You are on page 1of 30
‘ Fundamentos de Fisica David Halliday University of Pittsburgh Robert Resnick Rensselaer Polytechnic Institute Jearl Walker Cleveland State University ‘Tradugdo Fidvio Menezes de Aguiar Professor do Departamento de Fisica da Universidade Federal de Pernambuco ~ UFPE José Wellington Rocha Tabosa Professor do Departamento de Fisica da Universidade Federal de ‘Pemambuco - UFPE 7’ Te Equilibrio e Elasticidade ‘Muitos montanhistas habilidosos ssofrem de dor cronica nos dedos. ‘Além disso, alguns deles, quando fecham a mdo, apresentam uma ‘grande protuberéncia na face palmar de um dedo lesionado. Qual é. relagdo entre a protuberancia, a dorea fisica da escalada? Atesposta esté neste capitulo, 12-1 Oque E Fisica: Construgdes civis devem ser estaveis apesar das forgas que atuam sobre elas. Um edificio, por exemplo, deve ser estével apesar das forgas gravitacionais ¢ do vento sobre ele, e uma ponte deve ser estdvel apesar da forca da gravidade e dos repetidos solavancos que ela recebe de carros e caminhoes. ‘Um dos pontos focais da fisica é o que permite que um objeto permanega estével apesar das forgas que atuam sobre ele. Neste capitulo, examinamos os dois aspec- tos principais da estabilidade: 0 equilfbrio de forgas e torques que atuam sobre ob- jetos rigidos ¢ a elasticidade de objetos ndo-rfgidos, uma propriedade que determi- ina como tais objetos podem ser deformados. Quando esta fisica é feita corretamen- te, ela é assunto de incontéveis artigos publicados em periédicos de fisica e de en- genharia; quando é feita incorretamente, é assunto de incontéveis matérias nos jor- nais e em periédicos da érea jurfdica. 12-2. Equilibrio Considere os seguintes objetos: (1) um livro em repouso sobre uma mesa, (2) um disco de bh6quei destizando com velocidade constante sobre uma superficie sem atrito, (3) as pas de ‘um ventilador de teto em rotagaio, ¢ (4) aroda de uma bicicleta que se desloca a0 longo de ‘uma trajetGria retiinea com velocidade constante. Para cada um desses objetos, 1. O momento linear P de seu centro de massa é constante. 2. Seu momento angular L em torno de seu centro de massa, ou em tomo de qual- quer ponto, também é constante. Dizemos que tais objetos estio em equilfbrio. Os dois requisitos para 0 equilfbrio si, entéo, B= constante © I = constante (24) Nossa preocupaco neste capitulo so as situagdes nas quais as constantes na Eq. 12-1 sao iguais a zero; ou seja, estamos interessados principalmente em objetos que absolutamente nao se movem — nem em transla¢ao nem em rota¢ao —no sistema de referéncia a partir do qual os observamos. Tais objetos esto em equilfbrio esta~ tico. Dos quatro objetos mencionados no infcio desta seco, apenas um — o livro ‘em repouso sobre a mesa — est em equilibrio estatico. ‘A rocha equilibrada da Fig. 12-1 € outro exemplo de um objeto que, pelo menos na situagdo da fotografia, encontra-se em equilibrio estitico. Ela divide esta propri- edade com um mimero incontével de outras estruturas, tais como catedrais, casas, arquivos e quiosques, que permanecem em repouso ao longo do tempo. Como discutimos na Seco 8-6, se um corpo retorna a um estado de equilibrio, estitico apés ter sido deslocado desse estado por uma forga, dizemos que o corpo esté em equilibrio estitico estavel. Exemplo disso € uma bola de gude colocada no fundo de uma vasilha céncava. Contudo, se uma pequena forca € capaz de deslocar 0 corpo e destruir 0 equilibrio, o corpo esté em equilfbrio estitico instd- vel. Equilibrio e Elasticidade 1 2 ‘Muitos montanhistas habilidosos ssofrem de dor crénica nos dedos. ‘Além disso, alguns deles, quando fecham a mao, apresentam uma grande protuberéncia na face palmar de um dedo lesionado. Qual éa relacdo entre a protuberdncia,adorea fisica da escalada? Aresposta esta neste capitulo. Construgdes civis devem ser estéveis apesar das forgas que atuam sobre elas. Um edificio, por exemplo, deve ser estvel apesar das forcas gravitacionais ¢ do vento sobre ele, e uma ponte deve ser estvel apesar da forga da gravidade e dos repetidos solavancos que ela recebe de carros e caminhies. "Um dos poutoefoces di felon dae petits que wa chjoto pormanose oxi apesar das forgas que atuam sobre ele. Neste capitulo, examinamos os dois aspec- 1s principais da estabilidade: o equilfbrio de forcas e torques que atuam sobre ob- jetos rigidos e a elasticidade de objetos nao-rigidos, uma propriedade que determi- ‘na como tais objetos podem ser deformados. Quando esta fisica é feita corretamen- te, ela é assunto de incontéveis artigos publicados em periédicos de fisica e de en- ‘genharia; quando ¢ feita incorretamente, € assunto de incontaveis matérias nos jor- nis e em periGdicos da rea jurfdica 12-2. Equilibrio Considere os seguintes objetos: (1) um livro em repouso sobre uma mesa, (2) um disco de hhéquei destizando com velocidade constante sobre uma superficie sem atrito, (3) as pas de ‘um ventilador de teto em rotagao, ¢ (4) a roda de uma bicicleta que se desloca 20 longo de uma trajet6ria retiinea com velocidade constante. Para cada um desses objetos, 1. O momento linear P de seu centro de massa é constante. 2, Seu momento angular Z em torno de seu centro de massa, ou em tomo de qual. quer ponto, também é constante. Dizemos que tais objetos esto em equilibrio. Os dois requisitos para 0 equilfbrio sio, entdo, B= constante e = constante. (024) Nossa preocupago neste capitulo sao as situagdes nas quais as constantes na Eq. 12-1 so iguais a zero; ou seja, estamos interessados principalmente em objetos que absolutamente no se movern — nem em translago nem em rotagdo — no sistema de referéncia a partir do qual os observamos. Tais objetos esto em equilfbrio est- tico. Dos quatro objetos mencionados no inicio desta seco, apenas um — 0 livro ‘em repouso sobre a mesa — esté em equilibrio estético. Arocha equilibrada da Fig. 12-1 € outro exemplo de um objeto que, pelo menos na situacao da fotografia, encontra-se em equilforio estético. Ela divide esta props edade com um niimero incontavel de outras estruturas, tais como catedrais, casas, arquivos e quiosques, que permanecem em repouso ao longo do tempo. Como discutimos na Segao 8-6, se um corpo retorna a um estado de equilibrio estitico apés ter sido deslocado desse estado por uma forca, dizemos que 0 corpo esta em equilibrio estético estdvel. Exemplo disso é uma bola de gude colocada no fundo de uma vasilha cOncava. Contudo, se uma pequena forca € capaz de deslocar 0 corpo e destruir 0 equilforio, o corpo esté em equilibrio estético instd- vel. 2 Copitulo Doze Fig. 12-1 Uma socha em equilforio. Embora sua sustentacdo parega precéria,arocha esté em equilfbrio estitico. Por exemplo, suponha que equilibremos uma pega de dominé com seu centro de massa verticalmente acima de uma aresta de apoio, como na Fig. 12-2a. O torque em tomo da aresta de apoio devido a forga gravitacional F, sobre o domin6 € zero porque a linha de agao de F, passa pela aresta. Assim, o domin6 esté em equilfbrio. Evidentemente, qualquer forga ndo-nula € capaz de destruir este equilfbrio. Quan- doa linha de agao de F, é deslocada para um dos lados da aresta de apoio (como na Fig. 12-2), 0 torque devido a F, aumenta a rotacéo do domin6. Portanto, o dominé da Fig. 12-2a estd em equilibrio estético instavel. © dominé da Fig. 12-2c nao € tao instével. Para tombar este domin6, uma forga teria que giré-lo além da posicdo de equilfbrio da Fig. 12-2a, na qual o centro de massa est acima de uma aresta de apoio. Uma forca relativamente pequena nao tombard este domin6, mas um toque mais vigoroso do dedo certamente o fard. (Se « C) © Fig. 12-2 (a) Um domine equilibrado sobre uma aresta, com o seu centro de ‘massa verticalmente acima desta aresta, A forca gravitacional F, sobre 0 oe Fig. 12-10 Os Stomos de um s6lido ‘metélico so distribuidos em uma rede repettiva tridimensional. As molas representam forgs interatomicas Fig. 12-11 (0) Um cilindro sabmetido a ‘uma fens de traf €esticado de uma, ‘quantidade AL. (2) Um cilindro ‘submetido a uma tensdo de eisalhamento 6 deformado de uma quantidade Ar, de ‘modo semelhante ao que ocoreria a uma pilha de arts de baraho.(c) Uma esfera lida submetida a uma tensdohidréulica ‘uniforme de um Duido tem sea volume ‘comprimido de um valor AV. Todas as ) oméculoT da forga do cips sobre a tora? pTor ee Fig. 12-77 Problema 80 Fig. 12-78 Problema 81 s1_ A Torre de Pisa (Fig. 12-78) tem 55 m de altura ¢ 7,0 m de diametro, O topo da tore esta deslocado 4,5 m em relagao avert cal, Trate atorze como um cilindro circular uniforme. (8) Que des- Jocamento adicional, medido no topo. levaria a torre para a Jminéncia de tombar?(b) Que ngulo a tore fara com a vertical nesta situagio? #2 Voce deve construir um grande monte de areia dentro de um sgalpioe deve tomar cuidado com a compressio no piso. A maior com- pressio no ocorre diretamente abaixo do topo, mas em pontos a uma distinc, deste ponto central (Fig, 12-792) Este deslocamento para forada compressio maxima €devido i formacao de arcos pelos srs de areia dentro do monte. Para uma altura do monte H = 3,00 me {ingulo @ = 33.0, aFig 12-79% fomnece a compressio ¢ como fun¢0 4 raio ra partir do ponto central da base do monte: 6, = 40.000 N/ mo, = 40 024 Nim = 1,82m,¢ 1,00? de areia tem uma mas- sa de'1800 ke. (a) Qual €o volume de area contida no monte para 15 12? Sugestdo: O volume € 0 de um cilindo vertical modifica- {do com um cone no topo do cilindro. © volume do cone € wR'W/3, ‘onde R ¢0raio eh a altura do cone.) (b) Qual 60 peso P deste volume de arcia? €) Use a Fig. 12-796 para escrever uma expresso para compressio o sobre 0 piso como uma fung0 do rao, para 1S hy (@) Sobre o piso, qual a frea dA de um anel fino de raior centrado noeixo central domon- te, de espessura radial dr? (e) (Qual €omédulo dF daforga para baixo sobre o ane! exerida pela area? () Qual é 0 médulo F da forga resultante para baixo sobre © piso exereida por toda a arcia, contida no monte para r= 7/2? (Sugesto:Inegre expresso de (@der=0ar=rJ2)Noteago- ra surpresa: O médulo F desta fergasobre piso é menor do que © peso P da areia acima do piso, ‘como encontrado em (b).(g) De que frago Fé reduzido de P00 seja, quanto vale (F — PYP? Fig. 12-79 Problema 82

You might also like