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244 DEENA ACORN CaM HO INGLES OS ANI presidente do PSD, Amaral Peixoto, cacique da politica fluminense e, na poca, embaixador em Washington. Afinal, Licio Meira “era talvez. 0 ro do governo”: seu afastamento deixaria 0 estado do Rio rio; tudo isso repercutiianegativamente na campanka ele ‘0 para a Camara dos Deputados. Frente a esses argumentos, chek recuou, alé porue o renomado técnico, ao saber das gestdes eencetadas por seu patrono poltico, sentiu que pocia se desinteressar pela oferta (URI, 27/6/58) 6.2 ENFIM, A ECONOMIA NAS MAS Dos “TECNICOS” Foi nesse turbilhdo ¢ &s vésperas das eleigdes de outubro de 1958 ‘que Lucas Lopes assumiu © Ministério da Fazenda, vendo-se forgado, por diversas vezes, a negar a condicao de “entreguista”.#”” Mesmo depois da posse, cautelosamente insistiu que, no essencial, co implementada pelo seu antecessor. Para os nacionalistas, Lucas Lopes € Roberto Campos, nomeado presidente do BNDE, simbolizam que a grande parte da nova equipe econdmica estava sob sursis: [As eleigdes de outubro de 1958 foram fortemente marcadas, do ponto de vista ideolégico, pela oposi¢ao “nacionalismo” versus ‘entreguismo”, A relativa vitdria do. pr ue se expressou em antes avangos do PTB, ndo favoreceu o lima para um plano de 1¢30.""" Este partido, como os demais, era altamente marcado por tradigGes de patronagem e clienteismo, 0 que, de resto, ocorre nos sistemas partidirios de quase todo o planeta, inclusive nos pafses de limo avangado, No entanto, ndo se deve ignorar que 0 processo de crescente ideologizacio de amplos setores populares se refletiv no do proprio sistema partiirio,impregnando-o, como ao proprio Legislativo, Sgica que escapava & do mero clientelismo. le comunist,alirma que, “na propaganda como representante mass autortzado dl ala 245 Conia 6—As owes censetscs Em 4 de outubro, um dia apds as eleigdes, 2 SUMOC baixou as Insirugdes 166 € 167. Esta Gitima aumentava bastante, quase 20 nivel do los & exportagio de vérios prodlutos que nio faziam recusavam © imobilismo frente a uma situacdo cuja gravidade no ignoravam, mas que, acima de tudo, exigiam que qualquer mudanga 3s para a protecéoa essenciais.”? Dat o misto de aprovacio e desci aos objetivos de Lucas Lopes. © mesmo acorreu quando este avisoui que © orcamento da Unigo para 1959 conteria um Plano de Estab Fazenda nao foi com nenhum expoente do mais efetva ameaga de “marcha de produgo” se anunciou antes da civlgaco formal do PEM rum & capital federal. quando o general Lott estava ausente do pals 0 que embaralhou as catas do jogo polico. Afinal, Lucas Lopes e Roberto Campos eram muito mais bem-vstos pelas forgas antipopulstas «ue procuravam representar polticamente os interesses da “cafeicultura” cdo que ~ digamos ~ o incompetente ¢ clientelista José Maria Alkmin ou 0 incortighel populista Jodo Goulart. Resultado: o p da Fazenda, ppouco depois de anunciar seu programa de estabilizacio, em 1S de outubro de 1958, soicitouao Exército que impedisse a realizagSo da marcha, negando ‘que o movimento tivesse cariter pacfico. Ao contréro, teria sido “planejaco para perturbar a ordem, para impor ao governo medidas julgadas prejudiciais 40 interesse nacional” (HRI, 23/10/38), [Nao se trata, aui, de analisar 0 Programa de Establizagio Monetér tem minccias, mas de destacar alguns aspectos relevantes para o tema 1” Ambas as nstragBes foram publicdas no Rekieio dt SUMOC, now 1988, xlV m1 38-42. 246 levro: Moos €oaKN yvns0 6~As comes cn oerenotnc 247 mas pelo presidente da Repablica. F, em meio a uma correlagdo de forg dramética, no ambito nacional e internackonal, Kubitschek esteve longe de subscrever um documento puramente protccolar quando a politica d desenvolvimento que ele encarnava mais do.que ninguém estava em cheque, Ao apresentar © PEM, Ki implementacio, 0 que implicava também engessar a pauta dos debates, dela excluindo pontos que alguns, inclusive seu ministro da Fazenda, cconsideravam fundamentais. Duas importantes vantagens suplementares advieram da posi¢ao assumida por JK. A primeira foi o Jecessio econémica dos EUA, levando & queda continua dos pregos de [plodutos primarios no mercado internacional e atingindo a balanga comercial virias delas ja em andamento. No cuttissimo prazo, fe 1958 e, dessa forma, assegurar © pagamenta dos nos ea continuidade das linhas de « 1Gdes, 0 governo recorreu 20 zpoio direto do FMI, além da “preciosa colaboragio do Export Import Bank of Washington ¢ de uma rede de -ze grandes bancos privados norte-americanos” (p.3). Também era ‘eciso reduzir drasticamente o gasto em divisas estrangeitas, reduzindo- se as viagens de funcionsrios ao exterier, co dc governamentais" e colocando menos divisas em leikio; por out punha-se estimular as exportacées. o que passava pela racional producéo de café, incentivo 4 competitvidade de outros produtos jos € procura de novos mercados para estes € aquele rio do balango de pagamentos mentadas, no Ambito interno, pelo corte em 10% da de pagamento. Nesse ponto, 0 papel do Banco do idades de banco lo para setores cuidadosamente selecionados. Por outro lado, era necessé arrecadagfo ¢, neste sentido, o PEM suger Imposto de Renda que tramitava no Congresso, além de Imposto de Consumo, mudancas na lel do selo e elevagio de virias taxes emoluments. Kubitschek enfatizava que todas essas agées se reali prejuizo do Programa de Metas. Bastava assegurar a objet 2 Concentragao dos nossos recursos, procurano eauilibrar os orgamentos' tudo correria bem. Pois ndo se devia “pai do maior sentido lade da nova equipe econémica. Em segundo lugar ~ ¢ mals, ~ Kubitschek jf fincava marcos de negociago na politica ional dos quais néo poderia recuar. Em sua carta de apresentacio do PEM, Kubitschek fez uma defesa candente, © sem qualquer sinal de autocritica, da politica nacional- desenvolv Negou existir motivo para descrenga na situac3o do pais, auc, sabendo m As medidas v deveriam ser com cexpansio dos mente, admitia que, fente 8 expansio econémica, até porque as eventuais distorgSes tendiam a ser cortigidas pelo “préprio Jogo das forgas econdmicas”. O problema era quando a expansio ocortia sob a influéncia de uma prolongada inflagio", pois as distorgoes, 20 {econdmico". Por este motivo —afirmava JK —0 governo sempre combateu 2 inflagdo, Infelizmente, jé no it clevagao dos vencimen uma re temos a si na apresentacSo, -sente 0 longo do texto do préprio PEM, de relerr-se & inflagdo, a0 mencionar sakiro, ber implementada, a ponto de, jd em impactos das elevagées salarais, 0 que © surto inflacionsrio €, com esta, a tschek, foram fundamentalmente fatores externas, que fugiam totalmente a0 controle do governo, entre eles 2 _geragées Tuluras softessem as mesmas dificuldades, icavam a decistio do Govern para enfrentar os problemas 248, An vamente, © Gnico problema que JK mencionava amente era 0 salarial.”” Em relagdo.ao salério-minimo, o presidente ‘manifestava a conflanga de que as “comissdes paritérlas” encarregadas de «estudar 0 assunto cumpririam scu dever, “sem negar 20 trabalhador o que merece ¢ sem querer iluci-lo com aumentos excessivos, que, to logo ‘aprovados, novas alas provocariam no custo de vida". Jé os vent € do funcionalismo, se enquadravam em “uma decisio pr ‘umentar vencimentos e definir 05 recursos significa “forcar novas emissOes © provocar 0 aceleramento do processo O “Presidente Sortiso” chegou no limite da redundlincia, ‘que 0 Executivo se oporia “a qua iso de vencimentos” que estivesse desacompanhada cde cortespondente aumento de re: (p. 5). Eis um problema uj solugdo era cristalina taxativo a0 negar a existéncia de qualquer era uma opeao catastréfica, Sete pardgrafos ‘© paginas foram dedicadas & defesa das obras de construgio da nova capita, e doses cavalares de “talvez", a serem disputadas dentro e fora clo aparelho estatal ‘Apresentaco formalmente a0 Congresso, o PEM néo foi centralmente debatido em plenério, mas em Orgamento (Benevides, 1976, p.2: ‘ue constava no documento. A ten mais amplo e visivel no Legislativo expressou uma subestimacio das Feagdes que o programa receber ior do sistema particrio e do arlamento. Houve debates acalorados, principal deles conduzida pelo lider da oposicio Carlos Lacerda e com a tent populsta de reeditar seu procedimento de, em momentos de crise, isolar 0 govemno de Ginrm0 6 Asvoves perenne 249 suas bases de sustentacio no interior do bloco no poder e mesmo junto is classes populares. Longe de se tratar de uma bem sucedida incurs de burocratas “insulates” em uma esferaregida pela patronagem. o resultado fol altamente iussrio, até poraue preservou, para uso do president Repablica, uma érea estratégica de atunco politica, a ser utilizada em defesa de sua poltica de desenvolvimento. Nessas condigées, a importincia do texto do PEM deve ser izada. Doutrindrio, prolixo, apresentava-se como perfeitamente ccompativel com 0 chamado Programa de Metas, que, como foi afimmado no texto presidencial, no era inflaciondrio. Adotava uma posicao mais smo do PEM, que no res & mudanca do semestre em 1959, jé se manifestou, em primeiro lugar, no cronograma, com duas fases de implementagio: a de “Transigio e Ajustamento” (out. 1958 a dez. 1959) ¢ a de “Estabilizacdo" (a partir de 1960} (Ministério da Fazenda, 1958, p.11-12); e, em segundo, na ‘expectativa de que as medidas a serem cfetivamente adotadas possib tum acordo com o Fundo. ina financeira bastante rigida, expressa em adotada em trés tempos: 2) afta de um limite global de expansio de créditoe meies de pagamento pelo sistema bancéro: 8) a claboragéo de um “org crise, seja quanto ao contetido das propostas de establizago monetéria e do balango de 205 meios para implements- implicariam brutal ateragao na correlago de forgas no interior do aparelho de Estado, inclusive entre os préprios érggos da chamada enquadrar 0 Banco do Brasil nas diretrizes do chamado grupo sumoqueano. rnativas de Investimento". Cabia, portanto, “sempre que Essa preocupacao se ex or exemplo, ser impre: esteja vezes, a ‘2 Caixa de Mobilizagio Bancdria ¢ por prazos néo superiores a poucos sorasamente os seus dispéndios de consumo, a fim de poder reservar prontamente as instituigSes bancérias au ;ograma de Metas) 6 nfo levavam desco porque este, gracas ao status de “autoridade monet lnificasse as taxas de cimbio. Até porque, além da crescente pressio do favorecidas. Em contrapartida, 0 pelo governo “e somente reajustado de tempos em tempos”, 0 ue Anco 2 pongo mcire Noe ave Carma 6~ Ar oones on vetoes 251 36es, tornando-as “menos interessantes do que racio paral. Nesse ponto, a proposta fundamental consistia em a0 longo de todo o documento. Afirma-se, vel que "a politica de crédito do Banco do tanto para com 0 setor governamental com para com a setorprivado, 1amente coordenada com a politica monetaria global” (p.63). As iguagem chegava a ser bastante agressiva, Para os autores do ddeveriam "ser evitadas irtegulardades tais como a de Banco do conceder empréstimos a bancos comercais, a no ser de acordo com " ‘ "_ 0 govema deveria conter isto no caso de impedimento legal de 2 propria Calxa socorrer patcela maior dos seus recursos para investiment ivessem em cificuldades. (p.67), era que, em longo prazo, s6 as elevacies sal autores destacam, para além da superficie disc gradual s diversos setores da fade ou a competénecia técnica, uma Questo cus iy lncrementas de produalvelade” poder 1r da blaco no poder ainda requer (p.2 r imos concedidos pelo Banco do Brasil, que forma ocultava-se 0 papel até entdo desempenhado pela inl aa ngoidds and 1980: Foran especie a dferenca entre os teajustes de salirioe a prock s is de bens de consumo, “ndo contempladas Ral akeer tees ee mente pelo Programa de Metas, logo, ndo inseridas nos sctores ios" (Maia, 1986, p.214). Esses empréstimos r {Bes magndnimas aos tomadores (nada muito a com os grandes capitais diretamente contemplados pelo chamado izagZo do Banco do Brasil *, também podia fos", ande, imo so nocivas nado por JK, em julho de 1956, Todavia, o argumento mais geral, € vélido para todos os setores da economia, era que ‘0 aumento excessivo da massa de salirios implica em reducio dos fundos pera investimentos, 0 qu Mais uma vez, retomava-se & perspectiva de uma reforma que em conseaiiéncia, 0 apel moeda (Misia, 1986, p.217). ‘A proposta do PEM era congelro sal do titimo reajuste(p.43). Mesmo os reajustes prey de tempos ygamenios. © PEM faz uma cr igada mente o deseauirio entre os wa quase metade das compras ‘de mercado, obtendo taxas mais ha.o valor das divisas arbitrado pelo is, com vistas a0 mesmo. Janos de compressio de despesas”. Este se tomar regra para os reajustes subseaiientes. (p.4 No que se refere ao orcamento piiblico, as medidas de contengéo las pelo aumento da receita, 0 Que 1adamente exposta no documento. co debate sobre o PEM 8 questio da racionalidade técnica iamente, assumir os termos de uma controvérsia ideolbgica dora que ndo ousa dizer seu nome. Racional poraue eficiente ter © bom andamento da espoliago ca cle importagio de bens de consumo ile dos salirios e do crédito, bem como 3s trabalhadores. Neste -monopolista e pré-imperialista Peiioianes Houve um certo prazo de tolerancia, quando até res nacionalistas, como Celso Furtado, aprovaram a iniciativa, Para o autor de Formagio Econémica do Brasil a elevacio da carga tributéria proposta apenas restabel 1948 a 1952 e, sempre segundo Furtado, medidas incluidas no PEM visavam a evitar excessiva aceleragao do processo de desenvolvimento, com a qual este poderia fcar jemeciavelmente prejudicado”. Do lato “cosin sob a lideranga de Octivio G. de BulhSes, Denio Nogueira, redator-chefe de Conjuntura ca, também elogiou o PEM, até porque participou, na qualidade F econémico da SUMOC, de sua elaboragao..* echo da “Camps leo”, ocorreu exatos 72 bro de 193, por meto da lei 2004 valent covencio sucess Anos J Carag 6 As vows 0 rece 253 (© PEM ainda estava para ser enviado a0 Congreso por JK. sob forma de mensagem presidencial, quando fortes reagbes preventivas se manifestaram. A CNI promoveu uma reunigo com outras entidades comporativas de comerciantes| icolas. Como de costume, 2 Confederacio se preacupava "com as restrigdes rigorosas do cré idades produtivas, as quais o préprio titular da Fazenda ‘que constituem ponto basico do seu Plano” (ARI, 5/11/58): ‘Como foi bem percebido na época pelos observadores ( partcipantes) mais argutos, 0 desfecho das lutas em clas diferentes forgas sociais, estes cor Jo controle dos stores do aparelho de Estado encatregado de impler ‘ou aquela politica. De fato, havia uma crise que, como ta, con para revelar as relacées fundamentais nas quais se envoliam os atores Lopes e Roberto Campos, argumentando, inclusive, que cla correspondia xdos com 0 FMI e que logo seria exposta a0 Ik (OESP. 5/10/58). fa demonstravam a mesma combat torpedear as posigSes ocupadas por Lopes, Campos e seus prximos. A CNI deu resposta rpida a0 PEM, dedicando-the o edi niimero do proprio més de outubro. Manteve sua posigio defensiva, € reiterou que © governo, que “sempre colocou o desenvolvimento econémico como pélo de todos os ccombatida” pela entidade dos indus inflacionéra faze indlspensivel deter provisoriamente o deservel Qualquer politica de estabilizagao deveria ser precedida pelo ede redator do panto Ao de fade cu 254 Anusto oe oeear mento: wiausuo ron auRcit 925 4N08 privada. Sem esta, expandir 0 crédito e recorrer a emissdes eram mal menor, quando comparado 2s polticas propostas. Mesmo sem o PEM, jf de estabilizacio”, at no parava de subir, 0 mesmo ocorrendo com os salérios, desde 1952, tinham reajustes superiores as possibilidades da economia. Nessas condigSes, a proposta de redefinigdo do imposto de renda, contida no PEM, podcria ser benéfice para o Estado, mas, “dada a incidéncia progressiva", sangra combater a inflacio era louvdvel © a CNI se dispunha a lutar por até o Ailtimo centavo do salirio dos trabalhadores (D&C, out. 1958, p.3-6) ial de dezembro de 1958 dedicou a0 PEM um tratamento ive buscando fundamentacio na “cigncia cconémica" Esta deixava claro que “os elevados niveis de produc ds paises de capitaismo avangado”, cujos padrées de vida o Brasil, por meio do desenvohimento, seusesforcos”. Em suma, desenvolvimento é, noessencél, maior capi esta “significa maiores investimentas e investimentos mais elevados exigem contengio do consumo, dentro de certa percentagem da producio global” ‘A partir dessas formulagdes gerais, era tracado o diagnéstico da crise: 0 ritmo de investimentos, que tinha sido razodvel nos ditimos dez. anos, esiava sob uma dupla ameaga: a do cor considerando jd exist no Brasil pleno emprego dos fatores de produgao, propunha o abandono do Plano de Metas;¢o dlstributivismo, que conststia ém elevar os satérios-minimos “muito acima do que indicava o custo de Vida e peri Forgas negativas devia-se a uma “colocago te6ri sempre citicara, Como a segunda era de ca solugio mais dif”, para ela se de “matizes politicos”, recon "Se 30 puro conhecimento cle ‘a compreensio dos verdadeirasinteresses dos trabalhadores mostrar que, cdada.a bassima renda per captado Bras.) 0 inico modo de aumentar os niveis gerals de vida consiste no desenvolvimento econémico, Conseqientemente, aumentos de salrios que comprometem os niveis de Caro 6~Asconsencereoxness 255 investimentos consttuem, na melhor das hipéteses, a obtengio de uma peavena vantagem imedlata, 20 prego de enormes prejuizos futures. E Portanto, necessirio au a politica ra “o aumento dos niveis de remuneragdo do funcionalismo p ro era considerado “super € a0 crescimento da renda per capita em todo 0 segundo, sem cortespondente aumento de re por meio do apelo a empréstimos junto ao sistema bancério e também pelo aumento das emissées.*?” Quadros dirigentes da burguesia mercantil-bancéria spoiaram claramente as medidas adotadas por Lopes jd antes que este apresentasse © PEM ao Congresso. Represent _grupo de estucls de fomentos para as exportagies. do “comércio” para com “as modificagdes ca da Fazenda”. Chegaram a fazer mengo a “uma nova era na economia nacional” (OESP. 8/10/58). ‘Com a mesma antecedénia, os cafeicultoresligados& Sociedade Rural Brasileira no compartiharam de tal entusiasmo, pois desejavam o fim do “confsco cambial", Houve, entre eles, quem sugerisse aguardar que o plano 257 256 Auto cecesevcumunro: cousin eooincia eons ns 05 7 : a competncia em matéra de poltiea de estabitzagto Fosse entegue a0 Legislative, 0 que dara inicio a medidas : & bri ecanémica (especialmente a cambial) com intensa preocupagéo para com @ volladas para “uma lberago gracatva do cémbio" (OESP, 7/1 0/58).”* Esta sorte dos desvalidos. O governo, a0 fazer ouvidos moucas para as ssi al spre ne epee ce ees Gali adverténcias da oposicfo, deixou Yo meio rural” na maior penta. portant. pela SUMOC: eram medidas inicisis que, como afimmou 0 préprio OESP hes hes sem condigdes de “adauirir um minimo de bens e servigos para uma forcariam o governoa se dig, aos poucos, na dlreco de um sistema cambial ce a subsisténcia razodvel". Daf a reagdo em cadeia, pois importantes ramos «em que todos os produtas de exportago desfrutassem ce uma tara de cAmbio carespodenle ao ke © oe mectat CEA) indus ram sem demanda para seus produtos e, em conseaiéncia, Se reduziram a produgio. O deputado citava setores menos dinmicos que niio is contempladas pelo chamado Programa de OESPenxergava sérias ameagas a0 plano de estabilza foram exatamente os prin cra “a elevacdo dos vencimentos do funcionalismo civil e mi Metas (material de construcdo e tecidos). cuja producdo leria despencada assim, © ponto mais importante do plano, “o anteprojeto da Lei dos Meios, cerca de 30% no periodo 1995-57. Reduzida a oferta, o passo seguinte fol ue prevé ocauilibrio efetio ( nfo apenas fiticio) entre recitase despesas”, a brutal alta dos pregos ocorrida no inicio de 1958, com os tecidos cisperando era merecedor de todos os elogios. Também era preciso 3 «em 40% e os materiais de construcdo chegando & marca estratosf © matutino liberal no hesitava em defender a urgente atribuigSo de “poderes 1.50%. Embora apresentasse indices menores, 0 pior ocorra com o Selor de mais amplos” ao Executivo, com vistas a combater a inflagdo de crédito no alizasse tudo 0 Que constava no Plano de Estabiizagdo ia, 0 “desenvotvimento” estaria iremeciavelmente comprometido bert vocada pelo ex (DSC. fev/59, p4). Neste ponto, OESPe D&Cdivergiam, embora estivessem oe ee Ue cee fe tedden See amines implementou desastrosa le estabilizacio. Obviamente, esta nio era.a postura de quem o substituiu na pasta da Fazenda, Lucas Lopes, homem atento aos seus deveres ¢ sinccramente descjoso de ace (Anais da Camara..., 1958, vol. XVII, sesso de 28/10/58, p.792-798) do ainda desconhecer os detalhes do P bisicos , 20 mesmo tempo, s asia ou abandono de “in Orresultado seria a destruigdo “de todo o esforgo do empresi Logo abaixo do sempre em letras garrafsis, a mesm: elevagio do padrio de vida do povo brasi necessidade imper notadamente a produ agyfcola sem precedente” -ar © quacro, 2 posigao de importantes lideres politicos eegeen teen arisrettiioa eae eed ee consistia, sempre segundo o parlamentar udenist, em pi SF es ere re as exportagées de calé (prevstas para 13 mihées de sacas), eliminar 0 joao grande captalbanciroe os nepécs de Seca ca bd pomaie lnd pve eibsise decries nen produtivs. E, como o povo ndo podia pagar as contas dos desmandes do fereazara "marcha de producio", aye fo j 59 Discurso publi nes Amis Clara chs Deputades, 198, vol. XVI, sesso de leterminages 28/10/58. p.792-798, jo Paes de Almeid, rest 258 A Cuno 6 Ascossoncennocrers a aprovagio do projeto, Enquanto uns apresentavam a politica ce desenvolvimento ca apresentado por Bilac Pinto. da escala mével de salérios acelerado como pré-requisto da emancipagao nacional e do bem ovo brasero, havia os que afirmavam exatamente o contrério, Neste ponto =€ também no combate ao confisco cambial e a0 dhigisma econdmico — as Pposigdes apresentadas por Lacerda eram semelhantes 2s defendldas pelo jornal O Estado de. Paulo, Mas hava uma ruidosa dissondincia:embora no chegasse udenista discursava enfaticamente a favor dos Mais tarde, tendo a oposigao examinado 0 PEM e se definido, em ica quanto & capacidade afinado com sua bancada, destacou desta a “qualsquer aumentos de impo espectalmente os que atingissem “os agricul no s6 devido & cr do setor, mas também porque jéestavam submetidos a “tributo escorchante de tabelamentos unilaterais ¢ de ue tém levantado © Governo contra a 6 parlamentar udenista se compadecia da sorte dos trabalnadores do atendimenio das camorosas necesidades socials cue fle 0 pow iados ou nao) ¢ urbanos, chegando ao ponto de apolar @ (Aaais da Camara... vol. XX, 1958, sesso 12/11/58, p.776) I de salrios, mas ndo dia uma frase a respeito da reforma Como efetivar os reaustessalariase, a0 mesmo tempo, implementar uma saudevel politica de estabilizagio monetéria? Com este objetivo, a UDN apresentava um elenco de 37 medidas. Lit redugao 0 para o governo JK}, Programa consistia em desqualificé-lo como tal, reduzindo-o ao reconhecimento de que a oposigo estava correta ao clamar, desde 1956, mica responsivel. O que o govern, desmerecedor fade, apresentava como programa de estabilizacéo cra to de impostos que se insera em um circu a reforma da Previdéncia Social (0 que afetaria a posigdo do PTB no do aparclho estatal) ¢ a reducdo das despesas piblicas de consumo. O item que expressava msior “sensibilidade ™ para os investimentos relacionados com ventagZo, em suma, com 2s condigGes minimas as no detalhava nenhtum cesses investimentos. . 2 guisa de conclusdo, 0 discurso de Lacerda apresentava trinta itens cujo eixo talvez se encontre no décimo-quatto: de vencimentos ¢ salitios a que a desvalor -agdo da moeda obriga”. Em suma, um importante fator da crise eraaneglgéncia do governo uma verdadeira politica de estal realizago das metas que absorvem no apenas pa © cue importag saber se se uerestbilzaramoeds ou gastar dnheioem obra, Ovo que se quer fzer primero. Ora. €evidente que sm estab amoedao pais mergulharé na desordem. A defesa da moeda, po ‘.a primeira meta, a que condiciona todas as demas, com excecio do to citadoimediatamente cima petrdleo, que, alm de inadhivel €autcfinancivel. (Anais da Camara... vo XX dos Anas. p.773-784. XX, 1958, sesso de 12/11/58, p.781). FO dscurso de Lents pronuciado na mesma sess 260 261 aspectos essencils, ‘equilibrismo”. © primeiro seria “fundamentalmente dou! carecendo, pelo menos no que se refere & economia, de “um spare de ise teérico, bem integrado, para ju 1959, p. que nio significa que as elabore, Ret econdmica oficial, crtada nos paises de capitalismo avangado”. Ignore que 0 Que € adequado a estes patses onde “ine into, “a base de qualquer poli lo menos 0 crescimento ecui aplicado a0 Brasil, € 0 maior exemplo dos poderiam provocar aqui era o Plano de Es! A preocupagio com “o social” também apeixonava pi conservadores que defendiam 0 governo. Criticando a rejeigio dos no de Carvalho, as classes dominantes a pegarem em ava que a principal preacupagio do de consumo, 0 que onetaria sses populares, mas “no imposto de renda, especialmente nos ia em perguntar onde estevam “os salvadores tos governistas e “quase locas da oposigio") que, durante 1m dormir ras Comiss6es Técnicas” projetode aumento jose, em contrapartida, aprovavam 2 Logue de cals © projeto sobre o imposto de consumo, apresentado no final de 1957. Em suma, a oposigéo era dgil na defesa dos “agricultores” e dos anos e lerda na taxa¢So dos lucros extraordindrics. E um defendia 0 governo e no suportava ia. Ambos, cada um a0 seu med, defendiam seletvamente 0 PEM. iza¢o Monetiria. Salomonicamente, 0 edi que o Brasil possufa imensas possi era concluido com a afirmagio de fundamentalmente 3s abordagens as faziam do desenvolvimento, fa manifestava tanta preocupagdo com “o social”, 0 que ‘o-ideokbgicas mais vinculadas.slutas populares? E aio, na comemoragio a0 “Dia d presidente da CNI. entregou ao Almirante ¢ Obras Pablicas, a medalha de Homem d confetida pela revista. Mais dois ", Lilo Lunardh roda ViacSo do Ano de 1959", 05 compareceram 20 evento: 0 do ‘que representavam, em divisas, as importagSes necesséiias & implantacao da Indistria pesada no Brasil. Mas, embora a curto prazo, se sobrecarregasse 0 orgamiento cambial, 0 prosseguimento desta py eta 0 nico caminho a seguir (LAR, 27/5/59). Nao apenas altos burocratas e empresirios industriais se opunham 20 PEM. O debate se ampliava ¢, com ele, a oposi¢éo a Lucas Lopese | Roberto Campos por meio de manifestagées de rua | ‘que, em nome do saber “técnico", defendia o PEM. Com o de abril de 1959, D&C, alegando que 0 “estudo nosso desenvolvimento foi deslocado para o terreno ‘ideol6gico’ onde so de 28/10/58, ett Portanto, é um sério equivoco atribuir es razées dos problemas ccamblals pelos quais passou a economia brasileira na segunda metade dos anos 1950 & mera irresponsabilidade, incompeténcia ou demagogia de 263 Alkmin (€ eventualmente de Kubitschek, um reles "pé-de-valsa” ou, melhor dos casos, um “tocador de obras”) iminagio do figor dos técnicas no chegava ao essencial, ou seja, 8 subsidio &s empresas jornalisticas. Segundo DSC, o problema nio era exatamente a reforma cambial, mas a pretensSo dos di a econémica de conclui-la seu sentido mais amplo tava © perigo de “uma aventura irresponsavel", pois era muito fande 0 volume de cruzeiros a ser pago 20s exportadores. De onde 1959, por meio da qual a taxa de cAmbio de exportacéo do café fol clevada substancialmente.’”* Logo em seguida, a Instrugion.175 penalizou es.’ E assim, sucessivamente, a cada nova Instrucgo da res do plano de establlzagio, pera ue vas perversas, aumentassem a inflagdo. Apés uma série de out el iberalismo da r na balanga comercial, a SUMOC iter moralizante, comoa 176, que reiterava a subsidio cambial 0 papel de fabricagéo nacional pressdo de livros, jornais € revstas”. Dentre as punigSes: previstas para os transgressores estava o cancelamento de subsidio cambial para a importagdo de papel. A Instrugio n.177 autorizava a importagao de bens de produgio apenas “usados, recondicionados ou nija” desde ‘que preenchessem, cui ‘8 seguintes requisites: fosserm destinados 2 “prdpria empresa importadora", no fossem obsoletos, estivessem em “perfeita conservagao", no tivessem similar brasileiro ou no deixassem de ce do processo produtivo". Por outro lado, qualquer Gio de bens de producio usados deveria, pre aré uma rendncia ao propésito p desenvolvimentista?” (WAR, 27/5/59) Nos dos de 1959, fortes interesses empresariais produziam discursos nos quais se colocava em questo o desenvolvimento do ca ial no Brasil, Para D&C, a economia de um pats nfo era “uma tade labor feacio quimica pode ser substtulda por utra, sem malores conseqlincias, até chegar a0 ponto desejado”. Ao contrario, sempre havia “uma parte de realizagio definiva” que no poder, em hipétese alguma, ser posta em risco (i, p.39). Assim se imanifestava D&Cas vésperas do conflto entre 0 governo Kubitschek ¢ © Fundo Monetério Intemacional. Outras mente, revel para a defesa da ps 1s politicas, talvez por seem menos aparethadas iam maior combatividade em relacSo ao que julgavam a de desenvolvimento capitaista no Brasil A pr6pria FIESP adotou uma posigdo mals contundente contra © ‘que considerava um proceso de desnacionalizagio da indistria, provocado cia demasiadamente os capitais 0 Paulo, AniGnio Devisate lembrou a promessa presidencial de criar uma comissao para “controlar © orientar os investimentos estrangeiros”. Descartou a existéncia de qualquer smo que buscasse contornaras e's do mercado, poiso problema propria seguranga do Fro como nagio independente”. Alin ‘uma das legislagSes mais iberais do mundo em matérla de investimentos estrangeiros SUMOC Ue fev/59, »N-n.2 p-37-38. Canis 6 As oon on cements 264 Anisio o estsvonrer sewn nonnacsa mRcuES Ne AOS (© ue isto tinha a ver com © PEM? Devisate no poderia ser mais E conclufa 0 texto com um duro recado a Lucas Lopes: se a desvalorizacéio monetiria continuasse, os indus condenados & extingio. Era tamanha a desvalorizago do “nosso. ‘que as indistrias estavam & venda por pregos muito vantajosos para os que tivessem “um pouco de moeda forte” e desejassem aplca-lo ‘em nossa terra”, todas atingir, a comegar do préprio governo (Bl, n.488, | 1/2/59, p.557) represent cde uma perspec de defender a saile da moeda, mas a sobrevivéncia da prépria comunidade nacional. Os responsive pela implementacio do PEM no dos industrias paulistas combatia a infiago a p Se dependesse da FIESR, Lucas Lopes no continuarta ministro da Fazenda. Apresso continuou, sempre retacionando a politica monetdria com 1 desnacionalizagio. Como jé vimos, a FIESP enviou telegrama de apoio as conclusdes da CPI sobre a cdesnacionalizacao da economia bras 2 “inlegral concordincia com as conclusdes da Comissio sobre investimento pleiteado pela American Can’ (BI, n.48: poderia ico, até porque ent wente envolvidos na questi, estava um poderosissimo grupo indi a A partir de junho de 1959, os indust is identificados com as posig6es nacionalstas ganharam espago na licagfo da FIESR sempre martelando o PEM. Segundo Fernando Gasparian. 0 plano de estabilizagio monetéria, a0 invés de resolver, agravara a crise econémica 1.504, 3/6/99). Neste contexto, nfo poderiam deixar de macar presenca ica, Ramiz. Gattés esclarecendo que © combate & inllago como se tenta fazer estava destruindo a industria” pois se pretendla fazé-lo “através da restrigdo do crédito". No entanto, “apesar das medidas adotadas” a inflago ndo parava de crescer (BI, n.504, ‘Ataques do mesmo teor foram desferidos por Vicente Mammana ‘507, 25/7/59). E, em reunido da FIESP/CIESP, “fol undnime o pensamento dos industriais" 20 crticarem o PEM (Bl, n.SO7, 25/7/59). | controlam e orientam esses investimentos, menos por ela, do que pelo futuro e seguranga da nago brasil Uma semana depois, a FIESP centrou 0 fogo nos formuladores do PEM, Afinal, “o gaverno da Link, através do Ministério da Fazenda, io glo aos insistent clamores da procdugio nacional, em relagao ao problema da escassez de crédito” (BY da FIESP/ CIESR n.488, | 1/2/59, p.556).E, apd arrlar uma série de pronunciamentos de varias entdades representativa das “classes produtoras” de diversas regides, langouca pergunta "Serd que tudo isto ndo pesa,ndo é levado em conta pelo ro da Fazenda?” Este, no entant fechando os olhos te de argumentos cuja clareza era me ua aos apelos dos ‘empresirios “um sentido de inlagio de crédito, do propésito de formar estoques jagdes futuras", numa estranha atitude, pos no faltavam sinais de cde uma situagio de gravidade que 0 St. Ministro ca de ignorar” (Id., p.556-557} 10, a FIESP adver paul que “qualquer protelagio” pais”, pois so o comércio, Atento as cor Magalhies, no inicio de 1959, a0 cri adig6es intraburgue ar aI © deputado S: io n.174, observou assegurando os elementos de que «de suas alividades, € uma loucura”. 7A FIESP tke aps da Comara,rogando "Warm aplauss e feicilagbes pb lig Voltaemos 20 assuno, 265 Anussoce cee or Momuusienawactoamcice xoraros Gao 6 Asoesoncertoscss 267 Que esta, ao elevar as bonificagdes para o café e reduzir as concedidas aos produtos gravosos, ou seja, mais difceis de exportar, discriminava “contra as dreas menos desenvolvidas do pais"; chocava-se com a tentativa sauckvel de clversifcar a pauta de exportagSes; sumentava a dependéncia do para com as exportagSes para os Estados Unidos; favorecia 0 imento do prejudicava a industria brasi ‘que é seu cliente habitual”, e aumentava itmas exportadoras, Que Ihe compram proporcionalmente menos"; enfim, “aumentava a procura fi excessiva de divsas no mercado interno amente reduzia a re (0 Semanéirio, 1.146 Pir: era passivel de julgamento por crime de corrupgio. E de 1959, Sérgio Magalhdes apresentou projeto de lei com vi disciplinar 0 processo de formagdo de custos dos produtos de exportacio. especialmente 0 café. No parigrafo (inico, apelava para o Estatuto dos Funcionérios Piblicos Civis da Unido com vistas a punir “funciondrios que, abandonando 0 critério da formagdo de custos”, favorecessem ‘exportadores com bonificagées concedidas intempestivamente”. Em relagio mudanga do café de uma para outa categoria de exportagéo, a uma comisstio formada por um representante do to Brasileiro do Café, da Carteira da Confederagio Nacional da Sérgio Magalhies nfo paravam af, 20 se eerecem maior atenco dos estuciosos que destacam. as propostas por esta galhes preocupava-se com o esvaziam: sobre as emi fo do controle parlamentar Ses de papel-moeda. Nao se tratava, neste caso, de qualquer sta. Para o deputado da FPN, as emissbes 1959, vol. M, sessio de 21/5/59, p.234-237), ‘A luta contra 0 PEM nao eta monopélio de industriais ou patlamentares (nacionalistas ou no). Um medida ue, em nome da da gasolina, o que engor bbem como das empresas elevava os precos aos licros das refinarias estatais € particu loras de combustvels, e, de quebr favorecia icros das empresas estrangeiras que operavam estes se a dos pregas do combustivel no mercado interno gerava inflagdo. © que, fechando 0 circulo, levava o governo a jo Magalhiies, membro de um ". “demagogia” ¢ * as de exceléncia”, dentre as auais se destaca a vetusta SUMOC, denunciava precisamente a responsabilidade 10 com aspectos muito particulares da politica inflacionéia fade técnica havia, nd combinava com os interesses nacionais estrangeiro” enquanto “os autores do plano defendem uma politica que bre as portas do nosso pais aos investimentas estrangeiros sem restrigées de espécie alguma” (O Semanirio, n.143, 291 Existe uma dirigentes indus politica de indust portant nuanga nesta critica ao PEM. Segundo os © Plano Lucas Lopes era profundamente contrétio 8 Jo €, portanto, antinacional. O proletariado nao 2). Era percebida deixado fora de cot ‘Quanto ao mais, estavam diluidos no interior da “co brevivencia dependia, obviamente, de uma 1 de 1955. Ver, respectivan 9-200, 0X, 9. 195-196, 268 Aust oe sesso: awa pow Ao cut NDE HOS Corre 6 As oon 04 oeexot 269 de “desconhecimento de causa reiterou sua identificago com os pontos de vista do presidente do BNDE “no que concerne a norteando os rumos da politica da nossa economia est 59). A luta ps poderia deixar de lado a SUMOC, na época dirigida por Garrido Torres, também ligado a Lucas Lopes ¢ Roberto Campos. Em mal ivamente intitulada “SUMOC contra a Petrobras 59) yeiculou dentincia do deputado Temperani Perera contra a publ no Boletim da SUMOC, de ataque & empresa estat lamentou cue, nesta “poitica reacionéria e enlreguista”, pessoas estivessem {0s postos no governo do Sr. Kubitschek ler estudantil considerava 0 PEM antinacionalista € Embora néo houvesse. nesse discurso, a identificagao de um discursiva pode ser articulada a uma dimensio p mos a este caso), Era pensével — ¢, -agdo de trabalhadores em defesa de recfproca nio se colocava mos, intensificava-se a convicg4o de que atendia a0 Na seaiiéncia, outras forgas soc © entreguismo do presidente do BNDE. ingressarem na campanha contra comecavam a fazer, embora com uma bandeira de cardter bem mais rmobilizador:a defesa da Petrobras, cujos interesses estariam senco lesados pelo modo como se conduzia, sob a batuts de Roberto Campos, @ atualizagao do Acordo de Raboré.”** ‘A contiovérsia sobre o Acordo de Robi iro de 1959, 2 UHR] noticiou que foi reprimido a tudantes contra o presidente do BNDE. Preparado casseletes e bombas de gis lacrimogéneo” (UHR), 29/1/59). jos: "Nossa luta $6 }0/1/59). Em 6 fazia uma referéncia aos m fa do Parlamento, “setores civs e mil Como de costume, © jorn: cionalstas, 20 af gavam 3 al No dia seguinte, no dew outra: “Unive terminara com a demisstio de Roberto Campos” (LIAR) de fevere mou gue, “ao som de banda de marchinha de izaram um cortejo finebre simbdlico”. Hout Toda a celeuma em tomo do Acordo de Roboré nio resultou, na 108 diante da Camara Municipal e, em um cartaz, 0 presidente poca, em uma s6 gota de pet bem para sgastar as posicdes daqueles que, a parlir dos principals postos de mando da economia brasileira (a grande excecio era o Banco do Brasil. 3vam Implementar 0 PEM. A disputa pelas“ihas de eficigncia” pegava €, no minimo, chamuscava 2 aura dos “técnicos”, A imprensa a divulgava regularmente os depoimentos prestados 8 CPI. BNDE, cuja atuago fol considerade “lesiva aos interesses nacionais”,recebet aaleunha de "Bob Fields”. Na sede da LINE corriam informagées de que a enterro simbéico do técnico (UHR), 6

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