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C O M P E N D I O ,

HISTORIA DE LA CIVILIZACION
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p ^ $ INTRODUCCION. {!

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LAS EDADES PBEMÍSTÓBICAS.

1. H e s t o s p r e h i s t ó r i c o s . — Á m e n u d o se e n c u e n t r a n ,
e n t e r r a d o s en el suelo, a r m a s , u t e n s i l i o s , e s q u e l e t o s h u -
m a n o s y r e s t o s de t o d a s clases, d e j a d o s p o r h o m b r e s
s o b r e los c u a l e s n a d a s a b e m o s . Estos o b j e t o s son d e s c u -
b i e r t o s á veces p o r m i l e s e n l a s p r o v i n c i a s d e F r a n c i a , en
Suiza, I n g l a t e r r a y t o d a E u r o p a ; h a s t a e n Asia y África se
l e s halla, y p r o b a b l e m e n t e existen e n el m u n d o e n t e r o . Se
llaman restos prehistóricos, por provenir de tiempos an-
t e r i o r e s á la h i s t o r i a .
2. S u a n t i g ü e d a d . — Los o b j e t o s d e q u e h a b l a m o s n o exis-
t e n e n l a s u p e r f i c i e d e l s u e l o . En g e n e r a l s e l e s e n c u e n t r a e n -
t e r r a d o s p r o f u n d a m e n t e , en sitios d o n d e n o h a sido r e m o -
vido f l t e r r e n o . E s t á n c u b i e r t o s p o r u n a c a p a d e a s p e r ó n ó d e
s e d i m e n t o , q u f t s e h a d e p o s i t a d o poco a p o c o , lijándolos en un
p u n t o , y p r e s e r v á n d o l o s del a i r e . Tal cosa p r u e b a q u e los r e s - H
tos m e n c i o n a d o s h a n p e r m a n e c i d o allí m u c h í s i m o t i e m p o .
3. L a s c a v e r n a s . — T a m b i é n se d e s c u b r e n r e s t o s en
las c a v e r n a s a b i e r t a s en l a s r o c a s , casi s i e m p r e s o b r e
a l g ú n río. Las m á s c é l e b r e s son l a s d e las orillas d e l
J
Vézére; p e r o las h a y en otros m u c h o s p u n t o s . Esas g r u t a s
FONDO H1STOWCO '.. s i r v i e r o n en otros t i e m p o s d e m o r a d a ó^ d e s e p u l t u r a á
R. CARDO COVAFtRUBlAS los h o m b r e s , cuyas a r m a s , i n s t r u m e n t o s y e s q u e l e t o s se
ven a ú n en el suelo. Casi s i e m p r e son h a c h a s , c u c h i l l o s ,
156573 r a s c a d o r e s , p u n t a s de lanza d e p e d e r n a l , flechas, garfios
do a r p o n e s y a g u j a s d e h u e s o , c o m o las q u e a ú n e m p l e a n Y
SEIGNOBOS. — Compendio. 1
c i e r t o s salvajes. El piso de las c a v e r n a s e s t á c u b i e r t o d e
o s a m e n t a s d e a n i m a l e s ; a q u e l l o s h o m b r e s , poco aseados,
c o m o todos los s a l v a j e s , los a r r o j a b a n á u n r i n c ó n des-
p u é s d e h a b e r s e c o m i d o el a n i m a l ; y h a s t a l o s a b r í a n
j á Í ^ ^ /ff^^l^ sacar l a s^stan-
M m t m ' ||l t r e e s o s a n i m a l e s se
^ ^ ^ ^ W i i ^ 1 e n c u e n t r a n , no sólo
el oso de l a s c a v e r n a s ,
Hachas de pedernal. el m a m m u t , el alce,-
el a u r o c y el r e n o , es-
p e c i e s todas e x t i n t a s ó q u e h a n d e s a p a r e c i d o d e F r a n c i a v
d e la E u r o p a c e n t r a l y del s u r desde h a c e m u c h o t i e m p o . Se
han descubierto h a s t a dibujos representando al m a m m u t ,
g r a b a d o s s o b r e h u e s o s d e r e n o ó p e d a z o s d e m a r f i l . Uno d e
ellos r e p r e s e n t a u n c o m b a t e d e r e n o s ; el otro u n m a m m u t ,
Dibujo Gil marfil, (juc representa uii mjininiiit.
es d e c i r , u n gigantesco e l e f a n t e d e cueFO l a n u d o y d e c o l -
m i l l o s e n c o r v a d o s . De m o d o q u e l o s m e n c i o n a d o s h o m b r e s
f u e r o n eontemporáneos del mammut y del reno. C o n s t i t u í a n
c o m o l o s e s q u i m a l e s e n n u e s t r o s dias, u n p u e b l b q u e se
p r o c u r a b a s u a l i m e n t o p o r la caza ó p o r l a p e s c a .
4. M o n u m e n t o s megaliticos. — Llámanse megalííi-
e o s (esta p a l a b r a s i g n i f i c a g r a n d e s p i e d r a s ) u n o s n w a m -
m e n t o s f o r m a d o s p o r e n o r m e s trozos d e p i e d r a s i n l a b r a r .
Aquellos e n que la p i e d r a q u e d a al d e s c u b i e r t o son de
v a r i a s clases. El d o l m e n (mesa d e p i e d r a ) , e s t á f o r m a d o
p o r u n a l a r g a l a j a s e n t a d a de p l a n o s o b r e o t r a s c l a v a d a s
en t i e r r a . El m e u h i r (piedra larga) es u n trozo d e p i e d r a ,
recto s o b r e su e x t r e m i d a d . En C a v u a c , p u n t o d e B r e t a ñ a ,
Dólmenes de Bretaña.
se v§n a ú n once h i l e r a s d e m e n l i i r e s , q u e en t o t a l s o n 4 000.
E n F r a n c i a a b u n d a n e s t o s m o n u m e n t o s ; en l a s p r o v i n c i a s
d e l Oeste, s o b r e todo en B r e t a ñ a , l o s h a y keei^tenares-; en
I n g l a t e r r a se l e s e n c u e n t r a e n la cima-¿Je c a s i t o d a s las
c o l i n a s ; sólo e n las islas O r e a d a s se c o n o c e n m á s de 2-000.
5. L a h i s t o r i a . — Hállanse también otrosréstos más r e -
cientes* y a u n g r a n n ú m e r o de s e p u l c r o s ; p e r o el estudio de
tales o b j e t o s n o f o r m a p a r t e de l a h i s t o r i a . É s t a n o e m p i e z a
r e a l m e n t e sino c u a n d o e x i s t e n r e l a t o s a u t é n t i c o s , e s decir,es-
c r i t o s p o r l i o m b r e s b i e n e n t e r a d o s . E I m o m e n t o en q u e o c u r r e
así n o es el m i s m o p a r a t o d a s las n a c i o n e s . La h i s t o r i a de
Egipto c o m i e n z a m á s de 3 000 años a n t e s d é J . C . ; las de l o s
griegos sólo 2 200 m á s t a r d e ; A l e m a n i a n o la t i e n e sino d e s d e
el siglo I d e n u e s t r a era, y Rusia ú n i c a m e n t e á p a r t i r d e l X.
 I. L O S P U E B L O S DE ORIENTE.
LOS EGIPCIOS.
6 . El p a i s . — E g i p t o n o es m á s que el valle d e l ¡%'ilo,
e s t r e c h a b a n d a d e . t e r r e n o f é r t i l , q u e se p r o l o n g a á lo l a r g o
d e l a s r i b e r a s del río, e n t r e dos c a d e n a s de r o c a s ; 240 le-
g u a s d e n o r t e á s u r , p o r o a p e n a s d e este á o e s t e . Al c e s a r
l a s r o c a s , e m p i e z a el Delta, v a s t a l l a n u r a c o r l a d a p o r los
b r a z o s del r í o y p o r los c a n a l e s . Egipto e n t e r o es, s e g ú n
l a f r a s e d e Herodoto, u n p r e s e n t e d e l N i l o .
T r a j e s egipcios.
Re
Y- Señora. Guerrero. Gentes del p u e b l o .
7 . E l N i l o . - Cada a ñ o , a l llegar el solsticio d e v e r a n o
( s e g u n d a q u i n c e n a de j u n i o ) el Nilo, c u y o c a u d a l h a a u -
m e n t a d o p o r la f u s i ó n d e las n i e v e s en A b i s i n i a , se sale
d e m a d r e , é i n u n d a l a s t i e r r a s a b r a s a d a s q u e lo l i m i t a n
e l e v á n d o s e h a s t a 8 m e t r o s y , en o c a s i o n e s 10. Todo el p a í s
se c o n v i e r t e en u n lago en q u e s o b r e s a l e n á m a n e r a d e
i s l o t e s los p u e b l o s e d i f i c a d o s s o b r e las a l t u r a s . E h s e p -
t i e m b r e b a j a n ya las a g u a s , y e n d i c i e m b r e h a n v u e l t o á
su c a u c e . P e r o el río h a d e p o s i t a d o s o b r e el t e r r e n o u n a
c a p a de l i m o fértil que h a c e veces de e s t i é r c o l ; l a s i e m b r a
se e f e c t ú a e n l o s c a m p o s a u n m o j a d o s , casi sin t r a b a j a r l o s .
De m a n e r a q u e lo que d a á Egipto su a g u a y su t i e r r a e s
el r í o ; si é s t e c a m b i a s e d e c u r s o , t o d a a q u e l l a región se
c o n v e r t i r í a e n u n d e s i e r t o d e a r e n a estéril, a n á l o g o á las
i n m e d i a t a s , d o n d e n u n c a llueve. E s t e país es, p u e s , u n
v e r d a d e r o o a s i s , e n m e d i o d e l d e s i e r t o de África.
8 . I m p e r i o d e E g i p t o . — Los e g i p c i o s se t e n í a n p o r
el p u e b l o m á s a n t i g u o del m u n d o . Al o c u r r i r la c o n q u i s t a
p e r s a (520 a n t e s d e Jesucristo), h a b í a n c o n t a d o 2 6 d i n a s -
t í a s de r e y e s . La p r i m e r a se e l e v a b a á 4 000 arios, y d u -
r a n t e ese i n m e n s o p e r í o d o d e 40 siglos, Egipto h a b í a for-
m a d o u n i m p e r i o . La c a p i t a l f u é p r i m e r o Menfis, en el
Egipto I n f e r i o r , h a s t a l a X a d i n a s t í a (este es el t i e m p o del
antiguo Imperio) d e s p u é s en Tebas, c i u d a d del E g i p t o Supe-
r i o r (esta e s la é p o c a del nuevo Imperio).
El rey d e Egipto, que r e c i b í a el n o m b r e de F a r a ó n , e r a
c o n s i d e r a d o como h i j o del dios Sol y c o m o su i m a g e n
s o b r e la t i e r r a ; se c r e í a q u e él e r a t a m b i é n u n d i o s .
9 . L a r e l i g i ó n d e l o s e g i p c i o s . — Herodoto decía :
« los egipcios son ios m á s religiosos d e todos los h o m -
b r e s . » No se p o n o c e n i n g ú n p u e b l o t a n d e v o t o ; casi todas
s u s p i n t u r a s r e p r e s e n t a n á u n h o m b r e en oración d e l a n t e
d e u n dios, y casi t o d o s s u s m a n u s c r i t o s son libros piadosos.
La p r i n c i p a l d i v i n i d a d es u n d i o s s o l , c r e a d o r , b i e n h e -
c h o r , « q u e todo l o sabe, que existe d e s d e el p r i n c i p i o . »
Ese dios t i e n e u n a e s p o s a y u n h i j o , divinos t a m b i é n .
1 0 . Los egipcios r e p r e s e n t a b a n á m e n u d o s u s dioses con
figura h u m a n a , p e r o ca*i s i e m p r e b a j o e l a s p e c t o d e u n a n i -
m a l . Cada dios t i e n e e l suyo : F t a h se e n c a r n a e n el e s c a -
r a b a j o ; lloro en el g a v i l á n ; Osiris en el b u e y . Con f r e c u e n c i a
o c u r r e que las dos figuras se r e s u m e n e n u n h o m b r e con ca-
beza de a n i m a l ó en u n a n i m a l con cabeza d e h o m b r e . Todo
dios p u e d e s e r figurado de c u a t r o m o d o s d i s t i n t o s : p o r
e j e m p l o , Horo s e r á u n h o m b r e , ó u n gavilán ó u n gavilán
con cabeza de h o m b r e , ó u n h o m b r e con cabeza d e gavilán.
1 1 . A n i m a l e s s a g r a d o s . — ¿ Q u é h a b í a n q u e r i d o signi-
ficar los egipcios c o n este s í m b o l o ? No se sabe. Ellos
mismos habían acabado por considerar sagrados los ani-
m a l e s que les s e r v í a n p a r a r e p r e s e n t a r dioses : el b u e y ,
e l e s c a r a b a j o , el ibis, el g a v i l á n , el gato y el cocodrilo, p o r
lo cual los a l i m e n t a b a n y los p r o t e g í a n .
Un siglo antes de Jesucristo ocurrió que un romano mató uu
gato en Alejandría; al saberlo, el pueblo se amotinó, se apo-
deró del culpable, y le dió muerte, no obstante las súplicas del
rey y el terror que inspiraba Roma. En cada templo había un
animal que era adorado. El viajero Estrabón cuenta asi su vi-
sita al cocodrilo sagrado de Tebas: « El animal estaba, dice,
recostado á orillas de un estanque, cuando se acercaron a ellos
sacerdotes; dos de ellos le abrieron las fauces, y el otro intro-
dujo allí algunos pasteles, peseado asado y una bebida hecha
con miel. »
1 2 . De todos estos a n i m a l e s d i o s e s , el m á s v e n e r a d o e r a
el b u e y A p i s , q u e r e p r e s e n t a b a a l m i s m o t i e m p o á Osiris
y á F t a h . Apis vivía en Menñs, en u n a c a p i l l a s e r v i d a p o r
Osiris. . Isis. Horo. Ammón-ra.
s a c e r d o t e s . A l - m o r i r se c o n v e r t í a e n u n Osiris ( O s a r - h a p i ) ;
e n t o n c e s lo e m b a l s a m a b a n y su m o m i a e r a d e p o s i t a d a en
u n a t u m b a . Las s e p u l t u r a s d e l o s « Osar-hapi » f o r m a b a n
u n m o n u m e n t o g i g a n t e s c o , el Serdpeo (Serapewn) s a c a d o á
luz en i So l p o r las e x c a v a c i o n e s de Mariette.
Í 3 . E l c u l t o d e l o s m u e r t o s . — Los egipcios a d o r a b a n
t a m b i é n el a l m a d e l o s m u e r t o s . P r i m e r a m e n pare-
c i e r o n c r e e r q u e todo h o m b r e t i e n e u n « s e g u n d o » (Ka),
y q u e u n a vez m u e r t o a q u é l , este s e g u n d o sigue v i v i e n d o .
Esto es lo m i s m o q u e a ú n c r e e n varios p u e b l o s s a l v a j e s .
E n t i e m p o s del a n t i g u o i m p e r i o , la t u m b a egipcia se l l a -
m a b a « la casa del segundo ». E r a u n a h a b i t a c i ó n b a j a a r r e -
glada c o m o u n c u a r t o o r d i n a r i o , en el cual s e p o n í a n , p a r j
uso d e l « h o m b r e s e g u n d o » sillas, m e s a s , canias, c o f r e s ,
r o p a b l a n c a , telas, t r a j e s , u t e n s i l i o s de t o c a d o r , a r m a s y
h a s t a en o c a s i o n e s un c a r r o d e g u e r r a p a r a su r e c r e o ,
e s t a t u a s , p i n t u r a s y l i b r o s ; y p a r a su a l i m e n t o , trigo y
p r o v i s i o n e s de b o c a . D e s p u é s d e esto se colocaba allí u n a
copia del m u e r t o , es d e c i r , u n a e s t a t u a de m a d e r a ó de
p i e d r a h e c h a á s e m e j a n z a suya. -Se a c a b a b a p o r t a p i a r la
e n t r a d a de l a t u m b a ; allí vive e n c e r r a d o el segundo ; p e r o
los v i v o s - c o n t i n ú a n á c u i d a r de-él.
1 4 . Más adelante, á partir de la XI a dinastía, creyeron los
egipcios que el alma se escapaba del cadáver é iba á encontrar
La pesada de las almas. — Viñeta del Libro de los Muertos.
á Osiris en la tierra donde el sol parece hundirse cada día.
Allí el dios juzga á los mortales al frente de su tribunal, que
se compone de cuarenta y dos jueces : el alma se presenta á
dar cuenta de su vida pasada. Sus actos se pesan en la ba-
lanza de verdad, su « corazón » es llamado á declarar. » ¡ Oh co-
razón, exclama el muerto, corazón que procedes de mi madre,
corazón mío cuando me haUaba eu la tierra, no t e presentes á
declarar en contra mía ante el gran dios. » El a l m a perversa
es sometida durante siglos á continuos tormentos y luego ani-
quilada. El alma buena se lanza á través del espacio, y después
de multitud de pruebas se junta con los dioses y se confunde
con ellos.
15. M o m i a s . — P u e d e o c u r r i r q u e d u r a n t e e s t a pere-
g r i n a c i ó n q u i e r a e l a l m a volver a l c u e r p o p a r a descansar
 en el. Era, p o r tanto, i n d i s p e n s a b l e q u e éste p e r m a n e c i e s e
i n t a c t o ; así f u é q u e los egipcios a p r e n d i e r o n á e m b a l s a -
m a r l o . Al efecto se l l e n a b a el c a d á v e r d e s u s t a n c i a s i m -
putrescibles, se le r e m o j a b a b i e n e n u n baño d e s a l i t r e ,
y se le r o d e a b a de b a n d a s d e tela, con lo cual q u e d a b a
t r a n s l o r m a d o en m o m i a . E s t a e r a e n c e r r a d a en u n a t a ú d
cié m a d e r a ó d e yeso, y d e p o s i t a d a en u n a t u m b a c o n
todos los o b j e t o s n e c e s a r i o s p a r a l a vida.
1 6 . I n d u s t r i a . — Los egipcios f u e r o n los p r i m e r o s en
p r a c t i c a r las a r t e s n e c e s a r i a s á u n p u e b l o civilizado. Se"
lian e n c o n t r a d o p i n t u r a s q u e d a t a n d e las p r i m e r a s d i ñ a s -
e s , 3 OOO a ñ o s a n t e s d e J e s u c r i s t o , en las c u a l e s se
ven h o m b r e s que t r a b a j a n la t i e r r a , q u e s i e m b r a n , siegan,
b a t e n y a v e n t a n el c e r e a l ; t a m b i é n s e d i s t i n g u e n m a n a d a s
de b u e y e s , d e c a r n e r o s , g a n s o s y c e r d o s ; p e r s o n a j e s s u n -
t u o s a m e n t e vestidos, p r o c e s i o n e s y fiestas d o n d e se toca
el a r p a ; poco m á s ó m e n o s , la m i s m a v i d a q u e 3000 años
m a s t a r d e . Los egipcios d e la m e n c i o n a d a época s a b í a n
t r a b a j a r el oro, la p l a t a , el b r o n c e ; h a c e r a r m a s y joyas*
í a b r i c a r el vidrio, la loza y el e s m a l t e ; t e j e r t r a j e s d e lino
J de l a n a , y t e l a s t r a n s p a r e n t e s ó b o r d a d a s d e oro.
17. A r q u i t e c t u r a . - Los egipcios h a n sido l o s m á s
a n t i g u o s a r t i s t a s del m u n d o . E d i f i c a r o n m o n u m e n t o s
g i g a n t e s c o s q u e p a r e c e n e t e r n o s , p u e s h a s t a J i o y no h a
p o d i d o d e s t r u i r l o s el t i e m p o . Sus c o n s t r u c c i o n e s n o t e n í a n
p o r objeto á los vivos, c o m o las n u e s t r a s ; a l c o n t r a r i o , l a s
c o n s a g r a b a n á los dioses y á los m u e r t o s : e r a n t e m p l o s
y tumbas.
1 8 . L a p i r á m i d e m a y o r d e las c e r c a n í a s d e Meníis,
q u e t i e n e 144 m e t r o s d e a l t u r a es u n a t u m b a r e a l , d o n d e
e s t a b a e n t e r r a d o u n s o b e r a n o de la 3 a . d i n a s t í a .
Sus t e m p l o s se c o m p o n e n de u n s a n t u a r i o r o d e a d o de
p a t i o s , j a r d i n e s y c u a r t o s d o n d e se a l o j a n los s a c e r d o t e s
s u s s e r v i d o r e s , y de v e s t u a r i o s en q u e se d e p o s i t a n sus
a l h a j a s , s u s u t e n s i l i o s y s u s vestidos.
E n g e n e r a l , se alza d e l a n t e del t e m p l o u n a gran p u e r t a
d e p l a n o s inclinados, el pilono. Á c a d a lado hay, f o r m a n d o
simétrico j u e g o , dos obe-
liscos, a g u j a s d e p i e d r a d e
p u n t a d o r a d a , ó bien dos
colosos d e p i e d r a , que re-
p r e s e n t a n u n gigante sen-
tado. Á m e n u d o se p e n e -
t r a e n el t e m p l o p o r u n a
l a r g a a v e n i d a de esfinges
d e p i e d r a , colocadas en
dos hileras.
19. E s c u l t u r a . — L o s
e s c u l t o r e s egipcios h a b í a n
e m p e z a d o p o r i m i t a r la
n a t u r a l e z a . Las e s t a t u a s
m á s a n t i g u a s son a s o m -
b r o s a s de vida y de natu-
ralidad y r e p r e s e n t a b a n
p r o b a b l e m e n t e la imagen
d e a l g ú n d i f u n t o . Á esta categoría p e r t e n e c e el f a m o s o
e s c r i b a s e n t a d o del Museo del Louvre. Pero á p a r t i r de
la XI a d i n a s t í a , el escultor p i e r d e la libertad d e r e p r e s e n -
t a r el c u e r p o h u m a n o según su idea, y debe c o n f o r m a r s e
á u n a r e g l a fija, dictada, p o r la r e l i g i ó n . De ahí r e s u l t a q u e
e n a d e l a n t e todas las e s t a t u a s se p a r e c e n , con s u s p i e r n a s
p a r a l e l a s , s u s pies u n i d o s , los brazos c r u z a d o s sobre el pe-
cho y el r o s t r o inmóvil : á m e n u d o son m a j e s t u o s a s ; p e r o
s i e m p r e e s t á n llenas de t i r a n t e z y m o n o t o n í a . El a r t e d e j a
( d e r e p r o d u c i r la n a t u r a l e z a y se convierte en u n s í m b o l o
convencional.

ASIRIOS Y BABILONIOS.
2 0 . L a C a l d e a . — De las altas m o n t a ñ a s n e v a d a s de la
A r m e n i a b a j a n dos ríos p r o f u n d o s y r á p i d o s , el Tigris a l
este y el E u f r a t e s a l Oeste, que l u e g o s e r e ú n e n a n t e s d e
d e s e m b o c a r en el m a r . El espacio de l e r r o n o c o m p r e n d i d o
e n t r e ellos es la C a l d e a , l l a n u r a i n m e n s a , f o r m a d a d e
t e r r e n o arcilloso.; allí llueve m u y p o c a s veces y e l c a l o r e á ?
- s o f o c a n t e . Pero los r í o s p r o p o r c i o n a n el a g u a , y ese te-
r r e n o , f e c u n d a d o p o r m e d i o d e canales,"se c o n v i e r t e d e este
m o d o en el m á s f é r t i l del m u n d o . E n l o s a ñ o s b u e n o s , el
trigo p r o d u c e 200 y la cebada 300 g r a n o s p o r l .
2 1 . Los sacerdotes caldeos decían q u e s u s r e y e s r e i -
n a b a n desde bacía loOOOO años. Esto e r a u n a f á b u l a , p e r o
sin e m b a r g o t e n í a n razón al c o n s i d e r a r c o m o m u y a n t i g u o
el i m p e r i o caldeo. El suelo d e dicho país e s t á s e m b r a d o
todo de m o n t í c u l o s , cada u n o de los c u a l e s es u n a r e u n i ó n
d e e s c o m b r o s , resto de u n a ciudad d e s t r u i d a . E n m u c h a s
de ellas se h a n hecho excavaciones, y así se h a n p u e s t o
al descubierto
grandes pobla-
ciones. Es q u e
en esta región
existió u n i m -
perio poderoso,
el i m p e r i o c a l -
deo, que,según
se c r e e , f u é des-
truí d o unos
treinta siglos.
antes de n u e s -
tra era.
22. Los asi-
£1 rey Sargón y su ministro. r i o s . — El país
q u e sigue á l a
Caldea, t a m b i é n sobre el Tigris, es l a A s i r i a . Este es t a m -
bién fértil : pero ya u n t a n t o q u e b r a d o , y c u b i e r t o d e r o c a s
y colinas. Como está cerca d e las m o n t a ñ a s , r e c i b e la n i e v e
en invierno, y en v e r a n o e s t á expuesto á v i o l e n t a s t e m p e s -
tades.
2 3 . L o s a s i r i o s , q u e h a b i t a b a n ese p a í s , e r a n u n a raza
de cazadores y d e g u e r r e r o s . Sus b a j o s r e l i e v e s l o s p r e -
s e n t a n o r d i n a r i a m e n t e a r m a d o s con su arco y su lanza, á
m e n u d o á c a b a l l o . E r a n b u e n o s j i n e t e s , ágiles, valerosos,
d i e s t r o s en l a s e s c a r a m u z a s c o m o en l a s b a t a l l a s ; p ó r !.•-•
d e m á s , t a m b i é n e r a n orgullosos, falsos y s a n g u i n a r i o s . P o r
el siglo XIV a n t e s de n u e s t r a e r a f u n d a r o n u n i m p e r i o cuya
c a p i t a l f u é :i"in¡Te, y d u r a n t e seiscientos a ñ o s r e c o r r i e r o n
el Asia, s a l i e n d o d e s u s m o n t a ñ a s p a r a a r r o j a r s é sobre sus
vecinos, r e d u c i e n d o á l a esclavitud p u e b l o s e n t e r o s . P a r e c e
q u e h a c í a n la g u e r r a p o r el p l a c e r d e la m a t a n z a , del
r o b o y del s a q u e o ; n i n g ú n p u e b l o los h a i g u a l a d o j e
ferocidad.
2 4 . El rey e r a d u e ñ o a b s o l u t o de todos s u s v a s a l l o s ;
r e u n í a l o s a r m a d o s y se l a n z a b a á su f r e n t e s o b r e los pue-
blos del Asia. C u a n d o r e g r e s a b a h a c í a r e p r e s e n t a r sus
h a z a ñ a s en l a s p a r e d e s de su palacio con u n a l a r g a i n s c r i p -
ción en q u e se n a r r a b a n s u s victorias.
« He edificado, dice Asurnazir-hapal en 882, una muralla de-
lante de las grandes puertas de la ciudad; he hecho despellejar
á los jefes de la rebelión y he cubierto con su piel esa pared.
Algunos fueron encerrados vivos dentro de la manipostería,'
otros crucificados ó empalados á lo largo de la p a r e d ; mandé
arrancarles el cuero á muchos de ellos en mi presencia, y ta-
pizar con esos pellejos las piedras. Después hice reunir sus
cabezas en forma d e coronas, y sus cadáveres atravesados por
las lanzas en forma de guirnaldas, »
En el siglo VII, Senaquerib exclama : « He pasado como un
huracán devastador. Sobre la tierra húmeda nadaban en la
sangre de los enemigos, como en un río, los harneses y las
armas. Amontoné los cadáveres de sus soldados como trofeos,
y les corté las extremidades. .Mutilé como si fueran pedazos d.:
paja los que había cogido vivos y les corté las manos. » — En
un bajo relieve que representa la ciudad de Susa rindiéndose á
Asurbanipal. se ve á los jefes de los vencidos torturados por
los asirios ; unos tienen las orejas cortadas, otros arrancados
los ojos o l a b a r b a ; también hay uno despellejado vivo.
2 5 . Este r é g i m e n p r i n c i p i a en el siglo-XIII con l a t o m a
d e B a b i l o n i a p o r los a ñ o s 1270 a n t e s de -J. C.). Á p a r t i r
del siglo IX l o s asirios realizan expediciones continuas,
s o m e t e n ó a s o l a n la Babilonia, la Siria, la P a l e s t i n a y
hasta Egipto.
 E n 62o, su c a p i t a l \ í i i í t c , « la g u a r i d a d e los l e o n e s , la 3 1 . A r q u i t e c t u r a . — El l a d r i l l o sin cocer con q u e lóS
ciudad s a n g u i n a r i a , la c i u d a d c o m p l e t a m e n t e l l e n a d e a s i r i o s f a b r i c a b a n s u s c i u d a d e s , n o es á p r o p ó s i t o p a r a la
pillaje » c o m o la d e n o m i n a n los p r o f e t a s j u d í o s , es t o m a d a c o n s t r u c c i ó n de a n c h a s n i de a l t a s b ó v e d a s ; e r a , p u e s ,
y d e s t r u i d a p a r a s i e m p r e p o r los m e d a s . p r e c i s o , edificar salas e s t r e c h a s y b a j a s j en c o m p e n s a -
2 6 . L o s b a b i l o n i o s . — En l u g a r del i m p e r i o a s i r i o d e s - ción, se l a s h a c í a t a m b i é n m u y largas. De m a n e r a q u e u n
. truido, se f o r m ó u n o nuevo en la a n t i g u a Caldea. L l a m ó s e l e palacio asirio p a r e c í a u n a serie de g a l e r í a s . Los t e c h o s
imperio babilónico. e r a n t e r r a d o s p l a n o s l l e n o s d e a l m e n a s . En la p u e r t a se
X a b u c o d o i i o s o r , el m á s p o d e r o s o de s u s r e y e s (604-561), alzaban e n o r m e s t o r o s a l a d o s d e r o s t r o h u m a n o .
hizo c o n s t r u i r en B a b i l o n i a . s u c a p i t a l , m u l t i t u d de t e m p l o s 3 2 . Los e s c u l t o r e s t a l l a b a n en g r a n d e s p l a c a s d e alabas-
y d e palacios. Estos m o n u m e n t o s e r a n d e l a d r i l l o s i n tro b a j o s r e l i e -
c o c e r , p u e s l a l l a n u r a del E u f r a t e s n o t i e n e p i e d r a s . ves que pare-
2 7 . R e l i g i ó n . — La religión de los caldeos y .de los cían cuadros,
a s i r i o s e r a la m i s m a , p u e s estos ú l t i m o s a d o p t a r o n la de representando
los p r i m e r o s . E s m u y o s c u r a p a r a n o s o t r o s p o r q u e se á veces escenas
f o r m ó , c o m o la del p u e b l o caldeo, d e u n a m e z c l a d e r e l i - m u y complica-
g i o n e s m u y d i v e r s a s , r e u n i d a s de m a n e r a c o n f u s a . das , batallas,
c a c e r í a s , sitios
2 8 . Los asirios se imaginaban que el mundo está lleno de de ciudades,
demonios (la peste, la calentura, los fantasmas, los vampiros), c e r e m o n i a s en
que se ocupan en andar alrededor de los hombres p a r a hacer- q u e e l rey a p a -
les daño ; para rechazarlos y obligarlos á huir llamaban en su
r e c í a con t o d o
auxilio á los h e c h i c e r o s , que al efecto se servían de expre-
siones mágicas. su a p a r a t o . Los
detalles están
Estas prácticas son el origen de la h e c l i i c e r i a .
Adoraban el S o l , ó la L o n a , y los c i n c o p l a n e t a s , pues maravillosa-
en el aire transparente de la. Caldea brillan los astros con res- mente dibuja-
plandores desconocidos en los climas septentrionales, deslum- d o s ; v e n s e hi-
Toro atado de Khorsabad.
bradores como divinidades. Á ellos era á los que elevaban los leras de c r i a d o s
caldeos templos, verdaderos observatorios desde donde el q u e llevan l a c o m i d a del rey, l a s t r o p a s d e o b r e r o s q u e
hombre que los adoraba podía seguir todos sus movimientos. c o n s t r u y e n su palacio, los j a r d i n e s , los c a m p o s , los estan-
2 9 . Los sacerdotes pensaban que estos astros eran dioses q u e s , los p e c e s en el a g u a , l a s aves p o s a d a s en su nido, ó
potentes, que ejercían , acción sobre la vida de los hombres. volando de u n á r b o l á o t r o .
Cada uno de éstos viene al mundo bajo la influencia de un pla-
neta, y. este momento decide de su destino : si se sabe qué Á m e n u d o h a y a n i m a l e s , s o b r e todo en los b a j o s r e l i e -
astro presidió su nacimiento, se puede vaticinar su porvenir, ves de c a c e r í a s ; casi s i e m p r e e s t á n h e c h o s con a d m i r a b l e
lié aquí el origen del h o r ó s c o p o . — Lo que ocurre en el cielo verdad.
es signo de lo que pasará en la tierra : por ejemplo, un cometa
anuncia una revolución. Los sacerdotes caldeos creían.que ob- IiOS P E K S A S .
servando el cielo podían anunciar el porvenir. Asi nació la
astrología. 3 3 . L a P e r s i a . — E n t r e el Tigris y el Indo, e n t r e el
m a r Caspio y el golfo P é r s i c o , se eleva la r e g i ó n del Irán,
3 0 . La a s t r o l o g í a y la h e c h i c e r í a s a l i e r o n d e Caldea cinco veces t a n g r a n d e como F r a n c i a , p e r o e s t é r i l en
p a r a e x t e n d e r s e p o r el I m p e r i o r o m a n o y m á s t a r d e p o r p a r t e . B o d é a n l a e l e v a d a s m o n t a ñ a s , y como los r í o s no
toda Europa. t i e n e n salida, v a n á p e r d e r s e en l o s a r e n a l e s ó e n los lagos
salados. El c l i m a es áspero,, m u y d e s i g u a l , a r d o r o s o en
v e r a n o , e n i n v i e r n o g l a c i a l : e n ciertos p u n t o s se p a s a d e
40 g r a d o s sobre c e r o á 40 p o r b a j o d e - é s t e , del f r i ó de
S i b e r i a a l c a l o r del Senegal. Allí s o p l a n v i e n t o s i m p e -
tuosos, « c o r t a n t e s c o m o e s p a d a s »; p e r o en l o s v a l l e s , á
lo largo, de los ríos, el s u e l o es f é r t i l . Este es el país d e
d o n d e p r o c e d e n los d u r a z n o s y l a s cerezas, t i e r r a d e f r u t a s
y de p a s t o r e o .
3 4 . R e l i g i ó n d e l o s p e r s a s . — La religión d e los "per-
sas filé r e f o r m a d a e n t r e los siglos X y VII a n t e s d e n u e s -
t r a era, p o r u n sabio l l a m a d o Z a r a t u s t r a , q u e n o s o t r o s
d e n o m i n a m o s Z o r o a s t r o . Lo único q u e de él s e sabe con
certeza e s s u n o m b r e .
Hé aquí los rasgos principales de esta religión- Ahura Mazda
(nosotros decimos O r m u z ) « el soberano que sabe todo, lumi-
noso, resplandeciente, m u y grande y muy bueno, muy perfecto
y muy enérgico, m u y inteligente y hermoso » ha creado el
mundo. Como él es la bondad misma, no ha podido crear más
que lo que es bueno. Cuanto de malo existe en el mundo, ha
sido hecho por un mal dios, Angra Manyou, « el espíritu de
angustia » 'nosotros decimos A r i m á n ) .
3 5 . Erente á Oroiuz, bueno y creador, se alza Arimán, per-
verso y destructor. Cada uno de eHos tiene á su servicio una
legión de espíritus. Los soldados del primero son los á n g e l e s
buenos, los de Arimán los d e m o n i o s perversos. Los ángeles
viven hacia la parte del este, en la luz de levante, los demo-
nios al oeste, en las tinieblas del crepúsculo. Los dos ejércitos
se hacen incesante guerra, y su campo de batalla es el mundo,
pues ambos están presentes en todas partes. Ormuz y sus á n -
geles procuran conservar á los hombres haciéndolos buenos y
dichosos,* Arimán y sus demonios andan alrededor de ellos para
destruirlos, y hacerlos infelices y malvados.
3 6 . Cuanto existe de b u e n sobre la tierna es o b r a d e
O r m n z y sirve para el bien: el sol y el fuego que ahuyentan
la noche, las estrellas, las bebidas fermentadas que parecen u n
fuego líquido, el agua que apaga la sed del hombre, los campos
cultivados que lo alimentan, los árboles que le dan sombra, los
animales domésticos, y principalmente el perro, las aves, porque
viven en la luz y, entre todos, el gallo, porque con su canto
anuucia el día. — Al contrario, cuanto existe de n o c i v o p r o -
c e d e de A r i m á n y sirve para el m a l : la noche, la sequía, el
frío, el desierto, las plantas venenosas, las espinas, los animales
feroces, las serpientes, los parásitos (mosquitos, pulgas, chin-
ches) y los brutos que viven en madrigueras oscuras, como los
lagartos, los escorpiones, los sapos, las ratas y las hormigas
Análogamente, en el mundo moral, la vida, la pureza la
verdad, el trabajo, son buenos, y tienen su origen en Ormuz; la
muerte, la suciedad, la mentira, la pereza, son malos y se
' l e 37 D D e í s t a creencia se derivan el culto y la moral. El h o m b r e
debe a d o r a r a l d i o s b u e n o y combatir por él.
El hombre trabaja en favor de Ormuz, favoreciendo su obra,
y combatiendo la de Arimán. Lucha-con las tinieblas mante-
niendo el fuego con madera seca y perfumes; con el desierto
cultivándola tierra y edificando casas; contra los animales de
Arimán matando las serpientes, los lagartos, los parásitos y tos-
animales feroces. - Batalla contra la impureza conservándose
limpio, apartando de JSÍ cuanto está muerto, sobre todo a s
uñas v el pelo, pues « allí donde hay cabellos y uñas cortadas
se reúnen los demonios y los animales impuros. » Combate la
mentira, siendo siempre verídico.
3 8 \=í que u n hombre muere, su cadáver pertenece al espí-
ritu del mal. Es, pues, preciso, sacarlo dé la casa. Pero no se
debe, ni quemarlo, porque esto impurificaría el fuego, ni ente-
rrarlo, ni echarlo al agua, porque pasaría otro tanto con el agua
y con la tierra. Se coloca el cuerpo en un l u g a r e l e v a d o y
descubierto, con el rostro vuelto hacia ei Sol, y bien mantenido
por medio de piedras; después, se aleja el vivo para escapar a
los demonios « pues éstos se reúnen en los lugares de sepultura,
allí donde residen la enfermedad, la fiebre, la suciedad, los
escalofríos y los cabellos viejos. »
El alma del difunto se separa del cuerpo. En la tercera noche
que sigue á la muerte, se la lleva al puente de la reunión
(Schravaf; que conduce al paraíso, por encima del abismo del
infierno. Allí la "interroga Ormuz sobre su vida pasada. Si ha
realizado el bien, las almas puras y las délos perros la apoyan,
la sostienen, le avudan á pasar el puente y la hacen penetrar
en la m o r a d a d e l o s b i e n a v e n t u r a d o s ; los demonios
huven, pues no les es posible soportar el olor de las almas vir-
tuosas. Por el contrario, el espíritu del malvado llega al puente,
enfermo v vacilante, y como nadie los sostiene, los demonios lo
arrojan al a b i s m o . Arimán se apodera de él, y lo encadena
en el fondo de las tinieblas.
3 9 . El I m p e r i o p e r s a . — D u r a n t e m u c h o t i e m p o , los
p e r s a s f u e r o n u n p u e b l o sin i m p o r t a n c i a ; pero p o r los a ñ o s
de 360, su j e f e , C i r o , d e s t r o n ó a l rey d e los m e d a s , r e u n i ó
b a j o su cetro t o d o s l o s p u e b l o s del I r á n , y d e s p u é s c o n -
quistó la Siria, Babilonia y toda el Asia Menor. Relativa-
 m e n t e ;í este p r i n c i p e se lia f o r m a d o u n a l e y e n d a m u y
c é l e b r e , en la cual n o h a y n a d a d e cierto.
4 0 . Su h i j o Cambises c o n q u i s t ó E g i p t o ; p e r o a l m o r i r ,
ge r e b e l a r o n casi todos los países c o n q u i s t a d o s ; u n s e ñ o r
p e r s a , D a r í o , s o m e t i ó los p u e b l o s s u b l e v a d o s , y r e s t a -
bleció el i m p e r i o p e r s a , c o m p r e n d i e n d o en él t o d o
O r l e n t e , m e d a s y p e r s a s , asirios y c a l d e o s , j u d í o s , feni-
cios, sirios, lidios, egipcios é i n d i o s ; e x t e n d í a s e d e s d e el
Danubio al Oeste h a s t a el Indo al e s t e ; d e s d e el m a r Cas-
pio, p o r el n o r t e , h a s t a l a s c a t a r a t a s del Kilo p o r la p a r t e
s u r . E r a e l Bastado m a y o r q u e el m u n d o h a b í a conocido
h a s t a e n t o n c e s . De m o d o q u e u n a t r i b u de m o n t a ñ e s e s q u e
l l e g a b a la ú l t i m a d e t o d a s , recogía l a h e r e n c i a d e los i m -
p e r i o s de Asia.
4 1 . Según el s i s t e m a d e los s o b e r a n o s asiáticos, Darío
d e j a b a que c a d a u n o d e s u s p u e b l o s se a d m i n i s t r a r a c o m o
m e j o r le pareciese, y q u e c o n s e r v a r a su l e n g u a , su r e l i g i ó n ,
s u s leyes y, en ocasiones, h a s t a s u s a n t i g u o s j e f e s ; p e r o
d e t e r m i n a b a p o r sí los t r i b u t o s q u e s u s vasallos debían
p a g a r l e . Había dividido el i m p e r i o en u n c e n t e n a r d e
g o b i e r n o s , al f r e n t e d e los c u a l e s colocaba u n s á t r a p a
(gobernador) e n c a r g a d o d e c o b r a r los i m p u e s t o s y de
e n v i a r l o s al r e y .
4 2 . La r e n t a total del r e y s u b í a á 8 0 m i l l o n e s d e
f r a n c o s e a p e s o , sin c o n t a r los t r i b u t o s en especie.
T e n i e n d o e n c u e n t a el valor d e los m e t a l e s e n a q u e l •
t i e m p o , esa s u m a e q u i v a l d r í a en n u e s t r o s días á 6 0 0 m i -
l l o n e s , ó s e a n 120 d e p e s o s . E s t e d i n e r o servia al s o b e r a n o
p a r a s o s t e n e r á sus s á t r a p a s , su e j é r c i t o , s u s c r i a d o s y u n a
c o r t e s u n t u o s a ; y a u n le q u e d a b a n c a d a a ñ o e n o r m e s l i n -
gotes d e m e t a l , q u e se i b a n a g l o m e r a n d o en sus a r c a s . El
rey d e P e r s i a h a c í a e s t r i b a r su v a n i d a d , c o m o todos l o s
o r i e n t a l e s , en p o s e e r u n i n m e n s o tesoro..
N i n g ú n s o b e r a n o h a b í a sido t a n p o d e r o s o y rico. Los
g r i e g o s lo l l a m a b a n el g r a n r e y .
EL PUEBLO FENICIO.
4 3 . L a F e n i c i a es l a r e d u c i d a b a n d a de t i e r r a , cuyo
l a r g o a p e n a s llega á 50 l e g u a s , y su a n c h o á 8 ó 10, q u e se
e x t i e n d e d e s d e el m a r d e Siria h a s t a la elevada c o r d i l l e r a
del Líbano.
Á lo largo d e la costa r o c o s a , d e ' d i s t a n c i a e n d i s t a n c i a ,
se ven p r o m o n t o r i o s ó islas q u e f o r m a n p u e r t o s n a t u r a l e s .
Ahí es d o n d e e s t a b l e c i e r o n los fenicios s u s c i u d a d e s ;
Tiro y Arad e s t a b a n a m b a s e d i f i c a d a s s o b r e Tin islote. La
p o b l a c i ó n se a g l o m e r a b a allí en c a s a s d e seis, siete y ocho
pisos. Las dos c a p i t a l e s m á s i m p o r t a n t e s e r a n T i r o y
Sidón.
4 4 . A g r u p a d o s en t a n l i m i t a d o territorio, los f e n i c i o s
tuvieron q u e vivir s o b r e todo del comercio". Ni los d e m á s
p u e b l o s o r i e n t a l e s , egipcios, c a l d e o s , asirios, ni l a s t r i b u s
b á r b a r a s d e Occidente (españoles, galos, italianos) t e n í a n
e n t o n c e s m a r i n a . Los ú n i c o s que en esa época r e m o t a se
a t r e v í a n á n a v e g a r e r a n los fenicios. Así es que se c o n v i r -
t i e r o n en c o m i s i o n i s t a s del m u n d o antiguo, y e n d o á c o m -
p r a r á c a d a país s u s p r o d u c t o s , y v e n d i é n d o l e en c a m b i o
los d e los otros. Este tráfico se e f e c t u a b a p o r t i e r r a con
O r i e n t e y p o r m a r con Occidente.
4 5 . L a m a r i n a f e n i c i a . — P a r a su c o m e r c i o p o r m a r
c o n s t r u y e r o n , con los g r a n d e c e d r o s del Líbano, b a r c a s
d e r e m o s y velas. No n e c e s i t a b a n s e g u i r s i e m p r e las costas
e n s u s expediciones, p u e s sabían g u i a r s e m e d i a n t e la
o b s e r v a c i ó n d e la e s t r e l l a p o l a r , q u e les i n d i c a b a el
n o r t e . A f u e r de m a r i n o s audaces, se l a n z a b a n en s u s
. p e q u e ñ o s b a r c o s h a s t a el fin del M e d i t e r r á n e o , y a u n se
a t r e v í a n a a t r a v e s a r el e s t r e c h o de G i b r a l l a r ó, según la
e x p r e s i ó n a n t i g u a , las columnas de Hércules, y b o g a b a n p o r
el Océano l l e g a n d o á las costas d e I n g l a t e r r a y quizás d e
Noruega. Unos fenicios q u e e s t a b a n a l servicio d e l r e y de
E g i p t o p a r t i e r o n e n el siglo VII p o r el Mediterráneo, con
á n i m o d e d a r la vuelta a l África, y v o l v i e r o n , s e g ú n se
c u e n t a , a l cabo de t r e s a ñ o s p o r el m a r Rojo. Este p u e b l o
c o m p r a b a á l a s g e n t e s civilizadas l o s p r o d u c t o s de su
i n d u s t r i a , y á los b á r b a r o s i b a n á p e d i r l e s lo que no e n c o n -
t r a b a n en O r i e n t e . En l a s costas d e Grecia cogían u n o s
m a r i s c o s d e d o n d e s a c a b a n u n color rojo, la p ú r p u r a ; las
telas de este color s i r v i e r o n e n todas l a s n a c i o n e s a n t i g u a s
p a r a h a c e r los t r a j e s de los r e y e s y de los g r a n d e s s e ñ o r e s .
De E s p a ñ a y d e C e r d e ñ a e x t r a í a n la p l a t a , q u e los habi-
t a n t e s e n c o n t r a b a n en s u s m i n a s . El e s t a ñ o les e r a n e c e -
sario p a r a h a c e r el b r o n c e , aleación d e c o b r e y d e d i c h o
m e t a l ; c o m o e n Oriente n o lo hay, f u e r o n á b u s c a r l o h a s t a II. LOS GRIEGOS.
las costas de I n g l a t e r r a , en l a s islas del estaño.
4 6 . Á m e n u d o r o b a b a n las mujeres, y los m n o s p a r a
v e n d e r l o s c o m o " e s c l a v o s ; y en ocasión p r a c t i c a b a n la Eli P I E B L O GRIEGO.
p i r a t e r í a y d e s p o j a b a n á los e x t r a n j e r o s .
Los fenicios n o q u e r í a n q u e l o s m a r i n o s d e l o s d e m á s 4 8 . L a G r e c i a . — La Grecia es u n p a i s m u y p e q u e ñ o
p u e b l o s l e s h i c i e r a n c o m p e t e n c i a . P o r ello es que, al (57 000 k i l ó m e t r o s cuadrados)* poco m a y o r q u e Suiza ; p e r o
volver d e s ú s l e j a n a s e x p e d i c i o n e s , o c u l t a b a n e l c a n i . n o es m u y a c c i d e n t a d o ; cúbrenlo' p o r t o d a s p a r t e s las m o n -
que h a b i á n seguido. Nadie sabía e n la a n t i g ü e d a d d o n d e t a ñ a s y en la costa s e v e n - i n f i n i t o s g o l f o s .
e s t a b a n las f a m o s a s islas Casitérídas, de d o n d e se extraía el Hasta fes i s l a s , s e m b r a d a s á lo l a r g o d e la c o s t a , n o son
sino m o n t a ñ a s s u m e r g i d a s , c u y a c i m a p a s a algo p o r e n
estaño. . , , _
4 7 E l a l f a b e t o . — Al m i s m o t i e m p o e x p o r t a b a n los
fenicios su a l f a b e t o . Este p u e b l o no i n v e n t ó c i e r t a m e n t e
la e s c r i t u r a , p u e s los egipcios la c o n o c i e r o n m u c h o a n t e s
q u e ellos, y h a s t a se s i r v i e r o n d e l e t r a s q u e e x p r e s a b a n u n
sonido cada u n a , c o m o o c u r r e e n n u e s t r a s l e n g u a s m o d e r -
n a s Pero esa e s c r i t u r a estaba e n t o r p e c i d a p o r m u l t i t u d d e
signos a n t i g u o s q u e r e p r e s e n t a b a n , y a u n a s i l a b a , y a u n a
p a l a b r a e n t e r a . Los fenicios n e c e s i t a r o n u n s i s t e m a m a s
s e n c i l l o , sin d u d a p a r a s u s l i b r o s de c o m e r c i o Asi f u e q u e
no c o n s e r v a r o n m á s q u e 22 l e t r a s , c a d a u n a d e l a s c u a l e s
e x p r e s a u n s o n i d o , ó m e j o r dicho, u n a a r t i c u l a c i o n de a
l e n . u a . Los r e s t a n t e s p u e b l o s h a n i m i t a d o este_ alfabeto,
u n o s , c o m o l o s j u d í o s , e s c r i b i e n d o de d e r e c h a a izqux r d a
s e g ú n " lo h a c í a n l o s f e n i c i o s ; otros, c o m o l o s g n e g s d e .
i z q u i e r d a á d e r e c h a , y todos h a n c a m b i a d o u n t a n t o la
f o r m a de l a s letras ; p e r o l a e s c r i t u r a f e m c i a se e n c u e n t r a
e n e l fondo d e t o d o s l o s alfabetos, e n e l j u d í o , el b a o , el
griego, e l itálico, el e t r u s c o , el i b é r i c o , y tal vez t a m b i é n Isla E s f e r i a , . e n l a í o s t a d e Argotída.

e n al rúnico de N o r u e g a . D e m o d o q u e l o s f e n i c i o s f u e r o n
l o s q u e e n s e ñ a r o n á e s c r i b i r al m u n d o .
c i m a del a g u a . E n ese t e r r e n o t a n q u e b r a d o , casi n o s e
d e s c u b r e t i e r r a vegetal ; e n t o d a s p a r t e s sólo se divisan
las p i e d r a s p e l a d a s . Los T Í O S , p a r e c i d o s á t o r r e n t e s , n o
d e j a n e n t r e su cauce m e d i o seco y la estéril r o c a de l a s
m o n t a ñ a s , m á s que u n a b a n d a e x t r e c h a de t i e r r a p r o d u c -
tiva. En este h e r m o s o país se e n c o n t r a b a n a l g u n a s m a d e -
ras, c i p r e s e s , l a u r e l e s , p a l m e r a s , y a c á y a c u l l á , sobre l a s
p e d r e g o s a s c o l i n a s a l g u n a s vides poco a b u n d a n t e s ; p e r o
n u n c a g r a n d e s c o s e c h a s , ni p a s t o s a b u n d a n t e s . Un p a í s
c o m o éste p r o d u c e m o n t a ñ e s e s esbeltos, activos y sobrios.
sario p a r a h a c e r el b r o n c e , aleación d e c o b r e y d e d i c h o
m e t a l ; c o m o e n Oriente n o lo hay, f u e r o n á b u s c a r l o h a s t a II. LOS GRIEGOS.
las costas de I n g l a t e r r a , en l a s islas del estaño.
4 6 . Á m e n u d o r o b a b a n las mujeres, y los n i ñ o s p a r a
v e n d e r l o s c o m o " e s c l a v o s ; y en ocasión p r a c t i c a b a n la Eli P I E B L O GRIEGO.
p i r a t e r í a y d e s p o j a b a n á los e x t r a n j e r o s .
Los fenicios n o q u e r í a n q u e l o s m a r i n o s d e l o s d e m á s 4 8 . L a G r e c i a . — La Grecia es u n p a í s m u y p e q u e ñ o
p u e b l o s l e s h i c i e r a n c o m p e t e n c i a . POT ello es que, al (57 000 k i l ó m e t r o s cuadrados)* poco m a y o r q u e Suiza ; p e r o
volver d e s ú s l e j a n a s e x p e d i c i o n e s , o c u l t a b a n e l c a m . n o es m u y a c c i d e n t a d o ; cúbrenlo' p o r t o d a s p a r t e s las m o n -
que h a b i á n seguido. Nadie sabía e n la a n t i g ü e d a d d o n d e t a ñ a s y en la costa s e v e n - i n f i n i t o s g o l f o s .
e s t a b a n las f a m o s a s islas Gasüéridas, de d o n d e se e x t r a í a el H a s t a l a s i s l a s , s e m b r a d a s a l o l a r g o d e la c o s t a , n o son
sino m o n t a ñ a s s u m e r g i d a s , c u y a c i m a p a s a algo p o r e n
estaño. . , , _
4 7 E l a l f a b e t o . — Al m i s m o t i e m p o e x p o r t a b a n los
f e n i c i o s su a l f a b e t o . Este p u e b l o no i n v e n t ó c i e r t a m e n t e
la e s c r i t u r a , p u e s los egipcios la c o n o c i e r o n m u c h o a n t e s
q u e ellos, y h a s t a se s i r v i e r o n d e l e t r a s q u e e x p r e s a b a n u n
sonido c a d a u n a , c o m o o c u r r e e n n u e s t r a s l e n g u a s m o d e r -
n a s Pero esa e s c r i t u r a estaba e n t o r p e c i d a p o r m u l t i t u d d e
signos a n t i g u o s q u e r e p r e s e n t a b a n , y a u n a s i l a b a , y a u n a
p a l a b r a e n t e r a . Los fenicios n e c e s i t a r o n u n s i s t e m a m a s
s e n c i l l o , sin d u d a p a r a s u s l i b r o s de c o m e r c i o Asi f u e q u e
no c o n s e r v a r o n m á s q u e 22 l e t r a s , c a d a u n a d e l a s c u a l e s
e x p r e s a u n s o n i d o , ó m e j o r dicho, u n a a r t i c u l a c i ó n de la
l e n . u a . Los r e s t a n t e s p u e b l o s h a n i m i t a d o este_ alfabeto,
u n o s , c o m o l o s j u d í o s , e s c r i b i e n d o de d e r e c h a a izqui r d a
s e g ú n " lo h a c í a n l o s f e n i c i o s ; otros, c o m o l o s g n e g d e
i z q u i e r d a á d e r e c h a , y todos h a n c a m b i a d o u n t a n t o la
f o r m a de l a s letras ; p e r o l a e s c r i t u r a f e m c i a se e n c u e r a
e n el fondo d e t o d o s l o s alfabetos, e n e l j u d í o , el k u o el
griego e l itálico, el e t r u s c o , e l i b é r i c o , y tal vez t a m b i é n Isla E s f e r i a , . e n l a í o s t a d e Argotída.

e n al rúnico de N o r u e g a . De m o d o q u e l o s f e n i c i o s f u e r o n
l o s q u e e n s e ñ a r o n á e s c r i b i r al m u n d o .
c i m a del a g u a . E n ese t e r r e n o t a n q u e b r a d o , casi n o s e
d e s c u b r e t i e r r a vegetal ; e n t o d a s p a r t e s sólo se divisan
las p i e d r a s p e l a d a s . Los T Í O S , p a r e c i d o s á t o r r e n t e s , n o
d e j a n e n t r e su cauce m e d i o seco y l a estéril r o c a de l a s
m o n t a ñ a s , m á s que u n a b a n d a e x t r e c h a de t i e r r a p r o d u c -
tiva. En este h e r m o s o país se e n c o n t r a b a n a l g u n a s m a d e -
ras, c i p r e s e s , l a u r e l e s , p a l m e r a s , y a c á y a c u l l á , sobre l a s
p e d r e g o s a s c o l i n a s a l g u n a s vides poco a b u n d a n t e s ; p e r o
n u n c a g r a n d e s c o s e c h a s , ni p a s t o s a b u n d a n t e s . Un p a í s
c o m o éste p r o d u c e m o n t a ñ e s e s esbeltos, activos y sobrios.
 4 9 . El m a r . — La Grecia es u n p a i s d e c o s t a s . T i e n e
t a n t a s como España á p e s a r d e s e r m á s p e q u e ñ a que Por-
tugal. El m a r penetra en la t i e r r a p o r g r a n n ú m e r o d e
golfos, de h u e c o s y a b e r t u r a s , y en g e n e r a l e s t á r o d e a d o
de rocas que avanzan e n l a s aguas, ó d e islas q u e se a c e r -
c a n unas á otras f o r m a n d o u n p u e r t o n a t u r a l . Este m a r
p a r e c e un lago ; en g e n e r a l se p r e s e n t a t r a n q u i l o y bri-
llante y es, como dice H o m e r o , « de color de violetas ».
Aguas tan bellas invitan á los q u e m o r a n en sus orillas á
atravesarlas. P o r esto f u e r o n los griegos m a r i n o s , nego-
ciantes, v i a j e r o s , p i r a t a s , a v e n t u r e r o s ; y, lo m i s m o q u e
los fenicios, se e x t e n d i e r o n p o r Lodo el m u n d o a n t i g u o ,
l l e v a n d o á s u s países los
p r o d u c t o s y los i n v e n t o s
d e Egipto, d e Caldea y de
Asia.
5 0 . E l c l i m a . — El
c l i m a de Grecia es s u a v e .
En A t e n a s n o hiela sino
cari- veinte a ñ o s ; en ve-
r a n o , l a s b r i s a s del m a r .
m o d e r a n la t e m p e r a t u -
ra A u n hoy el p u e b l o
d u e r m e e n l a s calles
d e s d e e l m e s d e Mayo á
Trajes dorios.
fines d e S e p t i e m b r e .
Es, en s u m a , un h e r m o s o país, que i n v i t a al h o m b r e á
c o n s i d e r a r la vida c o m o un festín, p u e s todo s o n r í e á su
alrededor.
El aire es tibio y ' t r a n s p a r e n t e ; desde m u c h a s l e g u a s d e
distancia se divisa e n l a Acrópolis d e A t e n a s el p e n a c h o
de la estatua de Palas.
5 1 . En estas r e g i o n e s , el h o m b r e n o se ve d e b i l i t a d o
p o r el calor, n i a t e r i d o p o r el frío ; vive al a i r e l i b r e , a l e -
g r e m e n t e y p o r p o c o d i n e r o . No n e c e s i t a n i a l i m e n t o
a b u n d a n t e , n i t r a j e s costosos, ni casa l l e n a de c o m o d i -
d a d e s . El griego p o d í a a l i m e n t a r s e c o n u n p u ñ a d o de
a c e i t u n a s y con u n a s a r d i n a . P o r todo vestido llevaba san-
dalias, u n a t ú n i c a y u n e s p e s o m a n t o ; con f r e c u e n c i a
1. Nuestra atmósfera, dice Eurípides, es suave y clemente. El frío del invierno
carece para nosotros de rigor y los rayos del sol no nos molestan.
o c u r r í a l e salir con l o s pies descalzos y sin n a d a en la-ca-
beza. Su c a s a era u n edificio e s t r e c h o , de p o c a solidez.
Una c a m a c o n u n a s c u a n t a s m a n t a s , u n c o f r e , a l g u n o s
h e r m o s o s vasos, u n a l á m p a r a , lié ahí sus m u e b l e s ; las
p a r e d e s e s t a b a n sin t a p i z a r , s e n c i l l a m e n t e a l b e a d a s . Esta
casa 110 servía m á s q u e p a r a d o r m i r .
5 2 . L a s c i u d a d e s . — Los griegos p e r m a n e c i e r o n
s i e m p r e divididos en p e q u e ñ o s p u e b l o s . El suelo de Gre-
cia, c o r t a d o en secciones p o r l a s m o n t a ñ a s y p o r el m a r ,
f o r m a n a t u r a l m e n t e g r a n n ú m e r o de r e d u c i d o s c a n t o n e s ,
a i s l a d o s u n o s d e o t r o s p o r # l g ú n brazo de a g u a ó u n a
m u r a l l a de r o c a s , d e m o d o q u e la d e f e n s a es fácil y difí-
ciles l a s c o m u n i c a c i o n e s . Cada c a n t ó n f o r m a b a u n estado
á ' p a r t e , que se l l a m a b a c i u d a d . Había m á s d e c i e n t o y,
c o n t a n d o las colonias, m á s de m i l .
5 3 . O r d i n a r i a m e n t e , u n estado griego n o es sino u n a
c i u d a d con u n a p l a y a y u n p u e r t o ó a l g u n o s p u e b l o s dis-
p e r s o s en el c a m p o en t o r n o de u n a c i n d a d e l a . Desde u n
estado se divisan la c i u d a d e l a , l a s m o n t a ñ a s ó el p u e r t o
del estado vecino. E r a n pocos los q u e p a s a b a n de u n o s
c u a n t o s m i l e s d e h a b i t a n t e s ; los m á s poblados l l e g a b a n
a p e n a s á 200 ó 300 m i l .
5 4 . Los griegos n o f o r m a r o n n u n c a u n c u e r p o d e n a -
ción, y j a m á s cesaron de c o m b a t i r s e y d e s t r u i r s e u n o s á
otros. Sin e m b a r g o , todos h a b l a b a n la m i s m a l e n g u a ,
a d o r a b a n los m i s m o s d i o s e s , l l e v a b a n el m i s m o g é n e r o
de vida. Estos c a r a c t e r e s h a c í a n q u e se c o n s i d e r a s e n t o d o s
ellos c o m o u n a sola y m i s m a r a z a , d i s t i n g u i é n d o s e así
de los d e m á s p u e b l o s , que l l a m a b a n b a r b a r o s y á q u i e n e s
m i r a b a n con d e s p r e c i o .
5 5 . L a s c o l o n i a s . — Los g r i e g o s n o vivían s o l a m e n t e
en Grecia. Algunos c o l o n o s , salidos d e l a s c i u d a d e s h e l é -
nicas, h a b í a n ido á f u n d a r otras n u e v a s en l a s r e g i o n e s
v e c i n a s . Estos p e q u e ñ o s E s t a d o s griegos existían en l a s
islas del Archipiélago^ en toda la costa del A s i a M e n o r ,
en C r e t a , en C h i p r e , en todo e l c o n t o r n o del m a r
N e g r o h a s t a el Cáucaso y l a g r i m e a , á lo largo d e la Tur-
q u i a d e E u r o p a , q u e e n t o n c e s se l l a m a b a la T r a c l a ; en la
costa de A f r i c a , en S i c i l i a , en la I t a l i a d e l s u r , y h a s t a
e n las r i b e r a s d e F r a n c i a y de E s p a ñ a .
5 6 . Los a n t i g u o s r e l a t o s sobre la f u n d a c i ó n de a l g u n a s
d e e s t a s c o l o n i a s h a c e n ver c u a n d i f e r e n t e s e r a n d e l a s
modernas.
Hé aquí cómo referían los comienzos de Marsella. Un ciuda-
dano de Focea, llamado Euxenio, que fué á la Galia en un navio
de comercio, había sido invitado por un jefe galo á las bodas de
su hija. Siguiendo las costumbres de su raza, la joven debía
entrar al ñn del banquete con una copa, ofreciéndola al elegido
de su corazón: pues bien, parándose delante del griego, le'pre-
sentó la copa. Esta inesperada acción pareció u n a inspiración
del cielo ; el jefe galo dió su hija, á Euxenio y le p e r m i t i ó fundar,
en unión con sus compañeros, una ciudad en el golfo de l l a r -
sella. Más tarde, viendo los de Focea que su población estaba
sitiada por los persas, embarcaron á sus familias en sus navios,
con sus muebles, estatuas y las alhajas de su templo, y se hi-
cieron al mar. Al partir arrojaron al agua un pedazo de hierro,
juraudo que si no subía á la superficie, no volverían nunca á
Focea; pero muchos no cumplieron ese j u r a m e n t o y regresaron.
Los restantes continuaron su navegación y, al cabo de nume-
rosas aventuras, llegaron á MarseUa.
En Mileto, los jonios que fundaron la ciudad n o habían Ue-
vado consigo m u j e r e s ; así fué que se apoderaron de una ciudad
edificada por los indígenas del Asia, dieron m u e r t e á todos los
hombres y se casaron por la fuerza con las m u j e r e s é hijas de
sus víctimas. Estas mujeres indígenas habían jurado, según
parece, no comer nunca en compañía con s u s maridos y no
darles jamás el nombre de esposos.
5 7 . Los c o l o n o s f u n d a b a n e n el p u n t o d o n d e se estable-
cían u n e s t a d o n u e v o , que no o b e d e c í a e n n a d a á l a
c i u d a d m a d r e , d e d o n d e procedía. Así f u é c o m o todo el
Mediterráneo acabó por ostentar en sus r i b e r a s n u m e r o s a s
c i u d a d e s griegas, i n d e p e n d i e n t e s u n a s d e o t r a s .
La I t a l i a del s u r fué a p e l l i d a d a G r e c i a M a y o r , por-
q u e , en efecto, a l lado d e esta vasta r e g i ó n c o m p l e t a m e n t e
p o b l a d a de colonos griegos, el país d e o r i g e n e r a sólo u n a
Grecia m e n o r .
L A IFEXIGIO* GRIEGA.
5 8 . L o s d i o s e s . — Los griegos c r e í a n e n n u m e r o s o s
d i o s e s c o m o t o d o s l o s a n t i g u o s aryas.
. P a r a este p u e b l o , cada fuerza d e la n a t u r a l e z a , el a i r e ,
el sol, el m a r , son fuerzas d i v i n a s ; y c o m o n o se i m a g i n a n
Una vez, Policrato de'Sanios, que había llegado á ser muy
rico y poderoso, tuvo miedo de los celos de! Olimpo; teniendo
en la mano un anillo de oro del cual le costaba t r a b a j o des-
prenderse, lo arrojó sin embargo al mar, á ü n de que h'.ibiera
una nota discordante en su dicha. Poco tiempo después un ma-
rino le presentó un enorme pez, en cuyo vientre se encontró el
citado anillo. Esto constituía un seguro presagio de infortunio,
y en efecto, Policrato fué sitiado en su ciudad, preso y crucifi-
cado. Los dioses castigaban su suerte.
6 6 . La m i t o l o g í a griega e r a i n m o r a l , en el s e n t i d o d e
que los dioses d a b a n m a l o s e j e m p l o s á los h o m b r e s . Ya l o
decían los filósofos h e l é n i c o s , i n d i g n á n d o s e c o n t r a los
p o e t a s , a u t o r e s d e esas f á b u l a s .
Un discípulo de Pitágoras contaba que habiendo bajado su
maestro á los infiernos, vió allí colgada de un árbol el alma de
Homero, y atada á una columna la de Hesiodo, en castigo de
haber calumniado á los dioses. « Homero y Hesiodo, decía Je-
nofonte, han atribuido á los dioses cuanto los hombres consi-
deran censurable y vergonzoso. Sólo hay un dios único, que n o
se parece á los mortales n i en el cuerpo ni en el espíritu. » Y
luego agregaba esta reflexión profunda: « Si los bueyes y los
leones tuviesen manos y pudieran dibujar como nosotros, ha-
brían atribuido á los dioses cuerpos parecidos á sus propios
cuerpos, los caballos cuerpos de caballos, los bueyes cuerpos de
bueyes... También los hombres piensan que los dioses poseen
sus sentimientos, su voz y su cuerpo. » Jenofonte decía la
verdad: los griegos primitivos habían hecho dioses á su imagen
y semejanza, y como ellos eran entonces sanguinarios, deslea-
les, celosos y vanos, sus dioses lo fueron también. Andando el
tiempo, á medida que mejoraron sus costumbres, sus descen-
dientes empezaron á reparar con disgusto en tales vicios; pero
ya los antiguos relatos habían fijado la historia y el carácter de
los dioses.
6 7 . E l c u l t o . — T a n p o d e r o s o s dioses d e r r a m a b a n
c o m o q u e r í a n s o b r e los h o m b r e s todos los b i e n e s ó todos
los m a l e s . E r a , p u e s , peligroso t e n e r l o s p o r e n e m i g o s , y
p r u d e n t e lo c o n t r a r i o . Creíaseles s e m e j a n t e s á l o s h o m -
b r e s , i r r i t a d o s c u a n d o n o se l e s h a c í a caso, satisfechos si
se o c u p a b a n d e ellos. En esta idea se f u n d a b a el culto q u e
consistía en h a c e r á los dioses cosas a g r a d a b l e s , p a r a
c a p t a r s e sus favores.
Platón expresa en estos términos la opinión del vulgo :
« Saber decir y hacer las cosas gratas á los dioses, sea en las
SEIGNOBOS. — Compendio. 2
oraciones, sea en las ofrendas, hé ahí ia piedad, lo que hace
prosperar á los particulares y á los Estados. Lo contrario es la
impiedad que destruye todo. »
-VM» , convertirte en dios. Y así f u é ; Diágoras, ahogado por la emo-
La religión e r a p r i n c i p a l m e n t e u n c o n t r a t o ; el griego
procuraba complacer á los dioses; pero en cambio les
p e d i a q u e l e favoreciese. .
68. Grandes fiestas. — Como s e s u p o n í a q u e l o s
d i o s e s t e n í a n s e n t i m i e n t o s de h o m b r e s , se h a c í a p a r a
a g r a d a r l e s lo q u e se h u b i e s e h e c h o d e t r a t a r s e p u r a m e n t e
de h o m b r e s . Llevábanles l e c h e , vino, pasteles, f r u t a y
c a r n e , y les e d i ü c a b a n p a l a c i o s . D á b a n l e s fiestas, p u e s
a q u e l l o s e r a n «dioses a l e g r e s », q u e g u s t a b a n del r e g o c i j o
y de los e s p e c t á c u l o s b r i l l a n t e s . Una fiesta era, n o c o m o
e n t r e n o s o t r o s u n a diversión, sino u n a c e r e m o n i a r e l i -
g i o s a . En esos días e s t a b a p r o h i b i d o t r a b a j a r , y h a b í a q u e
r e g o c i j a r s e e n p ú b l i c o a n t e el d i o s .
6 9 . E s t a s d i v e r s i o n e s o f r e e i d a s á l o s dioses d i e r o n o r i g e n
á los j u e g o s s o l e m n e s .
Los principales eran los de Olimpia, que se celebraban cada
cuatro años en obsequio de Zeus y duraban claco ó seis días.
La multitud que acudía de todos los puntos de Grecia llenaba
las gradas que rodeaban el circo. Se empezaba por sacrificar
víctimas y dirigir al dios súplicas. Después veuían los certá-
menes :
Las carreras ü pie, alrededor del estadio.
El combate, llamado pentatlo, porque comprendía ciuco ejer-
cicios: los que tomaban parte en él debían saltar, correr de un
estremo á otro del estadio, lanzar á lo lejos el disco de metal,
arrojar el venablo, y luchar cuerpo á cuerpo ;
El pujilato, donde se. combatía con los brazos cubiertos de
tiras de c u e r o ;
Las carreras de carros que se efectuaban en el hipódromo ;
los carros eran ligeros, y estaban tirados por cuatro caballos.
7 0 . Después del certamen, un herald© proclamaba ante toda
la asamblea el nombre del vencedor y de- su ciudad. La única
recompensa de éste esa una corona de olivo; pero cuando
volvía á su pueblo, sus. compatriotas lo recibían en triunfo, y
en ocasiones derribaban u n lienzo de muralla para dejarle en-
trada. Llegaba en un carro de cuatro caballos, vestido de púr-
pura y escoltado por todo el pueblo. « Estas victorias, que
nosotros abandonamos hoy á los hércules de circo, parecían
entonces las más brillantes de todas. Cuéntase que un tal Diá-
goras, que vio coroaar en un mismo día & sus dos hijos, fué
llevado por ellos en triunfo ante toda la asamblea; el.pueblo,
q u e creía que semejante dicha era demasiado grande para un
solo mortal, le gritaba: muérete, Diágoras pues no puedes
ción, falleció en brazos de sus descendientes; para él, como
para todos sus conciudadanos, el colmo de la felicidad terreste
consistía en ver que sus hijos tenían los más robustos puños y
las piernas más ágiles de toda Grecia. »
7 1 . P r e s a g i o s y o r á c u l o s . — En cambio d e tantos h o -
m e n a j e s , fiestas y o f r e n d a s , los griegos e s p e r a b a n m u c h o s
servicios d e s u s dioses. Éstos p r o t e g í a n á sus a d o r a d o r e s ,
d á n d o l e s la salud, l a r i q u e z a y la victoria ; e v i t a b a n l a s
d e s d i c h a s que los a m e n a z a b a n , e n v i a n d o signos q u e e r a n
i n t e r p r e t a d o s p o r los h o m b r e s ; esto se l l a m a b a n p r e s a -
gios.
7 2 . Los griegos c o n s i d e r a b a n s e ñ a l e s d i v i n a s los en-
s u e ñ o s , las aves q u e a t r a v e s a b a n e l espacio, l a s e n t r a ñ a s
de l o s a n i m a l e s que s a c r i f i c a b a n , en u n a p a l a b r a , c u a n t o
Areían, d e s d e los t e m b l o r e s de t i e r r a y los e c l i p s e s h a s t a
un simple estornudo.
7 3 . En la expedición de Sicilia, Nicías, general de los ate-
nienses, es detenido por un eclipse d e Luna en el momento de
embarcar su ejército para retirarse; parécele que los dioses han
enviado ese prodigio para indicar á l o s atenienses que ncTdeben
continuar su empresa. Nieías espera y así se está veintisiete
días ofreciendo sacrificios para calmar la cólera celeste. Apro-
vechando esta inacción, sus enemigos cierran el puerto, des-
truyen la escuadra y exterminan su éjercito. Al saberlo los
atenienses, sólo reprocharon á Nielas una cosa, y fué el olvi-
dar que para un ejército que bate en retirada, un eclipse
Luna es un signo favorable.
Á m e n u d o el dios r e s p o n d e á l o s fieles q u e le c o n s u l t a n ,
;on u n signo m u d o , sino p o r boca de u n p e r s o n a j e
i n s p i r a d o . Los devotos a c u d e n a l s a n t u a r i o , en b u s c a de
c o n t e s t a c i o n e s y <le c o n s e j o s ; esos son los « r á c u l o s .
7 4 . En » e l f o s se c o n s u l t a á Apolo. E n el f o n d o de su
t e m p l o , en u n a g r u t a , sale d e u n a h e n d e d u r a d e l suelo,
u n a c o r r i e n t e de a i r e frío ; este a i r e era, según l o s griegos,
e n v i a d o p o r el dios, p u e s hacía e n t r a r en delirio á los q u e
lo r e s p i r a b a n . P ó n e s e u n t r í p o d e sobre la h e n d e d u r a , y
allí se §^enla u n a m u j e r (la p i t o n i s a ) , d e s p u é s de t o m a r u n
baño p r e p a r a t o r i o en u n m a n a n t i a l sagrado, y recibe la
 grupos de ciento, cada uno de los cuales tenía un jefe. A me-^
i n s p i r a c i ó n ; i n m e d i a t a m e n t e u n delirio n e r v i o s o la aco-
nudo los hacían pelear unos con otros, á puñetazos y á patadas.
m e t e y se p o n e á lanzar gritos y a p r o f e r i r p a l a b r a s e n t r e -
En la fiesta de Artemisa les daban de latigazos hasta hacerles
c o r t a d a s . Varios sacerdotes s e n t a d o s en t o r n o suyo l a s sangre delante de la estatua de la diosa ; algunos caían muer-
a n o t a n , las p o n e n en verso, y las t r a n s m i t e n a l q u e h a tos ; pero todos hacían cuestión de honra el no lanzar un grito.
pedido el c o n s e j o . El objeto era enseñarlos á pelear y á sufrir. — En ocasiones no
les daban de comer, y tenían que robar su alimento; si se de-
ESPARTA. jaban coger, recibían un castigo enérgico. Cuéntase que un
niño espartano, que había robado una pequeña zorra y que la
7 5 . E l p u e b l o e s p a r t a n o . — La E a c o n i a e s un es- había escondido debajo de su manto, prefirió dejarse devorar el
t r e c h o valle r e c o r r i d o p o r u n v o l u m i n o s o t o r r e n t e (el vientre antes que venderse.
Eurotas), e n t r e dos e n o r m e s cordilleras de n e v a d a s c i m a s . 7 8 - Los restantes griegos mantenían á sus hijas encerradas
Un p o e t a la d e s c r i b e de este m o d o . « País rico en t i e r r a s en la casa, hilando lana. Los espartanos quisieron, al contrario,
d e l a b r a d í o , p e r o difícil de c u l t i v a r ; t e r r e n o h u e c o ence- obtener mujeres robustas, capaces de producir hijos vigorosos;
r r a d o e n t r e m o n t a ñ a s c o r t a d a s á pico, de a s p e c t o r u d o , así es que las educaban casi con tanta dureza como á los va-
i n a c c e s i b l e á la invasión. » En este espacio c e r r a d o , vivían rones, ejercitándolas en sus gimnasios en correr, saltar, lanzar
el disco y arrojar el venablo.
los dorios de E s p a r t a en m e d i o de los a n t i g u o s h a b i t a n t e s ,
q u e h a b í a n s o m e t i d o p o r la f u e r z a , r e d u c i é n d o l o s á c o n -
7 9 . E l e j é r c i t o d e E s p a r t a . — El e s p a r t a n o e n t r a b a
dición i n f e r i o r .
á servir á los diez y siete a ñ o s y así p e r m a n e c í a hasta los
7 6 . Los i l o t a s h a b i t a b a n las chozas s e m b r a d a s p o r el s e s e n t a . El vestido, la h o r a d e acostarse y de l e v a n t a r s e ,
c a m p o y cultivaban la t i e r r a ; p e r o ésta n o les p e r t e n e c í a , }' las c o m i d a s y los
ni s i q u i e r a podían a l e j a r s e d e ella. E r a n , c o m o l o s siervos ejercicios, todo e r a
de la e d a d m e d i a , cultivadores a d s c r i t o s al suelo, d e gene- determinado por
ración en g e n e r a c i ó n , un reglamento,
E s t i r a z a v e n c i d a d e t e s t a b a á los e s p a r t a n o s s u s s e ñ o r e s . c o m o en u n c u a r -
« Cuando se l e s h a b l a d e los e s p a r t a n o s , dice J e n o f o n t e , tel.
no_ h a y n i n g u n o de ellos q u e p u e d a ocultar e l d e l e i t e con Los s o l d a d o s d e
q u e se los c o m e r í a vivos. » este p u e b l o lleva-
Y como los o p r i m i d o s e r a n diez veces m á s n u m e r o s o s b a n todos las m i s -
q u e s u s v e n c e d o r e s , éstos n e c e s i t a b a n h a l l a r s e á t o d a h o r a mas armas : para
d i s p u e s t o s á la l u c h a . d e f e n d e r s e , la co-
7 7 . E s p a r t a f u é , p u e s , c o m o u n c a m p a m e n t o sin m u - r a z a que c u b r e el
rallas, y su p u e b l o u n e j é r c i t o s i e m p r e p r e p a r a d o á e n t r a r b u s t o , el c a s c o ,
en campaña. q u e p r o t e g e la ca-
beza, las p e r n e -
Desde que el hombre nacía, la educación procuraba hacer de
r a s , que e s g u a r-
él un soldado; los niños mal constituidos eran abandonados en
una montaña. d a b a n las p i e r n a s Elestrigilo. Ejercicio del disco,
Los conservados eran, desde la edad de siete años, separados y el e s c u d o , q u e se
de sus padres, y criados en común como nuestros hijos del m a n t i e n e d e l a n t e del c u e r p o ; p a r a a t a c a r , u n a e s p a d a
regimiento. Andaban descalzos y no tenían más que un manto, c o r t a y u n a l a n z a l a r g a . El h o m b r e a r m a d o de este m o d o
el mismo en Verano que en invierno. Dormían sobre un haz de se l l a m a l i o p l i t a (revestido de u n a a r m a d u r a : .
cañas, y se bañaban en las aguas heladas del Eurotas. Comían
8 0 . Una vez f r e n t e al e n e m i g o , los s o l d a d o s se formar»
poco, de prisa y un alimento grosero. Estaban divididos en
en l í n e a s , g e n e r a l m e n t e ocho, m u y 'cerca u n o s cíe o t r o s ,
f o r m a n d o u n a m a s a c o m p a c t a l l a m a d a f a l a n g e . El r e y ,
q u e m a n d a las t r o p a s , h a c e u n sacrificio y, si las e n t r a ñ a s
de las víctimas c o n t i e n e n indicios favorables, d a la señal
de a t a q u e .
E n t o n c e s los g u e r r e r o s se p o n e n en movimiento, con
paso r á p i d o , cadencioso, al son d e la flauta, con l a l a n z a ,
l e v a n t a d a y el escardo d e l a n t e del c u e r p o . Así l l e g a n s o b r e
el e n e m i g o , que d e s b a r a t a n con su m a s a y su e m p u j e , p o -
n i é n d o l o e n d e r r o t a , d e s p u é s de lo cual se p a r a n p a r a
n o r o m p e r su f a l a n g e .
Esta es u n a táctica r u d i m e n t a r i a ; p e r o suficiente p a r a
v e n c e r u n a t r o p a d e s o r d e n a d a ; l o s h o m b r e s a i s l a d o s 110
p u e d e n r e s i s t i r á s e m e j a n t e m a s a . Los d e m á s griegos lo,
c o m p r e n d i e r o n así y todos ellos i m i t a r o n , en c u a n t o era
p o s i b l e , á los e s p a r t a n o s ; los s o l d a d o s f u e r o n a r m a d o s
como hoplitas y combatieron formando u n a falange.
Gracias á este r é g i m e n , los e s p a r t a n o s c o n s e r v a r o n s u s
e n é r g i c a s c o s t u m b r e s de m o n t a ñ e s e s , y n o t u v i e r o n ni
escultores, n i a r q u i -
tectos, n i o r a d o r e s , ni
filósofos. Habían s a -
crificado todo á l a
guerra y llegaron á
s e r « a r t i s t a s en el
arte militar. »
81. La gimnasia.
— Para correr y lan-
zarse, f o r m a n d o filas,
sobre el e n e m i g o y
d e s b a r a t a r l o p o r el
choque, eran necesa-
r i o s h o m b r e s ágiles y
r o b u s t o s ; c a d a sol-
dado debía ser un
a t l e t a . Así f u é q u e los
e s p a r t a n o s organiza-
r o n ejercicios c o r p o r a l e s ; los r e s t a n t e s griegos l o s i m i t a r o n ,
y l a g i m n a s i a se convirtió e n t o n c e s en u n a r t e n a c i o n a l ,
e l m á s e s t i m a d o d e todos, el q u e e r a p r e m i a d o en l a s
g r a n d e s fiestas. Hasta en los m á s r e m o t o s países, en m e d i o
d e los b á r b a r o s de la Galia ó del Mar Negro, se conocía
u n a c i u d a d griega en q u e s i e m p r e tenía su gimnasio.
8 2 . Todos los ¡jóvenes p a s a b a n p o r el g i m n a s i o ; d u r a n t e
dos años p o r l o ' m e n o s , i b a n á é l c a d a día, a p r e n d i e n d o á
saltar, á c o r r e r , á l a n z a r el venablo y el disco y á l u c h a r
cuerpo á c u e r p o ; p a r a q u e sus m ú s c u l o s y su piel a d q u i -
riesen consistencia, s e b a ñ a b a n en agua fría, se u n t a b a n
con aceite el c u e r p o y se f r o t a b a n con un r a s c a d o r
8 3 . Muchos c o n t i n u a b a n estos ejercicios t o d a l a vida
por p u n d o n o r , y l l e g a b a n ,á s e r a t l e t a s l u c h a d o r e s ) . Los
h u b o q u e r e a l i z a r o n ; prodigios. Milón, .de Crotona e n
Italia, llevaba, según d i c e n , u n toro á cuestas y p a r a b a u n
c a r r o l a n z a d o á la c a r r e r a , c o g i é n d o s e á él p o r d e t r á s .
ATE.VAÜ.
8 4 . A t e n a s . — El Ática se c o m p o n e de u n n ú c l e o d e
rocas q u e p e n e t r a e n el m a r f o r m a n d o u n t r i á n g u l o . E s t a s
r o c a s , c é l e b r e s p o r su c a n t e r a de. m á r m o l y p o r la miel d e
s u s a b e j a s , son estériles y e s t á n d e s p r o v i s t a s d e v e g e t a c i ó n .
E n t r e ellas y el m a r q u e d a n t r e s p e q u e ñ a s U a n u r a s , d e
t e r r e n o s e c o , difíciles d e r e g a r (los a r r o y o s se q u e d a n en
verano sin u n a gota de agua) é i n s u f i c i e n t e s p a r a a l i m e n t a r
u n a población n u m e r o s a .
En la m a y o r de ellas, y á u n a l e g u a del m a r , se alza u n a
¡*ran r o c a aislada, al pie d e la cual e s t a b a edificada Ate-
n a s ; la a n t i g u a c i u d a d , que se d e n o m i n a b a A c r ó p o l i s
(ciudad alta), o c u p a b a e l vértice d e la p e ñ a .
8 5 . E l g o b i e r n o a t e n i e n s e . — Los a t e n i e n s e s l l a m a n
á su g o b i e r n o d e m o c r a c i a (gobierno p o r el p u e b l o ) ; p e r o
éste n o e r a , c o m o en l a s n a c i o n e s m o d e r n a s , la m a s a d e
los h a b i t a n t e s , sino ú n i c a m e n t e l a c o r p o r a c i ó n de los ciu-
d a d a n o s , v e r d a d e r a a r i s t o c r a c i a de lo á 20 000 h o m b r e s ,
que dirigen á su a r b i t r i o t o d a la n a c i ó n . P a r a p e r t e n e c e r á
esa c a t e g o r í a e r a p r e c i s o s e r hijo d e c i u d a d a n o y ciuda-
d a n a . Los h i j o s de e x t r a n j e r o s no lo e r a n , a u n c u a n d o
h u b i e s e n nacido, en A t e n a s . La m a y o r p a r t e d e los habi-
tantes son, p u e s , e s c l a v o s ó e x t r a n j e r o s .
8 6 . La c o r p o r a c i ó n d e los c i u d a d a n o s tiene p o d e r abso-
luto, es el v e r d a d e r o s o b e r a n o de Atenas. R e ú n e s e t r e s
veces al m e s p o r lo m e n o s p a r a d e l i b e r a r y votar. La
a s a m b l e a se celebra al a i r e l i b r e , en la p l a z a del P n y x ;
l o s c i u d a d a n o s se s i e n t a n en b a n c o s d e p i e d r a q u e f o r m a n
a n f i t e a t r o , los m a g i s t r a d o s , colocados e n f r e n t e , a b r e n la
sesión p o r m e d i o de u n a c e r e m o n i a r e l i g i o s a y d e u n a
oración, y finalmente u n h e r a l d o p r o c l a m a e n alta voz el
a s u n t o do que va á ocuparse l a a s a m b l e a , y d i c e :
« ¿ Quien q u i e r e h a b l a r ? » Todo c i u d a d a n o t i e n e d e r e c h o
á u s a r de la p a l a b r a ; l o s o r a d o r e s s u b e n á l a t r i b u n a p o r
o r d e n d e edad. Cuando todos h a n t e r m i n a d o , e l p r e s i d e n t e
p l a n t e a l a c u e s t i ó n ; la a s a m b l e a vota l e v a n t a n d o l a s
m a n o s , y luego se s e p a r a .
8 7 . Los j u r a d o s , l o s m i e m b r o s del c o n s e j o , los m a g i s -
t r a d o s , todos, con excepción de los generales, e r a n elegidos
p o r s o r t e o . Los c i u d a d a n o s e r a n iguales. S ó c r a t e s decía á
u n a t e n i e n s e i n s t r u i d o q u e no se a t r e v í a á h a b l a r a n t e el
p u e b l o : « ¿ A q u i é n t e m e s , á los b a t a n e r o s , á los zapa-
t e r o s , á los m a m p o s t e r o s , á l o s c u l t i v a d o r e s ó los m e r c a -
d e r e s ? P o r q u e l a a s a m b l e a está c o m p u e s t a p o r todas esas
gentes. » E n t r e a q u e l l o s h o m b r e s h a b í a m u c h o s q u e n e c e -
sitaban e j e r c e r u n oficio p a r a vivir, y q u e n o p o d í a n servir
g r a t u i t a m e n t e al E s t a d o ; así f u é que se i n s t i t u y ó u n s a -
l a r i o p a r a los j u e c e s , y m á s a d e l a n t e p a r a c u a n t o s c o n c u -
r r í a n á la a s a m b l e a .
8 8 . Como t o d o s los a s u n t o s i m p o r t a n t e s s e resolvían, ya
e n la a s a m b l e a , ya en los t r i b u n a l e s , d e s p u é s de d e b a t e s '
y d i s c u r s o s , los h o m b r e s i n f l u y e n t e s f u e r o n l o s q u e m e j o r
s a b í a n h a b l a r . El pueblo se a c o s t u m b r ó á o i r á los o r a d o -
res, á s e g u i r s u s c o n s e j o s , á e n c o m e n d a r l e s e m b a j a d a s y
h a s t a á n o m b r a r l o s g e n e r a l e s . Esos h o m b r e s e r a n l l a m a d o s
d e m a g o g o s ( c o n d u c t o r e s del pueblo). El p a r t i d o de los ri-
c o s se b u r l a b a d e ellos.
En una comedia, Aristófanes representa al pueblo (demosi
bajo la forma de un anciano imbécil. « Eres t o n t a m e n t e cré-
dulo, dejas que los aduladores y los intrigantes t e lleven cogido
por la nariz, y te pasmas de gozo cuando te h a r e n g a n . » — Y
el coro, dirigiéndose al aventurero, exclama : « Eres grosero,
perverso, tienes voz sonora, una elocuencia impudente y el
ademán violento; créeme, posees cuanto se necesita para go-
bernar á Atenas ».
8 9 . L a f a m i l i a a t e n i e n s e . — Los h i j o s p a s a b a n sus
p r i m e r o s a ñ o s j u n t o á s u s m a d r e s . Las j ó v e n e s seguían
allí h a s t a q u e se c a s a b a n ; los v a r o n e s salían d e l h o g a r á
l o s siete a ñ o s . E n t o n c e s el j o v e n a t e n i e n s e e r a confiado á
u n p r e c e p t o r (pedagogo) e n c a r g a d o de e n s e ñ a r l o á guar-
d a r c o m p o s t u r a y á o b e d e c e r ; el m a e s t r o e r a casi s i e m p r e
u n esclavo; p e r o el p a d r e le h a b í a c o n c e d i d o d e r e c h o p a r a
c a s t i g a r á su discípulo, c o s t u m b r e g e n e r a l en l a a n t i g ü e -
d a d . Más a d e l a n t e iba el n i ñ o á la e s c u e l a , d o n d e a p r e n -
día á l e e r , escribir y c o n t a r , á r e c i t a r versos y á c a n t a r en
coro al son de la f l a u t a . F i n a l m e n t e venia l a g i m n á s t i c a .
Á esto se r e d u c í a t o d a la i n s t r u c c i ó n , q u e f o r m a b a h o m b r e s
s a n o s d e c u e r p o y t r a n q u i l o s de e s p í r i t u , lo q u e los grie-
gos l l a m a b a n buenos y hermosos. — E n c u a n t o á l a s h e m -
b r a s , q u e p e r m a n e c í a n j u n t o á sus m a d r e s , n o a p r e n d í a n
nada.
9 0 . Xenofonte presenta á un ateuiense rico y bien educado
hablando cou Sócrates de su mujer : « Tenía apenas quince
años cuando yo la tomé por
esposa; hasta entonces la ha-
bían sometido á severa vigi-
lancia, pretendiendo que ni
viera ni oyese nada. ¿No era
acaso bastante encontrar en
ella una mujer que supiera hi-
lar la lana para hacer túni-
cas, y que hubiese visto como
se distribuye á las criadas el
trabajo doméstico?» Y cuando
su marido le propone que se
convierta en su auxiliar, ella
contesta : « ¿ En qué puedo
ayudarte? ¿Qué puedo hacer?
Mi madre me ha dicho siein- Trajes de mujeres jónicas.
pre que lo único de que tenía
que preocuparme era de ser discreta y prudente. » Ser dis-
creta y prudente, esto es, obedecer, hé ahí la virtud que se
exige á la mujer griega.
9 1 . La c a s a b a n á los q u i n c e años. Los p a d r e s h a b í a n '
designado el m a r i d o , q u e e r a , ya u n j o v e n d e u n a f a m i l i a
v e c i n a , ya u n h o m b r e de e d a d m a d u r a a m i g o del p a d r e ,
s i e m p r e un c i u d a d a n o de A t e n a s . La j o v e n n o lo conocía
casi n u n c a , y j a m á s s e le p r e g u n t a b a su p a r e c e r .
9 2 . L a s m u j e r e s . . — En el f o n d o de la casa griega h a -
Lía u n a h a b i t a c i ó n r e t i r a d a , r e s e r v a d a á l a s m u j e r e s , el
gineceo, d o n d e sólo el m a r i d o y l o s p a r i e n t e s p e n e t r a b a n .
La d u e ñ a d e la casa p e r m a n e c í a allí todo el día con s u s
c r i a d a s esclavas, vigilándolas, d i r i g i e n d o s u s t r a b a j o s ,
d i s t r i b u y é n d o l e s l a n a q u e h i l a r ; y ella e n p e r s o n a t e j í a
los v e s t i d o s / S a l í a p e c o , excepto p a r a a s i s t i r á las fiestas
religiosas. Nunca se p r e s e n t a b a e n la s o c i e d a d d e l o s
hombres.

Nadie se atrevería seguramente, dice el orador Iseo, á comer

en casa de una mujer casada; éstas no salen para ir á comer
con los hombres, y no se permiten acompañar á los extraños en
esa tarea. »

9 3 . Una a t e n i e n s e q u e h u b i e s e f r e c u e n t a d o la sociedad
n o h a b r í a sido c o n s i d e r a d a c o m o u n a m u j e r h o n r a d a . Así La Acrópolis de Atenas.
cautiva é i g n o r a n t e , l a m u j e r n o e r a de c o m e r c i o a g r a d a -
b l e . El h o m b r e la h a b í a t o m a d o , no p a r a h a c e r de ella la cristianas á recibir á los fieles que quieren hacer oración. Es
c o m p a ñ e r a de su vida, sino p a r a que g o b e r n a r a su casa, l e el palacio donde habita ,
d i e r a hijos, y p o r q u e la religión y las c o s t u m b r e s exigían
q u e el griego n o p e r m a n e c i e s e soltero. P l a t ó n d e c l a r a q u e
que los hombres pro-
si los h o m b r e s se c a s a n , no es p o r gusto,-sino « p o r q u e la
curan hacer lo más es- p ^ g r i 1 ^^^L l
ley obliga á ello. »
pléndida posible. La U*.y'.?'l:;.l (aÜÜP 3§¡¡¡¡p
multitud de los fieles
L A S A R T E S Ei\ GRECIA. no penetra en el san-
tuario, sino que se
9 4 . L o s m o n u m e n t o s d e A t e n a s . — E n Atenas, lo queda fuera, en torno
m i s m o que en la m a y o r p a r t e d e las c i u d a d e s g r i e g a s , l a s de un altar situado al
casas d e los p a r t i c u l a r e s e r a n p e q u e ñ a s , b a j a s d e techo y aire libre.
En el centro del tem-
e s t a b a n p e g a d a s u n a s á otras, f o r m a n d o calles e s t r e c h a s ,
plo está el « camarín,
t o r t u o s a s y m a l e m p e d r a d a s . Los a t e n i e n s e s reservabaai su
del dios, sitio miste-
l u j o p a r a los m o n u m e n t o s p ú b l i c o s . rioso desprovisto de
Los m á s l í e n n o s o s d e ellos se alzaron sobre la Acrópolis, ventanas, iluminado
q u e l e s servía de i n m e n s o p e d e s t a l ; f u e r o n dos t e m p l o s apenas por el techo ;
(el p r i n c i p a l , e l P a r t e n ó n e s t a b a c o n s a g r a d o á palas Ate- en el fondo se alza el
n e a , la p r o t e c t o r a de l a ciudad), u n a estatua -colosal d e í d o l o , que es de ma-
b r o n c e que r e p r e s e n t a b a á d i c h a diosa, y u n a e s c a l e r a mo- dera, de mármol ó de
numental, que llevaba á los P r o p í l e o s . marfil, y que está re-
vestido de oro, y car-
9 5 . L a a r q u i t e c t u r a g r i e g a . — Los m e j o r e s edificios gado de vestidos y de Ordenes arquitectónicos.
e r a n c o n s t r u i d o s p a r a h o n r a r á los dioses, y c u a n d o s e j°yas. Dórico. Jónico. Corintio.
h a b l a de la a r q u i t e c t u r a g r i e g a , n o s r e f e r i m o s á s u s Este santuario, espe-
templos. cie de relicario del ídolo, está oculto á todas las miradas por
 todos sus lados. Pava penetrar en él se atraviesa una especie mutilados, derruidos, á menudo reducidos á unas h i l e r a s '
de pórtico, formado por hileras de c o l u m n a s . d e c o l u m n a s ; y sin e m b a r g o , a u n así, t r a n s p o r t a n de e n - ,
Varias filas de éstas rodean por los cuatro costados el tem- t u s i a s m o al q u e los c o n t e m p l a .
plo, formando alrededor de la pared de! santuario como una 9 8 . L a e s c u l t u r a . — E n t r e l o s egipcios y l o s asirios,
segunda envoltura que protege al dios y á sus tesoros. Hay tres
la e s c u l t u r a n o e r a m á s q u e u n a d o r n o accesorio de los
especies ó, como se dice, tres ó r d e n e s de columnas, que se
diferencian en la base y en el capitel; cada una de ellas lleva edificios; los griegos la c o n v i r t i e r o n en a r t e p r i n c i p a l . Sus
todavía el nombre del pueblo que la imaginó ó que la usó con a r t i s t a s m á s célebres, Fidías, P r a x i t e l e s , Li'sipo, f u e r o n es-
más frecuencia. Nombrándolos según su antigüedad, son los cultores.
órdenes dórico, jónico y corintio; el carácter del edificio era el E n Grecia h u b o m i l e s d e e s t a t u a s , p u e s c a d a ciudad
de sus columnas, por lo cual se le calificaba con uno de aquellos poseía l a s suyas, y l o s escultores p r o d u j e r o n sin cesar d u -
tres nombres. r a n t e cinco si-
Estos templos griegos parecen á primera vista edificios sen- glos ; pero d e
cillos y desnudos; la fachada consiste en un cuadrado coronado todo este i n n u -
" por un triángulo. De la primera ojeada no se ven sino líneas merable pueblo,
rectas y cilindros ; pero considerando las cosas con mayor
a p e n a s nos q u e -
atención, « se descubre que d e todas esas líneas al parecer
dan unas quince
rectas, no hay ninguna que lo sea verdaderamente. » Las co-
lumnas son algo hinchadas por la parte media y las líneas e s t a t u a s intac-
horizontales abombadas en el centro. Todo esto se encuentra tas. Ni s i q u i e r a
trabajado con tal primor, que h a habido necesidad de practicar u n a de las o b r a s
muchas medidas para descubrir el artificio. Los arquitectos maestras famo-
o-riegos habían comprendido que para producir un conjunto sas entre los
armonioso, era necesario evitar las líneas geométricas, que griegos h a lle-
pax'ecen muy tiesas, para tener en cuenta las ilusiones de la g a d o h a s t a nos-
perspectiva. » otros. N u e s t r a s
9 7 . La a r q u i t e c t u r a g r i e g a e r a a l m i s m o t i e m p o sólida y estatuas más fa-
m o s a s son ó co-
p i a s , como l a
V e n u s de Milo,
ú o b r a s de la
V e n u s d e Milo. Apolo d e l B e l v e d e r e .
época de deca-
d e n c i a , c o m o el Apolo del Belvedere. Sin e m b a r g o , j u n -
t a n d o los f r a g m e n t o s d e e s t a t u a s y d e b a j o s relieves q u e
se s i g u e n d e s e n t e r r a n d o , se p u e d e f o r m a r u n a idea g e -
n e r a l de la e s c u l t u r a griega.

9 9 . Los a r t i s t a s d e ese país p r o c u r a b a n a n t e todo r e p r e -

El P a r t e n ó n . ( E s t a d o a c t u a l . )
e l e g a n t e , sencilla y e s t u d i a d a . Casi todos s u s t e m p l o s h a n
desaparecido, y apenas q u e d a n acá y acullá unos cuantos,
s e n t a r los c u e r p o s m á s h e r m o s o s , en a c t i t u d e s t r a n q u i l a s
y nobles.
Nadie h a r e p r o d u c i d o m e j o r e l c u e r p o h u m a n o . O r d i n a -
r i a m e n t e , e n u n a e s t a t u a griega l a cabeza es p e q u e ñ a , el
r o s t r o i n m ó v i l y desprovisto de e x p r e s i ó n , cosa q u e los
g r i e g o s n o b u s c a b a n , c o m o lo h a c e m o s nosotros, p u e s su
SEIGXOBOS. — Compendio. 3
principal p r e o c u p a c i ó n e r a la belleza d e l a s l í n e a s y n o
sacrificaba« los m i e m b r o s á la c a b e z a . Lo bello e u u n a
e s t a t u a griega es el c u e r p o e n t e r o .
Ahora b i e n , s i los g r i e g o s h a n d e j a d o h u e l l a i n d e l e b l e ,
figurando -como u n g r a n p u e b l o , en la h i s t o r i a d e la civili-
zación, es p o r q u e f u e r o n u n a n a c i ó n de a r t i s t a s » p u e s n i
sus p e q u e ñ o s estados n i s u s r e d u c i d o s e j é r c i t o s d e s e m p e -
ñ a r o n g r a n p a p e l en el m u n d o . P o r esto es e l siglo V el
p r i n c i p a l m o n u m e n t o e n la h i s t o r i a de G r e c i a ; p o r esto e s
c é l e b r e A t e n a s e n t r e todas l a s c i u d a d e s h e l é n i c a s .
CONQUISTA D E ASIA POR LOS GRIEGOS.
100. L o s r e y e s d e Macedonia. —Los macedonioseran
u n p u e b l o q u e h a b í a c o n s e r v a d o sus c o s t u m b r e s r u d a s y
g r o s e r a s ; se p a r e c í a n á l o s a n t i g u o s d o r i o s , y e r a n , c o m o
éstos, u n a n a c i ó n de p a s t o r e s y d e s o l d a d o s . H a b i t a b a n
c o m p l e t a m e n t e a l n o r t e d e la Grecia, en dos g r a n d e s
valles que t i e n e n s a l i d a a l m a r . Los griegos l o s t e n í a n en
poco, m i r á n d o l o s corno m e d i o b á r b a r o s ; p e r o en el a ñ o
360 subió al t r o n o u n h o m b r e j o v e n , activo, a t r e v i d o y
ambicioso : F i l i p o . Éste s e p r o p u s o t r e s cosas :
I o . C o n s t i t u i r u n sólido e j é r c i t o ;
2 o . C o n q u i s t a r t o d o s los p u e r t o s d e la c o s t a de Mace-
donia ;
Y 3 o . Obligar á l o s d e m á s g r i e g o s á r e u n i r s e b a j o s u
m a n d o c o n t r a los p e r s a s .
1 0 1 . E n ello e m p l e ó v e i n t i c u a t r o años, l o g r a n d o t o d o s
sus propósitos. Los g r i e g o s l e d e j a r o n h a c e r lo q u e q u i s o ,
y m u c h o s d e ellos lo a d m i r a b a n ; en todas las c i u d a d e s t e -
nía p a r t i d a r i o s q u e t r a b a j a b a n e n su f a v o r . El o r a d o r D e -
m ó s t e n e s t r a t ó e n v a n o d e d e c i d i r á s u s c o m p a t r i o t a s Ios-
a t e n i e n s e s á o p o n e r s e á l a s t e n t a t i v a s del m a c e d o n i o . F i l i p o
tenía r e u n i d o su e j é r c i t o p a r a m a r c h a r al Asia, c u a n d o f u é
a s e s i n a d o . Su h i j o , A l e j a n d r o , a p r o v e c h ó los p r e p a r a t i v o s
hechos.
1 0 2 . A l e j a n d r o . — C u a n d o m u r i ó su p a d r e , t e n í a Ale-
j a n d r o veinte a ñ o s . Era, c o m o t o d o s l o s g r i e g o s d e b u e n a
casa; d i e s t r o e n l o s e j e r c i c i o s d e l c u e r p o , l u c h a d o r vigo-
roso y e x c e l e n t e j i n e t e ( ú n i c a m e n t e él h a b í a p o d i d o d o m a r
su caballo de g u e r r a , Bucéfalo), P e r o a l m i s m o t i e m p o co>
n o c í a la política, l a e l o c u e n c i a y la historia n a t u r a l , p u e s
d e los 13 á los 17 a ñ o s tuvo c o m o m a e s t r o á Aristóteles, e l
p r i m e r sabio d e Grecia. Leía c o n pasión la Miada, d e la cual
d e c í a q u e e r a l a g u i a del a r t e d e la g u e r r a , y cuyos h é r o e s
q a e r í a i m i t a r . Había n a c i d o e n r e a l i d a d p a r a c o n q u i s t a r ,
p u e s le g u s t a b a n los c o m b a t e s y a d o r a b a c o n pasión la gloria.
1 0 3 . Filipo l e h a b í a l e g a d o u n p o d e r o s o i n s t r u m e n t o d e
c o n q u i s t a , el e j é r c i t o m a c e d ó n i c o , el m e j o r de c u a n t o s tuvo
Grecia- E s t a b a f o r m a d o p o r la f a l a n g e d e d o s p e o n e s y u n
c u e r p o d e c a b a l l e r í a . L a f a l a n g e c o m p r e n d í a 16.000 h o m -
b r e s , c o l o c a d o s á 1.000 de f r e n t e y 16 d e f o n d o . Cada u n o
llevaba a n a sarisa, p i c a de 6 m e t r o s d e largo. Los m a c e -
d o n i o s n o m a r c h a b a n s o b r e e l enemigo" en. las b a t a l l a s ,
sino q u e volviéndose t o d o s h a c i a la m i s m a p a r t e , p e r m a -
n e c í a n i n m ó v i l e s y p r e s e n t a b a n s u s picas al c o n t r a r i o , p u e s
l o s d e l a s filas d e a t r á s la e x t e n d í a n p o r e n c i m a d e l a s c a -
b e z a s de los d e delante.. La f a l a n g e p a r e c í a « u n m o n s t r u o
h e r i z a d o de h i e r r o », c o n t r a e l c « a i i b a á e s t r e l l a r s e el
c h o q u e de l o s e n e m i g o s . Mientras e l l a g u a r d a b a e l c a m p o
d e batalla, A l e j a n d r o se l a n z a b a al f r e n t e de su cabaHería
sobre el e j é r c i t o o p u e s t o .
1 0 4 . C o n q u i s t a d e P e r s i a . — A l e j a n d r o p a r t i ó e n la
p r i m a v e r a d e l año 334 c o n 30.000 i n f a n t e s (la m a y o r p a r t e
d e ellos m a c e d o n i o s ) y 4.500 j i n e t e s . En 331 h a b í a g a n a d o
y a t r e s g r a n d e s b a t a l l a s y c o n q u i s t a d o todo e l l m p e r i o p e r s a .
El e j é r c i t o p e r s a e s t a b a m a l a r m a d o y n o s a b í a m a n i o -
b r a r e n c o n t r á n d o s e a d e m á s e m b a r a z a d o p o r l a m a s a de-
l e s soldados, d e ios c r i a d o s y b a g a j e s . Sólo las t r o p a s es-
cogidas c o m b a t í a n ; l a s d e m á s se d e s b a n d a b a n y se d e j a -
b a n m a t a r sin r e s i s t e n c i a . En el i n t e r v a l o d e l a s b a t a l l a s ,
la c o n q u i s t a n o e r a sino u n p a s e o t r i u n f a l . TV'adie resistía.
¿ Q u é i m p o r t a b a á l o s p u e b l o s del I m p e r i o e s t a r s o m e t i d o s
al r e y de P e r s i a ó á A l e j a n d r o ?
1 0 5 . U n a vez d u e ñ o d e l I m p e r i o p e r s a , A l e j a n d r o s e
consideró c o m o e l h e r e d e r o d e l g r a n R e y . A d o p t ó el
t r a j e p e r s a , c e r e m o n i a l d e e s t a c o r t e , y obligó á los g e n e -
rales griegos á p r o s t e r n a r s e a n t e él c o m o lo exigía la eos-,
t u m b r e en dicho p a í s . Casóse con u n a j o v e n p e r s a y 80 d e
s u s oficiales h i c i e r o n otro t a n t o con h i j a s de la nobleza d e
Darío. A l e j a n d r o m u r i ó d e c a l e n t u r a s , en pocos días de e n -
f e r m e d a d , á los t r e i n t a y t r e s a ñ o s (323).
 1 0 6 . L o s r e i n o s h e l é n i c o s de O r i e n t e . — Cada uno
d e s u s g e n e r a l e s constituyó u n r e i n o con l o s despojos del
c o n q u i s t a d o r . P t o l o m e o se q u e d ó con E g i p t o , Seleuco con
la S i r i a , Lisímaco con la H a c e d o n i a . Otros e s t a d o s m á s
p e q u e ñ o s se habían d e s p r e n d i d o ya ó se d e s p r e n d i e r o n del
c u e r p o g e n e r a l m á s t a r d e : en E u r o p a , el E p i r o ; e n Asia
Menor el P o n t o , la B i t i n i a , la « a l a c i a , l a C a p a d o c i a y
P é r g a m o ; — en P e r s i a , la B a c t r i a u a y el reino de los
P a r t o s . Así s e d e s m e m b r ó e l i m p e r i o d e A l e j a n d r o .
1 0 7 . En estos n u e v o s r e i n o s el s o b e r a n o e r a u n g r i e g o ,
q u i e n , a c o s t u m b r a d o á a d o r a r ios dioses g r i e g o s , y á vivir
á la m a n e r a griega, conservaba su l e n g u a , s u religión y s u s
c o s t u m b r e s . Sus vasallos e r a n asiáticos, esto es, b á r b a r o s ;
p e r o t r a t a b a de f o r m a r s e u n s é q u i t o g r i e g o , r e c l u t a n d o su
e j é r c i t o e n t r e los m e r c e n a r i o s h e l é n i c o s , t o m a n d o p a r a ad-
m i n i s t r a r f u n c i o n a r i o s d e su país, y l l a m a n d o á su c o r t e
p o e t a s , filósofos y a r t i s t a s g r i e g o s .
T a n t o s d e éstos se e x t e n d i e r o n p o r Asia, q u e l o s indíge-
n a s a c a b a r o n p o r a d o p t a r el t r a j e , la r e l i g i ó n , l a s c o s t u m -
b r e s y h a s t a la l e n g u a de los g r i e g o s ; e l O r i e n t e d e j ó d e
s e r asiatico, p a r a c o n v e r t i r s e en h e l é n i c o .
1 0 8 . A l e j a n d r í a . — Los r e y e s griegos d e Egipto, des-
c e n d i e n t e s d e P t o l o m e o a c e p t a r o n el título d e F a r a ó n q u e
t o m a b a n los a n t i g u o s soberanos, c i ñ e r o n la d i a d e m a y se
hicieron a d o r a r , como aquéllos, b a j o el t í t u l o d e h i j o s del
Sol; pero t a m b i é n se r o d e a r o n d e griegos y e s t a b l e c i e r o n
su capital en u n a ciudad g r i e g a , s i t u a d a á o r i l l a s del m a r ,
en A l e j a n d r í a , n u e v a población e r i g i d a p o r Orden del
conquistador macedonio.
Hecha desde luego con arreglo á plano determinado, Alejan-
dría era más regular que las restantes ciudades griegas; las
calles'se cortaban en ángulo recto y en toda su longitud la
atravesaba una gran vía de 30 metros de largo.
1 0 9 . El M u s e o era un inmenso edificio de mármol, unido al
palacio real. Los reyes de Egipto habían querido hacer de él
un gran establecimiento científico.
Contenía una magnífica b i b l i o t e c a , cuyo director tenía
orden de comprar cuantos libros pudiese encontrar. Todo libro
que penetraba en Egipto era Uevado á la biblioteca; allí lo co-
piaban, y el propietario recibía una copia á la vez- que una in-
demnización. Así se llegaron á reunir unos 400.000 volúmenes,
número inaudito antes da la invención de la imprenta. Hasta
entonces andaban esparcidos por el. mundo los manuscritos de
las obras célebres, expuestos siempre á perderse; en adelante
se supo dóude encontrarlos.
También había en el museo un jardín botánico y zoológico,
un observatorio de astronomía, una sala de disección, creada
á pesar de las preocupaciones y resistencias de los egipcios, y
hasta un laboratorio de química. El rey Ptolomeo Filadelfo, á
quien horrorizaba la idea de la muerte, pasó allí muchos años
buscando un elixir para prolongar la vida.
1 1 0 . Los sabios del m u s e o d a b a n c o n f e r e n c i a s y l e c t u r a s .
De todos los países griegos a c u d í a n á oirlos, y á A l e j a n d r í a
iban los j ó v e n e s del m u n d o civilizado á e d u c a r s e é i n s -
truirse.
111. Ú l t i m o s t i e m p o s de Grecia. — Á partir del
t i e m p o de A l e j a n d r o , Grecia f u é d e s g a r r a d a p o r las g u e -
r r a s civiles e n t r e ricos y p o b r e s d u r a n t e t r e s siglos, (430
á 150).
Al fin llegó u n t i e m p o en q u e n o q u e d a r o n en l a ciudad
c i u d a d a n o s s u f i c i e n t e s p a r a resistir á u n c o n q u i s t a d o r .
E n t o n c e s se p r e s e n t a r o n los r o m a n o s , p r i m e r o como
aliados.
P e r o p r o n t o , s i n t i e n d o q u e e r a n los m á s f u e r t e s , quisie-
ron m a n d a r . P a r t e de los griegos se s u b l e v a r o n é i m p r o -
visaron u n e j é r c i t o , q u e f u é deshecho p o r los r o m a n o s .
Como Corinto h a b í a sido el c e n t r o d e la r e s i s t e n c i a , los
r o m a n o s p e n e t r a r o n allí, m a t a r o n á los h o m b r e s , v e n d i e -
r o n á las m u j e r e s y á los n i ñ o s , y s a q u e a r o n é i n c e n d i a r o n
la c i u d a d .
1 1 2 . Después de la d e s t r u c c i ó n de Corinto, Grecia fué
d e c l a r a d a p r o v i n c i a r o m a n a , e n 146.
 /
LA. REPÚBLICA ROMANA.
n i o alado, a p a r e c e s e n t a d o con u n a c o r o n a en la c a b e z a y '
I I I . LA R E P U B L I C A ROMANA. u n a t e a e n la m a n o . Otros d e m o n i o s , a r m a d o s con u n a e s -
p a d a ó u n m a r t i l l o , y con s e r p i e n t e s en l a s m a n o s , r e c i b e n
l a s a l m a s d e los m u e r t o s ; el p r i n c i p a l , C a r ó n , el C a r o n t e
LOS ETRUSCO«.
d e los griegos, viejo d e r e p u g n a n t e figura, lleva un g r a n
mazo con q u e p e g a r á s u s v í c t i m a s . Las a l m a s de los
1 1 3 . L o s e t r u s c o s . — Los e t r u s c o s f u e r o n p a r a los m u e r t o s , los m a n e s , s a l e n t r e s días al año de la m a n s i ó n
a n t i g u o s , como a u n lo son p a r a n o s o t r o s , u n p u e b l o m i s - d e las tinieblas, p a r a vagar p o r k t i e r r a , y a s u s t a r y d a ñ a r
t e r i o s o , q u e n o se parecía en n a d a á s u s vecinos, y cuyo á los vivos. Se las c a l m a o f r e c i é n d o l e s v i c t i m a s h u m a n a s ,
origen era por todos ignorado.
De ellos.no nos q u e d a n m a s q u e a l g u n a s m u r a l l a s y t u m b a s .
C u a n d o s e a b r e u n a d e ésta, se ven, d e t r á s d e u n a p u e r t a de
columnas,
unos cuartos
con camas,
en que se h a -
llan extendi-
d o s los c a -
d á v e r e s ; en
tomo de
ellos, d i s t í n -
g u e n s e alha-
j a s d e oro,
de marfil, de
á m b a r , telas
Interwr d e u n a tumba etrusca. de púrpura, Demonios llevándose á Alcesto á los infiernos (pintara etrusca). ¡jp
muebles, y
sobre todo g r a n d e s vasos p i n t a d o s . En las p a r e d e s se r e p r e - p u e s g u s t a n ^ d e la s a n g r e . Los f a m o s o s c o m b a t e s ele g l a -
s e n t a n c o m b a t e s , j u e g o s , festines y e s c e n a s f a n t á s t i c a s . d i a d o r e s , que a d o p t a r o n los r o m a n o s , e r a n en su origen
1 1 4 . Los f a m o s o s vasos etrimos, q u e se h a n sacado c r u e n t o s sacrificios en h o n r a d e u n d i f u n t o .
p o r m i l l a r e s de las s e p u l t u r a s p a r a a d o r n a r n u e s t r o s m u - 1 1 6 . Los e t r u s c o s p r a c t i c a b a n e í a r t e d e a d i v i n a r l o f u t u r o ,
seos, e r a n i m i t a c i o n e s de los griegos, p e r o e s t a b a n f a b r i - o b s e r v a n d o las e n t r a ñ a s d e las víctimas, el r a y o , y , s o b r e
c a d o s p o r los etruscos. R e p r e s e n t a n e s c e n a s de la m i t o l o - todo, el vuelo d e l a s aves.
gía griega, c o m b a t e s sobre t o d o ; los p e r s o n a j e s , d e color
rojo, se d e s t a c a n sobre f o n d o n e g r o . El augur permanecía en pie, con la cara vuelta hacia el norte,
sosteniendo en la mano un bastón encorvado, con el cual des-
1 1 5 . L a r e l i g i ó n e t r u s c a . — Los e t r u s c o s e r a n u n cribe una línea que corta el cielo en dos regiones; la del este,
pueblo s o m b r í o , q u e creía e n dioses s e v e r o s y a u n m a l - á la dereeha_, es favorable; la de la izquierda, adversa. Otra
vados. linea que corta perpendicular mente la primera, y varias para-
Debajo d e la tierra, en la m o r a d a ele ios m u e r t o s , rei- lelas, forman en el cielo un cuadrado que se llama el templo..
n a b a n dioses siniestros, q u e se v e n r e p r e s e n t a d o s á m e - El augur mira las aves que pasan por ese cuadrado; unas, como
n u d o en vasos e t r u s c o s . El rey d e los i n f i e r n o s , Manto, ge- el águila, son de feliz presagio, otras, como el buho, un pre-
Eagio desdichado. . ' '
 1 1 7 . Los r o m a n o s p u e b l o s e m i - b á r b a r o , i m i t a r o n en
m u c h a s cosas á sus vecinos los e t r u s c o s , m á s civilizados
que ellos, t o m á n d o l e s sobre todo las f o r m a s d e su reli-
gión.
Cuando los romanos fundan una ciudad, siguen el rito etrusco.
El fundador marca con el arado un recinto cuadrado; el arado
tiene una reja de bronce y á él se uncen un toro blanco y una
ternera del mismo color. Algunos hombres siguen al fundador,
y arrojan cuidadosamente todas las motas de tierra hacia la
parte del recinto.' El foso abierto por el arado es sacrosanto, y
nadie puede atravesarlo; para que sea posible penetrar en la
ciudad, es preciso que el fundador interrumpa el foso en ciertos
puntos; al efecto, levanta el arado y lo lleva así un instante;
ese intervalo que la reja no ha tocado es profano, y se convierte
en la puerta de entrada.
R O M .4.
1 1 8 . E l L a c i o . — Los l a t i u o s h a b i t a b a n el p a í s
d e colinas y de c a ñ a d a s situado al s u r del Tíber, q u e
hoy se l l a m a c a m p i ñ a de Roma. Éstos e r a n u n p e q u e ñ o
p u e b l o , cuyo territorio mecMa a p e n a s 270 k i l ó m e t r o s cua-
drados.
R e p a r t í a n s e en p e q u e ñ a s p o b l a c i o n e s i n d e p e n d i e n t e s ,
• c a d a u n a de las c u a l e s tenía su t e r r i t o r i o , su r e c i n t o e d i -
ficado y su g o b i e r n o ; este p e q u e ñ o E s t a d o se d e n o m i n a b a
ciudad.
En la f r o n t e r a del Lacio, p o r la p a r t e d e E t r u r i a , en l a
llanura pantanosa y sembrada de colinas que f o r m a la ri-
b e r a del Tíber, se alzaba la ciudad d e R o m a , c e n t r o del
pueblo romano disperso p o r la c a m p i ñ a . E l p a í s e r a t r i s t e y
e n él r e i n a b a la fiebre; p e r o la p o s i c i ó n e r a b u e n a . E n
efecto, el río servía d e foso c o n t r a e l e n e m i g o e t r u s c o , y
las colinas d e f o r t a l e z a s ; el m a r no se e n c o n t r a b a sino á
seis leguas, lo b a s t a n t e .lejos p a r a n o t e n e r n a d a q u e t e m e r
d e los p i r a t a s , y sin e m b a r g o á p r o x i m i d a d s u f i c i e n t e p a r a
r e c i b i r las m e r c a d e r í a s . e una cualidad, la Juventud, la Concordia, la Salud, la Paz. Otros
119. O r í g e n e s de R o m a . — Nosotros no. conocemos,
r e s p e c t o de los p r i m e r o s siglos de R o m a , m á s que l a s
l e y e n d a s , y los r o m a n o s e s t a b a n tan m a l e n t e r a d o s s o b r e
este p u n t o c o m o n o s o t r o s . Según ellos, l a c a p i t a l h a b í a
e m p e z a d o p o r ser u n a población p e q u e ñ í s i m a , la R o m a
c u a d r a d a , q u e c a b í a t o d a e n t e r a en la colina del P a l a -
tino.
Sé c a l c u l a b a q u e la c e r e m o n i a d e f u n d a c i ó n d e b í a h a -
b e r s e e f e c t u a d o en el año 754 a n t e s d e J.C.
E n l a s d e m á s c o l i n a s , f r e n t e a l P a l a t i n o , se a l z a b a n otras
c i u d a d e s p e q u e ñ a s ; u n a b a n d a de m o n t a ñ e s e s sabinos se
estableció en el Capitolio, o t r a de a v e n t u r e r o s e t r u s c o s en
el Celio.
1 2 0 . Más a d e l a n t e se c o n s t r u y ó o t r a n u e v a m u r a l l a
p a r a c e r r a r el r e c i n t o , d e n t r o d e la c u a l q u e d a r o n l a s
siete colinas. E n t o n c e s el C a p i t o l i o f u é p a r a R o m a lo que la
Acrópolis h a b í a sido p a r a A t e n a s ; e n esa r o c a se alzaban
los t e m p l o s d e las t r e s d i v i n i d a d e s p r o t e c t o r a s d e la c i u -
d a d , J ú p i t e r , J u n o y Minerva, y la c i u d a d e l a d o n d e se con-
s e r v a b a n el t e s o r o y los a r c h i v o s del p u e b l o . Al a b r i r s u s
c i m i e n t o s se e n c o n t r ó , s e g ú n l a l e y e n d a , u n a cabeza de
h o m b r e r e c i é n c o r t a d a ; esto constituía u n feliz p r e s a g i o ,
p u e s significaba q u e R o m a s e c o n v e r t i r í a e n cabeza del
mundo.
L.4 R E L I G I O N ROMAXA.
1 2 1 . L o s d i o s e s r o m a n o s . — Los r o m a n o s c r e í a n ,
c o m o l o s griegos, q u e c u a n t o s u c e d e e n este m u n d o es
o b r a de u n a d i v i n i d a d ; p e r o , e n vez d e u n Dios q u e dirige
todo el u n i v e r s o , a d m i t í a n t a n t a s d i v i n i d a d e s como f e n ó -
m e n o s d i f e r e n t e s veían. Había u n a d i v i n i d a d p a r a h a c e r
q u e se a b r i e r a n las s e m i l l a s , o t r a p a r a c u i d a r la f r u t a .
Cada c u a l t e n í a su n o m b r e , su sexo y s u s f u n c i o n e s .
1 2 2 . Las p r i n c i p a l e s e r a n J ú p i t e r , dios del c i e l o ; J a u o ,
d e dos cabezas (el dios q u e a b r e ) ; M a r t e , de la g u e r r a ;
M e r c u r i o , d e l c o m e r c i o ; V u l c a n o , del f u e g o ; N e p t u n o ,
del m a r ; C e r e s , d e las cosechas ; l a T i e r r a , l a L u n a , J u n o
y Minerva.
Luego venían los dioses secundarios. Unos personificaban
presidian algún acto de la vida : cuando el niño venía al mundo,
había un dios para enseñarlo á hablar, una diosa que le indicaba
el modo de beber, otra para endurecer sus huesos, dos p a r a
llevarlo á la escuela y dos para traerlo á su casa ; en resumen,
una legión de pequeños dioses especiales.-Los había que eran
protectores de una ciudad, de un barrio, de una montaña, de
3.
 :
un bosque; y hasta cada río, cada manantial, cada árbol tenían
su diocesillo particular.
1 2 3 . F o r m a de l o s d i o s e s . — Á1 c o n t r a r i o q u e los grie-
gos, los r o m a n o s no se r e p r e s e n t a b a n s u s dioses con u n a
f o r m a p r e c i s a , y d u r a n t e m u c h o t i e m p o , n o t u v i e r o n en
R o m a n i n g ú n ídolo. J ú p i t e r e r a e n t o n c e s a d o r a d o b a j o la
f o r m a de u n a p i e d r a y Marte b a j o la de u n a e s p a d a . Única-
m e n t e m á s l a r d e f u é c u a n d o i m i t a r o n las e s t a t u a s d e palo
d e los etruscos- ó l a s d e m á r m o l de los griegos. La l e n g u a
l a t i n a poseía u n a voz r e a l m e n t e n o t a b l e p a r a d e s i g n a r á
los dioses; decíase q u e e r a n m a u i f e s t a c i o i i e s , esto es, l a s
de u n a p o t e n c i a divina d e s c o n o c i d a . Hé ahí p o r qué c a r e -
cían d e f o r m a , d e p a r e n t e l a y d e h i s t o r i a . Cuanto se sabía
d e ellos es q u e c a d a UDO m a n d a b a u n a f u e r z a d e la n a t u -
r a l e z a y p o d í a h a c e r b i e n ó m a l á l o s h o m b r e s , según su
voluntad.
1 2 4 . « Los dioses, dice P l a n t o , h a c e n g a n a r d i n e r o al
h o m b r e q u e f a v o r e c e n . » El r o m a n o concibe l a religión
como u n c a m b i o de servicios : él lleva a l dios s u s o f r e n d a s
y sus h o m e n a j e s ; p e r o éste l e d e b e á su vez c i e r t o s b e n e -
ficios. Si d e s p u é s de h a b e r d a d o a l dios, el h o m b r e n o re-
cibe lo q u e e s p e r a , se t i e n e p o r v í c t i m a d e u n e n g a ñ o . .
Durante la enfermedad de Germánico, el pueblo había ofre-
cido sacrificios á los dioses para obtener su curación. Al anun
ciarse la muerte de Germánico, el pueblo irritado derribó los
altares y arrastró por las calles las estatuas de los dioses. Aun
hoy, en nuestros mismos días, el labrador italiano injuria al
santo que no le da lo que le pide.
1 2 5 . E l c u l t o . — El culto c o n s i s t e p u e s , e n h a c e r l o
<jne p l a c e á l o s d i o s e s .
P e r o n o b a s t a con h a c e r e l gasto. Los d i o s e s r o m a n o s s e
p r e o c u p a n m u c h o d e la f o r m a , y exigen q u e todos los a c -
t o s del culto, sacrificios, j u e g o s , d e d i c a t o r i a s , se e f e c t ú e n
co«i s u j e c i ó n á las a n t i g u a s r e g l a s (los ritos).
Cuando se desea ofrecer una víctima á Júpiter, hay que
elegir un animal blanco, echarle encima de la cabeza harina
salada y herirla con u n a hacha; es preciso permaner en pie, conlas
manos alzadas al cielo, residencia del dios, y pronunciar una
fórmula consagrada. Si el ejecutor se equivoca, el sacrificio no
vale nada y el dios no lo agradecerá. Un magistrado hace cele-
brar juegos en honra de los dioses protectores de Rovua, « Si
' cambia una palabra en la fórmula, si un tocador de flauta se
para, si el actor se queda sin poder continuar, los juegos dejan
Sacrificio expiatorio.
de hallarse conformes con los ritos y hay que empezarlos de
nuevo. »
1 2 6 . Los r o m a n o s c r e í a n en los p r e s a g i o s , lo m i s m o
q u e los griegos. Los dioses s a b e n , decían ellos, lo que va
á s u c e d e r , y envían al h o m b r e indicios q u e l e p e r m i t a n
a d v i n a r l o . Antes d e h a c e r n a d a , el r o m a n o c o n s u l t a á l o s
dioses.
1 2 7 . Cuando está á punto de atacar, el general examina las
entrañas de las víctimas; el magistrado mira, antes de abrir la
asamblea, las aves que pasan (esto es lo que se llama tomar los
auspicios). Las señales favorables quieren decir que los dioses
aprueban la empresa; si no, es que ia eensuran. Á menudo
ocurro que los dioses envían un signo sin que se les haya pedido.
Todo fenómeno inesperado pasa por anuncio de un aconteci-
miento. — Como antes de la muerte de César se mostró en el
cielo un cometa, se pensó que anunciaba aquella catástrofe. Si
truena cuando la asamblea del pueblo delibera, es que Júpiter
no quiere que ese día se resuelva nada, y ¡a asamblea se separa.
El hecho más insignificante puede ser interpretado como un
signo : un relámpago, una palabra que se oye, una rata que
atraviesa, el camino, un adivino con quien se tropieza. Así,
cuando Marcelo había resuelto acometer una empresa, se hacia
llevar en una litera cerrada, á fin de estar seguro de no ver
nada que pudiera imponérsele como un presagio.
1 2 8 . Estas no eran supersticiones del populacho. La Repú-
blica sostenía seis augures encargados de predecir el porvenir.
Ese gobierno conservaba cuidadosamente una colección de pro-
fecías, les libros sibilinos. Tení^ p o l l o s s a g r a d a s , cuidados
por los sacerdotes. Ningún acto público, asamblea, elección ó
deliberación se efectuaba sin haber tomado los auspicios, esto LA l A H l I L i H O.HA X A .
es, consultado el vuelo de las aves. — En el año 195, se sabe
que el rayo ha caído sobre un templo de Júpiter y que en la
1 3 1 . L a m u j e r . — La m u j e r r o m a n a no es n u n c a l i -
cabeza de la estatua de Hércules ha salido un cabello; un gober-
nador escribe que acaba d e nacer un pollo con tres patas. El b r e ; c u a n d o j o v e n , p e r t e n e c e á su p a d r e , q u e l e elige es-
senado se reúne para deliberar sobre estos presagios. p o s o ; u n a vez c a s a d a , e n t r a en p o d e r d e su m a r i d o : los
j u r i s c o n s u l t o s dicen q u e está en manos de éste, que es co-
1 2 9 . E l c u l t o d e l o s m u e r t o s . — Los r o m a n o s c r e í a n , mo su hija. En t o d o caso e s t á s o m e t i d a á u n s e ñ o r q u e
c o m o los i n d o s t á n i c o s y l o s griegos, q u e el a l m a sobrevive tiene d e r e c h o d e v i d a y d e m u e r t e sobre ella. Sin e m b a r g o ,
al c u e r p o . Si se t e n í a el c u i d a d o d e e n t e r r a r el c a d á v e r con no se la t r a t a n u n -
a r r e g l o á los ritos, e l a l m a i b a á h a b i t a r d e b a j o de la t i e r r a ca c o m o á esclava,
y s e c o n v e r t í a e n u n d i o s . S i n o , el a l m a n o p o d í a e n t r a r sino q u e es la igual
en la m a n s i ó n d e los m u e r t o s , y v o l v í a á la t i e r r a , á asus- de su m a r i d o e n
t a r á los vivos y á a t o r m e n t a r l o s , con o b j e t o d e q u e le d i e - dignidad, r e c i b e e l
ran sepultura. n o m b r e d e madre
de familia ó matro-
Plinio el Joven cuenta la historia de un fantasma que se pre-
sentaba en una casa, y h a c í a morir de miedo á todos los habi- na, así c o m o el h o m -
tantes; un filósofo, bastante valiente para seguirlo, descubrió en b r e es calificado de
el punto donde el espectro se paraba, huesos que no habían padre de familia ó
sido enterrados según los ritos. — El alma del emperador patrono ; es tan
Calígula anduvo vagando del mismo modo en los jardines del d u e ñ a en l a c a s a
palacio; hubo que desenterrar el cuerpo y enterrarlo de nuevo c o m o su esposo.
regularmente. Ordena á sus m u -
j e r e s esclavas y les
1 3 0 . E r a , p u e s , m u y i m p o r t a n t e , p a r a los vivos y p a r a
indica cuanto tie- Romano. Romana,
los m u e r t o s , q u e j a s p r á c t i c a s religiosas f u e s e n p e r f e c t a -
m e n t e observadas. La f a m i l i a del m u e r t o elevaba u n a p i r a , nen que hacer, en-
sobre la cual se q u e m a b a el cadáver, d e p o s i t a n d o l u e g o c a r g á n d o l a s d e t o d a s las t a r e a s p e n o s a s , la m o l i e n d a de!
cenizas en u n a u r n a q u e s e c o l o c a b a en l a tumba: e s t a e r a g r a n o , la e l a b o r a c i ó n del p a n y l o s t r a b a j o s d e cocina. Se
u n a p e q u e ñ a capilla d e d i c a d a á los dioses manes, es d e c i r , s i e n t a en la s a l a d e h o n o r (el atrio), h i l a y t e j e , d i s t r i b u y e
del a l m a c o n v e r t i d a e n d i o s . Los p a r i e n t e s i b a n e n días á sus esclavas s u s t a r e a s , vigila á los h i j o s y dirige la casa.
d e t e r m i n a d o s á colocar a l i m e n t o s e n las i n m e d i a c i o n e s d e No p e r m a n e c e e n c e r r a d a l e j o s d e los h o m b r e s c o m o la
dicho s e p u l c r o ; sin d u d a s e h a b í a creído en o t r a época q u e . m u j e r g r i e g a , sino q u e c o m e a l a m e s a con su m a r i d o , r e -
el a l m a n e c e s i t a a l i m e n t o , p u e s se d e r r a m a b a e n t i e r r a cibe las visitas, va á c o m e r con su esposo e n casa d e ami-
leche y v i n o , se q u e m a b a l a c a r n e de las víctimas, y se de- gos, se p r e s e n t a en público en l a s c e r e m o n i a s , en el teatro
j a b a n allí c e r c a en vasos l e c h e y p a s t e l e s . y h a s t a a n t e el t r i b u n a l . Sin e m b a r g o , de o r d i n a r i o p e r m a -
nece i g n o r a n t e . Los r o m a n o s n o s e c u i d a b a n p a r a n a d a d e
En cambio, estas a l m a s , c o n v e r t i d a s e n dioses, a m a b a n
i n s t r u i r á s u s h i j a s ; la c u a l i d a d q u e e s t i m a b a n p r i n c i p a l -
y p r o t e g í a n á sus d e s c e n d i e n t e s . De este m o d o c a d a f a m i -
m e n t e en la m u j e r , era la austeridad ; y en s u s t u m b a s
l i a t e n í a sus dioses p r o t e c t o r e s l l a m a d o s l a r e s .
escribían á m a n e r a de elogio : « Cuidó de la casa y supo
hilar la lana. »
1 3 2 . L o s h i j o s . — El hijo r o m a n o p e r t e n e c e a l p a d r e
 c o m o u n a p r o p i e d a d . É s t e tiene d e r e c h o á e x p o n e r l o e n
la calle. Si lo recoge, el n i ñ o e m p i e z a p o r s e r e d u c a d o en
la casa. Las h i j a s p e r m a n e c e n allí h a s t a su c a s a m i e n t o ,
h i l a n d o y t e j i e n d o h a j o la dirección d e sú m a d r e . Los va-
r o n e s t r a b a j a n en el c a m p o con el p a d r e , y se e j e r c i t a n en
el m a n e j o de las a r m a s . Los r o m a n o s n o son u n p u e b l o ar-
t i s t a ; con q u e sus h i j o s s e p a n l e e r , escribir y c o n t a r , se
d a n p o r s a t i s f e c h o s ; n o . l e s e n s e ñ a n m ú s i c a ni p o e s í a . Ade-
m á s , los a c o s t u m b r a n á s e r sobrios, callados, m o d e s t o s en
sus m a n e r a s y obedientes.
1 3 3 . E l p a d r e d e f a m i l i a — Lo q u e n o s o t r o s d e n o -
m i n a m o s d u e ñ o de casa, e r a l l a m a d o padre de familia pol-
los r o m a n o s . Éste es a l m i s m o t i e m p o el p r o p i e t a r i o del
p a t r i m o n i o , el s a c e r d o t e del culto de l o s a n t e p a s a d o s y e l
s o b e r a n o d e l a f a m i l i a . Es u n s e ñ o r a b s o l u t o en su c a s a ;
t i e n e d e r e c h o á r e p u d i a r su m u j e r , d e r e c h a z a r á sus h i j o s ,
d e v e n d e r l o s y c a s a r l o s sin c o n s u l t a r l o s . P u e d e t o m a r
. c u a n t o p e r t e n e c e á s u s d e s c e n d i e n t e s , lo q u e su m u j e r le
t r a e e n d o t e , lo q u e s u s h i j o s g a n a n , p u e s ni éstos ni la .es-
posa pueden ser propietarios. Finalmente posee sobre to-
dos d e r e e h o d e v i d a y d e m u e r t e , es d e c i r q u e a q u é l l o s
n o t i e n e n m á s j u e z q u e él. Si c o m e t e n u n c r i m e n , los
c o n d e n a , n o el m a g i s t r a d o sino el p a d r e de f a m i l i a .
" E 1 marido, decía Catón el Mayor, es juez de su esposa, y
puede hacer de ella lo que quiera. Si ha cometido una falta, la
castiga; si ha bebido vino, la condena; si ha sido infiel, la
mata. » — Cuando Catilina conspiraba contra el Senádo, un
miembro de este cuerpo notó que su hijo tomaba p a r t e en el
complot, por lo cual lo prendió, lo juzgó y lo condenó, á muerte. /
L A C I U D A D R O M A * A.
1 3 4 . L o s c i u d a d a n o s , -r- El p u e b l o e n R o m a e s c o m o '
e n Grecia, n o el c o n j u n t o d e l o s h a b i t a n t e s , s i n o la c o r p o -
r a c i ó n d e los c i u d a d a n o s . No todo el q u e vive en el t e r r i -
torio t i e n e d e r e c h o á este título, sino ú n i c a m e n t e el q u e
posee, d e r e c h o d e c i u d a d . El c i u d a d a n o d i s f r u t a d e n u -
merosos privilegios:
I o . Es .el único m i e m b r o del c u e r p o p o l í t i c o ; el ú n i c o
q u e t i e n e d e r e c h o á v o t a r en las a s a m b l e a s del p u e b l o r o -
m a n o , d e servir e n l a s t r o p a s r o m a n a s , de asistir á l a s ce-
r e m o n i a s s a c r a s de R o m a , d e s e r elegido m a g i s t r a d o r o -
m a n o . Esto es lo q u e se d e n o m i n a derechos públicos.
2 o . El c i u d a d a n o e s el único protegido p o r la ley r o m a n a ;
él sólo tiene d e r e c h o á c a s a r s e l e g í t i m a m e n t e , á s e r p a d r e
d e f a m i l i a , esto es, d u e ñ o a b s o l u t o d e su m u j e r y de s u s
hijos, d e h a c e r su t e s t a m e n t o y d e v e n d e r y c o m p r a r . E s -
tos s o n l o s derechos privados.
1 3 5 . De m a n e r a que l o s c i u d a d a n o s f o r m a n u n a a r i s -
t o c r a c i a en m e d i o d e l o s d e m á s h o m b r e s ; p e r o n o t o d o s
ellos son i g u a l e s u n o s á o t r o s : h a y d i f e r e n c i a s de clase ó
s e g ú n d i c e n los r o m a n o s , de c a t e g o r í a .
1 3 6 . L a s c l a s e s d e l a s o c i e d a d . — E n p r i m e r a fila fi-
g u r a n l o s « o b l e s . Un c i u d a d a n o d i s f r u t a de este título,
c u a n d o u n o d e s u s m a y o r e s h a dirigido u n a magistratura.,
p u e s ésta c o n s t i t u y e en R o m a u n a honra, y e n n o b l e c e a l
h o m b r e q u e l a e j e r c e y t a m b i é n á sus d e s c e n d i e n t e s .
D e s p u é s d e los n o b l e s , v i e n e n los c a b a l l e r o s , q u e son
los c i u d a d a n o s ricos c u y o s m a y o r e s n o h a n d e s e m p e ñ a d o
m a g i s t r a t u r a s . Son c o m e r c i a n t e s , b a n q u e r o s a s e n t i s t a s y
si b i e n n o g o b i e r n a n , á lo m e n o s se e n r i q u e c e n . E n el
t e a t r o t i e n e n a s i e n t o s r e s e r v a d o s d e t r á s de l o s p u e s t o s d e
los n o b l e s .
Los que n o son n o b l e s ni c a b a l l e r o s , f o r m a n l a m a s a
d e l p n e b l o , la p l e b e .
Los ú l t i m o s de todos los c i u d a d a n o s son los l i b e r t o s ,
a n t i g u o s esclavos h i j o s d e ' esclavos. Éstos c o n s e r v a n l a
m a n c h a de su o r i g e n ; n o son a d m i t i d o s en el e j é r c i t o
y v o t a n d e s p u é s que todos los d e m á s .
1 3 7 . L o s m a g i s t r a d o s . — El p u e b l o elige todos los
a ñ o s h o m b r e s q u e lo g o b i e r n e n y l e s delega su p o d e r ab-
s o l u t o ; se l e s l l a m a m a g i s t r a d o s (los q u e d o m i n a n ) . De-
lante de ellos m a r c h a n los lictores, l l e v a n d o u n p a q u e t e d e
v a r i t a s ó haz y u n h a c h a : este s í m b o l o significa que el
m a g i s t r a d o p u e d e , s e g ú n le plazca, c a s t i g a r y d a r la m u e r t e .
T a m b i é n e s t á en s u s a t r i b u c i o n e s p r e s i d i r la a s a m b l e a del
p u e b l o y el s e n a d o , t o m a r a s i e n t o en e l t r i b u n a l y m a n d a r
los e j é r c i t o s ; e n todas p a r t e s h a y q u e o b e d e c e r l e . Convoca
y disuelve según se le a n t o j a la a s a m b l e a , d i c t a solo las
s e n t e n c i a s , h a c e lo que le p a r e c e con los. s o l d a d o s , y h a s t a
m a n d a q u i t a r l e s l a vida sin p r e o c u p a r s e d e .lo q u e p i e n s e n
l o s oficiales.
 Durante una guerra contra los latinos, Manlio, general r o -
mano, había prohibido á los soldados que salieran del campa-
mento. Su hijo, provocado por un guerrero enemigo, sale y mata
al adversario. Manlio hizo prender y ejecutar inmediatamente
á su hijo.
1 3 8 . Según la expresión r o m a n a , el m a g i s t r a d o tiene el
poder de un rey; pero este p o d e r d u r a poco y está r e p a r -
tido. El m a g i s t r a d o n o es elegido m á s q u e p o r espacio d e
u n año y tiene colegas que d i s p o n e n d e p o d e r a n á l o g o al
suyo. En R o m a h a y al m i s m o t i e m p o 2 c ó n s u l e s q u e go-
b i e r n a n a l p u e b l o y m a n d a n los e j é r c i t o s , varios p r e t o r e s
para gobernar y mandar como subalternos y para pronun-
ciar las s e n t e n c i a s . Hay otros m a g i s t r a d o s , 2 c e n s o r e s ,
4 e d i l e s p a r a c u i d a r d e las vías p ú b l i c a s y de los m e r c a d o s ,
10 tribunos de la plebe y cuestores p a r a l l e v a r las c u e n t a s del
Tesoro público.
1 3 9 . E l S e n a d o . — El S e n a d o se c o m p o n e d e 300 p e r -
s o n a j e s poco m á s ó m e n o s , d e s i g n a d o s p o r el c e n s o r . P e r o
éste n o h a c e su elección al a c a s o , y sólo escoge c i u d a d a n o s
ricos, considerados y de g r a n f a m i l i a , antiguos magis-
trados en su m a y o r p a r t e . Casi s i e m p r e d e s i g n a á los q u e
ya f o r m a b a n p a r t e de este c u e r p o , de m o d o q u e o r d i n a -
r i a m e n t e se e r a s e n a d o r p o r t o d a la v i d a . El s e n a d o es,
pues, la r e u n i ó n de los p r i n c i p a l e s p e r s o n a j e s de R o m a ;
de ahí p r o c e d e su a u t o r i d a d . C u a n d o s e , p r e s e n t a u n a cues-
tión c u a l q u i e r a , u n o d e los m a g i s t r a d o s r e ú n e á los s e n a -
d o r e s en un templo,, les e x p o n e el a s u n t o y luego les p r e -
g u n t a « cuál es su p a r e c e r ». Los s e n a d o r e s c o n t e s t a n u n o
á u n o , p o r o r d e n d e d i g n i d a d . Esto es lo q u e se d e n o m i n a
consultar al senado, y la opinión d e l a m a y o r í a es u n s e n a d o
c o n s u l t o . Roma obedece esta o p i n i ó n c o m o u n a o r d e n .
1 4 0 . Así es que el s e n a d o r e s u e l v e t o d o s los n e g o c i o s ;
d e c l a r a la g u e r r a y el n ú m e r o d e l o s e j é r c i t o s ; r e c i b e á
los e m b a j a d o r e s y firma la p a z ; fija los i n g r e s o s y los g a s -
tos. El p u e b l o ratifica s u s d e c i s i o n e s , los m a g i s t r a d o s l a s
e j e c u t a n . El s e n a d o g o b i e r n a á R o m a .
EL EJÉRCITO 1I«MA\0
1 4 1 . E l e j é r c i t o . — P a r a s e r a d m i t i d o á servir en el
e j é r c i t o r o m a n o , n o es b a s t a n t e s e r c i u d a d a n o sino q u e se
necesita a d e m á s p o s e e r r e c u r s o s suficientes p a r a a r m a r s e
y e q u i p a r s e k c o s t a p r o p i a , p u e s el E s t a d o n o s u m i n i s t r a -
a r m a s al s o l d a d o y, h a s t a 402, ni s i q u i e r a le p a g a b a s u e l d o .
Los ú n i c o s a d m i t i d o s en los a l i s t a m i e n t o s , son los c i u d a -
danos q u e d i s f r u t a n d e u n a p e q u e ñ a f o r t u n a . Los p o b r e s
( d e n o m i n a d o s proletarios) e s t á n e x e n t o s del servicio ó,
m e j o r dicho, n o t i e n e n d e r e c h o á servir. Todo c i u d a d a n o
b a s t a n t e rico p a r a s e r a d m i t i d o e n el e j é r c i t o , debe a l E s -
t a d o veinte c a m p a ñ a s ; m i e n t r a s no l a s h a h e c h o , p e r m a -
n e c e á disposición del g e n e r a l , y esto d e s d e los 17 h a s -
ta los 46 años.
1 4 2 . El e j é r c i t o r o m a n o h a b í a e m p e z a d o ,por l l a m a r s e
l e g i ó n (la leva). C u a n d o el p u e b l o a u m e n t ó , h u b o varias
l e g i o n e s en vez de u n a sola. E s t e c u e r p o es u n a u n i d a d c o m -
p u e s t a de 4 200 á oOOt) h o m b r e s , todos c i u d a d a n o s r o m a n o s .
Pero l a s l e g i o n e s c o n s t i t u y e n a p e n a s la m i t a d de los
e j é r c i t o s r o m a n o s . Todos l o s p u e b l o s d e I t a l i a s o m e t i d o s á
R o m a cleben e n v i a r l e sus t r o p a s , y estos s o l d a d o s , q u e
se l l a m a n a l i a d o s , e s t á n á las ó r d e n e s d e oficiales r o m a -
nos. En todo e j é r c i t o r o m a n o , los a l i a d o s son s i e m p r e algo
m á s n u m e r o s o s q u e los c i u d a d a n o s de l a s l e g i o n e s .
1 4 3 . E l c a m p a m e n t o . — El s o l d a d o r o m a n o l l e v a b a
e n c i m a u n a p e s a d a c a r g a , sus a r m a s , sus u t e n s i l i o s ;
víveres p a r a diez y siete días, y u n a e s t a c a , en j u n t o
60 l i b r a s r o m a n a s . De este m o d o , libre d e convoyes y
b a g a j e s , las m a n i o b r a s son m á s r á p i d a s . Cada vez que u n
e j é r c i t o r o m a n o se d e t i e n e , u n a g r i m e n s o r traza u n
r e c i n t o c u a d r a d o , los s o l d a d o s a b r e n á l o l a r g o d e esa
línea u n f o s o p r o f u n d o y la t i e r r a , e c h a d a h a c i a l a p a r t e
de f u e r a , f o r m a u n t a l u d que se g u a r n e c e de estacas. De
este m o d o , e l c a m p a m e n t o q u e d a p r o t e g i d o p o r u n a e m p a -
lizada y u n foso. E n esa fortaleza i m p r o v i s a d a , e s t a b l e c e n
los s o l d a d o s sus tiendas, en m e d i o d e las c u a l e s se alza el
pretorio, ó t i e n d a del g e n e r a l . Varios c e n t i n e l a s e s t á n d e
g u a r d i a d u r a n t e l a n o c h e . Así se e n c u e n t r a el e j é r c i t o a l
abrigo de t o d a s o r p r e s a .
1 4 4 . L a d i s c i p l i n a . — El e j é r c i t o r o m a n o e s t á s o m e t i d o
á d i s c i p l i n a r u d í s i m a . El g e n e r a l tiene d e r e c h o d e vida y
m u e r t e s o b r e todos s u s h o m b r e s .
El soldado cpie abaudona su puesto ó que huye durante la
batalla, es condenado ó muerte; los lictores lo amarran en un
 poste, le dan de azotes y le cortan la cabeza, ó bien sus com-
pañeros lo acaban á palos. Cuando todo un cuerpo de tropas se
ha amotinado, el general divide los culpables en grupas de
diez, y de cada uno de ellos se saca por sorteo un hombre que
es ejecutado; esto se llama (¡simarlos (de decimus, décimo).
Los restantes quedan reducidos á 110 comer más que pan de
cebada y acampan fuera del recinto, con lo cual están siempre
expuestos á una sorpresa. Los romanos no admiten que sus
soldados se dejen vencer ó caigan prisioneros. En la batalla de
Launes escaparon á la matanza 3000 h o m b í e s ; el Senado los
mandó á servir en Sicilia, sin sueldo y sin honores, hasta que
el enemigo fuera arrojado de Italia : Anníbal ofreció devolver
p o r u u pequeño rescate 8 000 prisioneros que habían hecho los
cartagineses; pero el Senado rechazó la proposición.
1 4 5 . L a g u e r r a . — En R o m a h a b í a u n t e m p l o consa-
g r a d o a l dios Jaíio, c u y a s p u e r t a s p e r m a n e c í a n a b i e r t a s ,
m i e n t r a s el pueblo estaba en g u e r r a con a l g u i e n . P u e s bien,
d u r a n t e oOO años que d u r ó la R e p ú b l i c a , este t e m p l o no se
cerró m á s que u n a vez, y eso p o r corto p e r í o d o ; d e m o d o
q u e R o m a vivió en e s t a d o d e g u e r r a , y c o m o t e n í a el
e j e r c i t o m e j o r de a q u e l l a época, acabó p o r v e n c e r á los
d e m á s p u e b l o s y p o r c o n q u i s t a r el m u n d o a n t i g u o . '
1 4 6 . Cuando un general ha obtenido una gran victoria, el
Senado le permite como honor insigne celebrar el t r i u n f o , que
consistía en una procesión religiosa al templo de Júpiter. Al
frente del cortejo marchan los magistrados y los senadores,
despues vienen los carros cargados de botín, los cautivos en-
cadenados á pie. y al fiu, en uua carroza dorada, de la cual
tiran cuatro caballos, el general vencedor coronado de laureles.
Sus soldados le siguen entonando canciones en que la letrilla es
la expresión religiosa : triunfo. La procesión atraviesa la ciudad
engalanada y sube al Capitolio : allí el triunfador coloca la co-
rona de laurel sobre las rodillas de Júpiter y le da gracias por
haberle concedido la victoria. Después de la ceremonia, los cau-
tivos son decapitados, como Vercingitorix, ó echados en un
calabozo para morir allí de hambre como Yugurta, ó por lo
menos, encerrados en una prisión.
14?. E11 las guerras antiguas, el vencedor se apropia cuantc
el vencido poseía, no sólo las armas y bagajes del ejército
•sino el dinero, los muebles, el ganado del pueblo enemigo^
y hasta lo?- hombres, las mujeres y los niños. En Roma no°sc
deja el bolín á los soldados; éste pertenece al pueblo; así
es que f;e venden los objetos y los prisioneros cogidos, y el
p roducto se deposita en el arca pública. De este modo, toda
g j j r r a es para el Estado una operación lucrativa. Los reyes
de Asia habían reunido inmensos tesoros, que los gene-
rales de la República llevaron á Roma. El vencedor de Car-
tazo entregó al Tesoro más de 100 000 libras de plata; el de
Antioco 1Í0 000 de plata y 100 de oro, sin contar las monedas
acuñadas; el de Perseo, 120 millones de sextercios.
1 4 8 . L o s a l i a d o s d e R o m a . — El m u n d o a n t i g u o eslaba
r e p a r t i d o e n t r e g r a n n ú m e r o de r e y e s , de p e q u e ñ o s pue-
blos y d e c i u d a d e s q u e se d e t e s t a b a n u n o s á otros. N u n c a
se p u s i e r o n d e a c u e r d o p a r a resistir, y Roma los f u é ven-
ciendo uno p o r u n o . Los q u e la república no a t a c a b a , p e r -
m a n e c í a n n e u t r a l e s d e j a n d o c o r r e r , y á veces se u n í a n con
los r o m a n o s .
Así o c u r r i ó q u e en la Calía, Marsella f u é la que a b r i ó á
los r o m a n o s el valle del Ródano, y los E d u o s , el p u e b l o d e
A u t u n , q u i e n e s les p e r m i t i e r o n e s t a b l e c e r s e en el corazón
m i s m o del país.
1 4 9 . L a s p r o v i n c i a s . — R o m a sometió todos los
p a í s e s de l a c u e n c a d e l M e d i t e r r á n e o , desde E s p a ñ a
h a s t a el Asia Menor. Estos p a í s e s n o f u e r o n a n e x i o n a d o s , y
los h a b i t a n t e s n o l l e g a r o n á ser c i u d a d a n o s de R o m a , ni
su país u n t e r r i t o r i o r o m a n o . Ú n i c a m e n t e e n t r a r a » en el
I m p e r i o r o m á no, esto es, b a j o la d o m i n a c i ó n d e l p u e b l o
de Roma.
1 5 0 . P e r o p e r m a n e c i e r o n siendo e x t r a n j e r o s y v a s a l l o s
del p u e b l o r o m a n o , al cual debían p a g a r t r i b u t o s , el
diezmo de s u s cosechas, u n a c o n t r i b u c i ó n e n d i n e r o y u n a
" t a s a de t a n t o p o r cabeza. E s t a b a n obligados á o b e d e c e r l e ;
p e r o c o m o el pueblo" n o p o d í a g o b e r n a r p o r sí m i s m o ,
enviaba u n m a g i s t r a d o con misión de g o b e r n a r en su l u g a r .
El p a í s s o m e t i d o á u n g o b e r n a d o r se l l a m a b a p r o v i n c i a
(lo cual significa mission). Á f i n e s de l a República (en el año
46), h a b í a 17, á s a b e r : 10 e n E u r o p a , 5 en Asia y 2 en
África, m u y g r a n d e s en su m a y o r p a r t e . Asi, el t e r r i t o r i o
e n t e r o d e la Galia n o f o r m a b a sino 4 p r o v i n c i a s y e l de
E s p a ñ a 2. Las provincias, dice Cicerón, son l a s p o s e s i o n e s
del pueblo remano.
1 5 1 . L o s p r o c ó n s u l e s . — El p u e b l o e n c a r g a s i e m p r e
d e l gobierno de u n a p r o v i n c i a á u n m a g i s t r a d o q u e a c a b a
d e cesar en su c a r g o .
 El p r o c ó n s u l t i e n e , lo m i s m o q u e el c ó n s u l , p o d e r
a b s o l u t o , que p u e d e e j e r c e r c o m o m e j o r lo e n t i e n d e , p u e s
n a d i e le hace s o m b r a e n su p r o v i n c i a ; allí n o hay otros
m a g i s t r a d o s que le d i s p u t e n el p o d e r , n i t r i b u n o s de la
p l e b e q u e lo c o n t e n g a n , ni s e n a d o q u e lo vigile. Él es
q u i e n m a n d a las t r o p a s , el que l a s d i r i g e y lleva al c o m -
bate, el que las a c a n t o n a d o n d e le p a r e c e . T o m a a s i e n t o
en su t r i b u n a l (pretorio), c o n d e n a n d o á m u l l a , á p r i s i ó n y á
la p e n a de m u e r t e . Dicta d e c r e t o s que t i e n e n f u e r z a de
l e y . Es, 'en s u m a , la ú n i c a a u t o r i d a d s o b e r a n a , p u e s
e n c a r n a al p u e b l o r a m a n o .
1 5 2 . Este g o b e r n a d o r , á q u i e n n a d i e r e s i s t e , es u n ver-
d a d e r o déspota, que p u e d e p r e n d e r , d e t e n e r , c o n d e n a r á
r e c i b i r azotes y a u n la m u e r t e , á los h o m b r e s q u e n o le
cuadren.
Roba los tesoros de las ciudades, "se apodera de las estatuas y
de las joyas colocadas en los templos, cobra á los habitantes
ricos contribuciones en trigo ó dinero. Como puede alojar sus
tropas donde le parece, las ciudades le pagan fuertes sumas
para librarse de esta calamidad ; y como puede condenar á
muerte á todo el mundo, los particulares lo subvencionan para
estar á cubierto. Si pide un objeto de a r t e ó una cantidad
de metálico, ¿quién se atraverá á negársela? Las gentes de su
escolta hacen lo que él, robar tomando su nombre, y saquean
bajo su protección. El gobernador se apresura á reunir dinero,
pues ha de hacer fortuna en un año, al cabo del cual vuelve á
Roma; entonces nombra el pueblo á otro, que principia de
nuevo la,operación.
1 5 3 . No hay, p u e s , q u e e x t r a ñ a r q u e p r o c ó n s u l l l e g a r á
á ser s i n ó n i m o de d é s p o t a .
E s v e r d a d q u e se a d m i t í a q u e u n c i u d a d a n o r o m a n o
a c u s a r a á los d e p r e d a d o r e s d e las p r o v i n c i a s ; p e r o c o m o
u n g o b e r n a d o r era inviolable, no se p o d í a e j e r c e r acción
contra él sino u n a vez q u e cesaba en su c a r g o ; e n t r e t a n t o ,
lo único posible era c o n t e m p l a r l o e n r i q u e c i é n d o s e . Si lo
a c u s a b a n al volver á R o m a , c o m p a r e c í a a n t e u n t r i b u n a l
de n o b l e s y d e p u b l í c a n o s m á s i n t e r e s a d o s e n s o s t e n e r l o
q u e en d a r r a z ó n á los p r o v i n c i a n o s . Si p o r e x t r a o r d i n a r i o
lo c o n d e n a b a el t r i b u n a l , todo se r e d u c í a al d e s t i e r r o , q u e
c u m p l í a en a l g u n a ciudad de Italia d i s f r u t a n d o d e s u s
rapiñas.
LOS EiClAVOS.
1 5 4 . L a e s c l a v i t u d . — Todos los p r i s i o n e r o s de
g u e r r a , todos los h a b i t a n t e s d e u n a ciudad c o n q u i s t a d a
p e r t e n e c e n a l v e n c e d o r , que, Ó les d a m u e r t e Ó los r e d u c e
á e s c l a v i t u d . Tal es e l d e r e c h o a n t i g u o , q u e los r o m a n o s
e j e r c e n en todo su rigor. Los cautivos son t r a t a d o s como
p a r t e del b o t í n , siendo v e n d i d o s á mercaderes de esclavos,
que siguen a l e j é r c i t o , ó b i e n , si se l e s c o n d u c e á R o m a ,
es p a r a s a c a r l o s á p ú b l i c a s u b a s t a . D e s p u é s d e c a d a g u e r r a
se v e n d e n d e esta m a n e r a c o m o esclavos m i l l a r e s d e c a u -
tivos de a m b o s sexos.
E l esclavo p e r t e n e c e á u n d u e ñ o ; así es q u e se le consi-
d e r a n o como u n a p e r s o n a , sino c o m o u n a c o s a poseída.
C a r e c e d e d e r e c h o s , y n o p u e d e s e r c i u d a d a n o n i pro-
pietario, marido ni padre.
1 5 5 . El s e ñ o r p o s e e t o d o s l o s d e r e c h o s s o b r e su
e s c l a v o ; lo m a n d a á d o n d e le p a r e c e , lo h a c e t r a b a j a r
s e g ú n q u i e r e , a u n c u a n d o s e a m á s d e lo que p u e d e , lo
a l i m e n t a m a l , lo castiga, lo t o r t u r a y le da m u e r t e sin q u e .
n a d i e i n t e r v e n g a en el caso. El esclavo debe s o m e t e r s e á
todos los c a p r i c h o s d e su d u e ñ o ; los r o m a n o s l l e g a n á
d e c i r d e é l q u e c a r e c e d e c o n c i e n c i a y que su ú n i c o
d e b e r es la o b e d i e n c i a ciega. Si r e s i s t e , si h u y e , el E s t a d o
p r e s t a a y u d a al p r o p i e t a r i o p a r a v e n c e r su r e s i s t e n c i a ó
r e c o b r a r l o ; y e l h o m b r e q u e d a asilo á u n esclavo fugitivo-
es c u l p a b l e d e r o b o , c o m o si h u b i e s e t o m a d o el b u e y ó el
caballo de otro.
• Los esclavos son m u c h o m á s n u m e r o s o s que los h o m -
b r e s l i b r e s . Los c i u d a d a n o s ricos p o s e e n de 10 á 20 000;
a l g u n o s t i e n e n b a s t a n t e s p a r a l e v a n t a r con ellos u n e j é r -
cito. E n R o m a , n o t e n e r m á s que t r e s esclavos es u n a
s e ñ a l i n f a l i b l e de pobreza.
1 5 6 . T r a t o q u e s e d a b a á l o s e s c l a v o s . — La m a n e r a
d e t r a t a r á los esclavos d e p e n d í a e n t e r a m e n t e del c a r á c t e r
del d u e ñ o .
Pueden citarse propietarios de esclavos ilustrados y huma-
nos, como Cicerón, Séneca, Plinio, que los alimentaban bien,
les hablaban, los hacían sentarse en ocasiones á su mesa, deján-
doles una familia y una pequeña fortuna (peculio). Por el con-
trario, se citan casos en que los dueños trataban sus esclavos
como animales, castigándolos cruelmente y matándolos por
capricho. Los ejemplos abundan. Vedio Pollión, liberto de
Augusto, tenía en su vivero morenas; cuando uno de sus es-
clavos rompía por descuido un vaso, lo echaba vivo en el
depósito del pescado, para que éste lo devorase. — El filósofo
Séneca pinta de esta, m a s e r a la violencia de los amos : « Si un
esclavo tose ó estornuda d u r a n t e la comida, si ahuyenta las
moscas con negligencia, si deja caer una llave con ruido, en-
tramos en verdadero acceso de rabia. Si contesta alzando uu
láato la voz, si su rostro expresa mal humor, ¿ tenemos motivo
para darle de azotes? Á menudo pegamos demasiado fuerte y
/es rompemos un miembro ó un diente. » — Al filósofo Epicteto,
que era esclavo, le rompió efectivamente una pierna su dueño.
La ley no era más suave que las costumbres. Aun en el
siglo I antes de J.C., si un señor había sido asesinad® en su
casa, todos sus esclavas e r a n condena-dos á muerte. Ai propo-
nerse en el senado la abolición de esta ley, un filósofo de los
más estimados, Traseas, pidió la palabra para reclamar que se
la conservase.
157. L a e r g á s t u l a . — ü n a prisión subterránea alum-
brada p o r estrechas ventanas, bastante altas para que no
se p u d i e r a a l c a n z a r l a s c o n la m a n o : esto e r a la er-gásTnia.
Los esclavos que h a l l d e s c o n t e n t a d o á su d u e ñ o , p e r m a n e -
c e n allí d u r a n t e la n o c h e , y p o r el día los m a n d a n á. t r a b a -
j a r c a r g a d o s c o n p e s a d a s c a d e n a s . Muchos d e ellos t e n í a n
en la c a r a m a r c a s t r a z a d a s c o n el h i e r r o h e c h o ascua.
1 5 8 . E l m o l i n o . — Los a n t i g u o s n o p o s e í a n m o l i n o s
mecánicos, y hacían m o l e r s u s c e r e a l e s p o r los esclavos
con m o l i n o s de m a n o . Este e r a el m á s d u r o d e los t r a b a j o s ,
y o r d i n a r i a m e n t e se o r d e n a b a como un castigo. El m o l i n o
de l a a n t i g ü e d a d e r a u n p r e s i d i o .
« Allí, dice Plauto, lloran los miseros esclavos que alimentan
con polenta; allí se oye el chasquido de los látigos y el rechi-
nar de las cadenas. » Tres siglos más tarde, en el siglo II,
el novelador Apuleyo pinta en estos términos el interior de un
molino : « ' ¡ o h dioses, qué miserables hombrezuelos! de piel
lívida, llena de cardenales producidos por los golpes del látigo;...
no tienen más que andrajos de túnica; están marcados en la
frente, con la cabeza afeitada, los pies cogidos en un anillo;
tienen deformado el cuerpo p o r el fuego y los párpados enro-
jecidos por el humo, y el polvo de la harina los cubre por com-
pleto. »
1 5 9 . Los esclavos n o escribían y n o s a b e m o s p o r ellos lo
q u e p e n s a b a n d é s u s s e ñ o r e s ; p e r o é s t o s se s e n t í a n rodea-
dos de odio.
Al saber Pliuio el Menor que uu señor acababa de ser asesi-
nado en el baño por sus esclavos, dice : « Este es el peligro
que á todos nos amenaza, » « Más romanos, dice otro escritor,
han caído victimas del aborrecimiento de sus esclavos que á los
golpes de la tiranía. »
En diversas ocasiones l o s esclavos se alzaron en a r m a s
(las g u e r r a s serviles).
TRANSFORMACIÓN DE LAS COSTUMBRES
E N ROMA.
1 6 0 . I n f l u e n c i a d e O r i e n t e . — L a c o n q u i s t a hizo que
los r o m a n o s viesen d e c e r c a á l o s g r i e g o s y á l o s ' o r i e n -
t a l e s . Miles de e x t r a n j e r o s t r a í d o s c o m o esclavos ó que s e
dirigían á l a capital á h a c e r f o r t u n a se e s t a b l e c i e r o n en
R o m a , u n o s c o m o médicos, o t r o s como p r o f e s o r e s , a d i v i n o s
ó a c t o r e s . — Los g e n e r a l e s , los oficiales y los s o l d a d o s
r o m a n o s vivían e n p l e n a Asia, Así f u é como los romano'?;
conocieron nuevas costumbres y nuevas c r e e n c i a s , que
f u e r o n a d o p t a n d o p o c o á poco. E s t a t r a n s f o r m a c i ó n em-
pieza c o n l a p r i m e r a g u e r r a d e Macedonia (200), y c o n t i n ú a
h a s t a fines del I m p e r i o r o m a n o .
Ya en 220 había en Roma un templo dedicado al dios egipcio
Serapis. El senado mandó derribarlo, y como ningún obrero
se atreviese á tocarlo, fué preciso q-ue el oónsul en persona
atacara las puertas á hachazos.
1 6 1 . I t a l i a se l l e n a de h e c h i c e r o s c a l d e o s . No sólo l a s
gentes del p u e b l o c r e í a n en l o s adivinos.
Cuando los cimbros amenazaron á Roma ('104), se presentó
ante el senado Marta, profetisa de Siria, prometiéndole la vic-
toria. El senado la despidió; pero las señoras romanas la en-
viaron el campamento y el general en jefe, Mario, la conservó
á su lado y la consultó hasta el fin de la guerra. —' Análoga-
mente, Sila vió on sueños la diosa de Gapadoeia y, siguiendo sus
consejos, se puso en camino para Italia,
1 6 3 . L o s e s c é p t i c o s . — No sólo a c u d i e r o n á R o m a
sacerdotes y adivinos, s i n o q u e t a m b i é n se p r e s e n t a r o n
allí f i l ó s o f o s que d e s p r e c i a b a n l a a n t i g u a r e l i g i ó n . El m á s
conocido d e todos ellos, Carneades, e m b a j a d o r d e los
a t e n i e n s e s , h a b l a b a en público e n R o m a y l a j u v e n t u d se
agolpaba p a r a oirle. El s e n a d o lo e x p u l s ó d e la c i u d a d ;
pero los filósofos c o n t i n u a r o n e n s e ñ a n d o e n l a s escuelas
d e Rodas y de A t e n a s , á cuyas a u l a s se h i z o m o d a enviar
l o s j ó v e n e s de R o m a .
1 6 3 . L a s a n t i g u a s c o s t u m b r e s . — Los a n t i g u o s
r o m a n o s h a b í a n sido d u r a n t e m u c h o t i e m p o t r a b a j a d o r e s y
r u d o s c a m p e s i n o s , o c u p a d o s en c u l t i v a r s u s c a m p o s , en
c o m b a t i r y e j u c u t a r l a s prácticas d e su r e l i g i ó n .
Toda la loza de Fabricio se reducía á una copa y un salero.
de plata. — Curio Üentato, el vencedor de los samnitas, estaba
sentado en un banco comiéndos ¡ unas legumbres en una escu-
dilla de palo, cuando se presentaron á ofrecerle dinero los
emisarios de sus enemigos. — Id á decir á los samnitas, con-
testó, que Curio prefiere mandar á los que tienen oro más
bien que poseerlo él mismo. » Hé ahí algunas de las anéc-
dotas que referían sobre los generales de la época primitiva.
Sean ó no verdad, estas leyendas indican la idea que más ade-
lante se formaron en Roma de los primeros r o m a n o s .
1 6 4 . L a s n u e v a s c o s t u m b r e s . — E n el p e r i o d o de
l a s c o n q u i s t a s se a c o s t u m b r a r o n los g e n e r a l e s á m i r a r con
desprecio la vida p e n o s a y g r o s e r a de s u s m a y o r e s , y
a d o p t a r o n otra m á s l u j o s a y a g r a d a b l e . P o c o á poco los
f u e r o n i m i t a n d o los n o b l e s y los ricos y 130 a ñ o s más
t a r d e sólo h a b í a e n Italia g r a n d e s s e ñ o r e s q u e vivían á la
m a n e r a o r i e n t a l , ó con a r r e g l o á la m o d a g r i e g a .
1 6 5 . Estos hicieron edificar casas con i n m e a s o s jardines po-
blados de estatuas, residencias campestres suntuosas, que pe-
netraban en el mar, ó en medio de grandes h u e r t o s . Rodeáronse
también de esclavos y tanto ellos como sus m u j e r e s sustituyeron
sus trajes de lana por otros de gasa, de seda y de oro. En sus
banquetes hacían ostentación de tapices b o r d a d o s , de mantas
de púrpura y de su vajilla de oro y plata (Sila poseía 150 pla-
tos de plata; los objetos análogos de Marco Druso pesaban
10 000 libras).
Al mismo tiempo se introdujo la cocina alambicada y cos-
tosa de oriente, los pescados exóticos, los s e s o s de pavo real
y las lenguas de pájaros.
1 6 6 . Los r o m a n o s vieron en Grecia l o « m o n u m e n t o s ,
las e s t a t u a s y los c u a d r o s que d e s d e h a c í a s i g l o s se a m o n -
t o n a b a n en l a s c i u d a d e s ; c o n o c i e r o n a d e m á s á los literatos
y filósofos, y m u c h o s de ellos se a f i c i o n a r o n á las cosas
b e l l a s y á la v i d a i n t e l e c t u a l .
E n t o n c e s f u é m o d a en R o m a h a b l a r , y a u n escribir en
griego. Los n o b l e s q u i s i e r o n p a r e c e r i n t e l i g e n t e s e n pin-
t u r a y e s c u l t u r a y a d q u i r i e r o n p o r m i l e s las e s t a t u a s ,
los f a m o s o s « b r o n c e s de Corinto », c o l e c c i o n á n d o l o s e n
s u s palacios.
1 6 7 . C a m b i o e n l a v i d a de l a s m u j e r e s . -— Las
d a m a s r o m a n a s n o t a r d a r o n e n aficionarse á las r e l i g i o n e s
y al lujo oriental.
Las nobles d e j a r o n d e t r a b a j a r y d e p e r m a n e c e r en s u s
casas, y s a l i e r o n en c a r r u a j e s magníficos, f r e c u e n t a n d o
a d e m á s el t e a t r o , el circo, los b a ñ o s , l o s sitios d o n d e se
r e u n í a el p ú b l i c o . Como e s t a b a n d e s o c u p a d a s y e r a n igno-
r a n t e s , n o t a r d a r o n en c o r r o m p e r s e . E n la nobleza se con-
taban como excepciones las m u j e r e s honradas; la antigua
d i s c i p l i n a d e la f a m i l i a d e s a p a r e c i ó .
1 6 8 . En otro t i e m p o , sólo e l m a r i d o t e n í a d e r e c h o á
repudiar á su m u j e r , y la c o s t u m b r e era n o e j e r c i t a r este
. d e r e c h o m á s q u e en los casos m u y graves. A h o r a , la m u j e r
a d q u i r i ó la f a c u l t a d d e s e p a r a r s e d e su m a r i d o . E n c o n s e -
c u e n c i a , n a d a m á s fácil q u e d e s h a c e r u n m a t r i m o n i o ; p a r a
ello n o e r a n n e c e s a r i o s ni u n a s e n t e n c i a ni u n m o t i v o .
B a s t a b a con q u e el esposo d e s c o n t e n t o d i j e s e al otro :
« T o m a lo tuyo y d a m e lo m í o ». D e s p u é s del divorcio,
a m b o s p o d í a n c a s a r s e en s e g u i d a , a u n la m u j e r .
En la alta sociedad se llegó de este modo á considerar al ma-
trimonio como una unión pasajera. Sila tuvo cinco mujeres,
César cuatro, Pompeyo cinco y Antonio cuatro. La hija de
Cicerón tuvo tres maridos. Hortensio se divorció para dar su
mujer á un amigo. « Hay mujeres nobles, dice Séneca, que
cuentan los años, no por los cónsules, sino por el número de
sus esposos. »
1 6 9 . Sin e m b a r g o , esta c o r r u p c i ó n se limitó al p a t r i c i a d o
r o m a n o y á l o s advenedizos. E n l a s f a m i l i a s de Italia y d e
las p r o v i n c i a s se c o n s e r v a r o n d u r a n t e siglos t o d a v í a l a s
c o s t u m b r e s severas de los t i e m p o s a n t i g u o s .
4
SEIGNOBOS. — Compendio.

D E S T R U C C I Ó N D E L.A B E P L B L I C A .
1 7 0 . D e s a p a r i c i ó n d e l p u e b l o r o m a n o . — Catón el
Mayor dice, e n su libro s o b r e l a a g r i c u l t u r a : « C u a n d o
nuestro mayores q u e d a n elogiar á un hombre, decían de
é l : b u e n l a b r a d o r , b u e n c u l t i v a d o r , y este elogio p a r e c í a
el m a y o r de lodos. »
El a n t i g u o pueblo r o m a n o s e c o m p o n í a d e p e q u e ñ o s
p r o p i e t a r i o s que c u l t i v a b a n p e r s o n a l m e n t e s u s t i e r r a s .
1 7 1 . Estos vivían del c u l t i v o d e l t r i g o ; p e r o c u a n d o
R o m a e m p e z ó á r e c i b i r los c e r e a l e s d e Sicilia y de Á f r i c a ,
a q u e l a r t i c u l o b a j ó t a n t o , q u e los l a b r a d o r e s i t a l i a n o s n o
p u d i e r o n s e g u i r s a c a n d o d e su c o s e c h a d i n e r o b a s t a n t e
para, s o s t e n e r s o s f a m i l i a s y c o s t e a r los gastos d e l servicio
m i l i t a r . E n t o n c e s tenían q u e v e n d e r sus t i e r r a s y u n v e c i n o
rico las c o m p r a b a ; así s e f o r m a r o n , c o n p e q u e ñ a s p r o -
p i e d a d e s , g r a n d e s h a c i e n d a s ; e l d u e ñ o d e estos vastos d o -
m i n i o s , c o n v e r t í a la t i e r r a e n p r a d o s , y e n v i a b a esclavos á
cultivar ó á g u a r d a r sus rebaños. De este m o d o n o t a r d ó e l
suelo de Italia e n e s t a r dividido e n g r a n d e s d o m i n i o s , c u -
b i e r t o s p o r m a n a d a s d e esclavos. « t a s g r a n d e s h a c i e n -
d a s , d e c í a P l i n i o el Mayor, h a n p e r d i d o á Italia. »
1 7 2 . L a p l e b e u r b a n a . — Al paso q u e los c a m p o s
iban q u e d á n d o s e sin g e n t e , la c i u d a d d e R o m a veía a u m e n -
tar c o n s i d e r a b l e m e n t e s u p o b l a c i ó n , c o m p u e s t a de c a m -
p e s i n o s a r r u i n a d o s , q u e la m i s e r i a obligaba á i r á la c i u d a d ,
y d e los l i b e r t o s y sus h i j o s . Los h a b í a d e todas p a r t e s d e l
m u n d o : griegos, sirios, egipcios, asiáticos, a f r i c a n o s , e s -
pañoles, galos, a r r e b a t a d o s á s u s países respectivos, v e n -
d i d o s corno esclavos, m a n u m i t i d o s m á s t a r d e y q u e , a l c o n -
vertirse e n ciudadanos, se q u e d a b a n en R o m a . E r a este u n
p u e b l o n u e v o que sólo t e n í a de r o m a n o el n o m b r e .
Un día Escipión, el vencedor de Cartago y de Numancia,
estaba harengando al pueblo en el foro, cuando lo i n t e r r u m -
pieron los gritos de la multitud : « ¡ Silencio, gritó entonces,
falsos hijos de Italia! Todo eso es inútil; nanea me arredrará
el clamoreo de los que traje encadenados á Roma, auuque ahora
estén sueltos. »
1 7 3 . Este p o p u l a c h o ocioso y p o b r e l l e n a b a l a plaza
p ú b l i c a los días de elección, h a c í a las leyes y n o m b r a b a
los m a g i s t r a d o s . Los c a n d i d a t o s p r o c u r a b a n captárselos,
dando al efectoespectáculos}-comidas públicas, y haciendo
r e p a r t o s d e víveres. Hasta llegaban á c o m p r a r l o s votos.
Esta v e n t a se e f e c t u a b a á la faz de l o d o s ; el d i n e r o e r a e n -
t r e g a d o á r e p a r t i d o r e s q u e lo d i s t r i b u í a n á los votantes.
1 7 4 . T r a n s f o r m a c i ó n d e l e j é r c i t o r o m a n o . — El e j e r -
cito r o m a n o se t r a n s f o r m ó a l m i s m o t i e m p o q u e el p u e b l o .
Mario e m p e z ó á a d m i t i r e n l a s l e g i o n e s c i u d a d a n o s indi-
g e n t e s q u e se alistaban p a r a h a c e r f o r t u n a . No t a r d o el
e j é r c i t o e n e s t a r lleno de a v e n t u r e r o s q u e i b a n á p e l e a r ,
n o p o r c u m p l i r con u n d e b e r , sino p a r a e n r i q u e c e r s e
s a q u e a n d o al vencido.
E r a n , p u e s , soldados d e oficio. Se a l i s t a b a n p o r veinte
a ñ o s , y t e r m i n a d o este p e r í o d o , l o h a c í a n d e n u e v o con
¿ f a v o r s u e l d o , c o n v i r t i é n d o s e e n veteranos. E s t a s - g a s t e s n o
r e c o n o c í a n al s e n a d o n i r e s p e t a b a n l a s l e y e s ; sólo o b e d e -
c í a n á su g e n e r a l .
1 7 5 . G u e r r a s c i v i l e s . — La revolución e r a i n e v i t a b l e ;
p e r o n o o c u r r i ó en seguida, sino q u e t a r d ó m á s de v e i n t e
a ñ o s e n e f e c t u a r s e (135-27). El s e n a d o resistía, y a u n q u e
e r a y a "demasiado débil p a r a g o b e r n a r p o r si m i s m o , le
q u e d a b a a ú n f u e r z a suficiente p a r a i m p e d i r que d o m i n a r a
otro p o d e r . Los g e n e r a l e s s e b a t í a n u n o s con o t r o s p a r a
s a b e r q u i é n s e r í a d u e ñ o . D u r a n t e u n siglo, los r o m a n o s y
s u s s ú b d i t o s vivieron en c o n t i n u a s r e v u e l t a s y g u e r r a s
c i v i l e s , g u e r r a s e n t r e Mario y Sila, e n t r e P o m p e y o y S e r -
torio, César y P o m p e y o , B r u t o y Antonio, A n t o n i o y Oc-
tavio.
1 7 6 . Todo el m u n d o s u f r í a p o r c a u s a d e e s t a s g u e r r a s .
Los h a b i t a n t e s de l a s p r o v i n c i a s e r a n s o m e t i d o s á t r i b u t o ,
m a l t r a t a d o s , a s e s i n a d o s p o r las t r o p a s ; cada u n o d e los
a d v e r s a r i o s l o s obligaba á p o n e r s e d e su p a r t e , y el v e n c e -
d o r l o s castigaba p o r h a b e r seguido a l vencido. Al fin h u b o
u n g e n e r a l , Octavio, que l o g r ó d e s h a c e r s e d e s u s r i v a l e s ;
d u r a n t e a l g u n o s años Augusto f u é e l d u e ñ o d e R o m a , a u n -
q u e s i n o s t e n t a r n i n g ú n t i t u l o . Nadie p e n s a b a en resis-
t i r l e . Había c e r r a d o el t e m p l o d e J a n o y d a d o l a p a z a l
m u n d o , y esto e r a lo q u e el m u n d o q u e r í a . El g o b i e r n o d e
la r e p ú b l i c a p o r el s e n a d o sólo r e p r e s e n t a b a el s a q u e o y
l a g u e r r a civil. Todos d e s e a b a n u n s e ñ o r b a s t a n t e p o d e -
roso p a r a p o n e r t é r m i n o á l a s g u e r r a s y r e v o l u c i o n e s .
 sino e n t r e sus esclavos, de los c u a l e s se c o n s i d e r a b a s e g u r o .
IV. EL IMPERIO ROMANO. Los s e c r e t a r i o s , los h o m b r e s d e confianza, los m i n i s t r o s
del e m p e r a d o r f u e r o n sus l i b e r t o s , la m a y o r p a r t e e x t r a n -
j e r o s , v e n i d o s de Grecia ó de O r i e n t e , g e n t e s d i e s t r a s , h á b i -
1 7 7 . E l e m p e r a d o r . — En e l n u e v o r é g i m e n , f u n d a d o l e s en la l i s o n j a , de espíritu inventivo y fácil p a l a b r a . Á m e -
p o r el v e n c e d o r Octavio, la a u t o r i d a d a b s o l u t a p e r t e n e c e á n u d o ocurría q u e el e m p e r a d o r , h a r t o d e a s u n t o s serios,,
u n solo h o m b r e . L l á m a s e l e e m p e r a d o r ( h o m b r e que i m - los d e j a b a g o b e r n a r , y, s e g ú n o c u r r e en l a s m o n a r q u í a s
p e r a y m a n d a ) . Es q u e , en efecto, e n él se r e ú n e n todos a b s o l u t a s , en vez de a y u d a r a l s e ñ o r , lo r e e m p l a z a b a n .
los p o d e r e s q u e t e n í a n los a n t i g u o s m a g i s t i ' a d o s .
Los libertos de Claudio, P a l l a s y Narciso, d i s p o n í a n d e los
Y p a r a p a t e n t i z a r q u e esta a u t o r i d a d h a c e d e él u n ser e m p l e o s y de la j u s t i c i a ; Helio, l i b e r t o de N e r ó n , h a c í a
s o b r e h u m a n o , se le otorgó u n calificativo religioso : A u -
g u s t o (el v e n e r a b l e ) .
1 7 8 . El i m p e r i o n o se estableció p o r m e d i o d e u n a re-
volución r a d i c a l . El n o m b r e de república no q u e d a s u p r i -
m i d o , y , d u r a n t e m á s de t r e s siglos, l o s e s t a n d a r t e s de los
s o l d a d o s c o n t i n u a r á n o s t e n t a n d o l a s iniciales SPQR (se-
n a d o y p u e b l o r o m a n o ) . P e r o el p o d e r q u e varios p e r s o n a j e s
e j e r c í a n se h a c o n c e n t r a d o en amo solo, q u i e n , en vez d e
p o s e e r l o p o r espacio d e u n año n a d a m á s , lo c o n s e r v a t o d a
la vida. El e m p e r a d o r es e l m a g i s t r a d o ú n i c o y vitalicio
de la r e p ú b l i c a ; el p u e b l o r o m a n o s e e n c a r n a en él.
1 7 9 . L o s p r e t o r i a n o s , — Bajo l a r e p ú b l i c a e s t a b a p r o -
hibido á los g e n e r a l e s l l e v a r sus s o l d a d o s á la c i u d a d . El
e m p e r a d o r , j e f e de todos los e j é r c i t o s , tuvo en R o m a su
escolta m i l i t a r ( p r e t o r i o ) , u n c u e r p o de 10000 h o m b r e s
p r ó x i m a m e n t e , a c u a r t e l a d o d e n t r o d e la capital. Los p r e -
t o r i a u o s e r a n r e c l u t a d o s e n t r e los a n t i g u o s s o l d a d o s y r e -
cibían u n sueldo m a y o r q u e los o t r o s y f r e c u e n t e s g r a t i -
ficaciones. Apoyado e n estos v e t e r a n o s , el e m p e r a d o r no
l'relorianos romauos.
t e n í a n a d a q u e t e m e r de los d e s c o n t e n t o s de R o m a ; p e r o
e l p e l i g r o m a y o r e r a n los p r e t o r i a n o s m i s m o s , los c u a l e s , e j e c u t a r á c a b a l l e r o s y á s e n a d o r e s , sin t o m a r s e el trabaj,,
s i n t i e n d o q u e t e n í a n l a f u e r z a en s u s m a n o s , c r e í a n q u e de a v i s a r , d e ello á su a m o .
todo les e r a l í c i t o ; su j e f e , el prefecto del pretorio, e r a en 1 8 1 . Nada i n d i g n a b a t a n t o c o m o esto á las f a m i l i a s no-
ocasiones m á s e m p e r a d o r que el q u e l l e v a b a este título. bles d e R o m a . « Los p r í n c i p e s , dice un e s c r i t o r de e n t o n c e s ,
1 8 0 . L o s l i b e r t o s d e l e m p e r a d o r . — Desde q u e el son s e ñ o r e s d e los c i u d a d a n o s , y esclavos d e s u s l i b e r t o s . »
g o b i e r n o d e u n o solo h a b í a r e e m p l a z a d o al g o b i e r n o de E n t r e los e s c á n d a l o s q u e se r e p r o c h a b a n á l o s e m p e r a d o r e s ,
varios, el] ú n i c o m a g i s t r a d o e r a el e m p e r a d o r . Todos los u n o de los m á s g r a v e s f u é el d e h a c e r g o b e r n a r á los ciu-
a s u n t o s d e l i m p e r i o , esto es, de 80 m i l l o n e s de h o m b r e s , d a d a n o s r o m a n o s p o r a n t i g u o s esclavos.
dependían de él. Era indispensable q u e para tan formidable 1 8 2 . C a r a c t e r e s d e l o s e m p e r a d o r e s . — El e m p e -
t r a b a j o tuviese a u x i l i a r e s . Tomólos, e f e c t i v a m e n t e , p e r o no r a d o r estaba investido p o r t o d a la vida d e u n p o d e r i l i m i -
é n t r e l o s h o m b r e s d e f a m i l i a ilustre, d e q u i e n e s d e s c o n f i a b a , t a d o , e x o r b i t a n t e , q u e a p e n a s t e p u e d e concebir, p u e s
4.
d i s p o n í a á s u antojo d e l a s p e r s o n a s y d e los b i e n e s , con-
d e n a n d o , c o n f i s c a n d o , y h a s t a a p l i c a n d o , s i n m á s r e g l a q u e su
capricho, la pena de m u e r t e . N i n g u n a i n s t i t u c i ó n , n i n g u n a
ley p o n í a n f r e n o á su v o l u n t a d . « L a o r d e n d e l e m p e r a -
d o r t i e n e f u e r z a d e l e y », dicen h a s t a l o s j u r i s c o n s u l t o s .
Pocos h o m b r e s h a b í a d e i n t e l i g e n c i a b a s t a n t e r o b u s t a
p a r a no s e n t i r vértigo a! v e r s e t a n p o r e n c i m a d e l o s r e s -
t a n t e s c i u d a d a n o s . La m a y o r p a r t e d e los e m p e r a d o r e s no
a p r o v e c h a r o n su i n a u d i t o p o d e r m á s q u e p a r a h a c e r pro-
verbial su n o m b r e : Tiberio, Nerón y Domiciano p o r su.
c r u e l d a d , Vitelio p o r su g l o t o n e r í a y Claudio p o r su i m -
b e c i l i d a d . Lno d e ellos, Caligula, f u é u n v e r d a d e r o loco,
q u e h a b í a n o m b r a d o c ó n s u l á su caballo, y que s e hacía
a d o r a r como dios.
1 8 3 . T a n e x o r b i t a n t e a u t o r i d a d e s t a b a m u y m a l deter-
m i n a d a , y residía t o d a e n t e r a e n la p e r s o n a del e m p e r a d o r .
C u a n d o éste m o r í a , l a s cosas q u e d a b a n de n u e v o en tela
de j u i c i o . Sabíase q u e el m u n d o n o p o d í a e s t a r sin d u e ñ o ;
pero n i la ley ni la c o s t u m b r e i n d i c a b a n q u i é n t e n í a que
o c u p a r este p u e s t o . El s e n a d o p o s e í a el d e r e c h o exclusivo
d e n o m b r a r e m p e r a d o r ; p e r o casi s i e m p r e s e vió obligado
á a c e p t a r el q u e el s o b e r a n o p r e c e d e n t e h a b í a d e s i g n a d o ,
ó e l q u e q u e r í a n los s o l d a d o s .
1 8 4 . Este r é g i m e n o p r e s o r y v i o l e n t o d u r ó m á s d e un
siglo años a n t e s d e J.C. á 96 d e s p u é s de J.C).
P o r el contrario, los cinco e m p e r a d o r e s ' q u e g o b e r n a r o n
el siglo siguiente, d e 96 á 180, d e j a r o n f a m a d e hofiradez
y prudencia. Llámaseles los A n t o n i n o s .
LAS COSTUMBRES D U R A S T E EL IMPERIO.
1 8 5 . L o s e s p e c t á c u l o s . — Séneca en s u s Cartas y J u -
venal e n s u s Sátiras p i n t a r o n con colores t a n h o r r i b l e s los
h o m b r e s y las m u j e r e s d e su é p o c a , q u e la c o r r u p c i ó n de
Ja Roma délos Césares se h a h e c h o p r o v e r b i a l . Sin e m b a r g o ,
todo se reducía á q u e c o n t i n u a b a n l o s d e s ó r d e n e s d e los
ú l t i m o s t i e m p o s d e la r e p ú b l i c a : el l u j o d e los r i c o s , la fe-
rocidad de los s e ñ o r e s con s u s esclavos, la f r i v o l i d a d sin
f r e n o d e las m u j e r e s . El m a l n o p r o c e d í a del r é g i m e n i m -
p e r i a l , sino d e a q u e l l a a c u m u l a c i ó n e x o r b i t a n t e d e las
riquezas del m u n d o e n t e j o e n m a n o s d e u n o s c u a n t o s
miles de h o m b r e s ó d e a d v e n e d i z o s , p o r b a j o de los cuales
vivían en la m i s e r i a a l g u n o s c e n t e n a r e s de h o m b r e s libres,
y m i l l o n e s d e esclavos s o m e t i d o s á h o r r i b l e o p r e s i ó n .
1 8 6 . En la vida de.ese ocioso p u e b l o de Roma t u v i e r o n
por fuerza l o s espectáculos una importancia que nosotros
p o d e m o s a p e n a s figurarnos. Estos e r a n , c o m o los juegos en
Grecia, c e r e m o n i a s religiosas, q u e se c e l e b r a b a n d u r a n t e
todo e l día p a r a c o n t i n u a r al siguiente, p o r espacio d e u n a
s e m a n a al m e n o s . El espectáculo e r a como el l u g a r d e cita
d e t o d a la p o b l a c i ó n l i b r e .
1 8 7 . Entre las dos colinas del Aventino y del Palatino se
extendía un campo de carreras, rodeado de arcadas sobre las
cuales se alzaban las gradas : éste era el C i r c o M á x i m o . Desde
que Nerón lo ensanchó cabían en él 250.000 espectadores; en el
siglo iv, otra
reforma le per-
mitió contener
385.000 perso-
nas. Allí se da-
ba el espectá-
culo favorito
del pueblo ro-
mano, las ca-
rreras de can 1 os
de cuatro caba-
llos (quadri-
ges); en cada
El Coliseo.
carrera daban
los carros la vuelta al circo siete veces; esto se repetía
25 veces en un solo día. Los cocheros pertenecían á sociedades
rivales, cuyos colores ostentaban. Primero hubo cuatro, que
luego se redujeron á dos, los a z u l e s y los v e r d e s , famosos en
la historia de las revueltas. En Roma se apasionaba el público
tanto por las carreras de carros como hoy nosotros por las de
caballos.
1 8 8 . El emperador Vespasiano hizo edificar en las puertas
de Roma el C o l i s e o , enorme edificio de dos pisos, que podía
contener "0.000 espectadores. Era un circo redondo alrededor
de un terreno en que s e celebraban cacerías y combates. — Para
las primeras se transformaba el piso en un bosque, donde se
soltaban animales feroces que unos hombres armados de u n a
especie de chuzo se presentaban á combatir. Este espectáculo
variaba mucho, pues se recurría á distintos animales, sobre
todo á los más raros, como leones, panteras, elefantes, osos,
 búfalos, rinocerontes, jirafas, tigres y cocodrilos. Ya en los 1 9 1 . L a p a z r o m a n a . — P e r o en el m u n d o r o m a n o ha-
juegos dados por Pompeyo se habían presentado diez y siete
bía algo m á s q u e el p o p u l a c h o de R o m a . P a r a ser j u s t o
elefantes y quinientos leones.
con el i m p e r i o , p r e c i s a m i r a r lo que o c u r r í a e n l a s p r o -
189- Más tarde, en vez de presentar frente á las fieras hom-
bres armados, se consideró más dramático lanzar las bestias v i n c i a s . Al s o m e t e r todos los pueblos, l o s r o m a n o s h a b í a n
sobre hombres desnudos y encadenados. En todo el imperio se s u p r i m i d o l a g u e r r a en lo i n t e r i o r d e su i m p e r i o . E n -
puso de moda el hacer servir para esta diversión los condena- t o n c e s empezó á r e i n a r l a p a z r o m a n a , q u e un o r a d o r
dos á muerte. Miles de personas de todas edades y sexos, y entre griego d e s c r i b e e n los s i g u i e n t e s t é r m i n o s :
ellos multitud de mártires cristianos, fueron devorados de este
modo por las fieras ante la vista de la multitud. Todo el mundo puede ir á donde le parece : los puertos están
llenos de navios, las montañas son seguras para los viajeros y
1 9 0 . P e r o e l espectáculo n a c i o n a l d e los r o m a n o s e r a las ciudades para los habitantes. El temor ha cesado en todas
el c o m b a t e d e g l a d i a d o r e s ( h o m b r e s a r m a d o s con la es- partes. La tierra ha abandonado su antigua armadura de hierro
para vestir las
p a d a ) , que b a j a b a n p a r a c o m b a t i r en d u e l o á m u e r t e .
galas de las
fiestas. Habéis
Ya en tiempos de César habían llegado á luchar al mismo
realizado la
tiempo 320 pares de gladiadores; Augusto vió combatir, du-
palabra de
rante todo su gobierno, 10.000 y Trajano un n ú m e r o igual en
Homero:« La
cuatro meses. El vencido era d e g o l l a d o inmediatamente, á tierra es co-
rneDos que el pueblo' pidiera su perdón. mún á todos
Había gladiadores de todas las naciones, galos, germanos, los hombres.»
tracios y en En efecto, por
ocasiones primera vez
negros. Es- podían los
tas gentes hombres de
combatían Occidente edi-
con armas di- ficar sus ca-
ferentes,casi sas, cultivar
siempre con sus campos,
las propias disfrutar de
de su país. su fortuna y
Los romanos d e SUS c o m o - Huerto romano,
adoraban es -
batallas didades sin
en minia- sentirse amenazados á cada momento con verse despojados,
asesinados ó reducidos á esclavitud : s e g u r i d a d que no sabe-
Combate de gladiadores. tura.
mos estimar en lo que vale, porque desde la infancia estamos
El pueblo
acostumbrados á ella; pero que parecía bien inestimable á los
tenía entonces la pasión de la sangre vertida, según ocurre hoy
hombres de la antigüedad.
•oon las corridas de toros. El emperador debía asistir á esas car-
nicerías, y Marco Aurelio se hizo impopular en Roma porque 1 9 2 . L a f u s i ó n de l o s p u e b l o s . — Los v i a j e s e r a n fá-
mostraba aburrimiento en los espectáculos del anfiteatro, ciles en este pacífico i m p e r i o . Los r o m a n o s h a b í a n h e c h o
leyendo, hablando y dando audiencias en vez de mirar.*Cuando
en t o d a s p a r t e s g r a n d e s c a m i n o s , c o n estaciones y d e s -
se llevó consigo á los gladiadores, en una expedición que hizo
c a n s o s y h a s t a se había l e v a n t a d o el pláíio d e esas vías.
contra los bárbaros que invadían el norte de Italia, el popula-
cho estuvo á punto de amotinarse. « Quiere privarnos de nues- Muchas p e r s o n a s , a r t e s a n o s , c o m e r c i a n t e s , i b a n de u n
tras distracciones, decían, para obligarnos á filosofar. » e x t r e m o á otro del i m p e r i o .
 Esas geilles l l e v a b a n d e u u p u n t o á o t r o y l a s con-
f u n d í a n , sus c o s t u m b r e s , s u s a r t e s y su r e l i g i ó n . Poco
á poco iban a c o s t u m b r á n d o s e ¿ h a b l a r la l e n g u a d e los r o -
m a n o s . Ya en el siglo III el l a t í n h a b í a llegado á s e r el
idioma c o m ú n d e Occidente, c o m o el griego e r a el de
Oliente, d e s d e la época d e los s u c e s o r e s d e A l e j a n d r o . Así
se f o r m ó , como en A l e j a n d r í a , a n a civilización c o m ú n , á
la que se h a dado el n o m b r e d e r o m a n a , a u n q u e sólo lo
f u e r a p o r este calificativo y p o r l a l e n g u a . E n r e a l i d a d , e r a
la civilización del m u n d o a n t i g u o r e u n i d o b a j o l a a u t o -
r i d a d del e m p e r a d o r .
1 9 3 . L a s s u p e r t i c i o n e s . — Lo q u e p r i n c i p a l m e n t e se
c o n f u n d i ó , f u e r o n las c r e e n c i a s r e l i g i o s a s . Como los an-
tiguos no creían en un solo Dios, les e r a fácil a d o p t a r los
n u e v o s . Todos esos p u e b l o s , q u e t e n í a n s u s religiones pro-
pias, n o r e c h a z a r o n sin e m b a r g o l a s d e los otros, s i n o q u e
a c e p t a r o n l o s dioses d e s u s vecinos, m e z c l á n d o l o s c o n los
suyos. Los r o m a n o s d i e r o n el e j e m p l o , e d i f i c a n d o e n R o m a
un t e m p l o d e « todos los dioses », el Panteón, e n el cual
tenía c a d a u n o de a q u e l l o s su s a n t u a r i o .
Esta r e l i g i ó n , griega, r o m a n a , egipcia y asiática a l m i s -
m o t i e m p o , d o m i n a b a el m u n d o e n t e r o en el siglo II de
n u e s t r a e r a ; asi f u é q u e l o s r o m a n o s l a l l a m a r o n r e l i g i ó n
de l a s n a c i o n e s . Hasta el siglo IV d i e r o n á los p a g a n o s el
n o m b r e de g e n t i l e s (de gens, h o m b r e s d e las n a c i o n e s . )
ADUIXISTRAClÓX IMPERIAL..
1 9 4 . E x t e n s i ó n d e l i m p e r i o e n e l s i g l o I I . — Los
e m p e r a d o r e s r o m a n o s se p r e o c u p a b a n poco de c o n q u i s t a r ;
p e r o p a r a d a r o c u p a c i ó n á su e j é r c i t o y a l c a n z a r f r o n t e r a s
fáciles de d e f e n d e r , c o n t i n u a r o n s o m e t i e n d o p u e b l o s b á r -
b a r o s p o r espacio d e m á s d e u n siglo. Al fin la c o n q u i s t ó •
t e r m i n ó , d e s p u é s d e T r a j a n o . E n t o n c e s el i m p e r i o c o m -
p r e n d í a t o d o e l s u r d e E u r o p a , todo e l n o r t e d e Á f r i c a
y el Oeste d e Asia.
1 9 5 . E l e j é r e i t o p e r m a n e n t e . — E n las p r o v i n c i a s
i n t e r i o r e s no h a b í a n e c e s i d a d d e e j é r c i t o r o m a n o , p u e s los
pueblos del i m p e r i o n o p e n s a b a n e n s u b l e v a r s e . Donde
éste t e n i a e n e m i g o s , s i e m p r e d i s p u e s t o s a i n v a d i r l o , e r a
en la f r o n t e r a .
Allí sí se n e c e s i t a b a n s o l d a d o s s i e m p r e dispuestos á la
l a c h a . Ya Augusto lo h a b í a c o m p r e n d i d o así, p o r lo cual
creó u n e j é r c i t o p e r m a n e n t e . Los s o l d a d o s d e l i m p e r i o
no fueron ahora propietarios sacados de sus campos para
s e r v i r d u r a n t e a l g u n a s c a m p a ñ a s , sino h o m b r e s p o b r e s
q u e hacían: d e la g u e r r a u n oficio. A l i s t á b a n s e p o r diez y
seis ó v e i n t e a ñ o s y á m e n u d o r e p e t í a n su c o m p r o m i s o ,
toa vez. q u e e l p r i m e r o e s t a b a c u m p l i d o . Así s e reunieron
t r e i n t a l e g i o n e s d e c i u d a d a n o s , esto es, 180 000 l e g i o n a -
r i o s q u e , con los a m i l l a r e s , s i e m p r e algo m á s n u m e -
rosos, f o r m a b a n u n total d e 400000 h o m b r e s , p o c a cosa
p a r a t a n vasto t e r r i t o r i o . Cada p r o v i n c i a f r o n t e r i z a poseía
su p e q u e ñ o e j é r c i t o , a t r i n c h e r a d o en u n p e q u e ñ o c a m p a -
m e n t o p e r m a n e n t e , análogo á u n a fortaleza. Alrededor
se e s t a b l e c í a n a l g u n o s m e r c a d e r e s , y e l c a m p a m e n t o se
transformaba en u n a ciudad. Acampados de este modo
f r e n t e a l e n e m i g o , los s o l d a d o s c o n s e r v a b a n s u v a l o r y s a
disciplina.
1 9 6 . Lugartenientes é intendentes del emperador.
— Todas las p r o v i n c i a s p e r t e n e c e n a l e m p e r a d o r , p u e s t o
q u e éste r e p r e s e n t a a l p u e b l o r o m a n o . Aquél e s en ellas
g e n e r a l de todos l o s soldados, d u e ñ o d e t o d a s las p e r s o -
n a s , p r o p i e t a r i o de t o d a s l a s - t i e r r a s . El j u r i s c o n s u l t o Gayo
dice : « E n l a s p r o v i n c i a s n o p o d e m o s t e n e r m á s q u e la
p o s e s i ó n ; ú n i c a m e n t e e l e m p e r a d o r tiene la p r o p i e d a d . »
Pero como el soberano no puede hallarse e n todas partes
a l m i s m o t i e m p o , se h a c e s u s t i t u i r p o r p e r s o n a s q u e é l
mismo designa. — A cada provincia m a n d a u n lugarte-
n i e n t e , qué l l a m a n d e l e g a d o d e A u g u s t o , y que hace
veces de pretor-, este delegado g o b i e r n a el país, m a n d a el
e j é r c i t o y h a c e j i r a s e n s u p r o v i n c i a p a r a f a l l a r los n e g o -
cios i m p o r t a n t e s , p u e s t i e n e , lo m i s m o q u e el e m p e r a d o r ,
d e r e c h o d e v i d a y « r a e r t e . E l s o b e r a n o e n v í a "también u n
intendente p a r a cobrar los i m p u e s t o s y hacer ingresar e n
la c a j a i m p e r i a l el d i n e r o ; se l e d e n o m i n a p r o c u r a d o r de
A u g u s t o . El l u g a r t e n i e n t e y el i n t e n d e n t e r e p r e s e n t a n al
e m p e r a d o r , g o b i e r n a n á s u s s u b d i t o s , m a n d a n á s u s sol-
d a d o s y c u i d a n d e s u s d o m i n i o s . Estos f u n c i o n a r i o s salen
casi s i e m p r e d e l a s - d o s noblezas d e R o m a ; los l u g a r t e -
n i e n t e s d e e n t r e los s e n a d o r e s y los i n t e n d e n t e s de la
clase d e l o s c a b a l l e r o s .
 1 9 7 . L a v i d a m u n i c i p a l . — P o r b a j o d e estos o m n i - copias d e los d e é s t o s ; su l i t e r a t u r a s e inspiró en los m o -
p o t e n t e s r e p r e s e n t a n t e s del e m p e r a d o r c o n t i n u a b a n a d m i - delos h e l é n i c o s . El a r t e v e r d a d e r a m e n t e r o m a n o es a q u e l
n i s t r á n d o s e á ai m i s m o s los p e q u e ñ o s p u e b l o s c o n q u i s - c u y a s p r o d u c c i o n e s t i e n e n fin r e a l m e n t e práctico, la
tados. El e m p e r a d o r t e n í a d e r e c h o p a r a i n t e r v e n i r en s u s a r q u i t e c t u r a ; pero t a m b i é n en esto se siguió un t a n t o á
a s u n t o s l n t e r i o r e s , pero o r d i n a r i a m e n t e n o lo ejercía. Lo los griegos, p u e s d e ellos se t o m ó la c o l u m n a . Sin e m -
ú n i c o que les p e d í a e r a q u e n o s e h i c i e r a n l a g u e r r a y que b a r g o , los r o m a n o s a g r e g a r o n u n p r o c e d i m i e n t o q u e
pagaran regularmente sus tributos. Grecia no conocía, l a bóveda, es d e c i r , el a r t e de d i s p o n e r
1 9 8 . En c a d a provincia e x i s t í a n m u l t i t u d d e estos en f o r m a d e arco de círculo p i e d r a s l a b r a d a s , q u e se sos-
p e q u e ñ o s gobiernos s u b a l t e r n o s q u e e r a n l l a m a d o s (come-
en o t r a época el Estado r o m a n o ) c i u d a d e s y, e n ocasiones
m u n i c i p i o s ' ( d e ahí p r o c e d e la e x p r e s i ó n r é g i m e n m u n i -
c i p a l ) . El centro d e la c i u d a d es s i e m p r e u n a población
m á s ó m e n o s g r a n d e , u n a R o m a e n m i n i a t u r a , con s u s
t e m p l o s , sus arcos de t r i u n f o , s u s b a ñ o s p ú b l i c o s , sus
f u e n t e s , s u s t e a t r o s y s u s c i r c o s p a r a los c o m b a t e s . La
v i d a q u e en ella s e h a c e es, e n p e q u e ñ o , l a m i s m a q u e en
R o m a : d i s t r i b u c i o n e s d e trigo y d e d i n e r o , b a n q u e t e s
p ú b l i c o s , g r a n d e s c e r e m o n i a s religiosas y j u e g o s san-
g r i e n t o s . Sólo q u e en R o m a los gastos se h a c e n con los
f o n d o s venidos d e l a s p r o v i n c i a s ; y en l a s c i u d a d e s el
g o b i e r n o y las fiestas son costeados p o r la nobleza. Los
i m p u e s t o s r e c a u d a d o s p o r c u e n t a del e m p e r a d o r , son p a r a
é s t e e n t e r a m e n t e . Es, p u e s , i n d i s p e n s a b l e q u e los ricos d e
la c i u d a d hagan c e l e b r a r los j u e g o s á - s u p r o p i a costa, y
q u e t a m b i é n p a g u e n la calefacción de los b a ñ o s , el e m p e -
d r a d o d e l a s calles, y la c o n s t r u c c i ó n d e los p u e n t e s , circos
y acueductos.
E1 Panteón de R o m a .
Cuando las provincias tenían motivos de queja sobre las vio-
lencias ó robos de sus gobernadores, podían acudir en demanda
de justicia ante el emperador. t i e n e n u n a s á otras. Esto les p e r m i t i ó c o n s t r u i r edificios
Los provinciales no tenían motivos para echar de menos la m u c h o m a y o r e s y v a r i a d o s que los h e l é n i c o s . Hé aquí los
república, pues, si bien seguían siendo subditos, lo eran, no de principales :
centenares de señores siempre renovados y siempre dispuestos El t e m p l o , l a basílica, el a n f i t e a t r o , el circo y el arco de
á enriquecerse, sino de uno solo, cuyo interés era tratarlos.' triunfo :
b i e n , d e l emperador. Tiberio resumieren estas palabras la poli- Las t e r m a s (baños calientes), c o m p u e s t a s d e salas d e
tica imperial: « Un buen pastor trasquila sus ovejas, pero no
b a ñ o s provistas de t i n a s y depósitos. El calor p r o c e d e d e
les arranca la piel. »
u n h o r n i l l o situado d e b a j o , en u n s u b t e r r á n e o :
El p u e n t e y el acueducto.
E L A R T E ROMAAO.
2 0 0 . Los r o m a n o s no c o n s t r u y e r o n s i e m p r e con m á r m o l ,
1 9 9 . A r q u i t e c t u r a . — Los r o m a n o s f u e r o n sobre todo como los griegos. O r d i n a r i a m e n t e u s a b a n l a s p i e d r a s p r o -
i m i t a d o r e s d e los g r i e g o s ; s u s e s t a t u a s y s u s c u a d r o s s o n pias del país d o n d e edificaban, u n i é n d o l a s p o r m e d i o de u n
SEÍGNOBOS. — Compendio. A
 c e m e n t o i n d e s t r u c t i b l e , q u e h a r e s i s t i d o p o r espacio de
diez y ocho siglos á t o d o s l o s a g e n t e s a t m o s f é r i c o s , i n -
c l u s a la h u m e d a d . Sus m o n u m e n t o s n o tienen la gracia de
los g r i e g o s ; pero son v a s t o s , g r a n d i o s o s y « o l i d o s , como
la d o m i n a c i ó n que r e p r e s e n t a n . El suelo del i m p e r i o e s t á
El Foro en tiempos del Imperio.
c u b i e r t o t o d a v í a boy d e r e s t o s suyos, y h a s t a en los
d e s i e r t o s d e Asia e n c u e n t r a e l v i a j e r o a d m i r a d o m o n u -
m e n t o s casi i n t a c t o s .
EL CRISTIANISMO.
2 0 1 . L a d o c t r i n a c r i s t i a n a . — El f u n d a d o r d e la
d o c t r i n a c r i s t i a n a a p a r e c i ó en J u d e a e n t i e m p o s d e l e m p e -
r a d o r Tiberio.. Había n a c i d o d u r a n t e e l gobierno d e Au-
g u s t o , y el año d e su n a c i m i e n t o es lo q u e sirve a l m u n d o
c r i s t i a n o d e p u n t o de p a r t i d a p a r a c o n t a r la e r a a c t u a l .
L l a m á b a s e « l e s á s ; s u s d i s c í p u l o s griegos lo l l a m a r o n el
C r i s t o (el Ungido), es d e c i r , el r e y c o n s a g r a d o p o r el
óleo s a n t o . Nosotros le d a m o s t a m b i é n los n o m b r e s d e
Maestro, Señor y Salvador.
Su d o c t r i n a h a l l e g a d o á s e r la d e lodos los p u e b l o s d e
Occidente ; su v i d a el m o d e l o q u e nos p r o p o n e m o s i m i t a r .
Su e n s e ñ a n z a h a sido r e c o g i d a y c o n s e r v a d a en los E v a n -
gelios :
« A m a r á s a l S e ñ o r ta Dios con todo tu p e n s a m i e n t o , y á
t u p r ó j i m o corno A ti m i s m o . La ley y los p r o f e t a s se
r e s u m e n en estos dos m a n d a m i e n t o s ».
2 0 2 . Cristo a m ó á t o d o s los h o m b r e s sin distinción, y
dijo á s u s discípulos : « Id y e n s e ñ a d á todas las n a c i o n e s ».
Predicó el desprecio d e los b i e n e s d e este m u n d o :
« Bien a v e n t u r a d o s los p o b r e s , p o r q u e d e ellos es el r e i n o
d e los c i e l o s » . « E l q u e n o r e n u n c i a á c u a n t o posee,
a g r e g a , n o p u e d e s e r mi discípulo ».
T a m b i é n e n s e ñ ó el d e s d é n de los h o n o r e s : « El m a y o r
d e v o s o t r o s s e r á el q u e sirva á los d e m á s . El que se
e l e v a r e s e r á h u m i l l a d o , y ensalzado el q u e se h u m i l l e ».
Todavía hoy, el s u c e s o r de San P e d r o lleva el título d e
servidor de los servidores de Dios.
2 0 3 . L a I g l e s i a . — D e s p u é s d e h a b e r p r e d i c a d o la
b u e n a n u e v a d u r a n t e t r e s años, J e s u c r i s t o f u é preso e n
J e r u s a l é n y c r u c i f i c a d o . Los d o c e d i s c í p u l o * que lo
a c o m p a ñ a b a n , h a b í a n r e c i b i d o la misión d e predicar su
d o c t r i n a á lodos los p u e b l o s ; p o r esto se l l a m a r o n a p ó s t o -
l e s (enviados). D i s p e r s á r o n s e , p u e s , p o r las p r i n c i p a l e s
c i u d a d e s d e O r i e n t e y se c o n s a g r a r o n á p r e d i c a r el E v a n -
g e l i o , esto es, la b u e n a n u e v a d e la v e n i d a del Salvador.
Los p r o g r e s o s d e esta religión e m p e z a r o n p o r s e r m u y
l e n t o s . J e s u c r i s t o lo h a b í a dicho : « EL r e i n o de Dios e s
s e m e j a n t e á u n g r a n o d e mostaza, q u e siendo la m á s
p e q u e ñ a d e l a s s e m i l l a s , da origen sin e m b a r g o , á u n a
p l a n t a m a y o r q u e las m a y o r e s l e g u m b r e s , y á cuya s o m -
b r a c o r r e n á a l b e r g a r s e las aves del cielo.
2 0 4 . Los q u e a d o p t a r o n la d o c t r i n a d e Cristo se d e n o -
m i n a r o n c r i s t i a n o s . En todas las c i u d a d e s d o n d e h a b í a
a l g u n o s , se r e u n í a n p a r a o r a r j u n t o s , c a n t a r las a l a b a n z a s
del Señor y c e l e b r a r el m i s t e r i o de la c e n a . Su r e u n i ó n se
l l a m a b a i g l e s i a (la a s a m b l e a ) .
Cada ciudad tenía su iglesia i n d e p e n d i e n t e : así es q u e
. s e decía la iglesia d e A n t i o q u í a , la de Corinto ó de B o m a ;
y sin e m b a r g o , todas ellas 110 f o r m a b a n m á s que u n a s o l a
I g l e s i a , la d e .Jesucristo, en la cual e s t a b a n los fieles u n i -
dos p o r la m i s m a fe.
 2 0 5 . L a s p e r s e c u c i o n e s . — La r e l i g i ó n c r i s t i a n a f u é
p e r s e g u i d a desde su o r i g e n , y este estado d e cosas d u r ó
h a s t a fines del siglo III.
Los r o m a n o s t o l e r a b a n t o d a s l a s r e l i g i o n e s de Oriente >
p o r q u e los a d o r a d o r e s de Osiris, d e Mitra, y d e la B u e n a
Diosa r e c o n o c í a n al m i s m o t i e m p o los dioses r o m a n o s .
P e r o los cristianos, a d o r a d o r e s del Dios vivo, d e s p r e c i a b a n
las p e q u e ñ a s d i v i n i d a d e s a n t i g u a s . Y, cosa q u e c o n s t i t u í a
c r i m e n m a y o r a ú n , se n e g a b a n á a d o r a r a l E m p e r a d o r
c o m o á u n dios y á q u e m a r i n c i e n s o en los a l t a r e s d e la
deidad l l a m a d a Roma. Así f u é ' q u e varios e m p e r a d o r e s
d i c t a r o n edictos c o n t r a los c r i s t i a n o s , m a n d a n d o á los
g o b e r n a d o r e s que los p r e n d i e s e n y los c o n d e n a r a n á
muerte.
2 0 6 . El populacho n o p o d í a a g u a n t a r á a q u e l l a s g e n t e s
q u e a d o r a b a n u n dios d i s t i n t o d e los suyos y q u e d e s p r e -
c i a b a n á éstos : a d e m á s , c r e í a q u e la i n c r e d u l i d a d d e los
c r i s t i a n o s a t r a í a s o b r e el m u n d o la cólera celeste. C a d a
vez q u e h a b í a u n a c a r e s t í a ó u n a e p i d e m i a se oía el grito
f a m o s o : «¡ á los l e o n e s c o n l o s c r i s t i a n o s ! » y el p u e b l o
obligaba á los m a g i s t r a d o s á b u s c a r l o s y p e r s e g u i r l o s .
Los c r i s t i a n o s a c e p t a b a n con alegría estos t o r m e n t o s
q u e les a s e g u r a b a n la v i d a e t e r n a ; p a r a ellos e r a ocasión
d e d a r público t e s t i m o n i o d e su fe en el Salvador. Así es
q u e se l l a m a b a n , n o v í c t i m a s , sino m á r t i r e s (esto es, tes-
tigos). « vesad» la piel de un jabalí. » — El más célebre fué Simeón,
2 0 7 . L o s a n a c o r e t a s . — Los c r i s t i a n o s t o d o s , y p r i n -
c i p a l m e n t e los de O r i e n t e , c r e í a n q u e n o se p o d í a llegar
á s e r u n c r e y e n t e p e r f e c t o p e r m a n e c i e n d o e n m e d i o de los
demás hombres.
Los iieles q u e , c o n f o r m e á e s t a creencia, se r e t i r a b a n
del m u n d o , á fin d e t r a b a j a r con m á s s e g u r i d a d p o r su
salvación e t e r n a , recibían el n o m b r e de anacoretas ( h o m -
b r e s q u e se colocan á p a r t e ) ó de m o u j e s (solitarios). E s t a
c o s t u m b r e se estableció e n O r i e n t e á m e d i a d o s del
siglo III.
2 0 8 . El modelo de los solitarios fué San Antonio. Cuando
este contaba veinte años, oyó leer un día el texto del Evaugelio
que dice: « Si quieres ser perfecto, vende todos tus bienes y
da su producto á los pobres. » Antonio era hermoso, noble y
rico, pues ya había heredado á sus padres; sin embargo, ena-
jenó cuanto poseía, distribuyó en limosnas su valor, y peuetró
en el desierto de Egipto. Primero se situó en uua tumba vacía,
después en las ruinas de una fortaleza, vestido con un ropón de
crin, sin más alimento que el pan que cada seis meses le lleva-
ban, ayunando constantemente, macerándose y rezando de día
y de noche. A menudo lo encontraba todavía, en oración el sol
naciente : ¡ Oh sol! exclamaba entonces ¿ por qué sales tan
pronto á impedirme que contemple el esplendor de la verda-
dera luz?
2 0 9 . P e r o el m u n d o n o es el ú n i c o peligro á q u e está
e x p u e s t o el c r e y e n t e . C a d a p e r s o n a lleva consigo u n ene-
m i g o del c u a l n o p u e d e l i b r a r s e con la m i s m a f a c i l i d a d
que del t r a t o con los h o m b r e s , y es s u p r o p i o c u e r p o .
Éste i m p i d e q u e el a l m a se eleve h a s t a Dios, y la a r r a s t r a
h a c i a l o s p l a c e r e s t e r r e s t r e s q u e p r o c e d e n del d e m o n i o .
Así es q u e los s o l i t a r i o s p r o c u r a n d o m a r s u c u e r p o ,
n e g á n d o l e c u a n t o p u e d e g u s t a r l e . Sólo viven d e p a n y d e
a g u a ; m u c h o s de ellos n o c o m e n sino dos veces p o r
s e m a n a ; y los h a y q u e v a n á las m o n t a ñ a s á coger h i e r b a
y comérsela cruda.
2 1 0 . Los m á s celosos s e i m p o n e n s u f r i m i e n t o s c o m p l e -
m e n t a r i o s p a r a m o r t i f i c a r (esto es, m a t a r ) la c a r n e .
Durante quince años durmió San Pacomio de pie, apoyado
contra una pared. — Macario permaneció seis meses en un pan-
tano, picado por mosquitos, « cuyos aguijones hubiesen atra-
apellidado el estilita (hombre de la columna), quien vivió
durante 40 años en el desierto de Arabia, expuesto al sol y á
la lluvia en lo alto de u n a columna, "é imponiéndose la obliga-
ción de permanecer durante ün día en la misma posición.
Este g é n e r o d e vida se l l a m a b a a s c e t i s m o (ejercicio)..
2 1 1 . L o s c o n v e n t o s . — Los solitarios que vivían en el
m i s m o d e s i e r t o se' a c e r c a r o n unos á otros y se p u s i e r o n á
vivir en c o m ú n p a r a r e a l i z a r s u s p r á c t i c a s a u s t e r a s .
E n t o n c e s t o m a r o n el n o m b r e de c e n o b i t a s (gentes q u e
viven en c o m ú n ) . Elegían u n j e f e , el a b a d (en sirio e s t a
p a l a b r a significa p a d r e ) y l e o b e d e c í a n e n t e r a m e n t e .
Casiano c u e n t a q u e u n a vez vió a l a b a d d e u n a c o m u n i -
dad de Egipto d a r en p l e n o r e f e c t o r i o u n a viólenla b o f e t a d a
á u n c e n o b i t a p a r a p o n e r á p r u e b a su o b e d i e n c i a . Los soli-
tarios primitivos r e n u n c i a b a n á la p r o p i e d a d y á la f a m i l i a ;

los c e n o b i t a s h i c i e r o n a d e m á s e l sacrificio de su v o l u n t a d .
Al e n t r a r en la c o m u n i d a d se c o m p r o m e t í a n á n o poseer-
n a d a , á n o t o m a r e s p o s a y á o b e d e c e r . « Los m o n j e s , d i c e
San Basilio, vivían, c o m o los á n g e l e s , d e vida p u r a m e n t e
espiritual.
I & BAJO IMI'KBW
2 1 2 . L a a n a r q u í a m i l i t a r . — D e s p u é s del r e i n a d o d e
los A i i t o n i n o s e m p e z a r o n o t r a vez las g o e r r a s c i v i l e s .
A d e m á s del p e q u e ñ o e j é r c i t o d e l o s p r e t o r i a n o s de R o m a ,
el I m p e r i o posee, en e l R h i n , el Danubio, en O r i e n t e é
I n g l a t e r r a , otros g r a n d e s e j é r c i t o s , c a d a uno d e l o s c u a l e s
quiere- q u e su g e n e r a l sea e m p e r a d o r . La e o s t u m b r e e s
q u e los c o m p e t i d o r e s r i ñ a n h a s t a q u e sólo q u e d e u n o de
ellos.
Uno de esos generales, que había llegado á emperador, resu-
mía en estos términos s u política : « Hijos míos, tened contentos
á los soldados y reíos de lo demás. »» En efecto, durante un
siglo no hubo más regla de gobierno que la voluntad de las
tropas, las cuales daban muerte á los soberanos que las contra-
riaban, reemplazándolos por otros que les eran simpáticos.
Entonces se vieron emperadores singulares: Elagabalo, sacer-
dote sirio, que se vestía de m u j e r y dejaba que su madre reu-
niese un senado femenino; .Maximino, soldado de fortuna,
gigante rudo y sanguinario, que, según la leyenda, se comía
30 libras de carne y se bebía 20 litros de vino al día. Llegy una
época en que hubo hasta veinte emperadores, cada uno en una
parte del imperio (200-278)".
213. R e f o r m a s de Diocleciano y de Constantino.
— Al cabo d e u n siglo de c o n t i e n d a s civiles h u b o p o r fin
e m p e r a d o r e s q u e p u s i e r o n t é r m i n o á la a n a r q u í a . Casi
todos ellos p r o c e d í a n d e l a s provincias s e m i - b á r b a r a s del
Danubio y d e I l i r i a . É s t o s t e n í a n l a s c o s t u m b r e s sencillas
de los g e n e r a l e s d e la a n t i g u a R o m a ; e r a n h o m b r e s del
pueblo, e n é r g i c o s y activos, s o l d a d o s d e f o r t u n a llega-
dos, a s c e n s o t r a s a s c e n s o , á g e n e r a l e s en j e f e y luego a
e m p e r a d o r e s . C u a n d o los e m i s a r i o s del rey d e P e r s i a
llegaron á p r e s e n c i a de P r o b o , se e n c o n t r a r o n con un
a n c i a n o calvo, vestido con u n a c a s a c a de l a n a y q u e , t e n .
dido e n el suelo, e s t a b a c o m i e n d o g u i s a n t e s y t o c m o -
2 1 4 . Uno de estos e m p e r a d o r e s iliricos, D i o c l e c i a n o
e f e c t u ó en e l gobierno p r o f u n d a s r e f o r m a s .
I o . Como las provincias era® d e m a s i a d o g r a n d e s , Diocle-
c i a n o las d i v i d i ó .
2 o . Siendo peligrosos l o s p r e t o r i a n o s d e R o m a , p u s o en
su l u g a r 2 l e g i o n e s ;
3 o . Como el Occidente se h a b í a a r r u i n a d o y estaba d e s p o -
b l á n d o s e , la p a r t e p r i n c i p a l d e l i m p e r i o p a s a b a á s e r el
O r i e n t e . P o r ello f u é que Diocleciano a b a n d o n ó á R o m a
y estableció su capital en N i c o m e d i a (Asia Menor).
2 1 5 . C o n s t a n t i n o hizo m á s , f u n d a n d o en O r i e n t e u n a
R o m a n u e v a , C o n s t a n t i n o p l a , d o n d e se e d i f i c a r o n dos
plazas m o n u m e n t a l e s r o d e a d a s d e pórticos, u u palacio, u n
circo, t e a t r o s , a c u e d u c t o s , t e r m a s , t e m p l o s y u n a iglesia
c r i s t i a n a . E l e m p e r a d o r a r r e b a t ó á las d e m á s c i u d a d e s s u s
e s t a t u a s y b a j o relieves m á s h e r m o s o s , p a r a a d o r n a r c o n
ellos la nueva capital. Y p a r a p o b l a r l a , t r a n s p l a n t ó á la
f u e r z a d e n t r o de sus m a r o s , á l o s h a b i t a n t e s de l a s p o b l a -
ciones cercanas, o f r e c i e n d o al m i s m o t i e m p o r e c o m p e n s a s
y h o n o r e s á l a s g r a n d e s f a m i l i a s q u e q u i s i e r a n fijar allí su
residencia. Finalmente- i n s t i t u y ó c o m o en R o m a , d i s t r i -
b u c i o n e s d e trigo, d e vino y a c e i t e , y e s p e c t á c u l o s i n c e -
santes-
2 1 6 . E l p a l a c i o . — Los e m p e r a d o r e s establecidos en
O r i e n t e , a d o p t a r o n l a s c o s t u m b r e » «1« o r i e n t e , y e m p e -
zaron á llevar t r a j e s flotantes d e s e d a y d e oro, c o r o n a n d o
s u s f r e n t e s con la d i a d e m a d e p e r l a s . E n c e r r á r o n s e en el
f o n d o de su p a l a e i o , d o n d e se s e n t a b a n en u n t r o n o d e
oro, r o d e a d o s p o r s u s m i n i s t r o s , y s e p a r a d o s del m u n d o
p o r m u l t i t u d d e cortesanos, d e s e r v i d o r e s , d e f u n c i o n a r i o s
y g u a r d i a n e s . Ante ellos s e p o s t r a b a todo" el m u n d o con
la c a r a pegada al suelo en s e ñ a l d e a d m i r a c i ó n , l l a m á n -
dolos S e ñ o r y M a j e s t a d ; t r a t á b a s e l e s corno á dioses.
Cuanto se r e f e r í a á su p e r s o n a e r a s a g y a i l » , y se d e c í a : el
palacio sagrado, el cuarto sagrado, el conéejo sagrado y h a s t a
el tesoro sagrado.
Esta inaudita m a j e s t a d a n u l a todo lo q u e p o r b a j o de
ella existe ; los c i u d a d a n o s del i m p e r i o d e j a n d e ser ciuda-
danos : d e s d e el siglo IV se l e s l l a m a s ó b d i t o s (sometidos), y
e n griego los e s c l a v o s . Todos son e s c l a v o s del e m p e r a d o r .
Los únicos h o m b r e s que v a l e n d e algo son los c o r t e s a -
nos y los f u n c i o n a r i o s ; e s t e es el r e i n a d o d e los títulos Al cabo de m u y poco t i e m p o sólo q u e d a b a n i d ó l a t r a s e n
y de la e t i q u e t a . N u n c a se h a b í a visto c o n igual c l a r i d a d l a s c a m p i ñ a s , d o n d e e s t a b a n á c u b i e r t o de la vigilancia
á d o n d e conduce el p o d e r a b s o l u t o u n i d o á la m a n í a d e los i m p e r i a l ; los l a b r a d o r e s siguieron a d o r a n d o sus árboles
títulos y al deseo de r e g l a m e n t a r l o todo. s a g r a d o s y s u s f u e n t e s , y r e u n i é n d o s e e n sitios r e c ó n d i t o s .
Los cristianos e m p e z a r o n por esto á l l a m a r p a g a n o s (cam-
2 1 7 . T r i u n f o d e l c r i s t i a n i s m o . — D u r a n t e los dos
pesinos) á los q u e h a s t a e n t o n c e s liabián d e n o m i n a d o
p r i m e r o s siglos d e n u e s t r a e r a , los c r i s t i a n o s t e n í a n to-
gentiles. Y ese es el n o m b r e q u e a ú n se les d a .
davía m u y poca i m p o r t a n c i a e n el i m p e r i o .
Pero, d u r a n t e todo el siglo III, c o n t i n u a r o n l a s conver-
siones y á principios del siglo IV, todo O r i e n t e h a b í a
a d o p t a d o la nueva religión. E l e n a , m a d r e de C o n s t a n t i n o ,
e r a cristiana, y c u a n d o éste se p u s o en m a r c h a c o n t r a
Maxencio, su c o m p e t i d o r , d u e ñ o de R o m a , llevó c o m o in-
signia u n e s t a n d a r t e (el lábaro) q u e o s t e n t a b a la c r u z y las
iniciales de Cristo. Su v i c t o r i a f u é l a d e l o s c r i s t i a n o s .
Constantino convocó p o r p r i m e r a vez en 324 u n c o n c i l i o
e c u m é n i c o , esto es, la asamblea general de la Iglesia, en
Nicea, ciudad del Asia Menor, á l a cual a c u d i e r o n 318 ecle-
siásticos. Allí se d i s c u t i e r o n c u e s t i o n e s teológicas, y se
r e d a c t ó la confesión de los católicos, el s í m b o l o d e A'icea,
que todavía se c a n t a todos l o s d o m i n g o s en la m i s a . Des-
p u é s d e esto, el e m p e r a d o r escribió á t o d a s l a s iglesias
« que se c o n f o r m a r a n con la v o l u n t a d d e Dios e x p r e s a d a
p o r el concilio. »
2 1 8 . E l p a g a n i s m o . — La a n t i g u a religión d e los
gentiles n o desapareció d e p r o n t o ; el Oriente se h a b í a
convertido con facilidad, p e r o en Occidente sólo e x i s t í a n
cristianos e n las c i u d a d e s , y a u n ahí se s e g u í a n a d o r a n d o
los ídolos. Los p r i m e r o s e m p e r a d o r e s c r i s t i a n o s n o qui-
sieron r o m p e r con la a n t i g u a religión i m p e r i a l , y prote-
gieron al m i s m o t i e m p o á los s a c e r d o t e s del n u e v o y del
a n t i g u o culto.
El e m p e r a d o r Graciano f u é el p r i m e r o q u e , en 384, se
negó á p o n e r s e las insignias d e pontífice m á x i m o . Y como
la i n t o l e r a n c i a e r a g e n e r a l e n a q u e l siglo, a p e n a s d e j ó la
religión r o m a n a d e ser oficial, se e m p e z ó á p e r s e g u i r l a .
Teodosio m a n d ó c e r r a r los t e m p l o s , y p r o h i b i ó b a j o p e n a
de m u e r t e q u e se t r i b u t a r a c u l t o á l o s dioses.
2 1 9 . Marcelo, obispo d e S i r i a , se puso al f r e n t e d e u n a
b a n d a de soldados y de g l a d i a d o r e s , d e r r i b ó el t e m p l o d e
Júpiter en Apamea y r e c o r r i ó el país d e s t r u y e n d o los san-
t u a r i o s ; pero los campesinos lo m a t a r o n .

¥. LOS GERMANOS.
INVASIÓN IW LO§ BABBABOS.
2 2 0 . L o s g e r m a n o s . — E n t r e el Rhán y el D a n u b i o ,
en el país q u e . h o y f ó r m a l a A l e m a n i a , h a b i t a b a n p u e b l o s
todavía b á r b a r o s , q u e los r o m a n o s l l a m a r o n g e r m a n o s .
C u a n d o los de la f r o n t e r a se e n c o n t r a r o n f r e n t e á los
ejércitos r o m a n o s (cosa q u e o c u r r i ó d e s d e el siglo I), enta-
b l a r o n con ellos la l u c h a . Entonces empezó una l a r g a serie
d e p e q u e ñ a s g u e r r a s f r o n t e r i z a s . Los r o m a n o s , m e j o r a r -
m a d o s y disciplinados, d i s p e r s a b a n casi s i e m p r e á l o s
b á r b a r o s , haciéndolos p r i s i o n e r o s y r e d u c i é n d o l o s á escla-
vitud. Un oficial r o m a n o , q u e h a b í a asistido á esas l u c h a s ,
dice, á propósito de la batalla d e E s t r a s b u r g o : « Los b á r -
b a r o s nos son s u p e r i o r e s p o r la e s t a t u r a y la f u e r z a m u s -
c u l a r ; p e r o i n f e r i o r e s en la táctica y la d i s c i p l i n a . » Á
m e n u d o se p r e s e n t a b a n en la f r o n t e r a r o m a n a y p e d í a n
tierras, r e s u e l t o s si se las n e g a b a n á t o m a r l a s p o r la
fuerza, pues siempre iban armados.
2 2 1 . L a s b a n d a s . — La m a y o r p a r t e d e los g u e r r e r o s
g e r m a n o s no c o n s i d e r a b a n d i g n a m á s que la g u e r r a .
« S i e m p r e q u e n o están en l u c h a , dice Tácito, p a s a n su
t i e m p o c a z a n d o y, sobre todo, c o m i e n d o y d u r m i e n d o . . . »
Estos g u e r r e r o s d e oficio se r e u n í a n en t o r n o d e u n j e f e
noble ó f a m o s o y le j u r a b a n fidelidad. Así se f o r m a b a u n a
b a n d a d e c o m p a ñ e r o s afectos á un j e f e , q u e vivían en su
casa, c o m í a n con él, y q u e en la b a t a l l a lo r o d e a b a n y se
h a c í a n m a t a r d e f e n d i é n d o l o . Estas b a n d a s n e c e s i t a b a n d e
la g u e r r a , los c o m p a ñ e r o s p a r a r o m p e r la m o n o t o n í a d e
a q u e l l a vida de b a n q u e t e s y de ociosidad, y los j e f e s p a r a
t e n e r m e d i o s con q u e a l i m e n t a r á sus h o m b r e s .
Lo q u e p r i n c i p a l m e n t e los a t r a í a e r a el I m p e r i o ; u n o s se
l a n z a b a n sobre las provincias f r o n t e r i z a s p a r a d e v a s t a r l a s ,
otros e n t r a b a n e n e l s e r v i c i o d e R o m a contra los inva-
sores b á r b a r o s .
2 2 2 . D e c a d e n c i a d e l I m p e r i o r o m a n o . — Los ro-
m a n o s h a b í a n exigido s i e m p r e á s u s s u b d i t o s m u c h o
dinero. ' «
E n el siglo IV las poblaciones p a g a b a n con m u c h a difi-
cultad los impuestos,, tal vez por efecto de l a s g u e r r a s
civiles y l a s l u c h a s con los b á r b a r o s . E n t o n c e s los a g e n t e s
del fisco e m p l e a r o n l a f u e r z a p a r a o b t e n e r e l a b o n o d e los
tributos.
Los r o m a n o s no se t o m a b a n el t r a b a j o de c o b r a r p o r sí
m i s m o s el d i n e r o q u e p a g a b a n sus s u b d i t o s . El e m p e r a d o r
se l i m i t a b a á i n d i c a r c u á n t o debía p a g a r cada provincia, y
luego el g o b e r n a d o r , esto es, la c u r i a , tenía q u e s a t i s f a c e r
l a s t i m a exigida. Mientras la ciudad f u é rica, la c u r i a se
l i m i t a b a á r e p a r t i r el i m p u e s t o e n t r e los h a b i t a n t e s y á
r e c a u d a r l o . P e r o si los vecinos n o p o d í a n p a g a r , los m i e m -
b r o s d é l a c u r i a tenían q u e h a c e r l o , p u e s e r a n r e s p o n s a -
b l e s d e l a c o n t r i b u c i ó n y el fisco no r e n u n c i a b a á s u s
derechos.
Así se i b a n a r r u i n a n d o poco á poco l o s p r o p i e t a r i o s , p o r
lo c u a l a b a n d o n a b a n sus p r o p i e d a d e s , d e j a n d o p a u l a t i n a -
m e n t e d e s p o b l a d a s las provincias.
2 2 3 . T r a n s f o r m a c i ó n d e l e j é r c i t o . — Este g r a n d e y
civilizado i m p e r i o a t r a í a á los bárbaros,, q u e h a c í a n cons-
t a n t e s t e n t a t i v a s p a r a p e n e t r a r e n él. Mientras el gobierno
r o m a n o tuvo á s u s ó r d e n e s un b u e n ejercito, f u é fácil
r e c h a z a r l o s . P e r o con los s o l d a d o s o c u r r í a lo q u e con el
d i n e r o : c a d a vez era m á s difícil e n c o n t r a d o s . L o s habi-
t a n t e s del I m p e r i o h a b í a n a d q u i r i d o l a c o s t u m b r e de
vivir en paz y la vida m i l i t a r le3 o f r e c í a escaso atractivo.
Hubo q u e p e d i r r e c l u t a s á los ' g r a n d e s p r o p i e t a r i o s , que
e n v i a b a n al e j é r c i t o algunos d e s u s servidores. Estos i n f e -
lices, a r r a n c a d o s por f u e r z a al a r a d o , e r a n m a S i s i m « »
s o l d a d o s . Ya e n el siglo IV, los legionarios n o e r a n bas-
t a n t e r o b u s t o s p a r a llevar l a coraza y h a b í a n r e e m p l a z a d o
el casco p o r u n s o m b r e r o .
E n el siglo V, l o s g e n e r a l e s r o m a n o s prefirieron. e m p l e a r
g u e r r e r o s b á r b a r o s , que á lo m e n o s peleaban con a r d o r ;
éstos e r a n a c a n t o n a d o s c o n sus m u j e r e s , f a m i l i a s y servi-
d o r e s en t e r r i t o r i o s ' que se les o t o r g a b a n en pago d e sus
servicios. L l a m á b a s e i e s confederados (aliados).
2 2 4 . L a i n v a s i ó n . — E n el i m p e r i o h a b í a m u c h o s t e -
r r i t o r i o s v a c a n t e s y pocos soldados. Los b á r b a r o s , q u e e r a n
todos g u e r r e r o s , y que q u e r í a n ser p r o p i e t a r i o s , se l o s h a -
qian o t o r g a r , y a i n s p i r a n d o terror c o m o e n e m i g o s , y a en-
I r a n d o en el servicio r o m a n o c o m o aliados. E s t a e n t r a d a
d e los b á r b a r o s en el I m p e r i o es lo q u e n o s o t r o s l l a m a m o s
i n v a s i ó n de l o s b á r b a r o s y l o s a l e m a n e s e m i g r a c i ó n de
l o s p u e b l o s . Este hecho no se p r o d u j o d e golpe y d e u n a
vez; al contrario, los g e r m a n o s llegaron b a n d a t r a s b a n d a ,
la p r i m e r a de ellas en 376, la ú l t i m a en 068. De m o d o que
el m o v i m i e n t o d e que h a b l a m o s d u r ó c e r c a d e dos s i g l o s
en Occidente, c o n t i n u a n d o e n Oriente p o r espacio d e toda
la e d a d m e d i a .
El resultado m á s directo d e la invasión, f u é p o r de
p r o n t o , d i s m i n u i r e l g r a d o d e c i v i l i z a c i ó n del Im-
perio.
2 2 5 . Muchas c i u d a d e s q u e d a r o n d e s t r u i d a s p a r a s i e m -
p r e ; otras se d e s p o b l a r o n r e d u c i é n d o s e á caseríos fortifi-
cados. Los t e a t r o s , los b a ñ o s , l a s escuelas, todos los m o n u -
m e n t o s r o m a n o s f u e r o n c o ñ v i r t i é n d o s e en r u i n a s poco á
p o c o ; en m u l t i t u d de p u n t o s sirvieron s u s p i e d r a s á los
h a b i t a n t e s p a r a c o n s t r u i r b a l u a r t e s . Ya n o se f o r m a r o n
m á s a r t i s t a s , y sólo h u b o a r t e s a n o s . T a m b i é n a c a b a r o n
los espectáculos, las e s c u e l a s y la l i t e r a t u r a .
Los h a b i t a n t e s del i m p e r i o se a s e m e j a r o n á l o s i n v a -
sores.
2 2 6 . Los b á r b a r o s n o t r a j e r o n á la civilización c r e e n c i a s
n i inventos n u e v o s ; pero v i n i e r o n con c o s t u m b r e s q u e han
t r a n s f o r m a d o la condición social de los p r o p i e t a r i o s y d e
los c a m p e s i n o s , y m o d i f i c a d o todas las reglas del g o b i e r n o .
En tal s e n t i d o , esta invasión es u n g r a n a c o n t e c i m i e n t o en
l a historia de la civilización, p o r q u e t r a n s f o r m ó r e n o -
v á n d o l o s l a s o c i e d a d y el g o b i e r n o en E u r o p a .
C©.\ VERSION D E E O S GEBMAXOS.
2 2 7 . L o s b á r b a r o s a r r í a n o s . — Casi todos los b á r b a -
r o s se c o n v i r t i e r o n al e n t r a r en el i m p e r i o , n o al catoli-
c i s m o , sino á la secta del a r r i a n i s m o .
Sus s ú b d i t o s r o m a n o s e r a n o r t o d o x o s . E s t a d i f e r e n c i a de
religión f u é c a u s a de m u l t i t u d de persecuciones, p o r espa-
cio de m á s d e un siglo. Los f r a n c o s , m á s b á r b a r o s que
los otros, seguían siendo p a g a u o s ; éstos se establecieron
al n o r d e s t e d e la Galia (Bélgica y Picardía actuales).
2 2 8 . C o n v e r s i ó n d e l o s f r a n c o s . — Los obispos orto-
d o x o s p r e f e r í a n estos p a g a n o s , q u e e s p e r a b a n c o n v e r t i r , á
los b á r b a r o s c r i s t i a n o s o b s t i n a d o s en el a r r i a n i s m o . El j e f e
d e u n a b a n d a d e g u e r r e r o s f r a n c o s , C l o d o v e o , aceptó el
b a u t i s m o de_ m a n o s de San Remigio, obispo de R e i m s ;
3.000 d e s u s s o l d a d o s a d o p t a r o n la f e cristiana al m i s m o
t i e m p o q u e él. Ño t a r d ó este j e f e de b a n d a en c o n v e r t i r s e ,
con apoyo d e todo el clero católico, en ú n i c o r e y d e l a
Galia.
Sin e m b a r g o , todavía p a s a r o n m á s d e d o s siglos (del VI
al VII) a n t e s d e que todos los f r a n c o s se h u b i e s e n c o n v e r -
tido al c r i s t i a n i s m o .
2 2 9 . C o n v e r s i ó n de l o s a n g l o - s a j o n e s . — En el s i -
glo VI f u é la G r a n Bretaña i n v a d i d a , u n a vez q u e la h a b í a n
a b a n d o n a d o l o s r o m a n o s , p o r b a n d a s de g u e r r e r o s feroces,
los a n g l o s y los sajones, l l e g a d o s p o r m a r desde las costas
d e la m a r del Norte. Estos b á r b a r o s c o n s e r v a r o n la a n t i g u a
religión p a g a n a d e los p u e b l o s d e la G e m i a n í a .
Refiérese que San Gregorio vió, cuando todavía no era papa,
en un mercado de esclavos de Roma, unos niños rubios y de
cutis blanco. Al preguntar de dónde venían, les contestaron
que eran anglos. « El nombre les cuadra, replicó el futuro
pontífice; anglos, hermosos como úngeles. ¿Y son cristianos?
Dijéronle que no, que eran paganos, y entonces él agregó : « ¿. es
posible que tan hermosas frentes contengan una inteligencia
privada aún de la gracia de Dios? » En adelante, su principal
preocupación fué convertir á los anglos. — Así que llegó al pa-
pado, mandó cuarenta monjes, bajo la dirección de San Agus-
tín, á dar con uno de los reyes del país, al cual llevaron un
cuadro que representaba á Jesucristo. El rey reunió su consejo
de magnates y les preguntó si convenía ó no adoptar la nueva
religión. Uno de los jefes se levantó y dijo á la asamblea : « Qui-
zás recuerdas, ¡oh r e y ! u n a cosa que sucede á veces en los
días de invierno cuando estás sentado á la mesa con tus gue-
rreros. Tu fuego está encendido y caliente tu comedor, mientras
que fu 'ra sólo hay lluvia, nieve y tormenta. Entonces aparece
un pajarito que atraviesa la sala, entrando por u n a puerta y
saliendo por otra. Este pequeño instante, durante el cual per-
manece en el interior, le es grato, pues 110 siente frío ni calor;
pero el bienestar pasa pronto; el pájaro se va, y del invierno
vuelve al invierno. Tal me parece también la vida de los hom-
bres sobre la tierra, en comparación del tiempo incierto y des-
conocido que hay más allá. Aquella aparece por corto tiempo,
¿ p e r o cuál era el tiempo que había antes, y cuál el que viene
 LOS GERMANOS.
después? Nada sabemos; p o r esto digo que si la nueva religión
puede euseñarnos algo más cierto, merece que la adoptemos. » 2 3 2 . Todavía q u e d a b a un p u e b l o p a g a n o , los s a j o n e s ,
El cristianismo agradaba á aquellos bárbaros serios, porque en el país del Weser (Westfalia y I l a n n ó v e r ) ; pero Garlo-
les hablaba deL más allá. m a g n o o b l i g ó á s u s j e f e s á bautizarse, a i cabo de s a n -
g r i e n t a s g u e r r a s . Después estableció obispos y m o n j e s en
2 3 0 . Los m i s i o n e r o s h a b í a n r e c i b i d o encargo del r o -
él país, les s u m i n i s t r ó a b u n d a n t e s recursos, y d e c r e t ó
m a n o pontífice d e n o a t a c a r v i o l e n t a m e n t e l a s a n t i g u a s
p e n a de m n e o t e contra, todo s a j ó n que a d o r a s e sus anti-
creencias.
guos dioses ó q u e f a l t a r a en la o b s e r v a n c i a de los a y u n o s
Conviene no destruir los templos de los ídolos; al contrario, prescritos p o r la Iglesia. Con esto, A l e m a n i a e n t e r a f u é
debemos conservarlos y consagrarlos al servicio del verdadero c r i s t i a n a y a f e c t o a l P a p a , lo m i s m o q u e I n g l a t e r r a .
Dios, pues mientras la nación vea subsistir los antiguos lugares
de su devoción, se inclinará m á s á frecuentarlos, porque asi lo
L t t » REEVOS BARBAROS».
quiere la costumbre. Los hombres de esta raza tienen la práctica
de inmolar bueyes en sus sacrificios : es necesario que este uso
sea transformado por ellos en solemnidad cristiana. Déjeseles 2 3 3 . R e s t a u r a c i ó n d e l r é g i m e n i m p e r i a l . — Los
construir cabanas de r a m a j e s en torno de los templos transfor- reyes b á r b a r o s establecidos e n el i m p e r i o 110 q u e r í a n d e s -
mados en iglesias; que se reúnan y lleven allí sus animales, t r u i r l a s i n s t i t u c i o n e s d e é s t e ; su deseo hubiese sido ocu-
ios que entonces serán inmolados, no como ofrenda á los de-" p a r el p u e s t o del e m p e r a d o r , h a c e r leyes, j u z g a r , c o b r a r
monios, sino en honra de Dios. » i m p u e s t o s , g o b e r n a r , en u n a p a l a b r a como el e m p e r a d o r
h a b í a g o b e r n a d o . Así lo h i c i e r o n en el siglo V los reyes d e
Los anglos y los s a j o n e s n o p e r s i g u i e r o n á ¡os m i s i o n e - los b u r g o n d a s , de los visigodos y d e Los vándalos, y en el VI
ros y f u e r o n c o n v i r t i é n d o s e poco ó poco, h a s t a el p u n t o d e el rey cíe los ostrogodos de Italia, Teodorico.
que en el siglo VIII, t o d a I n g l a t e r r a se h a b í a h e c h o c r i s -
Los reyes f r a n c o s de la Galia e r a n m á s b á r b a r o s ; sin
tiana.
e m b a r g o , t a m b i é n t r a t a b a n de g o b e r n a r la romana.
2 3 1 . C o n v e r s i ó n d e A l e m a n i a - — Los g e r m a n o s q u e El rey Chilperico h a c í a versos latinos, « cuyos pies cojea-
q u e d a b a n e n A l e m a n i a f o r m a b a n varias ilaciones, t o d a s b a n to-dos » ; ade-
p a g a n a s todavía en el siglo V I . Unos m o n j e s i r l a n d e s e s e m - m á s inventó n u e -
p e z a r o n el t r a b a j o de su c o n v e r s i ó n . vas l e t r a s , a?, o,
San W ü l f r á n logró que R a d b o d , d u q u e de los f r i s o n e s , th', w, y o r d e n ó á
se d e j a r a b a u t i z a r ; p e r o e n el m o m e n t o d é e n t r a r en la sus condes que
pila, el d u q u e p r e g u n t ó d ó n d e e s t a b a n sus a n t e p a s a d o s , y mandasen raspar
como le c o n t e s t a s e n q u e e n el i n f i e r n o , d e c l a r ó q u e n o con p i e d r a pómez
q u e r í a s e r cristiano, p a r a n o verse s e p a r a d o de ellos. Al los p e r g a m i n o s d e
fin un a n g l o - s a j ó n que se l l a m a b a W i n f r i d o , p e r o q u e recibió los libros de e n s e -
el s o b r e n o m b r e d e SSoitifaeio, m e r e c i ó q u e se le l l a m a r a ñ a n z a en l a s es-
t a m b i é n el a p ó s t o l d e l o s g e r m a n o s . cuelas p ú b l i c a s ,
Este m i s i o n e r o h a b í a s i d o r e c o m e n d a d o á los j e f e s g e r - para escribirlos
m á n i c o s p o r Carlos Marte!, q u e lo e r a ele los f r a n c o s . Gra- o t r a vez con l a s
cias á esta protección p u d o Bonifacio p e n e t r a r h a s t a el co- nuevas letras.
r a z ó n - de A l e m a n i a , y a l l í celebró r e u n i o n e s , d e r r i b ó 234. Loscaro- Trajes carolingios.
á r b o l e s s a g r a d o s , convirtió á cierto n ú m e r o de jefes,, hizo l i n g i o s . — Los
p r o h i b i r el culto d e l o s í d o l o s , y acabó p o r e s t a b l e c e r s e en
reyes d e F r a n c i a no l o g r a r o n c o n v e r t i r en subditos dóciles.
M a g u n c i a c o n el título de a r z o b i s p o .
á sus b á r b a r o s . P o r el contrario, p a r a c o n s e r v a r en torno
 suyo á s u s guerreros, t u v i e r o n q u e c o n c e d e r l e s poco á poco
d o m i n i o s reales, y asi s e e m p o b r e c i e r o n de tal modo,
q u e casi n o les quedó n i n g ú n p o d e r . Á estos últimos sobe-
r a n o s d e la f a m i l i a d e Clodoveo, es á los que se h a dado
el n o m b r e de reyes holgazanes.
En la p a r t e oriental d e l r e i n o , h a c i a las A r d e n n e s , existía
u n a f a m i l i a d e g r a n d e s p r o p i e t a r i o s m u y r e s p e t a d a y que
se h a c í a o b e d e c e r p o r t o d o s los g u e r r e r o s d e su país. El
j e f e d e esta familia se h a c í a l l a m a r d u q u e d é l o s f r a n c o s .
Estos duques obligaron á los g u e r r e r o s f r a n c o s á seguir,,
sus ó r d e n e s y con el título d e mayordomos de palacio fueron
los v e r d a d e r o s señores d e todo el r e i n o . Al cabo d e m e d i o
siglo quiso uno de ellos, P e p i n o el Breve, t e n e r el t í t u l o
d e r e y . Consultóse al p a p a Zacarías y éste contestó que
q u i e n poseía el poder r e a l d e b í a d i s f r u t a r t a m b i é n d e los
h o n o r e s q u e éste lleva consigo. » (752). E n c o n s e c u e n c i a ,
Pepino f u é proclamado rey de los francos.
c o n t a d a s ocasiones, se negó s i e m p r e á vestir el t r a j e i m p e -
rial, y llevó su u n i f o r m e f r a n c o , el p a n t a l ó n de hilo s u j e t o
con u n a s b a n d a s , la túnica de l a n a m a n t e n i d a p o r un ein-
t u r ó n y el a n c h o m a n t o .
2 3 7 . E s t a coronación n o a u m e n t ó el p o d e r d e Carlo-
m a g n o ; p e r o n o p o r esto dejó d e s e r u n a c o n t e c i m i e n t o
i m p o r t a n t e . E n a d e l a n t e existe en Occidente u n e m p e r a d o r
q u e el p a p a y todos los obispos reconocen como su sobe-
r a n o y q u e se convierte en p r o t e c t o r nato d é l a Iglesia. Hay
dos p o d e r e s oficiales, el P a p a y el E m p e r a d o r , q u e go-
b i e r n a n en c o m ú n al pueblo y al clero.
2 3 8 . E l e j é r c i t o . — C a r l o m a g n o f u é s o b r e todo un j e f e
d e g u e r r e r o s , q u e realizó d u r a n t e su vida cincuenta y t r e s

CARLOUACiXO.

2 3 5 . R e s t a b l e c i m i e n t o d e l i m p e r i o . — Carlos el
G r a n d e , Carlomag-uo, h i j o de P e p i n o , s o m e t i ó al f r e n t e
d e sus g u e r r e r o s todos los p u e b l o s d e A l e m a n i a ; p o r el
este llegó h a s l a el E l b a y p o r el oeste h a s t a el E b r o . Su im-
perio a b r a z a b a la F r a n c i a , la A l e m a n i a y la I t a l i a d e l
n o r t e . En a q u e l l a época, los p a p a s n o se s e n l í a n seguros
en su c i u d a d d e R o m a , p u e s t e n í a n q u e t e m e r al m i s m o
t i e m p o á los l o m b a r d o s q u e h a b í a n c o n q u i s t a d o el país que
a u n lleva su n o m b r e , y á los e m p e r a d o r e s d e Bizaneio, que
s e c o n s i d e r a b a n como los s e ñ o r e s d e I t a l i a ; y a u n en la
m i s m a R o m a n o s i e m p r e t e n í a n f u e r z a b a s t a n t e p a r a ha-
cerse, r e s p e t a r . El p a p a León III estuvo á p u n t o d e p e r e c e r
en un m o t í n ; se salvó h u y e n d o , p e r o d e s p u é s d e ser h e r i d o Jinete y peón ó infante en tiempo de Carlomagno.
y pisoteado.
e x p e d i c i o n e s m i l i t a r e s . P a r a p o d e r s o s t e n e r estas g u e r r a s
2 3 6 . Los soberanos pontífices n e c e s i t a b a n , pues, un
i n c e s a n t e s , e r a preciso q u e el p u e b l o f u e s e u n ejército.
p r o t e c t o r p o d e r o s o . C a r l o m a g n o se m o s t r ó d i s p u e s t o á
Con arreglo á las c o s t u m b r e s d e las n a c i o n e s g e r m á n i c a s ,
serlo.
t o d o s l o s p r o p i e t a r i o s e r a n al m i s m o t i e m p o s o l d a d o s .
Habiendo i d o á R o m a en el año 800, el p a p a lo ungió y
C u a n d o el rey q u e r í a e n t r a r e n c a m p a ñ a , l e s m a n d a b a q u e
lo proclamó e m p e r a d o r . Según r e f i e r e su a m i g o E g i n h a r d o ,
se r e u n i e s e n en u n p u n t o d a d o , y e r a necesario e s t a r p r e s t o
C a r l o m a g n o n o había p r e p a r a d o esta c e r e m o n i a , l i m i t á n -
al día siguiente d e recibir la o r d e n . Los q u e f a l l a b a n á la
dose á c e d e r á los d e s e o s del p a p a ; pero e x c e p t u a n d o m u y
cita p a g a b a n u n a e n o r m e m u l t a (heerbann). Los obispos y
l o s a b a d e s debían h a c e r e x a c t a m e n t e lo m i s m o q u e l o s 2 4 2 . P o r esto o r d e n ó que cada c a t e d r a l y c a d a con-
seglares. vento tuvieran su e s c u e l a . En s u corte h a b í a una, l l a m a d a
d e l p a l a c i o , regida p o r eclesiásticos d e su capilla, y á
2 3 9 . Hé aquí una carta de convocatoria dirigida al abad de
cuyas l e c c i o n e s asistía en ocasiones el s o b e r a n o . Los n i n o s
F u l d a : « Os mandamos que estéis en el punto de cita el 20 de
a p r e n d í a n allí á l e e r , á escribir, á c a n t a r l o s oficios; d e
Junio con vuestros hombres armados y equipados convenien-
temente. Iréis á dicho sitio en disposición de poder combatir estos discípulos sacaba C a r l o m a g n o sus obispos y s u s
donde quiera que os lo mandemos, esto es, con vuestras armas, abades.
herramientas y provisiones. Cada jinete tendrá un escudo, una
lanza, una espada, otra corta, un arco y un carcax lleno. Llevaréis
en los carros instrumentos de distintas clases, hachas, paletas,
barrenos, azadas, palas de hierro y demás herramientas nece-
sarias al ejército. Haréis provisiones de vivares para t r e s me-
ses, y de armas y trajes para seis, »

2 4 0 . Los g u e r r e r o s t e n í a n q u e a r m a r s e y e q u i p a r s e á
s u costa. Los m e n o s ricos a c u d í a n á pie, a r m a d o s con un
largo e s c u d o ; pero c u a n t o s p o s e í a n m e d i o s b a s t a n t e s p a r a
ello, h a c í a n la c a m p a ñ a á c a b a l l o y c u b i e r t o s con u n a
a r m a d u r a de hierro.
C u a n d o l o s c o m b a t i e n t e s p u d i e r o n vestirse á su a n t o j o ,
p r e f i r i e r o n n a t u r a l m e n t e e l e q u i p o q u e m á s los p r e s e r v a b a
del peligro. P o r e s t o f u é q u e los p e o n e s ó i n f a n t e s d e s a p a -
recieron d e l o s ejércitos, y á fines del siglo IX no q u e d a r o n
en l a E u r o p a occidental m á s g u e r r e r o s q u e los d e a c a -
b a l l o , c u b i e r t o s d e h i e r r o . E s o s son los c a b a l l e r o s de la
edad media. , •
2 4 1 . L a s e s c u e l a s y l a s l e t r a s . — Carlomagno
a m a b a las l e t r a s , con e s e a m o r sencillo q u e l o s h o m b r e s
i n c u l t o s sienten casi s i e m p r e p o r lo q u e ' e s t á e s c r i t o ; t a m -
bién c o n s i d e r a b a q u e su culto e r a i n s e p a r a b l e del d e la
religión cristiana.

El emperador escribía en 78-7 : « En la mayor parte de las

cartas que desde muchos conventos nos han escrito en los úl-
timos tiempos para hacernos saber que los monjes que en ellos
habitan multiplican sus oraciones por nuestra dicha, hemos ob-
servado sentido muy recto á la par que poco culta expresión.
Así es que hemos empezado á temer que, faltando ciencia en la
manera de escribir, hubiese también mucha menos inteligencia
de la que se necesita para interpretar los libros santos. En con-
secuencia, os exhortamos á rivalizar en celo para instruiros,
á fin de poder penetrar fácilmente y con mayor seguridad, los
misterios de las Santas Escrituras. »
 dos. El q u e n o q u i s o servir ó n o p u d o e q u i p a r s e , dejó d e
s e r c o m p l e t a m e n t e libre. Sólo los h o m b r e s de a r m a s t u v i e -
VI. EL FEUDALISMO. r o n i m p o r t a n c i a en la sociedad.
Á p a r t i r del siglo IX, el h o m b r e d e a r m a s c o m b a t e s i e m -
p r e á caballo, a r m a d o cfln u n a e s p a d a de acero y u n a
RKfilllEN F E U D A L .
larga l a n z a d e m a d e r a de f r e s n o ; los golpes los p a r a c o n
el e s c u d o , q u e e r a de cuero y d e m a d e r a . P a r a la b a t a l l a ,
2 4 3 . R u i n a d e l i m p e r i o . — El i m p e r i o de C a r l o m a g n o se p o n e u n a t ú n i c a cubierta d e anillos d e h i e r r o , la a r -
no f u é d u r a d e r o . Los f r a n c o s n o podían p e r d e r la c o s t u m - m a d u r a . A f i n e s del siglo XI este o b j e t o es r e e m p l a z a d o p o r
bre d e c o n s i d e r a r la nación c o m o dominios q u e , al m o r i r el u n a c a m i s a de m a l l a s d e hierro, q u e s u b e h a s t a la b a r b a ;
rey, deben r e p a r t i r s e p o r igual e n t r e sus hijos. es la cota d e m a l l a ó l o r i g a ; la cabeza es p r e s e r v a d a
El imperio franco se desmembró en 843, repartiéndose entre
los nietos de Carlomagno. Á partir de entonces hubo tantos
reinos como
i A hijos de reyes,
f) \/ unas veces
<g5 /ék más, otras
Jg menos. El tí-
tulo de empe-
rador, que no
podía ser re-
partido,no era
ostentado más
que por un
solo rey, pero
casi siempre
por el menos
poderoso, el
de Italia; y á
Caballeros batallando.
partir de 924,
ya no hubo
nadie que lo m e d i a n t e el y e l m o de acero y la c a r a p o r u n a ce-
llevase. l a d a . Este a r m a m e n t o es p e s a d o y c o m p l i c a d í s i m o . P r e -
cisa u n a larga p r á c t i c a p a r a u s a r l o y se necesita un c r i a d o
:Ir^pl^j:WL^L^M—-^y^MfgflblIfPlB El i m p e r i o
n a d a m á s que' p a r a llevar el escudo y a t a r el y e l m o y la
^ I W ( C í ^ l i i l I i S S ^ ^ ^ l l W á l l i l B l í f r a n c o des-
cota d e m a l l a .
^ apareció pa-
2 4 5 . En el siglo XI, los h o m b r e s d e a r m a s a c a b a n p o r
ra siempre."
Caballero vestido con Caballeros vestidos con . „ r„ j f o r m a r u n a clase h e r e d i t a r i a . En u n a f a m i l i a d e caballe-
su armadura. la loriga. La SOClCÜaÜ ros, los h i j o s eran caballeros y las h e m b r a s n o se c a s a b a n
> . se r e n o v ó , y sino con caballeros; y era preciso s e r h i j o d e tal p a r a i e n e r
en el siglo X dio p r i n c i p i o u n nuevo r é g i m e n , q u e d u r ó d e r e c h o á e n t r a r en la clase. Ya e n t o n c e s éstos n o se con-
h a s t a fines del XV. t e n t a r o n con ser h o m b r e s l i b r e s , sino que se l l a m a r o n
2 4 4 . L o s c a b a l l e r o s . — D e s d e la época d e C a r l o m a g n o , h i d a l g o s ó Mobles.
t o d o s los h o m b r e s d u e ñ o s d e su p e r s o n a d e b í a n ser solda-
 2 4 6 . L o s s e ñ o r e s . — E n t r e l o s caballeros había mu-
chos g r a n d e s p r o p i e t a r i o s ; q u e "se l l a m a b a n b a r o n e s (esto
es, h o m b r e s ) , s e ñ o r e s (es decir, a m o s ) , h o m b r e s ricos
(ricos homes), en a l e m á n herr y en l a t í n dominus, esto es,
p r o p i e t a r i o s . Su m u j e r se d e n o m i n a b a s e ñ o r a , r i c a h e m -
bra ó «lama (d&mina, dueña).
2 4 7 . P l e i t o h o m e n a j e y f e u d o . — Desde t i e m p o s de
C a r l o m a g n o t e n í a n los g u e r r e r o s b á r b a r o s la c o s t u m b r e de
j u r a r ai j e f e q u e los sostenía, q u e le p e r m a n e c e r í a n s i e m -
p r e fieles, y q u e c o m b a t i r í a n s i e m p r e p o r él. Al p r e s t a r el
g u e r r e r o este j u r a m e n t o y al r e c i b i r l o el j e f e , se unían por
t o d a la v i d a ; éste l l a m a b a a l p r i m e r o mi fiel, mi h o m b r e
ó mi v a s a l l o (esto es, s e r v i d o r ) , el vasallo decía s e ñ o r al
j e f e , lo a c o m p a ñ a b a en la g u e r r a y h a s t a le servía á la
m e s a , s i e n d o al m i s m o t i e m p o criado y c o m p a ñ e r o de a r -
mas. El s e ñ o r r e c o m p e n s a b a s u s servicios a l i m e n t á n d o l o ,
s u m i n i s t r á n d o l e a r m a s , vestidos y un c a b a l l o ; y en oca-
siones, h a s t a le concedía u n d o m i n i o t e r r i t o r i a l .
2 4 8 . La c o s t u m b r e de p a g a r los vasallos d á n d o l e s
t i e r r a s se hizo general en F r a n c i a á fines del siglo IX, tal
vez p o r q u e en este-pais e r a n r a r o s los h o m b r e s d e a r m a s . La
tierra o t o r g a d a como p r e c i o de servicios se llamó f e u d o .
No t a r d ó en e s t a b l e c e r s e c o m o r e g l a a b s o l u t a q u e todo vasa-
llo d e b í a r e c i b i r un f e u d o y q u e n o se p o d i a t e n e r u n o de
éstos sin c o n v e r t i r s e e n v a s a d o del p r o p i e t a r i o . C u a n d o el
vasallo m o r í a , su hijo tenia d e r e c h o á o c u p a r su p u e s ! o .
Los caballeros establecidos d e p a d r e á h i j o en un f e u d o
f u e r o n h a c i é n d o s e poco á poco i n d e p e n d i e n t e s de los
s e ñ o r e s . Éstos p r e s t a b a n á su vez pleito h o m e n a j e á otros
m á s p o d e r o s o s , y d e c l a r a r o n h a b e r r e c i b i d o d e ellos en
f e u d o s u p r o p i e d a d . Los d u q u e s y los c o n d e s j u r a r o n a n t e
el rey, q u e les o t o r g a b a s u s g o b i e r n o s . Así p u e s , casi todos
f u e r o n a l m i s m o t i e m p o s e ñ o r e s y vasallos, y casi t o d a s
las t i e r r a s se c o n s i d e r a r o n c o m o f e u d o s . De ahí vino el
n o m b r e de r é g i m e n f e u d a l .
2 4 9 . El vasallo p r e s t a á su s e ñ o r u n j u r a m e n t o q u e
lo obliga t o d a la vida : es el p l e i t o h o m e n a j e , l l a m a d o así
p o r q u e hace del vasallo el hombre del s e ñ o r .
El vasallo p r o m e t e á éste fidelidad, a y u d a y c o n s e j o :
fidelidad, e s t o es, no c a u s a r l e d a ñ o , n o c o m b a t i r l o , n o
a t a c a r á s u m u j e r ni á sus h i j o s ; — a y u d a ó a s i s t e n c i a , es
d e c i r , c o m b a t i r en su favor, p r e s t a r l e su f o r t a l e z a y a u n
d a r l e d i n e r o ; c o n s e j o , esto es, p o n e r s e á su lado p a r a
g u i a r l o y, s o b r e t o d o , p a r a a y u d a r l o á j u z g a r .
° 2 5 0 . L o s c l é r i g o s . — Los clérigos ( m i e m b r o s del clero)
no sólo e r a n r e s p e t a d o s como s e r v i d o r e s de Dios, sino q u e
t a m b i é n d i s f r u t a b a n de m u c h o poderío p o r sus r i q u e z a s .
E n t o n c e s s e creía q u e la m a n e r a m á s s e g u r a de h a c e r s e
p e r d o n a r los p e c a d o s y d e s a l v a r s e e r a d a r p r o p i e d a d e s á
alguna iglesia ; el p a t r o n o del t e m p l o y los m o n j e s s u s
servidores r e c o m p e n s a b a n al d o n a d o r i n t e r c e d i e n d o con
Dios en su f a v o r .
Las e s c r i t u r a s d e d o n a c i ó n e m p i e z a n con f r e c u e n c i a p o r
esta f ó r m u l a : « P a r a e l r e m e d i o d e mi a l m a y d e l a s d e
m i s m a y o r e s . » De este m o d o el clero recibía p o b l a c i o n e s
e n t e r a s , q u e l e e r a n r e g a l a d a s p o r los g r a n d e s s e ñ o r e s .
N a t u r a l m e n t e , los obispos y a b a d e s que regían esos ¡ m e n s o s
d o m i n i o s se convertían en p e r s o n a j e s - p o d e r o s í s i m o s .
2 5 1 . L o s - v i l l a n o s . — La t i e r r a p e r t e n e c í a á l a s iglesias,
á los s e ñ o r e s , á l o s caballeros, g r a n d e s p r o p i e t a r i o s t o d o s ,
que no cultivaban por sí m i s m o s ; dividiósela en e x t e n s o s
d o m i n i o s l l a m a d o s v i l l a s (del latín villa, propiedad).. E n
g e n e r a l , u n a villa e r a l o ' q u e n o s o t r o s l l a m a m o s u n a aldea,
y el t e r r e n o q u e a b r a z a b a vendría á t e n e r lo q u e hoy u n t é r -
m i n o m u n i c i p a l Casi todas las aldeas de F r a n c i a y de
E s p a ñ a p r o c e d e n de uno d e esos dominios d e l a e d a d
media.
Los campesinos que habitaban esas villas tomaron su nom-
bre y se llamaron v i l l a n o s ; éstos no eran propietarios del
suelo, sino que se limitaban á cultivarlo. La mayor parte de
ellos descendían de los antiguos esclavos de los propietarios y
llevaban todavía el nombre romano del esclavo; se les denomi-
naba s i e r v o s [serví). Sin embargo, el siervo no era lo que ha-
bía sido el esclavo romano : estaba adscrito á la tierra, poseía
una familia, una casa y un campo, y ya su dueño no podía
arraucarlo al puuto de su residencia para venderlo en otra
parte, ni apoderarse de su m u j e r ó de sus hijos, ni siquiera pri-
varlo de la casa y de la hacienda que fueran concedidos á sus
mayores.
2 5 2 . C o n d i c i ó n d e l o s v i l l a n o s . — En u n a g r a n p r o -
p i e d a d d e la e d a d m e d i a h a y dos clases d e t e r r e n o s : u n o s
{y estos son la m a y o r parte) f u e r o n cedidos "á i o s l a b r a -
 d o r e s , q u e los cultivan y son d u e ñ o s de sus p r o d u c t o s ; otros
(casi s i e m p r e los inmediatos á la r e s i d e n c i a del señor) son
del p r o p i e t a r i o , y los c a m p e s i n o s t i e n e n q u e t r a b a j a r l o s ,
s e m b r a r l o s y recoger la cosecha, q u e p e r t e n e c e e n t e r a -
m e n t e al d u e ñ o .
2 5 3 . En nuestros días, los cultivadores que 110 son propie-
tarios, trabajan á jornal ó tienen un arrendamiento ; en la edad
media aquellos son al mismo tiempo arrendatarios en su pro-
piedad y jornaleros en la del señor; y son esto de padre á hijo;
ya el propietario no puede privarlos de la tierra que ocupau,
y que heredan como una propiedad. Pero en cambio, tieneu
que soportar bastantes cargas : 1°. deben al propietario el dere-
cho de arrieudo (el censo), diversas contribuciones (pechos, de
ahí el nombre de p e c h e r o s ) , tributos en trigo, avena, huevos y
gallinas; á todo lo cual se llama costumbres, porque las deter-
mina el uso.
2°. Deben ir á trabajar, sembrar, picar, segar, coger leña, lle-
var paja á la tierra dSl s e ñ o r ; estas son las p r e s t a c i o n e s .
3°. Tienen que llevar á moler su trigo en el molino del señor;
que hacer su pan en el horno de éste; que prensar su uva en su
lagar, pagando un tanto por todos estos servicios. En el mer-
cado tienen que emplear la medida y los pesos del señor, pa-
gando también por ello.
Están sometidos á la j u s t i c i a del señor. Si cometen una
falta contra lo que está mandado, pagan una multa al propie-
tario; cuando se trata de un crimen, el señor los condena á
muerte y les confisca todos sus bienes.
2 5 4 . La justicia, quiere decir, el derecho de imponer multas,
* constituye una renta para el señor.
Éste dice : mi justicia de tal ó cual dominio, y puede ven-
derla, darla en feudo, repartirla entre sus hijos ; con frecuencia
ocurre que un caballero posee la mitad ó la cuarta parte de la
justicia de una aldea, ó sobre algunas casas. En representación
de este derecho, el señor levanta en su propiedad una horca,
que es denominada patibularia ó potencia (de poder); los ladro-
nes que allí son colgados constituyen clara prueba de su dere-
cho. Cuando dos señores se disputan la justicia de un pueblo
(cosa frecuente) los servidores del que reclama van 4-descolgar
al ahorcado y lo colocan en la horca de su propio amo. Si el
pleito termina en favor del que mandó ahorcar, el otro tiene
que devolverle el cuerpo de la víctima ó, si ya no es posible;
una camisa rellena de paja que lo representa. El ganancioso
vuelve á hacer ahorcar el cadáver ó la efigie del muerto.
2 5 5 . Sin embargo de t o d o esto, los v i l l a n o s se e n c u e n -
t r a n en c o n d i c i o n e s m u c h o m e n o s p r e c a r i a s que los culti-
v a d o r e s esclavos d e la a n t i g ü e d a d ; p e r o a ú n n o son
v e r d a d e r a m e n t e l i b r e s . Los caballeros los d e s p r e c i a n
p o r q u e t r a b a j a n la t i e r r a y n o tienen a r m a s : en su b o c a ,
la p a l a b r a villano es u n a i n j u r i a y significa bajo y cobarde.
LAS COSTUMBRES FEUDALES.
2 5 6 . L a s g u e r r a s . — Los c a b a l l e r o s tenían la c o s t u m -
b r e de b a t i r s e u n o s con o t r o s ; esta c o s t u m b r e se convirtió
en regla. Todo h o m b r e d e a r m a s tiene el d e r e c h o d e
g u e r r a ; p o r u n insulto, p o r u n a d i s p u t a relativa á u n a
p r o p i e d a d , el caballero envía á su a d v e r s a r i o su g u a n t e ó
a l g u n o s pelos de s u m a n t o de p i e l e s ; esto es un r e t o , u n a
d e c l a r a c i ó n d e g u e r r a . Los vasallos y los p a r i e n t e s de l o s
dos e n e m i g o s t i e n e n q u e t o m a r p a r t e e n la g u e r r a , q u i e r a n
ó n o . Y en efecto, se a r r o j a n sobre los d o m i n i o s del con-
trario, a r r e b a l a n los g a n a d o s d e sus cultivadores, q u e m a n
s u s pasas, sitian su castillo y t r a t a n d e a p o d e r a r s e d e él
p a r a obligarlo á pagar r e s c a t e .
2 5 7 . Hecha de este modo, la guerra es un juego y un comer-
cio. El primero no es muy peligroso para hombres armados, de
la cota de mallas. Hé aquí en qué términos refiere Orderico Vital
la batalla de Brémule (1110) eutre los reyes de Francia y de In-
glaterra. « 1Í0 caballeros quedaron en poder del vencedor; pero
de unos 900 que habían combatido, sólo sé que murieran 3. En
efecto, todos ellos estaban completamente cubiertos de hierro y
procuraban no hacerse d a ñ o ; más que destruirse, lo que querían
mutuamente era prenderse. »
2 5 8 . Sucedía t a m b i é n á m e n u d o q u e los caballeros consi-
d e r a b a n m á s c ó m o d o desvalijar á los c a m p e s i n o s y m e r -
c a d e r e s y e n t o n c e s la g u e r r a se convertía en b a n d o l e r i s m o .
En t o d a s p a r t e s h a b í a señores c o m o ese T o m á s d e Marle,
q u e d e t e n í a á los comerciantes en los c a m i n o s , se a p o d e -
r a b a de s u s . b a g a j e s , los e n c e r r a b a en un calabozo, v los
t o r t u r a b a h a s t a q u e convenían en p a g a r l e rescate.
2 5 9 . T o r r e o n e s y c a s t i l l o s . — En t i e m p o s tan r e -
vueltos t u v i e r o n los señores n e c e s i d a d d e f o r t i f i c a r s u s
moradas.
En el siglo X, la fortificación es aún muy rudimentaria : r e -
dúcese á un foso profundo, defendido exteriormente por un ta-
SEIGNOBOS. — Compendio. 6

lud provisto de una empalicada. En medio de este recinto se
alza un montículo, la mola (de ahí una mola de ¿ierra); en su
cima está la casa del señor, compuesta exclusivamente de uu
torreón de madera, cuya puerta se halla mucho más alta que el
nivel del suelo, de tal manera que no se puede entrar en la gua-
rida sino pasando por un tablón movible y pendiente, que baja
desde la puerta hasta la parte exterior del foso. Y para que el
enemigo no pueda quemar la torre, se la cubre cou pieles de
animales acabados de matar. Esta grosera chidadela se llama
t o r r e ó n ó c a s t i l l e j o , y es la morada del señor.
Más adelante, en el siglo XI, empezaron á reemplazar las em-
Castillo del siglo xn (Coucy).
palizadas y el torreón de madera por una muralla y una torre
de piedra, parecidas á las que los romanos fabricaban en torno
de sus plazas fuertes; esas fortalezas recibían el nombre de
c a s t i l l o s (del latín castel), esto es, pequeñas fortalezas. — El
ide los siglos XII y XIII es ya un recinto de piedra, con « o r r e s
en sus ángulos, y rodeado de fosos profundos ó de precipicios por
todas partes. Cuando esto ha sido posible, se le ha construido
en un punto fortificado por la naturaleza, en el borde de una
colina abrupta ó de una roca cortada á pico, ó en uua llanura
sobre un terraplén artificial; lo principal es ingeniarse para
acumular los medios de defensa. El enemigo que se presenta
encuentra ante todo una obra avanzada, la barbacana, depués
el f o s o , que los habitantes del castillo atraviesan por un p u e n t e
l e v a d i z o sostenido cou cadenas y al fin una empalizada. Una
vez atravesado todo esto,, llega al muro del recinto, que es muy
grueso. Los defensores, apostados en el camino de ronda que se
extiende por la parte interior dé la muralla, lanzan piedras y fle-
chas por las a l m e n a s (que son los huecos que se dejan en la
parte superior del muro) y por las troneras. Dentro del castillo
hay alojamiento para las gentes del castillo y los guerreros, las
cocinas, las cuadras, los graneros, la capilla y la morada del
señor. Ésta consiste en una torre colosal (la de Beaugency, que
es del siglo XI, tiene 40 metros de alto y 24 de ancho; la de
Coucy (ambas en Francia) del siglo XH, 64 metros de alto y 31
de ancho). Aquí es donde se encuentra la gran sala de honor,
en que el dueño del castillo recibe á sus huéspedes (únicamente
los grandes señores poseen fuera de su morada una sala de ce-
remonia, el palacio) -, allí está su dormitorio, el de su familia,
su tesoro y sus archivos : en lo alto de la plataforma se encuen-
tra una pequeña casucha (garita), desde donde vigila un centi-
nela los alrededores; en la parte inferior, dos pisos por bajo de
tierra, la prisión, sombría y húmeda, á la cual se baja sola-
mente por una escalera. Si el enemigo penetra en el recinto, los
sitiados se refugian en oj torreón y lo defienden palmo á palmo,
piso por piso, ayudados en esto por lo estrecho de la esca-
lera. •
2 6 0 . L a c a b a U e r i a . — Las a r m a s d e caballero son
p e s a d a s ; p r e c i s a , pues, a p r e n d e r á m a n e j a r l a s ; y como
c o n s t i t u y e n u n privilegio, es n e c e s a r i o h a b e r sido a u t o r i -
zado p a r a usarlas. Nadie nace caballero, a u n c u a n d o se sea
r e y ; esta es u n a regla a b s o l u t a . Á tal c a t e g o r í a no se llega
sino d e s p u é s d e un a p r e n d i z a j e y de u n a c e r e m o n i a .
El j o v e n g e n t i l h o m b r e d e b e e j e r c i t a r s e en m o n t a r á
caballo, en el m a n e j o d e la lanza y de la e s p a d a y en s u b i r
p o r l a s escalas de asalto. Este a p r e n d i z a j e lo efectúa, ya
en casa de su p a d r e , ya en la d e u n a m i g o d e éste, á d o n d e
se l e envía.
P o r a l g u n o s años, n u e s t r o a p r e n d i z e s e s c u d e r o ó lacayo,
q u i e r e decir, c r i a d o ; lleva las a r m a s de su s e ñ o r , c o n d u c e
y guía s u s caballos, le a y u d a á p o n e r s e su a r m a d u r a , le
sirve á la m e s a y lo d e s n u d a p e r a m e t e r s e e n c a m a .
C u a n d o el e s c u d e r o llega á la edad d e h o m b r e , necesita
q u e u n caballero l o r e c i b a s o l e m n e m e n t e e n la caballería.
Al p r i n c i p i o esta c e r e m o n i a f u é m u y sencilla : el caballero
e n t r e g a b a al novicio l a s a r m a s d e su clase, el escudo, la
cota d e m a l l a y la lanza ; d e s p u é s d e lo cual le d a b a en la
nuca u n fuerte puñetazo.
Esto se l l a m a b a armar d uno caballero.
Todo escudero tiene d e r e c h o á e n t r a r en l a c a b a l l e r í a ;
pero necesita ser bastante rico para equiparse y m a n t e n e r
á su vez u n escudero y c r i a d o s . P o r esto es p o r lo que la
m a y o r p a r t e de los g e n t i l e s h o m b r e s se q u e d a n d e e s c u -
d e r o s t o d a la vida.
2 6 1 . C o s t u m b r e s d e l o s c a b a l l e r o s . — Los n o b l e s de
la e d a d m e d i a n o se distinguían d e los villanos n i en la i n s -
t r u c c i ó n n i p o r la bondad d e su c a r á c t e r . La m a y o r p a r t e
d e ellos n o sabían leer.
Ricardo Corazón de León, modelo de la caballería, mandó du-
rante una guerra contra Felipe Augusto, qüe sacaran los ojos á
quince prisioneros, y los envió en semejante estado al rey de
Francia, dándoles como guia uno de ellos, al cual habían dejado
un ojo. Felipe Augusto contestó haciendo lo mismo á quince
caballeros ingleses y mandándolos á dar con su rey, guiados por
u n a mujer, « á fin de que, dice su panegirista, nadie pudiera
creerlo inferior á Ricardo en fuerza y valor, ni imaginarse que
le tenía miedo. »
Esta vida de aventuras hizo feroces á los caballeros ; pero les
dió algunas de las virtudes que exige la guerra, el valor y el
orgullo. El caballero cumplido que cantan los poetas y que to-
dos se esfuerzan en imitar es el hombre de pro.
2 6 2 . E l h o n o r . — El c a b a l l e r o m o d e l o es el h o m b r e
valeroso, a r r o g a n t e y leal, q u e n u n c a r e t r o c e d e , q u e no
f a l l a n u n c a á su p a l a b r a y que, j a m á s t o l e r a u n insulto.
V a l o r , l e a l t a d , d i g n i d a d son e n a d e l a n t e y s e g u i r á n
s i e n d o l a s c u a l i d a d e s d o m i n a n t e s del g e n t i l h o m b r e .
El c a b a l l e r o se h a r á m a t a r sin provecho p a r a n a d i e , sólo
p o r q u e n o se s o s p e c h e q u e h a t e n i d o m i e d o .
Su o r g u l l o p o r s e r n o b l e y s o l d a d o es g r a n d e . P e r s u a -
dido da su d i g n i d a d , n o t o l e r a q u e n a d i e d u d e ó parezca
d u d a r d e ella. Ninguno p u e d e p e g a r l e , ni i n s u l t a r l o , ni
c o n t r a d e c i r l e , p u e s esto es s u p o n e r q u e h a podido m e n t i r .
P o r su p a r t e , no tolera ni u n golpe, ni u n a i n j u r i a , ni un
m e n t í s : si no v e n g a r a la a f r e n t a en la p e r s o n a d e quien
se la h a hecho, q u e d a r í a d e s h o n r a d o a n t e s u s p a r e s y ante
sí m i s m o . Este s e n t i m i e n t o es el h o n o r , p r o d u c t o de u n
orgullo y d e u n a v a n i d a d i g u a l m e n t e i n t e n s a s , q u e p r e s u -
p o n e u n a elevada idea d e sí m i s m o y el deseo d e q u e los
d e m á s la c o m p a r t a n . Los griegos y l o s r o m a n o s n o t u v i e r o n
p a l a b r a p a r a e x p r e s a r l a ; este s e n t i m i e n t o nace e n la e d a d
m e d i a , y s e g u i r á siendo h a s t a n u e s t r o s días el distintivo
del v e r d a d e r o g e n t i l h o m b r e .
RL fiOBlGRAO FEUDAL.
2 6 3 . O m n i p o t e n c i a d e l o s p r o p i e t a r i o s . — Desde el
siglo X el rey n o es b a s t a n t e f u e r t e p a r a h a c e r s e o b e d e c e r .
C a d a señor, seglar ó eclesiástico, s e h a a c o s t u m b r a d o á
s e r su p r o p i o d u e ñ o . Todo p r o p i e t a r i o (caballero ó abad)
es e n sus d o m i n i o s u n a especie de p e q u e ñ o s o b e r a n o . Sus
c u l t i v a d o r e s y c r i a d o s son s u s subditos, á los c u a l e s p u e d e
m a n d a r i m p o n e r m u l t a s , p r e n d e r y a h o r c a r ; tiene su
h o r c a , su picota y su p r e g o n e r o , q u e e n t e r a de s u s ó r d e n e s
á los h a b i t a n t e s ; h a c e la g u e r r a á s u s vecinos y h a s t a
a c u ñ a en ocasiones m o n e d a . « Cada b a r ó n es s o b e r a n o en
su b a r o n e s a d o », dice u n j u r i s c o n s u l t o del siglo XIII.
E n c a d a provincia hay u n s e ñ o r q u e t i e n e u n título d e
e m p l e o ; se l l a m a c o n d e ó d u q u e .
Sus mayores no eran bajo Carlomagno más que gobernadores,
que servían al rey. Pero como en el siglo X el soberano no tuvo
ya fuerza bastante para privarlos de su gobierno, aquéllos se
convirtieron en condes y duques h e r e d i t a r i o s ; su ducado, su
condado ha pasado á ser propiedad de la familia.
2 6 4 . En esta época, t o d o p r o p i e t a r i o tiene s o b r e sus
d o m i n i o s el p o d e r d e un s o b e r a n o , y todo s o b e r a n o d i s p o n e
d e su E s t a d o como u n p r o p i e t a r i o . Asi h a n llegado á
« c o n f u n d i r s e la p r o p i e d a d y la s o b e r a n í a . » De a q u í r e -
sultó q u e t o d a la política d e los r e y e s d u r a n t e la e d a d
media fué u n a política d e f a m i l i a ; cada soberano hacía
lo q u e u n l a b r a d o r de n u e s t r o s días, t r a t a r de a g r a n d a r su
h a c i e n d a y de d a r posición á sus h i j os.
2 6 5 . E l r e y de F r a n c i a . — El m á s elevado en digni-
d a d e n t r e los señores d e F r a n c i a , era el r e y , p u e s t e n í a
título s u p e r i o r a l de los d e m á s , y éstos le p r e s t a b a n pleito
h o m e n a j e . P e r o no h a y q u e c r e e r sin e m b a r g o q u e f u e s e el
m á s p o d e r o s o : el d u q u e d e N o r m a n día y el c o n d e d e T o l o s a ,
poseían t e r r i t o r i o s m a y o r e s que el s u y o . El pleito h o m e -
n a j e que estos m a g n a t e s p r e s t a b a n a l r e y e r a p u r a cere-
6. -
m o n i a , p u e s n o les i m p e d í a q u e l e h i c i e r a n la g u e r r a .
Al r e y le pasaba lo que á los r e s t a n t e s s e ñ o r e s ; sólo era,
r e a l m e n t e obedecido c u su» «tomín*«». P a r a llegar á o b -
t e n e r esto en la F r a n c i a a c t u a l , l e f u é n e c e s a r i o ir a u m e n -
t a n d o su t e r r i t o r i o en el c u r s o d e los siglos, h a s t a h a c e r
e n t r a r en él toilas l a s p r o v i n c i a » .
2 6 6 . P a z y j u s t i c i a . — N a d i e m a n t i e n e l a paz e n t r e
los p r o p i e t a r i o s ; así es q u e c a d a cual se h a c e j u s t i c i a á si
m i s m o . P a r a q u e la paz r e i n e , p r e c i s a q u e los c a b a l l e r o s
r e n u n c i e n « á t o m a r s e su d e r e c h o » p o r l a s a r m a s y que
a c e p t e n el fallo de un t r i b u n a l ; . t r á t a s e d e r e e m p l a z a r las
g u e r r a s p o r pleitos; p o r e s t o es p o r lo q u e en la e d a d
m e d i a son s i n ó n i m a s las p a l a b r a s p a z y j u s t i c i a .
C u a n d o dos p r o p i e t a r i o s a n d a n en c u e s t i o n e s suele
o c u r r i r q u e s u s vecinos los d e c i d e n á s o m e t e r su q u e r e l l a
á u n j u i c i o de á r b i t r o s , ó b i e n q u e su s e ñ o r es b a s t a n t e
p o d e r o s o p a r a obligarlos á c o m p a r e c e r a n t e su p r e s e n c i a .
E n este caso hace j u z g a r l a c u e s t i ó n p o r s u s oficiales y pol-
los c a b a l l e r o s d e las c e r c a n í a s q u e e n t o n c e s c o n s t i t u y e n
lo q u e se d e n o m i n a t r i b u n a l d e l s e ñ o r . P e r o e s t a j u s t i c i a
es i n t e r m i t e n t e y á m e n u d o i m p o t e n t e , p u e s casi s i e m p r e
el p e r d i d o s o se n i e g a á s o m e t e r s e y da d e n u e v o p r i n c i p i o
á la guerra.
2 6 7 . E l d u e l o . — Un a s u n t o litigioso se p a r e c e á u n a
g u e r r a en los t r i b u n a l e s d o n d e j u z g a n los c a b a l l e r o s .
C u a n d o se h a n r e u n i d o l o s dos a d v e r s a r i o s , se les hace
b a t i r s e u n o con otro ; el v e n c e d o r g a n a el pleito. Todos se
i m a g i n a n q u e Dios le h a d a d o la v i c t o r i a , p o r q u e tenía de
su p a r t e la r a z ó n . Esto es l o q u e se d e n o m i n a la b a t a l l a ó
el d u e l o . Los j u e c e s q u e f o r m a n el t r i b u n a l se l i m i t a n á
h a c e r j u r a r á sus a d v e r s a r i o s q u e c r e e n t e n e r d e su p a r t e
la j u s t i c i a , á trazar el c a m p o d o n d e se e f e c t u a r á el c o m b a t e
(campo cerrado) y á vigilar a los c o m b a t i e n t e s .
2 6 8 . Los caballeros c o n s i d e r a n el duelo c o m o el m e d i o
m á s c ó m o d o y honorífico d e p o n e r t é r m i n o á u n p r o c e s o ;
así n o h a y d i s c u s i ó n q u e s o s t e n e r , ni p r u e b a q u e h a c e r ; la
ú n i c a contestación q u e se d a al a d v e r s a r i o es o f r e c e r l e la
batalla.
Estas c o s t u m b r e s e s t a b a n t a n a r r a i g a d a s , q u e h a s t a hoy
n o h a sido posible e x t i r p a r l a s : l o s t r i b u n a l e s h a n s u p r i -
m i d o el d u e l o ; pero éste s i g u e s i e n d o c o n s i d e r a d o c o m o el
único m e d i o de o b t e n e r j u s t i c i a en los a s u n t o s d e h o n r a ;
es, lo m i s m o que el p u n d o n o r , u n resto d e la e d a d m e d i a ,
y sólo se conserva gracias á éste.
2 6 9 . J u i c i o d e D i o s . — El duelo n o estaba p e r m i t i d o á
las m u j e r e s y á m e n u d o , n o s e p e r m i t í a al p u e b l o r e c u r r i r
á él. E n t o n c e s se u s a b a otra especie de j u i c i o «le D i o s .
Después de cantar una misa y decir oraciones solemnes para
pedir á Dios que pusiese de manifiesto la verdad, el acusado,
fuese hombre ó mujer, era sometido á mía p r u e b a llamada
o r d a l i a (juicio). Ya se le hacia sostener en la mano durante-
algunos pasos un hierro hecho ascua, ya meter el brazo en u n a
caldera de agua hirviendo : si pocos días después no quedaba
rastro de herida, el juicio de Dios le era favorable. También
solían arrojarlos atados en un charco; si se iban al fondo gana-
ban, si sobrenadaban, perdían. En el momento de echar en el
líquido al individuo, el sacerdote decía : « Te conjuro, oh agua,
en nombre de Dios Todopoderoso que te ha creado para que
satisfagas las necesidades del hombre,.... que no recibas en tu
seno á éste si es culpable .... y que, en ese caso, fióte sobre t u
superficie. »
L A SííMESIA E N L A E D A D HEDIA.
2 7 0 . L a e x c o m u n i ó n . — El clero d e la edad m e d i a ,
sobre s e r m á s rico, i n s t r u i d o y disciplinado q u e l o s seglares,
poseía u n a fuerza irresistible : A d m i n i s t r a b a l o s s a c r a -
m e n t o s d e q u e n a d i e p o d í a p r e s c i n d i r sin su p e r m i s o . No
e r a dado c a s a r s e , n i h a c e r b a u t i z a r á los h i j o s , ni e n t e r r a r
á los m u e r t o s , ni recibir la c o m u n i ó n sin el c o n s e n t i m i e n t o
de la Iglesia.
Esta e m p l e a b a contra los c r i m i n a l e s y los obstinados las
que d e n o m i n a b a « a r m a s e s p i r i t u a l e s ». El culpable e r a
e x c o m u i g a t i o , esto es, a r r o j a d o d e la c o m u n i ó n d e Jos
fieles. Hé aquí la f o r m a q u e se e m p l e a b a :
>< En virtud de la autoridad divina conferida á los obispos por
San Pedro, decía el prelado, lo expulsamos del seno de nuestra
madre la Iglesia. Maldito sea en la ciudad, en los campos y hasta
en su propia casa... Que ningún cristiano le hable ó coma con
él; que ningún sacerdote le diga la misa ni le dé la comunión;
que lo entierren como á un perro. Y que su vida se extinga,
así como se apagan las teas que arrojamos de nuestras manos, á
menos de que se arrepienta y dé satisfacción.
 2 7 1 . En el siglo XI empezó á r e c a r r i r s e al e n t r e d i c h o
c o n t r a los s e ñ o r e s q u e n o h a c í a n caso de la e x c o m u n i ó n .
El clero privaba d e los s a c r a m e n t o s , n o sólo al s e ñ o r , sino
t a m b i é n á s u s vasallos y en todos s u s d o m i n i o s n o podía
y a casarse n a d i e , ni se d a b a s e p u l t u r a á los m u e r t o s , n i se
d e j a b a oir el t a ñ i d o de las c a m p a n a s ; los h a b i t a n t e s t e n í a n q u e
a y u n a r y d e j a r q u e les c r e c i e r a n los cabellos en s e ñ a l de luto.
2 7 2 . L a s r e f o r m a s m o n á s t i c a s . — E n el siglo X, los
obispos y a b a d e s e r a n en g e n e r a l Lijos de s e ñ o r e s ; los sa-
c e r d o t e s y los m o n j e s , hijos d e villanos, q u e e n t r a b a n en la
Iglesia sin vocación, ya p o r o b e d e c e r á sus p a d r e s , ya por
d i s f r u t a r d e las r i q u e z a s de a q u e l l a . Asi es q u e u n o s y oíros
i n t r o d u c í a n en la c o m u n i d a d c r i s t i a n a las c o s t u m b r e s del
siglo y p a s a b a n su t i e m p o cazando, b e b i e n d o , j u g a n d o y
r i ñ e n d o . Los a b a d e s m a l g a s t a b a n los bienes del convento
en s o s t e n e r u n a b a n d a d e a v e n t u r e r o s .
Muchos de ellos n o sabían l e e r y h a b í a n olvidado h a s t a
la m a n e r a d e d e c i r la m i s a . La m a y o r p a r t e h a b í a n c o m -
p r a d o su d i g n i d a d á seglares y la r e v e n d í a n á otros ecle-
s i á s t i c o s ; este tráfico de las cosas s a n t a s se d e n o m i n a b a
s i m o n í a . Los clérigos se h a c í a n groseros, i g n o r a n t e s , avaros,
c o m o los laicos, y se decía q u e la Iglesia e s t a b a i n f e s t a d ^
p o r el e s p í r i t u d e l s i g l o 1 .
2 7 3 . Estos escándalos h o r r o r i z a r o n á los eclesiásticos que
h a b í a n p e r m a n e c i d o fieles a l e s p í r i t u d e l a I g l e s i a y
excitaron á los m á s a r d i e n t e s á f u n d a r n u e v a s órdenes.
Unos a b a n d o n a r o n el m u n d o c o r r o m p i d o p a r a r e f u g i a r s e
en el d e s i e r t o : San B r u n o , q u e p r o c e d í a del n o r t e de
F r a n c i a , p e n e t r ó en las a g r e s t e s m o n t a ñ a s del Delfinado,
con a l g u n o s c o m p a ñ e r o s y f u n d ó la o r d e n de los C a r t u j o s
( e r m i t a ñ o s q u e viven en celdas). Otros q u i s i e r o n p o n e r fin
á los escándalos h a c i e n d o q u e el clero c u m p l i e s e l a r e g l a .
Al efecto, e m p e z a r o n p o r e s t a b l e c e r u n a disciplina severa
en u n c o n v e n t o , q u e luego sirvió de m o d e l o p a r a r e f o r -
m a r á los d e m á s . Los g r a n d e s c e n t r o s d e r e f o r m a f u e r o n
C l u n y , d o n d e ésta se operó en el siglo XI, C i i e a u x , f u n -
dado en 1094, a m b o s en Borgoña, C l a i r v a u x , q u e es de
4115 y «»remontaré, d e 1120.
1. En el l e n g u a j e de la Iglesia, el siglo es el mundo. Llámase secular al
clero que vive con los laicos (curas y obispos) y regular al que permauece
alejado del mundo, como los rv.onjes.
2 7 4 . Tratábase, no de r e e m p l a z a r la a n t i g u a r e g l a d e
S a n Benito, sino d e p o n e r l a otra vez en vigor, p r a c t i c a n d o
el trabajo, la o b e d i e n c i a y sobre todo la pobreza.
El f u n d a d o r d e Clairvaux, San B e r n a r d o , p r o h i b í a á sus
m o n j e s las pieles, los c a p u c h o n e s y las m a n t a s , no a d m i -
tiendo ningún l u j o , n i siquiera en l a s i g l e s i a s : sólo p e r -
m i t í a u n a cruz de m a d e r a p i n t a d a , u n c a n d e l a b r o d e h i e r r o
é incensarios d e cobre.
Las órdenes r e f o r m a d a s p r o s p e r a r o n r á p i d a m e n t e : en
el siglo XII t e n i a Cluny m á s de 400 m o n j e s y servía d e
n o r m a á 2000 conventos; Citeaux tuvo á s u s ó r d e n e s hasta
1800 Conventos d i f u n d i d o s p o r toda E u r o p a .
1
2 7 5 . E l p a p a d o . — L o s p a p a s h a b í a n caído en el siglo X
c o m o todos los r e s t a n t e s obispos d e Italia, b a j o l a d o m i -
n a c i ó n de l o s s e g l a r e s .
Los señores medio bandidos de Roma se encastillaban en las
ruinas de los monumentos antiguos y hacían nombrar papa á
quien mejor les parecía. El emperador Enrique III puso término
á estos escándalos, pero fué nombrando él á los papas. Más
tarde (1061) el concilio de Letrán resolvió que en lo sucesivo el
papa sería e l e g i d o por los c a r d e n a l e s , es decir, por los clé-
rigos de Roma y por los obispos de las pequeñas ciudades de
la campiña romana. Por de pronto se siguió pidiendo al empe-
rador que confirmara el nombramiento; pero no se tardó en
prescindir de tal requisito. Esta regla de elección, que desp.ués
se ha observado siempre, hizo al papado independiente del
pueblo de Roma y de los soberanos extranjeros.
2 7 6 . El P a p a , sostenido p o r el clero r e g e n e r a d o , es e n
el siglo XIII el v e r d a d e r o j e f e d e l m u n d o c r i s t i a n o .
Comulga en un trono elevado y hace que le besen los pies.
Sus decretales tienen fuerza de ley en toda la Iglesia; hé aqu
cómo define en ellas su propio poder : <• El Creador, dice Ino-
cencio III, ha establecido eu el cielo de la Iglesia dos dignida-
des : la principal es el papado, que preside las almas como el
sol los días; la menor, el poder real, rige los cuerpos, como la
¡una las noches. El papado es tan superior á la realeza, como el
sol á la luna, » — ,, Dios ha dado á San Pedro la misión de go-
bernar, no sólo la Iglesia universal, sino el mundo. Así como
todas las criaturas del cielo, de la tierra y de los infiernos doblan
ante Dios la .rodilla, así deben todas obedecer á su vicario, á fin
de que no exista más que un ganado y un pastor. »
2 7 7 . P e n i t e n c i a é i n d u l g e n c i a s . -— E r a c o s t u m b r e
a n t i g u a en la Iglesia, c u a n d o un fiel c o n f e s a b a s u s pecados,
i m p o n e r l e u n a p e n i t e n c i a (acto d e a r r e p e n t i m i e n t o ) p ú -
blica, si pública h a b í a sido la falta, y esto a n t e s de p e r m i -
tirle p e n e t r a r de n u e v o en el t e m p l o con los d e m á s .
Esos castigos f u e r o n p o r espacio de a l g ú n tiempo m u y
d u r o s y h u m i l l a n t e s . En a l g u n a s p e n i t e n c i a s , q u e d u r a b a n
siete a ñ o s , el p e n i t e n t e debía p e r m a n e c e r descalzo d e l a n t e
de la p u e r t a de la iglesia, p r o s t e r n a r s e a n t e los q u e allí en-
t r a b a n y r o g a r l e s que r e z a r a n p o r él. Las p e n i t e n c i a s con-
sistían en a y u n a r , r e p e t i r las oraciones y d a r s e de azotes.
Más tarde se admitió que la penitencia se rescataba con las
buenas obras, peregrinaciones y donativos á las iglesias. Los
santos, decían, tuvieron más virtud de la que para su salvación
necesitaban; estos « méritos superabundantes » formaron el
«tesoro de las indulgencias », que permite rescatar las faltas de los
pecadores. La Iglesia, que dispone de ellas, las difunde sobre los
fieles, y hasta puede hacer que las aprovechen las almas de los
muertos que so encuentran en el purgatorio. En cambio, puede
exigir algunos sacrificios pecuniarios. El pecador no compra la
absolución (según se ha dicho equivocadamente) sino que res-
cata la penitencia, ó, explicándonos mejor, la Iglesia se la per-
dona. Tal es la teoría de las i n d u l g e n c i a s .
2 7 8 . L o s f r a i l e s m e n d i c a n t e s . — Las ó r d e n e s r e l i -
giosas q u e en el siglo XI l u c h a r a n c o n t r a la c o r r u p c i ó n ,
h a b í a n llegado á su vez á s e r d e m a s i a d o ricas. El a b a d d e
Cluny v i a j a b a con u n a escolta de o c h e n t a j i n e t e s y l o s
m o n j e s blancos de Citeaux, enviados p a r a c o n v e r t i r á los
h e r e j e s del s u r de F r a n c i a , los i r r i l a r o n con su l u j o . Había
q u e i m a g i n a r u n a n u e v a o r g a n i z a c i ó n ; esta f u é o b r a d e u n
i t a l i a n o , S a n F r a n c i s c o , y de u n español, S a n t o D o -
mingo.
2 7 9 . San Francisco (nació en 1182), que era hijo de un rico
mercader de Asís, hizo voluntariamente voto de pobreza, é iba
por las ciudades predicando y pidiendo limosna. Creyéronlo
loco y su padre lo maldijo; pero su dulzura, su humildad y su
entusiasmo no tardaron en hacerlo adorar. Los discípulos acu-
dieron en grupo á oír su palabra, y él se resolvió á organizar-
Ios, fundando la orden de los m í n i m o s ó f r a n c i s c a n o s . San
Francisco llevaba vida de ermitaño, haciendo vigilia, orando y
ayunando; usaba un cilicio; mezclaba ceniza con sus alimentos
para darles mal gusto; de noche se azotaba con cadenas de
hierro tres veces, una por él, otra por los pecadores vivos y la
tercera por las almas del purgatorio; murió recostado en el
suelo. Pero contra la costumbre de los anacoretas, era suave de
condición, y quería la salvación de los almas. Así fué que quiso
que sus franciscanos fueran ermitaños siempre pobres; pero
que vivieran eu medio de los hombres para exhortarlos á la
piedad. « Id dos á dos, dice á sus discípulos, anunciando á las
gentes la paz y la penitencia para la remisión de sus pecados.
No temáis nacía porque parezcamos niños ó locos; limitaos á
anunciar simplemente el arrepentimiento y la vida nueva, con-
fiando en que el espíritu del Señor, que rige el mundo, hablará
por vuestra boca. » Su regla fué muy sencilla.
Los franciscanos se visten como peregrinos, con un sayo de
lana provista de una capucha (por eso se les llama capuchinos),
sandalias en los pies, y una cuerda en torno de la cintura (de
ahí el nombre de cordeleros) y Viven sólo de limosnas.
2 8 0 . Santo Domingo, que nació en 1170, fué también un as-
ceta. No bebía vino, llevaba un cilicio con una cadena de hierro
y murió echado sobre un montón de ceniza. Pero su principal
carácter fué el de predicador. Durante diez anos predicó en el
país de los albigenses para convertir á los heréticos. Allí vio
cuan ávido de oir la palabra de Dios y cuan escandalizado por
.el lujo del clero estaba el pueblo. En consecuencia, se impuso la
obligación de ir siempre á pie vestido con mucha sencillez; y,
queriendo dotar al pueblo de misioneros,fundó la orden de do-
minicanos ó frailes predicantes, destinados á llevar á todas par-
tes la palabra divina; les impuso como regla la pobreza.
2 8 1 . Así pues, los f r a n c i s c a n o s eran m e n d i c a n t e s q u e
s e h a b í a n c o n v e r t i d o en p r e d i c a d o r e s , y los d o m i n i c o s
predicadores que pedían limosna.
Las dos órdenes se extendieron con inaudita rapidez. Ya eu
1277 había 417 conventos de dominicanos; y en 1260, 1.808 de
franciscanos, cada uno de 12 frailes por lo menos. Como ge po-
nían enteramente en manos de Dios, que era « su granero y su
bodega», podían aceptar cuantos hermanos se presentaban. » Dan
á los que se les presentan un sayo y una cuerda, y en cuanto á
lo demás, confian su suerte á la Providencia.
Los a n t i g u o s m o n j e s h a b í a n vivido f u e r a del m u n d o ; los
m e n d i c a n t e s se mezclaron con la sociedad. El p a p a les
h a b í a p e r m i t i d o p r e d i c a r , c o n f e s a r , e n t e r r a r á los m u e r t o s ;
y los fieles c o r r í a n d e t r á s d e ellos, a b a n d o n a n d o á los s a -
cerdotes seculares.
2 8 2 . L a s r e l i q u i a s . — Los restos de los s a n t o s ( r e l i -
q u i a s ) p a s a b a n p o r t e n e r el p o d e r de e f e c t u a r m i l a g r o s ;
 Acusábanlos de las lluvias de granizo, y de causar la muerte
sus h u e s o s , s u s vestidos, los o b j e t o s que les h a b í a n p e r t e - de las personas y del gauado; de entregarse á banquetes infer-
necido, c u r a b a n á los e n f e r m o s . P o r esto se l e s recogía y nales con sapos y grasa de niños muertos sin bautizar; decíase
se les conservaba t a n c u i d a d o s a m e n t e . que por las noches iban brujos y brujas por los aires, montados
Todas las ciudades, todos los conventos trataban de obtener en palos de escoba, á grandes asambleas donde bailaban y ado-
algunas, y hasta se contaba que San Romualdo había estado á rabau al diablo su señor (estas reuniones eran llamadas sábados,
punto de ser asesinado por sus compañeros, que esperaban ha- las confundían con el día de fiesta de los judíos). Es probable que
cer reliquias cou su cuerpo. nunca hubo tales asambleas. Las brujas que creyeron asistir á
2 8 3 . Las reliquias eran llevadas con gran pompa hasta los ellas (sin contar las que lo confesaron para librarse del tor-
fieles, que se agolpaban para tocarlas; después de esto eran co- mentó) fueron presa de un género de alucinación muy común
locadas en un relicario de oro ó de plata; á veces se conservaba en ciertas enfermedades nerviosas, y que todavía produce efec-
esta cajita en uu santuario construido expresamente. San Luis tos análogos. Los hechiceros abundaban principalmente en Ale-
hizo edificar la Santa Capilla para recibir la corona de espiuas mania.
que había traído de Tierra Santa. El relicario era un objeto pro- La brujería era perseguida como un crimen y sus adeptos que-
tector para la ciudad; sacábanlo en procesión en tiempo de mados en la hoguera. Los jueces aplicaban el tormento á los
sequía para que lloviese, en los días de epidemia para rechazar sospechosos ; para obligarlos á confesar, les clavaban agujas en
la peste, y cuando el enemigo sitiaba la plaza, lo paseaban pol- todo el cuerpo, hasta que se encontraba un punto insensible al
los baluartes. Cuando Pulque de Anjou (en el siglo XI) asaltó dolor; esa era « la marca del diablo.'» Miles de hechiceras pere-
Saumur, una de las puertas estaba defendida por los hombres cieron en las llamas, sobre todo en Alemania, principalmente en
de armas y la otra únicamente por monjes que no tenían más los siglos diez y seis y diez y siete; las últimas víctimas fueron
armas que su relicario. Esta última puerta fué derribada por los quemadas en el XVIII. Esta persecución ha concluido; pero los
sitiadores, que maltrataron á los frailes y entraron en la ciudad. campesinos creen aún en la hechicería.
Pero cuando Fulque quiso llevarse las reliquias, el barco se
paró en mitad del Loira; díjose entonces que el santo no quería
dejarse transportar, y el relicario volvió á su iglesia. Ese mismo
Eulque, viendo que no podía incendiar la abadía de San Flo-
rente, exclamaba : « Santo bendito, déjame quemar tu monas-
terio y te edificaré una morada mucho más hermosa ei^ Au-
gers. »
2 8 4 . L a s p e r e g r i n a c i o n e s . — En ciertos días se p e r -
m i t í a q u e los fieles a c u d i e s e n á tocar l a s reliquias, q u e cu-
r a b a n las e n f e r m e d a d e s y b o r r a b a n los p e c a d o s . H o m b r e s
v m u j e r e s se a g o l p a b a n á estas c e r e m o n i a s . La m a y o r p a r t e
h a c í a n p a r a esto u n v i a j e d e varios días y a u n d e m e s e s ,
vestidos d e p e n i t e n t e s , y e r a n a l o j a d o s y a l i m e n t a d o s p o r
caridad en los c a m i n o s ; l l a m á b a s e l e s p e r e g r i n o s ( e x t r a n -
j e r o s ) . C a d a día l l e g a b a n miles d e ellos á l o s sitios de
g r a n d e s p e r e g r i n a c i o n e s , como el Santo S e p u l c r o de J e r u -
sal,én, la t u m b a de l o s a p ó s t o l e s en R o m a y la de Santiago
d e Compostela en E s p a ñ a .
2 8 5 . L o s h e c h i c e r o s . — En la e d a d m e d i a creían
q u e ciertas p e r s o n a s h a b í a n r e c i b i d o del d e m o n i o p o d e r
sobrenatural para hacer m a l : llamábanlos h e c h i c e r o s ó
brujos. SEIGMDBOS. — Compendio.
7

VII. LA CIVILIZACION ORIENTAL.
!IMH 1
lillí 1
¡ 1 1 1
M CIVILIZACION BIZANTINA.
•t! -
2 8 6 . E l i m p e r i o b i z a n t i n o . —, Casi t o d o s l o s b á r b a r o s
•H"J i'll! i' '•
III
q u e i n v a d i e r o n el i m p e r i o , s e dirigieron, h a c i a la p a r t e de
Occidente. Así f u é q u e e n C o n s t a n t i u o p l a siguió (residiendo
n n e m p e r a d o r q u e g o b e r n a b a t o d o el Oliente-, D u r a n t e dos
1r 1i u1 1i siglos (V y VI) conservó- t o d a v i a e í i m p e r i o r o m a n o í a mitad
p o r lo m e n o s d e su a n t i g u a e x t e n s i ó n . Mas al fin f u é inva-
dido á su vez; los b á r b a r o s eslavos l e a r r e b a t a r o n la fliria ;
l o s á r a b e s Egipto y Siria.
P e r o la capital r e s i s t i ó todos los a t a q u e s d e l o s á r a b e s .
Sil:
El gobierno o r i e n t a l d e l . Bajo - I m p e r i o se conservó y d u r ó
e n a q u e l seguro baluarte» h a s t a la torna d e la c i u d a d
p o r l o s t u r c o s (1433). Este i n t p e i i o r e d u c i d o á l o s a l r e d e -
i l l d o r e s de Goflstantinopla es lo q u e n o s o t r o s l l a m a m o s I m -
perio bizantino,
2 8 7 . L a c o r t e d e B i z a n c i o . — C o n s t a n t i n o p l a (Bi-
zancio) sigue siendo la capital del i m p e r i o b i z a n t i n o y la
r e s i d e n c i a de la corte i m p e r i a l .
:.J ¡v-; El e m p e r a d o r , j e f e del E s t a d o y d e l a I g l e s i a al
m i s m o t i e m p o , está r o d e a d o d e m a j e s t a d divina.
l i m11
•lllnl
En el siglo X, un enviado del rey de Italia, Luitprando, que
al cabo de mil requisitos habia obtenido autorización de con-
Jli
m m
templar el emperador, fué¿ conducido hasta la sala de recibo, á
través dé un pa'Lcic inmenso. Allí encontró al soberano ves-
tido de púrpura y oro, sentado en el trono del mismo metal y
rodeado por sus cortesanos : á sus pies un león mecánico rugía
y se azotaba los lados con la eola. El enviado se prosterna, y
cuando alza de nuevo la vista, el emperador, que una máquina
había levantado en el aire, se le aparece dominando como un
dios la multitud arrodillada. En la comida encuentra 214 convi-
dados en diez y nueve camas; por un sistema de grúas y po-
leas llegan unos platos enormes hasta el sitio del emperador,
m que distribuye las porciones.
Las intrigas y Jas revoluciones continúan en este imperio
oizantino Jo mismo que en tiempos de los emperadores roma-
nos. De los 109 soberanos que ocuparon el trono del siglo IV al
XV, sólo 30 murieron en su c a m a ; 12 abdicaron, 18 perecieron
en prisión, á t S les costaron.las manos ó las narices, y 29 fueron
estrangulados., ahogados ó envenenados. Era raro que u n em-
perador legara el trono á su hijo.. Todo bombee, fuese porquero
ó criado, podía aspirar al trono, y nunca -faltaban aventureras
que, fiando en la predicción de alguna vieja, conspirasen para
Ilegal' á emperadores. Cuéntase qúe cuando Bardano iba ¿rebe-
larse, un fraile le señalo ios tres criados que le traían su caballo :
« Esos d»s, Je dijo, llegaran al trono; este otro será proclamado
y muerto. » Aquellos criados- eran los f u t u r o s l e ó o Tí, Mi-
guel II y el usurpador Tonaás^
2 8 8 . L a s conupilaeiortes. — Constantinoplia h a b í a
c o n s e r v a d o b i b l i o t e c a s llenas- de o b r a s - d e l a a n t i g ü e d a d .
T a m b i é n poseía escuelas d o n d e i b a n á i n s t r u i r s e los q u e
a s p i r a b a n á los e m p l e o s públicos-; todos los f u n c i o n a r i o s
d e Bizancio debían ser l e t r a d o s , como los m a n d a r i n e s d e
C h i n a . Los p r o f e s o r e s , q u e e r a n casi todos f r a i l e s , estu-
d i a b a n la teología, l a j u r i s p r u d e n c i a , l a s m a t e m á t i c a s , í a
g r a m á t i c a ; a l g u n o s f u e r o n h o m b r e s universales q u e p o s e í a n
t o d a la ciencia d e su época. Estos sabios no t r a t a r o n de
p r o d u c i r o b r a s o r i g i n a l e s ; p e r o hacían e x t r a c t o s de l a s
o b r a s a n t i g u a s y los r e u n í a n en colecciones-.
Así e s p e r a b a n c o n d e n s a r en u n o s c u a n t o s v o l ú m e n e s
todo e l s a b e r de la a n t i g ü e d a d ; este t r a b a j o , m á s p r o p i o
d e p e d a n t e s q u e d e sabios, nos h a servido sin e m b a r g o ,
p u e s g r a c i a s á él se c o n s e r v a n f r a g m e n t o s ih.Tporl'3ntes'de
los libros a n t i g u o s perdidos.
2 8 9 . I n f l u e n c i a d e l o s b i z a n t i n o s . — Los bizantinos
,3
h a n d e j a d o h u e l l a s d e su paso e n la civilización e u r o p e a
d e dos m o d o s :
t . ° Conservaron el d e p ó s i t o d é l a s o b r a s d e l a a n t i -
g ü e d a d , en u n a época en que- los h o m b r e s dé Occidente
h a b í a n olvidado la Grecia;. s i m i o s m a n u s c r i t o s g u a r d a d o s
p o r l o s e r u d i t o s y los m o n j e s de Constantinopla, no q u e -
d a r í a n a d a de l a s o b r a s m a e s t r a s d e los e s c r i t o r e s griegos.
Los bizantinos f u e r o n , p u e s , los b i b l i o t e c a r i o s d e l g é n e r o
humano.
2.° Mantuvieron con los p u e b l o s b á r b a r o s q u e los r o d e a -
b a n r e l a c i o n e s incesantes.
Los- p r i n c i p e s eslavos, t u r c o s y á r a b e s fijan á C o n s t a n -
I t i n o p l a , dé d o n d e volvían, n o solo eon p r e s e n t e s y títulos
c o r t e s a n o s , s i n o t a m b i é n m u c h a s veces con. d e s e o s d e i n -
t r o d u c i r en s u s estados lo q u e h a b í a n visto en l a capital
b i z a n t i n a ; así es q u e p r o c u r a b a n llevarse m e r c a d e r e s ,
m i s i o n e r o s y a r t i s t a s griegos. Los q u e m á s a d m i r a r o n é
i m i t a r o n a Bizancio f u e r o n l o s r u s o s . Sus iglesias s o n igle-
sias b i z a n t i n a s ; su a l f a b e t o esta h e c h o con l e t r a s g r i e g a s ;
la religión r u s a es el catolicismo griego. Hasta s u s n o m b r e s
de b a u t i s m o ( A l e j a n d r o , Miguel, Basilio, Ana) son griegos.
El p u e b l o r u s o , c o m p u e s t o hoy p o r m á s de 70 m i l l o n e s d e
a l m a s , sin c o n t a r á los servios ni á los b ú l g a r o s , debe á
Bizancio su e s c r i t u r a , su r e l i g i ó n y su a r t e . Los bizan-
tinos f u e r o n los e d u c a d o r e s d e l o s e s l a v o s , c o m o l o s r o -
m a n o s lo h a b í a n sido d e los g e r m a n o s .
EL ISLAMISMO.
2 8 0 . L o s á r a b e s . — Los r o m a n o s se h a b í a n d e t e n i d o a n t e
los d e s i e r t o s de A r a b i a . Los á r a l i e s h a b í a n seguido s i e n d o ,
p o r c o n s e c u e n c i a , i n d e p e n d i e n t e s y b á r b a r o s . Cada tribu
poseía su dios p a r t i c u l a r , q u e a d o r a b a b a j o l a f o r m a d e u n a
estrella, de u n a p i e d r a ó de u n í d o l o ; p e r o todos r e c o n o c í a n
u n Dios s u p e r i o r , c o m ú n á todos los á r a b e s , q u e l l a m a b a n
A l á . T e n í a n en la Meca un s a n t u a r i o c o m ú n , la K a a b a , capi-
lla e n f o r m a de d a d o , en la cual se c o n s e r v a b a la f a m ó s a p i e d m
mgra q u e todos los á r a b e s v e n e r a b a n , y 360 ídolos p a r t i c u l a r e s
de las t r i b u s . La K a a b a servía de c e n t r o d e r e u n i ó n á los
á r a b e s , y g r a c i a s á ella, la Meca e r a u n a ciudad s a n t a , á la
cual a c u d í a n p e r e g r i n o s d e todos los p u n t o s de Arabia.
2 9 1 . M a h o m a . — M a h o m a n a c i ó (por los a ñ o s de 570)
en la tribu s a g r a d a d e l o s k o r e i s q u i t a s , d u e ñ o s de la Meca
y g u a r d i a n e s de la Kaaba. H u é r f a n o y p o b r e , vivió oscure-
cido h a s t a la e d a d d e 40 a ñ o s .
Tenia la costumbre de. ir á meditar con frecuencia á los alre-
dedores de la Meca, en una caverna situada en medio de rocas
peladas y abruptas. Allí fué, según la leyenda árabe, donde
tuvo, en el año 611, « en la noche del decreto divino », la visión
que hizo de él un fundador de religión. El arcángel Gabriel se le
apareció y le dijo : « Predica. »
Á p a r t i r d e e n t o n c e s , M a h o m a se c o n s i d e r ó c o m o direc-
t a m e n t e e n c a r g a d o p o r Dios de r e s t a u r a r l a v e r d a d e r a re-
ligión, y pasó p r e d i c á n d o l a los a ñ o s s i g u i e n t e s ; p r i m e r o á
sus p a r i e n t e s y a m i g o s , d e s p u é s á l a s g e n t e s de la Meca.
Obligado á h u i r á Medina (622) se convirtió en j e f e d e gue-
r r e r o s , y a l cabo d e u n a serie de c o m b a t e s , en que q u e d ó
victorioso sobre l a s g e n t e s de la Meca, obligó á t o d o s l o s
á r a b e s á a c e p t a r de grado ó p o r f u e r z a su religión.
2 9 2 . M a h o m a n o hacía m i l a g r o s , ni se p r e s e n t a b a c o m o
un s e r divino, l i m i t á n d o s e á decir q u e e r a u n h o m b r e i n s -
p i r a d o , q u e h a b l a b a y o b r a b a en n o m b r e d e Dios. E r a u n
p r o f e t a y no un reformador.
La verdadera religión, decía, existe desde Adán, y consiste en
creer en el solo Dios verdadero y en obedecer las leyes que
transmite á los hombres por medio de sus profetas. El judaismo
y el cristianismo no son errores absolutos, sino formas alte-
radas de la religión del verdadero Dios. Esta religión eterna es
la que Mo.homa ha venido á restaurar en toda su pureza; él es el
último y el mayor de los profetas.
2 9 3 . E l C o r á n . — M a h o m a no sabía escribir. C u a n d o se
s e n t i a i n s p i r a d o y p r e d i c a b a , sus p a l a b r a s e r a n c o n s e r v a d a s ;
i n s c r i b í a n l a s en p i e d r a s , h o j a s d e p a l m a y h u e s o s d e c a m e l l o :
el C o r á n (el Libro) es la colección de todos estos f r a g m e n -
tos, colocados u n o s d e s p u é s de otros, n o e n el o r d e n e n q u e
los dictó el p r o f e t a , sino e m p e z a n d o p o r los m á s l a r g o s .
2 9 4 . E l i s l a m i s m o . — La religión f u n d a d a p o r M a h o m a
se l l a m a el i s l a m i s m o , p a l a b r a q u e significa resignación á
la v o l u n t a d de Dios; s u s fieles se d e n o m i n a n m u s u l m a n e s
(los resignados). T o d a e s t a creencia se r e s u m e en estas p a -
l a b r a s . « fto h a y m á s q u e u n D i o s y M a h o m a e s s u p r o -
f e t a . » Hay q u e c r e e r e n Dios q u e h a c r e a d o el m u n d o y
q u e lo g o b i e r n a s e n t a d o en su t r o n o , r o d e a d o p o r sus á n -
geles. Es preciso s o m e t e r s e á su- v o l u n t a d , q u e d a á cono-
cer á los h o m b r e s p o r m e d i o d e sus p r o f e t a s .
Vendrá un día, dice Mahoma, en que la tierra temblará en
sus fundamentos. Entonces los creyentes marcharán en bandas
al Paraíso, y cuando lleguen allí, se abrirán ante ellos las puer-
tas. Entrad, les dirán, para morar aquí eternamente. Los que
habitaren en el jardín de las delicias, descansarán en sillones
adornados con oro y pedrerías y se mirarán cara á cara; ten-
drán á su servicio niños eternamente jóvenes, que les presen-
tarán copas... Comerán los frutos que deseen y las carnes de las
aves más raras. Junto á ellos habrá vírgenes de hermosos ojos •
negros, parecidas á las perlas en el nácar. Los réprobos vivirán
en medio de vientos pestilenciales, de negra humareda, y de
aguas hirvientes, que beberán. »
 2 9 5 . E l c u l t o . — E s m u y sencillo. El c r e y e n t e d e b e
« w cinco veces al día, e n horas fijas; e n t o d a c i u d a d
m u s u l m a n a a n u n c i a d e s d e lo alto d e l a m e z q u i t a u n ¡pre-
g o n e r o , l l a m a d o tnuezzin, la h o r a d e l a o r a c i ó n . — Debe
t a r a r s e siempre antes d e o r a r ; si no tiene a g u a á su dis-
posición, p u e d e e f e c t u a r la » b l a t a ® « c o n a r e n a . A y u n a r á
d u r a n t e u n m e s (el Ramadán), no c o m i e n d o sino p o r la
n o c h e , « á la h o r a en q u e 110 es p o s i b l e d i s t i n g u i r u n hilo
b l a n c o de uno negro », l i a r á e n l i m o s n a s p o r lo m e n o s
la d é c i m a p a r t e de s u f o r t u n a y, si p u e d e , d e b e i r e n p e r e -
g r i n a c i ó n á la c i u d a d s a n t a , l a l l e c a .
2 9 6 . D e s p u é s d e la m u e r t e de M a h o m a , los á r a b e s
e m p e z a r o n -á p r o p a g a r s u religión p o r las a r m a s .
« La g u e r r a c o n t r a los infieles es n n a g u e r r a s a n t a .
Dios a c o m p a ñ a á los c r e y e n t e s , y e l q u e cae e n el c a m p o
d e batalla p n e d e e s t a r s e g u r o d e ir i n m e d i a t a m e n t e al
P a r a í s o . •»
Los que a d o p t e n l a r e l i g i ó n m u s o l m a n a s e r á n i g u a l e s á
los v e r d a d e r o s creyentes:; los q u e s e s o m e t a n á p a g a r t r i -
b u t o s e r á n s u b d i t o s ; los q u e .uesastan s e r á n e x t e r m i n a d o s .
Nadie p u d o -contener esos e j é r c i t o s fanáticos. Los m u s u l -
m a n e s c o n q u i s t a r o n a l este l a S i r i a y l a ¡ P a l e s t i n a , t o d o
e l i m p e r i o p e r s a , l a A r m e n i a , el ^Turtoewtán y h a s t a
parte l a Ietdiu ; a l oeste, figápío, T r í p o l i , Á f r i c a y
{España. Casi t o d o s los vencidos s e c o n v i r t i e r o n .
Excepto -en E s p a ñ a , el i s l a m i s m o n o ha p e r d i d o d e e n -
t o n c e s a c á n i n g ú n terreno; a l c o n t r a r i o , s e h a e x t e n d i d o
m á s : ios t u r c o s lo llevaron á C o n s t a n t i n o p l a . y en n u e s t r o s
días hace c o n s t a n t e s prosélitos en la Indio, e n C h i n a , la
Malasia y s o b r e t o d o , e n t r e los n e g r o s d e África. E s t a e s
u n a religión m u y sencilla, a d a p t a d a á la c a p a c i d a d d e inte-
ligencia d e l o s o r i e n t a l e s . Lloy existen cerca d e 2 0 0 m i l l o -
n e s de m u s u l m a n e s .
LA C I V I L I Z A C I Ó * ÁRABE.
2 9 7 . L o s c a l i f a s . — Todos l a s p a i s e s c o n q u i s t a d o s p o r
los árabes obedecían a l c a l i f a , su j e f e , « c o m e n d a d o r d e
l o s c r e y e n t e s », s u c e s o r del P r o f e t a . L a p r i m e r a r e s i d e n -
cia d e ese pontífice f u é la c i u d a d s a n t a , M e d i n a , d e s p u é s
D a m a s c o (660-750) y p o r fin S a g d a d , e n t i e m p o s d e los
Abasidas, i p a r t i r de e n t o n c e s , los califas a d o p t a r o n las
c o s t u m b r e s d e los s o b e r a n o s de Asia. El c a l i f a d e Bagdad
d e s i g n a b a u n v i s i r , c r i a d o y p r i m e r m i n i s t r o al m i s m o
t i e m p o , e n c a r g a d o d e e n t r e t e n e r l o con relatos, de c a n t a r
a n t e él, d e j u g a r al a j e d r e z con él, y d e g o b e r n a r en lugar
s u y o . Y él p a s a b a luego su t i e m p o en s u s palacios y j a r d i -
nes, en m e d i o de s u s m u j e r e s , r o d e a d o p o r u n a g u a r d i a de
s o l d a d o s m e r c e n a r i o s , e x t r a n j e r o s casi s i e m p r e y á los
c u a l e s l l a m a b a n los mudos p o r q u e n o h a b l a b a n á r a b e .
2 9 8 . Los á r a b e s , lo m i s m o q u e los r o m a n o s , d e j a b a n
q u e los p u e b l o s vencidos conservasen s « d e r e c h o , s u s
t r i b w a a i e s y h a s t a * a s o b i s p o s . En sólo el califato d e
Bagdad h a b í a 25 obispos m e t r o p o l i t a n o s . P e r m i t í a n q u e
los c r i s t i a n o s p r a c t i c a s e n l i b r e m e n t e s n r e l i g i ó n , y no
l e s e x i g í a n sino q u e pagasen un t r i b u t o , « q u e h o n r a r a n á
los m u s u l m a n e s , s e abstuviesen d e llevar e s p a d a , de ven-
d e r vino, de t o c a r d e m a s i a d o f u e r t e s u s c a m p a n a s y d e
leer d e m a s i a d o alto s u s evangelios ».
2 9 9 . N a c i m i e n t o d e l a c i v i l i z a c i ó n á r a b e . — El
i s l a m i s m o e s t a b a a b i e r t o á t o d o s , c o m o la religión c r i s -
t i a n a . El vencido q u e se hacia m u s u l m á n , e n t r a b a desde
l u e g o en la clase v e n c e d o r a y a d q u i r í a todos los d e r e c h o s
d e é s t a . Así s e f o r m a b a u n a mezcla d e h o m b r e s d e t o d a s
l a s raxas, « n i d o s p o r l a r e l i g i ó n .
Y a u n los q u e n o se c o n v e r t í a n , vivían e n m e d i o d e l o s
musulmanes.
Así f u é q u e , p e r t e n e c i e n d o y a á u n a , ya á o t r a c a t e g o r í a ,
los griegos y los p e r s a s , que e r a n m á s civilizados, e m p e z a -
r o n á h a b l a r á r a b e y m e z c l a r o n s u s c o s t u m b r e s con l a s
d e l o s conquistadores» Los á r a b e s , q u e h a b í a n salido b á r -
b a r o s d e su p a í s , se p u l i e r o n , c o m o en o t r a época los
r o m a n o s , al c o n t a c t o d e s u s s u b d i t o s m á s cultos del
Asia.
3 0 0 . R i q u e s a y l u j o . — E s t a civilización á r a b e , nacida
e n Siria y en P e r s i a , es p r o f u n d a m e n t e o r i e n t a l : los á r a b e s
t r a t e n d e d i s t i n g u i r s e p o r el l u j o de los t r a j e s y el e s p l e n -
d o r d e los edificios.
Ya los califas de Damasco imitaban á los reyes de Persia;
Efectivamente, vivían en un palacio completamente empavesado
de mármol verde ; en medio del patio había un depósito siem-
pre rebosando, que regaba un j a r d í n lleno de a v e s ; rodeábanse
/
de aves canoras y bebían sorbetes de rosa. — Bagdad, « la
ciudad de las maravillas », fué edificada en unos cuantos años,
y tenía cuatro puertas de hierro coronadas por una cúpula do-
rada. Para llegar al palacio, que formaba una ciudad cerrada
dentro de la ciudad, era necesario atravesar tres plazas y tres
puertas abovedadas. En la sala de recepciones se veía un árbol
de oro guarnecido con pedrerías y algunos leones sujetos <*on
cadenas : varios saltos de agua daban frescura al aire. — Los
califas del Cairo poseían uu jardín cuyos árboles eran de oro,
las flores de piedras preciosas y el piso de esmalte.
3 0 1 . L a a g r i c u l t u r a . — « U n o ' d e los p r i m e r o s d e b e r e s
d e u n g o b i e r n o , es h a c e r los canales n e c e s a r i o s p a r a el
c u l t i v o d e l a t i e r r a » ; tal es la m á x i m a d e los p r i n c i p e s
árabes.
E g i p t o , S i r i a y Babilonia, países a r d o r o s o s , t a n f é r t i l e s
c u a n d o se les riega, h a b í a n e n s e ñ a d o á los á r a b e s el valor
del a g n a y el m o d o d e sacar p a r t i d o d e ella. T r a n s p o r -
t a r o n á E s p a ñ a los p o z o s d e r u e d a s (norias), q u e e x t r a e n
el a g u a , y los c a u a l e s d e r e g a d í o , que la r e p a r t e n .
Los á r a b e s p r a c t i c a b a n t o d o s los cultivos q u e habían
e n c o n t r a d o en su i m p e r i o . Muchas p l a n t a s f u e r o n l l e v a d a s
p o r ellos á Sicilia y á E s p a ñ a y se a c l i m a t a r o n tan b i e n en v
t o d a E u r o p a , que p o d r í a c r e é r s e l a s indígenas : el a r r o z ,
e l a z a f r á n , el c á ñ a m o , el a l b a r i c o q u e r o , el n a r a n j o , el
c i d r e r o , l a p a l m e r a , el e s p á r r a g o , el m e l ó n , las uvas
p e r f u m a d a s , las r o s a s azules y a m a r i l l a s , el j a z m í n , y
h a s t a el a l g o d ó n y l a c a ñ a d e a z ú c a r , q u e l u e g o se h a n
extendido por América.
3 0 2 . L a i n d u s t r i a . — E n Siria y en P e r s i a e n c o n t r a r o n
e s t a b l e c i d a s los á r a b e s i n d u s t r i a s ya a n t i g u a s ; t r a n s p o r -
t a d a s m á s t a r d e á todos los países m u s u l m a n e s , estas
r a m a s de l a actividad se h a n p e r f e c c i o n a d o , s i e n d o la
f u e n t e de n u e s t r a s m o d e r n a s f á b r i c a s .
E n l a s v i d r i e r í a s d e Bagdad y d e Siria se f a b r i c a b a v i d r i o
e s m a l t a d o y p e r l a s falsas. — De l a s f á b r i c a s d e a r m a s
á r a b e s s a l í a n el a c e r o p e r s a , l o s y a t a g a n e s e n c o r v a d o s
d e B a s o r a h , l a s e s p a d a s del Y e m e n ; m á s t a r d e h u b o e n
S i r i a l a s f a m o s a s l i o j a s d e D a m a s c o y en E s p a ñ a l a s d e
T o l e d o . E n l a s m o n t a ñ a s del Asia Menor se t e j i á n t a p i c e s
d e l a n a f i n a , e n Damasco l a s telas q u e llevaban el n o m b r e
d e l a c i u d a d , los tejidos d e oro, los ligeros d e s e d a y l a n a ,
y en Mosul las gasas ( m u s e l i n a s ) . Los d i b u j o s p e r s a s que
a d o r n a b a n estas telas, las aves, los elefantes, los leones,
los brutos y las p l a n t a s f a n t á s t i c a s (hay a l g u n o s q u e d a t a n
de la época asiría) h a n t o m a d o c a r t a d e n a t u r a l e z a en
n u e s t r a o r n a m e n t a c i ó n m o d e r n a . En S a m a r c a n d a y en
Bagdad t r a b a j a b a n desde el siglo X las f á b r i c a s d e p a p e l ,
tal vez c o p i a d a s d e los c h i n o s ; esta i n d u s t r i a pasó desde
ahí á Sicilia y á Játiva d e E s p a ñ a . E n Occidente e s t a b a n
las célebres f á b r i c a s de c u e r o , los c o r d o b a n e s (de ahí se
h a derivado el n o m b r e f r a n c é s d e zapateros, cordonniers),
V y los t a f i l e t e s . En Bagdad hacían a z ú c a r , q u e h a b í a sido
i n v e n t a d a en P e r s i a ; los á r a b e s sabían h a c e r t a m b i é n
c o n s e r v a s , j a r a b e s , los vinos secos, la e s e n c i a d e
rosa.
3 0 3 . E l c o m e r c i o . — Los á r a b e s poseían dos p u e r t o s
d e c o m e r c i o q u e e s t a b a n en comunicaciones con las dos
capitales. Uno B a s o r a h , en el golfo Pérsico, e r a la p u e r t a
del m a r de las I n d i a s ; ahí d e s e m b a r c a b a n los navios á r a b e s
q u e volvían del I n d o s t á n c a r g a d o s de p e r f u m e s , de es-
pecias y m a r f i l , y los j u n c o s chinos q u e a p o r t a b a n l a c a y
seda, llevándose en c a m b i o cristalería, azúcar, agua de
rosa y a l g o d ó n . El otro, A l e j a n d r í a , a b r í a á l o s á r a b e s el
M e d i t e r r á n e o ; á éste se dirigían los navios de Italia. Baso-
r a h servía de p u e r t o á Bagdad y A l e j a n d r í a al Cairo.
3 0 4 . Las c a r a v a n a s d e c a m e l l o s p a r t í a n d e Bagdad,
d i r i g i é n d o s e d e s d e allí en todos sentidos, al s u d o e s t e h a c i a
Damasco y S i r i a ; ai este, h a c i a Basorah y la I n d i a ; a l norte
hacia Trebizonda sobre el m a r Negro, á d o n d e llegaban las
m e r c a n c í a s del i m p e r i o b i z a n t i n o ; a l n o r d e s t e , hacia
S a m a r c a n d a y el Caspio, d o n d e se recogían l a s pieles, la
m i e l y la c e r a de Rusia. Del Cairo se e n c a m i n a b a , h a c i a el
oeste, la gran r u t a de l a s c a r a v a n a s , q u e seguía la costa
p o r Trípoli y Cairoán p a r a llegar á T á n g e r , y p o n e r s e allí
en contacto con el comercio d e E s p a ñ a ; al s u r h a b i a u n a
r u t a que s u b í a p o r el Nilo h a s t a el Sudán ó N u b i a ; o t r a
iba p o r la c o s t a (oriental) del África d o n d e los á r a b e s f u n -
d a r o n Magadoso, Kiloa y Sofala. P o r esta p a r t e se e f e c t u a b a
el t r a n s p o r t e del polvo de oro, el m a r f i l y los esclavos
negros.
3 0 5 . L a s c i e n c i a s . — En l a s e s c u e l a s griegas de Da-
masco y de A l e j a n d r í a se habían c o n s e r v a d o las c i e n c i a s
de los griegos, a s t r o n o m í a , s e t t e r » f i a . M a t e m á t i c a s »
m e d i c i n a Los s a b i a s d e l i m p e r i o , griegos, á r a b e s y persas*
r e c o g i e r o n , p e r f e c c i o n a r o n y, s o b r e todo p r i n i a g a T O a esos
c o n o c i m i e n t o s . Un árabe" escribió el p r i m e r t r a t a d o de
á l g e b r a , que f u é t r a d u c i d o al latín. Los g e ó g r a f o s á r a b e s
d e s c r i b i e r o n los países l e j a n o s q u e s u s c a r a v a n a s v i s i t a b a n .
Y ios sabios d e d i d í a raza s a c a r o n d e los t r a t a d o s d e m e d i -
cina griegos u n a doctrina curativa empírica, muy respetada
e n la e d a d m e d i a . Ellos f u e r o n l o s q u e i n t r o d u j e r o n el uso
de las pildoras.
3 0 6 . P e r o l a ciencia á r a b e po.r excelencia f u é l a a l q u i -
m i a . É s t a s e p r o p o n í a dos cosas m u y s e d u c t o r a s p a r a u n a
imaginación o r i e n t a l ; o b t e n e r La piedla filosofal, q u e debía
c a m b i a r los m e t a l e s en oro, y el elixir, q u e debía p r o p o r -
c i o n a r la p e r e n n e j u v e n t u d . T r a t a b a n d e p r o d u c i r el p r e -
cioso m e t a l m e z c l a n d o , c a l e n t a n d o , d e s t i l a n d o t o d a clase
d e sustancias. Los a l q u i m i s t a s e n c o n t r a r o n , en efecto,
a l g o ; pero.no lo q u e q u e r í a n ; en vez d e oro, o b t u v i e r o n al-
cohol. Y m á s t a r d e , b u s c a n d o en A l e m a n i a la p i e d r a filo-
sofal, se e n c o n t r ó el fósforo.
La a l q u i m i a f u é u n a q u i m e r a , ; .pero d i o origen á l a * » í -
s & i c a , así
GOBIO e n o-
fcra é p o c a ,
surgía la a s -
t r o n o m í a de
ios estudios
astrológi-
cos-
307. El
arte ára-
be. — Los
arabes, lo
Pu«rta con arabescos. Galería. mismo que
l o s r o m a n o s , carecían de a r t e n a c i o n a l
P e r o n o t a r d a r o n e n f u n d i r s e los a r t e s p e r s a y-bizantino,
p r o d u c i e n d o u n o n u e v o , el á r a b e . Las o b r a s m a e s t r a s
q u e éste n o s ha legado son las m e w i w i t a s y ios p a l a c i o « .
La m e z q u i t a comprende la gran sala en que se reúnen los
fieles y el patio ccra la fuente donde aquéllos practican sus ablu-
ciones, y uaa elevada t o r r e (el m i n a r e t e ) terminada en a n a
plataforma-desde la cual llama un pregonero (muezzhi) los fieles
á la oración.
Un palacio árabe es una casa de recreo que, con arreglo á la
costumbre de los países cálidos, no presenta al exterior más
que paredes desnudas. Las salas están, lo mismo que en las
casas antiguas, vueltas hacia un patio interior plantado de
árboles y que las aguas de una fuente hacen fresco. En el famoso
patio de los Leones en la A l h a m b r a d e Granada, el agua sale de
una gran copa de alabastro sostenida por doce leones de m á r -
mol negro. Alrededor del patio bay columnas que forman una
galería cubierta.
3 0 8 . Los á r a b e s n o poseen e s c u l t u r a ni pintura», pues
el Corán Ies p r o h i b í a r e p r e s e n t a r figuras h u m a n a s . Á falta
d e esto, i m a g i n a r o n p i n t a r en los m u r o s , con d e s l u m b r a n t e s
c o l o r e s , g u i r n a l d a s de h o j a s , s e n t e n c i a s del Corán y figu-
ras g e o m é t r i c a s e n l a z a d a s u n a s con otras. Estos a d o r n o s ,
c a d a vez m á s c o m p l i c a d o s y d e a p a r i e n c i a f a n t á s t i c a , h a n
. c o n s e r v a d o el n o m b r e d e sus inventores : son los ara-
bescos.
LA CIVILIZACIÓN ORIENTAL EN
OCCIDENTE.
309. Superioridad de Oriente en la e d a d media. —
Si se c o m p a r a el Occidente con el Oriente en la e d a d m e -
dia, no cabe d u d a r q u e el m u n d o m u s u l m á n y bizantino f u é
m a s n e o , m á s delicado, m á s i l u s t r a d o q u e el m u n d o occi-
d e n t a l . Como los cristianos c o m p r e n d í a n q u e e r a n i n f e r i o -
r e s en c u l t u r a , a d m i r a b a n s e n c i l l a m e n t e las m a r a v i l l a s d e
O r i e n t e , y los q u e q u e r í a n i n s t r u i r s e , iban á las escuelas
a r a b e s . L1 contacto e n t r e las dos civilizaciones se efectuó
p r i m e r o por la guerra, y luego p o r el comercio.
3 1 0 . L a s C r u z a d a s . - Los m u s u l m a n e s h a b í a n t e r m i -
n a d o su g u e r r a s a n t a ; e n t o n c e s los cristianos e m p e z a r o n
la suya, esto es, las c r u z a d a s . Ei d e r o la h a b í a p r e d i c a d o •
p r o m e t i ó s e el p a r a í s o á los q u e p e r e c i e s e n en ella- los
g u e r r e r o s llevaban en s u s túnicas p i n t a d a la c r u z p o r q u e
i b a n á c o m b a t i r . Estas l u c h a s tuvieron c o m o r e s u l t a d o el
e s t a b l e c i m i e n t o de p r i n c i p a d o s c r i s t i a n o s en Oriente y el
d e r e l a c i o n e s c o m e r c i a l e s e n t r e los p u e r t o s d e Siria y d e
J
Italia.
3 1 1 . Al p o n e r s e en c o n t a c t o con los orientales, s e civi-
l i z a r o n los de Occidente. No se sabe e x a c t a m e n t e cómo se
estableció este c o n t a c t o ; p e r o sí es posible h a c e r la c u e n t a
de lo q u e d e b e m o s á los á r a b e s , y esta c u e n t a es larga.
Les somos deudores : 1.° del trigo morisco, del espárrago
del cáñamo, el lino, el moral, el azafrán, el arroz, la palmera,
el limón, la naranja, y hasta el café, el algodón y la caña de
azúcar, que han llegado á ser los principales cultivos de Amé-
rica ;
2.° De "la mayor parte de nuestras industrias de lujo, los da-
mascos, tafiletes, sedas labradas de oro y plata (pajuelas), la
muselina, la gasa, el cendal, el tafetán, los terciopelos, perfec-
cionadas más tarde en Italia, los vidrios y espejos imitados de
los de Venecia, el papel, el azúcar, la confitería y los jarabes;
3.° Los principios de muchas de nuestras ciencias, el álgebra,
la trigonometría, la química, los números arábigos, que esta
raza tomó de los indios, y que han hecho fáciles los cálculos
n á s complicados.
VIII. LAS CIUDADES EN LA EDAD MEDIA.
FOBIIACIÓA DE LA B L ' R f i l E S Í A FRtACESA.
3 1 2 . O r i g e n d e l a s c i u d a d e s . — La m a y o r p a r t e d e
l a s c i u d a d e s d e F r a n c i a son a n t i g u a s aldeas, que p e r t e -
necían á u n señor, como su n o m b r e lo i n d i c a , p u e s villa
significa d o m i n i o ,
El S e ñ o r ó , m e j o r dicho, su i n t e n d e n t e (elprevoste) m a n d a b a
sobre l o s h a b i t a n t e s como a m o ; h a c í a l e s p a g a r t r i b u t o s en di-
n e r o , los j u z g a b a , los c o n d e n a b a , y en ocasiones h a s t a se
a p o d e r a b a de sus m e r c a n c í a s ó los p r e n d í a sin motivo, como
único j u e z suyo q u e e r a . En el siglo xi, las ciudades, m u y
p o b r e s todavía, n o se d i s t i n g u í a n d e las a l d e a s sino en q u e
estaban r o d e a d a s p o r u n a m u r a l l a .
3 1 3 . L a s c o m u n i d a d e s ó m u n i c i p i o s . — En el si-
glo XII h a b í a n llegado á s e r m á s ricos los h a b i t a n t e s ,
y e n t o n c e s e m p e z a r o n á a p e t e c e r un regimen más r e -
gular. Poco á poco l o g r a r o n , unos r e b e l á n d o s e y otros
p a g a n d o s u m a s elevadas, o b t e n e r d e su señor p r o m e s a s q u é
hacían i n s c r i b i r e n u n a c a r t a p u e b l a ó c é d u l a m u n i -
c i p a l . « Hago saber á todos, decía en ella el s e ñ o r , q u e con-
cedo á los h o m b r e s de m i ciudad los privilegios s i g u i e n t e s :
en a d e l a n t e m e p a g a r á n tanto p o r año, y u n a vez esto satis-
fecho, m e c o m p r o m e t o á n o p e d i r l e s n a d a más. » Un a b a d
del siglo m e n c i o n a d o , Guiberto de Nogen-t, define así este
c o n t r a t o e n t r e la c i u d a d y el s e ñ o r . « Municipio, Ayunta-
miento ó comunidad es u n a p a l a b r a n u e v a y d e t e s t a b l e ; esto
significa q u e los servidores p a g a n u n a vez a l año n a d a m á s
á su señor la d e u d a a c o s t u m b r a d a por su s e r v i d u m b r e , y
q u e si c o m e t e n a l g ú n delito, no t i e n e n q u e satisfacer m á s
q u e u n a m u l t a d e t e r m i n a d a d e a n t e m a n o ; en c u a n t o á l a s
d e m á s p r e s t a c i o n e s é i m p u e s t o s de todas clases q u e de o r -
d i n a r i o se exigen á los siervos, q u e d a n e x e n t o s de ellas por
e n t e r o . » Este r e g l a m e n t o d e los d e b e r e s h a c i a el s e ñ o r se
l l a m a b a costumbres, libertad ó franquicia.
3 1 4 . Estas condiciones eran muy variables. En la mayor
parte de las ciudades, los burgueses no tenían más derechos
que el de designar algunos de entre ellos, que se llamaban
l i z a r o n los de Occidente. No se sabe e x a c t a m e n t e cómo se
estableció este c o n t a c t o ; p e r o sí es posible h a c e r la c u e n t a
de lo q u e d e b e m o s á los á r a b e s , y esta c u e n t a es larga.
Les somos deudores : 1.° del trigo morisco, del espárrago
del cáñamo, el lino, el moral, el azafrán, el arroz, la palmera,
el limón, la naranja, y hasta el café, el algodón y la caña de
azúcar, que han llegado á ser los principales cultivos de Amé-
rica ;
2.° De "la mayor parte de nuestras industrias de lujo, los da-
mascos, tafiletes, sedas labradas de oro y plata (pajuelas), la
muselina, la gasa, el cendal, el tafetán, los terciopelos, perfec-
cionadas más tarde en Italia, los vidrios y espejos imitados de
los de Venecia, el papel, el azúcar, la confitería y los jarabes;
3.° Los principios de muchas de nuestras ciencias, el álgebra,
la trigonometría, la química, los números arábigos, que esta
raza tomó de los indios, y que han hecho fáciles los cálculos
n á s complicados.
VIII. LAS CIUDADES EN LA EDAD MEDIA.
FOBIIACIÓA DE LA B L ' R f i l E S Í A FRtACESA.
3 1 2 . O r i g e n d e l a s c i u d a d e s . — La m a y o r p a r t e d e
l a s c i u d a d e s d e F r a n c i a son a n t i g u a s aldeas, que p e r t e -
necían á u n señor, como su n o m b r e lo i n d i c a , p u e s villa
significa d o m i n i o ,
El S e ñ o r ó , m e j o r dicho, su i n t e n d e n t e (elprevoste) m a n d a b a
sobre l o s h a b i t a n t e s como a m o ; h a c í a l e s p a g a r t r i b u t o s en di-
n e r o , los j u z g a b a , los c o n d e n a b a , y en ocasiones h a s t a se
a p o d e r a b a de sus m e r c a n c í a s ó los p r e n d í a sin motivo, como
único j u e z suyo q u e e r a . En el siglo xi, las ciudades, m u y
p o b r e s todavía, n o se d i s t i n g u í a n d e las a l d e a s sino en q u e
estaban r o d e a d a s p o r u n a m u r a l l a .
3 1 3 . L a s c o m u n i d a d e s ó m u n i c i p i o s . — En el si-
glo XII h a b í a n llegado á s e r m á s ricos los h a b i t a n t e s ,
y e n t o n c e s e m p e z a r o n á a p e t e c e r un regimen más r e -
gular. Poco á poco l o g r a r o n , unos r e b e l á n d o s e y otros
p a g a n d o s u m a s elevadas, o b t e n e r d e su señor p r o m e s a s q u é
hacían i n s c r i b i r e n u n a c a r t a p u e b l a ó c é d u l a m u n i -
c i p a l . « Hago saber á todos, decía en ella el s e ñ o r , q u e con-
cedo á los h o m b r e s de m i ciudad los privilegios s i g u i e n t e s :
en a d e l a n t e m e p a g a r á n tanto p o r año, y u n a vez esto satis-
fecho, m e c o m p r o m e t o á n o p e d i r l e s n a d a más. » Un a b a d
del siglo m e n c i o n a d o , Guiberto de Nogen-t, define así este
c o n t r a t o e n t r e la c i u d a d y el s e ñ o r . « Municipio, Ayunta-
miento ó comunidad es u n a p a l a b r a n u e v a y d e t e s t a b l e ; esto
significa q u e los servidores p a g a n u n a vez a l año n a d a m á s
á su señor la d e u d a a c o s t u m b r a d a por su s e r v i d u m b r e , y
q u e si c o m e t e n a l g ú n delito, no t i e n e n q u e satisfacer m á s
q u e u n a m u l t a d e t e r m i n a d a d e a n t e m a n o ; en c u a n t o á l a s
d e m á s p r e s t a c i o n e s é i m p u e s t o s de todas clases q u e de o r -
d i n a r i o se exigen á los siervos, q u e d a n e x e n t o s de ellas por
e n t e r o . » Este r e g l a m e n t o d e los d e b e r e s h a c i a el s e ñ o r se
l l a m a b a costumbres, libertad ó franquicia.
3 1 4 . Estas condiciones eran muy variables. En la mayor
parte de las ciudades, los burgueses no tenían más derechos
que el de designar algunos de entre ellos, que se llamaban
 -

conceja/es, porque aconsejaban al prevoste del señor, y le ayu-

daban a cobrar los impuestos. Pero cu las más favorecidas otros, y a u n s u c e d e q u e s e t r a n s m i t e n h e r e d i t a r i a m e n t e
\coroo p o r ejemplo Beauvais, Life, Dijón, Narbona y Tolosa) s a s f u n c i o n e s ; e n la e d a d m e d i a n o p i e n s a n a d i e , ni n o b i q
os burgueses habían recibido permiso para administrar sus in- ni b u r g u e s e s , en p r o c l a m a r la i g u a l d a d .
tereses comunes; éstas eran, las verdaderas c o m u n i d a d e s ó 3 1 6 . L a j u s t i c i a b u r g u e s a . — E n los t r i b u n a l e s de los
m « » i t i p i o * . «, Cada cual, decía la cédula de Beauvais prestará b u r g u e s e s , s e sigue e s c r u p u l o s a m e n t e la a n t i g u a c o s t u m b r e .
socorro a los demás, y no permitirá que le arrebaten nada >.
Cuando un .habitante de Lille era atacado por un hombre de El ofendido ó el deudo de la víctima se presenta como acu-
íuera, bastaba con que gritase burguesa, para que todos los sador, señala al culpable y, arrodillándose, pone la mano sobre
las reliquias de los santos, y j u r a que aquel hombre ha come-
burgueses tido el crimen de que lo a c u s a ; el acusado jura lo contrario,
presentes palabra por palabra. A menudo ocurre que el tribunal los hace
tuvieran batirs? en duelo con palos y que el vencido es condenado. Si el
que acu- acusador presenta testigos, cada uno de éstos debe j u r a r á su
dir en su vez, y empleando siempre las mismas palabras, que el acusado
auxilio es culpable. Cuando dos testigos han jurado, el acusado debe
bajo pena ser condenado; pero no siempre se encucntrau dos testigos,
de multa. pues se les exige que hayan visto cometer el -crimen.
La comu- También las peñas son determinadas irrevocablemente, y los
nidad tie- jueces no pueden modificarlas en nada. Al homicida se le ha de
ne los mis- cortar la cabeza, el asesino (que ha matado con premeditación)
mos dere- será arrastrado sobre u n cañizo hasta la horca y colgado, el
chos que incendia™ será quemado, y la m u j e r condenada á muerte en-
un caba- terrada vida. La regla se aplica sin excepción. Cuando el con-
llerojpue- denado se ha puesto en salvo, lo e j e c u t ^ i en efigie, quemando
de h a c e r ó ahorcando el n aniqui que s e ha hecho para representarlo.
la gne- Cuando un hombre se ha suicidado, su cadáver es arrastrado
r r a é sus sobre un cañizo y ahorcado, pues « se debe hacer con él la
enemigos misma justicia que si se probara que es asesino de otro ». Si
y destruir un toro mata á un hombre, si una marrana devora á uu aiuo,
sus pro- es preciso que el verdugo ahorque á dichos animales. Estas
Casas del siglo * m .
ejecuciones singulares-duraron hasta fines de la edad media.
t-, „ . , , piedades.
En señal de su derecho, posee un s e l l o para poner.o en sus ac-
tas, una c a j a para depositar su dinero, y una a t a l a y a , con una
O B C i A M Z i a M D E L A S C I t B A B E S JEN JLA
campana p a r a llamar á los burgueses á las armas (esta atalaya
E B A B SU B I A.
es como el campanario de la burguesía), u n a c a s a a v ti ..Sa-
rniento hotel deville), esto es, una casa donde te amnúa ó se
3 1 7 . L o s g r e m i o s . — E n l a s c i u d a d e s de la e d a d m e d i a ,
reúne el cuerpo de la ciudad ó, lo que es lo mismo, e l concejo
de hombres que la gobiernan. los a r t e s a n o s q u e h a c e n el m i s m o t r a b a j o se r e ú n e n en un
c u e r p o que se l l a m a g r e m i o . Había u n o d e h e r r e r o s , otro
3 1 5 . E l c u e r p o de l a c i u d a d . - Se c o m p o n e de b u r - d e silleros, uno d e s a s t r e s , etc. Cada g r e m i o t i e n e s u c a j a
g u e s e s m i e m b r o s de l a población, y a c u a t r o , ya doce ó c o m ú n , su b a n d e r a , q u e lleva e n l a s p r o f e s i o n e s y que
c i e n t o ; ya iguales todos e n t r e sí, y a p r e s i d i d o s p o r u n al- saca a l c a m p o c u a n d o la c i u d a d sale e n s o n d e g a e r r a ;
calde; en el s u r d e F r a n c i a los l l a m a b a n c ó n s n l e s , en el tiene su s a n t o p a t r ó n l o s c a r p i n t e r o s San José, los zapa-
n o r t e r e g i d o r e s ó j u r a d o s . Estos son s i e m p r e los n o t a b l e s teros S a n C r i s p f n ) ; s u s j e f e s , q u e son gentes del g r e m i o
d e la c i u d a d ; á m e n u d o se d e s i g n a n ellos m i s m o s u n o s á (en F r a n c i a los l l a m a n j u r a d o s ) ; y p o s e e s u s r e g l a m e n -
t o s ; con a r r e g l o á la p r á c t i c a d e la e d a d m e d i a , esfas son
c o s t u m b r e s q u e no h a y n e c e s i d a d d e c o n s i g n a r p o r escrito. era lícito emplear más materias ó fabricar objetos que no tu-
vieran la medida ordenada por el reglamento. Los plateros no
3 1 8 . Estos reglamentos disponen que el niño que entre en un debían poner oro sobre la plata, los fabricantes de estatuas
gremio debe empezar por ser a p r e n d i z en casa de un maestro tenían que emplear únicamente tales ó cuales maderas. Si una
pieza de paño es más ó menos ancha de lo que está dispuesto,
del oficio; éste
se la confisca, y el fabricante paga una multa. Las gentes del
le enseña su
oficio procuran conservar su honra, y ésta consiste en no po-
profesión, lo ner de venta más que mercancías « leales »; por esto es por lo
alimenta y le que se vigilan estrictamente unos á otros. — En cambio, s e
da alojamiento. a p o y a n , s e s o s t i e n e n contra los extraños y contra las gen-
El aprendiz de- tes de los restantes oficios. En la ciudad nadie más que los
be trabajar por maestros tiene derecho p a r a fabricar y vender : el hombre que"
su cuenta y obe- hubiese abierto una tienda de sastre sin haber sido admitido en
decerle ; el ma- el gremio, habría sido condenado á multa, y su establecimiento
estro tiene has- cerrado. De modo que el derecho de fabricar y de vender los
ta el derecho de objetos de un oficio, es la propiedad exclusiva de las gentes
pegarle. Al cabo consagradas al mismo. Los sastres impiden á los ropavejeros
d e a l g u n o s a- que vendan trajes nuevos, pues eso es su propiedad exclusiva;
ños, el aprendiz los ropavejeros tienen como profesión exclusiva vender trajes
pasa á ser c o m - viejos.
p a ñ e r o ; y si
bien sigue t r a - 3 1 9 . L o s p a t r i c i o s . — Así p u e s , todas las profesiones
bajando por estaban o r g a n i z a d a s en g r e m i o s : h a b í a u n o de p a ñ e r o s
cuenta de su ( m e r c a d e r e s de paño), otro de especieros (vendedores d e
patrono, recibe
especias, c o n d i m e n t o s y, p o r extensión, d e a r t í c u l o s d e
salario y sólo se
alimentación), u n o d e boticarios, d e c a m b i s t a s (banqueros),
compromete
por poco tiem- de m é d i c o s , etc. Los m e r c a d e r e s e r a n m á s c o n s i d e r a d o s
además, en- q u e los a r t e s a n o s , p u e s se e n r i q u e c í a n vendiendo con gran-
puede des beneficios los a r t í c u l o s q u e desde r e m o t o s países reci-
cambiar de ma- bían. Los c a b a l l e r o s del c a m p o d e s p r e c i a b a n á esos caballe-
estro. Los com- ros m e r c a d e r e s , y se n e g a b a n con f r e c u e n c i a á d e j a r l o s to-
pañeros son' m a r p a r t e en s u s t o r n e o s ; e n t o n c e s e r a r a r o q u e alguien
una raza vaga- a d m i t i e s e q u e el t r a b a j o n o d e s h o n r a á u n h o m b r e . 1 P e r o
• muchos los m e r c a d e r e s y p r o p i e t a r i o s f o r m a b a n d e n t r o de su ciu-
d a d u n a nobleza, se h a c í a n l l a m a r s e ñ o r e s y se d a b a n á sí
en ciudad ofre- m i s m o s los n o m b r e s d e p a t r i c i o s ó de l a s f a m i l i a s .
ciendn sus ser-
Una calle en el siglo xv. vicios; cu Fran- 3 2 0 . I n t e r i o r d e l a s c i u d a d e s . — Las c i u d a d e s d e la
cia se ha conservado esta costumbre de dar vuelta al país. e d a d m e d i a n o se p a r e c í a n en n a d a á las n u e s t r a s .
Los que poseen recursos suficientes para poner tienda, llegan á
ser m a e s t r o s (patronos); sólo ellos tienen voto en las asam- i . Referíase que habiendo visto Rodolfo de Hasburgo, cerca de Basilea, un
bleas del gremio. —Los reglamentos prescriben también c ó m o curtidor que hacía secar sus cueros, le dijo riendo : « Preferirías tener cien
mareos de renta. — Los tengo, contestó el otro, é invitó al rey á su mesa,
s e d e b e t r a b a j a r ; está prohibido hacerlo fuera de la tienda,
recibiéndolo en traje de ceremonia. — ¿Cómo es, le preguntó el príncipe, que
á fin de que el público pueda inspeccionar todo; no sé permite siendo rico tengas un oficio tan r e p u g n a n t e ? — Haciéndolo es como he llegado
trabajar con luz artificial para que la obra no resulte mala; no á constituir mi fortuna, contestó el cjiu'tidor.
126 COMPENDIO T)E LA HISTORIA DE LA CIVILIZACIÓN. LAS CIUDADES EN LA EDAD MEDIA. 121

Casi todas las gentes del BUSTO® oficio se encuentran reunidas un sitio de paso.. Se la bace para los que allí viven y no para
en la misma «alle >.; hay m a vía 'de los e arti dores, otra de los los que la cruzau.
sillwos, de le« .plateros, etc. Cada patrono tiene en el piso hajo 3 2 1 . La ciudad está rodeada por uu f o s o y un b a l u a r t e
de su casa su taller, donde trabaja delante de todo el mondo ; de piedras (reforzado con un grueso talud de tierra, desde la
el primer piso, donde vive con su familia, avanza sobre la invención de la artillería); en ese recinto se alzan de trecfid en
calle, como «i quisiera tocar la casa de enfrente; en las de va- trecho unas t o r r e s redondas ó cuadradas, macizas ó esbeltas.
rios pisos, cada ¡uno de éstos «ste por f u e r a del inmediato infe- No había ciudad qtie "íi-ij t e j i e r a un centenar de lo que era al
rior. ¡La casa, que ordinaiiaiuenté s e construye de madera con- mismo tiempo «Mía defensa y u n adora® : Nvrrenberg poseía
forme à i a an- más de 309. La ciudad es una fortaleza en que n o se entra más
que por u n a p u e r t a abovedada, que s e cierra durante la noche.
tigua costum- ,
bre, termina Este recinto eiúzacLo de torres y flechas, estas calles irregu-
un techo lares en que cada casa conserva su fisonomía, en que la vista
se encuentra atraída á cada momento por un techo, una puerta
de. entrada, un balcón audaz, un brazo de hierro que sostiene
una muestra, todo esto, decimos, daba á las ciudades de en-
tonces 1 su aspecto animado y lleno de vaTiedad. Eran sin duda
un torreón y
menos cómodas que rraestras grandes poblaciones modernas,
frontón.
de calles anchas y rectas y de casas uniformes; pero tenían as-
«<e
pecto más pintoresca.
A
ambos lados
de la calle LAS CIUDADES LIBRES D E ITALIA Y DE
no se encu'en- ALEMAAIA,
sit iradas
* Jgrjk* ^ ' F ^ ^ ^ y i ' 1
^ ! ^ en tinca r e t í a , 3 2 2 . L a s c i u d a d e s l o m b a r d a s . — Desde el siglo xn
e r a n las c i u d a d e s l o m b a r d a s m á s ricas y p o p u l o s a s q u e las
j T ^ Q f f M/im:'. OTL jjm''% do una ligera d e los r e s t a n t e s países. E n ellas vivían, n o sólo a r t e s a n o s
T O M j g f f i m f a «US I^^^MUr' ití^gpffl curva, de y m e r c a d e r e s , sino t a m b i é n caballeros y a u n s e ñ o r e s .
y f f i i l j - ' / * ^ m o d o que la
En t o d a s estas c i u d a d e s s e dividían los h a b i t a n t e s .eij
ca ^ e s e a n c h a
d o s p a r t i d o s que s e hacían «Tierra m o r t a l .
unas veces y
Á veces h a b í a p r i n c i p i a d o la división sin m o t i v o polí-
tico : d o s f a m i l i a s poderosas r e ñ í a n , todas las r e s t a n t e s
[ pedrado es t o m a b a n p a r t i d o y k ci u d a d q u e d a b a s e p a r a b a en dos b a n -
. , malo v abun- dos, á veces p o r espacio de m á s d e un s i g l o . 2 E n t r e los dos
P u e r t a fortificada. , .
dan los ba-
1. Todas las c i u d a d e s d e la edad media e s t a b a n edificadas d e l m i s m o m o d o '
ches, donde se amontonan las moroaMcías en los barrios mer-
los a n t i g u o s g r a b á d o s q u e r e p r e s e n t a n las c i u d a d e s f r a n c e s a s y t a m b i é n las
cantiles ; eu los 'demás, vagan libremeute vacas y cerdos. l o m b a r d a s del s i g i o m , las l i a c e n p a r e c i d a s á l a s a l e r m m a s ; p e r o en F r a n c i a y en
En el sigilo XV, cuando una ciudad alemana se prepara á r e - ( t a l l a s e h a n d e s t r u i d o casi en t o d a s p a r t e s los a n t i g u o s b a r r i o s ; a p e n a s q u e -
cibir la visita del emperador, el consejo ordena que se des- d , " i en a l g u n a s c i u d a d e s como R u i n , Dijón y Troves restos de ellos. En
'ilemánia y F l a n d e s ha h a b i d o m á s e s p í r i t u d e conservación. D é l a s g r a n d e s
cuelguen de la horca los ajusticiados, y que se quiten los c i u d a d e s alemanas, l a m e j o r c o n s e r v a d a es N u r e m b e r g ; pero se ha d e r r i b a d o
estercoleros de delante de las casas. La calle no es, como hoy, n o lienzo d e m u r a l l a . Ruteo b u r g o , s a b r é el T a o b e r , da megór idea todavía d e
lo que era a n t i g u a m e n t e una c i u d a d , p u e s en ella no se h a modificado n a d a
1. La c o s t u m b r e e r a g e n e r a l en "Europa; y h a s t a en P a r í s , d o n d e tan poco
d e s d e el siglo xvi.
se h a n r e s p e t a d o los a n t i g u o s n o m b r e s d e l a s calles, q u e d a n a ú n varios que
indican lo que esas vias f u e r o n : calle de los Plateros, otra d e la P e r g a m i - 2. Así ocurrió en V e v o n a con los Capilletas y Sos M ó n t e s e o s ; esta locha ha
nería, etc. sido inmortalizada por S h a k s p e a r e en su Jlomeo y Julieta.
2. En a l e m á n S í r a s s e significa al mismo tiempo calle y r u l a .
 325. Las repúblicas comerciantes de Italia. —
grupos c e s a b a t o d a clase de relaciones : ni m a t r i m o n i o s ,
€¡éuova y Y e u e c i a e r a n los dos g r a n d e s p u e r t o s ' d e l Medi-
ni s i q u i e r a visitas. La m i s m a c i u d a d se dividía en dos po-
t e r r á n e o ; sus m e r c a d e r e s i b a n á A l e j a n d r í a e n b u s c a de
blaciones e x t r a ñ a s , q u e y a . n o se conocían y q u e se odia-
las especias y las telas d e seda d e Oriente, y allí vendían
ban.
los j ó v e n e s d e a m b o s sexos q u e h a b í a n ido á c o m p r a r
3 2 3 . E n u n a época en q u e se vivía a r m a d o y s i e m p r e
en las costas del m a r Negro á los m o n t a ñ e s e s del Cáucaso.
dispuesto á p e l e a r , el odio d e g e n e r a b a p r o n t o en g u e r r a .
Venecia poseía s o l d a d o s m e r c e n a r i o s que le c o n q u i s t a r o n
Batíanse, y los v e n c e d o r e s m a t a b a n , c o n d e n a b a n á m u e r t e
ó e x p u l s a b a n á los j e f e s del p a r t i d o vencido. Las c i u d a d e s
d e Italia vivieron d u r a n t e t r e s siglos en m e d i o d e p r o s -
cripciones y b a t a l l a s c a l l e j e r a s . Un italiano calculó q u e en
las d i f e r e n t e s p o b l a c i o n e s d e su país h u b o siete mil revo-
luciones e n los siglos q u e van del xi al xv.

Una. vez que todos, los ciudadanos de la población habían

tomado partido por una de los dos facciones, era imposible en-
contrar entre ellos gentes capaces de gobernar con imparciali-
dad. Tratóse entonces de buscar jefes fuera : la ciudad trataba
con un noble e x t r a n j e r o p a r a que fuera á gobernarla por un
tanto d u r a n t e seis meses ó un año. Este empresario de gobierno
se llamaba podestat (poder); al ir á su gobierno llevaba con-
sigo su gente, algunos caballeros y jueces, y una veintena de
agentes de policía; cuando entraba en la ciudad prestaba sobre
las reliquias de los santos juramento de « gobernar sin rencor
ni privanza, sin provecho personal, y haciendo justicia á todo
el mundo. » Durante el tiempo de su gobierno debía perma-
necer en la población sin salir de ella; pero siempre como
.extranjero, sin comprar allí casa, sin casarse.con mujer del
país, sin hacerse amigos ni aceptar convites; al terminar el
tiempo de su empeño, lo echaban de la ciudad.

3 2 4 . L o s c o n d o t t i e r i . — Todas estas c i u d a d e s s e h a - interior flamenco del siglo xv.

cían m u t u a m e n t e la g u e r r a . Así llegó un t i e m p o en q u e n o

p u d i e r o n r e c l u t a r su e j é r c i t o con solos s u s h a b i t a n t e s , y
e n t o n c e s t r a t a r o n con e m p r e s a r i o s de l u c h a s a r m a d a s . El
e o n d o t t i e r e (mercenario) se e n c a r g a b a m e d i a n t e sueldo
de f o r m a r u n a t r o p a d e soldados, de m a n d a r l o s y sostener-
los. E s o s g u e r r e r o s d e oficio p a s a b a n d e un p u n t o á otro
según s u s conveniencias, y ni s i q u i e r a t e n í a n , como los
suizos y los l a n d s q u e n e t e s , la h o n r a d e z de b a t i r s e b i e n p o r
el q u e Í e s p a g a b a . Los c o n d o t t i e r i de los dos e j é r c i t o s e n e -
migos s e p o n í a n de a c u e r d o p a r a no h a c e r s e daño, y u n a
batalla e r a u n s i m u l a c r o . ,
t o d a s las c i u d a d e s i t a l i a n a s h a s t a el Afligió. E s a r e p ú b l i c a
era, d e s d e el siglo x m , « Señor de t r e s octavas p a r t e s del
I m p e r i o griego »; y en el siglo xv f u é d u e ñ a d e todo el
Véneto.
3.26. L a H a n s a . — T a m b i é n las c i u d a d e s a l e m a n a s se
e n r i q u e c í a n , s o b r e todo c o m e r c i a n d o ; las m á s p o d e r o s a s
f u e r o n : al s u r a q u e l l a s p o r d o n d e p a s a b a la g r a n v í a de
I t a l i a (Augsburgo y N u r e m b e r g ) ; al n o r t e las que t e n í a n
sus p u e r t o s en el.Báltico ó el m a r d é l a Mancha (Liibeck,
H a m b u r g o y B r e m e n ) . En esa época se e f e c t u a b a el c o m e r -

ció c o n b s . a n n a s e n l a m a n o ; e r a necesario q u e el m e r -
c a d e r p u d i e r a defender e n rata s u navio j s u s mercancías*,
y q u e se hiciera respetar e n el mercad©. P a r a s e r m á s
f u e r t e s l o s m e r c a d e r e s d e i a s c i u d a d e s del Norte d e A l e m a -
n i a se asociaron. Saliiga r e c i b i ó el nombre-de M a n s a , y en
ella a c a b a r o n p o r e n t r a r , toa á u o a , & m a y o r p a r t e d e l a s
c i u d a d e s germánicas- s e p t e n t r i o n a l e s del. Báltico y de los
Países B a j o s ; en el siglo xvi llegaron á r e u n i r s e 80, d e s d e
Riga al este h a s t a B r a j a s a l o c c i d e n t e .
3 3 7 . La liga tenia en cada puerto d e Suecia, de Noruega y
de Rusia una casa, verdadera fortaleza qae; contenía u n a banda
de empicados a m a i k i s , todos solteros. Estaba prohibido que
penetrase al* uiugúü extraño y p o r la noche soltaban los
p e r r o s de guardia. Este edificio sirvió al mismo tiempo de
a b a s t e * » , de- m e r e a i l o v d e t r i l m a a l Cada año salían de las
ciudades de k Iíansa grandes nasios cargados de hilos y
pañQs- de Ftartdes y de especias y sederías de Oriente; esos
navios- iban asraiadas c o m o para la guerra, llevando su tripula-
ción de soldados.; su eabierfca estaba, defendida, p o r dos castillos-
fuertes, (te madera. Así s e llegaba á los puertos extranjeros, á
Bergen, á Biga y Novogocod; los mercaderes se p o j a b a n en el
recinto, desembarcaban s*» mercancías y l a s ponían en venta ;
las dívergeneias eran j u z g a d a s p a r el tribunal de ta Hansa.
Después se- hacían de nuevo al mar los ¿avíos, cargados ahora
de leña,de cera,, pieles y, sobre todo,.de pescado seco.
32.8. E n I o m e g a . h a M a r t llegado l a s c i u d a d e s de l a B a n s a
á ser m á s poderosas que. el m a s a » r e y ; asi era <p» i m p e -
d i o s á l o s habitantes que recibiesen navios que no f u e r a n
l o s s u y o s ; y e n m á s d e u n a ocasión t u v i e r o n q u e s o s t e n e r
g r a n d e s batallas en el m a r .
EL, C O M E R C I O E \ L A E D A D MEDIA.
3 2 9 . E l c o m e r c i o . — Lo. q u e e n r i q u e c i ó ála-s. c i u d a d e s
a l e m a n a s , f l a m e n c a s é i t a l i a n a s f u é , m á s q u e su i n d u s t r i a ,
el c o m e r c i o : e n u n a é p o c a e n q u e los p r o d u c t o s exóticos
e r a n escasos, los m e r c a d e r e s podían p e d i r precios e n o r m e s
y o b t e n e r g r a n d e s b e n e f i c i o s . Pero l e s e r a necesario a c o m -
p a ñ a r sus m e r c a n c í a s y d e f e n d e r l a s c o n t r a los. g e n t i l e s
h o m b r e s b a n d i d o s q u e vivían de. r a p i ñ a s ; en A l e m a n i a
i b a n los comerciantes', á caballo, con la espada, colgando del
a r z ó n de s® silla. Su vida e r a a v e n t u r e r a , c o m o la d e lo®
guerreros.
P a r a h a c e r - m e n o s p e l i g r o s a s l a s expediciones, s e r e u n í a n
l o s m e r c a d e r e s e n é p o c a s f i j a s e® c i e r t a s c i u d a d e s ; s u s
a s a m b l e a s s e e f e c t u a b a n e o n ocasión de a l g u n a t e s t a r e l i -
giosa ; l l a m á b a s e l a s f e r i a s , (fiestas).
Las principales se celebraban en Francia, e a Troves y Pro-
vins. puntos de la Champaña, en. Bean«s¿re y del. Laugiieáoc y en
la llanura situada entre Sam.t-D.euis y París (feria, del Lendil).
Los italianos concurrían con sus especias y sus sedas; los fla-
meucos con sus paños y sus hilos; Tos alemanes con las armas,
tos abrigos y las pieles que habían ido á buscar á Rusia. Todos
los vendedores extendían á la vista del público sus mercancías,
y el señor de la ciudad se comprometía, mediante, el pago de
un tributo, á protegerlos y hacer juzgar sus asuntos rápida-
mente por medio de un juez especial.
3 3 0 . L o s c ó n s u l e s . — Los t r i b u n a l e s ordinarios, n o
e r a n capaces d e j u z g a r los a s u n t o s de comercio-. Fué-, p u e s ,
preciso instituir j u e c e s especiales p a r a los m e r c a d e r e s ;
t o d a s las c i u d a d e s d e I t a l i a tuvieron en el siglo Xllf s u s
c ó n s u l e s d e l o s m e r c a d e r e s . Esta c o s t u m b r e se e x t e n d i ó
p o r e l s u r d e Francia, y p o r E s p a ñ a .
T a m b i é n los p u e r t o s d e e s t a s dos n a c i o n e s t u v i e r o n
c ó n s u l e s d e l m a r , q u e conocían d e los litigios e n t r e m a -
r i n e r o s , c a p i t o n e s d e l o s navios, a r m a d o r e s y p a s a j e r o s .
L a s c o s t u m b r e s s e g u i d a s era i o s « t r i b u n a l e s d e m a r »
c o n s t i t u y e r o n p o c o á peco u n d e r e c h o nuevo-: con ellas se
f o r m a r o n v a r i a s colecciones. La m á s antigira, l o s Roles
Okrórt, e s del siglo XIII; la m á s eéleb?e, el consulado del inte,
r e d a c t a d o e n B a r c e l o n a , del XIV.
L a s c i u d a d e s del Mediterráneo- (&órrova, ¥e®eeia, Bar-
celona y Marsella), q u e c o m e r c i a b a n con- l o s p u e r t o s m u -
s u l m a n e s d e l E g i p t o y d e la Siria, tenían e n c a d a p u e r t o
a l m a c e n e s , u n m u e l l e d e d e s e m b a r c o , y c a s a s : poseían un
j u e z i n s t i t u i d o con p e r m i s o del s o b e r a n o del 1 'país, q u e
"fallaba los p r o c e s o s de s u s m e r c a d e r e s y los protegía en
caso n e c e s a r i o . E s t o s m a g i s t r a d o s , se l l a m a b a n t a m b i é n
c ó n s u l e s , y e r a n a l m i s m o tiemp® l o s j u e c e s de- las gentes
d e la ciudad establecidas en Oriente y í^s r e p r e s e n t a n t e s de
é s t a j u n t o al gobierno d e l p a í s respectivo. N u e s t r o s e o n -
s u l e s m o d e r n o s h a n c o n s e r v a d o el m i s m o n o m b r e y a n á -
g i r a r s u s l e t r a s d e c a m b i o , no sólo c o n t r a s u s e m p l e a d o s ,
logas f u n c i o n e s . sino c o n t r a todos s u s c o r r e s p o n s a l e s . Las letras firmadas
3 3 1 . El c a m b i o y l a b a n c a . — Como en la edad p o r un b a n q u e r o d e confianza e r a n a c e p t a d a s p o r los
m e d i a c a d a señor y c a d a c i u d a d a c u ñ a b a n m o n e d a , h a b í a d e m á s c o m o d i n e r o c o r r i e n t e ; éstos p a g a b a n al p o r t a d o r
en t o d a E u r o p a v a r i o s miles d e m o n e d a s d i s t i n t a s , y la s u m a q u e la l e t r a r e p r e s e n t a b a y luego se la h a c í a n
c o m o se t r a t a b a d e g a n a r en la fabricación e m p l e a n d o la r e e m b o l s a r p o r el l i b r a d o r .
m e n o r c a n t i d a d d e p l a t a posible, la m a y o r p a r t e estaban
Así e m p e z ó la organización d e los b a n c o s .
a l t e r a d a s ó e r a n d e m a l a ley. P a r a e n t e n d e r s e e n s e m e j a n t e
c o n f u s i ó n se n e c e s i t a b a n h o m b r e s especiales. P o r tal razón
se h a b i á n establecido c a m b i s t a s en todas l a s c i u d a d e s LA ASUiLÍTl C r i R i EX LA EDAD ME3HA.
i m p o r t a n t e s ; estos i n d u s t r i a l e s a c e p t a b a n , m e d i a n t e u n a
p r i m a , las m o n e d a s e x t r a n j e r a s traídas p o r los m e r c a d e r e s , 3 3 3 . L a a r q u i t e c t u r a r o m a n a . — C u a n d o los cristia-
y les d a b a n en c a m b i o la q u e t e n í a curso en el país. nos e m p e z a r o n á
celebrar pública-
Como manejaban mucho dinero, los cambistas podían hacer m e n t e su culto, se
préstamos ya á los comerciantes, ya á los señores. La Iglesia
r e u n í a n en b a s í l i -
prohibía á los cristianos la usura y como usura se consideraba
c a s , g r a n d e s salas
todo p r é s t a m o con i n i e r é s ; en los primeros tiempos, sólo
los judíos tuvieron derecho á prestar; pero no tardaron los de techo p l a n o que
cambistas italianos en obtener la misma facultad de los reyes servían al m i s m o
de Francia. Llamóseies b a n q u e r o s porque extendían su dinero tiempo de tribunal
sobre bancos, y tanto se arraigó la costumbre de ver el comer- civil y d e m e r c a d o
cio del dinero en sus manos, que la palabra lombardo se hizo p a r a los v e n d e d o -
sinónima de la que dejiimos subrayada. Entonces se convirtió en res. La c o n s t r u c -
moneda de toda Europa occidental la italiana, y nadie contaba ción d e estos edifi-
más que por ducados Y-florines cios c o n t i n u ó h a s t a
el siglo XI. E n t o n -
3 3 2 . L e t r a s de c a m b i o . — Muchos b a n q u e r o s t e n í a n
ces empezó en la
casa al m i s m o t i e m p o en dos c i u d a d e s . Asi e r a q u e c u a n d o
Italia del n o r t e y
uno d e s u s clientes iba, p o r ejemplo - , de F l o r e n c i a á París,
en el s u r de F r a n -
d e p o s i t a b a metálico en su c a s a de la p r i m e r a capital, p a r a
cia u n a nueva a r - i .j^.,.. .
recogerlo én la d e la s e g u n d a . El b a n q u e r o J e d a b a u n a s
l e t r a s p a r a , s u s e m p l e a d o s ' d e P a r í s ; así "nació la l e t r a «¡e q u i t e c t u r a , que se
c a m b i o . E s t e p r o c e d i m i e n t o , tan cómodo p a r a t r a n s p o r t a r llamó r o m a n a p o r „ , ,
, , . , Catedral r o m a n a (Worms).
d i n e r o , p u e s t o q u e evitaba todas las molestias y los riesgos h a b e r nacido en v
'
del viaje, estaba en uso desde fines del siglo XIII; pero no país d e esta c l a s é ; p e r o q u e se e x t e n d i ó p o r t o d a la Eu-
se sabe c u á n d o ni d ó n d e empezó á ser p r a c t i c a d o , y h a s t a r o p a occidental. Las g r a n d e s - c a t e d r a l e s d e W o r m s y de
se h a a t r i b u i d o la i d e a á los judíos. El h e c h o es q u e se ex- S p i r a en A l e m a n i a son iglesias r o m a n a s .
t e n d i ó y se perfeccionó en el siglo XIV: las g r a n d e s casas
de c a m b i o de l a s principales c i u d a d e s se p u s i e r o n en r e l a - 334. La fachada, que es la parte más adoruada, está vuelta
ciones u n a s con o t r a s , y cada b a n q u e r o p u d o e n t o n c e s hacia el oeste. El c a m p a n a r i o (en ocasiones hay dos) se alza
encima de aquélla, y termina en una tlecha puntiaguda. Éste
1. El ducado es l a m o n e d a de Venecia ó de Genova ( d u c a t u s ) ; el florín l a domina la iglesia entera. Debajo se ve la puerta mayor ó por-
de F l o r e n c i a ; éste ostentaba u n a flor, símbolo de la ciudad. tal, por donde entran los ñeles y sobre cuya parte superior se
SEIGNOBOS. — Compendio. 8
distingue una aireada, ó moldura de realice (la areliinolta) que se
adorna con esculturas, i menudo se. necesita para llegar á. La. das, son reemplazados por haces de ligeras columnas. Por en-
puerta mayor a t r a v e s a r el pói-lko d e columnas situado delante cima de los contrafuertes que sostienen las paredes exteriores,
del edificio. La puerta .mayor-lleva á. l a ñaue principal; á a m b o s llegan grandes arcoa-esiribos que, pasando corno un puente aéreo
lados de ésta se elevan poderosas columnas enlajadas por me- por encima de la nave lateral, van á sostener la pared de la
dio de arcos y que sostienen las p a r e d e s interiores, las cuales gran nave central. Consolidados los puntos débiles, es posible
van á unirse en la parte superior, formando una bóveda. Á practicar aberturas mucho más elevadas y anchas; el muro,
cada lado de la nave principal', e n t r e la hilera de.columnas y que en la iglesia romana llenaba a ú n más de la mitad de los
las paredes exteriores de la iglesia, se encuentran las dos naves lados, pierde terreno y deja sitio á las ventanas. Éstas se con-
menores. llamadas lados baios. Las tres naves son cortadas por vierten en la parle principal de ¡a iglesia, encima de la puerta
mayor se ve una redonda muy grande, el rosetón. Las columnas
una galería ancha
pierden s u s capiteles y terminan p o r la parte superior en un
y elevada, que
haz de hojas de piedra.
acaba en cada ex-
tremidad por una Exterior é inteaTicrimente queda cubierta la iglesia de escultu-
puerta lateral se- r a s de piedra.
roejamte á la de
la fechada, y qu® 3 3 6 . El estilo gótico, q u e se e m p l e ó p r i m e r a m e n t e sólo
también está en- en l a s iglesias, f u é aplicado a n d a n d o el t i e m p o á otros edi-
ocasiones coro- ficios. Sobre todo, en los siglos XV y XVI h i c i e r o n edificar
nada por un cam- los señores y l o s b u r g u e s e s ricos castillos y palacios, y los
panario . Des- m u n i c i p i o s casas consistoriales del m e n c i o n a d o estilo.
pués, y en línea
recta con la nave Aun subsisten muchos que son o h m - m a e s t r a s : en .Flandes,
principal, aun- los ayuntamientos de Crujas, Yprés y Oudenarde; en Francia,
q a e algunos pel- el palacio de justicia de .Ruin y el botel de Santiago Cceur en
el aii os por enci- Bourges.
ma,, se encuentra
el c«r<i en forma
de rotonda; las
naves menoresse
prolongan á am-
bos lados de éste- y aun lo envuelven pasando por detrás. Esta
parte, que se llama la cabecera, está cubierta p o r una bóveda.

3 3 5 . L a a r q ; u i t e c t n r a g ó t i c a . — Los a r q u i t e c t o s q u e
c o n s t r u í a n l a s iglesias e m p e z a r o n , á m e d i a d o s del siglo
XII, á r e e m p l a z a r las a r c a d a s r e d o n d a s d e m e d i o p u n t o
p o r las t e r m i n a d a s en p u n t a , q u e n o s o t r o s l l a m a m o s ogivas.
Así se constituyó a n a n u e v a f o r m a d e a r q u i t e c t u r a l l a m a d a
arte gótico.

En este sistema, todas las bóvedas se construyen en forma de

o g i v a , en vez de serlo de medio panto-; la nave ce»trai se-eleva
así á grande altura, los lados b a j o s también, convirtiéndose en
verdaderasna^es. Los macizos puntales que sosteníanlas búve-

IX. ORIGEN DE LOS GOBIERNOS MODERNOS,
LAS I.\STITLrC10\ES DE IXCJLATEItBA EiV
LA E D A D MEDIA.
3 3 7 . L a c o n q u i s t a n o r m a n d a . — E n 1066, h a b i e n d o
m u e r t o E d u a r d o , rey d e I n g l a t e r r a , los g u e r r e r o s eligieron
p a r a s u c e d e r l e u n o d e los suyos, Harold. Guillermo, d u q u e
de N o r m a n d i a , p r e t e n d i ó q u e esa h e r e n c i a le p e r t e n e c í a ;
el p a p a le dio l a razón y l e envió un e s t a n d a r t e b e n d i t o .
Q u e r i e n d o el d u q u e t o m a r posesión d e su nuevo r e i n o ,
r e u n i ó un f u e r t e e j é r c i t o de 60.000 a v e n t u r e r o s , f r a n c e s e s
todos, y les p r o m e t i ó t i e r r a s . D e s p u é s d e la victoria d e j ó
q u e s u s s o l d a d o s se c o b r a s e n p o r sí m i s m o s , se e s t a b l e -
cieran e n las c a s a s y h a c i e n d a s d e los s a j o n e s q u e lo h a -
bían c o m b a t i d o , y q u e se c a s a r a n p o r f u e r z a con s u s v i u d a s
ó s u s h e r e d e r a s , c o n v i r t i é n d o s e así en p r o p i e t a r i o s y g e n -
tiles h o m b r e s . E s t o es lo q u e se l l a m a c o n q u i s t a d e I n -
g l a t e r r a p o r l o s n o r m a n d o s . E n a d e l a n t e , la m a y o r p a r t e
de los nobles y p r e l a d o s f u e r o n f r a n c e s e s , q u e no a d o p t a -
r o n la l e n g u a y costumbx'es d e los s a j o n e s , á q u i e n e s des-
p r e c i a b a n , sino que siguieron h a b l a n d o f r a n c é s y l l e v a n d o
la v i d a de los c a b a l l e r o s f r a n c e s e s . E n v i a b a n sus h i j o s á
N o r m a n d i a con objeto de q u e a p r e n d i e r a n su i d i o m a n a -
tivo y n o d e j a b a n h a b l a r en las e s c u e l a s m á s q u e f r a n c é s
ó l a t í n . D u r a n t e tres siglos, e l f r a n c é s f u é la l e n g u a del
rey, d e la c o r t e , d e los nobles y d é l o s t r i b u n a l e s .
3 3 8 . O r g a n i z a c i ó n d e l r e i n o . — Los n u e v o s reyes
e m p e z a r o n p o r e s t u d i a r su r e i n o , y p a r a ello e n c a r g a r o n á
varios de s u s b a r o n e s q u e lo r e c o r r i e s e n , h a c i e n d o u n
« i n f o r m e s o b r e las t i e r r a s ». Los e m i s a r i o s r e g i s t r a b a n
t o d a s las p r o p i e d a d e s de I n g l a t e r r a , i n d i c a n d o r e s p e c t o d e
c a d a u n a « el n o m b r e d e la p r o p i e d a d y d e su d u e ñ o ,
c u á n t a s t i e r r a s h a b í a , c u á n t o s siervos, villanos y h o m b r e s
l i b r e s ; c u á n t o s bosques, p r a d o s , pastos y m o l i n o s , y el
valor de todo. » Así se constituyó el Domcsday-book; g r a c i a s
á este c a t a s t r o g e n e r a l , p u d o s a b e r el s o b e r a n o de q u é
f u e r z a s d i s p o n í a y el n ú m e r o de p e r s o n a s q u e le d e b f a n
obediencia.
En c a d a u n o d e los shires (condados) en q u e estaba divi-
dido el r e i n o tenía el r e y u n r e p r e s e n t a n t e , el sherif (viz-
conde) y y a en el siglo XII, m a n d a b a á todas p a r t e s j u e c e s
ambulantes.
Los e m p l e a d o s del r e y t e n í a n d e r e c h o d e m a n d a r , . en
n o m b r e de su d u e ñ o , á los m á s elevados s e ñ o r e s , d e ci-
tarlos a n t e su j u s t i c i a y c o n d e n a r l o s . I m p e d í a n l e s q u e se
h i c i e r a n l a g u e r r a e n t r e ellos como los n o b l e s de F r a n c i a .
El q u e a t a c a b a á su e n e m i g o , con p r e t e x t o d e h a c e r s e j u s -
ticia á sí m i s m o , e r a c o n d e n a d o p o r h a b e r violado « la paz
del rey ». En t o d a E u r o p a n o se e n c o n t r a b a u n a nación tan
bien d i s c i p l i n a d a ni u n rey q u e f u e r a o b e d e c i d o en el
mismo grado.
3 3 9 . L a c a r t a m a g n a . — El rey de I n g l a t e r r a e r a
poderoso y los s e ñ o r e s débiles; así e r a q u e el p r i m e r o ,
sabiendo q u e n a d i e p o d í a resistirle, a b u s a b a de su posi-
ción y obligaba á s u s g r a n d e s vasallos á s u m i n i s t r a r l e d i -
n e r o ; y a u n n o se c o n t e n t a b a con esto, p u e s t a m b i é n les
q u i t a b a s u s t i e r r a s , s u s cosechas, sus g a n a d o s , ó los p r e n d í a
sin motivo y los c o n d e n a b a á m u e r t e sin previo juicio.
Hubo gentes e j e c u t a d a s por h a b e r m a t a d o u n ciervo en los
bosques del rey. Este r é g i m e n d u r ó siglo y m e d i o . Los
barones, q u e n o podián r e s i s t i r a i s l a d a m e n t e , se ligaron
p a r a i m p o n e r su voluntad en c o m ú n ; y a p r o v e c h a n d o un
m o m e n t o en q u e J u a n sin Tierra, vencido p o r el rey de
F r a n c i a , n e c e s i t a b a su apoyo, lo a m e n a z a r o n con a b a n d o -
narlo, y lo obligaron (1215) á hacerles j u r a m e n t o s o l e m n e
d e r e s p e t a r en lo sucesivo t o d a s las l i b e r t a d e s , esto es,
todos los d e r e c h o s de los h o m b r e s libres de su r e i n o . Estas
p r o m e s a s f u e r o n c o n s i g n a d a s en u n a c t a de 63 artículos,
q u e el rey selló con s u s a r m a s , y q u e h a recibido en la h i s -
t o r i a el n o m b r e d e C a r t a M a g n a .
Hé aquí los dos artículos principales. — « No se hará ninguna
leva de dinero en todo el reino, sino con el consentimiento de
éste.» — « Ningún hombre libre será preso, detenido, desterrado,
expatriado ni castigado de ninguna manera; no nos apodera-
remos de nadie sino después de un juicio regular de sus pares
y con sujeción á la costumbre del país. »
 3 4 0 . Así p u e s , e l rey se c o m p r o m e t e : I", á r e s p e t a r los
bienes d e sus s u b d i t o s y á n o t o m a r d i n e r o d e ellos sino
d e s p u é s q u e haya® d a d o s o propio c o n s e n t i m i e n t o ; 2 o . á
r e s p e t a r s u s p e r s o n a s , n o castigándolos s i n o en v i r t u d d e
s e n t e n c i a r e g u l a r . Éstas n o son p a r de ¡pronto m á s q u e pro-
m e s a s q u e n i n g ú n p o d e r i m p i d e al rey violar, como lo hará
á menudo-; p e r o « t a s p r o m e s a s s o n r e p e t i d a s - - p o r c a d a
nuevo s o b e r a n o q u e s u b e al taño ( b u b a 5 3 r a t i f i c a c i o n e s
de i a 'Carta Magna), y e s t a c e r e m o n i a r e c u e r d a á t o d o e l
m u n d o q u e el rey t i e n e «fecfceres y la nación « t e p e d i o s . Tal
h a sido la b a s e d e l a s l i b e r t a d e s de I n g l a t e r r a .
3 4 1 . P a r l a m e n t o i n g l é s . — El r e y sacaba d e su p a -
t r i m o n i a ' r e c u r s o s suficientes | a r a s o s t e n e r su c o r t e ; pero
c u a n d o h a c í a la g n e r r a , n o l e b a s t a b a n s u s r e n t a s , y e n t o n -
ces i m p o n í a l a s a s á s u s vasallos. La c o s t u m b r e exigía e n
e s t e caso q u e les p i d i e r a s u c e n s e a t l i a i e a é e ; al e f e c t o ,
convocaba á todos l o s h o m b r e s i m p o r t a n t e s de sus E s f a d o s .
Los obispos y b a r o n e s , c i t a d o s p a r m e d i o d e c a r t a s p e r s o -
n a l e s , a c u d í a n j u n t o al s o b e r a n o y a c o r d a b a n c u á n t o s e
debía d a r al rey.
3 4 2 . Á fines del siglo XILf se o r d e n ó t a m b i é n á c a d a ciu-
d a d ó b u r g o que m a n d a r a «las frurgoeses, y á c a d a a s a m -
blea d e condado q u e e n v i a r a d a s c a b a l l e r o s , designados
p o r elección. Estos d i p u t a d o s . n o h i c i e r o n p o r d e p r o n t o m á s
q o e oir lo q u e decidían l o s g r a n d e s s e ñ o r e s p a r a r e l a t a r l o
en s u país ; pero p o c o á poco f u e r o n a d m i t i d o s á t o m a r
p a r t e en la discusión, — E s t a g r a n a s a m b l e a s e l l a m a b a el
P a r l a m e n t o (deliberación). El r e y n o l a r e u n í a m á s q u e
p a r a .pedirle d i n e r o ; p e r o o r d i n a r i á m e n t e el P a r l a m e n t o
exigía, a n t e s de c o n c e d e r n a d a , que el r e y o y e r a s u s q u e j a s ,
y á m e n u d o lo o b l i g a b a á r e f o r m a r su a d m i n i s t r a c i ó n y á
d e s t i t u i r s n s e m p l e a d o s . E r a u n a m a n e r a d e g o b e r n a r indi-
rectamente,
3 4 3 . L a n a c i ó n i n g l e s a . — La n a c i ó n i n g l e s a n o e r a
a ú n á fines del siglo XV la nación d e m a r i n o s y c o m e r -
c i a n t e s que c o n o c e m o s , y n a d a hacía p r e v e r s u s d e s t i n o s .
Las c i u d a d e s e r a n p e q u e ñ a s y pobres, y sólo c u a t r o de ellas
p a s a b a n d e 1Q.000 a l m a s . Los ingleses e r a n p o r e n t o n c e s
u n p u e b l o d e a g r i c u l t o r e s y de ganaderos.. Ni s i q u i e r a -se
t e j í a en e l p a í s la l a n a d e s o s c a r n e r o s ; era preciso v e n d e r l a
á los t e j e d o r e s de F l a n d e s , como l o e f e c t ú a n hoy los a u s t r a -
l l a n o s con las m a n u f a c t u r a s i n g l e s a s . E n fin, I n g l a t e r r a ca-
r e c í a de e s c u a d r a s y d e m a t ó n o s .
3 4 4 . Sin e m b a r g o , en esta n a c i ó n p o d í a n n o t a r s e y a las
dos c u a l i d a d e s que l a h a b í a n d e h a c e r t a n g r a n d e , el vigor
y el e s p í r i t u d e i n d e p e n d e n c i a .
Oíd el singular elogio que un noble inglés del siglo XV, sil-
Juan Fortescue, hace de los hombres de su país : « A menudo
se ha visto en Inglaterra, dice, que tres ó cuatro bandidos se
arrojan sobre setecientos ü ochocientos hombres honrados,
matándoles á todos; pero en Francia n o se han encontrado
nunca siete ú ocho bandidos bastante audaces p a r a robar á tres
ó cuatro hombres honrados. Asi es que en Inglaterra ahorcan
en un año por bandolerismo y asesinato más gente que en
Francia en siete p o r la misma clase de crímenes. »
« El rey, escribe el mismo autor, no puede gobernar á sus
pueblos mas que por las leyes que éstos han aceptado, y así es
que no puede someterlos á tributo sin su consentimiento. »
A A H H I E M » DE LA CEATüVLWliCIÓY M
fUAAflA
3 4 5 . E l P a r l a m e n t o d e P a r a s . — Los r e y e s de F r a n -
cia n o t u v i e r o n p o r d e p r o n t o , como t o d o s l o s g r a n d e s
s e ñ o r e s , m á s q u e u n a corte única, q u e los seguía en s u s
v i a j e s y q u e s e c o m p o n í a de todas las gentes del rey, de los
g r a n d e s s e ñ o r e s s u s vasallos, de s u s c o n s e j e r o s los obispos,
d e los g r a n d e s oficiales de s u s e r v i d u m b r e , e m p l e a d o s y
b u r g u e s e s e n c a r g a d o s d e llevar los libros:; esa c o r t e t r a t a b a
t o d o s los a s u n t o s del rey, s u s o r d e n a n z a s , procesos y c u e n -
t a s . E n el siglo XIII e m p e z ó á d e s e n m a r a ñ a r s e esta c o n f u -
s i ó n ; la corte se dividió poco á poco en t r e s c u e r p o s : el
C o n s e j o c o n s e r v ó i o s a s u n t o s d e g o b i e r n o , el T r i l m a a l d e
c u e n t a s se consagró al e x a m e n de las que p r e s e n t a b a n los
a g e n t e s del r e y , y el P a r l a m e n t o d e j u z g a r l o s litigios) Y
esos c u e r p o s y a n o v i a j a r e n c<?n el r e y , sino q o e p e r m a n e -
cieron fijos e n P a r t s estableciéndose en el palacio del rey
e n la c i u d a d , que desde e n t o n c e s s e ha Mamado P a l a c i o d e
justicia.
3 4 6 . El P a r l a m e n t o s e r e u n í a dos veces a l a ñ o . Los liti-
gios a u m e n t a b a n en n ú m e r o c o n s t a n t e m e n t e , á m e d i d a q u e
los d o m i n i o s del r e y i b a n a g r a n d á n d o s e . P o r esto se hacia
p e n o s o t o m a r p a r t e en las t a r e a s d e dicho c u e r p o ; la sesión
e m p e z a b a á las seis de la m a ñ a n a y h a b i a q u e oir b a s t a l a s
diez, h o r a d e c o m e r , á los p l e i t e a n t e s , q u e se s u c e d í a n sin u n a ballesta ó un cuchillo. Á .fines de la g u e r r a de Cien
i n t e r r u p c i ó n ; a l m e d i o d í a h a b í a q u e volver á e m p e z a r , « en a ñ o s era c o s t u m b r e q u e c a d a h o m b r e a r m a d o caballero
la a u d i e n c i a d e s o b r e m e s a . » Los s e ñ o r e s y los p r e l a d o s llevase consigo t r e s ó c u a t r o de esos j i n e t e s a r m a d o s lige-
n o e s t a b a n c o r t a d o s p a r a este oficio; en el T r i b u n a l de r a m e n t e ; el g e n d a r m e y s u s c o m p a ñ e r o s se l l a m a b a u n a
c u e n t a s h u b o q u e p r o h i b i r l e s q u e c o n v e r s a s e n u n o s con pica. Carlos VII p r o h i b i ó q u e en a d e l a n t e n a d i e t o m a r a á
otros m i e n t r a s ' los e m p l e a d o s c o m p r o b a b a n las c u e n t a s . sueldo gentes de a r m a s , excepto el rey, único que debía
Así f u é q u e n o t a r d a r o n en d e j a r d e a c u d i r al P a r l a m e n t o . t e n e r s o l d a d o s . Y después, sacó d e l a s
b a n d a s que i n f e s t a b a n á F r a n c i a 1.500
Esta negligencia d e los s e ñ o r e s hizo que m u y p r o n t o lle-
lanzas, q u e organizó en l o c o m p a ñ í a s
g a r a n á ser j u e c e s s u p r e m o s del r e i n o los h o m b r e s «le ley,
d e 100 lanzas c a d a u n a , y las m a n d ó
los n o b l e s de s e g u n d a c a t e g o r í a , los b u r g u e s e s y los cléri-
d e g u a r n i c i ó n á las c i u d a d e s q u e de-
gos.
signó.
3 4 7 . L a j u s t i c i a d e l r e y . — En la e d a d m e d i a , cada
señor (y e n m u c h a s p r o v i n c i a s c a d a caballero) t e n í a d e r e - 3 5 0 . L o s im-
cho á j u z g a r y c o n d e n a r á m u e r t e á l o s h a b i t a n t e s de s u s puestos del
• d o m i n i o s ; esto se l l a m a b a s e r u n s e ñ o r de horca y cuchillo. r e y . — En los
P a r a e j e r c e r su derecho, tenia l u g a r t e n i e n t e s é i n t e n d e n t e s , siglos XIV y
lo m i s m o q u e el rey en s u s posesiones. Á m e d i d a que el XV, los r e y e s
soberano f u é h a c i é n d o s e m á s poderoso, sus j u e c e s t r a t a r o n de Francia,que
de s o m e t e r ó de s u p l a n t a r á los d e los s e ñ o r e s . siempre están
metidos en
3 4 8 . Del siglo XIV al XVI las g e n t e s d e t o g a (jueces y
g u e r r a s ó en
h o m b r e s d e ley) llegan á c o n s t i t u i r u n a clase n u m e r o s a y
fiestas, andan
potente.
escasos d e d i -
P a r a escribir sus j u i c i o s , tiene el t r i b u n a l sus e s c r í -
nero. Como l a s
b a n o s ; p a r a vigilar la sala, sus h u j i e r e s ; p a r a l l e v a r las
r e n t a s d e su
citaciones, los s a r g e n t o s ; p a r a r e d a c t a r y c o n s e r v a r las
p a t r i m o n i o no
actas civiles, los n o t a r l o s . Los p a r t i c u l a r e s .que tenían un
les b a s t a n , pro-
litigio e m p l e a b a n p a r a h a b l a r en su lugar á los a b o g a d o s ;
c u r a n salir del
p a r a q u e los d i r i g i e r a n , á los p r o c u r a d o r e s , y llegó á
paso a l t e r a n d o
establecerse la regla, todavía s u b s i s t e n t e , d e q u e n a d i e
el valor de la
p u e d e e j e r c e r u n a acción j u d i c i a l m á s q u e r e p r e s e n t a d o
m o n e d a , y tan
p o r un p r o c u r a d o r .
á m e n u d o lo
3 4 9 . E l e j é r c i t o d e l r e y . — El rey h a t o m a d o á su s e r - h a c e n q u e des- Arquero á caballo. Gendarme.
vicio, lo m i s m o q u e todos los d e m á s p r í n c i p e s , compañías p u é s d e haber- valido la libra 16 f r a n c o s en t i e m p o s
d e a v e n t u r e r o s q u e se b a t e n p o r é l ; e n c a m b i o reciben u n d e S a n Luis, acabó p o r n o valer m á s q u e uno, al p a s o
s u e l d o ; de a h í el n o m b r e d e s o l d a d o s . que la m i s m a m o n e d a inglesa sigue v a l i e n d o 2o. T a m -
En estas b a n d a s , q u e al p r i n c i p i o sólo se c o m p o n í a n de bién a d q u i e r e n la c o s t u m b r e d e p e d i r d i n e r o á s u s subditos.
g e n d a r m e s (gentes d e a r m a s ) , esto es, d e h o m b r e s a r m a d o s Los p r i n c i p a l e s p e r s o n a j e s , r e u n i d o s en a s a m b l e a , le c o n -
de p u n t a en blanco, con la lanza y la a r m a d u r a de h i e r r o , ceden u n s u b s i d i o , esto es, el d e r e c h o de c o b r a r u n tri-
se i n t r o d u j e r o n poco á poco j i n e t e s c u b i e r t o s s e n c i l l a - b u t o . En las provincias del Norte, dicho i m p u e s t o es d e
m e n t e con u n a c h a q u e t a d e p a ñ o y a r m a d o s con un a r c o , t a n t o p o r l i b r a sobre las mercaderías vendidas, p r i n c i p a l -
142 COMPENDIO BE LA HISTORIA DE LA CIVILIZACIÓN,
m e n t e ¡las bebidas ( i m p u e s t o análogo á Los indirectos a c - g¡
Artilleros. ballestero.
t u a l e s ) ; en e l Mediodía e s u n a t a s a de t a n t o p o r fuego, es
decir, p o r familia (como n u e s t r a s c o n t r i b u c i o n e s directas).
\ m « i s : \ t » l>el i»»i>ek a b s o l í t o ex
el'ropa.
351. xías E s t a ñ a s . — E r a c o s t u m b r e en la e d a d m e d i a ,
c u a n d o u® s e ñ a r p e d í a á s u s s u b d i t o s u n s u b s i d i o e n di-
nero, que a q u é l l o s s e lo c o n c e d i e r a n , p e r o que éste no lo
cobrase aafces taüaer obtenido s u consentimiento.
E s t e p r i n c i p i o , q u e está c o n s i g n a d o en l a Carta Magna dé
I n g l a t e r r a , figuraba t a m b i é n en o t r a s m u c h a s c é d u l a s con- '-,-31
cedidas p a r i o s principes á sus ciudades.
352. Cuando les príncipes empezaron ;á tener siempre nece-
sidad de dinero (lo que ocurrió en toda Europa á partir del
siglo XIV), tomaron la costumbre de r e u n i r periódicamente
s u s »-asaltos, p a r a pedirles que se lo concedieran. .No invita-
ban á estas reuniones más que las gentes principales, señores,
caballeros, prelados y representantes d é l a s ciudades; ya los de
todo el reino, ya -Tínicamente los de u n a de sus pro-rancias. La
asamblea discutía él tanto del subsidio y , antes de concederlo,
presentaba al principe sus quejas y reclamaciones. Es'las r e u -
ORIGEN DE LOS GOBIERNOS MODERNOS. 143
niones se llamaban Estados en Francia, Estados y Mas en Ale-
mania, y Cortes en España.
3 5 3 . De manera que, según se ve, casi todos los: países de
la Europa occidental: poseían, asambleas que hubiesen podido
impedir que los príncipes y sus servidores gobernasen con
arreglo á su capricho y que, con ayuda del' tiempo, habrían
llegado quizás, como sucedió, en Iriglaterra.-d.uxante elsiglo XVIII,
á apoderarse del peder. Pero los sober.anosno gustaban de ver
á sus-subditos discutiendo' sus actos ; así e r a que en vez de sub-
sidios concedidos sólo por eierto tiempo, querían i m p u e s t o s
p e r p e t u o s que poder cobrar y gastar á s n g u i s a . Esforzá-
ronse, pues, en suprimir las asambleas: ó en reducirlas á simples
ceremonias,y paita ello recurrieron á la astucia, la corrupción,,
las promesas, Las amenazas y la fuerza.
Los príncipes- tenían á su servicio las dos únicas, fuerzas que,
realmente decidían todo: en Europa, desde que se había perdido
el respeto á.la tradición : K° d k o » que dar á los miembros
de las asambleas; 2.°- s o l d a d o s para inspirarles, temor. Asi
lograron ir librándose poco á poeo, de la. incómoda vigilancia
de los Estados.
3 5 4 . L o s p r í n c i p e s i t á l i a n o s . — El p o d e r a b s o l u t o
de los príncipes empezó en Italia d e s d e el siglo M I L
Estos príncipes italianos son personajes singulares, artistas
y tiranos al mismo tiempo, que procuran hacerse t e m e r p o r s u
crueldad y hacerse a d m i r a r p o r su munificencia. Como- llegan
al poder p o r la fuerza, n o puedten contar coa el afecto de sus
subditos legítimos,, según la hacen los: demás, de Europa;. Saben
que su fuerza estriba en su tesoro y sus mercenarios; toda- su
política consiste en" sacar al país, todo el dinero que pueden, s i n
obligar ai pueblo á recurrir á las armas, y en permanecer
siempre rodeados de guardias armados que los defienden con-
tra s n s enemigos-.. Luis el Moco, duque de Milán, que. tos italia-
nos tenían por el más hábil de- los príncipes, daba audieaicia
colocado detrás de u n a barra á la cuál nadie, podía acercarse,
tanto, que era preciso gritar paca hacerse oir.. Éste imponía á.
sus vasallos tributos enormes;, u n burgués, de Cremona. que
había hablado contra las nuevas cargas, fué.estrangulado secreT-
tamente por orden de Luis. Este tirano era aficionada á las
artes : fundó una academia, y. llamó á su> corte algunos- de: los
mayores genios de la, época ,. Bramón te y, Leonardo de Vinei.
3 5 5 . E l m a q u i a v e l i s m o . — Carao entonces, l o s italia-
nos n o tenían n i n g u n a r e g l a que. respetar,, s e p u s i e r o n á
p e n s a r en l a organización-del E s t a d o y á b u s c a r los p r i n c i -
 m u y difícil encontrar dos testigos, el juez no tenía más recurso
píos de gobierno, s e n t a n d o q u e el m e j o r político e r a el que
para poder condenar que h a c e r q u e e l c u l p a b l e c o n f e -
sabía a u m e n t a r su p o d e r , no con m á s h o n r a d e z , sino con s a r a . Desde
m á s habilidad q u e los o t r o s . el siglo XIII
La teoría fué e x p u e s t a p o r u n florentino, M a q u i a v e l o , se empezó á
en su libro El Principe. emplear con
tal fin un pro-
« Se ve por experiencia en nuestra época, dice, que los cedí m i e n t o
príncipes que han realizado grandes cosas son los que no han muy usado en
hecho caso de su juramento y han logrado trastornar las cabe- la antigüedad
zas de los hombres á fuerza de astucia. Un señor prudente 110 y ' m u y con-
puede y no debe cumplir su palabra cuando esto es perjudicial, forme con las
y'cuando han desaparecido los motivos que lo impulsaron á groseras cos-
hacer síi-promesa. Por lo demás, nunca han fallado a u n prín- tumbres de la
cipe razones legitimas para paliar su falta de palabra; pero es época, el i n -
necesario hacerlo bien y ser un gran disimulador. » terrogato-
Maquiavelo era ante todo un patriota italiano, que deseaba r i o , quecon-
encontrar un Príncipe bastante poderoso para arrojar de Italia sistía en ator-
á los « bárbaros », esto es, á los franceses y á los españoles; y ra e n t a r al
como estaba convencido, de que un soberano no podía ser acusado hasta
potente en dicho país si no era perverso, no vacilaba en pedir que se decidía
uno que lo fuese. Pero sus máximas se extendieron, convirtién- á confesar.
dose por espacio de tres siglos en moral de casi todos los esta- Todos los tri-
distas de Europa. b u n a l e s de
Europa lo
adoptaron, y
3 5 6 . E l n u e v o p r o c e d i m i e n t o . — E n los tribunales SU uso fué Interrogatorio porla estrapada.
laicos de l a e d a d m e d i a j u z g a b a n p o r sí m i s m o s los caba-
lleros ó los b u r g u e s e s , con arreglo á l a s c o t u m b r e s ; pero universal hasta fines d e l s i g l o x l ' i i i .
á m e d i d a q u e f o r m a r o n j u e c e s d e p r o f e s i ó n , e x p e r t o s en 3 5 8 . Este tormento variaba con IQS países. En París y en casi
derecho r o m a n o , e m p e z a r o n é s t o s á e m p l e a r el p r o c e d i - toda Francia, acostaban al paciente en un banco y le echaban
m i e n t o r o m a n o , p r o c e d i m i e n t o escrito, m á s c ó m o d o para" agua en la boca con un e m b u d o ; este era el interrogatorio por
el agua. — En Alemania se prefería la estrapada : el paciente,
el que j u z g a .
con las manos atadas, y con un peso enorme en los pies, que lo
3 5 7 . Empezóse por decir que el juez no podia dejar impunes obligaba á permanecer estirado, era levantado en alto por me-
los crímenes; si no se presentaba ningún acusador, bastaba que dio de una cuerda que hacia girar una polea, y luego lo deja-
alguno denunciara el crimen; entonces el juez, sin esperar ban caer bruscamente con una sacudida que le dislocaba los
una acusación regular, procedía de oficio, según se decía, esto miembros. En España empleabau los borceguíes; metían las
es, para cumplir su deber de juez; mandaba prender al hombre piernas d é l a víctima entre dos tablones y luego introducían á
de quien se sospechaba, y luego procuraba averiguar si, en martillazos entre la tabla y las piernas cuñas que le rompían los
efecto, había éste cometido el crimen; para ello empleaba todos huesos. Eu otras partes, metían los dedos pulgares en un
los medios que le parecían á propósito (informes, declaraciones,- estuche v se apretaba hasta hacer saltar la sangre por las
presunciones), sin someterse á niuguna formalidad. Pero no uñas. — Los instrumentos de tortura eran muy diversos; pero
bastaba con que el juez llegara á convencerse personalmente el principio era el mismo en todas partes. Cuando un acusado
de que el acusado era el verdadero culpable; la costumbre no se negaba á declararse culpable, el juez mandaba someterlo á
permitía condenar más que cuando dos testigos juraban haber tormento. Si persistía en su negativa, seguían echándole agua,
asistido al crimen, ó si el acusado mismo confesaba. Como era dando vueltas á la cuerda, apretando las cuñas, dando al tor-
SEIG.NOBOS. — Compendio. 9
níllo, hasta que' confesaba 6 se desmayaba de dolor. Entonces
lo volvían á su mazmorra, y como la confesión hecha durante el
tormento no constituía prueba suficiente, se pedía de nuevo al
acusado que la renovara. Si se retractaba, ó.si en la primera
sesión se había negado á confesar, volvían á atormentarlo hasta
que se decidía á no retractar su declaración ó, lo que es lo
mismo, á dejarse condenar.. El juez repetía estas operaciones
cuantas veces le parecía; el acusado necesitaba tener el vale,
de no confesar nunca nada ó de r e t r a c t a r s e siempre; entonces
podia, después de varios días de t o r m e n t o , cansar la paciencia
del juez, que se resolvía á dejarlo e n libertad, mutilado ó inu-
tilizado casi siempre para toda la v i d a . — La tortura era apli-
cada lo mismo á las mujeres que á los hombres; pero en gene-
ral la evitaban con los nobles y los burgueses ricos.
Por lo d e m á s , n a d i e pensó en m e j o r a r el b á r b a r o régi-
men de las p e n a s ; ni en abolir los s u p l i c i o s - c r u e l e s .
Se continuó ahorcando, quemando á las gentes vivas, descuar-
tizándolas, cortándoles las manos ó las orejas, azotándolas y
exponiéndolas en la picota. Hasta se inventaran nuevos supli-
cios; el más usado fué la rueda, imaginada en el siglo XVI, que
ce lisi stia en romper con una b a r r a de hierro los brazos y pier-
n a s del condenado, atándolo luego, con el rostro vuelto hacia
el cielo, en una rueda, donde lo dejaban morir. — Cada ciudad
tenía su verdugo, su horca, su picota y su plaza de ejecuciones,
casi siempre en el centro ¡en París estaba en la- plaza de
Grève, cerca de las casas consistoriales), y los suplicios eran
una de las distracciones favoritas del público.

3 5 9 . Hubo t a m b i é n otros p u n t o s en que l o s j u e c e s d e

p r o f e s i ó n l o g r a r o n r e e m p l a z a r l a c o s t u m b r e p o r reglas
c o m p l e t a m e n t e opuestas. Como á m e n u d o t e n í a n q u e h a -
b é r s e l a s con v e r d a d e r o s c r i m i n a l e s , se i n c l i n a b a n n a t u r a l -
m e n t e á ver en todo a c u s a d o u n c u l p a b l e .

Apenas se sospechaba de un h o m b r e , lo mandaban prender,

le impedían que hablase con n a d i e y empezaban á « formarle
causa », esto es; á preparar et juicio. Todo cuanto podía, servir
para enterarlos, declaraciones de testigos ó del acusado, visitas
de los sitios donde se había cometido el crimen, era relatado
por los escribanos del tribunal. Estos preparativos duraban
tanto como los jueces querían, meses y aun años enteros,
tiempo que el acusado pasaba en prisión. Las cárceles no
contenían ordinariamente sino calabozos mal alumbrados,
húmedos, sin aire, infectos, y el prisionero, que apenas comía,
tenía que vivir allí, durmiendo s o b r e paja en el suelo, á menos
de que el carcelero consintiese en suministrarle por dinero una
cama y una manta.
Cuando la causa está formada, los jueces se ponen de acuerdo
unos con otros, y juzgan en vista de los autos, esto es, de lo
que se ha consignado por escrito durante el sumario. El acusado
no puede defenderse por sí m i s m o ni tomar abogado que lo
haga, y á veces ni le dan á conocer las declaraciones -en que
van á fundarse para juzgarlo. Sólo lo llaman para leerle la sen-
tencia.
3 6 0 . Al c o n v e r t i r s e en p r o f e s i ó n r e g u l a r , la j u s t i c i a ganó
en f u e r z a , y p u d o castigar c o n m a y o r e n e r g í a á los crimi-
nales d e o f i c i o ; pero en c a m b i o , se hizo m á s t e m i b l e p a r a
los a c u s a d o s .
 X. FIN DE LA EDAD MEDIA.
T R A X S F O R U A C I Ó * D E 1.4 C A B A L L E R Í A .
3 6 1 . C a b a l l e r í a c o r t e s a n a . — A fines del siglo XIII se
efectuó un cambio i m p o r t a n t e en la a r m a d u r a d e los ca-
b a l l e r o s : como la cota de m a l l a no e r a ya b a s t a n t e f u e r t e ,
p u e s los tiros de las ballestas la a t r a v e s a b a n , los caballe-
r o s la reemplazaron p o r p i e z a s d e h i e r r o u n i d o , la c o -
raza, las p a r t e s
q u e p r o t e g í a n los
brazos y las p i e r -
n a s , y el casco d e
visera ; este g é -
nero de a r m a d u r a
e m p e z ó - e n el si-
glo xiv y d u r ó has-
ta fines del xvi.
Los nobles con-
t i n u a r o n llevando
la vida d e caba-
lleros. La m a y o r
parte permane-
cían en el c a m p o
en su r e s i d e n c i a ,
p a s a n d o el tiem-
po en n o h a c e r
n a d a ó en c a z a r .
Los m á s ricos
Trajes del siglo xv.
a c u d í a n á la corte
d é l o s g r a n d e s se-
ñores, del rey ó del d u q u e de Borgoña. Así se f o r m ó u n a ca-
b a l l e r í a d e c o r t e , m u y d i s t i n t a d e la f e u d a l . Los a n t i g u o s
n o b l e s habían vivido c o m o soldados, s e n c i l l a m e n t e y sin
l u j o . P e r o éste h a b í a n a c i d o y a en el siglo XIV, y l o s c a b a - .
lleros q u e r í a n d i s f r u t a r d e él. En a q u e l l a clase ociosa y
poco i l u s t r a d a todavía, todos q u e r í a n , h o m b r e s y m u j e r e s ,
c o m o si hubiesen sido n i ñ o s , p o s e e r los t r a j e s m á s d e s l u m -
b r a d o r e s y las a l h a j a s m á s costosas. Aquet f u é el t i e m p o
de las m o d a s r u i n o s a s y e x t r a v a g a n t e s , en q u e los h o m -
bres llevaban zapatos d e l a r g u í s i m a p u n t a , p a r e c i d o s á ser-
p i e n t e s , y las m u j e r e s tocas d e un pie de a l t o ; la época en
q u e e m p l e a b a n en un solo abrigo t r e s mil pieles de un ani-
m a l b a s t a n t e r a r o , y en q u e el d u q u e de Orleans gastaba
700 p e r l a s p a r a h a c e r q u e le b o r d a s e n en la m a n g a u n a
canción.
3 6 2 . L o s t o r n e o s . — Á p e s a r de este a m a n e r a m i e n t o ,
los n o b l e s seguían
siendo vigorosos y íHÉt!
b r u t a l e s , y continua- RC\ íflil
ban n e c e s i t a n d o ejer- íllliA ÍW^q
cicios violentos. i\\ o !\M¡ü 'Jl
La diversión favorita
de la antigua caballería
habia sido el combate
simulado entre dos ad-
versarios (la j u s t a ) ó
la batalla entre dos
bandos (el torneo). El
antiguo torneo no se
distinguía casi nada de
una verdadera batalla,
pues ea él las dos par-
tes peleaban en campo
abierto y á menudo con
verdaderas armas; el
vencido quedaba pri- -/• >' /— T2"
síonero del vencedor y ¿—-—¿ ¿
debía pagar rescate; Una reina y sus camareras,
siempre quedaba en el
terreno algún muerto. En 1240 hubo cerca de Colonia un tor-
neo donde murieron 60 caballeros (muchos más que en la ba-
talla de Brémulo.)
Los caballeros cortesanos hicieron de estos combates un juego
regular. A partir del siglo XIV, ya no se combatió más que con
a r m a s c o r t e s e s (la lanza de madera sin punta y la espada
embotada). En la justa se trataba de recibir sin moverse de la
silla el bote de lanza del adversario; la lanza se rompía; de ahí
la expresión romper lanzas. El torneo era una gran ceremonia
reglamentada punto por punto.
El combate se efectuaba en un espacio rodeado de barreras,
u n campo cerrado. Los heraldos tocaban la trompeta, las dos
tropas se lanzaban una sobre otra. Las señoras, sentadas en líos q u e le debían el servicio f e u d a l ; al cabo de c u a r e n t a
estrados que rodeaba el campo, alentaban á sus amigos, días todo lo m á s , t e r m i n a b a e s t a obligación y los caballe-
arrojándoles cintas y sus pálmelos. Los jueces designaban el ros se volvían á sus casas. P a r a h a c e r que l o s h o m b r e s p e r -
vencedor y m a n e c i e s e n en un e j é r c i t o , h a b í a q u e p a g a r l o s , cosa q u e
y\ en ocasio-
practicó Felipe A u g u s t o . E n . el siglo XIV, todo p r í n c i p e
^ í j ¡ , \ W . nes se en"
tiene k s u e l d o h o m b r e s de a r m a s , q u e p a g a en p r o p o r c i ó n
a cargaba á
ji \ . j* , Uv^^^ una señora d e su categoría y q u e a g r u p a en b a n d a s m a n d a d a s p o r un
„. M .h i I i de
entre- j e f e (capitán). C u a n d o ¡a g u e r r a se hizo p e r m a n e n t e , los
garla el pre- principes p r e f i r i e r o n t r a t a r sólo con el c a p i t á n , q u e se en-
mio. cargaba de f o r m a r p e r s o n a l m e n t e su compañía.

363. — 3 6 5 . Ésta p e l e a b a p o r el q u e la sostenía, se p a s a b a

Las fies-
t a s . — No
faltaban
o t r a s oca-
siones de
festejos.
Casáraseel
príncipe ó
... , , n .. c a s a r a a su
Torneo (con arreglo á una m i n i a t u r a del r e y Kene ; .
U1I<L , dr -
m a r a á su h i j o caballero ; o c u r r i é r a s e l e visitar u n a de s u s
ciudades, ó recibir á u n s o b e r a n o e x t r a n j e r o , t o d o esa m o -
tivo y ocasión de g r a n d e s espectáculos.
Las c r ó n i c a s de a q u e l t i e m p o e s t á n l l e n a s d e r e l a t o s d e
estas ceremonias.
Una de las más célebres fué la que dió el duque de Borgoña
cuando pronunció el voto del faisán (1454). En la sala, estaban
dispuestas tres mesas, esto es, tres estrados. En una se veía
una iglesia, que tocaba campanas, y donde cantaban vanos
sochantres; en otra, nueve entremeses, uno de los cuales era
un redondel donde tocaban veintiocho músicos. Durante
el festín entró en la sala umolefcmte, guiado por un gigantesco
sarraceno; en el lomo Uevalia una torre, de la cual salió una
religiosa vestida de raso negro y blanco, que simbolizaba a la
Iglesia, la cual acudía á pedir al d u q u e asistencia contra los
turcos. Luego hubo un baile en que danzaron doce señoras ves-
tidas de raso carmesí, que Representaban las virtudes. La fiesta
acabó con un gran torneo.
3 6 4 . L a s c o m p a ñ í a s . — Un p r í n c i p e n o p o d í a h a c e r
u n a g u e r r a d e cierta d u r a c i ó n r e c u r r i e n d o sólo á los vasa-
en ocasiones d e un c a m p a m e n t o á otro, y á m e n u d o s e -
guía h a c i e n d o la g u e r r a p o r su p r o p i a c u e n t a , c u a n d o el
príncipe n o l e p a g a b a .
La banda r e c o m a el país, sometiendo las ciudades á tributo,
so pena de quemarlas si se negaban á satisfacerlo, y robando á
los coiupesinos su ganado y sus muebles. Entonces se inven-
taron mil suplicios para obligar á las víctimas á decir dónde
teuían escondido el dinero; ya los suspendían encima de una
humareda, ya los encerraban en un cofre, ya les torcían una
cuerda alrededor de la cabeza ó les quemaban las plantas de
los pies, procedimientos que los soldados de todas las naciones
siguieron practicando hasta fines del siglo' XVIII.
Estos h o m b r e s d e a r m a s , m e d i o soldados y medio b a n -
didos, se l l a m a b a n b a n d o l e r o s y f o r m a b a n las compañías.
Los l a b r a d o r e s del siglo XV les d i e r o n , sin e m b a r g o , otro
n o m b r e , q u e e r a el que m e j o r les cuadraba,, apellidándolos
despellej adores.
LAS» A l E V A S IXFAKTERÍAS.
3 6 6 . B a l l e s t e r o s y a r q u e r o s . — Los cristianos h a -
bían t r a b a d o relaciones con la b a l l e s t a , d u r a n t e la g u e r r a
d e l a s C r u z a d a s ; e s t a a r m a consistía en u n arco colocado
sobre u n m o n t a n t e , del cual se t i r a b a p o r m e d i o de u n r e -
sorte, y que lanzaba u n d a r d o p e q u e ñ o con f u e r z a sufi-
ciente p a r a a t r a v e s a r u n h o m b r e á doscientos pasos de
distancia.
El a r c o q u e n u n c a h a b í a d e j a d o d e e m p l e a r s e , f u é " p o r
espacio d e m u c h o t i e m p o un a r m a poco t e m i b l e ; pero en

el siglo XIV a p a r e c i e r o n en los e j é r c i t o s del rey d e Ingla-
t e r r a tropas r e g u l a r e s de a r q u e r o s provistos de g r a n d e s
arcos d e m a d e r a d e tejo, d e dos m e t r o s d e alto, q u e dis-
p a r a b a n seis veces p o r m i n u t o y m a t a b a n u n h o m b r e á
200 m e t r o s ; los q u e m e j o r m a n e j a b a n esta a r m a e r a n los
soldados del país d e Gales.
Tanto los ballesteros como los a r q u e r o s c o m b a t í a n á pie
y sin a r m a d u r a d e h i e r r o . N i n g u n o ' d e ellos e r a noble.
3 6 7 . S u i z o s y l a n s q u e n e t e s . — En el siglo XV se
Siguiendo á un ejército.
f o r m ó la i n f a n t e r í a , á i m i t a c i ó n d e los c o n f e d e r a d o s
s u i z o s que d e r r o t a r o n en c u a t r o g r a n d e s b a t a l l a s á los
e j é r c i t o s del d u q u e d e Austria y del d e B o r g o ñ a . Estos sol-
d a d o s llevaban u n a p i c a m á s l a r g a q u e la lanza d e los ca-
balleros, y c o m b a t í a n á p i e e n m a s a s c o m p a c t a s , lanzán-
dose á la c a r r e r a s o b r e el e n e m i g o con su p i c a d e 6 m e -
tros, sin d e s b a r a t a r su f o r m a c i ó n . Sus victorias sobre
Carlos el T e m e r a r i o (1476) les dieron la r e p u t a c i ó n d e ' s e r
los p r i m e r o s soldados d e E u r o p a , y todos los p r í n c i p e s qui-
s i e r o n t e n e r algunos a s n s e r v i c i o .
3 6 8 . Poco t i e m p o d e s p u é s se organizaron en A l e m a n i a
los l a n s q u e n e t e s , á i m i t a c i ó n de ios suizos.
También éstos llevaban una larga pica, que los defendía me-
jor que una armadura. Reuníanse en bandas, nombraban un
capitán y le juraban obediencia. Cada banda llevaba consigo
mujeres, niños y carros en que transportar sus bagajes y el
FIN DE LA EDAD MEDIA. 153
botín que ganaban; además, tenía su bandera y formaba una
pequeña sociedad. Cuando un lansquenete ha cometido un cri-
men, lo juzga su banda; y si cree deber condenarlo, lo ejecuta
á lanzadas.
Para estos a v e n t u r e r o s , suizos ó l a n s q u e n e t e s , la g u e r r a
e r a un o f i c i o , y sólo se b a t i a n p o r d i n e r o . De ahí el pro-
verbio f r a n c é s : sin dintro no hay suizo. Mas, la verdad es
q u e se b a t í a n bien y g a n a b a n l e a l m e n t e su d i n e r o .
369. D e b i l i d a d d e l a c a b a l l e r í a . — D u r a n t e los p r i -
Combate de lansquenetes.
m e r o s siglos de la edad m e d i a n o h u b o m á s soldados q u e
los caballeros.
P e r o , á p a r t i r del siglo XIV, cada vez que los caballeros
se h a l l a r o n f r e n t e á f r e n t e de i n f a n t e r í a r e g u l a r m e n t e or-
ganizada, f u e r o n v e n c i d o s : venciéronlos los a r q u e r o s in-
gleses, no o b s t a n t e la i n f e r i o r i d a d del n ú m e r o , en Crécy,
e n P o i t i e r s y A z i n c o u r t ; venciéronlos los suizos en Mor-
g a r t e n , S e m p a c h , Granson y Morat; los j a n i s a r i o s en Nicó-
p o l i s y V a r n a ; y h a s t a los b u r g u e s e s d e Gante y de B r u j a s
los d e r r o t a r o n .
Los hombres de aquella época no podían darse cuenta de cómo
aquella brillante caballería, formada por los hombres más
nobles, valientes y experimentados, era vencida siempre p o r
infantes villanos; pero nada es más fácil de explicar. Los ca-
balleros individualmente eran sin duda magníficos soldados;
m a s e n conjunto formaron siempre un ejército detestable. Una
vez cubiertos con una armadura bastante fuerte para no correr
el riesgo de morir, cada cual pensó sólo en la manera de pro-
tegerse á sí mismo. Es verdad que la armadura los preservaba
casi siempre de las heridas; pero no de ser derribados, y en
las batallas un hombre caído en tierra debajo de su caballo no
vale mucho más que un hombre muerto. Los cahaHeros estaban
equipados como para combatir solos, y por esto era precisa-
mente por lo que maniobraban mal en conjunto. Cada uno de
ellos estorbaba á su vecino. Tan pesadas masas necesitaban
terreno unido y sóUdo para maniobrar, y un espacio libre en
que tomar carrera; un foso, una colina, un pantano los dete-
nían, y desde que estaban todos juntos, ya les era imposible
avanzar ó retroceder. Además, para luchar en banda les faltaba
otra cosa, la disciplina. Acostumbrados á los combates en
pequeño número, no sabían organizarse como un ejército. Cada
señor se empeñaba en batirse con sus guerreros como mejor le
parecía y el general en jefe no podía hacerse obedecer. En
Crécy, los arqueros que estaban al servició del rey de Francia
ocupaban el frente del ejército : los caballeros franceses,
ansiosos de batirse, se arrojaron sobre ellos y los destrozaron,
porque aquella gentualla les cerraba el cammo.
LOS IAVESTOS
3 7 0 . L a p ó l v o r a . — Desde h a c í a m u c h o t i e m p o s a b í a n
los chinos f a b r i c a r p ó l v o r a ; p e r o sólo la e m p l e a b a n en
fuegos de artificio.
Los á r a b e s f u e r o n los que, m e d i a n t e la p u r i f i c a c i ó n del
salitre, l o g r a r o n o b t e n e r la v e r d a d e r a p ó l v o r a d e g u e r r a ,
q u e e m p l e a r o n p a r a l a n z a r p r o y e c t i l e s p o r m e d i o d e un
tubo. Los cristianos los i m i t a r o n , y el n u e v o i n v e n t o f u é
a d o p t a d o en t o d a E u r o p a , si b i e n se p e r f e c c i o n ó con g r a n
l e n t i t u d . Hasta el siglo XV la m a y o r p a r t e de los c a ñ o n e s
no lanzan sino balas d e p i e d r a y a l c a n z a n a p e n a s t a n t o
como u n arco. El cañón p o r t á t i l , l l a m a d o c u l e b r i n a d e
m a n o , e r a t a n pesado todavía q u e p a r a utilizarlo s e n e c e -
sitaba p o n e r l o apoyado en u n a h o r q u i l l a . P o r l a r g o espacio
d e t i e m p o , la pólvora hizo m á s r u i d o q u e d a ñ o .
La artillería n o llegó á ser r e a l m e n t e t e m i b l e h a s t a el si-
g l o x v i y las a r m a s d e f u e g o n o f u e r o n portátiles h a s t a e l x v n .
3 7 1 . L a i m p r e n t a . - Desde principios del siglo XV se
h a b í a i m a g i n a d o en los.Países Bajos g r a b a r en u n a p l a c a
de m a d e r a un d i b u j o ó u n a p á g i n a escrita, p a r a o b t e n e r
asi m a y o r n u m e r o d e imágenes d e santos y de libros de
o r a c i o n e s . B a s t a b a con. p a s a r t i n t a s o b r e esta t a b l e t a y apli-
c a r luego e n c i m a u n a h o j a d e p a p e l . Así .se i m p r i m i ó la
Biblia de los pobres. P e r o p a r a c a d a p á g i n a n u e v a e r a p r e -
ciso g r a b a r o t r a l á m i n a , c o m o a u n h a c e m o s n o s o t r o s en la.
litografía. Se p r o c u r ó , p u e s , hacer l e t r a s s e p a r a d a s , q u e
luego-se p u d i e r a n j u n t a r según se q u i s i e r a . Como las d e
palo n o dieron r e s u l t a d o , las h i c i e r o n de m e t a l . Gutenberg
acabó p o r d e s c u b r i r l a aleación d e p l o m o y d e a n t i m o n i o
q u e sirvió de allí en a d e l a n t e p a r a f a b r i c a r la l e t r a . Así se
inventó la i m p r e n t a ; el p r i m e r libro que se compuso p o r
este m é t o d o f u é la Biblia de 14od. El nuevo a r t e se extendió
con m u c h a rapidez, s o b r e todo en A l e m a n i a y en Italia,
d o n d e el p u e b l o sentía viva necesidad d e l e e r y d e i n s t r u i r s e .
Á fines del siglo XV se h a b í a n i m p r e s o ya 10 00.0 ediciones,
y d e ellas, u n a c u a r t a p a r t e en Venecia.
La i m p r e n t a p r o d u j o r á p i d a m e n t e g r a n d e s r e s u l t a d o s .
Los libros, a n t i g u o s ó n u e v o s , f u e r o n t i r a d o s p o r miles y
se d i f u n d i e r o n en todas las clases d e la sociedad. Los clé-
rigos y los escolares d e j a r o n d e ser los únicos q u e conocían
las obras de ciencia y los t r a b a j o s s a g r a d o s .
-No t a r d a r o n en c o n s t i t u i r s e u n a l i t e r a t u r a y u n a teología
seglares.
LOS »ESCIBRLIIIEATOI MARÍTIMOS
3 7 2 . E l d e r r o t e r o d e l a s I n d i a s . — D u r a n t e toda
la e d a d m e d i a .habían ido los m e r c a d e r e s e u r o p e o s á com-
p r a r los p r o d u c t o s de l a I n d i a en Siria ó Egipto, d o n d e
los á r a b e s se los vendían m u y caro : las especias costaban
en A l e j a n d r í a t r e s veces el precio q u e t e n í a n en A r a b i a . Así
.era q u e los e u r o p e o s d e s e a b a n v i v a m e n t e e n c o n t r a r u n a
vía que les p e r m i t i e s e ir á b u s c a r d i r e c t a m e n t e en las
Indias la p i m i e n t a , la canela, la nuez m o s c a d a , y el m a r -
fil, d e q u e n a d i e p o d í a p r e s c i n d i r y a . Este deseo a u m e n t ó
d e s p u é s q u e los t u r c o s d e s t r u y e r o n el comercio d e Italia
con Levante.
 Los m a r i n o s p o r t u g u e s e s b u s c a r o n el d e r r o t e r o d e l a s se e n c o n t r ó con los p o r t u g u e s e s , q u i e n e s se a s o m b r a r o n al
I n d i a s p o r e l e s t e . Como el África les c e r r a b a el c a m i n o , ver llegar o t r o s e u r o p e o s p o r la p a r t e d e o r i e n t e . Al cabo
la c o s t e a r o n d e n o r t e á s u r , d e s c u b r i e n d o poco á poco las de t r e s a ñ o s volvieron á E s p a ñ a a q u e l l o s b a r c o s d e s p u é s
islas y su r i b e r a . d e h a b e r dado p o r p r i m e r a vez l a v u e l t a a l m u n d o .
E n 1497 dobló Vasco de G a m a el Cabo, d e s c u b r i ó la 3 7 4 . C a r a c t e r e s de l a s e x p e d i c i o n e s del s i g l o X V I .
costa o r i e n t a l d e África y llegó á la I n d i a , d o n d e p u d o — Estos g r a n d e s v i a j e s del siglo XVI n o se p a r e c e n en n a d a
adquirir mercancías á precio ventajoso. á las e x p l o r a c i o n e s científicas d e n u e s t r o t i e m p o . Ni los
3 7 3 . E n t o n c e s se tuvo la i d e a de b u s c a r este d e r r o t e r o m a r i n o s ni los p r i n c i p e s q u e los e n v i a b a n t e n í a n e x t r a o r -
p o r e l o e s t e . Los h o m b r e s i n s t r u i d o s del siglo XV n o igno- d i n a r i o e m p e ñ o p o r q u e p r o g r e s a r a la geografía. Sus expe-
\ raban que la tierra diciones e r a n e m p r e s a s c o m e r c i a l e s , d e s t i n a d a s á pro-
es ducir beneficios.
. redonda y hasta
\ ^v-^^ss. sabían q u e en la cos- Buscando e s p e c i a s es como descubrieron la India y Amé-
ta o p u e s t a d e l o c é a n o rica; queriendo extraer o r o se fundaron establecimientos en
había otros países. Guinea y se penetró en Méjico y el Perú. Durante mucho
Dos m a r i n o s italia- tiempo recorrieron los españoles el interior de arabas Américas
nos tuvieron la a u d a - en busca del famoso EMorado, donde creían encontrar campos
cia d e l a n z a r s e p o r de oro. Hasta se llevaron á cabo expediciones más singulares.
Ponce de León salió al fíente de una banda para buscar la
aquellos desconoci-
fuente de la juventud eterna, donde recobraban sus bríos los
dos m a r e s . A m b o s que se bañaban en sus aguas, y por espacio de varios años no
trabajaban por cuen- quedó en la Florida río que los españoles no exploraran bañán-
ta d e p r í n c i p e s ex- dose en todos ellos á ñn de averiguar si habían dado al fin con
t r a n j e r o s , Cristóbal la maravillosa fuente.
__ Colón a l servicio de
^ s S ^ r í d — — = Isabel la Católica, rei- 3 7 5 . Estos e x p l o r a d o r e s n o d e s e a b a n q u e el m u n d o
f^-^^rív-J^^w^^S»- n a d e Castilla, y Se- aprovechase sus descubrimientos; al contrario, preferían
s e r los ú n i c o s d e p o s i t a r i o s del s e c r e t o .
^ b a s t i á n Cabot a l del
s o b e r a n o inglés. Ca- Al regresar por primera vez de América, Colón escribe en su
— — ," . b o t salió d e I n g l a t e r r a diario de viaje : « Siempre he dicho con intención á los mari-
y b u s c ó el d e r r o t e r o neros que el trayecto de cada día había sido más largo de lo
Carabela. , , , que era en realidad, á fin de engañarlos á todos, y reservarme
p o r el oeste, y e n d o ia clave de la navegación del Oeste. Tan bien lo lie logrado, que
á c h o c a r c o n t r a el L a b r a d o r y l a s h e l a d a s r e g i o n e s d e la ahora nadie puede determinar el derrotero de la India. »
A m é r i c a del Norte. Colón, q u e p a r t i ó d e E s p a ñ a , b u s c ó
su vía p o r el s u d o e s t e y f u é á p a r a r á las Antillas. Allí E s t o s s o r p r e n d e n t e s d e s c u b r i m i e n t o s se e f e c t u a r o n con
creyó h a b e r e n c o n t r a d o la I n d i a y a u n h o y l l a m a m o s nos- e s c a s o s r e c u r s o s ; la m a y o r p a r t e e r a n e m p r e s a s m e r c a n -
otros á A m é r i c a Indias o c c i d e n t a l e s , é indios á l o s habi- t i l e s ; los p r í n c i p e s q u e a r r i e s g a b a n en ellas su d i n e r o , que-
t a n t e s de las razas q u e la o c u p a b a n a l e f e c t u a r s e la c o n - r í a n q u e los beneficios f u e r a n s u p e r i o r e s á los gastos.
quista.
Magallanes acabó p o r e n c o n t r a r el d e r r o t e r o ' a p e t e c i d o Colón no tenía más que tres carabelas y 00 hombres; la
expedición costó solamente 5.000 ducados ; la de Magallanes salió
p o r el oeste d o b l a n d o la p u n t a s u r d e A m é r i c a , como los
por 22.000 y produjo 100.000, porque uno d é l o s barcos volvió
p o r t u g u e s e s h a b í a n d o b l a d o la d e África. La e s c u a d r a e s p a -
cargado de clavo de comer. Los buques que se empleaban no
ñola a t r a v e s ó el O c é a n o Pacífico h a s t a las Molucas, d o n d e
servían para taii largos viajes; asi es que los expedicionarios
tenían que pasar uieses y aun años en alta mar, navegando en
aguas desconocidas.
3 7 6 . E s t a b l e c i m i e n t o s d e l o s e u r o p e o s . — Los p o r -
t u g u e s e s c r e a r o n e n l a costa d e la India fortalezas, a l m a -
cenes y a r s e n a l e s , e n v i a n d o á dicho país b a r c o s y . t r o p a s , y
n o m b r a n d o u n . g o b e r n a d o r q u e r e c i b i ó el. n o m b r e , de,virrey'
de la India.
Sentaron como principio que el m a r l e s p e r t e n e c í a y que
nadie tenía derecho á navegar. Cuando encontraban un navio
extranjero, le exigían que presentase su licencia y, si no podía
efectuarlo, lo trataban como á un pirata y ahorcaban la tripu-
lación-
Los españoles p r o c e d i e r o n del m i s m o m o d o .
Cmudo llegaban á un país desconocido, el jefe de la expedición
bajaba á tierra, desplegaba el estandante del "rey de Castilla y
hacía algunos pequeños presentes á los indígenas; el notario
regio redactaba un acta de toma de posesión, y el país era en
1
a d e l a n t e p a t r i m o n i o d e l r e y de E s p a ñ a . Asi fueren ocu-
padas las Antillas y gran parte de América del Sur.
3 7 7 . C o m e r c i o d e l o s e u r o p e o s . — Los p o r t u g u e s e s
se h a b í a n establecido en la I n d i a p a r a m o n o p o l i z a r el
comercio d e las e s p e c i a s ( p i m i e n t a , c a n e l a , clavo d e c o m e r ,
nuez m o s c a d a y j e n g i b r e ) .
Unos g r a n d e s navios a r m a d o s c o m o p a r a la g u e r r a (las
carracas' iban á r e c o g e r l a s especias e n la I n d i a y las lle-
vaban á Lisboa.
T a m b i é n los e s p a ñ o l e s b u s c a b a n e s p e c i a s ; p e r o en A m é -
rica no l a s había y el d e r r o t e r o d e s c u b i e r t o m á s t a r d e p o r
Magallanes p a r a llegar á las Indias e r a d e m a s i a d o largo
p a r a q u e p u d i e r a p e n s a r s e en h a c e r c o m p e t e n c i a á l o s
portugueses. En cambio, desde que pusieron por primera
vez la p l a n t a e n t i e r r a , n o t a r o n q u e los s a l v a j e s llevaban
en la nariz a d o r n o s d e o r o ; así f u é q u e n o p e n s a n d o m á s
e n las especias, e m p e z a r o n á b u s c a r el precioso m e t a l . E l
q u e h a b í a e n las Antillas n o t a r d ó en a g o t a r s e ; p e r o e n
Méjico y el P e r ú q u e d a b a n m i n a s r i q u í s i m a s , sin c o n t a r
los tesoros a c u m u l a d o s p o r los s o b e r a n o s i n d í g e n a s . Los
c r i a d e r o s m á s ricos e r a n los de plata, y n o t a r d a r o n en
d e s c u b r i r s e otros s u p e r i o r e s todavía, los de Potosí e n
Méjico, en 1545. Todos los a ñ o s salía d e A m é r i c a , escol-
tado p o r u n a e s c u a d r a d e g u e r r a , u n G a l e ó n c a r g a d o d e
oro y plata, q u e l l e v a b a á S e v i l l a esos tesoros. Lisboa y
Sevilla f u e r o n los dos g r a n d e s c e n t r o s d e c o m e r c i o ; estaba
p r o h i b i d o d e s e m b a r c a r e n otros p u n t o s .
3 7 8 . L a t r a t a de n e g r o s . — Los a v e n t u r e r o s e s -
p a ñ o l e s q u e o c u p a r o n las Antillas q u e r í a n o r o ; pero sin
t o m a r s e el t r a b a j o de b u s c a r l o p o r sí m i s m o s : así f u é q u e
obligaron á los habitantes- del país á t r a b a j a r en el lavado
de los t e r r e n o s a u r í f e r o s . Al m i s m o t i e m p o i n t r o d u j e r o n
la c a ñ a d e a z ú c a r , exigiendo que la c u l t i v a r a n los indí-
g e n a s . Éstos, q u e e s t a b a n a c o s t u m b r a d o s á t r a b a j a r poco,
no p u d i e r o n s o p o r t a r a q u e l l a vida : m u c h o s d e ellos se
s u i c i d a r o n , otros h u y e r o n á los bosques, y la m a y o r p a r t e
p e r e c i e r o n de cansancio y d e e n f e r m e d a d e s . La p o b l a c i ó n
de la isla de Haití desapareció p o r c o m p l e t o .
E n t o n c e s los c o n q u i s t a d o r e s t u v i e r o n la i d e a de r e e m p l a -
zar á los i n d í g e n a s a m e r i c a n o s p o r - n e g r o s d e Africa, m á s
robustos, y q u e e s t a b a n a c o s t u m b r a d o s - á los c l i m a s cálidos.
Así nació la t r a t a d e n e g r o s .
Algunos mercaderes europeos iban á la costa de África á bus-
car negros; ya compraban á los reyezuelos de ese color sus
prisioneros de guerra, en cambio de cuentas de cristal y de
mercancías averiadas; ya se echaban encima de los caseríos
indígenas llevándose á los habitantes, según hacen aún los tra-
ficantes de esclavos árabes en el centro de Africa. — En la cala
del navio echaban tantos negros como cabían, y los dejaban allí
sin aire ni luz durante las varias semanas que se t a r d a b a en la
travesía. Así es que morían á centenares y los tiburones iban
detrás de los navios pára devorar los cadáveres. Los que esca-
paban eran vendidos en América como esclavos y enviados á
las plantaciones de azúcar ó de café, donde los mayorales los
hacían trabajar á latigazos.
3 7 9 . La t r a t a h a d u r a d o h a s t a 1815. Todos los p u e b l o s
de E u r o p a la h a n p r a c t i c a d o p a r a s u m i n i s t r a r esclavos,
p r i m e r o á los españoles, luego á los d e m á s e u r o p e o s e s t a -
blecidos en A m é r i c a . El comercio del « é b a n o », como
se le l l a m a b a p o r irrisión, e r a el m á s l u c r a t i v o de todos,,
y los q u e se d e d i c a b a n á él se e n r i q u e c í a n s e g u r a m e n t e .
T a n t o s n e g r o s se i m p o r t a r o n así en el Brasil, Venezuela,
y h a s t a en las colonias inglesas d e A m é r i c a n a del N o r t e ,
q u e h o y constituyen p a r t e i m p o r t a n t e d e la p o b l a c i ó n ,
t a r a z a a f r i c a n a r e e m p l a z ó á la a m e r i c a n a d e s t r u i d a , con-
q u i s t a n d o , bien á p e s a r suyo, u n p u e s t o i m p o r t a n t e en la
A m é r i c a tropical.
3 8 0 . L a s p l a n t a s d e A m é r i c a . — A m é r i c a poseía
p l a n t a s desconocidas h a s t a e n t o n c e s ; el m a í z , el t a b a c o ,
la p a t a t a , el cacao, q u e sirve p a r a f a b r i c a r el chocolate, la
v a i n i l l a , el p a l o t i n t o del Brasil, el n o p a l e n q u e se cría
la c o c h i n i l l a , las p i n a s , el t o p i n a m b u r , l a d a l i a de
Méjico, la c a p u c h i n a del P e r ú . E s t o s vegetales f u e r o n
i n t r o d u c i é n d o s e poco á poco en E u r o p a . La p a t a t a d e b í a
llegar á ser, a n d a n d o el t i e m p o , el « p a n del p o b r e . »
O t r a s plantas, o r i u n d a s de Asia, é i m p o r t a d a s p o r los
á r a b e s en Sicilia y en E s p a ñ a , se a c l i m a t a r o n maravillosa-
m e n t e en el Nuevo M u n d o . Tales f u e r o n el a l g o d ó n , Ja
c a ñ a d e a z ú c a r y el c a f é , q u e h a n t o m a d o en América,
África y Oceanía c a r t a de n a t u r a l e z a , h a s t a tal p u n t o , q u e
hoy van los europeos á h a c e r s u s provisiones en esos p a í s e s .
P o r esto no se las l l a m a p r o d u c t o s asiáticos, sino c o l o -
niales.
XI. RENACIMIENTO Y REFORMA.
EL UI V K IHIlvVTO.
3 8 1 . ¿ Q u é s e e n t i e n d e p o r R e n a c i m i e n t o ? — Desde
e l siglo XII h a b í a h a b i d o s i e m p r e , en el Occidente d e
E u r o p a , y sobre todo en Italia, a r q u i t e c t o s , escultores,
pintores y poetas. P e r o sus obras, a u n i n c l u y e n d o las m á s
notables, e r a n , c o m p a r a d a s con las d e los griegos, torpes,
e x t r a v a g a n t e s é i m p e r f e c t a s . Las figuras p r e s e n t a n casi
s i e m p r e m u c h a a n i m a c i ó n ; p e r o los c u e r p o s son m u y del-
g a d o s y m a l p r o p o r c i o n a d o s , y las p i e r n a s y b r a z o s exage-
r a d a m e n t e flacos y largos. En los c u a d r o s es falsa la pers-
pectiva. Los objetos q u e el p i n t o r h a q u e r i d o r e p r e s e n t a r
en el f o n d o , p a r e c e n t a n cerca del espectador c o m o los
q u e se h a p r o p u e s t o colocar en p r i m e r a línea. Los v e r -
sos s o n difíciles, m o n ó t o n o s y carecen d e colorido. Ni
los a r t i s t a s ni los e s c r i t o r e s conocen s u f i c i e n t e m e n t e su
oíicio p a r a e j e c u t a r obras i r r e p r o c h a b l e s y no h a n e s t u -
diado b a s t a n t e las de los a n t i g u o s p a r a i n s p i r a r s e en
ellas.
Sin e m b a r g o , poco á poco van a d q u i r i e n d o habilidad los
escultores y los pintores, á la vez q u e se p o n e n en con-
tacto con el a r t e de la a n t i g ü e d a d . F i n a l m e n t e , á p a r t i r del
siglo XVI, a p a r e c e n en g r a n n ú m e r o escritores y, s o b r e
todo, p i n t o r e s d e genio e x t r a o r d i n a r i o , cuyas p r o d u c c i o n e s
n o h a n sido n u n c a s o b r e p u j a d a s . Este florecimiento d e
g r a n d e s a r t i s t a s es lo q u e se h a convenido en l l a m a r
Renacimiento.
No todos los países lo tuvieron al m i s m o t i e m p o : los
italianos, m á s civilizados q u e los d e m á s , son los p r i m e r o s ;
los últimos f u e r o n l o s h o l a n d e s e s , q u e l l e g a n en el
siglo XVII, ciento c i n c u e n t a años m á s l a r d e . El R e n a c i -
m i e n t o italiano c o m i e n z a en Florencia d e s d e fines del
siglo XV y t e r m i n a e.n Venecia en las p o s t r i m e r í a s del XVI.
La A l e m a n i a del N o r t e y los países e s c a n d i n a v o s n o cono-
cieron esta r e n o v a c i ó n .
3 8 2 . L i t e r a t u r a f r a n c e s a . — El r e n a c i m i e n t o literario
y h a s t a en las colonias inglesas d e A m é r i c a n a del N o r t e ,
q u e h o y constituyen p a r t e i m p o r t a n t e d e la p o b l a c i ó n ,
t a r a z a a f r i c a n a r e e m p l a z ó á la a m e r i c a n a d e s t r u i d a , con-
q u i s t a n d o , bien á p e s a r suyo, u n p u e s t o i m p o r t a n t e en la
A m é r i c a tropical.
3 8 0 . L a s p l a n t a s d e A m é r i c a . — A m é r i c a poseía
p l a n t a s desconocidas h a s t a e n t o n c e s ; el m a í z , el t a b a c o ,
la p a t a t a , el cacao, q u e sirve p a r a f a b r i c a r el chocolate, la
v a i n i l l a , el p a l o t i n t o del Brasil, el n o p a l e n q u e se cría
la c o c h i n i l l a , las p i n a s , el t o p i n a m b u r , l a d a l i a de
Méjico, la c a p u c h i n a del P e r ú . E s t o s vegetales f u e r o n
i n t r o d u c i é n d o s e poco á poco en E u r o p a . La p a t a t a d e b í a
llegar á ser, a n d a n d o el t i e m p o , el « p a n del p o b r e . »
O t r a s plantas, o r i u n d a s de Asia, é i m p o r t a d a s p o r los
á r a b e s en Sicilia y en E s p a ñ a , se a c l i m a t a r o n maravillosa-
m e n t e en el Nuevo M u n d o . Tales f u e r o n el a l g o d ó n , la
c a ñ a d e a z ú c a r y el c a f é , q u e h a n t o m a d o en América,
África y Oceanía c a r t a de n a t u r a l e z a , h a s t a tal p u n t o , q u e
hoy van los europeos á h a c e r s u s provisiones en esos p a í s e s .
P o r esto no se las l l a m a p r o d u c t o s asiáticos, sino c o l o -
niales.
XI. RENACIMIENTO Y REFORMA.
EL UEAACI.IHEATO.
3 8 1 . ¿ Q u é s e e n t i e n d e p o r R e n a c i m i e n t o ? — Desde
e l siglo XII h a b í a h a b i d o s i e m p r e , en el Occidente d e
E u r o p a , y sobre todo en Italia, a r q u i t e c t o s , escultores,
pintores y poetas. P e r o sus obras, a u n i n c l u y e n d o las m á s
notables, e r a n , c o m p a r a d a s con las d e los griegos, torpes,
e x t r a v a g a n t e s é i m p e r f e c t a s . Las figuras p r e s e n t a n casi
s i e m p r e m u c h a a n i m a c i ó n ; p e r o los c u e r p o s son m u y del-
g a d o s y m a l p r o p o r c i o n a d o s , y las p i e r n a s y b r a z o s exage-
r a d a m e n t e flacos y largos. En los c u a d r o s es falsa la pers-
pectiva. Los objetos q u e el p i n t o r h a q u e r i d o r e p r e s e n t a r
en el f o n d o , p a r e c e n t a n cerca del espectador c o m o los
q u e se h a p r o p u e s t o colocar en p r i m e r a línea. Los v e r -
sos s o n difíciles, m o n ó t o n o s y carecen d e colorido. Ni
los a r t i s t a s ni los e s c r i t o r e s conocen s u f i c i e n t e m e n t e su
oficio p a r a e j e c u t a r obras i r r e p r o c h a b l e s y no h a n e s t u -
diado b a s t a n t e las de los a n t i g u o s p a r a i n s p i r a r s e en
ellas.
Sin e m b a r g o , poco á poco van a d q u i r i e n d o habilidad los
escultores y los pintores, á la vez q u e se p o n e n en con-
tacto con el a r t e de la a n t i g ü e d a d . F i n a l m e n t e , á p a r t i r del
siglo XVI, a p a r e c e n en g r a n n ú m e r o escritores y, s o b r e
todo, p i n t o r e s d e genio e x t r a o r d i n a r i o , cuyas p r o d u c c i o n e s
n o h a n sido n u n c a s o b r e p u j a d a s . Este florecimiento d e
g r a n d e s a r t i s t a s es lo q u e se h a convenido en l l a m a r
Renacimiento.
No todos los países lo tuvieron al m i s m o t i e m p o : los
italianos, m á s civilizados q u e los d e m á s , son los p r i m e r o s ;
los últimos f u e r o n l o s h o l a n d e s e s , q u e l l e g a n en el
siglo XVII, ciento c i n c u e n t a años m á s l a r d e . El R e n a c i -
m i e n t o italiano c o m i e n z a en Florencia d e s d e fines del
siglo XV y t e r m i n a en Venecia en las p o s t r i m e r í a s del XVI.
La A l e m a n i a del Norte y los países e s c a n d i n a v o s n o cono-
cieron esta r e n o v a c i ó n .
3 8 2 . L i t e r a t u r a f r a n c e s a . — El r e n a c i m i e n t o literario
f r a n c é s f u é posterior al i t a l i a n o : h a s t a m e d i a d o s d e l
siglo XVI n o a p a r e c e n los g r a n d e s prosistas, R a b e l a i s y
M o n t a i g n e y los poetas, M a r o t y R o n s a r d .
3 8 3 . L i t e r a t u r a e s p a ñ o l a . — En E s p a ñ a n o c o m i e n z a
este florecimiento h a s t a e l siglo XVII. P r e c i s a m e n t e en el
m o m e n t o en que la nación s e e n c u e n t r a v e n c i d a y e s t á
casi a r r u i n a d a es c u a n d o a p a r e c e n todos s u s g r a n d e s
escritores : S e r v a n t e s , el a u t o r d e D. Quijote, p o e m a en
p r o s a , semi-épico, s e m i - c ó m i c o , u n o d e l o s l i b r o s m á s ori-
ginales d e E u r o p a , y la o b r a m a e s t r a de t o d a la l i t e r a t u r a '
e s p a ñ o l a ; L o p é de V e g a , C a l d e r ó n .
3 8 4 . L i t e r a t u r a i n g l e s a . — D u r a n t e todo el siglo XVI
h u b o en I n g l a t e r r a i m i t a d o r e s d e la a n t i g ü e d a d ; p e r o l a s
g r a n d e s obras no vieron la luz h a s t a los t i e m p o s d e Isabel,
á fines de la i n d i c a d a c e n t u r i a .
El teatro inglés se encontraba todavía en estado bárbaro; las
gentes honradas no iban á él, y las mujeres decentes sólo se
atrevían á presentarse alli con una careta; el púbHco, com-
puesto de gentes .groseras, comía, bebía y jugaba á la b a r a j a
durante las representaciones. Los autores, cómicos de la legua
todos, mal pagados y á menudo insultados por el público, re-
presentaban en un escenario mínimo, reducido más a ú n por-
que en él se sentaban en taburetes los jóvenes de la nobleza.
Nada de decoración; el lugar de la escena estaba indicado por
un cartel en que escribían : u n bosque, un jardín, etc : á me- .
nudo era interrumpida la pieza por los.graciosos, que venían á
entretener al público. Pero, con todo, estos dramas que ponían
en escena de manera tan pobre, eran admirables por la fuerza
de las pasiones, la poesía de la lengua y la variedad de la ima-
ginación.
3 8 5 . L a p i n t u r a i t a l i a n a . — D e s d e fines del siglo XV
a p a r e c e n en Italia p i n t o r e s d e genio. Los m á s . g r a n d e s
tienen discípulos q u e los i m i t a n ; f o r m a n , p u e s , e s c u e l a .
Hubo cinco, todas las c u a l e s t u v i e r o n su c e n t r o en u n p a í s
d i f e r e n t e . El j e f e de la e s c u e l a florentina f u é M i g u e l
Á n g e l ; el dé la lombarda. L e o n a r d o d e V i n c i , q u e e r a
florentino; el de la romana, B a f a e l . Á fines del siglo XVI
«e f o r m a r o n la veneciana, c u y o s p r i n c i p a l e s r e p r e s e n t a n t e s
son T i c i a n o , V e r o n e s o y T i n t o r e t o ; y la de Bolonia,
cuyo j e f e f u é C a r r a c c i o .
Los pintores del Renacimiento tomaban generalmente como
asunto alguna escena sacada, ya de la historia santa, de la vida
de Cristo ó de los santos, ya de la mitología pagana ó de la his-
toria antigua; pero no se preocupaban de la exactitud de las
costumbres ni del « color local »; representaban, pues, á sus
personajes, judíos, ..griegos ó romanos , en trajes de puro capri-
cho, y hasta les atribuían las facciones y manera de arreglarse
de los italianos de su época. Así, por ejemplo, en las- Bodas de
Caná de Veroneso, que posee el Museo francés del Louvre, los
convidados reunidos en torno de Cristo son gentiles hombres
venecianos, vestidos con arreglo á la moda de aquel tiempo.
A principios del siglo XVI, los p i n t o r e s a l e m a n e s se p e r -
f e c c i o n a r o n i m i t a n d o á los italianos. E n t o n c e s a p a r e c i e r o n
los dos g r a n d e s p i n t o r e s g e r m á n i c o s , Alberto JDnrero, d e
N u r e m b e r g , y H o l b e i n , d e Basilea.
3 8 6 . L a p i n t u r a e s p a ñ o l a . — Los g r a n d e s p i n t o r e s ,
V e l á z q u e z , R i b e r a , M u r i l l o , n o s u r g e n en E s p a ñ a , lo
m i s m o q u e los g r a n d e s escritores, h a s t a principios del
siglo XVII. En g e n e r a l e m p l e a n colores s o m b r í o s , y g u s t a n
de e s c e n a s siniestras, m a r t i r i o s ó suplicios, d o n d e s e
e n c u e n t r a n p e r s o n a j e s en a c t i t u d e s violentas.
3 8 7 . L a p i n t u r a flamenca. — E n los P a í s e s B a j o s
h u b o dos a r t e s d i s t i n t o s : él flamenco y el holandés.
Los p i n t o r e s d e la p r i m e r a d e estas escuelas r e p r e s e n t a n
s o b r e todo g r a n d e s e s c e n a s religiosas ó mitológicas, t o -
m a n d o s u s m o d e l o s en t o r n o suyo, c o n f o r m e á l a c o s t u m b r e
de l o s a r t i s t á s del R e n a c i m i e n t o ; • s u s p e r s o n a j e s , h o m b r e s
ó m u j e r e s , s o n flamencos r u b i o s , con g r a n d e s c u e r p o s
b l a n c o s y r o s a d o s , c a r n o s o s y macizos. G u s t a n d e los
colores d e s l u m b r a n t e s y de los m o v i m i e n t o s violentos, y
se c o m p l a c e n en t r a z a r orgías y b a n q u e t e s . El m á s c é l e b r e
de estos p i n t o r e s f u é R u b e n s . E s t a g r a n escuela d u r ó
h a s t a m e d i a d o s del siglo XVII.
3 8 8 . L a p i n t u r a h o l a n d e s a . — Los p i n t o r e s h o l a n -
deses n o p o d í a n t r a b a j a r p a r a las iglesias ó los p r í n c i p e s ,
como los d e los r e s t a n t e s países, p u e s Holanda era calvi-
n i s t a y no t e n i a g r a n d e s s e ñ o r e s . Los p r i n c i p a l e s p e d i d o s
p r o c e d e n d e los p a r t i c u l a r e s ; los b u r g u e s e s ricos q u i e r e n
p o s e e r c u a d r o s , y lo q u e m á s les g u s t a son e s c e n a s de la
v i d a o r d i n a r i a , un a m a d e casa en su v e n t a n a , u n a c o c i n e r a
que e n s a r t a en el a s a d o r n n ave, u n a visita, u n c u a r t o de
e n f e r m o , u n g r u p o d e p e r s o n a s p a t i n a n d o . Mas, estas cosas-
 c o m u n e s están r e p r e s e n t a d a s con deleite y r e s u l t a n e n c a n -
t a d o r a s p o r su e x t r a o r d i n a r i a a n i m a c i ó n . T a m b i é n pintan
p a i s a j e s , un punto d e un bosque, u n molino, la r i b e r a de
un rio.
Este a r t e holandés, c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t o del italiano,
busca la vida más bien q u e Ja belleza; así creó dos g é n e r o s
casi desconocidos p o r los italianos, el paisaje y l a pintura
de género, esto es, d e las escenas d e la vida c o r r i e n t e .
El m á s ilustre d e Jos h o l a n d e s e s es R e m b r a n d t , cuyos
tonos d o r a d o s no h a p o d i d o i m i t a r n a d i e ; el p r i m e r o de
los p a i s a j i s t a s f u é R u y s d a e l .
3 8 9 . P i n t o r e s f r a n c e s e s . — Los g r a n d e s p i n t o r e s
f r a n c e s e s f u e r o n los del siglo XVII : el í > u s i n o , Claudio
L o r e n o , F e l i p e d e C h a m p a ñ a ; p e r o no f o r m a n e s c u e l a ,
pues c a d a uno d e ellos t r a b a j ó en g é n e r o s m u y dife-
rentes.
3 9 0 . E s c u l t u r a . — Á fines del siglo XV s u r g i e r o n los
g r a n d e s escultores, Donatello p r i m e r o y l u e g o Miguel
Ángel. Entonces p r o c u r ó este a r t e r e p r o d u c i r el c u e r p o
h u m a n o , y p r i n c i p a l m e n t e el c u e r p o d e s n u d o . T o d o s imi-
t a r o n á Miguel Ángel y e s t u d i a r o n c u i d a d o s a m e n t e , en oca-
siones valiéndose d e cadáveres, la disposición d e los h u e s o s
y de los m ú s c u l o s ; la a n a t o m í a artística f u é la ciencia i n -
d i s p e n s a b l e del e s c u l t o r .
3 9 1 . L a a r q u i t e c t u r a . — La e d a d m e d i a h a b í a tenido
dos g r a n d e s estilos a r q u i t e c t ó n i c o s , el r o m a n o y el gótico.
El r e n a c i m i e n t o d e este a r t e consistió, n o en p r o d u c i r edi-
ficios m á s bellos q u e los de-la e d a d m e d i a , sino m á s p a r e -
cidos á los m o n u m e n t o s a n t i g u o s . Los i t a l i a n o s f u e r o n los
que dieron ejemplo de esta imitación d é l a antigüedad.
3 9 2 . T r a n s f o r m a c i ó n d e l a v i d a de l o s n o b l e s . —
Los nobles de la e d a d m e d i a e r a n a n t e todo g u e r r e r o s ; así
es q u e h a b í a n a r r e g l a d o su vida t e n i e n d o en c u e n t a sólo la
g u e r r a , tal como e n t o n c e s se p r a c t i c a b a : vivían en fortale-
zas y c o m b a t í a n c u b i e r t o s d e h i e r r o . C u a n d o Jas c o n d i -
ciones generales d e estas l u c h a s se m o d i f i c a r o n , los n o b l e s
t u v i e r o n que c a m b i a r d e vida. Ya sus castillos n o les s e r -
vían p a r a p r o t e g e r l o s c o n t r a los c a ñ o n e s y p o r t a n t o r e n u n -
ciaron á f o r t i f i c a r s u s casas, d e m o l i e r o n ó a b a n d o n a r o n sus
t o r r e o n e s erizados d e a l m e n a s , d e p a r e d e s g r u e s a s y estre-
chos h u e c o s , m o l e s t o s y tristes, p a r a c o n s t r u i r m o r a d a s
m á s alegres, m á s c ó m o d a s , con a n c h a s v e n t a n a s y e n t r a -
d a s fáciles. Estas r e s i d e n c i a s n u e v a s siguieron l l a m á n d o s e
castillos; pero la expresión perdió su primitivo s e n t i d o d e
fortaleza ; y significó en a d e l a n t e h a b i t a c i ó n s e ñ o r i a l en el
c a m p o . Á los d e l a c i u d a d los l l a m a b a n m á s bien p a -
lacios.
Al m i s m o t i e m p o r e n u n c i a r o n los nobles á la lanza, al
e s c u d o y á la a r m a d u r a <«• p e s a d a c o m o un y u n q u e », q u e
sólo servía p a r a m o l e s t a r l o s sin p o r esto p r o t e g e r l o s . É
imitando á los l a n s q u e n e t e s , f u e r o n á la g u e r r a sin m á s
e q u i p o que el o r d i n a r i o y sin m á s a r m a q u e la e s p a d a .
Hasta s u s j u e g o s se m o d i f i c a r o n : los t o r n e o s , en q u e
h a b í a q u e d e m o s t r a r m u c h a fuerza, d e j a r o n libre el c a m p o
á las carreras del anillo y á las c a ñ a s y p a r e j a s , d o n d e sólo
se t r a t a b a de ser s u p e r i o r en destreza. Montar á caballo y
t i r a r la espada se convirtieron en a r t e s difíciles.
3 9 3 . L a c u l t u r a . — E n el siglo XVI es t a m b i é n c u a n d o
empieza la c u l t u r a d e l e s p í r i t u . Los laicos d e la e d a d
m e d i a leían p o c o ; ú n i c a m e n t e los g r a n d e s s e ñ o r e s tenían
m e d i o s p a r a a d q u i r i r libros. P e r o a h o r a q u e este artículo
se a b a r a t a , la l e c t u r a empieza á o c u p a r p u e s t o i m p o r -
tante en la vida d e los n o b l e s y de los b u r g u e s e s , q u e leen
t r a d u c c i o n e s d e los a u t o r e s antiguos, r e l a t o s d e viajes,
obras de m o r a l y de religión, controversias teológicas y fo-
lletos políticos. Al m i s m o tiempo, se p r e o c u p a n de la e d u -
cación de s u s hijos.
La m o d a d i s p o n e que los j ó v e n e s d e f a m i l i a s ricas a p r e n -
d a n el latín. Las a n t i g u a s u n i v e r s i d a d e s no b a s t a n ; f ú n -
d a n s e , pues, c o l e g i o s en q u e los niños son r e c i b i d o s c o m o
p e n s i o n i s t a s y d o n d e les e n s e ñ a n t o d a s las cosas q u e u n
h o m b r e i n s t r u i d o debe saber.
P o r e n t o n c e s se empieza t a m b i é n á establecer h a s t a en
las aldeas m a e s t r o s d e e s c u e l a que e n s e ñ e n á l e e r y escri-
b i r á los h i j o s del p u e b l o .
LA REFORMA.
3 9 4 . P r e l u d i o s d e l a r e f o r m a . — En las p o s t r i m e -
r i á s del siglo XV r e i n a g r a n d e s c o n t e n t o e n t r e los cristia-
nos. Los m á s d i s g u s t a d o s e r a n los p u e b l o s del Norte, in-
gleses y a l e m a n e s , cuyo odio t o m ó p o r objetivo á los
italianos q u e g o b e r n a b a n la. Iglesia,, s o b r e lodo, a l P a p a y
á la corte d e R e m a .
Hé aquí la impresión que L u t e r o sacó de la capital del mundo
católico : « No quisiera, n i p o r m r í florines, Iraber dejado de ver
Roma, pues siempre me habría preguntado si no era injusto con
el Papa. Los cHmenes en esa ciudad son innumerables... Nos-
otros los alemanes nos repletamos de cerveza hasta reventar, al
paso que los italianos son sobrios ; pero en cambio, no -hay
hombres más impíos que ellos; búrlanse de la verdadera reLi-
gión y s e r i e n de nosotros, cristianos, porque creemos todo en
la Escritura... Si nos viésemos obHgados, dicen, á creer todo
en la palabra de Dios, seriamos los más desgraciados de los
hombres, y no podríamos t e n e r u n instante de contento. Cele-
bran el carnaval con una inconveniencia y una locura extre-
madas, por espacio de varias semanas, pues se trata de hom-
bres sin 'conciencia que viven en los pecados públicos: «
F u e r a n orno j u s t o s , e s t o s s e n t i m i e n t o s d o m i n a b a n e n el
siglo XVI los á n i m o s de l o s c r i s t i a n o s e n A l e m a n i a é. Ingla-
t e r r a , y m u c h o s . e s t a b a n d i s p u e s t o s á s o s t e n e r á c u a n t o s se
alzaran contra.Roma..
3 9 5 . L o s r e f o r m a d o r e s . — La l u c h a c o m e n z ó por
h o m b r e s o s c u r o s : L n t e r o e r a u n s i m p l e f r a i l e , d o c t o r de
la p e q u e ñ a u n i v e r s i d a d d e W i t t e n b e r g , en S a j o n i a ; « n i n -
g l i o , u n c u r a r u r a l e n G l a r i s , S u i z a ; y C a l v i n o el h i j o de
u n c i u d a d a n o de Noyón, en. P i c a r d í a .
Lutero se creía amenazado sin cesar por el diablo, que acudía
á tentarlo y molestarlo ; u n día, estando en su celda debeastillo
de la Warthurg, creyó tenerte cerca; ¡y le tiró su tintero á la-ca-
beza (la mancha quedé-ea la pared, por mucho tiempo). — El
hombre, decía Lutero, nació en pecada es.naturalmente per-
verso y merece la condenación. Como la fuerza del pecado lo
anonada, no le es dado p e n s a r en hacer el bien; y aun puede
afirmarse que fas buenas acciones no arrancan del corazón
humano la perversidad natural. De modo que si estuviese en-
tregado à sí propio, el h o m b r é se condenaría infaliblemente.
Su única probabilidad de salvación es suplicar á Cristo que le
haga la gracia de concederle la fè- Aquel que la obtiene queda
en el acto libre de pecado, regenerado y seguro de su salva-
ción. Esto es lo que se llamaba 1 « ser justificado por fe. »
Cal vino tomó como p u n t o d e parLida u n a i d e a análoga.
Ambos r e f o r m a d o r e s r e d u c e n , t o d a la religión a la fe. El
h o m b r e es justificado (en otros t é r m i n o s , salvado) no por
síes obras, sino por su fe. Todas l a s instituciones q u e . l a
Iglesia ha establecido son, p u e s , inútiles; Sólo u n a es pro-
vechosa : la palabra de Dios.
3 9 6 . C a r a c t e r e s d e l a r e f o r m a . — Los r e f o r m a d o r e s
n o - h a b l a b a n , como los filósofos, en n o m b r e de la razón y
del libre e x a m e n . Lejos de excitar á los fieles á e x a m i n a r
sus c r e e n c i a s p a r a p r e s c i n d i r de las que les p a r e c i e s e n in-
f u n d a d a s , los p o n í a n e n - g u a r d i a c o n t r a l a r a z ó n -
La palabra de Dios, dice Lutero, es una locura ante la vista
de la razón... Ésta no hace más que criticar las obras de aquélla,
ó blasfemar; no cpmprende nada de la palabra de Dios; hay
que matarta... » « E l cristiano debe cerrar los ojos, los oídos,
los sentidos y no preguntar nada más. >/ — Lo que los reforma-
dores reprochaban á la Iglesia de su tiempo, no era que creyese
demasiado, sino que no creía bastante.
3 9 7 . La r e f o r m a no e r a t a m p o c o u n a revolución polí-
tica, d e s t i n a d a á l i b r a r á los p u e b l o s del p o d e r a b s o l u t o .
Cuando los campesinos de Alemania se alzaron en nombre de
la Escritura, Lutero los censuró con violencia. « Sea cual fuere
su derecho, decía, son culpables por la simple razón de recla-
marlo; si quieren ser cristianos, debían sufrir y callarse. El
cristiano, se deja, robar, despellejar, matar, pues es un mártir
sobre la tierra. La doctrina de la resistencia es pagana; los
griegos y los romanos la. practicaron; pero .el Evangelio no tiene
nada de común con el derecho natural. »
Los reformadores no querían, ni dejar en libertadla razón ni
modificar el Estado. Hasta pretendían no cambiar nada en las
creencias cristianas, limitándose sólo á restablecerlas .en su
pureza primitiva. Si rechazaban la tradición enseñada por la
Iglesia, no era que la creyesen poco razonable, sino que la
tenían por contraria á la palabra de Dios. Su. objetivo era re-
troceder quince siglos, hasta la época de los apóstoles; pro-
poníanse efectuar u n a r e s t a u r a c i ó n .
3 9 8 . Mas, ésta n o podía efectuarse sin un trastorno general,
puesto que, de admitir que cuanto había sentado la Iglesia du-
rante ese período carecía de base, era preciso deducir la necesi-
dad de cambiarlo. En efecto, los reformadores rechazaron todas
las doctríijas y costumbres que n o encontraban en el Evange-
lio : el purgatorio- y la doctrina de los méritos de lós santos y
de las indulgencias; la autoridad del papa y de los-obispos; el
celibato délos sacerdotes; los conventos, la misa,, las imágenes
y adornos de las iglesias; las procesiones, el culto de los santos
y de la Virgen; las reliquias, las peregrinaciones y la mayor
parte de los sacramentos. Esto equivalía á destruir la religión
antigua fundada en la tradición, colocando en lugar suyo, sin
notarlo, otra nueva religión, fundada en una interpretación de
la Escritura. Del antiguo catolicismo sólo se conservaban las
creencias; pero casi no dejaban subsistir nada de la organiza-
ción, del culto ni de las prácticas y costumbres.
3 9 9 . L a s i n n o v a c i o n e s d e l a R e f o r m a . — La Re-
f o r m a s u p r i m e el clero, el p a p a , los obispos, los sacerdotes
y los f r a i l e s ; los p a s t o r e s , e n c a r g a d o s d e e n s e ñ a r la p a l a -
b r a d e Dios, n o se a s e m e j a n en n a d a á los c l é r i g o s ; cá-
s a n s e , v i v e n en m e d i o de los laicos, y d e j a n de f o r m a r una
casta á parte.
La n u e v a d o c t r i n a s u p r i m e d e h e c h o la m i s a , l a liturgia
en l a t í n y l a s p r o c e s i o n e s . Ya n o hay m á s culto q u e l a .
a s a m b l e a d e los fieles, q u e se r e ú n e n c a d a d o m i n g o p a r a
oir l e e r la Escritura," e s c u c h a r el s e r m ó n y las oraciones
del p a s t o r y e n t o n a r cánticos. Todo esto se e f e c t ú a en la
l e n g u a d e l o s fieles. E n c u a n t o á la c o m i f h i ó n , los seglares
la r e c i b e n m u y p o c a s veces, t o m á n d o l a e n t o n c e s b a j o la
f o r m a del p a n y del cáliz, que en el catolicismo e s t á reser-
vada á los s a c e r d o t e s .
T a m b i é n d e s a p a r e c í a n las p r á t i c a s , las p e r e g r i n a c i o n e s ,
el r o s a r i o , l o s a y u n o s , l a s m i s a s en s u f r a g i o d e los m u e r -
t o s ; sólo q u e d a n c o m o ejercicios piadosos la lectura de la
Biblia y la o r a c i ó n .
T a m p o c o a d m i t e la R e f o r m a q u e los clérigos s e a n s u p e -
r i o r e s á l o s seglares. P a r a p o n e r al a l c a n c e d e éstos la Es-
c r i t u r a , l o s r e f o r m a d o r e s l a t r a d u c e n á las l e n g u a s vul-
g a r e s . L u t e r o dió e j e m p l o : su t r a d u c c i ó n es u n o de los
m o n u m e n t o s d e la l e n g u a a l e m a n a .
4 0 0 . L a s s e c t a s p r o t e s t a n t e s . — Al alzarse contra
el p a p a l o s r e f o r m a d o s a l e m a n e s , no se p r o p u s i e r o n por
de p r o n t o r o m p e r con la I g l e s i a ; su deseo e r a q u e se reu-
n i e s e u n c o n c i l i o p a r a p o n e r t é r m i n o á los a b u s o s y re-
solver l a s c u e s t i o n e s d e d o g m a . P e r o , m i e n t r a s llegaba el
concilio, c a d a p r í n c i p e a r r e g l a b a c o m o l e p a r e c í a las cues-
t i o n e s r e l i g i o s a s en s u s E s t a d o s y a l g u n o s 'efectuaron la
reforma á su manera.
Los dos p a r t i d o s t r a t a r o n de reconciliarse, sobre todo en
A l e m a n i a ; p e r o n o p u d i e r o n p o n e r s e d e a c u e r d o en lo to-
c a n t e a l c a s a m i e n t o de los sacerdotes, y l o s c r i s t i a n o s tuvie-
r o n q u e s e p a r a r s e en d o s religiones p a r a s i e m p r e e n e m i -
gas. Los q u e p e r m a n e c i e r o n fieles á la tradición de la
Iglesia, c o n s e r v a r o n el n o m b r e d e c a t ó l i c o s (universales);
los que r o m p í a n con a q u é l l a , a d o p t a r o n los d e r e f o r m a d o s
y de protestantes.
4 0 1 . Todos los p r o t e s t a n t e s e s t á n de acuerdo en a l g u n o s
p u n t o s ; c o n v i e n e n en n o a d m i t i r l a n e c e s i d a d de u n m e -
d i a d o r e n t r e el fiel y Dios, y en d e c l a r a r q u e las b u e n a s
o b r a s son i n s u f i c i e n t e s p a r a la salvación.
Todos se h a l l a n c o n f o r m e s en n o q u e r e r ni de la a u t o r i -
d a d del p a p a , ni d e los conventos, ni del celibato obligato-
rio, ni d e la m i s a ó del signo de la cruz. Ir á m i s a , o b e d e -
cer al r o m a n o pontífice y p e r s i g n a r s e son signos e x t e r i o r e s
en q u e se r e c o n o c e a l católico. P e r o , si bien e s t á n los
r e f o r m a d o s c o n t e s t e s en lo que r e c h a z a n , n o o c u r r e así en
lo q u e a d m i t e n .
En efecto, los p r o t e s t a n t e s n o h a n a d o p t a d o ni las m i s -
m a s creencias, ni a n á l o g a organización. El p r o t e s t a n t i s m o
no h a sido, como el catolicismo, la religión u n a , seme-
j a n t e á si m i s m a e n t o d a s p a r t e s ; al contrario, se dividió
en varias s e c t a s , que p ó r espacio d e m u c h o t i e m p o se h a n
hecho e n c a r n i z a d a g u e r r a . El l u t e r a n i s m o h a sido la
f o r m a d e p r o t e s t a n t i s m o a d o p t a d a p o r los p r í n c i p e s de Ale-
m a n i a y los reyes d e S u e c i a y D i n a m a r c a . Esta es la r e f o r m a
tal como la c o m p r e n d i ó Lutero.
4 0 2 . E l a n g l i c a n i s m o es la f o r m a d e p r o t e s t a n t i s m o
a d o p t a d a p o r el gobierno inglés.
4 0 3 . E l c a l v i n i s m o , q u e Calvino f u n d ó en CSinebra,
h a sido a c e p t a d o p o r Holanda, Escocia, los p r o t e s t a n t e s
f r a n c e s e s , y m á s t a r d e p o r p a r t e d e los ingleses l l a m a d o s
p r e s b i t e r i a n o s y p o r a l g u n o s p r í n c i p e s d e Alemania.
Muchos p r o t e s t a n t e s ingleses del siglo XVII r e c h a z a r o n ,
no sólo la organización episcopal, sino h a s t a el r é g i m e n
p r e s b i t e r i a n o , y c o n s t i t u y e r o n n u e v a s s e c t a s ; las dos prin-
cipales f u e r o n los i n d e p e n d i e n t e s y los c u á q u e r o s .
LA CONTRARREFORMA.
4 0 4 . L a r e f o r m a c a t ó l i c a . — Los c r i s t i a n o s católicos
SEIGNOBOS. — Compendio. . 10
q u e s e hablan negado á a l z a r s e c o n t r a el P a p a y á a b a n d o -
n a r la t r a d i c i ó n eclesiástica d e s e a b a n , sin e m b a r g o , q u e en
la Iglesia sé r e s t a b l e c i e r a el o r d e n . Esta r e f o r m a n o podía
ser llevada á cabo m á s q u e p o r u n a a u t o r i d a d s u p e r i o r , el
P a p a ó u n concilio g e n e r a l .
La m a n e r a m á s s e g u r a d e debilitar á los p r o t e s t a n t e s
era a c a b a r con l o s a b u s o s que habían p r o v o c a d o el des- '
apego d e tantos fieles y el t r i u n f o d e l a R e f o r m a .
Los obispos e m p e z a r o n á vigilar á los sacerdotes y reli-
giosos, p a r a i m p e d i r los e s c á n d a l o s . Y como se h a b í a r e p r o -
c h a d o á los obispos su l u j o y su vida m u n d a n a , el papa dio
e j e m p l o y quiso vivir c o m o u n e r m i t a ñ o .
E l siglo XVI, q u e f u é el d e la R e f o r m a , lo f u é t a m b i é n d e
l o s s a n t o s : San C a y e t a n o , San Carlos B o r r o m e o , San
Francisco Javier, San J u a n d e Dios, San Ignacio, Santa Te-
r e s a ; San Luis Gonzaga, S a n F e l i p e Neri.
4 0 5 . L o s j e s u í t a s ^ — Este r e n a c i m i e n t o de la p i e d a d ,
p r o d u j o u n a n u e v a o r d e n religiosa, la S o c i e d a d d e d e s ú s ,
f u n d a d a p o r S a n I g n a c i o d e l a y ó l a - , con objeto de c o m -
b a t i r la h e r e j í a de los p r o t e s t a n t e s .
Es preciso, dice el f u n d a d o r , que nos representemos el mundo
como dôs ejércitos que batallan, el de Dios y el de Satán. Los
protestantes están con el último ; la sociedad de Jesús combate
en el ejército de Dios, por la mayor gloria de éste*. «
La g r a n innovación, q u e c o n s t i t u y e la f u e r z a de los jesuí-
tas, son los ejercicios espirituales, m é t o d o r e g u l a r p a r a en-
s e ñ a r al soldado de Cristo la fe y la obediencia.
Durante varias semanas debe el novicio meditar por espacio
de cinco horas al día, sentado solo en su celda, sin ver á nadie
d e f u e r a ni hablar con los demás religiosos, sin leer ni escribir
nada que no tenga relación con lo que ha sido tema de sus
. pensamientos.
4 0 6 . E n e l r e g l a m e n t o d e lá Sociedad d é Jesús se dice
« q u e s e t r a t a , con a y u d a d e là gracia divina, n o sólo d e
t r a b a j a r p o r la salvación y p e r f e c c i o n a m i e n t o de los asocia-
dos, sino t a m b i é n de h a c e r l o con todas líts fuerzas por la
perfección y vida e t e r n a del prójimo. » De m o d o que los
1 Ad majorem I)ei glorian, es lu divisa de la Sociedad de Jesús. En cabeza
de todo libro escrito' por u n Jesuíta seípoiwn por eso estas iniciales, A. Sí. D. G-
jesuítas se mezclan con las gentes, lo m i s m o q u e los d o m i -
nicanos y los f r a n c i s c a n o s , y a u n m á s que éstos. No u s a n
t r a j e d e f r a i l e , sino el d e los s a c e r d o t e s s e c u l a r e s , y t r a -
b a j a n p o r todos los m e d i o s en f o r t a l e c e r la fe y d e b i l i t a r
la h e r e j í a .
Unos van á p r e d i c a r p a r a convertir á los h e r e j e s y s o s -
t e n e r á los cristianos vacilantes; otros se h a c e n c o n f e s o r e s
y directores d e conciencia d e los p r í n c i p e s , p a r a l o g r a r asi
que éstos t o m e n m e d i d a s favorables a l catolicismo; y l o s
hay t a m b i é n q u e m a r c h a n en calidad de m i s i o n e r o s á l o s
países todavía p a g a n o s , p a r a c o n q u i s t a r a l m a s á la fe.
4 0 7 . C o l e g i o s d e J e s u í t a s . — E n t r e los m e d i o s q u e
e m p l e a r o n los j e s u í t a s p a r a t o m a r la dirección de los s e -
glares, figuran como los m á s poderosos la e d u c a c i ó n y la
c o n f e s i ó n . E n las c i u d a d e s d o n d e p u d i e r o n establecerse,
f u n d a r o n c o l e g i o s e n q u e recibían á los n i ñ o s d e l o s n o b l e s
y de los' b u r g u e s e s ricos. Estos e s t a b l e c i m i e n t o s , l l a m a d o s
p o r los j e s u í t a s « fortalezas de la fe », debían t r a b a j a r en
la f o r m a c i ó n d e h o m b r e s d e m u n d o y d e católicos. Acos-
t u m b r a b a n á los discípulos á ejercicios devotos, sobre todo
« á l a s prácticas que la i m p i e d a d h a b í a t r a t a d o de d e s t r u i r »
(esto es, q u e los p r o t e s t a n t e s rechazaban), procesiones, pe-
regrinaciones, y culto de las reliquias. P e r o t a m b i é n les
e n s e ñ a b a n la cortesía y las b u e n a s m a n e r a s , desconocidas
en las escuelas d e la e d a d m e d i a , p r o c u r a n d o hacerlos c a -
paces, d e p r e s e n t a r s e y h a b l a r con elegancia.
4 0 8 . C o n c i l i o de T r e n t o . — El P a p a y el e m p e r a d o r
Carlos V r e u n i e r o n en Trento u n coneilio p a r a r e f o r m a r l o s
a b u s o s . Las deliberaciones, q u e e m p e z a r o n en 1543, f u e r o n
i n t e r r u m p i d a s dos veces p o r la g u e r r a y n o p u d i e r o n ter-
m i n a r h a s t a 1563. P e r o á las ú l t i m a s legislaturas asistieron
p r e l a d o s d e las c u a t r o g r a n d e s naciones católicas, F r a n c i a ,
Italia, España y Alemania.
•El c o n c i l i o d e T r e n t o trató, n o de a t r a e r s e de n u e v o á
los p r o t e s t a n t e s , sino d e c o m b a t i r l o s ; m a n t u v o , pues,
c u a n t o éstos habían r e c h a z a d o , la m i s a , la justificación
p o r las obras, el culto d e los santos y d e la Virgen, el a y u n o ,
la p e n i t e n c i a , las i n d u l g e n c i a s ; y c o n d e n ó todas s u s d o c -
trinas.
P a r a r e s u m i r la fe católica y o p o n e r l a á la h e r e j í a pro-
t e s t a n t e , el concilio o r d e n ó que se r e d a c t a r a u n c a t e c i s m o
p o r p r e g u n t a s y r e s p u e s t a s , q u e d e b í a ser e n s e ñ a d o á los
líeles. A n t e s d e s e p a r a r s e , el concilio pidió al p a p a que
ratificara s u s d e c i s i o n e s ; esto e r a reconocer al p a p a como
s u p e r i o r a l concilio.
4 0 9 . L a p r o p a g a n d a . — Habiendo r e f o r m a d o la Iglesia
católica s u s c o s t u m b r e s y fortalecido su organización, em-
pezó á t r a b a j a r d e s d e fines del siglo XVI en a u m e n t a r el
n ú m e r o d e sus a d e p t o s . La socieded de Jesús dirigió este
m o v i m i e n t o y la m a y o r p a r t e d e los m i s i o n e r o s f u e r o n
jesuítas.
En A m é r i c a , los misioneros, protegidos p o r el g o b i e r n o
español, c o n v i r t i e r o n á casi todos los salvajes.
En los países p r o t e s t a n t e s , d o n d e se t r a t a b a d e volver á
la fe católica los h e r e j e s , se organizaron t a m b i é n m i s i o -
n e s : los religiosos r e c o r r í a n los p u e b l o s r e f o r m a d o s , p r e -
d i c a n d o y d a n d o c o n f e r e n c i a s p a r a p e r s u a d i r a l pueblo d e
su e r r o r .
LUCHAS RELIGIOSAS.
4 1 0 . L a i n t o l e r a n c i a . — En la e d a d m e d i a , todos los
cristianos d e Occidente e s t a b a n u n i d o s en u n a m i s m a fe y
f o r m a b a n u n a sola Iglesia, la Iglesia Universal (católica), que
se c o m p a r a b a con « la t ú n i c a sin c o s t u r a » d e Cristo. La
R e f o r m a d e s g a r r ó e s t a vestidura, dividiendo á l o s cristianos
en d o s b a n d o s e n e m i g o s . , católicos y protestantes. Cada uno
d e estos p a r t i d o s se j a c t a b a d e e s t a r en posesión d e la ver-
d a d e r a r e l i g i ó n y p r e t e n d í a s o s t e n e r la c a u s a de Dios
c o n t r a el p a r t i d o del diablo. Los católicos c o n s i d e r a b a n á
los p r o t e s t a n t e s como sacrilegos q u e rechazaban l a s c e r e -
m o n i a s d e la Iglesia, y los p r o t e s t a n t e s l l a m a b a n á los cató-
licos idólatras, p o r q u e v e n e r a b a n las i m á g e n e s y las r e l i -
quias. N i n g u n o d e estos p a r t i d o s q u e r í a t o l e r a r al otro.
Como la Iglesia y el Estado habían o p e r a d o s i e m p r e d e
a c u e r d o , e r a c o s t u m b r e c o n s i d e r a r los a s u n t o s religiosos
c o m o e s t r e c h a m e n t e u n i d o s con los políticos. No se con-
cebía q u e u n a sociedad p u d i e r a e s t a r f o r m a d a p o r h o m b r e s
q u e t u v i e s e n d i s t i n t a s c r e e n c i a s , ni q u e un gobierno p u -
d i e r a d e s i n t e r e s a r s e d e las c u e s t i o n e s de religión. Ni el
clero, ni l o s r e f o r m a d o r e s , ni los príncipes c r e í a n t e n e r ni
í i q u i e r a el d e r e c h o d e p e r m i t i r q u e se p r a c t i c a r a u n a reli-
gión f a l s a . E n este p u n t o , católicos y p r o t e s t a n t e s e s t a b a n
de acuerdo. *
Preferiría perder mis Estados, y cien vidas si las tuviera, decía
Felipe II, rey de España, autes que consentir en ser señor
de herejes. Más vale tener un reino arruinado, conservándolo
para Dios, que uno intacto en provecho del demonio, y de los
herejes sus sectarios. Así como no hay más que un sol y un
solo rey, así tampoco debe haber más que una sola religión. »
Lutero recomendaba á los príncipes que castigaran á los sec-
tarios, « pues las sectas son una inspiración del diablo. »
Teodoro de Beze llamaba á la libertad de conciencia « dogma
diabólico », y al saber Calvino que se había escapado un teólogo
que no pensaba como él, exclamaba : « Sabiendo qué casta de
hombre es, hubiera querido verlo podrido en alguna hoya. Y
para cumplir mi deber, no habría sido yo quien se opusiera á
que lo pasaran por el fuego. »
4 1 1 . L a s p e r s e c u c i o n e s . — En t o d a E u r o p a p r o c u r ó
cada partido e x t e r m i n a r al otro por l a f u e r z a . Entonces
e m p e z a r o n l a s p e r s e c u c i o n e s , d o n d e u n a de los religio-
n e s d o m i n a b a y d o n d e la o t r a n o tenía m á s q u e p a r t i d a r i o s
a i s l a d o s ; l a s g u e r r a s c i v i l e s , en los p u n t o s en q u e a m -
bos p a r t i d o s e r a n b a s t a n t e n u m e r o s o s p a r a r e c u r r i r á las
a r m a s ; y p o r fin, las l u c h a s e n t r e n a c i o n e s católicas y
naciones protestantes.
Los tribunales ordinarios estaban encargados de juzgar á los
herejes; procedieron contra éstos según acostumbraban hacerlo
con los ladrones y asesinos; prendíanlos, torturábanlos y con-
denábanlos á m u e r t e . El suplicio consistía, según costumbre,
en quemarlos
en una hoguera; á veces les cortaban la mano ó
la leugua antes de ejecutarlos.
La persecución no tuvo por objetivo sólo las personas-, sino
también los e s c r i t o s . Nombráronse comisiones encargadas de
examinar toda obra nueva antes de dejarla ver la luz. El editor
que imprimía un libro sin haberlo hecho examinar, debía ser
condenado á la confiscación, á galeras, y aun á muerte. Un
edicto dictado en Bélgica (1531) mandaba que los que propa-
gasen los libros de lutero, serían « marcados con un hierro
hecho ascua en forma de cruz con tanta fuerza que no se borrara
nunca, y que les sacaran un ojo y les cortaran una mano. »
Lus príncipes protestantes y los concejos de las ciudades libres
prohibieron la c e l e b r a c i ó n d e l a m i s a en sus Estados y ex-
pulsaron á los sacerdotes y á los religiosos. Los métodos de
ejecución variaban; los tribunales católicos hacían q u e m a r á los
herejes;*los protestantes mandaban decapitará los católicos.
Asi como la Iglesia perseguía los libros heréticos, los protes-
tantes hacían la guerra á las i m á g e n e s católicas. No sólo las
retiraban de las iglesias consagradas al culto protestante, sino
que además penetraban por fuerza en los templos adversos,
destrozando allí las cruces,, los vasos sagrados, les cuadros y
las estatuas de los santos y de la Virgen.
Á más de perseguir á los católicos, los protestantes se encar-
nizaban contra sus correligionarios de las demás sectas.
4 1 2 . R e l i g i o n e s de E s t a d o . — La g u e r r a acalló en
los d i s t i n t o s países c u a n d o el p a r t i d o m á s f u e r t e h u b o
a n i q u i l a d o á sus a d v e r s a r i o s , ó c u á n d o se resolvió á t r a -
t a r con ellos. E n t o n c e s se fijaron d e f i n i t i v a m e n t e l a s r e l i -
giones q u e dividían á E u r o p a en los países q u e o c u p a n to-
davía. I n g l a t e r r a , E s c o c i a , los r e i n o s e s c a n d i n a v o s ,
A l e m a n i a del Norte, Suiza y Holanda, esto es, l o s p a í s e s
d e l n o r t e , q u e d a r o n e n p o d e r del p r o t e s t a n t i s m o . El c a -
t o l i c i s m o , a l cual l o s p a í s e s d e l m e d i o d í a ( E s p a ñ a é
Italia' h a b í a n p e r m a n e c i d o s i e m p r e fieles, r e c o n q u i s t ó l o s
d e l c e n t r o F r a n c i a , Baviera, A u s t r i a . B o h e m i a , H u n g r í a
y Polonia); ésta s e g u í a s i e n d o pues, la r e l i g i ó n d e l a
m a y o r í a de los c r i s t i a n o s , y todavía lo es.
No sólo los h a b i t a n t e s e r a n p r o t e s t a n t e s e n l o s países
p r o t e s t a n t e s y católicos en l o s católicos, sino q u e h a s t a el
E s t a d o tenía su c u l t o , s i e n d o y a p r o t e s t a n t e , c o m o e n In-
g l a t e r r a , ya católico c o m o en Austria. Como el p o d e r p ú b l i c o
e r a s o b e r a n o , se c o n s i d e r a b a q u e tenía d e r e c h o p a r a d e -
t e r m i n a r la religión de s u s s u b d i t o s ; p o r esto se t e n í a en
la m a y o r p a r t e de E u r o p a p o r p r i n c i p i o q u e n i n g ú n h a b i -
t a n t e tenía d e r e c h o á p r a c t i c a r m á s c u l t o q u e el del Es-
tado.
XII. LA MONARQUÍA ABSOLUTA EN EUROPA,
E O S CiOBIEB.XOS ABSOLLTOS.
413. Cambios de costumbres - de los soberanos. —
Desde la 16 a c e n t u r i a se c o n d u c í a n c o m o s o b e r a n o s a b s o -
lutos los r e y e s y p r i n c i p e s d e E u r o p a .
P r o c e d í a n c o m o a m o s , a u n r e s p e c t o d e los nobles, y sin
e m b a r g o , seguían viviendo c o m o los d e m á s g r a n d e s se-
ñores.
En el siglo xvi, el rey de Francia carece de palacio, y tiene
únicamente moradas campestres, Fontainebleau, Amboise, Blois,
el Louvre, y va de unos á otros seguido por una escolta. Vive
familiarmente eu medio de sus amigos y de su familia; Enri-
que IV jugaba con sus hijos; un embajador lo encontró un día
andando á gatas con uno de ellos caballero encima. En las cortes
de ios príncipes alemanescas costumbres son más sencillas toda-
vía ; las princesas cuidan personalmente de su despensa y su
ropa blanca, y llevan por su mano la cuenta de sus gastos.
En el siglo, x v n se m o d i f i c a n e n t e r a m e n t e l a s c o s t u m -
bres d e los p r i n c i p e s . F í j a n s e en u n p u n t o y se h a c e n edi-
ficar allí u n p a l a c i o , d e j a n d e ir á la g u e r r a y a d o p t a n u n
c e r e m o n i a l q u e m a n t i e n e s u s súbditos á d i s t a n c i a .
4 1 4 . L a c o r t e e s p a ñ o l a . — El r e y d e E s p a ñ a , q u e e r a
el m á s p o d e r o s o d e los s o b e r a n o s d e su t i e m p o , f u é q u i e n
puso de m o d a la vida c e r e m o n i o s a .
El y su e s p o s a son p e r s o n a j e s s a g r a d o s . En s u . p r e s e n c i a
n o p u e d e h a c e r s e n a d a sin a t e n e r s e á c i e r t a s f o r m a l i d a d e s
solemnes.
Cuando la reina está en la mesa, tres damas permanecen en
pie junto á ella, con la servilleta sobre- el hombro. Si quiere be-
ber, hace una señal á la primera, que repite lo mismo con la
segunda, ésta hace seña á la tercera, que la hace á un mayor-
domo, el cual la hace á un paje, y éste á un criado que se en-
cuentra en el comedor; el doméstico dice en voz b a j a : <• Está
fuera »; Idego salen todos y van á dar con el copero. El p a j e
vuelve, llevando en la mano derecha una copa llena y en la iz-
quierda un platillo de o r o ; el criado lo acompaña hasta la pre-
sencia del mayordomo; después se le une la dama, y juntos los
ejecución variaban; los tribunales católicos hacían q u e m a r á los
herejes ;*los protestantes mandaban decapitará los católicos.
Asi corno la Iglesia perseguía los libros heréticos, los protes-
tantes hacían la guerra á las i m á g e n e s católicas. No sólo las
retiraban de las iglesias consagradas al culto protestante, sino
que además penetraban por fuerza en los templos adversos,
destrozando allí las cruces,, los vasos sagrados, los cuadros y
las estatuas de los santos y de la Virgen.
Á más de perseguir á los católicos, los protestantes se encar-
nizaban contra sus correligionarios de las demás sectas.
4 1 2 . R e l i g i o n e s de E s t a d o . — La g u e r r a acalló en
los d i s t i n t o s países c u a n d o el p a r t i d o m á s f u e r t e h u b o
a n i q u i l a d o á sus a d v e r s a r i o s , ó c u a n d o se resolvió á t r a -
t a r con ellos. E n t o n c e s se fijaron d e f i n i t i v a m e n t e l a s r e l i -
giones q u e dividían á E u r o p a en los países q u e o c u p a n to-
davía. I n g l a t e r r a , E s c o c i a , los r e i n o s e s c a n d i n a v o s ,
A l e m a n i a del Norte, Suiza y Holanda, esto es, l o s p a í s e s
d e l n o r t e , q u e d a r o n e n p o d e r del p r o t e s t a n t i s m o . El c a -
t o l i c i s m o , a l cual l o s p a í s e s d e l m e d i o d í a ( E s p a ñ a é
Italia' h a b í a n p e r m a n e c i d o s i e m p r e líeles, r e c o n q u i s t ó l o s
d e l c e n t r o F r a n c i a , Baviera, A u s t r i a . B o h e m i a , H u n g r í a
y Polonia); ésta s e g u í a s i e n d o pues, la r e l i g i ó n d e l a
m a y o r í a de los c r i s t i a n o s , y todavía lo es.
No sólo los h a b i t a n t e s e r a n p r o t e s t a n t e s e n l o s países
p r o t e s t a n t e s y católicos eü l o s católicos, sino q u e h a s t a el
E s t a d o tenia su c u l t o , s i e n d o y a p r o t e s t a n t e , c o m o e n In-
g l a t e r r a , ya católico c o m o en A u s t r i a . Como el p o d e r p ú b l i c o
e r a s o b e r a n o , se c o n s i d e r a b a q u e t e n í a d e r e c h o p a r a d e -
t e r m i n a r la religión de s u s s u b d i t o s ; p o r esto s e t e n í a en
la m a y o r p a r t e de E u r o p a p o r p r i n c i p i o q u e n i n g ú n h a b i -
t a n t e tenía d e r e c h o á p r a c t i c a r m á s c u l t o q u e el del Es-
tado.
XII. LA MONARQUÍA ABSOLUTA EN EUROPA,
EOS GOBIERNOS ABSOLLTOS.
413. Cambios de costumbres de los soberanos. —
Desde la 16 a c e n t u r i a se c o n d u c í a n c o m o s o b e r a n o s a b s o -
lutos los r e y e s y p r i n c i p e s d e E u r o p a .
P r o c e d í a n c o m o a m o s , a u n r e s p e c t o d e los nobles, y sin
e m b a r g o , seguían viviendo c o m o los d e m á s g r a n d e s se-
ñores.
En el siglo xvi, el rey de Francia carece de palacio, y tiene
únicamente moradas campestres, Fontainebleau, Amboise, Blois,
el Louvre, y va de unos á otros seguido por una escolta. Vive
familiarmente en medio de sus amigos y de su familia; Enri-
que IV jugaba con sus hijos; un embajador lo encontró un día
andando á gatas con uno de ellos caballero encima. En las cortes
de los príncipes alemanescas costumbres son más sencillas toda-
vía ; las princesas cuidan personalmente de su despensa y su
ropa blanca, y llevan por su mano la cuenta de sus gastos.
En el siglo, x v n se m o d i f i c a n e n t e r a m e n t e l a s c o s t u m -
bres d e los p r i n c i p e s . F í j a n s e en u n p u n t o y se h a c e n edi-
ficar allí u n p a l a c i o , d e j a n d e ir á la g u e r r a y a d o p t a n u n
c e r e m o n i a l q u e m a n t i e n e s u s súbditos á d i s t a n c i a .
4 1 4 . L a c o r t e e s p a ñ o l a . — El r e y d e E s p a ñ a , q u e e r a
el m á s p o d e r o s o d e los s o b e r a n o s d e su t i e m p o , f u é q u i e n
puso de m o d a la vida c e r e m o n i o s a .
El y su e s p o s a son p e r s o n a j e s s a g r a d o s . En s u . p r e s e n c i a
n o p u e d e h a c e r s e n a d a sin a t e n e r s e á c i e r t a s f o r m a l i d a d e s
solemnes.
Cuando la reina está en la mesa, tres damas permanecen en
pie junto á ella, con la servilleta sobre- el hombro. Si quiere be-
ber, hace una señal á la primera, que repite lo mismo con la
segunda, ésta hace seña á la tercera, que la hace á un mayor-
domo, el cual la hace á un paje, y éste á un criado que se en-
cuentra en el comedor; el doméstico dice en voz b a j a : <• Está
fuera »; lüego salen todos y van á dar con el copero. El p a j e
vuelve, llevando en la mano derecha una copa llena y en la iz-
quierda un platillo de o r o ; el criado lo acompaña hasta la pre-
sencia del mayordomo; después se le une la dama, y juntos los
dos, paje y dama, se presentan ante la reina; allí se arrodillan
ambos, y la dama prueba la bebida vertiendo unas gotas en el
platillo y echándoselas en la boca, de modo que sus labios no
rocen siquiera el objeto mencionado. Bebe la reina, levántanse
paje y dama, entrega ésta á su compañero la copa y el platillo,
y el paje los devuelve al copero.
4 1 5 . Los actos m á s i n s i g n i f i c a n t e s de la v i d a se efec-
t ú a n con u n c e r e m o n i a l invariable : esto es lo q u e se ha
El rey de España Carlos XII y la reina.
l l a m a d o la e t i q u e t a . É s t a h a c e ley p a r a la c o r t e , lo mis-
m o p a r a el r e y q u e p a r a los d e m á s , y el s o b e r a n o n o piensa
ni por un m o m e n t o en s u s t r a e r s e á ella, a u n c u a n d o le
m o l e s t e en extremo.
Felipe III tenía junto á su persona un brasero 1 demasiado en-
cendido que le quemaba el rostro; el señor encargado de cuidar
del fuego no se hallaba presente y el rey, antes que faltar á la
etiqueta, se escaldó el rostro y cogió una enfermedad que lo
llevó al sepulcro. E - t á prohibido tocar á la reina bajo pena de
muerte. Habiéndose caído la soberana del caballo un día, de-
jando un pie engauchado en el estribo, fué arrastrada largo rato
(1) Eu España n j se u s a b a n las chimeneas y p a r a calentarse las gentes em-
pleaban brasero.
por el suelo sin que nadie se atreviera á socorrerla; dos señores
desafiaron el peligro, salvarou á la reina y en seguida huyeron y
se ocultaron, hasta que el príncipe los indultó.
Á fuerza de veneración se hace del rey un ídolo; pero al mis-
mo tiempo un maniquí. Con arreglo á l a etiqueta, la reina debe
acostarse á las diez. Al oirse el loque de esta hora, sus damas
empiezan á arreglarle el peinado, á descalzarla, y si está cenando
lo hacen por debajo de la mesa, después de lo cual la acuestan
sin siquiera consultarla.
4 1 6 . T e o r í a d e l d e r e c h o d i v i n o . — Hasta él siglo x v n .
la a u t o r i d a d n o h a b í a tenido m á s b a s e que la c o s t u m b r e y
la religión.Decíase que l o s h a b i t a n t e s del reino d e b e n r e s
p e t a r al r e y y o b e d e c e r l e , porque su poder procede de Dios;
éste era el s i g n i f i c a d o . d e la f ó r m u l a por la gracia de Dios
q u e todos los p r í n c i p e s c r i s t i a n o s a g r e g a b a n á su título. La
t e o r í a del d e r e c h o d i v i n o d e los reyes acabó d e c o m p l e -
tarse en t i e m p o s d e Luis XIV.
Esta doctrina está consignada en la Política sacada de ta Santa
Escritura, que Bossueí, perceptor del Delfín de Francia, escri-
bió para dar á conocer al futuro rey sus derechos y sus deberes.
« Dios, dice Bossuet, es el verdadero rey; los reyes son sus mi-
nistros, que gobiernan en su nombre á los pueblos. » La auto-
toridad real emana de Dios; por ésto « es sagrada la persona
del rey ».
Siempre se debe respetar á los príncipes, servirles siempre,
sean quienes fueren, buenos ó malos ; pues « hay uua santidad
inherente al carácter real y el príncipe no pierde por sus crí-
menes la cualidad de soberano señor. »
4 1 7 . En principio, este régimen es muy distinto de la tiranía,
<i el gobierno absoluto no es un gobierno arbitrario », pues el
rey tiene que proceder con arreglo á las leyes establecidas. Pero
sí le place no obedecer más que á su capricho, « no hay poten-
cia ninguna capaz de obligarlo ¿ lo contrario »; los príncipes
« son dioses », y participan de la independencia divina. De ah
resulta que el rey tiene deberes; pero que sus subditos no po-
seen ningún derecho y, por tanto, ningún medio para llamarlo al
cumplimiento de su deber. « Los subditos deben al príncipe en-
tera obediencia, y á sus violencias sólo pueden oponer respetuosas
qtiejas, sin alboroto ni ruido, y oraciones en favor de su conver-
sión. » De manera que el rey no debe ser un tirano; pero que
puede serlo con toda seguridad. « Contra el príncipe no existe
fuerza coactiva.
Luis XIV expuso una teoría- análoga en las instrucciones que
dejó á su nieto. « Debéis estar persuadido de que los reyes son
señores absolutos y tienen naturalmente la disposición plena y
completa de todos los bienes poseídos por los eclesiásticos ó los
seglares. Cuanto se encuentra en la extensión de nuestros Es-
tados nos pertenece con el mismo título. » Este soberano no
admite que la nación tenga ningún derecho. « La sujeción que
pone al rey en la necesidad de aceptar la ley dictada por sus
súbdiios, es la última calamidad en que pueda caer un hombre
de nuestra categoría. »
Esta es la misma lección que el ayo del joven Luis XV daba
á su discípulo cuando le decía, contemplando la multitud agol-
pada al p"ie de los balcones de su palacio: « Señor, todo ese
pueblo os pertenece. »
4 1 8 . L a c o r t e d e V e r s a l i e s . — Luis XIV f u é el p r i m e r
rey de Francia que a d o p t ó u n a r e s i d e n c i a f i j a . Como n o l e
g u s t a b a París, p u e s le r e c o r d a b a l o s m o t i v o s de la F r o n d a ,
eligió, á u n a s c u a n t a s l e g u a s d e d i c h a c i u d a d , el sitio de
V e r s a l i e s , d o n d e n o h a b í a m á s que u n p a b e l l ó n de caza.
Todo aquello era e n t o n c e s u n a m e s e t a e s t é r i l , sin á r b o l e s
ni a g u a ; el rey edificó á costa de e n o r m e s sacrificios u n
p a l a c i o i n m e n s o , análogo á l o s i t a l i a n o s , p l a n t ó un
p a r q u e , y llevó allí a g u a . Desde e n t o n c e s , y h a s t a 1789,.
fué a q u e l l a la m o r a d a oficial del r e y de F r a n c i a . Á su
a l r e d e d o r se a l o j a b a el e j é r c i t o de s e r v i d o r e s q u e l l a m a -
b a n casa real, casa q u e estaba c o m p u e s t a de c r i a d o s orga-
nizados e n servicios distintos, á las ó r d e n e s d e grandes
oficiales.
4 1 9 . Bajo Luis XIV había tres dignatarios principales. El li-
mosnero mayor tiene á sus órdenes todos los limosneros, cape-
llanes y músicos. Del gran maestre de Francia dependen los'« siete
oficios », esto es, los directores del servicio, el gran .panadero,
el gran copero, el pequeño escudero cortador, y los distintos su-
ministros, la copa del rey, la panadería, la co.peria común, la
cocina común, la frutería y la despensa de la leña. El gran
chambelán manda sobre los gentiles hombres de cámara, sobre
los pajes, hujieres, ayudas, porta T mantos, porta-arcabuces, bar-
beros, tapiceros, relojeros, mozos, médicos, oficiales del vestuario,
del gabinete y del guarda mueble. También posee el rey un
cuarto militar, que es un verdadero ejército; guardias de corps.
'guardias de la manga y del hotel, cien suizos, gendarmes, jine-
tes de cabaUeria ligera" mosqueteros, regimiento de los guardias
francesas, regimiento de los guardias suizos. El escudero mayor
de Francia dirige un inmenso personal de cuadra, escuderos,
pajes, lacayos é intendentes; el montero mayor y el halconero
mayor gobiernan el personal consagrado álas cacerías, con jau-
rías de perros para cazar liebres, otras para corzos, dos banda-
das de halcones para el milano,- y otros para las liebres, cornejas,
patos silvestres, urracas y garzas.
El personal civil de la casa real se eleva en tiempos de Luis XVI
á 4 000 personas (de ellas 198 para el vestuario y -í86 para la
boca), y á 10000 la parte militar, habiendo además 2000 servi-
dores para los príncipes.
4 2 0 . Á e s t a m u l t i t u d q u e su e m p l e o fija j u n t o al rey, se
u n e n todos los s e ñ o r e s q u e h a b í a n ido á Versalies p a r a
vivir cerca d e su Majestad ó v e r l a a l g u n a vez.
Luis XIV q u i e r e q u e l o s n o b l e s de b u e n a f a m i l i a vivan
e n t o r n o s u y o ; c a d a m a ñ a n a p a s a b a u n a visita de i n s p e c -
c i ó n á ver si todos e s t a b a n p r e s e n t e s , y m i r a b a m u y m a l
á los que p e r m a n e c í a n e n s u s _ h a c i e n d a s . P o r lo d e m á s ,
ninguno, d e ellos se h a c e de r o g a r , p u e s d e j a r s e ver en el
palacio r e a l es u n a h o n r a á que n o p u e d e n a s p i r a r los bur-
gueses, p o r g r a n d e s q u e s e a n s u s r i q u e z a s .
Así es q u e el palacio e s t á s i e m p r e l l e n o d e gentiles h o m -
b r e s y de d a m a s que solicitan e l f a v o r de s e r p r e s e n t a d o s
al rey. Con o b j e t ó de e s t a r m á s c e r c a d e la corte, m u c h a s
f a m i l i a s m a n d a n c o n s t r u i r u n a casa j u n t o á la m o r a d a
r e a l ; en u n m o m e n t o se c o n v i e r t e Versalies e n u n a ciu-
d a d de 80000 a l m a s ; los g e n t i l e s h o m b r e s q u e h a b i t a n « la
c i u d a d » , esto es, P a r í s , a c u d e n c o n s t a n t e m e n t e ' á Ver-
salles, y el c a m i n o e x i s t e n t e e n t r e estas p o b l a c i o n e s e s t á
siempre lleno de carrozas.
4 2 1 . E l c e r e m o n i a l . — La c o r t e d e F r a n c i a n o es ya
u n a m u l t i t u d d e s o r d e n a d a . Luis XIV h a establecido allí la
e t i q u e t a , m e n o s s o l e m n e q u e en E s p a ñ a ; p e r o i g u a l m e n t e
inflexible. -Toda la vida del rey q u e d a r e g l a m e n t a d a ; cada
acto de su e x i s t e n c i a c u o t i d i a n a e s u n a - c e r e m o n i a .
El levantarse del rey está dividido en cinco actos.- Á la hora
dicha se acerca el primer ayuda de cámara al lecho del rey y
después va á abrir « la copa » y « laboca » para que se prepare
el almuerzo; « otro se coloca en la puerta,- y no deja pasar más
que á las personas-que disfrutan de este privilegio.» Los admi-
tidos á ver levantarse al rey Mitran p o r grupos. La primera en-
trada es « la familiar», compuesta por los principes de la sangre,
los médicos y los cirujanos; Después pasa-« la entrada m a y o r »
ipiese forma con el gran chambelán, el primer gentilhombre de
cámara, el gran maestre del vestuario, los barberos y relojeros:
a Como á todo esto sigue el rey todavía en cama, el primer
ayuda de cámara vierte espíritu de vino en las manos de Su
Majestad, debajo délas cuales mantiene u n a b a n d e j a d e bronce.»
Luego le presentan la pila de agua bendita, con la cual se persig-
na, á la vez que reza algunas oraciones. « Al dejar la cama, se
pone sus zapatillas. El gran chambelán le echa encima una bata
que sostiene el primer ayuda de cámara.» Entonces el soberano
se sienta en un sillón, y empieza « la entrada de los nombra-
mientos », esto es, « de los señores cuyo derecho para asistir á
esta ceremo-
nia radica en
el nombra«*
miento real,»
de los cuatro
secretarios,
de los lecto-
res, intenden-
tes y médicos
consultores.
Los oficiales
del vestuario
se acercan pa-
r a vestir al
r e y . Este es
el momento
de la « entra-
da de la cá-
Trajes de la corte de Luis XIV. m a r a ; » con
los hujieres -
pasan los ayudas, los porta-mantos, los porta-arcabuces; luego
las gentes de calidad, cardenales, obispos, embajadores, duques,
grandes oficiales; por fin, el hujier permite el paso á toda la
nobleza y á los restantes oficiales, por orden de importancia.—
Entretanto va el rey vistiéndose, y los dos pajes "levantan las
zapatillas. Su Majestad se quita su bata, el maestre del vestuario
le tira de la camisa de noche por la manga derecha, y el primer
lacayo por la izquierda. Otro* lacayo del vestuario trae la camisa
del rey. Presentar al soberano esta prenda es una distinción in-
signe, que se reserva al príncipe d e la sangre que esté presente,
y cuando no hay ninguno, al chambelán. « En el momento eu
que el rey tiene sobre los hombros su camisa blanca, á medio
poner, el lacayo de la guardarropía toma de las rodillas del
soberano la otra que se ha quitado. Durante este tiempo, dos
ayudas de cámara mantienen en alto, á manera de cortina, la
bata que ha dejado, para ocultarloá la vista de la concurrencia. »
Cuando se ha recogido la camisa, un ayuda de cámara la man-
tiene por la manga derecha, y un lacayo de la guardarropía pol-
la izquierda. El rey se levanta de su sillón, y el maestre del ves-
tuario le ayuda á subirse sus calzas. Varios lacayos llegan en
esto con la espada, la chupa y el cordón azul; el gran maestre
le sujeta la espada al costado y luego le pasa la c h u p a ; por fin,
uno de los lacayos de la guardarropía acude con el justillo.
4 2 2 . Luis XIV d i s p u s o t a m b i é n e n q u é clase debia p r e -
s e n t a r s e c a d a c u a l , q u i é n e s tenían que p a s a r p r i m e r o ó ser
colocados e n los sitios p r i n c i p a l e s : este era el o r d e n de las
preeminencias. D e t e r m i n ó q u i é n t e n í a d e r e c h o p a r a asistir
á l a s c o m i d a s , e s p e c t á c u l o s y fiestas, asi c o m o q u i é n e s
p o d í a n s e n t a r s e e n p r e s e n c i a del r e y . Ú n i c a m e n t e á las
d u q u e s a s l e s e r a esto l i c i t o ; h a c í a n l o en b a n q u e t a s ó ta-
b u r e t e s ; t o d o s l o s r e s t a n t e s p e r m a n e c í a n en p i e . El tabu-
rete e r a l a d i s t i n c i ó n m á s insigne q u e p o d í a u n a s e ñ o r a
alcanzar en la corte. Por último, dispuso que hubiera u n
t r a j e «le c e r e m o n i a .
El vestido sencillo y elegante de la época de Luis XIII. fué
sustituido p o r otro hecho con telas de seda y adornado con en-
caje en las mangas, la delantera y las rodillas; sigue conserván-
dose el sombrero de plumas; pero desde entonces se convierte
en parte indispensable del vestido la enorme peluca empolvada.
Las señoras encierran su talle en una especie de corsé duro y
tieso, el cuerpo.
Bajo Luis XV cambió la moda; la peluca fué reemplazada por
una trenza de cabellos en forma de cola, y el peinado de las
señoras fué un enorme andamiaje de cabellos empolvados, que
el peluquero tenía que construir de antemano. Aun recuerdan
en las pequeñas ciudades de Alemania la época en que, cuando
daba la corte un baile, tenían las señoras que peinarse por tur-
no; las p r i m e r a s que eran sometidas á esta operación tenían
que pasar u n a noche y un día sentadas en una silla esperando
la hora del baile, pues de haberse acostado habría quedado todo
perdido. — En tiempos de Luis XVI vuelve la costumbre de
usar tocados y peinados sencillos.
4 2 3 . La c o r t e es la q u e d a la m o d a ; P a r i s a d o p t a el
t r a j e q u e a q u é l l a i m a g i n a , y l a s p r o v i n c i a s se e s f u e r z a n en
i m i t a r l o . T a m b i é n se derivan de la m i s m a f u e n t e el tono
d e la c o n v e r s a c i ó n y las m a n e r a s . Los s e ñ o r e s , los fun-
c i o n a r i o s y l o s b u r g u e s e s ricos de l a s c i u d a d e s p o s e e n u n
SEIG.NOBOS. — Compendio. 11
salón d o n d e r e c i b e n á s u s amigos, e s f o r z a n d o s e en a d -
q u i r i r el t o n o ele l a c o r t e . La vida d e corte creó e n F r a n c i a
la villa ile s a l ó n .
4 2 4 . E l g o b i e r n o . — É l rey quería e j e r c e r p o r sí solo
to.da la a u t o r i d a d . Como n o le e r a posible e n c a r g a r s e p o r
si de los a s u n t o s de u n g r a n reino, t o m a b a m i n i s t r o s , q u e
le a y u d a r a n á g o b e r n a r . E s t o s f u n c i o n a r i o s o s t e n t a b a n di-
versos títulos, c a n c i l l e r , inspector g e n e r a l , s u p e r i n t e n -
d e n t e de los p a l a c i o s ; varios conservaron el a n t i g u o n o m -
bre d e secretario d e E s t a d o .
De este m o d o los a s u n t o s iban á p a r a r a l g a b i n e t e d e l
r e y , y los m i n i s t r o s r e s o l v í a n s o b e r a n a m e n t e , sin l i m i t e al-
g u n o . No o b s t a n t e , éstos eran casi s i e m p r e p e r s o n a j e s
o s c u r o s , h o m b r e s de l a nobleza i n f e r i o r y a u n b u r g u e s e s .
El r e y y los m i n i s t r o s n o podían e n t r a r en l o s d e t a l l e s
de los a s u n t o s d e c a d a provincia. R e s e r v á b a n s e , p u e s , el
gobierno, es decir, l a r e s o l u c i ó n d e los a s u n t o s g e n e r a l e s é
i m p o r t a n t e s ; p e r o d e j a b a n la a d m i n i s t r a c i ó n , esto es, la
resolución de los a s u n t o s locales y s e c u n d a r i o s á a g e n t e s
p o r ellos designados. Cada provincia recibía u n a g e n t e eri-
ca r gado de i n f o r m a r á l o s piinistros de c u a n t o o c u r r í a , d e
r e c i b i r s u s órdenes, y de ejecutarlas. L l a m á b a s e i n t e n -
d e n t e d e p o l i c í a , j u s t i c i a y h a c i e n d a , título que i n d i c a
la r e u n i ó n d e todas a q u e l l a s funciones. Los i n t e n d e n t e s
e r a n sacados de e n t r e l o s magistrados ponentes del c o n -
s e j o ; m a s en las p r o v i n c i a s e r a n tan s e ñ o r e s a b s o l u t o s
c o m o en sus d e p a r t a m e n t o s los m i n i s t r o s , p o r q u e r e p r e -
s e n t a b a n al r e y .
En el siglo XVII p o s e í a n estos f u n c i o n a r i o s autoridad
omnímoda.
El escocés Law, que había sido ministro, decía á Argensón :
« nunca hubiese creído lo que vi cuando fui inspector general de
hacienda. Sabed que el reino de Francia está gobernado p o r
30 intendentes. No tenéis Parlamento, ni Estados, ni goberna-
dores ; la dicha ó infortunio públicos dependen de los 30 magis-
trados ponentes que han ido de intendentes á lag provincias. »
4 2 5 . L o s i m p u e s t o s . — El gobierno h a b í a c o n s e r v a d o
los a n t i g u o s i m p u e s t o s , el territorial ó t a l l a , las a y u d a s y
g a b e l a s , á los cuales agregó Luis XIV la c a p i t a c i ó n y e l
v i g é s i m o . A l g u n a s provincias Langüedoc, P r o v e n z a y Bor-
goña) h a b í a n c o n s e r v a d o e l d e r e c h o d e votar s u s i m p u e s -
tos ; los E s t a d o s de la r e g i ó n se r e u n í a n cada año y d e t e r -
m i n a b a n el total de lo q u e se d e b í a r e c a u d a r ; esos se d e -
nominaban p a í s e s de E s t a d o s ; pero como la mayor parte
d e las p r o v i n c i a s f r a n c e s a s h a b í a n p e r d i d o s u s E s t a d o s ,
los l l a m a b a n p a í s e s de e l e c c i ó n , p o r q u e el p o d e r r e n t í s -
tico p e r t e n e c í a allí á los e l e c t o s , oficiales del rey.
El consejo real determinaba la suma que debían pagar esas
regiones, y el intendente y los empleados de hacienda la repar-
tían entre las ciudades y las parroquias. Después designaba la
administración en cada parroquia, sacándolas de entre los ha-
bitantes más ricos, los colectores encargados de cobrar la con-
tribución. Éstos hacían el reparto entre los habitantes y proce-
dían al cobro, empleando la fuerza si era necesario. Como el
clero, los nobles, los empleados y los burgueses ricos no paga-
ban la talla, "ésta pesaba p o r entero sobre los labradores. Ordi-
nariamente se necesitaba r e c u r r i r á medidas excepcionales para
cobrarla : enviaban á casa del moroso agentes que se alojaran
en su casa y comieran á su costa hasta que pagara, ó bien le
embargaban y le vendían los muebles. Los colectores eran per-
sonalmente responsables del impuesto, y si no lograban cobrarlo,
les confiscaban sus bienes y los reducían á prisión. « Este cargo,
escribía Turgot, causa la desesperación y aun la ruina de los
que son designados para ejercerlo : así se van reduciendo á la
miseria sucesivamente todas las familias acomodadas de una
población. »
Las a s i s t e n c i a s ó a y u d a s p e s a b a n sobre el vino, l o s
a g u a r d i e n t e s , los aceites, l a s b a r a j a s y el p a p e l t i m b r a d o .
El gobierno n o se e n c a r g a b a de c o b r a r l a s p o r sí m i s m o ,
sino q u e t r a t a b a con c o n t r a t i s t a s , á l o s c u a l e s v e n d í a p o r
u n a c a n t i d a d d a d a el d e r e c h o ele c o b r a r en p r o v e c h o
p r o p i o esta c o n t r i b u c i ó n .
LA niPLOUACIA.
4 2 6 . L o s e m b a j a d o r e s . — La r e p ú b l i c a de Yenec-ia
h a b í a e m p e z a d o desde el s i g l o x v á m a n t e n e r j u n t o á ' c a d a
p r í n c i p e i t a l i a n o y c a d a s o b e r a n o i m p o r t a n t e de E u r o p a ,
un a g e n t e e n c a r g a d o de e n t a b l a r r e l a c i o n e s e n t r e el go-
bierno de los d u x y a q u e l l o s p o t e n t a d o s . Estos e n v i a d o s
se l l a m a b a n e m b a j a d o r e s .

Las r e s t a n t e s potencias a d o p t a r o n t a m b i é n esta cos-
tumbre.
Así f u é q u e desde m e d i a d o s del siglo xvn tuvo cada go-
bierno j u n t o á los otros su e m b a j a d o r acreditado, es decir
establecido oficialmente p a r a r e p r e s e n t a r l o . P o r e j e m p l o ,
el rey d e F r a n c i a tenía u n o j u n t o al r e y d e E s p a ñ a , de
Suecia, del e m p e r a d o r , e t c . ; r e c í p r o c a m e n t e , el r e y de
E s p a ñ a t e n í a el suyo j u n t o a l s o b e r a n o d e F r a n c i a . En
a d e l a n t e , e l e m b a j a d o r p e r m a n e c e fijo y vive en el país á
d o n d e lo m a n d a n , m i e n t r a s las dos p o t e n c i a s e s t á n en paz;
sólo se r e t i r a p a r a d e j a r el p u e s t o libre á su s u c e s o r . Re-,
t i r a r u n e m b a j a d o r sin enviar otro q u e lo s u s t i t u y a , es in-
d i c a r q u e se q u i e r e r o m p e r las r e l a c i o n e s ; tal cosa equi-
vale, e n cierto m o d o , á u n a d e c l a r a c i ó n d e g u e r r a .
4 2 7 . L a s n e g o c i a c i o n e s d i p l o m á t i c a s . — Los diplo-
máticos l l e v a n instrucciones d e s u s g o b i e r n o s , q u e les indi-
can l a l í n e a de c o n d u c t a q u e d e b e n s e g u i r , y continúan
recibiendo órdenes por despacho. < Este s i s t e m a d e d i s p o n e r de las n a c i o n e s sin c o n s u l t a r á
En aquella época tenían las negociaciones diplomáticas mu-
chísimo alcance. Cada país era considerado como patrimonio de
una familia reinante y el gobierno se atenía á las reglas de la
propiedad privada. Al morir el soberano, los Estados eran trans-
mitidos á su heredero, y, en caso necesario, repartidos entre
distintas personas; cuando no tenía sucesor directo, el país co-
rrespondía á algún pariente lejano, casi siempre á algún prín-
cipe extranjero, pues los miembros de la familia reinante no
podían casarse sino con los de otra familia soberana, y, por
consiguiente, fuera de su país.
El soberano tenía también el derecho de c a m b i a r é ceder como
le parecía sus provincias. Los vasallos no eran consultados en
ningún caso; el país pertenecía al soberano y no á los habi-
tantes ; los reyes y no los pueblos eran los que negociaban;
hasta el siglo xix, los tratados fueron firmados siempre en nom-
bre de los príncipes; no pactaban, pongo por ejemplo, Francia
y Prusia, sino el rey de Francia y el rey de Prusia.
Este régimen ha recibido el nombre de política de familia,
porque reducía á asuntos puramente domésticos los negocios de
Estado.
4 2 8 . Todos los n e g o c i o s se t r a t a n en s e c r e t o e n t r e di-
p l o m á t i c o s , que los r e s u e l v e n sin t e n e r en c u e n t a l o s i n t e -
r e s e s d e los p u e b l o s , y a t e n d i e n d o sólo á l a s conveniencias
d e los s o b e r a n o s .
LA MONARQUÍA ABSOLUTA EN EUROPA. 18o
En aquel tiempo se regala sin escrúpulo una provincia á un
príncipe extranjero. Los diplomáticos habían repartido en el
tratado de 1698 las posesiones españolas de tal modo que en la
Península y América iba á reinar un bávaro, en Ñapóles un
francés y un austríaco en Milán. Queriendo anular ese tratado el
rey de España, hizo testamento y dió sus Estados al bávaro;
más tarde anuló esta disposición y ios dejó al francés : de ahí
surgió UDa guerra, y la herencia se repartió entre el francés y
el austríaco. — En 17-35 enviaron un polaco á gobernar la Lo-
rena, mientras iba un lorenés á reinar sobre los toscanos. —
En ocasiones ocurría que á cada nuevo tratado cambiaba de
soberano un país. Sicilia pasó en 1714 del rey de España al du-
que de Saboya, en 1720 al emperador, en 1735 á un Borbón. De
1731 á 1748, el Estado de Parma perteneció al rey de España,
al emperador y al fin á un príncipe español. Alberoni decía que
aquello no era la política sino el reinado del capricho de unas
cuantas personas, « que cortan y roen los Estados y los reinos,
como si fueran quesos de Holanda ».
sus h a b i t a n t e s y s i n t e n e r en c u e n t a su i n t e r é s , siguió
s i e n d o el de la d i p l o m a c i a d u r a n t e la Revolución y e l I m -
p e r i o ; aplicósele e n g r a n d e p o r ú l t i m a vez a l r e d a c t a r s e
l o s t r a t a d o s d e 1814.
4 2 9 . C o s t u m b r e s d e l a d i p l o m a c i a . — Los e m b a j a -
dores' e s t a b a n i n t e r e s a d o s en s a b e r l o s s e c r e t o s d e la corte
en que r e s i d í a n , y a p a r a i n f o r m a r b i e n á s u s g o b i e r n o s , ya
p a r a llevar con t i n o s u s negociaciones. Al efecto p a g a b a n
espías que r e c o g i e r a n n o t i c i a s , ó c o r r o m p í a n á precio de
oro a l g u n o d e l o s c r i a d o s ó de l o s favoritos del p r i n c i p e .
Esta era u n a c o s t u m b r e admitida.
La corte a u s t r í a c a o r g a n i z ó en el siglo XVIII el gabinete
negro, al c u a l se l l e v a b a n las c a r t a s c o n f i a d a s al c o r r e o ;
a b r í a n l a s , c o p i á b a n l a s , volvían á s e l l a r l a s y e n t o n c e s l a s
e n v i a b a n á su d e s t i n o . Los r e s t a n t e s g o b i e r n o s i m i t a r o n
este s i s t e m a . La c o s a e r a t a n c o r r i e n t e y sabida que n o
t a r d a r o n t o d a s l a s p o t e n c i a s en r e n u n c i a r á la c o s t u m b r e
d e e n v i a r c a r t a s á s u s a g e n t e s d i p l o m á t i c o s ; e n t o n c e s se
e m p l e ó un s i s t e m a d e e s c r i t u r a s e c r e t a c o n o c i d a sólo p o r
los a g e n t e s , la cifra, q u e se l l a m ó así p o r e s t a r e s c r i t o s con
n ú m e r o s y n o c o n l e t r a s los d e s p a c h o s .
Pero aun así, el secreto no era siempre seguro; la corte de
Viena poseía copia d e las cifras del rey de Francia y del de
Prusia. Cuando Federico II mandaba un correo á su embajador
en Viesa, había empleados austríacos que esperaban al correo á
su entrada en Bohemia, lo hacían subir en una silla de posta y
durante el resto del viaje sacaban los despachos de su maleta,
los copiaban y volvían á ponerlos en su sitio; la copia estaba en
poder de la corte austríaca antes de que el embajador prusiano
tuviera conocimiento del original.
En el siglo XVII a d m i t í a n todos los d i p l o m á t i c o s q u e en
i n t e r é s de E u r o p a , n o d e b í a n i n g u n a n a c i ó n l l e g a r á s e r lan
f u e r t e q u e p u d i e r a p r e t e n d e r á l a d o m i n a c i ó n d e los de-
más. Cuando u n Estado ya poderoso procura e n g r a n d e -
c e r s e , todos los d e m á s d e b e n s e n t i r s e a m e n a z a d o s j r e u n i r s e
p a r a h a c e r l e c o n t r a p e s o . Esto f u é lo q u e se l l a m ó e q u i l i b r i o
europeo.
4 3 0 . E l d e r e c h o de g e n t e s . — Ál h a c e r s e r e g u l a r e s
las r e l a c i o n e s e n t r e E s t a d o s , l a s t o m a r o n m u c h o s c o m o
t e m a d e e s t u d i o : v a r i o s filósofos p r o c u r a r o n i n v e s t i g a r
las reglas q u e c a d a p u e b l o d e b e o b s e r v a r en Sus t r a t o s con
los r e s t a n t e s .
El p r i n c i p i o a d m i t i d o p o r t o d o s e r a q u e la f u e r z a no
d e b e s e r la ú n i c a r e g u l a d o r a de l o s a s u n t o s políticos i n t e r -
n a c i o n a l e s ; sino q u e d e b e existir e n t r e los E s t a d o s u n a j u s -
ticia, lo m i s m o q u e la h a y t r a t á n d o s e de los p a r t i c u l a r e s ,
d e b i é n d o s e s o m e t e r s e l a s n a c i o n e s á lós p r e c e p t o s s e n t a -
dos p o r la c o s t u m b r e , ó q u e se d e r i v a n d e los p r i n c i p i o s
d e j u s t i c i a c o m u n e s á todos los h o m b r e s . El c o n j u n t o de
e s t a s reglas f o r m a b a el d e r e c h o d e g e n t e s .
4 3 1 . P e r o l o s h o m b r e s d e E s t a d o q u e g o b e r n a b a n á Eu-
r o p a , n o se c r e y e r o n n u n c a o b l i g a d o s á c o n f o r m a r s e con
aquellos principios.
Es una máxima del derecho de gentes que los embajadores
son inviolables. Pues bien, hé aquí lo que Louvois escribía en
1074, respecto del plenipotenciario del emperador, AI. de Lisola :
« Todo hace sospechar que M. de Lisola debe salir pronto de
Lieja para volver á Colonia. Como sería muy ventajoso poder
echarle mano, y aun DO veo g r a n inconveniente en que lo ma-
tasen, porque es un hombre m u y impertinente etí sus dis-
cursos, que emplea todo su talento contra los intereses de
Francia, convendría á V. muchc, pues esto le captaría las gra-
cias de Su .Majestad, poder ejecutar dicho proyecto, »
Otra máxima del derecho internacional era que no se debía
d a r principio á una guerra sin haberla declarado previamente.
Pues bien, en 1665, el rey de Inglaterra, mandaba sin declara-
ción ninguna, que los navios de comercio holandeses fuesen
capturados; 130 cayeron en manos de los ingleses, que se ne-
garon á devolverlos. Aquel soberano repitió el hecho en 1672,
atacando una flota mercante que volvía de Esmirna, y cuando
los holandeses se quejaron, Ies contestó « que había querido
aprovechar la coyuntura presente de los negocios y de la esta-
ción. » — La guerra de Siete Años empezó de análoga manera :
en 1756, los ingleses capturaron 300 navios mercantes franceses;
cuando se reclamó la restitucióu, Pitt declaró que no podía ad-
mitirse la solicitud, « por no fundarse en ningún convenio par-
ticular, y no emanar en manera alguna del derecho de
gentes. »
4 3 2 . Los h o m b r e s d e E s t a d o se g u i a b a n , pues, p o r r e -
glas q u e n o se p a r e c í a n en n a d a á las del d e r e c h o d e g e n -
tes, El p r i n c i p i o de la d i p l o m a c i a y del g o b i e r n o e r a la
r a z ó n de E s t a d o , esto es, el i n t e r é s de l a f a m i l i a r e i n a n t e .
Pues b i e n , el objetivo s u p r e m o de todo p r í n c i p e es a l c a n -
zar victorias que lo h a g a n c é l e b r e , y e n g r a n d e c e r s u s E s -
tados con n u e v a s c o n q u i s t a s . Si lo l o g r a , está s e g u r o d e
q u e lo a l a b a r á n . « Todos l o s m e d i o s s o n b u e n o s , con tal
q u e se o b t e n g a lo a p e t e c i d o : » esta t e o r í a , que Maquiavelo
h a b í a f o r m u l a d o en o t r a é p o c a p a r a los p r i n c i p e s italianos,
es e n el siglo XVII la d e todos los h o m b r e s d e Estado.
EOS EJÉRCITOS.
4 3 3 . L o s e j é r c i t o s p e r m a n e n t e s . — Los p r i n c i p e s
c o n s e r v a r o n h a s t a el siglo XVII l a c o s t u m b r e de t o m a r á
s u e l d o b a n d a s de m e r c e n a r i o s ; a l efecto, t r a t a b a n direc-
t a m e n t e con el c o r o n e l ó c a p i t á n , q u e se e n c a r g a b a de
r e u n i r sus h o m b r e s y d e m a n t e n e r l o s , m e d i a n t e u n a can-
t i d a d alzada.
El e j é r c i t o e r a u n c o n j u n t o d e a v e n t u r e r o s de todas
partes, alemanes, croatas, irlandeses, walones, retenidos
ú n i c a m e n t e p o r la p a g a . ¡Vi s i q u i e r a e x i s t í a u n i f o r m e .
C a d a s o l d a d o se vestía á su a n t o j o ; p a r a c o n o c e r s e d u r a n t e
e l c o m b a t e , h a b í a que a d o p t a r u n distintivo c o m ú n : en la
b a t a l l a de B r e i t e n f e l d , los i m p e r i a l e s l l e v a b a n u n a cinta
b l a n c a en el brazo y en el s o m b r e r o , y los suecos u n a r a m a
verde.
P e r o en el siglo XVII d e s a p a r e c e n estas b a n d a s que sólo
se a l q u i l a b a n p o r el t i e m p o q u e d u r a b a la g u e r r a , y c a d a Llegó, p o r t a n t o , u n día en que los g o b i e r n o s no e n c o n -
E s t a d o m a n t i e n e su e j é r c i t o p e r m a n e n t e , f o r m a d o p o r t r a r o n los h o m b r e s q u e n e c e s i t a b a n p a r a r e c l u t a r s u s e j é r -
r e g i m i e n t o s p e r p e t u o s , q u e seguían s u b s i s t i e n d o e n t i e m p o citos. Así f u é q u e d e s d e fines del siglo XVII t r a t a r o n d e
de paz. Este e j é r c i t o e r a p r o p i e d a d del principié, q u e n o m -
b r a b a , no sólo a l c o r o n e l , sino t a m b i é n á todos l o s oficiales;
los s o l d a d o s e n t r a b a n d i r e c t a m e n t e á su servicio y llevaban
su u n i f o r m e (En F r a n c i a lo i n t r o d u j o Louvois).
4 3 4 . E l r e c l u t a m i e n t o . — Los e j é r c i t o s s e c o m p o n í a n
de v o l u n t a r i o s , q u e son difíciles d e r e c l u t a r á m e d i d a q u e
el n ú m e r o exigido p a r a el servicio crece. Cada gobierno
posee oficiales l l a m a d o s r e c l u t a d o r e s , q u e v a n b u s c a n d o
p o r todas p a r t e s l o s j ó v e n e s m á s vigorosos p a r a excitarlos
á alistarse.

Con tal fin recurren frecuentemente á la astucia : establé-

cense en una taberna, invitan á los jóvenes á beber, les pintan
con vivos colores lo provechoso del oficio de soldado, los em-
briagan, y tratan de hacerles aceptar la pequeña suma que re-
preséntalas arras del convenio; desdeque un hombre haaceptado
el dinero del rey, ya está alistado y no puede desdecirse. — En
tiempo de guerra, cuando los hombres escaseaban, los hacían
servirá la fuerza. Durantela guerra de Siete Años, los alistadores
de Federico II, rey de Prusia, robaban en Silesia hasta joven-
cilios que no habían terminado sus estudios. «No crezcas tanto,
decíanlos padres á sus hijos, pues los reclutadores te cogerán. »
ASMA"-
Manejo del mosquete.
p r o c u r a r s e ese a r t i c u l o p o r los m i s m o s m e d i o s que el di-
n e r o , y o r g a n i z a r o n levas obligatorias.
4 3 6 . L u i s XIV creó á fines d e su r e i n a d o la m i l i c i a , que
d u r ó h a s t a la R e v o l u c i ó n ; todos los años hacían en c a d a

4 3 5 . Los s o l d a d o s l l e v a n v i d a m i s e r a b l e , e s t a n d o m a l
alojados, mal alimentados y siendo víctimas de duro trato.
Los oficiales t i e n e n s i e m p r e e n la m a n o el b a s t ó n p a r a
p e g a r a l soldado d u r a n t e el ejercicio : ese es el castigo r e -
g l a m e n t a r i o . Al m i l i t a r no le a l c a n z a lo que g a n a p a r a sos-
t e n e r s e y s o s t e n e r á su -familia ( m u c h o s d e ellos son casa-
dos); p r e c í s a l e , p u e s , e j e r c e r en e l l u g a r d o n d e r e s i d e
a l g ú n oficio s u p l e m e n t a r i o , m a n d a d e r o , mozo d e c o r d e l ,
p e ó n . Ni s i q u i e r a l e q u e d a la e s p e r a n z a d e a s c e n d e r , p u e s
los oficiales son t o d o s n o b l e s ó b u r g u e s e s r i c o s ; el s o l d a d o
viejo ó i n ú t i l no t i e n e m á s p e r s p e c t i v a que la d e m e n d i g a r
p a r a vivir, p u e s el g o b i e r n o n o le p a g a r e t i r o a l g u n o .
Así es que n a d i e q u i e r e e n t r a r en clase t a n m i s e r a b l e :
el e j é r c i t o se. r e c l u t a e n t r e l o s v a g a b u n d o s y es vergonzoso parroquia u n sorteo, para saber quiénes debían p a r t i r ;
f o r m a r p a r t e de é l ; á veces o c u r r í a q u e c u a n d o u n gentil- p e r o en é l n o e n t r a b a n m á s que l o s p o b r e s ; los b u r g u e s e s ,
h o m b r e c o m e t í a u n c r i m e n lo c o n d e n a b a n á s e r v i r como s u s c r i a d o s y los l a b r a d o r e s ricos e s t a b a n e x e n t o s de servir
soldado. al rey.
 4 3 7 . L a s a r m a s . — D u r a n t e la g u e r r a d e T r e i n t a años
t i e r r a t a m b i é n . Tal es el s i s t e m a d e l a s f o r t i f i c a c i o n e s
{1618-1648; l o s c u e r p o s d e i n f a n t e s e s t a b a n f o r m a d o s to-
r a s a n t e s q u e V a u b á n a p l i c ó en todas l a s p l a z a s f u e r t e s d e
d a v í a p o r dos clases de soldados, l o s l a n c e r o s , a r m a d o s
Francia.
con u n a l a r g a pica c o m o los a n t i g u o s l a n s q u e n e t e s y los
4 3 9 . L o s e j é r c i t o s e n c a m p a ñ a . — Gomo no h a b í a
m o s q u e t e r o s , q u e l l e v a b a n e s p a d a y m o s q u e t e . Éste, que
n i i n t e n d e n c i a n i a m b u l a n c i a , l o s s o l d a d o s l l e v a b a n con-
e r a m u y p e s a d o , se e n c e n d í a con u n a m e c h a ; n e c e s i t á b a n s e
sigo m u j e r e s , n i ñ o s , c r i a d o s y c a r r e t a s en q u e c a r g a r s u s
u n a h o r q u i l l a y u n vástago p a r a s o s t e n e r l o m i e n t r a s se
u t e n s i l i o s y su botín. Á m e d i d a q u e l o s g o b i e r n o s se e n c a r -
apuntaba, y una mecha siempre encendida para dispararlo.
g a r o n d e a t e n d e r á l a s n e c e s i d a d e s d e los e j é r c i t o s en
E n el siglo XVII se s u p r i m i ó esta m e c h a , r e e m p l a z á n d o l a
c a m p a ñ a , la i m p e d i m e n t a d i s m i n u y ó , a u n q u e sin desapa-
p o r u n pedazo de p e d e r n a l ( f u s i l en f r a n c é s de entonces),
recer completamente.
q u e dió su n o m b r e al a r m a . D e s p u é s se inventó l a b a y o -
n e t a , que e n t r a b a en el cañón del f u s i l y servía d e pica. El ejército no e n t r ó ya e n c a m p a ñ a m á s q u e á p r i n c i p i o s

Estos p r o g r e s o s c a m b i a r o n la m a n e r a d e c o m b a t i r . La
caballería, que se h a b í a p e r f e c c i o n a d o m á s p r o n t o , llevó
s i e m p r e l a v e n t a j a d u r a n t e todo e l siglo XVII. P e r o en
.el XVIII volvió la i n f a n t e r í a á s e r la r e i n a de las b a t a l l a s .
Las victorias de F e d e r i c o II f u e r o n t r i u n f o s d e la i n f a n -
tería.
4 3 8 . L a s f o r t i f i c a c i o n e s . — T a m b i é n se t r a n s f o r m ó l a
a r t i l l e r í a . En vez d e l a s l a r g a s piezas i r r e g u l a r e s , h u b o
c a ñ o n e s d e calibre r e g u l a r , q u e l a n z a b a n líalas d e h i e r r o .
P a r a r e s i s t i r á estos a p a r a t o s , h u b o que c a m b i a r e l sis-
t e m a de fortificación. Las altas m u r a l l a s servían de b l a n c o
á los cañones, que las d e m o l í a n p i e d r a á p i e d r a , t a n t o m á s
f á c i l m e n t e c u a n t o m á s e l e v a d a s e r a n . E n el siglo XVII se r e -
n u n c i ó á l a s f o r t i f i c a c i o n e s d o m i n a n t e s y se a d o p t ó el sis-
t e m a o p u e s t o . En vez d e elevar el b a s t i ó n , se p r o c u r ó ocul- Uniformes franceses de tiempos de Luis XV.
t a r l o p a r a q u e no l l e g a s e n á él l a s b a l a s . Edifícase u n o
p e q u e ñ o y g r u e s o , q u e se c u b r e c o n t i e r r a p l a n t a d a de
d e p r i m a v e r a , p u e s se n e c e s i t a n trigos v e r d e s y p r a d e r a s
c é s p e d , la escarpa, d o n d e las b a l a s p e n e t r a n sin d e s t r u i r
b a s t a n t e c u b i e r t a s p a r a m a n t e n e r los c a b a l l o s . El objetivo
n a d a . La m u r a l l a está r o d e a d a p o r u n foso; p e r o éste n o se
d e la estrategia es o r d i n a r i a m e n t e la t o m a d e plazas
e n c u e n t r a p o r d e b a j o d e la p r i m e r a , c o m o en los a n t i g u o s
f u e r t e s ; l a s t r o p a s se d i r i g e n en s e g u i d a á a c a m p a r d e l a n t e
castillos, sino á su m i s m o nivel. Lo f o r m a p o r u n a p a r t e la
d e u n a ciudad y a b r e n t r i n c h e r a s . Casi t o d a s l a s g u e r r a s
m u r a l l a m i s m a , p o r la o t r a un t a l u d de igual a l t u r a , la
d e Luis XIV f u e r o n g u e r r a s d e s i t i o s ; sólo se d a n b a t a -
contraescarpa, que b a j a con suave declive h a c í a el c a m p o ,
llas c a m p a l e s p a r a l e v a n t a r él c e r c o d e u n a plaza ó p a r a
d e m a n e r a que oculta t o d a la f o r t i f i c a c i ó n . El e n e m i g o no
rechazar á las fuerzas que acuden á socorrerla.
d i s t i n g u e m á s que la l í n e a de la c o n t r a e s c a r p a y d e t r á s , el
t a l u d d e t i e r r a d e la e s c a r p a , m i e n t r a s que él q u e d a e s - Así es q u e la victoria se d e c i d e r a r a s veces. El v e n c e d o r
p u e s t o a l tiro de los c a ñ o n e s de la plaza p r o t e g i d o s p o r el avanza l e n t a m e n t e , d e t e n i é n d o s e a n t e l a s m á s p e q u e ñ a s
t a l u d . Las t o r r e s q u e h a b í a en los á n g u l o s d e la ciudad son plazas f u e r t e s p a r a a s e d i a r l a s ; l o s g e n e r a l e s a u s t r í a c o s q u e
r e e m p l a z a d a s p o r o t r o s b a s l i o n e s , o c u l t o s y c u b i e r t o s de i n v a d i e r o n la F r a n c i a en 1793 t e n í a n a ú n c o m o p r i n c i p i o
que u n ejército no debe d e j a r n i n g u n a g u a r n i c i ó n e n e m i g a

á su r e t a g u a r d i a , y p e r d i e r o n m u l t i t u d de m e s e s en t o m a r
u n a p o r c i ó n d e p e q u e ñ a s c i u d a d e l a s d e la f r o n t e r a del
Norte. — Las o p e r a c i o n e s t e r m i n a n á fines de otoño, l a cam-
p a ñ a lxa c o n c l u i d o , los s o l d a d o s c o n s t r u y e n b a r r a c a s en
q u e p a s a n el i n v i e r n o sin c o m b a t i r : esto se l l a m a tomar
sus cuarteles de invierno.
440. El derecho de la g u e r r a . — Los e j é r c i t o s se
b a t e n p o r oficio y sin odio n a c i o n a l .
En la batalla de Fontenoy (1745), cuando los guardias f r a n -
ceses y los regimientos ingleses se vieron frente á frente, los
oficiales ingleses saludaron levantando sus sombreros, y los
oficiales franceses les devolvieron el saludo. Un inglés dijo en
alta voz : « Señores de la guardia francesa, disparad. — Tirad
primero », replicaron sus adversarios.
Ejército e n campada.
P e r o l a s c o s t u m b r e s de la g u e r r a s e g u í a n s i e n d o m u y
«luras p a r a l o s h a b i t a n t e s d e las r e g i o n e s i n v a d i d a s . No
l e s r e c o n o c í a n el d e r e c h o d e d e f e n d e r s u s p u e b l o s n i de h a -
c e r a c t o d e h o s t i l i d a d , b a j o p e n a de m u e r t e .
Al invadir la Alsacia, en 1744, los oficiales austríacos, declara-
ban que si los habitantes resistían, los ahorcarían, « después
de obligarlos á cortarse á sí mismos la nariz y las orejas. »
4 4 1 . Se a d m i t í a q u e u n e j é r c i t o tiene d e r e c h o â vivir á
LA MONARQUÍA ABSOLUTA EN EUROPA. 193
c o s t a d e l o s p a í s e s i n v a d i d o s . El g o b i e r n o n o s u m i n i s -
t r a á s u s t r o p a s n i víveres ni f o r r a j e s ; ellas m i s m a s t i e n e n
que p r o c u r á r s e l o s . Á m e n u d o exigen d e los b u r g u e s e s con-
t r i b u c i o n e s d e . g u e r r a ; con este r e c u r s o c u e n t a n todos y lo
l l a m a n « e x t r a o r d i n a r i o d e las g u e r r a s ». Si los h a b i t a n t e s
n o d a n l o q u e les p i d e n , se p e g a f u e g o á s u s casas.
Louvois fué más lejos y mandó devastar todos los Estados del
Elector palatino, por más que Luis XIV uo estuviera en guerra
con él, y esto á f m de que el enemigo no pudiera encontrar allí
recursos. Los habitantes recibieron orden de evacuar sus casas,
y 500.000 personas quedaron sin recursos; las ciudades y las
aldeas f u e r o n incendiadas, el campo asolado y hasta se voló la
mina del castillo de Heidelberg.
C o n s i d e r a n d o los p r i n c i p i o s q u e a b i e r t a m e n t e p r o f e s a b a n
los g o b i e r n o s , se p u e d e i m a g i n a r lo q u e h a r í a n los s o l -
dados.-
Los húngaros de Dampierre cortaban las manos á los niños y
las colgaban de sus sombreros; los soldados de Mansfeld arro-
jaban en la hoguera á los campesinos; los de Tilly cortaban á
las mujeres los pechos; los brazos, las piernas, la nariz y las
orejas á los pastores protestantes; los croatas hacían devorar
sus prisioneros por los perros, se servían de ellos para que hi-
ciesen de blanco en sus ejercicios de tiro, ó les vertían plomo
derretido en la boca. Habiendo tomado la ciudad de Cham los
pauduros que estaban al servicio de Austria, mataron á los
hombres, pegaron fuego á las casas y se pusieron en el puente,
esperando á las mujeres que huían, para arrojarlas al agua. Y
como María Teresa mandase abrir una información sobre el
general d e esos bandidos, su ministro, el barón de Trenck, le
contestó « que convenía hacer la vista gorda ante semejantes
minucias en recuerdo de otros importantes servicios. »
FORMACIÓN D E EA CONSTITUCION INGLESA
EN EL SIGLO XVII.
4 4 2 . E l P a r l a m e n t o i n g l é s . — Los r e y e s d e I n g l a t e r r a
se h a b í a n a c o s t u m b r a d o á la idea de q u e n o d e b i a n exigir
t r i b u t o n i n g u n o á s u s subditos, sin h a b e r o b t e n i d o el con-
s e n t i m i e n t o del P a r l a m e n t o . Éste se h a l l a b a dividido,
desde fines del siglo XIII, en dos c á m a r a s . La d e los l o r e s
ó alta se c o m p o n í a d e los obispos y s e ñ o r e s (lords) á quie-
n e s h a b í a e n v i a d o el r e y u n a c a r t a p e r s o n a l d e convocato-
 ría; el s o b e r a n o t e n í a el d e r e c h o d e ' c i t a r y, p o r t a n t o , de
h a c e r l o r d á la p e r s o n a q u e le p a r e c í a , p e r o e l q u e u n a vez
h a b í a asistido c o m o l o r d á l a s s e s i o n e s , t e n í a en a d e l a n t e
d e r e c h o p a r a s e r c o n v o c a d o s i e m p r e , y este d e r e c h o se
t r a n s m i t í a h e r e d i t a r i a m e n t e en l a s f a m i l i a s p o r o r d e n de
p r i m o g e n i t u r a . La C á m a r a d e l o s C o m u n e s ó Cámara
baja e s t a b a f o r m a d a p o r t r e s clases de d i p u t a d o s , u n o s ele-
gidos p o r a s a m b l e a d e los p r o p i e t a r i o s del c o n d a d o , otros
p o r los b u r g u e s e s de las c i u d a d e s del r e i n o ó p o r l o s h a b i -
t a n t e s de d e t e r m i n a d o s b u r g o s q u e t e n í a n d e r e c h o de
elección.
La l e g i s l a t u r a n o d u r a b a m á s que lo q u e q u e r í a el r e y ;
y todavía sigue s i e n d o e n l a Gran B r e t a ñ a u n p r i n c i p i o de
d e r e c h o constitucional q u e e l r e y tiene d e r e c h o á d i s o l v e r
el P a r l a m e n t o . P e r o la c o s t u m b r e e r a c e l e b r a r u n a legis-
latura al año.
4 4 3 . L a m o n a r q u í a a b s o l u t a e n I n g l a t e r r a . — Ha-
b i é n d o s e e x t i n g u i d o en 1603 la f a m i l i a d e l o s Ttidors, pasó
á s e r r e y de . I n g l a t e r r a el d e Escocia, J a c o b o E s t u a r d o . E s t a
casa tenía s o b r e la a u t o r i d a d r e a l las m i s m a s ideas q u e los
d e m á s p r í n c i p e s del siglo XVII.
Dios, decía Jacobo I, h a i n s t i t u i d o p o r sí - m i s m o la mo-
n a r q u í a hereditaria, encargando, á los reyes de gobernar
en l u g a r suyo, y d á n d o l e s p o d e r a b s o l u t o . El r e y p u e d e
m a n d a r c u a n t o j u z g a b u e n o , y si h a c e p r o m e s a s á s u s sub-
ditos, t i e n e el d e r e c h o d e n o c u m p l i r l a s ; p u e s e n t r e un
rey y s u s s u b d i t o s n o c a b e c o n v e n i o . E s t a t e o r í a , q u e e r a
g e n e r a l e n t o n c e s e n E u r o p a , p a r e c í a á los i n g l e s e s c o n t r a -
ría á sus a n t i g u a s c o s t u m b r e s y á su C a r t a M a g n a .
4 4 4 . Carlos I, s u c e s o r d e J a c o b o I, r e c i b i ó en los p r i m e -
r o s años de su r e i n o d i v e r s a s q u e j a s del P a r l a m e n t o , so-
b r e lo excesivo de sus g a s t o s y su m a l a a d m i n i s t r a c i ó n .
Q u e r i e n d o l i b r a r s e d e e s t a s q u e j a s , t o m ó el p a r t i d o d e no
v;olver á r e u n i r e l ' P a r l a m e n t o , y de g o b e r n a r c o m o l o s de-
m á s r e y e s a b s o l u t o s . Su f a v o r i t o y c o n s e j e r o , S t r a í f o r d ,
q u e r í a h a c e r en I n g l a t e r r a l o q u e e n t o n c e s p r a c t i c a b a Riche-
l i e u e n F r a n c i a : a c o s t u m b r a r á la n a c i ó n á o b e d e c e r á los
m i n i s t r o s d e l rey, y d e j a r a l p o d e r sin c o n t r a p e s o a l g u n o .
La nación no tenia m á s m e d i o p a r a o p o n e r s e al p o d e r
r e a l que las q u e j a s del P a r l a m e n t o ; p e r o como' éste no
podía r e u n i r s e sin q u e lo c o n v o c a r a el r e y , los d e r e c h o s
del p u e b l o r e s u l t a b a n n u l o s . El s o b e r a n o n o n e c e s i t a b a de
l a s c á m a r a s m á s q u e p a r a e l a b o r a r n u e v a s leyes ó votar
a l g ú n i m p u e s t o . La política d e Carlos I consistió en p r e s -
c i n d i r d e las c o n t r i b u c i o n e s p a r a n o t e n e r que r e u n i r el
P a r l a m e n t o . Es v e r d a d q u e así le f a l t a b a d i n e r o ; quiso,
p u e s , p r o c u r á r s e l o r e s t a b l e c i e n d o la a n t i g u a tasa de los bu-
ques que en o t r o tiempo,, y e n p e r i o d o s de g u e r r a , se h a b í a
percibido en l o s . c o n d a d o s m a r í t i m o s . R e s t a b l e c e r l a sin u n
voto del P a r l a m e n t o , e x i g i r l a e n t i e m p o d e paz y e n t o d o
el país, e r a e v i d e n t e m e n t e c o n t r a r i o á l a c o s t u m b r e . H a m p -
d e n , g r a n p r o p i e t a r i o i n g l é s , se atrevió á n e g a r s e á p a g a r
y se dejó f o r m a r c a u s a . Los j u e c e s l o c o n d e n a r o n , y el i m -
p u e s t o se cobró s i n r e s i s t e n c i a .
4 4 5 . L a p e r s e c u c i ó n r e l i g i o s a . — Tal vez el rey h a -
b r í a logrado, n o o b s t a n t e la c o s t u m b r e , h a c e r s e t a n a b s o -
luto como Luis XIV, si sólo l a h u b i e s e e m p r e n d i d o con los
d e r e c h o s políticos d e s u s s u b d i t o s ; p e r o e n c o n t r ó r e s i s -
t e n c i a r e l i g i o s a , m á s difícil de v e n c e r .
El a n g l i c a n i s m o n o g u s t a b a á m u c h o s i n g l e s e s ; l a a u t o -
ridad de los o b i s p o s y l a s c e r e m o n i a s l e s p a r e c í a n r e s t o s de
l a religión c a t ó l i c a , q u e m i r a b a n c o n h o r r o r . F o r m ó s e ,
p u e s , un g r u p o d e disidentes, "que se s e p a r a r o n de la Iglesia
Oficial. L l a m á r o n l o s p u r i t a n o s , p o r q u e q u e r í a n h a c e r m á s
p u r a l a r e l i g i ó n , y b a j o e s t e n o m b r e se c o m p r e n d í a n s e c -
t a s m u y d i v e r s a s , c o m o l o s p r e s b i t e r i a n o s , los i n d e p e n -
d i e n t e s , los b a u t i s t a s y l o s c u á q u e r o s . La Iglesia a n g l i c a n a
p e r s e g u í a á los d i s i d e n t e s , p r o c u r a n d o obligarlos á p e r s i g -
n a r s e c o m o l o s d e m á s c r i s t i a n o s , á a r r o d i l l a r s e p a r a co-
m u l g a r , á s e r v i r s e del l i b r o d e o r a c i o n e s l i t ú r g i c a s (booh
of common -prayer); p e r o su c o n c i e n c i a se r e b e l a b a c o n t r a
estos usos que l l a m a b a n s i g n o s d e i d o l a t r í a y no q u e r í a n
s e g u i r asistiendo á l a I g l e s i a .
Los que por escrúpulo de conciencia se negaban á conformarse
con los usos anglicanos, fueron llamados no conformistas; éstos
eran destituidos de sus empleos, tenían que pagar multa, y si
hablaban contra la Iglesia establecida, eran condenados á pri-
sión, expuestos en la picota, ó bien les cortaban las orejas ó la
mano. El doctor Leigton estuvo primero quince semanas con
cadenas y grillos en un miserable nicho de perro, sin fuego y
sin tener donde dormir; después lo subieron á la picota en un
día glacial, lo azotaron y lo marcaron con hierro hecho ascua en
la frente,- acabando por cortarle las narices y las orejas y ence-
rrarlo con los criminales.
4 4 6 . Al fin logró el arzobispo Laúd a n i q u i l a r á los p u r i -
tanos d e I n g l a t e r r a , t a n t o q u e en 1638 n o q u e d a b a en el
país n a d i e que se a t r e v i e r a á d e c l a r a r s e d i s i d e n t e . P e r o al
paso q u e en I n g l a t e r r a los p u r i t a n o s s e r e d u c í a n á u n o s
cuantos, la m a y o r í a de los escoceses p r o f e s a b a e l p r e s b i -
t e r i a n i s m o ; p o r esto se f o r m ó allí u n a liga p a r a r e c h a z a r
p o r l a f u e r z a las i n n o v a c i o n e s que el r e y q u e r í a i m p o n e r
á Escocia. Así e m p e z ó c o n t r a los E s t u a r d o s u n v e r d a d e r o
levantamiento religioso.
4 4 7 . L a r e v o l u c i ó n d e 1 6 4 8 . — El r e y n e c e s i t ó u n
e j é r c i t o p a r a c o m b a t i r á los escoceses s u b l e v a d o s ; p o r lo
cual se decidió á p e d i r d i n e r o al P a r l a m e n t o . Los i n g l e s e s
que e s t a b a n m u y irritados, e l i g i e r o n d i p u t a d o s o p u e s t o s á
la política d e Carlos, y así se c o n s t i t u y ó en la C á m a r a de
los c o m u n e s u n a p e q u e ñ a m a y o r í a d e p r e s b i t e r i a n o s .
4 4 8 . I n g l a t e r r a e n t e r a se dividió e n t o n c e s e n dos b a n d o s ;
de p a r t e del r e y se p u s i e r o n los g e n t i l e s h o m b r e s , el clero,
y casi todos l o s h a b i t a n t e s del Norte y del O e s t e ; d e p a r t e
del P a r l a m e n t o , los p u r i t a n o s , los b u r g u e s e s d e l a s c i u d a -
des, los l a b r a d o r e s y los p e q u e ñ o s p r o p i e t a r i o s del s u d e s t e
(;yeornen). Los realistas se a p e l l i d a b a n c a b a l l e r o s y d a b a n
á los o t r o s el calificativo de c a b e z a s r e d o n d a s , p o r q u e
u s a b a n e l pelo corto.
La g u e r r a civil duró cinco años. El P a r l a m e n t o v e n c e d o r
tomó e n sus m a n o s el g o b i e r n o , r e e m p l a z a n d o al r e y ; p e r o
el v e r d a d e r o p o d e r e r a el e j é r c i t o p u r i t a n o q u e h a b í a ob-
tenido l a s victorias. Él f u é el q u e hizo d e c a p i t a r á Carlos 1,
p r o c l a m a r la r e p ú b l i c a (1648), y o t o r g a r el i m p e r i o abso-
luto á su j e f e C r ó m w e l l , d o m i n a n d o d u r a n t e t r e c e a ñ o s la
Inglaterra.
4 4 9 . L a R e s t a u r a c i ó n d e 1 6 6 0 . — El e j é r c i t o no
g o b e r n a b a m á s q u e p o r la f u e r z a , p u e s t e n í a en c o n t r a suya
á casi todos los h a b i t a n t e s del r e i n o . C u a n d o m u r i ó Crom-
well, e l g e n e r a l en j e f e del e j é r c i t o del Norte, M o n k , se re-
solvió á c o n v o c a r u n a Convención (1660); t o d o s l o s dipu-
tados e s t u v i e r o n d e a c u e r d o p a r a r e s t a u r a r e n el t r o n o al
rey l e g í t i m o , Carlos II, h i j o del p r i m e r o d e ese n o m b r e .
Como lo l l a m a r o n s i n i m p o n e r l e c o n d i c i o n e s , la R e s -
t a n r a c i ó n r e s t a b l e c i ó e l p o d e r real tal c o m o existía a n t e s
d e l t r u i n f o del P a r l a m e n t o .
Carlos II g o b e r n ó d u r a n t e diez y ocho años sin r e s i s t e n -
cia; p e r o su h e r e d e r o d e b í a s e r su h e r m a n o Jacobo, que
e r a c a t ó l i c o . Los i n g l e s e s se v i e r o n , p u e s , indecisos, sin
s a b e r q u é escoger, e n t r e su afecto p o r la f a m i l i a r e a l , y su
h o r r o r h a c i a el c a t o l i c i s m o . Unos q u e r í a n que Jacobo I I
f u e r a excluido d e l a s u c e s i ó n al t r o n o , otros p r e t e n d í a n
r e s p e t a r el o r d e n d e é s t a . El n u e v o P a r l a m e n t o , n o m b r a d o
en 1679, se dividió d e l m i s m o m o d o ; c a d a g r u p o recibió
de s u s a d v e r s a r i o s u n a p o d o q u e a c e p t ó : los p a r t i d a r i o s de
la f a m i l i a real, se l l a m a r o n t o r i e s , l o s o p o n e n t e s w h i g s .
Asi se f o r m a r o n l o s p a r t i d o s q u e p o r espacio de dos siglos
han l u c h a d o en el P a r l a m e n t o i n g l é s 1 .
4 5 0 . R e v o l u c i ó n d e 1 6 8 8 . — U n a vez rey, Jacobo II,
tomó p a r t i d o a b i e r t a m e n t e p o r l a religión católica y se alió
con Luis XIV. El d e s c o n t e n t o f u é g e n e r a l . Guillermo de Ho-
landa, y e r n o del s o b e r a n o inglés, lo a p r o v e c h ó p a r a d e s -
e m b a r c a r en los E s t a d o s de su s u e g r o con u n p e q u e ñ o
e j é r c i t o h o l a n d é s . J a c o b o huyó, q u e d a n d o con esto t r i u n -
fante la R e v o l u c i ó n «le 1 6 8 8 , q u e se había e f e c t u a d o p o r
lo q u e se ve, c o m o l a d e 1640, con a y u d a d e los e x t r a n -
jeros.
Este m o v i m i e n t o n o c o n s i s t i ó a l p a r e c e r m á s q u e en r e e m -
plazar u n r e y p o r o t r o . Un n u e v o P a r l a m e n t o , en q u e t e n í a n
m a y o r í a los whigs, d e c l a r ó d e s t r o n a d o á Jacobo, v a c a n t e el
trono y reyes d e I n g l a t e r r a á Guillermo y María; p a r a esto
n o se necesitó n i n g u n a n u e v a l e y ; p e r o con este s i m p l e
c a m b i o de p e r s o n a s s e n t a b a el P a r l a m e n t o su d e r e c h o d e
j u z g a r a l r e y y de d i s p o n e r d e l a c o r o n a .
4 5 1 . Como los d e r e c h o s de la nación n o p a r e c í a n defi-
nidos con c l a r i d a d e n l a s a n t i g u a s c a r t a s , el P a r l a m e n t o
r e d a c t ó u n a d e c l a r a c i ó n d e d e r e c h o s , q u e el r e y h u b o de
s a n c i o n a r . Hé aquí s u s p r i n c i p a l e s a r t í c u l o s .
« Que el poder de s u s p e n d e r las leyes por autoridad real, sin
la aprobación del P a r l a m e n t o , es ilegal;
» Que las levas de d i n e r o para uso de la corona, so pretexto
de una prerrogativa, y sin voto del Parlamento, soií ilegales;
). En nueslros (lías h a n t o m a d o los tories el nombre de conservadores y el
de liberales los whigs.
 » Que los subditos tienen derecho p a r a dirigir peticiones al
rey, y que toda acción contra el reclamante es ilegal;
» Que reclutar y sostener en el reino un ejército permanente
en tiempo de paz, sin consentimiento del Parlamento, es
ilegal;
» Que la elección de los miembros del Parlamento debe ser
libre;
» Que para dar satisfacción á todas las quejas, enmendar, re-
forzar y consagrar las leyes, debe reunirse el Parlamento fre-
-cuentemente.
Con esto dejó el rey d e c o n s i d e r a r s e c o m o investido de
p o d e r s u p e r i o r á la v o l u n t a d d e su p u e b l o ; a h o r a sabe que
e s t á ligado r e s p e c t o d e s u s vasallos p o r u n c o n t r a t o for-
m a l ; los s u b d i t o s n o le h a n p r o m e t i d o o b e d i e n c i a m á s que
en los l í m i t e s p r e v i s t o s p o r el c o n v e n i o , y esto m i e n t r a s el
r e y lo o b s e r v e t a m b i é n ; si el s o b e r a n o falta á su p r o m e s a ,
los s u b d i t o s q u e d a n d e s l i g a d o s d e l a s s u y a s ; si q u i e r e obli-
garlos, t i e n e n d e r e c h o á r e s i s t i r p o r m e d i o d e la fuerza, y
a u n d e t o m a r otro rey. El P a r l a m e n t o r e p r e s e n t a á l a na-
ción y ejerce sus derechos.
RÉGIUEA COLOMiL
*
4 5 2 . E l m o n o p o l i o . — Las c o l o n i a s f u n d a d a s p o r los
e u r o p e o s en Á f r i c a , A m é r i c a y Oceanía e r a n c o n s i d e r a d a s
en el siglo XVII c o m o p r o p i e d a d d e l E s t a d o .
El gobierno p r o c u r a b a r e s e r v a r s e t o d o s l o s b e n e f i c i o s ;
así es que s e n t a b a c o m o p r i n c i p i o q u e ú n i c a m e n t e él tenía
d e r e c h o á e x t r a e r p r o d u c t o s de su colonia. Los h o l a n d e s e s ,
q u e e r a n d u e ñ o s d e l a s islas d e la S o n d a , p r o h i b í a n q u e
los r e s t a n t e s e u r o p e o s d e s e m b a r c a s e n en e l l a s ; y como
q u e r í a n r e s e r v a r s e e l m o n o p o l i o de l a s especias, n o p e r m i -
tían el cultivo d e l o s á r b o l e s q u e l a s p r o d u c e n m á s q u e en
d e t e r m i n a d a s islas f á c i l e s d e vigilar, c o n s t r u y e n d o al
e f e c t o en ellas f u e r t e s p a r a r e s i s t i r á los c o n t r a b a n d i s t a s , y
los g o b e r n a d o r e s e f e c t u a b a n visitas á las d e m á s islas p a r a
h a c e r a r r a n c a r los a r b u s t o s d e especias n a c i d o s e s p o n t á -
neamente en su suelo.
Cuando l o s c o l o n o s e m p e z a r o n á c o m e r c i a r con su país
d e o r i g e n , e l "gobierno se r e s e r v ó el d e r e c h o d e c o m p r a r l e s
sus artículos y d e v e n d e r l e s o b j e t o s m a n u f a c t u r a d o s . Al
efecto, declaró q u e el c o m e r c i o de la colonia e r a p r o p i e d a d
del E s t a d o : tal es el p r i n c i p i o del m o n o p o l i o .
El g o b i e r n o n o e x p l o t a b a p o r sí m i s m o este privilegio,
sino que lo c e d í a á los p a r t i c u l a r e s o r g a n i z a d o s en c o m p a -
ñ í a s . La q u e sirvió d e m o d e l o f u é la Compañía de las In-
dias, f u n d a d a e n H o l a n d a e n 1602.
4 5 3 . C o l o n i a s e s p a ñ o l a s . — El gobierno español, q u e
h a b í a t o m a d o p o s e s i ó n d e los i n m e n s o s t e r r i t o r i o s de Amé-
rica, n o se p r o p o n í a l a c r e a c i ó n d e u n a E s p a ñ a n u e v a p o -
b l a d a de e s p a ñ o l e s , s i n o sólo a u m e n t a r el p a t r i m o n i o de la
c o r o n a de Castilla y c o n v e r t i r á los i n d í g e n a s p a g a n o s á
la v e r d a d e r a f e . Las c o l o n i a s e r a n u n a especie de g r a n
propiedad cerrada á toda persona extraña.
No d e j a b a n e s t a b l e c e r s e e n l o s n u e v o s países m á s q u e
p e q u e ñ o n ú m e r o d e h i j o s d e la m e t r ó p o l i ; en 1550 n o h a b í a
e n A m é r i c a a r r i b a d e u n o s l o . 0 0 0 españoles.
 » Que los subditos tienen derecho p a r a dirigir peticiones al
rey, y que toda acción contra el reclamante es ilegal;
» Que reclutar y sostener en el reino un ejército permanente
en tiempo de paz, sin consentimiento del Parlamento, es
ilegal;
» Que la elección de los miembros del Parlamento debe ser
libre;
» Que para dar satisfacción á todas las quejas, enmendar, re-
forzar y consagrar las leyes, debe reunirse el Parlamento fre-
-cuentemente.
Con esto dejó el rey d e c o n s i d e r a r s e c o m o investido de
p o d e r s u p e r i o r á la v o l u n t a d d e su p u e b l o ; a h o r a sabe que
e s t á ligado r e s p e c t o d e s u s vasallos p o r u n c o n t r a t o for-
m a l ; los s u b d i t o s n o le h a n p r o m e t i d o o b e d i e n c i a m á s que
en los l í m i t e s p r e v i s t o s p o r el c o n v e n i o , y esto m i e n t r a s el
r e y lo o b s e r v e t a m b i é n ; si el s o b e r a n o falta á su p r o m e s a ,
los s u b d i t o s q u e d a n d e s l i g a d o s d e l a s s u y a s ; si q u i e r e obli-
garlos, t i e n e n d e r e c h o á r e s i s t i r p o r m e d i o d e la fuerza, y
a u n d e t o m a r otro rey. El P a r l a m e n t o r e p r e s e n t a á l a na-
ción y ejerce sus derechos.
RÉGIMEN COLONIAL.
*
4 5 2 . E l m o n o p o l i o . — Las c o l o n i a s f u n d a d a s p o r los
e u r o p e o s en Á f r i c a , A m é r i c a y Oceanía e r a n c o n s i d e r a d a s
en el siglo XVII c o m o p r o p i e d a d d e l E s t a d o .
El gobierno p r o c u r a b a r e s e r v a r s e t o d o s l o s b e n e f i c i o s ;
así es que s e n t a b a c o m o p r i n c i p i o q u e ú n i c a m e n t e él tenía
d e r e c h o á e x t r a e r p r o d u c t o s de su colonia. Los h o l a n d e s e s ,
q u e e r a n d u e ñ o s d e l a s islas d e la S o n d a , p r o h i b í a n q u e
los r e s t a n t e s e u r o p e o s d e s e m b a r c a s e n en e l l a s ; y como
q u e r í a n r e s e r v a r s e e l m o n o p o l i o de l a s especias, n o p e r m i -
tían el cultivo d e l o s á r b o l e s q u e l a s p r o d u c e n m á s q u e en
d e t e r m i n a d a s islas f á c i l e s d e vigilar, c o n s t r u y e n d o al
e f e c t o en ellas f u e r t e s p a r a r e s i s t i r á los c o n t r a b a n d i s t a s , y
los g o b e r n a d o r e s e f e c t u a b a n visitas á las d e m á s islas p a r a
h a c e r a r r a n c a r los a r b u s t o s d e especias n a c i d o s e s p o n t á -
neamente en su suelo.
Cuando l o s c o l o n o s e m p e z a r o n á c o m e r c i a r con su país
d e o r i g e n , e l "gobierno se r e s e r v ó el d e r e c h o d e c o m p r a r l e s
sus artículos y d e v e n d e r l e s o b j e t o s m a n u f a c t u r a d o s . Al
efecto, declaró q u e el c o m e r c i o de la colonia e r a p r o p i e d a d
del E s t a d o : tal es el p r i n c i p i o del m o n o p o l i o .
El g o b i e r n o n o e x p l o t a b a p o r sí m i s m o este privilegio,
sino que lo c e d í a á los p a r t i c u l a r e s o r g a n i z a d o s en c o m p a -
ñ í a s . La q u e sirvió d e m o d e l o f u é la Compañía de las In-
dias, f u n d a d a e n H o l a n d a e n 1602.
4 5 3 . C o l o n i a s e s p a ñ o l a s . — El gobierno español, q u e
h a b í a t o m a d o p o s e s i ó n d e los i n m e n s o s t e r r i t o r i o s de Amé-
rica, n o se p r o p o n í a l a c r e a c i ó n d e u n a E s p a ñ a n u e v a p o -
b l a d a de e s p a ñ o l e s , s i n o sólo a u m e n t a r el p a t r i m o n i o de la
c o r o n a de Castilla y c o n v e r t i r á los i n d í g e n a s p a g a n o s á
la v e r d a d e r a f e . Las c o l o n i a s e r a n u n a especie de g r a n
propiedad cerrada á toda persona extraña.
No d e j a b a n e s t a b l e c e r s e e n l o s n u e v o s países m á s q u e
p e q u e ñ o n ú m e r o d e h i j o s d e la m e t r ó p o l i ; en 1550 n o h a b í a
e n A m é r i c a a r r i b a d e u n o s 15.000 españoles.
 Estas colonias estaban organizadas con arreglo al modelo de
la madre patria. Era una sociedad antigua en territorios nuevos,
y el gobierno no quería que este estado de cosas se modificase.
For esto impedia cuidadosamente la llegada de extranjero. Hasta
mediados del siglo xvu, todo navio de esa clase f u i tratado
como pirata, y los marinos que desembarcaban eran ejecutados
o condenados á trabajar en las minas. Cuando se abolió esa
pronuncien, siguieron lo mismo las cosá porque los inquisi-
dores rechazaban á los extranjeros por herejes. El gobierno des-
c o n t a b a hasta de los blancos nacidos en América, que llamaban
criollos, y no quería dejarlos instruirse. En un discurso pronun-
ciado ante los escolares de Lima, decía el virrey : « Aprended
a leer, escribir y decir vuestras oraciones; esto es cuanto nece-
sita saber un americano. »
El Estado se reservaba el monopolio del comercio; los habi-
tantes de las colonias no podían vender sus productos y com-
p r a r objetos manufacturados más que á los mercaderes que
teman licencia para ello; todo navio que iba á América debía
pasar por Sevilla, so pena de confiscación y de muerte. En esta
ciudad se hallaba establecida, desde 1513, una oficina de comer-
cio; ios empleados visitaban el navio, lo inscribían en un re-
gistro y le daban una patente para autorizarlo á efectuar el
viaje. El monopolio fué transferido á Cádiz, en 1720. Los navios
salían viajando en conserva, y desembarcaban todos en el
mismo puerto. Había dos expediciones al año, una para Vera-
cruz, donde se concentraba todo el comercio de Méjico, y otra
(los g a l e o n e s ) para Cartagena y Puerto CabeUo, donde debían
surtirse todas las colonias del sur, sin excluir la de Buenos
Aires. El almirante de los galeones y el gobernador de Pauamá
determinaban el precio de todas las mercancías.
Estas caravanas marítimas no bastaban para s u r t i r l o s países
americanos de los artículos que necesitaban, ni para dar salida
a los productos indígenas; sin embargo, estaba prohibido com-
prar nada a los extranjeros. El contrabando era considerado
como una herejía y castigado por el tribunal de la inquisición.
4 5 4 . Colonias h o l a n d e s a s . — Los h o l a n d e s e s h a b í a n
f o r m a d o su m a r i n a y e n d o á p e s c a r el a r e n q u e en el m a r
del Norte. En el siglo XVII, este p u e b l o poseía m á s b u q u e s
m e r c a n t e s que c u a l q u i e r o t r a n a c i ó n d e Europa.; y como
iban d e un puerto á q.tro t r a n s p o r t a n d o las m e r c a n c í a s d é l o s
diversos países á los q u e l a s n e c e s i t a b a n , se les dio enton-
c e s el calificativo d e c a r r e t e r o s d e l o s m a r e s .
Advertida la Compañía, por el fracaso de los portugueses, de
lo que había que evitar en el comercio con la India, adoptó
sistema opuesto al de aquéllos. Así fué que demolió las forta-
lezas y se estableció en puertos abiertos, sin defensas ni ejér-
citos, y entabló relaciones con los soberanos del país, procu-
rando no intervenir en su política ni tratar de convertir á sus
vasallos; para atraer á los mercaderes indígenas, les compraba
caros sus productos y les vendía barato los artículos de Europa.
Su principio de conducta era contentarse con beneficios mode-
rados. Así disfrutaba de las ganancias del comercio, sin los
gastos de la ocupación. Prohibía á sus empleados comerciar por
su c u e n t a ; pero les pagaba bien y regularmente. — Cuando
llegó á ser una gran potencia, la compañía adoptó poco á poco
los procedimientos de los restantes gobiernos; así fué que des-
truyó á casi todos los indígenas de las Molucas, pasó á cuchillo
bandas de chinos en Java (1740) y excitó al rey de Ternate á la
rebelión, por querer arrancar de sus Estados el clavo de comer.
Finalmente, obligó á los navios que volvían de las Indias á Ho-
landa á d a r la vuelta por las islas Oreadas en vez de subir por
el m a r d e la Mancha, y los que se dirigían hacia Oriente, tenían
que p a s a r todos por Batavia para someterse á una visita.
4 5 5 . L a s c o l o n i a s f r a n c e s a s . — Una c o l o n i a f r a n c e s a
estaba organizada como una provincia de Francia.
Los c o l o n o s n o d i s f r u t a b a n de m á s l i b e r t a d política ó
r e l i g i o s a q u e los s u b d i t o s del reino. A d e m á s , c o m o el m o -
n o p o l i o d e l c o m e r c i o h a b í a sido concedido á u n a c o m p a -
ñía p r i v i l e g i a d a , les estaba v e d a d o establecer fábricas,
t e n i e n d o q u e c o m p r a r l o s o b j e t o s h e c h o s en F r a n c i a ; e r a
c o s t u m b r e v e n d e r l e s a r t í c u l o s d e s e c h a d o s y éstos m u y c a -
ros. N o p o d í a n c o m p r a r ni v e n d e r m á s q u e á ios a g e n t e s
d e la c o m p a ñ í a .
4 5 6 . L a s c o l o n i a s i n g l e s a s . — Inglaterra que había
sido l a ú l t i m a l l e g a d a al t e r r e n o d e la colonización, no
tenia m á s q u e p e q u e ñ a s c o l o n i a s e s p a r c i d a s p o r la costa
d e A m é r i c a del Norte. Como n i n g u n a de ellas p r o d u c í a
a r t í c u l o s d e m u c h o p r e c i o , el g o b i e r n o les h a c í a poco caso,
y ni s i q u i e r a se t o m ó el t r a b a j o d e o r g a n i z a r í a s ó de
g o b e r n a r l a s . Esta indiferencia permitió á aquellos territo-
r i o s p o b l a r s e l i b r e m e n t e . En el n o r t e se establecieron
s o b r é t o d o p u r i t a n o s p e r s e g u i d o s , que f u e r o n á América,
en t i e m p o s de Carlos I, p a r a p o d e r p r a c t i c a r allí sin peligro
ni e s t o r b o s su religión.
E s t o s c o l o n o s t r a b a j a r o n la t i e r r a c o n s t i t u y e n d o en Amé-
r i c a u n a n u e v a p a t r i a , q u e l l a m a r o n la .\'ueva I n g l a t e r r a .
Tratábase d e colonias r e l i g i o s a s . « Si a l g u n o d e n o s o t r o s ,
decían, e s t i m a en 12 la religión y el m u n d o e n 13, ése n o
está a n i m a d o p o r el espíritu de u n nuevo i n g l é s . » — E n el
s u r f u é o c u p a d o el país p o r p l a n t a d o r e s q u e vivían c o m o
s e ñ o r e s r u r a l e s , en m e d i o d e s u s esclavos.
Hasta m e d i a d o s del siglo XVII t u v i e r o n estos países liber-
tad c o m p l e t a p a r a c o m e r c i a r , a u n con e x t r a n j e r o s .
Mas, en d i c h a época se estableció el r é g i m e n l l a m a d o
p a c t o c o l o n i a l s los c o l o n o s n o t e n í a n d e r e c h o de c o m -
p r a r sino p r o d u c t o s ingleses, i n t r o d u c i d o s e n . e l país p o r
i n g l e s e s ; y los ingleses n o d e b í a n a d q u i r i r a r t í c u l o s c o l o n i a -
les m á s q u e e n s u s c o l o n i a s . P a r a que los a m e r i c a n o s t u v i e -
r a n q u e s u r t i r s e de h i e r r o en las m a n u f a c t u r a s i n g l e s a s , s e l e s
p r o h i b i ó e n 1719 q u e e s t a b l e c i e r a n f u n d i c i o n e s ; n i s i q u i e r a
p o d í a n h a c e r p o r sí m i s m o s u n clavo ó u n a h e r r a d u r a .
4 5 7 . E m a n c i p a c i ó n d e l a s c o l o n i a s i n g l e s a s . — La
r e b e l i ó n de los colonos d e -América, q u e estalló en 1770,
r e c o n o c í a dos c a u s a s : a q u é l l o s q u e r í a n f a b r i c a r y c o m e r -
ciar l i b r e m e n t e , y - n o a c e p t a b a n que el g o b i e r n o i n g l é s
c o b r a r a i m p u e s t o s sin q u e ellos d i e r a n su c o n s e n t i m e n t o ,
c o n f o r m e era c o s t u m b r e y d e r e c h o d e los c i u d a d a n o s i n -
gleses. La revolución e m p e z ó a r r o j a n d o al m a r u n carga-
m e n t o de t é que les e n v i a b a I n g l a t e r r a , y j u r a n d o n o con-
sumir artículo ninguno que procediera de la metrópolis
D e s p u é s d e esto, se r e u n i e r o n en Congreso l o s r e p r e s e n -
t a n t e s d e las t r e c e c o l o n i a s y d e c l a r a r o n (1776) q u e « las
colonias q u e d a b a n l i b r e s d e t o d a o b e d i e n c i a h a c i a la co-
r o n a de I n g l a t e r r a , y q u e d e b í a n s e r i n d e p e n d i e n t e s con
p l e n o p o d e r p a r a h a c e r l a g u e r r a , firmar l a paz, c o n t r a e r
alianzas y r e g l a m e n t a r s u c o m e r c i o . » C a d a colonia se
convirtió e n u n E s t a d o q u e se a d m i n i s t r a b a l i b r e m e n t e ;
los trece r e u n i d o s f o r m a r o n la C o n f e d e r a c i ó n d e l o s
E s t a d o s U n i d o s de l a A m é r i c a d e l N o r t e .
4 5 8 . L a I n d i a . — Los g o b i e r n o s de F r a n c i a y d e Ingla-
t e r r a h a b í a n f u n d a d o , c a d a uno p o r su p r o p i a c u e n t a , una
C o m p a ñ í a d e C o m e r c i o privilegiada e n la I n d i a . Estas
sociedades estaban o r g a n i z a d a s a n á l o g a m e n t e ; c a d a cual
poseía en la costa v a r i a s p o b l a c i o n e s , d e f e n d i d a s p o r
f u e r t e s y provistas de d e p ó s i t o s y a l m a c e n e s , e n l a s cuales
s o s t e n í a n cierto n ú m e r o de a g e n t e s ó s o l d a d o s , á la vez
que un g o b e r n a d o r De m o d o q u e l a s C o m p a ñ í a s e r a n
p e q u e ñ a s p o t e n c i a s , q u e n e c e s i t a r o n e n el siglo x v m
t o m a r p a r t e e n l a s g u e r r a s de los s o b e r a n o s u n o s c o n o t r o s ,
p u e s sin esto n o h a b r í a n p o d i d o c o n s e r v a r sus posiciones.
No se tardó e n v e r q u e u n p e q u e ñ o e j é r c i t o , organizado y
disciplinado ó l a e u r o p e a p o d í a v e n c e r á u n n ú m e r o
m u c h o m a y o r d e i n d í g e n a s , y q u e con s o l d a d o s i n d o s t á -
nicos e r a fácil c o n s t i t u i r u n c u e r p o de t r o p a s como e l q u e
h e m o s i n d i c a d o . E n t o n c e s se o r g a n i z a r o n r e g i m i e n t o s de
cipayos c o m p u e s t o s d e m e r c e n a r i o s i n d í g e n a s m a n d a d o s
por oficiales e u r o p e o s y a r m a d o s c o m o e n F r a n c i a ó I n g l a -
t e r r a . La i d e a f u é d e D u p l e i x , d i r e c t o r d e la C o m p a ñ í a
f r a n c e s a ; p e r o l o s p r i m e r o s en a p l i c a r l a y a p r o v e c h a r l a
f u e r o n los i n g l e s e s . Los accionistas f r a n c e s e s exigieron q u e
sus a g e n t e s n o s e o c u p a r a n m á s q u e de c o m e r c i o y p i d i e r o n
la d e s t i t u c i ó n d e D u p l e i x , a l c u a l a c u s a b a n de q u e r e r
m e t e r l o s e n g u e r r a s c o s t o s a s . La C o m p a ñ í a inglesa dio
m á s l i b e r t a d á s u s e m p l e a d o s , y Clive pudo así c o n q u i s t a r
todo el r e i n o d e B e n g a l a e n i m a sola b a t a l l a .
4 5 9 . Los g o b e r n a d o r e s g e n e r a l e s c o n t i n u a r o n la c o n -
quista en n o m b r e d e la C o m p a ñ í a , q u e á p r i n c i p i o s del
siglo xix h a b í a a c a b a d o p o r s e r único soberano, d e l a
India.
Á primera vista parece maravilloso que un país de 200 mi-
llones de almas se dejara conquistar por una compañía de mer-
caderes extranjeros. Lo que hay en realidad es que la India no
era una nación, sino u n a reunión de pueblos, ya brahmánicos,
ya musulmanes, que n a d a unía, ni la religión, ni la raza, ni el
gobierno y qué n o tenían razón ninguua para defenderse de
concierto. La masa de la población estaba formada de pacíficos
cultivadores acostumbrados á verse siempre oprimidos por los
extranjeros. Allí n ó existía una nación, sino sólo príncipes so-
beranos. La compañía de las Indias era uno de ellos, que lu-
chaba con los demás, y que lo venció por ser la única que dis-
ponía de un ejército regular.
EE MOVIMIENTO D E REFORMA EN EUROPA.
460. R e g l a m e n t o s del comercio y de la industria.
— E n el siglo X V I I e r a u n p r i n c i p i o e n E u r o p a que el
gobierno debe r e g l a m e n t a r e l c o m e r c i o . Los p a r t i c u l a r e s
n o t e n í a n d e r e c h o p a r a t r a n s p o r t a r sus p r o d u c t o s , ó p a r a
v e n d e r y c o m p r a r m á s q u e con p e r m i s o del Estado y a t e -
¡riéndose á sus r e g l a m e n t o s . El g o b i e r n o f r a n c é s prohibía
q u e s a l i e r a n trigos d e l r e i n o , y h a s t a q u e f u e r a n de u n a
p r o v i n c i a á o t r a ó q u e se a l m a c e n a r a en g r a n d e s c a n t i -
d a d e s este artículo.
T a m b i é n se creía q u e el p o d e r p ú b l i c o d e b e r e g l a m e n t a r
l a i n d u s t r i a . Un c i u d a d a n o n o t e n í a d e r e c h o p a r a m o n t a r
u n a f á b r i c a ; la m a n u f a c t u r a e s t a b a r e s e r v a d a á los maes-
tros de los gremios e s t a b l e c i d o s en l a s c i u d a d e s . N a d i e podía
f u n d a r u n e s t a b l e c i m i e n t o en el c a m p o ó u n t a l l e r n u e v o en
l a c i u d a d , sin e x p o n e r s e á ir á la c á r c e l . A u n l o s q u e dis-
f r u t a b a n del privilegio d e t r a b a j a r , n o p o d í a n h a c e r l o
l i b r e m e n t e , sino q u e t e n i á n q u e f a b r i c a r con a r r e g l o á los
m é t o d o s a n t i g u o s y á la m e d i d a p r e s c r i t a . Los h o m b r e s de
E s t a d o decían q u e los i n d u s t r i a l e s n e c e s i t a n s e r dirigidos
p o r el g o b i e r n o . C o l b e r t en F r a n c i a h a b í a h e c h o r e d a c t a r
u n r e g l a m e n t o i n d u s t r i a l q u e i n d i c a b a q u é r e b o t e debía
e m p l e a r s e , el a n c h o q u e h a b i a d e t e n e r u n a pieza d e paño, y
h a b í a i n s p e c t o r e s q u e v i g i l a b a n l a s m a n u f a c t u r a s p a r a confis-
c a r y q u e m a r todo p r o d u c t o n o c o n f o r m e con el r e g l a m e n t o .
4 6 1 . E l s i s t e m a m e r c a n t i l . — El c o m e r c i o con el
e x t r a n j e r o e s t a b a r e g l a m e n t a d o con s u j e c i ó n á los princi-
pios i m a g i n a d o s p o r los h o m b r e s d e E s t a d o d e Venecia
y de F l o r e n c i a en e l siglo xv.
Todo E s t a d o , d e c í a n e n t o n c e s , s e e n c u e n t i ' a en c o m p e -
t e n c i a m e r c a n t i l con los d e m á s . « Todo b e n e f i c i o q u e logra
u n p u e b l o es u n d a ñ o p a r a o t r o ; el c o m e r c i o es una
g u e r r a . » C a d a E s t a d o d e b e t r a b a j a r en a u m e n t a r su riqueza
á e x p e n s a d é l o s otros. A h o r a b i e n , é s t a c o n s i s t e p r i n c i p a l -
m e n t e e n oro y e n p l a t a , p u e s el q u e p o s e e el dinero
p u e d e a d q u i r i r todo lo d e m á s . La r e g l a es, p o r t a n t o ,
a t r a e r a l país la m a y o r c a n t i d a d p o s i b l e d e m e t a l e s p r e -
ciosos, y h a c e r q u e s a l g a d e é l lo m e n o s q u e se p u e d a . P a r a
ello h a y q u e e x p o r t a r (esto es, v e n d e r a l e x t r a n j e r o ) mu-
c h a s m e r c a n c í a s , en c a m b i o d e las c u a l e s se r e c i b e dinero,
é i m p o r t a r (es d e c i r , c o m p r a r al e x t r a n j e r o ) lo menos
q u e se p u e d a , con o b j e t o d e n o t e n e r q u e g a s t a r el dinero
q u e se p o s e e . Los E s t a d o s son como las casas d e comercio,
q u e se e n r i q u e c e n c o m p r a n d o poco y v e n d i e n d o mucho.
A íines del a ñ o se e s t a b l e c e u n equilibrio e n t r e su expor-
t a c i ó n y su i m p o r t a c i ó n ; esto e s lo q u e se l l a m a la balanza
de comercio.
4 6 2 . Cada g o b i e r n o d e b e t o m a r m e d i d a s p a r a i m p e d i r
q u e e l e x t r a n j e r o v e n d a en s u s E s t a d o s los p r o d u c t o s de
s u s m a n u f a c t u r a s y p a r a r e e m p l a z a r los a r t í c u l o s e x t r a n -
j e r o s p o r o b j e t o s f a b r i c a d o s en el país. Con tal fin se
e m p l e a n dos m é t o d o s . El m á s r a d i c a l es p r o h i b i r á l o s
c o m e r c i a n t e s q u e i n t r o d u z c a n ciertos o b j e t o s e l a b o r a d o s en
o t r a s n a c i o n e s ; Colbert aplicó e s t a d o c t r i n a á los e n c a j e s de
Venecia, o b l i g a n d o á l o s f r a n c e s e s á c o m p r a r l a s p r o d u c i d a s
en F r a n c i a . Tal s i s t e m a s e l l a m a p r o h i b i t i v o . Cabe c o n t e n -
tarse con hacer pagar á los artículos extranjeros cuando
p e n e t r a n en el país un d e r e c h o de a d u a n a q u e obligue á
los c o m e r c i a n t e s á v e n d e r l o s m á s caros. E n t o n c e s los artí-
culos similares de la producción nacional, q u e no están
o b l i g a d o s á p a g a r dicho d e r e c h o , p u e d e n h a c e r v e n t a j o s a -
m e n t e c o m p e t e n c i a á l o s e x t r a n j e r o s . De m a n e r a q u e los
d e r e c h o s c o b r a d o s en la f r o n t e r a p o r el gobierno sirven al
m i s m o t i e m p o d e r e n t a al Estado y de p r o t e c c i ó n p a r a los
i n d u s t r i a l e s ; tal es el s i s t e m a p r o t e c t o r .
T o d o s los g o b i e r n o s e u r o p e o s del siglo x v n p r a c t i c a r o n
u n o ú otro d e estos s i s t e m a s , y en ocasiones a m b o s á la vez.
4 6 3 . L o s e c o n o m i s t a s . — Desde el siglo X V I I se h a b í a
e m p e z a d o á e s t u d i a r t e ó r i c a m e n t e los m e d i o s de a u m e n t a r
la riqueza d e las n a c i o n e s y de l o s E s t a d o s . Este estudio
se d e n o m i n ó e c o n o m í a p o l í t i c a , esto es, ciencia d é l a vida
d o m é s t i c a de u n E s t a d o . Los e c o n o m i s t a s p r o c u r a b a n
i n v e s t i g a r c ó m o d e b e n r e g l a m e n t a r s e la i n d u s t r i a ó el
c o m e r c i o , p a r a h a c e r l o s p r o d u c t i v o s , y c u á l es el s i s t e m a
de i m p u e s t o q u e d a m a y o r e s r e c u r s o s al Estado con m e n o s
p e r j u i c i o p a r a l o s p a r t i c u l a r e s . El s i s t e m a seguido p o r los
g o b i e r n o s les p a r e c i ó r u i n o s o p a r a la i n d u s t r i a y á m e -
d i a d o s del siglo xviíi a d o p t a r o n u n a t e o r í a o p u e s t a . El
p r i m e r o e n b o s q u e j a r l a f u é e l f r a n c é s Quesnay, m é d i c o del
rey L o u i s XV; d e s p u é s la c o m p l e t ó y t e r m i n ó el escocés
A d á n S m i t h , en su c é l e b r e libro De la riqueza de las ila-
ciones.
El o r o y l a p l a t a , decían los e c o n o m i s t a s , no c o n s t i t u y e n
la r i q u e z a ; son ú n i c a m e n t e sus signos r e p r e s e n t a t i v o s ; l a s
v e r d a d e r a s r i q u e z a s son los o b j e t o s útiles. Todos c o n v e n í a n
en c e n s u r a r las m e d i d a s q u e a d o p t a b a el E s t a d o .
Los reglamentos, decían, no sirven para ayudar á la industria
SEIGNOBOS. — Compendio. 12
 y al comercio; al contrario, impiden que los industriales pro-
duzcan y que los mercaderes trafiquen. Lo mejor que puede
hacer el gobierno es dejarlos enteramente libres sin tratar de
protegerlos ni dirigirlos, pues ellos de por sí están interesados
en producir lo más que pueden y io más barato posible, y co-
nocen su propio interés mejor que los ministros. Colbert pre-
guntaba un día á un industrial qué era lo mejor que él podía
hacer como ministro en favor de la riqueza pública : « Monse-
ñor, contestó el otro, dejad hacer, dejad pasar ». Esta frase fué
adoptada por Gournay y se convirtió en divisa de los econo-
mistas, los cuales reclamaban la l i b e r t a d completa para los
industriales y los comerciantes : es preciso decían, suprimirlos
gremios y los reglamentos que ponen trabas á la industria y
dejar á cada una en la facultad de fabricar ; abolir los monopo-
lios y las prohibiciones que estorban el comercio; y dejar á
cada cual comprar y vender como le plazca.
Los economistas decían también que el Estado arruinaba la
agricultura haciendo que los labradores pagasen todos los im-
puestos, y exigían que las contribuciones pesarán sobre todos
los propietarios sin distinción, y que las aduanas é impuestos
indirectos fuesen abolidos.
4 6 4 . L o s filósofos. — Los e s c r i t o r e s f r a n c e s e s del
siglo x v m no se c o n t e n t a r o n y a con h a b l a r d e l h o m b r e en
g e n e r a l ; sino q u e se p u s i e r o n á e s t u d i a r , a n a l i z a r y criti-
c a r l a s c r e e n c i a s y las i n s t i t u c i o n e s d e su época. Apellidá-
r o n s e filósofos y d i e r o n á su d o c t r i n a e l n o m b r e d e tilo-
solía, q u e a ú n se l e aplica. Los m á s c é l e b r e s f u e r o n M o n -
tesquieu, Voltaire y Rousseau.
Lo q u e c o n s t i t u y ó la f u e r z a de la filosofía f u é q u e los filó-
sofos e r a n al m i s m o t i e m p o e s c r i t o r e s , . q u e p r e s e n t a b a n
s u s d o c t r i n a s b a j o f o r m a c l a r a y a g r a d a b l e , en s á t i r a s ,
n o v e l a s y cartas, q u e los h o m b r e s f r i v o l o s y poco instruí-
dos p o d í a n l e e r sin fastidio y c o m p r e n d e r sin t r a b a j o . No
t a r d a r o n sus l i b r o s e n p o n e r s e de m o d a en la b u e n a socie-
d a d ; y l o s s a l o n e s d e los m a y o r e s p e r s o n a j e s acogían p e r -
f e c t a m e n t e á los filósofos.
4 6 5 . La m o d a r e i n a b a h a s t a en el corazón d e l o s p r í n -
c i p e s ; Voltaire, R o u s s e a u , Diderot, e s t a b a n en c o r r e s -
p o n d e n c i a con Catalina d e R u s i a ; F e d e r i c o II hizo que
Voltaire f u e r a á vivir e n P o s t d a m . Así fué como la filosofía
p e n e t r ó d u r a n t e el siglo x v m en E u r o p a e n t e r a .
Las doctrinas enseñadas se diferenciaban en muchos puntos;
pero todas estaban de acuerdo en la idea fundamental. Ilasta
ahora, los hombres han obedecido á la costumbre y á la reli-
gión (los filósofos decían á las preocupaciones y la superstición).
Las sociedades fundadas d e este modo son odiosas y ridiculas.
" L a s cosas no pueden seguir siendo lo que son ». El reinado de
ias luces ha llegado, los h o m b r e s han sido iluminados por la ra-
zón,? en adelante debe f u n d a r s e en ésta la sociedad. — Esta ra-
zón del siglo x v m no es la ciencia y la observación de los he-
chos, sino el sentido c o m ú n y la lógica. Los filósofos estudiaron
muy poco las sociedades que querían r e f o r m a r ; ninguno de
ellos conocía realmente á los hombres, campesinos ú obreros.
Lo que hicieron fué i m a g i n a r un hombre especial, parecido á
ellos, sin religión, sin costumbres, .que no busca más que la di-
cha y que sólo se guía p o r razones abstractas. Figurábanse que
el ser humano es análogo en todas partes, siempre razonable y
bueno. Para volverlos á su honradez nativa, bastaba con abolir
las instituciones que los o p r i m e n . Un decreto del gobierno bas-
tará para que la sociedad quede reformada.
466. P r i n c i p e s y m i n i s t r o s reformadores. — Entre
los h o m b r e s de E s t a d o q u e g o b e r n a b a n á E u r o p a en la
s e g u n d a m i t a d del siglo x v m , h u b o m u c h o s q u e a d m i r a r o n
l a s ideas de los e c o n o m i s t a s y filósofos, y que t r a t a r o n d e
a p l i c a r l a s . Unos f u e r o n s o b e r a n o s , c o m o <José I I de A u s -
t r i a , L e o p o l d o en T o s c a n a , F e d e r i c o I I en Prusia., C a t a l i -
n a de Rusia, y los p r i n c i p e s d e B a d é n , W e i m a r y M a g u n c i a ;
o t r o s e r a n m i n i s t r o s q u e g o b e r n a b a n en n o m b r e d e su r e y
c o m o A r a n d a y F l o r i d a - b l a n c a en E s p a ñ a , P o m b a l en
P o r t u g a l , Tanucci en Ñ a p ó l e s , Montgelas en Baviera y
Turgot en F r a n c i a .
4 6 7 . Su" p r i n c i p i o f u n d a m e n t a l e r a q u e el s o b e r a n o n o
es sino el j e f e d e l E s t a d o ; n o t i e n e en m a n e r a alguna
d e r e c h o p a r a g a s t a r e l p r o d u c t o d e los i m p u e s t o s e n sus
p l a c e r e s p e r s o n a l e s ; al c o n t r a r i o , debe e m p l e a r l o en o b r a s
ú t i l e s : t a m p o c o le es lícito e n t r e g a r á sus f a v o r i t o s los
e m p l e o s públicos, q u e d e b e c o n f i a r e n m a n o s d e h o m b r e s
i n s t r u i d o s y h o n r a d o s q u e se c o n s i d e r e n servidores del
E s t a d o . P o r esto t r a t a b a n d e d i s m i n u i r los gastos d e la c o r l e ,
de hacer más regular y soportable la administración, y de
a u m e n t a r la r i q u e z a d e l o s súbditos.
P e r o t a m b i é n c r e í a n c o n l o s filósofos, que todos l o s
h o m b r e s se p a r e c e n , y q u e él g o b i e r n o p u e d e m o d i f i c a r l o s
á su a n t o j o . Como e s t a b a n a c o s t u m b r a d o s á s e r o b e d e c í -
dos, creia» que e r a posible t r a n s f o r m a r la sociedad con
sólo m a n d a r l o . Así es q u e d e c r e t a b a n s u s r e f o r m a s , sin
t o m a r s e el t r a b a j o de c o n s u l t a r á s u s s ú b d i t o s ni t e n e r
en c u e n t a sus h á b i t o s , y h a s t a l a e f e c t u a b a n e n ocasiones,
c o n t r a la voluntad de a q u é l l o s . Á este r é g i m e n , q u e se- EA REVOLUCIÓN FRANCESA.
gún d e c í a n , p o n í a la f u e r z a del E s t a d o al servicio d e l a s
luces, se le dió e l calificativo d e d e s p o t i s m o i l u s t r a i l o . 4 6 8 . L a R e v o l u c i ó n . — L a sociedad y el g o b i e r n o es-
t a b a n o r g a n i z a d o s en F r a n c i a , todavía á fines del si-
glo XVIII, con a r r e g l o á a n t i g u a s c o s t u m b r e s q u e se h a -
b í a n ido f o r m a n d o poco á p o c o d e s d e la e d a d m e d i a .
Guando los n a t u r a l e s de' e s e p a í s se p u s i e r o n á p e n s a r e n
las cuestiones políticas, l a m a y o r p a r t e d e las i n s t i t u c i o n e s
les p a r e c i e r o n a b u s o s c o n t r a r i o s á la r a z ó n y á la h u m a -
n i d a d . P a r a a c a b a r con e l l o s , h i c i e r o n l a R e v o l u c i ó n .
El m o v i m i e n t o r e v o l u c i o n a r i o f r a n c é s e m p e z ó con m o -
tivo de u n a c u e s t i ó n d e i m p u e s t o s . Hacía m u c h o t i e m p o
' q u e el gobierno g a s t a b a m á s d e lo q u e tenía : el déficit e r a
en 1770 de s e t e n t a m i l l o n e s a l a ñ o , y en 1783 llegó á 80; el
Estado no encontraba ya q u i e n le prestara. P a r a obtener
r e c u r s o s , n o h u b o m á s m e d i o q u e c o n v o c a r los e s t a d o s gene-
rales. Éstos no se r e u n í a n d e s d e 1614 ; l a m a y o r í a d e l o s d i p u -
t a d o s f u e r o n b u r g u e s e s ó c u r a s d e c a m p a ñ a , q u e se c o n s t i -
t u y e r o n en A s a m b l e a N a c i o n a l y s o s t e n i d o s p o r los
s o l d a d o s d e la g u a r n i c i ó n d e P a r i s y l o s o b r e r o s d é l a c a p i t a l ,
se a p o d e r a r o n del p o d e r , a r r e b a t á n d o s e l o a l r e y .
4 6 9 . L o s p r i n c i p i o s d e 8 9 . — Se da e l n o m b r e d e
p r i n c i p i o s d e 8 9 á las i d e a s e n n o m b r e de q u e s e d l e v ó
á cabo l a Revolución. E s t á n c o n s i g n a d a s o f i c i a l m e n t e e n
la declaración délos derechos del hombre q u e p u b l i c ó e n 1789
la C o n s t i t u y e n t e , d e s p u é s d e l a r g o s d e b a t e s .

Hé aquí sus principales artículos :

« Los hombres nacen y m u e r e n libres é iguales en dere-
chos.
» Los derechos son la libertad, la propiedad, la seguridad y
la resistencia á la opresión. La libertad consiste en hacer cuanto
no perjudica á los demás.
» El principio de toda sooeranía reside en la nación.
» La ley es la expresión de la voluntad general. Todos los
ciudadanos tienen derecho para contribuir, personalmente ó por
medio de sus representantes, á su formación. La ley debe ser la
misma para todos.
dos, creia» que e r a posible t r a n s f o r m a r la sociedad con
sólo m a n d a r l o . Así es q u e d e c r e t a b a n s u s r e f o r m a s , sin
t o m a r s e el t r a b a j o de c o n s u l t a r á s u s s ú b d i t o s ni t e n e r
en c u e n t a sus h á b i t o s , y h a s t a l a e f e c t u a b a n e n ocasiones,
c o n t r a la voluntad de a q u é l l o s . Á este r é g i m e n , q u e se- LA REVOLUCIÓN FRANCESA.
gún d e c í a n , p o n í a la f u e r z a del E s t a d o al servicio d e l a s
luces, se le dió e l calificativo d e d e s p o t i s m o i l u s t r a i l o . 4 6 8 . L a R e v o l u c i ó n . — L a sociedad y el g o b i e r n o es-
t a b a n o r g a n i z a d o s en F r a n c i a , todavía á fines del si-
glo XVIII, con a r r e g l o á a n t i g u a s c o s t u m b r e s q u e se h a -
b í a n ido f o r m a n d o poco á p o c o d e s d e la e d a d m e d i a .
Guando los n a t u r a l e s de' e s e p a í s se p u s i e r o n á p e n s a r e n
las cuestiones políticas, l a m a y o r p a r t e d e las i n s t i t u c i o n e s
les p a r e c i e r o n a b u s o s c o n t r a r í o s á la r a z ó n y á la h u m a -
n i d a d . P a r a a c a b a r con e l l o s , h i c i e r o n l a R e v o l u c i ó n .
El m o v i m i e n t o r e v o l u c i o n a r i o f r a n c é s e m p e z ó con m o -
tivo de u n a c u e s t i ó n d e i m p u e s t o s . Hacía m u c h o t i e m p o
' q u e el gobierno g a s t a b a m á s d e lo q u e tenía : el déficit e r a
en 1770 de s e t e n t a m i l l o n e s a l a ñ o , y en 1783 llegó á 80; el
Estado no encontraba ya q u i e n le prestara. P a r a obtener
r e c u r s o s , n o h u b o m á s m e d i o q u e c o n v o c a r los e s t a d o s gene-
rales. Éstos no se r e u n í a n d e s d e 1614 ; l a m a y o r i a d e l o s d i p u -
t a d o s f u e r o n b u r g u e s e s ó c u r a s d e c a m p a ñ a , q u e se c o n s t i -
t u y e r o n en A s a m b l e a N a c i o u a l y s o s t e n i d o s p o r los
s o l d a d o s d e la g u a r n i c i ó n d e P a r í s y l o s o b r e r o s d é l a c a p i t a l ,
se a p o d e r a r o n del p o d e r , a r r e b a t á n d o s e l o a l r e y .
4 6 9 . L o s p r i n c i p i o s d e 8 9 . — Se da e l n o m b r e d e
p r i n c i p i o s d e 8 9 á las i d e a s e n n o m b r e de q u e s e d l e v ó
á cabo l a Revolución. E s t á n c o n s i g n a d a s o f i c i a l m e n t e e n
la declaración délos derechos del hombre q u e p u b l i c ó e n 1789
la C o n s t i t u y e n t e , d e s p u é s d e l a r g o s d e b a t e s .

Hé aquí sus principales artículos :

« Los hombres nacen y m u e r e n libres é iguales en dere-
chos.
» Los derechos son la libertad, la propiedad, la seguridad y
la resistencia á la opresión. La libertad consiste en hacer cuanto
no perjudica á los demás.
» El principió de toda sooerauía reside en la nación.
» La ley es la expresión de la voluntad general. Todos los
ciudadanos tienen derecho para contribuir, personalmente ó por
medio de sus representantes, á su formación. La ley debe ser la
misma para todos.
 »• Como todos los ciudadanos son iguales ante ella, todos son
admisibles á las dignidades y empleos públicos, con arreglo á
sus talentos.
» Ningún hombre puede ser acusado, preso ó detenido más
que en casos determinados por la ley, y con sujeción á las fór-
mulas prescritas en ella.
» Nadie debe ser molestado por sus opiniones, sin excluir las
religiosas, con tal de que su manifestación no perturbe el orden
público establecido por la ley. Todo ciudadano puede hablar,
escribir é imprimir libremente.
» La contribución común debe ser repartida igualmente entre,
todós los ciudadanos, según sus medios.
» Siendo la propiedad un derecho inviolable y sagrado, nadie
puede ser despojado de ella, á menos de que la necesidad pú-
blica legalmente probada lo exija evidentemente, y esto bajo la
condición de justa y previa indemnización. »
El p r i n c i p i o f u n d a m e n t a l d e la Revolución es q u e la n a -
ción e s s o b e r a n a , q u e todos sus m i e m b r o s p o s e e n los m i s -
m o s d e r e c h o s , y q u e todos d e b e n s e r l i b r e s y e s t a r p r o t e -
gidos, t a n t o en sus p e r s o n a s c o m o en c u a n t o á s u s b i e n e s ,
a u n c o n t r a el poder p ú b l i c o . Su divisa es : L i b e r t a d ,
Igualdad, Fraternidad.
4 7 0 . L a o b r a d e l a R e v o l u c i ó n . — La c a u s a d e l a Re-
volución f u é la c r e e n c i a de q u e la o r g a n i z a c i ó n de F r a n c i a <
e r a m a l a . Así f u é que e m p e z ó p o r d e s t r u i r t o d a s las a n -
tiguas i n s t i t u c i o n e s . L a C o n s t i t u y e n t e a b o l i ó p o r u n a serie
d e d e c r e t o s los d e r e c h o s f e u d a l e s , los p r i v i l e g i o s en m a -
t e r i a d e i m p u e s t o , las c o r p o r a c i o n e s , los m o n o p o l i o s , el
d e r e c h o de p r i m o g e n i t u r a , l a v e n t a d e los e m p l e o s , los -
P a r l a m e n t o s , las U n i v e r s i d a d e s , l a s p r o v i n c i a s , el i m p u e s t o
t e r r i t o r i a l y las a s i s t e n c i a s y h a s t a d e s t r u y ó l a s a n t i g u a s
diócesis y l a organización del c l e r o . É s t a h a sido la p a r t e
m á s d u r a d e r a del t r a b a j o d e la R e v o l u c i ó n , p u e s , si se
e x c e p t ú a la Iglesia, n a d a de c u a n t o e n t o n c e s d e s a p a r e c i ó
h a vuelto á s e r c r e a d o . Los g o b i e r n o s d e la época r e v o l u -
c i o n a r i a o r g a n i z a r o n , p o r m e d i o de leyes especiales,
m u c h a s i n s t i t u c i o n e s q u e a u n e x i s t e n , en su f o r m a p r i m i -
tiva, ó t r a n s f o r m a d a s p o r N a p o l e ó n . P a r a c o n v e n c e r s e de
ello, b a s t a c o m p a r a r la F r a n c i a n u e v a con la del a n t i g u o
régimen.
4 7 1 . Todas las d e s i g u a l d a d e s h a n d e s a p a r e c i d o , y la ley
es la m i s m a p a r a los f r a n c e s e s , n o a d m i t i e n d o privilegio
n i n g u n o en m a t e r i a d e i m p u e s t o s , n i d e r e c h o de p r i m o g e -
n i t u r a , ni el d e un p r o p i e t a r i o s o b r e o t r o . La nobleza n o
es r e c o n o c i d a p o r l a ley. T o d a s las c a r r e r a s e s t á n a b i e r t a s
á t o d o s s i n d i s t i n c i ó n d e c u n a y la m a y o r p a r t e de ellas
se e n c u e n t r a n d e s e m p e ñ a d a s p o r b u r g u e s e s . En r e a l i d a d ,
l a m a y o r p a r t e d e l o s h o m b r e s q u e h a n g o b e r n a d o la
F r a n c i a d u r a n t e el siglo XIX n o h a n s i d o n o b l e s , ni s i q u i e r a
r e p r e s e n t a n t e s de la alta b u r g u e s í a .
Las t i e r r a s d e los c a m p e s i n o s h a n a u m e n t a d o de v a l o r ,
a l q u e d a r libres de los d e r e c h o s s e ñ o r i a l e s y del d i e z m o ;
los b i e n e s n a c i o n a l e s , que se h a n c o n s t i t u i d o con las tie-
r r a s del clero c e d i d a s á la n a c i ó n en 1789 y l a s confiscadas
á l o s que e m i g r a r o n , h a n sido v e n d i d o s ; u n a t e r c e r a p a r t e
d e l suelo d e F r a n c i a h a p a s a d o á m a n o s d e p e q u e ñ o s p r o -
p i e t a r i o s . — La i n d u s t r i a es c o m p l e t a m e n t e l i b r e , p u -
d i e n d o cada cual f a b r i c a r c o m o q u i e r e y lo q u e q u i e r e . —
El c o m e r c i o es l i b r e , n o e x i s t i e n d o m o n o p o l i o n i n g u n o
ni p r o h i b i c i ó n d e v e n d e r . — El i m p u e s t o se r e p a r t e i g u a l -
m e n t e e n t r e los h a b i t a n t e s , con a r r e g l o á l a f o r t u n a de
c a d a c u a l . La C o n s t i t u y e n t e r e e m p l a z ó el a n t i g u o i m p u e s t o
p o r la c o n t r i b u c i ó n territorial q u e p e s a sobre l a s casas y
l a s h a c i e n d a s , sin distinción de d u e ñ o , y la capitación p o r
e l i m p u e s t o personal y el mobiliario. Dicha a s a m b l e a abolió
t a m b i é n l o s i m p u e s t o s i n d i r e c t o s s ó b r e l a s b e b i d a s (asisten-
cias) ; p e r o Napoleón los r e s t a b l e c i ó c o n el n o m b r e d e dere-
chos reunidos, m a s el E s t a d o n o los a r r i e n d a ya á p a r t i c u l a r e s ,
sino q u e los c o b r a v a l i é n d o s e d e s u s p r o p i o s f u n c i o n a r i o s .
El p r e s u p u e s t o s e d e t e r m i n a d e a n t e m a n o c a d a a ñ o , de
m o d o q u e p u e d e e s t a b l e c e r s e e q u i l i b r o e n t r e los i n g r e s o s y
los gastos. El Tesoro no p u e d e p a g a r n i n g u n a s u m a , sin u n a
orden r e g u l a r . Los a c r e e d o r e s del e s t a d o t i e n e n la s e g u r i -
d a d d e c o b r a r r e g u l a r m e n t e l o s i n t e r e s e s d e su d i n e r o ;
t o d a s l a s d e u d a s del Estado se e n c u e n t r a n i n s c r i t a s e n el
Libro mayor de la Deuda Pública, q u e f u é c r e a d o en 1793, á
fin de q u e p u d i e r a n d i s t i n g u i r s e l a s c a r g a s c o n t r a í d a s p o r
la Revolución de las q u e se d e b í a n al « d e s p o t i s m o ».
4 7 2 . La Revolución s e n t ó el p r i n c i p i o d e q u e única-
m e n t e la n a c i ó n e s s o b e r a n a ; p e r o c o m o ésLa n o p u e d e
g o b e r n a r p o r sí m i s m a , h a h a b i d o q u e o r g a n i z a r r e g í m e n e s
d i f e r e n t e s , m u y diversos u n o s d e o t r o s , s e g ú n q u e el
p u e b l o ha d e l e g a d o el p o d e r e n u n r e y c o n u n P a r l a -
m e n t ó , en u n a A s a m b l e a ú n i c a ó en u n E m p e r a d o r . Napo-
civil p e n a l , d e p r o c e d i m i e n t o s civiles, de i n s t r u c c i ó n cri-
león I, el m o n a r c a m á s a b s o l u t o q u e F r a n c i a h a conocido,
m . n a l y de c o m e r c i o . La j u s t i c i a es g r a t u i t a , lo cual q u i e r e
n o t o m ó el título de e m p e r a d o r sino d e s p u é s d e h a c e r un
decir, no q u e los p l e i t o s n o c u e s t e n n a d a , sino q u e los
llamamiento á los ciudadanos p a r a p e d i r l e s q u e se lo o t o r -
jueces no d e b e n r e c i b i r n a d a d e los l i t i g a n t e s
gasen ; este g é n e r o d e m o n a r q u í a n o e r a c o n t r a r i o á los
• 4 7 f " E 1 c o n g r e s o d e V i e n a . - D e s p u é s d e la caída de
p r i n c i p i o s d e la Revolución.
Napoleon, los s o b e r a n o s q u e l e h a b í a n h e c h o la g u e r r a r e -
Esta h a organizado u n a a d m i n i s t r a c i ó n t a n r e g u l a r solvieron o r g a n i z a r u n a a l i a n z a p e r m a n e n t e p a r a r e s i s t i r á
c o m o u n a m á q u i n a . C a d a servicio del E s t a d o d e p e n d e de la Revolución. E s t a f u é l a o b r a del C o n g r e s o d e V i e n a ,
un ministerio, que r e c i b e t o d a s las c o m u n i c a c i o n e s , y dicta q u e tomó p o r p u n t o d e p a r t i d a la i d e a , d e s c o n o c i d a en el
todas las órdenes. siglo XVIII, d e q u e t o d o s l o s s o b e r a n o s f o r m a n u n a g r a n
P a r a que la s e p a r a c i ó n de los p o d e r e s p ú b l i c o s fuese f a m i l i a y de q u e todos l o s g o b i e r n o s t i e n e n i n t e r é s en sos-
m á s r e g u l a r , se c r e ó u n s i s t e m a d e c i r c u n s c r i p c i o n e s u n i - t e n e r s e u n o s á otros c o n t r a s u s s ú b d i t o s y en a r r e g l a r s u s
f o r m e s q u e se a p l i c a á t o d o s los servicios. F r a n c i a e n t e r a V c
f u é dividida en departamentos, éstos e n distritos, l o s c u a l e s
f o r m a n varios cantones, divididos á s u vez e n ayuntamien-
tos. C a d a f u n c i o n a r i o e j e r c e su p o d e r d e n t r o d e l o s límites
de estas divisiones ; el d e p a r t a m e n t o t i e n e su p r e f e c t o , su
t e s o r e r o y su a u d i e n c i a ; el d i s t r i t o , su s u b p r e f e c t o , su r e -
c a u d a d o r y su j u z g a d o .
4 7 3 . La j u s t i c i a h a sido r e o r g a n i z a d a , c o n s e r v a n d o la
c o s t u m b r e del a n t i g u o r é g i m e n d e h a c e r q u e s i e m p r e
j u z g u e u n c u e r p o ; p o r este motivo t o d o t r i b u n a l se com-
p o n e p o r lo m e n o s d e t r e s j u e c e s .
En l u g a r de los p e q u e ñ o s t r i b u n a l e s s e ñ o r i a l e s se ba
c r e a d o e n c a d a c a n t ó n u n juez de paz, c u y a m i s i ó n es con-
ciliar á los litigantes, é i m p e d i r q u e l l e v e n las cosas á
m a y o r e s . — La j u s t i c i a c r i m i n a l n o es ya de la c o m p e t e n c i a Salóu en tiempos del Directorio.
de los t r i b u n a l e s , sino q u e c o r r e s p o n d e á las audiencias,
o r g a n i z a d a s con a r r e g l o a l m o d e l o del jurado inglés ; d i f e r e n c i a s p o r m e d i o d e a r b i t r a j e s . E n t o n c e s se a c o r d ó
12 jurados, q u e se s a c a n d e e n t r e los c i u d a d a n o s del de- también celebrar frecuentemente congresos encargados a
p a r l a m e n t o , r e s u e l v e n si el a c u s a d o es c u l p a b l e ; u n m a - m i s m o t i e m p o de c o n s e r v a r la b u e n a i n t e l i g e n c i a e n t r e
g i s t r a d o dirige l o s d e b a t e s y dicta l a p e n a . — Se h a resta- los gobiernos y de t o m a r m e d i d a s c o n t r a los p u e b l o s des-
blecido el p r o c e d i m i e n t o o r a l y p ú b l i c o , c o m o e n la edad c o n t e n t o s . Esto f u é lo q u e se l l a m ó sistema Metternich, en
m e d i a , d e v o l v i e n d o a l a c u s a d o el d e r e c h o d e h a c e r s e de- r e c u e r d o del p r í n c i p e d e e s t e n o m b r e , p r i m e r m i n i s t r o d e
f e n d e r p o r u n a b o g a d o . — Todos los t r i b u n a l e s siguen los Austria, que dirigía á l a s a z ó n la política d e E u r o p a .
m i s m o s p r o c e d i m i e n t o s en la a d m i n i s t r a c i ó n d e justicia. 4 7 5 . Los t r a t a d o s d e 1 8 1 5 f u e r o n la base d e l d e r e c h o
La C o n s t i t u y e n t e abolió el d e r e c h o c o n s u e t u d i n a r i o parti- i n t e r n a c i o n a l d u r a n t e c u a r e n t a a ñ o s , h a s t a la g u e r r a d e
c u l a r de cada p r o v i n c i a ; p e r o n o tuvo t i e m p o p a r a r e e m - C r i m e a ; en ese p e r i o d o n o h u b o en E u r o p a n i n g u n a
plazarlo p o r n u e v a s leyes. E s t a t a r e a c o r r e s p o n d i ó á Napo- g u e r r a i m p o r t a n t e . Hoy n o q u e d a n a d a de la o b r a del Con-
l e ó n , q u i e n hizo r e d a c t a r p o r c o m i s i o n e s d e j u r i s c o n s u l t o s greso d e Viena, y el m a p a e u r o p e o h a sido r e h e c h o ; p e r o
un c u e r p o de leyes u n i f o r m e s , dividido e n varios c ó d i g o s : se h a conservado la c o s t u m b r e de l o s congresos g e n e r a l e s ,
y la idea d e un t r i b u n a l de a r b i t r o s q u e b a g a i n ú t i l e s las
guerras.
EL GOBIERNO CONSTITUCIONAL
EN EUROPA.
4 7 6 . L a R e s t a u r a c i ó n . — Los s o b e r a n o s e u r o p e o s
q u e h a b í a n r e c u p e r a d o sus t r o n o s en 1814, se e s f o r z a r o n
e n r e s t a u r a r e l gobierno tal c o m o e r a a n t e s d e la Revo-
l u c i ó n . Este r e g r e s o h a c i a la m o n a r q u í a a b s o l u t a e s lo que
se h a l l a m a d o R e s t a u r a c i ó n .
Desde e n t o n c e s h a h a b i d o e n E u r o p a dos m a n e r a s dis-
tintas d e c o n c e b i r el g o b i e r n o , la t e o r í a a b s o l u t i s t a y la
c o n s t i t u c i o n a l , existiendo en. c a d a país dos p a r t i d o s
o p u e s t o s , el retrógrado y el liberal. La d i f e r e n c i a e n t r e
a m b o s n o estriba en la forma d e g o b i e r n o , p u e s el p a r t i d o
c o n s t i t u c i o n a l ó l i b e r a l n o p r e f i e r e l a r e p ú b l i c a á l a mo-
n a r q u í a ; la divergencia esta e n el p r i n c i p i o m i s m o del
p o d e r . El p a r t i d o a b s o l u t i s t a a d m i t e la . m o n a r q u í a d e de-
r e c h o d i v i n o ; el rey h a r e c i b i d o de Dios la f a c u l t a d de
m a n d a r ; los h a b i t a n t e s s o n sus s u b d i t o s y d e b e n obedecer
(esta es la t e o r í a d e l siglo XVII). P o r e l c o n t r a r i o , los libe-
r a l e s p a r t e n del p r i n c i p i o de l a s o b e r a n í a d e l a n a c i ó n ;
los h a b i t a n t e s son c i u d a d a n o s y t i e n e n el d e r e c h o exclusivo
de g o b e r n a r s e ; el p r í n c i p e no e s m á s q u e el servidor d e la
n a c i ó n . E s t a d o c t r i n a es poco m á s ó m e n o s la del gobierno
p a r l a m e n t a r i o inglés.
4 7 7 . L u c h a s p o l í t i c a s e n E u r o p a . — Apenas r e s t a u -
r a d a l a m o n a r q u í a , e m p e z ó la l u c h a e n t r e d i c h o s p a r t i d o s :
l a s c u e s t i o n e s q u e se d i s c u t í a n e r a n éstas : .
I o . Los l i b e r a l e s pedían á los g o b i e r n o s q u e p r o m u l g a r a n
u n a c o n s t i t u c i ó n e s c r i t a , d e t e r m i n a n d o en ella los dere-
chos d e sus s ú b d i t o s ; e l p o d e r se n e g a b a á a c e p t a r un
c o m p r o m i s o que le p a r e c í a c o n t r a r i o al d e r e c h o y á la dig-
n i d a d del p r i n c i p e .
2 o . Los l i b e r a l e s pedían la l i b e r t a d d e l a p r e n s a , y los
g o b i e r n o s se n e g a b a n á d e j a r p u b l i c a r escritos subversivos,
esto es, los q u e a t a c a b a n la organización de la sociedad ó
d e l Estado, y c o n s e r v a b a n la c e n s u r a .
En 1813, los a b s o l u t i s t a s o c u p a b a n el p o d e r en casi to-
dos los E s t a d o s d e E u r o p a .
4 7 8 . El r é g i m e n p a r l a m e n t a r i o e n F r a n c i a . — La
R e s t a u r a c i ó n en F r a n c i a n o r e s t a b l e c i ó la m o n a r q u í a a b -
soluta. Los p a r t i d a r i o s de los B o r b o n e s q u i s i e r o n d o t a r á
su país de u n r é g i m e n a n á l o g o al i n g l é s . P o r eso se creó
junto al rey un P a r l a m e n t o , compuesto de u n a c á m a r a de
d i p u t a d o s , e l e g i d o s p o r la n a c i ó n , y de u n a d e l o s
p a r e s , d e s i g n a d o s p o r el r e y , á s e m e j a n z a d e los lores d e
I n g l a t e r r a . P e r o n o se a d m i t i ó c o m o electores m á s que á
los q u e p a g a b a n e l c e n s o , ó s e a n 300 f r a n c o s d e c o n t r i -
bución d i r e c t a al a ñ o ; así q u e d a b a r e d u c i d a la n a c i ó n á
los g r a n d e s p r o p i e t a r i o s .
La R e v o l u c i ó n d e 1 8 3 0 dió n u e v a s f u e r z a s al r é g i m e n
p a r l a m e n t a r i o , a u m e n t a n d o los d e r e c h o s de la n a c i ó n . La
p r e n s a f u é d e c l a r a d a l i b r e . El c e n s o se r e d u j o á 200 f r a n c o s
de c o n t r i b u c i ó n , lo c u a l e r a , d e s p u é s d e todo, la negativa
del d e r e c h o e l e c t o r a l á la m a y o r p a r t e d e los f r a n c e s e s , y
la concesión del g o b i e r n o á u n n ú m e r o r e d u c i d í s i m o de
c i u d a d a n o s , t i l i c a m e n t e la b u r g u e s í a r i c a e r a c o n s u l t a d a
en la solución de l o s n e g o c i o s p ú b l i c o s ; é s t a f o r m a b a , se-
g ú n la f r a s e de e n t o n c e s , el país legal. F o r m ó s e u n a o p o -
sición q u e p e d í a l a rebaja del censo y la admisión de las ca-
pacidades, es d e c i r , q u e la c i f r a d é l a c o n t r i b u c i ó n exigida
p a r a s e r e l e c t o r s e r e b a j a r a y q u e el d e r e c h o de votar
f u e s e c o n c e d i d o ' á l o s c i u d a d a n o s i n s t r u i d o s . Guizot, j e f e
del m i n i s t e r i o d e s d e 1340, logró c o n s e r v a r la m a y o r í a erí
la C á m a r a ; p e r o l a R e v o l u c i ó n d e f e b r e r o d e 1848, h e c h a
p o r el p u e b l o d e P a r í s , dió e n t i e r r a al m i s m o t i e m p o con
el m i n i s t e r i o , la m o n a r q u í a y el r é g i m e n p a r l a m e n t a r i o .
4 7 9 . L a c u e s t i ó n d e l a s n a c i o n a l i d a d e s . — E! prin-
cipio d e la s o b e r a n í a d e la n a c i ó n h a h e c h o s u r g i r , a l lado
de la a n t i g u a teoría c o n s t i t u c i o n a l , la n u e v a d o c t r i n a de
las n a c i o n a l i d a d e s . P u e s t o q u e l a n a c i ó n tiene derecho
exclusivo á g o b e r n a r s e , t a m b i é n p o s e e el d e n o s e r gober-
n a d a p o r e x t r a n j e r o s , el de q u e n o se la i n c o r p o r e á u n a
nación e x t r a ñ a , y el de n o s e r r e p a r t i d a e n t r e dos ó m á s
gobiernos. Cada n a c i ó n d e b e f o r m a r u n E s t a d o i n d e p e n -
d i e n t e , todas las p a r t e s de u n a m i s m a nación t i e n e n q u e
estar r e u n i d a s en u n solo E s t a d o : e s t a es la f ó r m u l a del
p r i n c i p i o d e las n a c i o n a l i d a d e s .
Hasta el siglo XIX no se le h a b í a tenido en c u e n t a p a r a
n a d a . Los E s t a d o s s e h a b í a n f o r m a d o siguiendo el azar de
l a s h e r e n c i a s y de l a s c o n q u i s t a s , sin q u e se m o s t r a r a el
m e n o r e s c r ú p u l o en r e u n i r p u e b l o s d e l e n g u a , r a z a y
costumbres diferentes, ó bien en d e s m e m b r a r u n t e r r i -
torio.
Poco t i e m p o d e s p u é s de l a R e s t a u r a c i ó n , los p a t r i o t a s
e m p e z a r o n cá a g i t a r s e c o n t r a el g o b i e r n o y á p e d i r un p o d e r
n a c i o n a l . E s t a agitación d u r ó m e d i o siglo y t o m ó d i v e r s a s
f o r m a s . E n Grecia, e n Bélgica, e n I t a l i a y A l e m a n i a , casi
en todas p a r t e s , p o r t a n t o , acabó p o r t r i u n f a r el p a r t i d o
nacional.
4 8 0 . P r o g r e s o de las i d e a s constitucionales. —
E n 181? d o m i n a b a e n casi t o d a E u r o p a el r é g i m e n a b s o l u -
t i s t a ; p e r o , á m e d i d a q u e la b u r g u e s í a iba a u m e n t a n d o en
n ú m e r o y r i q u e z a , el p a r t i d o c o n s t i t u c i o n a l crecía y g a -
n a b a en f u e r z a s .
Á p a r t i r de 1860 ( d e s p u é s d e l a g u e r r a d e Italia) se esta-
bleció en todos los E s t a d o s el r é g i m e n p a r l a m e n t a r i o . El
p o d e r p e r t e n e c e en t o d a s p a r t e s á l a s C á m a r a s , la Consti-
t u c i ó n d e t e r m i n a los d e r e c h o s de la n a c i ó n , y la p r e n s a es
l i b r e . Ya n i s i q u i e r a e x i s t e p a r t i d o a b s o l u t i s t a ; t o d o s los
h o m b r e s políticos, i n c l u s o s l o s p r í n c i p e s , h a n a c e p t a d o el
p r i n c i p i o c o n s t i t u c i o n a l . Los p a r t i d o s q u e se d i s p u t a n el
g o b i e r n o se l l a m a n a h o r a c o n s e r v a d o r e s y l i b e r a l e s .
E n E u r o p a n o q u e d a m á s q u e u n p a i s d o n d e i m p e r e la
m o n a r q u í a a b s o l u t a d e l siglo XVII, y es la Rusia.
LA INDUSTRIA, LA AGRICULTURA
Y E L COMERCIO.
4 8 1 . A p l i c a c i ó n d e l a s c i e n c i a s . — La c i e n c i a ha
l l e g a d o á s e r en el siglo XIX n o sólo m á s e x t e n s a , sino
también m á s útil, pues ha llegado á formular doctrinas
b a s t a n t e e x a c t a s y p r e c i s a s p a r a q u e se p u e d a a p l i c a r l a s
á la p r á c t i c a . De e s t e m o d o , l o s p r o g r e s o s científicos han
o r i g i n a d o e n t o d a s l a s a r t e s de la vida p e r f e c c i o n a m i e n t o s
q u e n o h a n t a r d a d o e n r e n o v a r l a i n d u s t r i a , la a g r i c u l t u r a
y l o s m e d i o s d e t r a n s p o r t e ; y á su vez estas m e j o r a s han
s i d o c a u s a de u n a r e n o v a c i ó n j a m á s c o n o c i d a de las condi-
c i o n e s de la e x i s t e n c i a . Á m e d i d a q u e los s a b i o s d e s c u -
bren nuevos hechos ó formulan nuevas leyes, procuran
s a c a r p a r t i d o d e ellas l o s i n d u s t r i a l e s , los i n g e n i e r o s y los
q u í m i c o s . U n o s t r a b a j a n en c o n o c e r m e j o r la n a t u r a l e z a y
otros en d o m i n a r l a m á s c o m p l e t a m e n t e .
4 8 2 . E l v a p o r . - El d e s c u b r i m i e n t o m á s f e c u n d o que
h a s t a h o y se h a realizado es el d e la f u e r z a m o t o r a del
v a p o r ; de a h í h a n s u r g i d o t r e s g r a n d e s a p l i c a c i o n e s : las
m a q u i n a s i n d u s t r i a l e s , los b u q u e s de v a p o r y los c a m i n o s
d e h i e r r o . La m á q u i n a d e v a p o r f u é i n v e n t a d a p o r W a t t
á fines del s i g l o XVIII j ese i n s t r u m e n t o se h a p e r f e c c i o -
n a d o m u c h o d e s p u é s y sirve a c t u a l m e n t e p a r a p o n e r en
m o v i m i e n t o t o d o s los g r a n d e s a p a r a t o s d e f a b r i c a c i ó n .
Los b u q u e s d e v a p o r h a n a r r e b a t a d o á los d e v e l a casi
todo el t r a n s p o r t e d e v i a j e r o s ; a t r a e n a d e m á s l a s m e r c a n -
cías, y e m p i e z a n á r e e m p l a z a r los b a r c o s d e pesca. Tienen
la v e n t a j a d e i r m á s de p r i s a y de a n d a r venga d e d o n d e
v i n i e r e el v i e n t o . — Los c a m i n o s de h i e r r o n a c i e r o n m á s
t a r d e . S e p a r a d a m e n t e se i n v e n t a r o n el coche de vapor q u e
se p r o c u r a b a h a c e r a n d a r s o b r e r u e d a s , y los rieles de
)ierro, u s a d o s e n las m i n a s p a r a facilitar el tiro d e u n
c a r r o p o r e l c a b a l l o . S t e p h e n s o n colocó e n c i m a d e los
r i e l e s el c o c h e d e v a p o r y creó el c a m i n o de h i e r r o ; p r i -
m e r a m e n t e n o se l e e m p l e a b a (1821) m á s que p a r a t r a n s -
p o r t a r el c a r b ó n ; á p a r t i r de 1830, f u é usado t a m b i é n p a r a
las p e r s o n a s .
4 8 3 . L a e l e c t r i c i d a d . — La e l e c t r i c i d a d n o se h a
aplicado m á s q u e en el último m e d i o siglo, y y a h a dado
origen a l t e l é g r a f o , el a l u m b r a d o eléctrico y l a galvano-
plastia. — El t e l é g r a f o e l é c t r i c o fué inventado al m i s m o
t i e m p o en F r a n c i a , A l e m a n i a é I n g l a t e r r a , e n t r e 1833
y 1838.
El t e l é f o n o es m u y r e c i e n t e y a u n no h a a c a b a d o d e
p e r f e c c i o n a r s e . Ya lo h a y establecido e n la m a y o r p a r t e d e
las g r a n d e s c i u d a d e s , y e n t r e a l g u n a s d e éstas, c o m o
P a r í s con B r u s e l a s y M a r s e l l a ; n o t a r d a r á en a t r a v e s a r los
m a r e s , y q u i z á s e n l l e v a r de u n c o n t i n e n t e á otro la voz
humana.
4 8 4 . P r o g r e s o s d e l a a g r i c u l t u r a . — Los p r i n c i p a l e s
p e r f e c c i o n a m i e n t o s de la a g r i c u l t u r a se d e b e n á la m e c á -
n i c a y á la q u í m i c a . La p r i m e r a ha p r o d u c i d o l a s m á q u i -
n a s a g r í c o l a s (la s e g a d o r a , la c o g e d o r a y la d e s g r a n a d o r a
mecánicas) q u e r e e m p l a z a n la hoz, l a h o r q u i l l a y el trillo
y p e r m i t e n o p e r a r m á s d e p r i s a y con m e n o s b r a z o s . La
SEIGNOBOS. — Compendio. 13
q u í m i c a h a s u m i n i s t r a d o l o s a b o n o s q u í m i c o * , m á s enér-,
gicos y, en ocasiones m á s b a r a t o s q u e el e s t i é r c o l .
Sin e m b a r g o m á s todavía debe la a g r i c u l t u r a al c o m e r -
cio q u e á la ciencia. C u a n d o no h a b í a m á s m e d i o s de
t r a n s p o r t e que l a s c a r r e t a s , l o s cultivadores n o t e n í a n in-
t e r é s en p r o d u c i r sino lo n e c e s a r i o p a r a su c o n s u m o per-
s o n a l y el m e r c a d o de las c i u d a d e s c e r c a n a s . Los c a m p e -
sinos d e Castilla d e j a b a n p o d r i r s e s u s c e r e a l e s y los de
R u s i a 110 podían v e n d e r l o s p o r q u e 110 h u b i e r a b a s t a d o su
precio p a r a p a g a r el t r a n s p o r t e . P e r o con los c a m i n o s de
h i e r r o y l o s r e a l e s , ios l a b r a d o r e s t r a b a j a n sin descanso en
a u m e n t a r los p r o d u c t o s de la t i e r r a , p u e s e s t á n s e g u r o s de
colocarlos.
Lo q u e p r i n c i p a l m e n t e h a a u m e n t a d o e s la e x t e n s i ó n d e
l a s t i e r r a s cultivadas. E u r o p a , q u e en 18110 110 c o n t a b a
sino 150 m i l l o n e s de h e c t á r e a s d e cultivo, tenía 200 m i -
llones en 1884. Los E s t a d o s Unidos poseían 22 m i l l o n e s de
h e c t á r e a s t r a b a j a d a s en 1850 y en 1884 h a b í a n subido á 64.
Lo m i s m o lia o c u r r i d o con el g a n a d o . E n 3 0 a ñ o s h a rea-
lizado la a g r i c u l t u r a m á s p r o g r e s o s q u e en l o s diez y ocho
siglos p r e c e d e n t e s .
4 8 5 . P r o g r e s o s de l a i n d u s t r i a . — La i n d u s t r i a lia
s a c a d o t a m b i é n gran p a r t i d o de las aplicaciones de la
• ciencia y , sobre todo, de la m e c á n i c a y d e la q u í m i c a .
l i é aquí la lista d e las i n d u s t r i a s c r e a d a s ó r e n o v a d a s en
- n u e s t r o siglo.
E n t r e l a s antiguas, la e x t r a c c i ó n de la h u l l a : las m i n a s
í de c a r b ó n p r o d u c í a n en 1810 ú n i c a m e n t e 9 m i l l o n e s de
t o n e l a d a s , m i e n t r a s q u e e n 1860 dieron 140 y en 1880 334.
— La fabricación d e a r m a s (se h a r e e m p l a z a d o el fusil de
p i e d r a p o r el de p i s t ó n , se han i n v e n t a d o los de tiro r á -
pido, los c a ñ o n e s d e a c e r o q u e se cargan p o r la culata, la
c a r a b i n a y el revólver). — El l a v a d o ( r e n o v a d o p o r el em-
pleo del cloro). — E l c u r t i d o . — E l h i l a d o y el t e j i d o del a l -
g o d ó n , d e la lana y de la seda. — La i m p r e n t a ( r e n o v a d a por
l a i n v e n c i ó n de la p r e n s a de v a p o r y de l a estereotipia).
— La i n d u s t r i a del p a p e l ( r e n o v a d a p o r e l e m p l o de la má-
quina). El g r a b a d o ( r e n o v a d a p o r varios i n v e n t o s sucesi-
vos : la l i t o g r a f í a , el g r a b a d o s o b r e a c e r o , el g r a b a d o
e n z i n c , la c r o m o l i t o g r a f í a ) .
48G. E n t r e l o s n u e v o s i n v e n t o s , los p r i n c i p a l e s son, á
m á s d e las a p l i c a c i o n e s del v a p o r y de la electricidad : los
f ó s f o r o s q u í m i c o s , el a z ú c a r «le r e m o l a c h a , el g a s , el
p e t r ó l e o , el c a u c h o y la g u t a p e r c h a , l a f o t o g r a f í a , y el
h e l i o g r a b a d o , la g a l v a n o p l a s t i a , los c o l o r e s e x t r a í d o s
de la h u l l a , l a s c o n s e r v a s a l i m e n t i c i a s y el e x t r a c t o d e
carne.
El n ú m e r o de o b r e r o s e m p l e a d o s en las m i n a s y las
m a n u f a c t u r a s sp elevaba en 1880, t a n t o en E u r o p a c o m o e n
los E s t a d o s Unidos, á 16 m i l l o n e s d e h o m b r e s , que p r o d u -
cían 70.000 m i l l o n e s de f r a n c o s ; n a d a m á s q u e la i n d u s t r i a
del algodón y de la l a n a o c u p a b a t r e s m i l l o n e s y m e d i o
de trabajadores.
4 8 7 . P r o g r e s o s del c o m e r c i o . — El comercio lia sido
t r a n s f o r m a d o p o r dos g r a n d e s r e v o l u c i o n e s , u n a en los
m e d i o s de t r a n s p o r t e s , o t r a en los m e d i o s de c o m u n i -
cación.
E n t r e los g r a n d e s p u e r t o s se h a n organizado servicios
r e g u l a r e s de b u q u e s d e v a p o r ; ya h a y un c e n t e n a r d e
líneas que cruzan el o.céano en todas direcciones. El ca-
m i n o es t a n conocido, v se le sigue con tal r e g u l a r i d a d que
es p o s i b l e r e c o n o c e r los d e r r o t e r o s en el f o n d o del m a r
p o r el r a s t r o d e las cenizas de c a r b ó n q u e h a n a r r o j a d o .
El viaje de I n g l a t e r r a á A m é r i c a , que en o t r a época d u r a b a
1111 m e s se e f e c t ú a r e g u l a r m e n t e en siete días.
El t r a n s p o r t e de v i a j e r o s p o r t i e r r a 110 p o d í a e f e c t u a r s e
m á s q u e p o r diligencia, el de las m e r c a n c í a s en carretas que
s e g u í a n c a m i n o s c u b i e r t o s d e polvo y llenos de baches. E11
F r a n c i a se c o n s i d e r a r o n c o m o u n g r a n p r o g r e s o l a s men-
sajerías, que sólo t a r d a b a n tres días y t r e s noches p a r a ir
de P a r í s á Lyón. Á p a r t i r d e 1850 todo esto lia d e s a p a r e -
cido, r e e m p l a z a d o p o r el c a m i n o de h i e r r o . Las a n t i g u a s
r u t a s r e c t a s e m p e d r a d a s q u e subían y b a j a b a n como despe-
ñ a d e r o s , lian sido r e e m p l a z a d a s p o r o t r a s de m a c a d a m d e
s u a v e s p e n d i e n t e s . E11 1883 había u n o s 430.000 k i l ó m e t r o s
d e c a m i n o s de h i e r r o en lodo el m u n d o , de ellos 183.000 en
E u r o p a y 220.000 en A m é r i c a , con t r e n e s expresos q u e
a n d a n 60 k i l ó m e t r o s p o r h o r a .
Los m e d i o s de c o m u n i c a c i ó n lian seguido p r o g r e s i ó n
análoga.
4 8 8 . El c o r r e o e s t á organizado a c t u a l m e n t e en todos
los países civilizados y s u s colonias. E n 18221a Unión postal
t r a n s p o r t ó u n o s 4.800 m i l l o n e s d e c a r t a s , 900 de t a r j e t a s
postales, 3.700 m i l l o n e s de periódicos y 120 d e m a n d a t o s
p o r valor de 6.500 m i l l o n e s . — Los t e l é g r a f o s eléctricos
n o h a n sido organizados sino á p a r t i r d e 1850. Sin e m b a r g o
e n 1883 h a b í a ya 1.200.000 k i l ó m e t r o s d e l í n e a s , d e ellos
500.000 en E u r o p a , 430.000 en A m é r i c a y 153.000 k i l ó m e -
t r o s d e cables s u b m a r i n o s .
4 8 9 . A u m e n t o de l a p o b l a c i ó n y d e l a r i q u e z a . —
Los p r o g r e s o s de la i n d u s t r i a y del c o m e r c i o h a n creado
a b u n d a n t e s r i q u e z a s n u e v a s ; la a b u n d a n c i a d e l a s cosas
n e c e s a r i a s á la vida h a h e c h o a u m e n t a r el n ú m e r o de
h a b i t a n t e s . N u n c a h a b í a sido tan r á p i d o el a u m e n t o . En
82 a ñ o s (de 1800 á 1882) h a p a s a d o E u r o p a d e 187 m i l l o n e s
de h a b i t a n t e s á 300 m i l l o n e s , y los E s t a d o s Unidos de 5 á 50.
La r i q u e z a h a crecido m á s todavía, y c o n t i n ú a su movi-
m i e n t o ascensional. Los h a b i t a n t e s de ios p a í s e s civilizados
n o gastan todas s u s r e n t a s , sino q u e c a d a a ñ o e c o n o m i z a n
u n a s u m a q u e e m p l e a n en c r e a r s e n u e v o s r e c u r s o s : este
es el a h o r r o , q u e se eleva p o r t é r m i n o m e d i o á 1.600 mi-
llones en I n g l a t e r r a , á 1.900 en F r a n c i a , á 1.000 en A l e m a -
n i a y á 4.100 m i l l o n e s en los E s t a d o s Unidos.
4 9 0 . L o s p r e s u p u e s t o s de g a s t o s . — Los E s t a d o s h a n
a p r o v e c h a d o este a u m e n t o p a r a g a s t a r m á s . Todas las
n a c i o n e s de E u r o p a r e u n i d a s n o g a s t a b a n en 1820 a r r i b a
de seis mil millones d e f r a n c o s a l año ; hoy i n v i e r t e n 19.
En I n g l a t e r r a h a n s u b i d o los gastos d e 1.250 m i l l o n e s á
2.800 p o r ario; en F r a n c i a , d e 700 á 2.800.
A d e m á s , los g o b i e r n o s a c t u a l e s d i s p o n e n d e f a c i l i d a d e s
q u e s u s p r e d e c e s o r e s del siglo xviu n o c o n o c i e r o n p a r a
t o m a r p r e s t a d o . Así es q u e lian c o n t r a í d o d e u d a s e n o r m e s .
I n g l a t e r r a dió el e j e m p l o , p u e s p a r a s o s t e n e r la l u c h a con-
tra N a p o l e ó n elevó su d e u d a p ú b l i c a á 920 m i l l o n e s de
libras e s t e r l i n a s , c i f r a q u e a l c a n z a b a en 1815.
Todos los d e m á s E s t a d o s h a n s e g u i d o este m i s m o c a m i n o
y el e m p r é s t i t o ha llegado á ser el r e c u r s o o r d i n a r i o d e los
gobiernos q u e se e n c u e n t r a n en a p u r o s p e c u n i a r i o s . Estas
d e u d a s se c o n t r a e n b a j o la f o r m a de e m p r é s t i t o s no reem-
bolsabas; los a c r e e d o r e s n o t i e n e n m á s d e r e c h o q u e el de
c o b r a r s u s réditos. De m o d o q u e todo se r e d u c e á a u m e n -
t a r el i m p u e s t o a n u a l en la s u m a n e c e s a r i a p a r a p a g a r
esos i n t e r e s e s .
Tal uso se h a h e c h o d e este p r o c e d i m i e n t o , q u e l a d e u d a
de casi todos los E s t a d o s h a alcanzado e n t r e 1820 y 1880
p r o p o r c i o n e s i n a u d i t a s . A l e m a n i a ha a u m e n t a d o l a s u y a
de 550 m i l l o n e s á 5.400 p a r a el I m p e r i o y 8.000 m i l l o n e s
p a r a ios E s t a d o s ; R u s i a h a ido d e 1.200 á 14.500 m i l l o n e s ;
Austria, d e 2.400 á 10.500 m i l l o n e s ; Italia de 820 á 10.000
m i l l o n e s ; F r a n c i a d e c u a t r o m i l m i l l o n e s á 22. Y l a
m a y o r p a r t e d e este d i n e r o se h a invertido e n g a s t o s d e
guerra.
Los a r m a m e n t o s h a n a ñ a d i d o 40 m i l m i l l o n e s á l a s
d e u d a s públicas, al paso q u e los c a m i n o s d e h i e r r o y los
t e l é g r a f o s n o h a n costado a r r i b a d e 14.
4 9 1 . L o s B a n c o s . — Desde fines del siglo x v m s e h a n
creado B a n c o s nacionales, con garantías suficientes
p a r a i n s p i r a r c o n f i a n z a . Estas i n s t i t u c i o n e s n o t i e n e n d e r e -
cho p a r a e m i t i r m á s q u e u n a cantidad fija d e b i l l e t e s y
deben g u a r d a r en s u s a r c a s d i n e r o suficiente p a r a r e e m b o l -
s a r l o s : e s t a es la reserva metálica que se e l e v a p r ó x i m a -
m e n t e á la t e r c e r a p a r l e ele los billetes q u e e s t á n en
circulación. El Banco hace p r o d ú c i r i n t e r é s a l resto d e
su d i n e r o p r e s t á n d o l o á c o m e r c i a n t e s s e g u r o s : estos
valores p r e s t a d o s c o n s t i t u y e n la cartera. Como e l d i n e r o
n o ha c o s t a d o n a d a al Banco, s u s b e n e f i c i o s s o n i n d u -
dables. Y c u a n d o e n los m o m e n t o s de crisis se p r e s e n t a n
á r e e m b o l s o todos los t e n e d o r e s de b i l l e t e s , e l E s t a d o
a c u d e en socorro del Banco, d e c r e t a n d o p a r a salvarlo el
curso forzoso. E n t o n c e s el Banco q u e d a e x e n t o de l a obli-
gación d e r e e m b o l s a r y la aceptación de b i l l e t e s e n todos
los p a g o s es de ley.
Todos los países civilizados poseen h o y u n Banco nacio-
nal. En l a s n a c i o n e s ricas c o m o I n g l a t e r r a , F r a n c i a y los
E s t a d o s Unidos, d o n d e la c o n f i a n z a es a b s o l u t a , los b i l l e t e s
son a c e p t a d o s t a n f á c i l m e n t e c o m o el o r o , y a u n se les
p r e f i e r e á éste, p o r s e r m á s fáciles d e t r a n s p o r t a r . Allí
d o n d e el crédito público n o es tan g r a n d e , los b i l l e t e s
valen m e n o s d e lo que r e p r e s e n t a n ; así es q u e en A u s t r i a
el p a p e l p i e r d e 20 p o r 100; e n Rusia el r u b l o de p a p e l n o
vale sino dos f r a n c o s y m e d i o e n vez d e c u a t r o , es decir,
q u e p i e r d e 3 octavas p a r t e s de su valor n o m i n a l . — Hay e n
circulación billetes d e b a n c o p o r valor de-23.000 m i l l o n e s .
4 9 2 . Como el oro y la p l a t a continúan c i r c u l a n d o , á la
vez q u e los billetes q u e r e p r e s e n t a n , la c a n t i d a d d e n u m e -
a r t í c u l o s d e c o m e r c i o e s preciso q u e l o s v e n d e d o r e s y los
rario se ha d u p l i c a d o .
c o m p r a d o r e s s e r e ú n a n en u n c e n t r o c o m ú n ; este c e n t r o
se l l a m a B o l s a , a u n q u e . en b u e n castellano debería
Los baucos lian prestado otro servicio, gracias al sistema de - decirse Lonja de contratación. Estas r e u n i o n e s diarias h a n
cheques y de traspasos de cuentas. Los industriales y los comer-
hecho inútiles las antiguas ferias periódicas.
ciantes de los diferentes países que tienen cuenta abierta en un
banco, no tienen que hacer para pagar una suma, más que dar 4 9 5 . E l n u e v o r é g i m e n c o l o n i a l . — Desde fines del
un cheque de ésta, pagadero en dicho banco. P a r a efectuar un siglo X V I I I r e n u n c i a r o n l o s E s t a d o s q u e t e n í a n colonias al
pago entre dos clientes de un mismo banco, basta con abonarla r é g i m e n d e l m o n o p o l i o , p r i v a n d o d e s u s privilegios á l a s
en la cuenta del que cobra, y cargarla en la del que paga; compañías de comercio.
así se pagan miles dé millones, sin necesidad de transportar un La e x p e r i e n c i a d e m o s t r ó q u e el d a r l i b e r t a d á l a s
cuarto. El banco de Fráucia efectúa ésos traspasos entre sus c o l o n i a s f u é u n a o p e r a c i ó n v e n t a j o s a ; la p r o d u c c i ó n au-
clientes por valor de 40.000 millones al año. ü.el mismo modo se m e n t ó y e l c o m e r c i o se hizo m á s activo.' E n diez a ñ o s (de
procede entre los distintos establecimientos de u n a ciudad. Eii
1776 á 1786) s e elevó e n las colonias e s p a ñ o l a s 800 p o r 100.
Londres y Nueva-York se reúnen cada día los empleados de los
principales baucos en la « casa de arreglo de cuentas » (clear- Los h o l a n d e s e s v i e r o n , p o r su p a r t e , q u e el a z ú c a r , e l café,
iug-house), para compensar los cheques que unos tienen sobre . el añil y e l a r r o z , c u l t i v a d o s l i b r e m e n t e , d e j a b a n m á s q u e
otros. La suma dé estos pagos se eleva en Londres á 130 mil y las e s p e c i a s . En l a I n d i a f u é insignificante e l comercio
en Nueva-York á 150 mil millones al año. Este procedimiento m i e n t r a s d u r ó el m o n o p o l i o d e l a c o m p a ñ í a , y h a a u m e n -
tan sencillo activa indefinidamente la circulación de los capita- tado r á p i d a m e n t e con e l r é g i m e n d e l i b e r t a d . I n g l a t e r r a
les; sólo ási sé ha hecho posible el prodigioso n ú m e r o de nego- i m p o r t a h o y en él I n d o s t á n 725 m i l l o n e s y e x p o r t a d e
cios que sé efectúa en él mundo.
' allí 800.
4 9 6 . C o l o n i a s f r a n c e s a s . — F r a n c i a h a b í a p e r d i d o en
4 9 3 . L a s s o c i e d a d e s d e c r é d i t o . — C u a n d o u n nego-
el siglo x v n i casi todo su i m p e r i o c o l o n i a l ; pero e n n u e s -
cio p r o m e t e b e n e f i c i o s , se f u n d a u n a s o c i e d a d a n ó n i m a
t r o s días s e h a c r e a d o otro n n e v o , o c u p a n d o e n Africa,
(se la l l a m a así p o r c o n t r a s t e c o n las a s o c i a c i o n e s de
Argelia y T ú n e z , el Senegal y el Congo; en Oceanía, la
c o m e r c i o , en l a s c u a l e s d a n los f u n d a d o r e s s u s n o m b r e s y
N u e v a - C a l e d o n i a y l a s islas T a i t í ; y la I n d o c h i n a en Asia.
r e s p o n d e n d e t o d a s las o p e r a c i o n e s ) . E s t a s o c i e d a d perte-
E n las c o l o n i a s de F r a n c i a (excepto Argelia y la isla d é l a R e u -
n e c e e n c o m ú n á los q u e h a n a d q u i r i d o s u s a c c i o n e s . Los
nión) es poco n u m e r o s a la p o b l a c i ó n f r a n c e s a ' ; en casi
a c c i o n i s t a s se r e p a r t e n e n t r e sí los b e n e f i c i o s en proporción
todas l a s r e s t a n t e s , el c l i m a es d e m a s i a d o a r d i e n t e p a r a
del n ú m e r o d e a c c i o n e s q u e c a d a u n o p o s e e : esto es el
l o s e u r o p e o s y l o s h a b i t a n t e s son en su m a y o r í a d e r a z a
d i v i d e n d o . Los n e g o c i o s son d i r i g i d o s p o r el consejo de
indígena.
administración p e r o los a c u e r d o s s e t o m a n e n asamblea de
Sin e m b a r g o , el s i s t e m a f r a n c é s es t r a t a r á las colonias
accionistas. — E s t a s c o m p a ñ í a s s o n las q u e h a n organizado
c o m o p a r t e s i n t e g r a n t e s d e F r a n c i a . E n t r e los c i u d a d a n o s
casi todas las g r a n d e s e m p r e s a s d e n u e s t r o t i e m p o , los
d e é s t a y d e a q u é l l a s n o existen d i f e r e n c i a : todos p o s e e n
c a m i n o s d e h i e r r o , l a s m i ñ a s , el canal d e Suez, etc.
l o s m i s m o s d e r e c h o s , todos están s o m e t i d o s p o r las m i s m a s
4 9 4 . L a B o l s a . — Las a c c i o n e s d é u n a sociedad tienen
l e y e s , s o n g o b e r n a d o s p o r los m i s m o s m i n i s t r o s y envían
valor m u y v a r i a b l e ; los c o m p r a d o r e s d a n p o r ellas precio
diputados á la Cámara.
m á s ó m e n o s e l e v a d o , según e s p e r e n m a y o r e s ó m e n o r e s
beneficios. Lo m i s m o o c u r r e con las m e r c a n c í a s : el precio
d e los trigos, d e l o s a l g o d o n e s , d e los cafés, aceites, etc.,
d e p e n d o d e c i r c u n s t a n c i a s m u y v a r i a b l e s y c a m b i a d e un
día p a r a o t r o . P a r a fijar e l valor d e las a c c i o n e s ó de los

XV. CONCLUSION.
ESTADO PRESENTE DEE SIENDO.
4 9 7 . P o b l a c i ó n d e l m u n d o . — Se calcula e n 1 . 4 5 0
m i l l o n e s el n ú m e r o d e h o m b r e s de t o d a s l a s r a z a s que
existen : 330 en E u r o p a , 800 e n Asia, 200 en África y 100 en
A m é r i c a . En la t i e r r a h a y g r a n n ú m e r o d e a q u é l l a s ; p e r o
la m a y o r p a r t e q u e n o c o n s i s t e n sino en p o b l a c i o n e s sal-
v a j e s , e s t á n ya á p u n t o d e e x t i n g u i r s e , c o m o los i n d í g e n a s
d e T a s m a n i a , ó de r e f u n d i r s e e n o t r a s m á s p o d e r o s a s c o m o
los i n d i o s d e A m é r i c a . Q u e d a n , p u e s , sólo t r e s g r a n d e s
r a z a s . A la b l a n c a p e r t e n e c e n l a m i t a d d e Asia, E u r o p a ,
A m é r i c a , A u s t r a l i a y las costas d e A f r i c a ; á la raza a m a r i l l a
p e r t e n e c e el Asia Oriental, d e s d e d o n d e se h a e x t e n d i d o
p o r todo el archipiélago m a l a y o ; l o s n e g r o s p u e b l a n África
y las r e g i o n e s tropicales de A m é r i c a , a d o n d e f u e r o n t r a n s -
p o r t a d o s como esclavos.
4 9 8 . L a s r e l i g i o n e s . — Lo m i s m o o c u r r e c o n l a s r e l i -
g i o n e s , q u e son todavía n u m e r o s a s p e r o que en su m a y o r
p a r t e n o son p r a c t i c a d a s y.a, s i n o p o r a l g u n a s t r i b u s y q u e
d e s a p a r e c e n c o n rapidez a ú n m a y o r q u e las razas, a n t e
otros cultos d e organización s u p e r i o r . El m u n d o está r e p a r -
tido e n t r e c u a t r o g r a n d e s r e l i g i o n e s . El c r i s t i a n i s m o
d o m i n a en E u r o p a y e n A m é r i c a . Se c u e n t a n 435 m i l l o n e s
de c r i s t i a n o s divididos en t r e s r a m a s ; 200 d e católicos,
130 d e p r o t e s t a n t e s y 85 de g r i e g o s o r t o d o x o s . El m a h o -
m e t i s m o d o m i n a en África y e n e l Asia o c c i d e n t a l c o n t a n -
do 170 m i l l o n e s de c r e y e n t e s ; el b u d i s m o d o m i n a en el
Asia o r i e n t a l con 500 m i l l o n e s , d e s e c t a r i o s ; y el b r a h -
m a n i s m o e n la I n d i a c o n 150 m i l l o n e s . Hay a d e m á s d e 7 á
8 m i l l o n e s d e i s r a e l i s t a s d i s p e r s o s p o r el m u n d o ; y q u e -
d a n 230 m i l l o n e s de i d ó l a t r a s e n t r e los s a l v a j e s d e Oceanía,
los i n d i o s de A m é r i c a y l o s n e g r o s de Á f r i c a ; p e r o t o d o s
éstos se c o n v i e r t e n r á p i d a m e n t e , u n o s a l c r i s t i a n i s m o , y
al m a h o m e t i s m o otros.
4 9 9 . I n f l u e n c i a d e l a s d i v e r s a s r a z a s . — Las r a z a s
n o c o r r e s p o n d e n á l a s r e l i g i o n e s ; e n t r e los b l a n c o s h a y
cristianos, m u s u l m a n e s , y p a r t i d a r i o s del b r a h m a n i s m o ; l o s
CONCLUSION. 225
n e g r o s e s t á n r e p a r t i d o s e n t r e la m e d i a l u n a y el c r i s t i a n i s -
m o ; p e r o á c a d a religión c o r r e s p e n d e u n a f o r m a de civili-
zación : a l c r i s t i a n i s m o la e u r o p e a , al m a h o m e t i s m o l a
á r a b e , al b r a h m a n i s m o la i n d o s t á n i c a . y al b u d i s m o la
civilización c h i n a . La i n d o s t á n i c a se h a d e t e n i d o en su
d i f u s i ó n , y va quizás á f u n d i r s e con la civilización e u r o p e a
que los ingleses h a n llevado á la India. La civilización
á r a b e se e n c u e n t r a e n d e c a d e n c i a desde que el m u n d o
m u s u l m á n cayó en m a n o s d e los b á r b a r o s turcos. Quedan
dos civilizaciones q u e h a s t a hoy no h a n podido p e n e t r a r s e
u n a á o t r a , la de E u r o p a y la de China.
5 0 0 . T e n e m o s u n a t e n d e n c i a irresistible á c o n s i d e r a r
c o m o ú n i c a v e r d a d e r a la civilización europea, q u e es la
nuestra, y á..esperar que absorberá ó hará retroceder á
todas sus rivales. Ya la m a y o r p a r t e del globo p e r t e n e c e
á u n a de las t r e s g r a n d e s r a m a s de los p u e b l o s d e Eu-
r o p a : los rusos, r e p r e s e n t a n t e s de la raza e s l a v a , o c u -
p a n el Asia del Norte ; los a n g l o - s a j o n e s , que r e p r e s e n t a n
á la raza g e r m á n i c a , son s e ñ o r e s de la A m é r i c a del Norte,
de la I n d i a y de la O c e a n í a ; f i n a l m e n t e , los p u e b l o s ro-
m a n o s , r e p r e s e n t a d o s por los españoles y los p o r t u g u e s e s ,
p o s e e n la A m é r i c a c e n t r a l y del s u r . Á esos t r e s g r u p o s co-
r r e s p o n d e n los t r e s i d i o m a s que i m p e r a n en t e r r i t o r i o s m á s
vastos, e l i n g l é s , h a b l a d o p o r 100 m i l l o n e s d e a l m a s , el
r u s o p o r 95 y el e s p a ñ o l p o r 48. El a l e m á n , l e n g u a de E u r o p a
c e n t r a l sirve á 60 m i l l o n e s de h o m b r e s y el f r a n c é s á 46 ;
pero a m b o s e s t á n c o n f i n a d o s en t e r r i t o r i o s r e l a t i v a m e n t e
p e q u e ñ o s . Sería, sin e m b a r g o , p u e r i l juzgar de l a i m p o r -
t a n c i a d e un p u e b l o p o r el n ú m e r o de h o m b r e s q u e h a b l a n
'su l e n g u a y el d e k i l ó m e t r o s c u a d r a d o s que posee. U n a
n a c i ó n vale sobre todo p o r la p a r t e que sus sabios, sus es-
critores, sus a r t i s t a s y s u s ingenieros toman en el des-
a r r o l l o de la civilización c o m ú n ; F r a n c i a d e s e m p e ñ a en el
m u n d o u n p a p e l m u c h o m á s g r a n d e que España. Y si b i e n
es posible que los rusos, los a n g l ó - s a j o n e s y los h i s p a n o -
a m e r i c a n o s lleguen u n día á d o m i n a r el m u n d o , e s a h o r a
no h a llegado todavía. Los t r e s principales pueblos d e
n u e s t r a época, los q u e se elevan sobre los r e s t a n t e s p o r su
actividad y dirigen la m a r c h a de la civilización, siguen
s i e n d o l o s i n g l e s e s , los f r a n c e s e s y los a l e m a n e s .
5 0 1 . La civilización común á todos los pueblos. —
Todos estos p u e b l o s t i e n e n u n a civilización c o m ú n , s u r -
gida d e la c u l t u r a a n t i g u a , t r a n s m i t i d a á ios países cris-
tianos y q u e é s t o s t r a b a j a n en p e r f e c c i o n a r .
Todos t i e n e n los m i s m o s i n s t r u m e n t o s de t r a b a j o , los
mismos procedimientos industriales, análogos medios de
t r a n s p o r t e ; todos poseen f á b r i c a s , m á q u i n a s de v a p o r , ca-
m i n o s de h i e r r o y t e l é g r a f o s ; t o d o s e x p l o t a n s u s m i n a s y
su suelo. Los países de A m é r i c a y de Oceanía r e c i e n t e -
m e n t e poblados, son a g r í c o l a s . Las p a r t e s t e m p l a d a s de
ellos p r o d u c e n trigos y g a n a d o ; l a s cálidas, a l g o d ó n , arroz,
café y especias.
Las dos t e r c e r a s p a r t e s de E u r o p a s i g u e n c o n s e r v a n d o
el m i s m o c a r á c t e r ; los países r o m a n o s d e l s u r d a n los
vinos y la f r u t a ; los e s t a d o s del este, el trigo, las p i e l e s y
la m a d e r a . Le i n d u s t r i a ocupa s o b r e todo á los p u e b l o s
g e r m á n i c o s del n o r t e : I n g l a t e r r a , Bélgica, A l e m a n i a ,
• Suiza y Norte de F r a n c i a . Ahí es d o n d e existe m a y o r d e n -
sidad de población, y d o n d e ésta c r e c e con m a y o r r a p i d e z :
en Bélgica hay 192 h a b i t a n t e s p a r k i l ó m e t r o c u a d r a d o ; en
I n g l a t e r r a , 172; en Holanda, 128; en A l e m a n i a , 8 4 ; en el
c a n t ó n d e Ginebra, 364; e n F r a n c i a , ú n i c a m e n t e 71. La
población d e I n g l a t e r r a a u m e n t a cada año en 9.2 p o r 100;
la d e Süecia en 11.5 ; la d e A l e m a n i a en 10; la de Holanda
en 9 ; la de F r a n c i a , sólo en 2,3. De 1700 acá, la Gran
Bretaña h a subido de 8 á 35 m i l l o n e s d e a l m a s ; Alemania
de 19 á 4 6 ; F r a n c i a n a d a m á s q u e de 19 á 37.
Todas las n a c i o n e s civilizadas están en c o m u n i c a c i ó n
p o r m e d i o d e u n a red de c a m i n o s de h i e r r o (450.000 kiló-
metros), de lineas d e b a r c o s de vapor (más d e 100), de te-
légrafos (1.200.000 k i l ó m e t r o s ) , de c a b l e s s u b m a r i n o s
(150.000 k i l ó m e t r o s ) y p o r la U n i ó n p o s t a l u n i v e r s a l .
Los p u e b l o s c a m b i a n e n t r e ellos sus p r o d u c t o s y s u s capi-
tales y viven en r e l a c i o n e s c o n s t a n t e s . La p r e n s a , infor-
m a d a p o r telégrafo, p u b l i c a c a d a día las n o t i c i a s del
mundo entero.
5 0 2 . El g é n e r o d e vida t i e n d e á s e r el m i s m o en todos
los países civilizados; en t o d a s p a r t e s s e e n c u e n t r a n las
m i s m a s c i u d a d e s con c a l l e s t i r a d a s á c o r d e l , g r a n d e s pla-
zas, e m p e d r a d o s y b a l d o s a s , c o c h e s ó m n i b u s , a l c a n t a r i l l a s ,
a g u a s t r a í d a s de lejos p a r a el c o n s u m o , e t c . Los l a b r a d o -
r e s y los o b r e r o s , que s o n m á s t a r d í o s e n c a m b i a r , c o n s e r -
v a n todavía en la E u r o p a o r i e n t a l , s u s c o s t u m b r e s y s u s
t r a j e s ; p e r o la b u r g u e s i a del m u n d o e n t e r o t i e n e y a l a s
m i s m a s o c u p a c i o n e s , d i s t r a c c i o n e s y p r á c t i c a s : el vestir
á la inglesa, las m o d a s d e l'arís, el t e a t r o , los p e r i ó d i c o s ,
los c a s i n o s y la Bolsa.
Las ideas p a s a n d e u n país á otro ; los sabios t r a b a j a ?
e n t o d a s p a r t e s c o n a r r e g l o á los m i s m o s m é t o d o s , elabo-
r a n d o la ciencia e n c o m u n i d a d y r e u n i é n d o s e p e r i ó d i c a -
m e n t e e n congresos i n t e r n a c i o n a l e s . La p i n t u r a , l a escul-
t u r a , la a r q u i t e c t u r a y la m ú s i c a s o n c o m u n e s á l o s p u e -
blos. Las o b r a s n a c i o n a l e s siguen s i e n d o n a c i o n a l e s , p o r
c a u s a de l a d i f e r e n c i a d e i d i o m a s ; p e r o l a s t r a d u c c i o n e s
a b u n d a n y la l i t e r a t u r a es i m p u l s a d a p o r la m i s m a c o r r i e n t e
de u n e x t r e m o á o t r o del m u n d o .
5 0 3 . Las n a c i o n e s civilizadas t o m a n u n a s de o t r a s h a s t a
el r é g i m e n político. El e j e m p l o dé I n g l a t e r r a y la Revolu-
ción f r a n c e s a h a n h e c h o q u e en todas p a r t e s se i n t r o d u z c a
el r é g i m e n c o n s t i t u c i o n a l . En E u r o p a existen 19 e s t a d o s
i n d e p e n d i e n t e s , c o n t a n d o la Bulgaria. En A m é r i c a 18, sin
i n c l u i r l a s c o l o n i a s . Todos los g o b i e r n o s e u r o p e o s , con
excepción d e dos, son m o n a r q u í a s ; los a m e r i c a n o s r e p ú -
blicas, e x c e p t u a n d o el Brasil. No o b s t a n t e esta d i f e r e n c i a
de f o r m a su m e c a n i s m o e s idéntico, m e n o s e n Rusia :
todos poseen u n pai-lamento q u e r e p r e s e n t a á la n a c i ó n ,
u n p r e s u p u e s t o discutido y votado p o r los d i p u t a d o s , la
l i b e r t a d de i m p r e n t a , la s e g u r i d a d g a r a n t i z a d a p o r u n a po-
licía y p o r t r i b u n a l e s r e g u l a r e s .
5 0 4 . Así pues, c u a n t o constituye l a vida d e los p u e b l o s
civilizados, la i n d u s t r i a , el c o m e r c i o , la vida p r á c t i c a , l a
ciencia, las a r t e s , l a s c o s t u m b r e s políticas, todo m e n o s el
i d i o m a , h a l l e g a d o á ser i n t e r n a c i o n a l . Sin e m b a r g o , l a s
n a c i o n e s , q u e t a n t o s lazos u n e n , n o t r a t a n ni d e c o n f u n -
d i r s e u n a s con o t r a s ni de a s o c i a r s e . La l e n g u a , la c o m p e -
t e n c i a i n d u s t r i a l y las a n t i g u a s a n t i p a t í a s las s e p a r a n .
Sobre todo en E u r o p a , d o n d e la p o b l a c i ó n es m á s c o m -
p a c t a , d o n d e a u n d u r a n las a g i t a c i o n e s n a c i o n a l e s , y
d o n d e varios siglos de g u e r r a s , c o n q u i s t a s y a n e x i o n e s h a n
s e m b r a d o e n t r e l o s pueblos el odio, los E s t a d o s se m i r a n
c o n desconfianza. Después d e la victoria de P r u s i a , l a s n a -
ciones e s t á n p r e s t a s á e n t r a r en c a m p a ñ a , y s o s t i e n e n e j é r -
citos p e r m a n e n t e s s u p e r i o r e s á c u a n t o se h a b í a conocido.
Rusia m a n l i e n e en a c t i v o 750.000 h o m b r e s ; Italia, 150 000 •
F r a n c i a , 600.000; A l e m a n i a , 450.000 : a d e m á s , g r a d a s al
s i s t e m a de l a r e s e r v a , que h a c e e n t r a r en fila todos l o s
h o m b r e s válidos del p a í s , los g o b i e r n o s t i e n e n en sus m a -
nos dos y t r e s m i l l o n e s d e soldados ; éste es el r é g i m e n d e
la « nación a r m a d a » , q u e c u e s t a p o r t é r m i n o m e d i o al LEXICO
ano n o v e c i e n t o s m i l l o n e s d e pesos. E u r o p a vive en p a z ;
p e r o en u n a p a z a r m a d a t a n r u i n o s a como la g u e r r a .
El m u n d o civilizado se e n c u e n t r a sometido á l a acción d e
dos c o m e n t e s o p u e s t a s . La civilización c o m ú n d a origen á
u n a c o m e n t e i n t e r n a c i o n a l , q u e i m p u l s a á los p u e b l o s
en el s e n t i d o de la s o l i d a r i d a d y de la a p r o x i m a c i ó n m u - A Alucinación. Sensación recibi-
t u a ; l a s r i v a l i d a d e s y los r e n c o r e s p r o d u c e n , p o r el con-
t r a r i o c o r r i e n t e s n a c i o n a l e s , que llevan á los" p u e b l o s Abasidas. Dinastía musulmana
Hacia el a i s l a m i e n t o y la e n e m i s t a d . S e e ú n llegue á d o - que reinó en el califato de
Bagdad desde 750 á 1258 de
m i n a r u n a ú o t r a de esas t e n d e n c i a s , así s e r á el p o r v e n i r la era cristiana.
del m u n d o . Acarreo. Transporte de mer-
cancías de una par.te á otra.
Adigio. Río de los estados del
véneto, sale de los Alpes ré-
ticos para desembocar en el
Adriático.
Aduana. Derecho impuesto á
las mercaderías á la entrada
y salida de un Estado.
\ Afrodita. Apodo que dan los
poetas á Venus, cuando ha-
cen de ella la diosa del mar.
FIN Alabastro. Especie de piedra
muy blanca.
Alambique. Aparato que sirve
para destilar.
Alberoni (Julio). Cardenal, pri-
mer ministro de Felipe V de
España en 1715.
Alce. Especie de ciervo, de di-
versas variedades, que se en-
cuentra en el Norte, en el
Cabo, en Africa, en el Canadá.
Aleación. Combinación de dos
ó más metales.
Alejandría. Gran ciudad de
Egipto llamada así en re-
cuerdo de Alejandro el Grande
que la fundó en 332 antes de
l C.
da sin ningún objeto exterior
para explicarla.
Ámbar. Sustancia resinosa de
. dos clases muy diferentes, el
ámbar gris y el amarillo ó
succino.
Anexionado. Que está unido á
otra cosa ó á otro país.
Anfiteatro. Edifioio de forma
redonda ú oval con gradas
alrededor.
Angers. Ciudad de Francia, ca-
beza de partido del Maiue-et-
Loire.
Anibal. Famoso general carta-
ginés, hijo de Amílcar, ad-
versario dQ Roma y de Esci-
pión el africano.
Antillas. Archipiélago ameri-
cano en el océano Atlántico.
Antimonio. Metal azulado con
el que se preparan los carac-
teres de imprenta.
Antioco. Nombre que llevó toda
la dinastía de los reyes de
Siria.
Antoninos. Dinastía de empe-
radores romanos que ocupó
el poder desde el ano 86 al 180.
Antonio. Colega de César en el
consulado y adversario de
Octavio Augusto, muerto en
29 antes de J. C.
Apamea. Ciudad de Siria en el
Oronto.'
Rusia m a n l i e n e en a c t i v o 750.000 h o m b r e s ; Italia, 150 000 •
F r a n c i a , 600.000; A l e m a n i a , 450.000 : a d e m á s , g r a d a s al
s i s t e m a de l a r e s e r v a , que h a c e e n t r a r en fila todos l o s
h o m b r e s válidos del p a í s , los g o b i e r n o s t i e n e n en sus m a -
nos dos y t r e s m i l l o n e s d e soldados ; éste es el r é g i m e n d e
la « nación a r m a d a » , q u e c u e s t a p o r t é r m i n o m e d i o al LEXICO
ano n o v e c i e n t o s m i l l o n e s d e pesos. E u r o p a vive en p a z ;
p e r o en u n a p a z a r m a d a t a n r u i n o s a como la g u e r r a .
El m u n d o civilizado se e n c u e n t r a sometido á l a acción d e
dos c o m e n t e s o p u e s t a s . La civilización c o m ú n d a origen á
u n a c o m e n t e i n t e r n a c i o n a l , q u e i m p u l s a á los p u e b l o s
en el s e n t i d o de la s o l i d a r i d a d y de la a p r o x i m a c i ó n m u - A Alucinación. Sensación recibi-
t u a ; l a s r i v a l i d a d e s y los r e n c o r e s p r o d u c e n , p o r el con-
t r a r i o c o r r i e n t e s n a c i o n a l e s , que llevan á los" p u e b l o s Abasidas. Dinastía musulmana
Hacia el a i s l a m i e n t o y la e n e m i s t a d . S e e ú n llegue á d o - que reinó en el califato de
Bagdad desde 750 á 1258 de
m i n a r u n a ú o t r a de esas t e n d e n c i a s , así s e r á el p o r v e n i r la era cristiana.
del m u n d o . Acarreo. Transporte de mer-
cancías de una par.te á otra.
Adigio. Río de los estados del
véneto, sale de los Alpes ré-
ticos para desembocar en el
Adriático.
Aduana. Derecho impuesto á
las mercaderías á la entrada
y salida de un Estado.
\ Afrodita. Apodo que dan los
poetas á Venus, cuando ha-
cen de ella la diosa del mar.
FIN Alabastro. Especie de piedra
muy blanca.
Alambique. Aparato que sirve
para destilar.
Alberoni (Julio). Cardenal, pri-
mer ministro de Felipe V de
España en 1715.
Alce. Especie de ciervo, de di-
versas variedades, que se en-
cuentra en el Norte, en el
Cabo, en Africa, en el Canadá.
Aleación. Combinación de dos
ó más metales.
Alejandría. Gran ciudad de
Egipto llamada así en re-
cuerdo de Alejandro el Grande
que la fundó en 332 antes de
l C.
da sin ningún objeto exterior
para explicarla.
Ámbar. Sustancia resinosa de
. dos clases muy diferentes, el
ámbar gris y el amarillo ó
succino.
Anexionado. Que está unido á
otra cosa ó á otro país.
Anfiteatro. Edifioio de forma
redonda ú oval con gradas
alrededor.
Angers. Ciudad de Francia, ca-
beza de partido del Maiue-et-
Loire.
Anibal. Famoso general carta-
ginés, hijo de Amílcar, ad-
versario dQ Roma y de Esci-
pión el africano.
Antillas. Archipiélago ameri-
cano en el océano Atlántico.
Antimonio. Metal azulado con
el que se preparan los carac-
teres de imprenta.
Antioco. Nombre que llevó toda
la dinastía de los reyes de
Siria.
Antoninos. Dinastía de empe-
radores romanos que ocupó
el poder desde el ano 86 al 180.
Antonio. Colega de César en el
consulado y adversario de
Octavio Augusto, muerto en
29 antes de J. C.
Apamea. Ciudad de Siria en el
Oronto.'
 Apuleyo. Escritor y filósofo la-
tino del siglo II de nuèstra
era, autor del Asno de oro.
Arbitraje. Juicio por Arbitros,
es decir, por personas desig-
nadas investidas con pode-
res ó de confianza.
Archivos. Documentos anti-
guos.
Ardennes. Vasto bosque en el
Norte de Francia y Bélgica.
Arenisco. Arena gruesa mez-
clada con cantos rodados pe-
queños.
Argamasa. Mezcla de cal y are-
na, sirve para pegar las pie-
dras de una pared.
Argensón (Voyer d'j. Nombre
de una antigua familia f r a n -
cesa uno de cuyos miembros
fué en tiempo de la Regencia,
uno de los más célebres lu-
gartenientes de policía.
Aristófanes. Uno de los mejo-
res poetas ; cómico griego, na-
ció el año 400 antes de J. C.
Aristóteles. Filósofo griego,
fundador de la doctrina peri-
patética.
Armador. El que arma y equipa
buques de comercio.
Armenia. Comarca del Asia oc-
cidental.
Arrabal. Barrio situado extra-
muros de una ciudad.
Arras. Lo que se da por pren-
da y señal de algún con-
trato.
Arrendamiento. El precio del
aquiller de una propiedad
rural.
Arrianismo. Secta de Arrio,
heresiarca de Alejandría en
- 312.
Artesano. El que ejerce un
oficio.
Aryas. Tribus'nómadas proce-
dentes de las mesetas del Asia
central.
Arzón. Pieza de madera en for-
ma de cimbra que forma parte
de la silla de montar.
Atenea (Palas). Nombre de Mi-
n e r v a considerada como diosa
de la guerra.
Audiencia de sobremesa.. Las
que celebraban y aun cele-
bran los tribunales después
del mediodía.
Augsburgo. Ciudad de la confe-
deración germánica, reino
de Baviera.
Auroc. Uno de los nombres vul-
gares del buey urus que es un
buey de las praderas y de los
llanos.
Autos. Relato del procedimiento
y de las providencias judicia-
les hecho en papel sellado.
Autun. Ciudad de Francia á
orillas del Arroux, Saóne-et-
Loire, cabeza de partido de
distrito.
Auxiliares. Tropas secundarias
que prestan su concurso.
Azafrán. Planta que suministra
un polvo que se emplea como
tinte y como aderezo.
Azincourt. Ciudad de Francia
en el departamento del Pas-
de-Calais.
Azuela. Hacha de tonelero que
sirve para azolar ó desbastar
la madera.
B forma de semicírculo y sirven
Bagdad. Ciudad del imperio
otomano, en Asia, cerca del
Eufrates.
Barbacana. Abertura practica-
da en las murallas para tirar á
cubierto.
Bárbaros. Nombre genérico que
dieron los romarn s á '.os pue-
blos que no estai in pajo su
dominio.
Bardano. Emperador 'e O iente
del siglo VIII, sucesor de Jus-
tiniano II.
Basilea. Plaza fuerte de la
confederación Suiza.
Basilio (San). Padre de la Igle-
sia griega; nació en 329; ha
dejado varias obras.
Basora. Ciudad y puerto del
imperio otomano, en el golfo
pérsico.
Bastión. Obra de fortificación
que se Coloca en la parte
exterior de las murallas para
defenderlas.
Batavia. Capital de la isla de
Java, en la Malesia (Oceania).
Bengala. Provincia del Norte
del Iudostán, dependiente de
la presidencia de Calcuta.
Bergen. Ciudad y puerto del
reino de Noruega.
Béze (Teodoro de). Sabio pro-
testante del siglo XVI de
quien nos quedan aún algu-
nas obras.
Bill. Proyecto de ley del parla-
mento de Inglaterra ; significa
también ley.
Bizancio. Ciudad de Tracia en
la Propóntida, actualmente
Constan tinopla.
Bossuet (Santiago Benigno).
Excelente predicador del si-
glo de Luis XVI (1627-1704).
Botalón. Construcciones exte-
riores que se terminan en
para sostener una pared.
Brahmánicos. Relativo á la re-
ligión de Brahma.
Bramante de Urbino (Lázaro).
Arquitecto italiano nacido en
1444. Trabajó para los papas
en el Vaticano.
Breitenfeld. Ciudad de Sajonia
áG kilómetros N. de Leipsick.
Brujas. Plaza fuerte de Bélgica,
cabeza de partido de la Flan-
des occidental.
Bruto Marco Junio). Hijo de
una hermana de Catón, hijo
adoptivo y uno de los asesi-
nos de César.
Buarda. Especie de galería ó
balcón forma-da sobre la
puerta de una fortaleza para
arrojar piedras á los agre-
sores.
Buenos Aires. Ciudad de la
América del Sur, capital de
la confederación del Rio .de la-
Plata.
Búfalo. Especie de buey que se
distingue del común en ser
más robusto y salvaje. En-
cuéntrase principalmente en
la América del Norte.
Búlgaros. Pueblo de la raza
amarilla procedente de las
llanuras situadas al (3. del
Volga.
Burgondas. Tribu barbará de
donde nacieron los burgui-
ñones.
C
Caballería ligera. Nombré que
se ílió á una compañía de ca-
ballería, de personas de ele-
vado nacimiento y de honor,
guardia del rey.
Cádiz. Ciudad y puerto de Es-
paña, capital de Andalucía.
Cala. Fondo de un buque.
Calderón de la Barca (D. Pe-
dro). Uno de los grandes
poetas dramáticos españoles
¡1601-1687).
Galígula. Emperador de Roma,
sucesor de Tiberio, hijo de
Germánico y de Agripina.
Canciller. Primer oficial de la
corona con respecto á la jus-
ticia.
Cannes. Ciudad de la Apulia
oriental en el Aufido.
Cañizo. Trabajo de cestero he-
 cho con junco ó caña larga
y aplanada.
Capitación. Impuesto por ca-
beza.
Caravana. Multitud de gentes
que se juntan para pasar los
desiertos con seguridad.
Cardenales. Los setenta prela-
• dos del sacro colegio ó con-
sejo del papa.
Carnac. Quiere decir en lengua
bretona, lugar de rocas, ciu-
dad de Morbihán.
Carta. Acta que concede f r a n -
quicias, privilegios.
Cartagena. Plaza fuerte de Es-
paña, en la costa Sudeste.
Cartago. Ciudad de Africa an-
tigua entre el Mediterráneo y
el golfo de Túnez.
Casiano (Juan). Escritor asiático
del siglo IV, griego según
unos y provenzal según otros.
Casitéridas (Islas). Grupo de
islas en la punta S. O. de la
Gran Bretaña.
Caspio (Mar). Uno de los lagos
más extenso del universo,
e n t r e Europa y Asia.
Catalina I I . Emperatriz de Ru-
sia después de la muerte de
su esposo Pedro III (1762).
Catedral. Iglesia episcopal de
una diócesis.
Catilina (Lucio . Romano que
conspiró contra la república
y fué delatado por Cicerón.
Catón (Marco Porcio). Romano
m u y nombrado por su recti-
t u d ; ha dejado algunos escri-
tos sobre el arte del cultivo.
Celibato. Estado de una persona
que no está casada.
Cena. Comida que hizo Jesucris-
to por la noche con los após-
toles la víspera de su pasión.
Cendal. Especie de tela de seda
de que se servían en la edad
media.
Censo. Renta, s u m a pagadera
á plazos en épocas determi-
nadas.
Censor. Magistrado de Roma
antigua.
Ceremonial. Orden de sucesión
de las diferentes partes de
una ceremonia.
César (Cayo Julio). Destructor
de la república romana, autor
de Comentarios.
Cicerón (Marco Tulio). Orador
y filósofo r o m a n o del siglo
primero.
Cidra. Fruto del cidro ó lirno-
nero médico.
Cilicio. Pequeña camisa de
cerda ó de piel de cabra que
se lleva por mortificación cor-
poral.
Cimbrios. Pueblo de la Gemia-
nía septentrional en el Quer-
soneso cimbrico.
Citeaux. Aldea de Francia en el
departamento de la Costa de
Oro.
Clairvaux. Ciudad de Francia,
departamento del Aube.
Claudio (Tiberio l)ruso). E m -
perador romano, sucesor de
Calígula (siglo 1).
Clive (Roberto lord). Uno de
los primeros conquistadores
ingleses de la India en el si-
glo XVIII.
Cloro. Cuerpo simple, gaseoso,
amarillo verdoso, de olor so-
focante.
Clown. Personaje grotesco ó
payaso inglés.
Cluny. Ciudad de Francia, de-
partamento de Saône-et-
Loire.
Cobarde. El que teme el pe-
ligro.
Cœur (Santiago). Mercader de
Bourges en el siglo XV, uno
de los que crearon el comer-
cio fraucés en Oriente.
Colbert (Juan Bautista). Con-
tralor general de hacienda
bajo Luis XIV.
Colonia. Plaza fuerte de Prusia
en el Rhin.
Colono. Cultivador de una
tierra.
Conde. Título de dignidad de
los últimos tiempos del im-
perio romano y de la edad
media.
Confederación. Unión entre va-
rios estados.
Contralor. Funcionario encar-
gado de tener registro de
ciertas cosas ó de hacer veri-
ficaciones.
Contravención. Acción por la
cual se infringe u n a cosa
prescripta.
Contribución. Cuota que satis-
facen los ciudadanos para los
gastos del Estado.
Controversia. Disputa en regla
sobre alguna cuestión.
Cordelillo. Cuerda delgada para
medir y alinear.
Corinto. Ciudad de Grecia en el
Peloponeso.
Coro. Reunión de personas que
bailan ó marchan á compás.
Corporación. Reunión de per-
sonas que forman u n cuerpo.
Cortesano. El que forma parte
de la corte del príncipe.
Costumbres. Maneras con las
cuales se conforman la mayor
parte de las gentes.
Crécy. Aldea de Francia, depar-
tamento del Somme.
Cremona. Plaza fuerte de Italia
en el Milauesado.
Creta. Isla del Mediterráneo
entre éste y el m a r Egeo.
Cuáqueros. Secta cristiana in-
glesa que explica á Dios á su
manera y niega la necesidad
de la intervención de los após-
toles.
Cuña. Instrumento de hierro
m u y sólido tallado en forma
de ángulo.
CU
Cham. Pueblo de Baviera (Bajo
Danubio) en la orilla derecha
del Regen.
Chilperico. Rey franco de Sois-
sons en 561.
Chipre. Isla del Mediterráneo
cerca de la costa S. de Turquía.
D
Damasco. Ciudad de Siria al pie
del Libano.
Dampierre (Picot, marqués de).
Oficial de guardias francesas
bajo la revolución.
Danubio. El mayor río de Eu-
ropa después del Volga, atra-
viesa el ducado de Badén, el
de Wurtemberg, Baviera, el
Austria y la Turquía europea.
Decoración. Conjunto de obje-
tos que sirven para adorno.
Delegado. Representante de
ciertos intereses expedido en
un país ó por alguno.
Delfos. Ciudad de Fócida en la
pendiente del monte Par-
naso.
Délos. Isla del m a r Egeo en las
Cíclades.
Delta. Nombre que se da á las
tierras que se forman en la
embocadura de los ríos.
Demonio.Especie de dios, genio
bueno ó malo en el origen,
tomado sobre todo en mal
sentido, principalmente desde
el catolicismo.
Demóstenes. El más grande
orador de la antigüedad, na-
ció en Atenas 382 años antes
de J. C.
Dentato (Curio). Cónsul el año
 462 de Roma, t e r m i n o la
conquista del S a m n i o .
Depredador. Individuo que se
entrega á la depredación, es
decir, al pillaje.
Descuartizar. Dividir en cuatro
cuartos un reo t i r a d o de cua-
tro caballos.
Déspota. Hombre que gobierna
con autoridad arbitraria y
absoluta.
Diderot (Dionisio^. Filósofo del
siglò XVIII, uno de los auto-
res de la Enciclopedia.
Diligencia. Coche público de
viaje, llamado así e n su ori-
gen por la rapidez q u e "se pro-
metían de él.
Dinastia. Sucesión de sobera-
nos de u n a m i s m a familia.
Diócesis. Extensión de país
b a j o la dirección de u n obispo.
Diputado. El (pie e s t á encar-
gado de cierto m e n s a j e so-
lemne cerca de un príncipe ó
de u n a potencia.
Disco. Especie de plato m u y
pesado dé piedra ó h i e r r o que
los antiguos se ejercitaban
en a r r o j a r .
Disolver. Deshacer, desleír, des-
agregar, separar.
Domiciano (Tito Flavio). Empe-
r a d o r romano, hijo de Vespa-
siano, sucedió á s u h e r m a n o
Tito.
Dominio. Posesión de u n a tierra
ó propiedad; la propiedad
misma.
Druso (Marco). T r i b u n o del
pueblo en el año 127 antes de
Jesucristo. A n t a g o n i s t a de
C. Graco.
Dupleix. Negociante francés
del siglo XVIII que quiso con-
quistar la India p a r a la F r a n -
cia.
Duque. Señor que p o s e e u n du-
cado.
E asiática eu Anatolia.
Edicto. Reglamento ó declara
ción que tiene fuerza de ley.
Efigie. Representación en re-
lieve ó en pintura de u n a
persona.
Eginhardo. Señor franco, secre-
tario de Carlomagno, escribió
su biografía.
Emancipación. Acto por el
cual se exime á uno del poder
bajo el cual se halla.
Empírico. Que se guía única-
mente por la experiencia.
E n c a r n a r . Reproducir una p e r -
sona u n a cosa dé la m a n e r a
nías exacta.
Enrique I I I . Emperador de
Alemania, hijo de Conrado II
(1039-105).
E n t r o j a r . Hacer entrar en la
granja.
Epicteto. Filósofo estoico, del
siglo I de nuestra e r a ; fué
esclavo.
Epidemia. Enfermedad, conta-
giosa ó no, que ataca á u n
g r a n número de personas.
Era. Época fija desde donde se
empiezan á contar los años.
E r m i t a ñ o . Solitario retirado en
u n lugar desierto, donde se
entrega á ejercicios piadosos.
Escabel. Banco de madera sin
brazo ni espaldar.
Escanciador. Oficial cuyas f u n -
ciones consistían en dar de
beber á los reyes y á los
príncipes.
Escriba. Hombre que gana su
vida copiando escritos.
Escuelas. Establecimientos de
enseñanza; la enseñanza mis-
ma.
Eslavos. Una de las dos g r a n -
des razas del N. de Europa.
Antiguos sármatas.
Bsmirna. Ciudad dé la Turquía
Especia. Todo a r o m a dé que se
sirve uno par-a sazonar.
Espectáculo. Todo lo que llama
ó atrae la atención.
Espira. Ciudad de Baviera en
el círculo del Palatinado.
Estaca. Pieza de madera gruesa
y con punta.
Estadio. Entre 'os griegos, te-
rreno eu que se ejecutaban
las carreras públicas.
Estaño. Metal de uu blanco gris
más duro que el plomo pero
menos pesado.
Estrabón. Geógrafo griego, na-
ció en Capadóc'ia 50 a ñ o s an-
tes' de J. G., 'autor de una
geografía en 17 libros.
Estrella polar. Estrella situada
en la cola de la osa menor y
muy cerca del polo boreal.
Etiqueta. Ceremonial de corte.
Eurípides. Uno de los tres
grandes poetas trágicos grie-
gos. Nació e n la isla de Sala-
mina 480 años próximamente
antes de Jesucristo.
Eurotas. Rio del Peloponeso en
la Laconia.
Exótico. Que n o es natural en
el país.
F según otros de Adriano.
Faraón. Nombre genérico que
se da á los reyes de Egipto.
Felipe I I . Rey de España, hijo
y sucesor de Carlos V (1540-
1558).
Felipe-Augusto. Rey de Fran-
cia, hijo y sucesor de Luis VII
(1179-122-3).
Fisco. Tesoro de u n príncipe,
tesoro público de un Estado.
Florente i Saint). Abadía y pue-
blo del país de Anjou.
Florida. Un Estado de los Esta-
dos Unidos cerca del golfo de
Méjico.
Foceá. Ciudad de Asia Menor
én el m a r de Egeo, hoy Fkia.
Folleto. Escrito de pequeñas
dimensiones.
Fontenoy. Ciudad de Bélgica
en la provincia del Hainaut.
Fortescue (John;. Jurisconsulto
inglés de mediados del siglo
XV.
Fresno. Arbol de bosque cuya
madera es blanca y sin nudos.
Frisones. Habitantes de la
Frisia una de las provincias
Norte de Holanda.
Fronda. Nombre del partido
que se sublevó contra Maza-
rino y la corte duraute la
minoría de Luis XIV.
Fulda (Abad de). Abad de la
rica abadía de Fulda, eu la
Hesse- Cassel sobre el Fulda.
G
Gabela. Impuesto sobre ia sal.
Galvanoplastia. Arte de aplicar
una capa metálica sobre una
materia cualquiera por medio
de la pila galvánica.
Gayo. Célebre jurisconsulto de
Roma antigua, contemporá-
neo según unos de Caracalla,
Germánico. Hijo ae Druso y
de una sobrina de Augusto,
consiguió victorias sobre los
germanos.
Gournay (Vicente de). Econo-
mista del siglo XVIII, nació
en San Malo.
Granada. Ciudad de España, ca-
pital de la provincia de Gra-
nada.
Gransóñ. Ciudad de la confede-
ración suiza en el cantón de
Vaud.
Grúa. Máquina grande de ma-
 derá que sirve para levantar Hulla. Nombre genérico de to- fuerte de España, gobierno Laico. El que no es ni eclesiás-
. objetos pesados. dos los fósiles llamados i m - de Valencia. tico ni religioso.
Guibert de Nogent. Monje be- propiamente carbón de pie- Java. Gran isla de la Oceania, Laúd (William). Arzobispo de
nedictino de los siglos XI y. dra. en la Malesia, una de las Cantorbery, favorito de Car-
XII; nos ha dejado : los tres principales del archipiélago los I de Inglaterra.
libros de su vida y una histo- de la Sonda.
I Law (Juan). Especulador esco-
ria de la primera cruzada. Jcnófanes. Filósofo griego del cés que bajo la regencia orga-
Guinea. Extensa comarca del siglo VII antes de J. C., atacó
Ignacio de Loyola. Primero ñié nizó en Francia un banco y
Africa occidental. á los dioses de la mitología.
hombre de guerra y después puso^ en uso los billetes de
fundador de la compañía de Jenofonte. Filósofo é historia- banco.
H Jesús (1491-1556). dor griego, discípulo de Só- León VI. Papa, sucedió á Juan
Impuesto. Carga pública, dere- crates, del siglo IV antes de X en 928.
Haití. Isla muy importante de cho impuesto sobre ciertas J. C. ; había sido un distingui- Leonardo de Vinci. Gran pin-
las grandes Antillas. cosas. do militar. tor del Renacimiento italiano,
Hambre. Carencia de alimen- Jornalero. Hombre que trabaja al mismo tiempo mecánico,
Independientes. Nombre de
tos. á jornal. arquitecto é ingeniero 1452-
una-secta inglesa que no co-
Haz. Conjunto de cosas largas nocía autoridad eclesiástica y J u a n sin Tierra. Rey de Ingla- 1520).
amarradas juntas. de la cual fué jefe Crómwell. terra, cuarto hijo de Enri- Letrán. Palacio y basílica de
Heidelberg. Ciudad del gran Indo. Gran río del Asia, cono- que II, sucedió á su hermano Roma, morada de los papas
ducado de Haden sobre el Ne- cido hoy con el nombre de Ricardo Corazón de León hasta que parten para Aviñón.
cker. Sindh. (1196-1216). Leva. Acción de reclutar los
Henear. Volver y revolver la Indostanos. Habitantes del In- Judea. Parte de la Palestina soldados.
hierba segada para hacerla dostáu, vasta comarca del que toma su nombre de la Líbano. Cadena de Montañas de
secar. Asia meridional. tribu de Judá. la Turquía Asiática.
Hereditario. Que se transmite Indulgencias. Remisión de to- Junco. Especie de barco que se Lima. Ciudad de la América
por herencia ó consanguini- dos ó parte de los pecados usa mucho en las Indias y en del Sur, capital del Perú.
dad. que el papa concede con mo- China. Litografía. Procedimiento por
Herético. Que pertenece á la tivo de ciertos aniversarios. Jurado. Miembro de un tribu- el cual se reproduce sobre
herejía, es decir, á una opi- Inocencio I I I (Lothario Conti). nal, es decir de uu consejo papel por medio de la prensa
nión falsa en materia de fe. Papa desde n g s á i2I6, pro- cuyos miembros han presta- un dibujo ó escritura hechos
Hermes. Nombre griego de tegió la g u e r r a contra los Al- do juramento. sobre una piedra especial.'
Mercurio, dios del comercio. bigenses. Juvenal (Decio Junio). Poeta Liturgia. Orden y ceremonias
Herodoto. Historiador griego Inquisición. Jurisdicción ecle- ' satirico latino del siglo 1 y II. del servicio divino.
nacido en Halicarnaso, en Asia siástica fundada por la Santa
Liza. Torneo en que los jinetes
Menor el año 484 antes de Sede contra los herejes.
divididos en cuadrillas se en-
Jesucristo I n t e r m i t e n t e . Que cesa y vuel- K tregaban á diferentes luchas
Hesiodo. Uno de los más anti- ve á reproducirse por inter-
ó juegos.
guos poetas griegos, vivía en valos. ilairoán. Ciudad de la regencia
Beoda hacia el siglo VII a n - de Túnez al sudeste de la Lombardia. Vasta extensión de
tes de J. C. I n t e r p r e t a c i ó n . Explicación de país de Italia septentrional.
ciudad de Túnez.
Homero. Poeta griego, autor de un texto ó d e una doctrina. Lope de Vega. Poeta lírico y
:íiloa. Archipiélago del grande
lalliadaydela Odisea (sigloIX Iseas. Orador ateniense, vivía océano austral, sobre la costa
dramático español nacido eii
antes de J. C. en el siglo V antes d é Jesu- 1562, muerto en 1635.
cristo. de Chile.
Horca. Instrumento de suplicio Louvois (Miguel Letellier, mar-
L qués de). Ministro de Luis XIV
que sirve para colgar. J se ocupó principalmente de
Hortensio (Quinto). Orador ro- Labrador. Vasta península de los asuntos militares.
mano contemporáneo de Ci- Jano. Dios r o m a n o , se le repre- la Nueva Bretaña que forma Ludovico el Moro (Sforza, lla-
cerón, el más grande después sentaba con dos cabezas. parte del gobierno de Terra- mado). Aventurero italiano
de él. Játiva (ó San Felipe). Plaza nova. del siglo w q u e u e g ó á s e r
 sofo f r a n c é s del siglo xvi, mas de m o n t a ñ a s cuyos, va-
duque de Milán y fué el. ad- Mariette. Egiptólogo del siglo uno de los más afamados lles se han llenado de arena.
versario de Luis XIL N1X, dirigió la escuela fran- escépticos (1533-1692). Olimpa. Ciudad de Elida á
cesa del Cairo. Montero. Encargado de las ca- orillas del Alfeo, cerca de
M Mario (Cayo). General romano, cerías reales. Pisa.
f u é siete veces cónsul, repre- Montesquieu (Carlos de Secon- Oreadas (Islas). Archipiélago
Macerar. Afligir al cuerpo por sentó el partido democrático, dat de). Escritor francés del al N. de Escocia.
medio de austeridades. fué adversario de Sila. siglo XVIII ( 1 6 8 9 - 1 7 5 5 ) . Ortodoxo. Conforme con la
Magadoxo. Reino de Africa Marot (Juan). Poeta normando Morat. Ciudad de Suiza en el sana opinión en materia de
oriental. del siglo XVI, fué protegido Cantón de Friburgo, sobre el religión.
M a g i s t r a t u r a . La dignidad, el por Francisco X. lago Morat.
cargo de magistrado, es decir Marsella. Ciudad y puerto de Morgarten. Ciudad de Suiza
de oficial civil que administra Francia, cabeza de partido de entre los cantones de Schvvytz P
justicia. las Bocas del Ródano. y de Zug.
Maguncia. Ciudad del gran du- Mártir. Que sufre los tormen- Mosul. Ciudad de Turquía asiá- Palas (Atenea). Minerva consi-
cado de Ilesse-Darmstadt, tos ó la muerte por defender tica, sobre el Tigris cerca de derada en sus atributos gue-
cabeza de partido d é l a Hesse- la religión católica. las m o n t a ñ a s de Asiría. rreros.
Renana. Mayordomo. Jefe principal de Palatino (Elector). Soberano
Mandarín. Titulo que se da á palacio. del Palatinado, antiguo país
los oficiales civiles y milita- Meca (la). Ciudad santa de los N alemán entre las dos orillas
res de China. mahometanos en Arabia y del Rhin.
Mandato. Acto por el cual se Iledjaz, capital del g r a n jeri- Negrero. Hombre que tiene Panduros. Nombre dado á las
confiere á alguno el cuidado fato de la Meca. por oficio v e n d e r negros. tropas irregulares de Hun-
de u n negocio. Medas. Habitantes de la Media, Nerón (Lucio Domiciano). Em- gría.
Manlio. Romano famoso que comarca de Asia, la antigua perador romano, hijo de Do- Parásito.. Hombre ó animal
, defendió á Roma contra los Asiría. miciano y Agripina, sucesor que vive á expensas de los
galos. Medina. Ciudad de Arabia en de Claudio con perjuicio de otros.
Mansfeld (Ernesto de). General el Hedjaz á orillas del Ayoun- Británico. Parnaso. Montaña célebre de
del siglo XVII, tomó parte en Zarkeh. Nicea. Ciudad de la Bitinia en la Fócida al O. del Helicón.
la guerra de Treinta años, se Mensajerías. Servicio de trans- el lago Ascanio, hoy Isnik. P a r r o q u i a . Circunscripción en
opuso á Wallensteiu. porte para los departamentos NicópoHs. Ciudad á orillas del la cual ejerce u n cura su
Mansión. Nombre dado en la ó el extranjero. Danubio en Bulgaria. ministerio.
edad media á toda habitación Meternich (Príncipede). Diplo- Noé. Uno de los patriarcas de Patente. Contribución anual
de noble á la que iba unido mático austríaco del siglo la historia sagrada. pagada por un comercio es-
cierta extensión do terreno. XIX. Novogorod (Nijni-). Ciudad de pecial.
Maquiavelo. Publicista floren- Metropolitano Que pertenece la Gran-Rusia en el confluente Pedro (San). Uno de los doce
tino del siglo XVI, fué el que á la metrópoli, es decir á la del Volga con el Oka. apóstoles, aquel á quien J.
hizo la teoría de los procedi- ciudad principal de u n a pro- Numancia. Ciudad de España C. confió la Iglesia.
mientos de violencia y tiranía vincia ó de uu país. en e¡ país donde nace el Duero. P e r m a n e n t e . Que dura cons-
usados por los pequeños prín- Miguel II (llamado el Tarta-
Nuremberg. Ciudad alemana, tantemente.
cipes italianos. mudo). Emperador de'Oriente reino de Baviera, círculo de Perseo. Rey de Macedouia,
Marcelo. General romano, ven- desde 820 á 829. Franconia. sucesor de Felipe V, fué de-
cedor de los galos en Clastidio Mileto. Ciudad jónica del Asia rrotado por Paulo-Emilio
en 222 antes de J. C. .Menor en el golfo Ládmico. (103 antes de J. C ).
Marco Aurelio. Emperador ro- Moisés. Legislador de los j u - O Perspectiva. Ciencia que en-
mano y filósofo; uno de los díos, los llevó f u e r a de seña- á representar sobre u u
Antoninos. Egipto. plano los objetos que apare-
Oasis. Espacio adornado de ve-
María Teresa. Reina de Hun- Molucas. Grande archipiélago etarión en los desiertos de cen á la vista.
gría y de Bohemia y empe-
ratriz desde 1743 á 1780.
de la Oceanía en la Malesia.
Montaigne (Miguel de). Filó-
ffrica y de Asia. Son las ci- Pitágoras. Filósofo griego de
 Samos, autor de u n sistema
del mundo, vivió por los
años de 590 á 4911 autes de
J. C.
Pitt. Los dos Pitt, padre é hijo
fueron los ministros iDgleses
más famosos del siglo xviii.
Flantador. Colono que cultiva
plantaciones fuera de Eu-
ropa. -
Platón. Filósofo griego, discí-
pulo de Sócrates, nació en
Atenas 489 años antes de
J. C.
Plauto (Marco Accio). Poeta
dramático del siglo n antes
de J. C..
¿'linio (el Mayor). Escritor y
naturalista latino del siglo i.
Plinio (el Menor ó el Joven).
Sobrino del precedente es-
critor latino, conocido prin-
cipalmente por sus cartas;
nació en 62, murió por el
año 113.
Poitiers. Ciudad de Francia,
cabeza de partido de la
Vienne.
Poleas. Rueda de madera ó. de
metal acanalada en su cir-
cunferencia para recibir una
cuerda.
Polenta. Papilla de harina de
cebada.
Pompeyo (Cneo). Noble roma-
no, hijo del gran Pompeyo,
adversario de César.
Postdam. Ciudad prusiana del
Braudeburgo cerca de Berlín.
Pozo. Hoyo profundo que se
abre en la tierra para sacar
de él agua.
Prelado. Título particular de
los principados superiores
eclesiásticos.
Prémontré. Villa de. Francia,
departamento del Aisne, á
orillas del río Aisne.
Presunción. Juicio fundado so-
bre indicios ó sobre princi-
pios de prueba.
Primogenitura (Derecho de).
Derechos y prerrogativas
tanto honoríficas como pecu-
niarias, reservados al primo-
génito de una familia.
Principio. Los preceptos esern
ciales de una cosa ó de una
discusión.
Privilegio. Facultad concedida
á uno ó varios individuos.
Procedimiento. Manera de
proceder en justicia.
Procurador, individuo que r e -
presenta á otro, con sus po-
deres.
Productos de u n a región.
Toda especie de mercancías
y sobre todo las que sirven
para la alimentación.
Profeta. Hombre inspirado que
predice el porvenir.
Proscripción. Medida violenta
tomada contra las personas.
Ptolomeo Filadelfo. Rey de
Egipto, sucesor de su padre
Ptolomeo Soter, reinó desde
285 h a s t a 247.
Puerto Cabello. Ciudad de la
Nueva Granada al N. O. de
Panamá.
Q cabeza de partido de la Li- Sarracenos. Tribu de la Arabia
Quinto (Carlos). Rey de España
y emperador de Austria desde
1516 hasta 1556; estuvo "en
guerra con Francisco I.
R Rodolfo (de Ilabsburgo). Sobe- Secta. Conjunto de personas
Rabelais (Francisco). Escritor
y filósofo f r a n c é s . del si-
glo xvi, autor del Gargantua
y del Pantagruel (1483-1553).
Ratificación. Confirmación a u -
téntica de lo que ha sido he-
cho ó prometido o
Régimen. Modo de gobernar, rico francés del siglo xvi,
gobierno particular. fundador de escuela.
Rembrandt (Pablo). Pintor de Rotonda. Edificio de figura
primer orden de la escuela circular así en el interior
holandesa, nació en 1606, como en el exterior y ador-
murió en 1674. nado con una cúpula.
Reno. Cuadrúpedo del N. de la Rousseau (Juan Jacobo). Es-
misma especie que el ciervo, critor y filósofo genovés del
hállasele más allá del cír- siglo xvni. Autor del Con-
culo polar. trato social.
Renta. Ingreso anual. Rubens (Pedro Pablo). Uno de
Repudiar. Despedir uno á su los pintores más prodigiosos
mujer con arreglo á las for- de la escuela holandesa, si-
mas legales. glos xvi y xvii.
Requisicionar. Hacer requisi- Rúnicos. Caracteres de que se
ción, es decir la acción de servían los escandinavos y
requerir por vía de autoridad que se encuentran grabados
para obtener hombres ó co- en las rocas en Suecia y No-
sas. ruega.
Restauración. Restablecimien- Ruysdaél (Jacobo). Paisajista
to de una cosa antigua. holandés (1636-1681).
Retorta. Vaso de vidrio ó tierra
que se usa en los laborato-
rios.
S
Revuelta. Tumulto sedicioso.
Ricardo (Corazón de León). Sacrilegio. Acción impía por
Rey de Inglaterra desde 1189- la que se profanan las cosas
1199, segundo hijo de Enri- sagradas.
que y de Leonor de Guiena. Salvación. Consecución de la
Richelieu (Armando Duplessis gloria y bienaventuranza
de). Ministro de Luis XIII eternas.
desde 1616 hasta 1642. Samarcanda. Ciudad del Tur-
Riga. Plaza fuerte de Rusia, kestán á orillas del Kouwán.
vonia. desierta (los cristianos dieron
Ritual. Libro que contiene las este nombre á todos los mu-
indicaciones de las ceremo- sulmanes).
nias que se deben observar Saumur. Ciudad de Francia,
para el cumplimiento del departamento del Maine-et-
culto. Lóire.
rano importante de varios que profesan unas mismas
principados germánicos, ele- doctrinas.
gido emperador en 1273, Segur. Especie de hacha para
muerto en 1291. partir madera.
Romualdo (San). Fundador de Sempach. Villa suiza en el can-
la orden de los camaldulen- tón de Lucerna.
ses, nació en Rávena en 956. Senaquerib. Rey de Siria, de
Ronsard (Pedro de). Poeta lí- 714 hasta 700 antes de J. C.
SEIGNOBOS. — Compendio.

• sofo estoico <lc Roipa del si-
glo i, favorito y preceptor do
Nerón.
Senegal. Colonia francesa, en
la costa occidental dé África.
Sertorio (Quinto). Partidario
de -Mario, luchó contra Pom-
peyo y Mételo y se unió con
MiEridates.
Servios. Pueblos eslavos pro-
cedentes de los montes Kár-
patos, establecido al sur del
Danubio.
Siberia. Rusia de Asia, vasta
comarca, que ocupa todo el
norte del Asia.
Sibilinos (Libros). Que depen-
den de la sibila, de la profe-
tisa.
Siete años (Guerra de). Nombre
de una guerra del siglo xvui
(1756-1 "6-3).
Sila (Lucio Cornelió). Hombre
de estado y guerrero r o m a -
no, de la familia de Escipión,
adversario de .Mario (siglo i
antes de J. C.).
Silesia. Provincia al este de la
Alemania en la región del
Oder.
Siria. Comarca del Asia occi-
dental, entre el Asia .Menor y
la Arabia.
Sobrenatural. Que excede ó
paga los límites de la n a t u -
raleza.
Sócrates. Filósofo de la anti-
güedad griega, nació en Ate-
nas en 409 antes de J. C.,
murió condenado á beber k)
cícula en 399 antes d.e J. C.
Sofola. País del África oriental
en el Mozambique.
Solsticio. Tiempo en que el Sol
se encuentra én el punto más
distante del ecuador y como
estacionado en él durante al-
gunos días : el de invierno
cuando el Sol hallándose on
Capricornio el día os el más
corto de todos; el de verano,
cuando hallándose en cáncer
el dia es el más largo de to-
dos.
Sonda (Islas de la). Islas Oceá-
nicas en la Malesia, casi to-
das son colonias holandesas.
Sorbete. Composición que se
hace con jugo de limón, azú-
car y ámbar.
Stephenson. Mecánico inglés,
Cues del siglo XVIII, princi-
pios del xix, inventó la má-
quina eje vapor.
Subalterno. Que es inferior
respecto & su superior.
Sudán. Nombre dado á una
comarca m u y desconocida de
Africa central.
Sueldo. Paga que se da á las
gentes.
Sufragios. Voto que se da en
las elecciones.
S u p e r i n t e n d e n t e . El que tiene
una inspección general su-
perior á los otros.
Superstición. Sentimiento de
veneración religiosa fundado
en el temor ó la ignorancia-
Susa. Ciudad de Asia en Per-
sia; antigua residencia de
los reyes persas.
T V
Tácito (Cayo Cornelio). Histo-
riador latino del fin del si-
glo 1, autor de las Historias,
de los Anales, de la Germania
y de la Vida de Agrícola.
Táctica. Arte de combatir ¿y
hacer maniobrar á los ejér-
citos.
Tafetán. Teja de seda lisa y
brillante.
Taladro. Utensilio de hierro
èò'n mango de mádtirá en
forma de T; sirve p a r a agu-
j e r e a r la madera y pònei' éñ
élla Clavijas.
T á n g e r . Plaza fuerte y puerto
de Marruecos.
Tasa. H.eglàmttntó hecho ffltìò.
autoridad para los píecios
señalados á las mercaderías.
T a s m a n i a (Tierra de) ó de
Van-Diemen en Oceania, no
lejos de la Australia.
Tebás. Ciudad de Egipto si-
tuada en las d®6 orillas del
Nilo.
Téjú. Árbol siéñipre verde, Con
hojas estrechas y u n poco
largas ; produce tal pèqueflò
fruto encarnado y redondo.
Tenería. Lugar éü que s'é Cútte,
es decir cù d'onde Se p r e p a -
r a n los cueros con casca,
corfó'za de roblé molida, ¿il-
m a q u e y Castaño.
Teodosio. Emperador romano
de Oriente, después de Occi-
dente y de Oriente, m u e r t o
el año 395 en Milán.
T e r n á t é . Isla dè la Malesia e n -
tre el gríípo dé las Molucas.
Tiberio. Seguiidó empé'rádoV
romano, hijó adoptivo y su-
cesor de Augusto.
Tilly. Célebre general d'é là
g u e r r a de Treinta años, al
servicio dèi emperador F e r -
n a n d o , murió defendiendo
el pàso dèi Léch en 1632.
Titulo. Nombre qué teícpresa
u n a calidad, u n a dignidad.
Torrecilla. Pequeña torre en
saledizo en el ángulo de un
castillo y que no toca en el
. suelo.
Tráfico. Comercio de Mercan-
cías.
T r á s e a s (Lucio Porto). Senador
estoico de Roma, se opuso
valerosamente á Nerón y fué
condenado a darse la muerte.
Trebizonda. Ciudad de Turquía
asiática en el mar Negro.
Treinta años (Guerra de).
Nombré de una guerra dél
siglo xvirt (tC 18-1048).
Trenck (Federico, barón de).
Aventurero nacido en Kte-
nigsberg en 1726, que con-
cluyó por publicar poesías y
murió en él cadalso é'n 1791,
al lado dé Rouchér y de An-
drés Chénier.
Tribunos dé lá plebe. Mágís-
trádo'é f c ú i á n ó s éspécial-
inenteencii gados vié défeWder
los iñteres'és del pueblo.
Trípoli. Ciudad de África en la
regencia de Trípoli, á orillas
del Mediterráneo.
Tiírgot (Ana Roberto Jacóbó),
(1727-1781). Ministro de
Luís XVI, ñ n ó dé los refor-
madores más ilustrados.
IT
Údenarda. Plaza fuerte de Bél-
gica en la Flandes oriental.
Urna. Especie de caja ó baúl
. que contiene reliquias.
Usura. Excesiva ganancia en
un préstamo.
Valija. Paquete que lié va los
des 'pachos dé un 'embajador.
Vándalos. Pueblo germano que
salió de las orillas del Bál-
tico é invadió la España y el
África.
Varna. Ciudad á orillas del mar
Negro en la Rumelia.
Vaubán (Sebastián). Gran inge-
niero militar de Luis XIV,
inventó y aplicó un nuevo
sistema de fortificación.
 después de Nerón, favorecido
por los ejércitos.
Veracruz. Ciudad de Méjico en Voltaire (Arouet de). Escritor
el golfo de Méjico. filósofo, poeta, historiador,
Vercingitorix. Jefe de los ga- autor dramático que dominó
los arvernos, adversario de
César.
el siglo xvni.
Vuelo. Colección de aves de
INDICE A L F A B É T I C O .
Veroneso (Pablo). Pintor no- rapiña empleadas en cetrería.
table del renacimiento i t a -
liano (siglo xv).
Vespasiano. Emperador roma- w
no, sucedió á Vitelio el año A Aryas 22 C
COdesp. de J. C. W a r t b u r g o . Castillo del gran Asamblea (nue-
Vézére. Río de Francia que ducado de Sajonia W e i m a r . Abad 77 va) 209 Caballeros.. 51,92,
desemboca en el Dordoña, W a t t . Mecánico inglés del si- Abogados 140 Ascetismo 77 147, 196
orilla derecha. glo xviii; perfeccionó la m á - Abonos quími- Asirios 10 Cabezas redon-
Vicario. El que está agregado quina de vapor. cos 218 Astrologia 12 das 196
á un superior para reem- W e s e r . Río del imperio de Absoluta (Mo- Atalaya 122 Caja 123
plazarle en ciertas funcio- Alemania que atraviesa el narquía). 175,194 Atenas 31 Caldea 10
nes. Hanovre, el Brunswick, Acrópolis 31 Atletas 31 Califas 114
Vigésimo. Impuesto que se pa- Bremen y desemboca en el Acusador 12-3 Atrio 49 Cal vino 166
gaba sobre las rentas que m a r del Norte. Administración Augusto 64 Cambio 132
producían los bienes de u n a Worms. Ciudad alemana de la imperial 70 Auxiliares. . . . 71 Campamento... 53
persona á razón de la vigé- Hesse-Darmstadt. Aduana 205 Aventureros... 187 Campanario . . . 133
sima parte de su producto. Afrodita. . . . . . 24 Capadocia 40
Visigodos. Una de las dos Ahorro 220 B Capitación 182
grandes naciones de los go- Y Alejandría 4o Capitolio 45
dos, se estableció en la Fran- Alejandro 38 Babilonios 10 Caravanas. 117, 200
cia del sudoeste. Yatagán. Especie de sable cor- Alfabeto 18 Bactriana 40 Cardenales 105
Vital (Orderico). Monje bene- vo que u s a n los turcos. Aliados 53, 55 Bajo i m p e r i o . . . 7« C a r l o m a g n o . . . 88
dictino de la diócesis de Li- Yemen. Comarca de Arabia Alquimia 118 Baluarte 127 Carolingios 87
sieux en el siglo xn. Nació entre el m a r Rojo y el estre- Anacoretas.76,104,106 Ballesteros 151 Carreteros de
en Inglaterra, escribió una cho de Bab-el-Mandeb. Anarquía mili- Banco 132, 221 los m a r e s — 200
historia eclesiástica en 12 li- Ypres. Ciudad de Bélgica en la tar 78 Bandas 82 Carta m a g n a . . . 137
bros . Flandes oriental. Anglicanismo.. 169 B á r b a r o s . . . . 8 2 , 8 4 Cartujos 104
Vitalicio. Que dura toda la vida Y u g u r t a . Rey de los uúmidas, Anglo-sajones. 85 Basílicas 133 Casitéridas (is-
de una persona. primero aliado de los roma- Auillo (carreras Biblia de los las) iS
Vitelio (Usurpador). Ocupó el nos y de Escipión y después del).... 165 pobres 155 Castillos 97
trono del imperio romano su enemigo. Animales sagra- Biblioteca 40 Cavernas 1
dos 5 Billetes 221 Cenobitas 77
Antoninos 66 Bitinia 40 Censo 96
Apóstoles 75 Bizantino (Im- Censores 52
Árabes 112 perio) 110 Ceremonias 26
Arabescos 119 Bolsa 222 Ceres 45
Arimán 14 Bonifacio (San). 86 Circo 07
Aristóteles 39 Borceguíes 145 Circos 72
Arqueros 151 Bóveda 73 Ciro 15
Arrianismo.... 84 Buey Apis 6 Civiles (guerras) 63
Artillería 190i B u r g o n d a B . . . . . 87 Clérigos 95
14,
*
Venalidad. Vendible ó expuesto después de Nerón, favorecido
"¡i la venta. por los ejércitos.
Veracruz. Ciudad de Méjico en Voltaire (Arouet de). Escritor
el golfo de Méjico. filósofo, poeta, historiador,
Vercingitorix. Jefe de los ga- autor dramático que dominó
los arvernos, adversario de
César.
el siglo xvni.
Vuelo. Colección de aves de
INDICE A L F A B É T I C O .
Veroneso (Pablo). Pintor no- rapiña empleadas en cetrería.
table del renacimiento i t a -
liano (siglo xv).
Vespasiano. Emperador roma- w
no, sucedió á Vitelio el año A Aryas 22 C
COdesp. de J. C. W a r t b u r g o . Castillo del gran Asamblea (nue-
Vézére. Río de Francia que ducado de Sajonia W e i m a r . Abad 77 va) 209 Caballeros.. 51,92,
desemboca en el Dordoña, W a t t . Mecánico inglés del si- Abogados 140 Ascetismo 77 147, 196
orilla derecha. glo xviii; perfeccionó la m á - Abonos quími- Asirios 10 Cabezas redon-
Vicario. El que está agregado quina de vapor. cos 218 Astrologia 12 das 196
á un superior para reem- W e s e r . Río del imperio de Absoluta (Mo- Atalaya 122 Caja 123
plazarle en ciertas funcio- Alemania que atraviesa el narquía). 175,194 Atenas 31 Caldea 10
nes. Hanovre, el Brunswick, Acrópolis 31 Atletas 31 Califas H4
Vigésimo. Impuesto que se pa- Bremen y desemboca en el Acusador 12-3 Atrio 49 Cal vino 166
gaba sobre las rentas que m a r del Norte. Administración Augusto 64 Cambio 132
producían los bienes de u n a Worms. Ciudad alemana de la imperial 70 Auxiliares. . . . 71 Campamento... 53
persona á razón de la vigé- Hesse-Darmstadt. Aduana 205 Aventureros... 187 Campanario . . . 133
sima parte de su producto. Afrodita. . . . . . 24 Capadocia 40
Visigodos. Una de las dos Ahorro 220 B Capitación 182
grandes naciones de los go- Y Alejandría 4o Capitolio 45
dos, se estableció en la Fran- Alejandro 38 Babilonios 10 Caravanas. 117, 200
cia del sudoeste. Yatagán. Especie de sable cor- Alfabeto 18 Bactriana 40 Cardenales 105
Vital (Orderico). Monje bene- vo que u s a n los turcos. Aliados 53, 55 Bajo i m p e r i o . . . 7« C a r l o m a g n o . . . 88
dictino de la diócesis de Li- Yemen. Comarca de Arabia Alquimia 118 Baluarte 127 Carolingios 87
sieux en el siglo xn. Nació entre el m a r Rojo y el estre- Anacoretas.76,104,106 Ballesteros 151 Carreteros de
en Inglaterra, escribió una cho de Bab-el-Mandeb. Anarquía mili- Banco 132, 221 los m a r e s — 200
historia eclesiástica en 12 li- Ypres. Ciudad de Bélgica en la tar 78 Bandas 82 Carta m a g n a . . . 137
bros . Flandes oriental. Anglicanismo.. 169 B á r b a r o s . . . . 8 2 , 8 4 Cartujos 104
Vitalicio. Que dura toda la vida Y u g u r t a . Rey de los uúmidas, Anglo-sajones. 85 Basílicas 133 Casitéridas (is-
de una persona. primero aliado de los roma- Auillo (carreras Biblia de los las) »8
Vitelio (Usurpador). Ocupó el nos y de Escipión y después del).... 165 pobres 155 Castillos 97
trono del imperio romano su enemigo. Animales sagra- Biblioteca 40 Cavernas 1
dos 5 Billetes 221 Cenobitas 77
Antoninos 66 Bitinia 40 Censo 96
Apóstoles 75 Bizantino (Im- Censores 52
Árabes 112 perio) 110 Ceremonias 26
Arabescos 119 Bolsa 222 Ceres 45
Arimán 14 Bonifacio (San). 86 Circo 07
Aristóteles 39 Borceguíes 145 Circos 72
Arqueros 151 Bóveda 73 Ciro 15
Arrianismo.... 84 Buey Apis 6 Civiles (guerras) 63
Artillería 190i B u r g o n d a B . . . . . 87 Clérigos 95

*
Clodoveo 85 Delegados 71 Especias 157 Gótica (arqui- Juegos solem- Metternich (sis-
Colegios 165 Delfos 27 Espectáculos... G6 tectura).. .. 134 nes 26 tema)... 213
Coliseo 67 Délos 23 Establecimien- Grecia 19 Juicio de Dios.. 103 Mezquita....... 118
Colonias... 199,223 Derecho de gen- tos europeos. 158 Gremios 123 Júpiter 45 Milicias 189
Colosos 9 tes 186 Estados (los)... 174 Jurados 122 Ministros.. 182, 193
Columnas 35 Derfechó divino. 177 Estados (países H Ju venal 66 Mitología 23
Compañías 150 D e s m e m b r a - dé) 183 Molinos 58
Compilaciones. 111 miento (Imp. Estrapada 145 liáclendas (gran- Momias 7
Comunidades ó de Alejandro). 40 E t i q u e t a . . . 170,179 des) 02 L
Monopolio 199
municipios. 121 ,212 Despellejadores. 151 Etruscos 42 Hansa (la) 129 Mosqueteros... 190
Concilio 80 Deudas 220 Evangelios 75 Hechicería. 12, 108 Lábaro 80
Mudos 115
Condottieri — 128 Diocleciano 78 E x c o m u n i ó n . . . 103 Hierro (camino Lacio 44
Muertos (culto
Confederados.. 83 D i p l o m a c i a . . . . 18-3 Exportación . . . 204 de) 217 Laconia 25>
délos).. 6
Consejo 139 31 Historia 3 Lanceros 190
Municipio^ 72
Constantino . . . 78 Distritos 212 íloplita 29 Lansquenetes.. 152 Museo 40
Constantinopla. 79 Dolmen 3 Horóscopo 12 Legión 53, 71
Constitucional Domingo (San-
Falange 30 Hujieres lío Letras ( l a s ) . . . . 90
(gobierno)... 214 to) 106 Familiá(política — de cambiò. 132 N
Cónsules. 52,122,131 102 Leyendas 44 I >
de)..! 184 I
Contrarreforma. 169 Libertos 51,64 Xabucodonosor. 12
Fenicios 16 Nacionalidades
Conventos 77 E Ferias 131 ídolo 35 Libros sibili-
(cuestión de
Conversión 84
Feudal (régi- Iglesia 75 nos 47
lás) 2!5
Corán 113 E c o n o m i s t a s . . . 205 I g 11 a c i o d e Lictores 51
men) 92 Lombardas(ciu- Népt'uno 45
Corinto 41 Ecuménico(con- Loyola i 70
Feudo 94 127 Nicea (símbolo
Correo 219 cilio) 80 Fiestas 150 Ilotas 28 dades)
Corteses(armas) 149 Edad m e d i a — 103 Filipo Imperio roma- Lutero 166 d e ) . . . fO
38 Nilo 4
Costumbres.... 5? Édiles 52 no 64
Filósofos 20G Nínive 11
Costumbres(an- Egipcios 4 Importación . . . 204 M
Fisco 83 Nobles 51
tiguas). 60 Ejército r o m a - Imprenta 155
Fortificaciones. 190 Notarios 140
Costumbres no 52 Impuesto 211 Macedonia 38 Normanda (Con-
Foso 127
nuevas') 60 Elección (país
Francisco (San). 100 Independientes. 109 M a g i s t r a d o s . . . 51 quista) 136
Creencias 59 de) . 183 India 202 JJahoma 112
Francos 84
Creta 21 E l e c t r i c i d a d — 217 Indias (derro- Mammut 2
Fuentes 72 O
Cristianismo.74,80,99 Emancipación.. 202 tero de las).. 155 Manes 43
Grómwell 196 E m b a j a d o r e s . . . 183 Indostanicos... 48 Manifestaciones. 46
G Obeliscos 9
Cruzadas 119 Empréstitos . . . 220 I n d u l g e n c i a s . . . 105 Maquiavelo. . . . 145
Olimpia 26
C u á q u e r o s . . . . . 169 Entredicho 104 Iiitegrautes(par- Marina fenicia. 17 Olimpo 24
Cuestores..... 52 Epiro 40 Gabela 182 > tes) 223 Marsella 55 Oráculos
Curia 27
83 Equilibrio euro- Galacia 40 I n t e r r o g a t o r i o . 145 Marte 45 Or dalia
peo 103
186 Galeón 159 Invasión de los Mártires 76 Órdenes
CH 36
58 Gayo 71 b á r b a r o s . . 82,83 Matrona 49 Orieu te(iii fluen-
Chilperico... 87 Escépticos (los). 59 Gendarmes — 140 Islamismo 112 Meca (la).. 112,114 cia de) 59
Chipre 21 Esclavitud . . 2 1 Génova 129 Mecánica 218 Orrnuz 14
Escriba 9 Gentiles 70 Megalíticos (mo-
J Osiris 7
D Escribanos 140 Germanos 82 numentos!... -j
Escuderos 99 Gimnasia 30 Jano . . . 45, 54 Mentís. 5
Darío tf> E s c u e l a s . . . 90 165 Gladiadores. 43, 68 Jesuítas . . 170 Menhir P
3
Declaración de Espada 165 Gobierno feu- Jesús 74 M e r c e n a r i o s . . . 187 Paganismo
derechos.. . . 197 Esparta 28 dal 110 80
Jornaleros 96 Mercurio 45 Palatino 45
 Papa. 89,105 Priucipios de 89. 209 Restos prehis- Toga(gentes de). 140 Trigo (cultivo Vigésimo 182
Parlamentario Privilegio 204 tóricos 1
Toledo 116 del) 62 Villanos... 95
(gobierno)... 215 Procedimiento. 144 R e t o . . , 97 Tories 197 Triunfo 54 Villas 95, 121
Parlamento 138, P r o c ó n s u l e s . . . 55 R e v o l u c i ó n
Tumbas 42 Visigodos oI
Torre 127
139, 193 Procurador. . . . 71 (1648). 196
Torreones 97 Visir 115
Parnaso 23 P r o c u r a d o r e s . . 140 197
Transformación U Votos es
Partenón 34 Productos colo- Revolución (ejército ro- Vulcano 45
.Partos (reino de niales 160 francesa 209 Unión postal... 226
mano) 63, 83
los) 40 Profeta 113 — (1838). 214 Trata de negros. 159 W
Patricios 125 Prohibitivo (sis- Revueltas 63 V
Tratados (1815). 213
Patronos 49 tema) 205 Bey 101
Trento (concilio Vasallo 94 Whigs 197
Paz a r m a d a . . . . 228 P r o p a g a n d a — 172 Roma 44
de) 171 Vasos etruscos. 42
— romana 69 P r o p i e d a d . . . . . 136 Romana (arqui- Venecia 129
T r i b u n a l de Z
Peculio 57 Propileos 34 tectura ) 133
Versalles 178
Ruina del impe- cuentas 139
Pedagogo 33 Protector (siste- Zoroastro 14
Tribunos de la Viena (congreso
Pentatlo 26 ma) 205 rio 92
plebe 52 de) 213 Zuinglio ICO
Peregrinacio- Protestantes... 168
nes 108, 114 Provincia ro-
Pérgamo 40 mana 41
Salario 32
Permanentes Pujilato 20 Sargentos 140
(ejércitos). 70,18" Puritanos 195
Sátrapas 16
Persecuciones. 76,195
Seglar (literatu-
Persia 19, 39
ra) 155
Pica 152 Q
Segundo(la casa
Pilono 9
Pirámide....... 9 Química 218 del).' 6
27 Sello 122
Pitonisa
Senado........ 52
P l a n t a d o r e s — 202 R
51 — consultó. 52
Plebe
Señores (los)... 95
Pleito homena- Razas 224
Serápeo 6
je 94 Razón de Esta-
Sherif 137
Población del do 187 Sidón 17
mundo 224 Reclutadores . . 188
Siervos' 95
Polenta 58 Reclutamiento. 188
Siria.. 40
Pólvora 15'. Reforma 165
Sitios (guerras
Pollos sagrados. 47 Reformadores.. 207
40 Regidores de) 191
Ponto 122
Sociedades 222
Preeminencias. 1 8 1 Régimen colo-
Soldados 140
Prefecto del pre- nial 199
Subsidio.. 141,182
torio 64 Relicario 35
Sueldo 53
Prehistórica Religiones 224
Suizos 152
(edad) 1 Reliquia's 107
Prensa (libertad Renacimiento.. 161 Supersticiones. 70
de la) 214 República (des-
Presagios 2¡ trucción de
Prestaciones... 96 la) 62 Taburete 181
Presupuesto. 21 ,220 Bepudiar 6 1 Talla 182
Pretores 52 Restauración Termas 73
Pretorianos.... 641 (1660) 196 Tiro 17
 glaterra en la* edad Los ejércitos 187
media i3g Formación de la consti-
Nacimiento de lacenlra- tución inglesa en el
lización en F r a n c i a . . 139 siglo xvii 193
Nacimiento del poder
ÍNDICE DE LOS CAPÍTULOS. absoluto en E u r o p a . . 142 XIII. E L SIGLO xviir 199
X . FIN DE LA EDAD'MEDIA . . 148 Régimen c o l o n i a l . . . . . . 199
El movimiento de refor-
Transformación de la
m a en Europa 203
caballería 148
Las nuevas infanterías. 151 X I V . E L SIGLO x i x 209
INTRODUCCIÓN* i V. L o s GERMANOS 82 Los inventos 154
Los descubrimientos La Revolución francesa. 209
Las edades prehistóri- Invasión dé los bárbaros. 82 El gobierno constitucio-
cas. i marítimos 155'
Conversión dé los ger- nal en Europa 214
manos 84 X I . RENACIMIENTO Y R E F O R - La industria, la agricul-
I . L o s PUEBLOS DE O R I E N T E . 4
Los reinos b á r b a r o s . . . . 87 ja 161 t u r a y el c o m e r c i o . . . 21G
Los egipcios. 4 Cai'lomagno 38
Los persas 13 El Renacimiento 161
E L FEUDALISMO
La Reforma 165 X V . CONCLUSIÓN 224
El pueblo fenicio 1G VI. 92
La contrarreforma 169 Estado presente del
II. L o s GRIEGOS 19
Régimen feudal 92
Luchas religiosas 172 mundo ,t 224
Las costumbres feudales. 97
El pueblo griego 19 Población del m u n d o . . 224
El gobierno feudal 101 X I I . L A MONARQUÍA ABSOLUTA
La religión griega 22 Religiones 224
La Iglesia en la edad EN EUROPA 175
Esparta 28 influencia de las dife-
media 103 Los gobiernos absolu-
Atenas 31 rentes razas 224
Las artes en Grecia 34 VII. L A CIVILIZACIÓN ORIEN-
tos 175 Civilización común á to-
Conquista de Asia por TA I 110 La diplomacia 183 dos los pueblos 225
los griegos 38 La civilización bizantina. 110
III. L A R E P Ú B L I C A ROMANA. 42 El islamismo 112
La civilización á r a b e . . . 114
Los etruscos 42
La civilización oriental
Roma 44
en Occidente 119
La religión romana 45
La familia romana 49 VIII. L A S CIUDADES EN LA
La ciudad r o m a n a 50 EDAD MEDIA 121
El ejército romano 52 Formación de la b u r -
Los esclavos 57 guesía francesa 121
Transformación de las Organización de las ciu-
costumbres en Roma. 59 dades en la edad me- .sr
Destrucción de la Repú- dia 123
blica 62 Las ciudades libres de
IV. E i , I M P E R I O ROMANO. . . 64
Italia y de Alemania. 127
El comercio en la edad
Las costumbres durante media 1-30
el imperio 66 La arquitectura en la
Administración impe- edad media 133
rial 70
El arte romano 72 I X . ORÍGEN DE L O S G O B I E R -
El cristianismo 74 NOS MODERNOS 13G PARÍS — IMPRENTA DE LA Y J O DE C.1I. I Í O I ' R E T

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El bajo imperio 78 Las instituciones de I11-
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