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UERJ

ALUNA: LUDMILA PESTANA


PROF.ª: APARECIDA CARDOSO

RESUMO: LA TRADUZIONE SPECIALIZZATA

A tradução trata-se, de maneira geral, da reformulação de um texto em outro


contexto que utiliza a língua – diferentemente do senso comum – não como um fim
em si mesma ou, até mesmo, como produto da tradução, mas, sim, como
instrumento de reformulação e de utilidade prática.

A tradução, “uma arte antiga, mas uma disciplina jovem”, possui diversas
abordagens. Essas podem ser divididas em subcategorias (literária e especializada,
por exemplo) mesmo não sendo possível fazer uma distinção clara entre essas, visto
que a gama de processos tradutivos é a mesma; porém, existe ainda uma diferença
na natureza dos textos. E, apesar dessa distinção tênue, a tradução literária – em
geral, de poesias, narrativas, biografias... – acaba sendo considerada de maior
vagueza, enquanto a tradução especializada – textos técnicos, científicos,
jurídicos... – seria mais objetiva já que não possui tanta liberdade quanto a literária.

A diferença natural entre ambos os tipos de texto é bem óbvia, assim como
seus objetivos ao fazer uso da tradução. Nos literários, a liberdade do texto fica
aberta às interpretações, enquanto essa é, de certa forma, tolhida no texto
especializado.

Existem, em relação à tradução, outros pontos pertinentes além das diferentes


abordagens textuais, como a fidelidade. Na tradução especializada, apesar de não
ser a fidelidade o compromisso de um tradutor, o texto requer uma aproximação e
adequação da forma original e, talvez, por esse motivo, encontra uma grande
dificuldade diante a um texto literário. Isso também gera à tradução especializada,
por exemplo, um status de inferioridade, já que esta não requer tanto da
“criatividade” do seu tradutor, devido à sua natureza mais “fechada” gerando,
assim, uma comparação de superioridade e inferioridade.

A questão da superioridade ou inferioridade entre as abordagens tradutivas é


desmistificada quanto tem-se em conta a quantidade de processos tradudivos que
ambas as traduções possuem, isto é, inúmeros.

No que diz respeito à questão de traduzibilidade e equivalência, pode-se dizer


que uma tradução especializada não será nunca considerada intraduzível, exceto em
dois casos: quando o texto de partida é mal escrito ou quando apresenta
ambiguidades, entre outras coisas, que são tidas como típicas dos textos poéticos.
Essas traduzibilidade que aparece aos textos especializados ocorre devido à
convenção existente tanto na língua de chegada quanto na língua de partida, ou seja,
existe de certa forma uma equivalência entres esses textos que são da mesma
natureza.

Após diversas tentativas de conceituação, o efeito de equivalência tradutiva é


definido como plural e dinâmico e que possui uma correspondência não só
semântica, mas funcional e sociocultural nos textos de partida e chegada.

Sobre a “criatividade” tradutiva, de maneira geral, é inevitável que essa não


caia nos contextos socioculturais que permeiam a tradução de um texto tanto em
sua língua de chegada quando de partida. “Existe um ‘filtro cultural’ que influencia
no processo tradutivo, seja com o tradutor, seja com o destinatário, os quais
interpretam o enunciado deixando-se influenciar inconscientemente por sua
experiencia de mundo.”

De uma perspectiva menos radical, o processo tradutivo nada mais é do que


uma mediação entre aspectos linguísticos e culturais que têm como objetivo
estabelecer a comunicação entre indivíduos de duas línguas e culturas diferentes
que, sem essa mediação, não conseguiriam se entender.

Assim como cultura é um conceito indissociável à língua, a tradução também


não se pode separar do contexto cultural, por isso, o tradutor deve sempre trazer em
mente que ao “mudar” uma língua resulta, necessariamente, na “mudança” de
cultura.

Em relação à tradução especializada, esta também, como toda tradução, se


encontrará ligada às variáveis culturais, mas, por estar ligada a domínios muito
específicos, se denominará muito mais geral e objetiva minimizando os aspectos
culturais acabando, geralmente, por aderir modelos transnacionais e
internacionalizados.

Todo discurso especializado tem por característica a universalização de


termos - não muito comuns à língua - devido ao seu caráter funcional e objetivo.
Esta tendência por um tipo vocabular específico, que ocorre em decorrência desta
homogeneização, é chamada de “norma” e é assim designada pelas regularidades e
tipicidades feitas pelo tradutor no momento de escolha das palavras.

Além do conceito de “norma”, existe também o de “convenção”, cuja


característica não vem de tendências típicas do tradutor no processo “criativo”, mas
é algo cristalizado e mais padronizado culturalmente.

Outro conceito é o de macroestratégia. Esta trata-se das coordenadas gerais


nas quais vão se inserir as atividades tradutivas, devendo-se fazer uma validação,
por parte do tradutor, de quais – dentre as inúmeras estratégias – escolhas serão
feitas. Em outras palavras, o tradutor deve escolher uma estratégia tradutiva mais
ampla a qual o guiará por todo processo tradutiva. O tradutor deve saber
desenvolver esta macroestratégia e usá-la de modo constante, pois todas as demais
competências tradutivas dependem de uma competência ampla e geral.

Nenhum texto é único, visto que todos possuem um tipo/gênero que o


enquadra e saber isso ajuda na adequação do tradutor às possibilidades oferecidas,

Paralelamente ao estabelecimento de todas as estratégias tradutivas, o tradutor


deve ler e compreender todo o potencial do texto de partida, pois esse também é um
leitor antes de tudo, cuja leitura deve ser profunda e de um modo diferente do leitor
especialista ou comum.
O tradutor deve ter em mente as diferenças entre problemas tradutivos e
dificuldades tradutivas, buscando sempre, dentre as tênues subdivisões e inúmeros
conceitos, utilizar a tradução de modo prático, principalmente na especializada.

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