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DADOS INTERNACIONAIS PARA CATALOGAGAO NA PUBLIGAGAO (CIP) B513 Berkey, Fdward Bs. Manual do pastor lider : fertamentas patao ministério | Faward B, Berkey ,- Sao Paulo: Shedd Publicaye 5, 2003 288p.s 1O0x2.50cn ISBN: 85-88315-19-X 1. Lideranga crista, LPitulo CDI: 248, 242 A ética pastoral A ética é definida como a “ciéncia do dever moral, do cardter humano ideal”. Tem sido chamadaa retidao redefinida. Basicamente, é 0 certo contra o errado, é a honestidade e a integridade. A palavra “ética” se refere as formas mais elevadas do comportamento moral, na sua melhor expressio, E normal que alguma coisa tao importante como esta receba bastante énfase. No entanto, parece que na pratica é 0 contrdrio. Enquanto os médicos, os dentistas e os advogados tém um cédigo bem-definido que determina nao somente o seu comportamento, mas até mesmo até que ponto pode chegar a sua propaganda, espera-se que as pessoas no ministério ajam corretamente e nao através das experiéncias ao acaso. Espero que essa situa¢do nao continue, mas nado me lembro de nenhum periodo de estudo ou de nenhuma aula do semindrio referente a ética. Evidéncia da necessidade da ética se percebe, embora seja quase impossivel levar um médico a comentar a respeito do trabalho de outro. Enquanto isso, com grande freqiiéncia, é facil ouvir pastores comentar livremente a respeito, daquele que aparentemente, parece mais “bem- sucedido” do que eles. Talvez isso se deva ao fato de os pregadores viverem debaixo de vigilancia tao constante, que se sintam ameacados quando o sucesso aparente dos outros é relatado a eles. Embora a Biblia nao seja, por si mesma, um manual de ética pastoral, nao se pode achar um cédigo de ética mais nobre do que em Mt 7.12, que registra a regra de ouro: “Fagam aos outros 0 que vocés querem que eles Ihes fagam” (Leia também 1Pe 3.8,9 ¢ 1Co 13.4-7). Em todas as dreas da nossa vida, a retidao refinada deve ser refletida na nossa vida e através dela. Examinemos algumas dessas dreas: \s vizinha: Dados Internacionais de Catalogacao na Publicagio (CIP) Brasileira do Livro, SP, Brasil) (Camara Carter, James E Ftica ministerial: um guia para a formagao moral de Iideres cristaos / James E. Carter, Joe Sao Paulo: Vida Nova, 2010. Irull ; tradugao Susana Klassen. ‘Titulo original: Ministerial ethics: moral formation for church leaders. ISBN 978-85-275-0449-2 1. Lideranga crista — Conduta de vida 2. Lideranga crista — Etica profissional 3. Ministério cristéo_ 1. Trull, Joe E.. litulo. 10-08492 CDD-241.641 Indices para catalogo sistematico: 1. Lideranga crista : Etica profissional : Teologia moral 241.641 Ser bom — a ética do carater Naquela noite antes das palestras em Yale, Henry Ward Beecher viu duas imagens n. espelho do hotel. Fitou o homem que ele desejava ser ea pessoa na qual se transfon. mara. Apesar de ter na mente uma imagem ideal de si mesmo, o FOStO que Viu en, quanto se barbeava o perturbou. Sentia vergonha de olhar nos Préprios olhos, pois isso significava encarar seu erro e insensatez. ‘Talvez por isso tenha ‘se Cortado feig, Beecher, sem diivida, nao é 0 unico pastor a sangrat, Pols todos pecarany” (Rm 3.23). De uma forma ou de outra, todo ministro ja sentiu, em algum Momento, o peso de sua propria humanidade. Todos nés nos cortamos, senao na carne, ng espirito. A pergunta nao € “serd que errei alguma vez?”, mas sim COMO Posso viver neste mundo como ser humano ¢ nao ser controlado por meus desejos humanos?”, Parte consideravel da resposta se encontra na combinagao das duas imagens no espelho, uma sintese da pessoa ideal que devemos ser com a pessoa real que somos capazes de nos tornar. Tudo comega como o desenvolvimento da vida interior, tam- bém chamada de carater. O que significa 0 cardter O cardter é fundamental para todas as de ‘Ges éticas. Quem somos determina o que fazemos. Jesus enfatizou essa verdade em seus ensinamentos, especialmente no Ser mao do Monte (Mt 5—7). E consenso entre os estudiosos que essa mensagem monu- mental contém a esséncia da ética de Cristo. Jesus destacou repetidamente que 0 carter vem antes da conduta € que a moralidade diz respeito ao coracao (Me 5.3-48) Deixou claro que néo adianta nada orar ¢ dar esmolas aos pobres $6 para ser visto pelos outros, pois as motivagées erradas anulam as boas obras (Me 6.1-8). Cristo con denou a retidao superficial de muitos dos escribas ¢ fariscus nao porque seus atos eram errados, mas porque eles préprios eram hipécritas (Mt 5.20; 6.5). Como observa Albert Knudson, Jesus defendeu dois principios aceitos por todos os ctistios: © BIRCH e RASMUSSEN, Bible and Ethics, p. 42-65. AS ESCOLHAS MORAIS DO PASTOR o principio do amor € 0 principio da natureza mor suprema (1 Co 13.13); 0 segundo, a chav al.'? O primeiro é a virtude crista para a moralidede cis : fApesar de todos nés fermos uma ideh do denitcne ene ee ears signi eee io fill assim defini-la, O cariter tom aver coon dr de ee me ee ci asim ¢ et com um tipo de pes eel vnaneira. E 0 conjunto de realidades do ser interion Sunley Howcast Slo . Stan creve o cariter como “a qualifesea y Hauerwas, tedlogo € mo “a qualificagio ou determinagao do nosso agit for- mado pela presenga de certas intengées e auséncia de outras”." Jé William Will o chama de -!4 Ja William Willimon eticista, des posicioname: al bdsico que c i ae moral bésico que confere unidade, definigao e diregao para a vida, a0 moldar nossos habitos ¢ intengdes em padres, relevantes e previsiveis, determi- nados por nossas conviccdes predominantes.” De acordo com Willimon, o carter & formado de maneita consciente ¢ in- consciente no seio de uma comunidade ou contexto socil. Sondra Ely Wheeler elogia a ética do cardter e da virtude, descrevendo-a como “prides, disposiges ¢ habitos que nos permitem ter em comportamento correo 6 paradoxo clissico, segundo 0 qual “nao é possivel agir vel desenvolver vireude sem agir de Jo” ¢ reafirmy sob pres de modo virtuoso sem ter vi ude € nao & poss modo virtuoso”."° Nenhuma definigio de uma frase ou descrica perto de fazer jus & complexidade do conceito de é entender como 0 cardter é formado e como ele atua 0 de um pardgrafo chega sequer carter, Para nosso propdsito no momento, 0 mais importante na vida ética crista. Nos tiltimos anos, a0 se falar sobre o processo de tomada de decisses, focaliza-se 6 papel do carter ea fonte de onde ele brots, ous ja, a comunidade. Um dos autores modernos que mais enfatiza 0 papel do carer na ética crista é Stanley Hauerwas. A seu ver, quem somos € 0 fator supremo que determina o que fazemos. ‘As pessoas nao fazem uma escolha moral de forma objetivas “anes, cad pessoa tea consigo as incli- ages, experiéncias, tradigdes, heransa © vjirtudes que cultivou’."” Desenvolvemos York: Abingdon, 1942, p- 39. Wilber KN spriatian Eis. New Christian Eabies Jniversity Press, Albert KNUDSON, The Principles of 7 A nity U 4 Stanley HAUERWAS, Character vane the Cristian Life: San Amon: Trinity 1975, p. 115. ; \ 8 William WILLIMON, The Service of God. Nashvil ; ° Sondea Ely WHEELER, “Virtue Ethics and the Sat Preach: Virtue, Ethies, and Power, eds. James F. Keenan, 5: Ward, 1999, p, 102-103. ; sgh D» Glen Sauts “The Ethics of Decisio illman Jr, Nashville: Broadman, 1988. p- 9°- _ Abingdon, 1983, p: 28-29: ; | Formation of Clergy” Practice What You Kr. Franklin: Sheed & yn Making” Understanding Christian Ethics, ed. William

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