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Catalogacao na publicacao Biblioteca Dante Moreira Leite Instituto de Psicologia da Universidade de Sao Paulo Comportamento em foco 1 Organizado por Candido V.B.B. Pess6a, Carlos Eduardo Costa e Marcelo Frota Benvenuti. Sao Paulo: Associagao Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental — ABPMC, 201. 664 p. ISBN: 1. Psicologia do comportamento e cognicio 2. Behaviorismo 3. Anélise do comportamento |. Pessoa, Candido V. B.B, org, I Costa, Carlos Eduardo, org. Ill Benvenuti, Marcelo Frota, org BF3n Organizagao | Candido V.8.B. Pessoa Carlos Eduardo Costa Marcelo Frota Benvenuti Instituicdes organizadoras | Associagao Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental - ABPMC Capa e projeto grafico miolo| Mila Santoro Abril 2012 TECNICAS DE RELAXAMENTO, RESPIRAGAO DIAFRAGMATICA, MEDITAGAO E BIOFEEDBACK EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL: DIFERENTES PRATICAS CAPAZES DE EVOCAR A RESPOSTA DE RELAXAMENTO Te ‘ARMANDO RIBEIRO OAS Neves NeTO armandopsicae@hotmallcom Hospital io losé—Beneficencia Portuguesa de S30 Paulo “Ambulatero de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universicade de S30 Paula UUnidade de Medicina Comportamental de Departamento de Psicabclogia da Universidade Federal de SSo Paulo Institute de Ensina e Pesquisa Insper ‘0 uso de técnicas de relaxamento (por exemplo, relaxamento muscular progressivo de Edmund Jacobson, relaxamento autégeno de J.H. Schultz), respiragao diafragmstica, meditagao (plex. concentragio e/ou insight ou “mindfulness") e biofeedback e/ou neurofeedback, entre outras, sio fundamentais na pritica clinica da Terapia Cognitivo-Comportamental (ICC) (Neves Neto, 2003a), sendo frequentemente associadas as principais intervengbes terapéuticas em psicologia clinica, psicologia hospitalar e também na pritica da medicina comportamental (Neves Neto, 2004; 2010a,b; Shannon, 2002; Jonas & Levin, 1999), Mas nao devem ser encaradas como um firn em si mesmas, ¢ sim como partes integrantes de um processo maior de avaliagao clinica, bascadas em: analise funcional (Analise do Comportamento) ou conceitualizagao cognitiva (Terapia Cognitivo- Comportamental). Outro aspecto das técnicas de relaxamento aplicadas em TCC € a busca constante por um embasamento cientifico e psicofisioldgico de tais préticas, bem como de estudos sobre sua cficscia e seguranga (Neves Neto, 20118,b.; 20106; 2003) Segundo o diciondrio da Associagio Americana de Psicologia - APA (2010, p. 898), as téenicas de relaxamento consistem em “qualquer técnica terapéutica para induzir relaxamento ¢ reduzir 6 estresse’, mas o relaxamento é descrito de forma ampliada no dicionario alemao de psicologia (Dorsch, Hacker & Stapf, 2008, p. 825) como “relaxare (latim), com significados de afrouxar, abrir e estender (..) e relaxation (inglés), significando estado de curta duraglo (fisico) ou de longa dluragio (Wnico) de reduzida atividade metabdlica, nervosa ¢ consciente, Pode-se medi definir © relaxamento em nivel subjetivo verbal, fisioligico € motor. Estados de relaxamento nao deve ser equiparaclos as fases do sono. O relaxamento corre junto com o estado vigil e, embora as fases 2011 de sono sejam vivenciadas pelo sujeito como relaxantes, nio se deve correlacionar relaxamento muscular, auténomo e subjetivo.” (© psicélogo norte-americano e pesquisador das técnicas de relaxamento Jonathan C. Smith (2007) descreve a base psicalogica por tris dos estados de relaxamento, crticando o excesso de pesquisas sobre as bases fisioldgicas e que desconsideram as dimensbes psicolégicas. Ele criow a teoria dos estados de relaxamento (R-States), que podem ser encontrados em priticas culturais distintas, tais como: ioga € meditagdo (India), acupuntura e qi-gong (China), hipnose (origem desconhecida), relaxamento muscular progressivo (EUA), biofeedback (EUA), treino autégeno Compontamenro £m Face 1 469 Comportamento tm Foro | 2017 Neves Neto. (Alemanha), entre outros, categorizando-os em 12 estados de relaxamento distintos, sendo estes: (1) aceitagao (accepting), (2) & vontade, calmo, mentalmente relaxado (at ease, peaceful, mentally relaxed), (3) consciente, Focado, claro (aware, focused, lear), (4) desprendido, sentindo-se distante, indiferente, dstante (disengaged, feeling distant, indifferent, far away) (5) alegre (joyful). (6) mistério, ‘vivenciando o “mistério profundo das coisas” (mystery. experiencing the “deep mystery of things”) (7) cotimista (optimistic), (8) fisicamente relaxado (physically relaxed), (9) quieto, mente tranqiila, sem pensamentos (quiet, mind still, without thought), (10) reverente, devoto (reverent, prayerful), (11) sonolento (sleepy), (12) atemporal,ilimitado, infinito, uno (timeless, Boundless, infinite, at one) Apesar de muitos alunos e profssionais da satide eneararem as praticas de relaxamento de forma simplista, fica evidenciada a sua complevidade, ¢ o estudo dos seus efeitos no ser humano se torna ‘uma atividade complexa, envolvendo uma abordagem multfatorial e multidisciplinar, (© uso das diversas técnicas de relaxamento em TCC, sem um marcador histérico preciso, provavelmente aparecem durante os primeiros estudos sobre dessensibilizagao sistematica aplicada 20 tratamento das fobias especificase outros transtornos de ansiedade conduridos por Joseph Wolpe (1974) que integrou o relaxamento muscular progressive desenvolvide por Edmund Jacobson (1938) 20 seu método de tratamento, Provavelmente, também de forma imprecisa, a criagio dos novos campos da Psicologia da Satide (anos 1978) e da Medicina Comportamental (anos 1977) nos BUA, aceleraram 0 desenvolvimento e a integragio de outros métodos de relaxamento, tais como: respiraglo diafragmatica (Fried, 1999), hipnose (Jonas & Levin, 1999; Shannon, 2002), atengio plena (nindfuness) (Roemer & Orsilo, 2010), treino autdgeno, imaginagio guiada e/ou visualizagio criativa, biofeedback & neurofeedback (Neves Neto, 20104), utilizagdo de sons ¢ misicas para relaxamento, entre outros (Rake, 2007). De forma ainda deficitaria, em nosso meio as técnicas de relaxamento sio ensinadas, ou melhor informadas, por literaturas ultrapassadas (Sandor, 1982; Hossri, 1978; Criqui, 1966). sem a devida énfase nas bases cientificas e psicofisiolégicas dos métodos, ou mesmo na falta de evideéncias cientiticas sobre a aplicagio clinica, a eficécia -efetividade e a seguranca, Outro problema é 0 desinteresse ea minimizagdo do papel das técnicas de relaxamento em TCC. Na pritica docente € possivel observar alunos ¢ colegas menosprezarem esse recurso, relegado a um papel secundario na formagao profissional, e também o perigo da associagao de priticas de relaxamento ainda nao validadas cientificamente (Neves Neto, 2010a, 2008, 2003.) Apesar das priticas de relaxamento ou exercicios respiratdrios serem encontrados em diversas tradigoes médicas antigas (por exemplo, medicinas ayurvédica,chinesa, hipocratica, indigena, entre otras) alguns médicos contemporneos refletem: “Na escola médica, aprendemos sobre a anatomia do sistema respiratério e sobre as doengas do trato respiratorio, mas eu nada escutei sobre o poder da respiragio” (Weil, 2005, p. 12). Também na pritica da psicologia clinica ou psicoterapia, a utilizagao do treino de respiracio nao & muito enfatizado, sendo muitas vezes relegado a um papel inferior dentro do treinamento das técnicas de relaxamento tradicionais,tais como: relaxamento muscular progressivo de Jacobson, relaxamento autégeno de Schultz, hipnose clissica, imaginagio guiada ou visualizagio, meditagao de concentragio ou de insight (mindfulness), entre outros (Davis etal 2008; Astin et al, 2003; Lehrer, Carrington, 2003), excegao talvez ocorra em algumas abordagens psicoterdpicas corporais, tais como: vegetoterapia de Reich, bioenergética de Lowen, biossintese de Boadella, entre outros (Kignel, 2005). Ainda segundo Friedman et al (1983) e Fried (1999), as téenicas de relaxamento, incluindo os treinos baseados na respiragio, vém se expandindo na formagio norte-americana, inclusive como uma proposta de integrar as terapias compk oficial, sendo que das 62 escolas médicas avaliadas, 58% jé ofereciam algum treinamento no uso terapéutico de técnicas de relaxamento em cursos regulares e/ou eletivos. Na Unidade de Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de Sao Paulo (UNIFESP), sio oferecidos cursos eletivos regulares para os académicos de nentares na medicina “Medicina sobre as téenicas de rlaxamento, respiracio e meditacio, associadas is estratégias da terapia cognitivo-comportamental, além do Niicleo Anthropos ligado ao Departamento de Psiquiatria da LUNIFESP, ambos multdisciplnares eabertos a todos os interessados (Neves Neto, 2008a; 201 ab) (0 médico cardiologista e pesquisador das priticas de relaxamento Herbert Benson (2010) resume 0 efeitos do estresse cumulative e prejudicial a0 funcionamento do organismo, como: aumento da frequéncia cardia, aumento da frequéncia respiratéria, aumento do tonus muscular, aumento do metabolismo ¢ diminuigio da fungao imune, ou sea, efeitos deletérios sobre a capacidade natural de retorno do organismo a0 equilibrio homeostético anterior ao estresse. Benson (2010; 2005) foi também responsivel pelo descobrimento da resposta de relaxamento (relaxation response, em inglés), na década de 1970, na Harvard Medical School (EUA), curiosamente no mesmo laboratério que serviu para o descobrimento da resposta de luta ou fuga (fight-o:flight response, em inglés) realizada pelo fsiologista Walter Cannon, no final do século XIX. A resposta de relaxamento pode ser compreendida como uma eapacidade natural dos organismos de retornar ao seu estado basal (por exemplo, homeostase ¢ alostase), uma ver cessada a fonte de estresse ou os estimulos adversos (internas e/ou externos), mas Benson (2010) também alerta para 6 fato de que a resposta de relaxamento nao ¢ mobilizada com tanta rapidez como ocorre com a resposta de luta ou fuga, e que pode ser potencializada por priticas elou técnicas terapéuticas tradicionais,tais como: técnicas de respiragao, meditagao de concentragao e/ou de insight ou atengao plena, atividade fisica, devogio, relaxamento muscular, ioga, imaginagio guiada, entre outros. As principais mudangas fsioligicas decorrentes do estresse eda resposta de relaxamento slo resumidas no quadro 1. O sistema nervoso auténomo parassimpatico, a acetilcolina e 0 éxido nit alguns dos componentes da resposta de relaxamento que ativam o funcionamento anabslico, ou seja, a regeneragio ou desenvolvimento celular. (Esch etal, 2003: Esch etal, 2002; Stefano et al, 2008; Seaward, 2004; Andreassi, 2000; Stoudemire, 2000). Quaorot RESUMO DAS PRINCIPAIS ALTERACOES FISIOLOGICAS DECORRENTES DO ESTRESSE E DO RELAXAMENTO (Neves Neto, 20108) Funcdes Estresse RELAXAMENTO Metabel ‘umes Diminuigao| Frequénca cardiaca ‘aumento Diminuigao| Pressio arterial ‘umento Diminvigso Freqinciarespiratéria ‘Aumento Diminuigao onus muscular ‘Aumento Diminuigao| E importante assinalar 0 papel das cognigdes disfuncionais (por exemplo, pensamentos de incapacidade ou impoténcia), emogdes negativas (por exemplo, raiva, tristeza) e comportamentos desadaptativos (por exemplo, consumo de alcool, tabagismo) que afetam e sio influenciados pela resposta ao estresse. A partir dos estudos pioneiros de Walter Cannon e Hans Selye sobre os mecanismos fisioldgicos do estresse, psicélogos e outros estudiosos do comportamento humano descobriram a importancia da percepgao individual aos eventos estressantes, o que determinaré maior ou menor resposta ao estresse ou dos mecanismos psicossociais amortecedores, tais como: estratégias de coping, resiliéncia, autoeficéc ‘crengas centrais ou esquemas cognitivos, apoio social, repert6rios comportamentais, habilidades sociais e assertividade, administragio do tempo, espiritualidade, entre outros. (Seaward, 2009; Leber et al, 2007; Moss et al, 2003), 2011 Comportamenro Em Face | Neves Neto. g Comportamenro Em Faco 1 | 2017 Neves Neto. an A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem psicoteripica que reconhece (6 papel das cognigoes disfuncionais e/ou limitantes na geragao da resposta psicofsiologica do estresse. As pessoas poclem reagir de forma repetitiva ¢ automatica as situagdes adversas cli de estresse, através de alguns erros cognitives comuns, tais como: catastrofizagéo, pensamento dicotémico do tipo “tudo ou nada’, generalizagao, diminuigdo do lado positivo, leitura mental, previsio do futuro, magnificagio ou minimizagao, rotulagao, entre outros (Leahy, 2007; Dobson, 2006; Neves Neto, 2003a). Além de promover a reestruturacio cognitiva, a expresso emocional reguladora ¢ o desenvolvimento de um repertério de comportamentos mais adaptativos, a TCC. utiliza frequentemente técnicas de relaxamento ¢ de respiragio com a finalidade de diminuir @ fangao do sistema nervoso auténomo simpitico ¢ dos neuro-horménios do estresse,€ promover a fungao parassimpatica e os neuro-horménios implicados na resposta de relaxamento. Em sintese, pensar com clareza, sentir-se calmo e nao agir impulsivamente sdo condigdes essenciais tanto para a «eficdcia dos tratamentos psicoterapicos quanto dos demais tratamentos médicos eafins (Lehrer etal, 2007; King etal, 2007; Dobson, 2006; Fried, 1999; Benson, Stuart, 1993). 0 biofeedback como um processo psicoeducacional em TCC, utiliza sofisticados equipamentos eletronicos capazes de monitorar os sinais vitais relevantes (plex. variabilidade da freqiéncia «ardiaca, atividade eletrodérmica, temperatura periférica, tonus muscular, freqiéncia respiratéria, oondas cerebrais, entre outros) para o treino comportamental (condicionamento operante visceral de Neal Miller) ede outros processos cognitivos ex. cognigdes disfuncionais de Aaron Beck, autoeficdcia de Albert Bandura, estilo atributivo de Martin Seligman, estratégias de coping de Arnold Lazarus, entre outros). (Neves Neto, 20104), Os sensores de biofeedback mais utiizados para o treino de técnicas de respiragio sao: freqiiéncia ¢ amplitude respiratéria (torécica e abdominal) variabilidade da frequéncia cardiaca ¢ do ténus muscular (miisculos escaleno e trapézio). (Lehrer et al, 2007: Schwartz, Andrasik, 2003) ‘A resposta de relaxamento evocada por diversas priticas de relaxamento diferentes pode ser visualizada através da utilizagio de equipamentos de biofeedback, tornando o treinamento destas cllnnuandua alli a | il AK Hh Hi) uu Wy Ficurat REGISTRO PSICOFISIOLOGICO (VARIABILIDADE DA FREQUENCIA CARDIACA, EM BPM], EM VOLUNTARIO, INAS CONDICOES: (A) RESPIRACAO LIVE (+ 15 RESP/MIN) F (8) RESPIRACAO DIAFRAGMATICA, OBTIDOS ATRAVES DO EQUIPAMENTO DE BIOFEEDBACK [EMWAVE PC, HEARTMATH INSTITUTE INC, EVA) técnicas ainda mais reforcador para paciente ¢ 0 proprio terapeuta. Na figura 1, é ilustrada a variabilidade da freqigncia cardiaca (batimentos por minuto), em dus situagdes: (a) respiragao livre (< 15 resp/min) ¢ (b) respiragao diafragmatica, A variabilidade da freqiéncia cardiaca (VEC) ¢ mediada pelo sistema nervoso auténomo (SNA) ¢ softe influencias da respiragao, das emogdes etc. Quando a respiragao ¢ livre a VFC tende a ser baixa e piora nos estados de estresse e/ou ansiedade: nos estados de relaxamento e de respiragao diafragmatica, pelo contririo, tende a ser alta. Uma alta VEC € assoeiada ao equilibrio do SNA corresponde & evocagio da resposta de relaxamento psicofisologico (Os beneficios das técnicas de relaxamento na literatura sio bastante amplos, mas em sintese os efeitos no organismo sio: estabilizagao do sistema nervoso auténomo, aumento da variabilidade da frequéncia cardiaca, diminuigao da pressio arterial (sistole e didstole), aumento da fungao pulmonar, aumento da fungio imune, aumento do fluxo de sangue e linfa, melhora da digestdo, melhora da qualidade e padrao do sono e aumento do bem-estar biopsicossocial ¢ da qualidade de vida (Rakel, 2007; Dixhoorn, 2007). Apesar de a literatura sugerir uma ampla utilizagao das técnicas de respiragio para a redugao do estresse e de outras patologias, nem sempre é um procedimento i Scuo, Alguns autores apontam para.a possibilidade de as téenicas de relaxamento, incluindo as técnicas de respiragao, induzirem a estados de ansiedade, provavelmente por promoverem uma forma de exposigao interoceptiva ou da consciéncia corporal de estados de tensio antes nao percebidos, ou da sensagio de perda do controle ou de estados alterados de consciéncia, (Lehrer, Carrington, 2003; Sultanoff, 2002). Portanto, as técnicas de respiragdo devem ser foco de estudo e de aplicagao pritica na sade, por profissionais competentes e com treinamento nas bases anatomofisioligicas ¢ psicolégicas da respiragio, que possam instru seus pacientes de forma seguraceficaz. A escolha da técnica adequada para o paciente e de suas possiveis adaptagdes, duragio, formato, regularidade do treino, entre outros, dependers do desenvolvimento de novas pesquisas e da disponibilizagao de mais treinamentos voltados aos profissionais da drea da saide, Conctusées As diversas priticas de relaxamento capazes de evocar a resposta de relaxamento possuem raizes nas medicinas tradicionais, porém a medicina ¢ psicologia contemporineas do uma importante contribuigdo ao estudar os mecanismos psicofisioligicos de tais priticas, voltadas para a redugio do estresse e de outras patologias modernas. 0 baixo custo das técnicas de relaxamento, sua relativa seguranga quando aplicadas por profissional capacitado, faz. destas técnicas recursos importantes para os profissionais da satide. Capacitar pacientes para evocar a resposta de relaxamento poders se tornar uma parte importante na pritica clinica da TC compreensio ¢ indicagdo de tais estratégias, C, porém mais estudos sio necessirios para a REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS American Psychological Association ~ APA. (2010). Dicionério de Psicologia da APA. Porto Alegre: Artemed. Andreassi LL. (2000). Psychophysiology: Human behavior & physiological response. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates. Astin J.A. Shapiro SL, Eisenberg DM, Forys KL. (2003). Mind-body medicine: state ofthe science, implications for practice. J Am Board Fam Pract 16(2): pp. 131-147. Benson H., Proctor W, (2010). Relaxation Revolution: Enhancing your personal health through the science and genetics of mind body healing. New York: Scribner, 2011 Comportamenro Em Face | Neves Neto. an Comportamento tm Foro | 2017 Neves Neto. am Benson H. (2005). Different voice: Are you working too hard? A conversation with Mind/Body Researcher Herbert Benson. 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