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a Contebildede Anaitice Na medida em que fazemos a valorizagdo daqueles movimentos a custos orgamenta: Gos estamos automaticamente & comparar os custos reais com os cistos onsamentacng $ Bor conseguinte, a calcular os respectivos desvios. Estes desvios mostram-nos come é ave 05 custos reais se comportam em relaglo aos custo oryamentados, que constinnrs objectivos a atingir pelos gestores, ($s casos © x tomatn dds Ns empresa ¢ bem assim noutras organizapses ¢ necesério a todo 0 momento tomar ecisdes ue possibiltem a sua manutencéo e desenvolvimento, Grande parte deste aan s6es envolvem 0 conhecimento dos custos. jhortlaremos seguidamente alguns conceitos de custos que se relaconam com a tomada de decisdes baseadas no lucro, 3. Impacto financeiro da decisio Noma organizaeS0 com fin Iuerativos, como 0 caso da empresa privada, um dos Sais blectivos € te lucros. Estes traduzemese pelo aumento dos capitals proprios os pel Possibildade da sua distribuigdo aos propretiios de empresa. Assim Inere ‘aumento dos recursos financeiros préprios encontram-se estreitamente associades Diremos que 0 conceito de lucro se materaliza no aumento dos fundes (capitais) de © seu activo e retribuir os capitais aplicados pelos a dcisto deve ser tomada. Assim, em relasdo aos divers periodos nos quai « deca brosur efit, teremos de medic os uxos de caixa que se verficar, ou seja as eran as, as saidas € a respectiva diferenga (meios libertos) ©, Flueos de esixa positives — nepativos = (eatrads) (aides) (9) Outro sonsito de mcos beros cash low nos autores detngua ingles), 56 na som do lee, amoriagses © provides Fluxes de caixa Meio iteros liso ais usual, tadur- Princpais Concetos 6 A decisio ¢ geralmente tomada entre alternativas possiveis, pelo que a alternativa a aprovar seria aquela em que 0 somatério do cash-flow dos diversos periodos fosse supe. rior(), Porém, néo ¢ indiferente para a tomada da decisdo a forma como o wash floy se distribui pelos perfodos. Para salientar este aspecto atentemos que em dias alte-nait_ vas aguele somatério pode ser igual mas numa delas localiza-se no 1? periodo e na outra no Ultimo periodo, O problema resolvese calculando 0 cash-flow dos diversos periodos relativamente a determinado periodo de referéncia, através da adaptagdo de ceria tase de actualizagto. Trata-se de determinar o valor actualizado do cash-flow, NNo entanto, para que se determinem aqueles fluxos de cai, torna-se de qualquer forma necestirio dispor de informagdes adequadas sobre os custs que implicam os page ‘menios € os proveitos relacionados com os recebimentos, Néiames, pois, alguns conceitos de custos que interessa ter presente na tomada de decisdes. 3.2 Custos diferenciais Decisoes e alternativas Como referimos, a decisoes sto geralmente tomadas perante alterativas, Um inves: timento de expansio fabril pode ser frequentemeénte decid entre alternatives possivls, due s¢ ligam com 2 capacidade de produsto, a tecnologia a adopiar, equipamentos de Snaem dversas, et. A revisdo do prego de venda de certo produto levaré a find-lo entre iversos valores possveis, dependendo a decisio de informacdes sobre os seus efeitos ma volume de vendas, comportamento da concorréncia, etc Para se detidir entre as diferentes alternativas possiveis hé que medir os resultados {0% 08 cashflow) astociados a cada uma dels ¢ comparé-los. Esta comparacio deve see ‘ea relativamente a uma das alternativas, que se toma como referéncia, _TSaNamente a uma das alternativas, que se toma como referén: De qualquer forma, haverd sempre duas alternativas para decidir, que consistem: = ha alteragdo da situagdo que é objecto de analise; ~ a manutenedo da situacdo (que serd a alternativa de referencia) (0) Ro cctas desis # methoralernatin, pods nfo sc, de quakuer forma, sficestemente atracnte Princpeis Conccitos 65 Os custos da estrutura administrativa da empresa podem ser custos irrelevantes para uma tomada de decisio ligada com o aumento de vendas, caso ndo sejam afectados pelo acréscimo de quantidades vendidas. Os custos efectuados no passado com a concepeto de um novo produto slo irrele- vantes para a decisdo que se pretende agora tomar relativamente a0 seu langamento no ‘mercado, pois jé ovorreram e existem quer se comercialize ou ndo 0 produto, 3.4 Custos de oportunidade ‘Com frequéncia verifica-se que certos recursos que se encontram aplicades na empresa ‘ém alternativas de aplicacdo, Esta aplicapio alternativa possbilitaria proveitos que é neces: sisi Comparar com os que se esto a obter naquela que est a ser dada ao recurso. Assim, luma forma de verificar o interesse da aplicacdo actual € considerar, como custo desta, nna determinasdo da sua rendabilidade, o proveito da alternativa. Designamos como cust, de oportunidade da aplicasio actual aquele proveito alternativo, Como exemple, admitamos que a empresa dispbe de edificio que serve de armazém da actividade comercial de grossista que também desenvolve. Aquele edificio pode ser facilmente arrendado a terceiras, para armazém, por 1000 contos por ano. Na andlise daquela actividade da empresa, deverd considerar-se como seu custo de oportunidade 0 valor do arrendamento possivel, ou seja, 1000 contos/ano, Como ¢ bvio, a anilise pode ser feita através dos resultados diferencias, recorrendo, ‘Por conseguints, a0s conceitos de custos e proveitos diferenciais e considerendo a activi, dade actual como a situagdo de referéncia ¢ a hipdtese de arrendamento como alterna tiva daquela. De qualquer forma, 0 conceito de custo de oportunidade permite reter que a rendabi- lidade dos recursos aplicados ia empresa deve ser sistematicamente comparada com a rendabilidade de aplicagdes alternativas posstveis. ndabilidade de aplicagées alternativas possiveis. 3.5 Relagves entre custos © volume A reparticdo dos custos segundo 0 seu andamento ou variabilidade com 0 volume de actividad ¢ fundamental para a tomada de muitas decisdes e para andlises de renda. bilidade, © volume é sempre uma quantidade por perfodo de tempo, podendo, por exemplo, Feportar-se ao niimero de unidades produzidas (volume de produclo), au mimero de uni. ades vendidas (volume de vendas), au mimero de horas de m&o-de-obra directa ou de trabalho das méquinas (volume de actividade de uma seceao fabri). Ora o que estd em causa & 0 comportamento dos custos em relacio ao volume, que ‘numa primeira aproximacdo dividimos em custos fixos ¢ custos varidvcis. 66 Contaildade Anaitica a Custos fixos ‘Sto aqueles que no variam quando se altera o volume ou pelo menos so pouco sensiveis a alteragGes deste, E 0 caso da renda do edificio, das amortizag6es (calculadas pelo método das quotas ‘constantes), dos seguros de inendio, etc. ‘So custos que proporcionam a capacidade para produzir ou vender os produtos. Pode- ‘mos distinguir 3 espécies de capacidade: —capacidade fisica, que & dada pelos edificios, equipamentos, ete — sapacidade organizacional, que é aquela que € possibilitada pela dieceio & pelos quados da empresa; —capacidade financeire, que tem a ver com as possibilidades financeiras da empresa A capacidade, em qualquer daquelas trés especies, nfo se pode alterar de um dia para © outro, requer periodos maiores ou menores de tempo, mas sempre longos. No é de tum dia para 0 outro que construimos um novo edificio ou ampliamos o existente, que ‘compramos e instalamos novas maquinas, que recrutamos novo pessoal (sobretudo se se tratar de quadros e téenicos superiores) e que pomos todos esses novos recursos em fun- cionamento, Identicamente acontece com a redugéo de capacidade, ‘Aos custos fixos chamam-se também, pelo que se acaba de expor, custos de capaci dade e apenas se alteram, pelo menos de forma significativa, quando aquela se mo fica, Alterar-se-Go quando se ampliar ou reduzir a capacidade, A sua representacao gré- fice, considerando certo periodo de tempo (por exemplo um ano) € a seguinte: REPRESENTACAO GRAFICA DOS CUSTOS FIXOS GLOBAIS 4 Cust feos ‘labels ‘Yolume Capacidede instalads (0s custor Gos mantéavseinatrieis com as variagbes do volume) Princpais Concitos a Custos varidveis ‘So aqueles que variam necessariamente quando 0 volume aumenta ou diminui, mesmo que este aumento ou diminuigdo seja diminuto, Sio custos que resultam da utilizaggo da capacidade existente para fabricar ou ven: der os produtos. Exemplos: a energia eléctrica consumida por uma maquina é um custo varidvel com o tempo de trabalho; as comissdes pagas aos vendedores so custos varid- veis com o valor das vendas, ‘Quando o custo variar proporcionalmente com o volume, tratar-se-é de um custo varid- vel proporcional (as matérias-primas s20 geralmente custos varidveis proporcionais). Outras vezes, a variagio no & proporcional distinguindo-se dois casos: —‘ustos varidves progressivos; — custos varidveis degresivos, ‘A sua representacdo grifica € a seguinte: REPRESENTAGAO GRAFICA DOS CUSTOS VARIAVEIS GLOBAIS Volume Capaciaade insalada (Os cusos variveisslobaisalteram-se necesariamente com as variasbes do volume) Custos semivaridveis So custos constitufdos por uma parte fixa e outra variével E 0 caso do vendedor que tem um ordenado mensal (parte fixa) e comissées sobre s Conbitdade Aneta ‘as vendas que efectua (parte varidvel). Os custos de conservagio dos equipamentos sdo, como veremos, geralmente semivariéves. lremos considerar que se podem distinguir sempre as partes fixa e varidvel destes custos semivaridveis, que se incluem, réspectivamente, nos custos fixos ou nos custos Variéveis no céleulo do custo dos produtos e noutras andlises que faremos. Interesse da distingao No que respeita a analises de rendabilidade, a distingdo dos custos segundo a sua vatiabilidade vai proporcionar, por exemplo,estudos sobre © andamento do custo dos produtos com 0 volume. Se estamos a utilizar somente 60% de capacidade, os custos fos cu de capacidade rt dviirse por um menor alan de-unidadeseconseguene- reate 05 custos untérios sero maior. Outro exemplo de andlise de rendabilidade € 0 da determinasio da quantidade que ¢ necessrio vender para que a emy prejuzo, ou sea, em que a suai SF RET Ns ea as idee epee variavel de custo comple- vo) serd igual aos custo fixos Enamplo ainda de decsbes em relagSo as quais se necessta de dads sobre custos separados segundo a sua variabilidade, so as que se lgam com a uilizagSo a curto prazo dz capacidade existente e que tém a ver com a conveniéncia por vezes enstente de se vender abaixo do custo complexivo, pois a diferenga entre o prego de venda e 0 custo varidvel ainda proporciona uma margem que vai cobrir custos Ros: TT \GETOT ETE, mal tarde pou BL slaemas docile de curs indasial dos pro dutos que preconizam que neles se considerem apenas os custos varévels,considerando. “© 05 custos fixes como custos dos periodos (custeio varidvel) ov entfd somente uma parte dos custos tos (custeio racional) Exemplo © custo industrial unitério do adubo A fabricado por certa empresa & 0 seguinte: Custos vars: Matérias- primes es Mio-e-cbra directa 10s Castes genis de Fabrice —_ $508 Custos toe Gasos pers de farico 2508 (Cato industrial 9008 /unidade Principats Concetos o A prs, ut iets eusvanent pars 0 mecado into, ed a abe ta taste tubo de su apa ¢pued ease 1 ee te 2 tt/on Cade ncaa pon npn cute ote cane an veis) de 150$/ton. — “Sperm tad pen export a 00 tons? Om oct instal et como cts onda sporada emote un ute comer 10, dems ie eta ont cae OE ea Secession a | 08 Mgsinos-etistos—fixos. vere oe Pott ea vender on, pis ete en vido or uo vain see abr ainda 200700, qe ie st Ca ee a on Variabilidade dos custes com 0 volume Pelo que atrds se expés, se considerarmos a capacidade de produgad de que certa ‘empresa dispde em dado momento, o comportamento dos custos unitéries (custos médios Por unidade produzida) com o volume de produsdo é o seguinte Custos fixos médltos REPRESENTAGAO GRAFICA DOS CUSTOS FIXOS MEDIOS. Quansiaaces Produaidas Capacidade insalada (© custo Fo médio dcresce com as quantidades peodiiéas) 0 Contebildede Ansiico Custos variéveis médios [REPRESENTAGAO GRAFICA DOS CUSTOS VARIAVEIS MEDIOS. ea 7 ‘Cust verve slobal ge Cast vardvel métio 7 2 Capacidade ‘Quantidedes insalads ‘rodusidas (© custo varvel métio &constante quando todos os custos varives sto propersios Custos totais REPRESENTAGAO GRAFICA DOS CUSTOS TOTAIS CCusto toa global 7 Cust varével pobal (proporcinal) Gusto fxo global (Capacidede fnstalada Princpsie Concetos a Custos totais médios REPRESENTAGAO GRAFICA DOS CUSIOS TOTAIS MEDIOS re Cust total mio = caste ariel micio (proporciona) o 4 Quansiaades Copacicade produzidas instalada Vejamos a interpretacio daqueles graficos ¢ primeiramente a representagao dos custos globais. O custo total global resulta da deslocagéo da recta representativa do custo varidvel global para a ordenada correspondente a0 custo fixo global. Tal facto resulta do custo total ser a soma dos custos fixos com os variéveis. A inclinacdo da recta repre- sentativa do custo total é, por aquela razdo, igual A do custo varidvel. Consideramos nesta ‘epresenta¢ao custos varidveis proporcionais mas © mesmo acontece com 0s Custos pro- gressivos © degressivos. No que respeita a0 custo médio, a curva do custa total médio obtém-se fazendo des- Jocar a curva do custo fixo médio, de forma a que as suas ordenadas tenham agora um valor superior correspondente ao custo varidvel unitério. As curvas do custo total médio Sto paralelas ¢ a distancia entre elas ¢ igual ao custo variével unitdtio, Exemplo Acompanhemos a interpretacdo daqueles gréficos com 0 exemplo da empresa adu- beira atrés referida, admitindo-se para 0 efeito que a sua capacidade de produedo anual @ de 500 000 toneladas © que: = custo industrial varivel & 6508/Aon.; — 05 custos fixos industrais sfo de 125 000 contos/ano. R Contabildede Anaitica Calculemos 0 custo fixo por unidade de produto para diversos volumes de producao, dentro da sua capacidade de 500 000 tons./ano: pronasio | Cano tos ans seal (on 10s) (em cont 100 con 125 000 12sosoo 200 000 128 000 23800 300 000 125 000 16870 400 600 12 000 312850 50 000 125000 250800 Constata-se que, como os custos fixos globais se mantém sem alterago para os diversos nivels de utilizagio da capacidade, 0 custo fixo médio vai diminuindo & medida que aumenta 0 volume de produgio. ([vetame de pedosio ] Contr ama | Caso ative oni anal (om ond (eo cont) (oe ta) 100 000 65 000 0800 200 000 130 c00 ‘50800 300 000 195 000 50800 +400 000 260 600 0800 00 00 325 000 650800 Dado que considerémos 0 caso dos custos varidveis proporcionais, 0 custo variavel por tonelada produzida € de 6508 qualquer que seja 0 volume de produc. Por sua vez, 0 custo varidvel global por ano seré: Gy = 6508. Q fem que C, representa 0 custo variavel global e Qo nimero de unidades produzidas. Principeis Concetos 2 (© custo total é 2 soma dos custos fixos com os custos variaveis, pelo que tem Yatume de produ | Cimon tots annie | Canto til wn ae (en 009 (om oats) “oer ton) 100 000 190 000 1900s00 200 000 235 000 soa 300 000 320 000 106670 40 000 385 000 962850 500 000 450.000 seos00 Conclui-se que o custo total médio vai decrescendo & medida que aumenta o niimero de unidades produzidas por forga da evolugdo que se verifica no custo fixo unitério. Optica de curto prazo A analise que temos vindo a fazer da variabilidade dos custos ¢ feita numa éptica de curto prazo. Esta consiste em considerar a capacidade existente e verificar neste con- texto 0 comportamento dos custos com as variagbes de volume que podem observar-se no quadro dessa capacidade. & uma anilise estética pois considera apenas 0s custos exis tentes em certa data © que correspondem capacidade existente. ‘ima, pica do mtdovlongo prazocomiraa o tempo necesro pra se ctu sg shes a cepacia Bate (ig Geico eee ek Ce nba as OTC Cats a amie og cena a cestode 4. Problemas e exercicios 4.1 Problemas Conceitos de custos e de lucros: — indique classiticagdes de custos que tenham em conta as fungtes de empresas industriais, comercais e de prestacdo de servos;

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