Abertura:

1ª Semana da Mulher Bancária

O que busca a mulher de hoje? Qual o papel que assumimos na coletividade humana
e como desempenhamos tal papel perante a família, trabalho e sociedade? A luta
feminina por igualdade de direitos e oportunidades frutificou, e hoje nossa
participação na definição dos rumos da humanidade é indispensável. Ocupamos cargos
de chefia nas empresas, dirigimos ônibus, trabalhamos na obra, somos chefes de
Estado e de família. Ainda criamos os filhos do amanhã, desempenhando papel
fundamental na propagação de bons valores. Ainda somos femininas, belas e fortes
guerreiras, amazonas que lutam sem perder a aura carinhosa do aconchego maternal.
Nós, mulheres, assumimos novos personagens sem deixar de lado a interpretação dos
antigos. Podemos afirmar que acumulamos função, além das impostas pelo patrão no
banco. Acumulamos função de cidadã, mãe e, pasmem, mulher!

A Secretaria da Mulher do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região não

pretende apenas felicitar as bancárias por mais esse 8 de março, data que rememora
um episódio triste, mas que reforça a capacidade feminina de parir novos seres, o que
inclui essa nova mulher dos novos tempos. Nosso papel vai além da busca por
igualdade de gênero. Ele transcende o reforço da disputa e da prevalência nos direitos
e deveres, e assume a responsabilidade de construir um mundo onde o debate não
gire mais em torno dos clichês de funções sociais atribuídas de acordo com o sexo, mas
sim em torno das virtudes e potencialidades humanas, sem distinções. Assim como na
família, onde a figura feminina ainda vigora como ponto de apoio, como aglutinadora
de afetividade, como guardiã da união, a mulher tem hoje como horizonte a
capacidade de servir da mesma forma para a sociedade. Essa capacidade inata, por
muito tempo negligenciada e depreciada, tem hoje espaço para aflorar em beneficio
de um mundo mais amoroso, mais unido.

É por tais razões, e por outras tantas, que comemoramos hoje um dia das mulheres.
Porque somente nós temos a habilidade de encarar uma bela saia justa, seja a
minissaia ou a macropolítica.