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SULTURA € INDUSTRIA CULTURAL 4. CULTURA ERUDIT; {euatio sgriica quo tm insects vasa vara adcutcasobetado pela Ter). ‘Como est igada & eile acaba gr estar suborineve 20 apta pelefto ce este fr vabiza ents cera, Ea ‘ge esto, ‘pesqusa para. ce otter conhoaman, ‘eran nto 6 wel a ume maioa, sim a uma canse sod que por sua vez postul condos. gurls pork lnvesr nesses aspecos om fm ober conhesmeri ot ‘cla popular aparece assocacn 8 poperdo huni, as cases oxcidas solamente, dastes Gomnadas, 4 citura popu do ext pada. 90 connecimenio ence, pel conto, ela ez resp eo sorhedments ‘wigs u espotinen 0 senso corum “Acta ge ats popuar const um too de ingvagem por ‘meio da Qua 0 harem do pove exresse sue ke po sebrovdaca. Cada onto 6 um momento de vide. EX ‘mantesie 0 tesiemunto ce ‘algim econtochrete, Sonancie do oiume Inia" AGUILAR, hsm fsa i Pacescariante: ena pant BEUGUE, ese Verse Bie Popa beaten O srtsta popular no ests preccupado em colar suas as expestas om tras prestijadoe. Hesse senso, oe sing papain CROMER Gomes, er isso abe aan popuar€vempre catenuarstcs 8 seu tempo, Por exemdi,m ane poptar do sho XVI (as cantges, poemas. @ esérasregstades, pooe ‘estusosor) ¢ bem aterene de cutas tomes de ane opal hee, come 0 Soa fate Wag ‘vezes a ineopoagto de elemenios madetnas pela itera Popular (como materas como plato, por exer.) ansfomacas ce. algunas lesiss‘vadionsls en peek ara was (eto © camara) -ov"'8 comeriaagbo de. produics a are popula’ 80, na verde, moses de presen a cutira popu 8 queitet ‘iso © de sous prodores lorem um atcance Malo Go ‘080 peaveno gro de que tazem pate, (2st popula te 2u8 “nspkagao" de scontecnents ‘acasrotnes, ate popu 6 Feponal Pr issoe ate opular se encontra mats stetade pols culture de raseey ue linge @ toges as reibes igusimenta © procurs ‘omegenclsis eaturetmanie do que a ects, ( preter eels popular eo de cultura eructa podem {era mesma sotsticpte, mas na sociedad nao posscen. mesmo sais socal .'s ature erudle 6 8 gue fogtmeda "© vansmiia' elas escolts “e" Suboe inataagtes, E imoante ressatar que os prostores do cua Dopuayndo tem conscénca de que o que azom im un Dy outio nome @ es procures ee cutura ere fm Panache ie oe nemion cng cenmncioe _ssunio de dscussbes, mesme porque of itlecual $48 cater esses concetos lazam ae dotss elt, sto os agentes do eure eras que. eslosem Besautsam sobre a cultura popusr © chegem a e530 Getegtes tex coca ean ads. conte, ge cna a © a meer nn pltco do coms geolala dominarta ceo tmpot a todo. Susy uma nove Otiem. pegence, ‘etencendo, 0 -senodorn, cura de bss + 3. CULTURA DE M, a and r em Saal OU sia eslapopulsezo nbo ‘uostona, panes sbacre o que ¢ passeco € 8 famosa Cuttura globtzada eaenacera A platncia Ga ndostta Cutwral@ de uma nova culture vetculads por esa, a cura de matsae qos nto esi seus 4 re ou cnet « tre opuiagto Wve aglomerada nos cans utanos, sem, o¢ Selotes socais exildos se sprosmam peopratcaments os sores prilepacos, sto at Steremcs clases soces ‘vendo elatamenteno mesmo espago ‘MssEas (© produio ca tnausina Cultta) A sous ee Imasaae nto Gua clura que surge espomanzemente cos ‘t6pias massas. mas ma cla ron ore por (to setor soca! (ue cattle 8 produeso Inaba Cutura,» esse dominance Prtanto, na de em edodes (residents das messas) ecom a ndvita Cultural caues ‘asse a ser algo exemo s pessoas, nao mals de poau ‘eles mesman PPodemes anatsar a cutura de messas como um gonto de Interseordo ene cultura eridia e 2 cura popuor Porque 0s elomenios pripios da clica de massee sao, ‘onsumics tant per etoros ris exluses da sociedad ‘avo por ees, & come se repeceratsa sige em Gomumn ‘le edses stores, A culturn de maseas funciona coma a ont urs ero i 7 mbetalo-aromoatnee Q cesenvohimenta tection tomou possivel repeotust bias e ari em eseas navel endo necro ties atsem oepresentr. por exempo, uma tre de Paseo g,uma massa de ponvosto passa a tr acest a esses Duras, no “necessaramone entendendo-as como ‘atquém de seu corte metéren & Que foun pane Go ‘mesmo sor socal que exs0 pn, cu endo agvem cue faz pate ¢a casse cominanie alusinene ¢ que (cor eemero spel do Seto de eu corti $9 fe a3 ga mi ae ume demoetah ma instrucho que as eles, qua cresceinm mea {Nto &porave h tvatmente, no Brat um evtura corr 8 todos @8 pocecias da soclasase que ests parce imniram. Best € ‘hole un pale exrenemente ‘ausovisual 2 malate 6s poodacto nao tem eceaso 9 Leducacdo ou sequor @ alabeteads, nesses congbos ‘natal ue oro ea elevsto (que ingen quese loco {eriéno: tesla) adquem 9 sates Ge" Sansa Gnios para sigumas pessoas) meloe de conumicanae de vwetcuoedo oe Bene ebturis, melos como jorals € wos or exemple s8o 00 acesso rast 8 una parcels Ga epulacéo. Nessa shuarao, imagine e quahidsce. oe Petsoas que costumam vatar miseus por exempo, ‘Naurs pots sigrifeatvs pera 9 commreensto da cutura 2 massa, baseados em COELHO, Tain 0 eup 6 srs ‘at Sto So Poao: Brestsn, Pres Passe Se 4.1NDUSTRIA CULTUF A part de quanco se pode false em indus cutural ou ‘Gstua de messa? € mals. © que siacam esses toon? Por que essocar ndisie a culhra? Que tpo do ‘moreadon' ess Indista anal de coma produ? i i a ‘msaaiinga Paraletrmon oo barsearnents Go pose, a una elevacto co numero ge latores, uma ena ‘ue se Inabe. Os jomais cigar hetae, creicas polis © 0s chemadcs Totetna (recueores 39, fomance © das novelas de TV ual), A eatin Que ot Jomais publeavary nos odepés ge suas plgras veh, {2m capluos. obrigando olor a comprare prone ‘xompla pare sabe 9 contnsapte dam, Senne arenes olan a nae Somat go seen AVM cotstonte Been Producto cwigagdo das leeas, bem camo "0 ‘Precemino de uias, endo de ovas, ‘Além so, se lembranmos © quanto & socledade stove mudando resse ‘perodo, - pecefemes comprcender @ elude Gos pematos tocostas ‘olecionsdores, que queram coleiar © precervar 2 ohas canctes populares, a perceberert que 2 nova sociedade dava cada vet menoe eepago fa'e eonay mantestegdes cutis AS popuagbescamponatas ‘hagaver &s cidades o tm Que se asia so s00 stro alicnanie. 0 lazer ¢ a ane que elas oratcevom 10 seu dla-aia. no camo, tam seportdos ce Sue ‘ating, passam a hes ser erecilos per profstorals ue vivem exelamente do ae 0 lser. compertias 6 tea, os ches, os ales, que a port ce agora ‘cupam un espapo na debated! do aba, as por que chara sso tudo e cultura de masse ou 3 indintleeutuee? O prnele termo far eoat ave Sanat con aaa aa Seouneo rme cme is its Ge aod em inapha eo etboascmere ottng cts Procutore ¢ dsbuiore de fomals. Ios. peqat, Simes, em resume deercadoras cat's Em sites, Indistris cultural 6 o nome dado 2 ‘inst coms a ‘Sua ouger 36 de Staves da Socecede captaiia. que vensfomnou 3 ‘ula num prod eomerasiado, te we mse extent cual ‘alaisia "0 supmerte da socecase. capa {atsiorned es, mantestogses cutis er poctie, Este endo desercadoos = tomagio 69 tngeso astral que & 0 conjinto de emproses nsgbcr & ‘edes do misa que rocurem db e vansmiten ‘ortesdo asco ~ cut! som o ebleve dad ‘woos. ra se rani @ ‘onquisiar pio, 2 produsdo cutural a 7 quando ex planelags 30) prelensbes profesional A xpecsto tenders ‘taborada com elemertos istoos € mules ram pegs calal come fore de teenie B lon 8 cusios, is tibulcho eretomo do eros. Um forte exempt de incistia cura 2 testo que ‘presenta pontos poses er posasGma cobeura Qe0gratea. penetapto se pabien e vaneaace de ® corteddo em viios hores, mas ao mesmo tempo ‘spresania contios sensaconaisas que escepar 20 onsclente do expectader, uj insvidu possavire aor ‘emestaco de aleragao, ‘um oc espe, em ods mises nso uso do trmo Em sum initia cutwal busca produ algo que ‘ongulsie pdnico relovanca comercale £0 rniie ‘em prods feencodos. SLINDUSTRIA CULTURAL E ES ANKFURT A Escols de Fronthat @ nome dado a um grupo de fescon 6 ‘ a men que se enconram ro foal ge8 anos 20. A-Excaae oe Haat asscce aiamerte 8 chanaca TEDRIA Ererktur iN ‘THEODOR ADORNO E vax HORKHEWER, 19 temo incustia curr 1 erado por Treader Adorno {sierra acy pu ie Ear akin iterates 8 ea ase ae Sebciente Winatinahs Sores ite atta cant haa Son news coe maar he 2 so Segundo os dois suores, © ngistis cura pretends integra os consurisores “soe moreadoras, altraly ‘89ndo como uma sonia nocva entra cura popula’ @ erula, Ncive porque eta a auenteiade Go prieke Saubntese & seus. Anoos os are, teem 2 an “um 2 ‘omoaensizado, ehaseado nos princielee go ucro, Podariarios penser, a part do que os autres inca, Ue 2 india cual venders mercadaigs catiras como pasta do denies ‘ov autombvels,e"0 plbles ‘eeebera esses proctos sam saber diorencisios su on questioner seu cori, Assim 6s ua aiisws Beetioven. uma esto de radio poder vecdar s ninco 6 um resiauare e, depois dee. rotisar um bee Extado ou teremolo, sem nenhuns otmscade, © mais som neshuna discus, Nesoe ‘seo, ¢ preo observa” como casa sucessd0 de rmisica, ‘prooagenda e noiela” lus \¢" corer Fegmentéro, dos VOCM, prncpaimeria 0 race 3 8 lormaramposeve ‘produ bres Go ete em encalandustil ore os autres e558 sraducto em stile (por oxempo, 0: cos de mises essa, eb reradugbes ce pituas 38 misicas erudtas come pano ce fundo de fnes 66 ere) nan de MOGHI ‘esse casa. 0 fala ee om opera essabir curavie 0 seu tmbaho, © wesho Ja ‘pera que ouiu ho rondo wnifcats que ce eooce compreandenco a prctunceco daguele ‘obra de are, ‘mas. que pers ara Adora, inde curt tem como Grice ebjetivo <2 depenctniae a senarao cos homens, Ag meatier ars Serjonin oposite ots co ‘ara discret f geo Sarena ese Sh an, in nen pot INOUSTRIA CULTURAL NO BRASIL— ULTURA DE MASSA NO BRASII sve arr Bre unoga ihe Fa ceo odors pubs rasan o gous» aunts ings 1 eae or MOC sts utes ee mah osu poe wea am ponte Sa St Sree Coreen a0 Se rls (6a dom ff) ‘ompos dnpstawas osimam pk dela eon in a ett gars ai um mado onto ekiomanerteconetenig 0 ha soca eee ircpomnis «Weer TELE 4 penal fom astral corentis pa ones inetios & 9 ‘eevo, a os fr acon ca at oe se Hale foi ase Gr craig aa eee ee cae ‘nina gu ceaeguan scp Go Concho a eet ‘Bova sonera Emura ee pared wt. ‘porated athe onic sontaas mance ie Sansa inne rie te ebecen pen neo Rech ate amine sarah eatin Seah tear « conde on ‘rice epee oes epctieee a) ‘ure vide amen nage ree ‘tie sadn wat uv" seo 0 era) oe mean ‘Sequneo # pussctia do Atovo 9 Hatin, waza Iowa eras wiatonn, tots Wace pare Sores, trovana cateis pepe sat Teese oS ‘aie «dearer se ood vide ‘ees en nee cures nn ska so ree ence Some ipso pee dst nave athe mets fee oop Seana 0 blow. sha Mosca vy ua “bl io, RS a esa ecade Mada ha coe © eos Bet, rereserito ee anna Mace we de ua otis eRe Rome gu age ort oe ‘ewes bin earn pean ngs ons rom one race to wwncs oie, Sat ast roe © ra ‘loon concrete ana 10) ‘cea trate ara om un ogo oa ies {lene co re HatnclePare ee Ypevrtarea C2 ‘let en Fro. tne cima So So conus ‘rate Pe pronet Ce ¢ ue aes Ge ste 9. coe Slpuid (Adora Han 195m, 1905, Ein ses, ‘Sprioror ance ear" afte one sve ena ‘oomdie omen 109, rm oti pean sort aa rs Sei worse ones ope, ro eS oda popoarda scone g's Seater ‘ston tain ison Amare sca ae sc (am {Srodm mpresert cers ren» wutste) db wegen Sivas desea ear co sh es aa ‘Re res poceavnta stags a ans prottos ra pot A MuniGaware ee taocesarmcae 2 ore ae nso ip mecaca po crete coo, ‘aint cure posure enone range de ‘rsigo satrle m nenm moo consome ommen Tomes Sethe ko. ete ca Sm esentmpsonavacszas rn 178) Tres ne ‘rane te un pnedoceaiane ro al popegends 9'8 ‘Monza pore pod aan (Sate, 17 “odo ste noone ror shuren ca se goin A ‘hn ea ta, «reat cl no cosagie omar bs ‘es acne toe vv ono, ent dre ee ‘ie ints « mtrelunns ls ge sven smears ge ‘endo son ce were dp osm Gob ¢ popiesan em eos ‘A twa Sucre aces emis prtn regents {ot cen edu co rbe eau odo ates 8 Sheangur’& opcann) © qn oa eens ae aia Lirnto nbomwenete dems arson ‘onto do rcpt won cute pest uno cso de faces « monplte scars ar cre ah ‘ewpaces"vedon As cases locates 82 ‘monsporavsazosb aera eerie 2s bus eve) ‘rowinae ans nena aes a ative oe ‘Srosenlcas copa tn pos sen epen sions ase an ree crepes Bees et s aelgech in nae cer rnc iho ‘Pec 0 cpttore sigs un ere pts 0 Spans ‘Glories fio ut precota co thant da ‘nercortewro w burataabo an wars soca tort Iturcao etoumars toe ivestneron cota pos bere ‘Se mect de tarouna, coo nan rageneicn 8 rere (Spada do mrcao connec lane 28, i crt tn go sme comp ple redo ance gem propsuends 4 ssorpartaio glo aurano dos ‘ops dor podse «co oapio sx coarser cacao ‘Str sans ble eseones cone ‘Sa prpnnend 6 un cart 90 conan 0 mane inp, a inpeamate oo ans en io's erase oo © ena capi abn bce cal a sto alt anaes canre io nio tonete vets apres \etoaive cone tovotn eros conus piptos express Se ‘Stmaestio,Anuuo manson singe omer pos pose (tron tetan © ster pro ean te macs tzeto Go Meera se oraiem opegnce poste O el wae ‘Scwrose 0 wtena 0 Enso er comer cer ot {inn on 8 ppigs ura coopera mores ‘Mer nr oa san berstes pel noe pm ree ‘iro ge vate ean (pleas rican, os era Seether sree ach gO tat © pass & am ‘909.308 sa deer eis, pr wt ae wi {rps ne onbostonmotonert ov oc rad. ‘Gano qm rym pose nc, nam pose feerat ‘Puasa “ote cones 9s toen og t une cot Gip"tonegtos "A penso do tnomnasts cas so teclodade 82 sbiia do sopmarion Gri Ce Pests (Aut a Van Pen a UE Una et Srlsegarie. Sate Gate cw menos Ev Fac, REFERENCIAS SILOGRARCAS 120100, HOROIEMER Mtn do rece agen, "thasom aint Curse CONN, Gat (Gipr Comintahs « rata Cat S80 Su. BAUM, Pel 8 SAEZ, Pau Toes Sot « Prpsgona, Seitceena, gee Conca bene canes, Ste “kts, ktin ee eo. Sto Pade Cut 8 ‘Mofi Eager obec Cour. he MARTNE. DS. & PomaccaiM,(ergn), Saosegia Sse Letras toga om Selo, to Pato. TC, 178. sheet eda 8 Orie rome Pitt OOK ener do Gms Regio, PINSKY, dine) Seed Nocera "6 Marti. Sk Fede. Brentano Yo08 SLATER Pod Organ «Sign dct co Fre. Une Parnperive eta Se sore Zar, 78 ‘WARE NiCr Smncnon® Gan A Onis de atts auoorbe Cpe, Foo oe Jor, Rover ‘oo ‘Tans. nis. unveno Pasco @ Ropes do Capa ‘Sone Arent wares Bucaniies Copan « Coon Selma: eeaes Gora 202" ° Industria Salta Cia ade, Massae S ocigdade : Lioteesso dos desejos Wot / QoQ Revolugdo Industrial e novos métodos de administragao da produgao ‘© imperialismo do século XIX @Hegemonia americana pos Segunda Guerra Mundial @Processo de globalizaggo: década de 1960 Oren O © Como independente de nossas diferengas individuais, como personalidade, género, dade, ‘*e coletivas, como cultura, nacionalidade, raga e religiéio, ‘*temos os mesmo desejos de consumo? reac ie nap Gutw) ‘Conjunto de empresas e instituigdes cuja @ principal atividade econémica ¢ a produgo de cultura, com fins lucrativos e mercantis. Verso e Reverso, XXVI(63/182-189, selembro-dezembro 2012 (© 2012 by Unisinos - doi 10.4013/ver.2012.2663.05 ISSN 1806-6925 A Escola de Frankfurt e seu legado Rua Ramiro Barcelos, 2705, Frankfurt School and Its Legacy Janine Regina Mogendorff ‘Universidade Federal do Rio Grande do Sul ‘Campus Sate, 90.035-007, Porto Alegre, RS, Brasil janinemogen@gmail.com Resumo. A Escola de Frankfurt foioembrido de um {grupo de tesricos europeus que se dedicou a ela- borar uma teoria critica sobre a sociedade. A partir {da produgio intelectual de Walter Benjamin e The: ‘odor Adomo, tendo a revisao bibliogréfica como iétodo, buscamos verifcar o legado da Escola de Frankfurt & luz do século XXT e compreender como ‘0s conceitos de industria cultural eteoria critica po- ‘dem ser lidos a pastir do confronto de ideias com alguns de seus criticos. Palavras-chave: Escola de Frankfurt, ind tural, teoria critica, sociedade de consumo, Abstract, Frankfurt School was the embryo of a group of European theorists who dedicated them- selves to develop a critical theory of society. Walter Benjamin's and Theodor Adomo's intellectual work ‘were the basis to verity the legacy of the Frankfurt School nowadays in the beginning of the XXI con tury. This paper also intends to understand how the concepts of cultural industry and the critical theory can be read from the confrontation of ideas of some of their critics, using the literature review asa method. Key words: Frankfurt School, culture industry, crit- ical theory, consumer society. A massa sempre & semelhante a ura fortaleza sitiads, mas sitiada de mancira dupla: ea tem xo inimigo no ‘seu proprio porto. Durante a lua, ela atrai patiddrios em nivmeros cada vez maiores. Diante de todos os ortoes reiment-se seus novos amigos que pedem passagems com golpes dcididose impetuasas. Em momentos ‘faooriveis esta poligdo costuna ser aceta; mas também existem os que preerem escalar as muraihas, A cidade fia cada vez mais e mais repleta de lutadores; ma cada um dels tz consigo a seu proprio pequenoe invisivel traidor, que se esconde rapidamente dentro de algun Introdugao Em1923, uma autorizagao ministerial dava inicio 4 construgéo do edificio que abrigaria ‘um instituto de ciéncias sociais vinculado & Universidade de Frankfurt, Instituto de Pes- quisas Sociais (Institut fiir Sozialforschung). © Instituto seria 0 ponto de convergéncia de ‘um grupo de pensadores nascidos na virada do século XIX para 0 XX, basilarmente forma- do por Theodor W. Adorno (1903-1969), Max pordo. Elias Canetti Horkheimer (1895-1973), Erich Fromm (1900- 1980) e Herbert Marcuse (1898-1979). Além deles, outros intelectuais viram suas obras serem ligadas posteriormente & Escola de Frankfurt, como Walter Benjamin (1892-1940) e Siegfried Kracauer (1889-1966). O projeto teSrico inicial de cunho fortemente marxista deu lugar a um projeto filosdfico e politico Xinico, ao propor uma teoria critica que fosse capaz de aproender a sociedade do inicio do século XX (Riidiger, 2001). J52 A Escola de Frankfurt seu legado No presente artigo, pretendemos recuperar as ideias de alguns dos principais pensadores da Escola de Frankfurt, que se articularam para tentar compreender um mundo que mal ‘superara uma guerra de proporgées mundiais jf estava sofrendo as consequéncias de outra, se deperava com a multiplicagio dos meios de ‘camunicagao e o fim da autonomia entre cul- tura e economia (Riidiger, 1999). Por meio de ‘pesquisa bibliografica como método, este arti- {g0 tem como objetivo também analisar como a Escola de Frankfurt, em sua critica &indastria ‘cultural, pode ser estendida para 0 século XX1. A problematizagao se dara em perceber como ‘as contradigdes sociaise 0 proprio homem sio mediados pela indistria cultural. Em fungio da ampla gama de autores reunidos sob a de- nominago de tedricos de Frankfurt, vamos nos deter mais especificamente na obra de dois deles, Theodor Adamo e Walter Benjamin. Os anos iniciais da Escola de Frankfurt Felix Weil (1898-1975) nasceu na Argentina, pais para onde seu pai imigrara e constraira ‘um negécio de grande destaque de comércio de cereais. Em 1908, toda a familia retornou para Frankfurt. Depois da Primeira Guerra, Felix se dedicou com afinco aos estudos das teorias socialistas, O encontro com Kurt Albert Gerlach, entéo recém-admitido como profes- sor de ciéncias econémicas da Universidade de Frankfurt, era 0 impulso que faltava para a dos valores © da subjaividade cencarados nas pessoas ¢ instiuigSes. A probiemitca nto remete as ténicas, nem 20 sea impacto. nos processos de_interag. D Consequentemenie pretender entendé-la, como muitos querem, com as cateporias da teria ds comunicagdo significa equivocarse sobre esa lima teria, perder dé vista seus méritos © mabentender a Escola de Frankfurt. Em Adomo, stuar-se no plano da critica ba indisvis cultural signifies decttar as tendéncias da sociedade coptalista:€ estudar a esruturg, sentido e valor das mercadorias cultura teenol6gicas. A conendo entre mia © sociadade, se assim quisermos, nao cextema. aos fendmenas. AS relapSes sociis ‘em meio a6 quis squela opera esto insritas 8 priori, ainda que figucadas, na_prdprie ‘mercadera cultural. O problema doe efeitos ‘ou da inluéncia da midia na formagde dos ‘ites socinis no pode ser resolvido cmpircamente: depende do processo histrioo em su totaidade e, portant, esté necessariamentesujeito &inerpretago. Metedologicamente 0 ideal seria confiotar of resuliades da andlise do ‘roduios com suas formas socialmente determinadas de sua revepedo. Os momentos ‘ever ilumine-se de mancirareciproca. fandamental portm € a comprecasto dos ‘processes histirioos e mecenismas estraturis Qe aman tanto mm emo Mo out, rooedimento que remele oo conesito de touliade “Avena retest ent be doe bi desert polo md gu cae [gr cme O one de a ol dag Sowden fr coca ma eg 8 roe koe a oom etc (ae pte ngewe «ds ec cme te pone, shen ¢ cams cm 0 mad of Jia Um cnet ce ser ls te ‘orl comprise sede ee fr Weber ma el enn sod gue cba fe moon mle manfred woe FRANCISCO RODIGER ‘A proposiglo € 0 ponto de paride para entender por que a evtica& indo cultural, fem essénca, no se ocupe da ideologia dos meios de comunicagio. Costumeirameate ‘aribuise aot frankfitines 0 entendimento e que ainda cultural realiza um trabalho de doutrinaydo ideolégica dis -masess , assim, as maniém mum estado de faa conscitncia. © jufzo nfo condiz com suas iéias mais originals. Algumas vezes Adomo chegou e dizer que atelevisto "eontibui para divulgar idcologias e dirigir de mance cenuivacada a conscigncia das expectadores* ‘As principais referéncias a midia como ideologia feits polo autor todavia no se situam nesse plano. "A concessio de reconhecer que 05 filmes difundem ideologias JA € dla mesma uma ideoloyia difindida’, ‘eserevia ele em Minima Moralia (# 130). As ‘comunicagies e a indistria da cultura n80 funciona com base na wansmissdo de ideologia, na medida em que, para ele, $6 se pode fla em ideologie quando os homens realmente eréem nos produtos esirituis que ‘zculam em sua sociedade, © coneeito de ieologia pressupte & renga ou engajumento em cert id € valores. As relagbes sociais que tém Iugar 90 Ambito da indista da. culura, em tese, ‘earecem dest legtimidade: nao s8o mat de erenga por parte de sous participants. O signifcaiva para a erica nfo 6 tanto 0 canted ideolbgico da mia quanto 0 fto ‘de que faja algo preenchendo 0 vicuo da ‘consciéncia do homem contemporineo [No entendimento de Adorno, 7 peminients br mts ington ors eet scl Sama uc aia ‘ela eecifn qe fie ser oss tp do geo fo eto ere ‘poe ca cb mat rena et ae dee 19 [DEPARTAMENTO DESOCIOLOGIA noes ¢ mr ets cmt 4 tts es do (premio epg slr fa maare oligo ‘A. peeuliaridade dos mecanismos de integragio costemporineos provém do fo de que eles no, finciooam com base na ideologia. O principio de intepragto que se impie na scciedade atu reside ma propia forma da mercadoria. Costuma-se pensar que ‘8 midia tem um cerhler ideoldgioo porque veioula certes contetidos. No enfoque cm juizo no se passa dessa maneira. © problema ‘da ideolopia se coloca antes no plano significado psicostocial que as pripias ‘mercadoras caltursis passaram a ter na vida das pessoas na sociedade eemtemporinca, Consequentemente fazer crea 8 indistria cultural consiste menos em sar &procura dos suposios efeitos ideoliglons-— das comunicagtes do. que deciar a manera ‘como 05 entagonisios socias € os problemas hhumenes se manifesta —objetivamente através das mereadorias cxlturas da initia das condutas que clas eascjam socialmente Os fendmenos de indistia cultural consttuem antes de mais ada sintomas de determinadas tendéncias socaise incinagbes psicotigieas dessa era que agora chega ao oeu fim, de uma sociedade em que tudo se fiz rmercadoria € assim ‘ransita para o universo dda administra, 2 0§ PRIMORDIOS DA ERITICA A INDUSTRIA ‘CULTURAL: ADORNO s primérdios do exericio da pesquisa Dbeseada na erlica india cultural emontam & época do enssio inaugural sobre a matérs, publicado por Horkhcimer ‘Adorno em Dialétiea do Tuminismo (1948). Atualmente sobe-se que extensas seybes -20- DNESP = Feu, esse ensao ficaram de fora da vers3o final do texto, rodigida na maior parte por Adomo. Conforme observa Wolf Wiggershaus, 2s consideragbes sobre © significado progresssta da cultura de massa diseutides esas seqSes foram —_parcialmente aproveitadas em Composing forthe Films Concleido poucos meses depois do ensaio sobre a indstia cultural, o trabalho pode ser Visto hoje como ponto de partda dos estudos de erica da indistria cultura. A relevincia do estudo todavia nto se prende a apenas este aspecto, straindo especial atengto, como dito cima, pelo fato de explorar as finas de fg © © conteido progressive dos lazeres industrials, sem abrir mto de darshes a devia critica, ‘A passagem seguinte, embora extensa, merece ser citada por ineio, na medida em que revela © fito de a critica & indistia cultural possur um carsterdialtieo e aberto desde as suas origens, 00 contrrio’ do. que ‘ensam seus opositores ¢ até mesmo alguns

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