You are on page 1of 40
TEORIA UNIFICADA foe etre Sen Reta Matec) Vv Alysson Cesar A.de Freitas Rachid | Marcela Midori Takabayashi Ce Ue Meee rary eee is) Pec Maria Carolina Moraes Fabio Vieira Figueiredo Dole rode ogo} Flavio Cardoso de Oliveira Ree) Re Rec aL ad Bee RSC CMa ah od ree ae Mima nee ir i i OAB/FGV Editoi Saraiva Proc. Penal Direito Processual Penal FLAVIO CARDOSO DE OLIVEIRA Advogado criminalista, Especialista em Dieito Processual Penal pela Escola Paulista dda Magistratura. Professor de Dirvito Processual Penal do Complexo Juridico Damisio de Jesus. Sumario 1. PROCESO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL wen x 2 NqueriTo PoLiCIAL. 2 21 Conceito, . = ne 250) 22 Caracteristicas 252 221 Dispensabilidade " = 22 222 Sigilo(art.20 do CP?) 252 223 Indisponibilidade (art 17 do CP?) . 252 224 Forma inquisitorial 253 23 Formas de inicio. 253 2.4 Providencias art. 6 do CPP). 253 2.5 Conclusso (arts, 10,8 18, €23 do CPP). - 254 2 Praze (art. 10 do CPP) 254 a. acho PENAL 3. Conceito, 3.2 Classificagao. " 32.1 Acie penal publica. 32.1.1 Ago penal publica incondicionada 255 32.1.2 Agio penal publica condicionada, 255, 32.1.2. Condicionada 3 representagao. 255, 321.22 Condicionada 3 requisicio do ministo da justica 255 522.Agio penal privada 256 32.2.1 Agio penal privada propriamente dita (ou exclusiva). 256 4.22.2 Agio penal privada personalissima 256 322.3 Agio penal privada subsidisria da publica, 256 colegio OAB nacional A.OENUNCIAE QUEDA se 40 Requisi08 n 7 esses 27 42 Prazos 237 413 Cans de rejeigte da dendincia ou quena (at 395 do CPP). 237 5.AGAO CIVIL EX DELCO. . 238 6.,URISDIGAOE COMPETENCIA. = 38 6.1 Competéncia. oe . 258 62 Gritrios para afixagSo de competincia nnn ar) 62.1 Competenciaem razio da materia ou natureza da inragio. 258 622 Computncia m raziodocang cng do asad 2» 62:3 Competencia em razio do liga. = 260 623.1 Lugar do crime on — ince 240 - $232 Lge do dmico do cus. ——— 261 {63 Conexioe canting : oe 261 631 Cone a 261 63:2 Comtingncia (at.77 do CPP) 22 7. QUESIOES € PROCESSOS INCIDENTES . 20 7.1 Quests pejudiciais (aes. 92 894 40 CPP) ssn 22 72 Processos incidentes : 22 721 Bxcegoes 292 72.11 Excegio de suspeig (arts. 96 a 107 do CPP). . 263 7212 Excegdo de incompeténca do Juizo (ars 108 «109 do CPP) 263 72153 Excegio de ilegitimidade de pate art. 110 do CP?) 23 72.1.4 Bxcegao delitpendéncia ede coisa julgada (art. 10 do CPP). 268 7.2.2 Confito de jurisdigio (ats 13 a 117 do CPP) 4 263 72:3 Retituiho de coisas apreendidas (rts 18124 do CP). 263 7224 Mesidas assecuratias (arts. 1252 144 do CPP). 268 72:4. Sequestro (ats 125 a 133 do CPP). —— 264 724.2 Hipoteca legal (ats. 133 a 136 do CPP) : 264 72.43 Artest (arts 157 139 do CPP) 264 725 tncidente de falsidade (arts. 148 a 148 do CPP). 264 7.26 Incidente de insanidade mental do acusado (ats. 1494154 do CPP). 265 B.PROVA cove 65 8:1 Onus da prova... es 265 '82Sistema de apreciagio da prova — 25 83 Liberdade de provannncnnnnnnmnn 265 4 Meios de prova 266 A.1 Perici (arts. 158 184 do CPT). 246 84.2 Interrogari arts 185 196 do CPF). 267 84.3 Confissto (arts. 197 3200 do CPP) 27 84.4 Dectaragbes do ofendido (at 201 do CP) anne 268, 845 Testemunhas (ats 212 225 do CPP). = 268 8.46 Reconhecimento de pessonse coisas ats. 226 a 228 do CP) 268 8447 Acareagio (arts. 229230 do CPP) 2 844.8 Documentos (ats. 231238 do CPP) von 28 Direito Processual Penal 9, SUJEITOS PROCESSUASS. 269 9. Jui ae 2 269 9.2 Ministerio PAHO... ss . 269) 93 Acusado. = Saenz 9.4 Defensor me 2 945 Assistente de acusacao. 2 10, PRISAO E LIBERDADE PROVISORIA. atest m 101 Pris80 nnn = as zm 10.1.1 Pesto em flagrante = zi 10.1.1.1 Hipéteseslegais de flagrante mm 10.1.2 Espéciesilegais de agrante 2m 10.1.2 Priso preventiva (arts. 311 a 316 o CPP) : 2m 10.13 Pristo temporaria (Le n, 7960/89)... Sa Oe 273 co 102 Liberdade proviséria (ats. 321 es. doCP??. 102.1 Liberdade proviséria sem fianga (art. 310 do CPP). aR 10.22 Liberdade proviséria com fiancs (arts 323s do CPP), : 24 TILSENTENGA 11,1 Principio da correlagio 11111 Enendatio libel (ar 383 do CPP). 1.12 Mutato libel (art. 384 do CPP). 12,RITOS PROCESSLIAIS. - 26 121 Rito ordinaio (arts. 394 a 405 do CPT), 12.1.1 Recebimento da densincia queixa (ou ree liminar) 1212 CitagH0 ons 12.13 Respostaacusagio farts. 396 €396-A do CPP} 12.14 Absolviggo sumdria ou designacio de audiéncia, 3 1215 Audiéncia de instrugio ejulgamento, 122 Rito sumario (arts. 531.4538 do CPP), 123 Rito sumarissimo (Lei n. 9099/95) 12: Rito do ft (arts. 406 a497 do CPP) 124.1 Fase de instrusto preliminar 12.42 Fase do Juizo da causa a 125 Suspensso condicional do processo. BREEN 13. NULIDADES. 14. RECURSOS.. 14.1 Recursos em espécie 1141.1 Recursoem sentido estrito (rt. 581 do CPP) 11.12 Apelagio (art 593 do CPP). 11.13 Embargos infringentes ede nulidade (an. 69, parigrafoinco, do CPP) |M414 Embargos de decaragio (ats. 382. 619 do CPP). 14.15 Carta testemunhavel (at. 639 do CP). 14.16 Agravo em exceugio (art 197 da Lei n.7 210/38), 114.17 Revisto riminal art 621 do CPI 14.18 Habons corpus (at 5%, LXVIIL da CF e art. 647 doCP?. BRRRRRREE 251 colegio OAB nacional 1. PROCESSO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL (O instrumento estatal destinado a solucionar a lide penal é 0 que se entende por processo penal. Tendo em vista tal definicio, podemos dizer que o direito processual penal consiste no conjunto de normas e principios que disciplinam a solucio da lide penal 2. INQUERITO POLICIAL 2.1 Conceito Inquérito policial é o procedimento administrative, de cardter investigatorio, que tem por fim a colheita de elementos para subsidiar a propositura da acio penal, 2.2 Caracteristicas Dispensabilidade Caso o titular da ago penal ji conte com elementos suficientes para formar sua opinio Uelict, pode dispensar a instauragao de inguérito ¢ utilizarse dos mencionados elementos. para amparar a deniincia ou a queixa, consoante 0s arts. 12; 27; 39, § 5%; € 46, § 1°, todos do (Cédigo de Processo Penal. 2.2.2 Sigilo (art. 20 do CPP) Nos termos do art.20 do CPP, a autoridade asseguraréosigilo necesséri 3 apuracio dos fatos ou exigido pelo interesse da sociedade A.Lein. 8 906/94, que dispde sobre o Estatuto da Ondem dos Advogaclos do Brasil, esta- belece, em seu at. 7, XIV, que édieito do advogado “examinar em qualquer repartcio pol lal, mesmo sem procuracio, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos a autoridade, podendo copiar pease tomar apontamentos”. Nao basae- se 0 direto estampado na Lei, foi editada também no Supremo Tribunal Federal a Simla Vinculanten. 14, por proposta do Conselho Federal da OAB, com o seguinte ter: “E dieito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, i ddocumentados em procedimento investigatro realizado por Org com competéncia de po- lcia judicidria, digam respeito ao exerccio do dieito de defes 4 Indisponibilidade (art. 17 do CPP) Uma ver instaurado o inquérito policial, a autoridade policial nao poder arquivo. Iss0 quer dizer que, mesmo que nada seja apurado de consistente, nao cabe ao delegado de policia promover o arquivamento da peca; deve ele encerré-lo formalmente, nos termos da lei Direito F c 2.) Forma inquisitorial 0 inguérto poical tem natureza inguisitva. Iso quer dizer que o procedimento se con- centra nas mos de uma 36 autoridae, isto, toda aacao ea determinagao de atos partem de tim tinico drgao, nao havendo separagio em Grgacsdistintos. Nos termos do art. 4 do CPT, € doart. 144, § 4, da CE nos Estados cla Federacao, compete & Policia Ci gados de carrera, a apuiragio das infragées penaise de sua autora, incumbéncia é da Policia Fecleral (at. I, § 1% da CF) 2.3 Formas de inicio De oficio (art. 5%, f, do CPP): 0 inqueérito policial, nesse caso, ¢ instaurado por ato da auto- ridade, sem que tenha havido pedido de qualquer pessoa Por requisicio do juiz ou do Ministério Publico tart. 5%, 1, do-CPP): apesar de no existir hierarquia funcional entre as carreiras, ou seja, o delegado de policia nao é subordina- cdo nem ao magistrado nem ao membro «lo Ministério Pablico, ele nao pode eximir-se de ins- taurar a peca quando houver requisigdo destes, por determinacao legal. Por requerimento do ofendido (art. 5", H, do CPP): € a possibilidade que a vitima tem de solicitar formalmente, da autoridade, a instauragao do inquérito policial. O requerimento ino tem a forca da requisigdo; portanto, de acordo com seu critério, poder o delegado de policia indeferir o pedido, cabendo, nesse caso, recurso ao chefe de policia Por representacio do ofendide (art. 3°, §4%, do CPP) ou requisigSo de ministeo da justi: <2: quando se tratar de crime que se apura mediante agio penal condicionada, seja A represen- tagio do ofendido, seja a requisicio do ministro da justiga, somente com o seu oferecimento é que tera inicio a peca informativa Pelo auto de prisio em flagrante (art. 8* do CPP: 6a chamada instauragao compulséria. Quando alguém é preso em flagrante, lavrado © auto respectivo, considera-se instaurado 0 inquérito policial, pois, se hd indicios a ensejara prisdo de alguém, com mais razao ha indica- tivos de crime a ser apurado. 2.4 Providéncias (art. 6° do CPP) Para apuracio da infragio penal, deve a autoridade polcial dirigit-se a0 local dos fatos, providenciando para que nio sealterem oestado ea conservagio das coisas até a chegada dos peritos criminais; aprender os abjetos que tiverem relagio com o fato, depois de hiberados pelos peritos criminais; coher todas as provas que servitem para o esclarecimento do fato & suas cizcunstincias; ouvir 0 ofendido; proceder & reproducio simulada dos fatos. {A providéncia mais importante ~ 0 inicianento, que é a imputagéo da pritica de uma infragao penal a alguém, havendo indicios de sua autoria- nao esta expressamente prevista, no Cédigo, mas decorre de outras provieéncias, que sio: ouvir o indiciado; identifica o indi- ciado pelo processo datiloscépico, se possivel fazer juntar aos autos ua fotha de anteceden- tes. Lembre-se que, com o advento da nova Constituigao da Republica, a regra passouw a ser a Jdentficacio civil, com as ressalvas da lei CF art 5%, LVID-Para regulamentar 0 mandamen- to constituciona fi editada a Lein. 12.037 /2009,revogando a Lein. 10.054/2000, que permi- tea identficagio criminal do agente ainda que identificado civilmente. Deve ainda o delega- do averiguara vida pregressa clo indicinda, co ponto de vista individual, familiare social, sua concligio econdmica, sta atitude e estado de animo antes e depois do crime e durante ele, €

You might also like