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Teste de Avaliacao Sumativa 3 - pescrisao e interpretacio da atividade cognoscitiva Filosofia 11." ano Duragao: 90 minutos Escola Data, ‘Aluno. Ne, Turma Classifieagio Professor Ene. Educagse GRUPO! Para cada uma das questdes que se seguem, selecione a tinica resposta correta 1. 0 conhecimento proposicional pode ser ‘a. verdadeiro ou falso b. justificado ou injustificado, ©, correto ou incorreto, 4. a priori ou a posteriori 2. De acordo com a definigao tradicional de conhecimento, a crenga é ‘a. uma condigéio necesséria para o conhecimento, b, uma condi¢ao necesséria para a justificagai. - uma condigdo suficiente para a justiicagéo. 4. uma condigao suficiente para o conhecimento, 3. 0 desacordo entre empiristas e racionalistas diz respeito ‘4.8 definig&o de conhecimento, b. as fontes de conhecimento. ©. d existéncia de conhecimento. 4.8 esséncia do conhecimento. 4, Através do cogito, ficamos certos da ‘asexisténcia de Deus. b. existéncia do nosso corpo. nossa prépria existéncia, 4d, relagao entre a mente e corpo. 5. De acordo com 0 dualismo cartesiano, ‘a.a mente ¢ 0 corpo sdo substncias distintas. b. a percecdo clara e distinta conduz & verdade. , descobrimos que Deus existe examinando a ideia de Deus. d.as ideias podem ser inatas, adventicias ou facticias. 6, Descartes concorda com Hume quanto ‘a.& origem das ideias. b.a natureza da mente. ©. aps objetos imediatos da percecao. 4. aos limites do conhecimento a priori, 26 oma ‘ow {© 606170 Guia do Professor ASA (© 606170. Guin do Professor ASA Cone 7. Segundo Hume, o conhecimento de questées de facto ¢ a,c priorie de verdades necessérias. b. a priori e de verdades contingentes. ©. a posteriori e de verdades necessérias. da posteriori e de verdades contingentes. 8. Para Hume, a ideia de conexao necesséria a.é inata. b. deriva de uma impressao externa, ¢. deriva de uma impressao interna d.¢ iluséria GRUPO II Dé respostas claras e completas as questées que se seguem. 1 Leia o texto seguinte. Notei, hajé alguns anos, que, tendo recebido desde a mais tenra idade tantas coisas falsas por verdadeiras, e sendo tao duvidoso tudo o que depois sobre elas fundei, tinha de deitar abaixo ‘tudo, inteiramente, por uma vezna minha vida, e comerar, de novo, desde os primeiros funda- mentos, se quisesse estabelecer algo de seguro e duradouro nas ciéncias. René Descartes, Meditacses sobre a Filosofia Primera, Coimbra, Almedina, 1982, p. 105, 11-1, Explique 0 plane que Descartes delineia no texto. 1.2, Seré que Descartes ¢ um faliblista? Porqué? 2. Explique 0 problema da indugao. 3. Lela o texto seguinte. Todas as ielas so copiadas deimpressées ou sentimentos precedentes, eonde née pudermes encontrar impresséo alguma podemas tera certeza de que ndo hé qualquer ideia. Em todos os ‘exemplos singulares das operacées de corpas ou mentes, nfo hé nada que produza qualquer limpressdo, e consequentemente nada que possa sugerir qualquer ideia de poder ou conexio necessérie. Mas quando aparecem muitos casos uniformes, eo mesmo objeto ésempreseguido pelomesmo evento, comeramos a ter 2 norio de causa e conexiio.£ entio que sentimos uma aginacéo entreum objeto e oseu acompanhante habitval,e este sentimento ¢ original de que estamos A procura para essa ideia. nova sensa¢o ou impressio, ou seja, uma conexo habitual no pensamento ou David Hume, Investgagéo sobre oFntendimento Hamano, Lisboa, INCM, 2002, 1. 3.1. Explique a tese defendida por Hume no texto. 3.2. Descartes aceitaria 0 principio formutado no inicio do texto? Porque? 3.3. Discuta uma objegao a concegao de causalidade defendida por Hume. ama mom 27 Teste de Avaliacao Sumativa 4 - pescrisao e interpretacio da atividade cognoscitiva Filosofia 11." ano Duragao: 90 minutos Escola Data, ‘Aluno. Ne, Turma Classifieagio Professor Ene. Educagse GRUPO! Indique 0 valor de verdade das afirmagées seguintes, 11 Para os defensores da definigao tradicional de conhecimento, a crenga verdadeira justiticada é condi¢ao necesséria para o conhecimento. 2, Para os defensores da definigao tradicional de conhecimento, a crenga verdadeira justficada é condigo suficiente para 0 conhecimento. 3. Para os falibilistas, todas as crengas justificadas sdo verdadeiras. 4, Para os infalbilistas, todas as crencas justificadas sao verdadeiras. 5. 0s racionalistas negam a possibilidade do conhecimento empirice, 6. Os empiristas negam a possibilidade do conhecimento a priori A hipétese do génio maligno pée em duivida a realidade do mundo fisico. De acordo com Descartes, todas as ideias sao inatas, 9. De acordo com Descartes, a mente e 0 corpo sao uma sé substancia, 10. De acorto com Descartes, a mente interage causalmente com o corpo. 11. De avordo com Descartes, ¢ a partir da observagao do mundo que podemos inferir a existéncia de Deus. 112, De acordo com Hume, todas as ideias 80 cépias de impressées. 113. De acordo com Hume, negar uma questao de facto levarnos a uma contradigao, 14, De acordo com Hume, o raciocinio relativo a questées de facto é causal 15. De acordo com Hume, o habito explica as inferéncias causais. 28 oa {© 606170 Guia do Professor ASA Cone GRUPO II Dé respostas claras e completas as questdes que se seguem, 1. Leia o texto seguinte, Vou supor, por consequéncia, nao o Deus sumamente bom, fonte da verdade, mas um certo génio maligno, ao mesmo tempo extremamente poderoso e astuto, que pusesse toda a sua indvistria em me enganar. Vou acreditar que 0 céu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons, e todas as coisas exteriores néo so mais que ilusdes de sonhos com que ele arma ciladas minha credulidade, Vou considerar-me a mim préprio como no tendo méos, no tendo olhos, nem carne, nem sangue, nem sentidos, mas crendo falsamente possuir tudo isto, René Descartes, Meditacdes sobre « Filosofia Primeira, Coimbra, Almedina, 1982, p. 14, 11.1. Explique 0 papel da hipétese aue Descartes coloca no texto. 11.2, Descartes considera que a hipétese colocada no texto é verdadeira? Porque? 2. Expligue e avalie o argumento ontolégico de Descartes, Leia o texto seguinte. Amente é uma espécie de teatro, onde diversas percesdes fazem sucessivamente a sua apa- rico; passam, repassam, esvaem-se, e misturam-se numa infinita variedade de posigdes e si- ‘tuagdes. Nela nao existe, propriamente falando, nem simplicidadeem um momento,nem iden- tidade ao longo do tempo (..)-Mas a comparasao com o teatro nao nos deve enganar. A mente 6 constitufda unicamente pelas percesGes sucessivas; e nao temos a menor nogao do lugar em que essas cenas sie representadas ou do material de que esse lugar é composto. David Hume, Tratado da Natureza Humana, Sie Paulo, UNESP, 2001, p. 285 3.1. Explique a tese apresentada por Hume no texto. 3.2, O que leva Hume a defender a tese apresentada no texto? 3.3, Compare a perspetiva de Hume com a de Descartes a respeito da natureza da mente, (© 606170. Guin do Professor ASA am 29 Cendrios de Resposta - testes do 32, Possivel argument contra Promissa 1: Hé coisas que nos dao prazer, mas nos preju- dicar, Premissa 2:Hé coisas que so boas para nés, mas implica sacrifc'o ¢ sofrimente, CConelusdo: 0 que é bom e 0 que nos dé prazer nao so a Possivel argumento a favor: Promissa 1: Bom 6 aquile que as pessoas desejam. Premissa 2:Teda agente Conclusso: © que é bom & 0 que nos dé prazer. ‘TESTE DE AVALIAGAO SUMATIVAN,’ 3 (p. 26) Le 2a, 3b, 4c, Sia Grupo 1. + O objetivo de Descartes 6 encontrar a certeza: “estabele- cer alge de seguro e duradouro nas ciéncias’, Para esse efeito, empreende a divida metédica: pondo em dvida tudo aquilo que possa ser colocado em questa ppoderd encontrar, por fim, algo que resista a todos os ar- ‘gumentes dos cétics. 12. Nao, Descartes é um infalibiista Para um falibilista, uma justificagae apropriada nao tem de exclu a possibilidade de erro, “Mas Descartes entende que © conhecimento implica cer- teza, pressupondo assim que uma justiticagao apropriada ‘tem de excluir a possibitidade de erro. + Aparentemente, nde podemas descobrir a priori que a it ducdo 6 fidvel Mas também no parece possivel descobrir 0 posterior aque a indugao ¢ fidvel. € verdade que a indugao tem sido fidvel. Mas conclurr a partir dal, que a indugdo continuard a ser fivel consiste em fazer um raciacinio indutva ~ & assim em pressupor, falaciosamente, afiabilidade da i duce, + Oproblema da indugao é 0 desafie de encontrar uma just- ficagao para a crenga na fabilidade da indugao. 90 Cor 3 + No texto, Hume defende que a origem da dela de conexéo necesséria é um impressao interna. Esta impressso é um sentimente de expectativa produzigo pelo habito 33 Descartes nao aceitaria 0 principio formulado no in- cio do texte, Segundo Descartes, existem ideias inatas, que no tém tuma origem emarica 33 “Hume concebe a relagao entre causa e efsite come con- jungao constante,reduzindo a causalidade aregularidades empiricas, «No entanto, como mastrou Thomas Reid, hé muitas regu- laridades que nao sao causais, Por outro lado, também parece possivel haver causalidade sem regularidades ‘empiricas ‘TESTE DE AVALIAGAO SUMATIVA N.” 4 (p. 21 Grupot Verdadeiras: 1,2, 4,7,10, 12.14.15 Falsas:3,5,6,8,9,11,13 Grupo i La + Ahipétese do génia maligno serve para levar a divida 0 mais onge possivele para, assim, tentar encontrar uma certeza auténtca 12, Nao, Descartes ndo considera que ahipétese eolocada no texto € verdadeira -Ahipétese do génio maligna é apresentada como uma sim- ples possbilidace cue pée em questa muito daqullo em que acreditamos + Chegande a0 cogitoe. depois, & conclusdo de que Deus ‘xiste, Descartes acaba gor corsiderar que a hipétese do ‘aénio maligno éfalsa “De acordo com 0 argumento ontolégica de Descartes, a ‘existéncia € uma perfeicdo, pelo que um ser sumamente perfeito tem a propriedade de exstr. = Dargumento é fraco porque depende do pressuposto, mui- to controverso, de que a existéncia é uma propriedade. 31 * Amente nde é uma substinela, + Amente consiste apenas num agregado de percecdes. 33 “0 principio da cépia 6 0 que leva Hume a defender a tese apresentada no texto, ~Temos apenas impressoes de qualidades dos objetos. Nunca temos quaiquer impressao de uma substancia que esteja para lé dessas qualidades e que thes sirva de su- porte. Portanto, na verdade ndo temos qualquer ideia de substancia, E, assim, ndo faz sentido conceber a mente ‘como uma substincia (© 606170, Guia do Professor, ASA (© 606170. Guin do Professor ASA 3.3, Para Hume, uma mente é apenas um agregado de perce- ‘Goes que se sucedem, + Para Descartes, pelo contrério, as percegdes ou ideias de ‘uma mente sao qualidades de uma substancis, A substncia mental é simples (ndo ter partes) e perma- rece idéntica ao longo de tempo, ainda que as suas quali= dades mudem. Para Hume, esta perspetiva € absurda, pols nao temos ‘qualquer imaressao de uma substéncia mental simales {que permanece idéntica ao longo do tempo. ‘TESTE DE AVALIAGAO SUMATIVAN-’5 (p- 30) Grupo! Lb. Re Ba, 4b. Ba, Grupo das {As leis de Kepler so um exemplo do uso da linguagem ma- ‘temétiea nas eidneias emplrieas. 12. Seuma espécie sobrevive, se tem sucesso na sua interagao ‘com a Natureza, entdo podemos inferir que 6 uma espé- ie adaptada, Se as aplicagdes decorrentes dos conceitos ‘mateméticos que usames para descrever a Natureza so ‘bem-sucedidas, entdo podemos inferir que esses conceitos ‘estdo adaptados & estrutura da realidade e 30 adequades para a descrever, 2 ‘As explicagbes 6 senso comum consistem na constatagdo dderegularidades, As explicagées cientficas tem de dar uma resposta satisfatdria & interrogagae sobre por que raza lum dado fenémeno ocorreu, oque implica indicar a ei geral debaixo da qual o fendmene explicada nao podia deixar de ‘ocorrer, considerando as condigSes iniciais veriticadas, (0 senso comum resulta da acumulagio espontinea de ex- periéncias. A experiéncia que apoia o conhecimento cienti- fico 6 obtida sistematicamente, em concigdes controladas ‘ede acordo com regras de investigacae. (0s principios do senso comum sd imprecisos. As leis cit tificas so rigorosamente formmuladas. 0 conhecimento vulgar ¢ assistematico e superficial. Os cientistas valorizam a unificagao das leis ¢ das teorias e 2 simplicidade - ou parciménia ~ das explicagées, procu- rando reduzir 9 niimero de (eis invocagas para explicar 0s fenémenos. 0 senso comum caracteriza-se pela estabilidade; essa es- tabilidade 6 devida & eredulidade das pessoas, que tender aaceitar sem exame crtice aquile que thes é dito. Aciéncia Cone ‘caracteriza-se pela revise constante das teorias. que faz ‘com que as teor'as sejam encaradas como provisérias: 3 revisdo constante das teorias deve-se & atitude critica dos cientistas, que se empennam em procurar falhas nas teo- rias disponiveis. 2. AA perspetiva indutivista do método cietitico e da ciéncia assentanas seguintes ideas: a inferénciaindutiva é a Unica forma de in‘eréncia capaz de produzir conhecimento ge- ruinamente nevo sobre o mundo, ea ciéncia comeca com a observacao, sendo impossivel conhecer © mundo sem 0 ‘observar, Na sua forma mais abrangente, o indutivisme consiste na defesa da centralidade das inferéncias indutivas quer na ‘descoberta quer na ustificagao das leis e das teoriascienti- ficas, No século XX. os positivistas l6gicas devenderam que, ‘embora a incucio ndo desempenhasse um papel relevante na descoberta das teorias, desempenhava um papel roto- vvantena sua justficagao, uma vez que a contirmagao expe- rimental das teorias & indutiva. Popper opés-se a qualquer versdo da perspetivaindutivista Relativamente ao lugar da observagao no métado cientifico, defendeu que a ciéncia nao comeca com a observacdo, por- ‘que no existe a observacdo pura pressuposta pelo induti- vismo, 0 nosso contacto com o mundo ¢ sempre mediado por teorias acerca do mundo e pelas expectativas delas decorrentes. A ciéncia comeca quand as expectativas S30 ‘rustradas, ou seja, quando surgem problemas, De mode a apresentarem solucées para 0s problemas, os cientistas propéem teorias cuja natureza é conjetural ou hipatética, Para determinarem 0 valor das tearias propestas, os cien- tistas submetem-nas a testes (égicos e empiricos, ou seja, criticam-nas. Relativamente & tese da confirmabilidade, defendida pelos positvistas lgicos, Popper defendeu que, seas inferéncias indutivas nao podem ser justificadas, como mostrou Hume, ‘entao também nao podem ser usadas para justiicar as teo- Fias cientifcas, Segundo Popper, a ustiicagao cientiica de- pende exclusivamente de pracedimentos dedutivos. Tanto 125 testes légicos como os testes empirices a que as teorias cientticas sdo submetidas dependem apenas de inferéncias dedutvas, 4 Considerar que os testes empiricos podem confirmaruma teoria implica defender aperspetiva dos positivistas égicos ‘ereferir as objecdes que a perspetiva de Popper enfrenta: Os positivistas légicos compreenderam bem o lugar dos testes emplticas no método clentifico. Os clentistas repe- ‘tem 05 ensaios experimentais e, se os resuitados obtidos sie replicados em todos os ensalos com um elevado grau de exatidda, inferem que, se continuassem a repetir os en- saios, obteriam sempre os mesmos resultados, conside- rando entao a hipétese contirmada. A repetigdo de ensaios ‘experimentais em que os resultados so replicados com um ‘elevado grau de exatidao, emibora nunea dé uma prova con- ‘clusiva da veracidade da hipétese, aumenta a probatilidade stese ser verdadeira 1

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