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Capitulo 11 Humanidade caida na ordem da natureza Neste capitulo a expressag «; jetta —, tudo 0 que ha nela e Bene ie chamao hs man BE seologia € Outros assuntos rel; 4 © Ja observamos que, como selacionamento Com a terra da qual foi formade ¢ de Cujo solo cle deve extrair seu sustento — nao mais para cuidar do jardim (ou paraiso) 4A 1 piagar do nati! Nesse sentidoasemtenge diving cohen es as ata trabalhar até o sor le “maldita é a terra por sua causa” Gn3in. ee Ato bisingeaionton epee Encontramos um importante ¢ distinto Ponto ligado a etimologia ¢ jogo de palavras no hebniico, Entre os diversos termos disponiveis para "homem!" o terme once no versiculo 7 (traduzido por Adao, mas que significa “homem’”) é ‘adham, A palavea para terra usada mais tarde no versiculo é ‘adhamah, a mesma Palavra usada para “homem”, exceto que terra é do género feminino, Pot conseguinte, entendemos que ao chamé-lo “Ada0” (adharn, Des eats chamando a atengo para sua origem fisica da terra — “o Sexnion Deus formou o homeen do po da terra” (Gn 2.7). Assim, a derivagio do nome genénco € 0 primeino nome pessoal do homem indicam nossa origem “terrena’’ ¢ fornecem uma explicagao da raz3o, uma vez que ele foi amaldigoado pelo fato de pecar, a “terra abengoada” da qual ee foi tirado também precisava ser amaldigoada. Evidentemente, nio é possivel nem apropriado para um homem amaldigoado tirar 0 sustento de uma terra abengoadal Abondade da natureza : Contudo, existem evidencias inquestioniveis nas Eserituras de que a airmagio original divina “bom [..] muito bom” em relagio a tudo o que ele criow nunea foi anulada. Seis ve2es zo todo, em conexto com cada dia crttivo, exceto 0 segundo, lemos: “E Des viu que ficou bom”, ¢ por fim: “E Deus viv tudo 0 que havia feito, ¢ tudo havia ficado muito bom” (Gn 1,31) — ineluindo a humanidade, homem € mulher incluidos no “tudo”. Vamos dispensar o exame adicional das palavras hebraicas, pois eis suesonam ao 9 owen ia qualificagdes pelas quais intuitivamente entendemos algo sian rim ae Gtiativos de Deus. Nem seremos distraidos por pesquisas para 5 verdadeiro”. Toda a Biblia, e em especial © ® benevoléncia do Criador, pela felici de Deus. O salmo 104, 0 maravilhoso ; 0s montes; . vales e correrem as aguas entre Ree ah cape c= sco spac tm de Aemestons ‘Fare cho junto 3 4g € Ct 0» das as cba! seu aposenros clestes pas 08 MONIES: SOT gue o homem cultra Eo Senna que az erro PSE PAE? 1988. Websters New Wonld Dictionary, 3 college a” significa a natureza — no que se refere Pertence. Ela constitui o objeto de estudo “o estudo da Zoologia, botanica, mineralogia ‘ativos ao mundo fisico”.! salmo 104, proclama alegremente a bondade da Criagio¢ idade da raca humana ¢ de todas as criaturas inferiores ino da Criagio, exulta: 438 TEOLOGIA SISTEMATICA ; alegea 0 coFG70 cho homem; 4 entor o vino, que a 5 cea tno alien: 0 ee eso seu vigor ( Pe eats Ihe tay brilhar o rosto, €0 PAO T i gor SI 104.10.15) * ide alegre até proximo do © poema continua nessa sequene!t aprasivel € bag anhiicoeh Ho fim. Depoig 4 ocean de louvor ao Senhor ocorre wma versio eteana com es85 paves yy seurso de louyor ao Sen cen de € um TE se Senor oor gj da erm €esem de ISO i i savers ia bas a Oe Mpreve discurso de 1OUVOF, © prema epg 3 ‘esquecide do pee i tetming | juecid do peeado e dy gels Somente duas linhas depois, apos mais jquase como Se 0 PO bondade da ordem rou, ele afirmou eta tIVESSE se ando ace ‘sa Mannarureza. Quando a conscientizagiy, qt que estavam fora de lugar na terra qu a de I. * modo abrupto. E quando contemplava a dos homens maus ¥4 malignas ¢ ¢ por fim seriam eliminados. 4, o No que consiste a maldigao de Deus sobre “a terra”? ; jeve receber consideragio mais detalhady gunto, introduzido anteriormente, ¢ eons’ esHiatt é aterra” e dos espinhos ¢ ervs que entio podemos dizer a respeito de maldita é a tert pinhos © ervas daninh. além dos tornados, terremotos, enchentes € outros acontecimentos na nature desavny, to homem e que, pelo menos 4 primeiea vista, certament® no podem ser consideradosborg © humanidade pos-lapséria acharia a natureza perversy impassivel ¢ relatantenery, ‘em estado “natural”, como os beduinos¢ frutifera. Isso seria verdade sobre a naturez odificada pelos esforgos do agricukor (i¢,, rantes a encontram ¢, igualmente, quando é m cultivador da terra’). No caso anterior, cla nao prové apenas capim ou Pasto, mas também sespinhos e ervas daninhas” no campos 10 aso postesior, 0 solo duro requer 0 esforg arduo continuo. © NT explica a conexio da queda do homem com a condigio presente da ordem ca tA nacureza criada aguarda, com grancle expectativa, que 0s Flhosde .,esterilidade, falta de esforg, Deus sejam revelados. Pois ela foi submetida } inutilidade [i rio pela sua proptia cscolha [a cringio ¢ inconsciente e itracional, nesse sentido}, mas por cause da vontade daquele [ie., Deus] que a sujeitou, na esperanga de que a propria natures caaeia seta libertada da eseravidao da decadéncia [quer isso seja morte real ou, talvez, corrup Gao por causa do pecado e morte do homem é questionavel] em que se encontr, recchendo 2 plotiosa liberdadc dos filhos de Deus. Sabemos que toda a natureza criada geme até agor, natureza como vemos: como em dores de parto” (Rm 8.19-22). ‘A maldigao pode nio consistit apenas nas mudangas divinamente realizadas no mundo \déncia material em si, O homem, nomeado pelo Criador para encher a terra com sua descen ¢ dominar sobre tados os seres, animados ou inanimados, em ou sobre cla (Gn 1.16,18), tornou-se uma criatura pecadora capaz de exploragao com voracidade ¢ usar sem virtude2 boa terra de Deus ¢ seus tesouros. Esse ponto de vista foi habilmente descrito por Robert Haldane, autor de um reniomad? comentario sobre Romanos. Ele comentou: que é chamado vaidade no versiculo 20 ¢ denominado escravidao da decadén siculo 21, Quando a Criagio veio a existir, Deus lhe concedeu sua béngao, € nuncio’ ge tudo 0 que tinha feito era muito bom. Considerando esse palicio admiravel que de preparado de antemio, ee designow o homem para reinar oa ordenando que codaa casio Fre Tone sujet, a quem ce inha feito sua mnagem, Mas qsendo 0 pecado ent "Cras em certo sentido sc pode dizer que todas as coisas se sear mis Porm desvirtuads da propria finalidade. As criaturas por natureza foram nomeadas para o servigo 405 a gos do seu Criador, mas desde a entrada do pecado clas se saa rn rubscrvientcs 150 inimigos. Em vez de o sol € os céus serem honrados ao dar luz a quem obedece? 3 terra sustentar 08 justos, eles agora ministram aos rebeldes. O sol brilha sobre 0" al cia no ver rervaalimenta quem blaster, epregndos para pia qe invemperanga, crueldade, casfilhos. Tad isso eg ANTROPOLOGIA 2.13 dog ENGEL seU6 yr ado c« us, Nprodutos, em ver de sere !nsttumentos de ambicgie, avareza, ia selec cmprepadin pare a destru Pa homem py suicitn ay so de “eseravidio da dees, pssa vis vl lecaclencia” o Fr owprotemedo AT: a em » de fata Propositos vos: ‘tert por sua causa” é apoiada por Por isso kvareio men ugg quand gh Amancarci dela minha lie yi litho \s yexes a8 ctiaturas sig Tepresentadas Protestando contra a bomens: os a Pedra clang Paredle, © a trave the rex (He 2.11, A2I). " Amadurecet, co mou vink ho quando ficar pronte, Be setviam para cobs a sua nuder (Os 2.9) maldade e venalidade dos onder do madeiramento” eRm 8.19-22) de m: aneita semelhante. Toda a natureza esti em, que & devido & sua per. gue afeta ohomem afeta lo da natureza que foi ondenady, Para o desenvolvimento prio. Quando o homem eaiu dy comunhio com Deus, 6 mundo da enact, sicito a vaidade, enecetsitava com tinagio perdidas, ©) eto, por fim obtera ‘mentes, a maldicio. > Para ohomem, A maldicio sig natureza tornou-se. © fato de cle ser criado a imagem de Deus eleva o homem, a ‘ima de todas as outras eriaturas; mas também significa {que toda a Criagio foi atraide nomemn, A terra é amaldiconda por eausa de A ’0 drama eausado pelo pecado do homer, ; causa ce eo tmcommrer ier Genesis, mas tambem no lsro de Romanos @& “S Pelo mesmo moto, a redencio do home por meio da morte de Cristo me dio, 20), cruz itt the Romans (New York: Robert Cartes, 1847 visas reediges an 1970, Epistle tv the Romans ( pe 1 68, New Commentary on Genesis I(Bdimburgh: T&T, 1888) p. 1 lid pts, TEOLOGIA SISTEMATICA com us Evangelhos Sinopticos, atop ‘ também afeta toda a Criagao, De acordo com 0s Evang PtICOS, a tere amo Apice & de acordo com fe rando os sof entos de Cristo aleangaré rot G Guando os softiments cu no momento de Sua Morte, na qual todas Mateus (27.51), a terra tremcu sangue de sua cruz ( Feconciliadas com Deus por meio do sangue de rac arte da espera e do “gemidom Griagio toma parte da iemido” O de. Cullmann ainda explica que a Cs enramaisimportnn’'s ee ney (Rm 8.21,22), na esperanga baseada no “acontecimento mais importante’ ncorre ne ery se na época da Queda do homem? A existéncia de fosscis no fundo da camada terra, como muitos esctitores tém observado, sugere uma ee negativa. Precisamos lamentar que isso tenha se tornado uma questo d e eifcrcsigns Sétias alguns escritores evangélicos. Nos tilkimos cem anos a maior Parte dos autores evangein® eruditos que tratam desse assunto aceita como verdadeira 2 opiniao da geolopia de ei terra jd se encontra aqui hi muitissimo tempo. Eles nao se mostram céticos em Telagio agg resultados fornecidos pelos diversos crondmetros “cientificos Nem Os tejeitam Pronts. mente. Cito um autor sabio e respeitado, cujos escritos uteis tem sido © cc ntinuam seng, lidos amplamente. Acerca “da terra”, Erich Sauer diz: 211.20) $898 si, % “Xtetna qs A historia (da tetra remonta a um periodo mais remoro do que o inicio da raga humana L--] © seguinte caso sera observado. A condigio atual do mundo da natureza na terra mostra uma desarmonia fatidica de ts Plendor ¢ terror, comunhao e confusio, vida e morte [..J e nos permite perceher que por tras dessa discérdia real encontra-se uma discdrdia no teino do espirita, Mas nse (0 pode Haro ns mesma época da historia do homems pets ax raha extraifcadas gue more, distri da terra pronan ser soma dedi que a morte destrugin ectitiam ome Poca inimagininey Gen ante donk de ietiri d rga humana lprifo do autor). A Biblia nos pervrite v que anies ca Queda do homem havia um reino do mal hostl que, de certa fortha, estavg claramente interessido na terra € n0 homem. Por iso temos também a ordern dade ne Paraiso para gue 0 homem nio somente cultivasse o jardim, mas também o guardasse Gn 215) O st. Sauer teoriza que isso pode estar associado a queda de Satanis © acrescenta: “De todo modo, ett provado pelas camads rochosas da tera que destruigdes antigas por morte, com animais ¢ catistofes extavam conectadas”, Ele sabiamente concig, “Uma investigagio por indo a Terta, é de uma criagio recente — alguns milhares de anos no maximo — € que 0 registro fossil ndo pode ser interpretado, como fazem os gedlogos, para estabelecer qualquer arranjo sistematico em eras ¢ petiodos, Defende-se que 0 Dildvio da época de Noé matot todas essas formas fosseis(vegetas, em como carves animal) e os depositou como bet fie encontrados, Para os principals defensoree a teoria, é, portanto, inconcebivel © havido morte no mundo das plantas ¢ animnaie antes da Queda de homem ou aque cle ives comido carne animal antes do Dilivic® at Ti Fark Char Landon: SCM Press, Led, 1955 ° Tid, p. 108. _ | From Ererity to Eni Grand Rapids: * Tid, p 18, os * V.John Whitcomb e Henry Mortis, The Genesis, ‘Phi formed 1961); Joha C. Whitcomb, The Waar Thoin Ra Te Ro : White The Early Earth, ed. rex. (Grand Rapids: Baker, 1972, 1054 Rapide: Baker, 1988); Joha € 1966), p. 108. Publ. C™ so 4a fmbora afittiida © defendide com Brande yj sa perspectiva nfo € amplamenry defendida pase nas CENCIAS OU NA Biblia ¢ teolopia, bavias dos meus melhores ex alunos ¢ (dpe ere avaliago que Fazem dog f ve correcta. Nao encont, ANTROPOLOGIA 2.11 Hh € de forma convineente para muitos, wide 28 SMUdiosos evangélicon, quer com abo ldo a literatura det , uma parte escrita por -©.com pee Peito) sem ser convencido An biblic ato, 0 ny incerta seja uma impress, fa) cpsitiva qUE OS Sctes huma, PP Nao € certo de forma sstdo mateante, Nem & cera delyc (oo como S€ eStiVeSSe Prestes a dar 4 luz. Pay: isoesti, de fato, acontecent Uma observacdo acerca da interpretacio da escala de tempo geolégico Essinel Antigo Testamento, depois iPologética, por diversos anos antes de mudar para a weologia sistematica, Em cada disciplina parccia 'Mportante © necessario devotar uma arengio especial a interpretag a Criagao, 4 idade da terra, 4 antiguidade da raga humana € a questdes telacionadas, Jadedicamos certa atengao a essas questdes aqui As notas de rodapé ¢, minha primeira Biblia, nario, propunham, em uma pigina 2 tan “intervalo” entre Génesis 1.1 ¢ 1.2 em outta, geologicas. Decidi rapidamente nag defender propostas. Quando com \ecci a ensinar a respeito des, existéncia evidente ativa para afiemar de forma ais antes do Diluvio. as viventes reais seja m: 4 Natureza esteja sentindo 7 © presente estudo é suficiente NOS Nao con algum:; certo miam carne d le aninny 4 que a morte de form: ‘em algum “dores de parto” saber apenas que 2 due 08 seis dias podem set considerados eras * ou Comprometcr-me com nenhuma dessas assunto a estudantes de faculdade e . Motivos para la seguem em ordem de dealunos: 1) As plantas foram criadas 4s plantas tenham condigses de crescer € ser nutridas — que foi cri 0 que incluiu a tarefa de © Sbvio que isso ndo foi feito em exta-feira. 3) Génesis 1 ¢ 2 aborda o assinnto da Criagio com téc pletamente diferentes, oque expliquei anteriormente. Enquanto o segundo telato in tanto suplementay, ele apresenta um géneto lteitio bestane diferente mrimero sete tem um singular significado nao literal em todaa literatura do ©ndo menos no AT. Se 40 Oriente Préximo, Brarmos 0 nlimero sete do Epica de Gikamis cabatiamins modificando SS historia. Moisés parece empregar o mimero sete de forma semelhante, As evidéncias & telacio a esse aspecto sao simplesmente esmagadoras. 5) Conforme fai ressaltado antes = Mormon seus profes a respeito do futuro remot em linguagem bastante figurada, "a i primeira vista parega literal —vejam-se, por exemplo, os “lkimos capitulos do livto de Ezequiel ¢ Os tltimos dois capitulos do livro de Apocalipse. Deus usou métodas semelhantes % tevelar g passado desconhecido. 6) Os defensores da tetra jovem insistem no. somente SM seis dias literais de 24 horas de criagao mas em que 0 Dilivio cobriu todo o Plancta e que Violennss dosas mudaram a ze hosas, estratos de Tio Bufrates estavam vio. : fados por Genesis par, fente no mesmo lugar depois do Dil ind uma nicas 6 de fato, w crupgies da camada externa da terca e montanhas de agua estrer catfuragao da superficie da term — para formar as diversas camadas ro “VIO er ? io Ti 'c. No entanto, a Biblia claramente deciara que o rio Tigre € aentem, fe od TEOLOGIA SISTEMATICA cota de Abraio a Canal, bem como 9 § yestio de diversas figuras de destagye edd ¢ Aurélio Agostino, de que os dns fe, dias terrenos. Nesse caso, cles tamben, “S Gang as roa da visio de Boequil qa ni hi defini 0 local do Eden (pré-Dikivio), ¢ 4 norte da terra prometida. 7) Por fim, sistemitica, incluindo William G. T. S 1 ¢ 2 sio realmente dias celestiais ¢ 30 revelagio nio relacionados acs sok oe 0 esti is As rodas de um ¥ a apne qc oeramenr aco JS HES TEMA ag, adas complicana de modo desnecessrio ese estudo particular de antropotogig yy. 0 Agentes morais que nio sao parte da natureza ‘A natureza nao inclui agentes morais. Deus esté acima da natureza. O homen, SaMbén, ‘embora compartilhe vida biologica com a natureza, esti,na perspectiva biblica,e na vega acima da natureza, Sem duivida, isso € negado de forma geral hoje. No entanto, Pesso, instruidas pela Biblia, mesmo muitas outras nJo convencidas do humanismo meray insistem que nfo somos realmente, no nivel mais profundo da existéncia, parte da matugy, © Deus da natureza ndo é Deus. A natureza € criagio de Deus, mas ele esti acima como os hebreus foram ensinados. A natureza € reino da necessidade, limita 4 |g, imutaveis, mas Deus ¢ cternamente livre. Deus existe fora da natureza €.0 mesmo ogop com o homem, pois embora seja filho da natureza, ele também ¢ filho de Deus, considera filho de Deus, deve por conseguinte considerar-se apenas um animal, direitos exceto os que diz ter. Teorias modernas da natureza Vieram as teorias da rélatinidade na fisica, astronomia € campos relacionados ¢ com ds um novo conceito sobre a “natureza”. Em um livro antes dirigido oralmente a membns de uma sociedade quimica (no matemiticos ov fisicos), Alfred North Whitehead explo © novo conceto da natureza. A esteutura da realidade material nessa nova fisica/metaliscaé quadridimensional (em algumas teorias muito recentes, multidimensional). As abstragixs ientificas sobre o novo conceito da natureza fizeram com que a realidade na natureza oo sista em “relagdes dos acontecimentos surgidos de sua estrutura espago-temporal”. Ess “abstragdes da ciéncia sio entidades que se encontram de forma genuina em natureza |.) Essas particulas-acontecimentos so 0s clementos supremos do miltiplo espago-tempo quadridimensional”’” A maioria das pessoas que pensa entender Einstein ¢ Whitehead concorda com 0 & contro de algo — convencidas, como eu estava ao cursar o segundo ano, e peguci ¢ nossa biblioteca do ensino médio um livrete novo chamado Space, Time and Relat [SPS tempo e relatividade] “O lugar do homem na natureza” é mais que um topico de teologia; este € 0 lo mais um importante livrete. “Em 29 de novembro de 1859, o livro de Charles Darwit, * the Origin of Species [A origem das espécies} foi publicado [..] Uma copia pré-publicada = geo coved por Darwin a [Thomas H] Huxley [ave de Aldous, Julian ¢ Andrew]. 42° dec cone tae sete 2Danwn meen ot e depois disso reperdamente og 5 eersto™." O livro de Huxley, publicade os | © século XX, é visto como um “classico” € Ta me Tone The Cones of Nature (MI: Univ: of Michigan Pres S —_ d s, Ann Arbor o livre pames pub por Canteen 0) na Arbor, 1959, ced “ Ashley Montagu in “Introduction” da edigio Ann Arb P, oro Man Plat de Thomas H. Huxley (Univ of Michigan, Ann Arbor Paperoces oe 12 443 ANTROPOLOGIA 2.11 da ciéncia”."” Huxley org UM autoconferso céticn ¢ anh flosdfico. “O nico pnt eceza aditido pre tle ocortin me nine, Cte? € apnbstico flossieo. Aste <0 ortia na ordem ”.0 Ble tinha rejeitado pro- 20060 evolUcionatias Previas, mac sneclatureza”.! Fle tinh rejeitado pro~ asev? Ao organic eomttava em Darwin unr t rismo coerente porteatlava 4 VOINGRO orpiniey m “uniformita Assim, ele ssim, ele 0 acer apc Puire como base de trabalhacw fi ws . : yargumentou queo homem « ite SO rae ¢ Pare da natureza, orpanicamente emum continuum ciucionario com o géneto de macacis (nao ditetamente com os mac ow ambém reconhecia haver un ‘abismo” (sua palavra)entee onivel fico c inecleeroal do mae elevado eo homem Alen (Sua palavra) entre 6 nivel fisi anu Biteicas S80, cle observou de modo acertado a completa azine de formas transicionais (vras ou f6sscis) entre animais semelhantes aos homens cohomem: “Ninguém esta mais conve : Acido com mais intensidade que cu da vastidio do ghismo entre © homem civilizado ¢ 8 animais itracionais; ou ninguém esta mais certo que cade que sejt o homem [proveniente} defers nao, cle certamente nao € um deles”.!” Dessa forma habil escrito: encerrou ¢ assunte, Naatmosfera otimista dos tempos, intenso HOU COMO hipdtese inteligivel ¢ hoa o -acos existentes). Mas mista do * esforgos foram realizados para incorporar a doutrina da evolugao darwinista na tcologia crist — e dessa forma, surgiram teorias da evalugo teista bem como esforgos Dai em diante, a teoria da evolugio se tara soss, propagada com vigor em lives um “fato” na mente de milhdes de pes- “textos universitirios e palestras, escolas pablicas ¢ saimprensa secular em geral. Busquei mostrar que Deus “ctiou” algumas coisas de forma mediada 20 longo do tempo, mas nio vejo 0 menor indicio de que esse tenha sido 0 caso sactiagao do homem. Biblicamente, 0 “lugar de humanidade na natureza” de todo modo probe que seu espirito seja derivado da terra (Gn 27, Est, portanto, inteiramente em h; , armonia com as Escrituras que em tempos modernos esss ireas da habitasio do homem em que a sua semelhanca com o Deus vivo é oficial ¢ dogmaticamente negada slo as reas precisas (,e.,em que o serialen marxistae materialista predomina) nas quais a liberdade ¢ os direitos humanve demancira significativa, onde 0 que hoje chamanios com severidade, saqueado e mesmo destruido. ‘Talvez, sea vida do homem devesse continuarsobrea terta depoi Periodo probatorio, o mundo da natureza no ajustada de forma apropriada. O que esses aju dohomem com a natureza tornou isso uma necessidade, como ocorteu també Suieigo do juizo de Deus. 1 sistematicamente suprimidos ¢, ambiente natural” é mais negligenciado Enganos aseéticos e legalistas a respeito da natureza E necessitio tomar euidado moral Corrigir a of forma seme Protestany Uma veg. para afirmar com clareza a inexisténcia de qualquer quali ém coisas inanimadas ¢ itracionais Jesus esforgou-se consideravelmente para Pinido contraria dos discipulos, recebida do judaismo contemporineo. Paulo, de chante, ressaltou nao haver nada impuro em si mesmo, como os reformadores "es Mais influentes ¢ moralmente muito sérios também defendiam. No entanto, ue alguns seguidores de Cristo mais devotos dos nossos dias nio tém uma visio **SSe respcito, os testemunhos seguintes sio aqui apresentados, lid pT Opt tSelton Dyer 11th Eatin Engelpdia Brame, XIV: p19 Pat, p18, On . St, p. 129.30, > TEOLOGIA SISTEMATICA -idereseligiosos” nos ia de Jesus que dizia que comer y : wen eorpo «dos homens mais piedosos. ‘oral em comer de Pratos NiO devidamenie St dos maniqueistas partidos do ya) '%, Haviaa “tradigao do: diante de certas condigdes contamina modo semelhante, na contaminagao Mm 7 5 mente (Me 7.14; ef Me 15.1-3,8). Diferente anigosigiey Ps do dais ie erties os jadeus friseus, 0 que S© SADE OO pnsicleravam a matétia mg « ™?t " do Ihes convi te isin bi a pritica mudavam de opinuz0 quando vinha. Eles, & 6h, pirico bom, mas.n4 P' fj ligioso cetimonial das leis di 8 viscerniam o significado principalmente tclgiO8 lund © Pure ting Pentateuco. Para corsigie isso, Jesus disse One furan aes 05 pig : .. Nao ha Qt em que, nele legalistas da épocal c entendam isto: Nao ha 126% jora do homem que nel etn, : ‘ : em é que 0 torna _ torni-oimpuro’. Aa contrario, o que sai do homem &g0 impuro’” (Me 7.148 Observe-se 0 modo imperativa desse discurso. Jes¥s 810% babes ule ia pervera povo religioso de colocar a religiosidade no ugar da verdadeira piedade; de atribuira gy, pela corrupgio pessoal interior em aspectos como 9 ambiente, dieta, diversio ee jot ino disse que o tabaco induziria a0 cincer ou que fisicamente 980 ¢ um hibito desprerg Mas a fumaca do tabaco inalado nio é uma contaminasao moral ou espiritual do “temp, do corpo” — 20 contritio de muitos sermoes, Jesus disse: “Nao ha nada fora do homes qc, nele entrando, possa torné-lo ‘impuro’ ”. Em um caso de discordancia entre Jess eq clero, vamos sempre seguit Jesus! Assim, Paulo podia cireuncidar Timoteo podia deixar outro ajudante incircunciso (Titos Em nenhum desses casos havia algo mau ou bom, em si, quanto a ter ou nao ter Prepiicio, Ele podia advertir do consumo excessivo de vinho pelos bispos, diiconos ¢ idosos (pra (08 quais, antes dos dias dos analgésicos e estimulantes, 0 consumo excessivo de vinho en uma grande tentagio); por outro lado, ele também recomendou vinho “por causa do | estéimago” de um evangelsta enfetmo (1Tm 5.23). Aos Romanos ele esereveu: “Um ai que pode comer de tudo: jé outro, cuja fé ¢ fraca, come apenas alimentos vegetas fassin,0 foots nio é sinal de espiritualdade robusta). Aquele que come de to nv de esprezar o que nao come, €aquele que nio come de tudo no deve condenar aquce gx come, pois Deus 0 accitou” (Rm 14.2,3). Muitas pessoas afirmam ter na Biblia a autondade final, mas res c io ac . fal, mas responce a Jesus ¢ Paulo em relic 2. €58a8 questées com um “sim, mas", ¢ s os . sguindo os preconceitos herdados! O espirito humano é assustadorament obstinado em tais questdes. Joao Calvino, que muitos consi J que muitos consideram um estraga-prazeres, realmente considesou assunto do ponto de vista biblico. Podem ser citadas de: a : s dezenas de passagens nas quuis propés o uso moderado e sdbrio de todas as boa: _ s boas dadivas da terra de Deus como pa da vontade divina, Em um ensaio famoso a respeito d: 4 . saonededns Ee : peito da permissividade cristd ele censut \ ristl quanto a glutonariae luxtiria, mas afirma: C rmatfi. ouro e riquezas sto criagdes boas de Deus, de fato per a8 a CT videnc m IS, de fato itis ri de Deus a0 uso dos homens. T: perme, desdnadas pes 7 4 s. Tampouco, jamais se proibiu rir, ou fartar-se, ov alice! novas proptiedades as antigas e provindas de h 0 neces cal ou beber vinho [podemos screscentar um eaten ee tum concer Oe um refrigerante, café, chd ou leite]”.” F9* por razdes missionarias priticas (At 16.3) ma G12.3) por outras razdes missionétias prea, ‘© Uma fonte confiavel de in : formasio rcferente 20 Formalismo predominantemente legals entre os judeus do tempo de Jesus € a ob gnere os jude do Jesus ra padrio de Emil S, the Jos Peabody NAc Veen a aS T. Clark, 1890, 3d a Henne wee a Segunda Divisio, vol. ii, “Life under the Pate bred per eee a i —— whe 445 ANTROPOLOGIA 2.13 segue condenando a inten ponham fim a prodivatida, com aconseiéneia py Peranga, dizendo: ile descomedidas * Usem com purer, Qualqueretente que cenha che das “coisas boas como dict, “Portanto, ponham fim a cupidez imoderada; Ponham fim A vaidade ¢ arrogineia, para que, a os dons de Deus”* Koes se cristios sinceros ¢ bondosos deveriam destrutar °8 de Deus” deveria ler 0 Livro IIL, capitulo LO das dustitutas.” Assimy SOMOS ensinados retas Escrituras e pelos melhores expositores que, embora em algum sentido nao completamente claro mundo das coisas seja “caida” e “esctavo da corrupgio”, cle no esta Contaminade como tal. Tudo isso deve ser usado ¢ reccbide com gratildo (1m 4.3), A contaminagao procede de interior (“cupidez imoderada [..] prodigali- dade descomedida [.. vaidade |..J arroy weincia”, diz Calvino no parigrafo acima. \s palaveas de Jesus a esse tespeito nao Precisam de comentarios adicionais: conseguem entender? [..| ny . 20 percebem que emais tarde € expclido? Mas asteanee tormam @ homem “impuro’, Poiy den “Sera que vocés ainda nao © que entra pela boca vai para 0 estémago gc saem da boca vém do coragio, ¢ slo essas que ia Oracao sacm os maus pensamentos, os homicidios, osadultérios, as imoralidades Scxuais, 08 roubos, os falsos testemunhos ¢ as calinias. Essa cones tornam o homem “impuro’s mas o comer eat lavas (Mt 15.16-20). Tendo dito isso, devemos ch inbtldide de ist 4 vids 6 homein caida ( ideal —& medida que ela se desenvolve ne as mos nao o torna ‘impuro’” servar ainda que nao deverlamos eliminat a pos- © Mesmo assim moral) seja algo menos do que ‘3 tmundo da natureza, que produz espinhos, ervas daninhas e torsdes bem como frutas, Verduras ¢ flores; tornados ¢ enchentes, bem como brisas suaves e chuvas nutitivas. A sociedade humana serio cenatio de alegria e de desespero. rao homem em re . para obter 0 adequado ea benevoléncia da terra por conta da esforso da agricultura, ciéncia, gov meio de esforgos legais ao utilizar » deve haver limites de Promover a ordem © harmonia por ‘erno c indiistria para as generosidades da ixara de ser pecador € s daninhas que o fagamn trabalhar arduamente. Isso € para o nosso proprio bem. Até o dia de hoje, todos oe esforgos da ciéncia e industria tem fracassado em libertar o homem do lado obscure da narus, Por exemplo, os alvos do bwver adicional para trabalhaclores extenuados nas primeinas decane da revolugio industrial, defendidos por reformadores eassegurados porleis civis, Sto desejaveis. Mas liberte um homers dlo decreto divino de labutar ¢ vocé atucard seu eatitet moral e ccs Masculinidade essencial, © estado atual das coisas em muitos aspectos da vida civil maniteses ignorancia acerca do tealismo do registro biblica. Nio deveria haver dhividaalguma de que Deus tem umm propésito Para a presenga do mal Re mando, com o consequente sofrimento ¢ morte. Fle plancjou,eriou, weteren governa @ mando ¢ “faz todas as coisas segundo o designio da sua vontade” (:# 1.1, A21), Ha Sentenas de artigos ¢ livros inteiros que deserevem problema da tazdo de Dene permitir © mal moral para inicio de conversa, ¢ ainda assim a prova divina i terra. Por sua y introduz calamidadles de todo tipo" Quanto 4 pergunta especifica — Por que, ou qual ¢ o Propésito de Deus a0 'acluit pecado ¢ sofrimento em seu plano (decreto)? — a proposta de Douglas Spanner é —_ Tid. ” Westmins! |. de 1960, Vol. I, p. 719-25. *Aeesdete sofia athe diester foram publcadosem un antigo chamad “The Natwee an Origin of Evil” in Vial Ipolegtcal Iss, A Symposium, ed. Roy B. Zuck (Grand Rapid: Kregel, 1995), p. 10-18. TEOLOGIA SISTEMATICA atracnte. Ele propde que o plano de Deus considere uma gloriosa consumacs,, © sofrimento ¢ 0 mal, Hle exereveu: 1 de forma to podero: poderia ter manifestade o, necessidacle mortal [| ssa lina de yr, primitiva continha elementos lh rmitido o mal em todo 6 se, De que forma De J poderia aprovar seu amo ; so Senhor semos sido peeadores? Come nosso Sent nos se niko estivessemos diante de un san dor, Dock Mindy que se origina na sugestio de que a eriagio prim oferecer um indicio da razdo de 0 Criador ter pe Nio raro nao tefstas, e mesmo alguns tefstas ndo cristos, representam 0 mal a Petras ¢ uma limitagao ou parte da natureza da criatura, ou mesmo como algo bom no, m : Preces formagia, E com certeza existem muitos outros pontos de vista sobre o mal, Ma. -t ‘© nome do seu ponto de vista ou nao, cada cristo biblicamente informa, 2" A visio teista, isto é sabemos que o mundo foi ctiado, é sustentado ¢ controla Deus pessoal, santo, stbio e poderoso em proporgao infinita. Podemos ter m¢ > auaisd as sia pr 1 imaginacao, por mais que 08 produtores de televisio tente tio, Mas a raga humana ¢ todos 0s maculados, pecaminosos € est medida que a civilizagao cresce ¢ sec intensificar-se na peoporGa0 todos sabem, parece estar a beira 448 TEOLOGIA SISTEMATICA belnednr bearer jato divino estabeleceram qualquer enh imputso humane inate em 2 2" an Agudamente cients, Como es te tediluvian® om coercive sobre nossa raga no periodo a Arse ti ps ia ‘ definh v repre u barbarisme races note definhamento das restrigdes sobre Maciana “a perversidade do homey! tink anted mentors d0 seu COFaGi0 era sey, surpreender que em pouce tempo na &F J.J echeia de violencia (ng inclinagio dos estava corromp vos no mundo pensar ida aumentado na terrae |...) toda somente para o mal. [.] Ora,a terra Instituigde de controles sociais CoereVyT violencia desentreada ger O Dilivio de Génesis 68 coloca fim & comrUPs™ das pe, ” Pars ‘i a corr Pemomente para o mal”. Para assey,n imaginagio do coracio humano inclinado “semP? 2 | tae wginag iGo human ages Ado Dilivio e, assim, Preservara ra civo, colocando © podet coerciy, 4 entos dos bamens. : nio repetigao das medidas dristicas semell autodestruigio, Deus instituu controle social coer espada nas maos do bomem para castigat € refrear os atos VIO homem como animal, ‘nar sangue do homem, pelo home cus foi o homem criado. Mas vorés, proliferem nela (Gn 9.5.7), -direi contas; aca A todo aquele que derramar sangue, tanto S eu pedirei contas da vida do seu préximo. Quem desta seu sangue seri derramado; porque 4 imagem de D' sejam fértcis ¢ multipliquem-se; espalhem-se pela terra ¢ temitica faga pouca ou nenhuma alusinay Embora a maior parte das obras de teologia si preservacio divina, como consequénca ay governo civil como um aspecto da orc da Queda essa 6a pencipa interpretagio protextante dos dados bibicos, utero indicouo rime Hlece conscientzoutde ter posto emandamento Forgas sociais iacompatives Com tora papal tomista de que 0 governo civil procede necessariamente da narureza humana com etal eriada, A abordagem de Lutero em relacio & politica era teol6gica. “Como pastorce reconheceu que fazia parte do seu dever inscruir 0 rebanho sobre suas responsabilidades eculates ¢ a mesmo tempo prepari-los para a vida espiitual do mundo vindouro”, Qs comentirios cxegéticos e expositivos de Lutero sobre Génesis ocupam oito volumes ée ais de 400 paginas cada.? Seus ensinos referentes ao governo civil estAo nos comentiis de Génesis 9.5 p. 139-42 do Volume 2, Preeies sobre Genesis 6—14. No seu Commentary on Genesis (Comentirio de Génesis}, Lutero contrasta de form expresso Estado com o estado original do mundo ao dizer que no estado original dbs manidade antes da Queda, Deus governava o homem uno notu digito (com o mover dose edo). Quando veio o pecado, a rebelio interior entrou no mundo —e com ela a amet do cave Enntio Deus foi obrigado a insttuirordens dotadas de forca que controlariam oa ameagados. Fissas ordens dotadas de forca sio tepresentadas pelo Estado. Assim, 0 Esa ém si tornase um representante css re, que, precisamente pelo fato de ser ae 3 toga Faas povdemosaeciar que, na medida em que o poder demonieo¢ reer principe deste mundo”, esse dominio se expressa de modo particular na area do Est” Cargill Thompson, “Martin Luther and the Two Ki ” Thome” Ce ee Mech 0 Kingdoms” in Political Ideas, ed., D. Thom? Lather’ Warks, 55 vol, ed. Jaroslaw Pelik; ‘ sos 'w Pelikan & Helmut Lehmann (Philadelphia, PA: Fortress Pres » Weimar Ausgabe, vol. 42, p. 1-19. © Helmut Thielicke, Mam in God's World, edigao e & Row, 1963), p- 181. Roo eraduy edo de John W. Doberstein (New York ANTROPOLOGIA 2.12 jubo também encontr: Ages base da doutring vento) NAO 0 ondem ¢ Hada, mas nai PAtTE OS CSTR Controle civil e coercive da socie~ a presenga ch protestantes tes NO mundo ¢ para ele, mas cre fato deo cHISMIO SAE Que Dene vmesmo (2C0 5.1 Pecado em cada homem’ como nito do mundo amou o mundo © em Cris Piedosas podem viver de form | pelos pecados de to reconciliod © mundo 48 pessoas ol ge Csto € a “Propiciagio | Sn estar ativos 20 MUAKO, Procl na pacifica neste mundo, todo o mundo” (1Jo 2.2), os crentes : : Amando paz aos que estio “pert” e “longe” (EF 2.11 Ao Noentanto, embora tenham de ir a mando”, cles nio sio “do mundo” (Jo 17.16.18) Isso significa entio que embora ele resida em uma terra maldita e em meio a uma raga cats sendo ele proprio um peeador salvo pela gracao eri commpasio Por mais que se ofenda com o que nio se alinha a xe ver, como Deus vé, 0 mundo condenando, mas atual ‘ndivtduos € possivel, Uma influéncia mais ampla é possivel estio pode se sentir aceito na convivencia com o mundo, confor. Embora o mundo permanesa inimigo de Deus, ambiguidades no quadro mundial biblico Assim, o mundo aparece nas Eserituras de » pode ver © mundo com ua visio espiritual, ele sempre Imente acessivel. O resgate de I. Isso também significa que o mesmo que nao se sinta muito podemos observar uma “trégua”, forma ambigua, por ter sido criado suprema- neste bom, mas 40 Mesmo tempo caido por conta da Queda do homem: na eseravedio de corrupsios na Perspectiva moral, a “presente era perversa”, nio obetante reeoneiliado com Devs pela morte de seu Filho, Como esté escrito: “em Cristo estava reconeiiando consigo emundo, ao levando em conta os pecados dos homens” (2Co 5.19), Sendo esse 0 caso, antio o cristo tem direitos e deveres em selagio ao ambiente humans, Origem do governo civil Essas ambiguidades da descrigio biblica do mundo — bom, mas caido, mau, mas reonclado com Deus — apresenta alguns paradoxos. Esses, por sua vez, representam a gsadisio do mundo que os reformadores, em especial Lutero, viam como tal que,a no ser pea presenca restritiva do governo civil, teria rapidamente se desttuido, Na linguagem de Larero,0 Estado pertence a ordem da preservagio, ndo da Criagio. De acordo com grande ‘formador, embora a Queda tenha liberado forgas centrifugas que separam as Pessoas e que Scaviam A destruigio, por meio do governo civil inaugurado pela Alianga com Nog (Gn9) Deus fornece uma ferramenta institucional Para preservar a raga da autodestruicio violenta Como disse Helmut Thielicke: “Por iss0,o Estado é simplesmente a forma instituciorl Gechamado de Deus & ordem [..] para Lutero, o Estado éa graciosa intervengio divina que P< termo 4 autodestruigio do mundo caido com o objetivo de dar aos homens um kairos lepo propicio] conduzi-los até o iltimo dia”? Por conseguinte, o Estado deve ser visto como obra de Deus, por meio da qual alguns 1 efeitos da reclengio sto distribuidos aos eleitos de todas as nagdes ¢ de todas as eras. “*€2 forca que mantém as pessoas sob um controle relativamente pacifico, enquanto os "S6gciros do Evangelho esto lives pata prewar persuadiras pessoas ase reconilisner, feestinho, A Cidade de Deus, . . nude a fundo essa questo no ensaio inttuladlo “Civil Government with Coercive Power of PPA! Origin or Simply 2 Developenent in History”, 22 pdginas, apreseneedesna feu Teytttlical Theological Society em Washington, D.C., em 19 de novembro de 1993, tena desesperadamente encontrar ess Citagi0 nos muitos volumes de Thielicke em minha Mocca sem sucetea Asses 6 citer gous a proto -~ io anual da TEOLOGIA SISTEMATICA 480 4 ela morte de seu Filho. Ay * ho P SIM, ape, peor Crago falando de Manet prajieg, Awa ordlem cla preservagte, cm ver chu ante dade ce eranquilidade civil eam temos visto do estad ara ce mundo ei eT ante Para a evangelizagdo € a edifieagi cristy 8 falta, deve ¢ com 0 Deus que ja provicleneion a reennell rat ordem dy ni ar pela “eidlade’ © pelos overs $ escrevesse 0 s¢ wus que ferent onic € orem ) SENHOK ci : jade dela” (Jr 29.1,7). Muito temp Jade social A vontade de Deu, Por essa rar) os cristiiog, sem no eativelro, Deus oF © povo levad prosperidade da cidade para a qual eu os de a prosperidade de vocés depende da prosperit Paulo associaria oragtics piedosas pela tranquil ans nens vento da verdade m ao conheeimer ue todos os homens sejam salvos c ehey 0 mundo visto como mau ” ou “era” (aio Um texto do NT se refere a ele como “mundo mau” ou “era” (aion) (G14, 49) Proprio Jesus, depois de ser desafiady pelos membros de sui ene lee suas: abertamente em Jetusakim ¢ se mostrar “ao mundo” (Kosmos, Jo 7.3.4), disse aos inerédulos: “O meu tempo ainda ni chego sao mis” (Jo 7.6,7, A2I), Jesus di “testemunho” de que as obras do mundo (Supostingn, todas as obras do mundo) sio mas, Him Gialatas {.4, “mundo” é a palavra grega que sgn, lavra em Joio 7.4,7 tem o significado essencial de sistema do mundo. Ositman de Jesus, no entanto, nfo pensavam no mundo nesses dois sentidos, pois cles se referian “mundo” piblico eaberto, em aposigto ao privado ¢ secteto, Contudlo, a simples afm de Jesus significa que o sistema mundial atl, em sentido amplo, nto encontta espagn ps @ recepgao amistosa do Filho de Deus, depois de ser reconheciclo nos niveis mais profundos imi, j Mas 0 VORKO TEMPO esti sempre presen “eea”sap do seu ser significado, 7 Nio ¢ importante a essa altura continuar elaborando ou qualificando a. declaragio d que 0 sistema do mundo atual da humanidade € mau, Nao podemos, de forma alguns hos esquecer de que o sistema do mundo atual oeupa 6 mundo da nacureza crado po Deus como bom. Embora 0 mundo esteja caldo, ele nao possui macula moral permanece uma boa didiva divina, setvindo ao homem de formas opostas, ste mundo achurao alimenta, suas enchentes 0 castigam; sc a btisa suave refresca a terra, os tornados ¢ furacie nos repreendem, Esse € 0 ponto de vista biblico ¢ cristao, Maldade progressiva Mas a humanidade ¢ os sistemas eriados pelo homem sio subvertidos para 0 mal. 0s fatos observados apoiam as afirmagées biblicas. A medida que a civilizagio se torna cala tt ‘mais requintada ¢ complexa, seus pecados se expandem, multiplicam-se e se intensifica.0 editorial de um jornal apresenta um aspecto desse fato hortipilante da existéncia: A humanidade (como um membro sibio da e eu a usar a roda, Preso a numerosos 0 dev a usar a toda, Preso a numerosos veteulos de alta velocidade, ela continua mata? words depen as tos os anos. De que forma ento podera o homem ser prudent in ru no uso de to recente esmagadora criagio como a bomba atomica? Ess abismo i sabcloria entre obrilbotécnico ‘estupidez ética tornou-se uma preocupss® atormentadora para muitos cientistas,€ foi encontt : »¢ fol um assunto preocupante no recente eno" de gencticistas |..| Os geneticstas nio so descobrinn reese smissio 8 Secchi ‘am 6 cédigo usado na tran carac 4 Beragio 4 outra, mas aleangaram o Ponto em que serio cape algum dia, a dirigir © curso da evolue, 05 evolugio [sic] a0 climinar traeos indeserdveis ¢ ¢riat° desejaveis Para onde rumaa hemaniande 140 elisa tragosindeseie spécie observou certa vez) ainda nio aren © Perdi a fonte, a ANTROPOLOGIA 2.12 raitor sep dizendo que até aqui o homer ji fp uae pode tr escoriao a raga yenetcarns jwestingoit NEAR OULTAS eSP.cies Hode Vira ser tsse edltor dic apenas, em um nivel popular, o que os estudioaue ceevevern ema seve ensaos pOF ANOS € O que as F’scrituras ensinam por milénios, Caim matou Abel com seus aunhios ou talvez com uma pedra, Brutus usou uma aca para matar César; séculos mais ian Burr atitou em Hamilton com uma pistola. Hoje em dia, usamos langa chamas, bom pas incendiéras, metralhadorns ¢ muitas outras armas horriveis, mas a ra de tudo isso € a mesma — a humanidade eaida atwando em um sistema mundial moderno e perverso. A humanidacle e seu mundo, vistos a partir dos Proprios sistemas fechados, sao completamente incortigiveis. Nao ha esperanga em relagto a0 futuro deste lade isse aspecto da doutrina "do mundo” receberd tama segho posterior deste livo, alterou seu ambiente pela poluigio do ar te pela radiacao atémica. O homem que bem-sucedido em extinguir-se a si mesmo. um tratamento mais prolongado em mundo visto como reconciliado com Deus por meio de Cristo Outraambiguidade do retrato biblico do mundo é que ele i foi teconcliado com Deus por meio de Cristo, Este nio é 0 lugar para a discussio aprofundada sobre a incémoda questo teoldgica da extensdo da propiciagio, Esse assunto sera examinado com mais profundic na Parte 4; Gristologéa, mas preciso tragar uma relacio entre esse aspecto ¢ 0 t6pieo presente. Este autor esta entre os muitos que, entendendo que Fscrituras claramente ensinam uma relagao especial ao ministério redentor de nosso Senhor com os elcitos, entende que também cxiste uma relagio geral dessa obra com todas as pessoas, na verdade, com toda a Criagio. Como ocorre com muitas verdades cristis importantes, embora possam ser expostas pormeio de proposigdcs coerentes — todas elas, quando vistas em plena perspectiva, tam- bém siio mutuamente consistentes — hi distingdes que em um primeiro momento parecem paradoxais, Todos os paradoxos biblicos verdadeiros, por meio de um exame completo e 4 Juz da completa revelagio (alguns ainda por vit) sto expliciveis.” Uma vez que ninguém com o minimo conhecimento c aceitagio do ensino biblice duvida do valor especial da prapiciagio para os cleitos (ou se preferir, os que ouvem o Evangelho c creem nele), esse assunto pode ser descartado rapidamente. Jesus, enquanto descansava por um momento antes de ir ao encontro-de Judas ¢ dos representantes do sumo sacercote naihima noite, elaramente revelou scu interesse principal pelos escolhidos na era vindoura depois de sua morte. “Fu togo por eles”, ele disse. “Nao estou rogando pelo: mundo, mas por aqueles que me deste” (Jo 17.9). E um pouco depois: “Minha oragio ae é oe tes ces Rogo também por aqueles que eresio em mim, por meio ca mensagem dees” (Jo 17-2 cf, 24), Outros textos citados com frequencia nesse contexto sio Joio i 2a sou a sua vida pelas ovelhas”) ¢ Mateus 1 2 vocé craie he nome pe coon care we ido restrito, Jesus ne ie ee pee ho hagar das “ovelhas” somente; que sua vinds ocorreu par a salvagdo apenas do seu “povo”.” est ccidciners a falam da obra de reconciliagao realizada po Outros textos das Escrituras, no entanto, c : desses textos € cumulative ¢ comovente. Cristo estendida até 0 alcance do pecado, O impacto desses eee “Ble € a propiciacio pelos nossos pecados, ¢ niio “Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, nao para condenar 0 m 1s de Casto ou a santa Trindade ade 0 bom pastor. © bom pastor di fosse salvo por meio dele” (Jo 3.17). Se i |hso mio se aplica a certos misténos tals como Voth. Bf 1.4.7, 27m 1.9,10. duas naturezas TEOLOGIA SISTEMATICA 452 ¢ somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo” (1Jo 22), ¢ testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser 0 Salvador do mundo” (io 4,14), As palavras de Paulo também sio muito claras: “Deus em Cristo estava reconciliands, Consiga © mando, no levando em conta os pecados dos homens” (2Co 5.19); “Cristo lesus «qu se entregou a si mesmo como resgate por todos” (I'm 2.5,6). Estes textos e muitos outros tornaram-se um campo de batalla por um longo periodo entre os argumentadores por uy lado, de que a propiciagio é somente para os eleitos € os que, por outro, defendem-na par, todas as pessoas do mundo intciro, sem distingao. ; Muitos pessoas desejosas de levar a sério toda a Biblia € sem “toree(t |..J as [..] Hs crituras” (cf. 2Pe 3.16) tém buscado a via media. Nao parece tao dificil aché-la, como alguns pensam. Sem um aprofundamento maior no assunto nesse ponto, observe que algumas palavras de Paulo parecem quase uma explicagio especifica de uma via media. Ele afiema que toda esperanca deveria ser colocada no “Deus vivo” que, assim ele explica, é“o Salvador de todos os homens, especialmente dos que cree” (Tm 4.10). Ele parece claramente dizer que embora o Filho de Deus seja “especialmente” o Salvador apenas dos crentes, existe um sentido amplo no qual cle também é o Salvador do mundo. Parecem estar no caminho certo encio esses estudiosos que insistem em que a obra redentora de Cristo nfo era somente pessoal ¢ individual para cada crente eleito, mas tam bém roualmente eficaz para eles. Isso, é claro, fica sem efeito, se entendemos propiciagio precisamente a mesma para cada ser humano que vive, viveu ou viverd, bem como para os cleitos. Mas pessoalmente entendo que esses mesmos intérpretes esto no caminho errado se, € quando, eles procuram esvaziar a propiciagio em certo sentido de uma clara referéncia biblicaa todo o mundo, Alguns argumentos fracos contra qualquer forma de efcito universal da obra do Salvador, baseado em irrelevancias prilidas tais como “toda a Judcia” (Mc 4.5) ¢ outras passagens que nao dao testemunho nem do assunto nem da expressio, so realmente indignos de consideracao séria Mesmo um defensor zeloso da “propiciagio limitada”, como John Murray, escrev Visto que todos os bencficios ¢ béngios estio no mbito do dominio de Cristo e visto que ste dominio repousa sobre sua obra de propiciagiio consumada, os beneficios inumeriveis desfrutados por todas as pessoas de modo indiscriminado estio relacionados a morte de Cristo ¢ pode-se dizer que resultam dela de uma maneira ou outra. Se assim eles fluem da morte de Cristo, o proposito era que assim fluissem, Portanto, é aproptiado dizer que © gozo de certos beneticios, mesmo pelos nao cleitos ¢ réprobos, remonta ao designio da morte de Cristo. A negagao da propiciagio universal nio leva consigo a negagao da rclagio que os beneficios desfrutados por todos os homens possam ter com a morte de Cristo ¢ sua obra consumada."" Talvez as dificuldades desse assunto sejam tio grandes que tenham desencorajado até mesmo uum dos principais calvinistas, Gerrit C. Berkouwer, a discuti-lo. Em nenhum ponto de set tro de 350 pine "BPeto da obra de Canto ele iscue esse epico em profund Uma comparagio das preposigies grogas pode nos fornecer grande ajuda. Mates registra as palavras do Senor. “o Flhole torneo [ud veio [J paler sua vida em resgate Por maitos” (Mt 20.28) Os “muitos” sao certamente aqucles que creem, a0 wi 4 pessous, mas “muttas” delas. A palavra “por” é a tradugdo de ant, a preposiglo Be gue quase invariavelmente no NT traz.o sentido de “no lugar de”. No sentido mals et # Propiciagio de Cristo foi “no lugar” s6 das pessoas pelas quais ele orou (Jo 17). Outro ex " Redemption Accomplished and Apphed, ed. rex. (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1955), p-43-55 Ee = te 453 ANTROPOLOGIA 2.12 spvamn tom semelhante, dies “Cristo feaus fa jsios” (1 25,6). Aqui palavra "resgate” (antiiran) combina a palaven cmt om palavea comUM Para “respate” (fyiron), usada em A ‘ ‘ te substitutivo est enttegou a si mesmo come respate por “em vex de”, ‘cus 20.28, citado acima. Assim, ni presente, Mas a preposigia “por” Ausada em Mateus 20.28, [3 hyper. Fissa py “em vez de”) normalmente transmite a idcia do ser gereacima de”, “além de” ou entdio do sentido “intencional possa vantagem ou beneficio, Assim, Paulo esti dizendo que foiparta seguranga, vantagem eo beneficio de todos. uma trégua declarada Paulo esta profundamente ciente desse fato da reconciliagto do mundo, dedicando uma explanagio especialmente sublime a ele (Cl 1,19-23), Ele esta totalmente convencido do beneficio especial da obra cle Cristo para os ctentes, conforme a indicagio clas palaveas “em quem temos a redengio, a saber, o perdiio dos pecados” (Cl 1.14, et al, Isso é seguido pelas declaraghes de que, nao obstante, tudo que é c existe, com exceeao de Deus, foi criado por Jesus Cristo ¢ para cle, sendo cle a propria imagem de Deus. A igreja é seu corpo especial (v.18), Entio vem o grande texto: presenta uma palavra valavra (embora possa trazero. atide “locative”’ de “por cima — para nossa seguranga, para © resgate relaizado por Jesus Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda 4 plenitude, e por meio dele recon- ciliasse consigo todas as coisas, tanto as que esto na terra quanto as que est2o nos céus, estabelecendo 2 paz pelo seu sangue derramado na cruz. Antes voeés estavam separa dos de Deus ¢, na mente de vocés, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocés. Mas agora cle os reconciliou pelo corpo Bsico de Cristo, mediante a morte, para apresenti-los diante dele santos, inculpaveis ¢ livres de qualquer acusagio, desde que continuem alicergados e firmes na fé, sem se afastarem da esperanca do evangelho, que vocés ouviram que tem sido proclamado a todos os que estio debaixo do céu. Esse o evangelho do qual eu, Paulo, me tornei ministro (11.19.23). Nosco interesse presente esti voltado ao versiculo 20, em que se faz referéneia & obra de Cito para que “reconciliasse consigo todas as coisas [+] pelo seu sangue derramado na cruz” ¢ a0 versiculo 23, que menciona que o “evangelho que ouvistes |..| foi pregado a toda craruta debaixo do céu” (21) (cf v. 5,6: “o evangelho, que chegou a vos, ¢ também esta em todo o mundo” (A21). De que maneira Cristo reconciliou “consigo todas as coisas”? Em gue sentido o evangelho “foi pregado a toda criatura debaiso do céu"? | Paki ovr “reconersasse CONSIGO ToDAS 48 CoIsAS” ; ; Com relagao a primeira pergunta, precisamos mencionar inicialmente que a doutrina da ‘avagio universal, ou de todas 2s eriaturas (incluindo os deménios, anjos exidos ¢o Dialvo), « dliminada pela incoeréncia com a doutrina do castigo eterno para quem nao se arrepente, Garamemte expressa em outros textos do NT. Também ¢ incocrense com 0 zelo fervoroso ¢2 irc pramfiva eo testemunho apostolico de ganhar pessoas do mundo, Laares 4 exconcrisagio Além da apresentagiv acima a respeito i observamos que aqui, embors Paulo usc a expresso i 5 ‘iagdo, quando © est andy ta ess comum para toda it Criagi quar Panta, a expressiv co 5 parila, omrte “enter dchaiges da terra”. ssa tikima expressto Paulo usaem on texte eferind ai cione “coisas [...] na te! S [ies pod sais listas, embora nao mencione "co Jeres malignos em tas listas, j : ky cota" cata com Fp 2.10,11). Assim, nfo precisamos super ¢ se Fanle teaha se 4stido a algum tipo de reconciliagao com, Satanis ¢ seus exéreitos por lengao\ la redengao limitada e da reconciliagao ilimitada, “reconciliasse consigo todas as coisas”, ‘tor particulariza, cle TEOLOGIA SISTEMATICA 454 Cristo. Certos autores europeus (principaimente (scar Cullmann ¢ Karl Barth) afitmara que ag se refere 4 vitiia de Cristo em sua teens sobre Diahow abo seus exérctos, 0 que obrigou o servigo abediente, mesmo que involuntério, dles, Oscar Cullman apresentou amplo apoio & neste ce que ‘as autoriclades constituiday» de Romanos 13.1 sio oficiais governamentals apoiados por poderes demoniacos — 4, verdadeiras “autoridades existentes”. Ble traga dessa forma wm argumento muito interes. ante 20 conectar 0 mesmo ecm 0 fato de que Filipenses 2.10 fala da conquista clas coisa “debaixo da terra”, ie, forges demoniacas, por Cristo. Elle nfo parces dizer que 0 Calvitig fez propiciagio por cles, mas, sim, que os conqulstous No liveo The State in the New Testameny [0 Bstado no Novo Testamento}, ee observou que todas doutrinas cristas antigas men cionam a conquista dos poderes demoniacos. Visto que essas doutrinas reuniam “somente ‘ospontos mais impostantes da iso] provaqudio significativa sta fxs Ssh Maconguiss dos poderes”, Porém, ele observa que alguns outros textos (ICO 15.25; Hb 10.13) apresentam 2 conquista como expectativa furuta, Assim, os poderes demoniacos (dentro e acima do governo), embora derrotados agora, tém uma medids de liberdade — eles estao amarrados com uma corda que pode ser alongada, Ele tira conclusdes significativas para governos ¢ Descle que 0 governo permanesa nos limites impostes obediéncia devida a cles pelos cristios pela vitéria passada de Deus em Cristo, eles devem ser obedecidos. Quando fazem exigén- has totalitatiag, requerendo a César o que petence somente a Deus, eles esto indo longe demais e precisam set resistidos.” Cullman nfo usa a palavra “desobedecer”. Ele conclu: © procuraram prova Contra o pano de fundo da crenga nesses poderes subjugados atuantes por tis de scontecimnentos terrenos, fica especialmente claro que o Estado ¢ hoje uma instituigio Temporiria nao de natureza divina mas, mesmo assim, pretendida por Deus, ue devemos sreanecer evticos em relagio a qualquer Estado; que devemos, nio obstante, obedecer fi qualquer Fatado, desde que permanega nos seus limites. Eniretanto, de modo particular, a partir desse ponto de vista, devemos entender como nameamn N'Fem que lemos 2s palavras de Romanos 13.1: “Todos devem sujeitarse”,e ae antoridade sio “serves de Deus”; ouvimos também a respeito do mesmo Estado —o | Fetade de Nero (em Ap 13) — que é “a besta que vem do Abismo”. Ora, isso é dito no ponto em que o Bstado tena se libertar de sua subordinagto ¢ est se torna satinicn Fraando reivindia 0 gue pertence a Deus. Q Estado que se torna independente, que se sapolutiza a si mesmo, ¢ se deifica a si mesmo € precisamente a expressio clissica do I Anticristo.! Parece-me mais provavel que Paulo pense em termos da restauragao final da criagio no 1 racional, que ocorrer’ na glorificagao dos fills regenerados de Deus (Rm 8.19ss), n4 consumacio, Uma vez que a Queda do homem trouxe a maldigio, sua restauragio ¢ glonf: cagiv consumada predizem a “reclengio” da natureza. Assim se estabelece a conexio eos « “reconciliagao” conquistada pela expiagio de Cristo e a “reconciliagio” ¢ “redengio” de “odas.a8 coisas”. As coisas ¢ 08 seres santos € celestiais, por jamais se alienarem de Deus mio estio incluidos na reconciiagio. F: suficiente afirmar o seguinte: guaisgrer ue tent sido v1 efeitos do petado bumano ¢ onde quer que tenkam alcangads, ali chegon “a par, pelo sex ide © rio) same derramado na cruz, Podemos entrar em um bar, um bordel, um antro de depravacio, phos centros eomerciais da Wad Steet ou nos distritos Financeiros de qualquer cidade ¢ dizer 204 imprudentes e impios “Deus agora no tem nada contra vocé. O Espirito ¢ 2 90 dizem: ‘Venha, beba de graga da agua da vida”. Fidigio revisada (London: SCM Press LTD, 1963), p. 43-55) " tid, p. 55.56 boten ay 4 458 at ANTROPOLOGIA 2.12 prctaMar A TOPOS ES QUE STAO DRA NO I cHy* Torn elagio ao seeuundo problema até que pontoo | ; i Podlemos dizer gue o Ky 5 todas as areas da oikoumey as A oikoumene romana, a civil angelho foi “proclamado a todos angelho j4 tinha, no tempo de Paulo, iza¢ao do mundo daquela época, O do ponto de vista popular que Paulo que isso, e nao precisa de aplicagaio mais ampla mento de todo o impétio romano” (Le 211) sua ofigem ¢ poder divinos", io viva em uma terca maldita © no meio de uma lc pode visualizar 0 mundo com compaixio. Por ke 3 se alinha com sua visio espiritual, ele sempre pode ver, como Deus vé, um mundo concenado, mas atualmente acessivel. © resgate de individuos é possivel. Também significa que ele pode se sentir aceito pela companhia do mundo, mesmo que nfo totalmente confortivel nele. Embora o mundo permanega inimigo deDeus, ocorreu uma “crégua”. gpe esto debaixo do edu" gheangado 10S ‘Renteado de “todos 0s que estdo debainn de eéu™ Mpegs é cetamente nada mais inclusive we aordem de César, de fazer“o recensea wiveralidade do evangelho & um sinal da Isso eatio significa que embora o cris: age caida, send ele salvo pela graca, el vrs que esteia revoltado com o que i Assim, 0 mundo aparece nas Esctituras, de forma um tanto ambigua: criado supre- muamente bom, ¢ caido por causa da Queda do homem e escravo da corrupgio; assim, na pesspectiva moral, a “presente era [é] perversa” até certo ponto; no entanto reconeiliado com Deus pela morte de seu Filho. (Nessa conjuntura, ou como suplemento 4 teologia sistemitica completa, parece apro- priado e necessitio a muitos uma prolongagio desse capitulo — “A humanidade caida, no sea mundo”. Como exemplo, cito 0 quarto e mais extenso livro das aslitutas de Calvino, teladonado significativamente com esse t6pico. O livro A Complete Body of Decirinal and Practica! Divinity (Corpo completo de teologia doutrindria e prética] de John Gill est en- memeado do comego ao fim com esse tipo de questées, dificilmente separando “deveres” ge “doutzinas”. J, O. Buswell dedica mais de um tergo das 200 paginas de antropologia a0 tema “Human Life in this Age” [“A vida humana nesta era”], Este capitulo é extraido em gnande parte de uma segao muito mais ampla do meu liveo Cinif Government A Biblical View {Govetno civil: Uma visio biblica] (Edmonton: Alberta, Canada: Canadian Institute of Lay Theology and Public Policy, 1975, 2000). J ; Comegando pelo nono eapiilo de Genesis até o fim de Apocalipse, 0 fato & que 0 governo dos homens pelo homem, isto é, 0 governo civil, permeia 0 Livro Sagrado, No a pclmais bésieo temos: 1) um fato da historia biblca, um fendmeno serupre presente, sob 6 qual as pessoas de todos os tempos tém vivide. O governo civil era 2) um conan it dk preaiiaewerita dos profetas de Israel e Juda, Em outio nivel ele €3) ienaim a legisla ding em quatro dos cinco livros de Moisés em um oatzo nivel ainda cle 64) Kind cout demuita reflec e consebopratice oa literatura sapiencial do AT: No Nt e gorenalmaned 5) uma questo dns especial — exemple — por parte des ¢ Osa fornecendoos ingredientes part Se oad ox geeranies jgoro ¢ injustos, bem. « advert crentes sobre su: oS como snaden ‘pronbedes para com suas leis, cortes de justiga, agéncias € agentes).

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