgados, aluminio ou outras chapas metilicas, ou flexiveis, como folhas metilicas (Figura 3.1), papéis, filmes e folhas de plistico (Figura 3.1) ou feltrs; + Peliculas de Revestimento - Sio compostos semi-liquidos (Figura 3.2) com alguma resisincia & difuso de vapor de égua apés 0 endurecimento, como € 0 caso de algumas tintas e materiais que fundem por acgio da temperatura. A. sua composigio normalmente & do tipo beruminosa, resinosa ou polimérica, podendo aplicar-se a pincel, arolo, com espitula, et. em funcio do tipo de material e do tipo de suporte, (Caracterizagi de Barrens Pia Vapor e sua Apiagio 35 Figura 3.1 ~ Exemplo de barreiras pira-vapor tipo membrana (4 esquerda uma folha de polietileno e & direita uma folha de aluminio) Figura 3.2 ~ Exemplo de uma barreira para-vapor tipo pelicula de revestimento 3.3 BARREIRAS “INTELIGENTES” 3.3.1 CARACTERIZAGAO Para além dos produtos anteriormente referidos, existem actualmente no mercado produtos correntemente designados de barreiras “‘inteligentes”, cujo principio de funcionamento assenta basicamente na sua capacidade de restringir as transferéncias de humidade em fase vapor através da cavolvente dos edificios para as situagSes notmais de utiizagio, permitindo também a secagem de ‘igna que possa ficar retida no seio do elemento construtivo, assim que as condigdes climiticas sejam propicias. Cancers de Barees Pee-Vapor e sim Apicasto Estas caracteristicas tomam as barreiras “inteligentes” particularmente indicadas para elementos construtivos ligeiros, em que se procuram eliminar os espagos de ar ventilados (ver § 5.1.3) ¢ em que as exigéncias de estanquidade 4 Agua normalmente obrigam 20 recurso a paramentos exteriores muito impermeiveis e que dificultam a transferéacia de humidade nas diferentes fases, nomeadamente na fase vapor, 0 que cria alguns problemas na sua secagem. Conhecemse, até ao momento, dois tipos de materiais com estas capacidades: + Uma membrana de poliamida (ambém designada por nylon) desenvolvida pelo Fraunhofer Institute for Building Physics; + Uma membrana desenvolvido na Dinamarca, constituida por um feltro absorvente confinado entre tras de material plistico (barreira péra-vapor), 3.3.2. MEMBRANAS DE POLIAMIDA. ‘As membranas de poliamida tém sido sobretudo utilizadas na embalagem de alimentos, com a fungio de impedir a ransferéncia de odores. Apresentam boa resisténcia mecinica, nomeadamente a esforgos de tracgio (cerca de 3 vezes a do polietilenc), so pouco inflaméveis e sio impermedveis a substncias orgfnicas, como por exemplo tratamentos de preservacio de madeira [57] Apesar de, nas situagdes correntes, este material ser pouco permedvel ao vapor de Agua, a sua capacidade para adsorver e absorver Sgua provoca um aumento do seu teor de humidade quando em contacto com ambientes himidos, aumentando também a sua permeabilidade ao vapor de forma significativa (Figura 3.3). Recorde-se que este fendmeno foi j& abordado anteriormente no § 225.46. Barrelre "Inteligent" ao 4 Espessura da Cameda de Arde Difue8o Equivalente (Se) [m] a ) Humidade Relatva (%] Figura 3.3 ~ Variagio das caracteristicas de permeabilidade ao vapor da membrana de poliamida em fungio da humidade relativa ambiente [57] Cane deBarein Pir Vapor esa Apapo 7 Este tipo de comportamento pode ser bastante vantajoso para elementos em que seja necessiria ‘uma barreira pétavapor, mas em que exista o risco de humidificago do seio do elemento construtivo e a sua secagem para o extetior nfo seja vidvel, quer pela clevada estanquidade das camadas exteriotes, quer pela impossibilidade de criar espacos de ar ventilados que permitam essa secagem. Considere-se, por exemplo, uma parede com uma barreita pira-vapor adjacente & face interior da camada de isolamento térmico, pelo exterior do qual existe um revestimento de elevads estanguidade (Figura 3:4). Nos climas frios e temperados existe uma marcada diferenca da humidade relativa interior dos edificios entre 0 Verio e o Inverno. Enquanto que no Inverno o valor normalmente nio ultrapassa os 50%, desde que os espacos sejam convenientemente aquecidos ¢ ventilados, no Veriio a humidade relativa interior é geralmente superior a 60% [57] ‘Assim, durante 0 Iaverno, quando o fluxo de vapor se segista normalmente do intetior para o exterior, a baixa humidade relativa do ambiente intetior leva a que a barreira de poliamida apresente uma baixa permefncia a0 vapor, reduzindo os riscos de ocorréncia de condensagdes na interface entre a camada de isolamento ¢ o revestimento exterior. No Verio, o aumento da humidade relativa do ambiente interior ¢ a propria humidificagio do elemento constzutivo (aomeadamente devido a condensagées internas) conduzem a um aumento da permedncia a0 vapor da barreira de poliamida, facilitando a secagem para o ambiente interior. Inverno 60% sg=4m Figura 3.4~ Principio de funcionamento da membrana de poliamida [57] 38 Caraceciasdo de Bacsets Pes-Vapor esa Aplicagio 3 BARREIRA “INTELIGENTE” DESENVOLVIDA NA DINAMARCA Tal como se referit anteriormente, uma outs barreira “inteligente” foi desenvolvida na Dinamarea, sendo constitulda por um feltro absorvente com tints de material plistico adjacentes a ambas as faces, de forma descontinua e de modo a que as faixas da membrana sem material pkistico niio se engontran no mesmo alinbamento em ambos os lidos do feltro (Figura 3.5). Dituseo Evaporageo Figura 3.5 - Principio de funcionamento da barreira “inteligente” desenvolvida na Dinamarca [81] As tiras de material plistico oferecem uma elevada resisténcia & difusio de vapor, desempenhando a fungio de barreira para-vapor, para 0 sentido normal do fluxo (normalmente registado no Inverno) Contudo, a humidade que eventualmente se acumule no seio do elemento construtivo pode ser absorvida pelo feltro que compde a membrana e transferida para o ambiente interior, directamente ou através de eventuais camadas interiores 4 membrana (por exemplo um revestimento). 3.4 CLASSIFICACAO DE BARREIRAS PARA-VAPOR EM FUNCAO DA SUA PERMEANCIA ‘A permelincia ao vapor de agua é, naturalmente, o parfmetro mais importante na caracterizagio de uma barreira pfra-vapor. Para a generalidade deste tipo de componentes, este parimetro nfo varia linearmente com a espessura 39. Caneteriago de Barris Pea Vapor sua plc Uni valor referido pela ASHRAE (3] como limite maximo para classificagio de um elemento como 2x10" kg/(m?s:Pa), apesar de hoje em dia este 1 perm barreir pira-vapor corresponde vel part utilizacio em edilicios residénciais, os f valor vapor (vapour barrier) pode ser do Tipo I, indo Lata [87], no Canad uma barreirs Resse caso presenti’ uma _permeincia io superior a 14,310" kp/(ar'-s-Pa) Sperm), ou do Tipoll, pasando o limite miximo da permeincia a ser de 42,910" kg/(ax"s-Pa) (=0,75 perm) antes do “envelhecimento” e de 57,210" kg/(m?s-Pa) (1 perm) apés “envethecimento”. Na Bélgica, o CSTC (745] ¢ [46) define uma classificagio de barreras pira-vapor, que se apresenta ‘no Quadro 3.1, em fungio da espessura da camada de ar de difusto equivalente (§). Quadro 3.1 - Classificasao de barreiras para-vapor, em fungo das suas caracteristicas de permeabilidade ao vapor de gua ({45] ¢ [46]) Classe Ss Te P, EI 2m 200m | P, <0,98x10" kp/(m*.s-Pa) | 3.5 FACTORES QUE INFLUENCIAM 0 COMPORTAMENTO DAS BARREIRAS PARA-VAPOR 3.5.1 ASPECTOs GERAIS As caracteristicas de permeabilidade ao vapor de uma barreira pdra-vapor podem softer alteragdes signilicativas 20 longo do seu “periodo de vida". A existéncia de orificios, mesmo que de pequenas dimensdes, pode comprometer seriamente o seu funcionamento, Para alguns componentes, por exemplo, 0 simples manuseamento dos materiais pode originar a sua perfuragio, aumentando significativamente a sua permeancia As condigies de servigo dos elementos constrativos também poderio afectar o desempenho das barreiras para-vapor incluidas na sua composigio, devido, por exemplo, a0 contacto com ‘emperaturas muito elevadas ou muito baixas, com substincias susceptiveis de provocar degradacio, tais como gua, dleos, et. 40 Centro de Bari Pin Vapor eau pga Quuas zonas problemjticas so as juntas, os pontos de atravessamento de tubagens ou outras Zonas pontuais que mecessitam de sel em. FE imponante garuntir « comtinaidade da barteiea, pelo que as juntas devem ser estangues ¢ de {8 EL (apresemtada anteriormente no Quadro 3.1) apenas se pode atribuir continuidade da barveiea pir 4 ¢ ainda indispensivel assegurar a estanquidade ao ar silicagto cil execugio, Refira-se que mesmo a situagdes em que seja_garantida vapor ¢ a conveniente estanquidade das juntas. Para os sistemas das classes E3 ¢ Assim, para além da permeabilidade 20 vapor; existem outras propriedades que poderio ter maior fou menor imporsincia no desempenho de uma barreira pirawapor, de acordo com o tipo de aplicagio pretendida, tais como: + Resisténcia mecinica, nomeadamente a esforgos de tracg0, pungoamento, etc; + Ehssticidade; + Estabilidade dimensional; + Estabilidade higrorérmicas + Resisténcia a agentes de decerioracio; + Facilidade de fabrico, aplicacio e selagem das juntas; + Adequado comportamento 0 fogo; + Aderéncia (normalmente sem importincia para barreiras do tipo membrana); Hees Nos Estados Unidos existem j4 procedimentos de ensaio normalizados para avaliar o comportamento das barteiras pira-vapor face a alguns destes pardmetros, cujo interesse se procura esclarecer de seguida. Refira-se, contudo, que esses ensaios estio sobretudo adaptados a barreiras do tipo membrana flexivel 3.5.2 COMPORTAMENTO APOs EMBEBIGAO E SECAGEM E APOS EMBEBIGAO PROLONGADA Tal como acontece com outros materiais de construgio, as barreiras para-vapor, apés fabrico, rug. Pi i podem ser submetidas a virias condigdes de humidificacio e secagem e de imersio, total ou parcial, que poderio comprometer 0 seu desempenho, nomeadamente por poderem originar corrosio, delaminagio ou alteragdes nas suas caracteristicas de permeabilidade ao vapor de agua. gt Is. x Para avaliar a influéncia deste tipo de solicitagdes no comportamento de biereiras para-vapor, as normas ASTM C 1136 [9] e ASTM E 154 [8] indicam ensaios que podem ser realizados com esse fim. Caracerizagto de Barras Pra Vapore sos ApiasSo 41 Apds serem submetidos a determinadas condigdes de enstio, os provetes dos materiais a testar sto minar os riscos de ocorréncia de corrosio ou delaminagio, sujeitos a anilises espeeificas para deve sim como a ensaios de permeabilidade a0 vapor cujos resultados serio comparados com os (0 sio submetidos a resultados dos ensaios realizados sobre provetes normals, isto é, proveres que n essas mesmas condigées de ens. 3.5.3 RESISTENCIAA TRACCAO. As finas membranas utilizadas como barreiras pira-vapor si sujeitas a varios tipos de tenses de manuseamento, A resistncia & tracglio de uma barreira permite ter uma ideia sobre a sua resisténcia ao corte ¢ a alongamentos permanentes em condigdes normais de utilizagao, podendo ser utilizada como termo de comparagio entre diferentes materiais que estejam a ser considerados para uma determinada utilizagio [8] 3.5.4 RESISTENCIA AO PUNGOAMENTO vapor do Os esforgos de pungoamento sio dos esforcos mais importantes a que as barreiras pir: las durante a sua utilizagio [8]. tipo membrana sio subme Na normalizagio americana esti prevista a realizagio de um ensaio para avaliar este parimetro, que consiste em medir a forea necessiria para provocar a perfuragio do material a ensaiar com um determinado dardo pontiagudo. Sea constitui¢ao das barreiras nfo for homogénea, é possivel que a resisténcia 20 pungoamento nio seja igual para ensaios realizados sobre as diferentes faces. Nestes casos, para as barreiras que fica expostas apés aplicagio, é possivel realizar os ensaios apenas sobre a face que ficard exposta em servigo, caso contrévio é necessirio testar as diferentes faces. 3.5.5 RESISTENCIAA FLUENCIA PLASTICA EA ELEVADAS TEMPERATURAS Existem determinados materiais que, se permanecerem sob tensio por periodos de tempo prolongados, tomam-se menos espessos devido a fendmenos de fluéncia plistica. As mesmas variagdes dimensionais podem ocorrer em alguns materiais quando sio submetidos a temperatura elevadas [8], Esta diminuig&o de espessura afecta a permedncia 20 vapor das barreiras ¢ as potenciaisalteragSes podem ser avaliadas deverminando as caracteristicas de permeabilidade 20 vapor de proveres dos 42 (Casceriacio de Barres Pira-Vapore sua Aplicasio materiaiy a entsaiar, apés serem submetidos a temperaturas clevadas e/ou tensdes por periodes os. prolor Anoma ASTM E 154 [8], por exemplo, prevé que antes dos ensaios de permeabilidade a0 vapor, os provetes sejam colocados durante 28 dias num ambiente com uma temperatura de 60 a 62°C e uma humidade relativa de 28% a 32%, sobre uma camada de rocha esmagada (dimensdes de 12 a 19 mm), cuidadosamente nivelada, e com uma carga superior de 11 kg, distribuida por uma dea de 152 x 152 mm’, 3.5.6 RESISTENCIA A BAIXAS TEMPERATURAS Algumas barreiras podem ficar expostas a cemperacuras baixas, que reduzem a sua flexibilidade. Nestas circunstincias, alguns materiais podem fendilhar, romper ou desagregarem-se 20 serem manuseados. Para este tipo de exposiges, € necessirio colocar os provetes do material a ensaiar e um cilindro metilico com 25 mm de didmetro (ver ASTM C 1136 [9] e ASTM E 154 [8]) num ambiente com baixa temperatura (pré-estabelecida), durante um determinado periodo de tempo. Em seguida, dobram-se alguns provetes em torno do cilindro metilico, verificando se nfo ocore qualquer fissuragio ou delaminagio. Os restantes provetes sio utilizados em ensaios de permeabilidade 20 vapor, comparando os resultados com os valores normais, obtidos com provetes nio sujeitos a estas condigdes de ensaio. 3.5.7 ESTABILIDADE DIMENSIONAL ‘As barreiras pira-vapor do tipo membrana nio devem softer variagdes dimensionais significativas durante a sua utilzagio, pois pode comprometer 0 seu desempenho, nomeadamente nas juntas € pontos singulares. As barreiras paravapor flexiveis usadas com isolantes térmicos nao devem sofrer variagSes dimensionais superiores a 0,25%, apés serem expostas, durante 15 min, a uma temperatura de 93 £2°C [9] 3.5.8 COMPORTAMENTO AO FOGO Allgumas barreiras pira-vapor podem ficar com uma face directamente exposta a chamas, pelo que 0 seu comportamento a0 fogo deverd ser apropriado, em termos de propagacio de chamas ¢ de desenvolvimento de fumos. 43 (Caracteiagio de Brera Pira-Vapore sua Aplicgion Sea constituigio das barwviras no for homogénea ao longo da espessura, os ensaios para determinar 4 exposta em © seu comportamento ao logo deverio ser efectusdes sobre a superficie que fi servigo, NCIA AO DESENVOLVIMENTO DE PUNGOS Nio se deve vetificar 0 desenvolvimento de fungos nas barreiras pira-vapor, 0 que poder ser avaliado através da realizagio de ensaios normalizados, em que trés provetes das barreiras a testar sio expostos a determinados ambientes particularmente propicios 20 desenvolvimento de fungos. As folhas metilicas nfo necessitam de ser testadas, As barreiras com composigio no homogénea 20 longo da espessura devem ser submetidas a ensaios em ambas as faces, excepto se uma das faces for metdlica, que nfo necessita de ser testada (9) 3.5.10 RESISTENCIA A EXPOSICAO A RAIOS ULTRAVIOLETA Apés 0 fabrico e até & aplicagio as bareiras pira-vapor podem ficar sujeitas 4 acgio de radiagdo ultravioleta, que poderd afectar as suas caracteristicas de permeabilidade a0 vapor. A norma ASTM E 154 [8] propde que este risco seja avaliado comparando os valores da permeficia 20 vapor obtidos em ensaios realizados sobre provetes das barveiras a testar, antes e apds serem submetidos & radiagio de limpadas Kénon. Contudo, a mesma norma refete que nio existe necessariamente uma relagio entre os resultados da exposicio a lmpadas Xénon ¢ ao ambiente natural exterior, ou outro qualquer ambiente artificial usado em laboratério. 3.5.11 RESISTENCIA A DEGRADAGAO POR ORGANISMOS E SUBSTANCIAS EM CONTACTO COMO SOLO. Alguns materiis, quando em contacto com 0 solo (caso dos pavimentos ¢ paredes enterrados), podem ser atacados por organismos ou substincias af presentes, o que pode afectar as suas propriedades, nomeadamente a sua permeincia 20 vapor de Agua. Para quantificar este risco a ASTM E 154 [8] prope que, 3 semelhanca do que se referiu para a exposigio a raios ultravioleta, se compare a permedncia ao vapor dos proveres das barreiras a testar, antes ¢ apés serem colocados em contacto com solo de grande actividade microbiolégica. 44 Cassino de Dares lr Vapor e sua Apbesgio Nestes entsaios, os provetes sie colocados dentro de recipientes apropriados ¢ totalmente envolvides por solo rico em organismos destrutivos de celulose, Os recipientes sio entio colocados num compartimento escuro, a uma temperatura de 272°C e¢ uma humidade relativa de 704 3%, durante um det sminado perfodo de tempo, que depender’ da actividadle microbioldgica do solo. De seguidla, os provetes sto limpos e pesados, quando atingirem peso estivel, sendo entio submetidos a ensaios de permeabilidade a0 vapor [8] A mesma norma refere ainda que a diminuicio da resisténcia mecinica do material pode-se estimas como sendo proporcional 4 perda de peso dos provetes durante 0 acondicionamento em contacto como solo. 3.5.12 RESISTENCIA A DEGRADAGAO POR PRODUTOS VENENOSOS PARA SOLOS Existem alguns produtos venenosos que sio aplicados em solos, nomeadamente para evitar 0 aparecimento de térmitas, e que podem provocar deterioragio de alguns tipos de barreiras para-vapor, nomeadamente quando o veiculo utilizado para a sua diluigio é um produto petrolifero. Tal como acontece com as restantes substincias em contacto com o solo, o efeito que os produos petroliferos podem ter sobre as barreiras pira-vapor pode ser determinado colocando provetes das barteiras a testar em contacto com um solo rico em producos desse género, num compartimento com uma temperatura de 27 a 32°C durante 10 dias. Os provetes sio entio limpos e condicionados até atingirem peso constante ¢ sio submetidos a ensaios para determinar a sua permelincia ao vapor, resisténcia & tracgo e alongamento para a carga de rotura, cujos resultados set%io comparados com 65 resultados obtidos para provetes que nfo estiveram em contacto com 0 solo [8} 3.6 SELECCAO DAS BARREIRAS PARA-VAPOR Como se referiu anteriormente, a escolha de uma barreira pira-vapor & sobretudo orientada pelas suas caracteristicas de permenbilidade 20 vapor, que set%io condicionadas pelas solicitagSes higrotérmicas do elemento construtivo em que se insere, nomeadamente as diferengas de temperatura e humidade relativa dos ambientes que separa. Ao seleccionar uma barreira para-vapor deve atender-se também as restantes solicitagdes a que & normalmente submetida, nao s6 na fase de utilizagio mas também nas restantes fases que sucedem a sua produgio, podendo mesmo justificar-se a realizagio de ensaios (alguns dos quais foram jé mencionados no § 3.5) que permitam caracterizar 0 comportamento do sistema (incluindo juntas ¢ ligacées) apés ser submetido a determinadas condigées. 45 (Carsrzagio de Bares Pir. Vapar es ApiesSo A fragilidade mecinica de alguns naeriais, por exemplo, poder’ impedir a sua utilizagio em mais elevadas do que aquelas que dlecerminadas situagdes ow justificar a utiliangio de espessus rias se apenas se atendesse aos valores da permeincia medidos em laboratério. seriam necess: Noutros casos, © comtacto com determinados produtos ou ambientes agressivos poder’ provocar sua degradagio prematura, sendo necessitio equacionar este aspecto na fase de concepgio dos elementos constrativos. ‘A importincia de cada um dos parimetros mencionados poderi entio variar em funcio do tipo de elemento construtivo em que € aplicada uma barreira. A tiulo de exemplo, apresenta-se no Quadro 3.2 a importincia relativa de algumas das propriedades das barreiras pira-vapor do tipo membrana, em termos qualitativos, segundo a ASTM C 755-85 [6]. Quadro 3.2 ~ Critérios de selecgo de barreiras pira-vapor do tipo membrana [6] Elemento Resisocia 20 [Resixéncia [Resiténca]Nio | Resifncaao | Resiséaci | py Consirutivo | punsoamenta corrosiva | *spodrecimento” | a humidade | _ Noms Paredes Balsa Peimews (ay [aia | Ba x x Coberws | Baixa ‘Ala Média pears Ala Ala Ala x x x Sen rigoriicas ie recracgio_} X ~ significa recomendivel Refira-se que para alguns destes partimetros a norma ASTM 755-85 [6] define critérios mais objectivos, nomeadamente: + Resisténcia ao puncoamento, medida em unidades Beach's — Baixa = 15 Beach — Média = 25 Beach ~ Alta = 50 Beach + Resisténcia & uaccio, medida em’ Ib/in: ~ Baixa = 15 lb/in (2,625 KN/m) * De acordo com a norma ASTM C 1136 [9], uma unidade Beach equivale a 0,305 cm-kg e é uma medida da energia necesséria para rasgar o material ensaiado e curvé-lo para fora do percurso do datdo pontiagudo utiizado para o efeito. ° 1 lb/in = 0,175 KN/m. 46 Canatrzagio de Baris Pics Vapor su Aplcsio ~ Média = 20 Ib/in (3,5 KN/m) Aha = bin (6,125 kN/o) Ouro aspeeto importante na escolha de uma barreira pirs-vapor corresponde aos pontos singulares, nomeadamente o sew néimero ¢ facilidade de trtamento. Por exemplo, um componente com conduzir a um melhor comportamento do maiores dimensdes e, portanto, menos juntas pod sistema apés aplicagio do que um material com maior resisténcia 4 difusio de vapor de Agua mas com menores dimenses e, consequente, maior nimero de juntas. Refira-se que as barreiras do tipo membrana necessitam de materiais acessérios para a selagem das juntas, enquanto que as peliculas de revestimento garantem uma maior continuidade do componente. Carcterzasio de Baris Pie Vapor sua Aplasio an 4. DETERMINAGAO PERIMENTAL DA PERMEABILIDADE AO VAPOR DE BARREIRAS PARA-VAPOR, 4.1 ESQUEMA DE ENSAIO 4.11 PRINCIPIO DE DETERMINAGAO © metodo experimental de determinagio da permeabilidade 20 vapor de gua de materiais © Fick (ver § 2.2.2). Este método consisce em elementos de construgio tem apoio tebrico ma lei de colocar o provete do material ou elemento que se pretende ensaiar entre dois ambientes 3 mesma temperatura mas com presses parciais de vapor diferentes, devido as diferencas de humiidade relativa, eriando assim um gradiente de pressdes entre as suas faces, 0 que origina um ffuxo de vapor de agua através do provere. Conhecendo a diferenga de presses parciais de vapor entre as ambiéncias separadas pelo provete ¢ as suas dimensées e calculando 0 fluxo de difusio em regime estacionirio, podem-se determinar a5 caracteristcas de permeabilidadle ao vapor de égua do material ou elemento em estudo. Em seguida descreve-se a metodologia seguida nos ensaios efectuados sobre alguns materiais que podem ser utiizados como barreiras pira-vapor, assim como os principais aspectos a ter em conta na sua realizagio, com base nas indicagdes de alguns documentos de carécter normativo, em particular a prEN ISO 12572 (53], 4.1.2 CONFIGURAGAO GERAL DOs ENSAIOS Coloca-se o provere a ensaiar num recipiente (tna) estanque & difusio de vapor, passando 0 provete a constituir a parte superior do mesmo (Figura 4.1) e devendo a ligagio entre ambos ser convenientemente selada ao longo do contomo. Dentro da tina de ensaio é previamente colocada tuma substincia condicionadora da humidade relativa do ar, de modo a que, mantendo a temperatura constante, a pressio parcial de vapor no interior da tina também se mantenha constante, mesmo que se verifiquem trocas de vapor de égua com o ambiente exterior & tina A tina de ensaio é entio colocada num compartimento climatizado (cimara de ensaio), mantido a temperatura constante, com uma humidade relativa também constante e diferente da registada 10 inerior da tina, de modo a que se instale um fluxo de difusio de vapor de égua através do provete (Figura 4.2), Esse fluxo & determinado através da pesagem periddica (ver § 44.1) das tinas de ensiio, até que a variagio de massa por unidade de tempo seja linear ~ corrente estacion&ria de difusto, 48 (Caaceizagio de Barens Pra Vapor sua Apliisia Camara de Ensaio | Tina de ensaio i Selante Provete oan | | __ Substancia condicionadora | | | Batanga Figura 4.1 - Configuragio das tinas de ensaio LEGENDA: 1- Balanga 2- Camara de ensaio 3 Plataforma suspensa para pesagem, 4- Tina de ensaio Figura 4.2 - Esquema de ensaio [53] 4.1.3 CONDICOES DE ENSAIO (TEMPERATURA E HUMIDADE RELATIVA) As condigdes ambientes (temperatura ¢ humidade relativa) a manter durante os ensaios no sio igualmente definidas nas diferentes normas, No entanto, é usual distinguirem-se dois métodos, de acordo com as diferengas de humidade relativa entre as faces do provete: - Método da Tina Seca (MTS) Hiumidade relativa do ar num dos lados do provete: = 0% Humidade relativa do ar no outro lado do provete: = 50% 49 (Ceracteriapio de Baris Pia: Vapore sua Aplicigio Método da ‘Vina Lidnnida (MT) Humidade relaiva do ar num dos lados do provete: = = 50% Humidade relativa do ar no outro lado do prove Permeabilidade (x) Humidade Relativa [%] Figura 4.3 - Representaco dos limites das condigdes de ensaio (© Método da Tina Seca permite caracterizar © comportamento dos materiais em ambientes com pouca humidade, em que a transferéncia de Agua é sobretudo devida a fendmenos de difusio de vapor, Para valores de humidade relativa mais elevados, como é 0 caso do Método da Tina Hitmida, fos poros comegam a ficar preenchidos com Agua, como se explicou no § 2.1, aumentando o transporte na fase liquida ¢ diminuindo o transporte na fase vapor. Em todos os ensaios realizados, as condigSes higrotérmicas das ambiéncias corresponderam ao Método da ‘Tina Seca. ‘A prEN ISO 12572 [53] define quatro tipos de condigdes de ensaio, que se apresentam no Quadro 4.1, com uma tolerncia de 0,5 °C para a temperatura e de 3% para a humidade relativa. Contudo, 0 documento refere a possibilidade de se utilizarem outras condigées de ensaio em siruagées especiais. As variagbes de temperatura ¢ humidade relativa admitidas conduzem a uma variagio na diferenga de presséo de vapor através do provere de + 10% relativamente 20 valor pretendido. Quadro 4.1 - Condigées de ensaio definidas na prEN ISO 12572 [53] 1 | Humidade Relativa : ‘emperatura Tipo PC] (%] Tadoi Lado2 A 23405 __ Oa3 50+3 B 23405 Oa3 8543 Cc 23405, 5043 9343 D 38405 0a3 eae 50 CCancerizagio de Barwin Pins Vapore sua Aplicagio 4.2 DESCRICAO DA CAMARA DE ENSAIO UTILIZADA 4.2.1 CARACTERISTICAS GERAIS Atendendo as tolerincias apresentadas anteriormente para as condigdes de temperatura ¢ humidade durante os ensaios, podemos petceber a importincia na escolha de um equipamento que garanta esta hhomogeneidade do ambiente num compartimento de ensaio adequado. Nos ensaios realizados utilizou-se um equipamento de que dispde 0 Laboratério de Fisica das Constmgies ~ LFC da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - FEUP (Figura 4.4 Figura 4.5), cuja primeira utilizacio foi precisamente a realizagio destes ensaios. Figura 4.4—Aspecto geral do exterior da camara de ensaio do LEC Cacactesizagtio de Bacreisss Pica-Vapor ¢ sua Aplicacio St Figura 4.5 — Aspecto geral do compartimento interior da camara de ensaio do LEC © equipamento é da marca Vétsch, modelo VC 4034 ¢ é essencialmente constituido por: + Um compartimento de ensaio, com um volume stil de cerca de 340, totalmente revestido em ago inoxidavel (Figura 4.5); + Uma unidade de condicionamento do ar interior do compartimento de ensaio, renovado através de um ventilador de grandes dimensées, instalado na parte posterior do compartimento (Figura 4.5); + Uma unidade de secagem do ar, que permite alargar o interval permitido para as condicées de ensaio (temperatura e humidade selativa no interior da cimara), Esta unidade funciona com ar comprimido fornecido externamente, no presente caso por tum pequeno compressor, + Um painel do tipo “touch-panel” pata o controlo e programacio dos ensaios Figura 46). ‘As paredes do equipamento sio isoladas termicamente com poliuretano ¢ 0 envidragado que existe nna porta de acesso ao compartimento de ensaio (Figura 4.4) é constituida por miiltiplas camadas de vidro, por forma a evitar condensacdes. 52 CCaracterzaglo de Barris Piea-Vapore rua Apliasto Indicador analégico dos valores Dispositivo de abertuta da porta do lsite pesenitidos para a temperatura de ensaio, interruptor compartimento de eassio, panel de ‘ mene E gezal do equipamento, tormada para controlo tipo “touch-pane!” e passa | 8% ieee alimentacio de um apatelho d extemo e portas de comunicacio clecttéaica Figura 4.6 - Aspecto dos painéis exteriores da camara de ensaio do LFC 4.2.2. CAPACIDADES DO EQUIPAMENTO ‘A cimata de ensaio do LFC tem capacidade para realizar ensaios nos seguintes intervalos de ‘temperatura (I) ¢ humidade selativa (HR), que esto dentro dos limites refetidos anteriormente no § 413: -40 °C ST $ 180°C — flutuacio no tempo <+0,3°C 10% < HR < 98% - futuagio no tempo < 3% Para ensaios com controlo de ambos os patimetros, a capacidade da cimara encontra-se representada pela condigbes correspondentes 4 area sombreada dos grificos que se apresentam na Canctngt de Darin PnVapor enn Apso Figura 4.7, com excepgio da zona 3. A capacidade para o fancionamento na zona 1 é assegurada pela unidade de secagem do ar. © 100 90 80 70 Temperature > | ' i | | | i el oi tte -b | Orb fen efoto fbb pb | @ 10 2 % 40 50 0 70 60 90 100 10 0 19 20 © 40 50 60 70 60 0 100 Relative humidity > “"* Dew point temperature > ie Figura 4.7 - Condigdes de temperatura e humidade relativa permitidas pelo equipamento do LFC © equipamento permite que as condigdes de ensaio variem ao longo do tempo, tendo como imitagio o seu tempo de resposta. Estas vatiagdes podem ser programadas, quer através do painel de controlo da cimara quer através de um computador que esteja ligado a0 equipamento e disponha do software apropriado para o efeito. Nas paredes laterais da cimara existem dois orificios (um em cada parede ~ Figura 4.4 a Figura 4.6) que permitem, por exemplo, a passagem de cabos para a colocagio de uma balanga ou outro equipamento de medic no interior do compartimento de ensaio. Na porta de acesso a esse compartimento também existem dois orificios (Figura 4.4) que permitem a aplicacio de luvas para que os ensaios se possam levar a cabo sem a abertura da porta, o que poderia introduzie alteragdes 20 processo. Refira-se que no presente caso niio foi possivel disponibilizar uma balanca apenas para a realizacao dos ensaios, face a sua longa duragiio, pelo que as pesagens foram efectuadas fora do compartimento de ensaio, 4.2.3. DISPOSrTIVvos DE CONTROLO DAS CONDIGOES DE ENSAIO Os valores da temperatuta € humidade relativa deverio ser medidos e registados em continuo através de sensores apropriados, cuja calibragio seja efectuada regularmente. 54 Cente de Bains i: Vapore on Apicagfo ‘A cimara do LEC dispdem de uma sonda de temperatura que pode set colocada em qualquer ponto do compartimento de ensaio, de um sensor de humidade relativa fixo ¢ de um dispositive psicrométrico com termémetro de bolbo seco e termémetro de bolbo hiimido, que permite a determigio da humidade relativa com maior precisio mas cujo funcionamento pode no ser o mais adequado quando se trabalham com valores elevados de humidade. Este dispositivo também é fixo e ‘encontra-se na zona dianteira inferior do compartimento de ensaio (Figura 4.5 ¢ Figura 4.8). Figura 4.8 — Pormenor do sensor psicromeétrico da camara de ensaio do LFC A questio da calibragio dos sensores nfo se colocou neste caso, uma vez que o equipamento foi adquitido na altura de realizacio dos ensaios e tinha sido calibrado antes da entregs. No que toca a0 registo das condicdes de ensaio, o equipamento permite que o xegisto seja efectuado directamente para uma impressora, de forma continua, ou para um computador externo, desde que disponha do software apropriado. No presente caso, devido aos problemas iniciais com a instalagio do software, utilizou-se uma impressora para o registo das condigdes de temperatura e humidade telativa no interior da cimara, apresentando-se um exemplo de uma das folhas de registo na Figura 4.9. Como se pode verificar, sempre que a porta do compartimento de ensaio foi aberta para proceder & pesagem dos provetes, como por exemplo no dia 20/10/2000 por volta das 18 horas, as variacées das condiges higrotérmicas do compartimento de ensaio foram mais significativas, em particular no caso da humidade relativa. Canes de Bastas Pho Vapoc ess Apo 55 10-2000 ‘S1mCON/32 os point ——— actual valu actual value __ Tonperature {*¢ } rel. hunldity [rH] setpolne speed: 3.8 Lah} Prd 09.10.2000 38 BE 09.10, 200-20:14 10,10,2000-0824 10.10.200-284 10,0.2000-0-14 1.20.200-0614 Figura 4.9 - Exemplo de uma folha de registo das condiges de temperatura e humidade relativa no interior do compartimento de ensaio Por forma a garantit condi¢des uniformes do ambiente, a velocidade do at no interior da cimara de ensaio deveri estar compreendida entre 0,02 ¢ 0,3 m/s. Contudo, no caso de se ensaiarem provetes com elevada permeincia, a velocidade do ar sobre os mesmos deveri set de, pelo menos, 2 m/s, de modo a que seja desprezivel a resisténcia a difusio da camada de ar em contacto com a superficie do Provete. Nestas situagdes é também desejével que no existam obsticulos a circulagio de ar junto & 56 Caractesiaago de Barceios Pisa-Vapor e sua Aplicagio superficie do provete, devendo-se optar por tinas de ensaio e processos de selagem que resultem na menor altura possivel acima dessa superficie [53] A ASTME 96 [II] apresenta um critério ligeiramente diferente, em que a velocidade do ar em pés/minuto deveri ser numericamente igual a, pelo menos, 10 vezes a permeincia do provete exptessa em unidades [perm], sem exceder 0 valor maximo de 600 pés/min (3,05 m/s). Isto equivale a dizer que' a velocidade expressa em m/s deverd ser numericamente igual a permedncia do provete, em kg/(m*s-Pa), multiplicada por um factor nio inferior a 8,910°, sem exceder 3,05 m/s. No equipamento do LFC ¢ possivel controlar a velocidade de funcionamento do ventilador que gatante a renovacio do at no compartimento de ensaio mas aiio é possivel registar a velocidade do ar no interior. Nos ensaios realizados, inicialmente nfo foi possivel controlar adequadamente a velocidade do ventilador, pelo que se mantiveram as condicdes predefinidas pelo fabricante. Contudo, procedeu-se a medigdes da velocidade do ar com um anemémetzo (Figura 4.10), em varios pontos do compartimento de ensaio, tendo-se obtido um valor médio de cerca de 0,9 m/s. Figura 4.10 — Aspecto geral do anemémetro utilizado na medigao da velocidade do ar no interior do compartimento de ensaio © 1 pé/min = 0,3048 m/min (ver [54]) = 0,00508 m/s 1 perm = 57,2x10"? kg/(m”-s-Pa) (ver [11]) Carncteriaagio de Basreiras Pira-Vapor ¢ sia Aplicacio 87 4.3 PREPARACAO DOS ENSAIOS 43.1 TINASDE ENSAIO 43.L1 CARACTERIZAGAO GERAL Tal como foi referido anteriormente, os provetes a ensaiar sio montados sobre tinas estanques 3 difusio de vapor, onde previamente é colocada uma substincia condicionadora da humidade relativa, sendo a ligagio entre o provete e a tina convenientemente selada ao longo do contorno. ‘As tinas deverio ser constituidas por materiais, preferencialmente leves, que mio sejam susceptiveis de sofrer degradacio ou alteragées face aos ambientes em que serio inseridos e 20s produtos com que estario em contacto, nomeadamente os provetes, as substincias condicionadoras e os produtos de selagem. Normalmente utilizam-se tinas metilicas ou de vidro, tendo estas tltimas a vantagem de permitirem um maior controlo da substincia condicionadora, caso sejam transparentes. A configuragio das tinas deverd adaptar-se As diferentes condicionantes dos ensaios a realizar, nomeadamente as caracver‘sticas dos provetes, 0 tipo e quantidade de substincia condicionadora e 0 processo de selagem, normalmente mais facil nas tinas circulares. A forma da tina deverg ser tal que a rea superior da substincia condicionadora nio seja inferior & {rea livre inferior do provete, sendo normalmente coincidentes. Contudo, no caso de se utilizarem substincias condicionadoras liquidas, admite-se a utilizagio de uma rede para quebrar a ondulagio gerada 20 manusear as tinas e evitar que a substincia atinja a face inferior do provete. De qualquer modo, a érea livre da rede nto dever4 ser inferior a 90% da érea livre inferior do provete [11]. Para alguns procedimentos de selagem utiliza-se um negativo (Figura 4.11 - a) e b)), de modo a obter uma area de ensaio bem definida. Tal como se referiu anteriormente, a area do negativo, que corresponde & rea livre superior do provete, devers ser, pelo menos, igual a 90% da sua érea total, por forma a limitar as transmissées marginais de vapor (ver § 4.6.3). Na Figura 4.11 encontram-se alguns exemplos de tinas de ensaio apresentados em [53] ¢ na Figura 3.1 e Figura3.2 encontram-se exemplos dos dois tipos de tinas utilizadas nos ensaios realizados. Estas tinas so as que tém sido utilizadas no LFC para este tipo de ensaios e face As dificuldades em preparar novas tinas em aimero tio elevado como 0 pretendido, optow-se pela utilizagio das existentes. Nos ensaios de provetes rigidos (Figura 3.2), 0 negativo de selagem foi conseguido através do recurso a uma tira de papel enrolada em toro do fundo de uma tina, tina essa que foi retirada aps a secagem do produto de selagem. 58 cance de arin Pir Vapore su Aino LEGENDA: 1 Substincia condicionadora 6- Anel de contorno foie X,- Area live superior 7 a X,- Area livre inferior ee ie eer eae b- Largura de selagem Figura 4.11 - Exemplos esquemiticos de tinas de ensaio [53] 43.1.2 TINASPARA ENSAIO DE MEMBRANAS Para o ensaio de elementos delgados e flexiveis, do tipo membrana ou folha, a selagem dos provetes devers ser efectuada mecanicamente, por aperto. A utiizacio de antis de selagem constituidos por materiais adequados pode melhorar a selagem, como se exemplifica na Figura 4.12. Nos ensaios realizados utilizaram’se tinas que permitem 0 aperto meciinico dos provetes, conforme se mostra na Figura 3.1. Para este tipo de componentes nfo é usual proceder 4 determinagio do coeficiente de permeabilidade ao vapor (n) do material mas sim da permencia (P)) ou da resisténcia A difusio de vapor (Ry = 1/P,) do elemento, uma vez que no apresentam um compostamento homogéneo em 59 Cascerizaio de Barer Pira-Vapor sus Apliagio fo, a espessura dos prove fungio da espessura e io ensaiados tal como sto utilizados. Por esta r & apresemtada mais a ceulo indicative, para identificagio dos elementos testados, sendo também possivel indicar a massa superficial do: material LEGENDA: 1- Anel de selagem 2- Provete Figura 4.12 - Exemplo esquemético de uma tina de ensaio para membranas ¢ folhas (53) 4.3.2 ENSAIO DE PELICULAS DE REVESTIMENTO As peliculas de revestimento so materiais normalmente aplicados liquidos, a pincel trincha rolo ou por spray, formando um filme de pequena espessura apés secagem, como por exemplo as tintas, os vernizes, et. Face as dificuldades em obter provetes destes materiais para ensaio, estes deverio ser aplicados sobre um material de suporte compativel, de forma idéntica & que & seguida na utilizagio normal do revestimento. O material de suporte pode ser rigido ou ento uma membrana permeivel, devendo a sua resistéacia A difusio de vapor ser previamente determinada, de acordo com os procedimentos desctitos anteriormente, ‘Nos ensaios realizados sobre peliculas de revestimento utilizou-se 0 betio celular como material de suporte, As caracteristcas de permeabilidade da pelicula de revestimento sio obtidas subtraindo a resisténcia 4 difusio de vapor do material de suporte A resisténcia total dos provetes ensaiados com revestimento. Devido as dificuldades em determinar a espessura das peliculas de revestimentos, no é usual proceder & determinacio do coeficiente de permeabilidade a0 vapor (x) do material mas sim da Permeincia (P.) ou da resisténcia & difusio de vapor (Ry = 1/P,) do elemento, tal como se referiu Para os materais do tipo membrana, Devem no entanto ser especificados os dados sobre a aplicaco dos revestimentos, como o niimero de camadas aplicadas, a massa superficial apds secagem, etc, 60 CCaraerzagio de Banca Pra-Vapor e sua Aplicagio 4.3.3. PREPARAGRO DOS PROVETES 3.1 QUIDADOS GERAIS. Os provetes devem ser representativos dos materias em estudo ¢ do fim a que se destinam, pelo que cométrieas, etc., deverio ser o mais préximas possivel das que 0 as suas caracteristicas, fisieas, material apresenta nas suas diferentes wtilizagdes Se o produto a testar for anisotrépico, os respectivos provetes devem ser obtidos de modo a que as faces paralelas sejam normais & direego do fluxo de vapor através do produto em utilizagio. Se no se conhecer a direcsio do fluxo, devem-se efectuar ensaios para cada uma das direcgSes de fluxo possiveis, Na preparacio dos provetes deve ter-se 0 cuidado de nfo provocar alteragées nas suas superficies que possam afectar 0 fluxo de vapor de Agua, como por exemplo na obtengio dos provetes por corte, que pode originar a criaglo de uma pelicula superficial que diminui a sua permeabilidade. Caso se pretenda determinar a permeabilidade a0 vapor de igua de um material com 0 acabamento previsto, deverio efectuar-se em primeiro lugar medigSes em provetes de cada um dos componente, seguidas de novas medigées sobre provetes do conjunto (acabamento e respectivo suport) Antes dos ensaios, os provetes deverio ser colocados num ambiente controlado, com uma cemperetura de (23 + 5)°C e (50+ 5)% de humidade relativa, durante um perfodo suficiente para que © seu peso estabilize de modo a que em és pesagens didrias consecutivas os valores nio apresentem diferensas superiores a 5% [53] Como facilmente se deduzirs, existem materiais que nio necessitam deste condicionamento antes dos ensaios, como é o caso dos filmes plisticos ou das folhas de aluminio, pois nio tém capacidade para fixar humidade 43.3.2 DIMENSOES DOS PROVETES 43.3.2.1 Area ‘A Area dos provetes deverd ser definida de acordo com 0s respectivos procedimentos de enstio, nomeadamente o tipo de tina e método de selagem, de modo a que o seu didimetro ou lado (caso se trate de um provete rectangular) cortesponda a, pelo menos, o dobro’ da espessura do provere & Em [85] 0 valor referido para materiis de isolamento térmico & 0 quiidruplo da espessura e no 0 dobro. 61 CCacterizagio de Bareias Pie: Vapor sua Aplicasio nnio seja inferior a 50 em’ [53], Refira-se que a ASTM E96 [11] impoe um limite mais baixo para a Area til de ensaio, cujo valor é de 30 cm: A {rea dtil de ensiio comesponde & média aritmética entre as teas livres superior e inferior do mn), que mio devem diferir mais do que 3% relativamente & média, no aso provete (Areas sem sela de materiais homogéneos, ou 10% para outros materiais [53] Par o ensaio de proveres com alguma espessura, a Area ttl de ensaio devers corresponder a, pelo menos, 90% da drea total do provete, por forma a limitar as transmissSes marginais de vapor (ver § 463) Quanto maior for a Area de ensaio menores serio os erros na determinagio da permeabilidade 20 vapor do material. Contudo, as tinas disponiveis e a precisio dos instrumentos de pesagem (ver § 4.4.1) so factores que normalmente condicionam a sua definigio. Uma das deficiéncias das tinas utiizadas nos ensaios foi precisamente a reduzida dimensio da superficie de ensaio, que foi inferior a 50.cm*. Para os provetes de betio celular (om ou sem revestimento) a Area til de ensaio foi de cerca de 47,4 cm? e para as membranas ¢ folhas foi de 40,6cm?, Nos ensaios de provetes rigidos, o diimetro stil da tina foi de 76,2 mm, enquanto que o didmecro do negativo foi de 79,2 mm, que corresponde a diferengas da ordem dos 4% entre as feas livres superior e inferior relativamente & média. Nos ensaios de membranas e folhas a area da boca da tina e a fea do negativo eram coincidentes, com um diimetro de 71,9 mm. 43322 Espessura A cespessura dos provetes deve, na medida do posstvel, ser igual & espessura que se pretende para o material aquando da sua utilizago, como acontece com componentes do tipo membrana, folha ou peliculas de revestimento, De qualquer modo, a espessura deverd permitir representar de forma adequada a influéncia de eventuais heterogeneidades do material Para testar materiais de isolamento devem utiliza-se provetes com uma espessura nfo inferior a 20mm, enquanto que para os materiais a granel a espessura minima dever$ ser de 100 mm, face As dificuldades que existem na sua determinagio. No caso de materiais rigidos no homogéneos, como * Nesta versio da pré-norma o valor referido & de 0,05 m* (500 em). Contudo, a generalidade dos restantes documentos (ver, por exemplo, [83], [84] ¢ [85] ¢ inclusivamente uma versio mais antiga desta pré-norma, referem valores iguais ou préximos de 50 cm?, pelo que se admite que tenha havido um erro de impressio. No proprio texto € exigido que o mimero de provetes no seja inferior a 5 se a superficie de ensaio for inferior a 0,05 m’, 0 que seria redundante caso a Area minima de ensaio também tivesse 0 mesmo limite. 62 (Caracterzagio de Barreras Pira-Vapor e sua Aplicagin por exemplo o betio normal, a espessura dos provetes devers corresponder a, pelo menos, 3 vezes ergneia $ vezes) o tamanho da maior partcula que entre na stia composigio [53] (de pre Se um material tiver vazios macroscépicos, a parte sélida deveri ser testada e a resisténcia do material no seu conjunto caleulada a pant das proporyies entre a pane sdlida e os espagos de ar, ional [53]. admitindo fluxo unidi No caso de materiais homogéneos, a ASTM E96 (11) refere que s6 é possivel determinar as caracteristicas de permeabilidade a0 vapor do material (re 41) se a espessura dos provetes for, pelo menos, igual a 12,5 mum, Para além das espessuras minimas dos provetes, é também necessatio evitar espessuras elevadas, por forma a minimizar as wransmissdes marginais, como se explica mais & frente no § 4.6.3. No caso de materiais homogéneos, normalmente nio sio aconselhiveis espessuras superiores a 100 mm. 4,3.3.2.3 Precisio na Determinagio das Dimensdes A medicio das reas livres do provete (que esto em contacto com cada um dos ambientes de ensaio) devers ser efectuada com uma precisio de + 0,5 mm [53], cuja influéncia na preciso da area de ensaio ser{ tanto maior quanto menor for essa éres. Por exemplo, para uma Area de ensaio circular ou quadrada de 500 em’, o erro sera inferior a + 0,5%. Na determinagio da espessura dos provetes, a precisio deverd corresponder ao mais exigente dos seguintes valores: + 0,1 mm ou + 0,5% [53]. A espessura deverd corresponder & média de quatro valores medidos no ponto intermédio de cada um dos quatro quadrantes do provete. No ensaio de materiais compressiveis, a granel ou de superticie irregular deve descrever-se detalhadamente os procedimentos para determinacio da espessura de ensaio. Quando se pretende determinar a permeincia de elementos nfo homogéneos ou de muito baixa espessura, que sio ensaiados com a espessura de utizagio, como é por exemplo © caso das membranas e peliculas de revestimento ensaiadas, a precisio na determinagio da espessura nio € um factor relevante, 0 que jA mio acontece quando se determina o coeficiente de permeabilidade a0 vapor (r) de um material homogéneo. * Bm [85] refere-se que a espessura deveri corresponder, pelo menos, a0 dobro da dimensio mixima do vazio ou do grio. Casciato de Davis ica Vapor sn Aplisdo 63 Nos ensaios realizados, as cimensdes dos provetes foram determinadas com um paquimetro dligtal, euja precisio de leitura & de 0,01 mm. A determiinagio da espessura dos provetes apenas foi importante nos provetes de betio celular: 43.3.3. NUMERO DE PROVET Para 0 ensaio de permeabilidade ao vapor de um material ou elemento de construgio sto necessitios, em geral, 5 provetes. Contudo, no caso de materiais suficientemente homogéaeos e cuja Area de ensaio nio seja inferior a 500 cm’ poderio utilizar-se apenas 3 provetes [53], Quando se testam provetes cuja permedncia seja inferior a 2,86x10"? ke/(m*-s-Pa) (= 0,05 perms), ou provetes de baixa permefncia que possam sofrer variagSes de peso ao longo dos enszios (por exemplo, devido a fendmenos de evaporagio ou oxidacio), é recomendavel utilizar um provete de referéncia, que seja preparado e testado exactamente como os restantes, mas em que no seja utilizada nenhuma substincia condicionadora no interior da tina de ensaio [11], A variagao de peso que este provete de referencia sofrer 20 longo do ensaio devers ser subtraida & variagao de peso dos restantes provetes testados. No presente caso, por limitagées de espaco interior na cimara de ensaio, apenas se testaram 3 provetes de cada material, apesar de as Areas de ensaio nio serem superiores a 500 cm’, Pela mesma razio, também nfo se utilizaram provetes de referéncia 4.3.3.4 CARACTERISTICAS DOS PROVETES ENSAIADOS No Quadro 4.2, no Quadro 4.3 ¢ no Quadro 4.4 encontram-se as caracteristicas dos provetes ensaiados, recordando-se que a area til de ensaio foi de cerca de 47,4 em® para os provetes de betio celular e de 40,6 em? para as membranas e folhas. Para facilitar a nomenclatura, os provetes de betio celular sem revestimento terfio a designagio de provetes de betio celular, enquanto que os provetes de betio celular revestidos com pinturas ou emulsdes betuminosas serio designados através do material de revestimento, Para as folhas ¢ membranas utilizarse-4 a designagio correspondente 20 material ou materiais principais que as compSem, Como se pode verificar no Quadro 4.2, a superficie dos provetes de betio celular é relativamente clevada, pelo que 2 Area tiil de ensaio correspondeu a cerca de 53% da dea dos provetes, no respeitando 0s 90% recomendiveis, referidos anteriormente no § 4.3.3.2.1. Isto deve-se ao facto de 0 provetes, de forma circular, se terem obtido a partir de blocos de grandes dimensées, por cone com uma broca de coroa com 10 em de didmetro interior, que foi a Gnica disponivel. Para evitar a danificagio dos provetes a0 tentar reduzir a sua Area, optou-se por nio o fazer. 64 (Caracernagio de Barns Pirs Vapor sua Aplicaio No Quadro 4.3 indicam-se as pesagens efectuadas nos provetes com as peliculas de revestimento cstiadas. A massa superficial do revestimento obteve-se dividindo a diferenga entre 0 peso do respectiva frea, O ndimero de camadas de produto aplicadas encontnse indicado na propria designagio do provete (x 2 ou x4), com excepgio da emulsio beuninosa tipo 1 (Emulsio_1), ea que foi aplicada apenas uma camada, pois apesar das ventativas nio foi possivel obter aderéncia de uma segunda camada de produto sobre a primeira, provete com ¢ sem revestimento pe Quadro 4.2 - Dimensdes dos provetes de betio celular utilizados nos ensaios Area’ Espessura [mm] diated a b e | 4 [Média] a _[ bt | Média | Temy oe L4_| 1263 | 12,55 | 12,57 | 125 | 12,563 | 93,75 | 95,62 | 95,685 | 0895 g2{ 5 | 126 [1267 | ia8 | 1278 | 12,713 | 92,28 | 927 | 92490 | 07,19 SO |e | 1496 | 148 | 1479 | 1499 | 14,805 | 93,86 | 9395 f93,905 | oo26 | [1 | 12,66 [1,89 [11,33 | 194 [11,955 [93,99 | 93,92 | 93,955 | 69.33 22 [2 | 13,92 | 1406 | 1402 | 147 | 14,003 | 93,65 | 93,78 | 93,715 | oa98 a [3 | 1249 | 1259 [12,71 | 12,61 | 12,600 | 94,03 | 93,8 | 93915 | 69.27 Blo | 26 | 13.16 | 12,94 | 127 | 1292 | 12,930 | 93,82 ] 93,67 | 93,745 | 69,02 Es 2 | 7 | 371 | 1343 | 13,03 | 1334 | 13,378 | 93,77 | 93,77 | 93,770 | 69,06 si [6 | 1252 [12,56 | 12,54 | 12,46 | 12,520 | 93,88 | 93,04 | 93,910 | e926 2 13,24 | 13,09 | 1331 | 13,298 | 93,71 | 93,77 | 93,740 | 6901 & [24 | 1302 | 13.22 [13,09 | 1299 | ta.055 | 93.87 | 9392 [93,05 | oar 13,13 | 12,66 | 12,47 | 1291 | 12793 | 93,9 | 938 | 93,850 | coe 12,51 | 1295 | 12,94 | 12,61 | 12,753 | 93,93 | 93,77 | 93,850 | 12,39 | 12,53 | 12,62 | 1251 | 12,513 | 93,73 | 93,79 | 93,700 | 69,04 13,07 | 12,96 | 13,11 | 13,08 | 13,055 | 93,81 | 93,79 | 93,815 | 6912 12,95 | 13,09 | 13,2 | 13,07 | 13,078 | 93,84 | 93,73 | 93,785 | 9,08 | 12,95 | 12,58 | 12,83 | 13,27 | 12,908 | 93,76 | 93,71 | 93,735 | 69,01 | 12,75 | 12,96 | 1298 | 12,84 | 12,883 | 93,66 | 93,61 | 93,635 | 68,86 13,47 | 12,96 | 12,62 | 13,16 [ 13,053 | 93,86 | 93,97 | 93,915 | 69,27 1282 | 121 | 11,55 | 12,32 | 12,198 | 93,89 | 93,79 | 93,840 | «0,16 12,88 | 1278 | 125 | 1257 | 12,683 | 93,82 | 93,95 | 93,885 | 69,23 12,63 | 11,83 | 11,04 | 11,89 [11,848 | 93,92 | 93,96 | 93,940 | 9,31 | 12,89 | 12,85 | 1292 | 1297 [ 12,908 | 93,92 | 93,79 | 93,855 | 9,18 Caracas de Barsins Mr Vagor esa Apso 65 Quadro 4.3 ~ Peso dos provetes de peliculas de revestimento utilizados nos ensaios Pesagens : Provetes com : Provere fem] | sévestineno. | revetimento | Revtingnt kg/m B __ tel el : ee 40,952 42,641 “62 48,37 49,94 43,522 44,965, Pintura_1 26 44,582 47,116 Clg 4631 48,611 6 69,26 43,193 45,818 Emulsao_1 i 69,01 45,768 47,453 24 69,17 44,919 46,708 MW 69,18 44,46 45,788 ee 2 69,18 43,797 45,19 B 69,04 $3,093 44,433, i 14 69,12 44,746 46,829 Bi io 2 Coy ee 69,08 44,909 46,893 [ 16 69,01 44,061 45,907 20 68,86 44,191 45,459 Pintura_2 (x2) |_22 69,27 45,333 46,785 2 69,16 42,521 43,925 : Fa 69,23 43,851 45,577 Pintura_2 4)" [8 6931 40,992 42,622 9 69,18 44,453 46,238 66 (Caraseringto de Bares les Vapor e sua Aplasio Quadro 4.4 ~ Caracteri as das membranas ¢ folhas ensaiadas ro [ Provete a b | Média | (cor) [Peso fg] as [kg/m] 30 107,21 108,2 107,705 | 91,11 2,048 Folha de [— —— Polietileno 31 107,52 106,7 107,110 | 90,11 2,126 32 | 025 | 108,46 | 108,06 | 108,260 2,103 | 0.2285 eek 33 0,1 108,72 108,51 108,615 0,768 25 te z sree alae aon 107,5 | 107,64 | 107,570 0,76 35 0,1 107,99 108,2 108,095 | 91,77 0,767 Papel kraft] 36 0,1 | 107,89 | 10815 | 108,020 | 91,64 | O88 com [37 | ot | 10814 | 10811 | 108,125 0879 aluminio [3g 01 108,03 | 107,98 | 108,005 0,874 Fothade [22 {042 _[ 108,23, [107,81 | 108,020 0,654 ‘olha de ‘Aluminio |_42_|_912 | 107,92 | 107,33 [107,625 0,633 41 | 012 | 107,46 | 107,44 | 107,450 0,624 ae 42 | 262 | 107,71 | 107,49 | 107,600 30,902 la (2.7mm) |_8 [268 [107,03 [106,95 | 106,990 31,378 | 44 2,54 105,83, 106,92 106,375 29,135 | Tek 45 29 106,49. 106,17 106,330 34,08 ela =a (3.1mm) 46 2,85 106,58 106,46 106,520 _ 33,717 EE 47 2,88 106,7 | 106,99 | 106,845 34,458 ‘Tel 4g | 242 | 107,54 | 108,11 | 107,825 22,233 ela com 7 - ; aluminio |_42_| 231 | 10655 [107,55 _| 107,050 |” 90,00 | 22,299 50 | 229 | 107.6 | 107,42 | 107,510 | 90,78 | 21,981 4.3.4 ESCOLIA E APLICACAO DA SUBSTANCIA CONDICIONADORA No interior das tinas de ensaio a temperatura é a mesma que no exterior, uma vez que esta & colocada no interior de um compartimento de ensaio a temperatura constante. Por sua vez, humidade relativa no interior da tina 6 controlada pela substancia condicionadora, para a qual se indicam alguns exemplos no Quadro 4.5, bem como os respectivos valores da humidade relativa para uma temperatura de 20 a 23 °C. Caracerzagi de Barca Piss Vapor sus Apliagio 67 Quadro 4.5 - Valores da humidade relativa de substancias condicionadoras a Temperatura | Humidade velativa | ea Substincia Condicionadora ca ca eferéncia aes jn (tamaanho das pariculs <3 mum) ie : (53) (85) __ MgiClO)» 23 | 0 (53) Pos 23 0 [85] ~ Silica-Gell ll ae Oa, [85] LiCl x HO 20 2 Bor | ie ‘COOK 20 2 (50) NaCr0,2(4,0) B 52 (85) Mg(NO), 23 33 (53) NaSO, 20 5 [50] CINa 20 76 (50) KCl B 85 53] NHH,PO, BB 3 ~ (531,85) _ KNO, 23 94 (53) HO 20 100 [50] As tinas devem ser agitadas regularmente de modo a garantir a homogencidade da substincia condicionadora, o que se torna bastante mais facil se forem utilizadas tinas transparentes. Quando se uutlizam solugdes saturadas, como € por exemplo 0 caso do Nitrato de Magnésio (Mg(NO,),) ou do Cloreto de Potissio (KC), deve garantir-se que estas se mantém como uma mistura homogénea de liquido com porgées significativas de material nio dissolvido. A substincia condicionadora deverd ser colocada com uma altura de, pelo menos, 13 mm acima do fundo da tina e de modo a deixar um espago de ar com uma espessura de (15 +5) mm, entre a substincia e a face inferior do provete [53]. Este espago de ar permite a renovagio das camadas da substincia condicionadora, por agitagio aps cada pesagem, e evita a molhagem do provete quando se utlizam substincias lquidas. Como se referiu anteriormente no § 4.3.1.1, no caso de se utilizarem substincias condicionadoras Iiquidas, é possivel utilizar uma rede para quebrar a ondulagio gerada a0 mamusear as tinas e evitar que a substincia atinja a face inferior do provete. A ASTME 96 [11] refere que o material deverd ser constituldo por particulas que passem no penciro n.°8 (malha de 2,36mm) e isento de finos que passem no peneiro n° 30 (malha de 600 im). 68 (Cancteriacio de BareciasPirs-Vapore sua Apliasio io da substincia « utilizar deve garantir-se que nfo provocart qualquer tipo de reaegio cont os provetes, tinas de enstio ou materiais de selagem. Alm disso, a quantidade utilizada devers ser suliciente para que o valor dx humidade relativa se mantenha consante ao longo de todo o periodo de ensaio, 0 que se torna mais problemitico na utilizagio de dissecantes em ensaios de naceriais com permeabilidade elevada. A prEN ISO 12572 [53] impde que nos ensaios em que se utilizem dissecantes (como no método da tina seca), estes io devem adsorver humidade em quantidades superiores a 1,5 g por cada 25 ml de substincia, ao longo do perfodo de ensaio. Quando se utilizam solugdes liquidas (como & 0 caso do método da tina hiimida), a perda de massa devers ser inferior a metade da quantidade inicial colocada na tina, Por seu lado, a norma ASTM E 9 [11] refere que 0 cloreto de cilcio (CaCl) nio dever adsorver gua em quantidades superiores a 10% do seu peso apés secagem a 200 °C, enquanto que no caso da silica-gel esse limite é de apenas 4%, para a mesma temperatura de activacio (200 °C), Este crtério parece mais razodvel, uma vez que diferentes substincias terio diferentes capacidades de absor¢io de humidade. Nos ensaios realizados utilizou-se silica-gel como dissecante, deixando um espago de ar com cerca de 12 mm entre o topo da substincia e a face inferior dos proveres. A altura das tinas entre o fundo da concha e a base dos provetes & de 46,6 mm, no caso das tinas para provetes rigidos, e 39,2 mm nas tinas para membranas e folhas. Assim, de acordo com 0 critério da prEN ISO 12572 [53], a mixima variagio de peso da substincia condicionadora durante os ensaios deveria ser de cerca de 9,5 g no caso das tinas para ensaio de provetes rigidos (cujo didimetro & igual a 76,2 mm), e de cerca de 6,6 g, no caso das tinas para ensaio de membranas e folhas (cujo diimetto é igual a 71,9 mm) para cada um No que toca ao critério referido pela ASTM E 96 [11], apresenta-se no Quadro 4.6, dos provetes, o valor da maxima variagio de peso admitida (coluna da direita - Max. Var) Quadro 4.6 - Peso da silica-gel utilizada nos ensaios ¢ respectiva variag3o maxima admitida, de acordo com os critérios da ASTM E 96 [11] so Pesagens (g] Ea Tinas—[Tnas com alcangel | ~Sa-gel_| Max, Var yan oe eas | 200000 128573] 55 i ares mar 3480 135055 | aaa #0886 727 12466 | 315 ee 112,959 243,498 130,539 5,222 Pints 1) at 2488 1204] sae 3 [iss 0208 ibass@__[ 334 Pintura [26 [138.08 260,555 132] a5 (4) [a7 faa 2925] ssi | 5424 69 (Garacerzagi de Barrie PirVapore sua Aplicasio Quadro 4.6 (continuayio) ~ Peso da silica-gel utilizada nos ensaios ¢ respectiva variagio ida, de acordo com os critérios da ASTM E.96 [11] maxima ado ee Provete - 1 Emulsiot [— 9 | 266,072 ees naea |e (eg 237, 042 Isa |i 111,057 246,013 _ 134,956 5,398 aay eat (ee tz] mello ceb | nN 26d 292 130,187 5,207 13 | 111,608 244,596 ai nila 238,419 125,189 aie [15 [111,554 239,818 128,264 seaeiee aa 111,406 239,828 128,422 Paseo ean 244,188 131,268 eae af mi 243,475 Biz | 22 136,69 263,913 127,223 Pi 2 7 110,489 238,662 128,173 fae 18 | _112,663 242,778 130,115, 19 124,009 254,185, 130,176 Poi 30 225,781 Sis bad 322,069 96,288 Saipan EOL 95,504 183,119 87,615 Polietileno 32 95,656 187,508 91,852 | 3 | 95419 181,137 85,718 Papel kraft > com asfalto | 34 95,858 189,028 93,17 L ci 98,56 191,665 93,105 36 | 9479 184,607 89,817 Papel kraft comalueniniol_27_| 95553 186,972 91,442 38 94,144 182,455 88,311 39 97,406 188,689 91,283 Folha de . Aen, (40_[ 97,286 188,438 91,152 [a [96,961 185,339 88,378 42 96,314 187,08 90,766 ae | 96,633 184,673 88,04 (7mm) | , B z a 44 96,96 185,000 88,04 Tel 45 80,684 174,909 94,225 ela = fe aeaeay Sik (rea 186,395 91,496 47_| 96557 185,553 88,996 Tel 48 97,251 187,652 90,401 ela com iat (eto aasizss 186,119 90,864 50 98,763 187,659 88,896 | 7 CCarsiagio de Bares Plea Vapace sua Aylicnsio 4.3.5 SELAGEM DAS'TINAS “iveis 4 Agua, tanto na fase vapor como na fase liquids Os selantes devei compativeis com os elementos com que estario em contacto, nomeadlamente os provetes e as tinas dio ser imperm Deverio também ser ficeis de mamusear, permanecer flexiveis, ter uma boa aderéncia aos materiais com que estario em contacto € nio sofrer akeragées durante 0s ensaios, como por exemplo fissuragio, Nio devem afectar a pressio de vapor nas ambincias adjacentes aos provetes ¢ niio devem softer variagdes de massa a0 longo dos ensaios susceptiveis de afectar os respectivos resultados em mais de 2% [53] Os selantes fluidos podem penetrar nos materiais porosos 0 suficiente para introduzie erros na determinacio frea dtl de ensaio, Nestes casos é conveniente proceder previamente 3 aplicagio de um material do tipo fita adesiva ou resinas epoxy, a0 longo do perimetro de selagem [53]. Nos ensaios em que se utilizaram provetes de betio celular deveria ter-se efectuado esta pré-selagem. Contudo, a configuragio das tinas de ensaio tomava dificil 0 posterior acerto da fea livre com a boca da tina, pelo que se optou por niio a efectuar. E necessirio muito cuidado na utiizagio de selantes a elevadas temperaturas, como & 0 caso das ceras, devendo assegurar-se que os materiais com que estario em contacto nio serio afectados pela temperatura de aplicagio do selante. P Para o ensaio de provetes cuja permefincia seja inferior a 228,810" kg/(m?-s-Pa) (=4 perm) deve utlizar-se asfalto derretido ou cera como selante [11], Dois exemplos de selantes & base de cer que podem ser utilizados na generalidade dos ensaios sio [53] + Uma mistura de 90% de cera microcristalina e 10% de um plastificante, por exemplo “pol-isobutileno” de baixo peso molecular; + Uma mistura de 60% de cera microcristalina com 40% de cera de parafina cristalina refinads, Este foi o tipo de selante que se utilizou nos ensaios realizados Refirase que é também possivel testar 0 comportamento dos materiais de selagem. Para tal é necessitio realizar ensaios de permeabilidade ao vapor com provetes do proprio material € com provetes completamente impermeiveis, como por exemplo uma chapa metilica, normalmente selados com o produto a testar [11]. CCancerngio de Bares Plex Vapor sa Apso 71 44 PROCEDIMENTOS DE ENSAIO, PESAGEM DOS PROVETES 441 QUEMA 4441.1 RECOMENDAGOES A pesagem dos provetes devers ser efectuada com intervalos de tempo seleccionados de acordo com a permetncia prevista e com a precisio dos instrumentos de pesagem disponiveis, pois influenciam a precisio dos resultados ‘Uma vez que a permeincia depende da variagio de massa entre pesagens sucessivas, par obter uma precisio de X% na determinagio dessa variagio de massa, utilizando uma balanga cuja repatitbilidade do erro seja de m, (em kg), entio o intervalo de tempo (A,,) entre pesagens nio deverd ser inferior a [53]: 200xm, xuxd Po ye XAPKAXX (1) em que: At Intervalo de tempo entre pesagens - [5] m; Repetitibilidade do erro da balanga - [kg] hi Factor de resisténcia & difusio de vapor" -(-] d: Espessura média do provete" - [m] 1,3 Coeficiente de permeabilidade ao vapor de agua do ar -[kg/(as-Pa)] AP: Diferenga de presstio de vapor de Agua entre as faces do provete - [Pa] A: Area de ensaio - [m’] X: Precisio na determinagio da variagio de massa entre pesagens sucessivas - [%] Se, por alguma razio, se pretender estabelecer previamente um determinado intervalo de tempo (A) entre pesagens, utilizando uma balanga cuja repetitbilidade do erro seja de m, (em kg), entio a Area de ensaio necesséria para obter uma preciso de X% na determinagio da variagio de massa entre pesagens é dada por: 200x m, xuxd EA eee eae eres 1, x APxA,, xX (42) Lembre-se que, para elementos construtivos no homogéneos, em que nfo é poss{vel determinar uum valor exacto de i, 0 produto yx e pode ser substituido pela espessura da camada de ar de difusio equivalente (5,) do provete (ver § 2.2.5.3). 2 CCancerngia de Bares Pra-Vapr eu Apicasio A pesagem dos provetes devers ser levada a cabo, de preferéncia, sem que as tinas sejam retiradas do compartimento climatizado, caso contrésio devers realizarse mum ambiente cuja temperatura se encontre num intervalo de + 2°C relativamente & temperatura de ensaio [53]. Nos ensaios realizados, as pesagens foram efectuadas fora da clmara de ensaio, numa sala com ar condicionado regulado para uma temperatura igual & dos ensaios (23 °C). A balanca utilizada nas pesagens deve, preferencialmente, ter uma resolugio de 0,001 g, No entanto, nos casos em que os elementos a pesar (tina com provete, substincia condicionadora e selagem) tenham peso elevado, admite-se que a resolucio seja apenas de 0,01 g (53) ‘As pesagens devem realizar-se até que a variagio de massa por unidade de tempo se mantenha constante (corrente estacionéria de difusto) e, portanto, apresente uma variacio aproximadamente linear no tempo. A prEN ISO 12572 [53] imp3e que os ensaios sobre um provete s6 terminem quando em 5 pesagens consecutivas a variacio de massa em fungio do tempo, excluindo a pesagem inicial, se mantiver num intervalo de +5% relativamente a0 valor médio, ou de +10% se a permefincia do provete for baixa (11 >750 000). Refira-se que este limite nio parece muito correcto, uma vez. que 0 factor de resisténcia & difustio de vapor (qu) é mais apropriado para caracterizar os materiais e nfo os provetes, para os quais é mais adequada uma caracterizacio através da permedncia (Pe) ou da espessura da camada de ar de difusio equivalente (S,), conforme se referiu anteriormente no § 2.2.5. Para além deste critério, a prEN ISO 12572 [53] impée também que os ensaios se prolonguem apenas até que a varlagio de peso das tinas ultrapasse 100 vezes a repetitibilidade do processo de pesagem. Para facilitar a identificagio da altura em que se atinge a corrente estacionéria de difusio, recomenda-se a elaboragio de um grifico com a variagio de massa dos provetes em fungéo do tempo. Refira-se que a ASTME 96 [11] apresenta critérios diferentes quanto 4 pesagem dos provetes. ‘Assim, a balanga utilizada nos ensaios devers ter sensibilidade para uma alteragio de peso inferior a 1% da variago total registada durante o perfodo de corrente estacioniria de difusio. Se a sensibilidade da balanca for pequena, aumenta-se o perfodo de ensaio considerado. Os intervalos entre pesagens deverdo permitir obter 8 ou 10 medigées durante o ensaio e a hora a que é feita cada pesagem deverd ser determinada com uma precisio de 1% do intervalo de tempo entre pesagens sucessivas [11]. CCaraneiagio de Baers Pira-Vapor sua Aplicagio 73 44.1.2. ESQUEMA DE PESAGEM UTILIZADO NOS ENSAIOS Nos ensaios realizados, face ao grande niimero de provetes, as diferencas das suas caracteristicas de permeabilidade ao vapor, etc., optou-se por encontrar um esquema de pesagem que permitisse pesat todas as tinas na mesma altura, evitando demasiadas perturbages no ambiente do compartimento de ensaio, Assim, para a generalidade dos provetes utilizou-se um intervalo de tempo entre pesagens de cerca de uma semana, com excepcio dos provetes com maior permedncia 20 vapor, nomeadamente 0s provetes de betio celular (sem revestimento) e os provetes de papel kraft com asfalto, que foram pesados diariamente, menos aos fins-de-semana e feriados. No que toca a balanga utilizada (Figura 4.13), apesat da sua resolucio ser de 0,001 g, no foi possfvel detetminar a sua repetitibilidade do erro, pelo que no se conhece a precisio das medicdes cfectuadas. Figura 4.13 - Aspecto geral da balanga utilizada nos ensaios 4.4.2 REGISTO DAs CONDICOES DE ENSAIO A forma como foi efectuado o registo das condicdes de temperatura, humidade relativa e velocidade do ar no interior do compartimento de ensaio, foi jf seferida no § 4.2.3 Além destes pariimetros, deve também proceder-se a0 registo ditio da pressio barométtica no labotatétio onde decorram os ensaios, podendo em alternativa ser obtida numa estacio meteorolégica préxima [53]. 14 (Camciesizngto de Baris Pin Vepor ema Aplcagio A FEUP dispée de uma estacio meteorolégica que permitiu obter os valores da pressio barométrica durante parte do tempo em que decorreram os ensaios. Contudo, a mudanga de instalagdes da FEUP c algumas falhas tegistadss no equipamento ao permitiram que o registo fosse efectuado a0 longo de todo esse perfodo, apresentando-se na Figura 4.14 os registos que foi possivel obter. 1028 1015 Prosi [hPa] 1005 + 1000 11.9.00000 169.0000 24-8.00000 75-0.00000 1-10-0000 6-10.00 0:00 Data e Hora, Figura 4.14 — Pressdo barométrica registada pela estagdo meteorolégica da FEUP durante periodo assinalado Para provetes com elevada resisténcia & difustio de vapor, especialmente membranas flexiveis de pequena espessura, variagdes clevadas da presstio barométsica de dia para dia podem afectar os resultados. Este efeito pode ser controlado utilizando apenas os valores das pesagens efectuadas em alturas com pressio barométtica idéntica ou através da utlizagio de um provete de referéncia [53]. O provete de referéncia, conforme se referiu anteriormente no § 4.3.3.3, é ensaiado exactamente como os restantes mas sem que seja colocada qualquer substincia condicionadora no interior da tina. Pelas raz6es jé apontadas no se utilizou nenhum provete de referéncia. Também no se seleccionatam apenas as pesagens efectuadas em alturas em que a pressio baromética foi idéntica, uma vez que na maioria dos provetes o mimero de pesagens efectuadas foi baixo. Por outro lado, nos casos em que se efectuaram mais pesagens, as limitacdes impostas pela qpantidade méxima de humidade adsorvida pela substincia condicionadora, obrigaram a que se considerassem apenas os valores iniciais, conforme se explica mais & frente no § 4.7. Cancedingio de Barees Pise-Vapor on Aplicgto 5 4.5 DETERMINAGAO DOS RESULTADOS 4.5.1 DETERMINAGAO DO FLUXO DE DIFUSAO DE VAPOR DE AGUA Recorrendo & representacio grifica da variagio da massa do provete em funcio do tempo e fazendo uma regressio linear com os pontos a partir dos quais a variagio de massa por unidade de tempo se mantém constante, determina-se a inclinagéo da recta que mais se aproxima dos pontos que definem a corrente estacioniria de difusio, que é igual a0 fluxo de difusio de vapor de 4gua e pode ser expressa da seguinte forma: (43) em que: Gy: Fluxo de difusio de vapor de gua - [ke/s] mym Variagio da massa depois de estabelecida a corrente estacionéria de difusio - [kg] tet Intervalo de tempo correspondente & variagio de massa -[s] 45.2. DETERMINACAO DA DENSIDADE DE FLUXO DE DIFUSAO DE VAPOR DE AGUA A densidade de fluxo de difusio de vapor de agua (g) obtém-se dividindo o fluxo de difusio de vapor de 4gua (G) pela érea dail de ensaio - A (em m}): (44) 45.3 DETERMINACAO DA PERMEANCIAE DA RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE AGUA A resisténcia& difusio de vapor de dgua dos provetes pode ser obtida através da seguinte expressio: p,. HRi- HR, Ry 100 (4.5) 8 em que: Re Resisténcia 4 difusio de vapor de gua -[(asPa)/kg] 76 (Cascerizagio de Bares Pies Vapor e sua Aplicagio ‘io de saturagio & temperatura que decorreu o ensaio - [Pa] UIR-HR x Diferenga entre as humidades relativas existentes no interior © no exterior da tina de ensaio - ["%] Por seu lado, a Permefneia (Pe) 20 vapor do provete corresponde ao inverso da sua resistén difusio, conforme se havia referido anteriormente no § 2.2.5.3: (4.6) 4.5.4 DETERMINAGAO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR DE AGUA Para determinar 0 coeficiente de permeabilidade a0 vapor de agua (n) do material, basta dividir a espessura do provete ~ d (em metros) pela sua resistencia & difusio de vapor de agua (R,) d_Pe Rae (4.7) 4.5.5 DETERMINACAO DA ESPESSURA DA CAMADA DE AR DE DiFUSkO EQUIVALENTE E DO FACTOR DE RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR Tal como foi referido anteriormente no § 2.2.5, a espessura da camada de ar de difusio equivalente (8) € 0 factor de resisténcia & difusto de vapor (y) sio parfimetros que permitem comparar as caracteristicas de permeabilidade a0 vapor dos provetes ensaiados com a permeabilidade ao vapor de gua do ar (c,), da seguinte forma: (4.8) = SH ped (49) O valor do coeficiente de permeabilidade ao vapor de agua do ar (r,) pode ser obtido através das expressOes (2.20) e (2.21), apresentadas no § 2.2.5.1. 7 (Caraceiaga de Bareias Plex Vapor sun Apicagio RO NOS RESULTADOS 4.6 PACTORES DE 4.6.1 GENERALIDADES resultados dos ensaios de permeabilidade ao Existem vérios fctores que influenciam a precisio d vapor, alguns dos quais foram ji mencionados, nomeadamente as flutuacdes das condigdes de ensaio (Cemperacura, bumidade relativa ¢ consequentemente pressio de vapor), a precisio na determinagio das dimensdes dos provetes, a precisio do esquema de pesagem dis tinas, as flutuagSes da pressio baroméurica, etc.. A importincia destes erros é maior nos provetes com maior permelincia 20 vapor de gua, ¢ a PrEN ISO 1257253] refere mesmo que os procedimentos de ensaio anteriormente referidos apenas so apropriados para provetes cuja espessura da camada de ar de difusio equivalente (8) seja, pelo menos, igual a Q,1 m. Para além dos erros referidos, existem dois tipos de erro que em seguida sero analisados, que esto associados &s resisténcias das camadas de ar adjacentes aos provetes durante os ensaios ¢ as éreas de selagem 4.6.2 INFLUENCIA DA RESISTENCIA DO AR NOS ENSAIOS A existéncia de uma camada de ar no interior da tina de ensaio implica a existéncia de uma resisténcia adicional & difusio de vapor de 4gua, para além da resist€ncia dos provetes, Além disso, hd que considerar também a resisténcia superficial & difusio de vapor de 4gua, em ambas as faces do provete. Assim, a resisténcia & difusio do vapor de agua medida no ensaio é igual 4 soma da resistencia do ar e das resisténcias superficiais com a do provete ensaiado. A nfo consideracio deste factor pode originar um erro que & tanto mais importante quanto maior for a permeéincia (Pe) do provete. A correccio deste problema pode ser efectuada de trés formas: Aj Seo valor da resisténcia do ar € muito pequeno, comparado com o valor da resisténcia do material, entio o seu valor é desprezado. Existem certas normas que inclusivamente nfo fazem qualquer referéncia 4 resisténcia da camada de ar (sf0 0s casos da NP-2256 [77] e da ASTME 96-94 [11). Para provetes cuja espessura da camada de ar de difusto equivalent (5,) seja, pelo menos, igual a 0,2 m, a prEN ISO 12572 [53] no impde qualquer correccio devido aos espacos de ar. 78 (Carcteiafio de Bares Piss Vapor sua Apicso B- Partir da espessura da canada de ar de difusio equivalente total (Sd,q,), retirar a espessuira de ar ‘om a espessura da camada de ar de difusto equivalente (d,) existente no interior da tina e fi do material 6d, s, dy, (4.10) a eacuiee sol Alguns documentos seguem esta metodologia de cilculo, como é 0 caso da ficha de ensaio do LNEC ~ FE Hu 11 [84] Para provetes cuja espessura da camada de ar de difusio equivalente (S,) seja inferior a 0,2 m, a prEN ISO 12572 [53] apresenta um critério idéntico, indicando que a permedncia corrigida (Pe, dos provetes dever$ ser obtida da seguinte forma: (4.11) em que: Pe,: Permedncia ao vapor corrigida - (kg/(m’-s-Pa)} Pe: Permedncia a0 vapor obtida nos ensaios, sem correcsio - [kg/(m’'sPa)] d,: Espessura do espago de ar no interior da tina de ensaio - [m] ry: Coeficiente de permeabilidade a0 vapor de fgua do ar - [kg/(mmsPa)] Para além desta correccio, a prEN ISO 12572 [53] indica que, no caso de se ensaiarem provetes com elevada permefncia, a velocidade do ar sobre os mesmos deverd ser de, pelo menos, 2m/s, de modo a que seja desprezivel a resisténcia & difusio da camada de ar em contacto com a superficie do provete, conforme se havia jf referido no § 4.2.3. Tomar em consideragio a resisténcia da camada de ar no interior das tinas de ensaio ¢ a resisténcia superficial & difusio de vapor de agua em ambas as faces do provete. Na situagdo C é necessério determinar a resisténcia 4 difusio de vapor de Agua das camadas de ar adjacentes a ambas as faces do provete, que é fungio da humidade relativa, da temperatura e da pressio atmosférica -R, (HR, T, P). Fanney et al. (1991 - [19]) realizaram uma série de ensaios para determinagio do seu valor, usando varios tipos de solugées salinas e duas temperaturas de ensaio. No Quadro 4.7 sio apresentados os resultados desses ensaios. 79 Carscteriagio de Barres Pies Vapor e sua Aplicaion Agua das camadas de ar - RI [19] ‘emperatura de 7 °C Solugdes Humid Rela | axa ae atin TR 10! eer 23 | 487 u 23 5,76 43 5,23 cP ieee = 4,69 69 7,58 63 73 5,55 85 4,27 76 87 5,23 7 439 92 98 4,40 A resistencia & difusio de vapor de agua do material (Rdjeis) & assim, igual & diferenga entre a resisténcia total do ensaio (Rd,,,) ¢ resisténcia do ar (R)} R, phy (4.12) Fi = material Yroral Apés uma anilise do Quadro 47, pode-se confirmar que a humidade relativa e a temperatura tém alguma influéncia na determinagio da resisténcia & difusio do vapor de 4gua das camadas de ar, evidenciando a necessidade de uma maior investigacio nesta érea. 4.6.3 INFLUENCIA DA AREA DE SELAGEM Para algumas configuragdes das tinas de ensaio, a rea total dos provetes excede a drea til da tina de enstio, levando a que 0 fluxo de vapor ocorra a duas dimensdes (Figura 4.15). Por esta razio, 0 fluxo de vapor obtido nos ensaios é superior ao real Area Total Area Util de Ensaio b [Ty pt Lo Figura 4.15 ~ Representagao esquemética do fluxo de vapor através dos provetes [72] 80 CCaracerzagio de BrcrsPire-Vapore sua Apicagio A prEIN ISO 12572 [53] apresenta a seguinte formula para correccio do valor da densidade de fuxo de difusio de vapor (), devido a existéncia de selante: Baw a Su g mxs 413) em que: qe: Densidade de fluxo de difusio cortigido atendendo a area de sclagem — kg/(m*s)] g Densidade de fluxo de difusio detetminado no ensaio ~ [kg/(m*s)] 4: Espessura do provete ~ [mi] br Largura da érea selada ~ [m] m 3,14159 S: Dimetro hidriulico, que corresponde ao quadruplo da 4rea de ensaio a dividir pelo perimetto (em provetes circulares = 4xA//(xD)) ~ fm] 4.7 RESULTADOS DOS ENSAIOS REALIZADOS 4.7.1 REPRESENTACAO GRAFICA Em seguida apresentam-se os grificos obtidos nos ensaios para os diferentes provetes, com a vatiagiio de massa de cada tina ao longo do tempo. ‘Beto Cellar ° 228.00000 11.000000 11000000 21-1000000 101700000 30-11.00000 20-1200000 9101.00 DOatae Hors Figura 4.16 - Variago de massa dos provetes de beto celular ao longo dos ensaios Cancteceto de Basins Phs-Vaps es Apbapo st Papel Kraft com Asfalto 8 16 | | w ee 3 Eo 2 3 — ae 034 se 35 Boo A | 2 ° 228.0000 11-8.00000 1-10-0000 21-10.00000 10-11-000.00 3011-00000 201200090 9.4.01 000 Data © Hora, Figura 4.17 - Variagio de massa dos provetes de papel kraft com asfalto ao longo dos ensaios Papel Kraft com Aluminio 12 3-38] op 2-37] ral a8 04 ‘Varlagio de Massa [a] 02 9 22-8.00000 11-8.000.00 1-10-000:00 21-10-000:00 10-11-0900 80-11-000:00 20-12.000:00 91-010:00 Data e Hora 4 Figura 4.18 - Variagdo de massa dos provetes de papel kraft com alum{nio ao longo dos ensaios % Cameteiasto de Barceas Pin: Vapor ese Apliagto Fotha de Aluminio 08 o7 08 os 04 03 \Variasio de Massaa] 02 oa ° 22800000 11-8.00000 1-10.00000 21-10.000:00 10.11.0000 30-11.000.00 20.12.0000 Data e Hora Figura 4.19 - Variagiio de massa dos provetes de folha de aluminio ao longo dos ensaios Fotna de Poltetleno 048 025 oe 2-31 2 005 ° 728.0000 11-8.00000 140.00000 24-10-000.00 10-11-00000 80-11.00:00 20-12.00000 Date e Hora Figura 4.20 - Variagio de massa dos provetes de folha de polietileno ao longo dos ensaios Carnegie aces Ple-Vaor em Aplcasto 3 ose | oa | | * | B 008 ¢ 2 42) 8 008 43} { 4 | 004 2 002, = | 22-8.00000 11-9-00000 1-10.000:00 21-10.000:00 10.11.0000 20-11-00000 20.12.0000 Data Hora, Figura 4.21 ~ Variagdo de massa dos provetes de tela betuminosa com 2,7 mm de espessura a0 longo dos ensaios . : ——= ow cis i =a § os = 2 0.05 | 0 a <= a ae neioondd—gerooace soana0e, _292h0c00 aan Figura 4.22 — Vatiagiio de massa dos provetes de tela betuminosa com 3,1 mm de espessura a0 longo dos ensaios 84 Caner de aces Phe-Vapoc ew Apicagto ‘Tela Betuminosa com Aluminio 0.98 0.05 LO | a9) 0.04 Variagio de Massa fg] 0.03 002 oor ° 228-0000 14800000 1-10.00000 21-10.00000 © 10:11.000:00 sat1-00000 2012.000-00 Data e Hora, Figura 4.23 — Variagdo de massa dos provetes de tela betuminosa com aluminio ao longo dos ensaios Emulséo Betuminosa Tipo_4 & z, 3 as Z ‘ 1 os a 22.8.00000 11.900000 © 1-10.00000 21-10.00000 1C-11-00000 0-11-0000 2o1200000 et-o10.00 Data e Hora Figura 4,24 ~ Variagao de massa, ao longo dos ensaios, dos provetes de beto celular revestidos com emulsio betuminosa do tipo_1 Cantino de Bsns Piss Vapore ua Aplcsto > Variagdo de Massa fa] Emulsio Betuminosa Tipo_2 @ demaos) | 38 ai | 13 : ae o 22800000 11800e00 11000000 21000000 1017-0000 so11000% 201200000 9-101 000 Datae Hora Figura 4.25 ~ Variagio de massa, ao longo dos ensaios, dos provetes de betao celular revestidos com 2 demios de emuls%o betuminosa do tipo_2 ‘Variagio de Massa [a] Emulsto Betuminesa Tipe_2 (4 demos) m7] 25 - 215 08. 7 ° 22800000 11-8.00000 1.10.00000 21-10.00000 10.11.000:00 0-11.00000 20-12.00000 94.01 000 Data e Hora Figura 4.26 ~ Variagao de massa, ao longo dos ensaios, dos provetes de betio celular revestidos com 4 demaos de emuls%o betuminosa do tipo_2 86 Cancteszasio de Bareins Pis-Vapoce sua Apicagdo Pintura Betuminesa Tipo_1 (2 demios) Vatiagao de Massa [¢) oe | 22-8-00000 11-9.00000 1-10.000:.00 21-10.00000 1017-00000 90-11.00000 20-12-0000 9.01000 Data e Hora JFi grurra 4.27 — Variagao de massa, ao longo dos ensaios, dos provetes de betio celular revestidos com 2 demios de pintura betuminosa do tipo_1 Pintura Betuninosa Tipo_1 (4 demos) 21| Variagao de Massa [g} ot 22-8-000.00 11.9.000.00 1-10-0000 21-10-0000 10-11-0000 20-11-00 200 20-12.00000 9-4.010.00 | Data e Hora Fi grura 4.28 - Variagio de massa, ao longo dos ensaios, dos provetes de betao celular revestidos com 4 demos de pintura betuminosa do tipo Caracterizagio de Baseias Pis-Vapor sa Apliagio 87 Pintura Betuminosa Tipo_2 (2 deméos) ° : : : 1. ae a5 7 ae 21] : aa =e) f> : i a | | 2 —- | ots 22800000 11-8.00000 1-10-000:00 21-10.00000 10-17-000:00 30-11-0000 201200000 401000 | Data ¢ Hora Figura 4.29 - Variag&io de massa, ao longo dos ensaios, dos provetes de beto celular revestidos com 2 demfos de pintura betuminosa do tipo_2 Pintura Betuminosa Tipo_2 (4 demiios) 25 2 3 : ig < gts = a7 7 | : ae ts : 3 ce 05 ye ° mecoovs 14900000 ‘1000000 7-10G0G00 1947-00000 30-1100000 201200000 9101 000 Data ¢ Hora, Figura 4.30 — Variagiio de massa, ao longo dos ensaios, dos provetes de betio celular revestidos com 4 demios de pintura betuminosa do tipo_2 88 (Carscteczago de Barris Péea-Vapor © sun Aplcagto Os dois primeitos grilicos apresentados referem-se aos provetes com valores mais clevados de permedincia ao vapor ~ os provetes de betio celular ¢ os provetes de papel kralt com asfalto, Como se pode observas, nestes casos a variago de massa das tinas foi muito acentuada logo nas primeiras pesigens, pelo que rapidamente se atingiram os limites apresentado anteriormente no § 4.3.4 Facilmente se compreenders que esta variagio foi superior & esperada, pelo que apenas ao fim de clus semanas se reduziu 0 interval entre pesagens, quando ja era tarde para obter resultados validos. Em quase todos os grificos apresentados é possivel identificar uma quebra nas linhas de variagio de massa dos provetes em fungio do tempo, por volta do dia 08/11/2000, altura em que a cimara de ensaio parou por falta de energia, durante a noite, tendo o seu funcionamento ficado interrompido por virias horas. 4.7.2. VALORES OBTIDOS NOS ENSAIOS REALIZADOS 4.7.2.1 ASPECTOS GERAIS Para cada um dos provetes ensaiados indicam-se, de seguida, as caracteristicas de permeabilidade 20 vapor obsidas, de acordo com os principios anteriormente referidos. Excepgao para as amostras de telas betuminosas, pois como se pode observar nos grificos anteriormente apresentados nio foi possivel estabelecer um regime estacionario de difusio de vapor, provavelmente devido & reduzida dimensio das tinas de ensaio, 20 curto intervalo de tempo entre pesagens e &s variagGes da pressio barométrica. Assim, para cada material ou elemento apresentado, indica-se 0 perfodo de medigées considerado, 0 valor médio da pressio barométrica registada pela estagio meteoroldgica da FEUP nesse periodo, a fea util de ensaio, o fluxo de difusio de vapor através dos provetes, com as eventuais correcgies, ¢ as caracteristicas de permeabilidade ao vapor dos provetes, calculadas em fungio de todos estes parimetros. Tentou-se seleccionar 0 perfodo de medigdes de modo a respeitar o critério da prEN ISO 12572 [53], j& mencionado no § 4.4.1.1, que impde que os ensaios sobre um provete sé terminem quando em 5 pesagens consecutivas a variaggo de massa em fungio do tempo, excluindo a pesagem inicial, se mantiver num intervalo de +5% relativamente ao valor médio. Contudo, nio foi possivel respeitar este critério para todos os provetes, quer porque se atingiu prematuramente o limite de adsorcio de gua permitido (como foi 0 caso dos provetes de betio celular e de papel kraft com asfalto), quer devido ao problema da paragem da cdmara de ensaio, que se registou no dia 08/11/2000. Face a estas dificuldades, fizeram-se as seguintes opgées: + Provetes com elevada permedncia, nomeadamente os provetes de beto celular sem revestimento ¢ os proveres de papel kraft com asfalto: nestes casos consideraram-se Cuneta de Barca Pir. Vapor su Apso 89 apenas as -medigdes electuadas até se atingirem, aproximadamente, os limites. de adsorgio de humidade releridos no § 4.3.4 - 954 € 66g, respectivamente, com excepto da pe’ I. Determinaram-se os valores do fluxo de difasio de vapor dle Agua (G) entre pesagens consecutivas, para o interva correspondente valor médio, a partir do qual se determinaram as caracteristicas de sagem inici lo estabelecido, ¢ calculou-se o permeabilidade a0 vapor do provete + Provetes em que, apesar de se estabelecer uma cozrente de difusio de vapor mais ou menos estaciondria, as perturbagdes provocadas pela paragem da cimara de ensaios rio permitirum obter 5 pesagens consecutivas em que a variagio de massa em funcio do tempo, excluindo a pesagem inicial, se mantivesse num intervalo de 5% relativamente ao valor médio: para estes casos consideraram-se apenas as medigées efectuadas até ao dia 08/11/2000, com excepgio das pesagens iniciais, antes de se instalar a corrente estacionaria de difusio. Com estes valores determinaram-se os valores do fluxo de difusio de vapor de Agua (G) entre pesagens consecutivas, para 0 intervalo estabelecido, e calculou-se também o correspondente valor médio, a partir do ual se determinaram os restantes parimetros. + Provetes em que foi possivel obter 5 pesagens consecutivas em que a variagio de ‘massa em fungio do tempo, excluindo a pesagem inicial, se mantivesse num intervalo de +5% relativamente ao valor médio, antes do dia 08/11/2000: nestes casos o valor médio do fluxo de difusio de vapor (G) foi apenas determinado com as 5 pesagens referidas. A influéncia da resisténcia das camadas de ar (ver § 4.6.2) apenas foi determinada nos provetes de betio celular, pois foram os tinicos cuja espessura da camada de ar de difusio equivalence (S,) fo inferior a 0,2 m. O efeio da drea de selagem (ver § 4.6.3) apenas é significativo no caso dos provetes de betio celular com ou sem revestimento, uma vez que para a generalidade dos restantes provetes a espessura é muito reduzida. De qualquer modo apresenta-se também este efeito nos provetes de membranas € folhas, utlizando valores de espessura aproximados, cuja determinacio nfo foi posstvel de efectuar com grande precisio. Refira-se que para os provetes do tipo folha ou membrana, o efeito da rea de selagem no ultrapassou os 0,3% em nenhum caso. Nos proveres de betio celular revestidos desprezou-se a espessura do revestimento, tendo-se considerado apenas a espessura do suporte em betio, na determinacio do efeito da drea de selagem. Nos casos em que se considerou este efeito da frea de selagem, uma vez. que a Area til superior & diferente da drea dil inferior, utilizaram-se 0s parlimetros relativos & média entre estes dois valores, nomeadamente a espessura (b) da area de selagem e 0 diimetro hidréulico (6), a utilizar na expressio (4.13). 90 CCarcariagio de Barer PiraVapore sus Aplicsglo Em alguns casos, no se dispdem de valores da pressio barométrica durante © periodo de medigbes © valor médio da semana considerado na obtengio dos resultados, tendo-se optado por consid ‘minnaranese os respectives mais prosima. Com estes valores médios da pressio barométrica det valores do coeliciente de permeabilidade ao vapor de gua do ar (7,), através das expressbes apresentadas no § 2.2.5.1 e considerando uma temperatura de 23 °C. Ogradiente de pressio de vapor a que todos os provetes foram submetidos é dado por: HES hee 17209628 (252) .c10s & : 100 } = 1403,9 Pa (4.14) 4.7.2.2 RESULTADOS DOS PROVETES DE BETAO CELULAR + Perfado de medigdes considerado: 29/08/2000 a 10/09/2000 + Valor médio da pressio baromiétrica: 101 053 Pa. Este valor corresponde & média dos valores horirios registados entre as 10 horas do dia 12/09/2000 e as 9 horas do dia 19/09/2000, inclusive (relativos & semana mais préxima) + Mh, = 195,83x10" ke/(msPa) + Didmetro util de ensaio: 77,7 mm = (76,2+79,2)/2 + Area titil de ensaio: 47,4 cm? + Didmetro hidraulico: $ = 0,0777 m + Face & acentuada variacio de peso inicial do provete n.°4, nfo se consideraram os seus resultados. Admite-se que tenha havido algum erro na pesagem inicial. Quadro 4.8 - Caracteristicas de permeabilidade a0 vapor dos provetes de betio celular G &_[Espessura|Didmetro| 6 a a tke/s}_[tkg/(m2s)y| fmm) _| Li =| fee/(ms*s)] ‘Betio [5 [6,248E-09| 1,3188-06] 12,7125 0,007395 | 1,1391 | 1,501E-06 Celular J's [6,1218-09| 1,2918-06] 14,885 0,008103 | 11612 | 1,499E-06 Provete Pe Sy Re Raw x kt Provete [kg/(m?s-Pa)] om] _| [m*sPa/kg] | ke/(ms-Pa)) | Ed Betio 5] 1,0690E-09 0,183181 | 874139013,3 | 14,543E-12 13,47 Celular | i 1,0678E-09 0,18339_| 875202501,5 | _17,007E-12 11,51 Média | 15,775E-12 249 1 Ccterzagio de Bares Pira-Vapore sua Aplicgio O valor médio do coeliciente de permeabilidade a vapor (x) sert utilizado na determinagio das caracteristicas de permeabilidade a0. vapor das peliculas de revestimento, em que © betio celular serviu de suport. Se atendermos aos valores que sio apresentados no Anexo II, os valores obtidos nos ensaios situam: se no limite inferior dos valores indicadlos em bibliografia da especialidade para o betio celular 47.2.3 RESULTADOS DOS PROVETES DE EMULSAO BETUMINOSA TIPO_1 Perfodo de medigdes considerado: 26/09/2000 a 02/11/2000 Valor médio da pressio barométrica: 101 277 Pa. Este valor corresponde 4 média dos valores horarios registados entre as 16 horas do dia 26/09/2000 e as 24 horas do dia 03/10/2000, inclusive, + y= 195,39x10" kg/(m-s-Pa) + Didmetro til de ensaio: 77,7 mm = (76,2+79,2)/2 + Area til de ensaio: 47,4 cm? + Diimetro hidréulico: $ = 0,077 m Quadro 4.9 - Caracteristicas de permeabilidade ao vapor dos provetes de beto celular revestidos com emulsio betuminosa tipo_1 G 8 Espessura [Ditmewo] Provete | oe ike/s] [kg/(m?s)] | [mm] [mm] (ma) 6 | 2891E-10 | 6,096E-08 | 12,520 | 93,910 | 0,008105 Emulsio 1/9 | 4,193E-10 | 88448-08 | 13,298 | 93,740 | 0,008020 24[ 481E-10 | 9,4498-08 [13,085 | 93,845 | Ocoso73 | 71,1439 | 1,0818-07 Pet | Siroat | Rawpne | Pemveninno [Sirecrineno| Penaia | Sima Eeg/(oe-s Pall} [on] _| {oes Parkg]]tkg/(mesP2)]] —_{m) 4945E-11 | 3,952 [793651449,6] 51,408E-12 | 3,796 Emulsio_t[ 9 | 7,220B-11 | 2,706 |842937711,7| 76,879E-12 | 2,542 | 70,194E-12 | 2,90 24) 7,7008-11 | 2,538 |827565469,2] 82,235E-12 | 2,376 | Provete Os valores do provete n.°6 sto significativamente diferentes dos valores dos outros 2 provetes, 0 que seria de esperar pois a massa de revestimento aplicada também foi significativamente superior no provete n.° 6, conforme se mostrou no Quadro 4. 92 (Carcteriacio de Barris Pir-Vapore sua Apliisio ULSAO BETUMINOSA TIPO_2 4.7.24 RESULTADOS DOS PROVETES DEE + Perfodo de medigées considerado: 12/09/2000 a 26/10/2000 - para os provetes n." 11, 26 13 12/09/2000 a 18/10/2000 ~ para os provewes n.* 14 @ 15 12/09/2000 a 02/11/2000 - para o provete n.° 16 Valor médio da pressio barométrica: 101 148 Pa, Este valor corresponde i média dos valores horirios registados entre as 16 horas do dia 12/09/2000 e as 24 horas do dia 03/10/2000, inclusive. +m, = 195,64x10" ke/(nsPa) + Diieteo til de ensaio: 77,7 mm = (76,2-+79,2)/2 + Area til de ensaio: 47,4 cm? + Diimetro hidréulico: $ = 0,0777 m Quadro 4.10 ~ Caracteristicas de permeabilidade ao vapor dos provetes de betio celular revestidos com emulsio betuminosa tipo_2 os G | Espessura | Ditmewo | _b u/s Bes Okg/s] | fkg/(m?s)}] [mm] [mm] (m) : [kg/(m*s)] = | 1 | 2,6088-10 | 5,501E-08 | 12,793 | 93,850 | 0008075 | 11414 | 6,279E-08 eat 12_| 1,293B-10 | 2,727E-08 | 12,753 | 93,850 | 0.008075 | 1,1410 | 3,112E-08 15_| 2,0248-10 | 4,269.08 | 12,513 | 93,760 | 0.008030 | _1,1385 | 4,860.08 “14 | 42718-10 | 9,008E-08 | 13055 | 93,815 | 0.008058 | 1,1439 | 1,030) io 15 | 2,5868-10 | 5,455E-08 | 13,078 | 93,785 | 0.008043 | 11441 | 6,241E-08 16 | 1,0868-10 | 2,291B-08 | 12908 | 93,735 | 008018 | 1,424 | 2,617E-08 Peeevesisnens [Sd revesiemensa| Perridia | Suda Perot SuLroul (kg/(n'sPa)]] (m]_| [ome sPa/kg] |ke/(m*sPa)]) (im) __[kg/(m?sPa)]_ [ml] Emulsio 2} 21] #472Et1 | 4975 | 8109254128 | 46,406E-12 | 4,216 i “Pia | 2.217611 | 3,827 [8083897852 | 22,570R-12 | 8,668 | 34,857E-12] 6,13 Provete (2) 13 | 3.4628-11 | 5,651 | 793176019,4 | 35,5968-12 | 5,496 3 14 | 7,340E-11 | 2,666 | 827565469,2 | 78,141E-12 | 2,504 | ea)” | 15 | AM4SEL [4.401 | 9289917597 | 4615412 | 4,239 | 47,7412 | 5,09 16 | 1,8648-11 | 10,496 | 818215342,3 | 18,9298-12 | 10,335 As diferencas de resultados entre os diferentes provetes sio bastante acentuadas, em particular nos provetes em que a quantidade de revestimento aplicada foi mais elevada. 93 (Canceriacia de Baris Pirs-Vapor sun Aplicagia 4.7.2.5 RESULTADOS DOS PROVETES DE PINTURA BETUMINOSA‘TIPO_I + Perfodo de medigées considerado: 29/08/2000 a 26/09/2000 - para os provetes a." Le 2 19/09/2000 a 26/10/2000 - para o provete n° 3 12/09/2000 a 02/11/2000 ~ para os provetes n." 26 ¢ 27 + Valores médios da pressio barométrica: para cada provete indicam-se, no Quadro 4.L1, os respectivos valores, que foram determinados de acordo com os principios referidos anteriormente. + Ditmetro itil de ensaio: 77,7 mm = (76,2+79,2)/2 + Area titil de ensaio: 47,4 cm? + Didmetro hidriulico: $ = 0,0777 m. Quadro 4.11 - Caracteristicas de permeabilidade ao vapor dos provetes de betio celular revestidos com pintura betuminosa tipo_1 c fe ee ee eee Prove ie “like ae Gee/s) [tegen] mm} | fmm] | tm) | - [tee emesy]} (Pad Pre ensP 1_| 3,285E-10 [6,928E-08] 11,955 | 93,955 f,008129 1,1331 |7,850E-08 | 101086] 1,95768-10} 2_| 23248-10 |4,9028-08 | 14,043 | 93,715 (008008 1,1532 |5,6538-08 | 101086] 1,95768-10] 3_[3,7048-10 |7,812E-08 | 12,600 | 93,915 f,008107 1,1395 |8,902E-08 | 101272], 9540E-10| IPincura_1] 26 [ 1,032E-10 [2,176E-08] 12,930 | 93,745 008023] 1,1426 |2,486E-08]| 101148 6&4) [a7 | a,tosb-10 [2325808 | 13,378 | 93,770 ,008085 1,1470 |2,667E-08 | or148 [Pineura_t} 2° sopone Perevesimeno [Serevenimentol _Pemisin | Sd.miie Pena | Stout Ueg/(one-s Pali] Cm) | tes Pa/hgh |ikg/(m?sPa)}] om) |fkg/(emesPa)]] Lm) : 1 | 5928-11 [3501 | 7578357092 | 58,389E12 | 3,353 Pasa [ aoakat | 4862 | s901037764 | ai,7eaB-12 | 4,687 | $5,648E-12 | 366 Provete 2 - 3 | 63eip-i1 | 3,082 | 7987227048 | 66,791E-12 | 2,926 | [Pincura_ i7aie-t1 | 11049 | 6196416328 | 7.968812 [10,889 |, Oo) | an (4) 1,900E-11 | 10,299 | 848008967,0 | 19,308B-12 | 10,133 : : 47.2.6 RESULTADOS DOS PROVETES DE PINTURA BETUMINOSA TIPO_2 + Perfodo de medigées considerado: 26/09/2000 a 02/11/2000 ~ para os provetes n.* 19, 20 ¢ 21 12/09/2000 a 18/10/2000 ~ para os provetes n. 17, 18 € 22 94 Caraserzaio de Barris PirsVapor e su Apliasio + Valores médios da pression barométrica: para cada provete indicanese, no Quadro 4.12, os respectivos valores, que foram deteminidos de acordo com os principios releridos anteriormente + Ditmerto til de ensaio: 77,7 mm = (76,2479,2)/2 + Area til de ensaio: 47,4 cm" + Diimetro hidriulico: $ = 0,0777 m Quadro 4.12 - Caracteristicas de permeabilidade ao vapor dos provetes de betao celular revestidos com pintura betuminosa tipo_2 G z [Exo b [ew/e[ em | P Te, di Oke/s]_|fkg/(m?-s)]} (mm) | [mm] | [m)] = _|tke/(m2s)}| [Pal |tke/(mrs-Pa)] z 20 | 2,028E-10] 4,278-08 | 12,883] 93,635 | 0.007967 |1,1420| 4,885E-08 [101277 Poesy [at 3.a70E- 10] 7.9318-08 | 19,053] 93.915 | ce8to [1.1440] 8 3865-08 01277 22 | 5,792E-10] 1,2218-07 | 12,198 | 93,840] 0,008070 |1,1354] 1,387E-07 |101148| 17 |1,693E-10] 3,57E-08 | 12,683 | 93,885 | 0.008092 1,1403] 4,072E-08 [101148] 1.9564 rej [1S | 586E-10] 3456-05 [11,848 | 95,940 | 0008120 | 1.1520] 3787-08 [101148] 1.95646-10 19 |2,0718-10] 4,3678-08 | 12,908] 93,855 | 0,008078 |1,1425] 4,990E-08 [101277] 1,9539E-10 Provere Perceat Sasoet | Rasupone | Pereresimenro | Sé_revesimenso. Pensicis Satis (kg/(or?s-Pa)) | (om]_fim?sPa/kg] Ohg/(m?s Pa))| fm] _| teg/(m*sPa)j|_[m 3480E-11 | 5,616 (816630575, 35,813E-12 S,974E-11_| 3,271 (827406992,4| 62,841E-12 2] _9,879E-11_| 1,980 )73207951,8| _106,96E-12 ' T | 2000E-11 | 6746 (803952436,8) 29,694E-12 eae 18 | _2,697E-11_| 7,253 |751021210,)_27,532E-12 19 | 3554E-11 '§18215342,3) 36,606E-12 Provete Pintura, (2) 68,537E-12 | 3,46 31278E-12 | 6,34 4.7.2.7 RESULTADOS DOS PROVETES DE PAPEL KRAFT COM ASFALTO. + Perfodo de medigdes considerado: 29/08/2000 a 26/09/2000 Valor médio da pressio barométrica: 101 088 Pa. Este valor corresponde 4 média dos valores horarios registados entre as 10 horas do dia 12/09/2000 e as 18 horas do dia 26/09/2000, inclusive. + y= 195,76x10" ke/(mvs:Pa) + Didmetro duil de ensaio: 71,9 mm 95 CCecerzago de Barns Pir Vapor a Apiasio + Area titil de ensaio: 40,6 em" + Diimetro hidetulico: § = 0.0719 m Quadro 4.13 - Caractert as de permeabilidade ao vapor dos provetes de papel kraft com asfalto G 8 E tke/s}_|tg/(ors)}] fmm] | fmm) [m] = _| tkg/(en*s)) 2,338E-09 | 5,759E-07 | 0,100 | 108,615 | 9018358 | 1,0012 | 5,7668-07 2,547E-09 | 6272E-07 | 0,100 _| 107,570 | 0,017835 | 1,012 _| 6,280E-07 2,3948-09 | 5,897E-07] 0,100 | 108,095 | 0018098 | 1,012 _| 5,904B-07 pessura | Ditmetro] __b tn/e es Provete Papel kraft ‘com asfalto Pe Su Penis Supie Provere = [kg/(m?-sPa)] (m) Okg/(m2-s-Pa)) (ma) : 33] 410,71E-12 0477 eae 447,30E-12 0,438 426,19E-12 045992 ae: 420,57E-12 0,465 Estes valores devem ser analisados com alguma reserva, pois como foi ji referido nfo foram dleterminados com um conjunto de medigdes adequado. 4.7.2.8 RESULTADOS DOS PROVETES DE PAPEL KRAFT. COM ALUMINIO + Perlodo de medigdes considerado: 07/09/2000 a 10/10/2000 - para o provete n° 36 26/09/2000 a 02/11/2000 - para o provete n.° 37 12/09/2000 a 18/10/2000 - para o provete n.° 38 + Valores médios da pressio barométrica: para cada provete indicam-se, no Quadro 4.14, os respectivos valores, que foram determinados de acordo com os principios referidos anteriormente, + Didmetro itil de ensaio: 71,9 mm + Area itil de ensaio: 40,6 em? + Didmetro hidréulico: $ = 0,0719 m 96 CCancteriasio de Bares Pirs-Vapore sua Aplcagio Quadro 4.14 - Caracteristicas de permeabilidade ao vapor dos provetes de papel kraft com aluminio Provete feg/m9) _|tke/tmeg] T & Papel kraft com aluminio| [295-08 2,371E-08 G1SOE-11 [1,522.08 108,005 BR Tar Pe Su Peis Provete —}—— 7 7— (Pa) | xg Pay) | thg/(mesPa)} |__| fke/(m?s-Pa)] Papel haf 22| 101146” [1,9565E-10 | 17,797228-12 |” 10,993 confaluminio| 37 |_101276 [_1,9540E-10" | 16,9104E-12 [11,554 | 15,188E-12 | 13,524 38] 101149 | 1,95648-10_ | 10,85448E-12 | 18,024 4.7.2.9 RESULTADOS DOS PROVETES DE FOLHA DE ALUMINIO + Periodo de medigées considerado: 12/09/2000 a 02/11/2000 ~ para os provetes n.* 39 e 40 26/09/2000 a 02/11/2000 ~ para o provete n.° 41 + Valores médios da pressio barométrica: para cada provete indicam-se, no Quadro 4.15, os respectivos valores, que foram determinados de acordo com os principios referidos anteriormente, + Didmetro titil de ensaio: 71,9 mm. + Area itil de ensaio: 40,6 cm? + Didmetro hidriulico: $ 0,0719 m Quadro 4.15 - Caracteristicas de permeabilidade ao vapor dos provetes de folha de aluminio (Caseverizagio de Barris Pix Vapor e sun Aplicagio Gls Espessura | Diimetro b Be! 8 ine Provete Oke/s) | tkg/(m?s)] | _ [mm] [mm] [m] =__| fkg/(m?s)} Lel(mes)) Folha de 39 | 6,173E-11 | 1,520E-08 0,120, 108,020 | 0,018060/ 1,015. 1,522E-08 Aluminio | 40 | 6085E-11 | 1,499E-08 | 0,120 | 107,625 [0,017863| 1,0015__| 1,501E-.08 41 | 7,229E-11 | 1,780E-08 0,120 | 107,450_|0,017775 | _1,0015 1,783E-08 Py Te Pe Su Pena Siti Provete eee Pal_| thg/(ms-Pa)) | fg/(mesPa)) | m)_| the/tm?-s Pa) | i) Folha de 39 101149 1,9564E-10 10,84E-12 18,040 ‘Aluminio 40 101149 1,9564E-10 10,69E-12 18,301 11,412E-12 17,242 AL 101276 1,9540E-10 12,70E-12 15,385, 7 47.2.10 RESULTADOS DOS PROVETES DE FOLMA DE POLIETILENO. + Periodo de medigSes considerado: 12/09/2000 a 02/11/2000 Valor médio da presstio barométrica: 101 149 Pa. Este valor corresponde 4 média dos valores ados entre as 17 horas do dia 12/09/2000 e as 24 horas do dia 03/10/2000, horirios re inclusive +1, = 195,64%10" ke/(mvs-Pa) + Diimetro til de ensaio: 71,9 mm + Area titil de ensaio: 40,6 cm? + Didmetro hidraulico: $ = 0,0719 m Quadro 4.16 ~ Caracteristicas de permeabilidade ao vapor dos provetes de folha de polietileno G | Espessura| Ditmero |b | Sm/B Bm Provee “J Oke/s]_ | tke/(mes)] | fmm) fmm] | fx zs Eke/(m?-s)} thade [20] 2889611 | o9one-09 | 0.230 [107,705 [01790 | 10008 | 7118-09 Peterte’s| 3t_| 37008-11 | 9,112E-09 | _o240_| 107,110 [0.017605] 1,0029 | 9396-09 32_| 3,0258-11 | 7450-09 | 0,230 | 108,260 [0.018180] 1,0028 | 7,471E-09 Pe I Se Pensin | ___ Sian Provee — |-— a Ukg/(en?-s Pa] (m) (ke/(m?-s-Pa)] (m) Thade 1 4,994E-12 39,175 eens al 6510-12, 30,054 5,6084E-12 35,331 [32 5,322E-12 36,764 | | 47.241 RESUMO DOS RESULTADOS FINAIS Nos quadros seguintes apresentam-se os resultados finais das caracteristicas de permeabilidade 20 vapor dos materiais que foram enstiados ¢ que podem desempenhar a fungio de barreira para vapor. Refirase contudo que, apesar de também se apresentarem os resultados obtidos nos ensaios dos provetes de papel kraft com asfalto, nenhum deles se enquadra na classificagio de barreiras pacasvapor que foi apzesentada no § 3.4. Para cada um dos materiais ensaiados, referem-se os valores da permedncia 20 vapor (Pe) ¢ da espessura da camada de ar de difusio equivalente (8), para cada um dos provetes ensaiados e os 98 (erasing de Baris Pie Vapore sua Apiapto valores médios correspondentes. Apresenta-se também a classe de barreiras par pertence cada um desses vapor a que materiais, determinada com base na classificagio que se apresentou no § 34, para os valores médios dos diferentes provetes de cada material. Refira-se, no entanto, que ent alguns casos a classificago apresentada nio foi abtida por todos os provetes ensaiados, Quadro 4.17 - Caracteristicas de permeabilidade ao vapor das peliculas de revestimento ensaindas ae Pe Sa | Pe mata Sumein_|Classificagao| Ukg/(m's-Pa)}| Eon] _|feg/(m’s-Pa)]} tm] _| (ver $34) 6 | si4cexio" | 3,796 Emulsiot [9 | 76879x10" | 2542 | 70,194x10% | 2,90 El 24 | 9223510" | 2,376 u 46,406x 10? 4,216 eae 12 | 22,570x10% | 8,668 | 34,857x10" 6,13 E2? B | 3559610" | 5496 14 78,141x107 2,504 reps 1 | 46as4x10" | 4239 | 47zixt0” | 5,69 E2» 16 18,929x10 10,335 1 | sessoxio” | 3353 | ae 2 | atzoaxio” | 4687 | 55,o48x10" 3,66 El 3 | cerenao™ | 2926 sos = Uieeeaills O81 igossx10" | 105 £2 19,308x10 10,133 20 35,813x10 5,456 i = Peas 2 62,841x10 3,109 68,537 10" 346 E1? 2 106,96x10" 1,829) 29,694x10"" 6,589 : are [assxio® [7106 | sizzexio” | 634 E2 » | s6g0e10" | 5338 2) Oprovere n° 11 apenas obteve a cla b) Apenas 0 provete n.° 16 obteve a classificacio E2, enquanto que os'restantes pertencem & classe El; ©) Oprovere n.° 20 obteve a classificacao E2. Cancrvzago de Barras Plea Vapor ua Apicasio 9 neabilidade ao vapor das folhas e membranas ensaiadas Quadro 4.18 ~ Caracteristicas de pe 1_[Classificacio Provete _—— [kg/(m’-s-Pa)}) m]_[tkg/(m’s-Pa)]} fm) | (ver § 3.4) : [33 | stozixto® | 0477 : Papel kraft ~ ~ comasfalto {24 | 447,30x10" | 0,438 | 426,910" | 0,460 35 | 420,57x10" 0,465 36 | 1780x190" | 10,993 ae Papel kraft | 37 16,91x10 11,554 | 1518810" | 13,524 E2 com aluminio 38 10,8510" 18,024 39 | 1og4x10" | 18,040 ee 40 | to¢9xi0* | 18,301 | s14tzxi0® | 17,242 E2 41 12,70x10" | 15,385 30 4,994x10" 39,175 Folhade |S 1 esiox10" | 30,054 5,6084x10" | 35,331 3 Polietileno 32 5,322x10? 36,764 100 Garett de Bancirs Pia Vaporeon Aplicagio 5, REGRAS DE CONCEPGAO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS FACE AO PROBLEMA DAS CONDENSAGOES INTERNAS 51 CRITERIOS GERAIS DE CONCEPGAO 5.1 INFLUENCIA DO CLIMA Tal como se referiu no § 2, o clima interior dos edificios € as condigdes climéticas exteriores determinam os gradientes de pressio de vapor de gua a que se encontra submetida a sua envolvente, que por sua vez condicionam o fluxo de difusio de vapor através dos elementos que @ compéem. As diferencas de pressio de vapor de Sgua entre o ambiente interior dos edificios e © exterior variam em fungio do tipo de utilizagio dos edificios, existindo um parimetro designado de higcometria (ver § 2.2.4.3) que permite a sua caracterizagio. 3 cuidados a ter na concepgio dos edifcios face & difusio de vapor de Agua e as condensagdes internas dependerio da higrometria dos locais. De uma forma geral, pode afirmar-se que: + Para edificios com fraca higrometria nfo é necessério tomar grandes precaucdes relativamente a0 problema da difusio de vapor, pois a probabilidade de ocorréncia de condensagées internas é reduzida; «Para edificios com média ou forte higrometria exiscem regras de concepsio para diferentes tipos de elementos construtivos, em fungio da resisténcia térmica ¢ da resisténcia & difusio de vapor de agua das diferentes camadas que os compoem; + Para edificios com muito forte higrometria, ou para elementos construtivos nio tradicionais, é necessdrio proceder a um estudo aprofundado para avaliar 0s riscos de ocorréncia de condensagdes, recorrendo, para tal, a modelos de simulagio e a experimentacio. Este tipo de estudos é também recomendado para edificios com higrometria média ou forte Refira-se que em zonas particulares dos edificios onde haja elevada produgio de humidade, como por exemplo nas cozinhas ou instalagbes sanitévias, essa humidade deverd ser extraida na fonre, através de meios de ventilagio adequados, para evitar a sua transferéncia para dreas mais sensiveis da construgio, 5.1.2 IMPORTANCIA DO POSICIONAMENTO DAS CAMADAS A resisténcia & difusio de vapor Sgua das camadas deveri diminuir progressivamente do interior para o exterior de um elemento construtivo (admitindo que o fluxo de vapor se verifica do interior para o exterior ~ situacio de Inverno). Mais especificamente, os componentes com elevada resisténcia & difusio de vapor (como & 0 caso das barreiras pira-vapor) deverio ser aplicados pelo interior das (Carceszagio de Barscs Pre-Vapore sun Apiagio lado quente” do elemento construtivo), enquanto que pelo componentes de reduzida madas de isolamento térmico (0 exterior (0 “kdo frio” do elemento construtivo) se deverio aplic: resisténcia A difusio de vapor. Uma regra referidla pela BSI [17] como primeira aproximagio para concepgio de paredes, mas que se adapta a outros elementos construtives, consiste em garantir que © somatétio da resisténcia & difusio de vapor das camadas situadas pelo interior da camada de isolamento térmico seja, pelo menos, 5 vezes superior a0 das camadas que se situam pelo exterior, a Para exemplificar, considere-se um elemento compost por apenas duas camadas (camada 1 e camada 2) com a mesma resist@ncia térmica, tendo a camada 1 uma resistencia & difusio de vapor mais clevada que a camada 2. Se a camada 1 for colocada pelo interior da camada 2 (Figura 5.1 a esquerda), a “curva” das pressdes de saruracio ter “tendéncia a afastar-se” da “curva” das presses instaladas. Se, pelo contririo, a camada 1 for colocada pelo exterior da camada2 (Figura 5.1 4 direita), a “curva” das presses de saturagio “terd tendéncia a aproximar-se e a intersectar” a “curva” das presses instaladas, originando condensagées. E também vantajoso, do ponto de vista da difusto de vapor, que as camadas com maior resistencia térmica sejam colocadas pelo exterior das camadas menos isolantes, pois a “curva” das presses de saturagio (que acompanha o desenvolvimento da “curva” das temperaturas instaladas) ficard mais afastada da “curva” das presses instaladas. ®O Figura 5.1 - Importncia das propriedades higrotérmicas das camadas e do seu posicionamento, face ao problema das condensagdes internas Refira-se que, nas situagdes em que o fhuxo de difusio de vapor pode ocorrer em sentido contrario 30 normal, 0 problema do posicionamento relative das camadas assume uma importincia acrescida, uma vez que a situagio mais vantajosa para o fluxo num determinado sentido acaba por ser a menos adequada quando o fluxo se verifica em sentido contrétio, 102 oy (Coracterza de Baris Pies Vapor e sua Agliasio ‘A titulo de exemplo, uma batreita péra-vapor colocada pelo interior da camada de isolamento térmico de uma parede reduz os riscos de ocorréncia de condensacées internas quando o fluxo de vapor se di do interior para o exterior, pois esti colocada do “lado quente” do elemento construtivo, No entanto, quando o sentido do fluxo se inverte esta barreira passa a encontrar-se do “ado frio” do elemento construtivo, aumentando os siscos de ocorréncia de “condensagdes de Verio” (ji explicadas no § 2.1), 0 que poderé inclusivamente tornar nfo aconselhavel a sua utilizagio, do ponto de vista do comportamento global do elemento. Uma situagio em que sio comuns os fuxos de vapor de égua em sentido inverso 20 normal verifica~ se durante a secagem da humidade de construgio. Por esta razo, a aplicagio de camadas com muito pouca permeabilidade apenas se deveré efectuat apés estarem reunidas as condigdes para a secagem do elemento. Outra recomendagio importante referente ao posicionamento selativo das camadas dos elementos construtivos face & difusio de vapor de agua é a de que deve evitar-se a aplicagio de componentes pouco permeaveis em planos distintos do elemento construtivo, na medida em que a humidade que possa atingir 0 espaco intermédio tem muitas dificuldades de secagem. Uma situagio deste tipo verifica-se nas coberturas em tertago tradicionais (Figura 5.2), em que a camada de isolamento térmico é aplicada sob a impermeabilizacio, exigindo normalmente a aplicacio de uma batreira pira-vapor sob o isolamento térmico, barreira essa que dificulta a secagem de qualquer humidade das camadas sobrejacentes (superiotes). Figura 5.2 - Cobertura em terrago tradicional Refira-se que as barteiras “inteligentes” permitem contomar este problema, na medida em que permitem a secagem da humidade que se deposite na camad de isolamento, assim que as condigbes climéticas sejam propicias, conforme foi jé explicado no § 3:3. 103 Carcezugo de Barc Pie-Vapor es Aplcacio 5.4.3 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS COMESPAGOS DEAR 5.13.1 ESPAGODE AR NAO VENTILADO Os espacos de ar nio ventilados de elementos construtivos constitem uma camada com uma clevada permeabilidade ao vapor e com uma resisténcia térmica que, tal como se pode constatar no Anexo VI do ROCTE [93], varia entre os 0,14 ¢ 0s 0, 17 m*°C/W, no caso das paredes (fhuxo horizontal), e entre os 0,13 ¢ 0s 0, 21 m?°C/W, no caso de coberturas e pavimentos (fluxo vertical), em fungio da sua espessura. Deste modo, e tal como foi jé analisado no §5.1.2, para diminuir os riscos de ocorréncia de condensag6es internas é necessério que estes espacos de ar se situem do lado da ambincia mais fria relativamente &s camadas de isolamento térmico, uma vez que a sua resisténcia 3 difusio de vapor de agua é bastante baixa. 5.1.3.2 ESPAGODE AR ABERTO PARA O AMBIENTE INTERIOR Apesar de nfo ser uma situagio muito corrente, existem elementos construtivos com aberturas do espaco de ar para o ambiente interior ou com o pano interior bastante permedvel ao ar (por exemplo devido a perfuragées), em que a camada de isolamento térmico se situa pelo exterior do espago de a, estas situagGes, a anilise do risco de ocorréncia de condensagées internas deverd ser efectuada de modo a que 0 espago de ar ¢ as camadas mais interiores sejam consideradas no célculo das temperaturas instaladas e das respectivas presses de saturagio (contabilizando a sua resisténcia térmica), ¢ sejam ignoradas na determinaco das presses instaladas, resultando numa pressio parcial de vapor de 4gua no espago de ar igual & do ambiente interior. 5.1.3.3 ESPAGODE AR ABERTO PARA O AMBIENTE EXTERIOR Nos elementos construtivos em que as camadas situadas pelo exterior do isolamento térmico sio pouco permeiveis a0 vapor, recomenda-se a criagio de espacos de ar ventilados, por forma a permitir a répida secagem da humidade de condensacio que se possa acumular nessa zona. Os espagos de ar no interior dos elementos construtivos onde se possa verificar a acumulagio de hhumidade (ao s6 resultado de condensagées internas mas também com outras origens) deverio ser ventilados para o ambiente exterior, Assim, estes espagos deverio situar-se pelo exterior das camadas de isolamento térmico, por forma a nfo comprometer o seu desempenho devido & redugo da resisténcia térmica do elemento construtivo, que seria originada pela entrada de ar exterior na face interior da camada de isolamento. ae (Caracerizago de Bareiras Pir Vapor esua Aplcagio de entrada e saida de ar deverio estar afastadas e posicionadas de forma a que 0 ar seja obrigndo a percorrer a totalidade do espago (vemtilagio erwzada). Assim, & vantajoso que as aberturas sejam realfzadas a0 longo do maior lado da superficie do elemento construtivo e de uma forma o mais continua possivel, de modo a evitar a existéncia de bolsas de ar estagnado. Deve garantir-se que as aberturas de ventilagio ntfo venham a ser bloqueadas por pé, tinta, gelo, etc, e que mio é permitida a entrada de pissaros, grandes insectos, chuva ou neve. Uma rede com malha nominal de 4mm permite cumprir estes requisitos sem oferecer uma grande resist@ncia & passagem dear [17]. E ainda necessirio prestar particular atengio aos pontos singulares do elemento construtivo, verificando se as secgdes minimas de ventilagio so asseguradas em todos os pontos do elemento 5.14 CONDENSAGOES DESPREZAVEIS Apesar dos efeitos prejudiciais que as condensagdes intemas tém nos elementos construtivos, & vilido aceitar que em determinadas circunstincias estas possam ocorrer, desde que nfo afectem a durabilidade , de forma significativa, o desempenho dos materiais e que possam ser facilmente eliminadas pelo processo natural de secagem (ver § 2.3.5). Por exemplo, uma parede em alvenaria de blocos de betio tem capacidade para armazenar uma quantidade significativa de humidade, Se um pano deste tipo for utilizado numa parede exterior, admite-se que possa ocorrer alguma condensagio na sua espessura, desde que nfo existam entraves & sua secagem normal Deste ponto de vista é extremamente importante atender 4 temperatura da zona de ocorténcia de condensages, pois se 0 seu valor for negativo as condensagdes ocorrem na forma de gelo, nto podendo ser absorvidas pelo elemento construtivo, o que acarreta dificuldades acrescidas de secagem, em particular se os perlodos de temperaturas negativas forem prolongados Um outro critério referido em alguma bibliografia consiste em limitar as condensagées a valores que rio provoquem uma redugo da resistencia térmica da camada de isolamento superior a 10% isto é: Rages? 09 Rig 6.) Em resumo, pode referir-se que: + Nas situagées em que a presenca de humidade origina degradacio no elemento construtivo, deve garantir-se que a sua constituigio permite evitar a ocorréncia de condensagées internas; eset de Batis Pics Vapore su Algo ie fo poe em Nas situagdes em que a eventual ocorréncia de condensagdes internas causa a durabilidade do elemento constnutivo e seus componentes ¢ nio alecta de forma significativa o desempenho dos materiais, entio admite-se que possam ocorrer condensagdes, desde que se mantenham em valores limitados e que seja assegurada a sua secagen ao longo de um ciclo climatico. 5.2. REGRAS DE CONCEPCAO DE PAREDES 5.2.1 PAREDES DUPLAS Tal como se havia referido no § 5.12, a BSI [17] indica, como primeira aproximagio para a concepgio de paredes, que o somatério da resisténcia & difusio de vapor das camadas situadas pelo interior da camada de isolamento térmico deve ser, pelo menos, 5 vezes superior a0 das camadas que se situam pelo exterior. Na bibliografia francesa, nomeadamente do CSTB ((15], [23] ¢ (39), existe um conjunto de regras para concepcio de paredes face & difusto de vapor, que dependem fundamentalmente da resisténcia térmica (R,) e da resisténcia & difusio de vapor (R,) das camadas costituintes das paredes, que serio assim designadas (Figura 5.3 e Figura 5.4): Rng Resisténcia térmica do pano exterior de parede, No caso de painéis nervurados Rope ser calculada na zona corrente, de menor espessura e onde se verifica menor resistencia; Resisténcia térmica da camada de isolamento térmico, incluindo eventuais espagos de ar; : Resisténcia térmica do pano interior de parede, excluindo eventuais barreiras pira-vapor; : Resisténcia 4 difusio de vapor da camada de isolamento térmico, excluindo eventuais barreiras para-vapor; Resisténcia & difusio de vapor do pano interior de parede, incluindo eventuais barreiras para-vapor, desde que nfo se encontrem directamente aplicadas sobre © paramento interior de parede, uma vez que existem riscos de essa barreira ser posteriormente danificada ou retirada. 106 (Canctersgio de Barras Pir Vapor sua Aplicasio Figura 5.3 - Paredes duplas sem espaco de ar (39] alee mae, Rov Rope Figura 5.4 ~ Paredes duplas com espago de ar [39] Para evitar a ocorréncia de condensagdes na face interior da camada de isolamento térmico deve verificarse a seguinte condicio: Ra>3Ry (5.2) Para as situagdes correntes de panos interiores de parede em alvenaria, e com base nos valores de resisténcia térmica de paredes simples apresentados no ITE 28 [94] do LNEC, encontram-se no Quadro 5.1 os valores minimos da resisténcia témica do conjunto formado pela camada de isolamento térmico ¢ eventual espago de ar adjacente, de paredes duplas, de modo a respeitar a condigio anterior. Cenc de Bares Pics Ypres Apso 107 Quadro 5.1 - Valores minimos da resisténcia térmica (em [m?°C/W]) do conjunto formado ente, de paredes duplas, de pela camada de isolamento térmico ¢ eventual espago de ar a a ocorréncia de condensagées na face interior desse isolamento modo a ev Espessura (c) do Pano Interior em Alvenaria [m] = seed O11 0,045 | 0,07 0,10 0,15 Pano Interior de Parede on Resisténcia térmica minima do isolamento [m°C/W] “T Vazado (furado normal) | - 0,45 - | 063 | 0,93 Tijolo Perfurado : : 0,45 Macigo : 0,33 : 042 : | Betto () ois | 042 | 039 | 045 | 0,66 Blocos de | Normal Q) 0,24 | O21 0,60 Betio 1 a Betio Leve 036 | 072 | 072 | 078 | 1,08 (1) Blocos de betéo normal com: 0,50x0,20xe 2) Blocos de betio normal com: 0,40x0,20xe Nos locais de forte higrometria, de modo a evitar a ocorréncia de condensagdes na camada de isolamento térmico, a resisténcia & difusio de vapor do pano interior de parede (Roy) devers ser tal que: < 0,06 g/(m*-h- mmHg <> —— <125x 10"? kg/(m?-s- Pa) (5.3) Rop Apenas conhecemos alguns valores da permedncia de paredes de alvenaria, que se apresentam no Anexo IL. Contudo, fazendo uma proporgio desses valores em fungio da espessura, verificamos que as paredes de alvenatia de tijolo vazado ou de blocos de betio (situagdes correntes em Portugal) com espessuras néo inferiores a cerca de 11 cm de espessura permitem respeitar a condigio anterior. Na face interior do pano exterior de parede é dificil evitar por completo a ocorréncia de condensagSes, que sio particularmente preocupantes em zonas muito frias, devido aos riscos de congelamento da égua que normalmente é absorvida pelo pano exterior de parede. Nestas situages, ne CCarcesizasio de Barns Pies Vapore sua Apical desde que se verifique a condigio que se apresemta de seguida, ao seri nevessérie nenhuma medida complementar 3-Rae 2 Ry + Ry (54) Caso contriio, deve respeitar-se uma das seguintes regras: + Proceder & recolha ¢ evacuagio convenientes da Sgua de condensagio, ou + Limitaro fluso de vapor, obedecendo iis seguintes condigdes: + <625x 10" kkg/(m* -s- Pa) , nos casos em que Rigs > 0,086 m*°C/W Rop +R — | __ £195 10" kg/(m? -s-Pa), nos casos em que Ry < 0,086 m2 °C/W Ropp + Rp 1 __ 31x10"? kg/(m?-s-Pa) , em zonas muito frias Rop + Ror A evacuacio da agua de condensagio deve ser efectuada através de orificias colocados na base dos panos de fachada, permitindo 0 contacto do espaco de ar das paredes com 0 ambiente exterior. Esses orificios podem ser realizados com tubos de 20 mm de dimetro interior espagados de 1m ou com 30 mm de didmetro interior e espagados de 1,5 m (Figura 5.5). Em fachadas com tijolo & vista (Figura 5.6) estes orificios podem ser materializados deixando juntas verticais nio guarnecidas até uma altura de 50 mm, espagadas de 1 m, nas fiadas de tijolo da base dos panos de parede [39]. Esparo de ar 2cm Bareica ee 35 a Tubo de renagemiventiagso Figura 5.5 - Exemplos de orificios de drenagem/ventilacio de espacos de ar de paredes duplas com reboco exterior (39] 109 (Ceserizgo de Bares Pira-Vapo e ua Apicaga0 | | | Pano | Comoe em eve rca verte | no guarnecida ; | Laje a lila Z Figura 5.6 ~ Exemplos de orificios de drenagem/ventilagao de espacos de ar de paredes duplas com o pano exterior em tijolo & vista [39] A BSI [17] apresenta valores ligeiramente diferentes para este tipo de orificios de ventilacio, roferindo que a sua secgio devers ser de, pelo menos, 500 mm? por metro de desenvolvimento da parede, e a sua menor dimensio no devers ser inferior a 10 mm, 0 que equivale a ter tubos com 20 mm de diimetro interior espacados de 0,6 m ou com 30 mm de didmetro interior e espagados de 14m. Refira-se que as situages mais correntes de paredes duplas entre nds, normalmente, nfo apresentam problemas de condensagées interna. 5.2.2. PAREDES COM ISOLAMENTO PELO EXTERIOR 5.2.2.1 PAREDES COM ISOLAMENTO PELO EXTERIOR £ REVESTIMENTO POR PLACAGEM Este tipo de paredes deve incluir um espago de ar ventilado entre a camada de isolamento e 0 revestimento exterior, uma vez que este revestimento é normalmente pouco permeével 20 vapor de Agua. Este espaco de ar deverd permitir a evacuagio da humidade que possa surgir por eventual infiltragio através do revestimento exterior ou de eventuais condensagbes que ocorram no seio do elemento construtivo, Para que estes pressupostos sejam garantidos, 0 espago de ar devers ter uma espessura minima de 2.cm, mesmo nas zonas mais estranguladas, e a sua ventilagio deverd ser assegurada por aberturas na base topo da fachada, cujas secgdes deverfo estar de acordo com a expresso (5.5), que se apresenta de seguida [49]. 110 (Carscteriaio de Baris Pirs-Vapore sus Aplicasio em que: S: secgio de cada uma das aberturas de ventilagio, expressa em em? por cada metro de largura da fachada H: Altura do espago de ar a ventilar, expressa em metros. co que corresponde a: 50.cm'/m para uma altura nio superior a3 m; 65.cm/m — para uma altura de 3. ma 6m; 80cm’/m para uma altura de 6 m a 10 m; 100 cm?/m para uma altura de 10. ma 18 m. Nos casos em que o sistema de revestimento seja permetvel 20 ar (por exemplo devido 8 existéacia de juntas abertas), estas secges poderio ser reduzidas. Para alturas superiores a 18 m convém proceder ao fraccionamento do espago de ar, por forma a evitar velocidades excessivas de circulagio de ar. Contudo, admite-se que para fachadas cujo revestimento exterior seja bastante permedvel ao ar ou que apresentem aberturas de ventilacio reduzidas, nfo se efectue esse fraccionamento [24] As regeas de ventilagio apresentadas anteriormente resultam da seguinte condigio [15 Q, P=P (0) Bo Hanae, 66) em que: Q Caudal de ventilago do espago de ar ~ [m’/h] H: — Altura do espago de ar a ventilar - [m] Pressio parcial de vapor de 4gua do ambiente interior ~[mmEIg] PQ): Pressio de saturagio na face interior da camada exterior de parede (face em contacto com o espaco de ar ventilado) ~ [mmFg] it (Cersrizagia de Barras Psa Vepore sua Apsiagio ide de satuagio na face interior da camada exterior de parede (face em W,(03): Teor de humi contacto com o pago de ar ventilado) ~ [g/m'] W. Teor de humidade do ambiente exterior ~ [g/m] (Pe): Permefncia ao vapor acumulada das camadas situadas pelo interior do espago de ar ventilado ~ (g/ (m*-h-mmH)] Por seu lado, o caudal de ventilagio é dado pela expressio [15} Q=0,005-$.(ATx H)%* (5.7) em que S: Secgio de cada uma das abervuras de ventilagio, expressa em cm por cada metro de largura da fachada AT: Diferenga de temperatura entre a face interior da camada exterior de parede (face em contacto como espago de ar ventilado) e o ambiente exterior - [°C] Conjugando as diuas expressbes anteriores resulta [15]: H™ | _P-~P,(®) 8 > 200% aaa) W x (Pe); (5.8) ara fachadas leves que incorporam uma camada de isolamento térmico e um espaco de ar ventilado que assegura a evacuagio do vapor de Agua essencialmente por tiragem témica, é possivel determinar a secgio das aberturas de ventilagio através das expresses anteriores. De acordo com Berthier [15}, para as aleuras correntes de pisos de habitaglo essa secc4o pode ser aproximadamente determinada através da expresso: S > 800x (Pe); (5.9) Contudo, uma secctio minima de 10.cm?/m é indispensivel para um bom funcionamento da ventilagio do espago de ar, exigindo também que a permedncia acumulada das camadas interiores a0 espago de ar seja inferior a 0,015 g/(m"-h-mmH) = 31x10" ke/(m'-s-Pa). 5.2.2.2, PAREDES COM ISOLAMENTO PELO EXTERIOR E REVESTIMENTO DELGADO, Se o sistema de isolamento térmico pelo exterior da parede apresentar um revestimento exterior delgado, aplicado directamente sobre 0 isolamento térmico, a permeancia do revestimento n2 (Canetsizagio de Bases Plr:Vapore sua ApliaeSo deveri ser, pelo menos, 50 veves superior ao cocticiente de permeabilidade ao vapor (70) da canada de isolamento térmico [15} (P,Drcvstinnne ext 250m! (5.10) ()iotameno rice Como se percebe pela expresso anterior, nestas situagGes & vantajoso utilizar materiais de 1pox, como por exemplo o poliestireno extrudido (ver Anexo I). isolamento pouco permefveis 20 Contudo, devido a outras exigncias funcionais, o material mais utilizado € o poliestireno expandido, que, sendo mais permeivel 20 vapor, obriga utiliagio de revestimentos exteriores mais permedveis. Refira-se que esta exigéncia & de dificil compatibilizagio com as exigéncias de impermeabilizagio 4 Agua iquida proveniente do exterior, nomeadamente 2 égua da chuva. Em alternativa, pode também equacionar-se a aplicagio de uma barreira para-vapor pelo interior da camada de isolamento térmico. Refira-se que a DIN 4108 (51), de acordo com Couasnet [49], recomenda que em paredes de alvenaria com este sistema de isolamemto, o revestimento exterior deverd apresentar uma espessura da camada de ar de difusio equivalente (8) tal que: 49x10" ke/(m*-sPa) Sis4meP, 5.2.3 PAREDES COM ISOLAMENTO PELO INTERIOR As paredes com isolamento pelo interior deverio respeitar as mesmas regras que as paredes duplas, jf apresentadas no § 5.2.1. Nestes casos néo hi o risco de ocorréncia de condensagdes na face interior do isolamento, uma vez. que a resisténcia térmica das camadas interiores a esse isolamento (Ruy) é normalmente muito baixa, Segundo Couasnet [49], 2 DIN 4108 [51] recomenda que, nas paredes de alvenaria ou betio com isolamento pelo interior, 0 conjunto formado pela camada de isolamento e pelo revestimento interior deverd ter uma espessura da camada de ar de difusio equivalente (S) tal que: Sz 2 0,50 me> P, < 390x10" kg/(m?-s-Pa) Estas paredes sio particularmente preocupantes nas situagdes em que o suporte é pouco permeivel 20 vapor, como por exemplo uma parede de betio ou de alvenaria de granito, e a camada de isolamento térmico é bastante permedvel ao vapor, como é 0 caso da Id mineral. (Carsererizario de Barreiras Pira-Vapor e sua Aplicasio. 113 SRAS DE CONCEPGAO DE COBERTURAS 5300 OR 5.3.1 CONSIDERAGOES PRELIMINARES Na bibliografia estrangeira, nomeadamente de origem francesa, belga, britinica ¢ alemi, existe um vasto niimero de regras de concepgfo de coberturas face 3 difusio de vapor, em particular para coberturas em desvio ventilado e coberturas inclinadas (coberturas em que a propria vertente constitu’ o tecto dos compartimentos interiores, pelo que a camada de isolameato térmico é aplicada na vertente e nfo na esteir). or forma a dar uma ideia o mais completa posstvel do estado de conhecimento deste tema nesses paises, em seguida apresentam-se as regras BSI, DIN, CSTB ¢ CSIC, seguindo a terminologia indicada nos textos consultados. Refirase que os cuidados na aplicagio de eventuais barreitas para-vapor sio_particularmente importantes nas coberturas, uma vez que é mais frequente a existéncia de zonas de atravessamento de tubagens ou outros pontos singulares que necessitam de uma selagem cuidada Os eventuais vos abertos nas coberturas deverio ficar afastados das areas de maior produgio de vapor, deverio ser bem selados ¢ © seu sistema de fecho deverd garamtir estanquidade 20 ar adequada. Além disso, nas solugdes em que se prevé a existéncia de espagos de ar ventilados, as aberturas de passagem ce ar nunca deverio estar exclusivamente localizadas no topo da cobertura, pois as depresses que daf resultariam dariam origem a um aumento do fluxo de vapor de Agua para a cobertura. Nas coberturas em que a estrunura de suporte do revestimento ¢ i base de madeira e/ou derivados, a sua durablidade deverd ser adequada, eventualmente por recurso a tratamentos de preservago, em particular nas solugdes em que os riscos de ocorréncia de condensagSes internas sio mais elevados. 5.3.2 COBERTURAS EM TERRAGO 5.3.2.1 TERRAGOS TRADICIONAIS As coberturas em terrago do tipo tradicional, em que a camada de impermeabilizagio & colocada sobre a camada de isolamento térmico (Figura 5.2), normalmente obrigam & colocagio de uma barreira péra-vapor sob a camada de isolamento, na medida em que os produtos de impermesbilizagio sic normalmente bastante resistentes a difusio de vapor de dpua e estio colocados em contacto com o ambiente exterior, sendo elevados os riscos de ocorréncia de condensagBes no Inverno, em que o fluxo de difusio se verifica no sentido ascendente. Uma tal 4 (Cancxerizaio de Baris les Vapor e sua Apleagio bareira pira-vapor deverd ter uma permeincia inferior a 0,001 ¢/(a'-h-mmly) [15], que equivale a x10" kg/(an?-s-Pa), No entanto, existem situagdes em que, segundo Berthier [15], se podera evitar a aplicagio de pira-vapor, desde que o volume de condensases se mantenha em valores que no qualquer barre compromietam 0 desempenho da cobertura, em particular da camada de isolamento térmico, 0 que correspondera a um limite de ex200 g/m’, sendo e a espessura da camada de isolamento, em cm. As referidas situagdes sto: camada de + As coberturas em que a camada de forma se situa entre 0 isolamento térmico ¢ a impermeabilizagio (Figura 5.2); + As coberturas em que, apesar de a impermeabilizacio se encontrar directamente aplicada sobre a camada de isolamento térmico, a permeincia ao vapor dessa camada no ultrapassa 05 ex0,004 g/m”-h-mmElg (sendo e a sua espessura, em cm) e nio existe qualquer camada ‘que imapega a normal absorsio capilar de humidade por parte do suporte. As recomendagdes do CSTC [45] também apontam neste sentido, conforme se pode constatar pelo Quidto 5.2, cuja consulta dever’ ser efecruada atendendo aos seguintes aspectos: +A designagio dos diferentes componentes segue a terminologia que se apresenta mais & frente no § 5.3.3.5.2. + Sea composigio da cobertura inchui um tecto falso, é necessério garantir que a espessura da camada de isolamento térmico é suficiente para evitar a formagio de condensagdes superficiais na estrutura de suporte; Nos casos em que o revestimento de estanquidade & aplicado sobre espuma de poliuretano (PUR) ou de polisocianurato (PIR), o material isolante deve ser revestido com uma tela de fibra de vidro com berame em ambas as faces. A massa volimica da espuma nio deveri ser inferior a 32 kg/m’; + Acamada de forma nio é realizada em betio leve; Se a estrutura de suporte for constitulda por paindis derivados de ma constituigio ever’ ser adequada para este fim. 15 (Caaceragio de Barres Pir Vapor sua Apliasio para a constituisio de cobertu Quadro 5.2 - Recomendagaes do CSTC [45] tradicionais = Cisse Eda barveira para J’sqjuema de principio de composigio da para teen i oe Material de | vapor, se necessiria, em aaa stage | #RMeMEREMICO | Fangio da classe de cima 1+ Revestimemto de estanguidade ipo de Ee ee ee esrunurm de [O+ significa que a . er Supore [eobertura mio incl] Ne significa que nto é solamento térmico 8 4+ Eventual acabamento imerior Se E- Batre pira-vapor, se necessiria Ms a | ° n | Nn|]N T BS |S N N N KMwirp | 53 | 3 | 3 ‘72-13-14 s N N N cG N N N K-MW-S-FF-P m2 | 2 E2 1203-1 ‘T1-T2-T3-T4 co N N iv N ‘T5-T6 N N N v N N estrucura de ag MW-S-PSE nN | N | No T5 ou T6 (1) Para edificios da classe de higrometria III (higromerria forte), a resisténcia & difusio de vapor de gua do pano interior do painel sandwich deve satisfazer as exigéncias da classe E2 das barreiras piracvapor (ver § 3.4). 116 CCaaerzago de Barras Pin-Vapore un Apiagio 5.3.2.2 COBERTURAS EM TERRAGO INVERTIDAS: Nas coberturas em tertago do tipo invertida, a colocagio da camada de impermeabilizagio sob a camada de isolamento elimina os riscos de ocorréncia de condensagdes intemnas, na medida em que a vapor colocado do “lado quente” do elemento construtivo. impermeabilizagio funciona como pii Refira-se contudo que existem situagdes especiais que deverio ser analisadas com maior precaucio, em particular em elementos sujeitos a elevados gradientes de pressio de vapor de igua, como acontece nos edificios de muito forte higrometria, Estas situagSes mais problemiticas correspondem a casos em que a camada de forma aplicada sob a impermeabilizagio apresenta espessuras elevadas. De facto, a elevada resistéacia térmica que normalmente caracteriza estas camadas ¢ 0 facto de serem aplicadas sob a camada de impermeabilizagio, correspondem a situagBes idémticas as de s-vapor sinuadas pelo exterior das camada de isolamento térmico, ou seja, no “lado frio” barreras pi do elemento construtivo. 5.3.3 COBERTURAS NAO PLANAS 5.3.3.1 GENERALIDADES ‘Tal como foi referido anteriormente, para as coberturas em desvio ventilado e coberturas inclinadas exiscem varias regras na bibliografia francesa, britinica e alema que indicam os valores minimos das respectivas secgSes de ventilacio, Em primeiro lugar sio apresentadas as regras da BS 5250 [17] e da DIN 4108 [51], de facil utiizagdo, e depois as regras do CSTB, mais elaboradas ¢ com diferengas entre as coberturas com diferentes tipos de revestimento, Nas coberturas com espagos de ar ventlados, as aberturas de ventilagio deverio ser realizadas de forma o mais continua possivel, ao longo dos beirados ou beirais ¢ das cumeeiras. A dimensio minima dos orificios de passagem de ar nao devers ser inferior a 1 cm e se for superior a 2 cm este levers ser protegido com uma rede, conforme foi jf referido no § 5.1.3.3. Finalmente, apresentam-se as regras do CSTC elaboradas para coberruras inclinadas, mas que podem ser facilmente aduptadas a cobercuras em desvlo, Estas regras nio indicam eritérios de ventilagio de espagos de ar das coberturas, mas sim as caracteristicas de permeabilidade a0 vapor recomendiveis para os seus componentes, nomeadamente os que se situam pelo interior das camadas de isolamento térmico, indicando também a necessidade ou no de aplicagio de bareiras pira-vapor e respectivas classes minimas de permedncia a0 vapor. : Caterina de Barers Phr-Vapore sua Aplicagio 17 53.3.2 REGRAS DIN Segundo Counsnet [49], « DIN 4108 [51] separa as coberturas no planas em dois grupos, consoante sua inelinagio € ou nio inferior a 10°, Nas coberturis com inclinagio inferior a 10° Figura 5.7), a norma apenas prevé a realizagio de ns de ventilagZo ao longo do seu perimetro, colocando as seguintes exigéncias abert A relaglo entre a seogio das aberturas de ventilagio ¢ a superficie total da cobertara devers ser igual a 2/1000; + Aespessura do espaco de ar ventilado niio deverd ser inferior a 5 cm; A-espessura da camada de ar de difusio equivalente (§,) das camadas situadas pelo interior do espaco de ar ventilado, no seu conjunto, devers ser tal que: S12 10 m <> P, < 20x10" ke/(m?-s-Pa) oe fe = z= eo Figura 5.7 - Prinefpio de ventilago de coberturas com inclinagao inferior a 10°, segundo a DIN 4108 [51] Nas coberturas com inclinagio igual ou superior a 10°, apenas previstas nas solugdes de cobertura inclinada (Figura 5.8), devem respeitar-se os seguintes aspectos: + A seccio das entradas de ar, a realizar na base das vertentes, deverd ser igual a, pelo menos, 2/1000 da area da cobertura inclinada, com o minimo de 200 cm’ por metro de desenvolvimento; + A relagio entre a secc4o total das aberturas de ventilagio ¢ a superficie da cobertura dever4 ser igual 2 0,5/1000, pelo menos; + A espessura da camada de ar de difusio equivalente (8) das camadas situadas pelo interior do espago de ar ventilado, no seu conjunto, deverd respeitar os seguintes valores, em fungio da largura (L) da vertente: 8,2 2m <> P,< 98x10" kg/(m*sPa), para L < 10m S42 5m <> P, < 39x10" kg/(m*sPa), para L < 15m $42 10 m < P, < 20x10"? kg/(m*s-Pa), para L> 15 m 18 (Canurerizagio de Baris Pir. Vapore sua Aplicagio Figura 5.8 - Principio de ventilagao de coberturas com inclinagao igual ou superior a 10°, segundo a DIN 4108 [51] 53.3.3 REGRAS BSI 5.3.33.1 Coberturas em Desvio Ventilado Nas coberturas em desvio consideradas na BSI (Figura 5.9) os riscos de ocorréncia de condensagdes intemas sio reduzidos, desde que se garanta a adequada vemtilagio do desvio. As aberturas de ventilagio do desvio sio normalmente realizadas a0 nivel da base das coberturas (beirsis © beirados), em lados opostos do edificio, Em fingio da inclinagio dos telhados, as aberturas de ventilagio deverio ter uma seccio minima equivalente aos seguintes valores Figura 5.10), + 25mm x Comprimento (C) da vertente, para telhados com inclinasio inferior ou igual a 15%; + 10mm x Comprimento (C) da vertente, para telhados com inclinagio superior a 15°, Para melhorar a ventilagio do desvio é possivel criar aberturas de extrac¢io de ar no topo do telhado (cumeeira ..), com uma sec¢io equivalente a 5 mm x Comprimento da cobertura, o que é 119 Caoerizagio de Bareiss Pia: Vapor e sua Aplcsgio particularmente recomendado para telhados com inclinagio igual ou superior a 35° ou com vententes de |; :a superior a 10m. 1a2~Telha ou ardésia sobre ripado 2.a3~ Sub-celha flexivel 3a4—Contra-ripado 4 a5 ~ Desvio (espaco de oa — . oom SARA yh Figura 5.9 - Constituigao das coberturas em desvao consideradas pela BSI [17] ) ventilado 25mm xe Compartimento & tonne“ | Cemeatmone Figura 5.10 - Secgo equivalente das aberturas de ventilagao em coberturas em desvio com mais de uma vertente, segundo a BSI [17] Para coberturas sem beirais ou beirados opostos, como é 0 caso das coberturas com apenas uma gua (ou vertente), para além das aberturas de admissio de ar na base da cobertura, com as secgSes indicadas anteriormente para as coberturas com mais de uma vertente, & necessério criar aberturas de extraccio de ar no topo do telhado (Figura5.11), com uma seccio equivalente a 5 mm x Comprimento da vertente (Q). 120 ‘Corning de Baris Pa Vapor sua Apia bat Ws Comparimento Figura 5.11 - Secgo equivalente das aberturas de extracgo de ar em coberturas em desvio com apenas uma vertente, segundo a BSI [17] 5.3,3.3.2 Coberturas Inclinadas Nas coberturas inclinadas consideradas na BSI (Figura 5.12) 0s riscos de ocorréncia de condensages sio elevados, ocorrendo normalmente na face inferior da sub-telha. Por esta razio, recomenda a aplicagio de uma barreira pfra-vapor com uma permefncia niio superior a cerca de 410 kg/(msPa), pelo interior da camada de isolamento térmico, e a ventilagio do espago de ar entre o isolamento e o sub-telha. Mey “he i x 3 1a2~Telha ou ardésia sobre ripado aa 2a 3 - Sub-telha flexivel 3.a4~Espaco de ar ventilado entre 0 Contra-ripado 45 - Isolamento térmico 5 6 ~ Barreira pira-vapor 6a7-Tecto Figura 5.12 - Constituig’o das coberturas inclinadas consideradas pela BSI [17] 121 (Censeniagio de Barris Pra Vapor esa Aplcgio spessura de, pelo menos, § cm e as aberturas de ventilagio espace de ar ventilado dever’ ter uma aintes valores (Figura 5.13) deverio ter uma secgio minima equivalente aos + 25mm x Comprimento (C) da vertente, nas aberturas de admissio de ar a praticar na hase do telhado; aberturas de esaustio de ar a praticar na + Simm x Comprimento (C) da vertente, m: cumecira. Caso nio seja poss{vel realizar as aberturas na cumecira, para cada uma das vertentes principais devem ser criadas aberturas de exaustio no seu topo, com esta seccio. Figura 5.13 - Secg0 equivalente das aberturas de ventilacao em coberturas inclinadas, segundo a BSI [17] Caso exista algum obsticulo que impesa a normal circulacio de ar entre as aberturas de admissio ¢ de exaustio, deve ventilarse separadamente cada uma das parcelas (Figura 5.14), abaixo e acima do obsticulo, de acordo com os critérios definidos anteriormente Figura 5.14 - Ventilacao de coberturas inclinadas por trogos [17] 122 (Carcteriagio de Barcus Pir-Vapore sus Apiagio ncia a difusio de vapor, Para coberturas cuja camada de isolamento térmico apresente elevada resist eventualmente associada a uma barreira péra-vapor, a BSI [17] admite a g ossibilidade de nio ventilar © espago de ar, desde que devidamente justificado por simulagio. 4 ReGRas DO CSTB 5.3.3.4.1 Aspectos Gerais As regras de concep¢io apresentadas pelo CSTB fornecem, de um modo geral, os limites que devem ser respeitados pelas camadas interiores das cobermuras no que toca is suas caracteristicas de permeabilidade a0 vapor de agua, e/ou os valores minimos da sec¢io (6) dos orificios de ventilagio das coberturss (Figura 5.15), nomesdamente as coberturas em desvao as coberturas inclinadas, para as quais se apresenta um vasto niimero de recomendagdes, Refira-se, no entanto, que estas recomendagées geralmente sio apenas vilidas para coberturas de edificios com higrometria {raca ou ) . o : média (27ss10 * kg/m? ), mo localzados em repées com clima de montanha, que a normalmente correspondem ’s zonas de altitude superior a 900 m, Para as coberturas em desvo ou inclinadas, existem solugées em que, devido & existéncia de um ecri de estanquidade complementar, é exigida a ventilacio do espago compreendido entre 0 ecri e 0 revestimento exterior da cobertura (61) ¢ entre o cere a camada de isolamento térmico ($2), como se representa esquematicamente na Figura 5.16. Refira-se que, em qualquer dos casos, a espessura dos espacos de ar ventilados no devera ser inferior a 2 cm, existindo alguns tipos de coberturas em que a espessura minima exigida para esses espagos & superior. Ao determinar a espessura dos espagos de ar que deve ser assegurada na execucio da obra, é importante ter em consideracio as eventuais deformagées e variagbes dimensionais da camada de isolamento térmico. ‘As seccGes de ventilagio anteriormente mencionadas so apresentadas na forma de uma relagio entre a frea toral dos orificios de ventilacio (a repartir igualmente entre aberturas de admissio € aberturas de exaustio) ¢ a area da cobertura limitada pelos compartimentos cobertos (0s beirais, beirados e remates laterais nio sio contabilizados). Em alguns casos, a Area da coberura é determinada pela projecgio horizontal (A) e noutros pela area do tecto da cobertura” (A’). = © recto da cobertura corresponde as camadas situadas entre o(s) compartimento(6) coberto(9) ¢ 0 espaco de ar a ventilar, incluindo a camada de isolamento térmico e eventual barreira péra-vapor. Nas coberturas em desvio ventilado o tecto corresponde & esteira, enquanto que nas coberturas inclinadas é materializado pela(s) vertente(s) 123 Garacerzasio de Baris Pir: Vapor sus Apliasio a. UO, A Figura 5.15 - Secgao de ventilagao de coberturas em desvao e coberturas inclinadas, sem cr de estanquidade complementar [42] ecra de estanquidade [42] Tal como acontece com as regras de ventlacio das paredes (ver § 5.2.2.1), Berthier [15] presenta as férmulas que permite a determinagio aproximada das secges de ventilagio. Assim, 0 caudal de ventilagio Q (em m’/h, por cada metro de desenvolvimento da cobertura) & dado por: Q=0,2-0-AP% (5.1) em que: Q__ Caudal de ventilacio por cada metro de desenvolvimento da cobertura - [m’/h] © Seeso das entradas de ar (admitindo que a secgio das aberturas de saida de ar & igual) Por cada metro de desenvolvimento da cobertura ~ [em] AP Diferenca de pressio parcial de vapor de Agua entre 0 ar exterior e 0 espaco de ar a ventilar - [Pa] ‘Atendendlo 3 aleatoriedade dos ventos ¢ 20 pequeno caudal que se consegue por tiragem térmica Gevido as pequenasdiferencas de temperatura entre o ambiente exterior e 0 espago de ar a ventlan 124 (Caneceriagio de Barras Pis-Vapore sus Apiagio pode-se considerar que uma diferenga de pressto de 0,3 Pa é, grosso modo, frequente na estagio fria (eo que o problema das condensagdes se coloca), pelo que o caudal de ventilagio corresponde a: Q=0)-o (5.12) repartir igualmente entte as aberturas de de vemilagio Por seu ho, a seco total das abertur admissio de ar e as aberturas de exaustio) pode-se dererminar através da expre S 6,0055-(Pe), -( 142-402 (5.13) RACH ec easalaee Caeecnte t ae em que: S$: Secgfo total das aberturas de ventilagio - [mm] ‘A: Area do tecto da cobertura - [m*] (Pe); Permefincia ao vapor acumulada das camadas situadas pelo interior do espago de ar ventilado ~ [g/(m*-h-mmHg)] -2G+ Higrometria do local subjacente ~ kg/m] Para alguns tipos de coberturas com revestimento em chapas metélicas, & prevista a utilizagio de produtos designados como “reguladores de condensagi0” [43], aplicados na face inferior das chapas. © principio de funcionamento destes produtos assenta no seu comportamento higroscépico, j& explicado no §2.2.5.4.3. Assim, cém capacidade para absorver uma determinada quantidade de humidade de condensagio, que & restiulda ao ambiente logo que as condigées climiticas 0 permitem. Isto implica que estes produtos estejam em contacto com uma Lamina ou volume de ar ventilado, em contacto com uma atmosfera despoluida, sem emanagio de poeiras, vapores, gazes corrosivos etc., que comprometam o seu comportamento a longo prazo. Na escolha deste tipo de produtos é necessirio atender, no s6 A sua capacidade de armazenamento de humidade e i rapidez com que se dio as trocas de humidade com o ambiente, mas também & sua compatibilidade com os materiais e ambientes com que estar4 em contacto e ’s condigées de exploragio dos espacos adjacentes, de forma a no comprometer a durabilidade do seu comportamento. Por iitimo, refira-se que algumas recomendagées apresentadas sio question4veis, como € 0 caso de algumas coberturas com revestimentos metilicos, uma vez que para constituigbes idénticas, do ponto de vista do seu comportamento face & difusio de vapor de Agua, sio feitas recomendagdes bastante distintas, nomeadamente nas secyées de ventilagio de espacos de ar, na sua localizagio, etc. 125 (Carsceiegio de Barve Pirw-Vapoce sun Aplicagio Bisicas Comuns aos Diferentes Tipos de Coberturas ¢ a0 vasto leque de recomendagdes construtivas que sio apresentadas na bibliografia do CSTB “io de coberturas nio planas, optou-se por compilar um conjunto de regras mais ou menos comuns aos diferentes tipos de coberturas, referindo-se apenas as diferencas mais significativas em capitulos proprios, Recomenda-se, contudo, a consulta dos documentos espectficos de um dado tipo de cobertura, para que se possam atender aos diferentes principios de concepgio at refetidos. No Quadro 5.3 encontram-se os valores ménimos recomendados em algumas publicagées do CSTB para as secgdes dos orificios de ventilagio de coberturas nio planas. Quadro 5.3 - Secgio total minima dos orificios de ventilagio de coberturas nao planas, segundo o CSTB Tipo de Coberuura Seccio de Ventilagio ‘A 5000, 126 CCanexerizagio de Baris Pis-Vapore sua Aplicagio A espessura dos espagos de ar ventilados nfo devert ser inferior a 2 em em nenhum pom, tendo em conta as eventuais deformagées variagdes dimensionais da camada de isolamento. Em alguns minima 08, part coberturas inclinadas ou com estrutura de suporte continua, a espessus recomendada & igual e 4 ou 6cm, consoante a largura da vertente é ou nio inferior a 12m, respectivamente. Asaberturas de extracgio de ar das coberturas podem ser realizadas no topo das paredes de empena (Figura 5.17), desde que estas no distem entre si mais de 12 m, Em alguns documentos, este limite & ligeiramente diferente Figura 5.17 - Aberturas de extraccio de ar para ventilagao de coberturas aplicadas em paredes de empena [42] 5.3.3-4.3 Aspectos Complementares para Coberturas com Revestimento em Telha Cerimica Nas coberturas com revestimento em telha canudo, 0 espago de ar sob a face inferior das telhas, quando colocadas normalmente, é suficiente para garantir a sua adequada ventilagio, desde que nio existam obstéculos & normal circulagio de ar, como por exemplo devido 3 fixagio com argamassa de uum elevado nimero de telhas. E no entanto exigido que a permedncia do tecto da cobertura” nio ulerapasse 0,3 g/(m’-h-mmEHg) = 625 x 10" ke/(m’-s-Pa). Além disso, nas coberturas com estrunura de suporte continua, essa espessura minima devers ser de 4 cm [31] 127 CCarariagio de Barat Pew Vapore sua Aplicaso ‘elha de Betio 5.3.3.4 Aspectos Complementares para Coberturas com Revestimento em Talhade enc: Neste tipo de coberturas, ¢ para vertentes com mais de 8 m de largura (medida entre a base e topo da vertente, na area limitada pelos compartimentos cobertos), as perdas de carga do caudal de ventilagio sio consideriveis, pelo que se dever4 optar por uma das seguintes solugdes [29] e [32]: + Aumentar a espessura minima do espago de ar part um valor superior aos 2 cm que siio exigidos nos casos correntes; + Griar aberturas de ventilasio complementares, sensivelmente a meio da vertente. Telha plana; No Quadro 5.4 encontram-se 0s valores mfnimos recomendados pelo DTU 40.25 [25] para as seegdes dos orificios de ventilagio de coberturas com revestimento em telha de betio plana, em funcio da permedncia (P) do tecto da cobertura'® e do clima caractersstico do local. Relativamente 20 Quadro 5.4, refira-se que, em Franga, as zonas muito frias correspondem a zonas em que a temperatura de base para os cilculos das necessidades de aquecimento dos edificios, de acordo com a respectiva legislagio, é inferior a ~15 °C, ou 05 locais situados a mais de 600m de altitude, numa zona climética com elevadas necessidades de aquecimento (como acontece com as zonas I}, consideradas pelo RCCTE [93], para o tertitSrio portugués). 128 CCarctriagio de Bares Pie Vapor e sua Apbeagio Quadro 5.4~ Relagao entre a 4rea total minima dos orificios de ventilago a area (A’) do tecto da cobertura”, previstas no DTU 40.25 25] para coberturas com revestimento em telha plana de betdo Permedncia (P) do Tecto i Secgio de Ventilagéo Tipo de Cobertura [o/(en’ h-mmEp)) Locaisem | Zonas Muito] Locaisem | Zonas Muito Geral Frias Geral Fras A s | YY! st 82 Stead A’ 5000 psoos | Psoo2 Seale A’ 1200 Sl Scat |e Ps0,05 Ps0,02 a 1250 = 3000 P<0,02 Caracrerizago de Brreins lex-Vapore sua Apicago 5.3.3.4.5 Coberturas com Revestimento em “Telha Asfiltica” Caso geral Nas coberturas com revestimento em “telha asféltica” Figura 5.18), 0 valor minimo da relacio entre 2 sec¢io total (S) das aberturas de ventilagio ¢ a area (A’) do tecto da cobertura & de [30]: oS AY 500 Figura 5.18 - Exemplos de coberturas com revestimento em “telha asfaltica” Neste tipo de coberturas é extremamente importante assegurat a estanquidade ao ar do tecto", ‘Nas coberturas inclinadas, para além da seccio dos orificios de ventilacio, & necessitio respeitar as seguintes exigéncias [30]: + A espessura do espaco de ar ventilado (a garantir entre a camada de isolamento térmico € 0 suporte do revestimento exterior) niio deveri ser inferior a 4 cm, para vertentes com menos de 12m de largura (medida entre a base ¢ topo da vertente, na érea limitada pelos compartimentos cobertos), ou a 6 em, para vertentes de largura superior al2m; + A permeincia do tecto da cobertura’? ni deverd ser superior a 0,06 g/(m*-h-mmHg), (125 x 10” kg/(m*-s-Pa)), (Coberaras situadas em regio de montanha Para coberturas situadas a uma altitude superior a 900m (vélido para 0 tettitétio francés), ou expostas a um clima idéntico ao destas zonas, 0 DTU 40.14 [30] sefere as seguintes exigéncias complementares relativamente as coberturas situadas noutras zonas: + Pelo interior da camada de isolamento térmico da cobermura deverd ser colocada uma barreita pira-vapor com permeiincia no superior a 0,02 p/(m’-b- mmHg), que equivale (Cerseesiagio de Darers Piss-Vapar enn Aplicagdo doe a 42x10" ke/(nv's-Pa), aplicada com os cuidados necessivios. pare assegurar a comtinuidacle da sua estanguidade ao ar; +A espessura minima dos espagos de ar ventilados deverd ser de 6.cm, em qualquer ponto; + As secgies de ventilagio deverio respeitar os valores nyinimos indicados no Quaco 5.5, Refira-se que as coberturas com ecti de estanquidade complementar sio designadas no documento como coberturas duplas com ventilagio, enquanto que as restantes se designam por coberturas simples com ventilagio, Quadro 5.5 ~ Relagio entre a Area total minima dos orificios de ventilagao e a area (A’) do tecto da cobertura®, segundo o CSTB [30], para coberturas com revestimento em “telha asfaltica” situadas em regido de montanha Tipo de Cobertura Secgio de Ventilagio s ee A‘ 250 ee is Cacao de Barc Pi-Vapoce na Apicaio BI 5.3.3.4.6 Coberturas com Revestimento em Placas Metilicas Onduladas Para as coberturas com revestimento em placas metilicas onduladas, 0 DTU 40.32 [22] apenas de ventilagio e a drea (A) no da relagio entre a seegio total (8) das abertura relere que o valor mit da cobertura é de: 5.3.3.4.7 Coberturas com Revestimento em Placas Nervuradas de Aco Revestido Para coberturas com este tipo de revestimento, o DTU 40.35 [43] considera diferentes situagdes em fungio do tipo de isolamento térmico previsto: + Coberturas sem isolamento térmico; + Coberturas com isolamento térmico aplicado sob as madres, isto 6, sobre o tecto da cobertura" + Coberturas com isolamento térmico aplicado sobre as madres; + Coberturas com isolamento térmico aplicado entre as madres, sem espaco de ar ou com espago de ar nio ventilado; + Coberturas com revestimento em paindis sandwich, em que o isolamento térmico é aplicado entre duas placas paralelas. Para qualquer destes tipos de coberturas, sio por vezes utilizadas placas teanslcidas, para entrada de luz, nio sendo possivel eliminar os riscos de condensagSes na face interior dessas placas. No Quadro 5.6 encontram-se as constituigdes admitidas pelo DTU 40.35 [43] para coberturas com este tipo de revestimento e isoladas termicamente. 132 (Caaceiraco de Bares Piru Vapor sua Apiasio Quadro 5.6 Tipolog em placa admitidas pelo DTU 40.35 [43] para coberturas com revestimento s nervuradas de ago revestido, isoladas termicamente Fligromettia dos locals Tipo de isolamento Sob-as Madres7 ~~ cd —3 — Sim Sim tht, Sobre as Madres’ ae a Sim” Sim® Entre as Madres Sim Nio Painéis Sandwich EE Sim Sim (1) Necessita da aplicagio de um “regulador de condensagies” ou de um feltro absorvente de humidade, tal como se indica de seguida para as coberturas sem isolamento vérmico. A camada de isolamento pode ser colocada na horizontal, conforme se encontra representado na figura, ou inclinada. (2) Esta solugio necessita de parecer favorivel nos documentos de homologasio. 133 CCanererizagio de Baris Pir- Var es Aplcagio Coberturay sea isolamento térmico: des na face inferior das Nesie tipo de coberturas, sto elevados os riscos de ocorréncia de condensa placas de revestimento, que podem ser minimizados através da utlizagio de um “regulador de condensagdes” (que foi ji descrito no §5.3.3-4.1) ou de um feltro absorvente, aplicado sobre as madres e bem esticado [43]. O feltro absorvente, normalmente, consiste numa camada de isolamemto té:mico absorvente @Geralmente Ii mineral) de pequena espessura, associado a uma barreira pira-vapor, ¢ necessita de homologagio para este fim, Nos edificios abertos, nio hi necessidade de prever dispositivos especificos para ventilagio da face inferior da cobertura, o que nio acontece com os edificios fechados, para os quais o valor minimo da relagio entre a secgio total (§) das aberturas de ventilagio ¢ a drea (A) da cobertura em projecsio horizontal é de [43} 3 = , sem contudo ultrapassar 400 cm? por cada metro de desenvolvimento da cobertura Coberturas com isolamento térmico aplicado sob as madre No Quadro 5.7 encontram-se os valores minimos recomendados pelo DTU 40.35 [43] para as seeges dos orificios de ventilagio de coberturas com revestimento em placas nervuradas de ago revestido € isolamento térmico aplicado sob as madces, em fungio da higrometria dos locais cobertos (ver § 2.2.4.3). Quadro 5.7 ~ Relagio entre a area total minima dos orificios de ventilagao e a Area (A) da cobertura em projecs horizontal, previstas no DTU 40.35 [43] para coberturas com revestimento em placas nervuradas de ago revestido € isolamento térmico aplicado sob as madres Figrometia dos Locals] (ver § 2.2.4.3) | ce Fraca 1/1000 Media | ge /500, A seeglo (8) dos orificios de ventilagio no deve ultrapassar os 400m? por cada metro de desenvolvimento da coberura. A espessura dos espagos de ar ventilados no dever$ ser inferior a 4 cm em nenhum ponto, tendo em conta as eventuais deformagdes ¢ variagdes dimensionais da camada de isolamemto, 134 (Caracesiagio de arias Pirs-Vapor sua Aplicasio Relembra-se que, para este tipo de coberturas, o DTU 40.35 [43] prevé a aplicagio de um “regulador de condensagdes” ou de um feltro absorvente de humicade, tal como se indicou anteriormente para as coberturas sem isolamento térmico. Além disso, refere que deve ser aplicada uma barreira nico, tal que a permefncia ao vapor do g/(nv"s Pa). iravapor, pelo interior da camada de isolamenta conjunto aio ultrapasse 0,02 g/(mhmml com isolamento térmico apli Tal como foi ji referido anteriormente no Quadro 5.6, estas sohugSes necessitam de homologacio, na qual devem ser definidas as exigéncias de aplicagio. Contido, referem-se de seguida alguns aspectos a respeitar. Os materiais de isolamento térmico normalmente aplicados neste tipo de coberturas sio flexiveis, necessitando de ser esticados durante a aplicagio, que deverd ser realizada com tempo seco. Pelo interior da camada de isolamento térmico devers ser aplicada uma barreira para-vapor, que normalmente jé vem acoplada a0 isolamento. estas coberturas é extremamente importante assegurar a continuidade da barreira para-vapor, pelo que as suas juntas deverio ficar bem seladas, assim como qualquer ponto singular, como atravessamento de tubagens, etc... Ao longo do contomo da cobertura deve também ser aplicada ‘uma espuma que garanta a sua estanguidade ao ar Figura 5.19). Espuma de Estanquidade fe Isolante com Péra-Vapor Isolante com Péra-Vapor Figura 5.19 - Exemplos de aplicagao de espumas de estanquidade ao longo do contorno de coberturas com revestimento em chapas metilicas nervuradas [43] Coberturas com isolamento térmico aplicado entre as madres: Estas coberturas deverio respeitar os mesmos principios referidos anteriormente para as coberturas com igolamento térmico sobre as madres, nomeadamente quanto & necessidade de uma barreira pia-vapor pelo interior da camada de isolamento térmico, aos cuidados para assegurar a sua continuidade, com uma adequada selagem das juntas e pontos singulares, e & necessidade de garantir a estanquidade ao ar a0 longo do contorno da cobertura 135 Carscrsinago de Bursts Pé-Vapor esa Apicasio vapor devers apresentar uma este tipo de coberturas, 6 conjunto isolante térmico e barreiea pia permedncia nio superior a 0,02 g/(nv-h-mmlHg) = 42 x 10" kg/(m*s-Pa) e, nas solugSes em que a camadh de isolamento térmico & aplicada sem deixar um espaco de separagio relativamente As placas deverd ser nio hidrdfilo, de revestimento, o isolamte térmico a utiliz Coberturas com paingis sandwi Tal como nos casos anteriores, nas coberturas com este tipo de revestimento é muito importante evitar entradas de ar no espago entre as duas placas metilicas, sendo necessirio garantir uma adequada selagem ao longo do contorno, dos pontos singulares, etc. A camada de isolamento térmico dever ser nio hidréfila, podendo eventualmente incorporar uma barreira pira-vapor na sua face inferior. E necessério tomar precaugdes para permitir que a humidade proveniente de eventuais condensagdes que possam ocorrer no espaco entre placas possa ser eliminada. Esta exigéncia é um pouco contraditéria com a necessidade de estanquidade ao ar, na medida em que a eliminacio da hhumidade obriga 4 existéncia de aberruras de drenagem, que também permitisio a entrada de ar, pelo que deverio ser reduzidas 20 minimo posstvel. 5.3.3.4.8 Coberturas com Revestimento em Placas Nervuradas de Aluminio (pré-lacado ou no) Cobernuras sem isolamento térmico: Tal como acontece com as coberturas com revestimento em placas nervuradas de ago revestido, também nas coberturas com revestimento em placas nervuridas de alumtinio (pré-lacado ou iio) sem isolamento térmico é necessirio prever dispositivos especificos para ventilagio da face inferior da cobertura, nos edificios fechados, enquanto que nos eificios abertos tal pode ser dispensado, © valor minimo da relagio entre a secsio total (8) das abercuras de ventilagio ¢ a drea (A) da cobertura em projecsio horizontal é de [33]}: s < = sem contudo ultrapassar 400 em? por cada metro de desenvolvimento da cobertura, Mesmo com esta ventilaglo, ainda existem riscos de ocorréncia de condensages na face inferior das placas de revestimento, em particular durante uma parte da noite, pois 0 ar exterior entcontra-se com 136 (Carcerizacio de Barres Pis-Vapor e sus Aplicgio twores de humidade elevados. Este aypecto pode ser_minimizado aavés da uiilizagio de um “regulador de condensagies” (jf descrito: no § 5.3.3.4.1) on de um feltro absorvente (também ja mencionado no § 5.3.3.4.7). ‘Cobernuras com isolamento térmico aplicado sob as No Quadro 5.8 encontram-se os valores minimos recomendados pelo DTU 40.36 [33] para as seegdes dos orificios de ventilagio de coberturas com revestimento em placas nervuradas de aluminio (pré-lacado ou nfic), com isolamento térmico sob as madres, em fungio da higrometria dos locais cobertos (ver § 2.2.4.3) e da permeincia (P) do conjunto formado pela camada de isolamento térmico e pela eventual barreira pira-vapor subjacente. Quadro 5.8 - Relago entre a area total minima dos orificios de ventilagao e a area (A) da cobertura em projecgio horizontal, previstas no DTU 40.36 [33] para coberturas com revestimento em placas nervuradas de aluminio (pré-lacado ou nao), com isolamento térmico sob as madres Permeincia (P) do Conjunto Higrometria dos Locais ae an (ver§ 2243) | Solame Térmico + Bareira Pira-Vapor (6/(m?-hmmHg)] 0,05 s P< 0,10 17/1000 Fraca Ee P< O05 172600 ce gossP 200m: ~ Betumes com armadura metilica juntas coladas ou soldadas 5.3.3.5.3 Classificagao do Clima Interior dos Edificios A publicagio consultada apresenta uma classificagio do clima interior dos locais ligeiramente diferente da que foi j& descrita no § 2.2.4.3. Esta classificagio define quatro escalées de pressio parcial de vapor no interior dos edificios (P), que se encontram definidos na Figura 5.23, em funcio das médias anuais de temperatura ¢ humidade relativa do ambiente interior dos edificios. py 21.370 Pa 80 pj #1165 Pa Iv pj 21.100 Pa: Ir T 60| T Z| | SS 7 SS | » = ea Figura 5.23 - Classes de clima interior dos edificios segundo 0 CSTC [45] Caraszgio de Rais Pir Vapor e sua Apis 145 io fomecidos de edificios que pertencem a cada Pelos valores apresentados ¢ pelos exemplos que si uma das classes, pode estabelecer-se um paralelismo com as classes de higrometria definidas no § 2.24.3. 5.3.3.5.4 Combinagdes Previstas rdas as seguintes combinagSes possiveis dos Nas recomendagées apresentadas sio. conside elementos anteriormente mencionados: Para cobernuras com revestimento do tipo Ri, R2, R3 e R4 distinguem-se as seguintes composicées: + Estrucura de suporte do tipo descontinuo (armagio ligeira, madres, ripado e contra-ripado, etc). A inclinagio da vertente ¢ a habitabilidade ou nio do espago subjacente (sétio) determinam a necessidade ou no de uma sub-telha; + Estrutura de suporte do tipo continuo. A estrutura de suporte é dos tipos TS ou T6, excepcionalmente dos tipos T1, T2, T3 ou T4. Para coberturas com revestimento do tipo RS distinguem-se as seguintes composigSes: ‘obertura sem “espago de + Cobertura “quente” (cobertura massiva ou nio ventilada cobertura”) com: — Estrutura de suport ligeira, dos tipos 5, Té ou 17; strutura de suporte “semi-pesida” do tipo T4; — Estrurura de suporte pesada, dos tipos TI, T2 ou TS. obertura com “espaco de cobertura") com: + Cobertura “fria” (cobertura ventilada ~ Estrutura de suporte ligeira, dos tipos ‘TS ou T6; — Estrumira de suporte “semi-pesada” do tipo T4; ~ Estrurura de suporte pesada, dos tipos TI, T2 ow T3. Devido as dificuldades em realizar correctamente uma cobertura plana do tipo “frio”, nio é aconselhivel a sua utiliza¢io em construgbes novas. + Cobertura invertida com: — Estrutura de suporte ligera, dos tipos T3 ou Té — Estrutura de suporte “semi-pesada” do tipo T4; — Estrutura de suporte pesada, dos tipos T1, T2 ou TS. 146 ‘Cargo de Bares PirsVapre sua Apeacto. A escolha de uma estrutura de suporte do tipo T7 nio é aconselhavel, devido possibilidade de ocoméncia de condensagées superficiais sobre o metal perfilado e dificuldade das técnicas de execucio. Quando se utilizam estruturas de suport dos tipos TS ou Té em coberturas ventiladas ou invertidas, a espessura minima do elemento auto-portante de cobertura dever4 ser suficiente para garantir uma resisténcia térmica de, pelo menos, 0,2 m’:*C/W, Na consulta dos Quadros que se seguem deve ainda atender-se aos seguintes aspectos: Coberturas sem guarda-pé nem estrutura de suporte em painéis: + A ventilagio do eventual espaco de ar entre a sub-telha e 0 material de isolamento térmico rio é exigida; + Deve assegurar-se a estanquidade ao ar da camada de isolamento térmico, o que requer a utilizagio de um material de isolamento estanque ¢ a realizagio de juntas convenientemente estanques. Caso se pretenda utilizar um material de isolamento nfo estanque 20 ar, & necessirio aplicar sob a camada de isolamento térmico uma folha ou outro componente que assegure a estanquidade ao ar necessiria. Refira-se que o acabamento interior do tecto pode eventualmente preencher este requisito; + As placas perfiladas de metal ou material sintético nfo so utilizadas em edificios das classes de higrometria III e IV. NOTAS: (1) Para que seja eficaz, a execugio da barreira pira-vapor exige bastantes cuidados. (2) Se a resistncia & difusio de vapor de 4gua do acabamento interior respeitar as exigéncias relativas as classes E1 e E2, nio é necessiria a colocagio de uma barreira para-vapor complementar. Coberturas com guarda-pé ou estrutura de suporte em pi «Nas situagdes em que, devido aos detalhes de remate das coberturas, devido & pequena inclinagfio das vertentes ou devido as exigéncias de estanquidade ao ar, se preveja a utilzacio de uma sub-telha complementar, é indispensivel a realizacio de um estudo higrotérmico detalhado para os edificios das classes de higrometria III e IV em que se pretendam executar coberturas com as composigées apresentadas nos Quadros seguintes, «Deve prestar-se particular atengio a0 acabamento estanque 20 ar das juntas da estrutura de suporte e ao acabamento dos larés e remates de cobertura. Carcesieagio de Bares Pra Vapor esa Aplcag 147 « Se a estrutura de suporte for constituida por paingis derivados de madeira, a sua constituigio deverd ser adequada para este fim. NOTAS: (1) Para que seja eficaz, a execucdo da barreira péra-vapor exige bastantes cuidados. @ Sea resisténcia a difusio de vapor de Agua do acabamento interior respeitar as exigéncias relativas as classes El ¢ E2, nao é necessiria a colocagio de uma bazreira para-vapor complementar. 5.3.3.5.5 Coberturas com Revestimento em Telha Ceramica ou de Betio No Quadro 5.9 indicam-se as regras apresentadas pelo CSTC [45] para a concepio de coberturas com revestimento em telha cerdmica ou de betio sem guarda-pé ou estrutura de suporte em painéis, enquanto que no Quadro 5.10 se indicam as regras para 0 mesmo tipo de coberturas mas com guarda-pé on estrutura de suporte em painéis. Para dar uma ideia do que pode ser um guarda-p6, mostra-se na Figura 5.24 uma representagio esquemitica apresentada pelo Centro Tecnolégico da Cerémica e do Vidto (CTCV) para este tipo de componentes. Wee Figura 5.24 — Representagdo esquemitica de um guarda-pé [12] 148 CCasctecango de Bares Prn-Vepor et Aplcsto Quadro 5.9 - Recomendagées do CSTC [45] para a constituigao de coberturas inclinadas com revestimento em telha cerimica ou de b Jo, sem guarda-pd nem estrutura de suporte em painéis Esquema de principio de composigio da “] Classe E di Barreira para coberwura vapor, se necessivia, em Revestimento exterior fungio da classe de clima L 2 Ripado e contra-ripado 3. Vara Subselha (st | Material de [Ne significa que nio é 4. Madre isolumento térmico | pecessiria qualquer interior. 6- Isolamento térmico 7- Eventual acabamento interior ST- Sub-telha, onde previsto E._Barreira pira-vapor, se necesséria ~ Teolamento entre varas ou painéis ou entre elementos de estruturas ligeiras ~ Sub-telha, se previsto, colocado sobre sem sub-telha ‘© material de isolamento térmico - MW-FF N E10 E20 sp S-PSE N | ON | E20 awl 49 Carcrerizago de Barren Pes Vapor e sun Aplicago Quadro 5.9 (cont.) - Recomendagdes do CSTC [45] para a constituigao de coberturas y Pp inclinadas com revestimento em telha ceramica ou de betio, sem guarda-pé nem estrutura de suporte em painéis Esquemia de principio de compasigio da] ‘Ghasse Eda barreira pie cobertura | vapor, se necessiria, em eee pre | fansio da classe de clima 2 Ripado e contra-ripado ar eee Var. a inerilde [Ne significa que no é Madre Sebselbs 61 | olameno rémico |ecessiciaqunlue 6 Isolamento térmico barreira pira-vapor 7- Eventual acabamento interior “TI ST-Sub-telha, onde previsto I 0 I E- Barreira pira-vapor, se necessiria | = Isolamento entre varas ou painéis ou STt MWFF N Ei® | Ei entre clementos de estruturas ligeiras | S-PSE N N N = Acabamento interior aplicado sob as vvaras ou painéis ou sob elementos de eseruturas ligeiras E1@ | E2@ or: MW-FF st2 el a | S-PSE eae: 150 Ccarcrapo de Bains Phr-Vapre sn Apeasbo Quadro 5.9 (cont.) - Recomendagdes do CSTC [45] para a constituigio de cobert adas com revestimento em telha cerimica ou de betao, sem in guarda-pé nem estrutura de suporte em paingis, Esquema de principio de composigio da Classe E da barveira para cobertura vapor, se necessiria, em foe fungio da classe de clima 2: Ripado ¢ contra-ripado anterior 3 Vara Subtelha 1) |. Marie [Ni significa que no € 4. Madre ‘solamento térmico | necessiria qualquer 6 Isolamento térmico ira phra-vapor 7- Eventual acabamento interior ST- Sub-telha, onde previsto i Tee | eau E-_Barreira péra-vapor, se necessiria ~Tsolamento aplicado sobre varas ou sobre elementos de estruturas ligeiras = Com ou sem acabamento interior sem substelha S.PSE N/|N|N 151 Caraceiegio de Bancirs Pi Vapor sus Aplcngion Quadro 5.10 - Recomendagées do com revest ‘C [45] para a constitui¢ao de coberturas inclinadas estrutura de suporte em painéis mento em telha cerimica ou de betio, com guarda-pd ou Chasse E da barveira pare Esquema de principio de composigio da cobertura vapor se necessiria, em eae fungio da classe de clima 2 Ripado e contrripado eine! 3. Va Acabamemto | Materialde | Né significa que no é Seite interior | isolamento térmico | ecessiria qualquer} 5. Guarda-pé barreira pira-vapor 6 Isolamento térmico iZ 7 7- Eventual acabamento interior 8 Painel sandwich Se ee E- Burreira pira-vapor, se necessiria re ~ Estrutura de suporte do tipo T5 ou sem MW-EF N_ [bi | Bam T6é acabamento_ N E20) ~ Isolamento aplicado sob a estrurura] ~~ os . de supomte, entre as varas ou clementos de estrusuras ligeiras ~ Acabamento interior existente ou mio com MW-FF N 10 | E2@ acabamento S-PSE N N | E2@ 152 CCaneterizago de Barris Pirs:Vapor esa Aplcaio Quadro 5.10 (cont.) -Recomendagdes do CSTC [45] para a constituigio de coberturas inclinadas com revestimento em telha cerimica ou de betio, com guarda-pé ou estrutura de suporte em paingis Exquema de principio de composigio da Chie E di barveina pine cobertura vapor, se necessiria, em ee fungio da classe de clina 2. Ripado e contra-ripado: cere aaa Acabamento Material de | Ni significa que nio é + Madre interior isolamento térmico | "ecessiria qualquer Guarda-pd barzeira pira-vapor Isolamento térmico ae 7- Eventual acabamento interior I I i 8- Paine! sandwich 1 E- Barreira pira-vapor, se necesséria 7 Enmutura de suporte do upo TS ow T6 ov estrmtura de supore combinada TS ou Té + material isolante ~ Acabamento interior existente ou nio comousem | MW-FFS-PSE | N | N | N acabamento 153 CCaaceriagia de Baris Pir-Vapore sua Apliagio C [45] para a constituigio de coberturas Quadro 5.10 (cont.) ~Recomendagdes do inclinadas com revestimento em telha cerimica ou de betio, com guarda-pé ou estrutura de suporte em pain Esquema de principio de composigio da Ghisse E da barreina pint coberura vapor, se necessiria, em unio da classe de clima 1+ Revestimento exterior fans ee 2. Ripado e contra-ripado eka Acabamento Material de 4+ Madre interior | isolamento térmico 5. Guarda-pd 6 Isolamento térmico 7- Eventual acabamento interior 8. Painel sandwvich i ew E. Barreira pira-vapor, se necesséria Estrutura de suporte do upo TS ou] ‘To (paingis sandwich) interior N: significa que no é necessiria qualquer barreira piea-vapor com ou sem acabamento MW-S-PSE, N N N 5.3.3.5.6 Coberturas com Revestimento em Ardésia Natural ou de Fibrocimento No Quadro 5.11 € no Quadro 5.12, que se seguem, encontram-se as regras de concepeio referidas pelo CSTC [45] para coberturas com revestimento em ardésia natural ou de fibrocimento. 154 (Curacao de Barras Pira-Vapore sua Aplicasio Quadro 5.11 - Recomendagées do CSTC [45] para a constituigao de coberturas inclinadas com revestimento em ardési: estrutura de suporte em painéis natural ou de fibrocimento, sem guarda-pé nem Exquema de principio de composigio da cobenura ‘Chasse Edi barveins pina ‘apo ot, se mecessiria, em (Caracrizagio de Barris Pir: Vapor esua Apiacio oe fungio da classe de clima 2 Ripado e contra-ripado interior. a Subselha GT) | Material de | Ne significa que nio é 4 Madre isolamento térmico | necessiria qualquer 6+ Tsolamento térmico barreira pira-vapor 7. Eventual acabamento interior ae ST: Sub-telha, onde previsto I ni ML E+ Barreira pira-vapor, se necessacia ~ Trolamento entre as varas ow panels] MEF N [fim] En ou entre elementos de estruturas| “™S#>*6™" S-PSE nN | NIN ligeiras ST MW-FE NO BO) Ei ~ Sub-celha, se previsto, colocado sobre| S-PSE N [oN | Ew co material de isolamento térmico [""""" op rrrrerernrereccees cals MW-FF N | Eo | E20 oe S-PSE N | N | Eo 155, Quadro 5.11 (cont.) - Recomendagdes do CSTC [45] para a constituigio de coberturas mm ardésia natural ou de fibrocimento, clinadas com revestimento sem guarda-pé nem estrutur d s suporte em pain Enquems de principio de composigio da coberts 1+ Revestimento exterior 2. Ripado e contea-ripado 3 Vara 4 Madee 6 Isolamento térmico Substelha (ST) isolamento térmico Chisse E dh barreira pia vapor, se necesséria, em fungio da classe de clima Materialde | N: significa que nio é necessiria qualquer barreira pira-vapor 7 Eventual acabamento interior ST-Substelha, onde previsto jeer u | m E-_Barreira para-vapor, se necessiria [= Isolamento entre as varas ou paindis MWFF N | £i@ | Ei@ ou entre elementos de estruurs| STL s N | N | 1 ligeiras PSE N N N ~ Acabamento interior aplicado sob as ae alae | vvaras ou paingis ou sob elementos de escruturas ligeiras N | E10 | E20 N | N | E20 156 (Caramerzago de Barrens Plea Vapor e sus Aplcsio Quadro 5.11 (cont.) -Recomendagdes do CSTC [45] para a constituigio de coberturas inclinada sem guarda-pé nem estrutura de suporte em pa com revestimento em ardés natural ou de fibrocimento, ‘Carazeiagia de Basis Pic: Vapor eu Aplcagio quema de principio de composigio da Chasse Eda barreira pare cobertura vapor, se necessiria, em 1. Revestimento exterior funglo da classe de cima 2. Ripado e contra-ripado anterior. 3. Vara Subsetha (61) | Materalde [Ns significa que nio & + M. isolamemto térmico | necessiria qualquer 6 Isolamento térmico barreira para-vapor 7- Eventual acabamento interior} pases basa aes T- Sub-telha, onde previsto I n | E- Barreira pira-vapor, se necessiria Tsolamento aplicado sobre as vans cou sobre elementos de estruturas ligeiras = Com ou sem acabamento interior sem sub-telha SPSE N|N | N | 7 157 Quadro 5.12 ~ Recomendagdes do CSTC [45] para a constituisio de coberturas inclinadas com revestimento em ardési cimento, com guarda-pé ou estrutura de suporte em paingis natural ou de fi Ghisse E da barre’ vapor, se necessiria, er Esquema de principio de composigio da cobertur fangio da classe de clima I Revestimento exterior interior. 2 Ripado € comtra-ripado NE significa que nfo é ae ‘Acabamento Material de + Madre interior | isolamento xérmico |ecessiria qualquer 5 Guarda-pd barreira pira-vapor ee 6 Isolamento témiico 7- Eventual acabamento interior 8 Painel sandwich oe E. Barreira péra-vapor, se necesséria = Estrutura de suporte do tipo T5 ou ‘sem MWEF N | Ei | E20 Té acabamento S-PSE N E20 ~ Isolamento aplicado sob a estrutura ai : oa de suporte, entre as varas ou clementos de estruturas igeiras ~ Acabamento interior existente ou no com MW-FF N E1@ E20) acabamento S-PSE N | N | B@ 158 (Cuaneraagio de Baris Pir: Vapore sua Aplcagio. Quadro 5.12 (cont,) -Re. i mendagdes do CSTC [45] para a constitui nadas com revestimento em ardésia natural ou de filrocimento, de coberturas com guarda-pé ou estrutura de suporte em paingis Exquema de prindipio de componigio da cobertura 1. Revestimento exterior 2. Ripado e contra-ripado 3. Vara ] Classe E di barre vapor, se necesséria, em fungio da classe de clima interior Acabamento Muterialde [N+ significa que nio é 4 Madre imterior | isolamento térmico | €Cessiria qualquer 5+ Guardapd barreita pira-vapor 6 Isolamento térmico - [sce a 7- Byemual acabamento interior 8 Painel sandwich Coe E- Barreira para-vapor, se necessiria Estrutura de suporte do tipo TS ou 7 Te ou estrutura de suporte combinada T5 ou T6 + material isolante ~ Acabamento interior existente ou nfo | comousem | ays pop Nn acabamento (Cancrizagio de Bares Pia: Vapor e sus Aplieagio 159 Quadro 5.12 (cont) -Recomendagdes do CSTC [45] para a constituigio de coberturas inclinadas com revestimento em ardésia natural ou de fibrocimento, com guarda-pé ou estrutura de suporte em paingis Esquenta de principio de composigio da T Classe Ee da barveita pa cobertura vapor, se necessiria, em fungio da classe de clima 1. Revestimento exterior ‘ 2+ Ripa e contra-ripado eee 3 Ean Acabamento | Materialde | Ni significa que no é Mate interior | isolamento térmico 5- Guarda-pé | ba 6 Isolamento térmico necessiria qualquer ira para-vs Eventual acabamento interior Painel sandwich Barreira pira-vapor, se necessiria [= Estrutura de suporte do tipo TS ou Ts (painéis sandwich) com ou sem Pee N on acabamento, 5.3.3.5.7 Coberturas com Revestimento em “Telha Asfaltica” No Quadro 5.13 € no Quadro 5.14. que se seguem, encontram-se as regras de concepsio referidas pelo CSTC [45] para coberturas com revestimento em “telha asfaltica”, sem e com guarda-pé ou estrutura de suporte em painéis, respectivamente. 160 CCarareizagio de Barias Pies Vapor e wea Apiagio Quadro 5.13 - Recomendagdes do CSTC [45] para a constituigio de coberturas inclinadas com reve! is suporte em pain nto em “telha asfiltica”, sem guarda-pd nem estrutura de Esquema de principio de composigio da T Chasse E da barveira pin cobertra vapor, se necessiria, eas 1. Revestimento exterior fungi da classe de clima 2. Ripado e contra-ripado interior, 3. Vara Sub-celha ST) |. Meriatde | Ne significa que nfo & 4 Madre isolamento térmico | pecessiria qualquer 6 Isolamento térmico barveira pira-vapor 7- Eventual acabamento interior a ST-Sub-telha, onde previsto 1 fu | mw E- Barreira para-vapor, se necesséria = Tsolamento entre as varas ou paindis[ | MWEF Ea ou entre elementos de estrituras| SPSE E2 ligeicas st MW ea ~ Sub-telha, se previsto, colocado sobre S-PSE E20 ‘o material de isolamento térmico alae = i MW-EF N | E10 | B20 S-PSE N N E20 161 CCanseriago de Barris Psa-Vapor sua Aplicag io a adro 5.13 (cont.) -Recomendagdes do CSTC [45] para a constituigio de coberturas inclinadas com revestimento em “telha asfaltica”, sem guarda-pé nem estrutura de suporte em paingis Esquema de principio de composigio da | cobertura 1. Revestimento exterior Ripado e contra-ripado 3 Var 4. Madre 6- Isolamento térmico 7. Eventual acabamento interior E a Substelha 61) isolamento térmico Glisse E da barreina pare por, se necessiia, em faangio da classe de clima interior Mnerial de | N: significa que nio é qualquer barreita pira-vapor ST- Sub-telha, onde previsto I 1 or Barreira para-vapor, se necessiria Isolamento entre aS varas ou painels oT —] MW-FE WN E20 ou entre elementos de estruturas S-PSE N E20) ligeiras - ae a ~ Acabamento interior aplicado sob as varas ou paingis ou sob elementos de estruturas ligeiras | MW-FF N E1@ E2@) st S.PSE N [oN | E20 162 Cancueisgio de Barra Pira-Vapore sua Aplicagio mendagdes do CSTC [45] para a constituigao de coberturas sfaltica”, sem guarda-pé nem Quadro 5.13 (cont.) -Re inclinadas com revestimento em “telha estrutura de suporte em painéis Tsquema de principio de composigio da] Chasse eda barreira pica cobertura vapor, se necessiria, em ee fungio da classe de clima 2. Ripado e contra-ripado cae 3 Vara Sub-tetha Gry], Materlde [Ns significa que nfo & 4 Madre isolamento térmico | necessiria qualquer 6+ Isolamento térmico baereira pira-vapor ?- Eventual acabamento interior eleseaaa: [pena ST- Sub-telha, onde previsto I I mr E-_Barreira para-vapor, se necesséria —Tsolamento aplicado sobre as varas ou sobre elementos de estrururas ligeiras ~ Com ou sem acabamento interior sem sub-telha S-PSE N N E2e) 163 CCorsteriago de Bares Pre Vapor esa Aplicaion o de coberturas inclinadas Quadro 5.14 ~ Recomendagdes do CSTC [45] par com revestimento em “telha asfiltica”, com guarda-pé ou estrutura de suporte em painéis Esquema de principio de composigio da] Classe E da barreira para: vapor, se necessiria, em fungio da classe de elima coberuira 1- Revestimento exterior 2. Ripado e contra-ripado ae Acabamento Material de 4 Made interior | isolamento térmico 5. Guarda-pd 6- Isolamento térmico 7- Eventual acabamento interior 8+ Painel sandwich eae E- Barreira pira-vapor, se necessiria ~ Estrutura de suporte do upo TS ow ‘sem MW-FF N | £10 | B20 Té acabamento S-PSE N N E20 interior Nz signifien que nio é necessiria qualquer barreira péra-vapor = Isolamento aplicado sob a estrutura de suporre ~ Acabamento interior existente ou io ~ Sub-telha, se previsto, colocado sobre a estranura de suporte E1® | E20 N | B20 com MW-FF acabamento S-PSE Zz ole | i ee é ial ay al 164 CCaraceragio de Barer PiraVapore soa Aplicaso Quadro 5.14 (cont) - Recomendagdes do CSTC [45] para a constituigio de coberturas inclinadas com revestimento em “telha asfaltica”, com guarda-pé ou estrutura de suporte em paingis Exquema de principio de composigio da Chisie E dh Barreina par cobertra vapor, se necessiria, em eRe ae fungio da classe de climss 2 Ripado e comtracripado imtetior. ee Acabamento | Materialde [N+ significa que nio & eae interior | isolamento térmico | eeessiria qualquer 5 Guarda-pd 2 pisi vapor Isolamento térmico —F 7- Eventual acabamento interior 8. Paine sandwich eee eal E- Barreira para-vapor, se necessiria | — Estrutura de suporte combinada TS sem MW-FF N EL E2 ou To acabamento S-PSE N N E2 = Acabamento interior existente ou no ~ Sub-telha, se previsto, colocado sobre a estrutura de suporte com MW-FF N | E1® | B2% acabamento S-PSE N N | E2?) ? 165 (Csractrizagio de Bares Psa: Vapor esos Aplicasio 5.3.3.5.8 Coberturas com Revestimento em Placas Perfiladas de Fibrocimento, Metal ou Material Sintético s do CSTC [45] para a constituigso de coberturas inclinadas nto em placas perfiladas de fibrocimento, metal ou material Quadro 5.15 - Recomenda com revestini sintético Classe E ch barveira pare vvapor, se necessivia, em Esquema de principio de composigio | fungio da classe de clima da cobertura imerior. Acabamento das ee ee 1. Revestimento exterior juntas e tipo de Miele eee i © 4 Madre revestimento | isolamento térmico | MCCS Gunes 6- Isolamento térmico exterior ee 7- Eventual acabamento interior X: significa que o tipo de E- Barreira pira-vapor, se necessiria coberturs nfo é adequado T 1 | i ~Trolamiento térmico entre as madres [Sem ~ = Sem acabamento interior estanquidade: Fibs | MW-FF N El | E10 = Fibrocimento cee la ew . Laie 8) MW-FF N | em] x mi S-PSE igs ene a sintético Com | estanquidade: | MW-FF fae E10) EW s N | N | Ew - Fibrocimento PSE N N N > Meal 9) aw.nF N | Em] x me S-PSE N N ae sintético t | ate | I 166 Cnet de Baris Pie Vapor an Apliagio Quadro 5. (cont.) -Recomenda [45] para a constituigao de coberturas inclinadas com revestimento em placas pertiladas de fibrocimento, ial sintético metal ou mater Chase E di bavreira para : : vapor, se necessiria, em quem de principio de composisio eee ee ads da cobertura interior Acabamento das oe a 1. Revestimento exterior juntas tipo de | Material de ee 4 Madre revestimento | isolamentorérmico {PCN guslauer 6- Isolamento térmico exterior oon 7- Eventual acabamento interior X: significa que o tipo de E- Burreira para-vapor, se necessitia coberura io. é adequado T Lam ~ Teolamento térmico entre as madres | Sem a = Com acabamento interior escanquidade Fibrocimento| NWTF eae SPSE Na GEN ae ‘ ee ot) MW-FF N | He] x intética oe eee | Com | estanquidade: MW-FF N | Bia | E2 s N | N | zie = Fibrocimento ee lal a . a MW-EF nN | H@| x a spe | N | N | X sintético Bea 167 (Cancerizagia de Barras PirVapor sua Aplcagio 5.4 REGRAS DE CONCEPCAO DE PAVIMENTOS, 5.4.1 GENFRALIDADES Ase condensagdes internas, estio presentes na BSI. que se apresentam de seguich, para constituisio de pavimentos face a0 problema das guintes tipologias [17], distinguindo-se as construtivast + Pavimentos exteriores elevados; + Pavimentos térreos; + Pavimentos suspensos, que so pavimentos térreos nos quais é criado um espago de ar ventilado, normalmente designado de vazio sanitirio, entre o terreno € 0 pavimento, 5.4.2 PAVIMENTOS EXTERIORES ELEVADOS Os princfpios de concepgio dos pavimentos exteriores elevados face & difusio de vapor de Agua sio 05 mesmos que se referiram anteriormente para paredes e coberturas, tendo em conta que a situagio ‘mais condicionante normalmente ocorre para o fluxo em sentido descendente ~ estagio fria. Tal como acontece com as paredes com isolamento pelo interior, os pavimentos elevados, normalmente, apresentam mais problemas quando a camada de isolamento térmico é aplicada sobre aestratura de suporte (Figura 5.25). Nestes casos, se essa estrutura de suporte for pouco permesvel 20 vapor, como & 0 caso das lajes de betio ou aligeiradas geralmente utilizadas, aconselha-se a colocagio de uma barreira paravapor acima da camada de isolamento térmico, com uma permelincia inferior a cerca de 4x10" ke/(m's-Pa) [17] 1.a2- Acabamento interior ti 1 oa it va = 311 . 4 Toren 2 a ee piravapor, se &, we & # : 3a 4- Isolamento térmico 5 45 ~ Laje de suporte Figura 5.25 ~ Pavimentos exteriores elevados com isolamento térmico aplicado sobre a estrutura de suporte [17] 168 (Caaceriasto de Bares Pir Vapore sus Aplicagio Nos pavimentos com isolamento térmico aplicado soba estrutura de suporte, os tiscos de ocorréncia de condensagées A camada de nternas sio pequenos, desde que as camadas subjacent isolamento, nomeadamente 6 revestimemto exterior, nfo apresentem elevada resistencia 3 difusio de vapor de Agua (Figura 5.26). As recomendacdes apresemtadas no § 5.2.2.2, para paredes com isolumento pelo exterior e revestimemto delgado, também se poderio adaptar a este tipo de elementos construtivos 1 & oe La2-Laje estrucural oe Sr ee } ? 243 - Isolamento térmico AAA Se. LD rT resisténcia & difusio de vapor de agua Figura 5.26 - Pavimentos exteriores elevados com isolamento térmico aplicado sob a estrutura de suporte e revestimento exterior continuo [17] Nos casos em que o revestimento exterior & pouco permetivel a0 vapor, deve criar-se um espaco de ar ventilado entre o revestimento exterior e a camada de isolamento térmico, com uma espessura nio inferior a 50 mm (Figura 5.27). A ventilagio desse espago deverd ser assegurada por aberturas em lados opostos do perimetro do pavimento, com uma seco equivalence a uma abertura continua com 25 mm de largura, 20 longo desses lados (17). Refira-se que nestes casos, apesar da norma em causa no o prever, também se pode equacionar a aplicagio de uma barteira para-vapor mas sem nunca eliminar 0 espaco de ar ventilado, para permitir a secagem de humidade que possa atingir 0 espaco compreendido entre o revestimento exterior € essa barreira. 1a 2~ Laje estrutural f A B ic 2a 3 - Isolamento térmico fit f a4-Espago de ar ventilado com CROTON?» °° psa a enor 30am 250mm Ng Eepago de Ar Ventlado L a Sq — 4a5~Revestimento exterior com clevada resisténcia 4 difusto de vapor de égua Figura 5.27 - Pavimentos exteriores elevados com isolamento térmico aplicado sob a estrutura de suporte ¢ revestimento exterior descontinuo [17] ‘Carsctsnagio de Rares Pir. Vapor esa Apso 169 Nos pavimentos en que a canada de isolamento térmico é aplicada sob a estrutura de suporte, a atinja essa estrutuza (a humidade de consteugio © com causas fortuitas sio as mais humidade que gradagio comunts) teri maior dificuldade de transferéncia para o exterior, aumentando os riscos de de dos acabamentos interiores, 0 que se tora particularmente preocupante em pavimentos com revestimento & base de madeira ou em materiais pouco permeiveis, como por exemplo os lindleos Asin, para além das recomendagdes jf apresencadas, nestes casos & desejivel que todas as camadas situadas sob a estrutura de suporte, incluindo as de isolamento térmico, nfo dificukem a transferéncia de gua, o que poder ser contradisério com outros requisitos ji mencionados, Por ikimo, apresenta-se a situagio de pavimentos exteriores elevados com estrutura de suporte descontinua (vigas ou barrotes). Nestes casos, desde que as camadas subjacentes 0 isolamento térmico mio tenham elevada resisténcia & difusio de vapor, os riscos de ocorréncia de condensagdes internas so baixos. Contudo, se as camadas subjacentes ao isolamento ou a propria camada de isolamento térmico forem pouco permeéveis 20 vapor de Agua, entio os riscos de degradacio do pavimento sio mais elevados. Se 0 acabamento interior for em madeira e a estrutura de suporte em metal ou betio, sio necessirios alguns cuidados. Nestes casos, e nas situagGes em que os elementos pontuais da estructura de suporte formem uma ponte térmica importante através da camada de isolamento, a madeira de acabamento nfo deve ser aplicada directamente sobre a estrutura de suporte, pois as condensagdes que podem resultar dai podem provocar o seu colapso [17]. 1.2 Acabamento em madeira 2.a3 ~ Espago de ar (opcional) 3a 4- Isolamento térmico 4a5~Revestimento exterior com baixa resisténcia A difustio de vapor de agua Figura 5.28 - Pavimentos exteriores elevados com acabamento em madeira ¢ estrutura de suporte descontinua [17] 5.4.3 PAVIMENTOS TERREOS Nos pavimentos térreos, apesar de na estactio fria 0 fluxo de vapor de 4gua normalmente se verificar no sentido descendente, existe a possibilidade de, em espacos nfo aquecidos, o sentido do fluxo se inverter, devido 20 seu estado de saturagio e 3 sua inércia térmica, que permite temperaturas superiores ’s do ambiente, que arrefece mais rapidamente 170 Cantino de Bares Pir: Vapor sua Apiagio Face a este risco, nos pavimentos com revestimento pouco permeivel xo vapor, como acontece por exemplo com as madeiras envernizadas ou os lindleos [17], sio clevados os riscos de ocorrtncia de condensiSes sob esses revestimentos, a menos que exista uma camada subjacente com clevada resisténcia& difusio de vapor. do de uma memb 2 estanque para Nos pavimentos térreos, normalmente, aconselha-se a apli evitar a ascensio de humidade, que na generalidade dos casos oferece a resistencia & difusto de vapor suficiente. Contudo, a sua aplicagio ter4 que ser cuidada para evitar perfuragdes ou outrss deficiéacias que comprometam a sua estanquidade. Apesar de em Portugal nio ser corrente a aplicasio de isolamento térmico em pavimentos térreos, fem seguida apresentam-se as recomendagdes da BS1'5250 [17] para a realizagio deste tipo de pavimentos. Nestes casos, uma vez que é aplicado isolamento térmico, deixa de ser provavel a existéncia de problemas devido & ocorréacia de fluxo no sentido ascendente, Nos pavimentos em que a camada de isolamento térmico é aplicada sobre 0 massame de betio (Figura 5.29), podem ocorrer condensagées na face superior do massame (aa medida em que o fluxo se da normalmente no sentido descendente). Se forem consideradas prejudicinis, deve aplicar-se uma barreira péra-vapor sobre o isolante térmico, com uma permefncia nfo superior a cerca de 4x10 kg/(m?-s-Pa) [17]. 1a2 -Acabamento interior 2.a3 ~ Barreira pira-vapor, se necesséria 3.a4~ Isolamento térmico rigido 4.25 ~ Membrana de estanquidade (pode ser aplicada sob o massame) 5a 6 - Massame de betio Figura 5.29 - Pavimentos térreos com isolamento térmico sobre o massame [17] Nos pavimentos térreos em que a camada de isolamento térmico & aplicada sob o massame de betio (Figura 5.30), deve aplicar-se uma barreira pira-vapor sobre a camada de isolamento térmico, com uma permeincia nfo superior a cerca de 2x10" kg/(m's-Pa) [17 actuando também como membrana de estanquidade. Nestes casos, a camada de isolamento térmico deverd ter capacidade para resistir as cargas superiores, mais elevadas, e nfo dever’ absorver humidade (17) Cracernai de Barc ir. Vapor ea Apeasio i 1 ~ Acabamento interior 2a3~Massame de betio 3a4— Membrana de estanquidade, actuando também como barreira pira-vapor 425 — Isolamento térmico rigido Figura 5.30 ~ Pavimentos térreos com isolamento térmico sob o massame [17] Refirase que em Portugal nio é corrente aplicar isolamento térmico em pavimentos térreos, pelo que a necessidade de aplicagio de uma barreira para-vapor, que geralmente actua também como membrana de estanquidade, depende da sensibilidade & humidade dos componentes, nomeadamente dos revestimemtos. Exemplos de pavimentos que levantam este tipo de preocupagdes sio os pavimentos com revestimento em madeira ou & base de membranas pouco permedveis, coladas com materiais sensiveis 4 humidade, Nestes casos deve aplicar-se uma barreira pira-vapor sob o massame de beto, com uma permefincia io superior a cerca de 2x10 kg/(m*s-Pa). A aplicagdo dessa barreira deverd ser efectuada em condig6es que garantam 0 seu bom funcionamento, pelo que, se for necessério, devers ser aplicada sobre uma camada de regularizacio adequada. 5.4.4 PAVIMENTOS SUSPENSOS ABSI 5250 [17] prevé dois tipos de pavimentos suspensos, ambos com isolamento térmico, que sio 05 pavimentos em madeira, com estrutura de suporte descontinua (Figura 5.31), € os pavimentos com estrutura de suporte em laje prefabricada de betio e isolamento térmico sobre a laje (Figura 5.32). Nos pavimentos de madeira, 0s riscos de ocorréncia de condensagdes internas sio baixos. Contudo, deve existir ventilagio cruzada do espago de ar, por forma a evitar a degradagio dos componentes do pavimento. A secgio dos orificios de ventilagio deveri respeitar o mais condicionante dos seguintes valores 17} + 1500 mm’ por cada metro de desenvolvimento do perfmetro do pavimento; + 500 mm? por cada m! de frea de pavimento. 172 (Caracerizagi de Bains Pict Vapor e sua Aplicaso almente deverio Nestes casos, a camada de isolamemo e eventuais camadas subjacentes preferenci apresentar clevada permeabilidade a0 vapor, caso contririo qualquer humidade que atinja as caumadas superiores teri mais dificuldade de secagem. Pela mesma razio, nijo se devem utilizar barreiras pira-vapor neste tipo de elementos 1a 2-Acabamento interior em madeira 2.43 ~ Espaco de ar (opcional) 3a 4 ~ Isolamento térmico = Espago de ArVentiado —= 4a5~Espaco de ar ventilado 5.a 6 ~ Betonilha de regularizacio Figura 5.31 - Pavimentos suspensos em madeira [17] Nos pavimentos suspensos com estrutura de suporte em laje prefabricada de betio e isolamento térmico sobre a laje ¢ provavel a ocorréncia de condensagées na face superior da laje. Se for considerada prejudicial, o que normalmente niio acontece, devers aplicar-se uma barreira para-vapor sobre a camada de isolamento. Deve ventilarse 0 espago de ar criado, para evitar humidades relativas elevadas nesse espago [17] 1a2~ Acabamento imerior 2.a3-Isolamento térmico rgido 3.a4~ Laje prefabricada de betio Espayo de Ar Ventiado | 4.5 ~ Espaco de ar ventilado VIDIPIIA PATIL AOE Figura 5.32 - Pavimentos suspensos com estrutura de suporte em laje prefabricada de betao [17] CCanceszagio de Batis Pir Vapore sus Apligio 173 6. CONCLUSOES 6.1 CONSIDERAGOES FINAIS © problema das condensagdes internas tem evidenciado a imporincia dos estudas da transferéncia de vapor de ‘gua através da envolvente dos edificios ¢ a necessidade em definir rogeas qualitativas e quantitativas para a concepsio dos elementos que a constituem, face 4 difusio de vapor de Agua, Um dos componentes que poder ser de grande importincia no controlo deste fendmeno sio as barreisas pira-vapor, pelo que se tentou no presente trabalho apresentar os principais parmetros a ter em conta na sua selecgio ¢ aplicagio. Dos parimetros teferidos, realga-se a importincia do conhecimemto das caracteristicas de permeabilidade a0 vapor, pelo que se desenvolven uma campanha experimental com vista & determinasio dessas caracterfsticas, para alguns materiais que podem ser utilizados como barreiras pira-vapor. Esta tarefa & bastante exigente, uma vez que a normalizagio existente para este tipo de ensaios encontra-se bastante desenvolvida, obrigando a atender a varios aspectos. Alguns destes aspectos niio foram respeitados nos ensaios que se realizaram, pelo que os respectivos resultados no devers ser utilizados sem alguma precaucio. No que toca as restantes caracteristicas das barreiras péra-vapor que influenciam a sua escolha e aplicagio, indicam-se os principais critérios a considerar e em alguns casos indicam-se também alguns ensaios que podem ser efectuados para avaliar esses parimetros de forma mais objectiva Estas indicagGes baseiam-se sobretudo na normalizagio dos Estados Unidos da América, nfo se conhecendo documentagio europeia tio desenvolvida nesta Srea, Neste trabalho, apresentam-se também algumas regras de concepgio de elementos construtivos face A difusio de vapor, retiradas de diversa bibliografia estrangeira, vilidas para as situagSes mais correntes. Nos edificios com forte solicitago face 4 difusio de vapor ~ edificios com higrometria muito forte -é imprescindivel simular a transferéncia de vapor de 4gua através dos elementos da sua envolvente, por forma a avaliar os riscos de ocoréncia de condensagées internas. Um dos modelos mais utilizados, em engenharia civil, na andlise deste fenémeno é 0 modelo de Glaser, devido 4 sua facilidade de exploracio grifica A prEN ISO 13788 [52] sugere uma metodologia para o cilculo de condensagées internas em elementos construtivos que tem como base o modelo de Glaser, com a diferenga de tomar em consideragio o efeito da secagem. 174 (Ceraerisagio de Barras Pira-Vapor aus Aplcasio © programa “CONDENSA”, desenvolvido no Laboratrio de Fisica das Construges ~ LFC da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - FEUP com base no modelo de Giaser constitu uma ferramenta de grande utiidade na modelagio do problema das condensagdes internas. Refira-se, contudo, que este programa no toma em consideragio o efeito da secagem: Para a realizagio de estudos de simulagio da ransfer8ncia de vapor através dos elementos construtivos & necessitio conhecer as caracterfsticas higrotérmicas dos ambientes adjacentes, assim como as caracterfsticas de condutibilidade térmica e de permeabilidade ao vapor dos diferentes componentes. Assim, procurou-se explicitar os principais partmetros utilizados em psicrometria (temperatura, humidade relativa, etc), apontaram-se critérios para estimar as solicitagdes higrotérmicas a que a envolvente dos edificios & sujeita e no Anexo II apresemtam-se as caracteristicas de permeabilidade ao vapor de diversos materiais e elementos de construsio, recolhidas em bibliografia da especialidade. 6.2 ANALISE CRITICA DOS RESULTADOS As caracteristicas de permeabilidade ao vapor so as que maior infuencia exercem na escolha e aplicagio de barreiras pira-vapor, existindo uma classificaco deste tipo de componentes face a este parimetro, No entanto, existem outras propriedades que poderio ter maior ou menor importincia no desempenho de uma barreira para-vapor, de acordo com o tipo de aplicasio pretendida, tais como: + Resisténcia mecfinica, nomeadamente a esforgos de tracgio, pungoamento, etcs + Elasticidades «+ Estabilidade dimensional; «+ Estabilidade higrotérmica; « Resistencia a agentes de deterioragio: + Facilidade de fabrico, aplicagio e selagem das juntas; + Adequado comportamento a0 fogo; + Aderéncia (normalmente sem importincia para barreiras do tipo membrana); + Etc, Da bibliografia consultada, apenas a de origem Norte Americana apresenta’critérios de avaliagio destes parimetros. 175 CCarcerizagio de Barras Pir Vapore sua Agliagio Os enstios de determinagio das caracteristicas de permeabilidade ao vapor de materiais ¢ elementos de construg sua t possive saientar os seguinte: No gue » encontram-se ji num estado de desenvolvimento que obriga a grandes euidados na ulizagio, que nem sempre foi possivel atender nos ensaios realizados, De qualquer modo, & aspectos, relativamente a este tipo de ensaios »saio utlizadas nfo foi a mais adequada, particularmente A configuragio das tinas de pari os provetes mais permefveis ao vapor, Nestes casos, a quantidade de dissecante utlizada revelou-se insuficiente, pois rapidamente se atingiram os valores méximos de adsorgio de humidade permitidos; A prEN ISO 12572 [53] no faz qualquer distingio entre dissecantes, no que toca & méxima quantidade de humidade que podem adsorver. A distingio que é feita pela ASTM E 96 [11] parece mais correcta; Recomenda-se a utilizagio de tinas com maiores dimensdes e com capacidade para colocar um volume de substincia condicionadora suficiente, para que os ensaios decorram sem que esse volume condicione o final premaruro dos ensaios; Convém efectuar previamente uma estimativa da permeancia dos provetes, por forma a seleccionar convenientemente os intervalos entre pesagens, em fungio da precisio pretendida e dos equipamentos de ensaio dispontveis; De preferéncia, devem utilizar-se tinas que permitam uma drea itil de ensaio superior a 500 cm’, minimizando assim os factores de erro nos resultados. A Area titil dever’ ser 0 mais préxima possivel da érea total dos provetes, assim como as éreas livres em contacto com as duas ambiéncias de ensaio também deverio ser o mais préximas possivel; Nio se devem ensaiar simulaneamente provetes com caracteristicas de permeabilidade 20 vapor muito distintas, pois obriga a diferentes intervalos entre pesagens, dificeis de compatibilizar; Para cada material ou elemento construtivo a testar deve ser ensaiado um provete de referéncia, de modo a avaliar convenientemente o efeito das variagdes de pressio atmosférica e outros factores de erro que possam surgir; No ensaio de peliculas de revestimento, é possivel que a escolha do betio celular como material de suporte no tenha sido a mais adequada, uma vez que este apresenta bastantes vazios. toca aos resultados obtidos nos ensaios realizados, refirase o seguinte: Os resultados obtidos nos ensaios de telas betuminosas so bastante dispersos, pelo que nfo se determinaram as respectivas caracterssticas de permeabilidade 20 vapor Esta dispersio devers estar relacionada com a reduzida dimensio das tinas de ensaio, 420 curto intervalo de tempo entre pesagens e &s variagSes da pressio barométrica; 176 (Cascerizasfo de Baris Pirs-Vapore sua Aplicasio + As peliculas de revestimento ensaiadas tambémn apresentaram alguma dispersio de resultados, com excepgio da emulsio betuminosa do tipo_t. Para os restames materials a dispersio foi mais aeentuada nos provetes em que foram aplicada menores quantidades de material de revestiniento, excepto nos provetes revestidos com pintura betuminosa do tipo 2, Admite-se que 0 tipo de suporte utilizado também esteja na origem das diferengas verificadas; + Recomenda-se um apertado controlo das condigdes de aplicagio de peliculas de revestimento, que deverio ser 0 mais préximas possivel das que serio utilizadas ma aplicagio pritica dessas peliculas e deverio ser devidamente descritas nos relatdrios de ensaio, Relativamente as regras de concepgio dos elementos construtivos face & difusio de vapor de ‘gua, salientam-se os seguintes aspectos + As paredes da envolvente normalmente utilizadas entre nds néo apresentam problemas de condensagées internas nas aplicagSes correntes, AAs situagdes mais preocupantes correspondem a solugées com isolamento pelo interior ¢ camadas exteriores (suporte e revestimento exterior) pouco permeaveis. Nas solugdes com isolamento pelo exterior, o revestimento exterior deveré ter uma permedincia 20 vapor de dgua elevada, caso contrisio é necessdrio criar um espago de ar entre isolamento € revestimento exterior, convenientemente ventilado; + As coberturas em terrago do tipo tradicional acarretam riscos elevados de ocorréacia de condensagées intemnas, caso. nio incluam uma barreira_para-vapor convenientemente localizada, Pelo contririo, as “coberturas invertidas” normalmente no apresentam problemas deste tipo; + Para as coberturas inclinadas existe, na bibliografia estrangeira, uma série de recomendagdes para evitar problemas de condensacées intemas. Estas recomendagées estio sobretudo relacionadas com a ventilagio de espagos de ar na cobertura ¢ com as caracteristicas de permeabilidade ao vapor mais adequadas para os diferentes componentes da cobertura, em particular das camadas situadas pelo interior de eventuais isolantes térmicos. Refira-se, no entanto, que algumas das regras apresentada pelo CSTB (que sio muito vastas) sio um pouco discutiveis, uma vez que para coberturas que, & partida, deveriam apresentar um comportamento idéntico face a0 problema das condensagSes intemnas, sto indicadas regras diferentes. E. possivel que as diferentes alturas de elaboragio dos textos consultados possa explicar parte destas diferencas; Nos pavimentos, as situages mais preocupantes verificam-se nos pavimentos térreos com revestimentos (ou outros componentes) sensiveis & humidificagio. Nestas sicuagdes & imprescindivel a utiizagio de uma barreira pira-vapor, cujo comportamento deveré ser adequado face as diferentes solicitagdes a que estar sujeitas 7 CCaectrizagio de Baris Pir: Vapore sua Aplicagio + Nos elementos construtives de estrucura mais eve, © problema das condensagdes internas normalmente & mais importante, face & maior dificuldade de compatibilizagio das diferentes exigdncias funcionais, Nestes casos, as “barreizas inteligentes” surgem como solugdes com um comportamento interessante deste ponto de vista, podendo ajudar a resolver problemas dificilmente comomniveis com os materiais mais io para convencionais, Refirase, contudo, que os métados tradicionais deen: determinagio das caracteristicas de permeabilidade 10 vapor poderio nio. ser adequados para este tipo de materiais. Além disso, 0 seu prinefpio de funcionamento assenta em pressupostos relacionados com as condigdes de utilizagio dos edificios que deverio ser devidamente equacionados, caso coniririo a sua utilizagio poderd nfo acarretar melhorias face as solugSes mais tradicionais. 6.3 DESENVOLVIMENTOS FUTUROS DA INVESTIGAGAO NESTE DOMINIO Com o presente trabalho pretendeu-se dar um contributo 20 estudo do comportamento dos elementos construtivos face & humidade, em particular da que resulta de problemas de condensagées internas, No entanto, existe ainda um vasto campo de investigacio neste dominio, do qual se podem referir os seguintes aspectos mais imediatos: + E necessitio estabelecer critérios objectivos para selecgio das barreiras para-vapor em fungio do fim a que se destinam, baseados na determinacio experimental de parimetros que permitam uma classificagio desses critérios de selecgio. Deste ponto de vista, a pritica Norte Americana deverd ser convenientemente estudada; + Os métodos de ensaio para determinagio das caracteristicas de permeabilidade 20 vapor dos materiais poderfo nfo ser os mais apropriados para utilizagio. com materials recentes, sendo necessirio encontrar crtérios de actuagio nestas situagdes; + Os modelos de simmulagZo das transferéncias de vapor tém ainda um largo espago de desenvolvimento. Contudo, a curto prazo é necessirio introduzir 0 fendmeno da secagem nos modelos de cflculo mais bisicos, atendendo as recomendagdes da prEN ISO 13788 [52]; + Para a utilizagio dos modelos de simulagio é imprescindivel conhecer as caracteristicas de comportamento higrotérmico dos diferentes materiais e elementos construtivos, assim como os dados climéticos. E portanto necessirio reunir esforcos com visa 4 disponibilizacio destes dados; + Com base nos novos modelos de simulagio disponiveis, deve efectuar-se um estudo sobre os riscos de ocorréncia de condensagdes internas nos elementos construtivos mais correntes, divulgando convenientemente essa informagio. 178 Cancteizagio de Barris Pir Vapor sua Aplicasio 7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS (1) Alaman, A.. Condiciones Higuidmnizas de Confort on Edificos - Monogralias del Instituto Eduardo Torroja de la construccién e del cemento (LE.T.cc:), n.? 268. Madrid, LE.T.c.c, 1968, [2] Alaman, As Yraola, F. Aguirre de. Condowsaions er Edificiién - Monogratias del Instituto Eduardo Torroja de la construccién e del cemento (1.E.T.cc), n.° 250, Madrid, 1 C64, 1965, [3] American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. (ASHRAE). ASHRAE Handbook - 1993 Fundanentals. Nova Torque, ASHRAE, 1993, [4] American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. 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Burch, Thomas e Fanney [19] e a ASHRAE 3] referem o valor de 57,2 x 10” kg/(m'-sPa) como sendo a permelncia erica (valor méximo) para classificar um determinado elemento como barreira pira-vapor. Outros autores propéem também uma classificagdo das barreiraspine-vapor em funcio da sua resistencia & difusio de vapor de Agua (ver $3). Capilaridade A Capilardade & 0 processo pelo qual um material absorve um liquido (4gua), por suesio, quando em contacto com esse mesmo liquid, [ee CCascrizag de Basra Pia: Vapore sua Aplicsio- Anant Coeficiente de Condutibilidade Térmica Coeficiente de Difusio do Vapor de Agua no Ar O Cagicione de Concibitdade Tenia de um material representa a quantidade de calor vessa um provete esse material que atr perpendicularmente as suas faces, planas € paralelas, por unidade de tempo e espessura, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitirio entre as duas faces, wim); W/o) © Corfciente de Difusio do Vapor de Aga no Ar depende da pressio atmosférica e da temperatura do ar, Alguns autores chegaram a diferentes expresses para a deverminagio deste coeficiente, sendo a de Schirmer a mais utlizada para célculos em regime permanente: = 2306x102 (%)(2)" D=2,306x10 (2) (2) Nesta expresso P,=101325Pa é a pressio atmosférica de referéncia Ty = 273,15K (0°C) é a temperatura de referéncia, m/s Coeficiente de Permeabilidade ao Vapor de Agua O Coeficiente de Permeatilidale ao Vapor de Agia de um material homogéneo representa a quantidade de vapor de agua que, por unidade de tempo e espessura, atravessa por difusio um provete desse material, perpendicularmente &s suas faces planas ¢ paralelas, quando sujeito a uma diferenca de pressio de vapor unitéria entre as faces. kg/(avs-Pa); g/(avhmmHg) Coeficiente de Permeabilidade a0 Vapor de Agua do Ar © Qrgfciente de Permedbilidade ao Vapor de Agua de ma lamina de Ar néo ventilada (ar on repouso) depende da pressio atmosférica e da temperatura do ar, podendo ser determinado a partir da seguinte relagio: kg/(asPa) 190 (Caracas de Barras Pia: Vapor esa Aplcagio- Anexo 1 Conceito/Parimetro Coeficiente de ‘Transmissio ‘Térmica © Cagfcionte de Tusnisio ‘Timiae de um elemento com uma dada espessura ¢ de faces planas e paralehs, representa i quantidade de calor que o atravessa perpendiculammente, por unidade de tempo e superficie, quando sujeito um gradiente de temperatura unitério entre as suas faces Unidade(s) W/m Condensagaes Internas As condensagées de vapor de agua podem ocorrer na superficie e/ou no interior dos materiais ou elementos As Condotsaies Intemas geram-se sempre que as pressbes parciais de vapor instaladas num dado ponto de um elemento igualam a pressio de saturagio, que depende das caracteristicas higrotérmicas do ar “interior” e “exterior” € da propria constinicio do elemento, Condensagées Superficiais As Condersates Syporfciis surgem quando a temperatura da superficie “interior” de um elemento ¢ inferior ou igual & temperatura de ponto de orvalho do ar da ambigncia “interior” e sio tanto mais provaveis, quanto menor for a resisténcia térmica do elemento, menor for a temperatura “exterior” e maior fora humidade relativa “interior”. Condutincia Térmica Superficial A Conditincla Térmica Superficial representa 0 fluxo de calor trocado entre a superficie de uum elemento e o ambiente adjacente (interior ou exteriox), devido, sobretudo, a fendmenos de convecgio e radiagio, por unidade de tempo e de superficie, para uma diferenca unitéria de temperatura entre a superficie do elemento e o ar ambiente. hy h, Wm"); W/m") (Caraserzaio de Batis PirVapor esa Apia - Anexo I 191 Conceito/Parametro | Curva de Adsorgio Higrosedépica A Gina de Advoniio Higoxdpics relaciona 0 wor dle humidade de equilibrio de um material com a humidade relativa do ambiente em que se encontra, para uma decerminada temperaturs Em geral, obtém-se curvas diferentes para variagdes de humidade relativa em sentido crescente e decrescente, Este comportamento & designado por HisterSis Unidade(s) existentes entre si designa-se por Diagione Psicronéeico. Este diagrama & sempre relativo a uma determinada pressio atmosférica, em geral a pressio atmosférica de referéncia, 0 HR [%) 100 Densidade de Fluxo | O Fluxo de Difusio de Vapor de Agua (G) g kg/ (ms); de Difusio de Vapor | referido & unidade de superficie designa-se por ‘ | de Agua Densidade de Fluxo de Difusio de Vapor de Agua, | o/(m*h) ou seja: | | | 8 | | Diagrama ‘A. representagio grifica das propriedades Psicrométrico | termodinSmicas do “ar hiimido” e das relagdes 192 Carreizasio de Berens Pen Vapor e sua Aplcagio- Anexo 1 Conceito/Parametro Espessura da Camada de Ar de Difusio Equivalente A Difisio & wm processo de mistura de pelo menos dois fluidos em que, na auséncia de | outras forgas de transporte, tais como fluso de iquido ou gis ow gradiente de temperatura, Juma maior concentragio de liquid ou gis | migrard sempre para uma regio de menor concentragio. A Espessura da Camada de Ar de Difusio Equivalente é a espessura da camada de ar em repouso que possui a mesma resisténcia 3 difusio de vapor de agua que o elemento construtivo de espessura (¢) Sq =e Ry = Hee Simbolo Unidade(s) Factor de Resisténcia & Difusio de Vapor de Agua © Factor de Resisténcia 4 Difusio de Vapor de Agua é um parimetro caracterlstico dos materiais, obtido pela relagio (dimensional) entre a permeabilidade a0 vapor de Agua do are a permeabilidade ao vapor de Agua do proprio material, que indica quantas vezes a resisténcia 4 difusfio de um provete desse material é maior do que a de uma camada de ar em repouso, de | igual espessura e sujeita 4s mesmas condigdes ambientais. Bay pete 7 Fluxo de Difusio de Vapor de Agua © Aluxo de Difisto de Vapor de Agua & a massa de vapor de 4gua que se difunde através de um elemento por unidade de tempo, no sentido normal & superficie, sob 0 efeito de um gradiente de pressio. parcial ou de} concentragio de gis (vapor de Agua). AP-A ke/sig/h | CCarcerizagio de Barras PirsVapare sua Aplcaio~ Anexo 193, metro Higrometria O parimetro designado por Higunstria waduz gua no © aumento da pressio do vapor de 4 imerior de um local em relagio ao exterior e consequentemente, define 0 gradiente de pressio de vapor de agua a que se encontra submetida a sua envolvente. O valor deste parimetro corresponde A relacio entre a produgio de vapor no interior de um local (@) ¢ 0 caudal de ventilagio (nV): aoe nV Unidade(s) kg/mn's g/ ‘m' Higroscopicidade A Higoscopicidade & a designagio que se dé a0 fendmeno pelo qual os materials fixam e 4gua| por adsorgdo e a restituem 20 ambiente em que se encontram, em fungio das variagées de temperatura ¢ de pressio parcial de vapor de agua. ‘Um material diz-se Higrscipico se a quantidade de Agua que & capaz de reter por adsorgio é relativamente importante Humidade do Ar © “ar seco” um ar anidro constituldo por uma mistura de gases, nomeadamente Oxigénio, Azoto, Argon e Anidsido Carbénico. © “ar hiimido” € uma mistura de ar seco € vapor de Agua, Define-se a Hiemidade do Ar a partir da quantidade de vapor que ele contém, em volume ou em massa. Eim vollone chama-se Humidade Absoluta do ‘Ar e corresponde a relacio entre a massa de | vapor de agua (m,) e o volume (V) de ‘ar| himido”: 194 CCarsrsiagio de Bars Pies Vapor sua Apliagio = Anexo 1 ee Simbolo | Unidade(s) Conccito/Parametro Humidade do Ar | Enr massa chama-se Teor de Humidade do Ar (continuagiio) | e corresponde 3 r de Agua (m,) ea massa de ar seco (mn) fo entre a massa de vapor Usa a u ke/kg Humidade Relativa | A Hionidede Relat é a relagio entre a massa de vapor contida no ar ea quantidade méxima de vapor que 0 ar pode conter, a uma determinada temperatura, O seu valor & dado pela relagio | entre a massa de vapor de Agua (m,) ¢ a massa | de vapor de gua de saturagio (m,.): my HR="* x 100 HR % My Considerando a hipétese de o ar ser um gis perfeito, este valor também pode ser obtido através da relagio entre a pressio parcial de vapor de gua (P) e a pressio de saturacio (P): B= #100 HR % Massa de Vapor de | A Massa de Vapor de Agua de Satrragioé a méxima| —m,, kg Agua de Saturagao | quantidade de vapor de dgua, em massa, que um provete de “ar humido” pode conter. O seu valor varia, de forma crescente, com a temperatura ¢ a pressio atmosférica. Permeabilidade | A Penmedbildade caracteriza a aptidio dos materiais porosos de serem atravessados por um fluido, quando submetidos a um gradiente de | pressio, 195 Corarerizasio de Barrera Pra Vapor sua Apliagio» Ancxo 1 Conceito/Parametro | Permeancia ao Vapor de Agua Detinigio ao Vapor de Agus de um elemento ¢ a densidade de fluxo de vapor de Agua que o atravessa, referida a diferenga de pressio parcial de vapor a que est sujeito entre as suas faces Para um elemento consticuldo apenas por um material homogéneo, © valor da sua Pemaizcia corresponde também & relagio | entre o Coeficiente de Permeabilidade 20 Vapor de Agua (x) do material ¢ a sua espessura () x Pe=— e Simbolo Pe Unidade(s) kg/ (ors Pa); 3/(o-h-mimlg) Porosidade Os materiais de construgio tém como caracteristica estrutural, a existéncia de poros na sua constinuigio. A natureza, a importincia e a disposigio destes poros permite definir diferentes tipos de porosidade, como por exemplo: - Porosidade fechada; - Porosidade aberta. 196 Casceicagio de Barris Pies Vapor e sus Aplicago -Anexo I Conceito/Parimetro Delinigio Simboto | Unidade(s) Porosidade Aberta | A generalidade dos materiais de construgio t8m Poresidade Abeta, Nestes materiais os vazios comunicam entre si, permitindo a circulagio de al € mais ow menos permefvel, em fungio da dimensio ¢ geometria dos poros. fluidos no seu interior. O mater Porosidade Fechada | Num material com Porosidele Fach, 08 vazios nfo comunicam entre sie 0 material permanece impermefvel Cae | uaa ° O° co Sy | ees: Pressio Atmosférica | © efeito da forga gravitica sobre as moléculas ou Barométrica | da mistura de gases que constitui o “ar himido” leva a que o ar exerga uma determinada pressio, a chamada Presséo Abnosférita on Baromérica, O valor da pressio atmosférica no. é constante, variando em fungio da altitude dos locais relativamente 20 nivel do mar. Ao nivel do mar a pressio atmosférica é de cerca de 101 325 Pa (pressio atmosférica de referencia). Pa, mmHg Cacteriago de Baers Phx Vapor sua Apizagio- Anco 197 Conceito/P: Consider himido” se comportam como gases perfeitos, de acordo com a lei de Dakon a pressio total (P.) da mistura de “ar hiimido” & igual A soma das presses parciais dos | gases que a constituem, ou se, é igual & soma da pressio parcial do ar seco (P,) com apressio parcial de vapor de 4gua (P): R=P,+P rando que os constituintes do Simbolo Unidade(s) Pa, mmblg Pressio Parcial do Vapor de Agua ‘A Pressio Parcial do Vapor de Agua é a pressio que este teria se ocupasse individualmente 0 volume ocupado pela mistura de ar considerada, Pa, mmig Pressio de Saturasio A Presto de Satsmagio & a pressio parcial mixima que pode atingir o vapor de agua no ar, para determinadas condigées de temperatura e pressio atmosférica. Pa, mmHg Resisténcia & Difusio de Vapor de Agua O inverso da Permefincia ao Vapor de Agua | (Pe) & designado por Resistincia a Dificio de Vapor de Agua (Rd) e representa a resisténcia que um elemento oferece & passagem de vapor de agua ie ms Pa/kgj m*hmmHe/g Resisténcia Térmica A Resistcia Térmice de um elemento de faces planas e paralelas é a resisténcia que esse elemento oferece & passagem de calor, na direcgio perpendicular ’s suas faces, por unidade de tempo e superficie, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitirio, 198 Cancxeriagio de Basis Pira-Vapore sus Aplcagia-Anexo1 ‘Taxa Hordria de Renovagio de Ar Temperatura de Ponto de Orvalho Definigio A Taxt Honiria’ de Rewaxio de Ar, que determinado volume de ar & completamente substituido numa hor corresponde a0 niimero de ve A. Tanpecatoa de Ponto de Onulio & a temperatura abaixo da qual se verifica a condensagio do vapor de 4gua contido no ar, ou seja, € a temperatura que, para uma determinada quantidade de vapor de égua do ar, corresponde a 100% de humidade relativa Simbolo | Unidade(s) Teor de Humidade Critica Q Teor de Hienidade Critco & 0 teor de humidade que um material apresenta quando em contacto com uma ambigncia saturada e abaixo do qual o transporte de agua por capilaridade é praticamente impossivel, kg/kg ‘Teor de Humidade Higroscépico O Thor de Hiomidade Higroseépio corresponde i quantidade de 4gua que um material contém quando em equilibrio com uma ambiéncia que apresenta uma determinada humidade relativa | Pode variar entre 0 zero absoluto, se o material estiver em contacto com uma ambiéncia de humidade relativa nula, e o Teor de Humidade Critico. CCaracerzago de Barrins Pia: Vapor e sus Apisgio- Ancxo 199 Simbolo | Unidade(s) Conceito/Parametro Teor de Humidade | Um material diz-se “hiimido” quando contém Jal | Agua no estado gasoso, liquido ou sélido, em simultineo ou no. A partir da quantidade de 4gua que um material contém, pode definir-se 0 seu Teor de Hienidade através da relagio entre a massa ou volume de agua e a massa e/ou | volume do material. Assim, pode ter-se: | - Teor de Humidade “Missico" (de utilizagio mais frequente), que comresponde & relagio entre a massa de Agua (m,) ¢ a massa do material no estado seco (m): de um Mate w = w ke/kg = Teor de Humidade em Massa Por Unidade de Volume, que corresponde 3 relagio entre a massa de agua (m) e o volume aparente do material no estado seco (Vo: Be jaa kg/m? Teor de Humidade Vollimico, que corresponde 4 relagio entre o volume de agua contido no material (V) ¢ 0 volume aparente do material no estado seco (V): 6 m/m | 200 Carscriagia de Barris Pia: Vapor e sus Apiagio~ Anexo Definigao Simbolo | Unidade(s) Conceito/Pat Teor de Humidade | Para evitar a confusio na_uilizagio destes de um Material | valores, H. Hens [75] propde que o tor de (continuagae) | humidade em massa por unidade de volume (x) seja utilizado para materiais com reduzida capacidade para fixagio de humidade, como por exemplo as rochas, 0 teor de humidade méssico” (w) se utilize para materiais com capacidade de fixagio de humidade significativa, como por exemplo as madeiras, e 0 teor de hhumidade volémico se utilize com materiais de elevada. porosidade, como por exemplo os materizis de isolamento. A quantificagio deste parimetro é de grande importincia, devido A sua influéacia nas propriedades dos materiais, nomeadamente a sua condutibilidade térmica e a sua permeabilidade a0 vapor de Agua. Os materials porosos correntemente utilizados na construcio podem apresentar teores de humidade variando entre 0 zero absoluto e 0 teor de humidade maximo. No entanto, estes valores extremos sio dificilmente obtidos em condigdes naturais. Na figura seguinte apresentase uma _descrigfo convencional dos diferentes teores de humidade que um material pode apresentar. io iw, IWe IW Waa | [Secagem] Dominic | Dominio [Humidificagao ‘Artificial |Higroscépico| _Capiler__| sob Presso Teor de Humidade | O Teor de Humilde Méxiroé 0 teor de humidade | Wan Maximo que um material apresenta quando todo 0 | volume nio ocupado pelo esqueleto sélido da estrutura porosa est preenchido com gua CCaracteriago de Barer Pirs-Vapor e sua Apinsio-Ancxo Conceito/Parimetro Definigio Simbolo | Unidade(s) Teor de Humidade | O Toor de Hienidade de Satunagio corresponde a de Saturagio | quantidade de Agua que um material contém quando em contacto com um plano de Agua durante um determinado periodo de tempo. Certos autores utilizam a designagio de Teor de Hamid Capilar fw. Ventilagio | A Ventlagio & um processo que consiste em extrair 0 ar do interior dos compartimentos, | substituindo-o por ar exterior que ¢ admitido. 202 CCaracerizagio de Barer Pes-Vapore sun Aplicagio - Anexo 1 Anexo Il- CARACTERISTICAS DE PERMEABILIDADE AO VAPOR, DE MATERIAIS E ELEMENTOS DE CONSTRUGAO, INDICE DE TABELAS E QUADROS DO ANEXO I TABELA DE CONVERSAO DE. UNIDADES Quadro AIL - Quadro AIL2- Quadro AIL.3 - Quadro AIL4 - Quadro AILS - Quadro AIL6- MEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE MATERIAIS PARA ALVENARIA E REVESTIMENTO PERMEANCIA AO VAPOR DE AGUA E ESPESSURA DA CAMADA. DE AR DE DIFUSAO EQUIVALENTE DE ALVENARIAS E REVESTIMENTOS COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE, RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE BETOES COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE. RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE MADEIRAS E. DERIVADOS COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE MATERIAIS DE ISOLAMENTO TERMICO PERMEANCIA AO VAPOR DE AGUA E ESPESSURA DA CAMADA DE AR DE DIFUSAO EQUIVALENTE DE BARREIRAS PARA-VAPOR 205, CCarsceiasio de Baris Pir-Vapore sua Aplicagio ~ Anexo I Anexo I+ Caracteristicas de Permeabilidade a0 Vapor de Materiais ¢ Elementos de Construgi0 Neste anexo apresentam-se as caracteristicas de permeabilidade ao vapor de gua de varios materiais colhidas na bibliografia da especialidade, Apresentam-se também os LFC a alguns e elementos de construgio, » resultados obtidos em ensaios efectuados no Laboratorio de Fisica das Construgds materiais. (Os materiais ¢ clementos de construgio foram agrupades em virios quadtos, que esto organizados da seguinte forma: + Pasa materiais homogéneos ou assimiliveis (como por exemplo o betio), apresentam- se os valores do coeficiente de permeabilidade ao vapor de Agua 1 ¢ do factor de resisténcia & difustio do vapor de 4gua-. Para materiais nfio homogéneos ou de espessura muito reduzida (como é o caso das barreiras para-vapor) apresentam-se os valores da permefncia a0 vapor de igua- Pe e da espessura da camada de ar de difusio equivaleate -S,; + Para os elementos com a designagio "Alvenaria de...", os valores apresentados tém em consideragio as juntas de assemtamento; + Os resultados obridos nos ensaios realizados no Laboratério de Fisica das Construgdes (Ref. LFC) sio apresentados em linhas independentes; + Para os materiais¢ elementos de construgio que apresentam um leque muito alargado de valores, & fornecido um valor de referéncia para utilizagio em programas de simulagio das transferéncias de vapor por difusio, como por exemplo © programa “CONDENSA”; Na coluna das observagées (Obs) refere-se 0 método de ensaio, quando conhecido, em que MTS corresponde ao método da tina seca e MTH ao método da tina hiémica, e na coluna adjacente indicam-se as referéncias bibliograficas (Refs Os valotes de m € Pe sio apresentados em duas unidades diferentes, rendo-se adoptado os seguintes valores nas conversées efectuadas TABELA DE CONVERSAO DE UNIDADES Parimetro Unidade Muliplicar por | Para converter para Pressio mmHg 133,322 a Espessura ym 1x 10° m Coeficiente de Permebiidade | yt oumtig) | 20,835 x 10° kg/ (arsPa) 20 Vapor de Agua eee Se | ey (athmmtig | 20835x 10% | kg/ (m'sPa) gua Pe CCaraceieagio de Barre Phra Vapore sun Aplicagio- Anexo I 207 Refira-se ainda que, na bibliografia consultada, em geral, sé sio apresentados valores de um dos parimetros (ar ou ft, Pe ou S,), pelo que se tornou necessirio definir um valor para o coeficiente de pemeabilidade ao vapor de agua do ar-m,, a utilizar na determinagio dos restantes paximetros Adoptou-se o valor apresentado na norma DIN 4108 [51] pois é também adoptado por consultadas. publica Nowe-se, contudo, que este valor & determiinado considerando uma temperatura de 10°C, bastante que nomalmente se utilizam nos enstios de determinagio das difereme das temperatur cearacteristieas de permeabilidade ao vapor dos materiais de construgio, Para t= 10°C tems entio: 1,, =——!—[lg/(mh.Pa)]=185%10"[kg/(ms.Pa)] 153x108 logo: com 7 em [kg/(arsPa)] 2 Sy = Bi 28, = SIO com Poem g/m? Pal] 208 Carcxerizago de Bais Pin: Vapore sua Aplcazio - Aneto It Quadro AILL- COEPICHENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE MATERIAIS PARA ALVENARIA E REVESTIMENTO ] Factor de | Coeficiente de Permeabildade ao Vapor Resistncia de Agua iDilisio do Vapor ne MATERIAL | “Kann Ref. | Obs. mn x e/(erh-mmH) x 105] kg/(m-s-Pa) x 102 1.1 | Ardésia o 0 0 (55) 12 [Arem repouso (liming lawn) | dear nioventilada) | 085211 | $0002 10400 1650215 (49, [65), (991,195) 1.3 [Argamassa a base de a fe one 170, 82, ly = 1400. 1800 kg/m] 6,441 215 a 1400 45429 [91} [96] Valor de referéncia] 15 600 B 14 [Argamassa A base del cimento Hate 189,90, y= 190022100 kg/m} 12441 215.2700 4,5a15 (96), (99) 15 | Argamassa bastarda : i (48),(70 }y = 1800 2.2000 kg/m] 10022 400 a 890, 83.019 (96) 16 [Argamassa de cal el cimento 800.2 1900 kg/m'] 15.235 255 2.590 53al2 G1) (62) 17 |Astalto [ y= 2000kg/n»] 20000 one 0.0093 61 1.8 |Barro vermelho y= 1900kg/m] 77 15 24 LrC | MTS 1.9 |Betume y= 1200kg/m'] 0000 os 0.0037 6) 209 Coracterzago de Barsins Pa Vopore sua Apbeagio- Anexo I Quadro AILI (cont) - COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE RESISTENCIA A DIPUSAO DE VAPOR DE MATERIAIS PARA ALVENARIA E. REVESTIMENTO T Factor de ] Coeficiente de Permeabilidade 20 Vapor de Resisténcia Agua 8 Difusio . do Vapor an a MATERIAL ace ef. | Obs. w | ® = fe/(otrommbig) x 105] kg/(ms Pa) x 102 — 1 —| 1.10 |Borracha 1200 a 1500 kg/m}, 900 10 0,20 oy 1.11 |Elementos cermicos y= 1300.0 1700 kg/m} 7,59 990. 1200 21a25 (1) 1.12 |Blementos _cerSimicos bene, (51,70) 2000 kg/m 100 a 300 30089 0,62 21,9 06) 1.13 |Fibrocimento 05),0171 (51), (55) 140185 48.2620 1,013 (58) (65) {70} (89), (91, 195] Valorde referéncia} 50 180 37 1.14 |Fibrocimento (305) Jcomprimido (23), 48), (49), (58), e=3a6mm) 135445 2066 ofzats — | tes} tesy 09 1.15 |Grés -y = 2000 a 2600 kg/m] 1530 295 a 580 62a12 ou,941 1.16 |Lindleo = 1200 kg/m] 1800 49 1 (9 210 CCasceiaso de Barsiras Pir Vapore sua Aplicagio -Anexo I Quadro AIL (cont.) - COEFI RESISTENCIA A DIFI NTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E. FACIOR DE 0 DE VAPOR DE MATERIAIS PARA ALVENARIA E. CCancterinago de Barrera Pia-Vapor¢ sua Apia « Anexo IL REVESTIMENTO Factor de | Coeficiente de Permeabilidade ao Vapor de| He Resisténcia & Agua Difusio do : Vapor de ch MATERIAL Agua Ref. Obs. H x = | e/(ahmmbig) x 108] kg/(msPa) x 10 1.17 |Materinis a granel | = A base de area brita ou gédo +7 = 1800 kg/m 4 2200 6 = Areia de pede -pomes ‘y= 1000 kg/m) 4 2200 46 + Argila expandida| ardésia expandida 7 S400kg/m| 5 2950 2 + Cortiga expandida em granulado S200 kg/m} 3 2950 02 . Lava celular y= 1200 kg/m? 4 2200 46 y= 1500kg/m) 5 1800 ” Mica expandida y < 100 kg/m) 2 4450 3 = Pedra-pomes de escéria 7 $600 ke/m 3 2950 62 Perlite expandida + < 100 kg/m} 2 4450 93 211 Quadro ALLA (cont,) - COEFICIENTE | DE RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE MATERIAIS PARA ALVENARIA E REVESTIMENTO PERMEABILIDADE AQ VAPOR E FACTOR DE Factor de || Coeficiente de Permeabilidade ao Vapor de Resiseéneia 4 A Difusio do : : Vapor de as MATERIAL ie Ref, | Obs. " * - g/(avlemmE) x 10° | kg/(msPa) x 10" 1.18 | Meta | 15) £48), o oO O [49], (58},, {65}, [96] 1.19 [Painéis de aparas de madeira aglutinadas com argamassa de] cimento (511,007), py y= 350a700 kg/m} 2210 860 a 4450 18.293 1.20 | Paindisplacas de BLL gesso 60ail 820. a 1500, 1W7a3l [17], [82], BIL] 121 | Paindis/placas de 05, 23) ‘gesso cartonado 55all 800 a 1600 17a34 [48], (49), (51), (55), (38), (65) (88) (9), (36) 1.22 | Pedra calcaria (15), [48], (58), [65], y= 2000kg/m| 20 450 94 Ce (15), (48), y = 2500 kg/m} 89 100 21 (58), (65), [96 123 [Placas de poliéster reforcado com fibras de vidro ¥= 1200 kg/m] >9000 | <10 < 0,2 pu 212 Cares de Barcus Pira Vapor esa Aplicagi » Anexo IL Quadro AML (cont.)- COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR. F CHOR DE RESISTENCIA A DIPUSAO DE VAPOR DE MATERIAIS PARA ALVENARIA F REVESTIMENTO, Factor de | Coeficiente de Permeabilidade ao Vapor de Resisténcia Agua 4 Difusio : do Vapor h MATERIAL de Agua J Ref. | Obs. H x = | e/(mh-mmeig) x 105 | ke/(arsPa) x 102 1.24 |Placas de polietleno = 9200 1950 kg/m} > 9000 <10 < 0,02 ou 1.25 | Placas de polimetacrilato de ‘metilo (acrllicas) y= 1200kg/m} > 9000 «10 <0,02 [91] ‘ 1.26 |Placas de polipropileno y= 900kg/m}} > 9000 <1 <0,02 f91] 1.27 [Polietileno reticulado |} 1800 50 0110 [90] 1.28 |Reboco % base de| (15},(17), gesso 49ail 8002 1800 17238 [461,148 49,50, (55}, (58), (65), [70], [88], [90], (91), (96), (97) [99] 1.29 [Rocha cristalina mecamérfica (granito, basalto, mérmore) y= 2800 kg/m] 300 30 0,62 [6] 213 CCancerizasio de Barris Pir Vapore sua Aplcgio- AnexoT Quadro AML (cont.)- COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE MATERIAIS PARA ALVENARIA E REVESTIMENTO tor de || Coeficiente de Permeabili ide a0 Vapor de Resist@ncia ‘Agua 4 Difusio do Vapor de Agua Ref | Obs ne MATERIAL K X e/ovhvmmblg) x 10° | kg/(rmsPa) x 10% 1.30 | Termoplisticos ou elastémeros em folha + Policloreto de vinil (Pvc) 1300 kg/m} 20.000 0,44 0,0093 [96] 1100 kg/m} 500 000 018 0,000 37 (96 131 | Tijolo silico-caledrio 500 a 1700 kg/m] 9a 27 330.2990 69a21 [70], (82] 132 | Tijolo vitrificado 400 22 0,46 [70] 1.33 | Vidro 0 0 (15), (48), (493, (58), [65], (96) 214 CCaneterizaio de Barris Pirs-Vapor esa Aplicsgo ~Anexo I Quadro AIL2- PERMEANCIA AO VAPOR DE AGUA E ESPESSURA DA CAMADA DE AR DE DIFUSKO EQUIVALENTE DE ALVENARIAS F REVESTIMENTOS Espessural Permeincia ao Vapor de Agua da Camada . 2 de Arde ne | ELEMENTO— | Difusio Ref. | Obs. Equivalente Sy Pe m | e/(ohmn kg/(m?sPa) x 108 2.1 [Alvenaria de blocos de| betio vazados 8) (49), e = 0,20 m| 27 3250 68 [58], [65] 22 |Alvenatia de granito e = 0,30 m| 83 1050 2 [65] 2 aia de tjolo 3. [Alvenatia det . macigo (49), e€=0,20m| 20 4500 4 (58), [65] 24 bens de tjolo (48 [49], e = 0,20 m| 3,6 2500 52 (58), (65) 25. [Blocos de betio celular e=007m] 38 2350 49 [88] 2.6 |Contraplacado com cola exterior e=64mm] 4,6a7,1 1250. 1900 2640 G19) 2.7 |Contraplacado com [cola interior e=64mm] 0,554 1,7 5300 a 16 100 1104335 BL 199) 2.8 |Esmalte de vinil acrlico (1 camada) Chex = 40 um) 0538 23500 490 (1199) 215 Caracterzagio de Barter Pirs-Vapor sua Aplin ~ Anca It Quadro AIL2 (Cont) - PERMIEANCIA AO VAPOR DE AGUA E ESPESSURA DA CAMADA DE AR DE DIFUSKO EQUIVALI E DE ALVENARIAS E REVESTIMENTOS T Esper ; 5 Permefncia ao Vapor de Agua da Camacla ee de Arde ne | ELEMENTO. | _Difusio Ref. | Obs. Equivalente Su Pe m | /(*tmmblg) x 105] kg/(m?-sPa) x 108 2.9 |Laca de dleo e=imm| 0022 490 000 8300 (48), £49] 2.10 |Laca de poliuretano e=1mm] 0012 750 000 15 600 (48), 49) 2.11 |Lacade PVC ex=tmm] 0036 250.000 5200 (48), 49] 2.12 [Pelicula livre de tinta ‘de borracha e=670 pm] 0,34 26.000 545 LFc | MTH 2.13 [Pelicula livre de tint de borzacha e=6704m) 58 1550 32 Lec | Mrs 2.14 [Pelicula livee de tinta texturada €=375 yum} 0,088 101.000 2100 LFC | MTH 2.15 [Pelicula livre de tinta texturada 375 4m| 0,87 10300 215 RC | MTs 2.46 [Pintura exterior acrlliea (1 camada) Chey = 40um} 0,59 15.000 315 3L(99) 2.17 |Pintura de dleo e=imm] 0014 650000 13.500 (48) [49] 216 (Garaneizasio de Bureins Pie-Vapore nua Aplicasfo- Anexo If Quadro AIL2 (Cont) PERMEANCIA AO VAPOR DE AGUA E URA DA CAMADA DE AR DE DIFUSAO EQUIVALENTE DE ALVENARIAS E REVESTIMENTOS, Expessura Permeincia ao Vapor de Agua da Camada oe. de Arde - Difusio : Equivalente Ref. | Obs. e Pe m | e/(athmmig) x 105 | kg/(mts-Pa) x 102 2.18 [Pinnura de tinta de borracha e = 670 jim) 13 6900 145 LFC | MTH 2.19 |Pintura de tinta de borracha e=670pm| 7A 1250 26 LFC | MTS 2.20 |Pintura de — tinta tewturada 75 wm) O45 19900 415 LEC | MTH 2.21 |Pintura de tinta texturada x37 um) 33 2700 56 LEC | Mrs 2.22 | Pintura de tinta “plastica” de acabamento mate e210 pm| 0,021 432 000 9000 LFC | MTH 2.23. |Pintura de tinta ! “pléstica” de acabamento mate e=10pum| 0,072 124 000 2550 LFC | MTS 2.24 |Pintura de tinta “plastica” de acabamento mate aveludado e= 110 pm| 0,026 344000 7200 LFC | MTH 217 Aneto I Quadro AHL2 (Cont) PERMEANCIA AO VAPOR DE AGUA E ESPESSURA DA CAMADA DE AR DE DIFUSAO FQUIVALENTE DE ALVENARIAS E IMENTOS Espessura Permeincia ao Vapor de Agua da Camada de Arde Difusio ne | ELEMENTO Ref, | Obs. Equivalence Pe Su m | g/(m®bemaFlg) x 105] kg/(mntsPa) x 1002 2.25 | Pintura de tinta plastica” de acabamento mate aveludado e 110 mf 9,11 82.000 1700 LFC | MTs 2.26 | Primério-selante (1 camada) eee) = 30 um} 0,51 17 300 360 31,99) 227 |Resina epoxy €=200jmf 12 740 15 (96) e=300pm) 2 425 88 [96] 2.28 |Resina de poliéster, reforgada com fibra de vidro e=15mm| 75 120 25 (96) 2.29 |Revestimento de argamassa “cerezitado” 15), [48], [49], [58], e= 15mm] 1,9227 3300 a 4650 69297 (65) 218 (Carauerigo de Baris Pi: Vapor e sua Aplcago -Anexo I Quadro AIL3- COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE BETOES Factor de | Coeficiente de Permeabilidade ao Vapor de Rositdncia haa 4 Difusio do Vapor as MATERIAL ce Ref | Obs. tH r = | g(ovtemmitig) x 105 kg/(om'sPa) x 108 3.1 [Betio de argila ou xisto (491 510, 65), lexpandido 30292 97 32950 20262 | 70} (91,96), 09) Valor de referéncial, 7,4 1200 2B 3.2 [Berio cavernoso 1600.2 2100kg/m!] 592 11 800 a 1500 a3 (48), [49] 33 celular 25212 730.3500 1573 | (15) (48), 49), (55), (58), [65], 70}, 73}, 04), £821, [88], (89), {90}, (913,99) Valorde referéncia 4,4 2000 2 3.4 [Betio de escérias de alto forno 66214 620.2 1350 1328 (701,191) 35. [Berio com fibras de madeira 28275 1200 a 3200 25467 {90} 3.6 | Betio normal 152260 342605 vias | BOS.) (46), 81,49), 51}, 55}, (58), (65) 70) (73), (74), (823, (86), (88), (89) (91), {96}, [99] Valor de referéncia 30 300 63 37 [Beto normal y= 2112 kg/m] 110 80 7 Lc | MTS (Caruerizgio de Bares Pies Vapor sua Apc - Anexo It 29 Quadro AIL3 (Cont)- COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE BETOES Factor de [Coeficiente de Permeabilidace ao Vapor de] Resistencia Agua 4 Difusio : - do Vapor n. MATERIAL ae Agua Ref. Obs. “ ® = | e/(arh-mmH) x 10°] lg/(ars:Pa) x 108 3.8 |Betéo de pedra-pomes | 2,52 15 590 a 3550 12a74 (49), (51), {70}, [96], [99] Valor de referencia] 3,0 3000 63 3.9. |Betio de poliestireno y=400kg/m}] 16220 435570 9a (1) 3.10. | Betio de poliestireno y= 250 kg/m 12 70 16 LEC | MTS y= 545 kg/m] 24 365 76 LEC [MTS 220 (Caacteisajio de Bureins Pisa Vapor sa Aplicgdo - Anexo Tt Quadro AIA COE DIFUSAO DE VAPOR DE MADEIRAS ICIE DERIVADOS TE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE RESISTENCIA A Factor de | Coeficiente de Pemeabilidade ao Vapor Resistéaca aa ADifusio : do Vapor a MATERIAL | Awe Re, | Obs H * ~ Pf e/tbmmtie) x 10° | bg/{ersPa) x 10" 41 [Abeto 1 y= 600kg/m}) 40370 125 a 220 26046 [51},96) 42 [Aglomerado de fibras |de madeira 2),6)071 (49), [51], (91}, + denso 46 2200 452190 093.240 (961,199) = leve 28.216 550. 3200 11ae7 (107150, (96], (99) 43 [Aglomerado de (15) [231 [48 paticulas de madeira | 402 100 89205 19247 — | t49) 5).658), (55), (741 (883, (96) 44 [Balsa yo 125ke/m) 9253 1702 980 3,5.a20 ou 45 [Carvalho y= 800 kg/m] 40.260 150 2220 31246 (51), 96) 46 |Contraplacado | 262400 Dass 046271 |(15)(23)(48), (49), [511 158) [65], (741, [88], {96}, [99] Valordeseteéacal 6 [180 31 47 [Faia y= 800kg/m] 40.250 1802220 37246 (511,96) Caracerisagio de Barer Pen Vapore sa Apicago « Anxo 221 CIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE. ISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE MADEIRAS E DERIVADOS Quadro AMA (Cont.) - COI R Factor de ] Coeficiente de Permeabilidade ao Vapor de Resisténcia Agua A Difusto ido Vapor de no | MATERIAL ha Ref, | Obs H © ~ | ¢/(ah-mmbig) x 105} kg/(arsPa) x 108 48. [Faia com 10% de gua 70 125 26 (70) ~com 15% de dgua u 810 7 (70) = com 20% de Agua 85 1050 2 70) ~ com 40% de fgua 2 4450 3 (70) 49 {Pinko (51), 91), y= 5302 600 kg/m'} 18.0120 73.2490 1,52 10 (96) Valorde referéncia] 70 125 26 4.10 | Pinho nérdico: ~ com 4% de Agua 230 39 ogi 70) ~ com 6% de Agua 160 56 12 70] ~ com 8% de Agua 110 81 Ww [70] ~com 10% de agua} 73 120 28 01 222 (Carcerisagio de Bareise Pra Vapor esas Aplicasio - Anexo I Quadro AILS - COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE MATERIAIS DE ISOLAMENTO TERMICO Factor de | Coeficiente de Permeabilidade a0 Vapor de| Resist Agua A Difusio . do Vapor A MATERIAL | gs Agua Ref. | Obs. 1H /(ovh-mnmElg) x 10°] kg/(msPa) x 102 5.1 |Aglomerado ts, c0s40071.683 lexpandido de 45.262 145.2 1950 30a41 49}, (5) 58) ae (65). (70,73) : (99,09, (961, 871,09) Valor de referéncia] 18 500 10 5.2 |Espuma elastomérica 8900 10 021 | (90) 5.3. |Espuma rigida de (17), (51, 65), poliuretano 13.0185 482 680 10014 | (58), (88), 01, (91), (96), 199] Valor de referéncia] 44 200 42 5.4 |Espuma rigida & [15], (23), [48}, base de PVC celular| (49), (581, [65), {70} (88) (91), y= 25a72 kg/m) 920260 34497 070220 (96) 199] 55. |Espuma rgida (05), 071, 511, {formo-fendlica 26a 140 640345 13071 |155) (58) (65), (91],(99] 546 |Espuma de ureia (17), 61, 001, formaldeldo 10255 1600 2 8900 33.0185 (91), 99] 57 |Espumadevidro ] > 100000 < 0089 < 90019 (70) 5.8 |LA mineral | 0019 4650 2 8900 972185 15), 171,23), [46], [48], [49], (58), [65], (70), (74), (89), 0) CCanccsiacio de arenas Pirs-Vapor e sua Apia - Anexo I 223 COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE AO VAPOR E FACTOR DE Quadro AILS (Con SISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE MATERIAIS DE ISOLAMENTO R TERMICO Factor de | Cocliciente de Permeablidade a0 Vapor de] Resisténcia Agua ADifusio } . do Vapor an : A MATERIAL ae Agua ef. Obs. “ ® I : [ve Jnrmmblg) x 10°] kg/(m-sPa) x 10° 5.9 |Limineral "Tov 11800 245 B99) [Mra] 5.10 |Lade rocha 1lai3 6800 a 8100 140.4170 (70}, [96] Bl [Li de video rats | 600008100 1252170 | (70, (90), (96] 5.12 [Paingis/placas de (15) espuma de (231,48), poliurerano (49), 58}, jexpandido 44.320 28 a 200 0,58 a 4,2 [65}, [99] Valor de referencia 50 180 37 5.13 | Perlite y= 50a120kg/m) 2 4450 3 196] 5.14 | Poliestizeno ©) 07) lexpandido 19a 150 582 480 12a 10 [51], (55), (58), (65) [70], [74], (881, [901 (911, [99] Valor de referencia] 30 300 63 224 CCaraterzagio de Barris Pia-Vapore sua Aplicsio - Anexo I Quadro AILS (Cont.) - CO! ENTE DE PERMEABILIDADE AQ VAPOR E FACTOR DE RESISTENCIA A DIFUSAO DE VAPOR DE MATERIAIS DE ISOLAMENTO TERMICO. Factorde | Coefcieme de Permeatilidade 0 Vaporde Resisncia Agia Difusio do Vapor de ae hae Ref, | Obs » ® =| eMGovhmmig 10° | kg/(arePa) x 10" 5:15 |Poliesireno expandido + Malado em blocos por via imide 51 (23, , 48) (9 y=9al6ke/m] 22230 300 a 400 63283 a + Moldado em continuo por via hhimida 05) (233 te Ua20kg/a) 3659 1504250 Sasa 48) 494 158), (65) Termo-compimido enicontine prvi ne (48) £49, p= 18223kg/m] 82110 80a 140 17329 a 516 | Poliesireno exrudido BLO5,07), 80.300 Joa 110 06423 (46h (8 49) 651, 155) 58) (65}.(88), [p93 13.691 | 5.17 |Poliesreno extrudido | = 28 kg/ae? 105 5 18 uc | ars 5.18 | Vermiclte 2428 32004450 73% U7 04) 5:9 | Video celular @ 0 ° PAOLO 23). 46), 8) (49, (58). (651, (881.95) 25 CCarcteiasio de Bares Pra Vepore sua Aplcago Asexo TT Quadro AULG- PERMEANCIA AO VAPOR DE AGUA E ESPESSURA DA CAMADA DE AR DE DIFUSAO EQUIVALENTE DE BARREIRAS PARA-VAPOR, Espessura Permefincia ao Vapor de Agua da Camada de Arde Difusio Equivalente Su Pe ne | MATERIAL Referéncia | Obs. mJ g/(othemmHe) x 105] kg/(m*-sPa) x 10 61 [Felwo betuminoso e=3mm) 10 880 18 LFC | MTS 62. |Polha de acetato celuloso = 0,25 mm| 0,7020,79 } 11 200.a 12 600 235.2 265 (2,134 (99) | MTs: e=32mm] 10 860 18 [3,(99] | Mrrs| 63 |Folha de acrilico reforcado com fibra de vidro e=14mm| 27 330 69 (3h (99) | rs 64. [Polhade ie | (15), (48), £9 e=15pmf >5,9 < 1500 40pm] > 89 <100 <21 a e=100um} 0 0 [97] 65. |Folha de aluminio colada a papel Kraft com asfalto en 15 160 55, it (77 | = a 226 CCarriegio de Barcias Pir Vapor e aus Aplcago -Aaexo Il Quadro AUG (Cont.)- PERMEANCIA AO VAPOR DE AGUA E ESPESSURA DA CAMADA DE AR DE DIFUSAO EQUIVALENTE DE BARREIRAS PARA-VAPOR Espessura Permeincia ao Vapor de Agua da Camada de Arde _ Difusto ae | MATERIAL |i. ivtente Ref. | Obs. Su Pe m — [g/(m*trmatig) x 10° Pa) x 10! 6.6. |Folha de aluminio sobre placa de sesso e=15pym) 89 1000 21 (23), (88) 67. [Folha de poliéster e= 25 pm| 44 2000 42 (2), (31,099) | MTS e= 90pm) 14 625 3 [Mrs = 1902200um} 40246 190 a 220 4046 | OL07,09) 68. |Folha de poliéster reforgado com fibra de vidro e=12mm] 64 140 29 B09) |Mts 69. |Folhade ee ELO7) e=50 um) 19220 435.0 460 9,196 199] PLGLO5), 100 pm} 40244 200220 42046 | (48),(91,(58) (65), (74). (96), (7 = 120 um) 37 a64 140 a 240 29250 7] e= 150 um 54 165 34 GB) ‘MIS e= 200m) 81 110 23 Bb) |Mrs = 250 um} 74a 110 82a 120 1725 (3), 071, (99) = 27 CCaacterzaio de Barer Prs-Vapore sua Aplcago Anexo It Quadro AIL6 (Cont.)- PERMEANCIA AO VAPOR DE AGUA E ESPESSURA DA CAMADA DE AR DE DIFUSAO EQUIVALENTE DE BARREIRAS PARA-VAPOR Espessura Permedincia ao Vapor de Agua da Camada de Ar de : Difusio ne | MATERIAL |, Ref, | Obs. quivalente Su Pe iE m | g/(mehmmEle) x 105] kg/(m?sPa) x 102 6.410 |Folha de PVC | : = 502100pm) 2,344,7 1850 a 3850 39.80 B19) e= 80pm] 811 1100 23 (48), 49) 6.1 | Papel beruminoso = 300 um] 090 9900 205 (96) OTD 28 ‘Cancxerizacio de Bares Pir Vapor sua Aplicagio« Anexo It

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