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Romanos

 Povos da península itálica


Os principais povos que habitaram a península itálica entre os séculos XX e VIII a.C. foram os italiotas
(subdivididos em latinos, volscos, équos, úmbrios, sabinos, samnitas), os etruscos e os gregos.
 Períodos da história política
1ª) Monarquia, (753-509 a.C) – época em que Roma era uma pequena cidade sob a influência dos etruscos.
2ª) República, (509-27 a.C) - Roma desenvolveu suas instituições sociais e econômicas e expandiu seu território,
tornando-se uma das maiores civilizações do mundo antigo.
3ª) Império, (27 a.C.-476 d.C) – os romanos enfrentaram inúmeros problemas internos e externos. A combinação
desses problemas levou a civilização romana à decadência
 A monarquia etrusca em Roma
A monarquia etrusca em Roma tinha três instâncias de poder: o rei, o Senado e a Assembléia Curial. O rei era o
chefe militar e religioso e o juiz; era fiscalizado pelo Senado e pela Assembléia Curial. O Senado era um conselho
formado por velhos cidadãos que chefiavam as grandes famílias (génos). A Assembléia Curial compunha-se de
cidadãos (soldados) agrupados em cúrias (conjunto de dez clãs), e só se reunia quando convocada pelo rei.
 A Sociedade
Os patrícios, eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e
podiam desempenhar altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os cidadãos
romanos.
Os clientes, eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais.
Constituíam ponto de apoio da dominação política e militar dos patrícios.
Os plebeus, eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e ao trabalhos agrícolas.
Constituíam a maioria da população e não possuíam direitos de cidadãos.
Os escravos, inicialmente eram os devedores incapazes de pagar suas dívidas. Com a expansão militar o grupo
passou a incluir prisioneiros de guerra. Era considerado um bem material, ou seja, podia ser vendido, castigado ou
alugado.
 A República
A palavra república, em latim, quer dizer “coisa de todos”. No entanto, o que se viu em Roma não foi a
distribuição do poder, mas a instalação de uma organização política dominada pelos patrícios. Embora a maioria da
população fosse composta de plebeus, eles não tinham o direito de participar das decisões políticas.
 Patrícios e plebeus
Os plebeus constituíam a maior parte da população; a segurança da cidade dependia da existência de um exército
forte e numeroso, por isso a participação deles no exército era fundamental. Ao perceberem sua importância, os
plebeus passaram a se rebelar contra o domínio dos patrícios, recusando-se, por exemplo, a participar do exército. Essa
situação gerou uma luta entre os dois grupos sociais que durou mais de um século.
 Os direitos dos plebeus
Após as lutas políticas, os principais direitos conquistados pelos plebeus foram: a codificação escrita das leis (a
Lei das Doze Tábuas, em 450 a.C.), que evitava a arbitrariedade; a Lei Canuléia, em 445 a.C., que autorizava o
casamento entre patrícios e plebeus; a eleição de magistrados plebeus (367-366 a.C); e a lei que proibia a escravização
por dívidas, por volta de 366 a.C., até a escravidão de romanos ser definitivamente abolida (em 326 a.C.).
 Expansão territorial e Guerras Púnicas
O principal motivo que desencadeou as Guerras Púnicas (Guerras contra Cartago – cidade do norte da África) foi
a disputa entre Roma e Cartago pela hegemonia comercial na região do Mediterrâneo.
Estas guerras foram favoráveis à expansão territorial romana porque a destruição da cidade rival abriu caminho
para a dominação romana sobre as regiões ocidentais (península Ibérica e Gália) e sobre a região oriental (Macedônia,
Grécia e Ásia menor). A expansão romana pôde ocupar todo o Mediterrâneo, que passou a ser chamado pelos
romanos, de maré nostrum, “nosso mar”.
 A expansão territorial e os grupos sociais
As conquistas militares, que garantiram a expansão territorial, acarretaram o acúmulo de riquezas em Roma.
Com isso, o estilo de vida romano modificou-se: de simples e modesto tornou-se luxuoso e requintado. Os principais
beneficiados foram os nobres ricos, que se apropriaram de grandes faixas de terra (latifúndios) cultivadas por
escravos. Muitos plebeus, porém, voltaram para Roma empobrecidos, forçados a vender tudo que possuíam; sem suas
terras, migraram para a cidade, aumentando o número de pobres e famintos.
 Revoltas de escravos
As revoltas de escravos aconteceram devido à resistência que eles opunham à exploração a que eram submetidos.
A principal revolta foi liderada por Espártaco que reuniu, entre 73 e 71 a.C., quase 80 mil escravos, onde, com um
forte exército, ameaçou o poder de Roma durante quase dois anos.
Espártaco e seu exército só foi derrotado em 71 a.C. por uma força do exército romano, sob o comando de Licínio
Crasso.
 A decadência da república
Do ponto de vista dos patrícios, a crise da República se apresentava como ações e pressão contra seus privilégios;
do ponto de vista dos plebeus, representava a oportunidade de reivindicar reformas sociais, em benefício da massa do
povo.
Os irmãos Graco propuseram reformas para diminuir as tensões sociais que incluíam: leis de reforma agrária,
visando limitar o crescimento dos latifúndios e promover a distribuição de terras entre os camponeses plebeus. Tendo
terra para trabalhar e, com isso, obter seu sustento, os plebeus deixariam de engrossar a massa de pobres que, na
cidade, fazia pressão por mudanças, criando tensão social.
 Governo de Júlio César
Durante o governo de Júlio César as principais medidas adotadas foram: reorganização político-administrativa em
Roma, distribuição de terras entre os soldados, aumento da colonização das províncias romanas. Essas medidas
causavam temor na aristocracia porque contribuíam para aumentar o prestígio e o poder de César, o que poderia levar
à completa extinção das instituições da República.
 O império
A partir de 27 a.C., Otávio foi acumulando poderes e títulos, entre eles o de augusto (divino, magestoso). Na
prática, tornou-se o governante supremo de Roma, mas não assumiu oficialmente o título de rei e permitiu que as
instituições republicanas – como o Senado - continuassem existindo na aparência.
 O governo de Otávio
As principais características de seu governo foram: concentração de poderes em suas mãos, mas com as
instituições republicanas, como o Senado, continuando a existir na aparência; a profissionalização do exército; e a
organização interna do Império, com a interrupção do processo de conquistas militares.
 Pax Romana e o sistema de produção
A “Pax Romana”(período de paz) acarretou mudanças em relação ao trabalho escravo. Com a interrupção das
conquistas, não havia mais prisioneiros de guerra, e o número de escravos tendeu a diminuir. Muitos senhores
passaram a conceder liberdade para alguns escravos, que se transformaram em colonos ligados à terra do senhor, com
uma série de obrigações a cumprir. Alguns ex-escravos chegaram a enriquecer.
 A política do pão e circo
Roma foi uma das maiores cidades do mundo antigo. No século II, sua população era de aproximadamente
1.200.000 habitantes, de todas as partes do império.
Para manter sob controle esse grande número de pessoas, muitas sem ocupação, vivendo pelas ruas, as autoridades
romanas distribuíam periodicamente alimentos (pão) e promoviam diversos espetáculos públicos (circo). Assim , “pão
e circo” foi a fórmula utilizada para diminuir as tensões sociais. Eram tantas as festas e os espetáculos que o
calendário romano chegou a ter 175 feriados por ano.
Entre os espetáculos mais populares estavam as lutas contra animais ferozes e os combates entre gladiadores. Os
gladiadores eram, normalmente, escravos ou prisioneiros de guerra treinados em escolas especiais de lutas (ludus
gladiatorius).
 A crise do Império
A sustentação de um império tão vasto exigia elevados gastos públicos. Por isso, ao longo do tempo, a carga
tributária foi ampliada, tornando-se pesada diante do enfraquecimento da economia, abalada pela diminuição do
número de escravos. Essa situação provocou uma crise, agravada pela pressão militar dos povos que os romanos
chamavam de “bárbaros” sobre as fronteiras do Império e por disputas internas entre os chefes militares romanos, o
que gerou indisciplina no exército e levou à desestruturação do comando central de Roma.
 Os bárbaros
Os “bárbaros” (visigodos, ostrogodos e alamanos, entre outros) eram povos que viviam fora do império e não
falavam latim. Fizeram sucessivos ataques ao Império Romano do Ocidente, já enfraquecido por divisões internas,
tomando parte, desse modo, do seu fim.
 Legados deixados para o ocidente
Uma das mais significativas permanências de aspectos da cultura romana entre os povos ocidentais está no campo
do direito, que ocupava posição central no conjunto do saber romano. Muitas legislações foram criadas pelos romanos
para regular o comportamento social nos vastos domínios de Roma.
Mas, numa sociedade com tantas desigualdades, nem tudo o que o direito estabelecia formalmente se aplicava à
vida cotidiana da maioria das pessoas.
A língua latina constitui uma das mais importantes permanências culturais da Roma antiga entre os povos
ocidentais. O latim, língua original dos habitantes do Lácio, difundiu-se na Antiguidade juntamente com as conquistas
romanas. Dele se originaram os idiomas italiano, português, espanhol, francês e romeno.
 Constantino I e o Cristianismo
Constantino I converteu-se ao cristianismo e, pelo Edito de Milão, em 313, concedeu liberdade religiosa em todo o
Império Romano. Assim, foi permitido aos cristãos construir igrejas e celebrar seu culto publicamente, favorecendo a
expansão do cristianismo por todo o Império.

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