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INTRODUÇÃO
Ao nos depararmos coma a celebre frase: Cogito, ergo sum significa "penso, logo
existo"; ou ainda Dubito, ergo cogito, ergo sum: "Eu duvido, logo penso, logo existo" Que foi
uma conclusão do filósofo e matemático francês Descartes alcança após duvidar de sua própria
existência, mas a comprova ao ver que pode pensar e se está sujeito a tal condição, deve de
alguma forma existir. Nos desafiamos quase que diariamente em nossas devocionais, púpitos e
nosso, é matéria de estudo o homem; a própria ciação em sí já infere o interresse de Deus nesta
criatura criada a sua imagem e semelhança, é por isto que a nossa teologia e todo o princípio
tanto, questionou e colocou em dúvida todo o conhecimento aceito como correto e verdadeiro
(utilizando-se assim do ceticismo como método, sem, no entanto, assumir uma posição cética).
Ao pôr em dúvida todo o conhecimento que, então, julgava ter, concluiu que apenas poderia ter
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necessariamente existia (sinteticamente: se duvido, penso; se penso, logo existo). Por meio de
então concluiu que podia ter certeza de que existia porque pensava.Esta foi à conclusão de
HUMANA
O homem segundo a perspectiva bíblica no seu tyvarb, ou seja, no seu princípio foi
criado por Deus e lhe foi imputado à essência vital para manutenção da sua vida denominada de
vpn néfesh “Alma”: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas
narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente.” (Gn.2:7). Note a estatística
As Vesões tradicionais da Bíblia traduzem via de regra por “alma” uma palavra
fundamental da antroplogia veterotestamentária: vpn [néfesh]. Como no francês, ame,
e no inglês, soul, elas lançam mão da tradução mais freqüente de npv por
[psyché] na bíblia grega. E por anima na latina. Npv aparece 755 vezes no Antigo
testamento, a septuaginta traduz seiscentas vezes por [WOLFF, Hans Walter -
Antropologia do Antigo Testamento, 2008, p.29]
Compreendermos o que o escritor do Gênesis quer dizer com “alma vivente” é poder
antropologicamente redefinir a existência do homem, suas relações sociais seu conceito de Deus
homem é a medida exata de todas as coisas.” A bíblia diz que o homem é a imagem e
semelhança de Deus. O ser do homem no sentido da sua essência têm necessidades inatas da sua
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própria criação, a definição de vpn, por exemplo, nos dá um dimensão do que este homem
possui em seu cerne diversas definições, vpn significa: garganta, pescoço, anelo, alma, vida.
semítico quando intencionalmente transmitiu a idéia de alma não a limitou inferir a alguma parte
aspecto do ser humano é definido com clareza. È necessário ter em mente o conceito bíblico
descrito pelo autor hebreu em suas diversas esferas sociais e gramaticais correspondente ao
contexto em foco. Por exemplo: Isaias 5:14: “Por isso a sepultura aumentou o seu apetite, e
coesão e/ou coerência textual indubitavelmente não aplicaremos a tradução da palavra alma
neste contexto, pois aqui vpn está explicito que significa boca, goela, garganta, neste caso
designa o órgão da ingestão de alimentos . O fato inconteste do qual nos deparamos é que
muitas das aplicações da palavra alma nas traduções não ressaltam com precisão a riqueza
semântica revelada no texto, todavia não se devem remover anos de tradição gramatical, em
intenção do escritor está lá no texto cabe-nos descobri-la. Sobre a definição da tradução que em
Esta essência vital na formação do homem descrita em Gn. 2:7 , portanto o define com
um ser necessitado, o homem que Deus criou foi feito com uma npv vivente, Deus o fez
dependente dEle, para nosso próprio bem Deus nos subordinou as necessidades a uma “alma”
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cheia de fome e de sede dEle, isto redefine o homem, lhe transporta novamente a pergunta
inicial: “Quem é o homem? Poderíamos a partir desta redefinição de vpn afirmar: É um ser
essencialmente dependente de Deus em todas as áreas. Sua boca, garganta, goela tem
Deus é essencial para manutenção da vpn do homem: “Eis que os olhos do Senhor estão
sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua benignidade,para os livrar da morte, e
para os conservar vivos na fome.” (Sl 33:18-19) A partir da redefinição do homem como um
Alma é um termo que deriva do latim anǐma, este refere-se ao princípio que dá movimento ao
que é vivo, o que é animado ou o que faz mover. De anǐma, derivam diversas palavras tais como:
morte do corpo, que se julga continuar viva após a morte do corpo, podendo o seu destino ser a
Segundo este ponto de vista, a morte é considerada como a passagem da alma para a vida eterna,
no domínio espiritual.
A grande maioria das religiões, cristãs e não-cristãs, concorda em linhas gerais com esta
definição. O conceito de uma alma imortal é muito antigo. De facto, as suas raízes remontam ao
As conotações que o termo "alma" geralmente transmite à mente da maioria das pessoas provêm
primariamente, não do uso dos escritores bíblicos, mas da antiga filosofia grega. Os antigos
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escritores gregos aplicavam psy.khé de vários modos, e não eram coerentes, suas filosofias
pessoais e religiosas influenciando seu uso do termo. Segundo os léxicos grego-inglês, fornecem
definições tais como "o Eu consciente" ou "ser vivente (humano ou animal)". Até mesmo em
obras gregas não-bíblicas, o termo era usado para animais. O termo hebraico para alma é né.fesh.
Num sentido literal, exprime a idéia de um "ser que respira" e cuja vida é sustentada pelo
sangue.
Os termos das línguas originais (hebraico: né·fesh; grego: psy·khé), segundo usados nas
Escrituras, mostram que a “alma” é a pessoa, o animal ou a vida que a pessoa ou o animal
usufrui.
As conotações que a palavra portuguesa “alma” geralmente transmite à mente da maioria das
pessoas não estão de acordo com o significado das palavras hebraica e grega usadas pelos
A Bíblia não diz que temos uma alma. ‘Nefesh’ é a própria pessoa, sua necessidade de alimento,
o próprio sangue nas suas veias, seu ser.” — The New York Times, 12 de outubro de 1962.
“alma” provêm primariamente, não das Escrituras Hebraicas ou das Gregas Cristãs, mas da
antiga filosofia grega, na realidade, do pensamento religioso pagão. Platão, o filósofo grego, por
exemplo, cita Sócrates como dizendo: “A alma . . . se ela partir pura, não arrastando consigo
nada do corpo, . . . parte para o que é como ela mesma, para o invisível, divino, imortal e sábio, e
quando chega ali, ela é feliz, liberta do erro, e da tolice, e do medo . . . e de todos os outros males
humanos, e . . . vive em verdade por todo o porvir com os deuses.” — Phaedo (Fédon), 80, D, E;
81, A.
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Em contraste direto com o ensino grego sobre a psy·khé (alma) como imaterial, intangível,
invisível e imortal, as Escrituras mostram que tanto psy·khé como né·fesh, conforme usadas com
referência a criaturas terrestres, referem-se àquilo que é material, tangível, visível e mortal.
A New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica) diz: “Nepes [né·fesh] é um termo
de muito maior extensão do que nossa ‘alma’, significando vida (Êx 21.23; Dt 19.21) e suas
várias manifestações vitais: respiração (Gn 35.18; Jó 41.13[21] ), sangue [Gn 9.4; Dt 12.23; Sl
140(141).8 ], desejo (2 Sm 3.21; Pr 23.2). A alma no A[ntigo] T[estamento] significa, não uma
parte do homem, mas o homem inteiro — o homem como ser vivente. Similarmente, no N[ovo]
T[estamento] significa vida humana: a vida duma entidade individual, consciente (Mt 2.20; 6.25;
Lu 12.22-23; 14.26; Jo 10.11, 15, 17; 13.37).” — 1967, Vol. XIII, p. 467.
A tradução católica romana, The New American Bible (A Nova Bíblia Americana), em seu
“Glossário de Termos de Teologia Bíblica” (pp. 27, 28), diz: “No Novo Testamento, ‘salvar a
alma’ (Mr 8:35) não significa salvar alguma parte ‘espiritual’ do homem, em contraste com o seu
‘corpo’ (no sentido platônico), mas a inteira pessoa, com ênfase no fato de que a pessoa está
viva, desejando, amando e querendo, etc., em adição a ser concreta e física.” — Edição
Né·fesh evidentemente provém duma raiz que significa “respirar”, e, num sentido literal, né·fesh
poderia ser traduzido como “alguém que respira”. O Lexicon in Veteris Testamenti Libros
(Léxico dos Livros do Velho Testamento; Leiden, 1958, p. 627), de Koehler e Baumgartner, a
define como segue: “a substância respiradora, que torna o homem e o animal seres viventes Gn
1,20 , a alma (estritamente distinta da noção grega da alma), cuja sede é o sangue Gn 9,4ss Lv
Quanto à palavra grega psy·khé, os léxicos grego-inglês fornecem definições tais como “vida” e
vivente”, e mostram que até mesmo em obras gregas não-bíblicas o termo era usado “para
animais”. Naturalmente, essas fontes, que lidam primariamente com os escritos gregos clássicos,
incluem todos os significados que os filósofos gregos, pagãos, davam à palavra, inclusive o de
ensinavam que a alma emergia do corpo na morte, o termo psy·khé também era aplicado à
“borboleta ou mariposa”, criaturas estas que passam por uma metamorfose, transformando-se de
revisado por H. Jones, 1968, pp. 2026, 2027; New Greek and English Lexicon (Novo Léxico
Os antigos escritores gregos aplicavam psy·khé de vários modos, e não eram coerentes, suas
filosofias pessoais e religiosas influenciando seu uso do termo. Sobre Platão, a cuja filosofia
podem ser atribuídas as idéias comuns sobre a palavra portuguesa “alma” (como geralmente se
reconhece), declara-se: “Ao passo que às vezes ele fala de uma das [supostas] três partes da
alma, a ‘inteligível’, como necessariamente imortal, ao passo que as outras duas partes são
mortais, ele também fala como se houvesse duas almas em um só corpo, uma imortal e divina, e
1931, Vol. III, p. 121: “Idéias Sobre a Teoria Tripartida da Natureza Humana”, de A. McCaig.
Em vista de tal incoerência dos escritos não-bíblicos, é essencial deixar que as Escrituras falem
por si, mostrando o que os escritores inspirados queriam dizer ao usarem o termo psy·khé, bem
como né·fesh. Né·fesh ocorre 754 vezes no texto massorético das Escrituras Hebraicas, ao passo
que psy·khé aparece sozinha 102 vezes no texto de Westcott e Hort das Escrituras Gregas
Cristãs, perfazendo um total de 856 ocorrências. Esta freqüência de ocorrências torna possível
um conceito claro do sentido que tais termos transmitiam à mente dos inspirados escritores
bíblicos e o sentido que seus escritos devem transmitir à nossa mente. Um exame mostra que,
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embora o sentido destes termos seja amplo, com diferentes matizes de significado, entre os
escritores bíblicos não havia nenhuma incoerência, confusão ou desarmonia quanto à natureza
do homem, tal como a existente entre os filósofos gregos do chamado Período Clássico.
Segundo o conceito católico, a alma é criada por Deus e implantada no corpo por ocasião da
concepção. Esta doutrina, é um dos fundamentos da filosofia e teologia cristãs. Mas, a aceitação
de filosofias gregas significava que abandonava o conceito expresso em Génesis 2:7 de que "o
homem veio a ser [e não ter] uma alma vivente." Segundo a Enciclopédia Judaica, "a crença na
imortalidade da alma chegou aos judeus através do contacto com o pensamento grego e
principalmente através da filosofia de Platão (427-347 a.C.), seu principal expoente". Apartir de
meados do 2.° Século d.C., os primitivos filósofos cristãos adoptaram o conceito grego da
imortalidade da alma.
[editar] Teosofia
Divina. Manas é o elo entre o espírito (a díade Atman-Budhi) e a matéria (os princípios
inferiores do Homem).
com três elementos: Espírito, alma e corpo. Sendo a alma o elo entre o Espírito e o corpo.
De uma forma geral, a ciência moderna estuda o homem sem fazer referências a uma alma
imaterial, uma vez que, se existe, não pode ser observada nem medida. Apesar disso, alguns
cientistas têm tentado encontrar evidências da existência e da natureza da alma humana. Muitas
das pesquisas científicas nesse assunto vão em direção das experiências de quase-morte, porém
até o momento não existem provas conclusivas de que realmente os pacientes saíram do próprio
corpo ou se sofreram de alucinações. Há também alguns cientistas como Ian Stevenson e Brian
Weiss que conduziram estudos de caso sobre crianças narrando experiências anteriores ao
alma), embora não tenham demonstrado o processo pelo qual isto poderia ocorrer.Tampouco
crenças, mesmo porque nunca foi totalmente compreendida, explicada ou observada. Antes que
o homem concluísse que a possibilidade de uma alma em evolução em conjunto com a mente de
um indivíduo e com a paternidade de um espírito divino, julgou-se que ela residia em diferentes
órgãos físicos – nos olhos, no fígado, nos rins, no coração e, posteriormente, no cérebro. Os
água.
Mais tarde os hindus conceberam o atman. Os mestres hindus realmente aproximaram-se duma
avaliação da natureza e da presença de um espírito, mas houve uma falha provável quando não
Os chineses, contudo, reconheceram dois aspectos num ser humano, o yang e o yin, a alma e o
espírito.
Os egípcios e muitas tribos africanas também acreditavam em dois factores, o ka e o ba; e não
acreditavam geralmente que a alma fosse preexistente, apenas o espírito. Os antigos habitantes
das terras que circundavam o vale do Nilo acreditavam que todo indivíduo favorecido tinha
recebido à nascença, ou pouco depois, um espírito protector a que chamavam ka. Eles ensinavam
que esse espírito guardião permanecia com o sujeito mortal ao longo da vida e que passava,
antes dele, para o estado futuro. Nas paredes de um templo em Luxor, onde está ilustrado o
nascimento de Amenhotep III, o pequeno príncipe está retratado nos braços do deus do Nilo e,
próximo a ele, está uma outra criança, idêntica ao príncipe na aparência, que é o símbolo daquela
entidade a que os egípcios chamavam ka. Essa escultura foi terminada no décimo quinto século
antes de Cristo. Julgava-se que o ka era um génio de espírito superior, que desejava guiar o
mortal ligado a ele em caminhos melhores na vida temporal; porém, mais especialmente, ele
desejava influenciar a sorte do sujeito humano na próxima vida. Quando um egípcio desse
período morria, era esperado que o seu ka estivesse aguardando por ele do outro lado do Grande
Rio. A princípio, supunha-se que apenas os reis tivessem kas, mas afinal, acreditou-se que todos
Toda esta rica ideologia cresceu, fomentando as raízes que derivaram posteriormente nos
conceitos actuais da alma, base de muitas religiões cujos seguidores acreditam possuir almas, ou
serem acompanhados por elas e mesmo até serem eles próprios as almas.
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